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18 DE MARÇO DE 2020

29ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: JANAINA PASCHOAL e CARLOS GIANNAZI

 

Secretaria: CARLOS GIANNAZI

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - JANAINA PASCHOAL

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CARLOS GIANNAZI

Critica o Tribunal de Justiça de Estado de São Paulo por suspender o auxílio-refeição e o vale-transporte de servidores. Manifesta-se contra a retirada de direitos de funcionários públicos. Clama ao governador João Doria que não estenda a medida para categorias do Poder Executivo. Acrescenta que o órgão anunciara que não deve cumprir a data-base salarial de 2020. Defende suplementação orçamentária para o cumprimento da obrigação determinada em lei.

 

3 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência.

 

4 - JANAINA PASCHOAL

Defende o exemplo dado por esta Casa à sociedade, como meio de dificultar a disseminação do coronavírus. Discorre acerca da escassez de leitos de UTI e de equipamentos respiradores. Informa que, na Itália, infelizmente pacientes com mais de 80 anos não devem ser entubados. Defende a implementação de normas emergenciais para esse período de dificuldade, e a restrição de presença em cerimônias de sepultamento. Opina contra a politização do discurso. Tece considerações sobre a incerteza da vida. Critica o governo federal e o governo estadual por discursos de temor econômico, em detrimento da vida.

 

5 - JANAINA PASCHOAL

Para comunicação, argumenta que pessoas fora do grupo de risco também podem ser vitimadas. Defende a dispensa, do trabalho, de pessoas vulneráveis à contaminação.

 

6 - CORONEL TELHADA

Saúda a cidade de Jaborandi pela data comemorativa de seu aniversário. Defende a nomeação de aprovados no concurso de investigadores de Polícia, edital 001/07. Exibe e comenta foto de policiais militares a doar sangue, em Pirituba, durante três dias. Discorre acerca da 11ª Operação Interior Mais Seguro. Enaltece o trabalho dos profissionais da Segurança Pública. Recomenda cautela e calma à população, de modo a valorizar principalmente a higiene, e evitar aglomerações.

 

7 - JANAINA PASCHOAL

Assume a Presidência.

 

8 - CARLOS GIANNAZI

Exige, do governo estadual, o fechamento imediato de escolas da rede estadual de ensino. Acrescenta que a decisão ainda obriga professores a fazerem reuniões pedagógicas por área de conhecimento. Critica a manutenção de gestores e servidores nas escolas, a partir do dia 23/03. Concorda com o fechamento de shoppings e de academias, anunciado pelo governador João Doria. Clama aos prefeitos municipais que adotem seu entendimento. Argumenta que o Ministério Público deve fazer intervenção neste sentido.

 

9 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência.

 

10 - JANAINA PASCHOAL

Clama a líderes religiosos que não discursem contra a gravidade da doença em tela. Pede ao bispo Edir Macedo que reveja a determinação de realizar gravação a envolver cerca de 200 pessoas, na TV Record. Lembra a responsabilidade da liderança religiosa com Deus e a não colocação de pessoas em risco. Informa que acompanha notícias desde o princípio da pandemia. Solicita às Forças Armadas que estejam preparadas e treinadas para auxiliarem profissionais de Saúde.

 

11 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI

Em nome da Presidência efetiva, cancela sessão solene convocada para o dia 17/05, às 20 horas, para "Homenagem aos Índios do Brasil", a pedido do Sr. Deputado Adalberto Freitas.

 

12 - DOUGLAS GARCIA

Manifesta preocupação com trabalhadores a serem afetados pelo fechamento de shoppings e de academias, anunciado pelo governador João Doria. Defende isenção fiscal de impostos estaduais, temporariamente. Comenta possível suspensão de transportes públicos no ABC. Critica panelaço contra o presidente Jair Bolsonaro, em São Paulo, noite passada. Clama à população que toque o "Hino Nacional" hoje, às 21 horas.

 

13 - JANAINA PASCHOAL

Assume a Presidência.

 

14 - CORONEL TELHADA

Comenta sua educação no trato com as pessoas. Informa amizade com o senador Major Olímpio, por cerca de 40 anos. Manifesta apoio ao capitão Mandese. Clama ao governador João Doria que reconheça o trabalho do citado policial militar, publicamente.

 

15 - CARLOS GIANNAZI

Informa que hoje deve haver "barulhaço", organizado pelo povo brasileiro, em defesa de direitos, contra o governo federal. Revela que as manifestações tendem a aumentar. Defende a revogação imediata da Emenda Constitucional 95, que congela investimentos em áreas sociais. Clama pela suspensão imediata do pagamento da dívida pública. Informa que o PSOL protocolara, na Câmara dos Deputados, projeto em benefício de auxílio a trabalhadores e cidadãos desfavorecidos.

 

16 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência.

 

17 - JANAINA PASCHOAL

Informa que solicitara ao governo estadual equipamentos de proteção para profissionais da Saúde, policiais militares, e Defesa Civil. Acrescenta que pedira inclusive alimentos para moradores de rua e pessoas pobres e carentes, pois há risco de toque de recolher absoluto. Clama ao governo federal que altere o prazo de entrega do Imposto de Renda, em benefício dos contribuintes e dos contabilistas. Critica edital para destinação de recursos para alimentação do ministro Dias Tofolli, anunciado pela revista Crusoé.

 

18 - DOUGLAS GARCIA

Para comunicação, clama a seus pares que apoiem a destinação de recursos do Fundo Eleitoral para atendimento da presente crise na Saúde.

 

19 - JANAINA PASCHOAL

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

20 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI

Defere o pedido. Declara apoio ao pleito do deputado Douglas Garcia, e defende a suspensão do pagamento da dívida pública. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 19/03, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Janaina Paschoal.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Presente o número regimental de Srs. Deputados e Sras. Deputadas, sob a proteção de Deus - e precisamos muito da proteção dele nesse período que se inicia -, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e convida o nobre deputado Carlos Giannazi, 1º secretário, para ler a resenha do expediente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Nós temos aqui, Sra. Presidente deputada Janaina, uma indicação do nobre deputado Sargento Neri. Está lida a resenha do expediente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Muito obrigada, Sr. Deputado. Imediatamente abro a chamada da lista dos oradores inscritos no Pequeno Expediente: Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando da Silva. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi, V. Exa. tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente deputada Janaina Paschoal, telespectadores da TV Alesp, pessoas que estão nos assistindo agora, digo isso porque hoje não temos ninguém no plenário. Até porque a Assembleia Legislativa está fechada para o público em geral por conta da crise do coronavírus.

Tenho vários assuntos para debater aqui na tribuna. Mas um deles é em relação ao Tribunal de Justiça, ao TJ, ao Poder Judiciário. Tenho recebido muitas reclamações dos servidores do TJ, de escreventes, de oficiais de Justiça, sobre uma determinação do presidente do Tribunal, que se relaciona ao corte do pagamento de vale-refeição, auxílio-refeição, e também do vale-transporte dos servidores, que também estão, agora, nesse período de quarentena, como todos os servidores entraram nesse processo.

Mas o TJ tomou essa decisão, que é injusta. Embora haja legislação sobre isso, mas esse é um momento excepcional, onde legislações que retiram direitos, retiram benefícios e auxílios de servidores, devem ser suspensas.

Aliás, já deveriam estar suspensas há muito tempo. Mas, nesse momento, é de uma crueldade sem precedentes descontar o vale-alimentação, o auxílio refeição dos servidores. Até porque, muitos deles vão continuar trabalhando em casa, pela internet: escreventes, os oficiais de Justiça.

Então estamos apelando ao presidente do Tribunal de Justiça para que não faça isso. Para que não desconte. Aliás, somos contra qualquer tipo de desconto de benefício ou de auxílio nesse período, enquanto houver essa crise, essa pandemia do coronavírus, não podemos sacrificar nenhum auxílio, nenhum benefício de servidores. Isso é um absurdo total.

Então fica aqui o nosso apelo, não só ao presidente do Tribunal de Justiça, mas também ao governador Doria, para que não faça o mesmo com os servidores do Poder Executivo: com os professores, com os servidores do quadro de apoio escolar, com os gestores, com os servidores da Segurança Pública, do sistema prisional, da Saúde, das autarquias. Que se respeite.

Estamos vivendo um momento de excepcionalidade. Então não tem sentido retirar benefícios, retirar auxílios dos trabalhadores. Repito, porque muitos continuam trabalhando em casa.

E não é culpa dos trabalhadores, dos servidores, o que está acontecendo hoje, não só em São Paulo, mas também no Brasil e no mundo. Então fica aqui o nosso apelo. Em relação ao TJ ainda, falando com o presidente da Assetj, o José Gozze, ele me disse que o TJ anunciou, numa reunião com as entidades representativas - a Assetj, a Assojuris, a Assojubs, a Affocos, todas elas, que são entidades combativas - que não haverá o pagamento da data-base salarial porque não haverá recurso financeiro.

Também não concordamos com isso, porque tem lei estadual, que aprovamos na Assembleia Legislativa. Existe o Art. 37, da Constituição Federal, que obriga todos os entes federativos a fazer a reposição das perdas inflacionárias.

O TJ tem que dar o exemplo. O Tribunal de Justiça tem que cumprir a lei estadual, que aprovamos aqui em 2006 - lei que foi logicamente sancionada pelo governador na época - e a Constituição Federal, Art. 37. Se não há recurso, o TJ tem que solicitar, tem que exigir que o governo Doria faça uma suplementação orçamentária, porque tem dinheiro no cofre estadual. Nós acompanhamos tanto a arrecadação quanto a execução orçamentária.

Então o presidente do Tribunal de Justiça tem que exercer o seu papel - ele tem um papel político, de pressão também - e reivindicar. Até porque, o Orçamento aprovado na Assembleia Legislativa, que veio do Executivo, já veio com corte.

Porque, quando o TJ enviou o orçamento para a Casa Civil, a Casa Civil fez um corte de quase 50% do orçamento, retirando quase ou mais de 10 bilhões de reais do orçamento solicitado pelo TJ.

Então, nada mais justo do que o governo, o Executivo, o governo Doria, fazer uma suplementação orçamentária para, pelo menos, no mínimo, bancar a data-base salarial dos servidores.

Então, fica aqui o nosso apelo ao presidente do Tribunal de Justiça para que não retire, não suspenda os auxílios e benefícios dos servidores do TJ, dos escreventes, dos auxiliares, dos oficiais de Justiça.

E o mesmo apelo estamos fazendo para o governador Doria, para que não haja a retirada de nenhum benefício dos servidores estaduais, dos professores, de todos os servidores da Educação, da Segurança Pública, do sistema prisional, da Saúde. É um absurdo total cometer essa crueldade contra os nossos servidores.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós agradecemos, Sr. Deputado.

Seguindo com a lista dos oradores inscritos, deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputada Adriana Borgo. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)

Passo a Presidência ao Exmo. Sr. Deputado Carlos Giannazi.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra a nobre deputada Janaina Paschoal.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento V. Exa. e todos os funcionários presentes. O público hoje não tem acesso à Assembleia Legislativa, até para que esta Casa possa dar o exemplo para o resto da sociedade.

É um momento de restrição para todos, é um momento de esforço coletivo para a contenção do vírus, do coronavírus. Por quê? Como venho explicando há algum tempo, o sistema de Saúde, não só o público, mas o sistema de Saúde como um todo, não será suficiente para receber todas as pessoas em estado grave, pessoas que precisarão de internação por um longo período e, sobretudo, pessoas que precisarão de respiradores.

Outros países com mais estrutura, com mais recursos, já estão com dificuldades no número de respiradores. Para os senhores terem uma ideia, na Itália, precisaram baixar uma norma determinando que pacientes com mais de 80 anos já não serão mais colocados nos respiradores.

É uma norma drástica sob o ponto de vista bioético, mas é uma norma, e falo isso com pesar, e com muito respeito aos pacientes e aos seus familiares, é uma norma correta, porque, na ausência de recursos para todos, vai ser necessário decidir onde aplicar esses recursos.

Eu tenho tentado conversar com as autoridades, tanto no âmbito estadual como federal, dizendo que nós, nas Casas Legislativas, no âmbito federal e estadual, precisaríamos nos debruçar na edição de normas emergenciais para esse período que, infelizmente, o país vai atravessar.

Todos temos a esperança e a fé de que não passaremos pelos mesmos percalços que os outros países passaram. Porém, a análise racional faz crer que será um período muito difícil.

Então, peço a colaboração da população. Poucas serão as famílias que não terão baixas. Infelizmente, conforme a experiência dos outros países, precisaremos restringir as cerimônias de homenagem aos falecidos.

Enfrentando todas as dificuldades religiosas que o tema enseja, muito provavelmente o poder público precisará determinar a cremação dos corpos, por questão de manutenção da saúde pública.

Então, peço a todos que se preparem, peço a todos que compreendam a gravidade do momento. Eu peço a todos que compreendam que não é hora de politizar o discurso, que não é hora de pensar nem nas eleições de 2020, que dirá nas eleições de 2022.

Nós não sabemos quem estará vivo em 2022. Eu venho utilizando essa frase há um bom tempo, porque nenhum de nós sabe se estará vivo nos próximos dez minutos. Porém, dado o momento que atravessamos, essa frase ganha um significado maior.

Então eu peço aos homens e mulheres que estão nos cargos de poder que tenham a grandeza de compreender que nenhum de nós sabe quem estará vivo nas eleições de 2020, que dirá na de 2022.

“Janaina, o tom é grave.” É, mas é necessário. É necessário porque os nossos líderes, tanto no âmbito federal como estadual, estão pensando pequeno, estão com a visão curta, estão falando em manter a economia, estão falando em colapso, e o problema que nós enfrentaremos - e o mundo já está enfrentando - requer desapego aos conceitos postos. Nós seremos testados a toda prova.

Eu peço a colaboração de todos que estão no setor público e no setor privado. Tenho recebido mensagens de professores municipais, merendeiras, faxineiros, faxineiras que não se conformam de ter que ir para o trabalho mesmo com as crianças estando dispensadas.

Sr. Presidente, V. Exa. me concede uma comunicação?

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Por óbvio, nós não queremos interferir na competência dos Srs. Prefeitos, porém peço encarecidamente que procurem compreender, procurem olhar o que está acontecendo nos outros países, e pelo menos dispensar aquelas pessoas que estão nos grupos de risco - idosos, pessoas com problemas respiratórios, com asma, com doenças crônicas de outra natureza.

Eu quero dizer algo muito duro aqui, que eu acho que tardamos a falar: muito embora haja grupos de risco, não são apenas as pessoas idosas que são colhidas por essa doença e que chegam a um estado grave e vêm a falecer.

Isso precisa ser dito, porque infelizmente o ser humano ainda é egoísta, e nós temos ouvido frases do gênero “Ah, isso só vai matar quem é mais velho, então eu vou passear, eu vou para a balada, eu vou para a danceteria, eu vou para o baile funk”.

É necessário ter coragem de dizer: não é verdade. Se as pessoas não vão cuidar dos seus idosos, não vão se precaver para poupar os demais e o sistema de saúde como um todo, elas precisam saber que crianças também estão sendo acometidas, jovens também estão sendo acometidos, pessoas na casa dos quarenta anos com frequência...

Então, na falta de uma determinação mais firme por parte dos nossos governantes no âmbito federal e estadual, eu peço a colaboração do cidadão. Aquele empregador que tem condições de reorganizar o horário dos seus funcionários, deixar uma boa parte fazendo trabalho a distância, dispensar os que estão no grupo de risco, faça isso. É para o bem do sistema público de saúde.

Eu estou avisando: poucas serão as famílias que não terão baixa. E mais: percebam que é uma doença que não faz diferença. Pessoas ricas estão sendo vitimadas, pessoas poderosas estão sendo alcançadas. Não se iludam. Neste momento, ter dinheiro e ter poder não vai fazer diferença. Os leitos e os respiradores vão faltar no sistema público e no sistema privado.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando sequência à lista de oradores inscritos na lista suplementar, com a palavra o nobre deputado Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos, à Sra. Presidente, aos demais deputados, assessores e funcionários, todos os que nos assistem pela Rede Assembleia.

Quero saudar, aqui, a nossa Assessoria Policial Militar, na figura da cabo Vanessa e da cabo Débora. Agradecer o apoio que as senhoras, diariamente, nos têm dado aqui.

Começar hoje minha fala - dia 18 de março - saudando a cidade aniversariante de Jaborandi. Um abraço a todos os amigos e amigas. Uma situação difícil que nós estamos passando ultimamente, mas, se Deus quiser, logo estaremos novamente em paz.

Vamos crer no melhor resultado para tudo, para que seja encontrada uma solução o mais rápido possível, para que a gente possa retornar à nossa normalidade.

Eu tenho sido cobrado por algumas pessoas em algumas solicitações que as pessoas nos fazem. E nós fomos solicitados por vários amigos e amigas que prestaram o concurso para investigador de polícia. E foram aprovados no concurso no 001, de 2017.

Quero informar a todos que nós fizemos uma indicação ao Sr. Governador, propondo que fosse dada posse a esses candidatos. Dr. Olim também está aqui, delegado de polícia. Tenho certeza de que ele também está dentro desse apoio para os aprovados no Concurso IP - que é investigador de polícia - no 001, de 2017.

Tem uma foto aí, Machado. Nós da Polícia Militar estamos promovendo uma série de doações, tendo em vista que muitas pessoas que estão fazendo a doação de sangue... Está havendo problemas de algumas pessoas que já estão com algum tipo de contaminação.

Então, eles estão solicitando mais doações de sangue ainda. Para isso, a Polícia Militar, através dos alunos da Escola Superior de Soldados, em Pirituba, se mobilizou para doar sangue durante três dias, para suprir o estoque e garantir a manutenção dos atendimentos médicos de emergência. A previsão é de 180 doações. As coletas serão feitas das 8h30 às 12h00.

Aqui vai um toque para todos os cidadãos que doam sangue: caso você preencha os requisitos necessários para ser um doador de sangue, não deixe de realizar a sua doação o mais rápido possível.

Oriente também familiares e amigos a tomar essa importante atitude. Para quem doa, são alguns minutos; para quem recebe, a vida inteira. Doe sangue. Então, a Polícia Militar, mais uma vez, participando das atividades em prol da população.

Outro dia, nós falamos aqui da operação São Paulo Mais Segura e fomos cobrados quanto à operação Interior Mais Seguro. Então, eu quero falar aqui da operação que ocorreu dia 13, terça-feira, ontem, chamada operação Interior Mais Seguro.

É a décima primeira operação e contou com a mobilização de 12.829 policiais militares, emprego de 5.807 viaturas e mais 11 helicópteros, distribuídos em 1.262 pontos. O resultado: 294 pessoas foram presas, sendo 11 menores apreendidos, 129 pessoas presas e 154 recapturados ou capturados.

Agora que nós temos mais de 1000 na rua, com certeza serão muito mais também, ? Porque tem muita gente que saiu de pinote das casas de detenção e vai entrar em cana logo, logo, se Deus quiser. Quinze mil cento e onze veículos vistoriados; 24 veículos recuperados; 19 armas apreendidas; e 107 quilos de entorpecentes apreendidos nessas operações. Essas operações são de grande valia.

Quero dizer a todos aqui que a polícia continua trabalhando. Apesar de toda a situação difícil que o Estado brasileiro, aliás, o mundo todo tem passado, a polícia continua trabalhando: a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Polícia Técnico-Científica, pessoal da SAP, da administração penitenciária, está trabalhando, pessoal da Febem, pessoal de todas as Guardas Civis, das Forças Armadas. Portanto, as forças de Segurança estão em plena atividade, trabalhando a todo vapor, pelo bem da população.

Vale aqui uma recomendação a todos os que nos assistem. Vamos tomar as cautelas, as cautelas de higiene. Aliás, isso é uma coisa normal na nossa vida: as cautelas de higiene.

Evitar aglomeração o máximo possível. Mas eu quero mandar um recado para todos: mantenham a calma, não se apavorem. Não adianta todo mundo querer ir em mercado comprar coisa. Ficar calmo. Esse momento é um momento de calma.

As providências estão sendo tomadas. O importante é que todo cidadão faça a sua higiene pessoal, exija que as pessoas que estão próximas a ela façam também a higiene condizente: lavar a mão, evitar beijos, evitar abraços, evitar, enfim, um possível contágio. Principalmente, evitar aglomeração.

Nós temos certeza de que isso logo será debelado, mas é importantíssimo, de suma importância, a participação de todos os cidadãos, para que haja um resultado positivo ao final desse problema.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

* * *

 

- Assume a Presidência a Sra. Janaina Paschoal.

 

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A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Eu que agradeço, Sr. Deputado. Dando sequência à lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna novamente o deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, de volta a esta tribuna no dia de hoje.

Hoje é quarta-feira, dia 18, e eu venho mais uma vez à tribuna da Assembleia Legislativa exigir que o governador Doria, através da Secretaria Estadual de Educação, através do secretário Rossieli Soares, faça o fechamento imediato de todas as escolas da rede estadual, porque a medida tomada pelo governo é uma medida, no mínimo, equivocada, errada, eu diria, até, criminosa, porque ela atenta contra as orientações da Organização Mundial da Saúde.

O governador tomou uma medida em que mantém as escolas abertas, num processo gradativo de suspensão de aulas, com a manutenção dos servidores dentro das escolas - os professores, os agentes de organização escolar, os gestores, todos lá dentro.

É um absurdo isso, é um crime o que o governador está fazendo. Ele deveria já ter apresentado um decreto, ou uma resolução, uma portaria, uma medida, fechando as escolas.

O que está acontecendo é que elas estão sendo fechadas gradativamente, e o contágio, com certeza, está acontecendo em várias escolas da rede estadual, até porque nós já estamos recebendo denúncias em relação a isso. O mesmo vem acontecendo aqui com a Prefeitura de São Paulo.

E, mais grave ainda: essa decisão é tão cruel que a Secretaria Estadual de Educação ainda obriga os professores a fazerem a ATPC, que é aquele horário em que o professor faz as reuniões pedagógicas por área de conhecimento. Isso é um absurdo, é de uma crueldade sem precedentes.

Então, o que nós estamos defendendo aqui e exigindo é que o governador Doria feche as escolas e já coloque todos os servidores em quarentena. Os professores, os servidores do quadro de apoio escolar, os agentes de organização escolar, os gestores, o coordenador pedagógico, o diretor da escola, todos devem sair das escolas. Já deveriam estar fora há um bom tempo, pelo menos desde segunda-feira.

Agora, mais perverso ainda é que a resolução publicada no “Diário Oficial” da Secretaria da Educação, o decreto, diz que na semana que vem, a partir do dia 23, os gestores e os servidores do quadro de apoio devem permanecer nas escolas. Isso é um absurdo total também, nós não aceitamos. Esses servidores devem ser dispensados imediatamente, como vai ocorrer com os professores, porque eles serão vítimas também de contaminação nas escolas.

Governador, faço este apelo a V. Exa.: feche as escolas e libere todos os servidores, professores, quadro de apoio escolar e gestores. Não tem sentido essa decisão. Repito: ela atenta contra as orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde.

Hoje mesmo o governador soltou um decreto fechando os shoppings da região metropolitana - uma decisão acertada -, fechando as academias e outros setores. Então, tem que fechar as escolas também, porque nós temos mais de cinco mil escolas na rede estadual.

Nós temos mais de 300 mil servidores da Educação; temos mais de quatro milhões de alunos matriculados na rede. É inconcebível essa suspensão gradativa que o Doria apresentou para a rede estadual. Ele coloca em risco...

Estava até a deputada Janaina falando pouco também das prefeituras do interior. Que as prefeituras façam o mesmo, porque algumas, como V. Exa. disse, deputada Janaina, de Amparo, por exemplo, não liberaram os professores.

Tem que liberar todo mundo. O quadro de apoio escolar, o professor, o diretor. Tem que fechar a escola, porque a escola vai ser um foco de contaminação, de contágio. É tão óbvio isso, não é possível.

Então, nós apelamos, além do apelo ao governador Doria, para que os prefeitos dos 645 municípios do estado de São Paulo tomem a mesma atitude. Fechem as escolas, liberem os servidores e os alunos das escolas imediatamente. Nenhum servidor na escola.

Vamos fechar as escolas. É uma excepcionalidade o que nós estamos vivendo. Eu já fui na segunda-feira ao Ministério Público. Protocolei junto com o vereador Celso Giannazi uma representação no Ministério Público, pedindo que o Ministério Público faça algo nesse sentido. Faça uma intervenção, faça uma gestão junto ao Poder Executivo e à Prefeitura de São Paulo também, que também tomou a mesma decisão.

A Prefeitura de São Paulo vai manter também os ATEs, o quadro de apoio escolar, e os gestores trabalhando após o dia 23 na semana que vem, expondo também os servidores da rede municipal.

Tem que fechar, Bruno Covas. Feche as escolas, prefeito, feche as escolas, Doria. Não exponham os nossos servidores do quadro de apoio, os nossos professores e os nossos gestores à contaminação do coronavírus.

Muito obrigado, deputada Janaína.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Eu agradeço Vossa Excelência. Passando a V. Exa. a Presidência imediatamente.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra a nobre deputada Janaina Paschoal.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Seguindo nas recomendações referentes ao combate, à contenção do coronavírus, eu gostaria de fazer um pleito muito especial aos líderes religiosos.

Eu sei que a grande maioria dos líderes religiosos está agindo de maneira muito cautelosa, muito responsável, suspendendo cultos, dando as bênçãos aos fiéis pela televisão, pela internet, por grupos de WhatsApp em oração, e é assim que deve ser, pelo menos neste período.

Entretanto, há alguns líderes religiosos - e eu falo isso com o maior respeito, com a maior consideração, por isso vim aqui fazer um pedido - que insistem em um discurso de que o problema não é tão grande, de que não precisa suspender os cultos, as reuniões, e hoje no gabinete eu recebi... Não sei se procede, mas dada a emergência, vou falar aqui em tese. Então, se eu estiver cometendo alguma injustiça, já peço desculpas.

Recebi a informação de que a TV Record vai realizar uma gravação de um programa, entre sexta e sábado, envolvendo 200 pessoas. As empresas que foram contratadas para essa gravação e os funcionários acharam que seriam dispensados, mas não foram, que estão sendo convocados, que os contratos estão vigentes, que, ao que parece, já foram até pagos.

Se isso for procedente, eu quero pedir humildemente ao bispo Edir Macedo que reveja. Se isso for procedente, eu peço humildemente, respeitosamente, que reveja essa determinação.

Pode ser que nós ultrapassemos essa crise e olhemos para trás e constatemos que tudo isso foi um grande exagero, mas é melhor, neste momento, nós, vamos dizer assim, pecarmos por excesso do que nos arrependemos de termos sido pouco prudentes.

Os líderes políticos têm mais responsabilidade pela população. Os líderes religiosos, ouso dizer, que têm uma responsabilidade ainda maior que os políticos, porque os políticos, a princípio, têm seu vínculo com a Constituição Federal, e os líderes religiosos têm com Deus.

Então, um líder religioso não pode colocar o seu rebanho em risco. Nós temos aqui na Casa uma bancada evangélica muito forte, uma bancada que eu respeito, uma bancada presente, trabalhadora.

Às vezes eu até brinco com os colegas que eu me sinto parte da bancada evangélica, tantas são as identidades de pensamento e sentimento que eu tenho com os colegas. Então eu faço aqui...

Não é uma denúncia, até porque eu não tenho elementos para dizer se isso procede ou não. É um pedido: que neste momento de crise, líderes políticos e líderes religiosos de todas as confissões se unam para que o País possa ultrapassar esse desafio. 

Como eu estou acompanhando essa crise nos outros países desde o princípio, lendo todas as notícias internacionais, muito embora eu não fale todos esses idiomas - eu leio italiano, eu leio inglês, eu leio espanhol, um pouco do francês - então eu estou acompanhando essas notícias desde o princípio.

Se nós chegarmos no ponto que, por exemplo, chegou a Itália, os profissionais de Saúde não darão conta, porque eles serão contaminados em larga escala. Essa contaminação em larga escala aconteceu em países que têm equipamentos de proteção individual muito mais avançados, em muito maior quantidade do que tem o Brasil.

Infelizmente, mesmo tendo tempo para providenciar esses equipamentos, nossos governantes não providenciaram.

Não é hora de apontar o dedo. É hora de trabalhar com o que se tem. Então eu acho muito importante - aí é uma opinião pessoal - que as Forças Armadas estejam preparadas. Que aqueles profissionais das Forças Armadas que tiverem alguma formação na área de Saúde estejam preparados e já comecem a treinar os seus colegas para auxiliarem os profissionais de Saúde naquelas atividades que não sejam assim estritamente da área de Saúde.

Então, por exemplo, acho que será difícil alguém que não tenha formação entubar um paciente, que vai ser um ato muito necessário nos próximos dias, mas outras atividades mais auxiliares podem ser desempenhadas por profissionais treinados nas Forças Armadas.

Então eu estou pedindo por minha conta, assumo as responsabilidades respeitando todas as hierarquias postas, que as Forças Armadas estejam preparadas, porque se nós chegarmos no ponto da Itália, muito rapidamente elas serão solicitadas.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Esta Presidência, atendendo à solicitação do nobre deputado Adalberto Freitas, cancela a sessão solene convocada para o dia 17 de abril de 2020, às 20 horas, com a finalidade de homenagear os índios do Brasil.

E dando sequência à lista de oradores inscritos na lista suplementar, com a palavra o nobre deputado Douglas Garcia.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Continuando na toada dos assuntos relacionados ao coronavírus, o Governo do estado de São Paulo anunciou o fechamento de todos os shoppings e academias no estado de São Paulo.

Eu entendo que nós tenhamos que batalhar para que essa crise na Saúde venha a ser combatida; que essa pandemia, espalhada pelo planeta, não venha atingir tanto a vida da população, e por isso as autoridades têm que trabalhar para isso.

Entretanto, senhores, deixo aqui a minha questão ao governador do estado: como vão ficar alguns detalhes que eu julgo serem importantes? Por exemplo, a população vai ser a principal impactada no fechamento de shoppings, no fechamento de academias, no fechamento de várias lojas, dentre outras coisas que eu tenho certeza de que o governo do estado posteriormente o fará.

Assim, como é que fica a questão do aluguel dos lojistas? Como fica a questão dos gastos com energia, conta de água, conta de luz, dentre outras coisas? Venho a esta tribuna hoje solicitar ao governo do estado que ele trabalhe também em uma questão de isenção fiscal pelo menos temporária nos impostos estaduais.

Porque nós não podemos simplesmente fechar todos os shoppings, fechar todas as academias e não dar uma retaguarda para que aqueles que trabalham com esses empreendimentos consigam sobreviver.

Principalmente, a gente está falando de mini shoppings, daqueles lojistas que não têm uma empresa enorme, multinacional, mas que dependem disso para poder sobreviver. Sei que no ABC houve a suspensão de alguns transportes públicos.

Aliás, haverá a suspensão, a partir do dia 28, dos transportes públicos. Como vai ficar a vida do cidadão que precisa trabalhar? Precisamos que o Governo do Estado faça, pelo menos, como está fazendo na França - talvez - de isentar alguns impostos.

Sei que a competência do governador do Estado seria fazer a isenção de impostos estaduais. Então deixo aqui a minha solicitação ao governador do Estado de São Paulo para que ele faça essa isenção, ainda que temporária, nos impostos estaduais.

“Ah, mas não posso fazer a extinção desse imposto, porque é de competência nacional”. Mas nada impede que venha a zerá-lo. Nada impede que venha a fazer com que isso ocorra. Afinal de contas, é só a população que vai pagar o preço por uma pandemia?

Não, esse é um problema que todos nós temos que abraçar. Todos nós precisamos lutar, juntos, para conseguir combater. Então peço ao governador do Estado que faça essa isenção dos impostos aos trabalhadores.

Porque aqui estamos falando dos principais impactados, que serão os lojistas, serão aqueles que trabalham nas academias, os profissionais de Educação Física, os personal trainers, etc.

Que ele faça, também, à população, um pronunciamento quanto ao pagamento de água, de luz, dentre outras coisas. Porque precisamos ter uma contrapartida. A população precisa desse respaldo.

Quanto ao que aconteceu ontem, preciso também citar. Por volta das nove horas tentou fazer-se uma espécie de panelaço contra o presidente da República. Estão tentando fazer outro novamente.

Um verdadeiro desrespeito. Lembro quando houve o panelaço contra Dilma Rousseff. Mas nada foi tão tarde como o que aconteceu ontem.

Famílias dormindo, idosos descansando e eles fazendo um verdadeiro escândalo. Tinha lá dez pessoas: uma feminista, um maconheiro, um drogado, um militante LGBT fazendo escândalo em bairros nobres da cidade de São Paulo, pedindo a deposição do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Hoje, às nove, tentarão fazer de novo. Então fica aqui a minha sugestão e de todos aqueles que, é claro, terão que ser obrigados a ouvir esse ruído nas ruas, para que coloquem o Hino Nacional, e deixe tocando, às nove horas, o Hino Nacional, para que eles entendam que não é só de impeachment que vive a história do nosso País.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

* * *

 

- Assume a Presidência a Sra. Janaina Paschoal.

 

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A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Por nada, Sr. Deputado. Seguindo a lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna o Excelentíssimo Sr. Deputado Coronel Telhada. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - SEM REVISÃO DO ORADOR - Novamente nesta tribuna, cumprimentando a todos os presentes aqui. Fiz questão de voltar aqui. Primeiro, para cumprimentar os deputados presentes na Casa. Inclusive, que puderam fazer uso da palavra: Delegado Olim, Alexandre Madureira, colega Douglas, Giannazi, Janaina.

Pedi para voltar por causa de um problema que aconteceu essa semana. Foi essa semana? Doutor Ulysses estava presente segunda-feira, onde houve uma solenidade lá no DOP, presidida pelo amigo doutor Nico. Delegado Olim estava presente. Houve um problema sério envolvendo o nosso senador, Major Olímpio, e o nosso governador, João Doria.

Antes de eu falar, eu queria dizer uma coisa para vocês. Apesar de ser policial - tenho fama de violento; por incrível que pareça, tenho fama de ser violento, que sou isso, aquilo - acho que não existe cara mais sossegado que eu. Não existe cara mais sossegado que eu.

Para eu chegar... Quando estou em combate, no crime, é uma coisa. O cara está com uma arma na mão, eu estou com outra, que vença o melhor. Não dou mole, não. Agora, no trato com as pessoas, acho que sou um cara até muito educado. Muito educado.

Aqui, todos os funcionários podem dizer sobre isso. Em cinco anos de Casa, acho que nunca tive problema com ninguém aqui. Com ninguém. Mesmo deputados que brigamos, e depois reatamos, não tenho esse problema de convivência.

Mas cada pessoa é uma pessoa. O que houve na segunda-feira, todo mundo acompanhou na rede social, o problema que houve entre o Major Olímpio e o governador.

O Major Olímpio é meu amigo há mais de 40 anos. É um grande, um dos maiores defensores da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Não há dúvida disso. Tem a maneira forte de ele trabalhar, dele se posicionar.

E, às vezes, também não é compreendido, não é entendido pelas pessoas. O governador também, por sua vez, todos nós temos lados positivos e negativos, não estou aqui para defender nem um lado, nem o outro.

Estou aqui para defender e falar a favor de uma pessoa que acabou ficando no meio dessa luta. A turma fala que, na briga entre o mar e o rochedo, quem dança é o marisco. É o marisco que paga tudo. Dessa vez, o “mariscão” aqui foi o capitão Mandese.

O capitão Mandese estava em missão com a sua tropa e, naquele momento, ele tomou uma atitude que deveria ter tomado. Pode ter sido até mal compreendido, mas quero, publicamente, hipotecar todo o meu apoio ao capitão Mandese.

O Dr. Olim também está se posicionando, e os demais deputados aqui, favoravelmente ao capitão Mandese, para que o governador o reconheça como o grande profissional que ele é.

A função do capitão Mandese ali, como ajudante de ordens e como segurança do governador, era justamente essa, fazer a segurança do governador, seja contra quem for, seja em que situação for.

Ninguém pode tocar no governador, isso é público e notório. É público e notório. Quer a gente goste ou não, a Polícia Militar cumpre a sua obrigação. E o pior é que vejo policiais militares criticando o capitão Mandese e os seus policiais.

É um absurdo isso! Nós mesmos nos criticando. É o que eu falo: a Polícia Militar não precisa de inimigos, nós somos nossos inimigos. O que houve ali, o problema entre os dois... A ação do capitão Mandese foi legítima.

Se eu fosse o governador, e aqui vai um recado ao governador Doria: governador João Doria, se eu fosse o senhor, eu chamaria o capitão Mandese, eu o elogiaria publicamente e agradeceria o serviço dele. Se não fosse o capitão ter separado aquela situação, nós não sabemos onde poderia acabar aquela situação. Quem sabe até em vias de fato, o que seria terrível para os dois lados.

Então, quero aqui dizer bem claro isso: não sou advogado de ninguém, eu tenho uma grande relação com os dois. O Olímpio, há mais de 40 anos, é meu amigo, meu irmão, e ele sabe disso. Mas, a função do policial militar de proteger autoridades tem que ser mantida.

Aliás, para quem não sabe, o então capitão Olímpio, o tenente Olímpio, trabalhou na Casa Militar por muitos anos e atuou diretamente como segurança do então governador Fleury. E fez isso muitas vezes.

Para quem não lembra, o capitão Olímpio, quando estava comandando a 3ª Companhia do 7º Batalhão, quando o Covas foi lá naquela escola que hoje é Secretaria da Educação... Como é que chama? Caetano de Campos! Lembram disso, quando ele foi atacado pela população? O Olímpio se pôs na frente do governador Covas, tomou “tomatada”, pedrada. Agora foi a vez do capitão Mandese.

Então, publicamente, na presença de todos, perante as imagens aqui, quero dizer o seguinte: capitão Mandese, o senhor tem todo o nosso apoio, meu e dos deputados que se declararam aqui. Parabéns pela missão que o senhor cumpriu.

No meu entendimento, repito mais uma vez, o governador tem que vir a público elogiar a sua atitude, porque foi graças à sua atitude correta e legal que se evitou um mal muito maior. O Delegado Olim falou que, no local, no momento, ele tentou contornar a situação, tentou conversar com as partes, mas estava todo mundo exaltado e foi muito difícil.

Então, nessa hora sobra para quem? Eu falei: para a Polícia Militar. Aliás, sempre sobra para a polícia. Hoje, nessa crise em que estamos, de Saúde, a polícia está no meio dessa loucura procurando manter a ordem na casa.

Em todo momento de crise, cabe sempre à Polícia Militar manter a calma, manter a ordem, manter a disciplina, manter a lei. E foi isso que o capitão Mandese e seus policiais fizeram. Parabéns. Continuem firme na missão. Têm o nosso apoio e nossa continência.

Sra. Presidente, solicito que minhas palavras sejam encaminhadas ao Sr. Governador do Estado, no sentido de que seja valorizada e elogiada não só a atitude do capitão Mandese, como dos policiais que estavam em serviço.

Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós agradecemos. Peço à assessoria que encaminhe a fala do Exmo. Sr. Deputado Coronel Telhada ao Exmo. Sr. Governador.

Seguindo com a lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna o nobre deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o prazo de cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - De volta a esta tribuna pela terceira vez no dia de hoje, deputada Janaina Paschoal, presidente em exercício desta sessão, eu gostaria de dizer que haverá, hoje à noite, às 20 horas, um verdadeiro “barulhaço” no Brasil.

Não um panelaço, mas um “barulhaço”,  organizado pelo povo brasileiro. Primeiro, em defesa do Sistema Único de Saúde, em defesa do SUS. Depois, em defesa da proteção social, em defesa da democracia, que está sendo ameaçada constantemente, e em defesa dos direitos dos trabalhadores. Dos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais do povo brasileiro.

Ontem, nós tivemos uma manifestação espontânea em vários bairros de São Paulo e em algumas regiões do Brasil, porque o povo não aguenta mais. O povo não aguenta mais tanta incompetência, tanta incoerência, tantos ataques aos seus direitos.

Então, o povo começa a acordar, começa a se manifestar em vários pontos do Brasil. Parece que a ficha está caindo hoje no Brasil. Essas manifestações tendem a aumentar.

Essa questão, essa pandemia do coronavírus joga luz sobre a falta de investimento nessas áreas. E um dos motivos, também, da manifestação do dia de hoje... Essa manifestação, na verdade, já estava programada. Hoje, dia 18, seria um dia de luta em defesa dos serviços públicos, seria um dia de luta em defesa da Educação pública, seria uma greve geral da Educação.

Mas, por conta da pandemia, esse ato de hoje foi transformado num “barulhaço”, que será feito pelas pessoas em suas casas, em seus apartamentos.

Mas um dos pontos dessa pauta é o fim, é a revogação imediata da Emenda Constitucional no 95, que congelou os investimentos no Brasil nas áreas sociais por 20 anos, sobretudo no SUS, no Sistema Único de Saúde.

Significa que não haverá investimento na área da Saúde para combater a pandemia no Brasil. Nós temos que revogar imediatamente a Emenda 95, ainda do governo Temer, que teve apoio do Bolsonaro. Bolsonaro aprovou, votou favoravelmente ao congelamento dos investimentos nas áreas sociais.

A única área que ficou livre do congelamento foi o pagamento de juros da dívida pública brasileira, que consome quase metade do nosso orçamento. Consome bilhões de reais.

E, diante disso, nós estamos também apelando: é o momento, agora, de questionar o Estado e exigir que o Estado faça a suspensão imediata do pagamento da dívida pública brasileira.

Nós estamos, agora, vivendo uma economia de guerra; o governo tem que investir nos trabalhadores, na população, nos trabalhadores informais, que vão ficar sem renda. Nós temos aí milhões de trabalhadores que estão na informalidade, milhões que estão trabalhando em empregos precarizados.

Então, o governo tem que investir o orçamento nesses trabalhadores. Nós do PSOL já protocolamos, em Brasília, um projeto de lei obrigando o governo a pagar pelo menos um salário mínimo para os trabalhadores que estejam nessa situação.

Porque dinheiro tem no orçamento; o Brasil é um país rico, está entre as 10 maiores economias do mundo. Então é hora, agora, de injetar dinheiro, sobretudo, em primeiro lugar, nos trabalhadores, socorrendo os trabalhadores informais, os precarizados.

Nós temos que garantir que nenhum trabalhador seja demitido das empresas, para quem trabalha em empresa privada. Temos que garantir também o pagamento dos salários dos servidores públicos em todo o Brasil.

Porque eu vejo que o governo está apresentando pacotes para socorrer empresas aéreas, bancos, a bolsa de valores. Mas não apresenta um projeto para socorrer os sem-teto, os sem-terra, as pessoas em situação de risco, as pessoas que estão no subemprego, as pessoas que estão desempregadas.

Então, é com essa população que nós temos que nos preocupar nesse momento. E dinheiro tem. Por isso que nós já apresentamos, em Brasília, um projeto de lei com vários pontos beneficiando esses setores que eu citei. Nós temos, então, que suspender o pagamento de juros da dívida pública e injetar dinheiro para socorrer os trabalhadores no sistema de Saúde.

É isso que importa nesse momento. Porque, além da questão da Saúde e da vida, nós vamos ter também uma grande crise econômica, que vai sacrificar milhões de pessoas no Brasil.

O Brasil é um país desigual, um País que tem uma das maiores desigualdades econômicas e sociais do mundo, do planeta. Então, o Brasil não vai aguentar essa crise econômica também.

Muitas pessoas vão morrer por conta do vírus. Mas, morrerão também por conta da crise financeira. Então, nós temos que ter uma grande proteção social e injetar o dinheiro público, que é nosso, que é produzido pelos trabalhadores. O dinheiro não é dos empresários, é do povo brasileiro.

Nós estamos agora vivendo uma economia de guerra. E, esse dinheiro tem que ser investido para socorrer os trabalhadores e as trabalhadoras do Brasil.

Muito obrigado, deputada Janaina.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL – Nós que agradecemos, Sr. Deputado.

E, passo a Presidência a Vossa Excelência.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL – Dando sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, na lista suplementar, com a palavra a nobre deputada Janaina Paschoal.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL – SEM REVISÃO DO ORADOR – Muito obrigada, Sr. Presidente. Gostaria de comunicar à população que, além da reunião que fiz com o governador na presença dos deputados aqui e das reuniões de que venho participando com os colegas deputados e dando sugestões, eu fiz oficialmente duas indicações para o governador.

Protocolizei aqui na Casa, conforme manda o Regimento, mas também mandei por email, solicitando equipamentos de proteção não só para os profissionais de Saúde, para os policiais que vão atender ocorrências, para os trabalhadores da Defesa Civil, que precisarão socorrer vítimas, socorrer famílias, levar alimentos.

E, infelizmente, se nós passarmos pelo que os outros países estão passando, ajudar a recolher os cadáveres. Esse é um problema que os outros países estão enfrentando.

Então, esses profissionais precisam de luvas, precisam de máscaras, para diminuir o risco de serem contaminados. Também nessas indicações solicitei ao Sr. Governador a distribuição de alimentos para aquelas comunidades mais vulneráveis, pessoas mais pobres, residentes de favelas, pessoas mais pobres, residentes de cortiços, pessoas que praticamente não têm nada e residem nas ruas.

Por que isso? Porque pode ser que nós precisemos enfrentar um toque de recolher absoluto. Se precisarmos, aquelas pessoas que têm condições de fazer a sua comprinha – não precisa comprar tudo, não precisa ficar estocando tudo, não é para montar bunker, mas aquelas pessoas que têm condições – já estão fazendo.

E as que não têm? Então, a gente precisa ter um plano de socorro para essas pessoas. Num primeiro momento, eu pensei em cestas básicas. O problema é o seguinte: arroz, feijão, você só pode comer se puder cozinhar. E se não tiver gás?

Então, assim, é importante que essa distribuição se dê não só em termos de alimentos para serem preparados, mas também alimentos que possam ser consumidos independentemente de preparo.

Ontem, conversei com o colega Daniel José sobre isso. Ele disse que acha muito mais inteligente fazer a distribuição de vouchers, ou de vales. O presidente Trump, nos Estados Unidos, já está falando nisso, claro que em valores que para o Brasil são impensáveis.

O presidente Bolsonaro, numa entrevista, tratou do tema. Eu sei que ele está dando uma coletiva neste momento, talvez esteja falando sobre isso. Eu não sei o formato; eu só sei que nós precisamos garantir alimentação – estou falando de sobrevivência – para as pessoas mais pobres, mais carentes, no País inteiro, para a necessidade limite de um toque de recolher absoluto.

E, eu peço ao presidente Bolsonaro, talvez até esteja falando sobre isso na sua coletiva, que avalie com a equipe mudar o prazo da entrega da declaração do Imposto de Renda.

Primeiro, as pessoas não têm cabeça para isso. Esse é o ponto número um. Segundo, eu estou recebendo contatos de contadores e vereadores falando em nome de contadores.

Os contadores têm prazos a cumprir, sob pena de pagarem multa. E o que é que está acontecendo? Os funcionários dos contadores, ou porque estão contaminados, ou porque estão com suspeita, ou porque estão em pânico, ou porque estão no grupo de risco, os funcionários não estão indo trabalhar.

E os contadores não estão conseguindo se organizar para encaminhar essas declarações de Imposto de Renda no prazo.

Dado que nós estamos, sim, numa situação de calamidade, não só nacional, mas, mundial, esse prazo, para os cidadãos, individualmente, e para os contadores, assim como profissionais prestadores desse serviço, esse prazo precisa ser estendido. Acredito que não haja nem discussão sobre essa necessidade. Fica aqui um pleito respeitoso.

Peço ainda às autoridades que compreendam, todas elas, o momento que estamos atravessando. Hoje foi noticiado pela revista “Crusoé” que, em meio a essa crise, o Conselho Nacional de Justiça baixou um edital para adquirir 200 mil reais em alimentos para o lanche do ministro Dias Toffoli.

Nós estamos falando para a população: tenhamos calma, vamos trabalhar com diálogo, vamos colocar o combate à contenção desse vírus em primeiro lugar, porque hoje é a nossa prioridade mundial, mas é muito duro quando uma autoridade, chefe de um poder, não compreende, não tem sensibilidade para enxergar que nós estamos aqui desesperados para manter a alimentação básica da nossa população que vai ser contaminada às dezenas, às centenas, quiçá aos milhares.

Então, eu peço ao presidente do Supremo Tribunal Federal: não espere uma ordem, de quem quer que seja. Tenha a bondade, tenha a grandeza de cancelar esse edital. Seria um sinal de que há, de verdade, o desejo de diálogo, o desejo de rever os nossos conceitos, e o momento mundial pede isso.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Tem a palavra o nobre deputado Douglas Garcia para uma comunicação.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu esqueci de falar na tribuna, mas para solicitar ao governo do estado de São Paulo que, além de apresentar propostas ou contrapropostas a respeito do que está acontecendo, no fechamento de shoppings, no fechamento de academias, para ajudar o trabalhador, porque ele vai ser o principal impactado, uma vez que a economia também será impactada e, portanto, nós estamos prevendo demissões.

Porque de onde nós iremos conseguir repor esse dano que ocorrerá à economia no estado de São Paulo? Além do governo do estado apresentar contrapropostas, como isenção de impostos estaduais, que o governo do estado de São Paulo também venha a trabalhar no sentido de fazer com que o estado venha a conceder linhas de crédito a esses empresários.

Infelizmente, nós estamos vivendo um momento em que nós precisamos ceder para as pessoas, para o empresariado investir no nosso Brasil, e agora chegamos em um momento de pandemia, um momento de crise.

Além de, já que V. Exa. está presidindo os trabalhos, convidar a bancada do PSOL a aderir, no Congresso Nacional, ao pedido que muitos deputados estão fazendo, de fazer com que o dinheiro do fundo eleitoral seja voltado para as questões de atender essa crise de Saúde que nós estamos passando, porque o dinheiro do fundo eleitoral são bilhões, que estão destinados à campanha eleitoral.

Então solicito também à bancada do PSOL, à bancada do PT, à bancada do centro, a todas as bancadas dessa Assembleia Legislativa, para que conversem com os seus líderes partidários, para que o dinheiro do fundo eleitoral seja veiculado para atender, nesse momento de emergência esse projeto que está Congresso Nacional.

Eu não sei de que forma o Congresso vai trabalhar, porque precisam atender um requerimento da União com relação ao estado de calamidade, mas para que votem também essa mudança na nossa legislação, que permita o dinheiro do fundo eleitoral ser utilizado para o atendimento da Saúde.

Era isso, Sr. Presidente. Muito obrigado.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Excelência, havendo acordo de lideranças, eu requeiro o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Antes de levantar, só respondendo ao deputado Douglas Garcia, que fez uma pertinente proposta, que nós apoiamos, deputado Douglas Garcia, do fundo eleitoral, mas, além do fundo eleitoral, nós também queremos que haja suspensão do pagamento da dívida pública brasileira, e o dinheiro seja canalizado para os trabalhadores e trabalhadoras, para que nós possamos organizar uma grande proteção social no Brasil.

Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 34 minutos.

 

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