29 DE SETEMBRO DE 2020
66ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: GILMACI SANTOS, DOUGLAS
GARCIA, CASTELLO BRANCO, AGENTE FEDERAL DANILO BALAS e FREDERICO D'AVILA
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e abre a sessão.
Convoca duas sessões extraordinárias a serem realizadas hoje, a primeira às 19
horas e a segunda dez minutos após o término da primeira.
2 - MAJOR MECCA
Destaca o sofrimento dos policiais
militares do estado de São Paulo. Discorre sobre ocorrência, no 6º Baep em São Bernardo do Campo, na qual os policiais
prenderam oito criminosos do PCC, mataram um deles e apreenderam 12 toneladas
de maconha. Ressalta que a população paulista aplaudiu a ação dos policiais
pela coragem e devoção na proteção da sociedade. Lamenta que estes policiais
foram transferidos do quartel no mesmo dia da ocorrência por terem trocado
tiros com os bandidos. Exibe vídeo com promessa do governador de não afastar
policiais operacionais. Informa que irá instalar uma CPI nesta Casa para investigar
o assunto.
3 - CASTELLO BRANCO
Denuncia o PL 529/20. Esclarece que
este projeto trará um enorme prejuízo à população do Estado. Ressalta que o
governo tentou aprovar o projeto em uma segunda-feira, quando normalmente não
há sessões deliberativas. Conclui que o governo quer extinguir as empresas para
gerar dinheiro e assim pagar as contas do Estado. Pede que o povo acompanhe a
votação de cada um dos deputados estaduais, avaliando qual vereador e prefeito
o mesmo apoiará. Afirma que um dos objetivos do projeto é a venda dos prédios
das empresas a serem extintas. Faz apresentação sobre a Fundação Itesp.
4 - DOUGLAS GARCIA
Destaca a distribuição de emendas
parlamentares pelo Palácio dos Bandeirantes. Considera o PL 529/20 uma farsa.
Esclarece que o mesmo prejudicará a vida da população do Estado. Comenta o
aumento de impostos, especificamente do ICMS, descrito no art. 24. Critica a
falta de discussão deste projeto. Pede que os deputados votem “não” a este
projeto, mostrando ao governador que esta Casa tem autonomia. Cita a retirada
dos serviços básicos públicos da população carente. Pede a renúncia do
governador João Doria.
5 - CORONEL TELHADA
Informa serem comemorados hoje o Dia
Internacional do Policial, o Dia Mundial do Coração, o Dia do Anunciante e o
Dia Mundial do Petróleo. Lê ocorrência, da semana passada, do 6º Baep, na qual policiais apreenderam 12 toneladas de drogas.
Exibe publicação do Instagram do governador João Doria, parabenizando os
policiais envolvidos. Critica a transferência do capitão da operação, assim
como toda a equipe, por terem matado um dos criminosos. Considera que o crime
está sendo privilegiado no Estado. Demonstra sua indignação e vergonha pelo
tratamento dado aos policiais pelo Governo do Estado.
6 - DOUGLAS GARCIA
Assume a Presidência.
7 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS
Considera absurdo o que acontece hoje
com os policiais no estado de São Paulo. Afirma que os mesmos são maltratados e
esquecidos há muitos anos. Compara o PL 529/20 com o PL 01/19, que também tinha
como objetivo extinguir empresas do Estado. Informa que este último projeto foi
aprovado. Faz apresentação sobre o Oncocentro, uma
das empresas listadas no projeto de lei. Diz ter visitado a empresa e analisado
todos os balanços da mesma. Cita diversos números sobre a instituição.
8 - FREDERICO D'AVILA
Assume a Presidência.
9 - CASTELLO BRANCO
Assume a Presidência.
10 - FREDERICO D'AVILA
Agradece ao presidente a lembrança do
dia do Yom Kipur, data
máxima do calendário judaico, comemorada ontem. Considera uma vergonha o
policial ser transferido por fazer aquilo que se espera dele. Esclarece que ele
daria uma medalha aos policiais. Afirma que todos os bons policiais, que se
destacaram em suas atividades, foram eleitos pela população. Diz que o PL
529/20 prejudicará todos os empreendedores que sobreviveram à pandemia com o
aumento de impostos. Critica o art. 24 do projeto por considerar todas as
alíquotas abaixo de 18% como incentivo fiscal. Ressalta que espera que os
deputados não sejam seduzidos com os assédios do governo estadual, já que o
governador não cumpre suas promessas. Concorda com o pronunciamento do deputado
Agente Federal Danilo Balas sobre o Oncocentro.
11 - CORONEL NISHIKAWA
Exibe vídeo com pronunciamento do
deputado Teonilio Barba no plenário desta Casa e com
uma entrevista sua com bombeiro de São Bernardo do Campo. Esclarece que
trabalha para a Saúde e em defesa da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
Considera mentirosas as acusações do deputado Teonilio
Barba. Diz que sua preocupação é trabalhar pela população mais carente do
Estado. Informa que 94% de suas emendas foram destinadas para a Saúde. Afirma
que não tem nenhum cargo no governo e nenhum projeto de lei aprovado nesta
Casa. Explica a visita do deputado Carlão Pignatari ao Corpo de Bombeiros da
cidade.
12 - MAJOR MECCA
Afirma que o PL 529/20 aumenta
impostos e suprime a prestação de serviços essenciais para a população. Elogia
a atuação e as instalações da Furp. Esclarece que o
desmonte e a desativação da fundação começou no início do governo João Doria,
quando o mesmo indicou para dirigir a instituição o presidente da Lide Master,
um aliado do governador. Considera sua desativação um descaso com a população
do Estado. Ressalta que nenhuma das 620 emendas ao projeto foi lida. Diz ser um
desrespeito com os parlamentares desta Casa. Afirma ser necessário que o
governo ouça as expectativas da população em relação à gestão do Estado.
13 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS
Assume a Presidência.
14 - CASTELLO BRANCO
Pede que os eleitores acompanhem a
votação deste projeto pelos deputados estaduais. Considera absurda a venda de
patrimônio público saudável, o aumento de impostos e também do custo de vida.
Afirma que há interesses financeiros por trás deste projeto.
GRANDE EXPEDIENTE
15 - CASTELLO BRANCO
Assume a Presidência.
16 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS
Discorre sobre sua trajetória, deste
1994, quando prestou o concurso para a Polícia Militar, até sua formação na
Academia do Barro Branco em 1997. Diz ter sido afastado da instituição por
trocar tiros com bandidos. Lembra a ocorrência do 6º Baep,
na qual policiais foram afastados. Comenta concurso da Polícia Civil, em 2017,
com 600 vagas para investigador de polícia. Esclarece que, apesar do concurso
ainda estar em andamento, os investigadores ainda não foram chamados. Menciona
datas a serem cumpridas desde a publicação do edital, em abril de 2018 até
abril de 2020, quando deveriam ter sido nomeados. Considera um descaso com a
Polícia Civil e os candidatos a este cargo. Afirma que lutará pela não
aprovação do PL 529/20. Destaca a importância da EMTU para o Estado.
17 - FREDERICO D'AVILA
Assume a Presidência.
18 - CASTELLO BRANCO
Faz apresentação defendendo a não
extinção da EMTU. Explica que seu estudo se baseia em demonstrações financeiras
auditadas e na opinião de especialistas na área de Transporte. Informa que a
extinção da empresa deixará de atender 134 municípios e 32 milhões de
habitantes. Afirma que suas atribuições serão transferidas para a Artesp.
19 - DOUGLAS GARCIA
Esclarece que o PL 529/20 teve mais
de 600 emendas. Critica a nomeação de relator especial para o projeto, que, em apenas
24 horas, negou todas as emendas. Diz não ser possível ler todas em apenas um
dia. Considera que há falta de interesse na melhoria do projeto. Ressalta que a
Furp recebeu visitas de instituições estrangeiras
meses antes do projeto chegar para apreciação desta Casa. Lamenta que o governo
estadual não se preocupe com a população paulista. Critica a não utilização da hidroxicloroquina pelo governo de João Doria. Afirma que
este projeto não pode ser aprovado nesta Casa. Considera que o governador não
merece este cargo. Menciona operação, realizada hoje de manhã, de investigação
da Secretaria de Saúde.
20 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS
Assume a Presidência.
21 - FREDERICO D'AVILA
Discorre sobre a desfiliação da Aprosoja da Associação Brasileira do Agronegócio. Afirma
que a associação está trabalhando em favor da indústria e contra os produtores.
Lamenta a atuação da Coalizão BR, que disse trabalhar contra o País e os
produtores brasileiros. Comenta a utilização do produto Paraquat
e o interesse de empresas em extinguir o mesmo. Esclarece que os deputados não
podem aceitar este PL 529/20.
22 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência.
23 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS
Para comunicação, informa sobre a
Operação Raio X, conjunta entre a Polícia Civil, Ministério Público Estadual e
a Polícia Federal, que promoveu buscas na Secretaria de Saúde e na Câmara de
Vereadores, assim como em hospitais. Esclarece que o objetivo é investigar
desvios de verbas na área da Saúde. Afirma que os culpados serão presos.
24 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Parabeniza os deputados Agente
Federal Danilo Balas e Delegado Olim pelo trabalho
realizado.
25 - DELEGADO OLIM
Solicita o levantamento da sessão,
por acordo de lideranças.
26 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Defere o pedido. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária do dia 30/09, à hora regimental, com Ordem do
Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 19 horas. Levanta a
sessão.
* * *
- Assume
a Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presente o número regimental de
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos
trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e
recebe o expediente.
Neste momento, vamos
iniciar os nossos trabalhos aqui com o nosso Pequeno Expediente, convidando
para fazer uso da palavra o nobre deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Deputado Major Mecca.
Enquanto o deputado
Major Mecca se dirige à tribuna, convocação. Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, I, do Regimento Interno,
convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 19
horas, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:
* * *
- NR - A Ordem do Dia para a 36ª sessão extraordinária foi
publicada no D.O. de 30/09/2020.
* * *
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, nos termos do Art. 100, I, do Regimento Interno, convoco V. Exas.
para uma segunda sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o
término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a
seguinte Ordem do Dia:
* * *
- NR - A Ordem do Dia para a 37ª sessão extraordinária foi
publicada no D.O. de 30/09/2020.
* * *
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Com a palavra o deputado Major Mecca.
O SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a
máquina de moer policiais do Governo
do Estado de São Paulo, do PSDB, continua a todo vapor, admoestando e trazendo
sofrimento aos nossos policiais militares no estado de São Paulo.
Hoje pela manhã, estive no 6º Baep,
o 6º Batalhão de Ações Especiais de Polícia, sediado em São Bernardo do Campo,
responsável pelo policiamento do ABC. Na semana passada, os integrantes desse
batalhão fizeram a prisão de oito criminosos integrantes de uma facção
criminosa do PCC. Oito presos, mas um dos indivíduos que enfrentou a equipe do
6º Baep morreu no confronto.
Foram apreendidas 12 toneladas de drogas, 12 toneladas de
maconha, deputado Castello Branco. São Paulo inteira aplaudiu a ação dos
policiais militares do 6º Baep, policiais corajosos,
devotados, vocacionados para a proteção da sociedade. O senhor sabe o que
aconteceu com os policiais militares que participaram do confronto com esse
criminoso integrante de uma facção criminosa?
Eu estive hoje de manhã lá no batalhão, deputado Frederico
d'Avila, deputado Douglas Garcia, deputado Danilo
Balas. Esses policiais foram transferidos do quartel no mesmo dia da
ocorrência, no mesmo dia do confronto. Nós temos um cabo da Polícia Militar,
sabe o que ele faz hoje?
A todos vocês que nos assistem, o povo de São Bernardo, o
povo de São Paulo, esse cabo hoje, na data de hoje, 29 de setembro, está
trabalhando no rancho. Os senhores sabem o que é rancho? Na cozinha do quartel,
porque trocou tiro com um criminoso, arriscou a sua vida e é esse o tratamento
que o governador João Doria dá aos nossos policiais.
Por gentileza, eu gostaria que os senhores passassem na tela
mais uma das mentiras do governador. Por gentileza, na tela, acompanhem.
*
* *
- É exibido vídeo.
*
* *
O SR. MAJOR MECCA
- PSL - Está aí mais uma das promessas
que não foram cumpridas, mais uma; policiais trabalhando sob péssimas
condições. No 6º Baep, na sede do 6º Baep, eu cheguei lá hoje pela manhã e os policiais estavam
fazendo instrução num estacionamento lotado de veículos.
Ao menos há espaço para treinamento naquele lugar onde
acolheram o 6º Baep, única e exclusivamente para
fazer propaganda política para o governador. E mesmo assim o policial sem
condições dignas de acolhimento dentro do quartel, o policial sai para a rua,
enverga a farda com orgulho e vai defender o cidadão de bem.
E é esse o retorno que ele tem do governo: é transferido.
Isso é um absurdo. Nós vamos através da Comissão de Segurança Pública, através
da Comissão de Direitos Humanos, colher assinaturas.
Nós vamos instalar uma CPI nesta Casa para saber o que está
acontecendo no estado de São Paulo, o motivo pelo qual os nossos policiais
estão sendo tratados dessa maneira com tamanho desrespeito.
Eu estive ontem à tarde no 1º Baep,
em Campinas, onde todos os senhores acompanharam, houve ampla divulgação em
redes sociais da ocorrência onde o 1º Baep participou
de um cerco policial e houve uma troca de tiros em Campinas.
Todo o efetivo do 1º Baep, em
Campinas - a ocorrência foi na quinta-feira da semana passada -, a data de
ontem, a tropa encontrava-se toda aquartelada por informações que eu obtive em
Campinas, por ordem do Palácio dos Bandeirantes. Isso beira à improbidade
administrativa; viaturas que deveriam estar nas ruas.
O SR. PRESIDENTE -
GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Para
conclusão, deputado.
O SR. MAJOR MECCA
- PSL - Para concluir, presidente,
viaturas que deveriam estar nas ruas patrulhando e defendendo o povo de São
Paulo, por ordem do governador, trancadas dentro de um quartel por pressão
política. Nós continuaremos a explorar esse assunto mais adiante. Que Deus
abençoe o povo de São Paulo.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Com a
palavra a deputada Dra. Damaris. (Pausa.) Deputado Maurici.
(Pausa.) Deputado Castello Branco.
O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Deputado Castello Branco, nesta tarde de 29 de setembro de
2020, vem apresentar uma denúncia pública que se registre nesta Casa. O Projeto
de lei nº 529 é um atentado contra a soberania do Estado; é uma vergonha. O que
está escrito nesse projeto, nas suas entrelinhas, é um assalto aos cofres
públicos.
Muito bem colocado pelo Major Mecca,
um governo que trata a sua polícia dessa forma; um governo que deveria ter dado
uma medalha para esses heróis que entraram em combate ontem e que na contramão
do bom senso fazem isso, o que não faria com o povo? Atenção, povo de São
Paulo.
Preste atenção, o Projeto de lei nº 529 é um engodo, é uma
mentira e vai trazer enorme prejuízo. Nós temos vindo a esta Casa denunciar
isso. Ele é tão maldoso que numa segunda-feira, que nunca tem sessão plenária à
noite, a chamada ordinária ou a extraordinária, ontem teve e queriam aprovar na
calada da noite.
Graças a Deus não deu quórum. Vão fazer a mesma coisa hoje e
amanhã, ou seja, não querem discutir, não querem analisar, não querem dar
transparência ao processo. Um dos casos que nós vamos citar aqui é a Fundação
Itesp, mas, antes de falar especificamente dessa instituição, eu já vou direto
à conclusão.
A conclusão é muito simples: eles querem extinguir algumas
coisas para fazer dinheiro. Tudo se trata de dinheiro, não se iludam. Não tem
nenhuma questão ideológica ou técnica aqui. Eles usam isso como pano de fundo,
mas, no fundo, querem dinheiro. Dinheiro para se locupletar, dinheiro para
pagar as contas do Estado, dinheiro para gerenciar a sua incompetência, ou seja
lá para o que for.
E vão usar de todo o poder que puderem nesta Casa para isso.
E eles têm várias ferramentas, sendo que algumas delas, por ética, eu não posso
citar, mas posso citar a distribuição de emendas parlamentares financeiras
voluntárias. Há uma cota no orçamento para isso, e ele vai usar essa cota.
E atenção, população de São Paulo. Preste atenção: o
deputado estadual que votar nisso, você anote e veja quem é o vereador e o
prefeito que ele vai apoiar. É simples assim, anote, porque tem rabo preso. Não
vote nesse cara, simples. Há conluio, há má-fé, há interesses escusos e
inconfessáveis.
Eu sempre abro os meus discursos com: “A esperança da
colheita reside na semente”. O que está se fazendo aqui é plantar uma semente
muito ruim que vai dar resultado errado. O cara no intuito, usando como pano de
fundo uma reforma administrativa e fiscal, isso é um teatrão de mau gosto. Não
é isso que nós estamos falando.
E o que nós estamos falando? Um: diminuição de algumas
empresas que ele diz que não dão lucro ou que não são tecnicamente competentes.
Ok, alguém vai substituir, provavelmente alguma empresa particular do interesse
dele, do governo. Dois: eles estão de olho no patrimônio, no prédio.
A gente fez um estudo. Quando essas empresas fecharem, vai
sobrar um prédio que custa milhões, bilhões. Muito bem, o que vai ser feito com
esse prédio? Vai ser vendido. Aliás, ele está vendendo o estado inteiro: todas
as propriedades, todas as terras, todas as casas. Tudo que ele puder vender ele
vai vender, patrimônio que o governo do estado demorou anos para ter.
Ele está se desfazendo de um patrimônio, e a Assembleia vai
assinar embaixo isso? Eu não vou. E eu vou falar rapidamente sobre o Itesp aqui
nestes minutos que me faltam.
A Fundação Itesp, independente de
qualquer viés ideológico, cumpre uma finalidade. Está aí a atuação da Fundação
Itesp, principalmente agricultura familiar e assentamentos estaduais.
Pasmem os senhores, o estado de São Paulo tem milhares de
famílias sem título de terra e terras que ainda não estão regularizadas. O
estado mais rico da Nação ainda não tem isso. Ele quer acabar para quem
arrumar? Agricultura familiar, as comunidades mais carentes, entre as quais, as quilombolas. Regularização fundiária urbana e rural, que
eu já falei.
Olhe lá, as manchas mais escuras são onde nós temos
problemas. Setenta e oito mil imóveis rurais ainda não estão regularizados no
estado. As terras devolutas no Vale do Futuro: seis mil imóveis, 250 mil
hectares de terras. Regularização de terras devolutas no Pontal do Paranapanema,
que já foi problemático na época do MST.
O patrimônio público do estado e o chamado Conselho do
Patrimônio Imobiliário vão economizar cinco bilhões. E o que tem nesse Itesp?
Quinhentos e noventa funcionários; um orçamento anual de 66 milhões, que representa
0,03% do orçamento; uma sede; 24 escritórios regionais; 198 veículos que ele
vai vender no dia seguinte, lógico.
E aí os prejuízos da descontinuidade das ações da Itesp.
Quantidade de terras. Conclusão: nós estamos falando de uma economia porca, malfeita, de um
órgão que neste momento não poderia ser extinto, assim como os demais.
Srs. Deputados desta
Casa, prestem atenção: não cometam esse erro histórico, não assinem embaixo
esse projeto de lei, que não só não agrega nada, como, acima de tudo, prejudica
a população de São Paulo. Voltarei em breve na lista complementar e no Grande
Expediente.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado. Com a palavra a deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado
Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Deputado
Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.
(Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente,
subo a esta tribuna hoje para dizer que estou enojado. Mais uma vez, pensei que
o recorde de vezes em que eu fosse sentir nojo do governador João Doria tivesse
sido batido na semana passada, mas novamente João Doria conseguiu me
surpreender.
Foram rios - como
disse aqui o deputado Castello Branco - de emendas parlamentares jorrando do
Palácio dos Bandeirantes, oceanos de emendas parlamentares. O maremoto foi tão
grande que até Iemanjá ficou surpresa, água que não acabava mais invadia o
Palácio 9 de Julho.
O PL 529 é uma farsa,
o governador João Doria é uma farsa. Não é um governador, é um desgovernador. João Doria trouxe o PL 529 para a Assembleia
de São Paulo para ferrar com a vida da população mais carente deste estado, não
só da população mais carente, como também daqueles que produzem a economia
trazendo empreendedorismo, porque vai aumentar os impostos do ICMS.
Leiam o Art. 24,
leiam a importância que a Fosp, o Oncocentro têm para o estado de São Paulo. Não é
apenas o mérito do projeto que tem que ser analisado, mas olha a forma porca
com que o governo do estado trouxe para a Assembleia Legislativa, atropelando
todo o processo legislativo, jogando no lixo a Constituição do Estado de São
Paulo, a Constituição da República.
Ninguém avaliou nada,
ninguém leu nada, ninguém sabe de nada, ninguém consegue discutir nada, porque
não é dada a oportunidade para os deputados discutirem o que quer que seja.
Aqui funciona desta forma: o governo quer e já era, tem que ser assim. Até quando,
senhores?
Você quer saber por
que isso está acontecendo? Porque João Doria está com medo do que pode
acontecer quando esses 10 bilhões em rombo no estado de São Paulo baterem na
casa dele e ele não conseguir resolver o problema.
Não quer ter a vergonha
de passar o pires no governo federal, de pedir ajuda para o Jair Bolsonaro,
graças a uma política que ele mesmo criou quando mandou a população ficar presa
dentro de casa, a população economicamente ativa que não está dentro do grupo
de risco.
Onde está a
independência dos poderes? Onde está a atuação da Assembleia de São Paulo? Se
dobrar diante do PL 529? Srs. Deputados e Sras. Deputadas, votem “não” a este
projeto de lei, obstruam, coloquem a mão na consciência. Nós precisamos uma
única vez nesta legislatura mostrar para o governador que a Casa de Leis
paulista, que é a maior Assembleia Legislativa da América Latina, tem pelo
menos autonomia.
Atropela o processo
legislativo, passa por cima do cidadão paulista, cospe na cara de milhões de
pessoas, quer simplesmente fazer o que bem entender aqui dentro, tratando esta
Assembleia como se fosse um puxadinho do Palácio dos Bandeirantes.
Nós não podemos
aprovar o PL 529, esse PL é um engodo, esse PL - como disse aqui o deputado
Ricardo Mellão - é um Cavalo de Doria.
Isto daqui aumenta os
impostos, acaba com a vida da população, retira os serviços básicos e públicos
de Saúde à população mais carente.
Se o governador do
estado de São Paulo quer sanar esses problemas que temos no nosso estado, ele
vai começar abrindo mão de seu mandato, abrindo mão de seu cargo, renunciando
ao mandato, porque não presta para ser governador. É um inútil como governador,
é um inútil também como pessoa. Não escondo para ninguém que não gosto daquilo
ali.
Aquilo que você leva
na sua vida pessoal reflete também no seu trabalho, e é por isso que o
governador do estado de São Paulo não vale nada como profissional, se é que dá
para chamar aquilo ali de profissional.
Muito obrigado, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, nobre deputado Douglas Garcia. Com a palavra o nobre deputado Coronel
Telhada. Vossa Excelência é sempre prioridade aqui, deputado.
O SR. CORONEL TELHADA - PP -
Sr. Presidente, Srs. Deputados, todos que nos assistem pela Rede Alesp, quero saudar o meu amigo cabo Robson, meu irmão na
fé também, em nome de quem saúdo toda a assessoria policial militar. Tenente
Akira, que está escondidinho ali atrás, preocupado hoje porque está agitada a
Assembleia; fique em paz. Vai dar tudo certo, senhores.
Quero saudar aqui o nosso dia 29 de setembro. Hoje, 29 de
setembro de 2020. Quero saudar, em primeiro lugar... Eu não sabia, hoje é |Dia
Internacional do Policial. Vocês sabiam disso?
Meu assessor me explicava que é o Dia dos Anjos - Miguel,
Rafael, tal - e foi chamado como Dia Internacional do Policial. Muito obrigado pelo “anjos”, a gente procura ser, mas nem sempre somos
vistos dessa maneira. Então, parabéns a todos os policiais de todo o mundo.
Hoje também é o Dia Mundial do Coração, uma preocupação
nossa. Se ele parar, estamos perdidos. Vamos cuidar da saúde. Também é o Dia do
Anunciante, parabéns para aqueles que exercem essa profissão. Finalmente, quero
lembrar também que é o Dia Mundial do Petróleo, que movimenta o mundo e polui o
mundo também. Então, abraço para quem trabalha nessas profissões.
Pois bem, Sr. Presidente, hoje é dia 29 de setembro de 2020,
uma terça-feira. Quero antes aqui ler uma ocorrência que aconteceu na semana
passada, foi publicada em 25 de setembro, na cidade de Diadema, com o 6º Baep. Diz aqui: “Em operação, bandido é morto. Oito
bandidos são detidos e 12 toneladas de drogas...” - eu não estou falando 12
quilos, 12 pacaus, 12 trouxinhas - “...12 toneladas de drogas são apreendidas
pelo 6º Baep”.
A notícia fala o seguinte: “Policiais militares do 6º Baep foram acionados para averiguar uma denúncia sobre
tráfico de drogas em um galpão na manhã da sexta-feira, dia 25, na Rua Vinte e
Sete de Março, bairro Canhema.
As primeiras informações dão conta que no local os agentes
se depararam com nove indivíduos, oito foram detidos, um reagiu à abordagem e
foi atingido e socorrido ao Hospital Municipal de Diadema, onde morreu. Doze
toneladas de drogas e uma arma de fogo foram apreendidas”.
Pois bem, esta foi a ocorrência que foi radiada e aqui
coloco o “Insta”, “Instagrão”, “Instagram” - cada um
fala um negócio – do Sr. João Doria, nosso governador. “Parabéns aos agentes do
6º Baep - Batalhão de Ações Especiais da Polícia
Militar - pela grande apreensão realizada em Diadema, mais de dez toneladas de
drogas e oito criminosos presos. Não há trégua...” - olha só como fala bonito -
“...não há trégua no enfrentamento ao crime organizado”.
Eu pergunto, volta pra mim: será que não há trégua? O que
estou entendendo é que há muita trégua e até conluio com o crime. Aqui nós
temos visto nos últimos meses: proibido à PM de trabalhar na Cracolândia. Se a PM forçasse operações policiais, ia pagar
100 mil reais por dia, todo mundo viu isso.
Proibido helicóptero sobrevoar as favelas do Rio de Janeiro,
“perigoso para a população”. Proibido à polícia do Rio de Janeiro fazer
operações nas favelas, porque é a PM que traz a violência, não é o crime, não é
o tráfico.
Aí nós vemos, poucos dias atrás, o STJ liberando mais de 1.100
traficantes condenados, porque é o chamado tráfico privilegiado. Ou seja, tudo
está do lado do crime.
Então, quando eu vejo o nosso governador dando os parabéns
para uma ocorrência dessa, falo “que legal”. Legal nada, é uma baita sacanagem
isso, sabe por quê? Porque o capitão que estava comandando essa operação e mais
a equipe dele foram transferidos porque mataram o ladrão que estava com 12
toneladas de droga, armado, bandido procurado do crime organizado. Era
procurador do crime organizado.
Aí eu fui atrás, querendo saber: “Não, mas o capitão tinha
ordem que era para prender”, desde quando o policial sabe se ele vai prender,
se o cara vai fugir ou se vai atirar no policial? Desde quando?
Se o capitão foi escalado para aquela operação, ele e a
equipe dele, é porque eles eram capazes, é porque ele tinha coragem de
enfrentar o crime, não estava com a bunda sentada atrás de uma cadeira. Ele e a
equipe dele foram lá, deram a cara a tapa, tomaram tiro, mataram o maldito e
agora sabe o que acontece? São punidos, são transferidos.
Eu fico muito “P” da vida com isso, porque isso aconteceu a
vida toda comigo e sei que aconteceu com os outros policiais presentes aqui
também. Nós somos transferidos para sermos preservados. A minha vida toda eu
bati de um lado para o outro, que nem siri na lata, porque, aonde eu ia, “nego”
me transferia, dizendo que era para me preservar. Só para encerrar, Sr.
Presidente.
A gente sabe que isso é uma baita sacanagem. O crime está
privilegiado em São Paulo. Qualquer policial militar que matar bandido está
sendo transferido, independentemente da ocorrência.
Policial que bate em viatura está sendo transferido. Como
vamos enfrentar o crime assim? A nossa tropa está recuada, polícia que troca
tiro com ladrão não tem valor, é tido como criminoso. Como nós vamos continuar
assim a combater o crime? Eu pergunto a todos aqui.
Quero aqui deixar a minha total
raiva e total intolerância, meu total descrédito com esse governo que permite
que tal coisa aconteça, que os policiais que estão arriscando a vida na rua
estão sendo punidos porque trabalham duro contra o crime. Nós vimos aquela
ocorrência de Campinas, inclusive, um idiota de um coronel que nunca fez nada
na vida e agora está na reserva querendo ganhar ponto, falando que houve
excesso na ocorrência.
Aquele bunda mole teve ocorrência comigo e era uma
tranqueira na polícia e agora fica pagando uma de herói. Queria que ele viesse
aqui ou em qualquer debate me enfrentar, para eu falar a verdade que eu sei
dele e o que eu penso dele. Covarde. Na hora de enfrentar o crime, não põe a bunda na viatura e
não vai trocar tiro com ladrão.
Então, meu repúdio,
meu total repúdio a essa ação onde os policiais são transferidos porque
trabalham, porque trabalham e se arriscam pela população. Infelizmente, essa é
a realidade do momento. Vergonha do Governo de São Paulo.
* * *
-Assume a Presidência o Sr. Douglas Garcia.
* * *
O SR. PRESIDENTE
- DOUGLAS GARCIA - PTB -
Continuando a lista dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, gostaria de
chamar para fazer uso da palavra a nobre deputada Marta Costa. (Pausa.) Nobre
deputado Caio França. (Pausa.) Nobre deputado Marcos Damasio.
(Pausa.) Nobre deputado Gil Diniz. (Pausa.) Nobre deputado Agente Federal
Danilo Balas.
O
SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - SEM REVISÃO
DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, servidores desta Casa, meus amigos
e amigas que acompanham o nosso trabalho aqui na Assembleia, é um prazer estar
aqui mais uma vez no plenário usando a palavra.
Quero dar os parabéns aos nossos parlamentares, aos nossos
amigos deputados. Corroboro a palavra dos senhores. É um absurdo o que vem
acontecendo no estado de São Paulo. Nossa tropa, nossos policiais militares,
civis, policiais técnico-científicos, policiais penais sendo maltratados e
esquecidos aqui, infelizmente, já há muitos anos, no estado mais rico da Nação.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Frederico d’Avila.
*
* *
Hoje, trago aqui mais uma indignação. O governador mandou um
projeto a esta Casa, o 529, de 2020, projeto que, dentre outras coisas, tem o
objetivo de extinguir algumas empresas, empresas importantes do nosso Estado.
Os senhores vão se lembrar do Projeto de lei nº 001, de
2019. Quando chegamos a esta Casa, o governador, a toque de caixa também - um
projeto logo no início do nosso mandato -, enviou o projeto para extinguir a Emplasa, a Codasp, a Prodesp e a
CPOS. Tivemos aqui a aprovação, também a toque de caixa. Infelizmente, nós, da
oposição, mesmo com a população e os servidores aqui na Casa, não conseguimos
êxito em barrar esse projeto de lei.
E agora, em 2020, recebemos esse projeto nefasto. Hoje,
passo a falar um pouquinho de uma das empresas que o governador quer extinguir:
o Oncocentro de São Paulo. O Oncocentro
foi fundado em 1974, ou seja, tem 46 anos.
Hoje, tem 87 funcionários, e o faturamento anual é de três
milhões e 800 mil reais. O superávit é de mais de meio milhão de reais,
senhores. Não há deficit no Oncocentro.
Ele recebe apenas 0,05 do Orçamento da Secretaria da Saúde.
Então, visitei o Oncocentro e tive
essas informações. Inclusive, analisei todos os dados e balancetes da
instituição. Temos o laboratório que, em 2019, fez mais de 280 mil exames de
detecção de câncer; cursos técnicos em áreas de citologia e também a
capacitação de, entre enfermeiros e médicos, mais de mil. Temos aí o trabalho
desses profissionais analisando através do microscópio. Essa é a instituição
que o governador quer extinguir através do Projeto de lei nº 529.
Seguimos com os trabalhos do Oncocentro:
elabora próteses para pacientes mutilados pelo câncer de cabeça e pescoço.
Esses pacientes, senhores, têm disfunções na fala, na mastigação e na
deglutição. O fato de o Oncocentro efetuar uma
prótese para essa pessoa, esse paciente, a coloca no convívio social, para
desempenhar funções básicas.
Então, infelizmente, é essa a empresa que o governador quer
extinguir. Além de atender, na parte psicológica e de assistência social,
muitas pessoas, não só da cidade, da região metropolitana, mas também do
interior do estado de São Paulo.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Castello Branco.
*
* *
Aqui, temos algumas próteses. Vejam que a prótese é
instalada no olho ou na arcada dentária, no nariz, no ouvido. Imaginem um
paciente com um buraco nos olhos, sem poder ir às ruas - ou ele vai com um
tampão nos olhos -, sem poder trabalhar, porque ele tem até vergonha de estar
no trabalho, infelizmente. E essa pessoa fica em sua residência, muitas vezes
por vergonha. Então, esse trabalho do Oncocentro traz
um retorno ao convívio social desse paciente.
Esse senhor é o Sr. Benedito. Ele teve um câncer na boca. Em
mais da metade da arcada dentária, no céu da boca, ele utiliza prótese. Então,
o Sr. Benedito autorizou por escrito a veiculação da imagem dele.
Então, trazemos o Sr. Benedito, que foi atendido e é
atendido, há muitos anos, no Oncocentro de São Paulo.
Também temos atendimentos, mais de 5.400 consultas, 641 próteses. A estrutura
física do Oncocentro tem seis consultórios,
laboratório de próteses, sala própria de raio x.
Demais dados da Fundação Oncocentro:
elaboração de estatísticas sobre o câncer em São Paulo; coordena a base
estadual de dados hospitalares sobre o câncer; 74 hospitais enviam dados à
Fundação Oncocentro. Tem mais de um milhão e 90 mil
registros nas bases de dados de tumores, além de servir como centro de
residência para profissionais da Faculdade de Medicina da USP.
Então, senhores, essa é uma frase que os 87 funcionários
utilizam: “Somos poucos, mas fazemos muito”. Para concluir, Sr. Presidente,
esse Projeto de lei nº 529 tem, no seu Art. 1º, algumas empresas que o
governador do estado quer extinguir. E esse trabalho o Governo do Estado de São
Paulo quer extinguir e, infelizmente, deixar de apresentar esse serviço à
população do Estado.
Muito obrigado, senhores.
O SR. PRESIDENTE
- CASTELLO BRANCO - PSL -
Dando prosseguimento à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente do dia
29 de setembro, chamamos o nobre deputado Edmir Chedid.
(Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado
Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.)
Nobre deputado Frederico d’Avila. Que o seu nome
esteja inscrito no livro da vida. Shaná Tová. Gmar Chatimá
Tová.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Gmar
Chatimá Tová, deputado
Castello Branco. Queria aqui agradecer ao deputado Castello Branco pela
lembrança do dia de ontem, que foi Yom Kipur, data máxima do calendário judaico, e nos
cumprimentar é sempre uma grande honra.
Bom, antes de começar meu pronunciamento, queria fazer coro
ao que disseram o deputado Mecca e o deputado Coronel
Telhada em relação ao afastamento de policiais. Não vou repetir o que eles
disseram, mas é uma vergonha você ser transferido por fazer justamente aquilo
que se espera.
Como é que pode? É como você pegar e condenar um médico que
fez uma cirurgia; ele estar no centro cirúrgico e condená-lo porque fez a
cirurgia. O esperado dele é ser cirurgião.
O esperado de um policial é defender a sociedade. Por vezes,
defende a sociedade de uma forma menos agressiva, mas, o que eu aprendi, Major Mecca, apesar de não ser policial, é que a reação é
proporcional à agressão sofrida pelos policiais. Certa vez, perguntei a um
policial de Chicago por que, nos Estados Unidos, quando a gente vê esses
programas “911”, que é o equivalente ao 190 daqui, por que eles disparam tantas
vezes. E me respondeu o policial:
“Olha, aqui, quando um agente da lei é acometido de agressão
com arma de fogo, equivale, segundo a interpretação constitucional americana, a
que aquele agressor está agredindo toda a população daquele estado, porque está
agredindo um homem da lei que está devidamente identificado, com o brasão da
polícia, com o distintivo ou com a farda.
Então, ele está agredindo toda a população. Uma vez que ele
agride toda a população, ele merece ser repelido com a força que está
disponível nas mãos do policial”.
Se eu pudesse, se eu fosse o governador, ao invés de
transferir, eu chamaria para receber medalha e faria ainda mais: faria como
fazia, na década de 70, o coronel Erasmo Dias, que dava uma espórtula aos
policiais que faziam, logicamente, uma ocorrência dentro das devidas
circunstâncias legais, não é? Porque a gente sabe que o bandido não respeita
nada. Nada! E o policial tem que respeitar certas regras.
Do jeito que o Major Mecca está
falando, o policial é denegrido pelo governo. Denegrido. Ele é transferido. Um
foi para o rancho e o outro foi não sei para onde. Todos os bons policiais
aqui, Coronel Nishikawa, com exceção do senhor, que
já havia sido aposentado, todos os bons policiais que se destacaram na sua
atividade estão aqui na Assembleia Legislativa ou no Congresso Nacional.
O deputado Conte foi para o HM, porque trabalhava demais. O
Coronel Telhada praticamente foi tirado do polícia. O Major Mecca
praticamente foi tirado da polícia. O Balas ainda teve sorte de ir para a
Polícia Federal. Então, na verdade, quem trabalha e faz a diferença acaba se
destacando tanto que é bem visto aos olhos da população e depois acaba sendo
eleito.
Cumprido esse registro, queria falar sobre o 529, o
famigerado 529, do governador “João Picaretedoria”.
Primeiro, ele mata o empreendedor. Mata, fecha o comércio, a indústria, os
serviços, tudo. Fecha tudo. Vai todo mundo à falência.
Os que não foram à falência, que estão cambaleantes, que
conseguiram sobreviver a esses meses de imposição ditatorial patrocinada pelo
Sr. João Doria e alguns prefeitos, agora, com o 529, eles querem justamente
enfiar a faca nas costas daqueles que sobraram.
O empreendedor que sobrou, aquele que conseguiu manter o seu
estabelecimento de serviços, aquele que conseguiu manter o seu estabelecimento
industrial, agora ele quer esfaquear; imolar, através de impostos, o
empreendedor que restou.
A parte da economia economicamente ativa, como bem disse
aqui o deputado Douglas Garcia, que restou, ele quer agora pegar com o 529,
apunhalar e fazer sangrar o que restou da economia.
Enquanto o presidente Bolsonaro, lá no mês de março, já
falava que iam matar a economia do País, está acontecendo exatamente o que ele
falou, exatamente o que ele falou. Agora o governador João Doria, o João Traidoria, picaretedoria, quer
fazer o quê?
Ele quer esfolar e imolar o restante. Ele quer escarnear a população, deputado Ed Thomas. Seu pai lidou
muito com gado lá na região de Prudente, ele quer escarnear
o resto da população através do 529.
O Art. 24 é uma excrecência dizendo que tudo que está abaixo
de 18% é incentivo fiscal. Quer dizer que remédio genérico é incentivo fiscal,
leite é incentivo fiscal, farinha de trigo é incentivo fiscal, arroz é
incentivo fiscal?
O rico não está nem aí se amanhã o quilo do arroz está 30,
40, 50, 60 reais, nem o quilo do feijão está 15, 20, 30 reais, nem se a farinha
de trigo vai a 50 reais o pacote de um quilo. Não está nem aí.
Agora, o governador João Doria não explicou. O diesel,
deputado Ed Thomas, tudo o que é transportado no Brasil, que o modal nosso é
rodoviário, é diesel. Então, desde a sua origem, da sua concepção inicial lá no
campo, na produção, ou nos transportes dos medicamentos, dos insumos que são
necessários para a população mais carente vão ser encarecidos por conta dos
iluminados que estão lá na Secretaria da Fazenda.
A sorte, deputado Castello Branco, o senhor que preside esta
sessão e fez um belo pronunciamento aqui, é como o governador João Doria é tido
como um mau-caráter, mentiroso, enganador. Eu espero que os deputados que aqui
estão sendo assediados e seduzidos pelo governo, pela liderança do Governo, com
emendas, obras, enfim aquilo que o governo pode oferecer, não se seduzam,
porque é mentira.
Ele não vai cumprir com nada, como já não cumpriu com nada,
nem com os próprios aliados. Estava aqui o deputado Gilmaci,
não cumpre nada, é só mentira. Ele mente tanto que ele mente da mentira dele, e
até ele esquece. O deputado Mecca mostrou aqui o
governador João Doria falando sobre os policiais, que ia valorizar. Ele até
esqueceu. Ele mente das coisas que ele mesmo disse.
Então, o que eu quero dizer é o seguinte: esse 529 é uma
excrecência, uma excrecência absoluta no campo fiscal. O que disse o deputado
Balas aqui agora sobre o Oncocentro... Nem que desse
déficit o Oncocentro. Imagine se tivesse que botar
três milhões e 800, é nada isso para o Governo do Estado de São Paulo. Tem
quase 300 bilhões de reais em Orçamento. Botar três milhões e 800, se pusesse.
Por enquanto é só, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE
- CASTELLO BRANCO - PSL - Dando
sequência à Lista Suplementar, convidamos o nobre deputado estadual Coronel Nishikawa para fazer uso da palavra.
O
SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa
tarde a todos, assessorias aí que estão nos ouvindo, Sr. Presidente, capitão
Castello Branco, que preside esta Mesa. Eu gostaria, Machado, para eu começar o
meu pronunciamento, que passasse um vídeo aí para eu poder dar o start aqui.
*
* *
- É exibido o vídeo.
*
* *
Bom, pessoal, passei um vídeo só para entender o que nós
fazemos no nosso mandato. Nós trabalhamos para a Saúde, e principalmente na
defesa da nossa instituição Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Não tenho
sequer um cargo no governo. O PT tem um monte. Está aqui. Se alguém quiser
olhar, eu passo. Vir me acusar, me atacar, com acusações mentirosas, cabe-me
aqui me defender.
Eu nunca assomei à tribuna para falar mal de colegas
parlamentares. Nunca fiz isso. Se alguém acha ou achou que alguma vez eu fiz isso,
que venha aqui falar a mesma coisa que estou falando aqui. Eu sou do PDO, e sou
de São Bernardo.
Sou o único que mora em São Bernardo e que é do PDO. Não
estou preocupado com a sua crítica, Barba, mas, sim, estou preocupado em
trabalhar para nossa população mais carente, aqueles que realmente precisam de
nós, parlamentares aqui. Nós estamos a serviço deles.
É Hospital de Barretos, é Santa Casa, 94% das nossas emendas
foram para a Saúde. Eu entendo que quem precisa de saúde são aqueles que não
têm condições de ter um plano de Saúde. Então, nós estamos trabalhando para
isso. Não tenho um cargo sequer. Eu quero que ele prove que eu tenho cargo no
governo.
Não tenho um projeto de lei aprovado nesta Casa, nem subiu
aqui para aprovação. Não tenho sequer pago a metade das emendas que eu tenho.
Que caramba de aliado do governo sou eu? Ou sou trouxa, ou alguém está sabendo
de alguma coisa que eu não sei que eu tenho. Se eu tenho cargo, que provem que
eu tenho cargo aqui e que eu tenho privilégios.
A única coisa que eu consegui foi o Carlão Pignatari visitar
a Escola de Bombeiro, porque o PT apresentou uma emenda para tirar desafetação.
Se desafetar a área em que está o bombeiro, o
bombeiro continuará lá. Se não desafetar, o bombeiro
vai perder a maior escola de bombeiros da América Latina, quiçá um dos melhores
do mundo.
É isso. Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Muito obrigado, Coronel Nishikawa. O próximo orador inscrito é o deputado Major Mecca. Muito obrigado, nobre deputado Rodrigo Gambale, pela sua ilustre presença neste plenário, nesta
tarde de hoje, e desejamos sucesso na missão.
O SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, e todos que nos acompanham pela Rede Alesp. Eu gostaria de observar mais uma das máquinas do
Governo do Estado de São Paulo para moer o cidadão de bem, o Projeto de lei
529, que, além de aumentar os impostos pagos pelo povo do estado de São Paulo,
ainda suprime e retira do povo de São Paulo a prestação de serviços essenciais.
Nós trouxemos ao conhecimento dos parlamentares, ao
conhecimento de todos vocês que nos acompanham através da Rede Alesp, das redes sociais, o que é a Fundação para o Remédio
Popular.
Um prédio fantástico, como falou aqui o deputado Capitão
Castello Branco. Uma fundação que leva remédios à população de São Paulo. Mas,
como foi falado ontem, pelo líder do Governo, ela dá prejuízo.
Mas por qual motivo ela dá prejuízo? É porque, na verdade, o
desmonte e a desativação dessa fundação já começou lá atrás. No início do
governo João Doria, foi designado para a Presidência da Furp
o presidente da Lide Master, ou seja, o aliado e alguém, um empresário que anda
de mãos dadas com João Doria.
Ele é proprietário de duas locadoras de veículos, e foi
designado para gerir a Fundação do Remédio Popular, uma fábrica de remédios,
que nós visitamos, um espaço fantástico, uma fábrica maravilhosa, com 800
funcionários, sentados, de braços cruzados, com a fábrica inoperante.
Vai dar prejuízo mesmo, não tem como. Funcionários com quem
a gente conversou, choram pelo que já foi aquela fundação, inaugurada em 1974,
durante o regime militar, para atender o povo, o cidadão de bem.
Nós nos deparamos com 1,5 milhão de comprimidos de
anti-inflamatórios largados numa prateleira, vencidos, para serem incinerados.
Isso é descaso, isso é crime com a população do estado de São Paulo.
Os serviços que são prestados pelo Oncocentro,
um centro de qualidade, que atende o cidadão de bem. De todas as emendas que
fizemos ao PL 529, certamente nenhuma foi lida, porque mais de 620 emendas a
esse projeto foram prontamente rejeitadas, algo de um desrespeito, aos
parlamentares desta Casa, fora do comum. E olha que nós, parlamentares...
Eu
estou aqui representando o povo de São Paulo. O governo tem que nos ouvir, o
governo tem que debater com os parlamentares desta Casa e ouvir quais são as
expectativas da população e do povo de São Paulo em relação à gestão do nosso
Estado. Nós não podemos aceitar.
Nós
apresentamos uma emenda alterando o Art. 24, que trata das renúncias fiscais.
Vinte renúncias fiscais que foram feitas no ano passado sem ao menos consultar
esta Casa, isentando de pagamento de ICMS obras de arte com valor de dois
milhões, não sei quantos milhões. Onde estão as contrapartidas em benefício do
povo de São Paulo, em cima dessas renúncias?
Certamente,
subtraindo essas renúncias, nós superamos o déficit produzido este ano para o
ano que vem. Podendo produzir, certamente produziríamos, com uma gestão proba,
inclusive superávit nas contas do estado de São Paulo. Mas não há a força, a
vontade política em se governar pelo povo, e sim em benefício próprio.
Que
Deus proteja o estado de São Paulo. Hoje temos boas notícias - para concluir,
presidente. Operações da Polícia Federal, junto com a Polícia Civil e
Ministério Público, na Saúde, aqui no estado de São Paulo. Muita gente precisa
e será presa e responsabilizada pelo dinheiro que está sendo gasto.
Como
foi dito: como vão resolver o problema? Faz como a dona de casa: economiza,
aplica bem o recurso. Não adianta comprar saco de cadáver com sobrepreço,
superfaturado, que aí não sobra dinheiro para ninguém mesmo.
Muito
obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Nobre deputado Major Mecca, muito obrigado. Dando sequência à lista, eu antes
passo a Presidência da Mesa ao nobre deputado Agente Federal Danilo Balas.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Agente
Federal Danilo Balas.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL -
Senhoras e senhores, assumindo a Presidência, dando sequência ao Pequeno
Expediente, chamamos para fazer uso da palavra o nobre deputado Castello
Branco. O senhor tem cinco minutos para a palavra.
O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Finalizando
o Pequeno Expediente de hoje, 29 de setembro de 2020, nós vamos concluir que o
Projeto de lei no 529, o pacote da maldade, com requintes de
crueldade, traz interesses escusos e inconfessáveis. E nós fazemos aqui uma
denúncia pública sobre isso. Não é possível que isso venha a passar.
Você,
eleitor que estará nas urnas agora, por favor, olhe quem são os deputados que
votaram neste absurdo. Esse projeto de lei vai, primeiro, vender patrimônio
público saudável. Dois: vai vender patrimônio público físico. Três: vai
aumentar impostos. E quatro: vai aumentar seu custo de vida.
A
pergunta é: para que serve isso? Que interesses defende? A quem serve? Esse
cachorro que morde tem dono. Quem é o dono? Muito bem, nós sabemos que são
interesses financeiros que estão por trás. Eu chamo a atenção da população com
respeito a isso.
E
agora, no Grande Expediente, vamos ter a oportunidade de continuar falando,
assim como outros colegas vêm descrevendo o lado positivo das instituições com
que se quer acabar, como o nosso nobre deputado Danilo Balas bem veio colocar
sobre o Oncocentro. À tarde, eu vou falar do EMTU.
Nos
últimos 30 dias, semanalmente, temos falado de todas as instituições com que se
pretende terminar e dos benefícios que elas trazem à população. Assim sendo, o
que se pode esperar de um governo que trata a sua força policial desse jeito?
O
que se pode esperar de um governo que trata o seu povo desse jeito? O que se
pode esperar de um governo que tem tratado os seus deputados desse jeito?
E
foi bem colocado que não cumprem nada do que prometem. Isso é fato. E que Deus
abençoe o estado de São Paulo, que tem uma missão gloriosa para este Brasil.
Que esse projeto não passe. Que isso se cumpra.
O
SR. PRESIDENTE - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL -
Neste momento, encerramos o Pequeno Expediente na Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo e abrimos o Grande Expediente.
* * *
- Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL -
Chamamos o deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Sergio Victor. (Pausa.)
Deputado Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Deputada Janaina
Paschoal. (Pausa.) Solicito ao nobre deputado Castello Branco que assuma a
Presidência neste momento.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Castello
Branco.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Na lista de oradores
inscritos para o Grande Expediente do dia 29 de setembro, convocamos, neste
momento, o nobre deputado Major Mecca, que cede seu
tempo para o deputado Danilo Balas.
Fui
policial militar por 12 anos, estou na Polícia Federal como agente federal faz
15 anos, somando 27 anos de Segurança Pública. A gente entende um pouquinho do
assunto, então fala com propriedade.
Desde
1994, quando tinha 17 anos e prestava o concurso da Polícia Militar... Várias
etapas, uma saga, passando por prova teórica, física, médica, exame
psicotécnico, investigação social, entrega de documentos, exames médicos e,
depois de tantas fases, a Academia de Polícia Militar do Barro Branco.
Foram
quatro anos de muita luta, muito trabalho como aluno oficial. E saí aspirante
no ano de noventa e sete. Pois bem, trabalhei na zona sul, trabalhei com
ensino, fui afastado da Polícia Militar porque troquei tiro na zona sul de São
Paulo, lá em Heliópolis, onde tem muita gente boa, mas tem muito bandido
também, infiltrado na população. E fui afastado para trabalhar na área da Sé -
7o Batalhão.
Então,
desde 97, o Governo do Estado já afastava os seus policiais, e nada mudou.
Tivemos a ocorrência aí do 6o Baep, em que
policiais trocaram tiro, apreenderam 12 toneladas de drogas e depois ainda
foram afastados. Pois bem, temos também - e venho a esta tribuna para falar de
- nossos irmãos da Polícia Civil.
Nós
tivemos um concurso, um edital no ano de 2017, colocando 600 vagas de
investigador de polícia. A Polícia Civil está sucateada, as delegacias caindo
aos pedaços, o salário pior do Brasil.
E
nós temos um concurso em andamento; delegados estão na academia e provavelmente
encerram o seu curso no final do ano. Porém, os investigadores - são 600 -
ainda não foram chamados.
Em
abril de 2018, houve a publicação do edital, e em junho a primeira fase do
concurso. Então, senhores, estou pontuando aqui para quem nos acompanha na TV
Assembleia verificar o quanto um cidadão se empenha, se dedica e estuda para
fazer parte do serviço público, da polícia, em São Paulo. Muitas vezes trocando
tiro e morrendo, defendendo os senhores e as senhores que estão em casa.
Em
agosto de 2018, a segunda fase do concurso; no final de 2018, a investigação
social; e em junho de 2019, a terceira fase, fase oral, no concurso de
investigadores de Polícia Civil no estado de São Paulo.
Em
setembro de 2019, quarta fase, o psicotécnico; em novembro de 2019... Percebam
o tempo em que esses cidadãos e cidadãs estão entregando documentos, passando
por fases, e muitos sem dinheiro para entregar alguns exames que são cobrados
pelo estado.
Em
novembro de 2019, como disse, perícia médica, entrega de exames e a declaração
dos candidatos de que não estavam exercendo nenhuma outra atividade remunerada.
Vejam
bem, senhores: quando o governo pede essa declaração de que não há o exercício
de nenhuma atividade remunerada, é óbvio que você, candidato, já acha que está
prestes a ser chamado. Foi assim comigo lá na Polícia Militar, no ano de 93, e
eu entrei em noventa e quatro. Passei o ano de 93 todo prestando as fases da
Polícia Militar.
Os
cargos de escrivão, de nível médio, delegados, já foram contemplados, faltando
somente o cargo de investigador de polícia. A Academia da Polícia Civil, como
eu disse, provavelmente estará livre no final do ano, quando os delegados
encerram o curso de formação. Então, haverá espaço, sim, na Acadepol,
para que os investigadores façam seu curso de formação.
Pois
bem, o governo começou com uma alegação, primeiro, de que em fevereiro de 2020
esses candidatos seriam nomeados. Passamos alguns meses; na primeira quinzena
de abril, houve uma outra resposta do governo de que eles seriam nomeados. E
percebam, pelo Instagram do nosso governador João Doria, nós temos aqui, sobre
o concurso da Polícia Civil de São Paulo - 2017:
“Temos
600 investigadores já aprovados. Serão nomeados conforme edital do concurso.
Isso ainda não ocorreu, pois existe um cronograma estabelecido pela Acadepol para dar início ao curso de formação dos futuros
policiais.
Respeitando
o direito à informação dos aprovados, venho aqui” - atenção - “posicioná-los de
que a cerimônia de posse está prevista para a primeira quinzena de abril. Desde
já, agradeço o interesse de vocês em trabalhar pela Segurança Pública de São
Paulo e servir à população de nosso Estado”.
Então,
essa postagem do Instagram trouxe um posicionamento oficial do governador do
estado de que, na primeira quinzena de abril de 2020, eles seriam chamados.
Aí,
o governo começou a alegar alguns fatos para não chamar esses investigadores. O
primeiro: veio a pandemia, e tudo seria paralisado - cursos, aulas. Se
quisesse, só online. Então a Acadepol ficou
paralisada.
Em julho de 2020, uma comissão desses aprovados entrou em
contato com o governo e, mais uma vez, o governo alegou agora falta de verba
para não os chamar. Outra alegação, um tempo depois: que o governo não chamaria
esses investigadores porque ele estava proibido pela Lei Complementar nº 173,
de 2020, em que as nomeações só estariam autorizadas a partir de dezembro de
2021.
Pois bem: agora a história mudou. A alegação do governo é de
que o Projeto de lei nº 529, que trata da Reforma Administrativa, proíbe o
chamamento desses 600 investigadores. Infelizmente observamos um descaso com a
Polícia Civil, com o povo de São Paulo e também com esses candidatos que
passaram por todas as etapas, faltando somente a Acadepol,
Academia da Polícia Civil.
É o que nós, representantes da Segurança Pública, pudemos
fazer: conversar com o líder do Governo e propor uma indicação ao governo, a
3507, de 16 de setembro de 2020, propondo a convocação dos aprovados no
concurso para a investidura nos cargos da carreira de investigador.
Além de conversar com demais parlamentares, conversar com
pessoas ligadas ao governo, a comissão de aprovados, para que, de certa forma,
pressione parlamentares e governo para que esses investigadores sejam chamados.
Então, senhoras e senhores, a nobre Polícia Civil do Estado
de São Paulo clama por efetivo. Nós temos 600 investigadores aprovados
aguardando chamamento para a Academia de Polícia. Nós, como representantes da
Segurança Pública, vamos lutar para que isso ocorra.
Falando de mais um assunto aqui - complementando, pois o meu
tempo já se esvai -, lutaremos também pela não aprovação do Projeto de lei nº
529, que trata da extinção de inúmeras empresas.
Falei do Oncocentro agora há
pouco, e vou usar a palavra para falar da importância da EMTU. A importância
dessa instituição aqui em São Paulo, na atuação de nosso Estado, para levar o
melhor para os cidadãos que moram em nosso Estado.
Muito obrigado. Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE
- CASTELLO BRANCO - PSL - Muito
obrigado, nobre deputado Danilo Balas. Convidamos para presidir esta sessão
plenária o nobre deputado Frederico d’Avila.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Frederico d’Avila
* * *
O SR. PRESIDENTE
- FREDERICO D’AVILA - PSL - Dando
sequência à lista de oradores, chamo agora o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado
Ed Thomas. (Pausa.) Deputado Maurici. (Pausa.)
Deputado Luiz Fernando Teixeira. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.)
Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Castello Branco. O senhor tem o tempo
regimental do Grande Expediente.
O
SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - De volta
ao plenário para mostrar, tecnicamente, mais um absurdo do Projeto de lei nº
529, pacote da maldade com requintes de crueldade do atual Governo do Estado de
São Paulo.
Vamos fazer uma apresentação hoje, defendendo a não extinção
da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos. É uma total desinformação
plantada pelo Governo do Estado para extinguir a EMTU.
Com base nas demonstrações financeiras auditadas e nas
informações de especialistas da área de Transporte, a EMTU cuida, por exemplo,
do transporte de 134 municípios, com mais de 90% de satisfação do usuário.
Cuida da realização de obras ligadas ao transporte
metropolitano, como, por exemplo, veículos sobre trilhos na Baixada Santista,
além de outras atividades no atendimento a centenas de famílias ligadas ao
chamado sistema Ligado, que atende pessoas com necessidades especiais.
Aqui na foto, por exemplo, a EMTU cuidando do transporte de
pessoas nas cinco regiões metropolitanas do Estado. Operação de VLT na Baixada
Santista. Moderno centro de controle operacional, que foi entregue em 2016,
além de 11,1 quilômetros de extensão entregues à população, do Terminal
Barreiros, em São Vicente, à Estação Porto, de Santos. Tudo isso foi dinheiro
público, suado, do seu imposto, que agora ele quer entregar na mão de alguém do
seu interesse.
A extinção da EMTU deixará de atender 134 municípios, 32
milhões de habitantes. Vai perder uma frota regular de 6 mil e 42 veículos. Vai
perder uma frota, chamada de fretamento, de 19 mil e 500 veículos.
Vai perder também 532 veículos da chamada frota do sistema
Ligado, que atende crianças com necessidades especiais. Isso é de uma maldade
incrível. Vai dispensar mais de 805 funcionários concursados e terceirizados.
Ou seja, o que já está ruim pode melhorar, assim dizia o meu
instrutor na Academia Militar: “Cadete, o que está ruim pode ficar bem pior”. É
isso que está acontecendo aqui.
Não bastam as mortes, o desemprego e a retração da economia
provocada pela pandemia, e talvez por ele mesmo, para que agora piore. Já não
basta o desemprego que tem, e ainda vai aumentar. A extinção da EMTU vai deixar
de atender.
Primeiro: vai transferir as atribuições da EMTU para a
agência reguladora Artesp, que todo mundo sabe que
não funciona, burocratizando ainda mais o transporte urbano metropolitano.
As integrações físicas e financeiras de modais de transporte
serão seriamente prejudicadas, uma vez que o Metrô e a CPTM ficarão em uma
pasta de governo chamada Secretaria de Transportes Metropolitanos, e a EMTU, em
outra pasta da Secretaria de Governo. A extinção da EMTU deixará de atender...
Olha só: de novo, vai deixar de fazer as integrações físicas que eu falei.
Desinformação. Vamos lá. A EMTU tem prejuízo de 1 bilhão de
reais: mentira. Verdade: as demonstrações financeiras auditadas de 2019
disponíveis no site da empresa e no Diário Oficial do Estado demonstram
claramente que a empresa tem as suas contas em dia. Não tem nenhuma conta de
empréstimos a pagar e fatura aproximadamente 13 milhões por mês.
Mesmo que a empresa quisesse, não teria como gerar um
prejuízo desse valor. A empresa fechou 2019, por exemplo, com um saldo positivo
em caixa de mais de 60 milhões. E um prejuízo contábil, por conta da
depreciação, de 56 milhões de reais, e não de 1 bilhão, como alega o Sr. Mauro
Ricardo.
Segunda desinformação, fake news,
notícia falsa: a EMTU é deficitária. Verdade real: conforme demonstrações
financeiras auditadas, a EMTU tem em caixa 60,2 milhões. Não deve nada a
ninguém e nunca precisou dos recursos do Estado, de bancos, para cobrir as suas
despesas próprias, nem no período crítico da pandemia.
Não há qualquer empréstimo do estado ou de bancos para
cobrir as suas despesas. Uma empresa que nunca precisou de recursos do Estado,
tem as suas contas em dia, que remete mensalmente 300 mil ao governo a título
de outorga de concessão, e que ainda mantém saldo disponível em caixa. É lógico
que essa empresa não é deficitária.
Terceira desinformação, terceira notícia falsa: extinguir a
EMTU reduzirá despesas com salários. Verdade: a EMTU paga salários e todas as
suas despesas próprias com taxa de gerenciamento e fiscalização. O estado de
São Paulo nunca repassou qualquer recurso para pagamento de despesas de custeio
da EMTU. Extinguir a EMTU não vai gerar reorganização nem redução de despesas
do Estado. Mentira. Para o estado, essas despesas simplesmente já não existem.
Quarta desinformação, quarta notícia falsa: extinguir a EMTU
trará melhoria na qualidade de serviços. Verdade: a EMTU conta com alto nível
de satisfação do usuário, muito superior ao de outras empresas medidas pela
Agência Nacional de Transportes Terrestres. A EMTU ganhou vários prêmios,
inclusive prêmios de inovação em processos, organizados pela Enap e pela UITP
Awards.
A EMTU monitora eletronicamente mais de 90% de seus ônibus.
As demonstrações auditadas mostram que as empresas vêm subindo sistematicamente
o índice de satisfação do usuário. O foco da Artesp é
reduzir mortes em rodovias. O foco da EMTU é o transporte de pessoas.
Quinta desinformação, quinta notícia falsa: extinguir a EMTU
vai melhorar o atendimento à sociedade. Verdade: a EMTU transportou mais de 600
milhões de usuários no ano passado, 2019, e atendeu 144 mil e 48 chamados. A Artesp atendeu apenas 4.456, e de natureza diferente. A
sociedade é muito mais atendida pelo transporte metropolitano urbano do que
pelo transporte rodoviário.
A Artesp cuida de pedágios e
rodovias. A EMTU cuida do transporte de pessoas nas cinco regiões
metropolitanas do estado, que, diga-se de passagem, são as mais populosas, onde
mais de 30 milhões de pessoas estão envolvidas.
O projeto original da EMTU era se tornar uma autoridade
metropolitana, com poderes para fazer linhas de ônibus onde a sociedade
desejasse, sem interferências políticas. Aqui, novamente, interferência
política num assunto absolutamente técnico.
Sexta desinformação, sexta mentira: a extinção visa a
organizar a administração do transporte metropolitano de pessoas. Verdade: a Artesp, cujo foco é a administração de pedágios e rodovias,
não conseguiu fazer nenhuma concessão de linhas de ônibus desde que foi criada.
A Artesp estava subordinada à Secretaria de Logística
e Transportes. Foi transferida para a Secretaria de Governo, que deveria cuidar
de outra coisa, e não o fez.
Querem que as atribuições da EMTU, com uma integração
tarifária eletrônica absurda com o Metrô, CPTM e outros, seja transferida
também da Secretaria dos Transportes Metropolitanos para a Secretaria de
Governo. Isso não é organização. Para mim, isso é desorganização.
Sétima desinformação: o quadro de pessoal ficará organizado.
Verdade: os empregados da EMTU foram contratados por meio de concurso público.
Todos regulares, com regras claras e rígidas de trabalho, sob regime CLT. É um
quadro extremamente enxuto perto das outras empresas de transporte do Estado.
O governo sabe disso. E o governo propõe penalizar os
empregados da EMTU, que estão regulares e que trabalham com resultados
positivos, colocando-os em regime de vacância. Isso é um absurdo. A Artesp possui quadro disfuncional, motivo de menções no
TCE-SP.
Terminando. A oitava desinformação é que extinguir a EMTU
trará mais recursos ao sistema. Verdade: o fluxo de caixa operacional da EMTU, em 2019, foi positivo em 66,5
milhões. Ou seja, essa empresa, EMTU, se paga. O fluxo de caixa operacional da
Artesp foi negativo em 41,7 milhões em 2019, e em 73,3 milhões em 2018.
Ou seja, querem colocar uma empresa saudável dentro de uma empresa ruim. Querem colocar a EMTU,
que se paga, na Artesp, que não se paga. Qual será o raciocínio disso, a não ser que haja maldade: quem precisa de
ajuste é a EMTU ou é a Artesp?
Nona desinformação, para terminar, Sr. Presidente: a notícia falsa é que extinguir a EMTU visa a reduzir privilégios. Ora, a verdade não é essa. Quem tem que tirar privilégios são outras empresas, não a EMTU.
Os empregados da EMTU são iguais aos empregados das empresas privadas,
regime CLT, com os mesmos direitos e obrigações. Não há nenhum privilégio aos empregados da EMTU, não há biênio, quinquênio, ou qualquer benefício desse tipo.
Eles têm salário compatível com o mercado e inferior aos salários do Metrô e da CPTM. Ora, empregados da EMTU recebem
somente salários e benefícios comuns, como assistência médica e alimentação. Ou seja, a argumentação do Governo e do Sr. Mauro Ricardo é mais uma mentira deste atual governo,
que tenta cobrir o sol com a peneira e a mentira.
Não ao PL 529, o pacote da maldade, com requintes de crueldade. Não ao PL
529. Somos todos um só.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA
- PSL - Prosseguindo a lista de oradores,
agora chamo o deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.)
Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputada Dra. Damaris. (Pausa.) Deputado
Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Rodrigo
Gambale. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar.
(Pausa.) Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputada Marta Costa.
(Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.)
Deputado Douglas Garcia.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente. Quero cumprimentar novamente a
todos os pares aqui presentes.
Sr. Presidente, eu retorno mais uma vez a esta tribuna para me colocar
contra o PL 529 e para denunciar os abusos do PSDB no estado de São Paulo, do
governo do PSDB, o Sr. João Doria, aqui no estado de São Paulo.
Sr. Presidente, vejam só que absurdo: o Projeto de lei nº 529 chegou a esta Assembleia Legislativa e, como todo rito comum, como todo
rito ordinário que um projeto de lei precisa
passar, recebe emendas dos deputados.
E aqui eu não estou falando daquelas emendas relacionadas a dinheiro, eu
estou falando de emendas que melhoram o projeto. Afinal de contas, a Assembleia
Legislativa serve justamente para isso.
A Casa Legislativa, ouvindo o povo, porque nós somos representantes do povo, pegamos um projeto de lei e tentamos melhorá-lo. E como é que a gente faz isso? À base de diálogo, à base de discussão, à base de audiência pública.
Mas não, o Projeto nº 529, o PL 529 chegou a esta Assembleia
Legislativa, o governo ficou aí 45 dias de molho, e depois simplesmente
resolveu tratorar, passar por cima. Não teve discussão.
E, pior ainda, após a nomeação do relator especial, com
todo o respeito que eu tenho ao deputado Alex de Madureira, demorou 24 horas,
nada mais, nada menos, 24 horas, para a gente ter mais de 600 emendas, que
foram lançadas para tentar melhorar o projeto,
simplesmente negadas.
Como é que alguém consegue, em um dia, analisar mais de
600 emendas, deputado Frederico d’Avila? Isso não existe. Isso é humanamente impossível.
Ou seja, não existe nenhuma boa vontade do governo João Doria aqui na
Assembleia de São Paulo em analisar o projeto, em discutir o projeto, em
melhorar o projeto, em fazer com que a população do estado de São Paulo não
sofra aumento de impostos, em fazer com que a população do estado de São Paulo
não sofra o fechamento do Oncocentro, que vai atender o combate ao câncer no estado de São Paulo, em milhares de municípios, em centenas de municípios.
Eu digo “milhares”, sim, porque fora do estado de São Paulo, o Oncocentro também ajuda. Nós temos centenas de municípios paulistas que pedem a informação de
diagnóstico para o Oncocentro, e o Oncocentro
responde quase que de forma imediata.
Nós temos a Furp, que produz remédios que são negligenciados. Como ficarão aquelas pessoas que não têm acesso a esses remédios, a esses medicamentos? Como o
Governo do Estado pretende absorver os serviços que são hoje prestados pela Furp? Não tem,
não tem condições, senhores.
Eu visitei a Furp, eu fiquei com dó, eu juro por Deus. Um estabelecimento
tão bonito, um local tão bom para poder fazer um trabalho excelente, de
qualidade, para o estado de São Paulo, combatendo diversas doenças e, infelizmente, trouxe a política do PSDB: quanto mais sucatear, melhor. Quanto mais sucatear, melhor.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Agente Federal Danilo Balas.
*
* *
E, mais, senhores: eu fiquei sabendo que a Furp recebeu visitas de
instituições estrangeiras. A Furp, antes, bem antes, meses atrás, antes deste projeto de lei chegar aqui nesta Assembleia Legislativa, já estava recebendo visitas de instituições estrangeiras com o objetivo de
comprar aquele espaço e utilizar aquela estrutura.
O governador do estado de São Paulo abriu as portas das instituições do
nosso Estado e vendeu aos seus amigos. Está vendendo o estado de São Paulo aos seus amigos, está entregando o estado de São Paulo à China, está entregando o estado de São Paulo para atender a um projeto político-ideológico.
O governador do estado de São Paulo não está olhando para a população paulista, tentando trazer o melhor. Está olhando para o seu próprio umbigo. É isso que o João Doria está fazendo.
Imaginem, senhores, o constrangimento que foi para os funcionários da Furp ter que receber pessoas que estavam com o intuito de
simplesmente extinguir os seus próprios empregos. O governador deveria
responder por isso no Ministério Público do Trabalho. E mais, deve
responder também, agora que eu estou falando da Furp, sobre aqueles sacos cadavéricos que estão escondidos dentro daquele armazém, porque aquilo ali vai vencer em
outubro, e, quando vencer, nós teremos milhões de reais jogados na
lata do lixo.
Esta Assembleia Legislativa precisa urgentemente se debruçar sobre os gastos do governador do estado de São Paulo nos cofres públicos paulistas. Vejam só o que está acontecendo no Rio de Janeiro, vejam só o que está acontecendo em Santa Catarina. Nós precisamos de tomar uma ação aqui também. O estado de São Paulo não pode deixar
isso acontecer, não.
Nós estamos saindo de uma pandemia, uma
pandemia que, graças ao governador João Doria - eu vou
falar aqui de novo, graças ao governador João Doria - matou
milhares de paulistas, porque poderia ter combatido o coronavírus desde o início.
Quando teve a oportunidade de utilizar a Secretaria de Saúde para trazer o tratamento precoce, a hidroxicloroquina, escolheu ficar em
silêncio só porque foi o presidente da República que havia citado esse assunto
sobre a realidade que a hidroxicloroquina combate, sim, o coronavírus, a Covid-19.
Ele resolveu ficar em silêncio, achou melhor trazer a política do “fica em casa”. Ficamos todos presos em casa, “e a economia a gente vê depois. Fica em casa, a economia a gente vê depois.” Está aí, olha, a gente está vendo agora o que ele quer fazer, trazendo o PL 529 para esta Assembleia
Legislativa e extinguindo milhares de empregos, deixando milhões de paulistas
no prejuízo através do aumento de impostos. É uma
irresponsabilidade sem tamanho.
Esta Assembleia Legislativa não pode permitir que esse governador consiga
aprovar esse projeto aqui nesta Casa. Se esta Assembleia permitir que o 529
passe, senhores, podem fechar as portas do Parlamento paulista, porque isto
aqui virou uma sucursal do Palácio dos Bandeirantes, ou seja, virou uma
sucursal do inferno, virou uma sucursal de uma política genocida, de uma política que não presta, de uma política falida, do toma lá dá cá, de um chá de emenda que aprova o projeto, do toma cargo que aprova o projeto.
Não é assim que nós queremos para o estado de São Paulo, não é esse tipo de política que nós queremos para a população paulista.
Temos que ouvir, ouvir a voz do povo, visitar instituição. Não é só uma vez a cada quatro anos, não, Sr.
Governador, que o senhor vai fazer cara feia comendo pastel de feira, que o
senhor vai fazer cara feia tomando uma média na padoca da esquina. Agora quer
aparecer de novo.
Tivesse, pelo menos, a hombridade das próximas eleições, para não passar
vergonha, não se candidatar, porque já falou que é contra a reeleição. Mas, como o senhor é um mentiroso cara de pau, mente que nem
percebe, mente compulsivamente, mente que é uma beleza... Não existe, se a gente
pegar toda a produção de óleo de peroba que existe no Brasil e
esfregar na cara de V. Exa., não seria o suficiente.
Esse traíra de calças apertadas, que hoje ocupa o poder no
Palácio dos Bandeirantes, não merece esse
cargo, e é por isso que esta Assembleia precisa
de se debruçar sobre todas as denúncias. Todas as denúncias. Olha só o que aconteceu nessa operação hoje de manhã. Ou os senhores vão achar
comum, normal, a Secretaria de Saúde sendo investigada? Não, não é.
Ora, só o
TCE, Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, dizendo que milhões de
reais da área da Saúde estão paralisados. E todo santo dia, quando
você abre o “Diário” do estado de São Paulo, você vê dinheiro sendo gasto para lá, dinheiro sendo gasto para cá, sem a menor justificativa, sem
licitação, porque estamos em estado de calamidade, portanto, esse irresponsável pode gastar e abusar do dinheiro público.
Nós não podemos mais permitir que esse
governador faça isso. Mais uma vez, eu chamo a atenção
dos deputados desta Casa contra a tirania do governador João Doria, para que,
se existe um Legislativo independente, um Legislativo que quer autonomia, um
Legislativo que respira, um Legislativo que tem o poder, um Legislativo que tem
a consciência do que está fazendo, pelo menos, mandar esse projeto de volta para o governador. E eu
não vou nem falar aonde ele deve enfiá-lo, porque é por uma questão de decoro.
Senhores, nós não podemos permitir que o PL 529 seja aprovado. Esta Assembleia Legislativa
não nasceu, não foi criada, não foi fundada para tamanha vergonha, para tamanho
descaso. Não é descaso apenas com o aparato do estado, é um descaso com a população do estado de
São Paulo.
Aumentar imposto? Ora, diante dessa pandemia, diante de tudo isso que a
população viveu este ano, do PIB, que foi trazido neste estado de calamidade
graças ao governador João Doria e à sua política do fica em casa, não tem como,
senhores.
Nós precisamos de respirar, e nós só conseguiremos respirar ar puro, oxigênio livre, quando esse crápula que está no Palácio dos Bandeirantes for chutado de lá pelas vias democráticas.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - AGENTE FEDERAL
DANILO BALAS - PSL - Dando sequência ao Grande Expediente, chamamos a deputada Adriana Borgo. (Pausa.)
Nobre deputado Caio França. (Pausa.) Nobre deputado Frederico d’Avila. Vossa Excelência tem o tempo
regimental de dez minutos.
O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL -
Sr. Presidente, prezados colegas, venho aqui neste Grande Expediente para
comentar um tema muito importante para nós, da área da Agricultura.
Semana passada
a Aprosoja Brasil se desassociou, se desfiliou da Abag, Associação Brasileira do Agronegócio, em uma votação
unânime na qual eu estava presente como vice-presidente da Aprosoja
São Paulo, realizada na nossa assembleia geral, que aconteceu na cidade de
Capinópolis, Minas Gerais.
*
* *
- Assume a
Presidência o Sr. Gilmaci Santos.
*
* *
A Aprosoja se desvinculou da Abag e
também o nosso presidente nacional, Bartolomeu Braz Pereira, entregou o seu
cargo de diretor da Abag. Isso por quê? Porque a Abag estava trabalhando, está trabalhando, na verdade,
descaradamente a favor da indústria e contra o produtor.
Nós não somos
contra a indústria do agronegócio, pelo contrário, nós fazemos parte de uma
cadeia onde todos precisam de todos, mas a Abag foi
cooptada pelas indústrias em detrimento do seu interesse comercial e
financeiro.
Ela justamente
começou a proferir diversas e diversas vezes notas que vão totalmente ao
desencontro dos interesses do produtor. Notas, posicionamentos, patrocinando,
inclusive, movimentos midiáticos contra o produtor rural brasileiro.
Queria também
dizer que aqueles que, como a Abag, participam da
famosa Coalizão BR, Coalizão Clima, Florestas e Agricultura, estão na nossa
mira. Eu estou olhando para você, câmera da verdade.
Vocês da
coalizão, que extorquem as empresas, vocês são verdadeiros mercenários de
empresas que não falam mal de quem são seus associados porque estão pagando o
salário do dia a dia dos senhores.
As empresas,
as 200 empresas, institutos e ONGs que fazem parte da coalizão estão pagando
pelo silêncio dos outros. Tanto que, se os senhores levantarem quem faz parte
da Coalizão, nunca vocês irão ver uma pauta negativa na imprensa. Só pontos
positivos em relação àqueles que são signatários e associados da Coalizão, e
tudo contra aqueles que não foram, ainda não foram extorquidos pelos senhores.
Vocês deviam
ter vergonha de fazer o que fazem. Deviam ter vergonha de trabalhar contra o
próprio País, vergonha de trabalhar contra o produtor rural brasileiro,
vergonha de espremer o produtor rural em nome dos lucros da sua empresa, para
majorar o lucro da sua empresa.
Todos vocês
estão ganhando. Todos vocês sabem como aumentar as margens da maneira correta e
da maneira incorreta. Aqueles que são membros da Coalizão BR estão na nossa
mira. Nós queremos ver quem é quem, quem amanhã vai trabalhar onde, quem assina
o seu contracheque. Vocês não estão passando despercebidos por aí.
Parabenizo o
presidente Bartolomeu Braz Pereira por deixar a Abag,
que, infelizmente, foi cooptada por mercenários que extorquem em nome do seu
silêncio. Extorquem. Quem paga, silêncio. Quem não paga, cacete em cima. Vocês
estão na minha mira.
Queria aqui
também dizer, na mesma linha, Sr. Presidente, sobre o caso do Paraquat, muito interessante. Produto com 50 anos de
Brasil, 60 de registro, criado na Inglaterra. Agora, procurador do Ministério
Público, empresas com interesse em vender seus produtos para substituir o Paraquat, que de anjo agora virou demônio.
As próprias
empresas, deputado Olim, que criaram e fabricam o Paraquat, que estão na Europa e que ganham dinheiro nas
costas do produtor brasileiro, incrivelmente as suas matrizes são justamente
dos países que proíbem o uso desse produto.
É como se
vendesse aqui uma Novalgina, que é fabricada por uma multinacional. Vendesse
aqui para nós um fabricante internacional e proibisse em seu próprio país.
Tipo, eu fabrico para vocês, mas eu não uso.
Quer dizer, na
hora de ganhar dinheiro, o Paraquat é bom. Agora que
descobriram que o Paraquat caiu em domínio público,
não tem mais patente, todos podem fabricar - já caiu em domínio público a
patente porque o produto já tem mais de 60 anos de registro -, agora tem umas
empresas aí, que eu ainda não vou citar o nome, que ficam fazendo por trás dos
panos movimentos para banir o Paraquat.
Eu quero ver a
evolução patrimonial de alguns diretores da Anvisa que, Delegado Olim, o senhor que é um homem da lei. Como é que pode um
diretor da Anvisa, com contracheque lá de 13, 14 mil reais, morar em casas em
Brasília que o senhor conhece, de cinco, seis milhões na beira do Lago Sul?
Aluguel de 40 mil reais, e eles moram nessas casas, ou alugadas ou compradas.
Esquisito isso, não é?
Vocês também.
Eu quero ver onde vocês vão trabalhar depois que saírem das diretorias da
Anvisa. E também os procuradores do Ministério Público Federal que, depois que
se aposentam, vão trabalhar em ONGs.
Alguns até,
descaradamente, vão trabalhar no departamento jurídico de algumas empresas ou
associações dessas empresas, recebendo vultosos salários. Vocês também estão na
minha mira. E não só na minha, na de todas as entidades que defendem o
produtor.
A Aprosoja, CNA, são poucas hoje, deputado Olim, porque a maioria foi cooptada pelas indústrias e por
alguns setores que pagam pelo silêncio dos outros. Assim como fazia a máfia em
Chicago, em Nova Iorque, que extorquia o comércio e vendia segurança, vendia proteção.
Muitas dessas
empresas, covardes, pagam esses canalhas para não falarem mal delas, e eles se
ajuntam para, justamente, criar... É uma quadrilha. Para, justamente, sufocar o
produtor e majorar os lucros da indústria, agora à custa do produtor.
Agora que o
produtor está conseguindo ganhar dinheiro, que está tendo boas margens, é a
hora que se lembram do produtor. Na hora em que ele está arrebentado, ninguém
se lembra do produtor.
Então, Anvisa;
Abag; Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura,
vocês que ficam extorquindo os outros: nós, produtores, entidades de
produtores, como a Aprosoja, como a CNA, vocês não
vão conseguir extorquir. Não conseguirão extorquir, não conseguirão cooptar.
E esse tema do
Paraquat, eu conversei muito com vários integrantes
do governo. Não vou falar aqui com quem eu conversei justamente para não dar
pista para os senhores. Tem muita gente com evolução patrimonial muito
esquisita, deputado Delegado Olim, esquisita, e que
transitou por esse meio. E que agora está fazendo lobby para banir o que
antes... Banir o Paraquat da agricultura é como você
banir o calibre .38 da polícia. Anos de confiabilidade e, de repente, vira um
demônio. Como você vai fazer isso?
Então, é óbvio
que existe interesse por trás. Essas empresas, algumas empresas aqui com sede
na Europa, fabricam o produto aqui no Brasil, ganham dinheiro nas costas do
produtor e, por outro lado, ficam fazendo lobby de lá para cá que não pode usar
o produto. O produto é usado em Israel, Estados Unidos, Chile, Japão, enfim. E
agora é demonizado aqui pela Anvisa.
E, para
finalizar, Sr. Presidente, para finalizar a minha fala, eu queria só colocar
aqui uma última coisa. Nós não podemos aceitar esse Projeto 529. Só faltou um
item, deputado Gilmaci, o senhor que preside esta
sessão, no Projeto 529, que é fechar a Assembleia Legislativa de São Paulo.
A partir da
aprovação do 529, a Assembleia Legislativa não serve para nada. Pode fechar e
transformar isso aqui em uma escola, em um quartel, em um hospital, porque não
serve para mais nada. Nós, aqui, fomos eleitos para representar a população,
mas, diante do que está no 529, a Assembleia pode ser fechada no dia seguinte.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O SR.
PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Frederico d’Avila.
O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Na manhã de hoje, 29 de
setembro, a imprensa já noticiava, logo às seis da manhã, um pouquinho depois,
dados da Operação Raio X, operação conjunta entre a Polícia Civil de São Paulo,
o Ministério Público aqui de São Paulo e, também, a Polícia Federal.
Foram feitas
buscas na Secretaria da Saúde aqui do estado de São Paulo, na Câmara de
Vereadores de São Paulo. Foram cumpridos 64 mandados de prisão, 237 buscas e
apreensões e, também, sequestro de bens de investigados.
Alguns
hospitais também tiveram buscas. O Hospital Geral de Carapicuíba; o Hospital
Municipal Antônio Giglio, em Osasco; Santa Casa de Barueri e Santa Casa de
Penápolis.
Sr.
Presidente, senhoras e senhores que nos acompanham, deputado Delegado Olim, deputado Frederico d’Avila,
que discursou agora, as investigações iniciaram. Desvios de verbas na área da
Saúde serão investigados.
A Polícia
Civil de São Paulo, mesmo sucateada, o Ministério Público aqui de São Paulo e a
Polícia Federal estão se unindo, e isso não vai ficar impune, presidente.
O desvio de
verba do cidadão, desvio milionário, principalmente nesta época de pandemia, será
investigado e, se Deus quiser, os culpados serão presos. A população não merece
tamanha degradação do estado e tamanha roubalheira.
Agradeço a
todos. Agradeço, presidente, pela palavra. Estaremos de olho também, como
integrante do PDO, Parlamentares em Defesa do Orçamento. Somos em 11 deputados
e vamos ficar de olho também nesses desvios de verba e irregularidades.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O SR.
PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Agente
Federal Danilo
Balas. Parabéns pelo trabalho policial civil, federal, Ministério Público. O
senhor aqui representa muito bem.
O SR. DELEGADO OLIM - PP - Pela ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, deputado Delegado Olim. Também parabenizá-lo, que é o nosso policial civil
aqui nesta Casa. Polícia Civil sempre atenta e fazendo um grande trabalho.
O SR. DELEGADO OLIM - PP - Parabéns ao nosso deputado Balas
pelas palavras e também pelo belo trabalho.
Quero, aqui,
solicitar o levantamento da sessão.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
havendo acordo entre as lideranças esta Presidência, antes de dar por
levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à
hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje, lembrando-os, ainda, da
sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas.
Está levantada a
sessão. Uma boa tarde a todos.
* * *
- Levanta-se a
sessão às 16 horas e 18 minutos.
* * *