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11 DE AGOSTO DE 2020

36ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: GILMACI SANTOS

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - GILMACI SANTOS

Assume a Presidência e abre a sessão. Convoca sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 19 horas, com Ordem do Dia.

 

2 - CARLOS GIANNAZI

Presta condolências às famílias afetadas pela Covid-19. Critica o governo federal pela ausência de política pública, a seu ver, quanto à pandemia. Afirma que o governo Doria retomara o lema Bolsodoria. Reflete sobre a importância do isolamento social. Responsabiliza o presidente Jair Bolsonaro pela propagação do vírus, no Brasil. Informa que há mais de 50 pedidos de impeachment contra a autoridade. Assevera que a reabertura das escolas deve promover genocídio.

 

3 - CORONEL TELHADA

Parabeniza as cidades de Pereira Barreto e Tatuí pela data comemorativa de seus aniversários. Informa que hoje celebra-se o Dia do Advogado, o Dia do Estudante, e o Dia do Garçom. Informa posição contrária ao PR 14/20. Noticia que hoje nascera filho do policial militar Vítor, assassinado no sábado. Exibe e comenta vídeo em que capitão da Polícia Militar imobiliza assaltante, no Paraná.

 

4 - CORONEL NISHIKAWA

Tece considerações sobre placa na 2ª Companhia do 6º BPM/M, que resgata sua patente. Revela preocupação com a realidade orçamentária vivenciada pelo Corpo de Bombeiros. Comenta decisão do STF, contrária à cobrança de taxa pela atividade da instituição. Clama ao governo estadual que valorize a entidade. Lembra o heroísmo da categoria em incêndio no edifício Joelma.

 

5 - DOUGLAS GARCIA

Critica o deputado Arthur do Val por ilação feita na CPI das Fake News, quanto à existência de servidor fantasma em seu gabinete. Lamenta o teor de vídeos produzidos pelo citado parlamentar. Afirma que o deputado diz inverdades e que atrapalha o trabalho da citada CPI. Assevera que trabalha em prol da população de São Paulo.

 

6 - JANAINA PASCHOAL

Parabeniza os advogados pelo seu dia, comemorado hoje. Cumprimenta a deputada Dra. Damaris Moura, pelo lançamento da Frente Parlamentar da Advocacia. Informa que dia 24/08, às 9 horas, deve ser realizada audiência pública para debater projeto de extinção da Ouvidoria da Polícia Militar. Anuncia que enviara ofícios para instituições da Segurança Pública, juristas, ouvidores, e parlamentares. Clama a seus pares apoio para a criação de frente parlamentar pela celeridade na adoção de bebês. Acrescenta que fizera reunião virtual com a secretária nacional da Família, Ângela Gandra, para tratar do tema.

 

7 - DRA. DAMARIS MOURA

Reflete sobre seu trabalho, em ambiente virtual, durante a pandemia. Manifesta contentamento por celebrar o Dia do Advogado, nesta data. Informa que hoje fora lançada a Frente Parlamentar da Advocacia, tendente ao fortalecimento da categoria, e por consequência, o acesso à Justiça. Tece considerações sobre sua trajetória profissional como advogada.

 

8 - SARGENTO NERI

Parabeniza os advogados pelo dia comemorado hoje. Critica a demissão de policiais militares, que participaram de ocorrência de bloqueio, resistência à prisão e desacato. Comenta a dificuldade do trabalho de policiamento de rua. Informa o nascimento do filho do soldado Vítor, assassinado no sábado. Rebate críticas ao presidente Jair Bolsonaro, pela defesa da cloroquina. Acrescenta que fizera uso do remédio e que fora curado da Covid-19. Afirma que deve reunir-se com o comandante-geral da Polícia Militar. Clama à população que favoreça o trabalho do presidente Jair Bolsonaro e da Polícia Militar.

 

9 - JANAINA PASCHOAL

Manifesta-se a favor de projeto, do deputado Sergio Victor, que visa a permitir a comercialização de produtos em estradas. Clama a seus pares que apoiem a matéria. Rebate crítica do deputado Carlos Giannazi ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Enaltece a importância da necessidade de tratamento precoce da Covid-19.

 

10 - CAIO FRANÇA

Reflete acerca do retorno das atividades presenciais em várias atividades. Manifesta-se contra o PR 14/20. Lembra problema vivenciado durante sessão em ambiente virtual. Lista categorias profissionais que não suspenderam o trabalho presencial. Clama a seus pares que reflitam sobre o tema.

 

GRANDE EXPEDIENTE

11 - DOUGLAS GARCIA

Critica o deputado Arthur do Val e seus assessores. Afirma que fizera representação contra o parlamentar, no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, para explicar ilação feita na CPI das Fake News. Discorre acerca de denúncias contra Antifas, e sua decisão de encaminhá-las à Embaixada dos EUA, à Polícia Civil e à Polícia Federal. Tece considerações sobre acusação feita pela deputada Isa Penna. Lamenta matéria jornalística exibida no "SPTV", a envolver seu nome. Lembra morte de jornalista da TV Bandeirantes, vitimado por antifa. Assevera que trabalha contra o crime e contra o terrorismo.

 

12 - CORONEL TELHADA

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

13 – PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 12/08, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 19 horas. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presente o número regimental de Srs. Deputados e Sras. Deputadas, sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Neste momento vamos iniciar o nosso Pequeno Expediente convidando para fazer uso da palavra o nobre deputado Itamar Borges. (Pausa.) Nobre deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Nobre deputada Carla Morando. (Pausa.) Nobre deputado Marcio da Farmácia. (Pausa.) Nobre deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Nobre deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Tem V. Exa. o tempo regimental.

Enquanto V. Exa. se dirige à tribuna, convocação.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, 10 minutos após o término da primeira sessão ou às 19 horas, caso a sessão não atinja seu tempo limite, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 21ª Sessão Extraordinária foi publicada no D. O. de 12/08/2020.

 

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O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Com a palavra o deputado Carlos Giannazi, para falar no Pequeno Expediente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Alesp, primeiramente eu quero prestar a minha solidariedade às famílias das pessoas que foram vítimas do coronavírus.

Mais de 100 mil pessoas morreram no Brasil. Só no estado de São Paulo, já são 25 mil pessoas mortas. Então, quero prestar a minha solidariedade a essas famílias todas que foram dilaceradas pela crise do coronavírus, que, em parte significativa, tem como causa o próprio governo federal, que nega, que não faz nenhum esforço para combater a pandemia no Brasil.

Nós nem temos, praticamente, ministro da Saúde. Há mais de 80 dias que tem um ministro general interino, que nem médico é e que militarizou o Ministério da Saúde, ou seja, o governo federal não tem política pública de combate ao coronavírus.

O governo federal sabotou o tempo todo e continua sabotando o isolamento social, continua sabotando a quarentena, atacando, ainda, os governadores e os prefeitos que, no início, tentaram ainda fazer alguma coisa.

Agora abriram mão, porque, também, vários prefeitos e vários governadores, inclusive o de São Paulo, cederam aos interesses da Fiesp, aos interesses econômicos da Associação Comercial, dos donos das escolas particulares e, também, às pesquisas de opinião, que é isso que guia o comportamento do governador Doria, como o bom marqueteiro que ele é. Então, ele também é cúmplice do que vem acontecendo no estado de São Paulo.

Agora, é lamentável que essa situação tenha continuidade. Nada está sendo feito no Brasil para combater a pandemia. Há uma ausência de políticas públicas efetivas na área da Saúde.

Houve, já, a falha. No início, se o Brasil tivesse feito lockdown, investido pesadamente no isolamento social, na quarentena e, sobretudo, com proteção social, com recursos públicos para proteger os desempregados, os trabalhadores informais, a micro e pequena empresa, nós não estaríamos, com certeza, nessa situação.

Então, é lamentável que as providências, mesmo com 100 mil mortes no Brasil, nós tenhamos a omissão do governo federal e, aqui em São Paulo, é lamentável o que está acontecendo. Aqui o Doria se transformou, de novo, no “Bolsodoria”, ele continua, agora, querendo competir com o Bolsonaro. Que, repito, é um dos principais culpados pela propagação do vírus no Brasil.

O grande aliado do coronavírus no Brasil é o Bolsonaro, que estimulou aglomerações, que fez campanha por um remédio que não tem comprovação científica, que é a cloroquina, enfim, e que não, sobretudo, formulou uma política pública na área da Saúde. Não é à toa que a maioria da imprensa, a conservadora, a imprensa de direita do Brasil, critica o Bolsonaro e atribui a ele as principais causas das 100 mil mortes.

Então, isso é grave, já tem mais de 50 pedidos de impeachment do Bolsonaro protocolados no Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados. Há denúncias contra o Bolsonaro no Tribunal Internacional de Haia, mas o Brasil vive uma passividade, com a complacência de alguns setores, que deveriam denunciar e cobrar providências, porque, se nada for feito, o Brasil vai ter, no mínimo, aí pela gente, 200 mil mortes, porque não há, repito, política efetiva de combate ao coronavírus no Brasil.

E, para piorar a situação, vários governos pretendem abrir as escolas. Aí vai ser um genocídio total do Brasil, nós teremos o genocídio da Educação, como já tem demonstrado uma pesquisa que saiu ontem, na revista “Exame”, dando conta de que nos Estados Unidos, há duas semanas, foram abertas as escolas e houve a contaminação, já, de 97 mil crianças e adolescentes.

Então, várias pesquisas mostram que abrir as escolas neste momento é suicídio, é genocídio, é a necropolítica.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Dando continuidade ao nosso Pequeno Expediente, convidamos, agora, o nobre deputado Coronel Telhada. Tem V. Exa. o tempo regimental no Pequeno Expediente.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários e assessores aqui presentes, telespectadores da TV Alesp, quero cumprimentar, aqui, a cabo Bastos, em nome da qual eu cumprimento a nossa assessoria policial militar.

 Outro dia eu falei o nome da Bastos, ela estava até aqui, falei que ia citar e acabei esquecendo. Me perdoe, viu, Bastos? É um prazer ter você sempre cuidando da gente aqui. Quero, hoje, saudar os municípios aniversariantes. Saudar o município de Pereira Barreto e o município de Tatuí.

O pessoal sempre conosco, Tatuí. Quero mandar um abraço para os amigos de Tatuí, para a senhora prefeita; a sargento Nilce, que é minha assessora; o soldado Jesus, que eu soube que está com Covid também. Vamos nos cuidar, porque a doença existe, é perigosa e nós temos que nos cuidar.

Hoje, dia 11 de agosto, é Dia do Advogado. Parabéns a todos os senhores e senhoras que são advogados. Não é o meu caso, eu sou só polícia, mas àqueles que são advogados: parabéns pelo seu dia. Também dia 11 de agosto é o Dia do Estudante. Parabéns a todos os estudantes que estão passando uma fase difícil agora longe da escola, mas, se Deus quiser, logo estará tudo resolvido, não é verdade?

Também quero saudar o dia 11 como o Dia do Garçom, parabéns a todos os garçons. Por que é legal, Ed Thomas? O pessoal garçom, os amigos aí que tiveram tanto prejuízo nessa pandemia graças a Deus já estão voltando a trabalhar...

Aliás, quero deixar bem clara aqui, deputados, a minha postura contra o PR 14/2020, que propõe que a Assembleia volte ao método online. Vocês vão me desculpar, eu vou ser bem franco aqui sem querer ofender ninguém: é vergonhoso.

Nós, aqui, estamos lutando para que a vida volte à normalidade, para que o comércio reabra, para que as pessoas tenham uma vida dentro da normalidade para poder sobreviver, e os deputados não querem vir trabalhar? Pelo amor de Deus.

Eu entendo aqueles com mais de 60 anos, grupo de risco, nós estamos propondo uma emenda de plenário que seja híbrido, que esses aí fiquem em casa, mas os que não são do grupo de risco devem estar no plenário sim. Nós já temos fama de vagabundos, se a gente não vier trabalhar... pelo amor de Deus.

Então, vocês vão me desculpar. Estou sendo bem claro no meu posicionamento para depois não virem falar besteira: “Ah, o Telhada...”. Eu sou muito claro nas minhas posições, ok? Com todo o respeito aqui, eu quero deixar bem claro que eu trabalharei contra o PR 14/2020, que nós vamos votar hoje na sessão extraordinária.

Hoje nasceu o filho de um dos policiais militares que foram mortos no sábado. Nasceu o filho do soldado Victor, que foi batizado de Samuel Victor. Quero aqui parabenizar a mãe do Samuel Victor e também o Samuel Victor que vem ao mundo já sem pai. Este é um dos milhares de jovens bebês que vêm ao mundo sem pai, filhos de homens e mulheres que defendem a sociedade.

Como todo mundo sabe e eu falei aqui ontem, o soldado Victor foi um dos que foi morto sábado às cinco da manhã, quase terminando o serviço, em uma abordagem policial. Será esquecido pela sociedade com certeza, mas nós não esqueceremos, nós estaremos aqui diariamente lembrando, falando sobre nossa Polícia Militar.

Apesar que tem um monte de gente falando besteira, que a gente é isso, que é aquilo, é o que a gente chama de inveja. Inveja de homem é a pior coisa que tem, viu? Inveja de homem é horrível. Infelizmente é uma coisa medonha a inveja.

Eu quero mostrar um vídeo aqui. Está no ponto? Eu quero falar sobre o mata-leão na Polícia Militar... Não é Chá Matte não, não é Matte Leão, é mata-leão; Matte Leão é o chá. Esta cena aqui foi gravada no Paraná, solta a cena. Esse capitão estava dando uma entrevista, capitão Eliseu Gonçalves, quando um vagabundo roubou uma mulher do lado dele. Ele largou a entrevista e saiu correndo para...

Olha o que ele está fazendo, que absurdo! Ele está dando um mata-leão no ladrão, que violência! Chama os direitos humanos! Que absurdo, ele tem que tomar um tiro! Ele devia morrer, não fazer isso. Como esse policial militar se atreve a fazer um mata-leão? Policial militar, segundo algumas pessoas, foi feito para tomar tiro de ladrão, só isso. Mas não, ele insiste no mata-leão. Aí eu pergunto...

É que eu fiz uma edição, está bem mais curto. Quando chega esse cidadão e ajuda na prisão desse rapaz, porque pode ver que é um jovem... O vídeo demorou uns quatro minutos, fiz uma edição para não ser muito longo.

E o policial no chão segurando o vagabundo pela garganta. Eu queria saber se não fosse o mata-leão, o que ele iria fazer? Ele iria dar um beijo no ladrão? Um abraço, quem sabe, não é Ed Thomas? Um abraço.

Absurda a atitude do governador, aliás ridículo, porque de polícia ele não entende porcaria nenhuma, para não falar outra coisa. Ele proibiu o mata-leão. Aliás temos uma nota do Centro Social de Cabos e Soldados que fala justamente isso, informando que os policiais estão proibidos de usar os recursos conhecido pelo nome mata leão.

É um absurdo isso. Mostra mais uma vez que o governador não está preocupado com os policiais militares, está preocupado com o tratamento bom e o tratamento humano, um tratamento carinhoso para os criminosos. Aos policiais militares, tiros. Aos bandidos, benesses. Não é isso Sr. Governador?

Infelizmente, o senhor está indo contra a corrente. Nós somos da linha que temos que valorizar o policial e colocar o bandido na cadeia. Puxou arma, tem que tomar tiro, e ladrão tem que ir para o saco mesmo. Um abraço.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado deputado Coronel Telhada. O próximo orador inscrito, o deputado Adalberto Freitas.            Passamos agora para a lista suplementar. Chamamos o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.). Deputado Luiz Fernando Lula da Silva. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. Tem V. Exa., o tempo regimental.

 

O SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos os colegas presentes, funcionários que estão aqui na Assembleia, policiais militares na nossa assessoria. Eu gostaria hoje de falar um pouco de algumas atividades que nós temos na nossa vida, anterior a estar aqui nesta tribuna, na Assembleia Legislativa. Poderia, por gentileza, rodar um vídeo?

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

O SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - Bom, isso aí é um quartel em que nós já estávamos na inatividade. Éramos presidente de Conseg e construímos sem dinheiro público, sem dinheiro da prefeitura ou do estado. Foi colocada uma placa, que tinham tirado a minha patente. O comandante-geral, Coronel Salles, fez questão que fosse resgatada a placa com meu nome, de acordo com a minha patente.

Não abro mão da patente. Acho que nós, policiais militares, temos essa patente para a vida toda, não é Coronel Telhada? Temos a patente para a vida toda. Enquanto nós não praticarmos atos que sejam contra a honra, contra a própria instituição, o nosso nome continua com a patente. Então é difícil a gente abrir mão disso.

Falando nisso, nós estivemos no café da manhã do Corpo de Bombeiros, e estou muito preocupado. O Governo do Estado colocou o Fepom, o Fesie para que fosse para o pacotão. Eu pedi para que não fosse. O parágrafo 8o pedia para que a gente tirasse, e foi acatado no projeto. Entretanto, foi vetado no Governo do Estado, ou seja, pelo governador.

Isso faz com que hoje os Bombeiros não tenham mais recursos para poder utilizar, para fazer investimentos. Além de não terem tirado, ainda tiraram recurso dos Bombeiros. O recurso que existe lá, em torno de 16 milhões, segundo o comandante, está impossibilitado de ser sacado. Ou seja, não estão podendo utilizar os recursos que eles têm para que possa fazer investimento.

Todo mundo sabe que o STF, através do senhor Ricardo Lewandowski, tornou inconstitucional a taxa de bombeiros, a taxa de combate e prevenção a incêndios. Com isso, os bombeiros não têm mais dinheiro vindo dos municípios com quem tem convênio. Os bombeiros estão fadados a desaparecer.

O Governo do Estado tem responsabilidade, sim. O Governo do Estado, pela Constituição, é obrigado a extinguir incêndios através do seu Corpo de Bombeiros. Eu gostaria, Sr. Presidente, que fosse encaminhada para o Sr. Governador esta fala, para que ele possa tomar conhecimento do que está acontecendo no Corpo de Bombeiros.

Nós temos a preocupação de que o Corpo de Bombeiros desapareça do estado de São Paulo. Iremos batalhar para que isso não ocorra. É um bombeiro de tradição. É um bombeiro que serve de modelo para o mundo todo. Todo mundo lembra do Joelma. O heroísmo de lá repercutiu no mundo todo. Esse é o bombeiro que temos aqui no estado de São Paulo.

Espero, Sr. Governador, que o senhor reconheça os valorosos homens do fogo e de salvamento e que coloque recursos para que eles não possam, um dia, desaparecer. A tendência, hoje, é de que o Corpo de Bombeiros, da forma que está sendo tratado, desapareça. Vamos deixar utilizar o dinheiro que foi arrecadado para esse fim, o Fepom, o Fesie? Sr. Governador, é um apelo que estamos fazendo.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Dando continuidade ao Pequeno Expediente, à lista suplementar, deputado Douglas Garcia. Tem V. Exa. o tempo regimental na lista suplementar.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, isso que vou fazer aqui agora na tribuna, eu jamais faria com nenhum outro colega deputado, porque acho extremamente deselegante, acho desrespeitoso.

Eu entendo que até mesmo aqueles deputados que não tenho muita intimidade, que eu não tenho muita proximidade, mas eu respeito o trabalho deles, a exemplo do deputado Jorge do Carmo, que acho que faz um excelente trabalho, apesar de ser do Partido dos Trabalhadores; a deputada Beth Sahão, etc.

Isso que vou fazer, aqui e agora, vou responder à altura aquilo que eu fui acusado na CPI das Fake News na Assembleia Legislativa. No dia 7 de agosto, na CPI das Fake News, o deputado Arthur do Val deu a entender que eu possuo funcionários fantasmas no meu gabinete.

Pois é. Essa conversa surgiu num contexto em que ele criticava a minha assessoria e o meu trabalho. Eu poderia até criticar o trabalho do deputado Arthur do Val, mas eu não consigo. Por quê? Porque ele não possui.

Ele não tem trabalho nenhum. Ele não faz nada. Como deputado, ele não faz nada, absolutamente nada. Ele só vem aqui para a Assembleia de São Paulo para poder fazer videozinho lá dentro do gabinete dele. Mais nada. Passa o dia inteiro na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, recebe o seu salário como deputado estadual no final do mês, para ficar trancafiado dentro do gabinete, fazendo videozinho e depois ser monetizado pelo YouTube.

No dia 12 de fevereiro, numa quarta-feira, em pleno expediente, o deputado Arthur do Val estava fazendo um vídeo sobre o Gugu: herói ou vilão? Ora, enquanto o deputado Arthur do Val estava preocupado se o Gugu era herói ou vilão, eu corri atrás do Governo do Estado e pedi para conseguir arrumar uma quadra que fica na Escola Estadual Professor Enio Vilas Boas, em São Vicente, e consegui.

Enquanto o deputado Arthur do Val, no dia 4 de março, uma quarta-feira, em pleno expediente, estava no gabinete dele fazendo um vídeo sobre Luísa Sonza e Anitta no bloquinho de carnaval...

Olha só que coisa extremamente importante para a população do estado de São Paulo, é extremamente importante para a população paulista. Enquanto ele estava fazendo isso, corri atrás do Governo do Estado para arrumar o 1o DP de São José dos Campos. E consegui.

Enquanto o deputado Arthur do Val estava no gabinete dele, no dia 4 de dezembro, uma quarta-feira, em pleno expediente, fazendo um vídeo questionando se John Lennon era satanista, o que eu estava fazendo como deputado estadual? Correndo atrás do prejuízo para ajudar a população do estado de São Paulo.

Fui atrás, por exemplo, da libertação do Bronzeri e do Jurandir, que foram presos injustamente. Por quê? Porque eu tenho compromisso com o meu eleitorado conservador.

Já o deputado Arthur do Val é um mentiroso. Ele mente para o próprio eleitorado. Ele é um mentiroso contumaz. Ele mente de forma desenfreada. Ele mente sistematicamente. Ele mente sem parar. Ele mente quando ele diz que abriu mão do auxílio-moradia, quando ele nunca teve direito a esse auxílio-moradia, uma vez que ele reside na capital paulista.

Ele mente quando ele diz que usa cinco dos 32 assessores, sendo que deputado nenhum nesta Casa tem direito a ter 32 assessores, porque o Ministério Público do Estado de São Paulo retirou e foi diminuído. Mas ele faz questão de mentir para o próprio eleitorado.

Ele mente quando ele fala que trabalha, sendo que, das sessões legislativas aqui na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, por exemplo, eu participei de 115, isso de acordo com o site da própria Alesp. Ele participou de trinta e quatro.

Além disso, senhores, nós tivemos, no dia 4 de julho, ainda no mês passado, 4 de julho, durante a CPI das Fake News, ele atrapalhou. Por quê? Porque resolveu fazer um vídeo. “Vou fazer um vídeo sobre o José Serra.” Atrapalhou o trabalho da CPI das Fake News. Foi vergonhosa aquela cena, vergonhosa para a Assembleia do estado de São Paulo.

No dia dez de julho, como se não bastasse atrapalhar os trabalhos da CPI das Fake News daquela forma, ele resolveu atender o celular durante a votação, e o deputado Caio França ficou lá: “deputado Arthur do Val, Deputado Arthur do Val”, quase que cinco minutos pedindo a atenção, e ele não deu. Por quê? Porque ele resolveu falar no celular.

Talvez estivesse preocupado com o amiguinho dele, o Luciano Ayan, que é guru do MBL e foi preso. Pelo menos isso eu tenho orgulho de dizer que o movimento do qual eu faço parte, o Movimento Conservador, não tem nenhum guru que foi preso. O seu amiguinho lá, que estava fazendo vídeos contigo, foi preso.

Não é o meu movimento que está sendo investigado, muito menos os meus amigos, por lavagem de dinheiro. Agora o senhor enche a boca para querer falar dos meus assessores. Ora, o meu estagiário consegue fazer muito mais do que toda a sua assessoria junta, o meu único estagiário trabalha muito mais do que toda a sua assessoria junta.

Não faz nada para o estado de São Paulo. Só quer vir aqui e dizer: “olha só, gastou “x”, gastou “y”, gastou “z”. É ótimo. Vamos falar de economia. Quer falar de economia? Abra mão do seu mandato, porque, para fazer a porcaria do serviço que você faz como deputado estadual, não precisa ser deputado. Fica do lado de fora da Assembleia, analisando o que cada deputado gasta.

Eu sou um dos deputados mais econômicos da Casa, sim, mas eu economizo apenas aquilo que eu considero necessário. Enquanto eu puder trabalhar para a população do estado de São Paulo, eu vou utilizá-la para trabalhar. Diferente do senhor, que não faz absolutamente nada nesta Assembleia Legislativa.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Com a palavra o deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. No Pequeno Expediente, tem V. Exa. o tempo.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Vossa Excelência, todos os colegas presentes, funcionários da Casa, as pessoas que nos acompanham pela Rede Alesp, saúdo todos os advogados e advogadas, estudantes e professores de Direito, na pessoa da deputada Damaris Moura, que é a presidente da Frente Parlamentar pela Advocacia, frente essa instalada nesta manhã, em cerimônia emocionante. Então, aqui, todo o meu carinho, o meu afeto externado a todos os advogados, na pessoa da querida colega.

Tenho aqui alguns comunicados a fazer. Primeiramente, com relação ao nosso evento para debater o projeto do colega d’Avila, que pede a extinção da Ouvidoria da Polícia. Eu agendei para dia 24 de agosto, uma segunda-feira, às nove da manhã, um ato. Na verdade, é uma audiência pública, mas, por ser no ambiente virtual, ganha o nome de ato, haja vista as normativas.

Então, é uma audiência pública para debater o projeto do colega. Obviamente, o colega vai abrir este evento explicando os motivos pelos quais ele pede essa extinção. Enviei ofício para o Comando da Polícia Militar, para a Delegacia Geral de Polícia Civil, para a Superintendência da Polícia Técnico-Científica, para a Secretaria de Segurança Pública, solicitando a indicação de um representante para falar neste evento.

Por óbvio, se os próprios titulares desses órgãos quiserem participar diretamente, serão muito bem-vindos. A única solicitação que fiz foi a de que, em indicando representante, que esse representante tenha liberdade para se manifestar, que não corra o risco de defender uma ou outra posição e sofrer qualquer tipo de represália, por força do que vem a defender aqui nesta Casa, que é uma casa, acima de tudo, de liberdade de expressão e de liberdade de manifestação.

Como vários colegas apoiaram o colega d’Avila nessa propositura, eu enviei convite para todos os que são signatários junto com ele, para que possam acompanhar e, obviamente, participar dessa discussão.

Convidei também o atual ouvidor da Polícia, Dr. Elizeu, que inclusive fiz uma visita a ele recentemente, e o anterior ouvidor da Polícia, Dr. Mariano, que esteve aqui no gabinete logo que o projeto foi apresentado.

Convidei a Dra. Ana Sofia Schmidt de Oliveira, que já foi ouvidora da Procuradoria, e também trabalhou na Secretaria de Secretaria de Segurança Pública, professora de Direito. Tem uma visão dos dois lados. O deputado d'Avila, eu pedi a ele que indicasse um jurista comum, da visão dele. Ele indicou o professor de direito penal e direito processual penal Rogério Greco, que já aceitou o convite.

Além de enviar ofício para todos os coautores, eu enviei um ofício para todos os líderes de bancada. Então, com isso, eu não estou dizendo que os outros colegas não estejam convidados, de maneira nenhuma, todos serão bem-vindos. Eu só estabeleci uma forma de oficializar esse nosso encontro. Então, dia 24 de agosto, às 9 horas da manhã.

Também enviei um e-mail para todos os senhores deputados e deputadas, solicitando apoio à Frente Parlamentar pela Celeridade na Adoção de Bebês.

Falei aqui há alguns dias sobre a importância de nós fortalecermos, incentivarmos a adoção tardia, a adoção de crianças com algum problema de saúde, mas que não podemos nos esquecer do ideal de acelerar esse processo de adoção, para que as famílias possam estar com esses bebês o mais cedo possível, porque todos os eventos que tratam de adoção são no sentido de incentivar a adoção tardia, de conscientizar as famílias a receberem crianças e adolescentes em uma fase mais avançada.

Mas poucos trabalham para que esse processo seja mais célere, para que nós adotemos instrumentos para que esse bebê chegue mais cedo na mão, no colo, vamos dizer assim, da sua família, que será sua família para a vida toda.

Então, ontem eu fiz uma reunião virtual com a secretária nacional da família, Dra. Ângela Gandra. Ela foi muito gentil. Fizemos essa reunião virtual com toda a equipe dela. A Dra. Ângela Gandra já aceitou participar da nossa frente.

Pretendo agendar uma data para setembro, para que possamos iniciar um trabalho árduo para encurtar caminhos, fazer com que os bebês encontrem mais rapidamente as suas famílias.

Eu tenho outros avisos, mas vou me reinscrever para poder falar novamente.

Obrigada a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputada Janaina. Neste momento, convidamos o deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Nobre deputada Dra. Damaris Moura. Tem V. Exa. o tempo regimental no Pequeno Expediente.

 

A SRA. DRA. DAMARIS MOURA - PSDB - Boa tarde a todos, Sr. Presidente, colegas deputados, servidores da Casa, policiais militares. É um momento significativo de não retorno às atividades, porque, desde que se iniciou o processo de pandemia, nós estamos trabalhando de igual maneira em ambiente virtual e, certamente, por todo esse período, estivemos desenvolvendo todas as nossas atividades legislativas. Mas o retorno ao Plenário, naturalmente, é emblemático, e nós cumprimentamos a todos com alegria nesta tarde.

A razão do uso da palavra hoje diz respeito ao Dia do Advogado. Eu não poderia deixar de me manifestar aqui e fui, inclusive, estimulada pela querida deputada Janaina Paschoal a fazê-lo.

Para a Assembleia Legislativa, dia 11 de agosto, o Dia do Advogado, é um dia histórico, porque, no dia de hoje, em ato solene em ambiente virtual por mim proposto, nós, além de celebrarmos juntamente com toda a advocacia paulista, ainda neste ato lançamos a Frente Parlamentar da Advocacia, já mencionada aqui pela querida amiga deputada Janaina Paschoal, membro desta frente parlamentar, que certamente vai nos apoiar de forma muito relevante.

Queremos avançar num trabalho que nada mais será do que fortalecer a advocacia, fortalecer as prerrogativas do advogado.

Ao fortalecermos a advocacia, nós estamos fortalecendo o acesso à Justiça. Nós estamos fortalecendo o regime democrático. Nós estamos fortalecendo a cidadania. Nós estamos fortalecendo a promoção da dignidade humana, porque temos na figura do advogado ou no exercício da sua profissão esta atividade de permitir que as pessoas que são representadas pelos advogados possam acessar a Justiça.

Eu queria só dar um testemunho. Aliás, eu já dei esse testemunho hoje, em nosso ato solene, a respeito da minha própria trajetória como advogada e o quanto é recompensadora. Não que a profissão não tenha os seus espinhos e as suas dificuldades –

talvez neste tempo mais do que nunca.

Hoje, eu estimulei os advogados a compreenderem, nesse contexto de crise emergencial pela qual nós todos passamos, o Planeta inteiro, que é preciso extrair deste momento desafiador algo de bom para a própria advocacia.

Há escritórios que, neste período, têm encontrado alternativamente uma forma, inclusive, de ampliar suas atividades. Também é uma grande oportunidade para incorporarmos práticas não estabelecidas comumente nos escritórios anteriormente, como trabalhar em home office, utilizar as ferramentas da tecnologia e avançarmos fortalecendo a advocacia no “novo normal”. De todas estas circunstâncias que nós estamos vivendo, é preciso extrair algum ensinamento e alguma possibilidade de ampliar esta atividade!

Quero reproduzir aqui novamente o testemunho que dei na manhã de hoje. Ele é muito significativo e diz respeito à minha própria trajetória como advogada. Aos 5 anos – eu contei hoje –, quando me perguntavam: “O que você vai ser quando crescer?”, eu, que sou filha de professora, poderia dizer que seria professora. As crianças, aliás, gostam de dizer que querem ser professoras, também uma profissão extraordinária.

Mas eu já dizia, aos 5 anos, que queria ser advogada. Deus me deu a oportunidade de realizar este sonho e de hoje poder, embora eu esteja deputada, ser advogada e de ter podido durante quase duas décadas de exercício da profissão utilizar a profissão também para servir de uma forma muito mais ampla do que especificamente auferir algum ganho a partir do exercício – que é justo, é legítimo –, mas também de poder ter servido a tantas pessoas durante todos estes anos e ajudá-las a acessar o Direito e à Justiça.

Parabéns, advocacia paulista! Parabéns a todas as advogadas, aos advogados, aos estudantes de Direito! Que Deus nos inspire e nos habilite a seguirmos transformando realidades injustas em realidades mais justas, mais igualitárias e mais solidárias.

Muito obrigada! Parabéns a todos os advogados, os colegas deputados que são advogados, pelo dia de hoje, 11 de agosto.

Obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O próximo orador inscrito é o deputado Sargento Neri.

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Boa tarde, presidente. Boa tarde, demais deputados. Quero saudar o deputado Madalena, que está presente aqui. Para nós, é uma felicidade ver o Madalena bem. Quero também, como advogado recruta, parabenizar todos os advogados pelo seu dia.

Mas, presidente, eu quero falar sobre um tema que muito nos deixa triste. No mês passado, foram demitidos o subtenente Atevaldo, o 2º sargento Hoffmann, o cabo Ferraz, o cabo Eilers e o soldado Pires.

Eles estavam fazendo um bloqueio, o indivíduo furou o bloqueio. Tiveram que acompanhar o veículo. Resistiu à prisão, desacatou os policiais. E depois, em um conselho de disciplina, que é um processo administrativo, esses policiais foram mandados embora. Olha só, por estarem trabalhando!

Então, precisamos mudar essa realidade dos policiais militares que trabalham na rua. Eu trabalhei por 27 anos no policiamento de rua, então sei o quanto é difícil fazer policiamento de rua. Depois, veio o governador e tirou o protocolo de defesa pessoal da Polícia Militar, mas não colocou nada. Então, nossos policiais estão à deriva quanto ao protocolo de defesa pessoal.

Nesse final de semana, infelizmente, até me ligaram perguntando se eu iria ao enterro. Eu não vou a enterro de policial militar. É uma condição minha, uma coisa que eu não faço.

Não critico quem vai. Então, faleceu o sargento Oliveira, que conheço desde recruta, o soldado Celso Ferreira e o soldado Victor. E nasceu agora o filhinho do soldado Victor. É muito triste saber que o pai morreu no final de semana e o filho nasceu já no início da semana. Às vezes faltam palavras para que a gente fale a respeito.

Mas isso vem em uma demonstração do que está se tornando o nosso País. Essa luta por esse vírus, onde poderes querem sucumbir outros poderes, como o caso do nosso presidente Jair Bolsonaro, que foi tão criticado devido a um medicamento, que é a cloroquina, medicamento esse que eu usei quando fiquei internado no Antonio Giglio. Eu fui curado pela cloroquina.

E também, se vocês puxarem as sessões passadas desta Casa, eu fui um dos poucos deputados que apoiaram o governo Bolsonaro quanto ao isolamento social. Então, o País está virado de ponta-cabeça, porque não deixam o nosso presidente governar. Tem governo de estado que quer governar o País. Não faz o seu trabalho no estado e quer fazer a nível federal. Então, fica muito difícil. Onde o nosso País...

Eu vi, esses dias, uma menina postando a felicidade dela por ver esses policiais morrerem. Hoje, eu vejo a Polícia Militar mandar nossos policiais embora por estarem cumprindo o seu dever. Eu sou muito sincero. Todo mundo fala: “Ah, o governo mandou embora!”. Quem mandou embora foi a Polícia Militar, com a assinatura do corregedor. Foi ele que avocou o CD.

Se ele tem os fundamentos, a concepção dele, não vou entrar nessa seara, mas eu vou conversar com o comandante-geral. Estou tentando marcar uma reunião com ele, o coronel Alencar, uma pessoa em quem acredito muito, um comandante em quem acredito muito. Conheço-o desde 2º tenente. Sempre foi um exemplar profissional em comandamento. Vou sentar e conversar com ele.

Como que pode? Estou analisando agora o CD desses policiais. Como pode, em uma ocorrência dessas, eles provarem que não houve agressão, que não houve nada e ainda serem mandados embora na parte administrativa? Então, só para terminar, presidente, faço um apelo à população. Precisamos deixar o nosso presidente comandar, governar o País. Precisamos deixar a Polícia Militar trabalhar contra a criminalidade. Precisamos parar de ter inversão de valores.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Sargento Neri. Também na lista suplementar, o Coronel Telhada. Tem V. Exa. a palavra. (Fala fora do microfone.) Obrigado. Deputada Janaina.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Os colegas estão fazendo bullying comigo, dizendo que não perco a oportunidade de usar o microfone.

Vamos lá. Só seguindo aqueles avisos, não sei se vão se recordar, mas eu também pedi apoio a um pedido de urgência a um projeto do deputado Sergio Victor, um tema, inclusive, que levei ao governador quando ele participou de uma reunião conosco aqui, há alguns dias.

O deputado Sergio Victor tem um projeto aqui na Casa permitindo que as pessoas - claro, mediante licença - comercializem seus produtos nas estradas, independentemente de serem hortifruti e caldo de cana, como se prevê na lei atual.

Então, a meu pedido, da deputada Leticia e de alguns outros colegas, como o deputado Ed, vários colegas deram esse apoio e nós estamos solicitando que a Casa abrace o projeto do deputado Sergio Victor para que possamos dar andamento e as pessoas possam trabalhar, porque, sem maiores justificativas, o DER começou a retirar as licenças de famílias que têm, como sua única subsistência, esses comércios nas estradas.

Conversei hoje cedo com o deputado: ainda não há o número necessário de apoiamentos. São 16 assinaturas. Então, peço um esforço concentrado, para que peçam para a assessoria... Eu sei que a gente recebe muitos e-mails, às vezes eles ficam perdidos ali.

Peçam para a assessoria tentar localizar o e-mail do deputado Sergio Victor. Deem o seu apoio, que é um apoio, na verdade, ao trabalho. Acho que é muito importante que nos unamos em torno dessas causas, que são causas suprapartidárias, são causas que atendem a população.

O governador se preocupou com a questão, disse que vai olhar pessoalmente essa situação junto ao DER. Independentemente disso, ontem nós oficiamos o secretário da pasta pedindo que as pessoas, independentemente da lei que queremos aprovar com rapidez, possam trabalhar.

Eu queria fazer um comentário também muito respeitoso com relação à fala do colega Giannazi, no início da tarde. Na verdade, não é uma fala do colega Giannazi, é uma fala que está presente na imprensa, entre os formadores de opinião.

Então, não é uma questão do deputado. Ele disse que nós não temos ministro da Saúde. Eu vou, uma vez mais, dizer que nós não só temos ministro da Saúde, como o trabalho que esse ministro está fazendo é um trabalho exemplar.

Diferentemente dos ministros anteriores... Obviamente, quando chega uma doença nova, também as estratégias vão se sucedendo, e ninguém sabe tudo. Então, lá atrás, quando o ministro Mandetta, depois o ministro Teich, diziam: “olha, se tiverem os sintomas, fiquem em casa; só vão para o hospital se a situação se agravar”.

Para aquele momento, talvez fosse algo compreensível, mas nos dias de hoje a pessoa... Depois desses meses todos de acompanhamento dessa doença, tantos parentes nossos alcançados, nós mesmos alcançados, esse discurso do “fique em casa, espere agravar” é um discurso homicida. É um discurso homicida.

Então, a única coisa que pode explicar esse discurso é uma questão ideológica de enfrentamento ao presidente da república. Todos sabem que eu sou uma pessoa crítica a várias manifestações, várias decisões do presidente da república. Mas não é justo que nós construamos um discurso homicida apenas para fazer frente a ele.

Ele errou no tom que ele deu no início da pandemia, dizendo que não era tão grave, que haveria poucas mortes, que era uma gripezinha? Errou. Mas, gente, vamos ser humildes e reconhecer: ele acertou quando ele, desde o início, disse: “tem que tratar”. Eu não estou dizendo necessariamente que tenha que ser com a cloroquina, com a hidroxicloroquina, mas tem que tratar.

Eu estou em contato direto com médicos do sistema público, do sistema privado, professores das faculdades de medicina. Como doente de Covid no começo do problema, eu já respondi a pesquisas acadêmicas, pude dialogar com esses profissionais. São praticamente unânimes ao dizer que quando trata no início, a chance de agravar é muito menor.

Então, tem médicos que tratam com cloroquina, hidroxicloroquina; outros tratam com azitromicina; outros tratam com zinco, vitamina D e outros compostos; outros tratam vermífugos; outros tratam com todos esses remédios. Mais recentemente, tive acesso a protocolos que trabalham com anti-inflamatórios, o que para mim foi uma novidade.

Só que a maioria dos médicos diz: “tem que tratar no início; começaram os sintomas, tem que tratar”. Foi este ministro - vou fechar, Sr. Presidente - que teve coragem de dizer, com todas as letras, apesar da pressão dos formadores de opinião, que precisa tratar no início.

Então, nós temos ministro da Saúde, sim, e o ministro é bom. Tanto é bom que o próprio governador do estado de São Paulo, que hoje é um dos maiores opositores do presidente da república, o elogiou em três reuniões seguidas. Ele não coloca política na frente, ele não vê questões partidárias; ele vê a população, como o bom militar que é.

Obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputada. Próximo orador inscrito, deputado Caio França. Tem V. Exa. o tempo, deputado.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, colegas deputados, vou pedir licença aqui para tirar a máscara só durante a minha fala.

Presidente, subo à tribuna neste momento para a gente poder tratar do assunto que deverá ser deliberado ainda hoje, durante essa semana; enfim, vamos ver como vai ser o comportamento dos colegas. Mas a respeito do projeto de resolução, que está pautado e já teve o parecer favorável da Mesa Diretora, em relação à gente voltar ao sistema por videoconferência.

Eu respeito muito todos os colegas e, de maneira muito respeitosa, mesmo, eu gostaria de solicitar que todos possam fazer uma reflexão em relação a isso. Nós estamos num momento em que a maioria das atividades, na maioria das regiões administrativas do estado, já voltou a funcionar, mesmo que parcialmente.

Esta semana, o governo do estado falou, inclusive, na volta às aulas. Adiou por um mês, mas de alguma forma sinalizou. E aí a Assembleia Legislativa vai estar fazendo o caminho contrário, voltando para as sessões virtuais. Eu penso... E respeito muito os colegas que, ou por uma questão de idade, ou mesmo por uma questão de preocupação consigo e com suas famílias, não possam estar presentes no plenário.

Eu compreendo isso, e acho que todo mundo aqui tem que respeitar. Agora, você obrigar que todos os deputados tenham que fazer as sessões por videoconferência, sendo que tem muitos que gostariam, que preferem, se sentem mais à vontade... E vamos e venhamos, presidente: o plenário te permite fazer algumas coisas que, por videoconferência, ficam muito complicadas.

Eu passei por uma situação - e muitos aqui vão lembrar - sobre uma emenda de plenário que eu queria protocolar. E, por um ou dois segundos, o presidente, com a razão dele, eu com a minha, nós acabamos divergindo, porque eu disse que tinha pedido uma questão de ordem, ele disse que não percebeu.

E a gente acabou, inclusive, chegando a exagerar. Eu mesmo acabei exagerando naquele momento, dizendo que o presidente não tinha me visto levantar a mão ou mandar no chat dos deputados.

Então, qual é a versão que eu considero melhor e que já acontece na Câmara Federal, no Congresso Nacional? Os deputados que tenham condições de voltar, que assim possam fazer, que voltem para cá. Claro, respeitando todas as regras sanitárias, com a utilização de máscaras no plenário.

Eu estou sem máscara só nesse momento, para poder usar a palavra, mas há distanciamento aqui entre nós, colegas. As mesas e cadeiras estão separadas já, o próprio piso já tem demarcação para que as pessoas fiquem a mais de um metro e meio de distância entre uma e outra.

Acontecerá, na minha avaliação, a mesma coisa com os funcionários: os funcionários públicos concursados que têm uma idade mais avançada, que não se sentem à vontade para poder voltar, que têm algum problema respiratório, que fiquem em casa. Agora, aqueles que podem voltar a trabalhar... Assim como milhares de brasileiros, paulistas, ou pessoas que vieram para cá para trabalhar e estão trabalhando.

Aliás, tem muitas categorias, senhores, que não pararam. Estão aí os profissionais da Segurança Pública, os profissionais da área da Saúde. E não precisa falar só em servidor público. Quem é que viu porteiro de prédio - parou de trabalhar? Porteiro não parou de trabalhar em nenhum momento.

Então, nós estamos aqui num ambiente com muitas condições. Acho, sim, que é importante que a gente mantenha as portas, nesse momento, fechadas para visitação; concordo com isso, entendo que, de fato, nesse momento, não dá para a gente ter uma visitação como era antigamente.

Agora, não me parece equilibrado que o Parlamento paulista, que também tem que dar exemplo, acompanhe um plano São Paulo de retomada da economia voltando várias atividades, e a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo vá por outro caminho, voltando a obrigação das sessões por videoconferência.

Eu quero reiterar aqui aos colegas, aos amigos deputados que têm mais idade, que têm problema respiratório, ou que por algum motivo não se sintam à vontade, porque moram com idosos em casa, que fiquem em casa.

E que a gente possa proporcionar aqui um Parlamento momentaneamente híbrido, onde alguns ficam em casa e têm condição de votar; e aqueles que podem vir aqui a esta Casa que continuem vindo aqui, como nós já estamos hoje, neste momento.

Então, eu quero pedir uma reflexão aos colegas, de maneira muito respeitosa. E acho que neste momento aqui, presidente, até quando eu falei tudo o que envolve o que a gente acaba falando, “Ah, mas isso é contra ou a favor do Governo?” Não tem nada a ver com o Governo.

Não tem nada a ver ser a favor ou ser contra Governo. Isso é uma questão de trabalho nossa aqui, onde cada um tem que ter o discernimento de saber que é diferente você realizar uma sessão de maneira virtual.

Eu estou presidindo a CPI das Fake News, e estou presidindo a Comissão de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente. É muito diferente. Com todo o respeito aos colegas, nós vamos permitir que aqueles que tenham qualquer tipo de gravidade, que está no grupo de risco, que permaneçam em casa. Agora, aqueles que não, que possam voltar para cá.

Eu não vejo coerência e, no meu ponto de vista, nem sei se a minha ideia aqui vai vingar, vai virar, viu, deputada? Não sei se o que eu estou dizendo aqui vai virar, mas eu quero ter coerência comigo mesmo.

Eu defendo a retomada de algumas atividades econômicas na rua, e na Assembleia é diferente? Veja, vamos ser coerentes aqui neste momento, e voltar às atividades aqueles que puderem voltar.

Fica aqui o meu manifesto, e espero que hoje, ainda, que está pautado para a gente poder votar o Projeto de resolução n° 14, a gente possa chegar num bom senso aqui, num consenso, entre as ideias. É isso.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Neste momento nós estamos encerrando o Pequeno Expediente e vamos passar ao Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao 

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Convido o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Marcio da Farmácia. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, voltei a esta tribuna para terminar aquilo que eu comecei a falar no Pequeno Expediente, porque a emoção foi tanta que eu esqueci de detalhar algo importante.

Sr. Presidente, de todas as ilações que foram feitas a mim na CPI das Fake News, essa foi a mais porca de todas, principalmente vindo de um deputado que não gosta de trabalhar, de um deputado que não gosta do seu serviço como deputado estadual e confunde aquilo que é ser deputado estadual com youtuber, porque ele não é deputado, ele é youtuber.

Então, ele vem aqui para esta Assembleia para fazer um trabalho porco. O trabalho dele é um trabalho porco. Ele não presta para ser deputado estadual, deveria abrir mão do mandato dele e fazer a fiscalização do lado de fora, porque para fazer o que ele faz não é necessário ser deputado estadual. Quer criticar os meus assessores, mas os assessores do deputado Arthur do Val ficam dentro do gabinete dele dançando. Eles ficam dançando.

Tem um vídeo deles lá dançando, a coisa mais linda e maravilhosa. Recebendo salário de assessores, que não é um salário baixo, estavam lá dançando, maravilhosamente bem, como se estivesse às mil maravilhas, como se o estado de São Paulo não tivesse um monte de coisa para poder arrumar, como se nós estivéssemos na mais perfeita paz, como se a Saúde não estivesse boa, como se a Educação não estivesse precisando de ajuda, como se a Segurança do estado de São Paulo estivesse impecável.

Estava com seus assessores dançando dentro do gabinete, e quer ter moral para falar da minha assessoria? E por isso, pelo fato de ele ter feito essa ilação na CPI das Fake News na Assembleia de São Paulo, que deu a entender que eu possuo funcionários fantasmas, já que ele gosta de questionar tudo, ele vai ser questionado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Eu entrei com uma interpelação no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para que o deputado Arthur do Val venha judicialmente, perante o juiz, responder aquilo que ele quis dizer, se ele de fato quis me acusar de ter funcionários fantasmas ou não. Então, deputado Arthur do Val, já que o senhor gosta de tudo questionar, vai receber um questionamento da Justiça paulista, e vai ter que responder oficialmente aquilo que você disse dentro da CPI das Fake News.

Já que gosta de tudo questionar, eu espero que V. Exa. seja homem o suficiente, que honre pelo menos as calças que veste, pelo menos as calças que veste, e responda à Justiça. Se não tem medo, se não tem medo de entrar no meio de manifestação esquerdista, se não tem medo de ir no meio daqueles que você considera como bolsominions, fazer questões, fazer perguntas, então seja homem, tome coragem e responda ao Tribunal de Justiça do Estado São Paulo.

O senhor não tem absolutamente nada a perder. Mas, se tem uma coisa que eu aprendi com V. Exa. e eu vou levar para o resto, pelo menos, desta legislatura, é tudo questionar. E todas as suas ações como deputado estadual, se é que dá para chamar isso de deputado estadual, eu vou questionar nesta Assembleia Legislativa.

Sr. Presidente, eu quero aproveitar o tempo que me resta para rebater algumas acusações que foram feitas a mim nos últimos dias. Vejam só: nós tivemos aqui no final do mês passado, no finalzinho do mês de maio, se não me engano, no finalzinho do mês de maio, lá na Avenida Paulista, um bando de terroristas, pessoas pegando, depredando o patrimônio público, tacando fogo, pedra, rojão, ameaçando policiais militares, agredindo todo mundo que eles consideram como fascistas, os chamados Antifas.

Essas pessoas são o que há de pior na política brasileira; são pessoas agressivas, são pessoas violentas. Com essa lógica, o que eu fiz? Eu me coloquei à disposição, assim como muitos deputados também se colocam à disposição, o seu gabinete é colocado à disposição para receber denúncias, a exemplo do próprio SOS Racismo, aqui na Assembleia Legislativa, que é coordenado por um deputado estadual e recebe denúncias de racismo.

Assim como eu tenho a mais absoluta certeza de que, por exemplo, a deputada Isa Penna deve receber denúncias de mulheres que sofrem agressão, porque essa é uma bandeira que ela luta muito aqui na Assembleia de São Paulo, para combater agressão às mulheres. Assim como a deputada Professora Bebel deve receber denúncias de sucateamento do sistema educacional paulista e dar encaminhamento a essas denúncias, como o professor Carlos Giannazi, que ele mesmo disse que já recebeu inúmeras denúncias.

Agora, o deputado Douglas Garcia recebeu em seu gabinete e deixou à disposição para receber em seu gabinete denúncias de crimes que são cometidos por esse bando de terroristas, pessoas criminosas, violentas, agressivas, chamadas Antifas, que se autointitulam Antifas. Eu recebi essas denúncias e encaminhei à autoridade competente: Polícia Civil, Polícia Federal.

Aproveitei essa toada porque o presidente dos Estados Unidos da América, Sr. Donald Trump, estava considerando esses Antifas como pessoas terroristas. Nos Estados Unidos da América eles são conhecidos como terroristas. Aqui no Brasil deveriam ser reconhecidos como terroristas também.

Notifiquei a embaixada dos Estados Unidos de que existem suspeitos de participar desses grupos terroristas aqui no estado de São Paulo. E especifiquei que no dossiê que eu entreguei à Polícia Civil e à Polícia Federal eram apenas homens, e também residentes no estado de São Paulo.

Agora, senhores, eu tive, nos últimos dias, uma série de pessoas querendo abrir, registrar boletim de ocorrência contra mim, inclusive sendo incentivadas por deputados desta Casa, como a deputada Isa Penna, como a deputada Monica, como o outro deputado aqui, que eu esqueci o nome, mas também não interessa lembrar, porque o trabalho dele aqui no PT é irrelevante.

Esses deputados trouxeram essa gente, para querer registrar boletim de ocorrência. E vejam só, havia pessoas que eram de outro estado, não eram do estado de São Paulo. Não estavam no dossiê que entreguei para a Polícia Civil e para a Polícia Federal. Havia pessoas que entraram com processo, que eram mulheres. Não estavam no dossiê que entreguei para a Polícia Civil e para a Polícia Federal.

Todas essas pessoas, que foram incentivadas por esses deputados, por esses parlamentares, a entrarem com boletim de ocorrência, ou me processar na Justiça, irão responder por denunciação caluniosa.

Todos aqueles, inclusive a própria deputada Isa Penna. Ela ousou registrar um boletim de ocorrência, dizendo que eu vazei o número do celular dela. E ainda colocou lá que ia apresentar a prova no momento oportuno. E até agora, mesmo depois da questão no Ministério Público, não conseguiu responder.

A deputada Isa Penna foi representada por mim, num conselho de Ética, e vai ser processada na Justiça também por denunciação caluniosa.

E ontem eu fui surpreendido por uma matéria que passou no SPTV, em que o Cesar "Tralha", extremamente feliz, "deputado Douglas Garcia é condenado pela Justiça de São Paulo a pagar indenização ... blá-blá-bla".

Ora, senhores, não fui citado dessa decisão, mas caso isso se confirme, irei recorrer até a última instância do poder Judiciário, porque eu não sou o agressor, eu sou a vítima. Eles vazaram as minhas informações e deixaram a minha família numa situação exposta ao perigo.

Eles foram às ruas, depredaram patrimônio público, destruíram tudo. Ameaçaram violência e cometeram violência, inclusive são pessoas asquerosas que mataram o jornalista da Bandeirantes, em 2013.

Eu não sou o agressor. Eu sou a vítima. Os senhores é que são criminosos. Esses Antifas precisam ser criminalizados e precisam, imediatamente, ser presos. Cada um deles precisa ser preso. E quem defende tem que ser investigado também. É por isso que eu levei até a embaixada dos Estados Unidos, à Polícia Federal e à Polícia Civil.

E, ora, vejam só, tinham feito uma matéria dizendo, prestem atenção, no dia 2 de junho, eu publiquei nas redes sociais que estaria trabalhando em conjunto com o deputado Gil Diniz e com o deputado federal Eduardo Bolsonaro nisso, justamente nesse dossiê, para entregar à Polícia Civil, à Polícia Federal e à embaixada dos Estados Unidos da América.

Eu deixei essa informação claríssima, feito água. Mostrei nas redes sociais, porque eu não tenho nada a esconder. O que estou fazendo é plenamente legítimo. Não existe irregularidade, nem crime absolutamente nenhum. Levar às autoridades investigativas para que se investigue suposto crime é algo legítimo. E todos os deputados fazem isso toda vez que recebem esse tipo de denúncia, senão ele vai ser conivente com o crime.

E ora, vejam só, apareceu nos jornais, recentemente, dizendo que deputado Douglas Garcia delata Eduardo Bolsonaro. Mas como que delata Eduardo Bolsonaro? Essa informação foi claríssima. O deputado federal Eduardo Bolsonaro…

Na sequência liguei para ele, conversei: “Cara, isso daí é ridículo; o que estão fazendo é ridículo. Nós, através do nosso mandato, trabalhando como deputado estadual, deputado federal, estamos batalhando contra o crime, contra o terrorismo, contra isso que esse bando de nojento, militante de esquerda, está fazendo não só no estado de São Paulo como no Brasil inteiro”.

Já vi anunciado há muito tempo que essa ação em conjunta... não existe delação nenhuma. Isso é tudo invenção, isso é tudo mentira e narrativa dessa imprensa. Mas vocês estão desesperados, sabem por quê?

Porque no fim a verdade sempre prevalece. E eu vou lutar até o fim para colocar cada Antifa, terrorista, nojento, militante na cadeia. Essa vai ser uma das minhas principais ações como deputado, seja nessa legislatura, seja na próxima, se Deus quiser um dia que eu ainda continue como deputado estadual.

Vou lutar até o fim para botar cada um desses bandidos criminosos, nojentos, terroristas, Antifas na cadeia.

Meu muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, deputado.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr. Presidente, havendo acordo de lideranças, eu solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É regimental, Sr. Deputado.

Havendo acordo de lideranças em plenário, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje. Lembrando-os ainda da sessão extraordinária a realizar-se hoje às 19 horas.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 42 minutos.

 

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