06 DE MARÇO DE 2020
21ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA e CARLOS GIANNAZI
Secretaria: CARLOS GIANNAZI
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Lamenta e comenta a aprovação da reforma da Previdência
estadual, nesta Casa. Critica a presença da Tropa de Choque quando da votação
da matéria. Defende o banimento da relatoria especial em projetos. Manifesta-se
contra a redução da pensão por morte. Discorre acerca da diminuição da
remuneração do pensionista.
3 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência.
4 - CORONEL TELHADA
Parabeniza a cidade de Itaporanga, pela data comemorativa de
seu aniversário. Tece considerações sobre a 2ª Guerra Mundial. Anuncia o
falecimento do agente penitenciário Jorge Luiz Torres da Silva, assassinado. Lê
e comenta matéria do jornal Folha da Tarde, acerca do trabalho da Polícia
Militar. Argumenta que profissionais da Segurança Pública reagem à altura,
quando atacados por criminosos. Critica o ex-ouvidor Benedito Mariano. Lista
indicações de sua autoria, ao Governo do Estado, para nomeações de aprovados em
concursos públicos. Defende o cumprimento da data-base salarial dos servidores
públicos.
5 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
6 - CARLOS GIANNAZI
Exige que o secretário estadual de Educação retire, do site
da secretaria, informação ofensiva à imagem do agente de organização escolar.
Clama a seus pares a aprovação do PLC 2/13, de sua autoria, a favor da
aposentadoria especial para gestores escolares. Discorre acerca do tema.
7 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
8 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Defere o pedido. Anuncia o falecimento do policial civil
Francisco Egídio Ferreira de Andrade. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de 09/03, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
- Assume a
Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
- Passa-se
ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O SR. PRESIDENTE - CORONEL
TELHADA -
PP
- Presente o número regimental de assinaturas de Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos. Esta Presidência
dispensa a leitura da ata da sessão anterior, e convida o nobre deputado Carlos
Giannazi para ler a resenha do Expediente.
Sr. Presidente,
nós temos aqui um requerimento do deputado Gil Diniz e uma indicação do
deputado Bruno Ganem. Está lida a resenha do Expediente.
Muito obrigado,
Sr. Deputado. Vamos, portanto, para o Pequeno Expediente. Deputados inscritos.
Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Márcia Lula Lia.
(Pausa.) Itamar Borges. (Pausa.) Castello
Branco. (Pausa.) Tenente Nascimento. (Pausa.) Rodrigo Moraes. (Pausa.) Douglas
Garcia. (Pausa.) Professora Bebel Lula. (Pausa.) Ed Thomas. (Pausa.) Major
Mecca. (Pausa.) Carlos Cezar. (Pausa.) Alex de Madureira. (Pausa.) Luiz
Fernando Lula da Silva. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem
o tempo regimental.
O SR. CARLOS GIANNAZI
- PSOL - SEM REVISÃO
DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, nesta semana na Assembleia
Legislativa
a base do governo, e alguns dos seus aliados, principalmente do ponto de vista
ideológico, votou a famosa farsa nefasta, perversa e cruel da reforma da
Previdência.
Nós
votamos contra, obstruímos. Enfim, fizemos todo um esforço para que a reforma
não fosse aprovada, e ela era representada por dois projetos, uma PEC e um PLC.
Ambos foram aprovados, e eu falo muito que é uma reforma cruel com os
servidores e servidoras. Ela é perversa, porque ela retira, de fato, direitos
previdenciários e confisca salários.
Essa
reforma tem muitas perversidades. Por mais que tínhamos falado sobre isso,
denunciado, conversado com vários deputados e apresentando números das causas
da suposta crise fiscal do estado de São Paulo, apresentada pelo governo, que não
era muito clara. Uma crise fiscal e orçamentária.
Apresentávamos
dados o tempo todo, falando da dívida ativa, da dívida pública, da política de
desoneração, da dívida passiva, que é o que o Estado deve para a São Paulo
Previdência. La na época do Ipesp, ainda, debatemos isto. Tentamos instalar uma
CPI que foi obstruída pela base do governo em 2007.
Mas o fato é
que agora, infelizmente, a perversa reforma foi aprovada, num clima de muita
tensão, com a tropa de choque dentro da Assembleia Legislativa, reprimindo os
servidores dentro e fora da Assembleia Legislativa. Isso, a pedido do
presidente da Alesp, Cauê Macris.
E também, um
processo extremamente autoritário do ponto de vista regimental, do ponto de
vista, por exemplo, de algo que não se utiliza mais aqui na Assembleia
Legislativa, que é o relator especial, a relatoria especial.
Que, embora
conste do Regimento, mas esse Regimento é da época da ditadura militar ainda.
Essa figura do relator especial tinha que ser banida. Ela não poderia mais ser
utilizada. Como não está sendo utilizada essa figura.
Mas para a
Reforma da Previdência, ela foi utilizada, porque é um mecanismo autoritário de
tramitação de projeto. Que não houve debate nenhum nas comissões, praticamente,
dos dois projetos. Em todas elas, com relatoria especial.
Depois tivemos
até um fechamento da Assembleia no ano passado. Me lembro que ninguém entrava e
ninguém saía daqui. Ela estava sitiada. Agora, dessa vez, a reforma foi
aprovada de uma forma deplorável.
Mas eu queria
trazer alguns aspectos da perversidade da Reforma da Previdência. Quero fazer
isso durante as minhas intervenções. Não vou terminar numa única intervenção.
Mas hoje eu queria levantar duas perversidades da reforma da Previdência que os
deputados e deputadas votaram.
Uma delas é a
redução da pensão por morte, que é muito grave. Há uma redução para 60 por
cento. Se um policial morre, um agente do sistema prisional, se um professor
falece, sua esposa só vai receber 60% de pensão de morte. Se ela tiver filhos,
reduz para 50%, e vai ter 10% por filho, no limite de até 100 por cento.
A pensão de
morte foi reduzida no estado de São Paulo. Os servidores vão ter um baque, um
prejuízo enorme. E principalmente numa área sensível, quando há o falecimento
de um membro da família, que sustenta a família.
A família vai
ficar na mão. Ela vai ter uma redução drástica dos vencimentos, dos proventos.
Quando ela mais vai precisar, ela vai ser abandonada, praticamente, pelo
Estado. Haverá uma redução quase que pela metade da pensão de morte.
Os deputados da
base do governo votaram isso e estão felizes: “Votamos, conseguimos aprovar a
reforma da Previdência”. Muitos deles, fazendo propaganda nas suas redes
sociais como uma coisa boa.
Não consigo
entender como um deputado acha que é bom reduzir a pensão de morte de
professoras, de professores, de servidores, dos escreventes, dos servidores do
sistema prisional, da Polícia Civil e de tantos outros setores importantes do
funcionalismo público e da Saúde.
Por fim, mais
um último aspecto que eu queria levantar hoje - que são muitos - é a questão da
redução do provento de aposentadoria, de pensão. Porque agora, no novo cálculo
da reforma, os proventos serão puxados para baixo, porque há uma mudança na
base de cálculo para a construção do salário ou do provento do aposentado.
Agora, pela
nova lei, serão também levados em conta os salários iniciais, que são os mais
baixos. Eles puxam a média salarial da base de cálculo para baixo. Então os
servidores vão trabalhar mais, contribuir mais - porque tem o confisco salarial
- e depois que eles se aposentarem eles recebem menos.
Então, duas
perversidades: redução da pensão por morte e diminuição do salário do
aposentado e do pensionista. São duas das muitas perversidades da reforma da
Previdência, da reforma do Doria votada aqui pelos deputados do governo e seus
aliados.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP -
Obrigado, deputado. O próximo deputado é o Reinaldo Alguz. (Pausa.)
Solicito ao Sr.
Deputado Giannazi que assuma a Presidência dos trabalhos.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Com a palavra, o nobre deputado Coronel Telhada.
O SR. CORONEL TELHADA
- PP - Obrigado, Sr.
Deputado. Senhores e senhoras presentes, funcionários, assessores, aos que
estão na galeria, quero saudar também a todos que nos assistem pela Rede Alesp,
saudar a nossa Assessoria Policial Militar na figura do cabo Salvador e do cabo
Dallo, agradecendo mais uma vez o trabalho dos senhores.
Quero
iniciar a minha fala de hoje, dia 6 de março, saudando o município de
Itaporanga, que aniversaria nesta data. Um abraço a todos os amigos e amigas da
querida cidade de Itaporanga, que está na tela neste momento para os senhores
acompanharem.
Também
hoje, na nossa parte histórica militar, dia 6 de março é o dia em que houve, em
1945, a última ofensiva do exército alemão na Segunda Guerra Mundial, batizada
de “Despertar da Primavera”.
Foi
um dos últimos grandes combates que realmente a Alemanha proporcionou. Acabou
perdendo e batendo em retirada, culminando com a derrota total em maio de 1945.
Pois
bem: quero falar aqui da violência no Brasil. Temos aqui mais uma comunicação
de morte de um agente penitenciário. Falo aqui em Segurança, falo dos PMs, da
Polícia Civil, Técnico-Científica, do pessoal da Administração Penitenciária,
das guardas municipais, das Forças Armadas, da Fundação Casa, enfim, de todos
aqueles que trabalham diretamente na Segurança.
A
Polícia Civil está investigando a morte do agente penitenciário Jorge Luís
Torres da Silva, no Rio de Janeiro. Foi vítima de execução quando chegava a um
determinado estabelecimento às três e meia da tarde de ontem.
Os
indivíduos que atiraram nele fugiram sem levar nada. Então, é bem claro que ele
foi vítima de um atentado. O agente penitenciário Jorge Luís Torres da Silva
completaria 51 anos agora, no próximo dia vinte. Infelizmente, não vai
comemorar o seu aniversário.
E
também a Globo não vai falar nisso, o Jornal da Tarde não vai falar nisso,
porque eles não se preocupam. A Folha da Tarde... Nossa, Folha da Tarde, essa é
velha, hein? Acho que os novos nem sabem o que é isso. Perdão. A Folha de S.
Paulo não vai comentar, porque não se interessa pela morte de policiais. Só
gostam de falar bem de criminosos.
Falando
na famigerada Folha de S. Paulo, temos uma matéria hoje aqui no Painel que diz
o seguinte: “PM de São Paulo matou mais do que deixou feridos em 2019”. Isso
significa que a polícia está atirando bem, não é? Tem que matar, não é para
deixar ferido.
Se
o cara é bandido e atirou na polícia, ele tem que tomar tiro para morrer mesmo,
não para ficar ferido. Então, parabéns à Polícia Militar, que está cumprindo sua
obrigação, que é cuidar da população.
Eles
dizem aqui - eu acho interessante - o número de pessoas mortas por PMs. Vejam
bem: não são trabalhadores que foram mortos pela polícia, não são inocentes.
São pessoas que estavam praticando crimes. Essas pessoas deram azo para que
acontecesse isso.
A
polícia não sai atrás de ninguém para matar. A polícia, ela reage à altura, ela
atira em quem atira nela, em quem é criminoso, em quem está armado de fuzil,
etc. e tal. É assim que acontece.
Essa
mesma matéria não diz quantos policiais morreram. Por quê? O interessante é
falar bem de bandido. Eu não sei o interesse desse famigerado jornal e de
famigeradas TVs, redes de televisão, que só endeusam criminosos.
Sinceramente,
não sei o que acontece. Depois vem falar em Segurança em nosso país, mas só
falam bem de criminosos. Como é que vamos poder falar que esse jornal é um
jornal sério?
Aqui
no final ainda querem citar palavras do ex-ouvidor - que, para mim, não era
ouvidor, falava muito - Benedito Mariano. Além de não ser mais ouvidor, ele é
ex, ele não tem que ficar dando palpite. Esse cara nunca sentou a bunda em uma
viatura, nunca trocou tiro com ladrão.
Acho
que nunca viu um ladrão de frente, Dallo. Acho que, quando ele viu um ladrão,
foi dando entrevista na televisão. Quem é esse cara para falar da polícia? Eu
não falo de professor, como o Giannazi fala, porque ele conhece. Ele conhece o
assunto. Então, não venha falar de polícia quem não conhece, porque não sabe o
que é trombar com um ladrão na frente, armado com fuzil, e trocar tiro com o
maldito. Não sabe o que é isso. Então, o jornal Folha da Tarde, perdeu uma
ótima oportunidade de ficar calado.
E
só uma satisfação a todo o nosso público: nesse mês de fevereiro, nós fizemos
algumas indicações. A primeira indicação foi a 685, em que indicamos ao
governador a convocação dos aprovados remanescentes ao cargo de papiloscopista
policial do concurso público de 2016. A Polícia Técnico-Científica está com um
déficit muito grande. É um concurso de 2016, Giannazi, e eles não chamam essas
pessoas.
Só
para completar também. Meu tempo está encerrado. Tem a indicação no
984, também ao governador, pedindo para se aproveitarem os remanescentes dos
concursos nível médio 2017 da Polícia Civil, para a unidade de recursos humanos
da Secretaria de Gestão Pública. Ou seja, nós temos vaga; trabalho nós temos.
Mas o governo não convoca.
Outra
indicação ao Sr. Governador do estado, para convocar os aprovados ao cargo de
agente de escolta e vigilância penitenciária do sexo masculino do concurso
público no 154, de 2014. Gente, já vai para seis anos que esse
pessoal está aguardando o chamado.
E
a última aqui: indicação no 628. Eu também, hoje, inclusive, mandei
um recado para o Sr. Governador nesse sentido, indicando mais uma vez - eu já
fiz mais de 10 indicações disso - para que se faça o concurso de oficial músico
da Polícia Militar. Nós temos 11 vagas de tenente.
Atualmente,
nós temos só três oficiais na Polícia Militar, um major e dois capitães. Temos
11 vagas para serem preenchidas. Mas o concurso não é aberto. O corpo musical
da polícia é a unidade mais antiga da Polícia Militar. E está em vésperas de
ser fechado, ser extinto, por inércia do governo.
Então,
eu faço um apelo ao Sr. Governador. Solicito, Sr. Presidente, que minhas
últimas palavras sejam encaminhadas ao Sr. Governador, num apelo para que sejam
atendidas essas indicações.
E
aproveito - só para fechar, deputado Giannazi - para lembrar que em março já
passou a data-base para o reajuste do funcionalismo. Já passou a famigerada
Previdência, já quebrou as pernas dos funcionários públicos.
Portanto,
faça um gesto de boa ação e encaminhe agora, nos mande, por favor, o reajuste
mais do que urgente e necessário para os funcionários públicos do estado de São
Paulo.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR.
PRESIDENTE - CARLOS
GIANNAZI - PSOL - Esta Presidência encaminhará os
pedidos do deputado Coronel Telhada para o governador João Doria.
*
* *
- Assume a
Presidência o Sr. Coronel Telhada.
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* *
O SR.
PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado. Vamos continuar na nossa
lista. Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.)
Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Adalberto
Freitas. (Pausa.) Deputado Emidio Lula de Souza. (Pausa.) Deputada Leci
Brandão. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Deputado Gil
Diniz. (Pausa.) Deputada Beth Sahão. (Pausa.)
Vamos para a lista suplementar. O primeiro deputado
inscrito é o deputado Carlos Giannazi.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, de volta a esta tribuna,
gostaria de fazer mais um apelo aqui, um pedido. Na verdade, uma exigência ao
secretário estadual de Educação, para que retire do site de formação para os
diretores ingressantes da rede estadual um quadro pejorativo, que criminaliza,
queima a imagem, destrói a imagem do agente de organização escolar.
Eu já falei sobre isso, fiz
um apelo pela tribuna. Pedi para que cópias fossem endereçadas ao secretário de
Educação, ao governador Doria, porque isso é um ataque gratuito, um ataque sem
precedentes aos agentes de organização escolar, que, como eu disse
anteriormente, já sofrem com os péssimos salários, com a péssima condição de
trabalho, com a péssima condição funcional, com assédio moral, com desvio de
função.
São afetados também pela
violência nas escolas e no entorno das escolas. Só que esse vídeo pejorativo
continua sendo um dos conteúdos do curso para os diretores que ingressaram no
último concurso.
Há uma revolta generalizada,
e com todo apoio. Então, nós exigimos que o secretário da Educação retire esse
quadro, essa parte do vídeo desse curso. Me parece que esse curso é oferecido,
é montado por uma empresa privada,
me parece. Uma dessas fundações: Fundação Vanzolini.
Isto
tem que ser apurado, porque é um absurdo criminalizar os agentes de organização
escolar, os responsáveis pelo funcionamento das escolas estaduais, que recebem
um salário de mil reais, no máximo, um vale-coxinha de oito reais. Então, Sr.
Presidente, nós aqui exigimos, eu até quero que a cópias do meu pronunciamento
sejam novamente encaminhadas ao secretário de Educação.
E
faço também um pedido na Assembleia Legislativa, aos deputados e deputadas,
para que nós possamos aprovar o PLC nº 2, de 2013. Eu apresentei em 2013, o projeto
já passou em todas as comissões, foi aprovado em todas as comissões da
Assembleia Legislativa, tem pareceres favoráveis e já está pronto para ser
votado, inclusive com um pedido de urgência.
É
um projeto de lei complementar que garante o que está na lei federal e também
uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que é a aposentadoria especial para os
gestores escolares - os diretores de escolas e os supervisores, os concursados,
os efetivos -, porque estranhamente o estado de São Paulo não cumpre a lei.
Não
é nenhum favor que a Assembleia Legislativa estará fazendo; é uma decisão de
forçar o governo estadual, que viola a legislação do estado de São Paulo em
diversas áreas, a cumprir a lei.
Como
eu disse, nós estamos amparados pela Constituição Federal por uma lei aprovada
no Congresso Nacional e também pela confirmação desse direito pelo Supremo
Tribunal Federal, como nós conquistamos em São Paulo - na capital -, onde os
diretores têm esse direito graças à luta. O Sinesp foi uma das entidades que mais
batalhou por esse direito.
Aqui
em São Paulo não há esse reconhecimento, por conta, me parece, de um parecer
totalmente equivocado e errado da PGE - Procuradoria Geral do Estado, que
sempre dá pareceres contra os servidores. Sempre, em qualquer parecer, o
servidor também é prejudicado. Coronel Telhada sabe disto, é um absurdo o que
acontece ali na PGE.
Não
sei se é uma orientação política, o que é que acontece com a PGE, mas ela tem
ódio dos servidores. Não sei se é orientação política do governo tucano, porque
há anos que isto vem acontecendo, mas acho que é coisa do PSDB mesmo; acho que
a PGE encarnou essa ideologia de ódio contra os nossos servidores, porque os
pareceres geralmente são contra os servidores, mas está errado este parecer.
Nós
temos amparo na lei federal, do Supremo Tribunal Federal, e é por isto que nós
queremos aprovar, em regime de extrema urgência, o PLC nº 2, de 2013. Nós já
aprovamos, a Assembleia Legislativa já deu demonstração de que estava do lado
dos professores readaptados, votando um outro projeto que eu encaminhei, que
era o PLC nº 1, que é a que tem o mesmo teor, que garante a aposentadoria
especial para os professores readaptados. Hoje, a lei foi sancionada e foi
vetada. Para os gestores, é a mesma coisa, eu apresentei o projeto em seguida.
É
o PLC 1 para os professores readaptados, aprovado e sancionado; já virou lei,
já é um direito. E agora o 2, que é a mesma reivindicação: aposentadoria
especial para os gestores, diretores e supervisores.
Está
pronto para ser votado, não é anticonstitucional, tem amparo da lei. Basta a
Assembleia Legislativa votar o projeto, que é uma reivindicação de todos os
diretores e supervisores do estado de São Paulo. Tem o apoio da Udemo, tem
apoio da Apase e de todas as entidades, eu tenho certeza.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. CARLOS
GIANNAZI - PSOL - Havendo acordo entre as lideranças, eu
solicito o levantamento desta sessão.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP -
Muito obrigado, Sr. Deputado, é regimental. Antes de encerrar a sessão, eu
quero dar ciência a todos os amigos aqui de que eu falarei deste assunto na
segunda-feira, porque eu não tenho maiores dados.
Ontem também
foi morto um policial civil em uma ocorrência lá na zona leste: policial civil
Francisco Egídio Ferreira de Andrade. Ele estava em uma campana contra os
traficantes quando foi morto por um criminoso lá na zona leste.
É o nosso
amigo, policial civil Francisco Egídio Ferreira de Andrade. Meu amigo Alcides,
que é policial civil também, acabou de me lembrar disto, mas semana que vem
falarei com mais detalhes sobre esta ocorrência.
Senhoras
deputadas e senhores deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por
levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de
segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia.
Muito obrigado a todos por esta semana,
tenham um ótimo final de semana, a todos que nos assistem e a todos presentes
aqui.
Está levantada a sessão.
* * *
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Levanta-se a sessão às 14 horas e 55 minutos.
* * *