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16 DE JUNHO DE 2020

25ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA EM AMBIENTE VIRTUAL

 

Presidência: CAUÊ MACRIS e GILMACI SANTOS

 

RESUMO

 

ORDEM DO DIA

1 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Abre a sessão. Dá conhecimento de emenda de plenário, do deputado Rodrigo Gambale, a ser enviada para o e-mail institucional da SGP para posterior apoiamento dos deputados.

 

2 - JANAINA PASCHOAL

Para questão de ordem, pede ao presidente confirmação de que o acordo, de destaque do artigo 33, realizado em reunião hoje, será contemplado no roteiro de método de votação a ser apresentado pelo deputado Carlão Pignatari.

 

3 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Diz que o roteiro contemplará o destaque definido, mas que não pode garantir a votação do mesmo. Questiona o deputado Rodrigo Gambale se sua emenda de plenário se refere ao mesmo assunto. Faz apelo ao deputado Rodrigo Gambale para que possam proceder com a votação do projeto ainda hoje. Lembra que o mesmo não participou da reunião entre os líderes hoje.

 

4 - ITAMAR BORGES

Para questão de ordem, afirma ter entendido que a deputada Janaina Paschoal apresentaria um roteiro de método de votação e não que o seu destaque estaria incluso no roteiro do deputado Carlão Pignatari.

 

5 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Esclarece que serão aglutinados os possíveis destaques em um único roteiro, para que a votação seja mais rápida e tranquila.

 

6 - CAMPOS MACHADO

Para questão de ordem, lamenta a apresentação de emenda de plenário em um projeto consensual e coletivo. Afirma que esta emenda atrasará a votação deste projeto, que de acordo com o deputado, já está atrasado três meses. Apela ao deputado Rodrigo Gambale que retire sua emenda. Pede a intervenção do presidente Cauê Macris. Ressalta que seu destaque pode ser incluso no roteiro de método de votação.

 

7 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Faz a leitura da emenda de plenário do deputado Rodrigo Gambale. Informa estar aberto o prazo para apoiamento da emenda por cinco minutos.

 

8 - TEONILIO BARBA LULA

Para questão de ordem, questiona como procederá a votação se o roteiro de método de votação não for aprovado.

 

9 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Informa que será feita a votação de maneira regimental, sem roteiro de método de votação.

 

10 - CARLÃO PIGNATARI

Para questão de ordem, esclarece que, ao final da discussão do projeto, irá apresentar um roteiro de método de votação com o destaque do artigo 33. Informa que só haverá um roteiro de método de votação para apreciação dos deputados.

 

11 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Informa que será aprovado inicialmente o substitutivo ao projeto, salvo as partes destacadas, seguido da votação dos destaques.

 

12 - VINÍCIUS CAMARINHA

Para questão de ordem, pede esclarecimentos de como deveriam votar os deputados caso quisessem manter o projeto original ou incluir os destaques do artigo 33.

 

13 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Esclarece como serão feitas as votações nesta sessão. Informa que a emenda de plenário do deputado Rodrigo Gambale teve apoiamento de sete Srs. Deputados, o que inviabiliza a mesma.

 

14 - RODRIGO GAMBALE

Para questão de ordem, diz ser parceiro desta Casa. Destaca suas intenções ao apresentar uma emenda de plenário ao projeto em discussão.

 

15 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Ressalta que o deputado tem todo o direito de apresentar a emenda de plenário. Destaca que não teve a intenção de dizer que o deputado atrasaria a votação do projeto.

 

16 - PROFESSORA BEBEL LULA

Para questão de ordem, faz questionamento sobre o destaque solicitado pela deputada Janaina Paschoal no roteiro de votação do deputado Carlão Pignatari.

 

17 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Informa como será feita a votação do roteiro de método de votação e dos destaques.

 

18 - GIL DINIZ

Para questão de ordem, registra o seu apoio à emenda de plenário do deputado Rodrigo Gambale.

 

19 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Registra o apoiamento do deputado Gil Diniz. Coloca em discussão o PL 350/20. Apela aos Srs. Deputados para que não usem todo o tempo de discussão, para que o mesmo possa ser votado ainda hoje.

 

20 - CARLÃO PIGNATARI

Discute o PL 350/20.

 

21 - VINÍCIUS CAMARINHA

Discute o PL 350/20.

 

22 - PAULO LULA FIORILO

Discute o PL 350/20.

 

23 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Faz novo apelo aos deputados para que o PL 350/20 possa ser votado ainda hoje.

 

24 - TEONILIO BARBA LULA

Discute o PL 350/20.

 

25 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Cumprimenta o deputado Dr. Jorge Lula do Carmo pelo seu aniversário hoje.

 

26 - DR. JORGE LULA DO CARMO

Discute o PL 350/20.

 

27 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Informa que a lista de oradores inscritos para discutir o projeto está aumentando, o que dificultará a votação do mesmo ainda hoje.

 

28 - TENENTE NASCIMENTO

Discute o PL 350/20.

 

29 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Solicita aos deputados que não utilizem o tempo integral de discussão para que o projeto possa ser votado ainda hoje.

 

30 - ALEX DE MADUREIRA

Discute o PL 350/20.

 

31 - PROFESSORA BEBEL LULA

Discute o PL 350/20.

 

32 - THIAGO AURICCHIO

Discute o PL 350/20.

 

33 - BETH LULA SAHÃO

Discute o PL 350/20.

 

34 - ITAMAR BORGES

Discute o PL 350/20.

 

35 - ADALBERTO FREITAS

Discute o PL 350/20.

 

36 - MÁRCIA LULA LIA

Discute o PL 350/20.

 

37 - LECI BRANDÃO

Discute o PL 350/20.

 

38 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Convoca os Srs. Deputados para uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão.

 

39 - MARCIO DA FARMÁCIA

Discute o PL 350/20.

 

40 - GILMACI SANTOS

Assume a Presidência.

 

41 - JOSÉ AMÉRICO LULA

Discute o PL 350/20.

 

42 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Assume a Presidência.

 

43 - CEZAR

Discute o PL 350/20.

 

44 - DOUGLAS GARCIA

Discute o PL 350/20.

 

45 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Lembra a realização da segunda sessão extraordinária hoje, às 17 horas e 10 minutos. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. Cauê Macris.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados de maneira virtual, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

                                                                

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Discussão e votação do Projeto de lei nº 350, de 2020, de autoria coletiva das Sras. Deputadas e dos Srs. Deputados, com 279 emendas. Parecer nº 129, de 2020, da Comissão Conjunta de Constituição, Justiça e Redação; de Administração Pública e Relações do Trabalho; e de Finanças, Orçamento e Planejamento, favorável ao substitutivo e contrário às emendas.

Temos um pedido aqui do deputado Rodrigo Gambale, que deseja apresentar uma emenda de plenário. Eu peço que, neste momento, o deputado Rodrigo envie a emenda de plenário ao e-mail institucional da Secretaria Geral Parlamentar.

E tem uma questão de ordem da deputada Janaina Paschoal. Já peço, enquanto o deputado Rodrigo Gambale apresenta a emenda de plenário na Secretaria Geral Parlamentar, para que ela possa fazer a sua questão de ordem. Deputada Janaina.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente. Pode me ouvir?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sim, senhora. Posso ouvir sua questão de ordem.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Muito obrigada, Sr. Presidente. Eu só gostaria de confirmar, Excelência, muito respeitosamente com todos os colegas, se o acordo que foi feito, hoje, no Colégio de Líderes, momento em que eu anunciei que apresentaria uma emenda de plenário para destacar, para retirar do texto do projeto coletivo o artigo que pune a propagação de fake news sem definir o que sejam fake news...

Houve, primeiramente, a sugestão de V. Exa., na verdade, a apresentação da alternativa de que isso entrasse no roteiro de votação e a anuência de todos os líderes para que houvesse o roteiro, o principal, com esse destaque...

Objetivamente, Excelência, a pergunta é: o roteiro que será apresentado pela liderança como o roteiro principal contempla esse destaque do Art. 33, tal qual acordado no Colégio de Líderes?

Só queria essa garantia, porque, se não houver essa garantia, aí eu apresentaria uma emenda de plenário, infelizmente, atrasando todo o processo de votação, o que não é o meu desejo.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputada Janaina, eu, pessoalmente, garanto que o acordo firmado com todos os líderes, a unanimidade dos líderes, é que o roteiro que será apresentado contém o destaque desse trecho solicitado por V. Exa. e, com isso, a possibilidade de votação.

O que eu não posso garantir é como será feita a votação. O plenário é soberano; ele que deverá escolher se mantém ou não no texto. Mas, sim, o roteiro será apresentado com esse tema de destaque.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só uma pergunta, deputada Janaina. A emenda de plenário que V. Exa. apresentaria é a mesma do deputado Rodrigo Gambale, que é líder do partido de V. Exa., ou é outro tema, não tem nada a ver com o tema?

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Eu falei exclusivamente da questão das fake news e sei que colegas - já ouvi, já recebi a informação de que colegas apresentarão emendas. Muito respeitosamente aos colegas e aos importantes temas, eu vou cumprir o acordo que foi feito no Colégio e não vou apoiar outras emendas para que nós possamos confiar na palavra dos colegas.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito. No que pese ser um direito de cada parlamentar apresentar as emendas de plenário, eu faço um apelo ao líder Rodrigo Gambale. São mais de 180 propostas dos parlamentares; uma ampla maioria de construção entre as lideranças foi construída.

Infelizmente, o deputado Rodrigo Gambale não participou, hoje, do Colégio de Líderes, onde ele colocou essa posição, e a importância do Legislativo de poder deliberar ainda hoje esta questão.

Se o deputado Rodrigo Gambale insistir na emenda de plenário e tiver o apoiamento de, pelo menos, 19 parlamentares, nós não conseguiremos dar continuidade neste processo de votação no dia de hoje, precisando fazer um novo congresso de comissões, um novo dia de sessão ordinária deliberativa e, com certeza, não conseguiríamos, nos próximos dias, fazer a votação deste projeto.

Mas é um direito do parlamentar, se tiver o apoiamento, apresentar emenda de plenário.

Eu tenho mais uma questão de ordem do deputado Itamar Borges. Eu vou passar a questão de ordem para o deputado Itamar e depois pergunto à SGP se já recebeu a emenda de plenário do deputado Rodrigo Gambale. Já recebemos a emenda de plenário. Eu vou fazer a leitura da emenda de plenário. Questão de ordem do deputado Itamar Borges.

 

O SR. ITAMAR BORGES - MDB - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Obrigado, presidente. Boa tarde, presidente, colegas. A questão de ordem, presidente, é que a minha interpretação foi um pouco diferente da interpretação da deputada, o que, no final das contas, é a mesma coisa. Eu entendi que a deputada apresentaria uma proposta de roteiro.

Então, teria uma proposta e ela apresentaria outra. E pelo que eu estou entendendo o acordo foi de contemplar já no roteiro a sugestão dela. É só mesmo um esclarecimento sobre esse ponto aí, porque, para mim, ficou a impressão de que teria dois roteiros.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para conseguirmos agilizar o processo de votação e não termos mais um processo de votação, a ideia, Itamar - inclusive fizemos isso no fechamento do Colégio; até conversei um pouco com o deputado Campos Machado sobre esse tema no Colégio de Líderes -, era a gente poder aglutinar os possíveis destaques em um roteiro só, porque esse roteiro seria uma votação só, mais simples de a gente poder acumular.

Isso não impede nenhum outro parlamentar de apresentar outro roteiro também, que precisaria ser deliberado, mas, na prática, dá na mesma, deputado Itamar. Então, a ideia era só a gente tentar fazer uma coisa de uma maneira mais tranquila no processo de votação, com apenas um roteiro.

 

O SR. ITAMAR BORGES - MDB - E aí, na oportunidade, detalhe para que cada um fique ciente de que forma se posiciona em cada ponto do roteiro. Ok, presidente. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito. Tem uma questão de ordem do deputado Campos Machado. É o tempo de chegar aqui a emenda de plenário do deputado Rodrigo Gambale. Deputado Campos Machado, qual é a questão de ordem de Vossa Excelência?

Deputado Campos Machado. (Pausa.) Se puder liberar o som do deputado Campos Machado. Vossa Excelência acho que precisa abrir. Agora sim, deputado Campos. Tem a palavra.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Sr. Presidente, me desculpe. À uma altura desta, apresentar uma emenda de plenário num projeto consensual é brincar com coisa séria. Desculpe-me o deputado Gambale. Ele tem todo o direito, mas me desculpe.

Este é um projeto que a imprensa tem alardeado de que é a única Assembleia que vai apresentar um projeto coletivo. Uma emenda de plenário vai atrasar tudo.

A própria Sra. Paschoal entendeu a questão, percebeu que o processo precisa ser votado e concordou que fosse incluído no roteiro. Agora, aparece de última hora essa emenda de plenário.

Eu queria fazer um apelo ao deputado Gambale. Deputado Gambale, esta é uma Casa que tem história. O senhor tem todo o direito, mas, por favor, este projeto está há três meses atrasado já e é a única Assembleia que está apresentando um projeto de cunho coletivo. Todos abriram mão.

Vai atrasar um projeto desse? Nós estamos votando, por exemplo, deputado Gambale, o uso da máscara. A máscara já foi aprovada. Todo mundo está de máscara e nós votando a máscara ainda.

Portanto, meu caro amigo deputado Gambale, o senhor tem todo o direito, mas queria fazer um apelo: peça um destaque, mas retire a emenda de plenário, porque vai atrasar a votação deste projeto.

O senhor não está sabendo, deputado Gambale, mas o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, meu amigo deputado Lara, me comentou 30 dias atrás pela apresentação desse projeto, e eu telefonei de manhã para ele hoje: “Lara, chegou a hora. Vamos votar o projeto hoje”. “Parabéns, Campos.”  Agora eu vou ter que dizer para ele que na última hora aparece uma emenda de plenário? Por favor.

Eu quero que o presidente Cauê Macris deixe de lado o Regimento e converse com o deputado Gambale. Deputado Carlão, interceda, por favor. Nós não podemos deixar de votar este projeto hoje.

Para quê? Podemos até perder aí 20 minutos. Ele quer inserir aí no roteiro? Insira. Agora, se a deputada Sra. Paschoal abriu mão também... Ela tinha a emenda de plenário; ela se convenceu da necessidade de o projeto ser votado.

Agora, Sr. Presidente, faço um apelo ao deputado Gambale. Eu acho que ele tem todo o direito, mas nós não podemos, num momento deste, deixar de prestigiar a maior Assembleia da América Latina.

Como diz o cancioneiro: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

Esta é a nossa hora, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu vou fazer a leitura da emenda de plenário. Enquanto corre o tempo dos apoiamentos, eu vou dando as questões de ordem. São cinco minutos para 19 parlamentares terem que dar os apoiamentos a essa emenda de plenário para ela poder entrar, perfeito?

“Emenda ao Projeto de lei nº 350, de 2020. Com fundamento no inciso II, Art. 175, do Regimento Interno, dá-se nova redação ao Projeto de lei nº 350, de 2020, incluindo os Arts. 30-A, 30-B, e 30-C”.

Só lembrando, eu estou vendo os deputados colocando apoiamento agora. Não serão contados, está certo? Os apoiamentos à emenda de plenário só serão contados quando eu iniciar o tempo de apoiamento. Não contarão os colocados neste momento. Peço aos deputados que se atentem a isso.

“Art. 30-A - Ficam as instituições do Ensino Infantil, Fundamental e Médio, da rede privada do estado de São Paulo, obrigadas a reduzirem suas mensalidades em, no mínimo, 30% durante o período que durar o Plano de Contingência do Novo Coronavírus (Covid-19), da Secretaria de Estado da Saúde, mediante comprovação da parte contratante da queda na renda familiar.

§ 1º - As unidades de ensino que possuem calendário escolar regular com previsão de recesso semestral poderão aplicar o desconto a partir do 31º dia de suspensão de aulas.

§ 2º - As unidades de ensino que sigam calendários ininterruptos de aula, tais como creche, internato e demais unidades de ensino de carga horária integral, ficam obrigadas a aplicarem o desconto que trata o caput deste artigo de imediato.

Art. 30-B - As unidades de ensino da rede privada, autarquias e fundações municipais que adotem o meio de aulas presenciais deverão reduzir suas mensalidades, nos termos do Art. 18-A desta lei.

Art. 30-C - O termo inicial para efeitos da aplicação das reduções previstas no artigo anterior será a partir da suspensão das aulas presenciais pela instituição de ensino, nos termos do Art. 4º, do Decreto estadual nº 64.862, de 2020.

§ 1º - Fica proibida às instituições de ensino a suspensão e/ou rescisão de contratos de prestação de serviços por falta de pagamentos no período que estiver em vigor o Plano de Contingência do Novo Coronavírus, da Secretaria Estadual de Saúde.

§ 2º - O débito consolidado durante as medidas restritivas não poderá ensejar a suspensão e/ou rescisão de contrato, devendo ser cobrado pelas vias próprias, sendo vedada a cobrança de multas e juros.”

Aí vem a justificativa, que não é relevante para a interpretação da dita emenda. A partir deste momento, está aberto o prazo para que os deputados que queiram apoiar a emenda de plenário do deputado Rodrigo Gambale possam colocar neste momento.

Está aberto o tempo de cinco minutos. Peço para colocar o prazo do relógio, cinco minutos. Enquanto isso, passarei às questões de ordem. Já estão correndo os cinco minutos.

A primeira questão de ordem que estava prevista de quem que é? Deputado Barba. Tem a palavra V. Exa., deputado Barba, para a questão de ordem. E os deputados que queiram nos próximos cinco minutos apoiar a emenda, façam neste momento via chat.

O deputado Barba tem a palavra para a sua questão de ordem. Deputado Barba. (Pausa.) Precisa liberar o som. Cadê o deputado Barba? O som está liberado do deputado Teonilio Barba? Vossa Excelência precisa abrir aí, deputado Barba, o som.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Agora abri.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Agora sim, deputado Barba. Qual é a questão de ordem de Vossa Excelência?

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - PARA QUESTÃO DE ORDEM - A minha questão de ordem é sobre exatamente o roteiro de votação. O senhor deu encaminhamento, conforme discutido no Colégio de Líderes, de que haverá apenas um roteiro de votação, ok? A pergunta é: e se o pessoal votar contra o roteiro de votação, como é que nós fazemos?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pode repetir a pergunta novamente, deputado Barba, por favor?

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - A pergunta é: e se nós votarmos contra o roteiro de votação? O roteiro de votação que a deputada Janaina está fazendo vai separar o Art. 33 para tentar excluí-lo, ok?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Volta para o regimental.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Se nós votarmos contra o roteiro de votação, o que acontecerá?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - A primeira ideia é apresentar um roteiro unificado. Se mais de um parlamentar apresentar um roteiro unificado, teremos que votar em um dos roteiros existentes.

Se tiver um roteiro apenas, quem votar contra neste roteiro volta para o regimental do processo de votação. Faremos o processo conforme o Regimento Interno assim prevê, sem o roteiro de votação, se for rejeitado o roteiro de votação apresentado, não só com a proposta da deputada Janaina, mas com outras propostas que possam surgir ao longo do tempo.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Ok, presidente. Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - A próxima questão de ordem enquanto corre o tempo - tem mais três minutos para os apoiamentos – é do deputado Carlos Giannazi. O deputado Carlos Giannazi tem questão de ordem? Peço para fechar o som do deputado Carlos Giannazi. Ele não está presente. A próxima questão de ordem? Deputado Carlão Pignatari. Tem a palavra V. Exa., deputado Carlão Pignatari.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Presidente, a hora que encerrar a discussão, eu vou apresentar o roteiro com destaque na emenda, se eu não estiver enganado, nº 33. Quem quiser aprovar a emenda vota “sim”. Quem quiser rejeitar a emenda vota “não”. É apenas essa. Não deverá ter dois roteiros de votação. É apenas um.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só para deixar claro, deputado Carlão, como existe um substitutivo, nós votaremos o substitutivo e retiraremos do substitutivo a parte destacada solicitada pela deputada Janaina, que foi fruto do acordo que nós fizemos hoje no Colégio de Líderes. Então não terão emendas.

A votação do roteiro será o substitutivo, salvo partes destacadas, só para deixar claro a todos os parlamentares. Próxima questão de ordem? O deputado Vinícius Camarinha tem uma questão de ordem. Precisa autorizar o som. Agora sim, deputado Camarinha. Tem a palavra Vossa Excelência.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Presidente, só um esclarecimento. Minha questão de ordem é no seguinte sentido: quem quiser votar a favor do projeto do jeito que ele foi aprovado no congresso de comissões deve votar “sim” neste roteiro que V. Exa. acabou de ler, e quem quiser votar como o projeto está, retirando a Emenda nº 33, deve votar “não”? Outra questão...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Negativo, deputado Camarinha. Vamos por partes, para todos entenderem. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. O que nós estamos agora deliberando é a emenda de plenário apresentada pelo deputado Rodrigo Gambale, que eu fiz a leitura, se ela entra ou não.

Se tiver 19 apoiamentos e entrar a emenda de plenário, este processo de votação está adiado. Não faremos mais nada hoje, porque a emenda de plenário faz com que o projeto volte para as comissões.

O segundo tema é o roteiro de votação. Conforme nós fizemos no Colégio de Líderes hoje, o roteiro que o deputado Carlão Pignatari vai apresentar aprova o substitutivo aprovado pelo congresso de comissões, salvo a parte sobre a fake news destacada.

Então aprovamos todo o substitutivo; a parte de fake news fica para uma segunda votação. Aí os parlamentares que quiserem manter isso no texto votam “sim”, e os que tiverem que rejeitar isso do texto votam “não”.

Foi essa solicitação que foi feita pela deputada Janaina Paschoal, e todos os líderes que participaram do Colégio de Líderes estiveram presentes.

A partir deste momento, não cabem mais apoiamentos à emenda de plenário do deputado Rodrigo Gambale. Ela teve sete apoiamentos, ficando inviabilizada, então, a emenda de plenário, perfeito? Não cabem mais apresentações de emenda de plenário neste momento.

Deputado Camarinha, para conclusão da sua questão de ordem.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Presidente, me dou por satisfeito. Faria um apelo para o deputado Gambale, mas a emenda não recebeu os apoios. Sigamos aí com o projeto que foi coordenado e articulado por todos os deputados.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado. Tem mais alguma questão de ordem? O deputado Rodrigo Gambale tem uma questão de ordem para fazer. Deputado Rodrigo Gambale, qual a questão de ordem de Vossa Excelência?

 

O SR. RODRIGO GAMBALE - PSL - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Presidente, boa tarde. Boa tarde a todos os deputados. Eu sempre fui uma pessoa muito parceira da Casa, nunca arrumei nenhum tipo de obstrução ou causei nenhum tipo de problema. A única justificativa pela continuidade desse projeto é porque, primeiro, se tornou de uma popularidade nacional.

Mas eu não estou disputando o feitio ou ser o dono do projeto, mas não houve uma justificativa plausível, sendo que toda a bancada do PSL aprovou e apoiou o projeto da Covid-19.

Nós trabalhamos juntos em consentimento, só que a justificativa, por exemplo, que boa parte da Assembleia, como alguns deputados que fizeram apoiamento durante o processo, a minha própria bancada... A própria deputada Leci Brandão apresentou um projeto semelhante ao que eu apresentei da redução dos 30% de mensalidade.

Principalmente nós não tivemos nenhuma justificativa plausível. O que me chegou foi que simplesmente ele era inconstitucional, quando, diversas vezes, nós enviamos a prova da constitucionalidade, como foi aprovado no Rio de Janeiro, no Maranhão, no Pará, em diversos outros estados.

Eu até pediria o destaque. A minha intenção não é atrapalhar de maneira nenhuma a votação da Covid-19. Sei da importância, mas eu queria deixar bem claro que eu não tive nenhuma justificativa, e a minha bancada inteira estava fazendo o apoiamento em cima desse caso, que se tornou até de conhecimento nacional. A gente via, sim, como muito importante a aprovação juntamente ao projeto da Covid.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito. Deputado Gambale, talvez eu possa ter sido injusto com V. Exa., o direito de V. Exa. de apresentar a emenda de plenário. Quero só registrar que V. Exa. tem todo o direito, inclusive do tema que está decidindo.

Se por acaso em algum momento no apelo que fiz a V. Exa. para que a gente pudesse caminhar na construção da continuidade da votação pudesse ter sugerido que V. Exa. queria obstruir o projeto, peço minhas escusas aqui para Vossa Excelência.

Não foi isso que fiz, só para deixar registrado isso. Senti sua falta, hoje, na reunião do Colégio de Líderes, onde a gente, inclusive, conseguiu construir alguns bons consensos dentro da continuidade desse projeto.

Eu tenho mais duas questões de ordem e depois eu já vou passar a palavra para o primeiro inscrito. Quem que é o primeiro inscrito? Então estão abertas as inscrições. Eu peço para que façam abertas as inscrições. A partir deste momento, aqueles que queiram discutir o projeto façam as inscrições.

Eu tenho mais três questões de ordem. Deputado Gil Diniz. Só o que eu vou pedir àqueles que vão fazer a questão de ordem - deputada Bebel antes, perdão, fez a questão de ordem - é que a gente não entre mais no mérito, porque essa emenda já não foi acolhida.

A gente não entra mais no mérito da discussão, senão vamos debater a emenda. Então só questão de ordem vinculada, de fato, ao processo de discussão. Deputada Bebel, qual a questão de ordem de Vossa Excelência?

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL  LULA - PT - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Referente ao processo de discussão, presidente, eu realmente ainda tenho uma dúvida, porque veja bem: nós debatemos na bancada que nós vamos votar no roteiro de votação apresentado, enfim, pelo deputado Carlão Pignatari, exatamente porque nós queremos dar celeridade ao projeto e ao conteúdo dele.

Agora, está intrínseco nesse roteiro de votação a retirada da emenda apresentada pela deputada Janaina, ou ela será destacada e depois nós vamos poder votar se concordamos com a retirada ou não?

Se eu votar “sim” no projeto, eu já estou incorporando a emenda dela? Ou seja, retirando do corpo do projeto o que está, ou será destaque em separado? Essa é a minha questão de ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Vamos lá. É até boa a sua pergunta para deixar bem claro o processo. Quando você destaca no roteiro para uma segunda votação, a parte destacada não incorpora a primeira votação. Então não deliberaremos sobre o tema que foi destacado, que ficará para a segunda votação.

Então primeiro votamos tudo sem a parte destacada; depois votamos a parte destacada. Então são duas deliberações. Tudo sem a parte destacada, e depois a parte destacada. Acho que responde sua questão de ordem, certo, Professora Bebel? Perfeito? Próxima questão de ordem, para encerrar. O último é o deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra V. Exa. para a questão de ordem, deputado Gil.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Presidente, a questão de ordem é mais no sentido... Eu sei que já é matéria vencida, mas eu fiz apoiamento à emenda do deputado Gambale. O SGP informou aqui que ainda não estava aberta, ele reabriu.

Eu fiz novamente, só que alguém tinha mandado uma mensagem no chat, e a minha mensagem do apoiamento, no momento oportuno, foi justamente para o privado dessa pessoa, de um outro deputado, não ao público. Então só para deixar registrado o meu apoiamento.

Quando a gente está com essa ferramenta, no caso, no celular, a gente fica ainda mais limitado, presidente, para fazer esse tipo de apoiamento. Então, só para deixar registrado o apoiamento ao deputado Gambale.

Tentei fazer no momento oportuno no chat, mas como chegou essa outra mensagem, eu não consegui fazer publicamente, pelo menos para todos os deputados aqui. Só para deixar registrado.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito. Só peço para que os parlamentares que estão no ambiente virtual… O que acontece? Muitas vezes, eles desligam o som para falar no telefone, para fazer uma ligação ou fazer alguma coisa que não seja relacionada à sessão, e não acompanham os comandos que são dados.

Então, peço que o comando de abertura de inscrição, de apoiamento de emenda, além de eu falar isso, que a gente coloque também no chat. Mas fica registrado o apoiamento do deputado Gil Diniz em relação à emenda apresentada pelo deputado Rodrigo Gambale.

Primeiro inscrito. Em discussão o projeto. Com a palavra o deputado Carlão Pignatari. Já fica o apelo a todos os parlamentares que puderem não utilizar os seus tempos na totalidade, para que a gente faça essa votação o mais célere possível. Seria importante que a gente conseguisse concluir esse processo de votação o mais célere possível.

Tem a palavra o deputado Carlão Pignatari.

 

O SR. CARLÃO PIGNATARI – PSDB - Boa tarde, presidente. Boa tarde, Sras. Deputadas, Srs. Deputados. É uma fala muito rápida, presidente. Primeiro, que no método de votação está: o item 1, o substitutivo; o item 2 é o destaque. Se quiser aprovar a retirada da emenda, vota “sim”. Quem não quiser, vota “não”. Essa é a maneira da votação.

E para informar ao deputado Rodrigo Gambale que realmente alguns estados votaram, e os governadores sancionaram. No Rio de Janeiro, a Justiça já derrubou. No Maranhão e, se não me engano, no Pará, já estão com Ação Direta de Inconstitucionalidade. Já estão suspensas, para julgamento no Supremo Tribunal Federal.

É uma emenda de um deputado que eu respeito, que acho que teve um apoiamento de todos os lados. Ele tinha que apresentar essa emenda. Não vejo isso como obstrução. Como ele teve muito apoio à emenda, ele tinha que demonstrar que queria a aprovação, como ele quer.

Mas não houve o apoiamento dos 19 deputados, então ela ficou prejudicada, mas é completamente inconstitucional. É a mesma coisa, deputado Rodrigo Gambale, que tivesse aberto o seu restaurante e fizessem um projeto de lei para baixar 30% a pizza enquanto tiver a pandemia.

Não é possível ficarmos aqui fazendo projetos de lei para baixar o frango - que eu vendo - ou para baixar o preço do combustível. Não é possível a gente começar a ter ingerência em cima da iniciativa privada.

Hoje falei com o presidente do sindicato das escolas, que eu não conheço, falei por telefone. Eles estão com 50% de queda de arrecadação, de pessoas não pagantes, e mais 20% de pessoas tiraram os seus filhos das escolas particulares por falta de pagamento e colocaram na escola pública.

E depois vão voltar para as escolas particulares. Como não tem aula presencial, estão rompendo os contratos, e as escolas estão aceitando. Então, é a falência das escolas particulares do Brasil, mesmo sem esse projeto de lei.

Então espero que todos nós tenhamos a serenidade de votar projetos, mas sem ter ingerência na iniciativa privada. Não podemos atrapalhar a iniciativa privada. Entendo, e até falei isso para alguns deputados que me ligaram, se eu podia apoiar. “Se você acha que é bom, apoie”. Não há nenhum problema nesse sentido. O Rio já derrubou. E agora está no Supremo, está suspenso, no Pará e no Maranhão.

Então, presidente, era somente isso, para que muito rapidamente a gente possa votar esse projeto. Eu vejo que teve demora, mas 180 emendas... Acho que o Vinícius Camarinha foi um herói de ficar 60 dias fazendo as negociações.

Era somente isso. Uma boa tarde a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado, deputado Carlão, por não ter utilizado o seu tempo na totalidade. O próximo inscrito é o deputado Vinícius Camarinha. Tem a palavra Vossa Excelência.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Estou ouvindo, deputado Camarinha.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Meus cumprimentos a V. Exa., meus cumprimentos a todos os deputados e deputadas, telespectadores da TV Assembleia. Eu vou ser muito breve, mas eu não poderia deixar de fazer alguns registros.

Primeiro, quero cumprimentar V. Exa., que teve a iniciativa, a ideia de nós, através de um único projeto, contemplarmos diversas ideias de parlamentares, projeto este que está sendo deliberado na Casa.

Então, os meus cumprimentos a V. Exa. e parabéns por essa iniciativa inédita no Brasil. É a primeira Assembleia do Brasil, de que tenho conhecimento, que está deliberando um projeto como esse.

Segundo, Sr. Presidente, quero agradecer a confiança de V. Exa., de todos os líderes e de todos os deputados que me deram a missão de poder organizar todas essas ideias em um único projeto. Agradeço a confiança de todos. Peço desculpas se não consegui atender a todas as expectativas, mas foi um esforço enorme de construirmos, com a ideia de todos, com a participação de todos, o melhor projeto possível.

O melhor projeto dentro das expectativas e, mais do que isso, da realidade dentro das competências que a Assembleia Legislativa tem. Competências essas, legais; competências essas, institucionais, de propormos soluções para a população. E fizemos isso, Sr. Presidente.

Quero agradecer a todos os líderes, todos os deputados. Agradecer à liderança do Governo, o deputado Carlão Pignatari, que, muito embora represente institucionalmente o governo aqui, fez ações de combate no sentido de prevalecer as ideias do parlamentar, do Parlamento. Essa construção se deu devido a essa união que fizemos, em um conceito de coletividade, um conceito de união, um conceito de pensarmos no todo.

Sinto-me feliz, presidente, porque tivemos a grandeza de construir um projeto com essas características. Não partimos para o tudo ou nada. Conseguimos, estes dias, apesar das dificuldades, apesar das noites de debate com os colegas, debate na construção, no exercício do entendimento, construir esse processo, este projeto que chegamos até agora.

É um projeto, Sr. Presidente, que contempla questões sociais, que contempla combate à violência. Como um artigo que me chama a atenção, que é o artigo de proteção à mulher vítima de violência doméstica, esse crime covarde contra as mulheres.

O estado vai ter um instrumento de apoio que estamos aprovando agora neste projeto. Garantir uma assistência à mulher para que ela não sobreviva no mesmo teto do seu algoz, do homem que a atacou, da pessoa que a atacou. Esse é um projeto muito importante.

Temos avanços, presidente, em relação a atender as pessoas que mais precisam. Estamos autorizando o Governo do Estado a não cortar serviços essenciais da população mais carente. Autorizando o Governo do Estado a fazer esse entendimento com as concessionárias, respeitando as leis e os contratos privados.

Estamos também num avanço importante em relação à área da Cultura, à área da Agricultura, autorizando o estado a intermediar, com o BNDES, uma relação financeira para dispor à nossa população que mais precisa.

Enfim, presidente, não vou me alongar aqui porque ficaria com quase 40 artigos aprovados. São artigos de boas conquistas ao povo de São Paulo, mas é importante enaltecermos que esta, de fato, é uma conquista importante, uma conquista significativa, de um trabalho do Parlamento de São Paulo, que já fez outrora, há dois meses, Sr. Presidente, um projeto exemplar, que foi de reduzir os nossos salários, reduzir despesas, reduzir contratos da Assembleia, tudo isso a favor da população.

E não é um projeto simples. É um projeto que vai até dezembro, projeto que é o único, aliás, infelizmente, do Brasil, em redução de despesas e de salários.

Então, por todas essas razões, Sr. Presidente, encerrando, para economizarmos o tempo e aprovarmos logo esse projeto, quero render as minhas homenagens a todos os deputados, a todos os senhores e senhoras que tiveram bom senso na construção desse projeto, que não é um projeto pequeno.

É um projeto grande na sua essência, no exercício do Parlamento de São Paulo, na construção dos desejos da nossa população nos limites que nós temos.

Nós devemos lembrar, Sr. Presidente, que, infelizmente, não somos o Congresso Nacional, nem o Senado Federal, que têm as prerrogativas do Código Civil, do Código Penal, do Código Comercial, de tratar de relações privadas. Dentro das nossas atribuições, briguei muito por isto, para que não pudéssemos prometer ao povo aquilo que não poderíamos entregar. Estamos entregando aquilo que é possível.

Então, parabéns, Sr. Presidente. Parabéns, deputados e deputadas. Muito obrigado pela confiança que foi em mim depositada. Espero ter correspondido a tudo aquilo que foi a mim apresentado.

Peço escusas se não pude atender a tudo aquilo que estava dentro da expectativa de cada um dos senhores. Parabéns, presidente. Viva a Assembleia. Parabéns, São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado, deputado Camarinha. No final do processo de votação, vou falar algumas palavras sobre o trabalho realizado por Vossa Excelência. Parabéns por não ter utilizado o tempo na totalidade.

Próximo inscrito, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está com a palavra, deputado Paulo.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público que acompanha essa sessão virtual, estamos chegando num momento importante, que é a votação de um projeto que teve a coordenação do deputado Vinícius Camarinha, que parte do princípio de tentar aglutinar o maior número possível de iniciativas parlamentares para que a gente tenha um projeto que possa dar conta de vários aspectos do combate à pandemia.

Essa iniciativa só foi possível por uma decisão da Presidência e da Mesa da Casa, que incentivaram este movimento para que se construísse essa iniciativa. Isso tem que ser reconhecido, tanto o esforço do deputado Vinícius Camarinha, que sei que não foi fácil, como também a decisão da Presidência e da Mesa, de sugerir esse caminho, que também não é um caminho fácil.

Ouvi atentamente os dois deputados que me antecederam. Tenho concordância nos argumentos já apresentados, mas não posso deixar de registrar iniciativas que poderiam avançar muito mais esse projeto, principalmente porque o projeto, desde o início da pandemia, já tem mais de 90 dias. Ele tramita há mais de 30 dias, há quase 30 dias.

Estamos pensando um projeto que possa dialogar com o momento atual - porque a gente já perdeu esse prazo anterior -, mas principalmente com o que vem pela frente.

Confesso, Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, que o que mais me preocupou neste debate, e eu tive a oportunidade de dialogar com o deputado Carlão Pignatari, como líder do Governo, junto com a minha bancada, junto com o líder Teonilio Barba, junto com a Professora Bebel - que são os dois líderes, tanto da Minoria como da bancada - e com os outros nossos deputados, outras iniciativas que poderiam fazer parte desse projeto, que não atentam contra a iniciativa privada, que não atentam contra a legalidade e que, ao contrário, dialogam com a geração de emprego e renda no momento tão delicado que o País, o estado de São Paulo e as cidades que os deputados aqui se relacionam vivem.

O desemprego, hoje, assola vários lares e tem aumentado de forma galopante. E era preciso que a Assembleia tivesse a coragem de propor a criação de frentes de trabalho com a ajuda do estado, para que as prefeituras pudessem contratar funcionários, para que tivessem uma renda. Para que ele pudesse ter a dignidade de voltar para casa e dizer: “Estou empregado, tenho um salário e vamos conseguir passar essa pandemia da melhor forma possível”.

Infelizmente, o deputado Carlão dialogou com o governo, a secretária Patricia Ellen achou interessante a proposta, até porque o estado já tem uma frente de trabalho, ainda que incipiente. Mas poderia aproveitar este momento tão triste para poder ampliar o número de pessoas contratadas pelas prefeituras com recursos públicos.

Hoje tivemos a oportunidade de ouvir o secretário Meirelles, que veio à Comissão de Finanças para tratar da prestação de contas dos quadrimestres que estavam ausentes, inclusive este.

O secretário aponta que, com os recursos federais na ordem de 6,6 bilhões, e com o não pagamento da dívida na ordem de 12,3 bilhões, o estado de São Paulo possivelmente manteria um equilíbrio financeiro.

Na minha opinião, é um argumento muito forte para possibilitar projetos e programas como este, se não na sua totalidade, como aquilo que a gente propôs, de um salário mínimo, mas com recursos menores, ou até maiores do que os 600 reais propostos pelo governo federal para as pessoas que estão numa situação difícil, sem emprego e sem renda.

Uma segunda questão me parece que poderia ser encampada pelo governo e que o argumento “a priori” não me convenceu. Tenho certeza que os outros deputados do PT vão fazer discurso sobre isso com muito mais autoridade do que eu.

É o caso do Dr. Jorge, que, aliás, faz aniversário hoje. É o caso do deputado Luiz Fernando. É o caso do deputado Barba e de outros deputados da bancada, que reivindicaram a suspensão do pagamento das parcelas do CDHU.

Isso traria um alívio muito grande, porque as parcelas são variáveis. Em alguns casos, elas chegam a 900 reais, o que, neste momento, traz uma dificuldade muito grande.

Uma terceira e última questão daquilo que talvez pudéssemos ter avançado mais era a possibilidade de crédito para a micro e pequena empresa, principalmente na área de Educação.

Ouvi a proposta do deputado Gambale, de reduzir mensalidade. Agora, a gente podia ter feito o debate ao contrário. Como é possível ajudar as instituições que estão perdendo - como disse o deputado Carlão - alunos para a rede pública estadual em função da pandemia?

É o óbvio. Então é cada vez mais difícil manter essas instituições. Poderia disponibilizar um crédito que seria restituído a partir do momento em que as instituições voltassem a ter a possibilidade de ministrar as aulas e voltar a receber as mensalidades.

Essas são algumas das iniciativas - a gente vai ouvir outras - que o projeto não contemplou. Mas isso não significa que a bancada do PT vá votar contrariamente, até porque, nesse projeto, o deputado Barba e a deputada Bebel, com muito mais autoridade do que eu, vão falar dos avanços que foram possíveis a partir do debate que construímos com o deputado Vinícius e com o deputado Carlão Pignatari.

Por último, e não menos importante, Sr. Presidente, o projeto ainda poderia ter avançado em algumas coisas que estão no corpo do projeto. Uma delas, o deputado Vinícius tocou, que é a questão da ajuda às mulheres vítimas de violência.

Estamos assistindo, de forma triste, a violência aumentar no estado de São Paulo. Mulheres que estão sofrendo violência em casa, criando códigos para poder denunciar a violência doméstica.

Estamos propondo uma ajuda de 300 reais. Acho ainda muito pequena, incipiente para uma situação tão delicada de mulheres que precisam sair de casa, que podem ser abrigadas, por exemplo, nos hotéis. Mas elas precisam comer, elas precisam pagar as suas contas. Demos um passo importante ao criar essa iniciativa, mas poderíamos ser mais ousados ampliando o valor.

Uma outra questão importante que tem no projeto é o incentivo para empresas que produzem equipamentos para a pandemia. O produtor ainda carece da transparência.

Hoje, um dos debates que fizemos na Comissão de Finanças foi a transparência nas isenções de ICMS e de IPVA. E o secretário defendeu a manutenção da não transparência com a lei.

O Tribunal de Contas da União já disse que é possível dar transparência. Aliás, é tão possível que, hoje, o Tribunal de Contas do Estado já tem as empresas que são beneficiadas com a isenção fiscal.

Aliás, conseguimos, através de uma ação promovida pelo deputado Barba e por mim, uma liminar que obrigava o estado a divulgar as empresas que estavam sendo beneficiadas. Ela foi cassada porque o governo recorreu, mas o processo não terminou, continua tramitando.

Espero que ao fim e ao cabo a gente tenha a possibilidade de investigar, não para saber quem são as empresas, mas para saber se os benefícios estão tendo retorno, se os benefícios estão sendo bem usados ou não.

Esse é o grande debate que está colocado. O projeto traz os benefícios, mas não dá transparência.

Por fim, quero terminar dizendo que a Assembleia pode dar um passo importante ao aprovar esse projeto. Até porque, no caso da transparência, toca num assunto tão importante como o combate às fake news, em especial na área da Saúde.

Um debate que está sendo feito de forma nacional e não é diferente aqui no estado de São Paulo, em que muitos têm produzido fake news. Fake news não é a verdade, fake news é a mentira. Fake news é a distorção de fatos, fake news é o uso indevido para benefício próprio ou para matar a imagem de terceiros.

Podemos, nesse debate que vai ser feito apartado, aprofundar essa discussão e, quem sabe, esclarecer para a opinião pública, para aqueles que estão tão preocupados, o que significa fugir desse debate. Até porque a Assembleia Legislativa, nos próximos dias, deve instalar aqui a CPI das Fake News.

Um outro debate tão importante para o estado de São Paulo e para o País, diante do que vimos na Assembleia, diante da ação que está instalada na Justiça e também no Ministério Público, nós podemos avançar muito. Tenho certeza que os deputados não se furtarão ao avanço. Por isso, tem o meu voto favorável.

E eu termino, Sr. Presidente, fazendo só uma questão tardia, mas para não esquecer. No último debate que fizemos, eu tinha pedido, antes que terminasse a sessão, declaração de votos. Infelizmente, como o senhor precisou discorrer sobre o quadrado aristotélico, não tive a possibilidade de registrar o meu voto. Não o farei agora, até porque, não estamos no momento oportuno.

Quero só fazer esta observação, com todas as dificuldades que temos com esse instrumento, que a gente possa, de fato, como no meu caso, ser respeitado. Como no caso de outros deputados, quando pedem uma questão, quando pedem para fazer declaração de voto.

Muito obrigado, Sr. Presidente. Espero que a gente avance mais um passo nesta longa caminhada que temos pela frente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado, deputado Paulo Fiorilo. Só lembrando a todos os inscritos: se formos cumprir toda a lista de inscrição e todos mantiverem as suas inscrições, não votaremos esse projeto hoje. São mais seis horas de discussão. Seis horas. Se todos forem falar, mais encaminhamentos, mais processo de votação pelo roteiro.

Então, peço encarecidamente àqueles que puderem para não utilizar o seu tempo na totalidade. Passem apenas o seu recado, porque, pelo que entendi, temos um entendimento no projeto principal, de acordo do processo de votação. Então peço encarecidamente a todos: que a gente possa fazer esse processo de votação o mais rápido possível.

Deputado Barba, tem a palavra Vossa Excelência. Vossa Excelência precisa liberar o som aí, deputado Barba. Aqui já está liberado. Não, liberou e voltou. Agora, sim.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR -Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, boa tarde. Primeiro, quero cumprimentar todos os deputados por estarmos chegando ao final de um processo, que foi longo e demorado, e eu me preocupei muito com isso.

Toda a parte de transitoriedade desse projeto nós não obstruímos e, quando entrou no processo de negociação, eu tentei cada vez ser o mais rápido possível, mas, infelizmente, não dependia da gente, não dependia só do deputado Carlão e do deputado Camarinha, a quem eu já cumprimento, como também cumprimento você, presidente, por deliberar, indicar que a gente faça um projeto desta Casa.

Então, reconheço o papel do Camarinha e o papel do deputado Carlão enquanto líder do Governo, apesar de não ter atendido todas as questões que nós encaminhamos, mas pelo menos nós fomos ouvidos, fomos compreendidos, e não atendidos. Fomos atendidos em algumas, em outras não, mas para nós o projeto é muito importante. 

Entendemos - já disse isso pessoalmente ao deputado Camarinha - que o primeiro esqueleto era um desenho, e agora o projeto ganhou um corpo, ganhou alma, ganhou o espírito de um projeto.

Ficou robusto, ficou substancial, aceitando várias emendas de vários deputados, inclusive, eu nomeei na reunião passada os deputados que já haviam apresentado emendas; eu nomeei no Colégio de Líderes quais eram as emendas acatadas, porque eu fiz questão de ler uma a uma.

Então, acho que o projeto ganhou um corpo importante. Eu não pretendo usar todo o meu tempo, presidente, para ajudar no debate, para ajudar na celeridade, mas precisava fazer esse comentário.

O outro comentário é agradecer minha companheira de bancada, minha líder, deputada Bebel, e os companheiros deputados da bancada, que dedicaram toda uma confiança dizendo o seguinte: “Negocie o máximo que der, negocie o que for possível negociar, e onde a gente não conseguir avançar, nós vamos debater, fazer a nossa crítica, mas votaremos a favor do projeto”.

Então, quero chamar a atenção, inclusive, da minha bancada e de todos os deputados e deputadas: vai ter um roteiro de votação, então nós vamos votar o roteiro. Depois, nós vamos votar, se não me engano, o item 1 e o item 2.

O item 1 é a aprovação do projeto, sem nenhuma ressalva; o item 2 é a retirada do Art. 33, proposto pela deputada Janaina Paschoal.

O item 2 eu, inclusive, debati na minha bancada hoje. Nós fizemos uma hora de reunião, e foi um dos debates que nós fizemos. Entendemos que o ponto que trata do debate das fake news é extremamente importante e está muito indicativo na questão do coronavírus aqui no estado de São Paulo.

Portanto, na questão do item 2, nós votaremos contrariamente. Nós vamos votar pela manutenção da questão das fake news, do artigo das fake news no projeto, porque entendemos que é importante, presidente.

Ouça o que eu vou dizer agora, presidente. Eu fui vítima no domingo, na CNN, né? A CNN brasileira, agora, uma das maiores do mundo. Por volta das 18 horas, 18 horas e 05 minutos, a CNN apresentou várias imagens da manifestação da Paulista, no domingo, dizendo que nós estávamos lá sem máscaras, sem nada.

Veja bem, presidente. Eu comecei a receber ligações na minha casa, o pessoal falou: “Deputado Barba, você disse que não iria à manifestação e você está na manifestação e não está usando máscara; aliás, ninguém está usando máscara”. E a âncora do jornal insistia que aquela era uma imagem do domingo, e era uma mentira.

Aquela era uma imagem de um ato que nós fizemos contra o Bolsonaro, todas as centrais sindicais do estado de São Paulo. Eu estava lá, e o deputado Paulo Fiorilo me acompanhou nesse ato, com a bancada do PT. Em um dia de chuva, eu estava de capa e sem máscara, mas foi um ato no final do ano passado, não foi ato deste ano. Portanto, para vocês verem que as fake news podem vir de todo lugar.

Tudo bem que no final do programa a moça pediu desculpas e reconheceu que aquelas imagens não eram daquele dia, mas, até então, a minha imagem foi exposta várias vezes ao lado do presidente da Central Única do Trabalhadores, que é o Sérgio Nobre; ao lado do presidente Miguel Torres, que é presidente da Força Sindical; ao lado de várias lideranças sindicais, que estavam ali naquele ato no final do ano.

E eles apresentando como se fosse uma imagem do domingo às 18 horas e 05 minutos. Entrem lá no site da CNN que vocês vão ver.

Portanto, quem não tem problema com as fake news? Nós temos que aprovar esse projeto com o Art. 33 dentro, sem mexer na alma do projeto, porque eu entendo que todos aqueles que não praticam - e eu não estou fazendo referência à deputada Janaina, não estou dizendo isso sobre ela -, todos aqueles que não têm medo, que não praticam fake news...

Ela é por outro motivo, é porque não tem nenhuma resolução ainda formada sobre o que é fake news ou não, mas é importante que parta de um algum lugar esse debate, é importante que ele parta, inclusive, de uma assembleia estadual que é a maior da América Latina, depois do nosso Parlamento, que é o Congresso Nacional, não é?

Então, é importante aprovar com esse item, com o item das fake news lá dentro, presidente.

Então era isso que eu queria dizer e agradecer a paciência de todos os deputados, deixando muito claro aqui que estou dizendo que tem pessoas que têm medo do debate das fake news.

Não estou dizendo que a deputada Janaina é isso. A deputada Janaina é por uma outra formulação jurídica, que ainda não existe hoje formulação do que é fake news ou não.

Agora, eu, como vítima - já fui domingo passado, já fui outras vezes e, com certeza, serei ainda em outras vezes -, vou lutar o tempo todo para que a gente consiga banir de vez essa coisa de ir para a mídia com mentira.

Vocês me conhecem, eu sou muito duro no enfrentamento político, na disputa da tribuna, aqui na tribuna remota, mas eu trato sempre da questão política com respeito a todos os deputados e deputadas, que aqui estão não por ser aventureiros; aqui estão porque passaram por um processo eleitoral, tiveram uma quantidade mínima de votos, ou uma quantidade máxima de votos, para poderem estar aqui.

Então, presidente, era isso que eu queria dizer e orientar minha bancada que no Art. 33 nós vamos votar para manter o artigo, nós vamos votar contrários à retirada desse artigo.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado deputado Barba. O próximo inscrito é o deputado Jorge do Carmo. Enquanto libera o som, já cumprimento o deputado Jorge do Carmo pelo seu aniversário. Ficam aqui as nossas felicitações.

Tem a palavra Vossa Excelência.

 

O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - Obrigado, presidente. Obrigado pelas felicitações. Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, quero aproveitar esta oportunidade para falar um pouco sobre a discussão do Projeto de lei 350, de 2020.

Quero cumprimentar o público da TV Alesp, cumprimentar as colegas deputadas e os colegas deputados. Cumprimentar o deputado Vinícius Camarinha, pela sua grandeza e predisposição no trabalho de reunir todas as propostas e procurar fazer um projeto único contra a pandemia da Covid-19, que aflige o mundo, o nosso estado e a nossa cidade, cada cidade em que cada deputado mora e milita.

Quero dizer que eu tinha apresentado... Esse projeto é um projeto que contempla, é uma coletânea dos projetos dos deputados, não é? Tem avanços na cultura, avanços na renda, avanços contra a violência contra as mulheres.

E aí, eu quero dizer que eu gostaria, eu milito muito na área de impostos, propriedade da terra, regularização e defesa de moradia, e a gente havia apresentado um projeto que ganhou o nº 157, de 20, e versava - versa, porque ele ainda está tramitando - sobre a isenção das prestações da CDHU.

É bom lembrar que mais de 320 mil famílias ainda têm financiamento de prestações de CDHU, e este é um momento difícil, um momento em que as famílias têm dificuldades de sua subsistência, de comprar comida, especialmente famílias que moram na periferia da cidade de São Paulo, e das cidades da Grande São Paulo e do interior, e muitas delas precisam do apoio do estado.

Vejo que esse projeto deveria ter o condão de também fazer esse apoiamento, de também fazer com que o governador, e esta Casa autorizasse o governador e a CDHU, a concederem benefícios para que a gente supere este momento de crise, este momento difícil que é esse vírus que assola o mundo, assola o nosso estado.

Mas tanto eu apresentei esse Projeto 157 quanto o deputado, meu colega de bancada, deputado Luiz Fernando apresentou um projeto também, um pouco na mesma linha da suspensão das prestações do CDHU.

O deputado Caio França também apresentou, propondo a interrupção ou a suspensão; e o deputado Rodrigo Gambale, todos apresentaram vários projetos com o mesmo escopo.

Nós propusemos essa emenda como emenda da nossa bancada, da bancada do Partido dos Trabalhadores, mas a informação que eu tenho do meu líder, e da minha líder, tanto o líder da bancada, quanto a nossa líder da Minoria - deputado Barba e deputada Bebel -, é de que o governo e o nosso líder do Governo, em conversa com a CDHU, não acatou essa emenda, achou que ela não é pertinente, sob a alegação de que a CDHU é uma empresa de capital misto.

Eu concordo, realmente a CDHU é uma empresa de capital misto, mas eu queria argumentar, Sr. Presidente, que este momento é um momento em que a gente precisa dar as mãos e que esta Casa não poderia se furtar a situações sociais como essa, por exemplo, de tanta relevância.

Eu queria dizer para V. Exas. o que o governador João Doria apresentou aqui como sugestão, e vou ler para V. Exas.: “Doria suspende as contas de água da Sabesp, das tarifas sociais”.

Então, a Sabesp é uma empresa de capital misto, assim como a CDHU, assim como a Cohab - São Paulo, são empresas de capital misto, e o governador propôs a suspensão para 506 famílias que têm tarifa social da Sabesp.

Se a Sabesp, que é uma empresa de capital misto, pode conceder e o governador, com vontade política, concedeu, e ele, inclusive, publicou na sua rede social.

Quero ler aqui: “Por conta dos impactos econômicos da Covid-19, o Governo de São Paulo vai isentar a cobrança de tarifas de água da Sabesp para 506 mil famílias de baixa renda, que se enquadram em tarifa social. A cobrança será suspensa por 90 dias, a partir de primeiro de abril”.

Como é primeiro de abril, pode ser que seja mentira do governador, mas eu não quero acreditar que seja, porque tem que ter um pouco de sensibilidade social, este é o momento de ter sensibilidade social.

Eu quero entender que se a Sabesp, que é uma empresa de capital misto, por vontade política do governador e do presidente da Sabesp, concedeu para as famílias de baixa renda a suspensão de pagamento, por que, então, Sr. Presidente, a CDHU, que também é uma empresa de capital misto, não poderá conceder a suspensão, jogando para o final, por exemplo?

O deputado Luiz Fernando, junto comigo, propusemos autorização, ou seja, melhorando os termos para que a CDHU não incidisse em ações judiciais, não tivesse nenhum problema do ponto de vista jurídico.

Ou seja, nós insistimos e persistimos porque isso não é bom para o deputado Jorge do Carmo, para o deputado Luiz Fernando, Rodrigo Gambale, Caio França, é bom para os mutuários da CDHU.

Então, em razão disso, eu vejo que está faltando da parte do governador, do presidente da CDHU e do secretário de Habitação um pouco de vontade política, porque se a gente quiser resolver, melhorar essa questão, esse benefício para as famílias que estão em financiamento, é possível.

Estamos em um estado de exceção, em um momento de excepcionalidade, em que, inclusive, conseguimos, pelos decretos de calamidade pública, flexibilizar o Art. 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Não vejo o porquê de a gente não estender esse benefício, de esta Casa e o governador não autorizarem a conceder esse benefício para os mutuários da CDHU.

Por isso, presidente, nós vamos votar favoravelmente, mas fica aqui a minha ressalva. Acho que falta sensibilidade do governador, do presidente da CDHU, do secretário.

Quero ressaltar que os nossos líderes insistiram e persistiram, mas acho que falta vontade política para fazer um projeto realmente em favor da população que mais precisa.

Vou votar favorável, mas não posso concordar. Vou ter que dizer isso para as pessoas, as pessoas me cobram e cobram os outros deputados que apresentaram esse projeto também, que seria um gesto desta Casa, um gesto do Governo do Estado a beneficiar as inúmeras famílias que precisam do apoio do estado neste momento para flexibilizar um pouco, e não sofrer depois ações de reintegração de posse e poder perder a sua moradia por falta de um gesto do Governo do Estado e desta Casa.

Era isso, Sr. Presidente. Quero agradecer a oportunidade e dizer que vou votar favoravelmente, mas quero ressalvar esse descontentamento e essa falta de vontade política.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado, deputado Jorge do Carmo. Faço de novo uma ressalva: só aumenta a lista de inscritos para discutir o projeto. Nós não vamos conseguir concluir o processo de votação com essas inscrições.

O próximo inscrito é o deputado Tenente Nascimento.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra V. Exa., Tenente Nascimento.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - Está me ouvindo?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeitamente.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR -Primeiro, presidente, eu quero parabenizar a Assembleia Legislativa, na sua pessoa, por essa sensatez e essa firme posição em aprovarmos um projeto dessa grandeza.

Parabenizar também o nosso líder do Governo, que trabalhou incansavelmente. E não poderia deixar de falar do Vinícius Camarinha. Muito obrigado. Foi importante todo esse trabalho para que chegássemos a este ponto em que nós vamos, sim, aprovar esse projeto.

Eu quero ser rápido, porque nós queremos que se aprove esse projeto hoje sim, porque nosso povo tem pressa e necessita (Inaudível.) que possa entrar rapidamente em vigor.

Quero também parabenizar nosso nobre colega que acabou aqui de dizer, Jorge do Carmo. Meus parabéns pelo seu aniversário. Que Deus abençoe você e sua família e lhe dê saúde, que é o que nós precisamos neste momento.

Quero fazer apenas um destaque, que é essa questão da violência contra as mulheres, que é um crescente. Nós tivemos aprovado nesta Casa, por unanimidade, e também sancionado pelo Governo do Estado a Patrulha Maria da Penha, e tivemos algumas ações. Entrou o projeto e entrou a pandemia, então, não pudemos fazer muita coisa, mas fizemos sim.

É um trabalho importante esse apoio que está sendo feito à divulgação. Estamos aqui com material, trabalhando incansavelmente na divulgação para que chegue até as pessoas, que elas façam realmente as denúncias.

E que não fique só na pandemia esse apoio que está sendo financeiro, e que continue pós-pandemia, porque não é só receber o valor, tem que se fazer um boletim de ocorrência e uma perícia.

Eu estive no litoral norte, onde a Patrulha Maria da Penha já está atuando firmemente, e ali eu detectei, junto à Polícia Civil, que uma perícia demora, às vezes, até 30 dias para ter o retorno, para, aí sim, a pessoa ter o benefício ou ser encaminhada para um dos albergues.

Já são vários albergues que nós temos no estado de São Paulo. Então, peço aos pares, peço aos nossos deputados para que deem um incentivo, deem um apoio para que nós melhoremos esses albergues e não somente coloquemos em hotéis.

Então, quero parabenizar a todos por essa importante condição. Quero dizer também que, no Art. 24, eu falei com o líder se é possível também - porque cresceu muito a violência contra idosos e crianças - que colocassem ali na questão da divulgação, no Art. 24, o Disque 100, onde os idosos ou as crianças possam fazer suas denúncias.

Apenas se for possível fazer isso ainda, eu gostaria que fosse colocado, porque o mês de junho é o “mês violeta”, mês em que estamos fazendo uma campanha muito forte. Inclusive, o Tribunal de Justiça, que vai estar conosco na segunda-feira, está fazendo uma campanha muito forte sobre a violência contra crianças e adolescentes.

Era isso que eu queria destacar. Queria também destacar, na questão da Educação, Professora Bebel, e a emenda que estamos aprovando, que não fique só na pandemia, que também possa ser extensiva, para que todos os alunos da rede pública estadual possam ter acesso à internet para continuar a fazer suas atividades visto que, hoje, 50% não estão conseguindo acessar.

Eu queria destacar isso e o Art. 18, agradecendo que nós temos, sim, a necessidade de continuar a fazer a visita religiosa virtual, tendo em vista que não possível fazer o que era feito muito bem pelas igrejas e por todos os credos religiosos. A visita religiosa está sendo impedida devido ao fato da pandemia.

Quero agradecer a todos e desejar sucesso total.

Muito obrigado, Sr. Presidente. Muito obrigado a todos vocês.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado, deputado Nascimento. O próximo inscrito é o deputado Alex de Madureira. Faço mais uma vez um apelo aos parlamentares sobre o processo de votação: é muito importante que a gente vote hoje ainda este projeto.

Com a palavra o deputado Alex de Madureira.

 

O SR. ALEX DE MADUREIRA - PSD - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente. Boa tarde a todos os colegas, a todos os parlamentares. Quero deixar registrado aqui os parabéns ao querido deputado Jorge do Carmo.

Presidente, só queria deixar aqui registrado: eu iria apresentar uma emenda de plenário, e respeitando, em primeiro lugar, o acordo feito no Colégio de Líderes, no qual ficou acordado de não se apresentar nenhuma emenda de plenário, resolvi não fazer essa colocação de emenda.

E também essa emenda que eu colocaria seria a respeito do capítulo dois, da Administração Pública, quando nós falamos do artigo dos concursos, da manutenção dos prazos dos concursos públicos.

Mas tendo pela liderança do Governo do Estado de São Paulo um compromisso de que, mesmo estando colocado no projeto como autorizativo, irá ocorrer uma interrupção do prazo dos concursos públicos aqui no estado de São Paulo, então também é a segunda motivação do porquê não apresentamos a emenda de plenário.

Quero deixar muito claro, nós fomos procurados por muitas pessoas, muitos grupos organizados que estão pleiteando. É muito respeitoso esse pedido dos nossos concursados, aqueles que prestaram concursos públicos e estão esperando o prazo para serem chamados. Então, que esse prazo seja, neste momento de agora, seja suspenso.

Quero agradecer aqui à liderança do Governo, na pessoa do Carlão Pignatari, e também à Presidência desta Casa por ter conduzido esse projeto da forma que está conduzindo.

Não posso deixar de citar o deputado Vinícius Camarinha, que teve um trabalho fenomenal durante a realização das discussões desse projeto, e a todos os parlamentares que têm participado aqui da execução dessa nova lei de combate ao coronavírus.

Um abraço a todos, que Deus nos abençoe e logo, logo estaremos juntos novamente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado, deputado Alex. Obrigado por não ter utilizado o seu tempo na totalidade. A próxima inscrita é a deputada Bebel. Tem a palavra Vossa Excelência.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas. Cumprimento também todos os que nos acompanham através da Rede Alesp.

É muito importante que todos participem de projetos debatidos nesta Casa, enfim, as proposituras todas têm um papel fundamental para a população paulista. Seja porque concorda ou discorda, é muito importante.

Serei breve e célere, porque espero que a gente, de certa maneira, cumpra a data, o dia de hoje, para votar esse projeto de lei de suma importância, coletivo, de forma que os autores são todos os deputados e deputadas que contribuíram, seja pelo debate, seja por emendas. Por isso demorou. Se fosse rápido, se fosse uma coisa monocrática, seria mais rápido, mas não é monocrática. Ela é coletiva, democrática, então, por isso, demora. Democracia dá trabalho, não é fácil.

Quero dizer que, em que pese alguns pontos ficarem limitados, e sobretudo isso que disse o meu colega, a quem estendo os parabéns - vida longa, viu, Jorge? Nós queremos viver, não queremos ser atacados pelo coronavírus, mas não só isso. Enfim, vida longa para todos nós e para você hoje, que é aniversariante.

A questão da CDHU seria, sem dúvida nenhuma, algo muito importante que estivesse aí. Nós tentamos até ver, deputado Carlão Pignatari, a gente colocou isso. Até o deputado Rodrigo Gambale, também dialogando com o senhor no projeto de lei, no Art. 34, nós colocamos também a nossa preocupação com relação aos alunos pagantes de mensalidade nas escolas particulares e fizemos uma intermediação com o Procon.

Isso, de certa maneira... Até a deputada Leci Brandão estava do nosso lado, e a gente construiu essa proposta. Não sei nem como o Carlão pegou o espírito dela com muita assertividade, e saiu uma proposta assim.

 Também temos que buscar os órgãos da sociedade que estão aí para ajudar, porque eu também não consigo entender como quem defende a iniciativa privada quer agora que o Legislativo - que, no caso, tem uma esfera meio pública -, intervenha na iniciativa privada. Não estou conseguindo entender essa lógica, porque o senhor defende a iniciativa privada.

Estou falando isso numa boa, é natural. Temos na Constituição a coexistência entre o público e o privado. Tomar cuidado com a tese, porque o conceito do senhor, e a concepção, é diferente. Eu acho que aí nesse ponto eu concordo com o líder Carlão Pignatari, embora o meu líder...

Aliás, o meu líder saiu da mesa, acho que porque eu esqueci de falar dele, é o Teonilio Barba. Também cumprimento ele e toda a bancada do Partido dos Trabalhadores. Barba, você não está bravo comigo?

Mas dizer que foi muito bom trabalhar esse tempo todo com eles, com os deputados e as deputadas. E quero agora estender ao deputado Vinícius Camarinha meus cumprimentos, a paciência, porque eu falei com ele domingo muito tarde.

Acho que mostra que, quando a pessoa está imbuída de uma propositura, não tem horário, não tem dia. Fiquei muito encantada; uma hora, brava, mas depois, me encantei, falei: “puxa vida, esse menino tem vontade mesmo, quer acertar as coisas”.  E o Carlão Pignatari, antes de subir no avião: “Bebel, vamos discutir essa coisa aí”.

Por que estou fazendo isso? Porque eu, quando não concordo com uma coisa, vou primeiro procurar acertar isso antes da votação em plenário. Acho que a deputada Janaina Paschoal deveria, com toda a proximidade que ela tem com o deputado Carlão, ter tentado acertar isso.

Agora, veja bem, nós podemos ter que fazer duas votações, e de forma demorada. Embora democrático - e é natural, e ela deve fazer isso -, poderia ter tratado disso antes de ter ido ontem, por exemplo, ao congresso de comissões. Então, acho que nós, deputados, temos também, a não ser que eu queira criar um fato político em cima disso.

Acho que isso, de certa maneira, na minha opinião, poderia ter sido acertado antes, embora eu discorde da retirada desse item. Vou defender, claro, e defendi, no período da manhã, o direito de a senhora expor essa divergência.

Eu não vou me alongar muito, até por respeito e para ser coerente com o que eu disse no Colégio de Líderes hoje, no período da manhã. Já é tempo de ter sido aprovado. Nós temos que ser céleres. Acho que abrir mão de um pedaço do tempo dá uma rotatividade maior.

Muito obrigada, e cumprimento também, claro, o Carlão Pignatari; cumprimento o presidente da Assembleia, que coordena todo o trabalho. Eu me lembro quando ele falou de um projeto oriundo da Assembleia Legislativa, com a marca, isso vai ser muito positivo.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado, deputada Professora Bebel. O próximo inscrito é o deputado Thiago Auricchio. Tem que liberar o som, deputado. Tem a palavra Vossa Excelência.

 

O SR. THIAGO AURICCHIO - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente. Boa tarde a todos os deputados. Serei muito breve na minha fala.

Quero começar parabenizando o senhor, presidente, pela iniciativa desse trabalho. Sem dúvida vai ser um marco para a nossa Assembleia Legislativa. Quero saudar o deputado Vinícius Camarinha; converso com ele diariamente.

Como a Professora Bebel bem colocou, a boa intenção, o trabalho e a dedicação a esse projeto vão ser muito importantes. Saúdo também o Carlão, que contribuiu muito nesse momento.

Como eu disse, presidente, serei muito breve, só apresentar a defesa a esse polêmico Art. 33. Falei com a deputada Janaina inclusive, entendo o posicionamento dela. O deputado Teonilio Barba até comentou sobre o posicionamento dela. A gente entende qual é o ponto e entende qual é o ponto de outras pessoas que são contra a aprovação desse artigo.

Não tenho dúvida de que esse grande projeto, o maior objetivo dele é a proteção à população do estado de São Paulo. E a gente, sem dúvida, vai conseguir levar essa proteção com mais informação.

Mas temos que ter, presidente e todos os deputados, a boa informação, a informação que mostra os modos de a gente se proteger desse vírus, o modo de a gente se afastar desse vírus.

Felizmente temos bons canais de comunicação - TV, telejornal, rádio, o jornal físico, a internet, as redes sociais -, mas infelizmente a gente sabe que existem pessoas... (Inaudível.)

Está na moda falar do gabinete do ódio. Há até um inquérito no Supremo Tribunal Federal que investiga as fake news. A gente vai iniciar agora uma CPI na Casa sobre as fake news. O Congresso também tem uma CPI falando de fake news.

Só para a gente ter uma ideia, a “Folha de S. Paulo”, na semana passada, trouxe uma matéria dizendo que o Brasil é campeão em matéria de fake news em relação ao coronavírus. Então, sem dúvida, a gente precisa dar uma resposta ...

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Estamos com um problema de conexão com o deputado Thiago. Deputado Thiago, conseguiu restabelecer? Tentaremos depois do próximo inscrito. Deputada Beth Sahão, tem a palavra Vossa Excelência.

 

A SRA. BETH LULA SAHÃO - PT - Boa tarde, Sr. Presidente, deputados e deputadas desta Casa. Primeiramente quero abrir minha fala cumprimentando a todos, em especial o deputado Vinícius, por essa construção importante desse projeto.

Obviamente é um projeto onde não pudemos contemplar tudo aquilo que nós gostaríamos de ver contido no projeto, mas eu acredito que, ao longo de semanas, foi um projeto que acabou abarcando áreas que são importantes, sobretudo para o conjunto da população que sofre muito com a Covid-19 e com todos os seus desdobramentos sobre a vida dessas famílias paulistas, que estão aguardando medidas importantes para poderem inclusive melhorar suas condições de sobrevivência.

Mas eu queria, antes de entrar, rapidamente também... Estou até com o meu cronômetro do lado, Sr. Presidente, vou procurar não usar os meus 15 minutos. Quero aproveitar também para agradecer ao deputado Carlão, que, junto com os nossos líderes, o deputado Barba e a deputada Bebel - e nós também participamos de algumas reuniões com ele -, trabalhou na construção de emendas em determinadas áreas. 

Acho que isso foi importante, mostra a maturidade, mostra a responsabilidade da Assembleia Legislativa, que não se esgota aí.

Na verdade, tivemos já projetos que mostraram para a população deste estado atitudes bastante responsáveis da Assembleia, de seus deputados e deputadas entre elas a própria redução do nosso salário, como já foi dito aqui, e da verba de gabinete e de outras medidas, como, por exemplo, quando votamos a destinação de alguns fundos do Estado para uso na área da Saúde no combate e no enfrentamento da Covid-19.

Então, acredito que esse seja um trabalho coletivo que não pode deixar de ser destacado nesse momento. Também, Sr. Presidente, gostaria muito de fazer algumas observações, entre elas a questão do artigo e parágrafos que dizem respeito à violência doméstica.

Foi muito bem colocado, eu acho que foi importante. A gente já tinha apresentado emendas, já tinha apresentado inclusive projetos, mas nós insistimos para que esse valor saltasse de 300 reais para 600, igualando ao auxílio emergencial que foi aprovado pela Câmara e pelo Senado Federal, e que hoje…

Claro que tem muita gente que não consegue, mas tem chegado a famílias que precisam tanto desse auxílio. O ideal seria chegar a 600 reais, até porque todas as estatísticas têm apontado o crescimento da violência, seja sobre a mulher, seja sobre a criança e o adolescente.

Na última semana, os números apontaram um crescimento de 16% sobre a violência em relação à criança e ao adolescente. Então, a situação não é fácil. Nós sabemos que, embora a gente tenha que reforçar e estimular o isolamento social, muitas vezes essa quarentena acaba prejudicando os seguimentos e os setores mais vulneráveis da família, que são as mulheres, as crianças, os adolescentes e os próprios idosos. Então, se pudesse esse valor ser um pouco maior, é claro que essa ajuda seria muito bem-vinda.

Mas eu queria ainda ressaltar também a questão dos concursados. A gente recebeu muita demanda nesse sentido, porque tem muitos concursos abertos no estado de pessoas que já foram aprovadas e que estão aguardando para serem chamadas, e dos três poderes. Então, isso foi muito bem colocado, não apenas no Executivo, mas no Executivo, no Legislativo e no próprio Judiciário.

Nós temos concursos do Tribunal de Justiça, e as pessoas que estudaram e se prepararam, que gastaram para fazer o concurso, que foram aprovadas pelos seus esforços, estavam extremamente angustiadas nesse sentido. Então, a interrupção da contagem de tempo é muito bem-vinda. Acho que essa foi uma das medidas importantes também contempladas por esse projeto.

Além disso, temos também a questão da Cultura, essa que nós debatemos muito com a liderança do Governo. O deputado José Américo, companheiro nosso de bancada, foi uma das pessoas que mais estimulou a abertura desse diálogo e ao mesmo tempo as propostas que estão ali contidas.

Sabemos que o setor cultural passa por dificuldades enormes, até porque ele foi um dos primeiros a ser afetado e certamente será um dos últimos a ter os seus ofícios liberados em função de onde ele atua, seja em bares, restaurantes, seja em eventos, seja em espetáculos circenses, em teatros, enfim, tudo aquilo que representa aglomeração de pessoas. E tudo aquilo que representa aglomeração de pessoas neste momento é um grande risco e precisa ser evitado.

Portanto, a atividade cultural no estado de São Paulo, inclusive para os espaços culturais também, embora insuficiente - são dois mil espaços culturais a serem atendidos -, de qualquer modo, já é uma ajuda bem-vinda e precisa ser levada em consideração.

E também, por fim, Sr. Presidente, queria ressaltar a importância da suspensão do pagamento no restaurante popular. Essa foi uma emenda de minha autoria, e sabemos que por ali passam setores mais vulnerabilizados da nossa sociedade, da população, e principalmente os moradores em situação de rua, seja aqui na cidade de São Paulo, seja pelo interior onde estão instalados.

Apenas fica aqui uma reivindicação que considero importantíssima, que é a confecção de um tíquete de alimentação para essas pessoas. Eles estão encontrando uma dificuldade muito grande.

Cabe a nós, parlamentares, sempre legislarmos no sentido de desburocratizar determinadas questões, e essa é uma delas. Ainda é muito burocrático para poder conseguir esse cartão. Eles já têm uma certa dificuldade. Às vezes, não têm a documentação; às vezes, perdem a documentação. Esses documentos muitas vezes são roubados.

Portanto é preciso levar em conta que essa suspensão do pagamento da refeição, enquanto durar o decreto de calamidade pública, é importante, mas precisa ser acompanhada de outras iniciativas que possam facilitar o acesso dessa população à sua alimentação, e estender também.

Quanto mais for extensa a abertura desses restaurantes, melhor. Fica aqui, inclusive, a dica para que seja aberto um restaurante na região da Mooca, que é uma região que tem muito morador em situação de rua e precisa urgentemente. E não precisa abrir nada, só usar os espaços que já estão ali disponíveis.

Finalizando, Sr. Presidente, queria deixar aqui a minha indignação com o aumento exacerbado da violência policial nos últimos eventos da cidade de São Paulo, numa distinção inimaginável, com a qual nós não podemos concordar, nos tipos de tratamento que os policiais dispensam às manifestações de diferentes ideologias na cidade de São Paulo. E com a intensidade da violência que vem sendo imprimida pela Polícia Militar no estado de São Paulo.

E isso quero dizer que não... (Inaudível.) Nós estamos preparando vários requerimentos. Aqui pelo interior também tem sido uma prática muito dura, e nós não vamos concordar com isso. É preciso afastar, é preciso retirar esses maus elementos da corporação, que envergonham a Polícia Militar e que acabam cometendo crimes contra pessoas tão inocentes.

Este final de semana mesmo nós tivemos outro que foi morto, não se sabe em que circunstâncias. Então a todo instante temos principalmente jovens, principalmente negros assassinados em circunstâncias que dificilmente são investigadas como deveriam ser, com a profundidade, com a responsabilidade que deveriam ser.

Então, fica aqui nosso recado, Sr. Presidente. No mais tenho certeza de que vamos votar hoje com a nossa consciência de sermos agentes políticos responsáveis. Embora sejamos uma bancada de oposição, temos responsabilidade com os destinos deste estado, principalmente num momento tão difícil como esse, desse vírus que afeta, que infecta e mata tantas pessoas.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado, deputada Beth. Quase fui sugerir a V. Exa. colocar bateria no seu cronômetro ao lado, mas agradeço não ter utilizado o tempo na totalidade. O próximo inscrito é o deputado Itamar Borges.

 

O SR. ITAMAR BORGES - MDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente, boa tarde. Boa tarde, colegas. Presidente, eu tinha feito uma solicitação de questão de ordem, queria deixar no início. Eu sei que o senhor fará isso no momento da votação, mas eu queria que ficasse bem claro, presidente, para quem quer manter o Art. 33, como deverá votar.

Nós teremos uma, duas, três votações. Quem quer manter o 33, como vota na primeira, como vota na segunda, como vota na terceira. E quem não quer manter, quer tirar o 33, como vota na primeira, como vota na segunda, como vota na terceira. Fica para o final e eu vou aqui tentar ajudar na questão do meu tempo para fazer uma defesa desse ponto.

Eu vi que o deputado Barba já disse que recomenda à bancada. Eu e a nossa bancada também. Peço que os deputados possam apreciar a importância desse Art. 33, que foi contemplado depois de um amplo debate, depois de tantas sugestões que foram apresentadas, depois de muito trabalho de todos, inclusive, passando pelo congresso de comissões, e chegou agora tendo um pouco dessa divergência. Mas eu queria muito pedir que pudéssemos ficar atentos a isso da importância.

Nós estamos assistindo à ausência de uma legislação específica que defina essa questão do crime de produção de fake news, em especial os compartilhamentos das fake news. Não é produzir, é compartilhar, e nós temos fatos muito recentes. Então, nós não podemos…

Estamos vendo o Supremo Tribunal Federal, estamos vendo os governadores vítimas, as Secretarias da Saúde, o Ministério da Saúde com campanha alertando para as pessoas não compartilharem essas notícias falsas. Então, acho que parece que não é de bom-tom que nós não tenhamos o cuidado e a cautela nesse sentido.

Nós sabemos que a questão das fake news e de compartilhar entra na lei das contravenções penais, porém nós estamos apenas criando uma punição administrativa dentro daquilo que a contravenção já contempla. Com certeza, o Congresso Nacional vai buscar em breve uma adequação desse texto.

Além dessa questão da contravenção, nós tivemos recentemente situações. Inclusive o site do jornal “O Estado de S. Paulo” publicou, em Belo Horizonte, Recife, Vitória do Espírito Santo, situações que foram problemáticas, que aconteceram de postagens, de compartilhamento e que induziram pessoas a erro e a criar o temor público por essa situação.

Respeito muito quando a deputada Janaina coloca que teve situações de pessoas que tinham uma boa intenção e colocaram muitas vezes a ideia e acabavam sendo enquadradas como fake news, mas é melhor que as boas ideias sejam enquadradas e que todas as más sejam também enquadradas, porque, para dar as boas ideias, nós temos o Poder Público, e o Poder Público, o Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual e as municipais têm feito isso com muita eficiência, com muita competência.

Eu acho que nós temos que tomar cuidado que a tecnologia; em especial essa questão das fake news tem sido um problema. Alguns colegas nossos, deputados, já aprovaram. As Assembleias do Acre, do Ceará, do Mato Grosso, da Paraíba, do Rio Grande do Norte, de Roraima, todas elas já aprovaram esse Art. 33, e nós temos condições de contemplar nesse projeto de lei importantíssimo que o Sr. Presidente e o Camarinha, com a colaboração de todos nós, tivemos aí esse resultado final. Como disse a Beth, às vezes não contemplou tudo, mas avançou no que foi possível.

Eu finalizo, presidente, dizendo que a preocupação é coibir as falsas notícias, para que não provoquem pânico social, que não gerem desinformação. E, mais do que isso: dentro desta crise grave em que estamos, nós não podemos permitir essa crueldade.

Muitas vezes, o compartilhamento de fake news se torna cruel diante de divulgações de informações falsas, distorcidas, que causam inquietude e um sentimento de desespero na sociedade.

Acho que é importante aproveitar este momento e enfrentar, combater isso. Eu peço que a gente possa, com a sua orientação, votar para preservar o Art. 33; ou seja, preservar o conteúdo completo desse projeto de lei tão trabalhado.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado, deputado Itamar Borges, por não ter utilizado o seu tempo na totalidade, usou apenas cinco minutos. O próximo inscrito é o deputado Adalberto Freitas.

 

O SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra Vossa Excelência.

 

O SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - Boa tarde, presidente, boa tarde a todos os colegas parlamentares que estão participando desta votação. Quero, primeiramente, desejar um feliz aniversário para o nosso deputado Jorge do Carmo, parceiro que briga muito lá pela zona leste, um grande lutador.

Comparo a minha luta à dele. Vivemos nos extremos: ele, na zona leste; eu, na zona sul. Temos o mesmo problema, já conversamos várias vezes; o problema que aflige a ele lá, nos aflige aqui, também. Então, meus parabéns, deputado, que Deus abençoe sempre a você, sua família, sua vida toda.

Agradeço, também, ao presidente da Alesp, deputado Cauê Macris, que, pela sua iniciativa, possibilitou chegarmos neste estágio, em que está agora o projeto de lei para ser aprovado.

Parabenizo, também, o deputado Carlão Pignatari, líder do Governo, que tem se empenhado diuturnamente para fazer todos os acordos, para que esse projeto consiga avançar cada vez mais.

E o Carlão tem um adjetivo importantíssimo, ele sabe negociar com as pessoas. Ele é extremamente educado, sempre nos atende quando a gente precisa, nunca nos deixou na mão quando temos alguma dúvida.

Também, parabenizo, por fim, o deputado Vinícius Camarinha pelo trabalho que teve, apesar de estar lá com o filho pequeno em casa, cuidando. Mas está dando atenção especial para s, nãonesse projeto de lei, mas como em outros também, em todos os demais.

Eu coloquei ontem, em uma reunião que tivemos das comissões, rogar a todos os parlamentares que a gente consiga realmente votar o quanto antes isso. Eu não vou usar nem meu tempo, porque realmente há uma extrema necessidade de isso ser votado.

Quero, aqui, fazer menção ao Art. 33. A deputada Janaina sabe do respeito imenso que eu tenho pela colega, pela carreira dela, por tudo o que ela fez por nós, mas eu gostaria de deixar esse artigo, ter a manutenção.

Sou contra a retirada dele, porque eu sei que, assim, se tiver qualquer lei que tenha, se a pessoa não transgredir essa lei, ela não vai ser penalizada.

É um absurdo que esteja tendo pessoas mal-intencionadas; estão usando a rede social, que veio para uma coisa boa. Mas a gente sabe que tem pessoas mal-intencionadas que ficam aí à noite trabalhando, de madrugada, para no outro dia colocar o nome de uma pessoa em determinada situação, que até a pessoa conseguir provar que não é aquilo lá, já é tarde demais.

Nós sabemos que, como tem gente boa trabalhando para poder usar a rede social para poder adjetivar as outras pessoas, pelo trabalho de bom que essas pessoas fazem, existem pessoas que querem denigrir a imagem de parlamentares. Aqui dentro da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo nós já tivemos isso. Alguns companheiros nossos, parlamentares, sofreram já isso daí.

As pessoas têm a rede social, mas usam o seu funcionário, que contrata um amigo, que fala com não sei quem, para a pessoa não aparecer. São covardes, covardes mentirosos, que usam outras pessoas para poder denigrir a imagem de outras pessoas. Eu sou contra isso.

Eu comparo essa questão do projeto de lei, do item, à questão das fake news: está na lei. Se a pessoa não transgredir, ela não tem que se preocupar com isso.

Então, acompanho, faço coro com o deputado Teonilio Barba, que é a favor da manutenção, e do Itamar Borges, que me antecedeu, para que a gente consiga manter esse Art. 33, respeitando, obviamente, a opinião dos outros colegas, que acham que deveria ser retirado, mas eu faço questão de que se mantenha.

Então, presidente, muito obrigado. Eu não vou usar todo o meu tempo para poder agilizar esta votação.

Boa tarde a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado, deputado Adalberto, por não utilizar o seu tempo na totalidade.

A próxima inscrita é a deputada Márcia Lia. Vossa Excelência precisa habilitar o som, aqui já está habilitado. Agora, sim, tem a palavra Vossa Excelência.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Muito boa tarde, Sr. Presidente, boa tarde a todos os deputados e deputadas. Vou tentar ser muito breve.

Eu acabei de verificar um erro material aqui, um erro de digitação, provavelmente, no Art. 28, onde consta "Fundo de Expansão da Agropecuária e da Pesca", na verdade é o Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista.

Então, precisaria fazer a correção, porque no projeto original consta "Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista". Precisaríamos, Sr. Presidente, corrigir esse equívoco, porque não é do Fundo da Agropecuária e da Ppesca, e sim do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista. Eu estou tentando falar com o Rodrigo, para ver como é que a gente faz para corrigir essa situação.

De qualquer maneira, eu penso que o projeto, apesar de ter demorado um pouquinho, ficou muito bom. Quero parabenizar todo o esforço do meu líder, deputado Barba; da minha líder, a deputada Bebel; e também do deputado Carlão, enfim. Dizer que algumas propostas que foram incorporadas ao PL 350 são fundamentais, e esse Art. 28, que foi uma proposta nossa, é muito importante.

Então, penso que ele precisa ser corrigido, só esse probleminha, para que a gente possa ter linhas de crédito para os pequenos agricultores, para os pescadores artesanais, os assentados, os indígenas, os quilombolas; aqueles que produzem alimentos, aqueles que colocam, no dia a dia, nas nossas mesas, o alimento.

E também as cooperativas e associações, que estão aí atendendo essa importante contribuição do governo do eEstado, abrindo essa linha de crédito e de microcrédito.

Também quero dizer que nós apresentamos um projeto de lei e que ele se transformou nessa emenda, e ela foi contemplada. Então, eu tenho a agradecer também o Art. 30, quando fala de água, esgoto, energia e gás. Nós também apresentamos um projeto de lei para que as pessoas tivessem isenção no pagamento de gás, aquelas que não têm condição de pagar.

(Inaudível.) Portanto, vou votar contrária à retirada do Art. 33, porque eu apresentei um projeto de lei para que a utilização de fake news em relação à pandemia fosse, sim, criminalizada, e que a pessoa pudesse sofrer as sanções da lei.

Quero parabenizar também algumas outras iniciativas importantes e fundamentais, como o auxílio emergencial para as mulheres vítimas de violência; a questão da interrupção da contagem do tempo dos concursos, enfim.

Eu penso que, na somatória geral, o projeto de lei só não atende integralmente os artistas. Os artistas não se contentam com o que está incluído no Art. 27. E vamos continuar na luta pelo PL 253, mas isso é em outro momento.

Então, quero encerrar minha fala agradecendo ao esforço do Camarinha, ao esforço do meu líder, Barba, e a toda a contribuição do deputado Carlão, da Professora Bebel e de todos aqueles que de alguma forma contribuíram para que a gente possa votar.

Encerro minha fala desejando uma boa tarde a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado, deputada Márcia Lia. Lembrando que nós temos ainda a redação final desse projeto. Qualquer possível acerto é possível ser feito na redação final. Obrigado, e agradeço por não ter utilizado o seu tempo na totalidade, deputada Márcia Lia.

A próxima inscrita é a deputada Leci Brandão. Tem a palavra Vossa Excelência.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, saúde para todos. Parabéns, deputado Jorge do Carmo, uma pessoa de quem gosto muito. Quero agradecer ao presidente Cauê Macris, agradecer ao Camarinha pelo esforço dele e da equipe, e também ao líder do Governo, Carlão Pignatari.

Eu não sou uma pessoa egoísta, eu sou altruísta. Não posso deixar de agradecer ao Barba, agradecer à Bebel, porque foram, assim, parceiros nas últimas horas, ouvindo a gente, procurando junto ao governo mostrar as nossas coisas. Porque todo mundo sabe que o PCdoB só tem a Leci, e a Leci tem algumas dificuldades, vocês sabem de tudo isso.

Mas eu quero dizer o seguinte: o projeto inicial, Sr. Presidente, dele não constavam as questões de Educação e de Cultura do jeito que a gente esperava, no inicial. Mas, em conjunto com os partidos de oposição, a gente conseguiu sensibilizar o líder do Governo, e esses assuntos agora fazem parte do PL 350.

É claro que nem tudo o que nós gostaríamos que acontecesse aconteceu, mas a gente vai continuar batalhando pelos projetos, em especial, os projetos sociais, os projetos de reintegração.

Hoje, inclusive, aconteceu uma reintegração de posse muito séria lá em Guaianazes, e é uma coisa que a gente tinha colocado. Um dos nossos projetos era isso, que durante a pandemia não podia acontecer, mas aconteceu.

Bom, já eu antecipei ontem, no Colégio de Líderes, que votarei favoravelmente a esse projeto. E já quero antecipar também que quero que mantenha no projeto o Art. 33. Ele vai ter que ficar, não pode sair não, porque fake news, no meu entender, é o maior terror que nós temos na nação brasileira.

Queria mandar um recado para o nosso amigo Paulo Fiorilo, que é muito importante, sim, dar ciência da transparência de todos os recursos, enfim. É tanta coisa, tanto dinheiro. Tem que ter, sim, a transparência dessas coisas.

E dizer o seguinte: eu estou contemplada, Art. 27. Contemplada em termos, onde estão os artistas. Os valores para os centros culturais diminuíram bastante, mas entrou, pelo menos, alguma coisa.

A questão do Art. 31 e também o Art. 30, porque a gente já tinha pedido, sim, para impedir a suspensão dos pagamentos de água, energia, gás e tratamento de esgoto. Um dos nossos projetos foi apresentado dessa forma.

Sr. Presidente, estou sabendo que o governador virá aqui, parece que quinta-feira, se não me engano, e eu gostaria só de deixar um recado para ele, que eu não estarei nessa reunião: que ele peça à Secretaria de Segurança e, em especial, à Polícia Militar do Estado de São Paulo, que ela, por favor, mude o foco, não fique só focando na juventude negra, principalmente a juventude negra, até porque vidas negras importam.

A população está revoltada com isso, principalmente a população da periferia. Ela tem o direito de ir e vir, e o mundo está com essa pauta aí, de revolta em relação à população negra. Só quero mandar esse recado.

O coronel Camilo tem falado bastante na TV, tem se explicado, enfim, e ele é uma pessoa bastante serena, eu o respeito bastante, mas queria pedir ao governador que diga para a Polícia Militar do Estado de São Paulo que a juventude negra quer continuar vivendo.

Muito obrigada, Sr. Presidente. Apenas isso.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado, deputada Leci Brandão.

Convocação. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, combinado com o Artigo da Mesa nº 4, de 24 de março de 2020, convoco V. Exas. para a 26ª Sessão Extraordinária em Ambiente Virtual, transmitida ao vivo pela Rede Alesp, a realizar-se hoje, dez minutos após o encerramento da presente sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia: Item 1 - Projeto de lei nº 350, de 2020.

Eu convido o deputado Rafael Silva. Eu vou ter que me ausentar alguns minutos aqui da Presidência. Eu estou passando a Presidência, só por esses minutos em que me ausentarei, para o deputado Gilmaci, nosso primeiro-vice-presidente. Ele estará com o som habilitado.

Já passo a palavra para o deputado Rafael Silva, e o deputado Gilmaci segue a ordem dos inscritos. Por alguns minutos, me ausentarei aqui da Presidência. Deputado Rafael Silva, tem a palavra Vossa Excelência. Deputado Rafael. (Pausa.) O deputado Rafael Silva está ausente, então ele precisará se reinscrever.

O próximo inscrito é o deputado Marcio da Farmácia. (Pausa.) Deputado Marcio da Farmácia.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Agora, sim. Tem a palavra V. Exa., deputado Marcio.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Uma boa tarde à Presidência, boa tarde a todos os deputados, boa tarde à TV Alesp, que está nos transmitindo.

Gostaria de agradecer a participação hoje nesta sessão, que nos faz muito feliz, porque hoje o Projeto da Covid-19, que é um projeto discutido há dois meses já, para poder encaixar as emendas...

É uma vitória, eu acho, para todos os deputados. Teve mais de 300 emendas que foram se resumindo, e acabou nesse projeto excelente, que está montado hoje para ser votado.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Gilmaci Santos.

 

* * *

 

Gostaria muito de agradecer ao Vinícius Camarinha pela compreensão e a discussão, de ter nos ouvido, para poder discutir e assim aprimorar as nossas emendas para poder entrar no projeto. Agradecer ao Carlão Pignatari por ter intermediado alguns assuntos, e a gente poder ter acertado, dentro do projeto, as nossas emendas.

Gostaria muito de agradecer à instituição Assembleia Legislativa, porque, dentro do Brasil, esse Projeto Covid-19, o estado de São Paulo é um dos pioneiros a fazer um projeto coletivo que pudesse agradar à população do estado de São Paulo, num projeto de que todos os deputados participaram.

Não é comum o que está acontecendo, mas a Assembleia do Estado de São Paulo sempre partiu na frente. Basta ver o projeto que nós fizemos diminuindo nosso salário em 30%, para poder ser aplicado no combate ao coronavírus. Então, essas são iniciativas que a Assembleia do Estado de São Paulo tem com esses 94 deputados que tem hoje na Assembleia.

Mas, presidente, quero agradecer a compreensão de todos os deputados durante a discussão, de ter colocado a Emenda 57, a Emenda 97, a emenda aparte do deputado Ataide Teruel, do deputado Aprigio, do deputado Bruno Ganem, e deste deputado, Marcio da Farmácia, que colocamos projetos que cabem dentro da situação do Projeto Covid-19, que auxilia bastante dentro do projeto, nessas emendas nossas, que cabe um projeto pelo Podemos, onde entrou e vai beneficiar muita gente dentro do estado de São Paulo.

É um projeto importante o do Covid-19, mas ficou mais importante ainda quando couberam as opiniões dos deputados, que puderam ser colocadas lá dentro; e discutido para isso, e chegado num contexto onde chegou nesse projeto que vamos votar hoje.

Sou favorável ao projeto, presidente, mas gostaria de citar uma emenda, a 6, da Maria Lúcia Amary, que tinha sobre os farmacêuticos do estado de São Paulo. Eu sou farmacêutico, presidente, e estou muito feliz que o CRF, o Conselho Regional de Farmácia, junto com o Dr. Marcos e toda a sua parte técnica do CRF, incorporou, junto com a gente, um trabalho onde melhorou a emenda da Maria Lúcia Amary.

E hoje posso dizer que nós fazemos parte dessa emenda junto com ela, porque a apresentação ficou melhor. Porque hoje os farmacêuticos do estado de São Paulo vão poder compartilhar o trabalho, o profissionalismo que têm e a responsabilidade técnica que o farmacêutico tem para poder auxiliar no combate ao coronavírus.

Entre isso na aplicação remota, por telefone, por vídeo, de maneira que possa ajudar o paciente aonde quer que ele esteja, desde que o farmacêutico esteja no seu local de trabalho.

Isso foi um avanço para a classe farmacêutica. Eu fico muito feliz e agradeço aqui de antemão a todos os deputados que me ajudaram, o Carlão Pignatari principalmente, Vinícius Camarinha e dona Maria Lúcia Amary, que é a nossa deputada aí da região do interior.

E dizer para vocês que o CRF compartilhou 100% no trabalho. Obrigado, CRF, obrigado, deputados. Estamos juntos nesta jornada. Foi um progresso para o estado de São Paulo desde quando nasceu a iniciativa, que nasceu pela Presidência da Assembleia Legislativa. Parabéns, Cauê Macris, que desenvolveu o Projeto Covid-19, onde juntou várias emendas do estado de São Paulo.

Eu quero dizer que eu vou encurtar minha fala, para poder colaborar, devolvendo um pouco do meu tempo para que a gente possa votar nesse projeto com mais tranquilidade. Mas jamais poderia deixar de agradecer aqui às pessoas e o projeto que estamos votando hoje. Parabéns a todos os deputados do estado de São Paulo. Um grande abraço.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Marcio da Farmácia. Parabéns por não utilizar o seu tempo completo, utilizando só uma parte do tempo.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, me ouvem neste momento? (Pausa.) Por favor. (Pausa.) Srs. Deputados, alguém me ouve? Só me dá um ok aí. Está me ouvindo, Marcio? (Pausa.) Muito obrigado.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, é um prazer estar com todos vocês aqui. Parabenizar o Marcio e agradecer ao senhor por não ter utilizado o seu tempo completo, assim ajudando a gente a votar esse projeto de tamanha importância no dia de hoje ainda.

O próximo deputado inscrito para falar é o deputado José Américo. (Pausa.) Deputado José Américo.

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT - Estou ativando o meu som, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Por favor. Então, já ouço o senhor.

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT - Está ouvindo?

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Sim.

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT - Está vendo também?

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Sim, ouço e vejo.

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente. Bom, queria já saudar todos os Srs. Deputados e Sras. Deputadas na tarde de hoje.

Quero dizer que esse projeto que nós estamos votando eu acho que é um avanço bastante grande para a nossa Casa, para a Assembleia Legislativa de São Paulo, porque conseguimos compatibilizar dezenas de projetos nesse projetão.

Quero parabenizar o deputado Vinícius Camarinha, que foi o relator desse trabalho. Foi muito importante o Vinícius, com a sua paciência, com a sua capacidade, que foi fundamental para que esse projeto pudesse chegar até onde chegou. Quero também saudar o líder do Governo e os líderes de todos os partidos, que colaboraram para que a gente chegasse aonde chegou.

Bem, quero dizer, Sr. Presidente, mais ou menos na linha do que disse meu colega de partido Paulo Fiorilo, que a gente precisa olhar para a frente. Nós fizemos um projeto voltado aí para responder aos efeitos do coronavírus no estado de São Paulo.

Precisamos olhar para a frente. Com o fim da pandemia, nós vamos ter um número de desempregados no estado de São Paulo muito grande. Uma parte da economia brasileira e da economia paulista está sendo eliminada pelo coronavírus.

Pelo menos 20 ou 30% da capacidade produtiva do estado de São Paulo, capacidade de empregar pessoas, vai se esgotar e, portanto, acho que seria muito importante que nós tivéssemos levantado.

Se não o fizermos, em algum outro momento temos que ter a oportunidade de fazê-lo, de propor que o estado de São Paulo, a exemplo do que outras esferas de poder estatal deveriam fazer, o estado de São Paulo tem que investir na criação de trabalho, de empregos.

Alguma coisa que mais ou menos 90 anos atrás fez nos Estados Unidos o presidente Franklin Delano Roosevelt, quando, diante da Grande Depressão, ou após a Grande Depressão, assumiu a responsabilidade do estado americano como presidente e criou um plano, um ousado plano de obras públicas para os Estados Unidos.

Ou seja, o próprio estado teve a necessidade de empregar pessoas, de suprir a necessidade de emprego, porque a Grande Depressão havia cortado uma parte dos empregos nos Estados Unidos. Criou um plano de obras públicas. Esse plano de obras públicas foi fundamental, primeiro, para realizar uma série de obras importantes para os Estados Unidos, que os Estados Unidos necessitavam, e, segundo, para empregar milhões de pessoas. 

O estado de São Paulo, obviamente, não vai ter condições de fazer isso com milhões de pessoas, mas pode fazer com alguns milhares. Cem, duzentas, trezentas mil pessoas podem ser empregadas pelo estado de São Paulo, através de um plano. O Paulo Fiorilo chamou de "Frente de Trabalho". 

Pode ser "Frente de Trabalho", pode ser "Plano de Obras Públicas", onde, sei lá, cem, duzentas mil pessoas empregadas pelo estado de São Paulo, com um salário mínimo, um salário mínimo e meio, poderiam construir as obras que o estado de São Paulo precisa.

Desde estradas vicinais no interior de São Paulo, recuperação de estradas existentes, construção de estradas vicinais que são necessárias, limpeza de bueiros, canalização de córregos, construção de escolas, delegacias de Polícia, e daí para a frente. 

Acho que um plano de obras públicas de São Paulo vai ser fundamental para empregar a mão de obra que, infelizmente, essa pandemia vai gerar, esse emprego que ela vai gerar.

Então, eu acho que é extremamente importante que a gente pense nesse plano de obras públicas, pois isso vai ser fundamental. Bem disse o Paulo Fiorilo, que fez essa proposta, que é extremamente importante. 

Acho que todas as prefeituras do estado de São Paulo, do Brasil, deveriam fazer a sua parte. Todos os governos estaduais deveriam fazer a sua parte, e a União também. O estado vai ter que investir pesadamente para fazer frente às consequências da pandemia quando ela terminar. Eu não tenho dúvida disso.  

Em segundo lugar, queria também destacar algumas coisas que esse projeto contemplou e que eu acho que são extremamente importantes. Por exemplo, a questão do tema da Cultura. O estado de São Paulo é um estado onde os trabalhadores da área cultural são em um número bastante grande. A Cultura gera um número bastante grande de empregos, de tal forma que nós temos milhares de trabalhadores da área cultural. 

Infelizmente, a pandemia acertou de maneira gritante, atingiu de maneira gritante o seu modo de trabalhar. O trabalhador da Cultura, seja o artista do circo, seja o artista do teatro, de dança, de música, foi um dos primeiros afetados pela pandemia.

Milhares e milhares de artistas do estado de São Paulo estão passando necessidade. Vivia da sua música, vivia da sua expressão artístico-cultural, e agora isso está suspenso. Enquanto a pandemia durar, não pode apresentar o teatro, não pode apresentar a sua música, o seu circo e, portanto, não pode ganhar o seu recurso para se alimentar, para viver. 

Então, foi aprovada no plano nacional a Lei Aldir Blanc, iniciativa da deputada do PT Benedita da Silva, com apoio da relatora do PCdoB, Jandira Feghali, e em São Paulo nós aprovamos uma lei complementar à Aldir Blanc, que propõe também recursos, pagamentos de ajuda solidária aos trabalhadores da Cultura e também uma ajuda solidária aos espaços culturais. 

Nosso projeto chega a falar em até dois mil espaços culturais. O que são esses espaços culturais? São teatros, são espaços de música, são espaços de dança que nós temos pelo estado afora e que são fundamentais para que a atividade artística seja desenvolvida.

Esses espaços, muitos deles são alugados, estão sendo entregues a seus proprietários, outros estão sem manutenção de propriedade do próprio grupo de teatro ou de música, estão sem manutenção. 

Então, financiar a manutenção desses espaços abertos, financiar a abertura desses espaços, financiar para que, inclusive, eles tenham condições de poder recuperar o espaço e o tempo perdido depois da pandemia é fundamental.

A lei Aldir Blanc já está fazendo isso. Vai fazer isso, aliás, quando ela for sancionada pelo presidente, e o nosso projeto traz uma proposta exatamente nessa direção. Ele fala em até dois mil espaços, e é bastante significativo para o nosso estado. 

Então, acho que essas são as coisas que eu gostaria de destacar. Não quero usar todo o meu tempo, mas quero, no final, chamar a atenção para um aspecto importante do nosso estado de São Paulo. Esse projeto, como outras iniciativas que nós tivemos, vem no sentido de mitigar as consequências sociais da pandemia, digamos assim, em uma palavra.  

Por isso que eu acho que é fundamental, é importante, é humano e é generoso. Ele vai no sentido exatamente contrário do que nós temos visto no estado de São Paulo e no Brasil também - no estado de São Paulo em particular, que nos diz respeito -, que é a violência praticada pela nossa Polícia na última semana. 

Eu tenho certeza disso, conheço muito a PM. Eu tenho certeza. Estamos falando de exceções. Tivemos o caso de Barueri, tivemos um caso aqui em São Paulo, tivemos também um caso na Grande São Paulo nesta última semana. Acho que isso é uma exceção.

A PM, em geral, tem tido um trabalho admirável no estado de São Paulo. Sempre está presente, sempre colaborando, inclusive neste momento da pandemia fazendo também um trabalho importante, mas acho que é importante, até para que a nossa Polícia e o nosso comando, o comando da PM, a Secretaria de Segurança e o governador tomem providências com aqueles que falharam, com aqueles que, digamos assim, estão manchando a farda, manchando a história da Polícia Militar do Estado de São Paulo. 

Então, só para deixar isto aqui. Eu vi outro dia na televisão o Coronel Camilo, que é adjunto para a PM no estado de São Paulo, que a gente conhece, foi deputado conosco, se manifestando muito bem, muito correto, mas quero pedir aqui que isso não seja esquecido, porque é uma coisa que vai no sentido contrário. 

Não é dentro daquela concepção que o Trump lá nos Estados Unidos tem, de que entre ele e o povo só tem a Polícia para impedir o caos. Não é verdade, e a nossa PM também não pensa isso. É apenas punir aquela exceção que fugiu da regra, que, em geral, é uma regra positiva. 

Sr. Presidente, quero aqui deixar um grande abraço para o senhor também, para os nossos colegas, e agradecer a todos vocês. Mais uma vez, eu estou vendo ele aqui; Vinícius Camarinha, um super abraço para você e parabéns pelo seu esforço e pela sua capacidade de diálogo.

Muito obrigado. 

  

* * *

  

- Assume a Presidência o Sr. Cauê Macris. 

  

* * *

  

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado, deputado José Américo, já retomando aqui a Presidência. Agradeço ao deputado Gilmaci, que ficou aí, acompanhou os trabalhos ao longo de alguns minutos. O próximo inscrito é o deputado Cezar. Tem a palavra Vossa Excelência. 

  

O SR. CEZAR - PSDB - Sr. Presidente, boa tarde. Srs. Deputados, que estão aí me ouvindo agora, boa tarde. Depois de 30 dias, retornamos a esse projeto, projeto muito bom para o estado de São Paulo.  

Eu queria falar para vocês, deputados, que de manhã cedo, quando nós votamos para deputado Carlos Cezar ser o presidente da nossa comissão, nós tínhamos dez mil mortes em São Paulo. Agora, neste horário que nós estamos, atingimos onze mil e duzentos óbitos e nós estamos debatendo o projeto ainda. 

Eu queria parabenizar o decano deputado Campos Machado que falou muito bem. Foi o primeiro a falar e falou bem. Deu uma aula para quem quer aprender, mas é difícil. Ninguém quer perder seu tempo, ninguém quer pôr a coisa para andar, e vai morrendo gente, a Covid está aí, assustando e matando pessoas. 

Nós, deputados, estamos aqui pensando na CDHU, em dar crédito para escola, sendo que o projetão, se ler, é bom para o estado de São Paulo. O povo está esperando o que está ali e o que vai ser aprovado, deputado Gambale. Por favor, vamos votar, porque a população precisa dessa nossa votação.  

Tem coisas no projetão e vocês leram, que são boas demais para o estado de São Paulo. Quando o deputado Campos Machado fala na conscientização política, dos deputados terem essa conscientização para nós pormos para andar, é isso. O projetão é muito bom. O Camarinha, o líder do Governo e o nosso presidente, acertaram nas emendas, foram sensacionais. 

Você vê, nesse projetão de nossa autoria deputados estaduais que vamos beneficiar São Paulo como um todo. É Metrô, é CPTM, são as mulheres que sofrem agressão no lar. Está tudo ali, é um projeto lindo.

Cabe mais coisa? Cabe mais coisa, mas não agora. Vai acabar a Covid, e nós estamos ainda discutindo... Parabéns, deputado Campos Machado, vai acabar a epidemia e nós estamos ainda com esse projetão na mão... 

Quero repetir para vocês, deputados preocupados com o estado de São Paulo, com os paulistas e paulistanos: de manhã eram dez mil mortes; agora de tarde, onze mil; e nós estamos discutindo o projetão, que é bom, seja se cabem mais emendas ou  não. Pelo amor de Deus, não cabe mais emendas de plenário. Vamos votar o que está aí, beneficiar a população como um todo.

Temos ideias brilhantes? Temos, mas não cabem agora. Parabéns, deputado Campos Machado, dou-lhe parabéns, parabéns, parabéns. Você começou falando tudo que um deputado precisava ouvir, só que é difícil, é muito difícil. 

É benefício para a população? É. Quem vai se beneficiar é a população, mas a turma quer incluir outras coisas, ideias brilhantes, mas neste momento não cabem, Srs. Deputados. Vamos votar. Vamos atender o pedido do nosso presidente. 

Encerro o meu tempo, Sr. Presidente. Um abraço a todos vocês.Vamos partir para a votação. 

  

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Cezar, agradeço por não ter utilizado o tempo na totalidade. Próximo inscrito, deputado Douglas Garcia. Tem a palavra Vossa Excelência. Precisa liberar o som aí do seu computador. Agora sim. 

  

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Quero cumprimentar todos os deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. É um prazer muito grande, para mim, estar aqui nesta tribuna mais uma vez representando o povo paulista. 

Sr. Presidente, eu quero cumprimentar a todos os deputados, principalmente por esse projeto de lei. É um projeto de lei muito bom. Eu li o projeto inteiro e quero aqui agradecer a disponibilidade do presidente Cauê Macris em trabalhar pela aprovação desse projeto. Deputado Vinícius Camarinha também, que lutou bastante para que esse projeto seja aprovado. 

Cumprimento todas as bancadas que trabalharam em prol desse projeto. Eu acredito que a Assembleia Legislativa, como sendo a maior Assembleia Legislativa da América Latina, tem tido um protagonismo dentro disso, dentro dessa política de combate à Covid-19 no estado de São Paulo, e eu me sinto muito orgulhoso de fazer parte desta Casa dentro desse ínterim, uma vez que a Assembleia Legislativa foi a primeira assembleia legislativa que reduziu o seu salário, dos seus deputados, em prol da população, que também trabalhou na redução do salário dos servidores do Legislativo, em prol da população, apesar da decisão judicial que veio logo em seguida. 

Então, quero cumprimentar todos os deputados pelo esforço hercúleo em fazer com que a economia dos gastos do Legislativo Paulista seja veiculada ao combate à Covid-19 e à Saúde da população do estado de São Paulo, que é tão necessária. 

Entretanto, Sr. Presidente, apesar da elaboração de um projeto tão importante, apesar da elaboração de um projeto que eu tenho a mais absoluta certeza que seus muitos artigos são excelentes e que vão combater a Covid-19, algumas partes, Sr. Presidente, eu discordo e, é claro, eu não pude deixar passar isso em branco. 

Por isso, eu venho aqui, diante de todos os deputados, apenas pontuar com relação ao Art. 27, que diz que o Poder Executivo fica autorizado a promover ações emergenciais de apoio ao setor cultural. Entretanto, eu respeito os nobres deputados que trabalharam para a inclusão do Art. 27 nesse projeto de lei, só que eu acredito que não apenas os trabalhadores do setor cultural necessitam de uma assistência especial, de uma atenção especial. 

Afinal de contas, não foram só os trabalhadores do setor cultural, aqui envolvendo teatros, cinemas e outras coisas que nós sabemos que não podem acontecer agora, durante a época de pandemia...

Eu acredito que até poderia acontecer se nós tivéssemos os devidos cuidados sendo tomados. Entretanto, a gente vê aí uma briga por parte do governo do estado, que não quer de forma alguma flexibilizar a quarentena. 

Então, eu não vejo outra forma. Nós não podemos, de jeito nenhum, tratar uma categoria diferentemente de outra categoria. Caso contrário, nós teríamos aqui sempre que ficar aprovando leis em benefício a determinadas categorias.

Então, nós precisávamos tratar todos de maneira uniforme com relação a isso ou então não fechar a fonte de riqueza do estado de São Paulo, que é a questão comercial. 

Então, contra o Art. 27 eu me coloco. Sou oposição ao Art. 27 e, por causa disso, Sr. Presidente, com o respeito aos demais deputados aqui, que eu sei que estão trabalhando nesse projeto de lei, eu votarei "não".

Eu não vou obstruir, não vou fazer com que esse projeto seja mais tardio com relação à aprovação dele, mas eu votarei "não" a esse artigo, por discordar.

Faço aqui a solicitação ao governo do estado de São Paulo, ao Sr. João Doria, que faça o veto a esse Art. 27, para que esse Art. 27 não passe, porque nós estaríamos tratando uma categoria de forma diferente da outra. É desvalorizar uma categoria em detrimento da outra, e eu não acho isso justo. 

Sr. Presidente, também quero aqui me colocar contra o Art. 33, que fala que, enquanto perdurar o estado de calamidade pública referido no Caput do Art. 1º desta Lei, fica estabelecida uma multa de 20 a 200 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo para quem divulgar, por qualquer meio, informação ou notícia que sabe ser falsa sobre a Covid-19. 

Esse artigo é extremamente perigoso, porque ele é muito subjetivo e dá margem a arbitrariedade por quem vai aplicar esse tipo de multa. É um verdadeiro absurdo, Sr. Presidente. Primeiro porque nós não temos hoje, em nenhum código de leis do nosso país, em nenhuma lei, aquilo que seria conceituado como notícia falsa, que seria caracterizado como notícia falsa. 

Ora, é uma notícia que não é verdadeira, é uma mentira. Então, quem iria considerar aquilo como sendo uma mentira? Hoje até mesmo a opinião passou a ser vista como mentira. Hoje, se eu considero, por exemplo, o Supremo Tribunal Federal uma ameaça à democracia, então eu estaria cometendo uma fake news? Não, isso não é fake news 

Isso é uma opinião do deputado Douglas Garcia, assim como eu sei que muitos deputados têm opinião. Opinião em relação à forma como o governador João Doria vem administrando o estado de São Paulo, opinião com relação ao governo federal, opinião com relação à Assembleia Legislativa.

Todas elas são opiniões e não podem ser, de forma alguma, por um outro deputado ou uma outra pessoa, vistas de forma diferente, como fake news, porque não é assim que funciona. 

Eu acredito que esse artigo dá margem a essa problemática, ele dá margem a essas questões. Nós não podemos aprovar um artigo desses, porque ele cerceia a liberdade de expressão das pessoas.

Eu vi aqui algumas indiretas, infelizmente, que foram jogadas ao deputado Douglas Garcia, com relação às investigações que estão rolando, tanto no Ministério Público do Estado de São Paulo como em relação às investigações que estão rolando no Supremo Tribunal Federal, e agora também no próprio Tribunal de Justiça. 

Acontece que essas investigações relacionadas a fake news que os senhores viram acontecendo aqui recentemente na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a Polícia Federal fazendo visitas, não passam de uma perseguição política. 

Esse Inquérito nº 4.781 que existe hoje no Supremo Tribunal Federal não tem nada de jurídico, é apenas um inquérito político. Primeiro porque a própria procuradora-geral da República, ex-procuradora-geral da República, Sra. Raquel Dodge, havia pedido o arquivamento desse inquérito relacionado às fake news. 

Segundo, não é papel de um juiz fazer a investigação. Quem faz a investigação é o Ministério Público Federal. O Ministério Público Federal, que deveria trabalhar com a Polícia Federal para fazer esse nível de investigação, e não o Sr. Alexandre de Moraes, que, infelizmente, está tomando esse papel. Não é dele essa competência, que não é dele.  

E outra, senhores: aqueles que me acusam de produzir fake news, de utilizar o meu gabinete na Assembleia Legislativa para a produção de fake news, não conseguem, objetivamente, falar "Olha só, o Douglas Garcia produziu esta fake news 'x' ou esta fake news 'y'". Não conseguem, de forma alguma, mostrar qualquer tipo de crime que tenha sido feito objetivamente pelo meu gabinete, porque isso não existe, isso é uma falácia, uma falácia daqueles que odeiam a liberdade de expressão, daqueles que querem cercear a liberdade de expressão. 

É claro que, diante de tudo que aquilo que aconteceu, eu não poderia simplesmente baixar a cabeça e me silenciar diante de tantos ataques que estão acontecendo à minha pessoa.

Vi pessoas publicando no Facebook que a assessoria jurídica do Partido dos Trabalhadores - eu posso até mostrar depois para vocês - estava ligando para as pessoas oferecendo assessoria jurídica para poder me processar diante do vazamento que aconteceu, de um dossiê que não tem nada a ver comigo, nada a ver com o dossiê que eu entreguei à Polícia Federal, à Polícia Civil. 

Pessoas que não estão relacionadas com o dossiê que eu entreguei à Polícia Federal e à Polícia Civil estão me processando. Essas pessoas vão ser processadas sim, por denunciação caluniosa. Então, gostaria aqui de questionar a bancada do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa, por uma forma de convivência mesmo. 

Não estou procurando encrenca, não estou procurando briga, não estou procurando confusão, mas, por uma forma de convivência mesmo, a realidade disso. Porque, se o PT ou o PSOL estão ligando para as pessoas para pedirem para me processar, pedindo para abrirem boletins de ocorrência registrados contra o deputado Douglas Garcia... 

Eu acredito, sim, que a gente tem que fazer um embate político, um embate com base no diálogo, mas isso, senhores, é de um nível baixíssimo, isso é de um nível inaceitável, isso é de um nível pessoal. Essa tentativa de derrubada, de cassação do meu mandato, que está sendo arquitetada por aqueles que não suportam ouvir o contraditório. 

São aqueles que odeiam a democracia, que não conseguem conviver com o contraditório, com aquilo que é diferente. Então, me custa acreditar que a assessoria jurídica do PT está ligando para as pessoas para poder pedir a elas para me processarem. Isso já aconteceu aqui, no meu próprio gabinete. As pessoas ligando aqui, dizendo que estão sendo orientadas a fazerem isso. 

Eu não falo isso meramente por falar, não. Tenho provas daquilo que eu estou falando e vou mostrar para os senhores, porque, diante de tudo que aconteceu nos últimos dias, senhores, eu venho aqui a esta tribuna, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, dizer a todos os deputados desta Casa: se eu tivesse vazado informações pessoais de quem quer que seja, eu mesmo pediria. Pediria sim, abriria mão do meu mandato aqui nesta tribuna. 

Eu abriria mão do meu mandato. Eu não teria condições de um único dia trabalhar nesta Assembleia Legislativa, e nem mesmo dormir à noite sossegado, mas eu não fiz tamanho absurdo.

Não fiz tamanho absurdo. Quando eu erro, em qualquer coisa que seja, eu admito, eu peço desculpas, eu peço perdão, mas o que aconteceu é um verdadeiro absurdo. Estão tentando criminalizar a atividade parlamentar.

Ora, vejam só: a deputada Leci Brandão, que é uma deputada muito respeitada, todos nós aqui a temos com um enorme carinho na Assembleia Legislativa... Se eu não me engano, ela coordena o SOS Racismo aqui na Assembleia. Recebe denúncias, que são coordenadas por um deputado estadual. 

A deputada Isa Penna muito provavelmente já deve ter recebido denúncias também de mulheres que foram violentadas. Ela luta contra a violência à mulher. A deputada Erica Malunguinho também deve receber denúncias de transexuais que são agredidos, ou de pessoas que fazem parte da comunidade LGBT que são agredidas. 

A deputada professora Bebel deve receber denúncias de professores que estão sofrendo com o sucateamento da rede pública.

Ora, todos esses deputados que, de forma institucional, recebem essas denúncias, alguma vez eles foram representados no Ministério Público por improbidade administrativa? Alguma vez eles foram levados a cabo, sendo processados porque dizem estar fazendo uma perseguição política àqueles que são seus opositores? 

Não, senhores. Eles utilizam de meios instrumentais políticos que estão previstos nas nossas leis para que o deputado consiga atuar, porque receber denúncias faz parte da atividade parlamentar.

Eu pesquisei, procurei, e em todas as Assembleias Legislativas do nosso Brasil existem canais de denúncias, assim como nas câmaras municipais, assim como o próprio Congresso Nacional. 

Portanto, o que está acontecendo hoje não passa de uma perseguição política... 

  

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Douglas, eu vou interromper Vossa Excelência, preservado o tempo de quatro minutos. Nós encerramos o tempo da presente sessão. Eu devolvo o tempo a V. Exa. na 2ª Sessão Extraordinária, que já está convocada.  

Lembrando aos senhores parlamentares que, dentro de dez minutos, retomaremos a sessão, e lembrando também que, se cumprirmos todos os inscritos, mais encaminhamento de votações, não votaremos esse projeto no dia de hoje. Perfeito?

Está encerrada a sessão pelo tempo. 

  

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- Encerra-se a sessão às 17 horas. 

  

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