12 DE MARÇO DE 2020
25ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: GILMACI SANTOS
Secretaria: CARLOS GIANNAZI
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e reabre a sessão.
2 - CORONEL TELHADA
Parabeniza as cidades que fazem aniversário nesta data.
Lembra que hoje é comemorado o Dia do Bibliotecário. Destaca a importância da
leitura. Descreve ocorrência durante a qual foi baleado, há 25 anos. Encoraja
todos os policiais militares a desenvolver seu trabalho com seriedade.
3 - CARLOS GIANNAZI
Exige que a Secretaria da Educação tome providências com
relação às condições de trabalho em uma escola estadual de Iporanga. Argumenta
que os professores da unidade fazem jus a adicional de local de exercício.
Lamenta o estado de conservação da escola, da qual exibe imagens.
4 - DOUGLAS GARCIA
Critica matéria do jornal "O Estado de S. Paulo" a
respeito de seu gabinete. Diz que acionará a Justiça em busca de direito de
resposta contra o veículo, que acusa de divulgar notícias falsas. Cita
realizações de seu mandato. Afirma que existe, no Brasil, uma tentativa de
censurar vozes conservadoras.
5 - CARLOS GIANNAZI
Parabeniza os alunos da Escola Estadual Isaltino de Mello por
terem promovido homenagem a professor que foi agredido pela Tropa de Choque
durante as manifestações contrárias à reforma da Previdência, nesta Casa. Exibe
vídeo do evento. Tece críticas ao governo estadual.
6 - PAULO LULA FIORILO
Informa que tentou visitar, sem sucesso, o pátio da Linha
15-Prata do monotrilho, acompanhado por mais dois deputados de sua bancada.
Ressalta que as obras da linha estão paradas há vários dias. Propõe a
realização de CPI, nesta Casa, para apurar as razões da paralisação.
7 - PAULO LULA FIORILO
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
8 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de 13/03, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra a realização de
sessão solene, no dia 13/03, às 10 horas, em "Homenagem aos 40 anos do
Partido dos Trabalhadores". Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a
leitura da Ata da sessão anterior e convida o nobre deputado Carlos Giannazi
para ler a resenha do expediente.
O SR. CARLOS
GIANNAZI - PSOL - Presidente, deputado Gilmaci Santos, nós temos duas indicações: uma do
deputado Rogério Nogueira e outra do deputado Tenente Nascimento. Está lida a
resenha do expediente.
O SR.
PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Muito obrigado, nobre deputado Carlos Giannazi.
Passamos então à lista dos oradores inscritos no Pequeno Expediente no dia de
hoje. Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado
Castello Branco. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Alex de
Madureira. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Rodrigo
Moraes. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Vinícius
Camarinha. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputada Beth Sahão.
(Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputada Professora Bebel Lula.
(Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.)
Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor.
(Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Paulo Lula
Fiorilo. (Pausa.) Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Deputado Itamar Borges.
(Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputada Adriana Borgo. (Pausa.)
Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Coronel
Nishikawa. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada.
O SR. CORONEL TELHADA
- PP - Deputado
Gilmaci Santos, que preside esta sessão, senhoras e senhores aqui presentes,
assessores e funcionários, público aqui presente.
Quero
saudar a todos que nos assistem pela Rede Alesp. Saudar, em especial, a nossa
Assessoria Policial Militar, na figura da cabo Luciana e do cabo Ferraz, que
estão diariamente aqui trabalhando pela segurança da Casa.
Quero
começar essa fala do dia 12 de março cumprimentando e parabenizando as cidades
aniversariantes.
São as cidades
de Itapirapuã Paulista, São Lourenço da Serra, Zacarias, Nova Campina e
Paraguaçu Paulista. Um abraço a todos amigos e amigas dessas queridas cidades.
Hoje, dia 12 de
março, também é o Dia do Bibliotecário, uma profissão às vezes até a gente acha
que está um pouco em desuso, tendo em vista a internet, né? Porque hoje é tudo
pela internet. Mas nós sabemos a importância dos livros e incentivamos
inclusive a leitura.
Eu acho que
está faltando um pouco na juventude hoje a leitura, que se apega muito a
Instagram, a WhatsApp, essas coisas; escrevem tudo errado e acabam esquecendo
que a leitura faz parte da boa escrita, escrever a caligrafia, de fazer com que
o nosso português seja correto.
Então, um
abraço a todos, senhores e senhoras que trabalham na parte de bibliotecas aqui
no estado de São Paulo. Hoje, dia 12 de março, é um dia muito marcante na minha
carreira também.
Hoje se
completam 25 anos que eu fui baleado numa ocorrência quando era capitão
comandante da 2ª Companhia do 4° Batalhão, lá na zona oeste.
A 2ª Companhia
é a área que faz justamente Pacaembu e Perdizes, na zona oeste de São Paulo.
Naquele dia 12 de março de 1995... Se a câmera puder voltar para mim eu
agradeço. Naquele dia 12 de março de 1995, nós estávamos de serviço, era um
domingo. Estava de serviço na zona oeste quando nós fomos atender uma
ocorrência.
Por favor, o
pessoal da técnica pode voltar a câmera para gente, se não a gente fica falando
para o nada aqui. Já tem pouca gente para a gente falar. Se a gente não vê a
televisão ainda, fica pior ainda, né? Ah, tá difícil, tá difícil, tá difícil.
Eu vou
continuar falando para o nada, então. A voz do além. A voz do além vai
continuar falando, Douglas. Porque é difícil. Já não tem ninguém aqui, né,
velho. Você ainda fala para o nada, fica difícil.
Naquele dia 12
de março de 1995 era um domingo, e nós fomos atender a uma ocorrência de roubo
a uma senhora que havia sido vítima de dois indivíduos criminosos armados ali
na Avenida Marquês de São Vicente. Na Avenida Marquês de São Vicente, na zona
oeste.
Esses
indivíduos, com a chegada das viaturas, fugiram, e se esconderam debaixo do
Viaduto Antártica. Para quem não conhece ali na zona oeste, esse Viaduto
Antártica, as duas laterais dele são fechadas com muros. O pessoal fechou
justamente para ninguém se esconder lá.
O que acontece:
os vagabundos fizeram um buraco de cada lado. Então, eles roubavam a pessoa,
corriam, entravam por um lado e saíam do outro lado. Olha só como vagabundo é
um bicho ligeiro, né?
Só que nós, já
sabendo da artimanha dos indivíduos, quando eles correram, uma equipe foi para
um lado e outra equipe fechou a saída fazendo com que eles não se evadissem.
Nós entramos
debaixo do viaduto ali, estava muito escuro, apesar de ser quatro, quatro e
meia da tarde, estava muito escuro. E nós, naquela busca, acabamos nos
deparando com os dois indivíduos, houve um rápido tiroteio, um deles foi
baleado.
O segundo
indivíduo chegou a se atracar comigo, e nessa luta corporal eu acabei acertando
o indivíduo, mas ele me acertou também. Eu fui baleado na mão esquerda. E,
aquele dia fui socorrido ao PS do Hospital das Clínicas, onde fui tratado.
E, os dois
indivíduos morreram, tendo em vista que a gente sabe atirar e atira bem, graças
a Deus. Quando a gente atira não é para fazer ferimento, não; é para acertar o
cara para fazer com que ele...
Nossa, nós
estamos sem televisão, o que está ruim o negócio aqui, viu, gente? Olha, está
difícil, viu? Está difícil. Problema no máster? Está com problema em tudo aqui,
não é só no máster. Está tudo errado na televisão aqui. Está tudo errado,
Sergião. O negócio está ruim, viu?
Mas, enfim,
continuando a minha fala aqui.
Tendo em vista
que no tiroteio, os dois indivíduos acabaram falecendo, e eu, após ser
socorrido, voltamos para a nossa vida diária, porque mesmo ferido, nós tínhamos
que concluir a missão.
Então, agradeço
a Deus por essa oportunidade de estar vivo aqui, podendo estar relatando isso
aqui 25 anos depois e dizendo a todos os policiais militares que continuem
firmes na missão, uma missão difícil, uma missão nobre, na grande maioria das
vezes, não reconhecido, tendo em vista que, infelizmente, as autoridades não
reconhecem o trabalho da Polícia Militar.
E quando dá um
entrevero e um criminoso é morto, muitas e muitas vezes criticam os policiais,
achando que houve excesso.
Inclusive, o
sargento Gomes, que está aqui presente também, era meu motorista naquele dia.
Ele era cabo naquela época; hoje, nós dois aposentados. Ele, sargento, e eu,
coronel.
Voltou a
televisão. Olha que milagre. Deus é bom. Voltou a televisão para a Rede
Assembleia. Isso é muito bom.
Agradecer
também ao sargento Gomes aqui, pela missão do dia 12 de março de noventa e
cinco. Inclusive, quem me socorreu no hospital foi o cabo Gomes aquele dia.
Muito obrigado, Gomes.
Agradeço pelo
tempo, Sr. Presidente, muito
obrigado, e vai um alerta aqui para a TV Assembleia procurar arrumar, porque
está ruim o negócio.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Coronel Telhada. Com a palavra o deputado Rafael Silva.
(Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas.
(Pausa.) Deputado Ed Thomas. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, público aqui presente, telespectadores da TV Assembleia.
Sr. Presidente,
venho, pela terceira vez, a esta tribuna para exigir que a Secretaria Estadual
de Educação tome providências em relação à situação dos professores de uma
escola estadual que fica no município de Iporanga, no Alto Vale do Ribeira, uma
das regiões mais pobres e mais abandonadas, tanto pelo Estado, pelo governo
estadual, como também pelo governo federal.
Uma região que
não recebe investimento dos entes federativos. Fica ali naquela região de
Apiaí. Eu me refiro aqui à Escola Estadual Nascimento Satiro da Silva. Essa
escola tem uma extensão, que fica a alguns quilômetros de distância, onde os
professores são obrigados a se deslocarem para lecionar as disciplinas e
atender a comunidade local, que fica exatamente no Quilombo de Bombas.
Lá tem uma
unidade da Escola Estadual Nascimento Satiro da Silva, só que os professores
que lecionam nessa extensão da escola, nessa espécie de posto avançado, não têm
direito ao Adicional de Local de Exercício, o famoso ALE.
Esses
professores caminham, Sr. Presidente,
12 quilômetros para chegar até a escola, 12 quilômetros no meio da mata,
atravessando riachos, atravessando inclusive regiões difíceis de serem
atravessadas.
Esses
professores são obrigados ainda a levar a merenda escolar de uma escola para
outra. Eles que não só levam a merenda, mas como preparam também, porque nessa
extensão da escola não existe funcionário, não existe a merendeira.
Então, o
próprio professor faz a merenda, serve a merenda para os alunos, e algumas
vezes os professores dormem na escola, porque não compensa voltar para casa. É
uma situação muito difícil para esses professores, que estão cumprindo uma
tarefa muito importante, mas não são reconhecidos pelo estado.
Eles não têm
direito ao ALE, o que é um verdadeiro absurdo, Adicional de Local de Exercício.
Eu quero
mostrar aqui algumas fotos, Sr.
Presidente, da situação desses professores. Aqui os professores já na
escola. Essa é a situação da escola do estado lá em Iporanga, que fica
exatamente no Quilombo de Bombas.
Aqui os
professores dormindo à noite, porque não compensa o professor voltar para a
casa dele. Ele caminha 12 quilômetros, então o professor dorme na escola, que é
esse improviso. Fica no município de Iporanga, na região do Alto Vale do
Ribeira, na região de Apiaí.
Aí é uma
professora fazendo a caminhada dela para chegar até a escola, Sr. Presidente. Essa é uma sala da
escola. Aqui é um espaço extremamente precarizado. Essa é a escola do PSDB, a
escola do governo do estado de São Paulo. “Inova Doria”. Ele falou que está
inovando, modernizando.
Aqui são os
professores, Srs. Deputados, fazendo uma caminhada, andando para chegarem até a
escola, levando a merenda escolar. Professor caminhando em uma área
extremamente difícil, com lama. Quando chove, essa é a situação desses
professores.
Então, essa é a
extensão da Escola Estadual Nascimento Satiro da Silva, que fica na região de
Iporanga. Esses professores não têm o ALE, o Adicional de Local de Exercício,
que é uma espécie de uma gratificação para os professores que trabalham
exatamente em regiões distantes.
Já tinha feito
esse pedido no ano passado acho que duas vezes. É a terceira vez que eu faço
esse pedido, Sr. Presidente. A escola já tinha feito, a Diretoria de Ensino já
tinha feito, e até agora nada.
Os professores
estão passando por toda essa situação. É uma vergonha que o estado mais rico da
Federação, que tem o maior orçamento da Educação, mantenha uma escola nessas
condições.
Isso é uma
vergonha, uma afronta à comunidade escolar da região, aos alunos, aos pais, aos
professores e aos funcionários, que merecem um tratamento digno, até porque
esses professores caminham, como eu disse, 12 quilômetros por dia - seis para
ir e seis para voltar. No mínimo isso, talvez seja até mais.
Então eu faço
aqui, Sr. Presidente, uma denúncia e uma exigência: que o governo resolva pelo
menos a situação do ALE desses professores, que faça uma reforma geral na
escola e ofereça as condições adequadas para que a escola funcione e atenda com
dignidade os nossos alunos e garanta também condições adequadas de trabalho e
de transporte para os professores chegarem à escola.
Então eu
gostaria, Sr. Presidente, só para finalizar, que as cópias do meu
pronunciamento fossem encaminhadas para o governador Doria e para o secretário
estadual de Educação.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, nobre deputado. Será feito nos termos regimentais. Chamamos agora
para fazer uso da palavra o nobre deputado Luiz Fernando Lula da Silva.
(Pausa.) Deputado Emidio de Souza. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.)
Deputado Gil Diniz. (Pausa.)
Passamos à lista suplementar: deputado
Léo Oliveira. (Pausa.) Deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Deputado Delegado
Olim. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado Ricardo Madalena.
(Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado
Jorge Wilson. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputada Professora
Bebel. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Subo a esta tribuna hoje, Sr. Presidente, para
defender, acima de qualquer outra coisa, a liberdade de expressão e a luta
contra a censura que estão promovendo contra mim, contra o meu gabinete, contra
o Movimento Conservador e contra o seu presidente, o Sr. Edson Salomão.
Na data de
hoje, o jornal “Estadão” publicou o seguinte: “Gabinete do ódio em São Paulo
chama para atos pró-Bolsonaro” e colocaram a foto da frente do meu gabinete
aqui na Assembleia Legislativa.
Ainda hoje, o jornal
“BR Político” colocou o seguinte: “Alesp se mobiliza a favor de CPI das Fake
News. Estrutura do grupo Movimento Conservador funciona dentro do gabinete do
deputado estadual Douglas Garcia”, como se esta Assembleia Legislativa
estivesse trabalhando para tentar intervir no meu mandato, como se estivesse
trabalhando para tentar tirar a minha representatividade como deputado estadual
e como parlamentar.
Eu quero avisar
a esses dois veículos de comunicação que muito em breve receberão a cartinha do
meu advogado, porque receberão também um pedido de respostas, porque eu exijo o
direito de respostas.
Não me
procuraram antes de divulgar essa mentira. Não me procuraram antes de divulgar
essa fake news, porque isso sim é fake news contra mim, contra o meu gabinete,
contra o presidente do Movimento Conservador, Edson Salomão, e os senhores irão
se ver comigo na Justiça.
O que está
acontecendo hoje no nosso Brasil por intermédio da CPMI das Fake News lá no
Congresso Nacional é um processo ditatorial de tentativa de censura, de tirar a
liberdade do povo brasileiro de poder criticar, fazer críticas ao Congresso,
fazer críticas ao Supremo.
É uma tentativa
de censura, censura institucionalizada que teve início através dessa CPMI da
censura e que, por intermédio da Sra. Deputada federal Joice Hasselmann, que é
uma mentirosa, caluniadora.
Na maior cara
de pau, essa sem nenhum caráter resolveu perseguir o deputado estadual Douglas
Garcia e inclusive confessou nas suas redes sociais que está utilizando do seu
poder como deputada federal para colocar o Supremo Tribunal Federal em uma
perseguição aberta aos conservadores, àqueles que apoiam Jair Messias
Bolsonaro.
Então o que ela
fez? Simplesmente um compilado de publicações feitas por mim e pelos meus
assessores, e quer dizer que aquilo ali são fake news, utilização do aparato
estatal para poder, através de improbidade administrativa, utilizar a estrutura
da Assembleia para fazer com que os detratores do governo Jair Bolsonaro sejam
perseguidos através do meu mandato.
Ora, vamos dar
uma olhada naquilo que foi veiculado hoje pelo jornal “O Estadão”? Eles
publicaram isto daqui. Este daqui é o presidente do Movimento Conservador,
Edson Salomão - que trabalha conosco -, chamando o pessoal para as
manifestações do dia 15 de março.
Foi publicado
isto daqui pelo jornal “Estadão”, e disseram, nessa reportagem, que estamos
utilizando a estrutura do gabinete para tal. Porém, eles esqueceram de olhar a
data em que isso foi publicado. Está aqui, senhores: 22 de fevereiro de 2020,
às 19 horas e 10 minutos.
Foi num sábado.
Isso aqui foi num sábado. Onde é que, pelo amor de Deus, às 19 horas e 10
minutos, um assessor estará dentro de uma assembleia legislativa, no gabinete,
trabalhando? Não tiveram sequer a boa vontade de olhar a data, o horário.
Simplesmente
quiseram divulgar essa fake news - porque isso sim é fake news, isso sim é uma
notícia falsa contra o presidente do Movimento Conservador, Edson Salomão, e
contra mim, querendo criar uma narrativa de gabinete do ódio.
Eu quero saber
onde estavam vocês quando eu utilizei a estrutura do meu gabinete para abrir
uma representação contra o Baile da 17, e agora aquele bando de infratores está
sendo investigado pelo Ministério Público. Não foram no meu gabinete para
questionar a respeito disso.
Onde estavam
vocês quando, através do trabalho do meu gabinete, eu fiz a investigação que
descobriu o que realmente aconteceu na Escola Estadual Emygdio de Barros, onde
os policiais militares estavam sendo achincalhados, tratados como pessoas que estavam
agredindo jovens negros da periferia, quando não passava de um bando de projeto
de bandidos?
Onde estavam
vocês quando eu fiz com que os alunos da Etec de Guarujá voltassem a ter o
curso de Manutenção de Aeronaves, através do trabalho que fiz cobrando o
governo do estado para que aqueles alunos não ficassem sem esse curso?
Onde estavam
vocês quando eu solicitei a reforma do 1º DP de São José dos Campos? Porque é
para isso que os meus assessores estão trabalhando no meu gabinete.
Onde estavam
vocês quando, através de mais de 12 indicações que foram acatadas pelo governo
do estado para reformas de escola estadual, eu, através do trabalho do meu
gabinete, consegui fazer com que essas escolas funcionassem?
Eu consegui
fazer com que essas cidades tivessem esse respaldo por parte do governo, é
através do trabalho dos meus assessores. Onde estavam vocês quando eu fiz a
indicação de mais de 11 cidades que receberam o trabalho de infraestrutura
melhorada, seja recapeamento de ruas, seja estrutura de hospital, escola
pública?
Onde estavam
vocês, senhores, quando eu comecei a trabalhar de fato nesta Assembleia, a
partir do dia 15 de março? Até então, todo santo dia suando para que o estado
de São Paulo fique melhor, para que a população do estado de São Paulo receba
aquilo que deve.
E não, o que
vocês querem é única e exclusivamente nos censurar, nos calar, perseguir,
inventando mentiras, tentando fazer com que eu me cale, tentando fazer com que
o meu mandato seja perdido aqui na Assembleia Legislativa.
Inclusive, Sr.
Presidente, esteve aqui a Bancada Ativista, a deputada Monica, ameaçando entrar
com pedido de cassação do meu mandato no Conselho de Ética através de uma
matéria mentirosa sobre o mesmo tema, mentiroso e falso, que é o dito gabinete
do ódio, por intermédio da senhora Mônica Bergamo.
Ora, senhores,
estão me acusando de utilizar o meu gabinete para poder propagar aquilo que eu
penso como deputado estadual.
Ainda que o meu
chefe de gabinete, o presidente do Movimento Conservador, tivesse convocado
manifestações dentro desta Assembleia Legislativa, não seria ilegal. Quantas
vezes eu estive aqui, nesta Assembleia, presenciando a deputada Professora
Bebel, por intermédio da Apeoesp, convocando atos contra o presidente da
República, e Isa Penna convocando atos pelo dia 8 de março?
Aqui mesmo, nós
temos uma jornalista do Jornalistas Livres lotada na 1ª Secretaria. Está aqui,
a senhora Katia Passos teve a cara de pau ainda de colocar: “Trabalha na
empresa Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Fundadora da empresa
Jornalistas Livres”.
Se o que eu
estou fazendo é ilegal, o que a bancada do PT está fazendo também é ilegal. Portanto,
o senhor Enio Tatto também tem que ser cassado. Por que estamos tratando um de
uma forma e outro de outra forma?
Eu não vou
aceitar injustiças. O que está acontecendo comigo é uma injustiça, é uma
tentativa de me calar, é uma tentativa de tirar minha representatividade
parlamentar e ameaçar também a candidatura do Sr. Edson Salomão, que é, sim, um
potencial prefeito desta cidade.
Os senhores não
vão conseguir calar a voz dos conservadores nas casas legislativas, seja a
minha, aqui na Assembleia Legislativa, seja a do deputado federal Eduardo
Bolsonaro, porque nós fomos eleitos para falar, fomos eleitos para colocar o
dedo na ferida e não há ilegalidade nenhuma.
Coloco os
computadores da Assembleia Legislativa que estão lá dentro do meu gabinete à
disposição desta Casa para que vejam que não existe nenhum tipo de improbidade
administrativa.
E eu quero
saber... Aqueles jornalistas que publicaram, contra mim, cada mentira que
publicaram contra mim, terão que responder. Terão que pagar pelo crime que
cometeram, de difamação, de calúnia. Vão ter que responder por danos morais e
vão ter também direito de resposta.
Pergunto à
deputada Monica, aqui do PSOL... Entrou com processo contra mim, com suspeitas
através daquilo que foi publicado pela Mônica Bergamo na “Foice de S. Paulo”.
Quando é que
vai entrar também com pedido de cassação do mandato do deputado Enio Tatto,
através da Sra. Katia Passos, que está lotada aqui, através dos Jornalistas
Livres, fazendo um trabalho que não é da Assembleia Legislativa, mas sim de um
jornal de militância esquerdista?
Isso não é
trabalho da Assembleia, isso não é o trabalho de um jornalista que deveria
trabalhar única e exclusivamente na função desse cargo.
Então, eu quero
saber, senhores, por que essa ilegalidade só serve para o deputado Douglas Garcia
e não serve para o deputado Enio Tatto, não serve para a bancada do PT?
É lógico que
nós não estamos falando de ilegalidades, porque não é ilegal o deputado
utilizar o seu mandato e a estrutura do mandato para expressar o que ele pensa.
Eu apoio Jair
Bolsonaro, eu apoio o governo Bolsonaro, eu estou disposto a lutar até o fim
para defender o meu presidente, Jair Bolsonaro. E vou utilizar todos os meios
possíveis para que ele seja defendido dentro e fora desta Assembleia
Legislativa.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Douglas Garcia. Convidamos agora para fazer uso da palavra o
deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, de volta a
esta tribuna no dia de hoje, ontem, os alunos da Escola Estadual Isaltino de
Mello, uma escola que fica na região do bairro do Campo Grande, nas
proximidades da Avenida Sabará, realizaram uma homenagem a um professor que
virou o símbolo da resistência, da luta contra a famigerada farsa da reforma da
Previdência, que foi, inclusive, infelizmente, aprovada sem o meu voto, sem o
nosso voto, aqui no plenário da Assembleia Legislativa.
Ele foi vítima
de uma dura repressão, de um covarde - eu diria - espancamento. Esse professor
foi espancado. Nós temos as cenas desse espancamento. A Tropa de Choque
espancou, praticamente, esse professor, que estava sentado no chão, que não
manifestou nenhum tipo de reação à Tropa de Choque, mas foi literalmente
espancado por um dos membros da Tropa de Choque.
Ele ficou muito
machucado. Depois, nós fizemos aqui uma reunião com esse professor e ele veio
inclusive aqui ao plenário.
Queria só
mostrar as fotos do professor. Eu me refiro ao professor José Jesus Cherrin,
professor que foi duramente agredido. Ele foi vítima, eu diria, de um massacre
da Tropa de Choque da Polícia Militar. Inclusive, no vídeo, a situação era tão
grave que um dos policiais aqui da Assembleia Legislativa ainda tenta interceder
por ele, em relação à Tropa de Choque.
Depois eu vou
mostrar aqui esse vídeo, no momento oportuno. Mas olhem a situação desse
professor. Essa foto é recente. O professor, aqui na entrada da Assembleia
Legislativa, naquele dia 3, no dia da aprovação da famigerada farsa da reforma
da Previdência.
Ele virou um
símbolo dessa luta, dessa resistência, e também ele revela como existe quase
que um estado policial aqui no Brasil, para aprovar as reformas contra os
trabalhadores.
Existe aqui uma
combinação entre o modelo neoliberal de retirada de direitos trabalhistas,
previdenciários e sociais, que é feita a toque de caixa, com o aparato
repressivo dando todo o apoio para garantir essa retirada de direitos dos
trabalhadores e das trabalhadoras.
Normalmente, o
aparelho repressivo do Estado é convocado pelo Executivo ou mesmo até pelo
Legislativo, que foi o caso aqui na Assembleia Legislativa.
O professor foi
vítima desse processo, foi uma das maiores vítimas. Outros professores também
foram espancados, saíram machucados; tem vários professores agredidos. Mas ele
talvez seja o que representa mais esse tipo de agressão, de uma agressão
covarde que foi acionada pela Assembleia Legislativa.
A Presidência
da Assembleia Legislativa acionou a repressão, a tropa de choque, contra os
professores, contra as professoras, contra os servidores do quadro de apoio
escolar, contra os servidores do Judiciário, escreventes, oficiais de Justiça,
servidores do Ministério Público, do sistema prisional, da Polícia Civil.
Muitos trabalhadores foram agredidos aqui, moralmente e fisicamente.
Mas ontem
fiquei muito feliz porque a escola fez uma homenagem. Enquanto a tropa de
choque do Doria espanca o professor José Jesus Cherrin, professor de física,
que estudou na USP... Professor dedicado; os alunos gostam muito dele.
Professor competente, elogiado pelos seus colegas, pela direção da escola,
antes desse episódio.
Enquanto a
polícia, a serviço do governo Doria e do seu subordinado aqui, o presidente da
Assembleia Legislativa, Cauê Macris, espanca professores dentro da Assembleia
Legislativa... Não foi fora; foi dentro. Nem fora poderia. Agora, dentro da
Assembleia Legislativa, é inaceitável, é execrável.
Mas o
importante é que o povo reconhece; os alunos, os professores, os funcionários e
os pais de alunos reconhecem a importância desse professor. Então, ontem ele
foi homenageado, porque ele é um defensor da escola pública, é um defensor do
Magistério, um defensor da cidadania. Eu queria mostrar o vídeo do professor,
agora, sendo homenageado ontem pela escola.
* * *
- É feita a
exibição de vídeo.
* * *
Então, para
finalizar, Sr. Presidente, ontem foi a homenagem dos alunos da Escola Estadual
Isaltino de Mello, que fica no bairro do Campo Grande, ao professor Cherrin.
Então, a escola
faz homenagem; os alunos e a comunidade escolar fizeram homenagem ao professor.
Só que o professor, aqui, foi espancado, deputado Paulo Fiorilo; foi vítima de
uma repressão covarde e cruel.
O professor
continua com todos esses hematomas, continua muito machucado, de licença
médica, inclusive, por conta desse crime que aconteceu aqui na Assembleia
Legislativa.
Nós estamos
pedindo providências em relação ao Ministério Público, em relação à
Corregedoria da Polícia Militar, para que se apure essa violência cruel contra
os servidores do estado de São Paulo. Então, deixo aqui também a minha
homenagem ao professor José Jesus Cherrin.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, nobre deputado Carlos Giannazi.
Com a palavra, deputado Paulo Lula
Fiorilo.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, público presente,
telespectadores da TV Alesp. Na manhã de hoje, eu, o deputado José Américo e o
deputado Dr. Jorge fizemos, ou melhor, tentamos fazer uma visita ao pátio do
monotrilho da Linha Prata-15, lá na região da Vila Prudente.
Como todos que
acompanham o noticiário ou que utilizam daquele transporte sabem, o monotrilho
já está parado há muito tempo, e sem uma explicação razoável das autoridades.
Tivemos um
depoimento do secretário, uma entrevista dele dizendo que ele pedia desculpas,
que ia multar a Bombardier. A Bombardier é a empresa responsável pela
tecnologia, mas isso é insuficiente.
Hoje, lá, tem
uma Operação Paese, e as pessoas estão reclamando que, semana passada, tinha
ônibus; esta semana, as pessoas já não têm mais tantos ônibus.
Agora, o
problema é, primeiro, impedir que três deputados pudessem fazer uma visita ao
pátio. Ninguém queria interferir na investigação que está sendo feita, já há
algum tempo, pela Bombardier, pelo Metrô.
Ao contrário, a
ideia era que a gente pudesse ter, daqueles que estão no dia a dia da operação
e da investigação, algum tipo de resposta, já que até agora as respostas são
insatisfatórias e pouco conclusivas.
Houve um
impedimento. Eu já tinha falado com o secretário adjunto, Paulo Galli, dizendo
a ele que gostaria de fazer a visita nesta quinta-feira pela manhã, às 9 horas,
e aguardava o retorno.
Até as 9 horas
da manhã, não teve retorno nenhum. Lá na porta, nós não pudemos entrar e
aguardamos um funcionário do Metrô, que é um funcionário de baixa patente.
Aliás, eu
queria agradecer aos funcionários que nos receberam lá, porque eles foram muito
gentis, explicaram a situação, ficaram constrangidos quando tiveram a
determinação da Secretaria de que os deputados não poderiam entrar.
Eu trago este
relato aqui, primeiro, com muita tristeza. Se a população não tem as
informações, já é muito triste. Aliás, nós deveríamos, todo dia, aqui dizer há
quanto tempo o Metrô não informa o que está acontecendo.
Segundo:
impedir os parlamentares de entrar em um espaço público - porque o pátio do
Metrô é um espaço do estado. Não é público o pátio, mas nós somos representantes
eleitos e que poderiam adentrar, até para poder receber as informações.
Bom, o que é
que acontece? Com essa decisão - ruim, na minha opinião, eu falei isto para os
representantes do Metrô -, nós temos aqui um pedido de CPI. Eu sei que o pedido
de CPI vai para a fila - uma fila que foi construída ao longo das filas que se
fizeram ali, por 24 horas, 48 horas -, mas nós não vamos desistir desse debate.
Por isso,
representamos no MP, e o MP instaurou um inquérito civil que deve investigar o
que aconteceu. Aliás, no próximo dia 18, o presidente do Metrô tem que ir lá
prestar esclarecimentos ao MP.
E vai ser
assim, porque, se não tiver transparência, se não tiver informação, se a
empresa Bombardier não for punida... Aliás, para quem não sabe, é a única empresa
que detém a tecnologia, e não há, tirando o Japão, nenhuma experiência de média
capacidade testada; o que tinha eram pilotos.
Então, o teste
está sendo feito em São Paulo, numa das regiões mais populosas, mais carentes
do transporte coletivo, e ninguém, absolutamente ninguém, diz o que acontece ou
o que está acontecendo.
Então, continua
a Operação Paese, continua as pessoas tendo que entrar em ônibus lotado,
enquanto nós não temos as respostas.
Hoje, às 17
horas, daqui a pouco, vai ter um ato em frente à estação Vila Prudente. Eu acho
que é isso que vai fazer com que o Governo do Estado de São Paulo, com que a
Secretaria de Transporte Metropolitano se manifeste e diga exatamente o que
acontece.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Pela ordem. Se o
senhor me permitir deste microfone, eu queria pedir o levantamento da sessão.
Eu ia pedir a suspensão, mas não dá, não é? Então, o levantamento.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo de
lideranças, esta Presidência dá por levantados os trabalhos e convoca V. Exas.
para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia,
lembrando ainda da sessão solene a realizar-se amanhã, às 10 horas da manhã,
com a finalidade de homenagear os 40 anos do Partido dos Trabalhadores.
Está levantada a sessão.
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- Levanta-se a sessão às 15 horas e
14 minutos.
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