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8 DE SETEMBRO DE 2020

52ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA, ED THOMAS, DOUGLAS GARCIA, GIL DINIZ e CAUÊ MACRIS

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CARLOS GIANNAZI

Repudia decisão da Secretaria Estadual da Educação de tentar reabrir atividades presenciais de escolas, nesta data. Afirma que o Governo do Estado pretende usar alunos como cobaias da Covid-19. Argumenta que professores têm sido assediados para apoiarem o governo estadual. Acrescenta que as instituições de ensino estão despreparadas, neste momento da pandemia. Assevera que pesquisas comprovam a impossibilidade de retomada das aulas, com segurança. Conclui que o governo Doria cede aos interesses econômicos de escolas particulares.

 

3 - CORONEL NISHIKAWA

Critica o governo de São Bernardo do Campo por medida, a seu ver, contra o 6º Batalhão de Polícia Militar. Enaltece a importância da Escola de Bombeiros do Estado de São Paulo, referência na América Latina. Defende o PL 549/20. Manifesta-se a favor da emancipação do Corpo de Bombeiros.

 

4 - ED THOMAS

Assume a Presidência.

 

5 - CORONEL TELHADA

Faz coro ao pronunciamento do deputado Coronel Nishikawa. Lista e parabeniza cidades paulistas que aniversariaram no final de semana. Informa que hoje comemora-se o Dia do Fisioterapeuta. Lamenta o falecimento do sargento José Cláudio Mantovani, e do cabo do Exército Jorge Luiz Dantas. Comenta ação do senador Major Olimpio e do grupo PDO - Parlamentares em Defesa do Orçamento, contra o Governo do Estado. Afirma que a fiscalização promovera a economia de 608 milhões de reais.

 

6 - LETICIA AGUIAR

Reverencia defensores e eleitores do presidente Jair Bolsonaro. Critica o PT por defender o marxismo cultural. Lembra ataque sofrido pela citada autoridade, quando em campanha, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Indaga quem fora mandante da tentativa de homicídio, levada a efeito por Adélio Bispo. Manifesta apoio à Presidência da República, em sua missão.

 

7 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

8 - ED THOMAS

Agradece ao deputado Frederico d'Avila, por convite para estar junto ao presidente da República, em Tapiraí, no Vale do Ribeira. Comenta a concessão de recursos federais, para a região. Afirma que solicitara ao presidente Jair Bolsonaro investimentos no oeste do estado. Enaltece o valor da política que melhora a vida dos cidadãos. Critica a majoração de preços de produtos, percebida em supermercados. Clama à Comissão de Direitos do Consumidor desta Casa, ao Ministério Público, ao Governo do Estado, e ao Procon que fiscalizem.

 

9 - CARLOS GIANNAZI

Critica comunicados enviados pelo Governo do Estado a dirigentes de ensino. Lembra que o governador João Doria demitira servidores de limpeza e agentes de organização escolar. Manifesta-se contra a entrega de merenda seca, para os alunos. Acrescenta que o governo estadual tenta atribuir à comunidade escolar a responsabilidade por eventual contaminação com a Covid-19. Assevera que falta recursos humanos na rede estadual de ensino.

 

10 - DOUGLAS GARCIA

Assume a Presidência.

 

11 - GIL DINIZ

Comenta a Independência do Brasil, comemorada em 7 de setembro. Destaca o papel da Imperatriz Leopoldina. Clama por agilidade na reforma do Museu do Ipiranga. Enaltece o valor da herança patrimonial histórica.

 

12 - SARGENTO NERI

Discorre acerca da atividade de fiscalização exercida pelo grupo PDO. Informa que representação fora apresentada ao Ministério Público, em defesa da execução orçamentária. Aduz que o Tribunal de Contas deve apurar compras de aventais e de máscaras. Lembra fiscalização no Hospital de Campanha do Anhembi, que permitira a economia em gastos públicos. Comenta representações contra a administração de Ibiúna. Assevera que há isenção e reconhecimento de políticas adequadas, como a do Hospital de Campanha de Heliópolis. Manifesta apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Informa que há projeto de autoria de criança de 10 anos de idade, em trâmite nesta Casa. Anuncia que amanhã o secretário de Segurança Pública deve estar neste Parlamento.

 

13 - GIL DINIZ

Assume a Presidência.

 

GRANDE EXPEDIENTE

14 - DOUGLAS GARCIA

Critica a deputada Isa Penna por ser autora de boletim de ocorrência contra sua pessoa, em 04/06. Informa que não fora apresentada prova e não atendera ao pleito de oficial de Justiça. Exibe e comenta vídeo da citada autoridade em manifestação.

 

15 - DOUGLAS GARCIA

Assume a Presidência.

 

16 - GIL DINIZ

Agradece ao presidente Jair Bolsonaro por visita ao Vale do Ribeira. Defende obras em rodovias que envolvem a região de Eldorado. Menciona visita ao Rio Grande do Norte. Comenta obras no aeroporto de Congonhas, sem recursos adicionais e executadas com brevidade. Informa que ex-assessor que o denunciara, sem apresentar provas, filiara-se ao DEM, em Suzano. Afirma que o mesmo é candidato à vereança na citada cidade. Lamenta que seu depoimento de defesa desaparecera do inquérito policial. Coloca-se à disposição do Ministério Público. Argumenta que há conluio para afetar sua reputação.

 

17 - ED THOMAS

Menciona a presença dos deputados Gil Diniz e Frederico d'Avila em visita do presidente Jair Bolsonaro ao Vale do Ribeira. Informa que estivera em encontro com proprietários e locadores de campos de futebol. Defende o retorno das atividades do segmento de esporte e lazer. Apoia a autonomia de prefeitos de promoverem a flexibilização das atividades profissionais.

 

18 - ADRIANA BORGO

Pelo art. 82, em nome do PROS, parabeniza ações dos Policiais para Sempre e Cinzas Bandeirantes. Clama ao deputado Major Mecca que dê andamento à PEC 15. Elogia o capitão Dutra, por ação social em Araçatuba. Menciona punição ao soldado Queiroz. Enaltece o valor do regulamento profissional da Polícia Militar. Defende a união da categoria. Critica o soldado Zacarias por mentira publicada na Internet.

 

19 - GIL DINIZ

Assume a Presidência.

 

20 - CARLA MORANDO

Pelo art. 82, rebate o pronunciamento do deputado Coronel Nishikawa a respeito de crítica ao governo de São Bernardo do Campo. Afirma que o prefeito Orlando Morando investe em Segurança Pública. Exibe e comenta vídeo a respeito do 6º Batalhão da Polícia Militar, no bairro Jardim do Mar, que concentra atividades da Força Tática.

 

21 - CAIO FRANÇA

Para comunicação, critica operação da concessionária Ecovias, sem aviso prévio, a desrespeitar a população da Baixada Santista, durante o feriado.

 

22 - DOUGLAS GARCIA

Pelo art. 82, em nome do PTB, critica o PL nº 529/20. Atribui ao governador João Doria a responsabilidade pela crise econômica em São Paulo. Afirma que a política do estado de São Paulo é genocida.

 

23 - JANAINA PASCHOAL

Pelo art. 82, em nome do PSL, comenta portaria do Ministério da Saúde, a respeito da necessidade de o profissional de Saúde noticiar à autoridade policial, a prática de estupro. Defende a preservação de fetos decorrentes do crime, para efeito de perícia. Afirma que pretende protocolar projeto que visa a não responsabilização da mulher que alega ter sido vítima de estupro, mas sem provas.

 

24 - DOUGLAS GARCIA

Assume a Presidência.

 

25 - GIL DINIZ

Para comunicação, faz coro ao pronunciamento da deputada Janaina Paschoal. Menciona pré-candidatura de seu primo Clayton Santos, à vereança de Paulista, em Pernambuco.

 

ORDEM DO DIA

26 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Assume a Presidência. Suspende a sessão por cinco minutos, por conveniência da ordem, às 16h31min; reabrindo-a às 16h39min. Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovados requerimentos de urgência aos PLs. 1.186 e 799/19; e 558/18.

 

27 - VINÍCIUS CAMARINHA

Solicita a suspensão da sessão por 30 minutos, por acordo de lideranças.

 

28 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Defere o pedido. Convoca reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, a realizar-se hoje, às 16 horas e 45 minutos; reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Saúde e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se cinco minutos após o término da anterior; reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, cinco minutos após o término da anterior; e reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, cinco minutos após o término da anterior. Suspende a sessão por 30 minutos às 16h42min, reabrindo-a às 17h24min. Convoca os Srs. Deputados para sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão.

 

29 - VINÍCIUS CAMARINHA

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

30 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra a realização da sessão extraordinária, a realizar-se hoje, às 19 horas. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Havendo mero regimental, sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Vamos para o Pequeno Expediente com os seguintes oradores inscritos. Primeiro deputado, deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando Lula da Silva. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada, falarei posteriormente. Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.)

Pela lista suplementar: deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) O Carlos Giannazi estava entrando no plenário.

Então eu retomo e devolvo a palavra para o deputado Carlos Giannazi, para fazer o uso regimental da tribuna.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, deputado presidente desta sessão, deputado Coronel Telhada, eu quero repudiar veementemente essa decisão da Secretaria Estadual de Educação, de tentar convencer as escolas e a comunidade escolar a reabrir as escolas no dia de hoje, dia 8 de setembro de 2020, apesar de todas as evidências, de todos os estudos mostrando que não é o momento, que a escola é uma bomba biológica de contaminação, e mesmo com todos os exemplos do abre e fecha de escolas.

Nós tivemos um caso recente em Manaus, onde as escolas foram abertas e em duas semanas mais de 340 professores foram contaminados. Nós temos várias experiências, não só no Brasil, mas no mundo, um abre e fecha. Só que essas experiências representam, na prática, a contaminação e a morte de milhares de pessoas. Ou seja, os governos estão brincando com a vida das pessoas.

E aqui, no estado de São Paulo, o governo Doria está transformando os nossos alunos e os nossos profissionais da Educação em cobaias, em cobaias do coronavírus, ao determinar a possibilidade de abertura das escolas, jogando a responsabilidade para que elas tenham essa decisão.

Tenho informações, Sr. Presidente, embora agora o secretário nas entrevistas esteja dizendo que o professor não é obrigado a voltar, que o pai não é obrigado a mandar o seu filho para a escola, para a recuperação, para o acolhimento, para as atividades que estão expressas na Resolução nº 61.

Mas eu recebi muitas denúncias em todo o estado, de professores, sobretudo, dizendo que estavam sendo assediados para voltarem, que tem diretorias de ensino e dirigentes de ensino sendo mais realistas do que o rei, forçando, assediando, para bajular, logicamente, o secretário da Educação e o governador, então, estimulando a volta.

Isso é grave, Sr. Presidente, porque as escolas não estão equipadas, não estão preparadas, nós não temos vacinação, nós não temos testagem em massa, nós não temos os equipamentos mínimos necessários para a volta às aulas; nós não temos nenhuma segurança sanitária para a execução da Resolução nº 61.

Então é por isso que os professores não estão voltando na data de hoje. Nós defendemos a não volta, que os professores não sigam as orientações da Resolução nº 61, até porque o próprio secretário percebeu a gravidade da situação, que não há apoio para a volta às aulas.

As pesquisas mostram isso, inclusive as pesquisas feitas com os próprios pais de alunos, que não enviarão seus filhos para as escolas. Então, o próprio secretário está dizendo que o professor não é obrigado a voltar, e nem o pai é obrigado a mandar o seu filho para a escola. Então é isso que nós estamos defendendo, e é isso, na prática, que está acontecendo.

Então, professor, se você está assistindo aqui a programação da TV Alesp e se você está sendo assediado, constrangido, ameaçado pela diretoria de ensino a voltar no dia de hoje ou de amanhã, para cumprir a Resolução nº 61, saiba que não é obrigatório.

Nós só vamos voltar... É uma decisão de todas as entidades representativas da Educação, para quem tem um mínimo de bom senso e de compromisso com a vida, com a Saúde Pública, é pela não volta às aulas, nem no dia de hoje, nem em outubro.

O fato é que não é possível a volta às aulas nessas condições. Então, há todo um movimento nesse sentido, uma luta judicial, uma luta aqui no Legislativo, uma luta junto com as entidades representativas dos setores educacionais, não só dos profissionais da Educação, mas também da própria sociedade civil organizada.

Então, a palavra de ordem neste momento é: nenhuma escola aberta, nenhum profissional da Educação, nenhum aluno dentro das bombas biológicas de contaminação que são as escolas públicas e privadas.

E também não vamos ceder, Sr. Presidente, aos interesses econômicos dos grandes grupos de escolas particulares, porque esses grupos estão pressionando o governo, é o poder econômico.

O governo já cedeu para a Fiesp, já cedeu aos interesses da Associação Comercial e agora pretende ceder também para o poderio econômico desses grupos de escolas particulares. Mas nós vamos resistir e não haverá volta às aulas no ano de 2020. Nós defendemos a vida e a Saúde Pública.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Próximo deputado é o deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Sr. Presidente, colegas deputados, funcionários, nossos policiais militares que aqui se encontram fazendo a nossa segurança, hoje eu quero fazer uma declaração no seguinte sentido: foi postado nas redes sociais que o 6º Batalhão não mudaria de lugar.

O 6º Batalhão foi o segundo batalhão instalado na região do ABC, na cidade de São Bernardo do Campo. Foi lá, inclusive, que eu cursei a Escola de Soldado. Foi construído para tal finalidade. O prefeito de São Bernardo não renovou a cessão de uso. Existem comentários de que ele vai vender o terreno do Batalhão. É contíguo com o quartel do Corpo de Bombeiros, é uma região nobre.

Quando eu tirei a Escola de Soldado, Sr. Presidente, a Avenida Kennedy, que é importante hoje, era um córrego em volta de que a gente corria, fazendo exercícios de educação física. Estão querendo e estão tirando o Batalhão. Eu estive lá. Eles colocaram a sede num bairro próximo a uma comunidade, a antiga favela que a gente chamava do Planalto”, próximo à Avenida Max Mangels.

É um absurdo se fazer isso. Vai-se a história de São Bernardo. Estão agredindo a história de São Bernardo, porque o Batalhão foi fundado lá, onde está hoje, Rua Ligure, 180. E a deputada falou que não é nada disso, que não vai sair. Só que eu fui lá e estão tirando o Batalhão de lá, sim. Então, não sei qual é a verdade. 

Uma outra coisa: existe um projeto de lei do Sr. Governador, o de número 549/2020, que desafeta a área em que está situada a Escola Superior de Bombeiros. A deputada Márcia Lia, do PT, entrou com uma emenda, para que não se desafete a área.

São duas situações que nós estamos vendo que estão mudando a história. A Escola Superior do Corpo de Bombeiros é a melhor escola da América Latina, ocupa uma área eu não sei de quantos alqueires agora, não me vem à memória, em Franco da Rocha, que é uma parte de preservação ambiental, só que já está lá há mais de 30 anos. Está consagrado naquele local.

Não tem sentido tirar a escola de bombeiros de lá, mesmo porque é referência na América Latina. A Escola de Bombeiros do Estado de São Paulo é referência na América Latina. Não tem sentido.

Faço um apelo aos Srs. Deputados para que rejeitem a emenda da deputada Márcia Lia, senão o Corpo de Bombeiros, que já está sofrendo com a falta de dinheiro, vai acabar desaparecendo aqui no estado de São Paulo.

Aliás, Corpo de Bombeiros esse que é o único do mundo que está ainda ligado à  Polícia Militar. O estado do Paraná, Sr. Presidente, eu sei que o senhor tem uma emenda, uma PEC, para fazer a emancipação do Bombeiro, o estado de São Paulo é o único que continua sob as hostes da Polícia Militar; ou seja, subordinado ao comando da Polícia Militar.

É um apelo que nós fazemos que, se não for por iniciativa do governador fazer a emancipação, que essa PEC ande aqui nesta Casa. Nós não queremos ser os únicos bombeiros do mundo que estejam ligados à Polícia Militar.

Diante disso, Sr. Presidente, gostaria que isso fosse encaminhado ao Sr. Governador. Já fiz apelo ao Sr. Governador João Doria para que faça essa emancipação que tanto nós queremos, aliás, quem pertenceu principalmente ao Corpo de Bombeiros, como é o nosso caso.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Portanto, solicito à nossa assessoria que encaminhe as palavras do Sr. Deputado Coronel Nishikawa, quando ele se refere à emancipação do Corpo de Bombeiros, ao Sr. Governador do estado de São Paulo.

Solicito que o deputado Ed Thomas assuma a direção dos trabalhos para que eu possa fazer uso da palavra. A próxima deputada inscrita é a deputada Carla Morando. (Pausa.) Neste momento, o deputado Ed Thomas assumirá a Presidência da sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Ed Thomas.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - Na tribuna da Assembleia Legislativa, Pequeno Expediente, nosso grande líder também no PDO desta Casa, digno deputado Coronel Telhada, com a palavra.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado Ed Thomas. Sra. Deputada e Srs. Deputados aqui presentes, a todos os que nos assistem pela Rede Alesp, quero saudar a cabo Bastos, em nome de quem saúdo a nossa assessoria policial militar, bem como a funcionária Silvia, que está sempre cuidando de nós, em nome de quem saúdo todo o nosso pessoal da manutenção.

Eu quero, antes de começar aqui as minhas palavras, fazer coro com o deputado Coronel Nishikawa, que aqui trouxe o problema do 6º Batalhão e da Escola Superior de Soldados: Coronel, conte conosco nessa demanda.

É importante nãoa permanência do 6º Batalhão no local em que ele sempre esteve - e que, aliás, a especulação imobiliária, mais uma vez, já está querendo atrapalhar a Segurança blica, que é tão problemática no estado de São Paulo -, bem como a emancipação do Corpo de Bombeiros, que é uma PEC nossa, de nossa autoria, da qual V. Exa. é coautor também.

E porque o governador está bravo comigo, porque eu não assinei em favor da Previdência, porque a gente tem dito algumas verdades aqui, eu sei que essa PEC foi colocada de lado, ou seja, não está prevalecendo o lado da Segurança blica, nem preocupado com a segurança da população. Está havendo somenos aí, problemas pessoais, o que é ruim porque atrapalha muito a cidade e o estado de São Paulo. Nós somos pela emancipação do Corpo de Bombeiros, sim.

Pois bem, hoje eu quero aqui fazer referência a que no último dia 4 de setembro, na sexta-feira, acabou não havendo a sessão por falta de quórum. Mas, sexta-feira, dia 4 de setembro, foi aniversário da cidade de Santa Rosa do Viterbo, bem como, no dia 6, no domingo, foi aniversário das cidades de Ribeirão Branco e Boituva.

E hoje, segunda-feira, dia 8 de setembro, é aniversário dos municípios de Itaquaquecetuba, Buritizal, Descalvado, Mirassol e Nipuã. Um abraço a todos os amigos e amigas desses municípios.

Hoje, dia 8 de setembro, também é o Dia Mundial do Fisioterapeuta, da fisioterapia. Nós temos vários fisioterapeutas na Polícia Militar, que fazem um trabalho excelente com os nossos feridos em acidentes, feridos de tiro, de quedas, enfim. Nós temos muito problema de saúde e ferimentos na Polícia Militar, e o pessoal da fisioterapia faz um trabalho excelente.

Também trago notícia aqui, infelizmente, da morte de mais um herói da Polícia Militar, o sargento aposentado José Cláudio Mantovani. O sargento Mantovani morreu ontem, no litoral paulista, quando ele salvou uma menina de 13 anos que estava morrendo afogada.

O sargento Mantovani, já aposentado, sem obrigação alguma, ao ouvir os gritos de socorro da pessoa, da família e da criança, adentrou a água e conseguiu retirar uma menina de 13 anos que estava morrendo afogada.

Só que, infelizmente, ele não resistiu e faleceu. O nosso grande abraço à família do sargento José Cláudio Mantovani; o nosso respeito e a nossa continência por mais esse herói da Polícia Militar.

Falando também em mortes, eu queria aqui lamentar a morte do cabo aposentado do Exército Brasileiro Jorge Luiz Dantas, que num evento comemorando os 40 anos da turma de paraquedista dele, a turma de 1980, o cabo reformado do Exército Jorge Luiz Dantas, de 62 anos, acabou falecendo em virtude de uma queda.

Quando ele fazia uma apresentação de paraquedismo, houve um problema no final da aterragem, e ele acabou se chocando violentamente contra o solo e acabou, após cirurgia, falecendo. Nossos pêsames aos amigos paraquedistas do Exército brasileiro.

Eu quero aqui, Sr. Presidente, também trazer o nosso reconhecimento a um grande parlamentar da Polícia Militar, ao Major Olímpio, que também entrou com uma ação contra o governador do estado de São Paulo, devido a uma compra de dois milhões de aventais na pandemia.

Queria lembrar que nós, deputados do PDO, estivemos também, fazemos parte dessa ação, estivemos nessa empresa e averiguamos também essa necessidade. O Major Olímpio, nosso senador, encaminhou essa documentação e essa documentação, segundo consta aqui na imprensa, o conselheiro Antonio Roque Citadini, do Tribunal de Contas do Estado, abriu prazo de 30 dias para o governo estadual apresentar informações.

Aliás, é o que eu sempre digo: o governo - não só estadual, mas da cidade de São Paulo - vai ter que dar muitas explicações sobre os gastos efetuados na pandemia, a começar pelo Hospital de Campanha do Anhembi, onde nós constatamos que tudo dito pelo governo e pela prefeitura era uma grande mentira, quando falavam em excesso de pessoas internadas e falta de leitos.

Quero lembrar que, só em duas ações do grupo PDO, estes deputados - nós - conseguimos economizar para os cofres públicos 608 milhões de reais, quando nós constatamos um contrato fraudulento de 14 milhões e 200 mil reais na cidade de Itapevi e depois quando nós conseguimos que fosse evitado o gasto de 594 milhões em aluguel de leitos particulares, tanto de UTI quanto clínicos, que são os leitos utilizados em hospitais de campanha.

O governo já tinha separado, aberto um chamamento de 594 milhões para gastar em leitos particulares totalmente sem necessidade. Se não fosse essa ação dos deputados que estiveram lá no hospital do Anhembi - deputada Leticia estava presente comigo lá -, se não tivéssemos ido lá, com certeza o estado teria gastado esses 594 mil... Mil?

Eu sou ridículo mesmo, 594 milhões. Eu nem sei quanta grana é isso, nem sei qual é esse volume de grana, mas seriam gastos 594 milhões desnecessariamente dos cofres públicos de São Paulo.

Então, parabéns a todos os deputados que têm agido forte nesta pandemia quanto aos gastos desnecessários, supérfluos e imorais desses governos que usaram a pandemia como plataforma política e de autoajuda. Srs. Prefeitos, Srs. Governadores: a cobra vai fumar ainda, fiquem espertos.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - Usando a palavra e assumindo já a Presidência, digno deputado Coronel Telhada. Chamando ao microfone da Assembleia, no Pequeno Expediente, a digna deputada Leticia. Ela que é deputada atuante do PDO nesta Casa e no estado de São Paulo, deputada Leticia.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PSL - Obrigada, deputado Ed Thomas, pelas palavras. Obrigada, Sr. Presidente. Boa tarde a todos que nos acompanham, que nos escutam. Eu quero hoje direcionar a minha fala a você que está do outro lado e nos acompanha e presta atenção em tudo que envolve política, seja em São Paulo ou qualquer outro estado brasileiro.

Você que, assim como eu, batalhou muito para eleger o nosso presidente Jair Bolsonaro, tirou dinheiro do bolso para fazer campanha para o nosso presidente. Você que, em todo lugar que ia, falava do presidente Bolsonaro, e que convenceu tantas e tantas outras pessoas a votar no presidente Jair Bolsonaro.

Você que arrumou briga com amigos, parentes, colegas de trabalho e colegas de faculdade para defender a direita, os valores do conservadorismo e o projeto de nação do nosso presidente Jair Bolsonaro.

Você entendeu o perigo que é ter a esquerda no poder, não só porque eles saquearam os cofres públicos, mas o projeto de fato, por meio do marxismo cultural, entranhado no nosso País nas universidades, nos projetos de escola e nas iniciativas que envolvem as famílias.

Fomos às ruas, às redes sociais, participamos ativamente da campanha eleitoral, vocês se lembram? Foi diferente. Seja você como eleitor, seja eu, agora, como deputada, abraçando essa missão de Brasil, sendo base sólida para a reconstrução do nosso País.

No dia 6 de setembro fez dois anos que, quando estávamos em plena campanha eleitoral, nosso então candidato à presidência Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais, no meio do povo, sendo aclamado, aliás, como é até hoje, aquela multidão em volta dele, cheia de fé, esperança, emoção, alegria, entusiasmo pela mudança no País, quase foi assassinado.

Quase assassinaram um homem bom, decente, honesto, que estava disposto a dar a própria vida pelo País. Os olhos marejados das pessoas se tornaram corações aflitos, apreensivos, amedrontados.

O que fizeram com o nosso presidente Bolsonaro? Jair sobreviveu bravamente. Eu e você renascemos com o nosso presidente. Renasceu a chama do patriotismo no nosso País. Faz dois anos que nós temos uma pergunta a ser respondida: Quem mandou matar Jair Bolsonaro?

A grande imprensa tenta, a todo momento, desqualificar o trabalho do governo Bolsonaro. Mas, você não vê esta grande imprensa empenhada, por exemplo, em fazer um jornalismo investigativo para saber quem está por trás do criminoso Adélio Bispo. Essa pergunta precisa ser respondida. Tentaram assassinar o sonho brasileiro, mas existe um Deus generoso, bondoso, misericordioso, que honra os justos, que opera milagres.

Recentemente, nós vimos uma declaração do nosso presidente Jair Bolsonaro bastante emocionado, dizendo que “não queiram esta cadeira presidencial". Só ele sabe o peso e a responsabilidade que existem nessa cadeira presidencial.

Sabemos o enorme desafio que é representar com honestidade os princípios e os nossos valores. Deus capacita os escolhidos. E, certamente, o presidente Jair Bolsonaro é um escolhido. Sua autoridade foi concedida por Deus.

Saiba, Presidente, que atrás dessa sua cadeira aí existe uma tropa de choque, um exército de brasileiros, brasileiras, idosos, adultos, jovens, crianças e homens que estão com o senhor. O atendente da lanchonete, o cobrador de ônibus, o gerente da loja, o proprietário da maior multinacional, todos nós estamos trabalhando em conjunto com o senhor para fazer o Brasil dar certo.

O senhor não está sozinho, Presidente. Continue firme na sua missão. Nós estaremos aqui, prontos para lhe auxiliar. E, lembre-se: mar calmo nunca fez bom marinheiro. Nós sabemos disso. Estamos no mesmo barco. Existem aqueles que estão no mesmo barco, mas torcem para o barco virar.

Vocês, que não querem que o Brasil dê certo: pulem do barco. Deixem o Brasil para quem realmente o ama. Vão procurar uma ditadura para chamar de sua. Livrem-nos de vocês aqui neste País.

Aqui, temos grandes guerreiros, pessoas de bem, honestas, dedicadas, querendo fazer diferente, reconstruir uma Nação, que foi saqueada pelo PT. Nós tiramos o Brasil das garras do PT e vamos continuar, junto com nosso presidente Bolsonaro, nessa missão.

Presidente, o senhor não está sozinho. "Brava gente brasileira, longe vá, temor servil, ou ficar a pátria livre, ou morrer pelo Brasil".

Obrigada, Sr. Presidente.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sra. Deputada. O próximo deputado é o deputado Ed Thomas. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Peço licença até para retirar a máscara. A gente obedece ao distanciamento.

Sr. Presidente, digno deputado Coronel Telhada, deputados e deputadas da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, venho a essa tribuna para fazer, com a permissão de todos, um agradecimento ao deputado Frederico d'Avila.

Ele me fez um convite, porque recebeu esse convite, e me transmitiu, para que estivesse junto com o presidente da República do Brasil, Sr. Jair Messias Bolsonaro, no Vale do Ribeira, em especial na cidade de Tapiraí. E lá estivemos.

Eu venho aqui para dizer muito, mas muito obrigado, da forma que fui tratado, que fui recebido pelo presidente e pela sua comitiva. Acima de tudo, um republicano. Não vê placas partidárias, mas, acima de tudo, vê pessoas que querem o bem deste País em especial, representante do estado de São Paulo, mais especial ainda, sou representante do oeste paulista, aqui na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Sr. Presidente, eu já tive a oportunidade de usar este microfone e dizer obrigado pelos pedidos atendidos e por aquilo que foi colocado na minha região, seja na Saúde, seja na Agricultura, seja dentro das prefeituras, para melhorar a vida das pessoas. Chegou, bem pouco se divulgou, mas eu cumpri com a minha parte. Quis lhe dizer muito obrigado. Mas nós precisamos de mais.

O senhor esteve no Vale do Ribeira e ofertou ali recursos para pontes, para acessibilidade, para que as pessoas possam produzir. E naquele momento, eu tive a oportunidade de pedir ao presidente: faça o mesmo à outra ponta do Estado, onde começa o estado. O estado de São Paulo começa na divisa do Mato Grosso com o Paraná, exatamente em Presidente Epitácio, em Pauliceia, em Rosana, porque a vida começa na água.

São duas regiões, tanto o Vale do Ribeira quanto o Oeste Paulista, chamadas de pobres. Mas pobres de investimento, porque a riqueza mora ali, porque a produção está ali, porque nós temos lá o que é de mais importante, pessoas que produzem.

Então, Sr. Presidente, aquele pedido que lhe fiz eu vou lhe encaminhar, através desse documento, solicitando esse recurso para a região do Oeste Paulista. Sr. Presidente, atenda-nos. Nós precisamos.

Quero aqui expressar mais uma vez meu respeito, meu carinho e meu muito, mas muito obrigado. Eu costumo dizer que, se partido fosse bom, se chamaria inteiro. Nós precisamos de um país por inteiro, um país grande para todos, porque juntos, com certeza, nós teremos prosperidade, nós teremos, acima de tudo, um povo que volte a acreditar na boa política, na política que melhora a vida das pessoas. Atenda-nos, Sr. Presidente.

Nesse tempo que me resta, Sr. Presidente, eu quero muito chamar a atenção da Comissão de Direitos do Consumidor desta Casa, na pessoa do digno deputado Xerife do Consumidor.

O que está acontecendo com os preços, creio que no País, mas em especial no estado de São Paulo, - entre em um supermercado - é de assustar. É de assustar o que está acontecendo com os preços. E qual o porquê disso, se os mercados foram os que mais faturaram nesta pandemia que nós estamos vivendo? Que não fecharam.

Está nas distribuidoras, no próprio supermercado? Porque naquele que produz, com certeza, não está. Esse sempre foi ficando à margem. É o menor dos lucros. Entrar num supermercado está sendo um assalto.

Eu chamo a atenção então da Comissão de Direitos do Consumidor, do Ministério Público do Estado de São Paulo, do governador do estado de São Paulo, por que isso está sendo permitido, num período de fome, onde o governo federal repassa 600 reais, e você encontra um pacote de arroz a 26 reais, sem falar do feijão, sem falar, enfim, produtos de limpeza, de primeira necessidade.

É para abalar o País? É para colocar o País na fome, na vulnerabilidade? Será que é essa outra política, a politicagem desta pandemia, de a gente ficar em casa e eles roubando? Então esse roubo agora está na comida dos brasileiros.

Eu chamo aqui a atenção, já encerrando, ao Sr. Presidente, aos órgãos competentes da União, aos órgãos competentes do estado de São Paulo e, acima de tudo, ao Procon e à Defesa do Consumidor desta Assembleia, para que a gente faça uma comissão, para que a gente investigue, porque é roubo o que está acontecendo com a comida dos brasileiros.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Próximo deputado, novamente, o deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, de volta a esta tribuna, no dia de hoje. Eu recebi, Sr. Presidente, dos profissionais da Educação da rede estadual, dois comunicados da subsecretaria, o nº 78 e o nº 79, que tratam de orientações para atividades presenciais opcionais.

Então são dois comunicados que foram dirigidos, entregues. Está aqui: “Prezados dirigentes de ensino...” Sr. Presidente, é patético isso, porque nesse documento - nos dois, na verdade -, por exemplo, tem o item que fala sobre serviços de limpeza, sobre os cuidadores, sobre transporte escolar - que está na página 4 desse item - que fala dos serviços de limpeza, transporte, merenda e cuidador.

Primeiro, que eu saiba, os cuidadores de crianças com deficiência foram todos demitidos no início da pandemia. O governador Doria demitiu as merendeiras terceirizadas, os cuidadores das crianças com deficiências e abandonou os transportadores escolares.

Serviço de limpeza, Sr. Presidente. Sabemos que existem muitas escolas, ou uma boa parte da rede, que estão com um déficit enorme nessa área de limpeza. Sem servidores de limpeza e sem servidores do quadro de apoio escolar, sem agentes de organização escolar.

Não é o agente de organização escolar que faz a limpeza da escola, porém ele tem um papel fundamental na organização da escola. Na abertura, no fechamento, na parte administrativa, de registros, de prontuários, na organização do pátio, do intervalo, na garantia da disciplina e de acompanhamento dos alunos durante os intervalos.

O fato é que não temos esses servidores em um número suficiente, mas aqui há. O comunicado diz exatamente sobre isso, dando orientações. Eu acho que o secretário da Educação deve estar falando de uma outra rede de ensino, que não é a nossa do estado de São Paulo. Ele deve estar em outro planeta, ou na Finlândia, talvez.

Aqui também há um estímulo, Sr. Presidente, para que haja a entrega de merenda seca. Voltamos ao passado, algo que tínhamos, em parte, já superado. Isso volta. A orientação da secretaria da Educação é de que as escolas ofereçam biscoitos, sucos de caixa. Um tipo de merenda que já foi duramente criticado na rede estadual.

Em síntese, o que os documentos mostram claramente é que toda a responsabilidade de uma possível volta às aulas fica a cargo da comunidade escolar, dos profissionais de Educação, e dos pais de alunos. Inclusive tem até um questionário para que os pais respondam.

Ou seja, o governo estadual lava as suas mãos. Ele não se responsabiliza praticamente por nada e joga toda a responsabilidade, a tal ponto de apresentar em um desses requerimentos um termo de responsabilidade, para que o professor assine. O professor terá que assinar um termo de responsabilidade pela sua volta, caso ele seja contaminado.

O professor volta ao trabalho e se ele se contaminar com o coronavírus, a responsabilidade é dele. Essa é a mensagem que o governo Doria passa para a volta às aulas, no estado de São Paulo. Lavando as suas mãos e jogando toda a responsabilidade para a comunidade escolar, que não tem recursos.

Sabemos a situação de sucateamento e degradação da rede estadual de ensino, da falta de materiais, a falta de recursos humanos. Isso é muito grave, eu tenho denunciado exaustivamente. É um ato covarde do governo estadual. Primeiro, de promover a volta às aulas, atendendo os interesses dos grandes grupos econômicos ligados às escolas particulares.

É disso que se trata essa pressão, essa pressa do governo em apresentar datas e tentar acelerar as datas de retorno às aulas. Jogando, como eu disse, a responsabilidade para os profissionais da educação, sobretudo nessa área da contaminação.

O fato é que as nossas escolas não voltarão, secretário Rossieli - Rossieli Weintraub -, os professores não voltarão às aulas, e os pais não enviarão seus filhos para uma câmara de extermínio de pessoas. É como se fosse... O pai sabe, ele vai enviar o seu filho para uma câmara de extermínio nazista.

As pessoas vão morrer, vão se contaminar. Nós vamos ter uma grande explosão nessa área. Porque, se houver de fato a volta às aulas no estado de São Paulo, esse procedimento vai mobilizar 13 milhões de pessoas em todo o estado de São Paulo, Sr. Presidente. Aí vai ser um genocídio na área da Educação no estado de São Paulo.

Muito obrigado.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Douglas Garcia.

 

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O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - Continuando a lista dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, chamo para fazer uso da palavra o nobre deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente. Boa tarde à Mesa Diretora. Boa tarde aos nossos policiais militares e civis, todos os colaboradores da Assembleia Legislativa. E quem nos acompanha pela Rede Alesp.

Presidente, eu não iria usar a palavra nesta tarde, mas conversando com os nossos policiais militares, conversando com o deputado Ed Thomas, a gente não pode deixar de lembrar desta Semana da Pátria. Sete de setembro, data em que comemoramos o aniversário da Independência do Brasil.

Assisti ontem a um documentário do “Brasil Paralelo”. Quem nos acompanha pela Rede Alesp pode colocar no YouTube. Recomendo fortemente que vocês acompanhem. Eles falavam sobre o nosso processo de independência. Figuras, vultos históricos que nós negligenciamos, presidente, há muito tempo.

Figuras como D. Pedro I; como sua esposa, a Imperatriz Leopoldina; como o paulista José Bonifácio, patriarca da Independência brasileira. É incrível, porque vivemos em um período em que a militância feminista é muito forte, mas não vemos essa militância, inclusive nesta Casa de Leis, vir à tribuna elogiar o papel fundamental da Imperatriz Leopoldina. Essa sim foi a primeira mulher chefe de estado no País. Ela que assinou a Independência.

 Depois, D. Pedro I, no dia 07 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, faz aquele ato com a sua tropa e com o povo que estava ali. Então fica essa reflexão dessas mulheres, nesse período. Veja também na família real, na família de D. Pedro I, a filha de D. Pedro II. Princesa Isabel, a libertação dos escravos.

É lógico que essa militância quer reescrever a história do Brasil, a história de São Paulo. Fui ontem, presidente deputado Douglas Garcia, ao Monumento à Independência, no Ipiranga. Fechado, às traças. O Museu Paulista da USP, mais conhecido como Museu do Ipiranga, está em uma reforma eterna, que não acaba.

É o Partido da Social Democracia, o PSDB, que odeia a história de São Paulo, que odeia a história brasileira. Deixou o nosso patrimônio histórico, o nosso patrimônio cultural chegar em um estado caótico. O Museu quase caindo, quase desabando.

Eu conheço aquela região desde menino. Quando cheguei em São Paulo, entregava leite, deputado Douglas Garcia - depois do Ipiranga, seguindo a Ricardo Jafet -, passava naquele monumento e achava incrível. Monumento que foi erguido em 1922, quando celebramos o Centenário da Independência.

Então, espero que o secretário de Cultura, o governador do estado de São Paulo, que pertence ao partido que não deteriorou só a Cultura, mas a Saúde, a Segurança Pública, especialmente, que ao menos, governador João Doria, para 2022, Bicentenário da Independência do Brasil, em que grandes homens, grandes mulheres fizeram grandes feitos a São Paulo e ao Brasil, que não fique nessa meninice, nessa pequenez de acabar com toda a herança histórica, com o nosso patrimônio histórico e cultural de São Paulo e do Brasil.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - Continuando a lista dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, chamo para fazer uso da palavra o nobre deputado Sargento Neri. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.

Aproveito também para pedir ao nobre deputado Gil Diniz para que assuma os trabalhos na Presidência.

 

O SR. SARGENTO NERI - AVANTE - Boa tarde, presidente. Boa tarde a todos, à Polícia Militar, a todos os funcionários da Assembleia Legislativa.

Muitos estão enviando mensagens, e-mails, perguntando do grupo PDO. E eu venho aqui para dizer que o grupo PDO continua fazendo o trabalho a que se propôs, que é fiscalizar a máquina do Governo. Fazendo com que o Ministério Público, através das representações, atue efetivamente nas investigações.

Na quinta-feira passada, protocolamos no Ministério Público, Procuradoria do Estado, uma representação que irá atingir várias cidades do interior e vários atores da política paulista.

Pessoas que vêm usufruindo dos cofres públicos através de contratos, através de compras - essas feitas de formas erradas -, através da corrupção. É o trabalho que o PDO vem fazendo incansavelmente.

É claro que é um trabalho técnico, sempre falo que é um grupo apartidário. Não ficamos com politicagem, só de discurso. Estamos trabalhando efetivamente, e todo trabalho nosso tem início, meio e fim. E o fim do nosso trabalho é para as autoridades, as instituições que realmente têm competência para processar, investigar, julgar e, se for o caso, condenar.

Hoje fiquei feliz, porque o Tribunal de Contas já está apurando algumas compras de aventais, máscaras. E só nós representamos o Governo do Estado em várias compras de máscaras, aventais e algumas empresas também.

Não posso deixar de registrar a nossa fiscalização no Hospital de Campanha do Anhembi, que forçou o governador a retirar o chamamento para locação de leitos de hospitais particulares. Aquela fiscalização que foi notória à população de São Paulo e ao próprio estado, de que era desnecessário o Hospital de Campanha.

E realmente o número inverídico que o governador e o próprio prefeito de São Paulo passavam à população, que teria 1.870 leitos. Falo que é mentira, porque eu estava lá. Nós pudemos vivenciar a situação precária daquele Hospital de Campanha, e que não tinha 1.870 leitos, não chegava a quinhentos.

 Uma semana depois, se o presidente lembra, caiu uma tempestade em São Paulo e o Hospital de Campanha do Anhembi virou uma cachoeira, mostrando que realmente estávamos certos na representação, que a situação era precária.

Por sorte e para nossa felicidade, a Procuradoria da República também acatou essa representação nossa, e já está apurando esse contrato feito entre o Poder Público e a empresa Iabas.

Também atuamos no interior de São Paulo. Em Ribeirão Preto, fomos chamados por uma comissão de vereadores, que já enviaram a documentação. Estamos analisando para também fazer uma representação contra o Poder Municipal daquela cidade.

Atuamos também na cidade de Ibiúna, onde foi colocado um Hospital de Campanha, também precário. Lembro que o deputado Marcio Nakashima ainda falou que era uma lona, e ele não estava errado. Foi colocada uma lona para atender a população de Ibiúna.

E nada foi feito pelo Hospital Público, que deveria herdar todos os equipamentos comprados na pandemia, mas fizemos também mais duas representações contra aquela administração pública de Ibiúna. E estou fazendo a terceira, porque chegou ao meu conhecimento que o secretário processa o prefeito, por emprestar dinheiro em um volume muito acima da média, o processo que tem um cheque de 450 mil reais e outro de 18 mil reais.

Vamos mandar para o Ministério Público para saber onde está o lastro desse recurso, se foi declarado imposto de renda, vamos mandar para o Ministério Público tudo o que houver realmente de irregular neste estado.

Arrisco a dizer que nunca no País houve um grupo que atuasse contra o Executivo como o PDO vem atuando, de forma séria, de forma isenta e realmente buscando um resultado.

Já fizemos, sim, elogios a algumas máquinas, a algum instrumento de Saúde que tem no estado, como foi o hospital de campanha de Heliópolis, muito bem administrado, porque nós temos isenção. Aquilo que é bom nós reconhecemos, aquilo que é ruim nós mostramos e cobramos. Esse é o trabalho do PDO, esse é o trabalho do parlamento.

Eu sempre falo que o Legislativo é, nada mais, nada menos, que a balança entre o povo e o Executivo. É o Legislativo que vai fazer esse controle para ver o que é melhor para a população.

E é o que nós estamos fazendo aqui no estado de São Paulo, elogiado não só a nível nacional, mas também a nível internacional. E digo isso porque recebemos elogios de brasileiros que estão fora do País, morando há muitos anos, e disseram que ainda nosso País é um país que realmente vai dar certo.

Mas quero deixar aqui o meu apreço e todo o apoio ao presidente Bolsonaro. Eu acabei de ver um vídeo, ele levando a Esther, que é uma repórter mirim pela qual eu tenho um carinho enorme, por ela e pelo pai, ele a levou à reunião de ministérios.

Isso é muito bacana, isso mostra total lisura do nosso presidente. Então, por isso, quero parabenizá-lo mais uma vez. Não me canso de parabenizá-lo e também de apoiá-lo. Levar essa criança à reunião do ministério...

É uma criança tão inteligente, eu coloquei um projeto que ela me apresentou. Ela fez o projeto do Dia do Idoso, trouxe aqui, gravei um vídeo com ela e falei que colocaria o projeto com o maior carinho e assim o fiz, porque eu cumpro todas as minhas promessas e cumpro a minha palavra. Está tramitando na Casa o projeto maravilhoso feito por uma criança de dez anos de idade. Quem sou eu para impedir que esse projeto caminhe? Quem sou eu para negar um pedido dessa criança tão maravilhosa? Então quero parabenizar o presidente por isso.

Para finalizar, presidente, quero colocar o povo paulista, apoie o PDO, faça com que o PDO cresça, faça com que o PDO tenha força para realmente coibir a corrupção no estado. Esse é o nosso trabalho. O nosso trabalho é apartidário, o nosso trabalho é isento, o nosso trabalho não é de politicagem, mas sim de resultado.

Já são mais de dezenas de representações, tanto contra o Governo do Estado como contra algumas prefeituras do estado de São Paulo. Continuaremos fiscalizando, continuaremos fazendo esse trabalho para que sobre mais recursos nos cofres públicos para que o Estado possa investir nos seus serviços básicos, como Educação, Segurança e Saúde.

No quesito Segurança, amanhã nós estaremos aqui recebendo na Comissão de Segurança Pública o secretário de Segurança. Falar de baixar criminalidade, para nós, é chover no molhado, porque São Paulo vem atuando através de suas polícias há muitos anos, sendo um marco para o restante do País.

O que nós queremos saber é o que o secretário está fazendo para melhorar para o recurso humano, porque ele é o primeiro homem da ponta que está ao lado do governador. Então nós queremos saber não só da atuação da secretaria em termos de criminalidade, mas qual é a gestão dele para o recurso humano, É isso que nós queremos saber e é isso que nós vamos cobrar.

É isso que eu peço para o presidente, que estará lá também, na comissão, que o faça, que nós consigamos amanhã fazer com que ele entenda que sem motivar o recurso humano em termos de salário, em termos de vantagens, em termos de ter recursos para trabalhar, nada adianta para a Segurança Pública.

Obrigado, presidente.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.

 

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O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Obrigado, nobre deputado. Encerrado o Pequeno Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Iniciado o Grande Expediente, convido para fazer uso da palavra os oradores inscritos. Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Nobre deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Nobre deputado Caio França. (Pausa.) Nobre deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Nobre deputado Luiz Fernando Lula da Silva. (Pausa.) Nobre deputada Carla Morando. (Pausa.) Nobre deputado Major Mecca. (Pausa.) Nobre deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Convido para fazer uso da palavra o nobre deputado Douglas Garcia. Vossa Excelência tem o tempo regimental de dez minutos.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Quero cumprimentá-lo. Cumprimento todos os servidores da Assembleia de São Paulo, cumprimento também os policiais militares aqui presentes, cumprimento todos que nos assistem pela rede Alesp e toda a população paulista.

Sr. Presidente, eu subo mais uma vez a esta tribuna e desta vez eu quero desmascarar outra hipocrisia. Já havia feito isso na semana passada e agora eu vou fazer aqui nesta tribuna novamente.

Sr. Presidente, no dia quatro de junho, eu gostaria que prestassem bastante atenção todos os que estão assistindo a este pronunciamento, pois é muito importante para nós mostrarmos a cara de pau que algumas pessoas têm de mentir.

E essas mesmas pessoas são as que costumeiramente falam para você ficar em casa, para você ficar preso, para você não ir trabalhar, para você ficar dependendo de 600 reais, para você, olha, simplesmente se trancafiar dentro de casa e ficar estudando, esse bando de louco que não prova absolutamente nada e não tem uma comprovação científica a respeito dessa questão de ficar em casa relacionado ao coronavírus. Então peço, por gentileza, que prestem atenção nisso.

No dia quatro de junho a deputada Isa Penna, do PSOL, acompanhada do deputado federal do PT, se eu não me engano alguma coisa Teixeira - eu sabia o nome dele até recentemente, esqueci, mas de tão insignificante que a pessoa é e de tão incompetente -, em pleno expediente veio aqui, na Assembleia Legislativa. Era uma quinta-feira, veio aqui, junto com a deputada Isa Penna, para registrar um boletim de ocorrência contra mim.

E a deputada Isa Penna colocou o seguinte no boletim de ocorrência, vejam só, que o telefone da deputada estadual Isa Penna foi publicado pelo deputado estadual Douglas Garcia em suas redes sociais, denominadas Twitter, Facebook, Instagram e WhatsApp. A deputada Isa Penna me acusou de ter publicado o número do telefone dela nas redes sociais Facebook, Twitter e WhatsApp.

E ela colocou aqui o seguinte, deputado Gil Diniz: “As vítimas se comprometem em apresentar todas as provas colhidas em juízo no momento oportuno”. Pois bem, a procuradoria do Ministério Público mandou a deputada Isa Penna apresentar essas provas, porque, afinal de contas, eles colocaram isso aqui no boletim de ocorrência.

Então, a oficiala de Justiça começou a fazer o quê? Ir atrás da deputada Isa Penna, para conseguir fazer com que essas provas chegassem, porque ela precisava ser citada no processo, existe o processo de citação etc. E a oficiala resolveu lavrar esta certidão que eu tenho em mãos e vou ler para os senhores agora. Prestem bastante atenção.

“Nos dias três de julho, quatro de agosto, seis de agosto, dirigi-me à Assembleia, porém o gabinete da deputada Isadora Martinatti Penna estava fechado.

Dois, fiz ligações para o gabinete e ninguém atendeu. Três, em consulta à internet obtive o número de telefone X. Inicialmente liguei, mas não fui atendida. Depois passei mensagem via WhatsApp e recebi um retorno automático pedindo que eu armazenasse o contato. Quatro, feito isso, pouco tempo depois, recebi mensagem de outro número de telefone dizendo ser a deputada Isa Penna. Cinco, perguntada, informei o teor do mandado.

Seis, no dia 12 de agosto, pouco tempo depois, recebi mensagem de outro número de telefone, dizendo ser a deputada e, nesse dia 12 de agosto, marcamos de nos encontrar na Assembleia Legislativa de São Paulo para o dia 13 de agosto, às 13 horas, mas a deputada desmarcou pouco tempo antes.

Sete, no dia 13 de agosto remarcamos de nos encontrar na Assembleia no dia 17 de agosto, às 13 horas, porém a deputada, mais uma vez, desmarcou. Oito, no dia 17 de agosto remarcamos mais uma vez de nos encontrar na Assembleia no dia 18 de agosto, às 14 horas, porém a deputada não compareceu.

Nove, nos dias seguintes tentei remarcar de nos encontrarmos, porém não tive retorno. Dez, nos dias 20 de agosto e 25 de agosto retornei à Assembleia, porém o gabinete da deputada Isa Penna estava fechado.

Onze, no dia 26 de agosto a deputada enviou uma mensagem dizendo que tem bronquite e asma, que faz parte do grupo de risco da Covid-19 e que, no momento, ela está de quarentena no município de Mairiporã, em São Paulo.

Desta forma, devolvo o mandado e fico no aguardo de novas determinações. O referido é verdade.

São Paulo, 27 de agosto de 2020”.

Pois bem, em uma simples consulta nas redes sociais fui saber o estado de saúde da deputada Isa Penna, porque eu fiquei preocupado, deputado Gil. A deputada Isa Penna tem bronquite e asma, ela não pode sair de casa, por isso ela está cumprindo quarentena em Mairiporã. Então eu fiquei preocupado e resolvi olhar as suas redes sociais.

E, para a minha surpresa, eu peço, por gentileza, que seja reproduzido o vídeo, consegui encontrar a deputada Isa Penna. Vejam só onde ela estava cumprindo a quarentena.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Enfim, a hipocrisia. Peço perdão, Sr. Presidente, é porque esse tipo de coisa a gente tem que rir, infelizmente. Foi no dia 14 de junho, nós tínhamos aqui quatro mil casos de Covid-19, 950 mortes, deputada Isa Penna com bronquite e asma, fugindo da oficiala de Justiça depois.

Ela começou a ser intimada e citada depois, não tem condições de vir à Assembleia de São Paulo, mas foi para uma manifestação promovendo aglomeração pedir a deposição do presidente da República. Por quê? Porque coronavirus não passa no meio de esquerdista. Eles são imunes. A deputada Isa Penna não está proliferando o vírus quando ela vai para a manifestação, isso só acontece quando ela vem para a Assembleia de São Paulo.

Inclusive, se isso for verdade, esta Casa fechou mais ou menos quando? Em março? Abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, vão fazer seis meses que a deputada Isa Penna só pisou os pés nesta Assembleia Legislativa uma única vez, que foi para registrar um boletim de ocorrência contra mim, contra o deputado Douglas Garcia.

E, por uma questão de segurança, deputado Gil Diniz, já que ela não pode chegar perto das pessoas porque ela faz parte do grupo de risco, ela veio aqui no dia quatro de junho fazer esse boletim de ocorrência sozinha? Não. Ela veio acompanhada de uma torcida organizada. Ela veio acompanhada de uma torcida organizada.

A deputada Isa Penna resolveu que é seguro, não é? Não transmite coronavírus, às nove e quarenta da noite, em uma quinta-feira, que foi quando esse boletim de ocorrência foi lavrado.

Eu fico imaginando a cara do policial, ter que lavrar um boletim de ocorrência para torcida organizada às nove e quarenta da noite contra um deputado estadual. E ficou aqui fazendo uma festa em vídeo, fazendo barulho, aquela coisa toda. Resistência, blá-blá-blá. Uma gritaria, falta de respeito com a assessoria de Polícia Civil da Assembleia Legislativa.

Então, senhores, fica aqui registrada mais uma vez a hipocrisia da deputada Isa Penna. Deputada Isa Penna, eu quero que a senhora prove que eu vazei as suas informações nas redes sociais. Não fuja da oficiala de Justiça.

Inclusive, Sr. Presidente, eu solicito que as notas taquigráficas do meu discurso sejam encaminhadas ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo com os seguintes dizeres: “Perdão a V. Exa., porque nós temos uma deputada na Assembleia de São Paulo que, eu tenho a mais absoluta certeza, não reflete o comportamento da maioria dos deputados, que foge de oficial de Justiça e que só pôs os pés nesta Casa uma vez em seis meses.”.

Se acaso tivesse preservado esse discurso de “ai, eu tenho um problema porque eu sou do grupo de risco”, estava na Avenida Paulista com centenas, sei lá quantos manifestantes, todo mundo junto, maravilha, aquela coisa toda, de mãos dadas cantando “Marielle vive”. Deputada Isa Penna envergonhando o parlamento paulista.

Já tinha dito antes que eu gostaria de ficar longe da deputada Monica Seixas, não por causa do coronavírus, mas por causa da hipocrisia, e agora a deputada Isa Penna, também quero distância da senhora. Não por causa da Covid-19, mas pela sua hipocrisia, porque, aparentemente, a hipocrisia do PSOL é contagiosa, extremamente contagiosa, pior do que o coronavírus. Muito pior do que o coronavírus! É uma brincadeira mesmo, viu?

É lamentável que o pagador de impostos tenha que sustentar uma deputada que, além de não vir para a Assembleia e, aparentemente, não mandar seus assessores virem à Assembleia também, porque não é possível que todos eles sejam parte do grupo de risco, porque a oficiala aqui está dizendo que ligou para o gabinete e ninguém atendeu.

Para concluir, Sr. Presidente, a oficiala está dizendo que ligou para o gabinete e ninguém atendeu. Todo mundo que faz parte do gabinete da deputada, que é um gabinete feminista, jovem, “mandata coletiva” não sei lá das quantas, não é possível que todo mundo ali faça parte do grupo de risco e não tenha condições de pisar os pés nesta Assembleia pelo menos uma vez para ser citada.

Da próxima vez fica aqui a minha sugestão ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, na próxima manifestação de esquerda que houver pode ir lá, tenho a mais absoluta certeza de que a deputada Isa Penna será encontrada e sua excelência, a juíza do Tribunal de Justiça, conseguirá citá-la.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Obrigado, nobre deputado.

As notas taquigráficas serão encaminhadas conforme o solicitado pelo nobre deputado.

Convido o deputado Douglas Garcia a assumir os trabalhos aqui na Presidência.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Douglas Garcia.

 

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O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - Continuando a lista dos oradores inscritos no Grande Expediente, eu gostaria de chamar para fazer uso da palavra o nobre deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Nobre deputada Marta Costa. (Pausa.) Nobre deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Nobre deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Ele estava aqui agora há pouco. Nobre deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Nobre deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem o tempo regimental de 10 minutos para fazer uso da palavra.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Mais uma vez nesta tribuna, agora no Grande Expediente. Eu queria deixar registrado o meu agradecimento ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, que esteve conosco, semana passada, no Vale do Ribeira. Passou por Tapiraí. O deputado Ed Thomas estava lá. Fomos para Pariquera-Açu. Depois, Eldorado. Visitamos Sete Barras.

O presidente foi lá anunciar obras importantes com recursos do governo federal para essa região. E visitar a sua família. Então, agradecer ao presidente pelo carinho e pela consideração com os nossos deputados. O deputado Frederico d’Avila estava lá também. O deputado Douglas Garcia esteve conosco. O Tenente Coimbra e mais outros deputados federais também.

É impressionante o carinho da população de Eldorado Paulista, o orgulho que eles têm do presidente Bolsonaro, que eles viram crescer ali nas ruas de Eldorado. E o impacto que isso tem no Vale.

Não podemos deixar de cobrar também, muitas das queixas ali em Eldorado, principalmente, por conta das rodovias estaduais. O pessoal às vezes nos abordava e falava: “Essa rodovia que liga Eldorado a Jacupiranga - salvo engano, a SP-250 - parece um queijo suíço.”. Está tendo muitos acidentes ali.

Então, a gente pede a colaboração do DER, das nossas autoridades do estado de São Paulo, para que possam fazer as obras necessárias naquele trecho. Porque vidas estão sendo perdidas ali no Vale do Ribeira. Então, deixar registrado esse agradecimento ao presidente.

E agradecer também, porque no sábado ele reinaugurou a pista no Aeroporto de Congonhas. O ministro Tarcísio, que gosta de asfaltar, duplicar rodovia, não está mais usando asfalto.

Está colocando concreto mesmo ali. Fui no Rio Grande do Norte há dias atrás. O pessoal elogiando o trabalho do governo federal, espontaneamente. Eu nem tinha me identificado como parlamentar ligado ao presidente Bolsonaro e ao ministro Tarcísio.

É a segunda pista com asfalto poroso, que melhora a condição de pouso e não cria aquelas poças d’água. A primeira foi no Rio de Janeiro. A segunda, aqui na cidade de São Paulo, no nosso estado de São Paulo. Obra feita em 32 dias, três turnos de trabalho. Como reduziram os voos, essa quantidade enorme que Congonhas recebe de voos, acharam por bem fazer essa obra.

Conversando com o superintendente, ele disse: “Trinta e dois dias, obra estritamente dentro do prazo”. Não gastaram um centavo a mais. Não teve aditivo nenhum.

O que foi programado para ser gasto naquela obra foi gasto no período de 32 dias. Os funcionários - o presidente foi lá tirar foto com cada um deles - extremamente motivados pela entrega daquela obra, por terem participado daquela obra.

Então, agradecer mais uma vez ao governo federal por olhar para o nosso estado de São Paulo quando, infelizmente, vemos que no Executivo estadual esses laços não são os mesmos, essa consideração não é a mesma. Mas vamos continuar trabalhando junto ao governo federal para trazer obras e recursos para o nosso estado de São Paulo.

Mas eu queria me atentar a essa fala do deputado Douglas Garcia. Não especificamente à Isa Penna, mas me chamou a atenção porque, incrivelmente, aquele vagabundo que me denunciou no Ministério Público - e já não tenho nada a esconder para o meu seguidor, o meu eleitor e para os meus pares na Assembleia - me denunciou por racha de salário e por funcionário fantasma.

Essa denúncia está no MP. Fui de livre e espontânea vontade ao MP. Abri mão do meu sigilo bancário. Neguei, obviamente, as acusações. Os meus assessores foram lá também, negar as acusações.

E abriram, de livre e espontânea vontade, os seus sigilos bancários. Olhem só vocês. Quando esse vagabundo foi ao MP prestar o seu depoimento, a sua acusação, ele foi depois de mim. Vejam só vocês. Abri mão dessa, entre aspas, “prerrogativa” de ser ouvido depois do meu acusador.

Ele não levou nenhuma prova. Vejam que coincidência. A advogada dele era assessora de um deputado desta Casa. Começam ali as coincidências. Mas, como coincidência pouca é bobagem, vejam só vocês.

Fiz uma queixa contra ele, um boletim de ocorrência. Fui denunciado ali por meados de outubro, início de novembro. Depois que fui ao MP, fiz uma queixa contra ele: denunciação caluniosa.

Para a minha surpresa, descobri que o meu depoimento sumiu do inquérito. Fui lá no 36o DP e falei: “A minha cópia está aqui. Quero que vocês achem o meu depoimento.”. Mais uma coincidência. Você que me ouve aqui, que está na Assembleia Legislativa, que nos vê pela Rede Alesp, você já viu um depoimento do seu Zé, que vende bugiganga na rua, sumir de um inquérito? Agora, imaginem vocês: um depoimento de um deputado estadual sumiu de um inquérito. Eu descubro isso praticamente um ano depois.

Esse vagabundo e canalha que me denunciou, está filado ao DEM de Suzano. Ele vai participar da chapa do Sr. Jorge Romanos, assessor, até dias atrás, do deputado Estevam Galvão nesta Casa Legislativa. O DEM, que é o partido do nosso - nem tão nosso - vice-governador, do presidente da Câmara Federal.

Depois de toda a maracutaia que esse sem-vergonha fez, quem o abraçou em Suzano? O DEM. Ele foi premiado com uma vaga na nominata do DEM em Suzano.

Vai ser candidato à vereança nessa cidade. Abraçado por um ex-funcionário desta Casa, ligado a um deputado que eu considero, que eu considero ter uma boa relação. Mas é mais uma coincidência. Agora, vejam vocês mais uma coincidência.

Esse sem-vergonha, esse canalha, que tem nas suas redes sociais o seu número de telefone exposto, que vive correndo em Suzano, que vive com esse pré-candidato a prefeito, não está sendo encontrado para ser citado no inquérito para ser ouvido.

Olha que incrível. Já deixaram uma, duas, três vezes, na casa dele, na casa dos vizinhos, a intimação para ele depor. E ele não aparece. Não acontece nada com ele. Olha aqui, que coincidência. Será que a gente vai viver de coincidência aqui no nosso estado, aqui na Assembleia?

Venho aqui a esta tribuna, mais uma vez, me colocar à disposição do Ministério Público, do procurador-geral, de cada um dos promotores do MP. O que vocês querem mais?

Querem ir lá na minha casa? Querem fazer uma busca e apreensão? Querem ir no meu gabinete? Eu abro mão do que vocês quiserem. Já faz um ano que essa denúncia sem pé nem cabeça... O procurador perguntou para ele: “Cadê as provas que o senhor falou na entrevista que ia trazer?”.

Ele falou: “Não tenho.”. Ele disse no depoimento dele: “Nunca dei nada neste gabinete. Nunca vi ninguém dando nada naquele gabinete. Nunca ninguém me pediu nada naquele gabinete. Mas eu sei que tem racha de salário lá.”.

Como que o Ministério Público deixa ao deus-dará essa investigação? Será que é porque sou um deputado que é ligado ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, que é ligado ao presidente da República? Será que é por isso? Será que a gente pode pensar que é por isso? Porque eu coloco, de novo, à disposição.

Querem o quê mais? Já abri todas as minhas contas. Querem ir lá em casa? Podem ir. Querem vasculhar a vida dos meus filhos, dos meus pais, da minha esposa? Podem ir. Mas até quando vamos ficar fingindo que se investiga, fingindo que se procura esse vagabundo lá em Suzano, que está ao lado de um ex-assessor desta Casa Legislativa, ligado a um deputado estadual, com essas coincidências?

Inclusive, o meu depoimento sumindo de um inquérito. Vão ter que aparecer os responsáveis. Vai chover processo de abuso de autoridade se não se manifestarem. Me denunciem se há provas. Se encontrarem provas, me denunciem. Me denunciem. Agora estamos no processo legislativo. Vamos apoiar prefeitos, vereadores.

Todos sabem da minha posição política contra o governador. E parece que não acontece nada. O deputado Gil Diniz, você procura no Google e aparece lá “Gil Diniz ligado a esquema de corrupção”, quando não existe esquema nenhum. Me parece que existe um conluio para assassinar a minha reputação. Mas, isso, vocês não vão conseguir.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - Continuando a lista dos oradores inscritos no Grande Expediente, eu gostaria de chamar para fazer uso da palavra a nobre deputada Professora Bebel Lula. (Pausa.) Nobre deputado Ed Thomas. Vossa Excelência tem o tempo regimental de 10 minutos.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Na Presidência dos trabalhos, o deputado Douglas Garcia; cumprimentá-lo. Cumprimentar, também, dessa tribuna, o deputado Gil Diniz. E expressar a ele a minha gratidão, o meu respeito e o meu muito obrigado porque, na quinta-feira, ele foi mais do que um amigo. Ele foi um assessor. Um assessor amigo.

O Gil esteve acompanhando, como sempre, o presidente da República. E junto com o Frederico d’Avila também me fez o convite, e lá estivemos. E lá ele pode tirar as fotos e mandar logo depois.

Agradeço por essa amizade. É uma grata amizade conhecer o deputado Gil Diniz nesta Casa, que já esteve na minha cidade, já sentiu o tamanho do sol da cidade, é verdade. Ele foi de Bastos até Rosana. Rodou, atendendo.

É esse o nosso trabalho: atender a reivindicação das pessoas que devem ser encaminhadas. Parabéns, deputado Gil. Creio que a maior resposta, para tudo isso, é o trabalho. Na bandeira de Presidente Prudente tem uma frase que se chama: “O trabalho tudo vence.”. Eu acredito nisso. Eu creio realmente nisso.

Cumprimentar a minha amiga, digna deputada, trabalhadora, deputada Adriana Borgo, membro do PDO, atuante, fiscalizadora; pessoa sempre, sempre presente; de atitude, de coragem. São essas pessoas com quem a gente convive, com esses 94 deputados na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo.

Quero usar um pouco desse tempo. Não usarei todo. Estive, na semana que passou, num encontro na minha cidade, Presidente Prudente, com proprietários e locadores de campos de futebol.

Esses, na pandemia, não têm como ter delivery. Já ficou provado que os exercícios físicos melhoram, e melhoram muito. A falta dele piorou a vida de muitas e muitas pessoas. Sejam das nossas crianças, nossos jovens, nossos idosos, alguns atletas.

Essa gente, no estado de São Paulo, que oferece o lazer, a paixão do brasileiro, que é o futebol, locando horários. Tem coisas que só tem em São Paulo. Já cheguei aqui às três horas da manhã, saio da minha cidade, que venho de carro. Você vê no alto dos prédios, ou em construções, três horas da manhã, gente jogando bola.

São os garçons, os trabalhadores da madrugada, que depois do trabalho acham um tempinho, de uma horinha, fazer uma correria, de transpirar um pouco, de encontrar os amigos e poder se divertir.

Isso também foi tirado. E até agora não foi recolocado. Eu tive a oportunidade de falar um pouquinho pelo WhatsApp com o prefeito Bruno Covas, perguntando da flexibilização. Ele disse: “São Paulo, quem sabe, depois do dia 20 de setembro, ou o mais tardar, 10 de outubro.”. Ainda está longe. Muito longe. A minha cidade foi para a fase amarela agora.

Mas é importante que se dê autoridade aos prefeitos - porque ele é a maior autoridade do município - de poder flexibilizar. Com todos os cuidados, com todos os protocolos. Porque o futebol voltou a ser praticado. Na locação de um campo de futebol não é diferente do Allianz Parque, da Arena Corinthians, do Morumbi, do Santos da nossa Baixada. Porque só os times e a comissão técnica estão ali.

“Ah, mas eles são testados.” Claro que não vai dar para testar todo mundo que vai locar um horário, dois times. Mas, com um protocolo de febre, de álcool gel, sem levar acompanhante, pode. Dá para fazer. Eu venho fazer um apelo. A palavra é essa. Um apelo a esse comitê da Covid, de flexibilização, para que possa rever.

Porque essa gente trabalhadora e empreendedora, que oferece o lazer, está lá no setor de divertimento. E aí é só na faixa azul. No arco-íris que é o estado de São Paulo, de laranja, com amarelo - não é verdade? - de verde, de azul, só não tem pote de ouro no arco-íris porque já roubaram. Ninguém vai achar o pote de ouro desse arco-íris de jeito nenhum.

Mas que pudesse rever, porque é necessário para que as pessoas pudessem ter o seu ganho. Muitas pessoas já fecharam. Outras, que locaram, já entregaram. Outras estão endividadas.

Falo pontualmente daquilo que me reuni em Presidente Prudente. Mas isso é no estado todo e é no País todo, e é essa paixão que o brasileiro tem, esse momento que ele tem de encontrar com amigos para poder se divertir, e de outras pessoas terem a sua renda. 

Fica esse apelo para o Governo do Estado de São Paulo, que dê essa prioridade também a esse segmento. Certo? Porque é um encontro de não mais de uma hora, para as pessoas poderem se cuidar, poderem praticar o seu esporte. Eu me comprometi em falar aqui, e estou falando. 

Então, Sr. Governador, comitê da Covid, da flexibilização, que nesta cor que estamos vivendo, que as cidades estão vivendo - o mapa de São Paulo quase todo amarelo -, seja flexibilizada também para aqueles que promovem o esporte e o lazer, porque eles não têm delivery, e aí não têm como ter o seu ganho. 

Fica aqui esse apelo.

Muito obrigado, Sr. Presidente. 

  

O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - Continuando a lista dos oradores inscritos no Grande Expediente, gostaria de chamar para fazer uso da palavra o nobre deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Nobre deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Nobre deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Nobre deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Nobre deputado Castello Branco. (Pausa.) Nobre deputado Sargento Neri. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Nobre deputado Wellington Moura. 

Encerrada a lista dos oradores inscritos no Grande Expediente, encerramos o Grande Expediente. 

  

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - Pela ordem, Sr. Presidente.   

  

O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - Pela ordem, nobre deputada Adriana Borgo. 

  

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - Para falar pelo Art. 82, pela liderança do Pros. 

  

O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - É regimental. Tem V. Exa. a palavra pelo Art. 82, pela liderança do Pros. Solicito ao nobre deputado Gil Diniz que assuma os trabalhos na Presidência. 

  

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - PELO ART. 82 - Boa tarde a todos, a todos os policiais que estão aqui presentes, a todos os policiais do estado de São Paulo, a todos os agentes penitenciários. Também quero deixar um grande abraço aos “Policiais para Sempre”, e também aos “Cinza Bandeirantes”, por tudo que eles têm feito, lutado por suas reintegrações.

Fazer um apelo aqui ao Major Mecca, que dê andamento na PEC 15, porque é de suma importância que esses policiais tenham a chance de terem revistos os seus processos, e nós precisamos falar menos e agir mais, porque a gente fala, fala, critica um e outro parlamentar, mas nos esquecemos que só os 94 parlamentares juntos podem fazer a diferença dentro desta Casa. 

Também quero mandar um abraço para o capitão Dutra, que foi celebridade por esses dias na internet lá em Araçatuba, pela sua ação social em prol de tanta gente necessitada. Meus parabéns, capitão.  

Eu também quero mandar um abraço para o soldado Queiroz, aquele que dançou a Periquita, que ficou preso quatro dias. Gente, deixa eu explicar uma coisa. A instituição é clara. Quando você entra na instituição, você sabe muito bem qual é o regulamento. Se não seguir o regulamento vai para outra profissão.  

O capitão estava autorizado, fazendo uma ação social, bem diferente do soldado Queiroz, que dançou a Periquita, e que não tem nada a ver. A meu ver, na minha concepção, também trataram esse caso com muito abuso, quatro dias de permanência, mas todo mundo sabe o que pode e o que não pode. Eu convido sim a Polícia Militar, eu solicito que façam uma nova live com o Queiroz, e também com capitão, porque vai ser um sucesso. 

Eu quero dizer também que nesses dias, nas redes sociais, o problema e o assunto eram esses, a dancinha do capitão. Então, quero dizer aos senhores que enquanto a gente está se preocupando em ferrar a vida do outro polícia, nós estamos aqui, nós, familiares de policiais, policiais aposentados, policiais da ativa, passando necessidade. 

Enquanto nós nos consideramos inimigos e, ao invés de nos unirmos por uma bandeira, nós ficamos nos criticando e falando mal um do outro nessa porcaria de internet, nós estamos sendo massacrados por um único inimigo, que é o governador João Doria. 

Nós não tivemos salários, nós não tivemos nenhum direito garantido. E eu quero mandar um abraço aqui, nos poucos minutos que me restam, para o soldado Zacharias. Zacharias, um beijo no seu coração. Que Deus abençoe muito você. Muito obrigada por você falar mal de mim na internet, por você falar mentiras na internet. 

Sabe por quê? Porque todas as vezes que você faz isso, a gente ora mais por você, porque a gente sabe que não é você. Sabe, na sétima série eu tive um professor de matemática horrível, e eu não gostava dessa matéria, e um dia eu resolvi que eu ia tirar notas vermelhas. 

No final do ano, ele me deu uma prova com todo o conteúdo da matéria, e se eu tirasse nota “A”, eu passaria de ano, e eu estudei e tirei nota “A”. Sabe o que ele fez para mim? “Eu mando e você vai repetir de ano”. E aí, durante o outro ano que eu estudei, eu virei a cadeira de costas durante o ano todo, porque ele foi injusto. 

E você, Zacharias, olha. Estou virando as minhas costas para você. Para você, a minha consideração de desprezo. Você só vai ter de mim a oração, e não adianta você ficar jogando um parlamentar contra o outro, porque só juntos a gente vai conseguir fazer alguma coisa nesta Casa. 

A todos profissionais da Segurança Pública, a todos os empresários da área da Educação, a todos os professores, a todos os cuidadores de idosos, a todos os defensores de animais, que é a minha bandeira, o meu muito obrigado. A gente não está dormindo.  

Eu estou de atestado aqui, mas eu não poderia deixar de vir aqui até a tribuna, para deixar aqui o meu recado. Porque falar é fácil. Eu quero ver ajudar. Não adianta 94 parlamentares defendendo a Polícia.

Não adianta, se não estiverem os próprios policiais empenhados e se defenderem, e pararem de aceitar o “diz que me diz”, parar de contribuir para que a corrupção dentro da instituição continue, principalmente, para que o “R-Quero” prevaleça em cima de vocês.  

Então não é culpa do parlamentar. Nós estamos aqui fazendo a nossa parte. Isso é culpa de vocês mesmos, de alguns, que criticam, criticam, criticam, mas não fazem nada, não fazem nada para mudar. É muito fácil jogar a culpa na gente.  

Fiquem com Deus. Um abraço, e a luta muda a lei.  

  

* * *

  

- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz. 

  

* * *

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Pela ordem, Sr. Presidente.  

  

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, deputado.  

  

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Presidente, eu gostaria de falar pelo Art. 82. 

  

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Vossa Excelência tem o tempo regimental. 

  

O SR. ED THOMAS - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente. Enquanto a deputada se dirige à tribuna, só para uma comunicação. 

  

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Vossa Excelência tem a palavra.  

  

O SR. ED THOMAS - PSB - Ela já me permitiu, e é ela quem manda, sempre.  

  

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Sim, senhora. 

  

O SR. ED THOMAS - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Eu fiz um pronunciamento no Pequeno Expediente, onde fazia a solicitação, através de ofício, ao presidente da República, daquilo que tratei com ele no Vale do Ribeira, e naquele momento eu esqueci de pedir a publicação daquilo que falei, e, no caso, está aí esse ofício. Eu gostaria de pedir a autorização do senhor, para que pudesse ter essa publicação no “Diário Oficial”. 

  

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Nobre deputado, Ed Thomas, será publicado no “Diário Oficial”, conforme sua solicitação. 

  

O SR. ED THOMAS - PSB - Muito, mas muito obrigado. 

  

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - PELO ART. 82 - Boa tarde, Sras. e Srs. Deputados, boa tarde, presidente, a minha vinda hoje à tribuna é para tirar novamente um fake news que está sendo espalhado por um parlamentar. 

Infelizmente, ele insiste em falar sobre mentiras que ele escuta e divulga, dizendo que sim, que está constatado. Na verdade, isso seria sobre o 6º Batalhão da Polícia Militar, em São Bernardo do Campo, e também, já aproveitando, do Corpo de Bombeiros, que ficam localizados no Jardim do Mar. 

Acontece que foi feito um outro batalhão novo, em uma outra localidade, no Planalto, onde será alocado o pessoal do 6º Batalhão, da parte administrativa. Ficará nesse Batalhão novo, e a parte tática, a Força Tática, virá para o 6º Batalhão, no Jardim do Mar.  

Então, não é verdade. O prefeito Orlando Morando foi o prefeito que mais apostou em Segurança Pública, onde ele trouxe o COE. Também tivemos reforma de diversas delegacias, outras delegacias também que nós acabamos de entregar, como a Delegacia da Mulher, que será a DDM 24 Horas, em um próximo momento, e também essa parte do novo batalhão, do novo 6º Batalhão, que seria, na verdade para acomodar melhor os policiais.  

Então, eu gostaria de mostrar aqui um vídeo, porque eu estive presencialmente no 6º Batalhão, junto com o comandante Jairo, que é o comandante do sexto, e ele também deu uma declaração aí de que nada disso vai acontecer. O Batalhão não vai sair dali. A Prefeitura já disponibilizou um imóvel para eles, e o Corpo de Bombeiros também não sairá da Avenida Kennedy. 

Muito pelo contrário, nós estamos lutando para ter mais um Corpo de Bombeiros na nossa cidade, por ser tão importante em uma cidade tão grande. Então, vou passar o vídeo, só para todo mundo ter certeza de que os deputados que insistem em falar fake news e mentiras são muito ruins, porque um deputado deve pregar a verdade, ele deve passar a verdade para os seus eleitores. 

Falar coisas que não são verdade, isso só desatende a população. Isso não funciona. Então, vamos trabalhar com a verdade, vamos ser honestos na hora de falar com o seu povo e com o seu eleitor, porque é isso que eles querem, e é por isso que eles te elegeram. Vamos lá. 

  

* * *

 

- É exibido o vídeo. 

 

* * *

  

Bom, está aí. É uma questão bastante importante, porque a comunidade tem - já termino, um minutinho, Sr. Presidente - ficado bastante atenta e bastante insegura com essa notícia, fake news, que têm espalhado.

Então, está aí. A verdade é que não sai de lá. Muito pelo contrário, a Força Tática vai para lá também. E aí, acabar com essa palhaçada aí de mentiras. 

Muito obrigada. 

  

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Muito obrigado, nobre deputada, pelos esclarecimentos. 

  

O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Pela ordem, Sr. Presidente. Para falar pelo Art. 82, em nome da liderança do PTB. 

  

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Vossa Excelência tem o tempo regimental. 

  

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente.  

  

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, deputado. 

  

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Para uma comunicação. 

  

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Com a anuência do deputado que se dirige à tribuna, V. Exa. tem o tempo regimental. 

  

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, rapidamente aqui quero usar esse tempo para poder comunicar aos colegas e à concessionária Ecovias, e à secretaria que cuida também das rodovias, a Artesp, que, mais uma vez, os moradores da Baixada Santista foram renegados pelo sistema Anchieta-Imigrantes. 

Ontem, três horas para descer, obrigatoriamente pela Rodovia Anchieta, e não pela Imigrantes, pagando R$ 27,40 para descer por uma rodovia sem segurança nenhuma. Ontem à noite, presidente, eu descia de Guarulhos, e teve um acidente.

O acidente deixou milhares de veículos à mercê, sem segurança, e, mais do que isso, com a “Operação Subida”, mais uma vez, sem avisar os moradores da Baixada. 

Eu peço aqui, mais uma vez, que os técnicos da Ecovias possam orientar, dizer: “olha, a partir de tal hora, ‘Operação Subida’”. É o mínimo que eles podem fazer em relação ao respeito pelos moradores da Baixada Santista. 

Hoje de manhã, ônibus e mais ônibus subindo pela Imigrantes, quando teriam que subir pela Anchieta. Então, trânsito novamente para subir. Ou seja, os moradores da Baixada Santista são renegados. Eles estão sempre abaixo da linha do zero, pela concessionária Ecovias. 

Então, quero aqui me manifestar e pedir para a Artesp, a agência reguladora, que orienta, que regula as concessionárias, que olhe pelos moradores da Baixada que sobem e descem a serra muitas vezes, e trabalham aqui em São Paulo.  

Então eu quero fazer coro aqui a milhares de moradores que ontem, hoje e amanhã, mais uma vez, e na próxima semana novamente - e vai ser assim até o final do ano - sofrem com a “Operação Subida”, que coloca o morador da Baixada sempre ao relento.  

Obrigado, presidente. 

  

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Obrigado, nobre deputado. Com a palavra o nobre deputado Douglas Garcia.  

  

O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - PELO ART. 82 - Muito obrigado, Sr. Presidente. Quero novamente cumprimentar todos os deputados estaduais aqui presentes neste plenário. Sr. Presidente, eu venho aqui mais uma vez me contrapor às políticas que são aplicadas pelo Governo do Estado de São Paulo. 

Primeiramente eu gostaria de pedir vênia à deputada Carla Morando. A deputada Carla Morando é uma grande deputada nesta Casa, por quem eu tenho um imenso respeito. Inclusive, quem dera Deus se a deputada Carla Morando fosse governadora do estado de São Paulo. Tenho a mais absoluta certeza de que estaria bem melhor do que o atual governador. 

Inclusive, reza a lenda, deputado Gil Diniz, que a aparência do local onde você trabalha ou onde você reside diz muito sobre a própria aparência, e, com todo respeito à deputada Carla Morando, com o prefeito Orlando Morando, a gente começaria pelo próprio Palácio dos Bandeirantes, que estaria muito mais bonito se a deputada Carla Morando hoje fosse governadora do estado de São Paulo. 

Mas não só pela aparência do Palácio, mas como em todos os serviços efetivos do estado de São Paulo, todo e qualquer um, porque a deputada nunca deixou a desejar quando nós solicitamos alguma coisa ou pedimos informações de alguma coisa. A líder do PSDB aqui na Casa sempre se posicionou, sempre nos procurou para nos dizer, para nos dar um retorno. 

Então, eu quero parabenizar pelo excelente trabalho de V. Exa. e do deputado Carlão Pignatari também. Porém, infelizmente essa não é a nossa realidade no governo do estado, porque no governo do estado nós não temos uma Carla Morando. 

Nós temos um João Doria, e o Sr. João Dória, e eu venho aqui nesta tribuna dizer, com o aval, inclusive, do próprio deputado Campos Machado, porque ele é contra o PL que foi trazido a esta Assembleia Legislativa, trouxe um PL que está sendo conhecido aqui como o PL suicida. 

É um PL que é trazido com uma pauta extremamente polêmica, pouco antes da eleição, e, além disso, ele extingue milhares de empregos, deixa os servidores a deus-dará, e tudo isso, deputado Gil Diniz, sob uma responsabilidade que deveria ser do próprio governador. 

Ele não pensou quando foi dizer para as pessoas a famosa frase: “fique em casa”. Para resolver todos os problemas, pode pensar, qualquer tipo de problema - coronavírus, contágio, blábláblá, blablablá -, ele sempre tinha na ponta da língua a frase “fique em casa”.

E agora o governador está enfrentando; e o estado de São Paulo está para quebrar com o rombo de 10 bilhões de reais. E ele trouxe para esta Casa de Leis o PL 529, de 2020 - se não me engano, é essa a numeração.

Eu me coloco frontalmente contra a aprovação deste PL; eu, e acredito que o deputado Campos Machado e o deputado Roque Barbiere também. Contra a aprovação deste projeto de lei absurdo que chegou a esta Assembleia Legislativa.

Isso é responsabilidade do governador. João Doria, você quer ter dinheiro para conseguir cobrir esses 10 bilhões de reais em rombo no estado de São Paulo? Eu tenho algumas sugestões.

Porque o nosso trabalho, deputado Gil, não é apenas apontar os defeitos, mas também fazer sugestões. Eu tenho algumas sugestões. A primeira delas é: venda as ações da Lide. Segundo, pegue toda a fortuna para conseguir fazer com que esse rombo deixe de existir. E terceiro: fique em casa.

Essas três sugestões, Sr. Governador, seria uma maravilha se o senhor seguisse, porque iria experimentar de perto e na pele o que a população do estado de São Paulo enfrentou.

Nós não aceitamos. Está aí: o preço do arroz, o preço do feijão, o preço do alimento - às alturas. E a responsabilidade disso tudo é do governador do estado de São Paulo, sim. A culpa disso tudo é do João Doria.

O estado está quebrado? Culpa do João Doria. A comida está cara? Culpa do João Doria. A Segurança está um caos? Culpa do João Doria. Sim, o responsável por essa crise econômica que nós estamos vivendo e por este rombo no estado de São Paulo é do governador João Doria. Tem nome e tem sobrenome.

E é por isso que a Procuradoria-Geral da República precisa avançar com essas investigações. E eu já aviso de antemão que se houver qualquer tipo de arquivamento, eu vou recorrer.  Vou recorrer até a última instância, porque esse governador precisa receber a visita da Polícia Federal, assim como o Witzel também já recebeu - e caiu.

Esse governador não pode tratar o estado de São Paulo com esses desmandos que ele vem trazendo, e jogando a culpa, inclusive, agora, na própria população. Aumentando imposto, aumentando a alíquota de contribuição na área da Saúde.

Não, não senhor. Quer tirar dinheiro, tire da sua fortuna, governador. Porque o senhor foi irresponsável. Várias empresas do estado de São Paulo foram fechadas graças à política genocida de João Doria e Bruno Covas.

Tudo isso não teria acontecido se João Doria e Bruno Covas fossem o mínimo responsáveis. Que este governador de calças apertadas tome vergonha na cara e crie uma política econômica para o estado de São Paulo, para que consiga se manter; e não isso que ele trouxe, não essa falta de responsabilidade que ele trouxe para o nosso estado. Quer fazer com que o povo tenha dinheiro? Venda as ações da Lide, dê a sua fortuna e fique em casa.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Obrigado, nobre deputado.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, deputada. 

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Eu queria falar pelo 82, pelo PSL.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Convido a assumir os trabalhos o nobre deputado Douglas Garcia.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Douglas Garcia.

 

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A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PELO ART. 82 - Cumprimento o Sr. Presidente, o próximo presidente também, todos os colegas presentes, os funcionários que estão na Casa, os colegas que estão trabalhando em seus gabinetes, as pessoas que nos acompanham.

Eu sei que parecerá repetitivo, mas não é: eu falarei novamente sobre a portaria do Ministério da Saúde, que vem sendo muito atacada. E, com o intuito de rumar com a mesma finalidade da portaria, neste final de semana eu rascunhei um projeto de lei que eu pretendo apresentar aqui na Casa. E neste projeto, eu procuro, vamos dizer assim, aparar as arestas da portaria.

A portaria tem dois pontos muito importantes. Ponto no 1 - aquela mulher que é estuprada, engravida em decorrência do estupro e procura o sistema de Saúde para interromper a gravidez, esta mulher não será obstada de ter o procedimento, mas o estupro será noticiado à polícia.

Isso é muito importante. Toda legislação vigente no país vai no sentido de que a mulher que chega vítima de qualquer violência no sistema de Saúde, esse fato é noticiado automaticamente.

Apenas no que concerne ao estupro é que o procedimento não é esse, sob o argumento de que é para prestigiar a intimidade. Então, a intimidade também está presente na violência doméstica, também está presente em outras circunstâncias, e os profissionais de Saúde são obrigados a notificar. Esse ponto da portaria é muito importante. Eu estou trazendo, na forma de um PL, aqui para esta Casa.

Um outro ponto essencial na portaria é o de que aquela equipe de saúde que faz a interrupção da gravidez decorrente do estupro deverá guardar tecidos do feto ou do embrião para fins de análise, de perícia, para procurar identificar o autor do crime.

Hoje, nós temos uma tecnologia, inclusive aqui no estado de São Paulo... Tem o banco de DNA nacional. Nós temos como, mediante essas perícias, pegar o estuprador, que gerou tanto mal para aquela pessoa concreta, e, consultando o banco de DNA, identificar se esse estuprador eventualmente não foi autor de outros crimes. 

Então, essa portaria tem esses dois pontos essenciais. Eu trago para um projeto de lei que eu pretendo apresentar essa semana na Casa. Eu só altero um pouquinho a previsão da portaria no que concerne a uma eventual responsabilização da mulher.

Por quê? Porque a portaria diz o seguinte: “a mulher vai assinar um termo dizendo que tem consciência de que aborto é crime e de que a falsa comunicação de crime é crime”. E isso tem gerado muita repercussão.

Então, o que eu faço aqui no nosso projeto? Eu digo “nosso” porque eu acho que um projeto não é nunca de um deputado, é da Casa. Eu pretendo apresentar essa semana. “Se, investigado o fato, as autoridades não conseguirem provas suficientes do estupro ou provas suficientes da autoria, essa mulher não será responsabilizada”. Eu vou explicar por quê.

Em direito penal, para você ter uma condenação, é necessário ter provas cabais do crime e da autoria. Qual é a preocupação que fica? A mulher foi estuprada, chega ao hospital, conta tudo, faz o procedimento.

A notificação vai para a polícia. Ou porque não conseguem identificar o autor ou porque identificam o autor e o autor nega, na dúvida, se absolve. Existe o temor de se concluir automaticamente que a falta de provas do estupro poderia ser elemento para condenar essa mulher pelo aborto ou por uma falsa comunicação de crime.

Então, estou colocando no texto que, se houver uma absolvição por falta de provas do crime ou a falta de identificação do autor - ou seja, não tem elementos suficientes para punir o estupro -, este fato não implicará automaticamente que essa mulher seja responsabilizada. “Ah, mas e se a mulher deliberadamente mentiu e isso fica comprovado?”. É outra história; se a gente tem provas cabais de que houve uma mentira, uma armação, uma situação de ilicitude, a legislação já é suficiente.

Muitas pessoas, nas minhas redes sociais, me criticaram muito - porque eu publiquei essa minuta de projeto - dizendo que seria uma forma de legalizar aborto. Jamais. Eu sou uma pessoa que desde sempre defende a vida. Fui, por conta própria, ao Supremo Tribunal Federal sustentar contra a legalização do aborto.

O que eu não quero é que uma mulher que foi vítima, por força de uma incapacidade do Estado em provar o crime, venha a ser acusada de algo que ela não cometeu.

E, infelizmente, a minha experiência - agora como advogada - mostra que em muitos casos em que a criança noticia um abuso sexual para a mãe e a mãe leva para as autoridades e, pelas dificuldades inerentes a essa situação, o abuso sexual não fica comprovado, há operadores do direito que querem tirar a guarda da criança desta mãe, confundindo a falta de provas suficientes para condenação com uma mentira.

Então, eu estou aqui expondo para os senhores. É um projeto que eu pretendo apresentar ainda esta semana. E também abrindo portas para esse debate, porque eventualmente o colega pode ver de uma forma diferente, pode trazer a sua colaboração; e eu estou, como sempre, disposta à troca de ideias, a ouvir, a mudar de opinião.

Mas eu entendo que é um projeto, vamos dizer assim, que atende às nossas duas finalidades: preservar a vida, ou seja, não banalizar a interrupção da gravidez, sob uma alegação, sem nenhuma responsabilização, de que houve um estupro; e também não permitir que essa mulher vítima seja punida duas, três vezes, por um sistema injusto, que infelizmente ainda é o que a gente tem.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - Pela ordem, nobre deputado Gil Diniz. 

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - Para uma breve comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - É regimental. Vossa Excelência tem a palavra para uma comunicação.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu gostaria de pedir à deputada Janaina que encaminhasse o projeto ao nosso gabinete, para a gente estar analisando também.

A princípio, tem o nosso apoio. Eu sempre me perguntei e me questionei o porquê... Se um professor identificar que uma criança está sendo abusada em casa, está sendo agredida, ele tem por obrigação comunicar a autoridade competente. E em várias outras situações, vários outros crimes.

E por que não o médico que vai fazer o procedimento do aborto, por conta de um estupro, numa mulher, ele não tem essa obrigação? É claro que é um momento extremamente delicado para a mulher que é vítima, também.

Só que a gente precisa chegar a um equilíbrio, a um bom ponto. Acredito que a gente tem muito a discutir, e vamos trabalhar para que isso aconteça.

Mas eu gostaria, sim, de ver, principalmente aqui em São Paulo, essas comunicações e esses bandidos, esses vagabundos, esses facínoras presos. Então, acho que é um projeto que é para o bem do povo de São Paulo, das mulheres de São Paulo, das mulheres brasileiras. Então, conta com o meu apoio.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Cauê Macris.

 

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Presidente, eu queria só fazer aqui a... Recebi uma mensagem de um primo com quem há muito tempo não conversava, Cleyton Santos. Apelido carinhoso: Quequéu. Ele é de Pernambuco, mora numa cidade chamada Paulista, num bairro de periferia, Maranguape I.

Ele me comunicou agora o seu desejo, a sua vontade de ser pré-candidato a vereador. Inclusive, ele me diz, deputado Douglas Garcia, que inspirado em nós, dois jovens pobres, de origem humilde, que se candidataram, tiveram essa coragem, esse empenho, e estão aqui representando o povo de São Paulo.

Então, boa sorte ao Quequéu Santos. Mandar esse abraço ao povo pernambucano, principalmente ao povo de Maranguape I, Paulista, Pernambuco, cidade da Grande Recife; aos meus tios de que muito me orgulho, tio Val e tia Francisquinha.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Gostaria de perguntar aos líderes se concordam com a suspensão da sessão por cinco minutos, só para a gente poder formatar, aqui, os nossos encaminhamentos do dia.

Havendo acordo, está suspensa a sessão por cinco minutos.

 

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- Suspensa às 16 horas e 31 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 39 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Reaberta a sessão. Ordem do Dia. 

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Há sobre a Mesa requerimento de urgência do Projeto de lei no 1.186, de 2019, de autoria do nobre deputado Adalberto Freitas.

Coloco em discussão o requerimento de urgência. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Há sobre a Mesa requerimento de urgência do Projeto de lei no 799, de autoria do nobre deputado Agente Federal Danilo Balas.

Coloco em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a Mesa requerimento de urgência do Projeto de lei no 558, de 2018, de autoria do nobre deputado Carlão Pignatari.

Em discussão o requerimento. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Vinícius Camarinha.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Consultar V. Exa.: se houver acordo de líderes, pedir a suspensão dos trabalhos por 30 minutos. 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito. Antes de consultar os líderes, convocação: Srs. Deputados, Sras. Deputadas, nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, parágrafo 5o, ambos do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, a realizar-se hoje, às 16 horas e 45 minutos, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de oferecer redação final ao Projeto de Lei no 42, de 2016.

Convocação: Srs. Deputados, Sras. Deputadas, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68,  ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Saúde, Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se cinco minutos após o término da anterior, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei no  1.186, de 2019, no salão nobre da Presidência.

Convocação: Srs. Deputados, Sras. Deputadas, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, parágrafo 5o, ambos do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, cinco minutos após o término da sessão anterior, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de Lei no 799, de 2019. 

Convocação: Srs. Deputados, Sras. Deputadas, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, parágrafo 5o, ambos do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, cinco minutos após o término da anterior, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de Lei no 558, de 2018. 

Pergunto aos líderes presentes em plenário se concordam com a suspensão dos nossos trabalhos por 30 minutos. Havendo acordo de suspensão, ficam então suspensos os nossos trabalhos até as 17 horas e 12 minutos. 

Estão suspensos os nossos trabalhos.

 

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- Suspensa às 16 horas e 41 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 18 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esta Presidência suspende a sessão por mais cinco minutos.

 

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- Suspensa às 17 horas e 18 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 24 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - (Inaudível.) ... Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, 10 minutos após o término da presente sessão, ou às 19 horas, caso a sessão não atinja seu tempo limite, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 30a Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 09/09/2019.

 

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O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Vinícius Camarinha.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Havendo acordo de líderes, peço o levantamento da presente sessão, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Questiono os líderes se existe acordo para o levantamento da sessão. Havendo acordo, estão levantados os nossos trabalhos.

Antes, porém, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje, lembrando-os ainda da sessão extraordinária de hoje, às 19 horas.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 17 horas e 25 minutos.

 

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