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4 DE MARÇO DE 2020

16ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

 

Presidência: CAUÊ MACRIS

 

RESUMO

 

ORDEM DO DIA

1 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Abre a sessão. Responde as questões de ordem formuladas pelos deputados Monica da Bancada Ativista e Teonilio Barba Lula, apresentadas em 2019.

 

2 - TEONILIO BARBA LULA

Para questão de ordem, afirma que a resposta para a sua questão de ordem não foi a esperada. Informa que continuará em sua batalha jurídica sobre o assunto.

 

3 - CAMPOS MACHADO

Solicita a suspensão da sessão por dez minutos, por acordo de lideranças.

 

4 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Indefere o pedido.

 

5 - CAMPOS MACHADO

Para questão de ordem, considera a posição do presidente Cauê Macris como radical. Lamenta a impossibilidade de os deputados encontrarem um caminho mais tranquilo para o andamento da sessão.

 

6 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em votação requerimento, do deputado Carlão Pignatari, de método de votação ao PLC 80/19.

 

7 - CARLOS GIANNAZI

Encaminha a votação do requerimento de método ao PLC 80/19, em nome do PSOL.

 

8 - ISA PENNA

Encaminha a votação do requerimento de método ao PLC 80/19, em nome da Minoria.

 

9 - ENIO LULA TATTO

Encaminha a votação do requerimento de método ao PLC 80/19, em nome da Minoria.

 

10 - PROFESSORA BEBEL LULA

Encaminha a votação do requerimento de método ao PLC 80/19, em nome do PT.

 

11 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de método de votação ao PLC 80/19.

 

12 - TEONILIO BARBA LULA

Solicita uma verificação de votação.

 

13 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

 

14 - CARLOS GIANNAZI

Informa a obstrução da bancada do PSOL ao processo de votação.

 

15 - CARLÃO PIGNATARI

Para comunicação, pede que os deputados votem "sim" ao roteiro de método de votação.

 

16 - TEONILIO BARBA LULA

Informa a obstrução da bancada do PT ao processo de votação.

 

17 - RODRIGO GAMBALE

Informa a obstrução da bancada do PSL ao processo de votação.

 

18 - MARCIO NAKASHIMA

Informa a obstrução da bancada do PDT ao processo de votação.

 

19 - MARCIO DA FARMÁCIA

Informa a obstrução da bancada do Podemos ao processo de votação.

 

20 - JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR

Informa a obstrução da bancada do Republicanos ao processo de votação.

 

21 - RAFA ZIMBALDI

Informa a obstrução da bancada do PSB ao processo de votação.

 

22 - ITAMAR BORGES

Informa a obstrução da bancada do MDB ao processo de votação.

 

23 - ANDRÉ DO PRADO

Informa a obstrução da bancada do PL ao processo de votação.

 

24 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Registra as manifestações. Anuncia o resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação do método de votação ao PLC 80/19.

 

25 - CARLÃO PIGNATARI

Solicita votação nominal dos itens do requerimento de método.

 

26 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em votação e declara aprovada a votação nominal dos itens do método de votação.

 

27 - TEONILIO BARBA LULA

Solicita uma verificação de votação.

 

28 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

 

29 - PROFESSORA BEBEL LULA

Para comunicação, menciona a realização do Prêmio Inezita Barroso na próxima sexta-feira. Discorre sobre os critérios de escolha dos premiados. Pede que o presidente Cauê Macris analise proposta referente à mudança na indicação dos premiados.

 

30 - RODRIGO GAMBALE

Informa obstrução da bancada do PSL ao processo de votação.

 

31 - MARCIO DA FARMÁCIA

Informa obstrução da bancada do Podemos ao processo de votação.

 

32 - ANDRÉ DO PRADO

Informa obstrução da bancada do PL ao processo de votação.

 

33 - VINÍCIUS CAMARINHA

Informa obstrução da bancada do PSB ao processo de votação.

 

34 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Anuncia o resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior. Coloca em votação o item 1 do método de votação.

 

35 - JANAINA PASCHOAL

Para questão de ordem, questiona a Presidência em qual momento será votado o parágrafo que esclarece a progressividade nas faixas salariais. Considera este ponto muito importante. Afirma que a incidência de 16% é nominal e não real.

 

36 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Esclarece a dúvida da deputada.

 

37 - PROFESSORA BEBEL LULA

Para questão de ordem, ressalta a diferença entre o escalonamento e a progressividade, apresentada na emenda aglutinativa a ser votada.

 

38 - CAMPOS MACHADO

Encaminha a votação do item 1 do método de votação ao PLC 80/19, em nome do PTB.

 

39 - BETH LULA SAHÃO

Encaminha a votação do item 1 do método de votação ao PLC 80/19, em nome do PT.

 

40 - DR. JORGE LULA DO CARMO

Encaminha a votação do item 1 do método de votação ao PLC 80/19, em nome do PT.

 

41 - MÁRCIA LULA LIA

Encaminha a votação do item 1 do método de votação ao PLC 80/19, em nome da Minoria.

 

42 - ERICA MALUNGUINHO

Encaminha a votação do item 1 do método de votação ao PLC 80/19, em nome da Minoria.

 

43 - MONICA DA BANCADA ATIVISTA

Encaminha a votação do item 1 do método de votação ao PLC 80/19, em nome do PSOL.

 

44 - CARLOS GIANNAZI

Encaminha a votação do item 1 do método de votação ao PLC 80/19, em nome do PSOL.

 

45 - LECI BRANDÃO

Encaminha a votação do item 1 do método de votação ao PLC 80/19, em nome do PCdoB.

 

46 - PROFESSORA BEBEL LULA

Para questão de ordem, pede esclarecimentos sobre o conteúdo da emenda aglutinativa.

 

47 - CARLÃO PIGNATARI

Esclarece a dúvida da deputada.

 

48 - JANAINA PASCHOAL

Encaminha a votação do item 1 do método de votação ao PLC 80/19, em nome do PSL.

 

49 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em votação o item 1 do método de votação ao PLC 80/19.

 

50 - TEONILIO BARBA LULA

Informa a obstrução da bancada do PT ao processo de votação.

 

51 - CARLOS GIANNAZI

Informa a obstrução da bancada do PSOL ao processo de votação.

 

52 - RODRIGO GAMBALE

Informa a obstrução da bancada do PSL ao processo de votação.

 

53 - VINÍCIUS CAMARINHA

Informa a obstrução da bancada do PSB ao processo de votação.

 

54 - ADRIANA BORGO

Informa a obstrução da bancada do PROS ao processo de votação.

 

55 - MARCIO DA FARMÁCIA

Informa a obstrução da bancada do Podemos ao processo de votação.

 

56 - REINALDO ALGUZ

Informa a obstrução da bancada do PV ao processo de votação.

 

57 - SARGENTO NERI

Informa a obstrução da bancada do Avante ao processo de votação.

 

58 - ALEX DE MADUREIRA

Informa a obstrução da bancada do PSD ao processo de votação.

 

59 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Registra as manifestações. Anuncia o resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação do item 1 do método de votação ao PLC 80/19, restando prejudicados todos os demais itens. Convoca os Srs. Deputados para uma reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, a realizar-se em 04/03, às 12 horas e 45 minutos.

 

60 - TEONILIO BARBA LULA

Para comunicação, declara o voto contrário da bancada do PT.

 

61 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. Cauê Macris.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Ordem do Dia.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

                                                                

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - “Resposta à questão de ordem formulada pelo nobre deputado Teonilio Barba na 75ª Sessão Extraordinária, realizada em 11 de dezembro de 2019, e à questão de ordem formulada pela nobre deputada Monica da Bancada Ativista na 76ª Sessão Extraordinária, realizada em 12 de dezembro de 2019.

Na presente resposta, a Presidência examinará, conjuntamente, duas questões de ordem — uma do nobre Deputado TEONILIO BARBA, e a outra da nobre Deputada MONICA DA BANCADA ATIVISTA — apresentadas em dezembro de 2019.

Ambas as questões de ordem submeteram à Presidência indagações pertinentes à constitucionalidade do Projeto de lei Complementar nº 80, de 2019 (PLC nº 80/2019), de autoria do Senhor Governador do Estado, e o fizeram levando em consideração dois aspectos: (1º) o fato de o Chefe do Executivo ter apresentado o projeto concomitantemente com a Proposta de Emenda nº 18, de 2019, à Constituição do Estado (PEC nº 18/2019); e (2º) a circunstância de que sobrevieram decisões judiciais determinando a suspensão da tramitação da PEC nº 18/2019.

 No curso da Septuagésima Quinta (75ª) Sessão Extraordinária, realizada em 11 de dezembro de 2019, o nobre Deputado TEONILIO BARBA suscitou questão de ordem em que sustentou que o PLC nº 80/2019 seria inconstitucional, e não deveria ter sido admitido pela Presidência.

De acordo com a argumentação do ilustre Líder do PT, o Senhor Governador do Estado, ao enviar a esta Casa, concomitantemente, a PEC nº 18/2019 e o PLC nº 80/2019, teria ‘se referenciado na PEC Federal, que não é de aplicação aos estados’.

Sustentou que ‘o correto seria primeiro aprovar a PEC 18/2019, para então apresentar para deliberação desta Casa Legislativa o PLC 80/2019’; ponderou que não mereceria acolhida ‘a alegação de que as proposições tramitam paralelamente e que, ao final, seriam aprovadas simultaneamente’; e registrou, ainda, que a tramitação da PEC encontrava-se suspensa por força de decisão judicial.

Também a nobre Deputada MONICA DA BANCADA ATIVISTA, na questão de ordem que formulou em 12 de dezembro de 2019, no curso da Septuagésima Sexta (76ª) Sessão Extraordinária, aludiu à existência das decisões judiciais que determinaram a suspensão da tramitação da PEC nº 18/2019.

Aduziu, ainda, na mesma linha de entendimento do nobre Deputado TEONILIO BARBA, que o PLC ‘faz menção a inúmeros itens da Constituição Estadual que não estão em vigor’. Diante disso, dirigiu à Presidência as seguintes perguntas:

‘1) É legítimo e regimental que a Assembleia Legislativa esteja discutindo um projeto que, neste momento, é latentemente inconstitucional, por não ter um texto constitucional que o ampare? 2) Não seria prudente e correto que esta Casa Legislativa determinasse a suspensão do trâmite do PLC 80/2019, enquanto não aprovada a proposta de reforma constitucional, prevista pela PEC 18/2019?’

Eis, em síntese, a matéria trazida à apreciação da Presidência nas questões de ordem. Passa-se à resposta.

Não merece acolhida, no entender desta Presidência, a alegação de que o projeto de lei complementar somente poderia ter sido apresentado depois de aprovada a PEC.

A esta Presidência parece certo o pleno cabimento da adoção, como parâmetro de exame da constitucionalidade do PLC, das normas delineadas na PEC.

Por evidente que, tendo havido o encaminhamento simultâneo, pelo Chefe do Executivo, das duas proposituras, a aferição da constitucionalidade das disposições do PLC podia e devia tomar como referência o cenário jurídico delineado na PEC, e não o vigente quando da apresentação das proposituras.

E foi exatamente nessa perspectiva que, verificando que as disposições contidas no projeto de lei complementar encaminhado pelo Chefe do Executivo por meio da Mensagem A-nº 118/2019, de 12 de novembro de 2019, compatibilizavam-se com as traçadas na proposta de emenda à Constituição por ele enviada por meio da Mensagem A-nº 117/2019, da mesma data, este Presidente admitiu o PLC, que veio a tomar o nº 80/2019, sendo publicado no Diário Oficial do Estado - Poder Legislativo de 13/11/2019, na mesma edição em que foi publicada, sob o nº 18/2019, a PEC.

A propósito, é de se ressaltar que, em matéria de reforma previdenciária estadual, a formulação concomitante de proposições visando à alteração de disposições constitucionais e infraconstitucionais,  verificou-se não apenas em São Paulo, mas em vários outros Estados da Federação.

É certo, inclusive, que em alguns deles já se concluiu a tramitação da matéria, tendo sido promulgados os diplomas resultantes.

Assim procedeu, por exemplo, o Senhor Governador RUI COSTA, do Estado da Bahia, mediante o envio, em 14 de janeiro de 2020, da Proposta de Emenda Constitucional nº 159/2020 e do Projeto de lei nº 23.728/2020.

Da mesma forma, o Senhor Governador WELLINGTON DIAS, do Estado do Piauí, por meio das Mensagens nº 65/GG e nº 66/GG, encaminhou à Assembleia Legislativa, respectivamente, o Projeto de lei ordinária do Governo nº 53/2019 e a Proposta de Emenda Constitucional do Governo nº 3/2019.

No que se refere à suspensão da tramitação da PEC nº 18/2019 por força de medidas liminares concedidas, monocraticamente, pelos Excelentíssimos Senhores Desembargadores Relatores de dois mandados de segurança impetrados perante o Egrégio Tribunal de Justiça paulista (autos nº 2273599-90.2019.8.26.0000 e nº 2275735-60.2019.8.26.0000), é de se ter presente que tais decisões não guardam qualquer relação com a matéria ventilada nas questões de ordem, portanto as decisões se relacionam com os aspectos procedimentais da tramitação da PEC.

É certo, de todo modo, que os efeitos liminares restaram suspensos pelo Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal em decisões que proferiu no último dia 17 de fevereiro, nos autos da supressão da segurança nº 5340 e da supressão da segurança nº 5351.

Com o advento dessas decisões da Presidência da mais alta Corte da Justiça brasileira, deu-se a continuidade à tramitação da PEC nº 18/2019, sendo certo que, na 14ª Sessão Extraordinária, realizada em 3 de março último, concluiu-se o segundo turno de votação da matéria.

Logo, a votação em Plenário do PLC dar-se-á em momento posterior à votação da PEC; assim, já encontra claramente definido no cenário constitucional no qual estão inseridas as disposições dos diplomas a que o PLC dará origem.

Ficam respondidas, nestes termos, as questões de ordem apresentadas pelo nobre Deputado TEONILIO BARBA e pela nobre Deputada MONICA DA BANCADA ATIVISTA, em 11/12/2019 e em 12/12/2019, respectivamente.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Ordem do Dia. Votação adiada.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT – Sr. Presidente, pela ordem. Só para uma Questão de Ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Pois não, deputado.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT – PARA QUESTÃO DE ORDEM - Você está dando uma resposta que não é a resposta que a gente esperava. Fica tranquila, Márcia. Não esquenta. Não é a resposta que a gente esperava, só para deixar claro que nós vamos continuar na batalha jurídica ainda em cima dessa Questão de Ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – É um direito de Vossa Excelência.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT – Só para não dizer que eu não falei aqui. Então, estou registrando aqui essa oposição. Aliás, já mandei entrar, porque, na verdade, tem um debate que era sobre o voto do deputado Paulo Fiorilo que a desembargadora mandava ser lido o voto dele.

Esgotaram-se os 45 dias e não foi lido o voto. Vocês entenderam que esgotou o objeto, mas nós entramos com ação sobre isso e vamos continuar.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está no direito de V. Exa. e de qualquer parlamentar. Está bom?

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Pela ordem, deputado Campos Machado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – Havendo a possibilidade de nós tentarmos fazer um novo reajuste salarial – um novo, não –, um pequeno reajuste, de maneira que possa atender grande parte dos deputados, eu requeiro a V. Exa. consultar as lideranças, e nós suspendemos nossos trabalhos por dez minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Deputado Campos, eu preferiria, e, aí, o presidente coloca a posição contrária, para que a gente comece os encaminhamentos e durante os encaminhamentos se tente a construção do acordo.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – Mas V. Exa. não quer consultar as lideranças em plenário?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Não. É que o presidente tem o direito, inclusive, de ser contra a suspensão dos trabalhos.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – Sr. Presidente, desculpa.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Neste momento, eu entendo a necessidade do início dos debates.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – Desculpe, Sr. Presidente. Não se pode ser tão radical assim, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Precisa ser unânime, deputado Campos Machado, e este presidente discorda.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – O quê?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Precisa ser unânime a suspensão, e este presidente discorda.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – Mas eu estou requerendo. Então, os deputados líderes que digam.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – E eu estou discordando; e eu estou discordando da suspensão dos trabalhos.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – Ah, quer dizer que de hoje em diante, então...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Sim, é unânime.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – Então, eu vou requerer, de hoje em diante...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – A suspensão, ela tem que ser unânime.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – Calma, eu estou falando.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Pronto.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – Estou falando.

Eu perguntei para a senhora, por acaso? Eu perguntei para a senhora por acaso, dona Carla?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Mas eu tenho que consultar todos os líderes, deputado Campos, e a deputada Carla já disse também que não concorda com a suspensão.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – Eu perguntei para a senhora, por acaso, alguma coisa?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Com anuência.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – Eu só estou achando que o presidente, neste momento, meu amigo, está sendo radical.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Perfeito.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – Uma decisão radical, quando poderíamos encontrar um caminho correto, tranquilo, sereno, sossegado, sem percalços.

Vossa Excelência quer optar por um caminho contrário ao bom senso, eu quero deixar bem claro aqui.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Em votação...

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL – Pela ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – ... o roteiro.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL – Pela ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Há sobre a mesa o roteiro apresentado pelo nobre líder do Governo.

Coloco em votação o roteiro que passo ler no seguinte momento:

“Sr. Presidente, requeiro, nos termos regimentais, que a votação do Projeto de lei Complementar nº 80, de 2019, se proceda da seguinte conformidade:

1 – Emenda aglutinativa substitutiva e as expressões ‘a alíquota’ e ‘será aplicada de forma progressiva sobre a base de contribuição do servidor ativo’, incidindo cada alíquota a faixa de valores compreendidas nos respectivos limites, constando do parágrafo 2° da emenda 146.

Item 2 – Substitutivo nº 1.

Item 3 – Projeto de lei Complementar nº 80, de 2019, salvo emendas, subemendas e partes destacadas.

Item 4 – Emenda nº 146, salvo partes destacadas e o item 1.

Item 5 – Subemenda nº 1, apresentada pelo relator especial da Comissão de Constituição e Justiça.

Item 6 – Emendas nºs 1 a 145 e 147 a 156, englobadamente.

Em votação.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL – Pela ordem, Sr. Presidente.

Para encaminhar pela liderança do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Tem a palavra V. Exa. para encaminhar pela liderança do PSOL.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia, servidores e servidoras que estão participando de um grande movimento contra essa farsa da reforma da Previdência, em primeiro lugar, eu gostaria de manifestar aqui a minha indignação e o meu repúdio ao que aconteceu ontem na Assembleia Legislativa.

O dia de ontem ficou marcado de uma forma muito negativa não só nos Anais da Assembleia Legislativa, mas sobretudo nos Anais da história do estado de São Paulo, porque nós assistimos aqui a um show de autoritarismo e um massacre também em cima dos servidores públicos.

O massacre da retirada de direitos, de uma farsa de uma reforma cruel e perversa de retirada de direitos previdenciários das servidoras e dos servidores e também um massacre físico.

Foi inadmissível o que aconteceu ontem e quando começou a sessão eu fui ao microfone e fiz um apelo ao presidente da Assembleia, o deputado Cauê Macris, para que ele retirasse a Tropa de Choque de dentro da Assembleia Legislativa, porque não combina Tropa de Choque dentro da Casa do Povo, da Casa da Cidadania, Tropa de Choque nos corredores, dentro do plenário do Parlamento paulista; e deu no que deu.

Ele acionou o botão do aparelho repressivo do estado contra milhares de servidoras e servidores, que foram machucados, que apanharam, que foram vítimas de balas de borracha, de spray, de bombas de gás lacrimogêneo. Inclusive bombas vencidas e gás vencido também, que inclusive faz muito mal para a saúde das pessoas. Foi um absurdo o que aconteceu ontem aqui.

Então a Assembleia Legislativa tem essa mancha histórica que estará registrada e a história não vai perdoar o presidente da Assembleia Legislativa, Cauê Macris, e nem os deputados que foram complacentes, que não reagiram ao que aconteceu ontem e ainda referendaram todo o processo de repressão da Tropa de Choque contra professoras, professores, agentes de organização escolar, escreventes, oficiais de justiça, servidores do sistema prisional, servidores da Polícia Civil, da Secretaria da Saúde, enfermeiras, médicos.

Servidores de vários órgãos públicos foram ontem vítimas desse processo de repressão e da retirada de direitos. O que eu quero dizer aqui hoje é a segunda parte da perversidade.

A Assembleia vai votar a segunda parte da maldade, da perversidade e da crueldade contra os servidores públicos, porque no conjunto essa reforma, essa farsa da reforma da Previdência que é representada pela PEC 18 que, infelizmente, foi votada ontem...

E hoje está em debate aqui o PLC 80. Essa reforma no seu conjunto agride os direitos e a dignidade dos nossos servidores em vários aspectos. Primeiro, que eleva a idade mínima para aposentadoria para os servidores em geral: 62 anos a servidora e 65 anos o servidor público.

Eleva também a alíquota de contribuição mesmo com as alterações feitas. Não se enganem. Nessas alterações feitas tem muita pegadinha. Tem artigos obscuros que não são claros, que podem jogar a conta desse escalonamento que está sendo agora colocado como a salvação da Pátria para os aposentados e pensionistas.

Um dos parágrafos do Art. 31 do PLC versa exatamente sobre isso. Então tem pegadinhas, tem artigos obscuros, que não são claros. Então temos que tomar cuidado. Porque essa progressão, esse escalonamento, também não resolve a situação.

O fato é que as maldades continuam nessa reforma. As regras de transição são duras, são cruéis. Milhares e milhares de servidores serão prejudicados com essas regras de transição. Para alguns setores, elas nem existem. Essa é a grande verdade.

Enfim, essa reforma da Previdência atenta contra os direitos conquistados historicamente pelos nossos servidores. Lembrando que o Estado de São Paulo já fez a Reforma da Previdência em 2007 e já houve o aumento da alíquota para 11 por cento.

Isso aconteceu em 2007. Depois tivemos uma segunda Reforma da Previdência, que foi aprovada aqui em 2011, que foi criada a Previdência complementar.

Então as argumentações do governo, de que há um rombo, há um déficit, que o governo precisa em 10 anos economizar 32 bilhões de reais, isso na verdade já foi desmascarado. Fiz aqui várias exposições aqui na tribuna, mostrando os números, mostrando que, se há crise fiscal, não é na Previdência.

A crise fiscal do Estado de São Paulo está no pagamento da dívida pública, que já consome 17 bilhões de reais por ano dos cofres públicos. Dívida que nunca foi auditada.

A nossa luta tem sido pela sua imediata auditoria. O que cria crise fiscal no Estado de São Paulo é a sonegação fiscal das grandes empresas. Não é à toa que a dívida pública do nosso estado já está em torno de 340 bilhões de reais.

Muitas dessas empresas são beneficiadas ainda com benefícios fiscais, como as empresas aéreas, os grandes frigoríficos, e tantos outros setores e empresas, que a Assembleia Legislativa nem quer ouvir falar sobre isso, de enfrentar essas grandes empresas.

Por que será? Por que será que a Assembleia Legislativa não entra na luta pela auditoria da dívida pública, da dívida ativa? Por que a Assembleia Legislativa não reage à política de desoneração fiscal que transfere recursos públicos do erário estadual para os grandes grupos econômicos do nosso Estado?

Essa desoneração fiscal, essa transferência aberta, já consome quase 20 bilhões de reais dos cofres públicos. Então queremos debater essas dívidas. Aí temos o xis da questão, e não na Previdência.

Mas o governo Doria é covarde, o PSDB é covarde. É um governo a serviço do poder econômico, dos bancos, do mercado financeiro. Sempre foi, aqui no estado de São Paulo. Das grandes empreiteiras, dos grandes negócios. Então ele não vai fazer esse enfrentamento. Nem da dívida ativa, nem da política de desoneração, nem da dívida pública.

Ele ataca os servidores, fazendo as falsas reformas. Sobretudo, a Reforma da Previdência, que também tem um jabuti, tem uma Reforma Administrativa, que já abre caminho para que, ali na frente, o governo possa retirar quinquênios, sexta parte, gratificações. Tudo isso será tirado ali na frente porque trata-se não só de uma Reforma da Previdência, mas de uma reforma Administrativa.

Não é à toa que o secretário da Educação, que tinha anunciado a nova carreira, e que ela seria protocolada no final do ano passado, esperou. Porque ele sabia que ela seria protocolada no final do ano passado.

Esperou porque ele sabia que tinha que mudar primeiro a Constituição Estadual. Eles mudaram ontem. Cometeram a mudança ontem. E, com certeza, depois ele apresenta o projeto da nova-velha carreira, na verdade.

Que é uma grande armadilha, que vai prejudicar todo o Magistério estadual. Então, por isso, faço um apelo para que os deputados ainda possam rever os seus votos, as suas posições e votar contrariamente ao PLC nº 80, que representa essa nefasta e perversa reforma da Previdência.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Sr. Presidente, para indicar a deputada Isa Penna, do PSOL, pela liderança da Minoria. Ela vai dividir o tempo com o deputado Enio Tatto.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito. Tem a palavra para encaminhar.

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Olá a todas e a todos. Eu queria dizer aqui que, ao contrário do que muito com certeza vai ser falado hoje, vou aproveitar para dizer que o dia de ontem foi, acima de tudo, um dia de muito aprendizado para mim.

Eu quero dizer, com o coração aberto, para os servidores públicos do estado de São Paulo, que eles nos deram aqui, eu acredito, uma lição. E dizer que essa lição não vai ser em vão.

Se enganam aqueles que não veem a história como um processo, como se o dia de ontem tivesse já acabado. Dias como o de ontem, eles não acabam. Eles ecoam. As pessoas que aqui estavam ontem vão voltar para suas casas, vão relatar o que aconteceu aqui.

Aquilo que a gente está falando, que hoje está só em palavras, vai virar realidade dos fatos, que é a precarização do serviço público, a precarização da Saúde, da Educação. Porque é disso que se trata toda a discussão da reforma da Previdência, como essa draconiana prevista pelo Doria, proposta pelo Doria.

E eu queria me ater a um ponto e fazer uma denúncia. Talvez devesse até ter começado por isso. Muito se discutiu e se negociou acerca da emenda aglutinativa. Muito se negociou, muito se conversou, dialogou, o que é sempre salutar - é sempre importante haver o diálogo -, para se chegar a uma proposta que seria uma proposta com melhorias. E eu quero dizer a todos os deputados que leiam o § 2º do Art. 8º da emenda. Eu vou ler de forma rápida:

“Havendo déficit atuarial no âmbito do Regime Próprio de Previdência do Estado, a contribuição dos aposentados e pensionistas de que trata o caput incidirá sobre o montante dos proventos de aposentadorias e de pensões que superem um salário mínimo.”

Ora, vai incidir, na prática, sobre quase todas, a totalidade das aposentadorias. Então, na prática, essas demais alíquotas previstas, elas não serão aplicadas. Nem mesmo a melhoria negociada pelo governo João Doria é passível e é verdadeira.

Até nisso o ex-prefeito e atual governador e que quer muito, é almejante de ser presidente do Brasil - Deus nos livre dessa tragédia -, nem mesmo nisso a gente pode acreditar nele.

Então, ele está dando uma prova, não só para nós, mas para o resto do Brasil, da sua incapacidade de cumprir com aquilo que se fala. Isso, na política, não tem valor. Na política, a nossa palavra, a nossa capacidade de construir um projeto de país, com as diferenças que existem, depende, acima de tudo, da nossa capacidade de cumprir aquilo que a gente fala.

Se não, não há solidez naquilo que se constrói. E assim elas desmoronam do dia para a noite, como a gente tem visto acontecer com a política brasileira.

Então, queria lamentar e, mais uma vez, fazer um apelo para os deputados lerem esse § 2º, que pode até ser alterado, porque vamos colocar “poderá incidir”, mas a gente sabe que, na prática, a corda estoura do lado mais fraco. E é com muito prazer que eu felicito toda a bancada de oposição, porque nós fizemos...

A todo momento, estivemos aqui unidos, aguerridos, e eu acredito que é assim que uma bancada de oposição democrática, inclusive... Eu não estou falando só da esquerda, do PT, PSOL, mas de todos aqueles que, no próximo período, vão observar cada vez mais um fechamento democrático, e como devem agir: com unidade.

Por isso, é com prazer que eu chamo o deputado Enio Tatto para falar nos cinco minutos que me restam aqui.

Passo a palavra.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos assiste. Primeiro, quero lamentar a truculência, a crueldade da polícia do Doria, mandada pelo governador Doria, com consentimento do presidente da Casa no dia de ontem.

E a gente ainda ouve, escuta, assiste algumas pessoas falarem que os manifestantes, que os profissionais públicos do estado de São Paulo vieram aqui para fazer baderna. Queriam que viessem aqui para fazer o quê? Para assistirem sentadinhos, sem se manifestar?

Isso acontece no mundo todo. Acontece no Chile, na Argentina, na Grécia, na França; em todos os lugares. Quem fala isso não consegue sentar e analisar por um minuto o que significou essa votação e essa aprovação da Previdência no estado de São Paulo para as pessoas, para os funcionários públicos, para os profissionais públicos do estado de São Paulo.

Logo de cara, eles aumentaram em cinco anos o tempo de contribuição, de trabalho, para todos os trabalhadores homens do Estado, o que já é bastante. E pior: aumentaram em sete anos esse tempo para as mulheres.

Eu até fiquei imaginando ontem, na hora da votação, como é que deputados estaduais, que têm mãe, filha, avó, sogra, que sejam servidoras públicas, como esses deputados sobem aqui na tribuna e fazem questão de falar: “a minha mãe foi professora, meu pai foi médico, meu pai foi delegado”.

E no dia de ontem esses deputados traíram seu pai, sua sogra, sua mãe, sua filha, que são funcionários públicos. Votaram contra. Esses mesmos deputados ou deputadas usam o funcionalismo quando têm interesse, mas na hora em que os trabalhadores públicos precisam, são os primeiros a votar contra seus interesses.

Eu também não consegui entender como deputadas desta Casa Legislativa do Estado de São Paulo conseguem aprovar uma reforma da Previdência fazendo com que a mulher trabalhe sete anos a mais para se aposentar e não ganhe salário integral. Não dá para acreditar nisso, deputado Dr. Jorge.

E esse PLC que está sendo votado hoje aumenta a contribuição previdenciária, inclusive, para as pessoas que ganham até três salários mínimos, até 3.000 reais. Eu encontrei um aposentado ontem, um professor, que trabalhou 35 anos e se aposentou, deputado Giannazi, com pouco mais de 3.000 reais.

Estava com o holerite dele aqui ontem. Então, essa pessoa vai pagar os 14%. Esse PLC, na verdade, deputado Barba, foi uma maquiagem para tentar justificar a crueldade que esta Casa cometeu com o funcionalismo público do estado de São Paulo no dia de ontem. E em especial com as mulheres.

E volto a dizer: as deputadas que votaram ontem a favor da Previdência, a favor do Doria, vão ficar o resto da vida com a consciência pesada. E os deputados e deputadas que votaram com certeza vão ser cobrados em todos os lugares do estado de São Paulo. Os funcionários públicos não estão apenas aqui na Capital de São Paulo, mas, em todas as cidades, inclusive lá em Borá, que é a menor cidade do Estado.

Então, em todos os cantos, haverá acerto de conta com o eleitorado, e não só com o seu eleitorado, mas com o conjunto da população. E, essas coisas, não vêm de forma rápida. Elas vêm devagar, e vêm silenciosas.

É só verificar a resposta que os deputados que votaram a favor da reforma trabalhista tiveram nas urnas nas últimas eleições.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Para concluir, deputado Enio.

 

O SR. ENIO LULA TATTO – PT – E, a população, os eleitores, os funcionários públicos, vão cobrar de cada deputado da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo o voto que foi dado no dia de ontem.

Era isso, Sr. Presidente.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT – Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Deputado Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT – Para indicar a Professora Bebel para encaminhar, em nome da Bancada do PT.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Tem a palavra a Professora Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT – SEM REVISÃO DO ORADOR - Bom dia. Excelentíssimo Sr. Presidente, Mesa Diretora dos trabalhos, cumprimento a assessoria à minha esquerda, à minha direita, que estão sentados à minha direita, senhores e senhoras, deputado, público presente e todos os que nos assistem através da TV Alesp.

Subo a esta tribuna e, antes de começar a minha fala, eu gostaria que o líder do Governo Carlão Pignatari, a gente é tão respeitado aqui que nem pedindo uma informação para o líder do Governo Carlão Pignatari, gostaria de que ele respondesse de pronto no microfone para mim qual é o tempo exato dos professores e do funcionalismo público em geral para se aposentar. Por favor.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB – Cinquenta e um para professora, 57 para professor.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Carlão, não cabe aparte no encaminhamento. Desculpa, deputada.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT – Não, eu pedi informação. Eu não dei aparte, deputado.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Não cabe o deputado Carlão se pronunciar neste momento.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT – Não, eu dou um minuto para ele vir falar, porque é importante.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Não cabe. V. Exa. pode abrir mão da palavra.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT – Não, o senhor. Olha, deputado, o senhor abriu praça de guerra comigo, e vai ter, então. Sabe? Vai ter. É, é isso, sim. Porque não é possível, comigo não pode nada.

Mamãe Falei, você é machinho aqui. Aqui, rapaz. Seja aí, e respeite o teu cargo de deputado. Não seja moleque. Eu acho isso do senhor. Está feliz? Aplausos para o doutor, por favor. (Palmas.) Beleza.

Bem, vocês viram o clima que está para cima de mim nesta Casa, não viram? Eu não posso pedir informação. Eu não posso sequer fazer uso da minha fala aqui, porque o presidente não me respeita como deputada.

Eu não estou nem aí com o respeito dele. Eu estou com a minha categoria, que lutou, lutou e lutou; mas, também todos os servidores públicos, e eles estão aqui de cabeça erguida até o último momento.

Eu quero dizer o seguinte: que nós temos que ter claro que o dia de ontem foi um dia difícil, deputado Roberto Engler. Um dia difícil para mim, para os professores. Porque eu sei que eu me invisto, sim, dessa categoria.

Eu sei que eu não subo aqui para tirar voto dela; que, se ela não me quiser, ela também não me põe aqui. Tenho claro isso aqui. Mas, sei que pudemos contar com aguerridos deputados que, apesar de divergir, disseram “não, não voto com a injustiça.”

Isso o senhor fez, como outros 30 deputados fizeram.

Os que não fizeram eu vou respeitar. Por qual razão for, eu respeito. O tempo há de dizer se eu tenho ou não razão. Porque aqui eu vou falar um pouco da cobrança de alíquota. Vejam bem os senhores. Se vocês olharem assim no olho raso está dizendo que é progressivo.

Isso aqui é escalonamento. Progressividade tem outro princípio. A progressividade você aplica de tal maneira que a aritmética acaba contemplando bem ou mal e você convence, mas aqui não. O que leva a crer que até R$ 3.000,00 é justo? A partir de R$ 3.001,00... Por exemplo, se ganhar até R$ 3.000,00 vai pagar 11 por cento.

Você fala: “Pô, Bebel, mas o professor ganha R$ 2.588,00, mas o professor que está quase aposentando vai ganhar R$ 3.001,00, deputado Barros Munhoz; vai pagar 14 por cento. Ah, mas ele se aposentou, ele cai”. Ele não vai pagar porque vai subir para o teto do INSS, que é R$ 5.600,00; R$ 5.900,00, quase R$ 6.000,00. Então a partir daí 16%, 14%, depois 16 por cento.

Então seja por salário baixo ou salário alto, isso aqui é injusto, porque também tem uma coisa que foi aprovada ontem que eu chamei a atenção de todas e todos que é a história de implantar o subsídio. O que é o subsídio? Acaba com a carreira e aqui já está falando em remuneração e subsídio.

Estatui R$ 3.500,00 para a carreira. Portanto, após a promulgação dessa lei aplica-se o subsídio e todos os servidores, professores, que ganham e vão ganhar acima de R$ 3.000,00 vão pagar 14 por cento. É essa pegadinha que está aqui. É isso que precisa ser dito, que não tem nada de justiça. Tentei conversar com o lindão: “Bebel, você tem que votar contra mesmo”, porque ele fala assim.

Eu vou votar contra, claro que vou. Não concordo, mas ele poderia pelo menos partir do subsídio, deputado Barros Munhoz, poderia. Não era melhor uma regra que abrangesse mais? Eu acho, porque se até R$ 3.000,00 se aplica 11%, se o problema é dinheiro, subiu para 500... Onze por cento em cima de R$ 3.500,00 é mais dinheiro. Não é por dinheiro que nós estamos brigando?

Mas também não estou entendendo o fechamento dessa conta, deputada Isa Penna. Eu não estou entendendo o fechamento dessa conta, porque se se amplia a alíquota para nós, amplia também para o governo. Onze por cento para nós, 22% para o governo; 14% para nós, 28% para o governo; 16%, 32% para o governo.

Que conta é essa? Que reforma fiscal é essa, poxa, que eu não estou entendendo? Ou é porque o governo já está de antemão dizendo que ele não vai fazer, pôr coisa nenhuma, como até agora não pôs? É isto? Então eu sinceramente quero dizer que eu estou aqui, gente, e aí... Olha, está todo mundo feliz. Os complementos foram dados, é isso? É isso? Está todo mundo feliz nesta Casa hoje, perceberam?

Estou falando do lado de lá; não estou falando do lado de cá. O lado de cá tem compromisso. O presidente ali está até tranquilo, não é? Veja o presidente. Como sempre nunca respeitou quem está na tribuna, mas lamento. Ele é jovem. Jovem é assim. Um dia ele vai chegar na minha idade, vai chegar na idade dos outros.

Aí ele vai ver o quanto dói uma falta de respeito com as pessoas, com uma professora, com qualquer profissional que seja. Vai ver na pele o que é que dói, se é o status que a gente respeita ou a gente respeita qualquer um, independente do status.

E ele não está nem aí. A vida será dura para ele no futuro. Talvez o filho dele não o respeitará, com certeza, mas...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência não fale do meu filho. Eu não vou aceitar V. Exa. falar do meu filho. Vossa Excelência não põe o meu filho em uma questão pessoal.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Ganhei a atenção do senhor.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tira o meu filho da boca de Vossa Excelência. Vossa Excelência não tem direito e grandeza para falar do meu filho.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Nossa, falou. Falou, falou. Gostei. Falou. Doeu? Doeu, deputado? Doeu? Doeu, deputado? Doeu, né? Doeu, deputado. Doeu. Doeu. Doeu.

É isso que eu queria que ele sentisse. Dor. Dor que nós passamos ontem. E pode fazer o seguinte: pode aumentar o meu som porque não aceito falar sem som. Pode aumentar o meu som. Que é isso? Que é isso?

E a senhora, por favor, a senhora não está com a fala. A senhora se apequene na pequenez da senhora. Viu, senhora Valeria Bolsonaro? O nome já diz quem é a senhora A senhora se apequena. A senhora é pequena. Alta-pequena.

Não tenho medo do presidente. Eu retiro da minha boca o filho dele. Estou retirando. Mas quero dizer que eu queria saber se dói nele ser atingido ou não. Porque ele me atingiu a semana passada.

E ele não quis saber o que eu senti. Ele quis saber o que senti? Não. Ele acabou comigo publicamente aqui. Acabou, não. Porque ele não consegue acabar. (Manifestação nas galerias.)

E não conseguiu. Então, deputado presidente, retiro da minha boca o seu filho. Mas o senhor também me respeite com o devido respeito. Por favor.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação, o roteiro de votação. Os favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para pedir uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, a partir desse momento vamos proceder à verificação da votação no sistema eletrônico. Estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

* * *

 

- É iniciada a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

 O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para declarar obstrução da bancada do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSOL está em obstrução.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB – PARA COMUNICAÇÃO - Sobre a votação, temos que votar “sim” para aprovar o roteiro e, rapidamente após, começar a discussão do projeto efetivamente? Estamos votando apenas o roteiro?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito. Estamos votando o roteiro de votação nesse momento.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB – Então, queremos votar “sim” no roteiro.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tendo transcorrido os quatro minutos, o sistema eletrônico ficará aberto por quatro minutos para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados possam registrar os seus votos “sim”, “não” ou “abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, para botar a bancada do PT em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PT está em obstrução.

 

O SR. RODRIGO GAMBALE - PSL - Sr. Presidente, para colocar a bancada do PSL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - PSL está em obstrução.

 

O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Sr. Presidente, PDT em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PDT está em obstrução.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - Sr. Presidente, queria colocar o Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Podemos está em obstrução.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Sr. Presidente, Republicanos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Republicanos está em obstrução, com anuência do nobre líder Sebastião Santos.

 

O SR. RAFA ZIMBALDI - PSB - Sr. Presidente, PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSB está em obstrução.

 

O SR. ITAMAR BORGES - MDB - Sr. Presidente, MDB está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O MDB está em obstrução.

Os terminais eletrônicos estão abertos para votação. Peço a todos os deputados que conseguirem utilizar o sistema eletrônico, que assim o façam.

Neste momento, vamos abrir os microfones de apartes para aqueles parlamentares que não conseguiram realizar os seus votos nos terminais eletrônicos. Estão abertos os microfones.

 

O SR. ANDRÉ DO PRADO - PL - Sr. Presidente, colocar o PL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PL está em obstrução.

Pergunto se mais algum Sr. Deputado ou Sra. Deputada gostaria de realizar o seu voto. Não havendo mais votos, pergunto se existe alteração de voto. Algum Sr. Deputado ou Sra. Deputada gostaria de alterar o seu voto?

Não havendo mais alteração de voto, está encerrado o processo de votação. Participaram desse processo 87 Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sendo 58 votos “sim”, 28 “não”, este presidente que não vota, quórum suficiente para aprovar o requerimento formulado pelo deputado Carlão Pignatari, do método de votação.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sr. Presidente, gostaria de pedir uma votação nominal do projeto.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Coloco em votação o pedido de votação nominal. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente...

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, para pedir uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Só lembrando, deputado Campos, que não cabe encaminhamento no pedido de verificação nominal.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Não, eu ia requerer...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - A verificação nominal.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - A verificação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. A partir deste momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

* * *

 

- É iniciada a chamada.

 

* * *

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT – Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Pela ordem, deputada Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT – Eu gostaria de fazer uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Pois não. Enquanto não corre o tempo, eu passo a palavra a Vossa Excelência.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT – PARA COMUNICAÇÃO - É sobre sexta-feira, que vai ter o Prêmio Inezita Barroso, que vai ser às 10 horas da manhã aqui neste plenário. Nós estabelecemos um critério, um critério até bastante justo, técnico.

Pegamos membros da sociedade civil, com mais a bancada de deputados que lá estavam. Inclusive, vão tirar do nosso bolso, pagar mais dois troféus, aí, para poder doar, porque a gente achou que era pouco.

Enfim, tem uma proposta, deputado, que gostaria, apesar das divergências, que V. Exa. pensasse nela, que seria de pensar em ampliar e deixar 50% de indicação para a sociedade civil e 50% os deputados indicarem.

Porque é injusto. Só os deputados indicam, fica uma coisa muito dentro da Casa.

Está indo para a mesa do senhor.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Vossa Excelência formalizou essa proposta?

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT – Sim, senhor.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Então, perfeito.

Chegando, a gente vai fazer a análise.

Transcorrido o tempo, neste momento vamos abrir os terminais eletrônicos para que os parlamentares votem “sim”, “não” ou registrem abstenção. Só lembrando que estamos votando o requerimento do deputado Carlão Pignatari solicitando a votação nominal dos itens do roteiro de votação.

Neste momento, vamos abrir os microfones de aparte para aqueles parlamentares que não conseguiram realizar os seus votos nos terminais eletrônicos.

 

O SR. RODRIGO GAMBALE - PSL - Presidente, para colocar o PSL em obstrução e para votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSL está em obstrução. Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - Gostaria de colocar o Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Podemos está em obstrução.

 

O SR. ANDRÉ DO PRADO - PL - Votar “sim” e colocar também o PL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registro o voto “sim” do deputado André do Prado. O PL está em obstrução.

Só fazer um registro. O Professor Kenny votou “sim” e não foi registrado no painel. Então só para refazer para que seja registrado o voto do Professor Kenny.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Colocar o PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSB está em obstrução.

Pergunto se mais algum Sr. Deputado ou Sra. Deputada gostaria de realizar o seu voto. Não havendo mais votos, passamos neste momento à alteração de voto. Pergunto se algum deputado gostaria de alterar o seu voto.

Não havendo alteração de votos, está encerrado o processo de votação. Participaram desse processo 86 Sras. Deputadas e Srs. Deputados. 56 votos “sim”, 29 “não”, este presidente que não vota. Quórum que aprova o pedido de votação nominal.

Item 1.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Pela ordem, Sr. Presidente. Para encaminhar pelo PTB.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra V. Exa. para encaminhar em nome da liderança do PTB.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Uma questão de ordem, Sr. Presidente?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Questão de Ordem enquanto o deputado Campos Machado vai à tribuna. Deputada Janaina Paschoal.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Haja vista que a Casa, ontem, depois de uma longa discussão, decidiu fazer uma alíquota progressiva, e a racionalidade da alíquota progressiva é também que ela seja progressiva internamente, de forma a favorecer as várias faixas salariais, e percebendo que alguns colegas ainda estão com dúvidas, eu gostaria de indagar a Vossa Excelência: em que momento do processo legislativo votaremos o parágrafo que prevê expressamente que a progressividade incide em cada faixa?

De maneira que, por exemplo, quem ganha o teto do INSS pagará menos do que 14%, porque, na faixa referente a um salário incide 11%, na faixa que vai acima de um salário até 3 salários incide 12 por cento. E o que ultrapassa 3 mil é que incidirá os 16%, fazendo a composição, dá 13,6 por cento. (Manifestação nas galerias.)

Qual é o parágrafo... Não, não. É isso que... Não, não. Não falei errado. Perdão, gente. Deixa eu finalizar. Deixa eu finalizar.

Gente, esse ponto, excelência, é muito importante, para que a população compreenda e para que todos os parlamentares votem conscientes. Eu não errei. Eu não errei. Podem divergir, mas eu preciso poder explicar. Excelência. Os 16% são nominais, não são reais.

Porque, em todos os salários, por mais altos que sejam, o primeiro salário mínimo sofrerá 11. O valor que excede um salário mínimo, até 3 mil, sofrerá 12. O valor que excede esses 3 mil, até o teto, sofrerá quatorze.

Esperem, por favor. O valor que excede... O valor que excede 14, aí é dezesseis. Quando fazemos a composição, fica menos. Então, a minha indagação, excelência, a Questão de Ordem é: em que momento do processo legislativo votaremos este parágrafo, que garante essa progressividade interna?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Estamos votando no item 1. O item 1, estamos votando a emenda aglutinativa substitutiva e as expressões “a alíquota será aplicada de forma progressiva sobre a base de contribuição do servidor ativo, incidindo cada alíquota sobre a faixa de valores compreendidas nos respectivos limites, constantes no parágrafo 2º da emenda nº 146.”

Então estamos votando a substitutiva com esta expressão, neste momento, que o deputado Campos Machado está encaminhando.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Questão de Ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pois não. Questão de Ordem de Vossa Excelência.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - PARA QUESTÃO DE ORDEM - A questão dada é o seguinte. Há uma proposta neste texto que é escalonamento, que é diferente de progressividade.

A emenda aglutinativa trata, realmente, da progressividade. É outra coisa. Não tem nada a ver com o que está no texto que recebemos da aglutinativa global. Aliás, do texto do PLC 80. Então, de fato, há uma diferença entre escalonamento e progressividade. Até porque, foi construído no Parlamento, mas oriundo da bancada do Partido dos Trabalhadores, que eu participei.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Essa emenda, inclusive, é assinada por V. Exa. e pelo deputado Barba.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a palavra, deputado Campos Machado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - (Manifestação nas galerias.) Sr. Presidente, ou aumenta o meu microfone ou tira o pessoal daqui da frente e manda tomar café.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Peço que aumentem o microfone do deputado Campos Machado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Eu nunca vi tanta hipocrisia na minha vida como vejo hoje, nesta manhã. Ontem, o deputado Altair falou em hipocrisia. Talvez ele nem saiba o que é hipocrisia. Talvez não saiba. Hipocrisia é o que está acontecendo hoje aqui e o que aconteceu ontem.

Ontem, houve um assassinato, um homicídio. Um homicídio praticado contra o servidor público. (Manifestação nas galerias.) Essa é a realidade. Como diz o deputado Olim, “é o Art. 121”, deputado Coronel Telhada, deputado Conte Lopes.

Foi um homicídio, um crime praticado ontem. Praticamos um delito e hoje estamos aqui abraçados em um barco sem saber o que fazer. De um lado, servidores que poderiam ter colaborado, que pertencem a um grande poder, se omitiram. Um outro poder se omitiu vergonhosamente. Poderia ter decidido, sim, um mandado de segurança. Mas a covardia falou mais alto. A covardia nos trouxe ontem aqui e nos traz hoje de volta.

Quero saber como é que esse pessoal vai reclamar. Estamos aqui enfrentando deputados amedrontados pelo governo, que estão presentes em todos os momentos, insuflados pelas tais emendas, mas estão aqui presentes.

Aqui ninguém falta. Comparece, é chamado de uma hora para a outra. Vem segunda-feira aqui às nove e quinze da manhã, está todo mundo aqui às oito horas. Enquanto isso, serventuários, funcionários do alto escalão, poderiam ter feito justiça, mas, na hora “H”, recuaram.

Estamos aqui dentro do que é possível. Vamos fazer o que aqui, dentro do que é possível, se muita gente se acovardou e nos colocou em uma posição difícil? Essa é a realidade. Prometeram uma coisa e colocaram outra no papel. Estamos agora aqui defendendo o “menos ruim”.

Olha a nossa situação. O menos pior. Desculpe, deputado Itamar Borges, se eu estiver atrapalhando Vossa Excelência... Olha, deputado Olim, olha a situação em que nos colocaram. É isso ou é pior. Colocaram-nos em uma situação...

Um grupinho entendeu que poderia ditar as normas. Prejudicou. Uma hipocrisia danada. Um grupinho que achava que poderia resolver as questões, um grupo feito por hipócritas, nos trouxe esse presente de grego. Essa é a realidade. Deram-nos esse presente de grego.

E nós estamos aqui. Não podemos piorar. Temos que salvar. Estávamos no Guarujá, naquela chuva, aonde o governador não foi. Estava no carnaval. Não foi. Estava dançando de rodinha, fantasiado. Estava lá dançando. Não perdeu um baile de carnaval.

Enquanto isso, 30 pessoas morreram no Guarujá. E aqui, a sua Tropa de Choque nos traz, deputado Engler, esse resumo, que é: ou nós votamos isso para evitar o mal maior, deputado Conte Lopes....

Nós fizemos o possível, lutamos pela Polícia Civil, Polícia Militar, Saúde, professores. A deputada Bebel teve que ir para casa ontem, pois estava doente. Fizemos o possível. Enquanto isso, os marajás das emendas... E eu vou anunciar aqui hoje.

Vou entrar no Ministério Público para saber por que deputados têm emendas maiores e outros deputados não têm nada. Chega de discriminação. Essa discriminação é que trouxe essa hipocrisia aqui para a Casa.

Eu estou atrapalhando os senhores do Novo? O candidato a prefeito lá sei do quê? Estou atrapalhando o senhor? Se eu estiver atrapalhando, eu fico quieto. Vossa Excelência, quando tem que falar, não fala. Deveria responder no Judiciário às perguntas que lhe são feitas, e não conversar aqui.

Por isso, Srs. Deputados, nesse clima de hipocrisia - e eu quero saber quem é que não está com cara de hipócrita hoje, nesta manhã. Nesse clima de hipocrisia, nós vamos, deputado Enio Tatto, salvar o que é possível salvar.

Eu já vi deputados tristes. Deputado Olim, deputado de Franca, deputados tristes, deputada Bebel; amargurados. É impossível... Espera um pouco. Não existe o café dos deputados para os senhores conversarem?

Desculpem. Eu não quero ter falta de educação, mas é falta de educação vocês ficarem conversando aqui na minha frente e atrapalhando. Olha o meu tempo, Sr. Presidente. Não é possível. Não adianta sorriso cínico, não. Porque a sua hipocrisia foi o seu voto, deputado Itamar.

Portanto, é o seguinte: eu não podia deixar de vir aqui, deputada Edna Macedo, para dizer o que eu estou sentindo. Nós estamos saindo daqui amargurados, tristes, decepcionados. Tiraram desta Casa a nossa dignidade. Nós estamos saindo daqui hoje... Tem alguns que vão se abraçar ao final.

Abraçar por quê? É o abraço da hipocrisia? Deputado Olim, nós não temos nem o que explicar. Lutamos até o final. Arrumaram uma sala misteriosa para esconder da gente. Mas nós conseguimos, graças a deputados como o deputado Camarinha, que foi muito correto comigo, participou ativamente, nos pôs a par de tudo; o próprio deputado Wellington.

Mas eu tenho que reconhecer, de maneira clara e cristalina: nós estamos saindo daqui hoje... Entramos como Tristão; estamos saindo como Isolda. Entramos como Lampião; estamos saindo como Maria Bonita. Essa é a realidade. Desculpe, senhores funcionários.

Nós lutamos até o fim. Trabalhamos. Mas a hipocrisia venceu mais uma vez; a hipocrisia, o medo e as vantagens das emendas. Nós fomos derrotados pelo Sr. João Agripino, que influenciou todos os partidos, principalmente o velho Novo. Todos foram influenciados.

Para terminar, presidente: como tem gente hipócrita nessa Casa. Estou assumindo o que estou dizendo. Nós fomos derrotados ontem numa batalha onde falou mais alto a voz do Sr. João Agripino.

E falou bem mais baixo a voz do povo, deputada Leci Brandão. Os funcionários públicos foram tratados ontem aqui...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Para concluir, deputado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - ...como parasitas.

Uma ofensa que machuca qualquer funcionário público. Mas, eu saio desta tribuna com a consciência tranquila. Fui até o fim.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Para concluir, deputado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – E, como diz o poeta: tudo vale a pena se a alma não é pequena. E minha alma não é pequena diante de tanta hipocrisia desta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Em votação.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT – Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Pela ordem, deputado Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT – Para indicar a deputada Beth Sahão para falar em nome da Bancada do PT.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Tem a palavra a deputada Beth Sahão.

 

A SRA. BETH LULA SAHÃO - PT – Sr. Presidente, deputadas e deputados desta Casa, público da galeria, telespectadores que nos assistem, funcionários, primeiramente, eu queria fazer uma referência à deputada Bebel.

Deputada Bebel, volte aqui, por favor. Eu acho que eu não poderia deixar de falar. Eu venho observando, nesses dias de debates acalorados, e, às vezes, até agressivos, que a deputada Bebel tem sido muito ofendida aqui nesta Casa, atacada.

E eu quero fazer uma referência. Quero aqui, de público, externar a minha solidariedade a Vossa Excelência. E não é só por tudo isso, mas é por todos aqueles que estão aqui.

Eu sei que tem muito do seu trabalho nessa mobilização. Eu sei que tem muito do seu trabalho nos pequenos avanços que foram conquistados nos debates desses projetos, que a gente sabe o quão prejudicial eles serão para todos os servidores.

Então, eu gostaria muito, Bebel, que você entenda que você é uma líder importante de uma categoria que talvez seja a mais importante do estado de São Paulo, que é a Apeoesp. A gente tem que reconhecer isso.

Eu quero publicamente reconhecer isso, a sua capacidade de mobilização e a sua capacidade de liderança. Foi muito importante esse seu papel ao longo dessas últimas semanas de debates aqui.

Mas eu queria me ater ao seguinte; talvez ninguém tenha pensado sobre isso, ou alguns tenham pensado, sim. Que o pessoal que é inativo, o pessoal que está aposentado, quantos já estão aí? Preparem-se, porque haverá desconto sobre o salário de vocês.

Quem ganha acima de um salário mínimo – se ganhar 1.046 reais – já vai começar a pagar a conta do Governo do Estado. Isso é uma vergonha. Isso é uma indecência.

Tirar dos inativos, deputado Jorge, é algo inadmissível. Os aposentados, que já contribuíram, que já lutaram muito, que já não ganham nenhuma fortuna, muito pelo contrário: muitos deles têm seus salários represados, porque, às vezes, quantos reajustes são dados do Governo do Estado que não atingem os inativos?

Quantas lutas esta Casa fez aqui, eu me recordo muito bem disso, em momentos de envio, no Governo do Estado, de reajuste para os servidores, em que a gente tinha que pedir pelo amor de Deus para serem colocados os inativos, ou, pelo menos, uma parcela dos inativos.

Então, nós sabemos que os aposentados têm os seus proventos cada vez mais enxutos, cada vez mais encolhidos. E, agora, esse projeto que está sendo votado aqui vai atingir os inativos, e isso a gente não pode aceitar. Nós temos que entrar com alguma medida contrária a isso, deputado Barba.

Eu tenho certeza de que V. Exa., na qualidade de nosso líder que conduziu esse processo também com muita competência, vamos tentar encontrar uma alternativa para poder proteger e preservar o salário dos inativos, porque isso é inconcebível. A gente, às vezes, vê o projeto e não consegue ver as armadilhas que tem dentro desse projeto, e tem muitas armadilhas.

Muitas armadilhas, como, por exemplo, o desconto de 11% para 14% atingindo quem ganha R$ 3.001,00. Agora o Partido dos Trabalhadores - e foi o Partido dos Trabalhadores que apresentou, através da deputada Bebel e do deputado Barba, a emenda da alíquota progressiva para poder diminuir os impactos negativos que esse projeto vai ocasionar no bolso dos servidores públicos. Não adianta querer dourar a pílula. Esse projeto é ruim.

Esse projeto é nocivo e nós vamos sucatear ainda mais a vida dos servidores. Nós vamos prejudicar se votar aqui. Se for aprovado - infelizmente, já foi e deverá, infelizmente, ser hoje concluída essa perversidade - comprometer o futuro dos servidores.

Eu estava fazendo uma pergunta aqui. Se uma pessoa com 60 anos vai entrar no serviço público... É um direito que ela tem de prestar um concurso. Porque tem 60 anos já está morto? Tem que ir para casa? Tem que pôr pijama? Acho que não, não é?

Tem todo o direito de se preparar e de prestar um concurso. Entrou no serviço público, como é que faz se ela tem que exercer 20 anos no mínimo dentro do serviço público?

Como é que ela vai se aposentar se tem aposentadoria compulsória com 75 anos? Como é que vai ser feito esse cálculo? Vai ser feito pela média? Ele vai ter que trabalhar até 80 anos?

Quer dizer, são questionamentos que a gente não tem resposta e que, infelizmente, esse projeto que nós estamos votando “não” nele, ele também não apresenta essas respostas para nós, deputado Enio.

Por isso mesmo que eu me orgulho de marcar aqui uma votação que certamente será lembrada ao longo dos próximos anos. Isso não será esquecido, deputado Barba.

A votação tanto da PEC quanto hoje desse PLC será muito lembrada por todas as servidoras e por todos os servidores porque a hora que as pessoas daqui a alguns anos forem se aposentar ou forem receber seus salários elas vão sentir esses efeitos nas suas vidas.

E ainda para piorar, os pobres coitados dos servidores que estiverem prestando concurso, que estiverem entrando, ingressando no serviço público, esses então não terão futuro algum.

Esses então serão totalmente prejudicados porque a eles não lhes será garantido os direitos que ainda nós conseguimos preservar um pouco daqueles que estão atuando no serviço público. E eu vou dividir o meu tempo aqui com o deputado Jorge. Coitado, ele vai ter três minutos e pouco. Dê um minuto a mais para ele, presidente, por favor.

 

 O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, primeiro para agradecer a nobre deputada Beth Sahão.

Não tem problema, deputada, nós estamos aqui para somar. Não tem problema nenhum. Eu falaria um minuto se fosse necessário, mas tudo que você falou é pertinente. Sr. Presidente, Srs. Deputados, hoje nós viemos aqui...

Nós - eu digo os deputados que apoiam essa PEC da maldade - para consolidar, ou seja, para regulamentar a maldade que foi cometida ontem com os servidores públicos do estado de São Paulo. Eu quero aproveitar para saudar a todos os que estão aqui na galeria, que bravamente estiveram ontem.

Desejar uma salva de palmas para vocês que bravamente ontem resistiram. Resistiram aqui neste plenário e na dependência desta Assembleia para dizer: “Não à reforma da maldade.

Não à reforma do PSDB, do governo Doria e dos seus aliados”. E nós temos a consciência tranquila, deputada Leci Brandão, de que nós cumprimos o nosso dever e o nosso papel.

Nós cumprimos a nossa obrigação de não compactuar, não comungar dessa ideia de cada vez mais achatar, diminuir, retirar os direitos dos servidores públicos. E aí hoje veio o escalonamento. Qual professor, qual servidor público, deputada Márcia Lia, ganha um salário mínimo? Ninguém. Não existe.

Até porque os professores, os servidores públicos, merecem ganhar muito mais. Agora, passou de R$ 3.000,00, ganhou R$ 3.001,00, deputada Erica, já vai para 14 por cento. É um confisco ao salário dos servidores e acima disso vai até 16. Prometeram que era até quatorze.

Mas hoje está apresentando, inclusive, uma alíquota maior, 16%, para aqueles que ganham acima do teto. Não podemos concordar com isso. Não podemos compactuar com essa maldade que está sendo feita. Aqueles que votaram no Doria, aqueles que escutaram e acreditaram quando ele disse que não ia mexer na reforma da Previdência, agora estão recebendo o troco. Agora estão recebendo exatamente o que ele disse.

Quando acreditaram nele e votaram no 45, votaram nele - e nós votamos no opositor a ele, porque o nosso candidato não foi para o segundo turno - tínhamos certeza que o Doria era o pior governador que o estado podia ter. Infelizmente a gente já alertava aqui que foi um péssimo prefeito.

Abandonou a Prefeitura de São Paulo. Fez a maldade lá. E o sucessor dele, o Bruno Covas, continuou. Fez a maldade com os servidores públicos da cidade de São Paulo. E agora também fez a maldade com os servidores do estado de São Paulo. Temos a consciência tranquila.

Vamos votar contrários a esse escalonamento, a essa forma perversa de prejudicar os servidores públicos do estado de São Paulo. Por isso quero ter certeza que, ontem, vocês bravamente resistiram aqui. Com muita bravura, com muita perseverança. Com a certeza de que vieram aqui, não para fazer baderna.

Agora, não dá para assistir passivamente alguém mexer naquilo que é mais sagrado que você conquistou: o seu trabalho. Você ver e ficar, simplesmente, sentado na galeria, achando que está tudo certo. Bravamente, resistiram. Infelizmente, caímos. Mas caímos de pé, com a cabeça erguida e a certeza do dever cumprido.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Para encaminhar pela liderança da Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra Vossa Excelência.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Muito bom dia a todos que se encontram, bravamente, resistindo aqui na galeria; aos deputados e às deputadas.

Quero deixar muito claro, mas muito claro, transparente, que a emenda que trata da progressividade, a emenda que trata da progressividade, ela é do Partido dos Trabalhadores. Ela foi assinada pelo deputado Barba e pela deputada Bebel. Para que ninguém se aproprie indevidamente daquilo que não lhe pertence.

Quero dizer que o que aconteceu nesta Casa, no dia de ontem, foi uma verdadeira barbárie. Foi uma verdadeira... Tanto aqui dentro, no plenário, quanto lá fora, quanto nos corredores desta Casa.

O meu gabinete chegou a acolher dezenas de pessoas que chegavam, saíam, entravam e saíam, entravam e saíam, principalmente mulheres, por conta daquele cheiro, daquela situação, do desespero e do medo de serem atingidas por uma daquelas balas de borracha ou daquele gás de pimenta.

Foi uma verdadeira barbárie o que aconteceu nesta casa. Desnecessário. Não havia necessidade de fazer da forma como foi feito. A quantidade de policiais que tinha aqui, se tivessem tido uma orientação segura, com certeza não teríamos vivido a barbárie que vivemos no dia de ontem.

Quero também dizer que o que será aprovado nesta Casa, no dia de hoje - a gente sabe que será aprovado -, é uma grande maldade. É a continuidade da maldade do que foi feito pelo governo Bolsonaro. Tiraram a presidenta Dilma com bandeira hasteada no peito. Estamos vivendo hoje no Brasil um descalabro do ponto de vista econômico, um descalabro do ponto de vista social. Um descalabro.

As pessoas que fizeram isso, e que tiveram participação efetiva no golpe, essas pessoas traíram vocês também. Traíram vocês. Porque tenho certeza que muita gente, equivocadamente, votou nesses representantes que hoje praticam também um golpe contra o servidor público do estado de São Paulo.

E aí, gente, não tem o que fazer. A gente lutou muito aqui para tentar derrubar essa PEC, mas aqueles que foram escolhidos para representar vocês foram aqueles que deram o golpe, o golpe mortal no servidor público.

Como disse a deputada Beth Sahão, como disseram alguns deputados que me antecederam nesta Casa, neste plenário, neste espaço de onde falo com vocês, foram escolhidos para representá-los e para defender os seus direitos, mas estão fazendo exatamente o contrário: estão votando contra os direitos de vocês, estão votando contra o povo de São Paulo, estão votando contra os servidores, estão votando contra as professoras.

Eu estava lendo, há pouco, o projeto da PEC para me assenhorar de alguns detalhes. A maldade que vão fazer com as pessoas que têm deficiência, com as pessoas que terão que ser aposentadas por acidentes de trabalho, com as pessoas que trabalham em condições insalubres, perigosas!

É um absurdo. É um verdadeiro descalabro, esse projeto de lei que será votado no dia de hoje. Nós vamos votar contra, porque não concordamos com tanta maldade. É muita maldade.

Aí vem com a conversa de que a progressividade... Progressividade coisa nenhuma, é 16%, é 14% que vocês vão amargar no desconto. Não venham enganar o povo aqui e dizer que é muita bondade, porque não é.

É para tirar direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras da Educação, da Saúde, da Justiça, da Assistência Social, da Agricultura, do Meio Ambiente. Todo mundo vai ser penalizado de uma forma cruel.

Quero dividir o meu tempo com a deputada Erica Malunguinho. Por favor, deputada.

 

A SRA. ERICA MALUNGUINHO - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Bom dia a “todes”. Serei bem breve neste tempo que me resta. Estava pensando aqui sobre a autossuficiência dos parlamentares. Ontem, o presidente falou sobre a democracia, que vivemos em um regime de democracia representativa.

Tem muitas coisas a serem questionadas em relação a essa representatividade. Vide, por exemplo, nossas caras no Congresso Nacional. Efetivamente, nós não somos um extrato fiel da sociedade brasileira. Por exemplo: a maior parte da sociedade brasileira é de mulheres e de pessoas negras. Isso não se reflete nas casas legislativas. Então, essa democracia representativa já é falha em si.

Outra coisa interessante é que, mesmo nesse regime, nessa suposta ideia de democracia representativa, eu acho muita petulância nossa, de nós, parlamentares, quando nos nutrimos de um poder quase absolutista em relação ao nosso estado nesta Casa Legislativa. É como se não devêssemos conta a quem nos elegeu ou à sociedade.

Por exemplo: custava que nós, como representantes eleitas e eleitos, fizéssemos consultas públicas aos nossos eleitores e às pessoas que participaram ativamente da nossa colocação neste lugar sobre determinados temas?

Eu acho extremamente petulante. É “tratorar” a vontade das pessoas. Não é possível que, em uma legião gigantesca de servidores e servidoras públicos, a gente não escute, a gente não ouça a resistência em relação à aprovação dessa reforma.

Então, tem uma dissonância grave acontecendo entre a sociedade e esses e essas que foram eleitas democraticamente para estar aqui, porque não ouvem aqueles a quem interessam os projetos que são pautados aqui.

Uma outra questão: acho que reformas são importantes, sim. Acho que reformas são importantes. Mas essa coragem de falar sobre a reforma da Previdência que vai, obviamente, em um modelo que segue a partir dos gestores que temos, saquear e extorquir ainda mais a população, eu queria ver a coragem para falar de reforma tributária.

Eu queria coragem para falar de reforma agrária. Eu queria ver essa coragem para falar de reforma agrária, num país que tem uma Lei de Terras que foi construída em 1850, e só duas semanas antes foi proibido o tráfico negreiro.

Ou seja, nós temos uma Lei de Terras - pessoas, aqui, do agronegócio, que falam sobre agricultura - que foi calcada, inclusive, no saqueamento e no empobrecimento da população brasileira, principalmente indígena e negra.

Vamos falar de reforma agrária? Vamos falar da Lei de Terras de 1850? Onde está a coragem para essa reforma? Mas é óbvio que os nossos gestores, como oriundos e filhos das cadeias do privilégio colonialista, só vão falar daquilo que lhes interessa. E o que lhes interessa, obviamente, é buscar uma economia e uma saúde econômica do estado a partir, novamente, da exploração do lado mais fraco.

O deputado Heni, ontem, falou que diversos estados fizeram reforma da Previdência etc e tal. É interessante. Com o mesmo discurso de uma suposta economia, que essa economia será investida em Saúde, Educação, Habitação.

Então, isso quer dizer, na prática, que nós teremos mais trens e metrôs funcionando mais para a frente? Isso quer dizer que, na prática, a gente não vai ter perrengue na Saúde? Quer dizer que, na prática, o saneamento básico vai acontecer? A gente sabe que não.

Essa economia não servirá para nada, porque a lógica desse modelo de gestão - e eu não falo só do governador Doria, mas de um modelo de gestão que está aí há séculos nesse país - é de exploração constante da massa pobre desse país.

O exemplo que nós temos, mais clássico, do nosso prefeito relâmpago que agora é governador, é a ração humana. Acho que é para aí que vai a economia da reforma da Previdência, para que a gente coma mais ração ou tenha ração no nosso prato todo dia. É isso. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Para encaminhar, com anuência do meu líder, pela bancada do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a anuência do líder Carlos Giannazi, V. Exa. tem a palavra para encaminhar em nome da liderança do PSOL.

Já está contando o tempo de V. Exa., deputada Monica.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Tudo bem. Eu acho que é legítimo, diante da situação que o Estado está vivendo, das mortes que a gente não comentou ontem, do confisco salarial dos trabalhadores do serviço público e agora dos aposentados, esse um minuto de revolta.

Eu fico ciente aqui, quietinha. Pode usar o meu tempo aqui. (Manifestação nas galerias.) Pode se manifestar à vontade. Hoje a gente vai votar o caráter mais cruel dessa dita reforma da Previdência. Eu estou um pouco fanha, estou bastante doente hoje. Acho que foi de respirar muito gás vencido ontem. Outras pessoas devem estar mal também.

Enfim, primeiro eu preciso dizer qual é, de verdade, o princípio da progressividade, para a gente minimamente usar o termo corretamente. Porque é um princípio do direito tributário, que quer sobretaxar riquezas ou quem acumula riqueza.

A gente não está falando de riqueza quando a gente está falando de um, dois, três, quatro salários mínimos, até porque todos os cálculos indicam que até quatro salários mínimos, nós estamos pagando abaixo do mínimo necessário para que qualquer família viva com dignidade. Precisa colar na realidade.

Até quatro salários mínimos brasileiros, nós estamos falando de vida de pobreza para as pessoas. Não existe riqueza até quatro salários mínimos. As pessoas não vivem com um salário mínimo.

Os senhores já viveram com 1.000 reais por mês? Já sustentaram uma família com 1.000 reais por mês? Nós estamos falando aqui que os servidores estaduais vão contribuir com acima do que contribuem os trabalhadores privados. A alíquota do serviço privado começa em sete e meio por cento, e já é uma barbárie.

Os trabalhadores do serviço público vão pagar mais, a gente está taxando mais. Quatorze por cento é o teto. É o teto para os trabalhadores privados.

Mas, enfim. Isso ninguém fala aqui, que a gente vai sobretaxar as pessoas. Para além disso, vamos passar a taxar os aposentados e pensionistas.

Pensem, os senhores, naquele aposentado que serviu a vida inteira este Estado, trabalhador, que ganha 1.100 reais por mês, com todos os descontos, agora ainda vai ter mais 78 reais de desconto.

Sabe o que é 78 reais na vida de quem vive com mil, quando a cesta básica brasileira está em média 500 reais? Sabe quanto o meu pai, de 72 anos, gasta com remédio por mês?

Quanto gasta com remédio, por mês, o idoso no Brasil? Qual é o preço da inflação dos remédios e da alteração anual no preço? Quatrocentos, 500, 600, 700 reais por mês de remédio. E, os senhores vão tirar aqui hoje mais 78 reais dessas pessoas que vivem com menos de mil reais por mês.

E querem falar de progressividade. Não fazem a mínima ideia dos termos que aplicam, assim como também não fazem a mínima ideia de política para quem estão fazendo aqui.

Se a gente estivesse falando de progressividade, a gente iria falar de quem ganha acima do teto; a gente falaria do tempo da aposentadoria. Porque quem ganha acima do teto, quem ganha acima de 20 mil reais, por exemplo, vai se aposentar com o teto de aposentadoria bem antes, bem antes, dos trabalhadores médios, e vai ficar tranquilo em casa.

Então, não existe progressividade, assim como não existe responsabilidade com a vida das pessoas aqui neste plenário. Não existe responsabilidade com a vida das pessoas, por parte do governador João Doria.

Porque as pessoas aqui neste plenário que se dizem liberais, assim como o governador João Doria, não enxergam as pessoas. Eles enxergam os números como se fossem algo abstrato.

Por exemplo, eu venho falar aqui de investimento da Educação. O investimento da Educação é menor do que o investimento em XYZ. Do que é feita a Educação no estado de São Paulo senão de pessoas, senão de professores, senão dos agentes de organização escolar, senão das coordenadoras e coordenadores?

Quando a gente está falando do serviço público, a gente está falando essencialmente das pessoas, das pessoas que operam o serviço público e das pessoas que recebem o serviço público.

Hoje, o estado de São Paulo opera uma crueldade: confiscar salários e aposentadorias das pessoas já aposentadas no estado de São Paulo. Eu vou dividir minha fala com o deputado Giannazi, que também quer fazer suas considerações finais aqui hoje, depois dessa dura batalha.

Mas, antes, eu quero me despedir dos servidores dizendo que vocês deram uma grande lição de mobilização, de organização, de fortalecimento, que nos fortalece para a luta.

Não está fácil esta atual conjuntura brasileira. Mas, nós vamos virar, e vocês mostraram o quanto estão dispostos e organizados para isso. Amanhã há de chegar.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL – SEM REVISÃO DO ORADOR – Eu queria, rapidamente, primeiro, agradecer à deputada Monica Seixas pela cessão do restante do tempo.

E dizer que nós estamos vivendo aqui um momento muito difícil, mas que nesse PLC 80 tem aí um ovo da serpente, deputado Barba e deputada Bebel. Tem um ovo da serpente no Art. 31, porque se a Emenda 41, aquela 41 federal, que foi aprovada em 2003, taxou os aposentados e pensionistas acima do teto dos servidores públicos, essa é muito pior, porque ela abre espaço para a taxação de pensionistas e aposentados.

Eles vão pagar a conta dessas alterações que estão sendo feitas no PLC oitenta. Quero fazer esse alerta a cada deputado e a cada deputada: o artigo, da forma como ele foi redigido, vai abrir caminho para penalizar ainda mais aposentados e pensionistas.

Gostaria de rapidamente encerrar minha intervenção nesse debate da farsa da reforma da Previdência respondendo a nota do Doria, do João Pinóquio Doria, de ontem nas redes sociais atacando os servidores também.

Ele diz o seguinte: “Parlamentares que honraram os votos que receberam nas urnas permitiram que o Governo do Estado de São Paulo tenha equilíbrio fiscal e recupere a sua capacidade de investimento”. Primeiro, ele está falando da base aliada, de quem votou a favor da farsa da reforma.

Nós também, nós que votamos contra fomos eleitos e fomos honrados com o voto popular da população. Segundo, é que ele fala de equilíbrio fiscal, que o gasto com a Previdência em São Paulo já é maior que o orçamento da Saúde, Segurança e Educação.

Primeiro, que para nós não é gasto. Previdência é investimento nos trabalhadores e nas trabalhadoras que trabalharam durante muitos anos servindo o estado e contribuíram com o Instituto de Previdência.

Então não é favor nenhum do estado garantir uma previdência digna, uma aposentadoria digna para todos os servidores. E ele não fala também aqui do equilíbrio fiscal, de algo que eu venho falando, deputada Leci Brandão, exaustivamente, até se tornou cansativo: da dívida pública, da dívida ativa, da política de desoneração que transfere dinheiro do orçamento público para o capital privado, para os bancos, para os rentistas e especuladores da dívida pública.

Ele também não toca nesse tema. E ele continua aqui dizendo o seguinte. Para piorar a situação de agressão aos servidores ele fala: “Não posso deixar de registrar o meu repúdio aos atos de vandalismo presenciados durante a votação dentro e fora da Alesp, depredação do patrimônio público, intimidação aos parlamentares”. Digo o seguinte: o vandalismo veio do governo contra os servidores.

Vandalismo de retirada de direitos, vandalismo de repressão covarde contra os servidores que estavam ontem aqui se manifestando democraticamente, intimidação. E parece que quem foi intimidada foi a base do governo e muitos deputados que foram intimidados pelo governo para votarem a favor do projeto.

Foram ameaçados até de não receberem mais emendas parlamentares, de não terem mais obras nas suas regiões. Esses foram intimidados e cederam ao governo, só que vão se arrepender profundamente porque a conta virá. Os servidores vão cobrar eternamente.

E depois ele termina aqui falando em agressão a policiais. Na verdade, a Tropa de Choque foi acionada pelo presidente da Assembleia Legislativa contra os servidores e isso a história não vai perdoar nem esquecer.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Para encaminhar pelo PCdoB.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra Vossa Excelência.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, Deus abençoe, proteja e ilumine todos. Eita povo forte, hein? Apanharam para caramba e estão aqui de novo. Coisa linda! Maravilhoso! É por isso que a gente não perde a esperança. É por isso que a gente vai continuar sempre desse lado.

Não tem negócio de lado aqui. Eu sou desse lado e do lado de lá. São os lados que a gente é. Normalmente os deputados não falam das coisas boas de outros deputados.

São muito raros aqui elogios ao companheiro ou à companheira, mas eu não tenho esse problema até porque como a minha fala é uma fala diferenciada, porque eu só sei falar no popular... Falo gíria, falo qualquer coisa. Só não falo palavrão, senão é decoro parlamentar e eu não posso passar por isso.

Mulher negra tem que tomar também esses cuidados. Dizer o seguinte: Bebel, eu conheço você muito antes desta Assembleia aqui. Quantas e quantas vezes eu fui lá na Apeoesp para dar uma força para os professores?

Em 1995, como eu sou artista - estou deputada - fiz uma música chamada “Anjos da Guarda”: “Na sala de aula que se forma o cidadão / Na sala de aula que se muda esta nação”.

Mas quem bate em professor, quem vota contra professor, contra a Educação não quer que esta nação mude, porque ela tem que mudar rapidamente, senão ela vai ficar uma coisa horrorosa. Eu já nem sei mais o que é, quando fala nação, pátria, não sei o quê.

Para falar de pátria tem que saber o que é realmente ser cidadã ou cidadão brasileiro. Tem que saber para falar de pátria. Todo mundo bate no peito, pátria, não sei o que, tudo bem. Eu falo nação, nação que tem negros, tem brancos, tem indígenas, mas infelizmente quem manda na nação pensa que manda, porque quem manda na nação é o povo.

Ninguém manda aqui, mas tem gente que pensa que manda. E aí tem toda uma política contra pobres, contra indígenas. Estão acabando com a Amazônia, a gente sabe disso, contra quem cuida de pesquisa. Não suportam pesquisadores, não gostam de quem, sabe, defende o meio ambiente, e não gostam de quem defende socialismo.

Isso é muito louco. Como é que você pode tentar comandar uma nação se você não conhece o povo dessa nação, de forma concreta? Quando eu vejo você aqui nessa situação, eu acho que você não pode ficar muito indignada, porque você tem uma coisa chamada legitimidade, cara. Você tem legitimidade.

Queria dizer para o deputado Giannazi que eu gostaria muito também que a TV mostrasse quando os deputados vão lá para fora para defender o povo e também são agredidos. Não foi só a polícia que foi agredida: teve deputada agredida, teve deputado que levou empurrão.

Eu tive que, pela primeira vez, colocar uma máscara, porque o gás estava tão forte, e eu tenho uma certa idade, comecei a passar mal. Então, pela primeira vez eu tive que fazer isso. Mas não vou punir os policiais, até porque eles cumprem ordens, né? As ordens foram dadas e eles cumpriram.

Dizer para a deputada Erica Malunguinho, que eu admiro muito, há muito tempo, que quando V. Exa. fala aqui da questão do tráfico, do tráfico negreiro e fala da questão das terras, dizem que essa proposta aí da Previdência, essa coisa da reforma da Previdência, que é a reforma da maldade, uma reforma mais traíra que eu já vi na minha vida, dizem que é para poder melhorar a situação de São Paulo, que vão fazer isso e mais alguma coisa.

Aí eu pergunto o seguinte: será que vão acabar os moradores de rua, vai acabar essa moradia que está na rua aí? Porque a gente passa em qualquer lugar em São Paulo e tem famílias inteiras morando embaixo de ponte, morando na praça, morando no centro da cidade.

Será que vai acabar também a mentira, que quando as pessoas são candidatas falam que vai ter moradia, vai ter hospital, vai ter creche, vai ter tudo? E não tem nada. Então, eu acredito que depois dessa reforma as coisas terão que acontecer.

Uma outra questão também é uma coisa que ficou aqui travada, porque como eu sou uma pessoa que sou de um partido de esquerda, que é o PCdoB, que as mulheres de esquerda são hipócritas e mentirosas.

Isso aí ficou atravessado, e eu quero dizer o seguinte: a nossa diferença é que a gente tem coragem, a gente parte mesmo para a confusão. É só por isso. Essa é a nossa diferença.

Coragem de defender a população, coragem de defender quem realmente precisa, quem realmente necessita, quem realmente sempre foi prejudicado na nação brasileira, porque a gente sabe que o Brasil tem a turma que é da alta elite, a turma que sempre mandou, os donos de cidade.

A gente sabe quem é esse povo, mas a gente sabe muito mais, muito mais de quem nunca teve acesso a absolutamente nada.

Quando V. Exa., deputada Erica, fala da nossa ausência no Congresso, e também da nossa ausência aqui, por que não? Eu fui a segunda, aí depois chegou você, chegou a Monica, aumentou o número, aumentou o número também dentro dos gabinetes, que as assessorias agora são todas miscigenadas.

Está uma beleza aqui a Assembleia, está bonita a Assembleia, a gente vê outros corpos e outras cores aqui dentro. Estou aprendendo com vocês.

E aí eu tenho que dizer o seguinte: muito obrigada a todos os colegas, eu posso falar assim, parlamentares que conseguiram fazer com que o estado de São Paulo, que é considerado um estado conservador, reacionário e tal, mostrasse que tem um povo, um povo que tem coragem, um povo forte, um povo que apanha, mas que cura rapidamente a pancada.

A gente sabe como é que cura essas coisas. Às vezes, pode ser com uma “ervazinha”, pode ser até com uma cerveja gelada e também pode ser com a força das orações. Por que não? Está todo mundo aí novamente.

Mas, servidores, não fiquem tristes, não, porque volto a falar em tempo. Toda vez em que vier a este púlpito, vou falar em tempo. Tempo é um orixá. Tempo, hoje é uma coisa; tempo, amanhã será outra.

E queria só dar um último recado aqui a um deputado que nunca me tratou mal, que eu respeito e tal: o deputado Altair. O senhor falou aqui que é pastor, mas o que me incomodou foi o senhor ter dito que o deputado Campos Machado ia levar um pau aqui. Esse homem pode ser o que for.

É um homem que tem uma história muito séria e muito respeitada. Eu nem sou do partido dele, mas, quando se fala de religião... E dizer que, de Bíblia, o senhor entende, mas que, de política, o deputado aqui é um jurista, enfim e tal.

Eu acho que a gente pode ter divergências. Nós temos que respeitar as histórias. Eu não sou nada, como eu disse ontem e vou repetir, mas eu tenho uma história, uma história de vida com muito respeito, com muita dignidade e quero dizer para quem está na galeria: continuem a luta!

A luta continua e os parlamentares que estão com vocês, embora estejam em número menor, são fiéis. São fiéis, não são hipócritas.

Muito obrigada. (Manifestação nas galerias.)

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Sr. Presidente, com anuência do líder, para encaminhar em nome do PSL.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa Excelência tem a palavra.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Questão de ordem, Sr. Presidente?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pois não.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - PARA QUESTÃO DE ORDEM - É sobre o Art. 1º da pauta, que trata da emenda aglutinativa. A emenda aglutinativa... (Manifestação nas galerias.)

Pessoal, estou fazendo uma questão de ordem. (Manifestação nas galerias.)

Pergunto o seguinte: citamos no caput a progressividade. Porém, o corpo vai estar escalonado, deputado Carlão Pignatari. Então, é progressividade ou é escalonamento?

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Rapidamente, presidente. É muito claro: é progressividade. A correção que fizemos no texto na votação agora é para deixar progressiva a alíquota do desconto previdenciário de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com a palavra a deputada Janaina.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento todos os parlamentares presentes, todos que estão nos honrando com suas presenças, os funcionários da Casa, os que nos acompanham à distância. (Manifestação nas galerias.)

Muito rapidamente, eu gostaria de resgatar a verdade dos fatos. Ontem, houve uma reunião longa, a portas abertas. Vários deputados participaram, todos foram convidados.

Subi a esta tribuna por volta das quatro da tarde - posso até resgatar o horário correto - e convidei os colegas. Havia alguns deputados do PT e do PSOL presentes. Eu os convidei para participarem. A deputada Monica estava sentada aqui. Todos alegaram que era uma reunião fechada, uma reunião sigilosa, uma reunião - de alguma maneira - promíscua.

Havia vários colegas presentes. Estou vendo vários rostos que estavam lá. No final da reunião, inclusive, a própria deputada Márcia Lia compareceu. No final, quando já tínhamos chegado a um acordo.

Todos os deputados, todos, sem exceção - está no Diário Oficial -, todos os que assinaram a emenda aglutinativa - alguns subiram aqui para nos acusar de ilegalidades -, todos os que assinaram estavam na reunião.

Estavam na reunião, ouviram as explicações, ouviram os termos do acordo e aceitaram. Na parte da tarde, vou ler nome por nome. Mas vamos além, vamos além. (Manifestação nas galerias.)

É importante esclarecer - e os fatos são os fatos - que o que se ajustou, Excelência, ontem, foi que nós teríamos a progressividade tanto nas porcentagens como uma progressividade interna.

Eu precisei sentar com colega por colega para demonstrar cabalmente que todos pagarão menos, e a esmagadora maioria dos funcionários pagará menos do que 14 por cento. Pagará menos.

A prova de que esse acordo foi construído entre os parlamentares que trabalham, entre os parlamentares dos mais diversos partidos, sem a esquerda presente, porque só quando o acordo estava fechado a deputada Márcia Lia chegou.

Nós conseguimos derrubar os 14 por cento. Quem ganha até um salário vai pagar 11 por cento.

Quem ganha até 3.000 vai pagar menos de 12%, porque os 11% vão cair para esse também. Quem ganha até o teto vai pagar menos de 14%, porque é progressiva, e isso foi resolvido ontem.

E vou além: os promotores, juízes, delegados e defensores que entraram a partir de 2013 vão pagar menos de 14%, porque eles já recolhem com base no teto. Isso tem que ser dito com todas as letras.

Os promotores e os juízes que estão naquela faixa, que ainda pagam sobre o salário integral, que são aqueles que querem a migração, vão pagar - aqueles que ganham muito alto - 15,5% na realidade.

E nós assumimos o compromisso, com eles, de que vamos lutar pela migração. Eu falei isso ontem; eu estou falando isso hoje.

Então, quem conseguiu melhorar para o povo paulista fomos nós aqui. (Pausa.) Eles não participaram de nada. Agora estão querendo roubar o que nós construímos. Ontem, nós fizemos o acordo da progressividade, para melhorar para todo mundo.

Hoje de manhã, como entendemos que o texto não ficou tão claro como deveria, o presidente, de maneira muito benéfica, falou: “Janaina, vamos colocar de maneira mais clara, já que está tendo reclamação”.

Tem uma emenda do Barba. O que eu falei para o presidente? “Presidente, vamos chamar o Barba, ele vai ficar feliz de participar”. Porque aquilo que é feito em conjunto é mais bonito.

Só que no lugar de se juntar e falar: “eu estou fazendo parte, ainda que nesse último momento”, eles querem roubar. Eles só sabem roubar! Mas nós é que conquistamos uma reforma justa, uma reforma necessária. Essa reforma não é do Doria; essa reforma é da Assembleia Legislativa de São Paulo. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. A partir deste momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados que não se encontrem em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

* * *

 

- É iniciada a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pois não, deputado Barba. Estamos já no processo de votação do Item 1.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para botar o PT em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PT está em obstrução.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para colocar a bancada do PSOL em obstrução, contra a farsa da reforma da Previdência.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSOL está em obstrução.

 

O SR. RODRIGO GAMBALE - PSL - Colocar a bancada do PSL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSL está em obstrução.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PSB está em obstrução.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - Colocar o PROS em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PROS está em obstrução.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - Colocar o Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O Podemos está em obstrução.

 

O SR. REINALDO ALGUZ - PV - Colocar o PV em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O PV está em obstrução.

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE – Para colocar o Avante em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – O Avante está em obstrução.

Neste momento, vamos abrir os terminais eletrônicos para que os parlamentares votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção”.

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL – Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Deputada Isa.

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL – Eu queria fazer um pedido de comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Nós estamos no processo de votação. No processo de votação, não cabe comunicação, deputada Isa. Poderia ser uma questão de ordem sobre o processo de votação.

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL – Após o processo.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Após o processo, sim, sem problema nenhum. Desde que a gente tenha tempo suficiente, porque a sessão se encerra às 12 horas e 30 minutos.

Então, pediria aos parlamentares votarem o mais rápido possível; aí, sobraria tempo.

Neste momento, estou abrindo os microfones de aparte para que aqueles parlamentares que não conseguiram registrar o seu voto pelos terminais eletrônicos possam fazer pelos microfones.

 

O SR. ROQUE BARBIERE - PTB – Para votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

O SR. ROBERTO ENGLER – PSB – Para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

A SRA. MARIA LÚCIA AMARY – PSDB – Para votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

O SR. ED THOMAS - PSB – Para votar “não”, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. WELLINGTON MOURA – REPUBLICANOS – Presidente, para votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL – Para votar “não” contra a farsa da reforma da Previdência.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE – Para votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

A SRA. ADRIANA BORGO – PROS – Para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

A SRA. CARLA MORANDO – PSDB – Para votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL – O presente projeto é todinho da deputada Janaina.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Como vota Vossa Excelência?

 

A SRA. ISA PENNA - PSOL – “Não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

A SRA. DRA. DAMARIS MOURA – PSDB – Para votar “sim”, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT – Para votar “não”, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. RICARDO MADALENA – PL – Para votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

O SR. CONTE LOPES - PP – Como funcionário público, voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

A SRA. EDNA MACEDO – REPUBLICANOS – Para votar “não”, Sr. Presidente.

 

A SRA. BETH LULA SAHÃO - PT – Com toda a convicção, voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR – REPUBLICANOS – Para consignar meu voto como “sim”.

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP – Votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PSL – Castello Branco vota “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR – PSL – Voto “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

O SR. JORGE CARUSO - MDB – Voto “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

O SR. RAFAEL SILVA – PSB – Para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL – Voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. LUIZ FERNANDO LULA DA SILVA - PT – Pelos servidores, “não”, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS – Pela conquista desta Casa, eu voto “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT – Voto “não”, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP – Sr. Presidente, Coronel Telhada vota “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. APRIGIO – PODE – Aprigio vota “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. PAULO CORREA JR - DEM – Para votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT – Votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. LÉO OLIVEIRA – MDB – Voto “não”, deputado.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT – Voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. ESTEVAM GALVÃO - DEM – “Sim”, Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT – Pelos servidores, “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. ALEX DE MADUREIRA – PSD – Colocar o PSD em obstrução e votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – O PSD está em obstrução, e registro o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

A SRA. ERICA MALUNGUINHO – PSOL – Voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. ALEXANDRE PEREIRA – SD – “Sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT – Contra golpistas, “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL – Pelo estado de São Paulo, voto “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

O SR. BRUNO GANEM - PODE - Eu voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Voto “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” do deputado Barros Munhoz.

 

O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - “Não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - “Não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. TENENTE COIMBRA - PSL - Voto “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

O SR. DELEGADO BRUNO LIMA - PSL - Voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Com muito orgulho pelo trabalho desta Casa, “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só fazer uma correção aqui. O deputado Jorge Wilson votou “sim” no microfone e foi registrado “não”. Então fazer a correção do painel.

 

O SR. REINALDO ALGUZ - PV - “Sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registro o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

A SRA. MONICA DA BANCADA ATIVISTA - PSOL - Com muita vergonha da falta de trabalho desta Casa, eu voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Registro o voto “não” de Vossa Excelência.

 

A SRA. ALESSANDRA MONTEIRO - REDE - Voto “sim”, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Pelo povo de São Paulo, eu voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

 

O SR. EDMIR CHEDID - DEM - Para votar e votar “sim”, Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” de Vossa Excelência.

Pergunto se mais algum Sr. Parlamentar ou Sra. Parlamentar gostaria de registrar o seu voto.

 

O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Registre o voto “não”, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “não” de Vossa Excelência.

Eu registro o meu voto “sim”. Também o presidente vota “sim”.

 

O SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - Voto “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto “sim” do deputado Coronel Nishikawa.

    Não havendo mais registro, neste momento passamos a alteração de votos. Pergunto se algum Sr. Deputado ou Sra. Deputada gostaria de alterar o seu voto. Deputado Léo Oliveira, de “não” para “sim”?

 

O SR. LÉO OLIVEIRA - MDB - “Não” para “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está alterado o voto do deputado Léo Oliveira.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pergunto se existe mais alguma alteração de voto. Não havendo mais alterações de voto, está encerrado o processo de votação.

 

* * *

 

- É feita a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Participaram do processo de votação 89 Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sendo 58 votos “sim”, 30 votos “não” e uma abstenção, quórum que aprova o item I do roteiro de votação, ficando prejudicado todos os demais itens.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Convocação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto do inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, parágrafo 5º, ambos do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça, a realizar-se hoje, às 12 horas e 45 minutos, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de oferecer redação final para o Projeto de lei Complementar nº 80, de 2019.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Barba para declaração de voto.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para declaração de voto contrário de toda a bancada do PT, nós estamos protocolando uma declaração de voto.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vamos aceitar apenas declarações de voto porque nós já estamos, inclusive, com o horário esgotado. Deputado Neri, declaração de voto?

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Uma comunicação rápida.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Comunicação não cabe mais, deputado Neri, porque já encerrou. Esgotado o objeto da presente sessão, está encerrada a sessão. 

* * *

 

- Encerra-se a sessão às 12 horas e 33 minutos.

 

* * *