5 DE MARÇO DE 2020
2ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO
PRESIDENTE DO CONSELHO DA UNIÃO DOS VEREADORES DO ESTADO DE SÃO PAULO, SENHOR
SEBASTIÃO MISIARA, POR SEUS 50 NOS DE DEDICAÇÃO À CAUSA MUNICIPALISTA
Presidência: ITAMAR BORGES
RESUMO
1 - ITAMAR BORGES
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - SÍLVIA GARCIA
Mestre de cerimônias, anuncia a
composição da Mesa e demais autoridades presentes. Convida o público a ouvir,
de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".
3 - PRESIDENTE ITAMAR BORGES
Justifica a ausência do presidente
Cauê Macris. Tece considerações sobre o objeto da presente sessão. Informa que
a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene, em "Homenagem ao
Presidente do Conselho da União dos Vereadores do Estado de São Paulo, Senhor
Sebastião Misiara, Por Seus 50 Anos de Dedicação À Causa Municipalista", a
pedido deste deputado.
4 - SILVIA MELO
Presidente executiva da Uvesp, saúda
os presentes. Discorre acerca da solenidade e de sua relação com Sebastião
Misiara.
5 - SÍLVIA GARCIA
Mestre de cerimônias, anuncia a
exibição de vídeo sobre a trajetória do Sr. Sebastião Misiara.
6 - HERCULANO PASSOS
Deputado federal, saúda os presentes.
Comenta a relevância da presente solenidade.
7 - PAULO DIMAS MASCARETTI
Secretário de estado da Justiça,
saúda os presentes. Destaca a importância da política. Atribui relevo à
homenagem prestada na sessão.
8 - EDGARD CAMARGO RODRIGUES
Presidente do Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo, saúda os presentes. Tece considerações sobre a importância
de Sebastião Misiara.
9 - DALVA CHRISTOFOLETTI PAES DA
SILVA
Presidente do Ceame, saúda os
presentes. Lembra-se do início da trajetória de Sebastião Misiara na seara
municipalista.
10 - AGOSTINHO TURBIAN
Presidente do Global Council Salles
Marketing, saúda os presentes. Afirma que representa os amigos de Sebastião
Misiara. Elogia o homenageado.
11 - SÍLVIA GARCIA
Mestre de cerimônias, anuncia a
entrega de homenagens ao Sr. Sebastião Misiara, presidente do Conselho
Consultivo da Uvesp. Lê carta encaminhada pelo prefeito de Porto Ferreira,
Rômulo Luiz de Lima. Informa a entrega de placa do Cedro do Líbano ao
homenageado.
12 - KHALED MAHASSEN
Presidente da Academia Árabe de
Letras, saúda os presentes. Tece considerações sobre a relevância dos
municípios, no Líbano. Discorre a respeito do trabalho de Sebastião Misiara.
13 - SÍLVIA GARCIA
Mestre de cerimônias, anuncia a
entrega de imagem de Nossa Senhora Aparecida ao Sr. Sebastião Misiara.
14 - SÔNIA BEOLCHI
Vereadora à Câmara Municipal de Ibirá
e vice-presidente da Uvesp, saúda os presentes. Comenta palestra do homenageado
sobre o exercício da vereança. Parabeniza Sebastião Misiara.
15 - SÍLVIA GARCIA
Mestre de cerimônias, anuncia
exibição de berranteiro, homenagem de Barretos ao Sr. Sebastião Misiara.
16 - SEBASTIÃO MISIARA
Presidente do Conselho Consultivo da
Uvesp, saúda os presentes. Agradece a homenagem recebida. Discorre acerca de
sua origem familiar e trajetória profissional.
17 - PRESIDENTE ITAMAR BORGES
Faz agradecimentos gerais. Encerra a
sessão.
* * *
- Assume a
Presidência e abre a sessão o Sr. Itamar Borges.
* * *
A SRA. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - SÍLVIA GARCIA - Sejam todos
bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Neste momento, nós
daremos início à sessão solene com a finalidade de “Homenagear o presidente do
Conselho da União dos Vereadores do Estado de São Paulo, Sr. Sebastião Misiara,
por seus 50 anos de dedicação à causa municipalista”.
Comunicamos a todos
os presentes que esta sessão solene está sendo transmitida agora, ao vivo, pela
TV Alesp e também será retransmitida pela TV Alesp no sábado, dia 7 de março,
às nove horas da noite; pela NET, canal 7; pela TV Vivo, canal 9 e pela TV
digital, canal 61.2.
Neste momento,
convido para fazer a composição da Mesa o deputado estadual e proponente desta
sessão solene, Itamar Borges. Também convido para fazer parte desta Mesa de
autoridades o Sr. Sebastião Misiara, presidente do Conselho Consultivo da
Uvesp, e homenageado desta manhã, por favor, e o deputado federal Herculano
Passos. Também convido para compor a Mesa o Dr. Edgard Camargo Rodrigues, que é
o presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. (Palmas.)
Também chamo, neste
momento, para compor a Mesa o Sr. Paulo Dimas Mascaretti, que é o secretário de
Estado da Justiça. Convido agora para compor a Mesa a Sra. Dalva Christofoletti
Paes da Silva, ela que é presidente do Ceame, decana do Movimento Municipalista.
Neste momento, o
deputado federal Herculano Passos também sobe aqui para compor a Mesa, junto
com as nossas autoridades desta manhã. (Palmas.)
Convido, portanto,
todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro.
* * *
- É reproduzido o
Hino Nacional Brasileiro.
* * *
A SRA. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - SÍLVIA GARCIA - Por favor, podem se
sentar. Portanto, com a palavra agora, o proponente desta sessão solene, o
presidente desta sessão solene, o deputado estadual Itamar Borges.
* * *
- Assume a
Presidência e abre a sessão o Sr. Itamar Borges.
* * *
O SR. PRESIDENTE -
ITAMAR BORGES - MDB - Muito bom dia a todos e a todas. Em
nome da Assembleia Legislativa de São Paulo, agradecemos a presença de todos.
Iniciando com a
justificativa do presidente Cauê Macris, que até ontem à noite abriria a nossa
sessão, como faz com as sessões solenes. Independente do proponente, após
aprovada por esta Casa, o presidente faz a abertura e passa para o proponente.
Porém, o governador
João Doria marcou um evento agora, às nove horas, no Palácio, sobre a questão
do coronavírus, um encontro, inclusive, com prefeitos, com os municípios do
estado de São Paulo. Na sequência, tem o Município Verde e Azul.
Dois eventos na
sequência, no Palácio, e o presidente Cauê foi chamado para representar a
Assembleia e lá está. Diante da importância não só deste, mas daquele ato, mais
a questão da Saúde pública, que o governador fez questão que o Legislativo
estivesse presente.
Neste momento, pediu
que eu fosse portador de um abraço dele, como sou portador de um abraço, meu
querido Misiara, amigas e amigos de todos os colegas parlamentares desta Casa.
É uma honra poder recebê-los. É uma satisfação poder estar aqui na Assembleia
Legislativa e ter a presença de cada um dos senhores e senhoras nesta manhã
histórica para a Assembleia Legislativa São Paulo.
Eu falo manhã
histórica porque a Assembleia Legislativa homenageia o ícone, o símbolo do
municipalismo, do fortalecimento do Legislativo, do fortalecimento das câmaras
municipais, do fortalecimento do papel do vereador, do grande condutor da integração
do Legislativo municipal, muitas vezes com o seu próprio Executivo, com o Executivo
estadual, com o Executivo federal, com as nossas estatais, com os nossos órgãos
e instituições, com os nossos poderes: Executivo, Legislativo estadual. No caso
a Assembleia, Judiciário, e Ministério Público com o Tribunal de Contas, a
Uvesp.
E o Sebastião Misiara
tem uma história construída não só de atuação e fortalecimento, mas de
seminários e encontros em que busca, através da parceria da Uvesp com
entidades, com órgãos, com instituições e secretarias, levar ao vereador, ao
município, aos prefeitos, às lideranças e à comunidade os serviços, a
orientação, o direcionamento, as correções necessárias e as oportunidades que
são oferecidas.
Portanto, essa
história, e se eu fosse estender... Eu sei que outros virão. Nós vamos assistir, na sequência, a um vídeo
da história deste amigo. A Silvia vai falar um pouquinho, o Agostinho vai falar
como amigo, e outros usarão a palavra e irão traduzir um pouco do que eu estou
falando.
Eu costumo dizer que
tudo o que falar e homenagear Sebastião Misiara será pouco, por tudo, e tanto,
que ele representa, significa e fez para todos nós.
Eu costumo dizer que
eu não seria o mesmo vereador que fui, quando fui vereador em Santa Fé do Sul,
e não seria o mesmo prefeito que fui, nos meus três mandatos, e não seria o
mesmo deputado que sou em todos os mandatos, se eu não tivesse desde o primeiro
momento da minha trajetória política e pública me dedicado, participado e
estado presente em todas as iniciativas que a Uvesp propôs.
Aliás, eu me recordo,
e vejo aqui, o presidente do Tribunal de Contas, o conselheiro, o
secretário-geral e tantos amigos de quando existiam os questionamentos e as
preocupações se o vereador podia se deslocar e o prefeito participar. Criou-se
um mito na oportunidade, e nós sempre defendemos.
E o Tribunal de Contas, quando chamado, foi lá
e apoiou integralmente, porque sabe o papel da Uvesp, do Misiara, da Silvia e
de todos que é de conscientizar, de melhorar, de aperfeiçoar, de fortalecer, e de
qualificar o mandato e a ação do Legislativo e do Poder Público. Portanto, eu
agradeço a minha trajetória. Devo muito
à Uvesp, devo muito ao Misiara. Devo muito a toda a sua equipe, Misiara.
E não podia deixar de
introduzir esta sessão solene dizendo que você é o cara. Você é uma figura que
nos orgulha, que nos estimula, que nos motiva, que nos inspira e você e a sua
história não poderiam passar em branco ou deixar de ter este momento em que a Assembleia
Legislativa de São Paulo abrisse as suas portas, com o apoio dos 94
parlamentares, e reconhecesse o seu valor, a sua história, a sua trajetória, a
sua liderança como municipalista. E este momento, coincide com os 50 anos da
nossa Uvesp.
Parabéns, que Deus
possa retribuir e abençoar para frente tudo o que você já fez e ainda fará pelo
povo de São Paulo, pelo Legislativo e pela causa municipalista. Nós não
teríamos câmaras e municípios tão fortes, se não tivéssemos o Misiara nesses 50
ou mais anos, como temos exemplos da Dalva e tantos outros.
Obrigado, Sebastião
Misiara, você é o nosso pai, é o nosso padrinho, é o nosso ídolo que nos
inspira a conduzir e a continuar na causa, e olha que não é fácil hoje você
viver, defender e atuar na política. Você tem que ter realmente ideal, ter disposição
e acreditar no que faz e, assim, você fortalece essa crença.
Parabéns.
A SRA. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - SÍLVIA GARCIA – Obrigado. Portanto,
as palavras do nosso presidente. Por favor, presidente.
O SR. PRESIDENTE -
ITAMAR BORGES - MDB - Quero informar que esta sessão solene,
solicitada por mim, convocada pelo Presidente, tem a finalidade, como já disse,
de “Homenagear o presidente do Conselho da União dos Vereadores do Estado de
São Paulo, Sr. Sebastião Misiara, por seus 50 anos de dedicação à causa
municipalista”.
Quero, antes de
passar para a Sílvia, dizer que é uma honra receber a todos e, com a permissão
da Sílvia, nossa cerimonialista, gostaria de fazer os primeiros registros.
Agradecendo a
presença do nosso presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Dr.
Edgard Camargo, que representa, junto com o conselheiro e ex-presidente do
Tribunal de Contas, Dr. Dimas Ramalho, e também com o nosso secretário e
diretor geral, Dr. Siqueira Rossi e outros amigos do Tribunal, que se fazem
presentes, esse importante órgão: nosso importante Tribunal.
Essa instituição, que
tem um papel relevantíssimo, importantíssimo e fundamental para o Governo do
Estado, para as câmaras municipais, para as nossas estatais, para as nossas
autarquias e para os nossos Executivos municipais.
Obrigado pela
presença, que prestigia e vem dar a grandeza que tem essa homenagem ao
Sebastião Misiara.
Da mesma forma, saudar o nosso secretário,
Paulo Dimas Mascaretti, representando o governador João Doria, o
vice-governador Rodrigo Garcia, que estaria presente. O Rodrigo já tinha
confirmado, mas ele foi à Brasília hoje e não conseguiu estar aqui, pretende
passar ainda hoje.
O secretário de
Desenvolvimento Regional, Marcos Vinholi e o nosso ex-governador, Geraldo
Alckmin, ambos informaram que pretendem passar pelo evento, para trazer a
saudação e o abraço ao Sebastião Misiara.
Saúdo o Dr. Paulo
Dimas, nosso ex-presidente do Tribunal de Justiça, e nosso secretário de
Justiça, amigo e vizinho, não é?
Saudar o Legislativo
federal, meu amigo deputado Herculano Passos, grande municipalista, prefeito de
Itu, trabalha no Congresso Nacional, como poucos, na defesa do municipalismo. É
uma alegria tê-lo aqui, você representa o Congresso Nacional e representa o
municipalismo aqui hoje, deputado Herculano Passos.
Da mesma forma quero
saudar, representando as mulheres, mas, mais do que as mulheres, a Dalva, que é
a nossa presidente do Ceame. Eu poderia pegar tudo o que eu falei do Misiara e
transportar também para a Dalva, me permita Dalva, o Misiara, no nosso meio dos
homens, ou do sexo masculino, e você na liderança feminina e a sua história. Para
não me estender, repasso esse reconhecimento a sua trajetória. Você é uma
querida linda, que nos prestigia neste momento.
Também registrar que
a Dra. Ivan, que representa, até que ele chegue, o secretário de
Desenvolvimento, a nossa grande municipalista. Também o sempre deputado
estadual Lívio Giosa; o Borro, diretor de relações institucionais do Procon,
representando o presidente Capez; o Virgílio, conselheiro da Secretaria
Estadual de Turismo, representando o secretário, Vinícius; o Aristides Cury,
presidente da ADVB, também presente, amigos da ADVB; o nosso presidente da
Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE e meu amigo Leandro Damy aqui
presente também. E já falei do nosso Dimas Ramalho.
O Juceli,
representando o Sebrae, e o procurador-geral do Ministério Público de Contas,
Dr. Thiago Pinheiro Lima. Também registrar a presença prestigiosa de todos os
senhores: Delegado Olim, passou por aqui, não sei se ainda se encontra; nosso
presidente da GCSM Global, que é o nosso grande Agostinho Turbian, presença
indispensável para este momento; nosso presidente da TV Cultura, José Roberto
Maluf.
Também a presença de
diretores da nossa Rede Vida; da TV Alesp; do Júnior Fegote, o secretário da
Casa Civil de São Paulo, em exercício, e que representa, nessa oportunidade, o
prefeito Bruno Covas. Já falei do nosso Sérgio Rossi; Joamir Roberto Barbosa,
prefeito.
Os prefeitos nós
podemos ir citando depois, mas já está aqui o Joamir, de Ariranha; o Marcos, de
São Simão. Enfim, vamos citando na sequência: vereadoras e vereadores,
presidente da Câmara, presidentes de partido, entidades aqui representadas como
temos o Vick, do Conselho da Associação Paulista de Municípios; a Marta
Suplicy, nossa liderança do movimento feminino aqui presente; o Khaled, presidente
da Academia Árabe, também, que nos honra com a sua presença.
Enfim, agradecendo a
presença de todos os senhores e senhoras, o cerimonial, conforme passarem pelo
protocolo vai registrando.
Vejo aqui o Dr.
Nelson Calandra, nosso sempre presidente da Apamagis da AMB, como foi o Dr.
Paulo Dimas e tantos amigos.
Na sequência, a
Sílvia vai registrando, mas obrigado a todos pela presença. A presença de vocês
engrandece. A presença dos senhores e senhoras faz com que essa homenagem da Assembleia
Legislativa seja materializada neste momento com o nosso abraço, com o nosso
carinho e com o nosso reconhecimento.
Vejo aqui o Dr.
Milton Santos, nosso sempre presidente, secretário, amigo e todos que se fazem
presente. Muito obrigado a todos.
Já convido a nossa Silvia
Melo para que ela possa fazer o início dos pronunciamentos e, assim, também, apresentar
aqui a história e a trajetória do nosso Misiara para que possamos dar sequência
às homenagens.
A SRA. SILVIA MELO - Bom dia a todos e obrigada, deputado Itamar. Muitas pessoas me
perguntaram: por que a razão desta homenagem? Só pelo fato dos 50 anos de
municipalismo já seria suficiente, não é?
Meio século
trabalhando, dedicado por uma causa. Eu posso dizer isso: Por que eu estou
aqui? Por que eu pedi para o deputado Itamar Borges que, gentilmente, colocou o
gabinete dele todo à disposição, com uma equipe maravilhosa que nos atendeu
perfeitamente? Por que eu estou aqui dizendo tudo isso?
Porque desses 50 anos
que o Misiara está completando, eu faço parte de, pelo menos, 22. Eu estou há
22 anos com o Misiara, sou de Barretos, a mesma cidade que ele.
Nos conhecemos, as
famílias muito próximas, desde menina e nossa história tem várias coincidências
e começa pelo meu ano de nascimento, eu nasci em 1973 e o Misiara se tornou
vereador, pelo primeiro mandato, em 1973.
Nós começamos as
iniciais, Silvia Melo e Sebastião Misiara, a dupla “SM”, e assim foram muitas
coincidências por esses 20 e poucos anos que estamos juntos. Então, eu tenho o
maior orgulho de dizer, Misiara, que nesses 22 anos eu só aprendi com você.
Com 17 anos de idade
eu fui trabalhar na Associação Paulista de Municípios, como estagiária, e olha
a minha responsabilidade: trabalhar com Sebastião Misiara e Dalva Christofoletti
Paes da Silva.
Quer dizer, eu tinha
o pai e a mãe do municipalismo, aprendi tudo com esses dois e devo tudo a eles.
Então, a minha fala hoje, eu não vou me estender, mas eu queria dizer: a vida
do Misiara, poucas pessoas conhecem. O Misiara de verdade, o que o Misiara faz
pelo Estado, é quase como um missionário: ele segue, ele persiste.
E a vida nem sempre
foi muito fácil para ele. Enfrentou algumas doenças difíceis e venceu, enfrentou
algumas injustiças terríveis, mas que venceu, e está aqui hoje, nesta Casa,
sendo agraciado. (Palmas.)
E naquele momento difícil da sua vida, eu tomo
a liberdade e peço permissão, Dr. Dimas, eu devo tudo ao senhor naquele dia. O
senhor foi a pessoa que me fez estar aqui hoje e o senhor sabe o por quê.
O senhor, o Dr.
Sérgio Rossi, principalmente o Tribunal de Contas do Estado. E me perdoem pela
emoção, mas eu agradeço muito, de coração, todos vocês por estarem aqui hoje.
Peço desculpas, Itamar, por ser uma sessão
solene, mas eu tenho a liberdade em dizer o seguinte: hoje, eu não tenho um
plenário repleto de autoridades, mas eu queria te dizer, Misiara, que bom que
você continuou.
Que bom que você nos
ouviu e que você pôde estar hoje não no meio de autoridades, mas no meio de
amigos. Aqui só tem amigos. (Palmas.)
Muito obrigada a todos vocês, vereadores. Muito
obrigado por tudo o que vocês fizeram, e vocês sabem também, para nós estarmos
aqui hoje. Tudo o que houve, muito obrigada.
A SRA. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - SÍLVIA GARCIA - Palavras emocionadas
da nossa querida presidente-executiva da Uvesp, Silvia Melo. Eu peço a atenção
de todos vocês agora para a gente prestar atenção nos nossos telões, nós vamos
assistir a um vídeo que conta, explana melhor, toda a história de Sebastião
Misiara.
Por favor.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
A SRA. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - SILVIA MELO - Palavras emocionantes, justas, dignas e
genuínas ao Sr. Sebastião Misiara. Dando continuidade, então à nossa sessão
solene, eu passo agora a palavra ao deputado federal Herculano Passos.
O SR. HERCULANO PASSOS
- Bom dia a todos, um momento de muita alegria. Quero saudar e
cumprimentar o meu amigo Itamar Borges, parabenizá-lo por esta homenagem ao
nosso querido amigo Sebastião Misiara. Um momento de muita alegria.
Eu fiz questão de vir
de Brasília hoje, saí de madrugada, porque não poderia deixar de estar presente
neste momento tão importante na vida do Misiara e, também, do municipalismo.
Eu quero cumprimentar
o Dr. Edgard, presidente do Tribunal de Contas, estendendo aqui para o nosso
amigo Dimas Ramalho, grande parceiro, amigo, que foi deputado federal, meu
colega também; o Dr. Sérgio Siqueira Rossi, que também proferiu tantas
palestras do municipalismo quando eu fui vereador, prefeito e aprendi muito com
o senhor também Dr. Sérgio.
Cumprimentar o Dimas
Ramalho, nosso secretário de Justiça, que ontem nós estivermos juntos e a gente
está sempre se encontrando; o secretário Dimas, que é atuante, e faz um grande
trabalho representando aqui o governador João Doria, mande um abraço a ele, nós
estamos torcendo muito para o nosso governo dar certo. Está indo no bom caminho
e fico contente com a sua presença.
A dona Dalva Christofoletti, ontem ela estava
comigo, justamente lá em Brasília na reunião da Frente Parlamentar Mista em
Defesa dos Municípios. Eu sou presidente dessa Frente Parlamentar, até porque o
meu foco em Brasília são dois principais, e eu sou presidente de duas frentes
importantes: uma é a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Municípios, até
porque eu fui vereador e prefeito e a pauta municipalista é muito importante.
Ontem nós discutimos
o pacto federativo, o Fundeb, a extinção de mais de 1000 municípios e a gente
está discutindo todos esses temas que dizem respeito ao dia a dia da política,
da vida das pessoas, e foi uma pauta muito intensa e produtiva. A dona Dalva
estava lá representando a APM, junto com o Vick, que está aqui, e que
representam a APM, que é a nossa grande amiga.
E quero dizer que é
muito fácil falar dele, Sebastião Misiara, até porque o Geninho resumiu, o
Itamar Borges também, e que nós três fomos vereadores, fomos prefeitos e agora
deputados. Eu não cheguei a ser deputado estadual, eu acho, por causa do
destino.
Na época que eu era
prefeito, a minha esposa ocupou a cadeira na Assembleia Legislativa por três
mandatos, então eu fui para a federal.
Mas a gente fica contente em poder participar
da vida pública e estar ao lado de pessoas importantes, como o Sebastião
Misiara. Eu entendo que ele reuniu o grupo político em vários momentos com
palestras, com seminários, na conexidade.
Eu estive em Ubatuba,
estive em São Carlos e a Sílvia sempre me convidando e eu acompanhando, então
eu vivo o dia a dia do Misiara, porque a gente está sempre presente.
E tudo que eu faço lá
na minha cidade de Itu eu o convido. No domingo, a ministra Damares esteve lá e
ele justificou a ausência, porque se não justificar eu fico bravo, porque ele é
meu amigo. Como o Agostinho Turbian, também me ajudou muito para receber o ministro
do Turismo em Itu.
A gente sabe da
importância que são esses parceiros, essas pessoas que fazem a política do bem;
essas pessoas que pensam naquela pessoa que precisa do poder público, que é
aquela pessoa que precisa da escola pública; aquela pessoa que precisa do
transporte público, que precisa da saúde pública e nós, como eleitos pelo povo,
tem que pensar nessa gente.
E o Sebastião Misiara
faz esse trabalho de união entre os poderes. Esse é seminário que ele está
fazendo com o Tribunal de Contas, levando as informações para os gestores
municipais, para capacitar as pessoas para que errem menos, para poder aprovar
mais contas.
Eu fui prefeito
durante dois mandatos consecutivos, oito contas, e graças a Deus todas foram
aprovadas pelo Tribunal e pela Câmara, mas muitos prefeitos pecam por erro e,
às vezes, por falta de conhecimento, não por maldade.
Então parabéns,
Misiara, e esse trabalho é fantástico que você faz levando informação para os
gestores, tanto vereadores que ele representa no Brasil todo, hoje na Uvesp e
no estado de São Paulo, mas ele se destaca no Brasil todo, tanto é que várias
pessoas aqui falaram do seu trabalho em nível nacional.
Então, tenho você
como meu amigo, e eu sou seu amigo, tenho muita certeza disso, tanto é que
todos os momentos que a gente pode estar junto, a gente está. A distância é
longa porque eu moro no interior, você aqui, e eu fico em Brasília, mas sempre
que dá a gente está junto, porque a gente faz políticas para o bem.
E você é uma pessoa
que eu admiro, respeito e todas as dificuldades que você passou eu acompanhei, tanto
de saúde como outros problemas, e torci para dar certo. Fiz tudo para poder
ajudar dentro das minhas limitações, e farei sempre, até porque o Misiara
representa a gente em todos os lugares.
Quero só fazer uma saudação ao Leandro, que lá
no FNDS sempre me ajudou; a Ivani também, quando eu fui presidente da Aprecesp
no Turismo, que é o meu foco; a Cidinha também, grande amiga. Enfim, eu poderia
falar do Maluf, que sempre está com a gente nos eventos do Agostinho.
Enfim, todos vocês
amigos, eu quero dizer que é um prazer, é uma honra muito grande estar aqui. Fiz
questão de vir, Misiara, com todo o esforço, para que você tivesse essa palavra
pública minha de carinho, de confiança, de admiração.
Parabéns, que você
merece, 50 anos de municipalismo.
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SÍLVIA GARCIA - Portanto, palavras do nosso deputado federal, Herculano Passos. Eu passo
agora a palavra ao secretário de Estado da Justiça, o Dr. Paulo Dimas
Mascaretti.
O SR. PAULO DIMAS
MASCARETTI - Bom dia a todos. Itamar, parabéns por
esta homenagem, por este momento especial aqui na nossa Assembleia Legislativa.
Fico feliz quando eu
posso vir aqui, viu, Itamar? E estar aqui conversando com amigos, conversando
um pouquinho a respeito do que fazemos na vida pública, prestando contas das
nossas ações e, tem em minha casa uma foto deste local, que deixo em um espaço
reservado, quando vim aqui uma vez em uma solenidade, também importante, em
nome do Tribunal de Justiça.
Então, aqui é uma
Casa da Cidadania e a gente fica feliz quando nós estamos aqui homenageando
pessoas de bem, pessoas de destaque, e que merecem esse carinho todo.
Eu estou falando
assim de uma forma mais informal, porque nós não estamos em uma solenidade, em
uma cerimônia, estamos em uma reunião dos amigos e dos admiradores do nosso
Sebastião. Cumprimentar você, Itamar, por este momento. Cumprimentar
evidentemente o Sebastião.
Quando soube que nós
teríamos esta homenagem, realinhei todos aqueles compromissos que a gente tem,
às vezes, no dia a dia de trabalho para estarmos aqui e abraçá-lo pessoalmente.
Abraçar a Sílvia, que também se confunde muito com a história desse trabalho de
defesa do municipalismo.
Cumprimentar o nosso
querido Herculano Passos, o nosso deputado, esse é um grande defensor do
municipalismo, um grande defensor das políticas públicas importantes do estado
de São Paulo e, muitas vezes, estive lá.
Ele é o nosso querido
coordenador da bancada paulista dos deputados federais, é uma pessoa que nós
estimamos e admiramos e, sem contar, o grande trabalho que sempre fez pela
nossa querida Itu. Cumprimentar o nosso conselheiro Edgard Camargo, nosso
presidente do Tribunal de Contas, é sempre uma alegria vê-lo.
Estou vendo aqui o
Dimas Ramalho - às vezes nós somos confundidos, não é, Dimas? Mas é uma
felicidade, nós dizemos que a família Dimas está trabalhando pelo nosso Estado,
em posições diferentes.
Somos contemporâneos
de faculdade, estudamos juntos, tenho um grande carinho e uma grande admiração
pelo Dimas, e quando falamos, às vezes, se confundem: “Você é o presidente, quando
eu era presidente do Tribunal de Contas, Dimas?” “Não, mas era o meu amigo”.
E já passo o contato,
porque é o nosso querido e admirado, e hoje, conselheiro do Tribunal de Contas.
E o Edgard, também é
uma pessoa querida. E a gente vê aqui o Sérgio, o nosso Thiago, nosso
procurador geral do Ministério Público de Contas, uma instituição
respeitabilíssima, e acho que é o melhor Tribunal de Contas do nosso País.
Então, acho que merece esta homenagem. (Palmas.).
Fico feliz de estar
sentado ao lado da Dalva Christofoletti, essa pessoa magnífica. A gente vê a
“carinha” dela de entusiasmo.
A gente vê que como o
Sebastião Misiara e eu, a gente depois de um certo tempo, de uma certa idade, a
gente às vezes tem dificuldade e tal, mas a gente não perde aqueles nossos
sonhos, os nossos ideais.
Eu sempre digo que a
gente, a partir de um determinado momento da vida, a gente ainda não se
aposenta dos sonhos e dos ideais, até como diz o nosso querido amigo Calandra,
nosso querido amigo desembargador: “A gente continua na luta, continuamos
voando nas asas silenciosas dos nossos sonhos e dos nossos ideais”.
Comentar também que está
presente o nosso querido Agostinho Turbian, nosso querido amigo da GCSM, nosso
querido Maluf e outras tantas personalidades e amigos que estão aqui.
O que dizer do nosso
querido Sebastião? O Município é o mundo real, é isso que nós temos que nos
colocar. Eu ouvi outro dia essa expressão, achei uma expressão feliz: “O
Município é o mundo real”.
É onde nós estamos, onde
as pessoas, os vereadores e os prefeitos, que são aqueles gestores e que cuidam
da parte política, são cobrados mais diretamente no dia a dia pelo cidadão.
Nós estamos vendo
agora, assistindo, todas as questões de saúde, as questões das enchentes. Hoje
nós estamos com o nosso grupo de apoio do Centro de Apoio às vítimas na Baixada
Paulista, onde tivemos toda essa tragédia que aconteceu nos últimos dias e a
gente vê o esforço dos prefeitos. Aquele sofrimento, inclusive, dos vereadores.
E essas pessoas que
estão na ponta da linha, fazendo justamente esse trabalho de políticas públicas
importantes para melhorar a vida das pessoas, eles precisam de apoio. Precisam,
evidentemente, de quem olhe por eles.
E a gente vê a
importância, que eu aprendi a conhecer a minha estada na Apamagis, na
Associação dos Magistrados, na minha estada na presidência do Tribunal e agora
na Secretaria da Justiça, de um órgão como a Uvesp e a importância de uma
pessoa como você, que está ali no dia a dia, pensando na melhoria, na qualidade
da política do nosso país.
As pessoas, às vezes,
fazem uma associação da política com coisas negativas. Não, nós temos que
valorizar a política, mas valorizar os bons políticos e aqueles que estão
defendendo políticas públicas importantes para melhorar a vida das pessoas. E,
Sebastião, a gente fica feliz de ter conhecido você e ter participado de seus
eventos e de ter a oportunidade, hoje, de estar aqui homenageando uma pessoa
que está com 50 anos dedicados à causa pública.
Eu tenho 41 anos de
vida pública e vejo que você ainda está na frente com essa história bonita, que
foi contada aqui. Começando lá em Barretos como um comunicador carismático,
isso foi ressaltado, e a gente vê que é isso. Um grande comunicador na
política, e a política é boa comunicação: pessoas se comunicando, levando
mensagens de fé, de esperança.
Eu sempre falo que eu
tenho 41 anos de servidor público. Outro dia eu entrei num desses nossos Centros
de Integração da Cidadania, de terno, fui para ver como é que se desenvolve o
nosso trabalho de apoio ao cidadão nesses bairros carentes.
Mas fui lá, e tinha
uma “senhorinha”, que disse: “Ah, o que o senhor é? O que o senhor faz? O senhor
é secretário e falaram que o senhor também foi juiz”, e falo: “Não, eu sou
servidor público, e tenho orgulho de ser servidor público há 41 anos, em
posições variadas, mas sempre no serviço público”.
O servidor público
tem que ser um agente da esperança e é isso que você transmite para todos
aqueles que convivem com você e têm a oportunidade de privar do seu carinho, da
sua qualificação como um gestor, como um homem que conhece a política, que
conhece a vida pública e ajuda que os municípios tenham bons gestores e tenham
uma boa qualidade na atuação parlamentar local.
Tenho um grande
carinho pelos vereadores, pelos nossos prefeitos, porque nós sabemos o quanto é
difícil hoje a administração pública.
Outro dia alguém
dizia que até os políticos são incompreendidos, para ver que os mandatos
passam, as pessoas às vezes são mal informadas. Eu trabalhei muito tempo no
direito público, no Tribunal de Justiça, e a gente vê que, às vezes, os nossos
prefeitos, principalmente pecam não por má fé, não por desonestidade, mas por
falta de informação, falta de orientação.
E esse trabalho que a
Uvesp faz com certeza é um trabalho de grande utilidade, principalmente
aproximando a orientação do Tribunal de Contas, do Judiciário, do Ministério
Público, dos nossos gestores e dos nossos parlamentares municipais.
Então, Sebastião,
continue nessa linha, queremos você por mais 50 anos defendendo o municipalismo
e nós, com certeza, estaremos sempre te aplaudindo. Sempre ao seu lado,
querendo que você continue. Que Deus abençoe a todos nós, todos que estão
presentes e uma bonita festa nesta manhã.
Obrigado, Itamar e a
todos que estão aqui. (Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SÍLVIA GARCIA - Palavras do nosso secretário de Estado da Justiça, Dr. Paulo Dimas
Mascaretti. Eu passo a palavra, neste momento, ao Sr. Edgard Camargo Rodrigues,
presidente do Tribunal de Contas. Pode falar, por favor.
O SR. EDGARD CAMARGO
RODRIGUES - Meu caríssimo Itamar Borges, deputado,
parabéns pela iniciativa. Estamos muito felizes de sermos convidados para esta
oportunidade de estarmos entre os amigos do Sebastião.
Meu caro Misiara, Paulo Dimas, obrigado pela
referência ao Tribunal de Contas. Agradeço em meu nome, em nome do nosso
corregedor, do Sérgio Rossi, nosso diretor-geral e do procurador-geral do
Tribunal de Contas, Dr. Thiago Pinheiro Lima.
Dalva, encantadora, muito bom dia. Dalva, é
excelente revê-la, você é fantástica. Meus amigos de Tribunal, a quem já me
referi, eminente deputado federal Herculano Passos, falou que teve oito contas
aprovadas, meus parabéns, é um campeão. O Itamar já pulou na frente, e disse:
“Eu tive 12”. É outro campeão, meus parabéns a ambos.
Nem todos os
prefeitos têm a felicidade de exibir esse troféu, na verdade, mas sabemos como
são as dificuldades que se tornam cada vez maiores para a administração dos
municípios.
Sebastião, eu não vou
abordar muito a questão institucional, porque todos sabemos do valor da sua
atividade na aproximação, especialmente do Tribunal de Contas, com vereadores e
prefeitos, mas vou contar para você o seguinte, uma vez me perguntaram: “Desde
quando você conhece o Sebastião Misiara?”
e eu falei: “Desde sempre”.
Sabe, Sebastião, você
é das pessoas que a gente parece que conhece desde sempre, é um amigo de sempre.
O irmão que temos ou tivemos, meu caro. Companheiro leal. E essa é a impressão
que a gente tem de você e acho que todos temos. Sebastião, nós te conhecemos
acho que desde sempre, será?
Então, eu quero só
acrescentar essa impressão pessoal e dizer o seguinte: você não tem currículo,
você tem história, como nós percebemos. E eu me sinto pessoalmente feliz,
Sebastião, em participar de um pouco da sua história e observar que você é uma
pessoa especial porque você transmite otimismo, apesar de todas as dificuldades
que você possa ter enfrentado, é uma lição. Você mostra que a vida vale à pena.
Parabéns, Sebastião. (Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SÍLVIA GARCIA -
Eu passo, neste momento, a palavra à Sra. Dalva Christofoletti Paes da
Silva, que falará como decana do municipalismo.
A SRA. DALVA
CHRISTOFOLETTI PAES DA SILVA - Eu confesso a vocês
que este é o momento que tenho certeza que eu já posso ir, que eu vejo justiças
sendo feitas.
Quando me convidaram
para vir fazer a minha declaração de amor ao Misiara, eu falei: “Mas por que
eu?”. Daí eu comecei a contar no dedo a minha idade, e quando eu vi que eu
tenho 83 anos, e dos 83, tenho 66 de Movimento Municipalista, só eu posso vir
aqui e dizer que tudo o que foi dito aqui, Misiara, é verdade. (Palmas.)
Esqueceram algumas
coisas: por exemplo, o seu trabalho, porque agora é fácil. Com a Constituição
de 88, as Câmaras voltaram a ter os seus espaços que não estavam tendo até
então.
Naquela década de
1970, que você veio para o Movimento, eu vim na década de 1950, nós já
estávamos lutando, e você foi um herói para que as Câmaras Municipais tivessem
a sua voz. Que pena que a história do Brasil não é muito, assim, “habitué” dos
nossos criados-mudos na hora de dormir, mas você foi o grande responsável do
restabelecimento.
Tem tantas coisas que eu poderia dizer aqui,
mas tem outras pessoas mais importantes do que eu. Estou até com vergonha de
participar desta Mesa tão ilustre.
Mas o que foi dito
aqui a respeito da Televisão, foi na minha sala, na sala dele da Associação
Paulista de Municípios, que esse moço corajoso, João Monteiro, que saudades do
Dom Antônio, é isso? Que a gente lá, torcendo e esse moço lutando para que nós
tivéssemos essa Televisão. É mais do que você ter lutado, é porque lutou muito
para isso.
Mas tem um fato, e eu
vou encerrar porque eu já falei bastante, que na década de 1970, ainda que ele
estava chegando, quem normalmente me conhece, eu acho que as pessoas me
conhecem, a Marta me conhece; o Vick me conhece, tantos queridos aqui; o Sérgio
Siqueira Rossi, que é dedo-duro que é uma coisa terrível, sabem que eu ajo,
assim, muito pelo ímpeto. Eu sou filha de alemão e italiano, mas na década de
1970 recebemos, pela primeira vez na Associação Paulista de Municípios, um
presidente da república: Ernesto Geisel.
Lá fomos nós: eu,
designada e o Misiara para preparar o ambiente para receber o presidente da
República. Só nós dois. Que bom que hoje não é mais assim. Daí, eu e o Misiara nos
levantamos de madrugada, você lembra, Misiara? E fomos lá.
Só nós podíamos
entrar naquela sala que o presidente ia ficar. Daí, eu com o Misiara, feliz da
vida, achávamos que nós éramos, naquele momento, importantes. Só que, de
repente, quando chegaram aqueles “armários”, eles pediram para que eu e o
Misiara tirássemos os nossos sapatos. Nós dois lá, os únicos esperando o
presidente.
Eu tinha pagado a
prestação do meu sapato lindo de morrer, de salto, com a minha altura eu sempre
gostei de salto, e eu tive que tirar o meu sapato, e o Misiara teve que tirar o
sapato dele e entregar para a o agente.
E eu respeito isso, é
cuidado, mas que é um fato que você tem que lembrar: levaram os nossos sapatos
e estávamos eu e o Misiara lá, descalços, até que voltassem com meu sapato
aberto com a sola, quase que eu cobrei as outras prestações do governo, e o
sapato do Misiara.
Isso é História,
porque depois que foram acertadas as condições das Câmaras Municipais, ficou mais
fácil o papel do vereador. Difícil foi, nessa época, que nós tivemos que
reestabelecer a dignidade do governador e o Misiara foi o grande responsável. (Palmas.)
Finalizando, eu quero
dizer do meu orgulho de participar desta Mesa. Olha o Edgardzinho, que coisa
querida, meu Deus do céu, quanta história! Meu deus do céu, quanta coisa que a
gente viveu junto.
Mas encerrando, eu
queria falar do Misiara ser humano. Quando eu falo a vocês da década de 1970,
vocês podem imaginar, a mulher ainda não tinha o espaço que ela tem hoje, foi
muito difícil.
A Marta Lívia Suplicy
conhece a minha história, eu estou escrevendo o meu livro, mas foi muito
difícil uma mulher estar no meio de homens, centenas de homens.
Eu não sou pequena,
com esse tamanho era difícil você querer esconder uma mulher, e tinha sempre um
anjo da guarda ao meu lado: era meu irmão de fé. Meu irmão de crença, mais que
companheiro de luta, mas um irmão a sempre estar ao meu redor, sempre segurando
no meu braço, sempre segurando na minha mão e dando a segurança que eu
precisava para enfrentar o mundo totalmente diferente do mundo do meu gênero. E
você foi o grande responsável de, muitas vezes, eu não ter desistido. E hoje, tenho
que vir aqui para dizer para você: “Deus lhe pague”.
Essa Silvinha
querida, que eu tive o privilégio de ter ao meu lado por um bom tempo, quando
ela me disse: “Dalva, você vai?”. “Mas nem que seja a pé”.
Como foi dito, eu
estava com o Herculano em Brasília, com a Marta, mas lógico que eu viria. Eu
tinha que dizer de público o meu respeito, o meu carinho, o meu afeto, a minha
admiração e o meu amor por você.
Obrigada.
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SÍLVIA GARCIA -
Palavras de Dalva Christofoletti Paes da Silva, nossa decana do
municipalismo. Muitíssimo obrigada, Dalva.
E eu peço, agora,
para que venha proferir as suas palavras, em nome dos amigos de Sebastião
Misiara, por favor, o Sr. Agostinho Turbian.
O SR. AGOSTINHO TURBIAN - Bom dia senhoras e
senhores. Para mim, é uma responsabilidade muito grande, e uma honra, estar
aqui para falar em nome dos amigos de Sebastião Misiara.
Cumprimento, na
pessoa do deputado Itamar Borges, todos os membros da Mesa e todas as pessoas
que representam o Parlamento e a política em nosso Estado.
Cumprimento, em nome
de todos os senhores e senhoras presentes, meu amigo José De Podesta,
presidente do conselho curador do Global Council, pessoa que me apoia em todas
as minhas iniciativas.
Sempre sou citado em
particular, mas a organização tem a assinatura de amigos que são liderados pelo
Podesta como Acácio, Marcelo Ramos e outros. Em nome do Podesta e do Acácio, eu
cumprimento os demais membros presentes.
Dizer rapidamente, Misiara,
amizade é coisa séria. Amizade e política são coisas sérias. Eu trato amizade
com respeito, porque é sério. Então, eu quero dizer a você que continue a sua
luta com essa seriedade. Tudo já foi dito a seu respeito, muito mais será dito,
porque o tempo não termina aqui.
Aqui é a primeira fase de um reconhecimento,
como foi dito por todos, particularmente pela Dalva com essa emoção e esse
depoimento, mas todos nós paulistas sabemos que é importante que doses como a
sua, de 50 anos de dedicação ininterrupta pela defesa do municipalismo, nos faz
melhores. Então, que Deus te ilumine , e a todos nós, para a caminhada que vem pela frente. Os 50
anos já vencemos, e vamos vencer mais 50.
Muito obrigado. (Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SÍLVIA GARCIA -
Palavras do Sr. Agostinho Turbian, que falou em nome de todos os amigos
do Sr. Sebastião Misiara.
Neste momento,
portanto, daremos início à entrega dos títulos de Cidadão Honorário, Honra ao Mérito,
Moção de Congratulações e Moção de Aplausos ao nosso grande homenageado deste
dia, Sr. Sebastião Misiara. O estado de São Paulo está aqui representado por 21
municípios.
Peço agora, neste
momento, por favor, para que o Sr. Misiara, acompanhado do deputado Itamar
Borges, presidente desta sessão solene e os demais componentes desta Mesa, se
posicionem logo mais à frente, por favor, para receber esses títulos.
Portanto, neste
momento, faremos a entrega então dos títulos ao nosso querido homenageado deste
dia, Sebastião Misiara.
Eu chamo, portanto, Marco Aurélio Gomes,
prefeito de Itanhaém, e André Caldas, secretário municipal, para fazerem a
entrega da Placa, por favor. Sr. Marco Aurélio Gomes, prefeito, por favor.
(Palmas.).
Chamo neste momento,
Aline Sartori, que é vereadora da cidade de Ibitinga, para fazer a entrega,
então, do seu título; chamo também o Sr. Wagner Brasil, vereador da cidade de
Igaraçu do Tietê, por favor, para você se posicionar já à frente, para entregar
a placa. (Palmas.)
Chamo também, logo em
seguida, o Sr. Ricardo Rigato, que é o vereador da cidade de Promissão. Já
chamo na sequência também, por favor, a Sra. Sônia Palma Beolchi, vereadora da
cidade de Ibirá.
Chamo agora o Sr.
João da Silva Timba, vereador de Assis. Já peço para que se aproxime também o
Sr. Marco Antonio Melhado, vereador da cidade de Pedro de Toledo. Chamo agora
Cleonice Gomes, vereadora da cidade de Rincão.
Convido agora, para
fazer a entrega do título, o vereador da cidade de Estiva Gerbi, Adevanil
Moreira. Chamo agora o Sr. Marcos Rogério da Conceição, que é vereador da
cidade de Uchoa; Luiz Fernando Viana Neves, o “Nandão”, vereador da cidade de
Tambaú; Eliandra Aritéia, nossa queria “Téia”, vereadora da cidade de Urupês.
Chamo agora, para
fazer a entrega do título, duas pessoas: o Lucão Fernandes e o Rodrigo
Venâncio. Nosso primeiro é vereador da cidade de São Carlos e o segundo é o
secretário geral da cidade de São Carlos, por favor.
E convido para vir à
frente o Sr. Mário Barbosa de Oliveira, o Mário Telão, vereador da cidade de
Engenheiro Coelho; Daniele Cristina Freire Silva, vereadora da cidade de Santo
Antônio Jardim.
Deixando também para fazer a entrega do seu
título, Paulo Panhoza Neto, que é vereador da cidade de Monte Azul Paulista;
José Renato Semenzato, vereador da cidade de Caconde; vereador Toti, também,
por favor, de Caconde; representando, agora, a cidade de Caraguatatuba, o Sr.
Francisco Carlos Marcelino, e já peço também para se aproximar a Mariene
Aparecida dos Santos, que é vereadora da cidade de Três Fronteiras.
Eu chamo agora, da
cidade de Três Fronteiras, Rodrigo Antônio Correia. Perdão, de São José do Rio
Preto, Olga Prado. E eu peço para que se aproxime também o Sr. Toninho Masson,
de Jaú, e a nossa queria Silvia Melo, representando a cidade de Porto Ferreira,
vai fazer a entrega do título ao nosso querido Misiara. (Palmas.)
Sílvia acabou de
falar que a Medalha que está sendo entregue representa os 645 municípios do
estado de São Paulo, representada, então, pelo prefeito da cidade de Porto
Ferreira, que não pôde estar aqui nesta manhã.
E ele envia uma
carta, que eu vou ler resumidamente para vocês, para proferir algumas palavras
para o nosso querido Misiara:
“Ao excelentíssimo
Sr. Presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, ao presidente dessa
sessão solene, o deputado Itamar Borges e ao meu querido amigo, Sr. Misiara.
Primeiramente peço
desculpas pela minha ausência física, estou em Brasília cumprindo uma agenda de
compromissos em diversos ministérios, que já havia sido anteriormente
agendada”.
Basicamente,
resumindo a carta, ele conta que a Uvesp, através da liderança do amigo
Misiara, cumpre um papel essencial aos 645 municípios paulistas. Esse suporte,
essa atenção, esse carinho com os vereadores bandeirantes aprimoram e
contribuem efetivamente com as políticas e ações desenvolvidas nas câmaras
municipais do nosso Estado.
E, por final, ele
parabeniza o amigo Misiara:
“Misiara, que Deus
continue o abençoando com ainda mais saúde e sabedoria, e que possamos contar
com a sua liderança por muitos anos e que você possa assistir a inúmeras outras
entregas desta singela homenagem que leva seu nome e engrandece a bandeira
municipalista. Um grande abraço a todos.
Rômulo Luís de Lima, prefeito municipal de
Porto Ferreira.” (Palmas.)
Neste momento,
finalizando a entrega de títulos, a gente abre uma exceção aqui do protocolo,
para fazer a entrega de três homenagens especiais, eu peço que todos continuem
na frente, por favor, duas delas que têm muito a ver com a história e a origem
de Sebastião Misiara.
Portanto, nós
convidamos, neste momento, o Sr. Khaled Mahassen, presidente da Academia Árabes
de Letras, que fará a entrega de uma Placa do Cedro do Líbano, que é o símbolo
do país.
País de origem do
nosso homenageado, Sebastião Misiara. (Palmas.)
Está em árabe? Está
em Libanês.
O SR. KHALED MAHASSEN -
O município, em árabe, é “Baladi”, que é o diminutivo de um país “Balad”.
País, pátria, “baladi” é o diminutivo da pátria.
Então, o município
tem uma importância muito grande para nós, libaneses e, por isso, que muitos
dos nossos políticos começaram como vereadores. É o elo mais próximo entre o
poder e o cidadão.
Eu tive a felicidade,
quando fui presidente da Federação das Entidades Árabes, ao homenagear
Sebastião Misiara, e nisso tenho uma pequena história. Eram tantos vereadores
do interior e os deputados estaduais de São Paulo e nós escolhemos o Misiara
pela trajetória dele, pela seriedade e pelo trabalho que ele tinha feito no
interior.
Ele deu à vereança
uma cor diferente, um estilo diferente, uma luta diferente e, por isso, que tem
50 anos de história de luta e dedicação aos municípios.
Para nós, libaneses,
é um orgulho ter um Sebastião Misiara representando aquela cidade pequena,
aquela aldeia de cinco mil habitantes, como a minha também, uma aldeia pequena
de quatro ou cinco mil habitantes.
Isso é orgulho que
não tem tamanho para todos nós. Muito obrigado por tudo o que você tem feito
pelo Líbano, pelos libaneses, pela comunidade árabe em geral e pelo Brasil,
porque nós viemos para cá com todo o respeito, para ajudar a construir este país
e assim o fizemos.
Muito obrigado por
tudo. (Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SÍLVIA GARCIA - Para encerrar as homenagens, essa talvez uma das mais especiais, pois
nos momentos mais difíceis da vida do nosso homenageado, ela sempre esteve ao
seu lado, o amparando e protegendo, chamamos agora o vereador da cidade de
Aparecida, Marcelo Marcondes, que fará a entrega da imagem da Padroeira, e sua
santa protetora, Nossa Senhora Aparecida. (Palmas.)
* * *
- É entregue a
homenagem.
* * *
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SÍLVIA GARCIA - Nosso querido Sebastião Misiara, devidamente homenageado com a imagem da
sua santa protetora, Nossa Senhora Aparecida.
Para finalizar esta
sessão de entrega de títulos, eu chamo agora a vereadora Sônia Beolchi,
vereadora de Ibirá e vice-presidente da Uvesp, que vai falar neste momento em
nome de todos os municípios que prestaram homenagem ao Misiara, por favor. (Palmas.)
A SRA. SÔNIA BEOLCHI - Deputado Itamar
Borges, Dr. Misiara, nosso homenageado, Dr. Edgard Camargo, muito obrigada pela
presença. Deputado Herculano Passos, a nossa querida Dalva e o nosso Paulo
Dimas, muito obrigado.
Quero fazer uma
homenagem também ao Dr. Sérgio Rossi, cidadão ibiraense, e ao nosso querido
Dimas Ramalho, também cidadão ibiraense. (Palmas.)
Sim, eu sei obrigada.
Senhores, recebi uma missão hoje muito difícil: a Sílvia me deu essa
responsabilidade e eu não estava preparada para isso, então eu peço desculpas a
todos, a todas as autoridades presentes e a todos os amigos, porque eu trouxe
umas simples e singelas palavras ao nosso querido Dr. Misiara.
Hoje, quero falar do
Dr. Misiara de uma forma diferente, como eu o vejo: Dr. Misiara, um jardineiro,
um plantador de sonhos. Conheci o Dr. Misiara no 2º Encontro Estadual de Agentes
Públicos, aqui na Assembleia Legislativa, sua palestra tinha o título de “O
vereador do futuro”.
Nessa palestra, o Dr.
Misiara descreveu as qualidades, os trabalhos, o conhecimento e a dedicação que
seriam necessários para o vereador exercer plenamente a sua função no seu cargo.
Ele falou com tanto
conhecimento, com tanto entusiasmo, com tanta segurança, que eu fiquei
encantada, e eu disse: “Eu quero ser essa vereadora do futuro”. Estou no meu
terceiro mandato, doutor, cada dia procurando alcançar as metas pelo senhor
traçadas. Ainda não consegui, estou tentando.
Dr. Misiara plantou um sonho, como disse a
poetisa chilena Gabriela Mistral, agraciada com o prêmio Nobel de Literatura em
1945: “Há a alegria de ser saudável, alegria de ser justo, mas acima de tudo a
bela e imensa alegria de servir”.
E é o que ele tem
feito há 50 anos, ele planta sonhos e nos faz sonhar. Senhores, há 50 anos ele
planta sonhos, mas ele nos ensina a realizar.
Parabéns, Dr.
Misiara, por todo o seu esforço em nos ensinar. Com seus ensinamentos ele mudou
vários paradigmas, e eu vou citar apenas um: há um tempo, eu não sei precisar
em qual congresso.
Dr. Misiara, notando
que em vários eventos políticos as autoridades cumprimentavam ministros,
senadores, deputados e secretários, mas se esqueciam de cumprimentar o vereador,
levantou-se, e com a sua voz clara e potente, alertou a todos a importância de
serem estendidos os cumprimentos aos vereadores.
Senhores, foi de
arrepiar. Eu fiquei extasiada naquele momento.
E assim, o vereador,
que nunca ocupou um lugar à Mesa dos congressos, passou a ser prestigiado e
homenageado. Isso devemos a ele, uma salva de palmas, senhores, porque ele
merece. (Palmas.)
Que mudança de
paradigmas sua trajetória foi capaz de promover nesses 50 anos em que se
dedicou como um verdadeiro sacerdócio à capacitação do poder Legislativo. Eu
sou muito grata, doutor.
No início, eu disse
que o Dr. Misiara é um jardineiro, e todo bom jardineiro colhe flores. Hoje eu
trago braçadas de flores desses 50 anos para enfrentar, para enfeitar, colorir
e perfumar a sua vida, doutor. Todo o nosso carinho, Ibirá o admira. Nós te
amamos muito.
Muito obrigada. (Palmas.)
A SRA. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - SÍLVIA GARCIA - Gostaria, neste
momento, de registrar, representando o deputado federal Baleia Rossi, Dr.
Girotto, que está presente aqui conosco também. E como não poderia deixar de
ser, nesta manhã festiva de solene, não poderia faltar agora, neste momento, a
homenagem de sua cidade natal, Barretos. Que entre, portanto, o berranteiro.
* * *
- É feita a apresentação musical.
* * *
A SRA. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - SÍLVIA GARCIA - Terminadas portanto
as homenagens, depois de muita emoção, por favor, ao microfone.
O SR. BERRANTEIRO - E, como locutor da Festa do Peão de Barretos, eu não poderia
deixar de vir aqui, Sebastião, representando o nosso querido prefeito Guilherme
Avilla, e fazer um verso para você.
E para você eu falo
assim, ó: “Manda, o galo no terreiro; na selva manda o leão/ em casa manda a
mulher; no mar, o tubarão/ na união de vereadores, nesse nosso querido Brasil,
no Estado de São Paulo, manda Misiara, com 50 anos de tradição”.
A SRA. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - SÍLVIA GARCIA – Portanto, agora sim,
terminadas as homenagens, depois de muita emoção nesta amanhã, nós passamos a
palavra ao presidente da Uvesp, Sebastião Misiara. Por favor, autoridades,
podem se sentar.
O SR. SEBASTIÃO MISIARA - Meus amigos, minhas
amigas, se fosse a homenagem no dia 28, 28 de novembro, eu teria sido pego de
absoluta surpresa. Mas, como eu vi o caminhar da carruagem, conversa aqui e
ali, percebi que nós teríamos uma sessão solene, e como tal me obriga a fazê-lo
por escrito.
As palavras, por mais
sofisticadas que sejam, não podem traduzir o sentimento de gratidão, digno de
uma manhã como esta, onde o presidente Cauê Macris empresta a Casa do povo, sob
sua direção, e o grande amigo Itamar Borges, em agradável cumplicidade com a
Sílvia, dá a esse evento.
Então, é preciso
falar o coração: jamais deixarei perdido na minha memória o rosto de cada um de
vocês. Vocês que vieram acompanhar a história da minha história, com uma prova
inquestionável de amor à causa que, juntos, defendemos: o respeito ao Município
onde, Sr. Secretário Paulo Dimas, se assenta o terreno da democracia e onde se
assenta o terreno da cidadania.
Então eu queria, neste momento, dizer a todos
vocês que estão à Mesa, nesta Mesa solene: ao deputado Itamar Borges, autor
desta homenagem; ao meu querido professor, ex-presidente do Tribunal de Justiça
que, já na presidência, recebia os vereadores que nós acompanhávamos para uma
conversa agradável, ilustre Sr. Secretário, Paulo Dimas.
Quero cumprimentar e
agradecer o meu ilustre amigo e presidente do Tribunal, recentemente eleito
pela quinta vez, Dr. Edgard, meu respeito, admiração e meu agradecimento,
porque a presença de V. Exa. e de representantes na Casa só demonstra o quanto
a nossa história tem valor na luta que nós empreendemos.
Meu amigo, desde vereador de Itu e prefeito de
Itu, prefeito que sai com mais de 90% de aprovação, que mudou a história do
Município e, hoje, quando candidato nos disse que tinha duas metas para lutar,
o Turismo e o Município, o Turismo. Vocês sabem o que está acontecendo no
Brasil, o que conseguiu o Herculano, e por isso honra-me muito ter sido sempre
o seu eleitor.
Minha querida Dalva,
minha querida Dalva Christofoletti, que, ao lado do Agostinho Turbian, me fez
participar de um conglomerado de homens ilustres, executivos, empresários que
pensam o Brasil grande.
A Dalva
Christofoletti contou uma história, mas é preciso dizer, Marta, você que
preside a virada feminina, que a Dalva frequentava congressos em época em que a
mulher acompanhava o marido e ia às compras. A Dalva se sentava na primeira
fileira dos congressos municipalistas.
Aquela loira maravilhosa, quase um metro e
noventa de altura, e a gente tinha que tomar conta mesmo. A gente tinha que
tomar conta mesmo, secretário Paulo Dimas, porque era a única mulher, uma
beleza loira, mas olha: firme, educada, vinha com rosa, mas também passava com
um trator, quando necessário. Dalva, participar da história ao seu lado
realmente é emocionante.
A todos vocês, quero reiterar que, olhando nos
olhos de cada um, eu jamais esquecerei desta cena, dos amigos e das amigas que estão
aqui desde 8:30 da manhã.
Os meus pais, cada um
a seu modo, me ensinaram lições importantes. Meu pai, Khaled, ensinou-me que
deveríamos trabalhar dobrado para mostrar que os libaneses, ou os turcos, como
gostavam de chamar, vieram para ajudar o Brasil e não para atrapalhar o
investimento no Brasil.
Minha mãe, me mostrou
os primeiros ensinamentos filosóficos, baseados no pensamento de São Tomás de
Aquino, discípulo de Aristóteles que, vencendo os incautos, provou a existência
de Deus.
Aprendi que o que
sustenta o humanismo é a crença viva em uma religião voltada para as pessoas e
que seja capaz de oferecer uma regra interior para todas elas. Graças à
tenacidade dos meus pais, abri caminho na vida e, foi no exemplo deles, que me
inspirei para realizar o meu grande destino que, hoje, suas presenças
definitivamente o consagram.
Destino que começou
como adolescente na loja dos seus pais, cortando tecidos e depois, na pequena
mercearia, levando refrigerantes solicitados e buscando garrafas vazias.
O adolescente que não
levantou pipa, que não rodou pião, cujo divertimento eram as missas dominicais,
a comemoração por ser coroinha e as aulas de religião e trabalho.
Aos 16 anos, tive o
meu primeiro emprego como locutor da Rádio Cultura de Campinas, depois na Rádio
Educadora de Campinas e depois na Rádio Piratininga de São Paulo.
Voltei a Barretos a
convite, onde havia sido reprovado em um teste de radialista, e iria assumir
programas especiais de jornalismo e entretenimento aprovados pelo jornalista
Monteiro Filho, senhor do seu tempo que, mais tarde, me daria à honra de ser um
dos primeiros interlocutores do seu sonho, ao qual entrei de cabeça.
E a Dalva, aqui bem
lembrou, que foi a fundação da primeira Televisão Católica da América Latina, a
Rede Vida de Televisão.
E o Neto disse que
tal era a minha crença, porque conhecia o Monteiro, que depositei as minhas
economias para que a Rede Vida pudesse, efetivamente, começar, como começou, em
São José do Rio Preto.
Cheguei a trabalhar, antes disso, por dez
horas seguidas, onde levantaria recursos para começar a minha primeira
faculdade, a de direito, na Universidade de Franca. Em seguida, ganho bolsa para
cursar a faculdade de pedagogia em Barretos e, finalmente, cursos especiais de
jornalismo como se fosse uma pós-graduação.
Sempre trabalhei
duro, firme e, enquanto muitos festejavam as datas comemorativas, eu cuidava de
fazer edições especiais em jornais da cidade, que ampliavam o faturamento meu e
dos meus diretores. José Faleiros de Almeida, um grande querido amigo da Rede
Vida de Televisão, que aqui representa os meus amigos, sabe bem disso.
Em 1970, recebi um convite de Wilson José, o
nome que é história do municipalismo, para conhecer, como jornalista, um
congresso de municípios. Ouvi queixas, reclamações, dúvidas de prefeitos e
vereadores.
Ouvi seus sonhos,
quando soube o que era o pacto federativo e que o Brasil nasceu no Município e
que não é municipalista. Aí eu pensei: “Se, pela República, os Estados-membros,
ditos federados se constituíram obedecendo ao caráter municipal da vida
brasileira, como admitir-se que esse mesmo corpo condicione a vida municipal,
que é a mesma nacional?”.
É alguma coisa que,
ainda, a gente não entende. Entramos nos grupos dos verdadeiros municipalistas por
uma luta que busca o fim, porque basta à leitura da carta magna, que aponta
limitações e exigências que não condizem com o espírito federativo, formador da
união indissolúvel, para compreender o quanto precisamos conquistar.
Em 1972, fui
candidato a vereador na Câmara de Barretos. Até então eu havia conhecido o
municipalismo e não pensava jamais em sentar numa Tribuna, no plenário de uma
câmara municipal.
O jornalista Amaury
Júnior e eu escrevíamos para a “Última Hora”, em São Paulo, ele recebeu um
convite para vir para São Paulo, esse convite foi extensivo a mim. Reunimo-nos
em Rio Preto, e eu disse: “Amaury, segue você, porque eu recebi um convite para
ser candidato a vereador”, embora nem pense nisso.
Mas eu não poderia
deixar de atender porque era o meu amigo Monteiro Filho, então candidato a
prefeito.
Fui eleito vereador e
ali fiquei por 24 anos, passei por todos os cargos da Mesa e das principais
comissões. Meu querido Dr. Thiago Pinheiro Lima, procurador-geral do Ministério
Público de Contas, eu fui presidente do poder constituinte e, humildemente,
recebi o título de melhor presidente da história, escolhido em votação pelos
vereadores e pela imprensa credenciada.
No meu primeiro ano
de mandato, também a convite de Wilson José, participei da sua chapa legendária
na Associação Paulista de Municípios, e hoje sou, Dalva e Vick podem comprovar
isso, o mais antigo diretor da entidade.
Vim para São Paulo a
convite do então governador Mário Covas, assumindo uma superintendência na
Fundação Faria Lima, Centro de Estudos da Administração Municipal.
Com Covas, aprendi a
grande lição: viajar na alma das pessoas, para entendê-las e por elas trabalhar,
e com ele aprendi, também, que não se deve falar em adversidade. Para ela o
enfrentamento, a luta e a vitória.
Deixei a vida
partidária e passei a trabalhar pelo poder local mais forte e a defender que as
Câmaras sejam um poder Legislativo, e que os vereadores sejam os ouvidores do
povo.
E nessa caminhada
encontrei um restrito apoio importantíssimo, porque lá recebi ensinamentos que
poderia, posso e poderei repassar a todos os vereadores: Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo, a corte que zela pelo bem público.
Ali eu tenho as
melhores e as maiores lembranças, Dr. Edgard, um Tribunal onde, quando comecei
na Uvesp, fui conhecer Sérgio Rossi, sisudo, homem difícil, de coração grande,
mas de caneta forte. E pedi: “Sérgio, caminhemos juntos, vamos a seminários,
precisamos de você, precisamos da sua luz”, e nós temos isso há 30 anos, esta
corte que zela pelo bem público.
A Silvia Melo passou
por aqui rapidamente e eu também passarei rapidamente, mas quando o presidente
Dimas Ramalho, então presidente da corte, eu tinha passado por verdadeiras
humilhações, me colocou à Mesa, me deu a palavra e me deu um forte abraço
dizendo: “O que conta é sua história”. Jamais esquecerei disso.
Passei por
dificuldades enormes, venci um herpes zoster agressivo, venci um câncer com a
medicina e a fé. Fui vítima de um espetáculo digno de Hollywood que me lembrou,
e me lembra sempre, Montesquieu, em “O espírito das leis”: “Não há tirania mais
cruel que aquela que se exerce a sombra das leis, mas com as cores da Justiça”.
Silvia Melo que fez
aplicar a receita que os gregos, 500 anos antes de Cristo, já aplicavam: a
laborterapia.
Ela enchia a minha
agenda com reuniões seguidas que, em nenhum dos casos, eu pudesse parar e me
vitimar, e sim para invocar a identificação e pensar em Deus, às vezes como
criador, outras vezes como a lei e a justiça, outras vezes como o Senhor das
batalhas. E com Ele, através da Bíblia, aprendi que é melhor um jantar de
ervas, em que haja paz, do que um boi gordo acompanhado de ódio.
Por isso toquei para frente, ouvindo as lições
de Abraham Lincoln, filho de um lenhador que chegou à presidência da república
dos Estados Unidos. Em sua posse, ele disse: “Sem maldade para com ninguém, com
dedicação para todos”.
Aqui estou, com
pessoas ilustres, com amigos, cuja vida é o servir, sentados aqui e ali,
ouvindo a minha fala. Vieram para me cumprimentar.
Aqui estão convidados
pela Silvia Melo, convidados pelo Itamar Borges, prontamente aceito por vocês
que estão aqui. Essa é a maior paga de uma vida de luta, que recebe honrosos
títulos de filho da cidade, de cidades por onde passei, e pelas quais procurarei
trabalhar, como trabalhei.
Eu quero dizer a
vocês que me entregaram estas honrarias, 21 disse a Sílvia Garcia, preparados
pela Silvia sem que, embora convivendo com ela 18 horas por dia, não percebi
essas homenagens.
Eu faço questão de,
ao longo do tempo, visitar todas as Câmaras e agradecer pessoalmente a honraria
que me concedem, porque esta honraria é a maior de todas, porque nascer em uma
cidade é uma coisa, ser escolhido pela cidade é uma demonstração de grandeza.
Wolfgang Mozart, o
gênio que começou a compor aos cinco anos de idade, ao receber das mãos do papa
Clemente XIV, a Ordem do Cavaleiros da Espora Dourada, uma altíssima honraria
para o músico, pediu licença e trouxe os seus pais para mostrar os aplausos e a
honraria.
A Silvia, que está
comigo há 20 anos, quando ela nasceu, no seu livro de nascimento, estavam os 15
vereadores de Barretos. Meu nome ali, 22 anos comigo, com dedicação e carinho.
Eu agradeço a Dalva por ter ensinado a ela nos primeiros passos na Associação
Paulista de Municípios, e isto que hoje ela é: a minha herdeira inquestionável
no movimento municipalista. (Palmas.)
E essa manifestação
de Mozart, o gênio da música, ao receber a honraria trazendo os seus pais e
mostrando os aplausos, se eu pudesse imitar Mozart, eu traria aqui meus pais e
aqueles que me ensinaram o caminhar seguro.
Traria Wilson José,
traria Monteiro Filho, traria Mário Covas para mostrar a cada um de vocês e a
cada um dos títulos que recebo nesta manhã, como a dizer: “O que me ensinaram
não foi em vão”.
Esses dias me
perguntaram: “50 anos de vida municipalista, você vai parar, voltar para
Barretos, nadar, fazer sauna e ir ao clube?”. Aí eu me lembrei de Ulysses
Guimarães, o “Sr. Constituição”, em que um dia perguntaram para ele: “E agora,
depois da Constituição o senhor vai voltar para o chinelo, o pijama da sua
casa?” Ele falou: “Jamais, eu morrerei fardado”, e eu gostei dessa ideia.
Muito obrigado a
todos.
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SÍLVIA GARCIA - Anunciar e agradecer a presença da Prefeitura Municipal da Estância Climática
de Morungaba, o prefeito Marquinhos de Oliveira. Muito obrigada por estar aqui
conosco nesta manhã.
O SR. PRESIDENTE -
ITAMAR BORGES - MDB - Esgotado o objeto da presente sessão, a
Presidência agradece as autoridades, a minha equipe, os funcionários do serviços
de Som, a equipe da Uvesp, da Taquigrafia, do serviço de Atas, do Cerimonial,
da secretaria geral parlamentar, da Imprensa da Casa, da TV Alesp e das
assessorias policial militar e civil, bem como a todos, que com a sua presença,
colaboraram para o êxito desta solenidade.
Muito obrigado pela
presença de todos.
* * *
- É encerrada a
sessão às 11 horas e 56 minutos.