10 DE MARÇO DE 2020
23ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: LECI BRANDÃO, CORONEL TELHADA, CONTE LOPES,
ADALBERTO FREITAS e CAUÊ MACRIS
Secretaria: DR. JORGE LULA DO CARMO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - LECI BRANDÃO
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - DR. JORGE LULA DO CARMO
Critica o Governo do Estado por não concluir obras do
monotrilho, especialmente da Linha 15. Discorre acerca de prejuízos para a
população da zona leste de São Paulo. Clama a seus pares que requeiram a visita
da presidência do Metrô, para prestar esclarecimentos nesta Casa. Exibe vídeo a
respeito do tema. Assevera que há mau uso de recursos públicos.
3 - PRESIDENTE LECI BRANDÃO
Anuncia a visita de alunos do curso de Direito da FMU -
Faculdades Metropolitanas Unidas, Campus Liberdade.
4 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
5 - LECI BRANDÃO
Enaltece o valor da Educação e da Cultura. Critica medida que
desautorizara Regina Duarte, como ministra da Cultura. Admite não sentir-se
surpresa com o autoritarismo do governo federal. Presta solidariedade à
população indígena Guarani, afetada por ordem de desocupação, para obras de
empreendimento imobiliário.
6 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Convoca, em nome da Presidência efetiva, sessões solenes a
serem realizadas nos dias: 03/04, às 20 horas, para "Homenagem ao Sr.
Guilherme Filipin", por solicitação da deputada Alessandra Monteiro;
13/04, às 20 horas, para "Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo
do Estado de São Paulo ao Senhor José Carlos de Barros Lima, Diretor do Colégio
Santo Ivo", a pedido do deputado Coronel Telhada; e 17/04, às 10 horas,
para "Outorga de Láurea Acadêmica aos Professores Doutores da Universidade
Paulista - UNIP", por solicitação do deputado Alex de Madureira.
7 - CONTE LOPES
Combate reportagem da Rede Globo de Televisão, por vitimizar
condenado por estupro e assassinato de criança. Informa que a mãe da vítima
sente-se abalada. Declara que há apologia ao criminoso. Anuncia que o detento
estuprara inclusive um sobrinho. Lembra participação no programa Altas Horas,
em que fora confrontado, sem aviso, com dois bandidos escoltados, para debate.
Acrescenta que fora chamado de ladrão pelos meliantes. Argumenta que há
inversão de valores. Critica o médico Drauzio Varella.
8 - CONTE LOPES
Assume a Presidência.
9 - CORONEL TELHADA
Defende a nomeação de aprovados em concurso da SAP -
Secretaria de Administração Penitenciária. Saúda municípios paulistas que
comemoram aniversário nesta data. Agradece ao ex-comandante da Polícia Militar,
Marcelo Vieira Salles, pelo trabalho realizado. Lamenta os falecimentos de José
Valentim Corrêa, herói da Força Expedicionária Brasileira, e do agente
penitenciário Samuel Correa Lima, assassinado com 7 tiros. Critica a Rede Globo
de Televisão. Exibe e comenta vídeo do resgate do corpo do cabo Marciel de
Souza Batalha, soterrado no Guarujá. Rebate pronunciamento da deputada Leci
Brandão.
10 - ADALBERTO FREITAS
Assume a Presidência.
11 - MÁRCIA LULA LIA
Anuncia que deve ser realizada, nos dias 15 e 16/04, a
Conferência Popular de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, em São
Paulo. Discorre acerca do tema. Comenta manifestação realizada na Avenida
Paulista, por ocasião do Dia Internacional da Mulher. Critica o presidente Jair
Bolsonaro, por colocar-se contra as instituições. Reflete acerca de problemas
econômicos e sociais a afetar o Brasil.
12 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
13 - CARLOS GIANNAZI
Defende a nomeação de aprovados em concurso da Secretaria de
Administração Penitenciária. Comenta ameaça a comunidade indígena, no Pico do
Jaraguá, em razão de empreendimento imobiliário. Acrescenta que a obra é
irregular e que deve promover desmatamento. Lamenta mobilização da Tropa de
Choque para levar a efeito reintegração de posse, hoje. Critica a concessão de
licença, que deve ser objeto de CPI. Clama por explicações do prefeito Bruno
Covas.
GRANDE EXPEDIENTE
14 - LETICIA AGUIAR
Parabeniza as mulheres pelo Dia Internacional da Mulher.
Comenta corrida feminina, com cerca de 16 mil inscritas, cuja renda fora
destinada a vítimas de enchentes na Baixada Santista. Enaltece o valor da
empatia e da solidariedade. Discorre acerca do programa Mulheres de Peito,
destinado à prevenção ao câncer de mama. Tece considerações sobre a causa
animal. Lista apoiadoras de seu mandato. Critica a Rede Globo de Televisão por
reportagem que vitimizara condenado por crime hediondo. Assevera que
apresentara moção de repúdio.
15 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Suspende a sessão até as 16 horas e 30 minutos, às 15h20min.
16 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h36min.
17 - CAMPOS MACHADO
Pelo art. 82, saúda as mulheres desta Casa. Discorre sobre a
participação feminina no PTB de São Paulo e em vários setores da sociedade.
Afirma que as mulheres devem ser valorizadas todos os dias. Defende a igualdade
de direitos e oportunidades para homens e mulheres.
18 - TEONILIO BARBA LULA
Pelo art. 82, cumprimenta as mulheres pelo seu dia. Observa
que não há representação feminina na Comissão de Relações Internacionais desta
Casa. Presta solidariedade às vítimas das enchentes na Baixada Santista. Diz
que tragédias como esta são resultado do descaso do Poder Público.
ORDEM DO DIA
19 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Encerra a discussão e coloca em votação requerimento de
urgência ao PL 1027/19.
20 - DOUGLAS GARCIA
Encaminha a votação do requerimento de urgência ao PL
1027/19, em nome do PSL.
21 - CAMPOS MACHADO
Encaminha a votação do requerimento de urgência ao PL 1027/19,
em nome do PTB.
22 - TEONILIO BARBA LULA
Encaminha a votação do requerimento de urgência ao PL
1027/19, em nome do PT.
23 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de
urgência ao PL 1027/19.
24 - DOUGLAS GARCIA
Declara voto contrário ao requerimento de urgência ao PL
1027/19.
25 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Registra a manifestação. Coloca em votação, separadamente, e
declara aprovados requerimentos solicitando a retirada do PL 180/09 e do PL
426/19. Coloca em votação e declara aprovado requerimento, do deputado Itamar
Borges, de criação de comissão de representação com a finalidade de participar
de reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária, a ser realizada em 10/03, em
Brasília/DF.
26 - HENI OZI CUKIER
Declara voto contrário ao requerimento do deputado Itamar
Borges, em nome do Novo.
27 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Registra a manifestação. Coloca em votação e declara aprovado
requerimento, do deputado Wellington Moura, de criação de comissão de
representação com a finalidade de participar de reuniões oficiais promovidas
pela União Nacional dos Legislativos Estaduais, durante o ano de 2020, em
território nacional.
28 - HENI OZI CUKIER
Declara voto contrário ao requerimento do deputado Wellington
Moura, em nome do Novo.
29 - TEONILIO BARBA LULA
Declara voto contrário ao requerimento do deputado Wellington
Moura, em nome do PT.
30 - ARTHUR DO VAL
Declara voto contrário ao requerimento do deputado Wellington
Moura.
31 - CARLOS GIANNAZI
Declara voto contrário ao requerimento do deputado Wellington
Moura, em nome do PSOL.
32 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Registra as manifestações. Coloca em votação e declara
aprovado requerimento, do deputado Tenente Coimbra, de criação de comissão de
representação com a finalidade de participar do COP Internacional, promovido
pelo Conselho Nacional dos Comandantes Gerais da Polícia Militar, a realizar-se
entre os dias 17 e 19/03, em Florianópolis/SC.
33 - HENI OZI CUKIER
Declara voto contrário ao requerimento do deputado Tenente
Coimbra, em nome do Novo. Esclarece que o posicionamento da bancada se deve ao
fato de os requerimentos em tela acarretarem ônus para este Poder.
34 - ARTHUR DO VAL
Declara voto contrário ao requerimento do deputado Tenente
Coimbra.
35 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Registra as manifestações. Coloca em votação e declara
aprovado requerimento, do deputado Wellington Moura, de criação de comissão de
representação com a finalidade de participar da assembleia geral da Copa -
Confederação Parlamentar das Américas, a realizar-se entre os dias 14 e 19/03,
em San Juan, Porto Rico.
36 - HENI OZI CUKIER
Declara voto contrário ao requerimento do deputado Wellington
Moura, em nome do Novo.
37 - ARTHUR DO VAL
Declara voto contrário ao requerimento do deputado Wellington
Moura.
38 - JANAINA PASCHOAL
Declara voto contrário aos requerimentos de comissão de
representação que resultem em ônus para este Poder.
39 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Registra as manifestações.
40 - SARGENTO NERI
Solicita a suspensão dos trabalhos por 20 minutos, por acordo
de lideranças.
41 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido. Convoca uma reunião extraordinária da
Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a ser realizada às 17 horas e
30 minutos. Suspende a sessão às 17h26min, reabrindo-a às 17h51min. Convoca uma
sessão extraordinária, a ter início dez minutos após o término da presente
sessão.
42 - DELEGADO OLIM
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
43 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de 11/03, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra a realização da
sessão extraordinária, com início previsto para as 19 horas. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Leci Brandão.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e convida o nobre deputado Dr. Jorge do Carmo para ler a
resenha do expediente.
O
SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - Obrigado, Sra.
Presidente. Temos dois requerimentos, documentos, a ler aqui na resenha. Um
requerimento do deputado Gil Diniz: “Requeiro, nos termos do Art. 165, incisos
VIII e IX, da Consolidação Regimental Interna, que registre nos Anais desta
Casa o voto de congratulação à população de Angatuba pelo aniversário do
município, a ser comemorado no dia 11 de março”.
E mais um documento, uma indicação,
Sra. Presidente, do deputado Sargento Neri: “Indico, nos termos do Art. 159, do
Regimento Interno, ao Exmo. Sr. Governador do estado que determine aos órgãos
competentes providências necessárias visando à liberação de recurso financeiro
para a implantação de um parque infantil na Praça Laura Martins, localizada no
município de Platina”.
Está lida a resenha, Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Muito obrigada,
Sr. Deputado. Damos início então à relação dos oradores inscritos no Pequeno
Expediente, chamando o primeiro orador, Dr. Jorge Lula do Carmo. Vossa
Excelência tem o tempo regimental de fala.
O
SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - À presidenta, hoje conduzindo os
trabalhos, deputada Leci Brandão, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público da
galeria, da TV Alesp que nos assiste, assessoria, público em geral, boa tarde.
Sra.
Presidente, eu quero hoje, mais uma vez - e parece repetitivo, deputada Leci
Brandão - falar sobre o “enganotrilho” do PSDB. “Enganotrilho” por quê? Porque,
de fato e de direito, enganou as pessoas ao longo desses anos, dizendo que esse
trilho, especialmente a Linha 15 Prata do Metrô, que tinha a pretensão de ligar
a Vila Prudente até a Cidade Tiradentes, iria funcionar.
Nós falávamos
que esse modal, onde existe no Brasil, não funciona. Porque o povo da
Sapopemba, de São Mateus, de Iguatemi, da Cidade Tiradentes, merecia e merecem
o Metrô.
E o governo do
PSDB resolveu trazer para nós essa linha, esse monotrilho que eu costumo chamar
de “enganotrilho”. Porque agora está demonstrado, cada vez mais, que foi uma
enganação com a população.
Nós estamos
falando de milhões, bilhões e bilhões de recursos investidos ali naquela região
da zona leste de São Paulo. E hoje estamos há mais de 10 dias com esse modal de
transporte paralisado, sem expectativa de retorno.
O governo do
estado estima que tem um prejuízo de 1 milhão por dia, 1 milhão de reais. Por
isso ele quer, pretende multar e deve multar a empresa Bombardier, essa bomba
que veio lá do Canadá, trazer para cá nossa esse “enganotrilho”. Segundo o
governo, vai multar em 1 milhão. O problema não é multar.
Claro que nós
queremos que ela seja multada, por não fazer um serviço, um trabalho, uma obra
de qualidade que funcione para resolver o problema do transporte. O problema é
o prejuízo que isso causa à população.
O problema é o
prejuízo e a despesa que as pessoas têm a mais. O Paese está funcionando, mas é
o tempo, é o prejuízo. E nós estamos falando de uma obra pública. Por isso que
eu quero conclamar aqui a falta de transparência. A falta de transparência.
Agora a empresa
do Canadá, segundo informações, veio para fazer a inspeção. E a inspeção é a
portas fechadas. O governo e a empresa escondem não sei o quê. Porque nem a
população e nem os deputados não conseguem ter acesso a que tipo de inspeção.
Eu nunca tinha
visto falar que trem furou o pneu. Mas esse trem, que colocaram lá na zona
leste, do PSDB, esse “enganotrilho”, deu problema no pneu, e recolheram lá não
sei quantos carros.
23 carros,
salvo melhor, juízo que estão lá paralisados, causando um prejuízo enorme à
população da zona leste. Por isso eu quero é chamar aqui a atenção dos meus
pares e também dos membros das comissões de Defesa do Consumidor, que eu sou
membro dela; de Assuntos Metropolitanos e Municipais; dos Transportes e também
da Infraestrutura, para a gente requerer urgência e providência.
Que o
presidente do Metrô e o secretário Alexandre Baldi venham a essa Casa, prestar
esclarecimento para esses deputados e também para a população. Por que, e
quando essa bomba, trazida pela Bombardier canadense, pelo PSDB para São Paulo,
virá aqui resolver em definitivo esse problema?
A gente já
insinuava, a gente já falava, a gente já dizia e os técnicos demonstravam com
clareza que isso não ia funcionar. Mas o governo do PSDB, que governa o estado
há quase 30 anos, simplesmente ignorou e trouxe esse “enganotrilho” para nós
aqui.
Quero mostrar
aqui, rapidamente a situação: os trens parados lá e o prejuízo que as pessoas
têm tido no estado de São Paulo, mais especialmente a população da zona leste,
de Vila Prudente, de Sapopemba, de São Mateus, do Iguatemi.
E o povo da
Cidade Tiradentes, onde eu moro, não tem nem expectativa. Porque esse trem,
essa bomba, certamente não vai para lá. E se for para não funcionar, é melhor
nem ir mesmo. Porque nós queremos dignidade e transporte de qualidade para
população de toda a região leste, de todo estado de São Paulo.
Quero mostrar
um pouquinho, rapidamente, a situação lá daquela região.
* * *
- É feita a
exibição de vídeo.
* * *
É isso, Sra.
Presidente. É só para demonstrar exatamente o mau uso do recurso público no
nosso estado pelos governadores do PSDB.
Muito obrigado.
A
SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Obrigada,
deputado.
Queríamos anunciar aqui, com muito
prazer, os alunos do curso de direito das Faculdades Metropolitanas Unidas -
Campus Liberdade e agradecer a presença de todos, alunos e professores.
Eu pediria ao nobre deputado Coronel
Telhada que assumisse a Presidência dos trabalhos.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Coronel
Telhada.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Chamando o
próximo orador inscrito, deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputada Janaina
Paschoal. (Pausa.) Deputada Professora Bebel Lula. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Sra. Deputada Leci Brandão. Vossa Excelência tem o
tempo regimental.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Exmo. Sr. Presidente Deputado Coronel Telhada, deputado
Jorge do Carmo, assessores, público que nos assiste pela nossa TV Assembleia,
público da galeria, quero, mais uma vez, fora da Presidência da Casa,
cumprimentar todas as pessoas que estão aí, que vêm aqui todos os dias para
trazer suas demandas e colocar todos os seus anseios para que a Assembleia
Legislativa possa, de algum modo, atender.
É muito bom
receber alunos, principalmente quando vêm alunos e professores. É importante,
porque a Educação e a Cultura precisam ser apreciadas e estimuladas por este país.
Presidente,
hoje eu vim para falar de um assunto sobre o qual até agora não tinha me
manifestado. Como a gente é da Comissão de Educação e Cultura, a gente tem que
falar das pessoas ligadas à Cultura; no caso, da nossa secretária especial de
Cultura, Regina Duarte.
Ela nomeou a
secretária Maria do Carmo Brant de Carvalho para a Secretaria de Diversidade
Cultural e esse ato foi anulado pela Casa Civil horas depois, sem explicações.
Eu fiz questão de trazer isso aqui para a tribuna porque estou deputada, mas
sou artista há mais de 45 anos e, principalmente, cidadã.
Na condição de
parlamentar, eu não posso me furtar de comentar da minha tristeza de ver que
uma artista compactuou com essa situação nacional. Bateu continência para uma
pessoa que está fazendo autoritarismo e desrespeito, principalmente à Cultura e
à Educação.
Mas já causa
estranheza a gente ver que não está havendo um posicionamento por parte das
pessoas em relação a todos os desrespeitos que têm sido feitos, inclusive com a
Educação. O ministro da Educação...
Inclusive, o
presidente do Congresso disse que não pode falar mal dele, porque senão ele não
sai, que ele vai continuar ficando neutro, para ver se ele sai. É muito louco,
porque é um ministro da Educação que não sabe ler e não sabe escrever também.
Bom, o do Meio
Ambiente não gosta dos ambientalistas, detesta a Amazônia e não tem nada a ver
com os indígenas. Então, a gente está nessa situação.
Mas, se a
Regina Duarte foi desautorizada no seu primeiro ato de secretária de Cultura, a
gente fica imaginando o que é que não vai acontecer daqui para frente, porque
houve muitas críticas, principalmente por parte da classe artística, por ela
ter batido continência para ele. Foi uma coisa que nos espantou bastante.
Mas eu acho que
as pessoas precisam, de repente, ter uma punição maior, ter um ato mais
violento, para que elas entendam onde é que elas se meteram, o que é que elas
estão fazendo compactuando com isso tudo. O que a gente quer dizer é que,
apesar da tristeza desses fatos, eles não surpreendem a gente. Afinal de
contas, quando se flerta com o autoritarismo, acho que a gente tem que ver o
que quem é conservador, quem só trata de retrocesso e de desrespeito à nação é
capaz de fazer.
Mas eu quero
também, pelo tempo que me resta, manifestar o meu apoio e total solidariedade à
comunidade guarani da terra indígena do Jaraguá. Eles estão sendo despejados de
uma área que fica bem próximo de suas terras.
A ocupação
aconteceu para protestar contra uma construção de um condomínio que fica
próximo às terras deles e ao Parque Estadual do Jaraguá. Eu entendo que todas
as gestões anteriores já poderiam ter resolvido esse problema da população
indígena do Jaraguá, e ninguém fez nada.
Então, agora a
coisa chegou a ponto tal que a polícia já está lá e já vai mandar todo mundo,
já está mandando todo mundo desocupar. A situação está um pouco tensa. Nós
recebemos um comunicado e estamos aqui para prestar a nossa solidariedade.
Toda vez que
tem integração de posse, eu pergunto o seguinte: por que quando as pessoas
colocaram a primeira tábua, o primeiro barraco, seja o que for, ninguém foi lá
falar nada? Então, deixa as pessoas seguirem suas vidas e, de uma hora para
outra, a Justiça manda que essas pessoas desocupem.
Eu acho que já
tem tanta maldade feita aos povos indígenas, e a gente não pode ficar tranquilo
diante de mais uma desocupação feita na base da intolerância, na base da briga,
da pancadaria. A gente não pode permitir que isso aconteça.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado,
Sra. Deputada.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta
Presidência, atendendo solicitação da nobre deputada Alessandra Monteiro,
convoca V. Exas., nos termos do Artigo 18, inciso I, letra “r”, do Regimento
Interno, para uma sessão solene a realizar-se no dia três de abril de 2020, às
20 horas, com a finalidade de homenagear o senhor Guilherme Filipin.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta
Presidência, atendendo solicitação do nobre deputado Coronel Telhada, convoca
V. Exas., nos termos do Artigo 18, inciso I, letra “r”, do Regimento Interno,
para uma sessão solene a realizar-se no dia 13 de abril de 2020, às 20 horas,
com a finalidade do outorgar o colar de honra ao mérito legislativo do estado
de São Paulo ao Sr. José Carlos de Barros Lima, diretor do Colégio Santo Ivo.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta
Presidência, atendendo solicitação do nobre deputado Alex de Madureira, convoca
V. Exas., nos termos do Artigo 18, inciso I, letra “r”, do Regimento Interno,
para uma sessão solene a realizar-se no dia 17 de abril de 2020, às 10 horas,
com a finalidade de outorga de láurea acadêmica aos professores doutores da
Universidade Paulista - UNIP.
Próximo deputado inscrito: deputado
Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputada Analice
Fernandes. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Tenente
Nascimento. (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputado Coronel
Nishikawa. (Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Deputado Carlos
Giannazi. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. Falará posteriormente. Deputado
Conte Lopes. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. CONTE LOPES - PP -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos acompanha da
tribuna da Assembleia e pessoal da Secretaria de Administração Penitenciária,
que prestaram o concurso e estão pleiteando os seus direitos, já que passaram
no concurso.
Eu vou voltar,
de novo, a falar da Globo. Falar do Rafael ou da Suzi. Para mim, não interessa
se ela se chama Rafael ou Suzi. Me interessa é que ela é levada ao Fantástico,
com toda a audiência da Globo, e apresentada como uma mulher - sendo homem -
que não estava recebendo correspondência, apesar de estar presa.
E recebeu um abraço
do Drauzio Varella, que acabou emocionando o Brasil inteiro, porque eles
trabalham dessa maneira.
Ontem, eu
estava acompanhando a Rede TV e vi uma das vítimas do Rafael ou da Suzi, uma
senhora que perdeu o filho de nove anos. O filho foi estuprado e morto pela
Suzi 10 anos atrás.
Como ela dizia:
“meu filho era para estar com 19 anos; quando eu vi aquilo na televisão, eu
comecei a chorar. Faz três dias que eu não durmo”. Que absurdo um negócio
desse.
O senhor
Drauzio Varella, diz agora: “ eu sou médico, não sou repórter ”. Não, não é
médico. Médico vai na cadeia, como o policial, para atender, como todo mundo. O
cara atende homem, atende mulher, atende o presidiário.
Agora, quando
ele entra em uma entrevista, ele é repórter, não é médico. Ele não foi lá como
médico, ele foi como repórter e fez apologia de um criminoso, sim, de um
estuprador e assassino.
E, por incrível
que pareça, o Rafael - o “Suzy” - tentou estuprar o sobrinho dele, de 4 anos de
idade, por isso que ele não recebe carta nem visita. E ninguém quer visitar
mesmo, quer que ele morra lá.
Aliás, quantos
desses morreram em tiroteio conosco na polícia, não é? Graças a Deus, porque os
que morreram nunca mais estupraram nem mataram mais ninguém.
O dia em que
ele sair da cadeia, ele pode realmente visitar alguém que mandou a cartinha
para ele - até crianças estão mandando cartinhas para ele - e vai cometer o
mesmo tipo de crime, porque ele é maníaco, ele não sara. Ele comete o mesmo
tipo de delito.
Infelizmente é
assim, a Rede Globo de Televisão, ao invés de endeusar os bombeiros que
morreram na Baixada Santista, não, endeusa os bandidos. Eu até, Coronel
Telhada, já fui vítima disso.
Um belo dia,
recebi um telefonema para participar do programa do Serginho Groisman, - eu já
era deputado desta Casa, foi um dos primeiros programas, Altas Horas e eu fui. Chegando lá, me confinaram em uma
salinha - tinha até comida lá, umas frutas, uns sanduíches -, e eu fiquei lá
duas horas.
Quando me
chamaram para o palco, para me entrevistarem, entram dois bandidos - não sei o
que “X”, uns caras de rap - escoltados para debater comigo, ao vivo e a cores
na Rede Globo de Televisão.
E, quando
começa o debate, eles começam a me xingar de ladrão, de gravata. Eu falei:
“Ladrão é você, que roubou na feira, ladrão de feira, roubava mulher na feira,
assaltante”. Mas é montado um esquema em que o cara vira herói, tentando nos
transformar em bandido.
E foi o que
aconteceu nesse programa aí da Globo, no Fantástico do último domingo: o
endeusamento de um bandido, assassino frio, matador e estuprador de crianças.
Mais uma vez, a Rede Globo apresenta isso, inverte os valores, sempre
invertendo os valores.
O que eles vão
falar disso? Agora, o Drauzio Varella fala que é médico. Ele estava lá como
repórter. Quando se faz um programa em que vai participar um bandido é obvio
que você sabe o que o cara fez.
Então, fica aí.
Agora, triste foi ver aquela mãe ontem, chorando porque perdeu o filho há 10
anos. E, além do mais, além de o cara estuprar e matar a criança de nove anos,
depois de alguns dias, ele foi reaver o corpo e jogou na frente da casa da
família.
Veja a
periculosidade do Rafael, ou da Suzy. E transformar isso aí em um problema de
gênero, se é hétero, transexual, travesti. Não tem nada a ver uma coisa com a
outra. Ele é um criminoso, um bandido, e, na hora em que ele sair da cadeia,
vai cometer o mesmo tipo de crime.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado,
senhor deputado. Próximo deputado: deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado
Gil Diniz. (Pausa.) Adalberto Freitas. (Pausa.) Major Mecca. (Pausa.) Pela
lista suplementar: deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Sebastião
Santos. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa) Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputado
Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson
Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputado
Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. Solicito ao deputado Conte Lopes
que assuma a Presidência dos trabalhos.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Conte
Lopes.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - O próximo
orador inscrito é o nobre deputado Coronel Telhada, homem aí da polícia e, no
nosso partido, é um grande nome também na indicação para a Prefeitura de São
Paulo.
Vossa Excelência tem trabalho, tem
estudo, tem muito estudo, muito enfrentamento de bandido, e V. Exa. é um nome
realmente importante para o Brasil.
Tivemos o presidente Bolsonaro lá se
elegendo e V. Exa. é um homem que tem até história. Se pensar bem, muito mais
história.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP –
Obrigado, Sr. Deputado. Sr. Presidente, Srs. Deputados, assessores e
funcionários aqui presentes, todos os que estão aqui, sejam bem-vindos.
Saudar o
pessoal da PEC 02, o pessoal que prestou exame para a SAP e está aguardando.
Dois mil e catorze o concurso, né? Estou marcando uma reunião com o Nivaldo
para tratar desse assunto.
Já fiz duas
indicações para o governador, para o próprio Nivaldo. Fiquem tranquilos, que
nós estamos indo lá conversar pessoalmente com ele. Se der certo, a gente até
leva o presidente da comissão, tá bom? Vamos conversar depois sobre isso.
Saudar a todos
os que nos assistem aqui pela Rede Assembleia, saudar nossa Polícia Militar, na
figura do cabo Laurence e também do cabo Ferraz e do cabo Laurence, saúdo a
nossa assessoria policial militar na pessoa dos dois.
Hoje é
terça-feira, 10 de março, quero saudar os municípios aniversariantes. Nós temos
cinco municípios hoje. São eles: Campos Novos Paulista, Patrocínio Paulista,
Eldorado, Ituverava e Monte Aprazível. Um abraço a todos os amigos e amigas
desses municípios.
Ontem, também,
nós tínhamos vários assuntos. Acabei não tendo a oportunidade de falar, mas
quero aqui agradecer o trabalho do comandante da Polícia Militar, o coronel
Marcelo Vieira Sales, que ontem deixou o comando da Corporação, passando o
comando para o coronel Alencar.
* * *
- É feita a exibição da imagem.
* * *
Estou nessa
foto com o coronel Marcelo Vieira Sales, que agora assume nova função.
Obrigado, comandante, por tudo o que o senhor fez. Sucesso nas novas missões, e
conte conosco aqui na Assembleia Legislativa.
Um abraço a
todos os policiais militares.
Também não
posso deixar de citar o falecimento de um herói brasileiro, mais um herói, que
nos deixa. Como eu sempre digo aqui, meus heróis não morreram de overdose; meus
heróis morreram em combate, meus heróis morreram no trabalho. Eles não morreram
dignamente, mas nunca de overdose.
Eu quero citar
a morte aqui do Sr. José Valentim Corrêa, herói da Força Expedicionária
Brasileira que, com o Primeiro Regimento de Infantaria, embarcou no dia 22 de
junho de 1944, retornando em 1945 para São Paulo.
Ele serviu como
radiotelegrafista. Inclusive, perdeu um irmão em combate, que era o Genésio
Valentim Corrêa. Meus sentimentos à família do Sr. José Valentim Corrêa.
E, parabéns a
todos os heróis da Força Expedicionária Brasileira, e de todos aqueles que
preservam a história da nossa nação. Lembrando: meus heróis não morreram de
overdose. Vocês jamais vão ver eu falar isso aqui.
Também a
lamentar a morte de um agente penitenciário. Vocês, que têm o interesse em
servir nessa nobre missão, ontem foi morto aqui em São Paulo um agente
penitenciário, o Sr. Samuel Corrêa Lima.
Tem um vídeo
aí, Machado? Tem um vídeo do assassinato dele aí? Eu tinha esse vídeo. Ele
estava dentro de um estabelecimento, ele é perseguido por indivíduos que
efetuam vários disparos contra ele.
Não tem o
vídeo, né?
Efetuaram vários
disparos contra ele, e ele foi morto com sete tiros, por volta das 16 horas de
ontem. Duas mulheres também foram baleadas.
Mais uma vítima
da violência. Mas ninguém está preocupado com isso. Ninguém está preocupado em
vir falar de policiais militares, de agentes penitenciários, de bombeiros que
morreram.
Como o Conte
acabou de falar, a Globo está preocupada em endeusar estuprador de criança.
Estuprador de criança, assassino de criança. É isso que a Globo quer endeusar.
É isso que a imprensa criminosa – não é toda a imprensa, é a imprensa criminosa
–, a imprensa mal-intencionada quer mostrar criminosos fazendo-os heróis.
E os
verdadeiros heróis não são lembrados.
Parabéns a
todos os que lutam contra o crime, e nossos sentimentos à família do Samuel Corrêa
Lima, que ontem foi morto por criminosos.
Falando nos
nossos heróis, ontem encontraram o corpo do cabo Batalha. O cabo Batalha foi
aquele que estava desaparecido há praticamente sete, oito dias, lá no Guarujá,
naquele desabamento que houve.
Nós temos um
vídeo aí no momento em que o corpo é retirado do local. Pode colocar, Machado,
por favor. Esse é o momento em que o corpo é retirado do local.
* * *
- É feita a exibição do vídeo.
* * *
O SR. CORONEL TELHADA - PP – Mas, isso não interessa. O que
interessa é mostrar o estuprador, que não recebe visita há oito anos. Só que
ele estuprou e matou uma criança de nove anos.
Esses são os
nossos verdadeiros heróis. Onde a população, comovida, presta uma homenagem com
uma salva de palmas.
Muito obrigado,
Machado. O cabo Marciel de Souza Batalha estava com 46 anos, era natural de
Juiz de Fora, Minas Gerais, filho de Ismael e Maria, casado com a senhora
Vanessa, pai da jovem Daiane. Estava na corporação há 20 anos e 9 dias, e nos
deixou em combate.
Então, eu fico
perplexo quando eu vejo deputados vindo aqui e querendo criticar o governo,
porque luta pelo que é correto. Querer criticar o governo porque quer manter a
tradição, quer manter a família, quer manter o bem.
Eu tenho todo
respeito por todos os deputados aqui, mas eu vi há pouco o deputado achando um
absurdo a Regina Duarte ter feito continência para Bolsonaro.
O que eu acho
absurdo são os outros, que passaram em governos anteriores, compactuarem com a
corrupção. Isso é um absurdo. O fato de fazer continência... Se está
escandalizado por isso, por que não se escandalizou com toda a corrupção que
houve Brasil?
Então, são
coisas que eu fico aqui ouvindo e fico perplexo, ver endeusamento de
criminosos, ver endeusamento de estupradores, e esses heróis verdadeiros, que
morrem diariamente, que lutaram na Itália, que sacrificam sua vida, que morrem
defendendo a população, na Secretaria de Administração Penitenciária, na
Polícia Civil, na Polícia Militar, mal e porcamente são lembrados.
É muito triste
viver a realidade do estado brasileiro.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
*
* *
- Assume a
Presidência o Sr. Adalberto Freitas.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - PSL - Obrigado,
deputado. Continuamos aqui a lista suplementar. Chamamos para usar o tempo
regimental a Exma. Deputada Márcia Lia.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito boa
tarde a todos os deputados e deputadas, as pessoas que estão aqui na galeria,
as pessoas que nos acompanham pela TV Alesp.
São muitos os
assuntos, mas o que me traz neste momento aqui é um convite a toda a população
da cidade de São Paulo, do estado de São Paulo, para a Conferência Popular de
Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, que vai acontecer na cidade de
São Paulo nos dias 15 e 16 de maio.
Essa
conferência popular está sendo chamada pelos movimentos de segurança alimentar,
coletivos, pelo Fórum Paulista de Soberania e Segurança Alimentar e
Nutricional, tendo em vista o fato de que o governo do estado de São Paulo não
está chamando a conferência, que seria uma atribuição sua.
Pelo contrário,
desmontou o Consea, desmontou toda a possibilidade de participação da sociedade
nos debates em relação à segurança alimentar.
Então, a
sociedade civil se organizou e fará uma conferência popular, já que são
inúmeras as ameaças ao direito humano à alimentação, com o aumento da pobreza,
com a concentração da renda, com a volta da fome, com a ampliação do número de agrotóxicos
que são liberados, pela violação dos direitos das comunidades tradicionais,
favorecimento de grandes corporações, que colocam em risco o nosso acesso aos
recursos naturais.
Então, vai ser
um debate extremamente importante, e aí pedimos que as pessoas que queiram
participar, que possam entrar em contato pelo endereço eletrônico
forumpaulista.ssam@gmail.com, para que possam se inscrever para a Conferência
Popular de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, nos dias 15 e 16 de
maio, que será aqui na cidade de São Paulo.
Todos juntos em
defesa da comida de verdade no campo, nas florestas, nas águas e na cidade.
Esse é um tema extremamente importante, então nós queremos convidar todos e
todas para que possam participar.
Outra questão
que eu quero falar com vocês aqui, dentre tantos assuntos que temos é a
respeito das manifestações que aconteceram pelo mundo todo no último dia oito
de março, onde, aqui na Avenida Paulista, nós tivermos, segundo a CUT, a
Central Única dos Trabalhadores, aproximadamente 50 mil mulheres participando
daquele ato, mulheres dos movimentos sociais, mulheres da luta, mulheres de
partidos, mulheres indígenas, mulheres negras, mulheres de todas as aldeias,
vamos dizer assim.
Então, nós
estivemos lá na Avenida Paulista, participamos também da luta e da resistência
das nossas mulheres contra esse desmonte do governo, contra as políticas de
redução do Estado, contra as políticas de envenenamento da população, contra as
políticas que estão destruindo o nosso País.
Então, diga-se
de passagem, que nós estamos vivendo o desmonte institucional. Nós estamos
vivendo o desmonte econômico. Nós estamos vivendo o desmonte dos programas
sociais. Nós estamos vivendo o desmonte da soberania nacional.
A nossa
democracia corre sério risco porque quando um presidente da República se coloca
numa postura - aquele que deveria defender a democracia, aquele que deveria
defender a soberania nacional, aquele que deveria defender as instituições,
como o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal - contra as instituições,
que são os pilares da democracia...
Então nós não
podemos aceitar, deputado Giannazi, o que está acontecendo neste País. Nós não
podemos aceitar que um presidente da República cometa atos que ensejam crimes
de responsabilidade. Enquanto gestor de um país ele tem que ter postura e não
fazer da forma como tem feito.
Então nós
queremos aqui deixar a nossa moção de repúdio - de repúdio dos democratas, de
repúdio das pessoas que acreditam que a soberania nacional está sendo assolada,
de repúdio daqueles que querem a manutenção da democracia, de repúdio de tudo
que está acontecendo.
E olhe o que
está acontecendo aqui nas bolsas de valores, onde nós tivemos ontem uma queda
de 12% e o dólar subiu lá no céu e a gente está vivendo uma instabilidade
econômica inimaginável. A gente não podia imaginar que a gente fosse chegar no
ponto caótico que nós chegamos.
E ao invés do
presidente da República fazer propostas de melhoria nas condições econômicas
deste País, ele vem fazer uma discussão se um médico abraçou uma pessoa que
está presa numa penitenciária. É o fim do mundo. É a tentativa de
desestabilizar o Estado.
É a tentativa
de distrair a atenção das pessoas, porque não é possível que um sujeito que foi
eleito para ser presidente da República não tenha propostas firmes e fortes
para tirar o País do buraco que ele enfiou.
É isso.
*
* *
-
Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sra. Deputada. O próximo deputado é o deputado Carlos Giannazi. Vossa
Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, quero
saudar aqui os aprovados nos concursos da SAP, da Secretaria de Administração
Penitenciária, os servidores que estão lutando para que sejam chamados, para
que o governo cumpra a lei fazendo a chamada imediata de todos os aprovados nos
vários concursos realizados já desde 2014.
Tem concurso de
2017, 2018 e os servidores estão inclusive, acampados na frente da Assembleia
Legislativa pedindo socorro, pedindo apoio dos deputados e deputadas para que
todos façam gestões junto ao governo Doria, junto ao secretário de SAP para que
haja a chamada - como eu disse - imediata. Todo nosso apoio à luta de vocês.
Sr. Presidente,
nós estamos acompanhando estarrecidos o que está acontecendo agora, exatamente
agora, lá no Pico do Jaraguá. Lá existe uma comunidade indígena que está sendo
ameaçada por conta de um grande empreendimento imobiliário de uma grande
empreiteira, que faz parte dessa política da especulação imobiliária, que
estranhamente conseguiu - não sei como - uma licença para construir, fazer uma
grande obra devastando uma boa parte daquela mata, daquela vegetação ali em torno
do Pico do Jaraguá - a deputada Márcia Lia está dizendo que tem muitas
irregularidades.
Um absurdo.
Como que uma empreiteira consegue uma licença, na Prefeitura de São Paulo, para
desmatar, para cortar centenas, talvez milhares de árvores, ao lado de uma
comunidade indígena?
Logicamente que
há uma reação. Membros da comunidade indígena ocuparam o lugar para que não
haja a devastação. A questão está judicializada, com o Ministério Público
Federal, na Justiça, enfim.
Há uma
mobilização lá, só que tem uma reintegração de posse. Hoje a Tropa de Choque da
Polícia Militar foi mobilizada. Está lá para retirar à força a comunidade
indígena: mulheres e crianças que estão resistindo, defendendo a sua terra, o
meio ambiente e a natureza.
Eles não vão
sair, já disseram os membros da comunidade indígena. Vão resistir contra a
devastação. E tem todo o nosso apoio, esse movimento. Porque, como que a
Prefeitura de São Paulo... Tem coisa aí. Não é possível que essa licença tenha
sido concedida dessa maneira. Eu disse aqui que existem muitas irregularidades
e nós estamos acompanhando.
A nossa
assessoria está lá. O vereador Celso Giannazi está lá acompanhando e já
ingressou, inclusive, com um pedido de CPI para investigar como que saiu essa
licença. Ele também já acionou o Ministério Público.
Porque nós
estamos, agora, investigando como que a Prefeitura deu uma licença ambiental
para a construção de uma grande obra, que vai devastar uma boa parte da
vegetação em torno do Pico do Jaraguá e uma área vizinha de uma comunidade
indígena.
Isso é um
absurdo total. E agora o governo estadual colocou todo o aparato de repressão
para que haja a reintegração de posse, que seria em 6 horas. Há um movimento de
negociação com os movimentos, com alguns parlamentares, alguns vereadores.
Eles
conseguiram estender isso agora, até as 3 horas. Mas espero que a Prefeitura
tome providências e faça uma investigação rigorosa.
Porque - repito
- é inconcebível. Trata-se de um ataque ao meio ambiente, trata-se de um ataque
à comunidade indígena. Mas, sobretudo, nós não temos dúvidas que trata-se de um
aprofundamento da grande especulação imobiliária, do poder das grandes
empreiteiras aqui na cidade de São Paulo.
Porque não é
possível que a Prefeitura tenha dado essa licença. Por isso que nós vamos
investigar, nós vamos fazer uma devassa nesse processo.
Queremos saber.
A Câmara Municipal já está vendo isso através desse pedido. O vereador Celso
Giannazi pediu uma CPI, acionou o Ministério Público e vai acionar as comissões
pertinentes da Câmara Municipal que fiscalizam o Executivo Municipal.
A Prefeitura
tem que explicar isso. O prefeito Bruno Covas tem que explicar como que dá
licença para desmatamento monstruoso, tenebroso e criminoso ao lado do Pico do
Jaraguá, ao lado de uma comunidade indígena.
Nós estaremos
lá acompanhando. Faço um apelo à Secretaria de Segurança Pública, para que
retire a tropa de choque e abra um processo de negociação. Porque a Secretaria
não pode referendar um massacre desse, da natureza e também da comunidade
indígena, que vai resistir.
Porque eles são
indígenas e vão defender a natureza e vão defender o meio ambiente. Essa luta
não é só deles. É de toda a cidade de São Paulo e de todo o Brasil.
Muito obrigado
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sr. Deputado. Encerrado, neste momento, o Pequeno Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
*
* *
Vamos nesse momento começar o Grande
Expediente, com o primeiro orador inscrito, que é o orador Deputado Rodrigo
Gambale, que permuta o seu tempo com a deputada Leticia Aguiar.
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PSL -
Boa tarde, Sr. Presidente, colegas parlamentares, segurança, servidores desta
Casa, às pessoas que acompanham esta sessão no plenário e ao público da Rede
Alesp.
No último
domingo, dia 8 de março, comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Parabéns
pelo nosso dia! Parabéns aos homens, também, que reconhecem as mulheres, e que,
nesse dia tão especial para nós, fazem questão de reconhecer o valor da mulher
no Brasil e no mundo.
E, no domingo
passado aconteceu na Capital a Corrida da Mulher. Foram mais de 16 mil pessoas
que participaram da Corrida da Mulher.
É um importante
incentivo ao esporte, a questão da valorização da data. Gostaria de ressaltar a
importância desse evento e parabenizar a Secretaria de Desenvolvimento Social,
pela iniciativa, pois os valores arrecadados na inscrição dessa Corrida da
Mulher foram destinados - cerca de 400 mil reais - para as vítimas da enchente
que atingiu a Baixada Santista.
Pudemos
acompanhar, nos últimos dias, a situação caótica que se formou, com muitas
vítimas. Esse recurso vai chegar para
eles. É importante enfatizar a importância da empatia e da solidariedade.
Quero, também,
utilizar a tribuna hoje, quando temos o tema livre para falar, para enaltecer e
agradecer o trabalho da Secretaria da Saúde, por meio do programa “Mulheres de
Peito”, que visa a prevenção ao câncer de mama, com carretas da mamografia, do
ultrassom de mama, que vão até as cidades para atender as mulheres que precisam
fazer a sua prevenção ao câncer de mama, doença que mata muitas mulheres.
Já solicitei
para mais de 200 municípios, a carreta da mamografia. Atendendo ao nosso
pedido, três cidades estão recebendo a carreta da mamografia entre março e
abril. Na cidade de Jacareí foi a pedido do Lino e do dr. Iranir, entre os dias
9 e 21 de março, no Parque dos Eucaliptos.
Na cidade da
Jaboticabal, a pedido do Marcos Bolsonaro e do Flávio Cintra, no período do dia
16 ao dia 21 de março. E, na minha querida São José dos Campos vai ser no
Centro da Juventude, a pedido do nosso amigo Fávaro, entre os dias 23 de março
e 4 de abril.
Os exames são
gratuitos. É só chegar. Não precisa agendar. Leve um documento, para mulheres
com idade entre 50 e 69 anos, sem encaminhamento médico. Mulheres fora dessa
idade precisam ir com o encaminhamento médico.
Em São José dos
Campos, esse pedido da carreta da mamografia também é endossado por um grupo de
amigas, de mulheres que estão nos apoiando, ajudando a realizar políticas
públicas em prol das pessoas, especialmente das mulheres.
Quero destacar
os nomes delas: professoras Beth Montezano e Bianca, Márcia, Alessandra, Aline Bustamante, Dal,
Dayse, Elizete, Evangelina, Lúcia, Lucine, Rose, tia Tati e a professora
Patrícia. Elas são mulheres que vêm nos auxiliando bastante em nosso mandato.
Somos
defensores da vida. A causa animal é uma das quais somos sensíveis. Junto ao
meu amigo, colega parlamentar, Delegado Bruno Lima, que é um grande atuante na
causa animal, quero destacar uma pessoa querida de São José dos Campos, um
amigo, um apoiador nosso: Jairo Santos, que trabalha na causa animal, em prol
dos animais, e está nos visitando hoje, aqui na Assembleia Legislativa.
Ele veio trazer
mais demandas, questões necessárias para a causa animal na cidade de São José
dos Campos.
Quero destacar
o trabalho do Jairo e dizer que, tanto eu quanto o deputado Delegado Bruno
Lima, estamos juntos para auxiliá-lo nessas demandas em prol dos nossos
animaizinhos.
Por fim, Sr.
Presidente, quero endossar as palavras da deputada Janaina Paschoal à respeito
do criminoso que foi endeusado pela Rede Globo de Televisão. Uma vergonha!
É abominável
esse tipo de situação em rede nacional, num programa dominical que,
teoricamente, era para ser voltado à família brasileira, utilizar da audiência
para colocar um criminoso como vítima da sociedade.
Ele, que fez um
crime soberbo, nojento... Não consigo nem descrever o sentimento que eu, como
mãe, tenho em relação ao que a “Rede Esgoto de Televisão” fez no domingo
anterior, com relação ao caso da transexual Suzy.
O criminoso tem
o nome de batismo de Rafael. Quero deixar registrado, endossar as palavras da
minha colega deputada Janaina Paschoal. Fiz uma moção de repúdio à Rede Globo e
peço a vocês, pais, mães, avós, tios, que fechem a casa de vocês para a Rede
Globo de Televisão. O desserviço que ela presta é uma vergonha, é lamentável.
Não vamos
deixar que esse tipo de desinformação chegue para a nossa família, aos nossos
filhos. Não vamos permitir que o criminoso seja vitimizado. Essa inversão de
valores nos causa, de verdade, revolta à respeito disso. Tem gente que acha
isso normal.
Não é normal.
Bandido que quer ser respeitado... Uma pessoa que quer ser respeitada jamais
vai ser um bandido, a não ser que ela queira ser respeitada pela Rede Globo de
Televisão. Então fica, aqui, o meu total repúdio e revolta à respeito desse
tema.
Obrigada, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra.
Deputada. Como não há mais nenhum deputado presente, estamos só nós dois aqui
no plenário, eu vou suspender os trabalhos desta sessão até as 16 horas e 30
minutos.
Está suspensa a sessão.
*
* *
- Suspensa às 15 horas e 20 minutos, a
sessão é reaberta às 16 horas e 36 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê
Macris.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Reaberta a
sessão.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, para
usar o Art. 82 pelo PTB.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra
V. Exa. pelo Art. 82.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB -
PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, quando eu criei o PTB de São
Paulo, PTB Mulher, criei em cima de uma frase: “nada existe sem a presença da
mulher; é como se fosse um céu sem estrelas e um jardim sem flores”.
Quero,
portanto, fazer uma saudação especial a todas as mulheres da Assembleia: às
funcionárias, às assessoras, sem distinção; às mulheres da limpeza; a todas as
mulheres. Às senhoras deputadas, algumas guerreiras, que vieram de origem
humilde.
A deputada
Erica. Eu me maltrato quando vejo as pessoas insinuarem em relação à cor. Eu
tenho orgulho de ser afrodescendente, e elas também se orgulham. Essa é uma
Assembleia de gente que veio de longe, plantou sua semente de sonhos.
São mulheres
voluntariosas, deputado Carlos Giannazi, que conseguiram se eleger, como prova
a deputada Monica. Qual a origem delas? A Vila Nova Conceição, o Morumbi? Não.
É por isso que, quando eu criei esse departamento, que tem 250 mil mulheres, é
o maior movimento de mulheres desse País, o PTB de São Paulo...
Eu acho que não
basta apenas nós saudarmos as mulheres no dia oito de março. Os 365 dias do ano
são poucos, deputada Carla Morando, para saudar efetivamente as mulheres.
Veja a menina
Júlia, a filha do deputado Danilo Balas. Tem dois anos; é uma menina, mas vai
ser uma mulher. Ela vai ter as mesmas oportunidades que nós temos; é o grande
sonho.
Eu, por
exemplo, quero afirmar aqui que o meu partido tem, este ano, em São Paulo, mais
candidatas mulheres do que candidatos homens. Nós temos 51 pré-candidatas, em
São Paulo, a vereadora.
Eu estimulo e
incentivo, sim. No último concurso para delegado de polícia, mais da metade era
de mulheres, promotoras, juízas, de mulheres.
Eu não aceito,
meu caro deputado Giannazi, de maneira alguma a discriminação em relação às
mulheres, não posso aceitar. Porque eu sou o retrato de uma mulher que criou
seis filhos, que formou seis filhos, a minha saudosa e querida mãe.
Por isso eu fiz
questão absoluta de deixar a saudação principalmente às mulheres mais humildes
desta Casa, as que varrem o chão - acho que têm a mesma dignidade porque
trabalham.
Não adianta
fazer festividade. Bandeiras. Bandeiras para lá, música, orquestra, se no dia a
dia as pessoas não respeitam as mulheres. Qual é o sonho do deputado Danilo
Balas de ver a sua Júlia mulher feita, formada, independente, com os mesmos
direitos de qualquer homem ou até com mais?
Cinquenta e um
por cento de quem vota neste País é de mulheres. Acabou a fase da mulher fogão,
da mulher tanque, da mulher cozinha; acabou isso, minha gente. E para terminar,
Sr. Presidente, eu quero deixar um último recado aqui para as mulheres, minha
cara deputada Márcia Lia. Um último recado. O homem caminha até onde termina a
Terra, e a mulher começa a caminhar onde começa o céu.
Deus salve as
mulheres do nosso País.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
deputado Barba.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para falar pelo
Art. 82, pelo PT.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vossa
Excelência tem a palavra.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT
- PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que
nos acompanham pela Rede Alesp, funcionários desta Casa que nos acompanham,
também venho a esta tribuna, presidente, primeiro saudar o que houve aqui hoje,
que foi a instalação da Comissão Permanente de Relações Internacionais.
E nessa
comissão não tem a presença de nenhuma mulher, deputado Heni. E hoje também
aqui, durante a instalação, ninguém fez nenhuma homenagem ao mês das mulheres,
as mulheres que lutam, as mulheres que trabalham, as mulheres que estudam, as
mulheres que construíram a história deste País.
Mas, ainda vou
voltar a esta tribuna hoje para tratar de outros assuntos, discutidos aqui
semana passada.
Então, neste
momento eu quero render aqui minhas homenagens ao mês internacional das
mulheres. Mulheres que lutaram pelo direito ao voto, mulheres que lutaram por
salários iguais, mulheres que lutaram por direitos iguais, mulheres que lutaram
por uma jornada de 8 horas de trabalho, 8 horas de descanso e 8 horas de educação
e lazer.
Então, no dia 8
de março, várias mulheres se manifestaram pelo Brasil afora e pelo mundo
inteiro, né? Eu, particularmente, tive a honra de assistir a dois filmes que
tratam da questão das mulheres: As Sufragistas e Orgulho e Preconceito, que são
filmes interessantes que tratam da história da luta das mulheres.
E, nesta Casa
tem bastante, né? E hoje, na instalação da comissão, quero só chamar a atenção,
presidente... Viu, presidente? Presidente Cauê Macris, só para chamar a atenção
a que hoje na instalação da Comissão de Relações Internacionais não houve
nenhuma menção ao mês e ao Dia Internacional das Mulheres. Acho que é bom esta
Casa registrar isso.
Inclusive, se o
presidente puder fazer isso em nome da Casa e de todos os deputados... Eu também
notei que na comissão não tem nenhuma mulher, mas, quem sabe, no futuro,
resolva-se isso.
Então, é um
momento importante desta Casa, para falar desses temas relevantes que a
sociedade debate hoje, que é o direito das mulheres, que é o direito das mulheres
à luta contra a violência contra as mulheres.
É uma luta
importante. A luta contra o assédio sexual contra as mulheres, e o assédio
moral, o constrangimento, vários tipos de violências que as mulheres vêm
sofrendo na nossa sociedade.
Então, é um
tema importante que nós vamos debater, e, no restante do meu tempo que me
resta, eu queria me solidarizar, mais uma vez, com o povo da Baixada Santista,
o povo lá do Morro do Macaco.
Já são lá...
Nem me lembro mais. Já passaram de 40 mortos, 35 pessoas desaparecidas.
Inclusive, um amigo nosso está desaparecido, que é o Rafael Rodrigues. Não sei
se foi encontrado. Pelo menos até ontem eu não tinha recebido essa informação.
Ele é um dos
companheiros do movimento negro, que foi voluntário para poder ajudar no
resgate às pessoas, e acabou também sendo vítima daquele descaso social que
existe ali na Baixada Santista, ali na cidade do Guarujá, e o Brasil passa por
vários problemas, não só no estado de São Paulo, mas por vários estados no
Brasil, Minas Gerais, Rio de Janeiro.
São descasos do
Poder Público. Descasos do Poder Público, que acha que as pessoas têm que morar
nas encostas, porque não tem um programa habitacional suficiente para dar conta
de resolver o problema da moradia, o problema da acessibilidade.
Então, as
pessoas acabam ficando penduradas nas comunidades, nos morros, Douglas Garcia,
e eu sou uma pessoa criada em uma comunidade. Moro lá até hoje. Virei deputado
e moro lá até hoje.
Se um dia você
for para Santos, for pela Via Anchieta, chegando em frente à Volkswagen, o
senhor olha do lado esquerdo. Eu sou criado naquele conjunto de morros ali.
Então, quando eu falo das comunidades e do morro, é porque eu sei, e sou criado
lá, moro lá há 57 anos, e ninguém escolhe esses lugares por opção. Você às
vezes é empurrado para ele porque não tem programas sociais que deem conta de
atender a essa demanda do povo mais pobre, do povo trabalhador.
Os ricos
conseguem comprar suas casas. Ninguém está culpando os ricos por nada, mas
conseguem comprar suas casas em lugares caros, em lugares bons. Agora, precisa
ter, retomar um programa sério para resolver o problema da moradia e do déficit
habitacional neste País.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Ordem do Dia.
*
* *
- Passa-se à
ORDEM
DO DIA
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Há sobre a
mesa requerimento de urgência do Projeto de lei nº 1027, de 2019, de autoria da
deputada Marina Helou, que institui a Política Estadual pela Primeira Infância
de São Paulo.
Em discussão. Não havendo oradores
inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. O deputado Douglas
gostaria de se manifestar a respeito desse...
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra
o deputado Douglas, para encaminhar em nome da liderança do PSL.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Agradeço, Sr. Presidente, pela palavra. Nobres
pares aqui presentes, gostaria de cumprimentar a todos. Público que nos assiste
na TV Alesp, Rede Alesp, melhor dizendo, aqui na galeria da Assembleia
Legislativa também.
Senhores, essa
semana foi uma semana bastante conturbada. Esse final de semana principalmente.
Nós tivemos o caso que aconteceu, infelizmente, envolvendo uma criança de nove
anos que foi estuprada e a Rede Globo romantizou o caso, e agora esta
Assembleia Legislativa tratará da discussão da primeira infância.
Eu considero
isso um tema extremamente delicado, um tema extremamente conturbado, e nós
precisamos, sim, ter todo o cuidado possível quando falamos a respeito da
primeira infância.
Trazido nesta
Assembleia Legislativa, o projeto de lei da deputada Marina Helou institui a
Política Estadual pela Primeira Infância no estado de São Paulo. Nós já temos o
Estatuto da Criança e do Adolescente, que aborda, basicamente, quase tudo que
está escrito aqui. Então, é só ler.
Ela trata
daquilo que já existe. Só está enchendo linguiça, trazendo mais coisas. Com
todo respeito que eu tenho, deputada Marina Helou, mas esse projeto, já me
manifestando como contrário, e pedindo a atenção dos deputados, também, para
que votem contrários, porque esse projeto abarca muitas outras coisas.
Ele dá abertura
a muitas outras coisas de agenda globalista, esquerdista e comunista, e eu vou
dizer aqui, detalhar especificamente um a um, para que os deputados se atentem.
Nós temos aqui,
já logo no início do Art. 3º, Inciso I: “atenção ao interesse superior da
criança”. Ele coloca como: “obedecerão aos seguintes princípios: atenção ao
interesse superior da criança”. Todos nós sabemos que não só no estado de São
Paulo como no Brasil todo nós temos um grande problema relacionado à alienação
parental.
Quantos pais
estão sofrendo ou mães estão sofrendo também através dessa lavagem cerebral que
é feita por qualquer um dos genitores para colocar o filho contra o pai ou o
filho contra a mãe?
Quando essa
política coloca “atenção ao interesse superior da criança”, você dá sim um
fortalecimento para que a alienação parental tenha mais resguardo, principalmente
por parte do Estado. Então esse inciso já começa prejudicando a partir daí. E
depois nós temos também o inciso VII, escrito o seguinte: “investimento público
na promoção da justiça social”.
O quê, pelo
amor de Deus, é considerado justiça social? É claro que nós temos através das
teses marxistas dialética, narrativa e tudo que vocês possam imaginar, esse
amálgama que eles trazem trazendo o nome de justiça social e querendo alimentar
a militância esquerdista através do movimento negro, através do movimento
feminista, através do movimento LGBT, porque nós estamos aqui lutando pela
justiça social e já engloba diversos outros tipos de militância junto.
Tenho medo do
que isso daqui possa acarretar no estado de São Paulo, principalmente em se
tratando do termo “investimento público”. Se é investimento público, tem que
ser em Justiça, ponto.
Justiça e fim,
porque quando nós caracterizamos justiça social você abre margem e abrange para
diversos tipos de narrativas esquerdistas.
E já entra aqui
no outro artigo, que é o Art. 4º, inciso II, que diz o seguinte: “participação
solidária das famílias e da sociedade, por meio de organizações representativas
na proteção e promoção da criança”.
Mais ONG, mais
organizações representativas? Quem não se lembra do Instituto Alana, aquele
instituto que defende abertamente a ideologia de gênero?
E de que forma
essas organizações vão participar? Nós já temos hoje acontecendo nas salas de
aula doutrinação atrás de doutrinação. Nós estamos abrindo através do estado de
São Paulo com mais uma lei, fazendo com que as nossas crianças tenham esse tipo
de acesso nas escolas, esse tipo de acesso nas creches, esse tipo de acesso na
Educação Infantil.
Instituto
Alana, aquele que defende abertamente aquele Queermuseu, dentre outras exposições
ridículas que, infelizmente, trouxeram para o nosso Brasil. E no mesmo artigo,
senhores, no inciso VI, diz o seguinte: “previsão e destinação de recursos
financeiros”.
Sempre previsão
e destinação, previsão e destinação, só que essas previsões e destinações não
são para cuidar de fato da Educação Infantil, a Educação Básica, mas única e
exclusivamente para uma pauta, uma ala ideológica.
E no inciso
VIII diz: “o respeito à formação cultural da criança relativamente à identidade
cultural e regional e à condição socioeconômica, étnico-racial, linguística e
religiosa”. Mais do mesmo do que foi dito até agora.
Daqui a pouco
vão querer encaixar: “Ah, meu Deus não sei o quê, não pode cortar aquele pedaço
de árvore porque a comunidade indígena que não sei o que e o Bolsonaro está
assassinando a comunidade indígena”, entendem?
O meu medo é a
utilização desse projeto para doutrinar as nossas crianças a seguirem
determinadas características. E eu vou provar para os senhores e mostrar que é
claro o que é dito nessa lei nesse sentido. Já no inciso XIII ele diz o
seguinte: “difusão da cultura da paz, educação sem o uso de castigos físicos”.
Onde, pelo amor
de Deus, o Estado tem que intervir na forma com que o pai ou a mãe - é claro
que eu não estou defendendo aqui o espancamento de crianças – mas onde o Estado
deve intervir na forma como o pai ou a mãe venham a educar os seus filhos?
De forma
alguma, senhores. Eu, graças a Deus, sou quem sou hoje através do meu caráter,
através daquilo que eu defendo, porque meu pai e minha mãe me educaram.
E eu tenho
certeza de que muitos pais também trouxeram muitos corretivos aos seus filhos
para formarem o caráter deles. Aqueles que não têm caráter ou boa parte
daqueles que não passaram pelo corretivo do pai e da mãe está dentro da cela,
está nos presídios.
E nós temos
aqui uma lei da deputada Marina Helou querendo intervir na forma com que o pai
ou a mãe educa os seus filhos.
E continua,
inciso XV: “promoção de estratégias de comunicação que visem à formação da
cidadania das crianças”. Estamos falando de crianças de zero a seis, de zero a
nove anos de idade. Pelo amor de Deus, é a primeira infância. Isso daqui está
abrindo as portas sim para a doutrinação, através da Educação infantil e
Educação básica.
Esse projeto
não pode ser aprovado de forma alguma. Deputados, os senhores ficaram
completamente estarrecidos com o que aconteceu nesta Assembleia na semana
passada.
Eles quebraram
absolutamente tudo aqui em cima, não quebraram? Trouxeram para esta Casa um
absurdo de gastos financeiros para poder fazer reforma. O presidente está aqui
e não me deixa mentir.
Esse projeto
aqui vai reproduzir, futuramente, mais e mais pessoas que vão agir dessa forma.
Porque eles, através de doutrinação ideológica, utilizando a audiência cativa
das nossas crianças, já na Educação básica e Educação infantil nessa questão de
“ai, vamos trazer às nossas crianças cidadania”, mais e mais pessoas para ser
comportarem daquela forma como se comportaram aqui na Assembleia Legislativa.
Não pode, de
forma alguma, o Estado querer formar a cidadania das nossas crianças. Porque,
dentro de cidadania, nós temos preceitos cívicos e preceitos morais que não
pode o Estado intervir.
Mas sim, única
e exclusivamente, a família. E aqui continua esse absurdo, que ele coloca a
indissociabilidade entre o cuidar e o educar por parte do Estado.
Porque, o
Estado, ele não pode de forma alguma cuidar e educar os filhos. Quem faz isso
são os pais. Ao estado compete apenas ensinar: ensinar o Português, ensinar
Matemática, ensinar Biologia. Aqui não: tá querendo cuidar dos seus filhos.
“Olha, pode deixar que a mamãe Estado aqui toma conta”.
E ele continua:
proteção da criança contra todo tipo de violência, abuso e exploração sexual,
bullying. Olha o que a deputada Marina Helou coloca dentre esse rol de coisas
horríveis, que é a violência sexual a exploração sexual, o bullying entre outras
coisas: a exposição às armas.
“Nossa, que
coisa horrível. Como a arma é uma coisa, assim, absurda. Meu Deus, as crianças
não podem chegar perto de arma”. Para quem não sabe, Estados Unidos da América
tá aqui do lado. As crianças de cinco e seis anos têm acesso às armas de fogo.
Os pais
permitem que essas crianças tenham. Para quê? Para que elas tenham ciência de
que não pode mexer naquilo: “Você não pode. Está vendo? Isso daqui é do papai”.
E, se acaso surgir a curiosidade da criança mexer, ela não vai fazer besteira.
Mas, muito mais
do que isso, esse projeto coloca a arma de fogo entre o quê? Exploração sexual,
bullying, substâncias psicoativas, dentre outras coisas que podem causar
exposição indevida e consentida. Está colocando armas de fogo como se fosse um
malefício, tentando criar a cultura de que armas são ruins.
Ou seja, esse
projeto, além de ser doutrinário, e possibilitar às nossas crianças sofrerem
uma lavagem cerebral, ele também é desarmamentista, por que coloca arma de fogo
como se fosse uma coisa extremamente ruim.
“Ai, meu Deus,
olha, as crianças não podem chegar perto disso daqui”. Mais uma vez, o Estado
intervindo na forma como que eu devo cuidar do meu filho. E continua: oferta de
tecnologia assistida em bibliotecas, museus e pontos de cultura às crianças de
zero a seis anos, para tornar tais espaços lugares de inclusão social.
Criança de zero
a nove anos, também incluídas como produtoras de cultura. Produtora de cultura?
Meu Deus. Primeira infância, Educação básica.
Para concluir,
Sr. Presidente. Para um deputado chegar aqui e dizer que as crianças são
produtoras de cultura, é claro: eu já sei de onde ela tirou a base para ter
escrito um projeto tão infantil e um projeto que não vai trazer nada para o
Estado de São Paulo, a não ser coisas ruins. Então peço a todos os deputados
que votem contrário a esse projeto. Não farei obstrução agora. Mas farei de
tudo para que não seja aprovado.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para encaminhar pelo PTB.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra
Vossa Excelência.
O
SR. CAMPOS MACHADO - PTB - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, já fui muito próximo, muito
amigo do senhor Rodrigo Garcia, vice-governador do Estado de São Paulo.
Éramos
praticamente irmãos. Frequentávamos a casa um do outro. Hoje mantemos um
relacionamento cordial e amistoso. Não posso acreditar... Aliás, tenho quase
certeza de que ele, Rodrigo Garcia, não sabe do que alguns membros do seu
partido, o DEM, estão fazendo no estado.
Comecemos pelo
deputado federal Geninho, de Olímpia. Assediador profissional. Aluno de João
Agripino. Percorre o estado, lá na região de Olímpia, Barretos, oferecendo
emendas, procurando os lares das pessoas idosas, oferecendo recursos para que a
diretora mude de partido, assediando vereadores.
Ele conseguiu
tirar dois prefeitos nossos com o compromisso de que ele consegue emendas na
área federal e na área estadual.
E aí surge a
figura de uma grande ex-amiga minha, ex-petebista, ex-prefeita Silvinha, que tinha
uma ligação estreitíssima comigo. De repente, por um passe “mandrakeano”, foi
trabalhar na CDHU. Era de Monte Alto. Minha amiga. Depois... Continue. Acho
respeitoso o que fazem aqui neste plenário.
Dizia eu,
deputado: a dona Silvinha, que virou assessora direta do vice-governador,
pratica esse mesmo ato delituoso, sempre seguindo os passos do mestre João
Agripino.
Oferece emendas
e essas tais emendas têm uma influência que não é... Quem é que pode avaliar a
influência das emendas sobre o caráter das pessoas? E a dona Silvinha foi a
Dumont e lá convenceu o nosso prefeito de que, para que ele pudesse ter mais
recursos, teria que filiar-se ao Democratas.
Aí eu indago,
Sr. Presidente: isso é democracia? Isso é comportamento ou é delinquência
moral?
Tenho feito um
trabalho de mais de dez horas por dia para que o PTB, que é o segundo maior
partido de filiações do estado, possa ter 500 candidatos a prefeito e vice pela
primeira vez na história. Não tenho uma emenda para oferecer. Não tenho um
emprego no estado para oferecer.
Na Previdência,
eu comecei contra e terminei contra. Tem gente que começou contra e terminou a
favor. Aí eu pergunto: qual é o passe “mandrakeano”? Qual é a mágica? Diz para
mim qual é a mágica, deputado Barba.
Que mágica é
essa que muda o comportamento das pessoas? O que tenho eu para oferecer a não
ser um partido sério? E tenho orgulho de dizer o que eu falava há pouco: já
temos mais de 180 pré-candidatos a vereadores aqui na capital, sendo que quase
50 são mulheres.
Para construir
o partido, não é preciso comprar consciências, não é preciso transformar
consciência em mercadoria de supermercado ou de 25 de Março.
Eu dizia que na
última quarta-feira eu deixei essa Casa triste, amargurado, com a votação desse
famigerado projeto da reforma da Previdência. E, há pouco, o deputado Barba
falava que um amigo dele havia desaparecido lá nas enchentes do Guarujá.
Um bombeiro
soterrado, um PM tragado pelas águas, mais de 40 mortos - e onde estava o
governador João Agripino? No carnaval do Rio de Janeiro, desfilando. Não perdeu
um camarote. Foi aos 12 camarotes cumprimentar uma por uma das pessoas que
estavam lá.
O povo do
Guarujá ainda tem 30 e poucas pessoas desaparecidas. E eu não vejo a ala
“dorista”... Hoje já não se sabe mais quem é Bolsonaro, quem é Doria, não se
sabe mais nada. Isso aqui é uma confusão total. Eu falava, dia desses, com um
general amigo meu, homem de confiança do governo Bolsonaro. Nem ele mais sabe
quem é Bolsonaro aqui em São Paulo.
Mas voltando ao
assunto, deputado Danilo, de que eu estava falando. Eu tenho certeza absoluta
de que o Rodrigo Garcia, vice-governador, com quem eu mantenho relações
cordiais, não deve estar a par, não deve ser conivente com essa delinquência
que está ocorrendo por parte do deputado federal Geninho, lá de Olímpia, e da
dona Sílvia, ex-prefeita de Monte Alto.
O que é que
esses dois estão oferecendo a mais do que o normal? Enquanto isso, as águas
correm, os mortos do Guarujá aumentam, e o Sr. João Agripino silencia. É o
silêncio da madrugada.
Por isso, Sr.
Presidente, eu quero deixar aqui o meu lamento, meu mais profundo lamento sobre
o comportamento, agora, do partido Democratas, por parte - vou repetir de novo
- do deputado Geninho, lá da região de Olímpia, ex-prefeito, e por parte da
Silvinha, minha ex-companheira de PTB, minha ex-amiga, que se entregou ao preço
de um salário e hoje faz o papel ridículo de seguir os passos do grande mestre
do assédio moral, o governador João Agripino.
Portanto, Sr.
Presidente, é com tristeza que eu deixo essa tribuna, lamentando que o
assediador-mor, catedrático, está fazendo discípulos, está criando uma
faculdade, está formando assediadores morais, que nada mais são do que
bandoleiros morais, delinquentes morais.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem,
deputado Barba.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para encaminhar em
nome da bancada do PT.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra,
Vossa Excelência.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, estamos tendo um momento de uma pauta
mais tranquila, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, mas eu não poderia ficar
calado diante de algumas inverdades ditas aqui na quarta-feira, no último
encaminhamento na votação do PLC, feito pela deputada Janaina Paschoal.
Eu tenho
procurado tratar com muito cuidado, como trato todos os deputados, mas a
deputada proferiu, daqui desta tribuna, algumas palavras, e eu peguei a nota
taquigráfica da sua fala sem correção, por completo.
Em algum
momento, a senhora disse o seguinte: “De alguma maneira, subi a esta tribuna
por volta das 4 horas da tarde, posso até resgatar o horário correto, e
convidei os colegas. Havia alguns deputados do PT e do PSOL presentes, eu os convidei
para participarem. A deputada Mônica estava sentada aqui. Todos alegaram que
era uma reunião fechada, uma reunião sigilosa, uma reunião, de alguma maneira,
promíscua”.
Essa é uma
parte da fala que a deputada usa. Na outra parte, ela disse o seguinte: “Alguns
subiram aqui para nos acusar de ilegalidade”. Essas duas... Depois, tem uma
outra parte no final. Duas falas...
Eu tive muito
cuidado o tempo todo em que eu subi nesta tribuna e enfrentei vários deputados
e deputadas aqui, mas eu sempre tive muito cuidado de não dizer que alguém
estava fazendo alguma negociação ilícita, promíscua ou coisa que desse essa
conotação.
O que eu disse
aqui, desta tribuna, é que eu conheço este Parlamento, sei como ele funciona, e
o governo, quando convocou a reunião para poder discutir, deputado Danilo
Balas, ele convidou quem lhe interessava. É assim mesmo que funciona, não tenho
problema com essas coisas; eu entendo isso tranquilamente.
Então, a
deputada cansa de dizer aqui que não está cometendo ilicitude nenhuma, como se
alguém, toda hora, viesse aqui acusar a senhora de que a senhora estivesse
cometendo alguma coisa ilícita.
Quando a
senhora fala das negociações ilegais, eu, pelo menos da minha parte e da minha
bancada, não sou ninguém dizendo que a senhora estava cometendo algo ilegal
aqui, durante a negociação.
O que eu disse
desta tribuna, e vou continuar afirmando, é que negociações de portas abertas
são convocadas oficialmente, como foi feito no final do ano passado - eu
participei, a senhora participou - com o pessoal da SPPrev, como nós
participamos com o secretário da Fazenda, Henrique Meirelles - a senhora
estava, eu estava -, como nós participamos com outras pessoas.
Na negociação
que foi movimentada aqui durante a PEC 18 - e eu conheço aqui como é que
funciona muito bem -, o deputado Carlão corretamente não me convidou, porque
ele sabe que eu seria contra a PEC da maneira como o governo do estado estava
apresentando. E em momento nenhum eu disse que a senhora estivesse de má
intenção ao participar das negociações.
Aliás, o
deputado Sergio Victor me procurou para explicar o que ele estava discutindo,
das alíquotas. Eu falei: “Sergio, bom trabalho. É isso mesmo, tem que ir para
dentro negociar”. Eu não vou negociar uma coisa que eu lutei contra ela em
Brasília, lutei contra ela na rua, e nós só conseguimos melhorar em função da
luta.
Então, eu tenho
um tratado com muita tranquilidade, deputado Emidio, deputado Jorge do Carmo, deputada
Janaina Paschoal, com muito cuidado. Eu sou muito cuidadoso na Tribuna para não
cometer nenhum deslize com os deputados ou deputadas.
Ainda a senhora
quando se refere a mim num trecho da fala, a senhora diz: “Tem uma emenda do
deputado Barba que eu falei para o presidente, ‘presidente vamos chamar o
Barba? Ele vai ficar feliz de participar, porque aquilo que é feito em conjunto
é mais bonito’.”
A frase está
correta. Até aqui, tudo bem. Só que no lugar de se juntar e falar, eu estou
fazendo a parte que era a sua parte, ainda que nesse último momento eles querem
roubar. Eles só sabem roubar. Mas, nós é que conquistamos uma reforma justa,
uma reforma necessária. Essa reforma não é do Doria, essa reforma é da
Assembleia Legislativa de São Paulo.
Esse é o final
da sua fala dizendo que nós só sabemos roubar. Eu entendo que a senhora estava
se referindo a mim, e no momento em que a senhora fala em mim é o meu partido.
Muito bem, a senhora, no começo, tentou explicar do microfone de aparte ali a
alíquota progressiva.
O pessoal não
deixou, reconheço isso, muita manifestação no plenário. Mas, a senhora em
momento nenhum disse que a emenda, aliás, não é nem a emenda inteira, é um
trecho de uma emenda nossa, é que aplicou a alíquota progressiva para corrigir
o escalonamento que vocês haviam feito na negociação.
A emenda, parte
da emenda do PT é que corrigiu para que fosse aplicado 11% sobre o salário
mínimo de um salário mínimo até 3 salários mínimos, 12%, e assim
sucessivamente.
Tanto que
quando na média se aplicar os 16 não dá 16, dá 13,26 sobre aquilo que seriam os
16 direto, que não é a alíquota real, é a alíquota progressiva. Então, deputada
Janaina, por que eu estou tentando dialogar com a senhora?
Para tentar
estabelecer aqui um nível de debate. Primeiro, porque a senhora vai ter que
provar que eu só sei roubar, porque está dito aqui. Isso é a primeira coisa.
Segunda coisa, estou tentando estabelecer um nível de debate, igual eu fiz aqui
com a senhora o tempo todo.
Teve um dia em
que a senhora se sentiu ofendida porque eu falei do deputado Frederico d'Avila,
que havia votado e dado o 41º voto lá nos precatórios, dali dos microfones de
aparte, a senhora disse: “Olha, deputado Barba, você não pode ficar botando o
dedo na nossa cara, do PSL”.
Eu vim aqui lhe
pedir desculpas daqui. Mas, a senhora, com a sua dissimulação, a maneira como a
senhora faz aqui desta tribuna, e a senhora usa um instrumento hoje, sacou
muito rápido, e os instrumentos seguintes, de falar por último.
Porque você não
encaminha nada. Se nós não encaminharmos, é aprovado sem encaminhamento. Então,
você fica por último, quietinha, para poder esperar e falar por último, e dar o
seu show. É um direito seu não tem problema nenhum.
Eu só vou
exigir e vou lhe tratar da mesma maneira que a senhora me tratar, e da mesma
maneira que a senhora tratar a minha bancada, ou a bancada de oposição. Não é a
senhora, é a senhora ou qualquer outra deputada ou qualquer outro deputado.
É verdade que
eu uso jargão político aqui desta tribuna. Às vezes, eu falo assim: “Vocês
estão tirando dos trabalhadores para dar para os empresários”. E, é verdadeiro.
Vai ter um projeto que nós vamos discutir daqui a pouco, na extra, que é o
projeto dos trabalhadores, do funcionalismo, do Tribunal de Contas.
Não é dos
conselheiros do Tribunal de Contas, que a reposição de uma inflação de 3,89,
que era para ter aplicado em março do ano passado, não foi aplicado, mas que
vai se discutir ele hoje para se aplicar a partir de março deste ano.
E, com certeza,
parte da sua bancada, eu não sei se a senhora vai ou não, mas eu vi, parte da
sua bancada vai verificar e vai votar contra, né?
Foi a mesma
coisa que eu disse aqui do Novo. Eu falei: “Olha, o Novo, quando o deputado
Heni aqui, na semana passada, na sua intervenção correta, brilhante. Disse que
não votou no Incentivauto, porque o Incentivauto tratava de renúncia fiscal, e
eu peguei, mostrei aqui no dia 26 de junho de 2019, que os senhores, na LDO,
votaram a favor da renúncia fiscal de 20 bilhões e 490 milhões de reais.
Mas, eu
trato... Às vezes até brinco com o deputado Heni aqui da tribuna, ele brincou
comigo também. E qualquer um pode brincar, eu não ligo. Agora, deputada, eu
estou me dirigindo à senhora dessa maneira para pedir à senhora um pedido. Me
respeite e respeite a minha bancada, como nós lhe respeitamos.
Acho que a
senhora tem o direito de subir aqui e fazer um enfrentamento, a disputa
ideológica, dizer que é a favor da privatização, se for. Nunca vi a senhora
dizer isso. Se for. Qualquer deputado tem o direito de fazer isso. Isso é
disputa de ideias. Agora, as ofensas eu vou começar a tratar de maneira
diferenciada.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Em votação o
requerimento de urgência do Projeto de lei nº 1027, de 2019. Os favoráveis permaneçam
como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para declarar meu voto
contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário de Vossa Excelência.
Há sobre a mesa requerimento de
retirada do Projeto nº 180, de 2009, de autoria do Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo, com o número regimental de assinaturas. Em votação. Os
Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo, permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento de retirada.
Há sobre a mesa requerimento de
retirada do Projeto de lei nº 426, de 2019, de autoria do deputado Thiago
Auricchio, com o número regimental de assinaturas. Em votação. Os Srs.
Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo, permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento de retirada.
Há sobre a mesa o requerimento do nobre
deputado Itamar Borges, com o número regimental de assinaturas, nos termos do
Art. 35 do Regimento Interno, para constituição de uma comissão de
representação, com a finalidade de participar da reunião da Frente Parlamentar
da Agropecuária, a realizar-se hoje, no dia dez de março, em Brasília, Distrito
Federal.
Em votação. Os Srs. Deputados e as
Sras. Deputadas que estiverem de acordo, queiram conservar-se como se
encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
O
SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Pela ordem, Sr. Presidente. Queria registrar o
voto contrário da bancada do Novo.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário da bancada do Novo.
Há sobre a mesa requerimento do nobre
deputado Wellington Moura, com o número regimental de assinaturas, nos termos
do Art. 35 do Regimento Interno, para constituição de uma comissão de representação,
com a finalidade de participar de reuniões oficiais promovidas pela União
Nacional dos Legislativos Estaduais, a realizarem-se no ano de 2020, em
território nacional.
Em votação. Os Srs. Deputados e as
Sras. Deputadas que estiverem de acordo, queiram conservar-se como se
encontram. (Pausa.)
Aprovado.
O
SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Pela ordem, Sr. Presidente. Queria registrar o
voto contrário da bancada do Novo.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Queria registrar o voto
contrário da bancada do PT.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Bancada do PT
está registrando voto contrário.
Deputado Arthur.
O
SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Registrar meu voto
contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado
o voto contrário de Vossa Excelência.
Deputado Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para registrar o
voto contrário da bancada do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado
o voto contrário de Vossa Excelência.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Há sobre a
mesa requerimento do nobre deputado Tenente Coimbra, com o número regimental de
assinaturas, nos termos do Art. 35 do Regimento Interno, para a constituição de
uma comissão de representação, com a finalidade de participar da COP
Internacional, Conselho Nacional dos Comandantes-Gerais da PM, a realizar-se do
dia 17 a 19 de março do corrente ano, na cidade de Florianópolis. Em votação.
Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas
que estiverem de acordo, queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
O
SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Pela ordem, Sr. Presidente. Queria registrar o
voto contrário da bancada do Novo, ressaltando que nosso voto é contrário pelo
fato de haver custos, ônus para a Casa.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está
registrado o voto contrário de Vossa Excelência.
Pela ordem, deputado Arthur.
O
SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Registrar meu voto
contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado
o voto contrário de Vossa Excelência.
Há sobre a mesa requerimento do nobre
deputado Wellington Moura, com o número regimental de assinaturas, nos termos
do Art. 35 do Regimento Interno, para constituição de uma comissão de
representação, com a finalidade de participar da Assembleia Geral da Copa,
Confederação Parlamentar das Américas, a realizar-se no dia 14 de março a 19 de
março do corrente ano, na cidade de San Juan, Porto Rico.
Em votação.
Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas
que estiverem de acordo, permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
O
SR. HENI OZI CUKIER - NOVO - Pela ordem, Sr. Presidente. Queria registrar
novamente o voto contrário da bancada do Novo, pela questão do custo.
Pela ordem, deputado Arthur.
O
SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Registrar meu voto
contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado
o voto contrário do deputado Arthur do Val.
Pela ordem, deputada Janaina.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Só por uma questão de
princípios, todas que forem com ônus eu voto contrário.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito, mas é
importante só para registrar, sempre colocar o registro do voto para que conste
em Ata. Então era importante de se fazer o registro voto a voto. Perfeito?
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Obrigada.
O
SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Solicitar a suspensão
dos trabalhos por vinte minutos.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Consulto os
líderes no plenário se existe acordo para a suspensão dos trabalhos por vinte
minutos.
Havendo acordo, antes, porém,
convocação. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto do Art. 18,
inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, parágrafo 5º, ambos do
Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de Finanças,
Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 17 horas e 30 minutos, no
Salão Nobre de Presidência, com a finalidade de serem apreciados os seguintes
projetos de lei: Projeto de lei Complementar nº 54, de 2019, de autoria do
Tribunal de Contas do Estado; e o Projeto de lei nº 1.027, de 2019, de autoria
da nobre deputada Marina Helou.
Estão suspensos os nossos trabalhos.
*
* *
- Suspensa às 17 horas e 26 minutos, a
sessão é reaberta às 17 horas e 51 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê
Macris.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Reaberta a
sessão. Convocação. Sras. Deputadas e
Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco
V. Exas. para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o
término da presente sessão, ou às 19 horas.
Só solicitar aos nossos convidados
não...
Pedir aos nossos convidados, não é
regimental a presença no plenário aqui durante o andamento da sessão.
A realizar-se hoje, dez minutos após o
término da presente sessão, ou às 19 horas, caso a sessão não atinja seu tempo
limite, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:
Item 1 – Projeto de lei Complementar
número 54, de 2019.
O
SR. DELEGADO OLIM - PP – Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Questão de
Ordem do deputado Olim.
O
SR. DELEGADO OLIM - PP – Tem acordo de
líderes, requeiro o levantamento da sessão.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB – Questiono os
líderes presentes em plenário se concordam com o levantamento da presente
sessão. (Pausa.)
Havendo acordo entre os líderes, esta
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a
sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de
hoje; lembrando-os, ainda, da sessão extraordinária que será realizada hoje às
19 horas.
Está levantada a sessão.
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- Levanta-se a
sessão às 17 horas e 52 minutos.
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