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14 DE SETEMBRO DE 2020

56ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA, RICARDO MELLÃO, CARLOS GIANNAZI e GIL DINIZ

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - JANAINA PASCHOAL

Para comunicação, manifesta gratidão aos que participaram de evento, nesta Casa, para debate a respeito da adoção de bebês.

 

3 - RICARDO MELLÃO

Enaltece a função fiscalizatória atribuída aos parlamentares. Lembra que fizera requerimento de informação ao governo estadual, em maio, mas somente respondido em setembro. Critica contrato para aquisição de máscaras, rescindido em razão da falta de capacidade da empresa. Acrescenta que atividade de produção de móveis constava de contratação para fornecimento de aventais. Reitera que deve levar a efeito a fiscalização dos atos do Governo do Estado.

 

4 - RICARDO MELLÃO

Assume a Presidência.

 

5 - CORONEL TELHADA

Informa que submetera-se à cirurgia na última sexta-feira. Lista e parabeniza municípios que aniversariaram neste final de semana. Afirma que hoje comemora-se o Dia do Cavalo. Tece considerações sobre atividades do grupo PDO - Parlamentares em Defesa do Orçamento. Conclui que a fiscalização favorecera a economia de 608 milhões de reais. Clama pela conclusão de obras da Linha 6 - Laranja, do Metrô. Lamenta o falecimento do cabo Ulisses Pereira Neto, vitimado pela Covid-19. Critica o Governo do Estado por medida que prejudica a atividade profissional de despachantes.

 

6 - GIL DINIZ

Critica convenção do PSDB e o governador João Doria. Afirma que a sigla é odiada na periferia da capital. Clama ao PSL que repense a candidatura de Joice Hasselmann, à prefeitura de São Paulo. Afirma que o Partido da Social Democracia Brasileira deve ser derrotado na próxima eleição municipal.

 

7 - CARLOS GIANNAZI

Critica a SPPrev por não atualizar o sistema de informação, o que impossibilita o acesso a aposentadorias. Argumenta que tem recebido reclamações de professores, quanto ao tema. Manifesta-se contra o Decreto 65.021, que autoriza descontos em proventos de aposentados e de pensionistas. Informa que deve acionar o Ministério Público e o Tribunal de Contas.

 

8 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência.

 

9 - GIL DINIZ

Lamenta o falecimento do cantor Parrerito, do Trio Parada Dura. Rebate mensagem do escritor Paulo Coelho, publicada em rede social, a defender o boicote à exportação de produtos brasileiros. Clama por consciência, responsabilidade e aceitação do resultado das eleições presidenciais.

 

10 - GIL DINIZ

Assume a Presidência.

 

11 - CARLOS GIANNAZI

Anuncia que deve ser realizado, na próxima quarta-feira, em frente à esta Casa, ato contra o PL 529/20. Acrescenta que cerca de 60 entidades devem participar da manifestação. Defende a manutenção da Furp, e não a construção de nova fábrica para a produção de vacina contra a Covid-19. Enaltece o valor do Oncocentro, da Ciência e da Pesquisa.

 

12 - CARLOS GIANNAZI

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

13 - PRESIDENTE GIL DINIZ

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 15/09, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Pequeno Expediente. Oradores inscritos.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem, Sra. Deputada.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Para uma breve comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Por gentileza, Sra. Deputada.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Primeiramente, queria dizer que fico feliz de ver V. Exa. já firme e forte aqui, conduzindo os nossos trabalhos.

Na verdade, hoje nem vou fazer o uso da palavra porque vou acompanhar o Colégio de Líderes, mas eu queria agradecer a todos aqueles que participaram, na manhã de hoje, por longas horas, debatendo como melhorar, como acelerar a adoção de bebês. Foram 12 palestrantes, cada um com uma visão diferente. Foi um debate muito plural, que eu acho que engrandece muito esta Casa.

Então, eu agradeço aos palestrantes, agradeço a todos os deputados - V. Exa., inclusive - que apoiaram a instalação dessa frente parlamentar e digo para a população de São Paulo e do Brasil que este foi apenas o primeiro ato. Nós seguiremos com esse trabalho, que é um trabalho muito importante para a dignidade das nossas crianças.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputada Janaina Paschoal. Tenha uma boa reunião lá com os líderes. Obrigado pela atenção à minha pessoa.

Deputados inscritos. O primeiro deputado é o Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.)  Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Ricardo Mellão. Faça o favor. Não, estou bem, fique tranquilo. Faço questão de ouvi-los, inclusive, o senhor, o deputado Giannazi. É sempre bom ouvi-los. Fiquem à vontade, eu estou bem. Muito obrigado pela atenção de todos.

 

O SR. RICARDO MELLÃO - NOVO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos os servidores da Casa, boa tarde, deputados presentes.

Primeiro, queria dizer ao Coronel Telhada, feliz ao vê-lo de volta, após o procedimento cirúrgico. Desejo uma plena e excelente recuperação, porque você tem muito a somar aqui nesta Casa, com a sua presença diária aqui, nos plenários, fazendo o “Telhada News”, que já é uma tradição da Casa. Esperamos vê-lo sempre disposto a continuar aqui o excelente trabalho que você faz e vem fazendo como parlamentar.

Eu queria hoje destacar algo. Dentro das funções que cabem a um deputado estadual, a que eu mais aprecio é a função fiscalizatória. Por quê? Porque ela depende apenas de cada um de nós.

Muitas vezes, quando nós apresentamos um projeto de lei, para ter um projeto nosso aprovado, nós dependemos dos outros deputados, de conversas, de convencimentos, e a gente sabe que, muitas vezes, há resistências a algumas pautas.

Agora, fiscalizar é algo que qualquer deputado poder fazer, independentemente ou não da disposição dos colegas. Por isso que reforço aqui esse trabalho que venho fazendo desde que assumi o meu mandato.

Dentro da função fiscalizatória, nós tivemos este ano uma pandemia, que gerou um decreto de calamidade, e, pelo decreto de calamidade, se permitiu que algumas contratações relacionadas ao combate à Covid-19 pudessem ser feitas por dispensa de licitação.

Desde que esse decreto foi publicado, e aqui chancelado, eu tenho feito um acompanhamento muito rigoroso de todos os gastos e contratações que o governo tem feito e enviado.

Toda vez que algo, ou alguma situação, ou alguma contratação, ou algum empenho, gera estranheza em mim e na minha equipe, nós fazemos requerimentos de informação, para solicitar um maior detalhamento daquela compra ou contratação.

Aqui eu queria destacar um fato de maio deste ano, quando enviamos um requerimento - mais propriamente no dia 12 de maio - e ele foi respondido apenas no dia 11 de setembro.

Ou seja, foram-se quatro meses para que nós tivéssemos os devidos esclarecimentos em relação a dois empenhos que foram feitos, de futuras compras que o Governo do Estado queria fazer para o combate à Covid-19, e entre elas existia aqui uma aquisição de 104 milhões e quatro mil reais, através de um contrato emergencial, para a compra de máscaras descartáveis.

Qual tinha sido a empresa? Já estava feita a nota de empenho para essa compra. A empresa Formed - Representação e Comércio de Equipamentos Médicos, Estéticos e Cosméticos LTDA. Quando nós vimos essa nota de empenho, até pelo valor envolvido, valor de 104 milhões de reais, nós resolvemos ver como era essa empresa, se ela teria condições mínimas para arcar com a encomenda que tinha sido feita.

Pela minha surpresa, nós constatamos que ela tinha registrado um capital social de 386 mil reais. Uma empresa de capital social de 386 mil reais teria condições de honrar um contrato de contratação de máscaras na ordem de 104 milhões de reais? Como isso não foi visto?

Com o requerimento respondido, nós descobrimos que essa nota de empenho acabou sendo cancelada, inclusive foi publicado o cancelamento dela no “Diário Oficial” no dia sete de julho de 2020.

Foi formalizada a rescisão desse contrato e, através das informações ali colocadas, eu não consegui descobrir o motivo, mas já imagino. Claramente uma empresa que não teria condições de honrar com o contrato dessa magnitude.

Aí eu te pergunto: antes de fazer uma contratação como essa, o Governo do Estado não faz o mínimo de análise para saber se uma empresa desse porte teria condições de arcar e honrar com um contrato de valor tão alto? Por que não fez isso antes?

Olha o tempo perdido, olha o prejuízo, ainda mais em uma situação que requer ação rápida e emergencial. Então, fica aqui a minha indagação. Evidentemente não iria honrar e nós já havíamos levantado esta suspeita em maio, vejam só.

O segundo caso que nós destacamos aqui no mesmo requerimento é o da Dompel Indústria Plástica e Metalúrgica, que tinha sido feita a encomenda de aventais descartáveis no valor de 25 milhões e 800 mil reais.

Uma empresa com capital social de um milhão e meio, só que, quando você buscava mais informações sobre a empresa, descobria que, entre as sete atividades que a empresa possuía, cinco delas - e as cinco primeiras - estavam relacionadas à fabricação de móveis; ou seja, um objeto que nada tem a ver com aventais descartáveis.

Os dois últimos itens você tinha ainda atividades, uma para produção de cosméticos e outra para materiais hospitalares. Ou seja, uma empresa cuja grande especialidade - se você entrar no site, vai ver claramente - é a fabricação de móveis, iria honrar um contrato como esse, para avental descartável? Obviamente, o inevitável aconteceu.

Pela resposta que nos foi dada pelo requerimento de informação, a Dompel não efetuou nenhuma entrega, inclusive anexaram um e-mail no qual ela declinava a continuidade da avença em virtude da falta de matéria-prima para se fazer aventais descartáveis. Ou seja, outro caso que nós apontamos em maio, levantamos a suspeita e não foi honrado o contrato.

Então, o que eu te pergunto, apesar de, nas justificativas do Governo do estado de São Paulo, mostrar que se cumpriu a Lei nº 8.666, os requisitos que ela exige... Gente, é uma questão mínima de bom-senso.

Nós, a minha equipe enxuta, pequena, com quem eu trabalho no meu gabinete - compromisso que assumi em campanha -, conseguimos perceber isso; como o Governo do Estado, com toda a estrutura técnica que possui a Secretaria de Saúde, não conseguiu fazer a mesma análise?

O resultado, como eu mesmo mostrei: dois contratos que não foram honrados, desrespeitando o pagador de impostos e aquelas pessoas que mais precisavam desses itens para poder trabalhar diante de uma emergência como essa.

Então, quero reiterar aqui que estamos de olho, eu e minha equipe, em todas as compras que estão sendo feitas pelo Governo do Estado, porque cada real do pagador de impostos vale e a nossa missão é fiscalizar e vamos continuar fazendo com todo o afinco que é necessário.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Próximo deputado, deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.)

Solicito ao deputado Ricardo Mellão que assuma a Presidência dos trabalhos para que eu possa fazer uso da palavra.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Ricardo Mellão.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - RICARDO MELLÃO - NOVO - Continuando aqui os trabalhos da presente sessão ordinária, eu convoco à tribuna V. Exa. Coronel Telhada - feliz em vê-lo bem disposto e com saúde - para fazer uso da palavra. Tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Presidente. Srs. Deputados, todos os que nos assistem pela Rede Alesp, quero saudar aqui o cabo Peluco, em nome de quem saúdo a nossa Assessoria Policial Militar.

Quero iniciar aqui lembrando que, nesse final de semana, na última sexta-feira, eu não pude estar presente devido a estar sendo submetido a uma cirurgia, mas já estamos na luta novamente.

Na última sexta-feira, 11 de setembro, foi aniversário dos seguintes municípios: Marabá Paulista e Itapuí. No dia 12 de setembro, no sábado, foi o município de Jaguariúna e hoje, dia 14 de setembro, segunda-feira, é o dia do aniversário da querida cidade de Presidente Prudente.

A cidade de Presidente Prudente hoje completa 103 anos de emancipação. Foi emancipada em 1917, e o nome Presidente Prudente vem em homenagem ao presidente Prudente de Morais, que foi um presidente do Brasil que havia morrido em 1902 e, em 1903, a cidade foi batizada com o nome dele.

Também lembrando que Prudente de Morais foi o primeiro governador do estado de São Paulo. Telhada também é cultura, sempre bom lembrar essas coisas. Sempre bom lembrar esses pontos históricos.

Hoje, dia 14 de setembro, é um dia muito importante, que é o Dia do Cavalo. Para quem curte hipismo, as Armas de Cavalaria nas Forças Armadas, na Polícia Militar. Hoje é o Dia do Cavalo, um abraço a todos os amigos que trabalham com animais, com cavalos, o pessoal do hipismo, o pessoal da Cavalaria.

Está escrito que “quando os estribos se tocam, está feita a camaradagem”. Um abraço a todos amigos da Cavalaria e um abraço a todos que trabalham e curtem essa área.

Queria lembrar que ouvi atentamente o discurso do amigo Ricardo Mellão, que falava de sua parte de fiscalização. Muito obrigado, continue assim. O PDO está à disposição do senhor também. Nós, os deputados do PDO - somos em 11 deputados -, só em duas ações nossas, deputado Ricardo Mellão, conseguimos economizar 608 milhões para os cofres públicos.

Na nossa primeira ação, constatamos um contrato irregular de 14 milhões, 190 mil reais, que seriam gastos em um milhão de aventais. A empresa que foi contratada era uma empresa de turismo. Como o senhor falou, como é que a gente pode averiguar isso aqui na Assembleia Legislativa e o governo não vê isso?

Depois, conseguimos - termo chulo - melar o chamamento, que já havia sido feito pelo governo, de 594 milhões, para serem alugados leitos particulares. Quinhentos e noventa e quatro milhões é muita grana. É muita grana. Eu não consigo nem imaginar que volume é esse de dinheiro.

Nós conseguimos provar, através de nossas vistorias em hospitais públicos, hospitais de campanha, que não estavam superlotados, como o governo anunciava. Era uma grande mentira. Era dinheiro que seria gasto indevidamente.

E graças a esses deputados do PDO, do grupo Parlamentares em Defesa do Orçamento, conseguimos, só nessas duas ações, economizar 608 milhões para o estado de São Paulo.

Pois bem, lembrando também, hoje, dia 14 setembro, em 1974, era inaugurada a Linha Azul do Metrô. Uma linha que fez com que a gente avançasse um pouquinho. Lembrando que estou sempre cobrando aqui o término, a continuação da Linha 6 do Metrô, que é a Linha Laranja, da Brasilândia. A Linha dos Estudantes.

Estamos cobrando. A última informação que tivemos foi em julho, que seriam retomadas as ações, os serviços junto à Linha Laranja. Solicitamos ao Governo do Estado que retome urgentemente a construção da Linha Laranja, porque é necessário para aquela parte da região da Freguesia do Ó, Brasilândia, zona norte. Naquele nosso lado, onde fomos criados. Urgentemente, que esteja em funcionamento a Linha Laranja do Metrô, a Linha 6 do Metrô.

Infelizmente, neste final de semana, perdemos mais um policial militar, morto de Covid. Jovem policial militar, o cabo Ulisses Pereira Neto. O cabo Ulisses Pereira Neto era do 50º Batalhão, na zona sul de São Paulo, e faleceu em virtude da doença. Estava há 23 anos na Instituição.

Deixa esposa e filhos, mas infelizmente não resistiu a mais essa doença. Um abraço a todos os amigos do 50º Batalhão, aos amigos da Polícia Militar e, em especial, à família enlutada do cabo Ulisses Pereira Neto.

Só para completar, Sr. Presidente, queria trazer um assunto que já falei outro dia. Devido ao nosso estado de pandemia, estado de calamidade pública que o estado de São Paulo está sofrendo - já acho que está na hora de acabar -, tenho recebido muita reclamação - creio que os deputados também têm recebido -, com relação aos despachantes.

O pessoal dos despachantes está desesperado. Por quê? Porque eles necessitam trabalhar. O que acontece? O estado de São Paulo, simplesmente, deixou de atender os despachantes ali na Armênia. Fez com que os despachantes passassem a ser atendidos pelo Poupatempo. E a função do Poupatempo não é essa.

A função do Poupatempo, como o nome diz, é fazer com que a população tenha agilidade, para que faça a sua documentação veicular. Com o fechamento da Unidade Armênia do Detran, houve um problema muito sério para os senhores despachantes. Permitam-me ler rapidamente:

“Os despachantes documentalistas do estado de São Paulo, que exercem a profissão reconhecida pela Lei nº 10.602, de 2002, questionam o fechamento das unidades do Detran, principalmente a Unidade Armênia, direcionando o atendimento da categoria pelos Poupatempos.

Como o próprio nome diz, o Poupatempo foi viabilizado para que a população poupe seu tempo, visto que o cidadão, em geral, procura esse serviço para resolver rapidamente sua documentação, mas o despachante, via de regra, representa diversos clientes com malotes de documentos, o que, certamente, congestionará as unidades.

Para o atendimento aos despachantes, deveria ser mantido atendimento em local exclusivo, como vinha funcionando no Detran Armênia. Não se pode deixar de considerar que o contribuinte utiliza o serviço dos despachantes, muitas vezes por opção e, outras, por necessidade. Esse é o caso das grandes corporações, como bancos, seguradoras, locadoras, concessionárias, transportes, entre outros frotistas.”

Ou seja, o governo Doria está indo na contramão de direção sobre a própria criação do Poupatempo. Ao invés de ajudar a população a poupar o tempo, está trazendo mais um empecilho para a população e para esses profissionais que são os despachantes.

Então, o que acontece? Está trazendo prejuízo à coletividade, está trazendo detrimento a uma categoria profissional que são os despachantes. E também, com a falta de divulgação prévia, configurou-se uma conduta sigilosa; parece que o governo está escondendo o que está fazendo.

É muito ruim tudo isso. E, principalmente, gerou um acúmulo de processos em emissão de documentação, que não está ocorrendo, gerando alto grau de insatisfação aos contribuintes.

Então, Sr. Presidente, eu solicito que cópias taquigráficas das minhas palavras sejam encaminhadas ao Sr. Governador do estado de São Paulo, para que reveja a situação dos Poupatempos, no que diz respeito... Que, primeiro, reabra todos os Poupatempos; e segundo, que reveja a situação dos despachantes, que precisam urgentemente de um local para serem devidamente atendidos, para que possam atender bem, sim, à população de São Paulo.

Então, os senhores despachantes contem com o nosso trabalho; e todos aqui de São Paulo contem com o nosso trabalho.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - RICARDO MELLÃO - NOVO - Muito obrigado, Coronel Telhada. Reitero que as notas taquigráficas serão encaminhadas devidamente, conforme foi solicitado. E lhe passo aqui para reassumir a Presidência.

Com autorização do grande deputado Coronel Telhada, continuo os trabalhos aqui. Seguindo a lista de oradores inscritos, temos o deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Cumprimento todos os nossos assessores, os policiais militares e civis, quem nos acompanha pela Rede Alesp, deputado Giannazi.

Deputado Giannazi, vi a convenção do PSDB aqui em São Paulo: Bruno Covas, o governador João Doria, o vice-governador. Olha, tem que ter muita coragem, nessa campanha, para colocar o rosto no santinho ao lado do Doria. Queima o filme.

E eu não sei quais são os assessores, deputado Mellão, que estão passando ao prefeito esses números, de que ele está em primeiro lugar, de que ele vai levar tranquilamente essa eleição aqui em São Paulo. Porque olha, nós que andamos por toda a Capital, não só na região central, mas principalmente na periferia, o PSDB é odiado. Ninguém gosta do PSDB.

A gente ouve muito ainda... O PT ainda tem um capital político; PSOL tem ali a sua capilaridade. Mas o PSDB não. Talvez na USP, em algum grêmio estudantil; aquela “pelegada” ali adora a social democracia. Vão passar vergonha. E o pior, né: o Sr. Governador, para cavar a cova do Covas, diz que esse projeto de 2020 é visando 2022.

Parece que ele quer, mais uma vez, desafiar o presidente da República. Olha, eu acredito que o presidente vai vir, sim, vai apoiar um candidato aqui em São Paulo. E eu tenho certeza de que dessa vez a “tucanada”, em São Paulo, não fica com a prefeitura.

Então, Sr. Governador, tira o cavalo da chuva; pode pensar em 22, pode pensar em 26. O povo de São Paulo sabe muito bem que o senhor chegou à prefeitura vendendo ilusão, fazendo propaganda enganosa, e depois usou a prefeitura de São Paulo como trampolim para chegar ao Governo do estado de São Paulo. Literalmente, uma fraude.

Eu gostaria, aqui, de mandar uma mensagem à Executiva Nacional do PSL, principalmente a uma pessoa que eu considero muito, o Rueda. Pensa bem: vale a pena queimar o filme do partido, ainda mais com uma candidatura medíocre da deputada federal Joice Hasselmann

Ela vai ter traço; ela perde para a margem de erro. Ainda dá tempo, Executiva Nacional do PSL. Voltem atrás, reconheçam que ela não tem popularidade nenhuma.

Aqui na bancada do PSL... Eu fui expulso do PSL, né? Acho que todos aqui sabem. Quais os deputados estaduais que vão apoiar essa senhora? Quais os deputados federais que vão fazer a propaganda político-partidária, que vão colocar o seu nome ali, a sua mão no fogo, por essa deputada que também surfou na onda Bolsonaro, inventou, junto com o governador, o "Bolsodoria", e hoje renega o presidente Jair Messias Bolsonaro?

Então, dá tempo, PSL, dá tempo de fazer uma nova aliança, dá tempo de conversar com algum candidato, e dá tempo de sepultar o PSDB aqui na cidade de São Paulo. Então, Sr. Governador, projeto de 2022, esqueça. O PSDB vai perder a Prefeitura de São Paulo em 2020, graças a Vossa Excelência. O PSDB vai perder o governo de São Paulo, graças a Deus, em 2022, graças a V.Exa. e ao seu pupilo Bruno Covas.

Não tem uma chance de essa candidatura vingar. Não adianta a assessoria te falar que o senhor está bem na pesquisa, Sr. Prefeito. A população não o viu durante esse mandato e vai dar uma resposta clara nas urnas, agora na próxima eleição.

Então, fica aqui o meu pedido à Executiva Nacional do PSL e, sem dúvida alguma, o presidente Jair Messias Bolsonaro vai tomar a melhor decisão, pensando não só na cidade e no estado de São Paulo, mas pensando no Brasil também.

PSDB nunca mais. Quarenta e cinco, nem no micro-ondas.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - RICARDO MELLÃO - NOVO - Muito obrigado, deputado Gil Diniz.

Dando sequência à lista de oradores inscritos, convoco o deputado Major Mecca. (Pausa.) Não está presente. Convoco o deputado Carlos Giannazi para fazer uso dessa tribuna. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos, deputado Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente, deputado Ricardo Mellão. Deputado Gil Diniz, telespectador da TV Assembleia.

Sr. Presidente, eu quero aqui denunciar o que vem acontecendo na São Paulo Previdência, que é uma espécie de autarquia da Secretaria da Fazenda, que cuida da questão da Previdência dos nossos servidores.

A São Paulo Previdência, Sr. Presidente, desde a aprovação do famigerado PLC, Projeto de lei Complementar nº 80/2009, que resultou na sanção da Lei nº 13.054...  Essa lei foi sancionada no dia 6 de março, a famigerada reforma da lei da Previdência. Nós votamos contra, porque ela confiscou os salários dos servidores.

Essa lei confiscou direitos previdenciários, dificultou ainda mais o acesso de milhares de trabalhadores e trabalhadoras a um direito básico, conquistado na Constituição Federal, que é o direito de se aposentar.

Essa perversa lei, que foi sancionada no dia 6 de março, está dificultando agora o acesso à aposentadoria das pessoas que tinham o direito de se aposentar, ou seja, não houve ainda... Olha, a lei foi sancionada no dia 6 de março, e até agora, quase sete meses após a sanção da lei, a São Paulo Previdência ainda não atualizou o sistema.

E com isso, ninguém mais se aposentou, do dia 6 de março até agora. Está tudo parado na São Paulo Previdência. Ninguém se aposenta. Temos milhares e milhares de professoras, de servidores da Educação, e de servidores em geral, na fila de espera, quase sete meses após a sanção da lei.

Isso é de uma desumanidade, uma afronta à dignidade, sobretudo aos direitos desses servidores e servidoras, que têm direito à aposentadoria, mas por uma questão, eu diria, burocrática e administrativa.

Isso é um descaso. Parece-me que é uma política deliberada do PSDB e da Secretaria da Fazenda para prejudicar os nossos servidores. Estou recebendo diariamente várias reclamações de professoras, de profissionais da Educação e de outros servidores, reclamando, dizendo: "olha, eu não consigo mais me aposentar; eu já entrei com o pedido, mas o pedido está parado na escola", porque o sistema não foi ainda atualizado, de acordo com a nova lei, essa famigerada Lei nº 13.054.

Isso é grave, Sr. Presidente. Só que, ao mesmo tempo, quando interessa ao governo, ele faz corpo mole, ele prejudica os servidores e as servidoras. No entanto, nós temos um decreto que foi publicado recentemente no Diário Oficial, um decreto que veio de cima para baixo, do governador Doria, que eu já encaminhei inclusive um PDL para revogá-lo: é esse Decreto nº 65.021, que autoriza o confisco, agora, dos proventos dos aposentados e pensionistas que ganham até um salário mínimo.

Isso foi um verdadeiro escândalo, eu já denunciei exaustivamente, tem ação na Justiça, tem representação no Ministério Público. Nós já tomamos várias medidas em relação a esse famigerado decreto, que autoriza o Governo a cobrar também a contribuição de servidores e de pensionistas que se aposentaram com a média de um salário mínimo. A pessoa ganha mil reais por mês e vai ter desconto agora. Não é que ela ganhe, ela é aposentada, ela já se aposentou, ou é um pensionista.

Então, o governador disse que há um déficit na São Paulo Previdência e, com isso,  ele vai fazer o desconto. Isso é um confisco salarial. Na verdade, não é salário isso, isso é provento; é um desconto nos proventos dos pensionistas que ganham um salário mínimo e também dos próprios aposentados.

Então, mas esse decreto já está valendo, o desconto já começou. Então, para descontar, o Governo é pido. Mal o decreto foi publicado, o Governo já está descontando, e é um decreto recente, esse decreto que eu citei, o nº 65.021. Agora, a Lei nº 1.354, a famigerada, nefasta e perversa Lei nº 1.354, essa lei foi regulamentada, mas não foi ainda, o sistema não foi atualizado na São Paulo Previdência para que os nossos servidores possam ter acesso à aposentadoria.

Então está tudo parado, milhares e milhares de pessoas esperando injustamente, Sr. Presidente. Isso é grave, eu até quero que as cópias do meu pronunciamento sejam encaminhadas ao secretário da Fazenda e também a São Paulo Previdência, para que as medidas sejam tomadas, porque nós vamos, Sr. Presidente, acionar o Ministério Público e o Tribunal de Contas, porque isto é grave.

Repito: milhares de servidores estão na fila, esperando o direito de protocolar. Eles não podem nem protocolar o pedido, porque quando eles chegam no protocolo da escola, por exemplo, eles falam: Olha, não dá ainda, porque o sistema não foi atualizado de acordo com a nova Lei da Previdência estadual, e o professor está esperando de março até agora, o agente de organização escolar, o coordenador pedagógico, e vários outros servidores.

Então, Sr. Presidente, nós exigimos que a Secretaria da Fazenda resolva imediatamente esta questão. Parece-me que o problema não é da São Paulo Previdência em si, mas é da Fazenda. É uma questão governamental. O Governo está boicotando o direito à aposentadoria de milhares de servidores do estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - RICARDO MELLÃO - NOVO - Muito obrigado, deputado Carlos Giannazi. Já convido V. Exa. para assumir os trabalhos no meu lugar aqui.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando sequência à lista de oradores inscritos, ainda no Pequeno Expediente, com a palavra a deputada Marta Costa. (Pausa.)

Ingressando agora na lista suplementar do Pequeno Expediente, com a palavra o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Com a palavra o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Com a palavra o deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Com a palavra o nobre deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Volto aqui a esta tribuna nesta tarde, no Pequeno Expediente. Gostaria de deixar aqui os meus sentimentos aos amigos e familiares do cantor Parrerito.

Ele é conhecido no mundo sertanejo, vocalista do Trio Parada Dura. Então, quem é do interior, quem é do sertão, como eu sou do sertão pernambucano, cresceu ouvindo o Trio Parada Dura e o cantor Parrerito.

Então, deixo aqui as minhas condolências à família do cantor, aos amigos, e vários artistas hoje falando, rendendo essa homenagem. E sem dúvida alguma marcou a música popular brasileira. Então, é um dia de luto para o mundo sertanejo e a gente deixa registrado aqui da tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Presidente, não vou me alongar muito, mas gostaria de rechaçar aqui um tuíte do escritor Paulo Coelho. Olha o que o cidadão foi na rede social postar. Parece que esse escritor, ele nem mais mora no País, mas é brasileiro, pelo menos nasceu aqui. Ele escreve em inglês, tudo.

A tradução literal aqui: “Boicote às exportações brasileiras. O Talibã cristão controlará o País.”. Para quem não conhece, Talibã é um grupo de radicais lá da região do Oriente Médio. Ele faz essa analogia, essa comparação com os cristãos no Brasil. O nome disso? Preconceito religioso contra cristãos.

Pior ainda, esse apátrida desse escritor pede o seguinte: que os países europeus, os países que fazem comércio com o Brasil boicotem a economia brasileira porque ele não gosta dos cristãos que hoje estão no poder no País.

Ora, amanhã pode ser um presidente, senadores, deputados de quaisquer religiões, porque, deputado Paulo Correa, chamar cristãos de talibãs, comparar esses cristãos com um grupo terrorista...

E, pior ainda, pediu boicote ao Brasil, à economia brasileira. Sabe o que ele vai conseguir com isso? Milhares de desempregados, vai conseguir destruir muitas famílias, muitos empregos. É isso que ele vai conseguir.

Então, meus nobres pares, esse pessoal tem que começar a colocar a mão na consciência e ter uma responsabilidade. A gente sabe que eles não têm, a galerinha do “Ele Não”. Aceitem. Presidente Bolsonaro foi eleito com 57 milhões de votos. Dois mil e vinte e dois logo chega. A gente vai ter uma nova eleição para presidente, para deputado federal, para senador, para deputado estadual, para governador.

Não é boicotando o próprio País, não é falando mal do próprio País lá fora que a gente vai conseguir mudar alguma coisa. O escritor foi tão covarde, mas tão covarde que, quando a reação veio em seguida, de seguidores dele ali, de fãs, quando a crítica veio a essa posição, ele mesmo apagou o tuíte, fez cara de paisagem, como se não tivesse dito nada.

Repito, é um apátrida que não pensa no bem do País, que só pensa na sua panelinha, na sua patotinha, e só quer lacrar na rede social. Nosso repúdio a essa fala desse escritor chamado Paulo Coelho.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Gostaria de chamar V. Exa., deputado Gil Diniz, para continuar presidindo esta sessão.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.

 

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O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - Com a palavra o nobre deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre deputado Gil Diniz, eu queria informar a todos e a todas, principalmente às pessoas que estão assistindo à programação da TV Assembleia que, na próxima quarta-feira, nós vamos realizar um grande ato aqui na frente da Assembleia Legislativa com várias, com mais de 60 entidades representativas dos servidores públicos e da sociedade civil contra o PL 529, o famigerado PL do governador Doria, protocolado aqui na Assembleia Legislativa, que vai devastar, que promove uma verdadeira devastação na prestação de serviços públicos para a população, sobretudo para a população mais vulnerável.

É um dos piores projetos de todos os tempos do estado de São Paulo. Um projeto que vai gerar desemprego em massa no estado de São Paulo em plena pandemia. Quando mais a gente precisa do Estado para socorrer a população, para ajudar as pessoas que estão passando dificuldades, o governador Doria vai acelerar o número de desempregados.

Milhares de pessoas perderão os seus empregos no estado de São Paulo porque haverá a extinção de fundações, de institutos de pesquisa, de empresas públicas que prestam serviços públicos para a população, como a CDHU, que garante casa popular para quem ganha até dois salários mínimos. A CDHU vai ser extinta e eles vão entregar tudo para o mercado, para as grandes empreiteiras, para a especulação imobiliária.

            Imaginem V. Exas. se vai ter casa popular no meio de tudo isso. Haverá um duro ataque a fundações ligadas ao SUS, ao Sistema Único de Saúde. A Saúde Pública será duramente golpeada pelo 529.

            Haverá extinção da fábrica para o Remédio Popular, que é uma entidade pública que fornece remédio para o SUS, para o Sistema Único de Saúde, que, por sua vez, fornece medicamento gratuito para a população do estado de São Paulo.

            Essa fábrica, que é importante e estratégica na produção de remédios no estado de São Paulo, será extinta, privatizada. Provavelmente, entregue a um grande laboratório internacional, que visa lucro.

            Eu fico chocado porque acabei de assistir agora a entrevista do Doria com os seus secretários, aquela tradicional entrevista que ele dá, falando do coronavírus. Ele disse que está arrecadando dinheiro com a iniciativa privada, através de doações de empresas, para construir uma fábrica no Butantã, para fabricar a vacina em parceria com a China.

            É ótimo que a gente vai ter uma vacina. Isso é fundamental. Agora, ele vai construir uma fábrica para fazer vacina, sendo que já tem a Furp?

            Já tem uma fábrica pronta, organizada, que fabrica remédio para a população do estado de São Paulo. Por que ele não utiliza as dependências de uma fábrica já em funcionamento há muitos anos no estado de São Paulo? Aliás, tem duas funcionando, duas unidades da Furp. Não: ele vai construir uma nova fábrica e se desfazer de uma que ele está sucateando e degradando para vender.

            É um absurdo total. Mas o 529 ataca a Furp, extingue a Furp. Extingue a Sucen, que é a Superintendência de Combate às Endemias no estado de São Paulo. É inacreditável. Estamos vivendo a maior pandemia de todos os tempos e o governador vai extinguir uma superintendência que combate as endemias? E nós temos muitas no estado de São Paulo. Temos malária no estado de São Paulo. Temos zika. Temos várias endemias ainda no nosso Estado. E ele vai simplesmente extinguir, no PL 529.

            Não bastando isso, ele vai extinguir também a Fundação Oncocentro, que faz pesquisa e diagnóstico na área do câncer, e produz prótese facial para quem fez operação de câncer no rosto, na cabeça ou no pescoço.

            É uma entidade do SUS, do Sistema Único de Saúde, essencial. Ataca a ciência e ataca a pesquisa, o 529, autorizando o confisco, pelo governo estadual, dos fundos de reserva das três universidades e da Fapesp também. Ou seja, é um tiro mortal na Ciência, que o governador, de uma forma demagógica e hipócrita, fica elogiando, dizendo que ele se guia pelas orientações científicas, da Ciência, para se contrapor ao Bolsonaro.

            Então ele fica falando: “Eu sigo a Ciência, as orientações dos sanitaristas, dos pesquisadores.”. Só que ele está destruindo a pesquisa, a Ciência e os cientistas do estado de São Paulo com o PL 529. É um projeto que está a serviço do mercado financeiro e da especulação imobiliária. Voltarei aqui durante a semana para continuar apresentando as contradições e as maldades do PL 529.

            Só para concluir, presidente. Na quarta-feira agora, a partir das 13 horas, estaremos aqui na frente da Assembleia Legislativa, fazendo uma grande manifestação com mais de 60 entidades da sociedade civil.

            Entre elas, entidades dos servidores públicos, Apeoesp e tantas outras, aqui na frente; para protestar e para esclarecer aos deputados que o PL 529 vai devastar o estado de São Paulo.

            Temos que mandar esse projeto de volta para o governador Doria. Ele não pode nem tramitar aqui, e muito menos ser aprovado. Então, espero que todos estejamos nessa manifestação, que será presencial e online também. Logicamente, respeitando todos os protocolos de segurança sanitária.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

            O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Havendo acordo entre as lideranças, eu solicito o levantamento desta sessão.

 

            O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PSL - É regimental. Muito obrigado, Sr. Deputado.

            Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia da última quinta-feira.

            Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 17 minutos.

 

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