27 DE OUTUBRO DE 2020
81ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: GILMACI SANTOS, CASTELLO BRANCO, CONTE LOPES,
CAUÊ MACRIS e CARLÃO PIGNATARI
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - JANAINA PASCHOAL
Noticia a possibilidade de ser votada hoje a isenção de ICMS
para medicamentos de atrofia muscular espinhal. Pede a colaboração dos pares
para aprovação do projeto. Comenta visita ao Icesp,
na manhã de ontem. Elogia o trabalho realizado pelo instituto. Diz estar
preocupada com a redução no Orçamento de 2021 da entidade. Alerta para redução
de atendimentos no instituto e impacto no sistema de Saúde. Defende o aumento
da receita. Apoia a emenda apresentada pelo deputado Alex de Madureira para
recompor verba para o Instituto do Câncer.
3 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Endossa a fala da deputada Janaina Paschoal. Lamenta a morte
do presidente municipal do Republicanos, Marcos Alcântara, por câncer de
estômago no último domingo. Tece elogios ao colega.
4 - PROFESSORA BEBEL LULA
Para comunicação, tece considerações sobre a convivência com
o secretário de Educação, Rossieli Soares. Afirma que
o secretário desligou o aplicativo durante reunião virtual após pergunta do Sr.
Moacyr Américo. Lembra pronunciamento sobre o caso nesta tribuna. Informa que o
secretário entrou com ação por danos morais. Clama por mais política e
democracia.
5 - CARLOS GIANNAZI
Apoia o discurso da deputada Professora Bebel. Tece críticas
ao secretário de Educação, Rossieli Soares. Repudia o
uso da Emenda Constitucional nº 93, de 2016, que desvincula as receitas de
estado e municípios, na Fapesp. Lembra que tal emenda não pode ser aplicada na
Saúde e Educação. Afirma que a retirada de verba da instituição prejudica as
pesquisas. Elogia o trabalho realizado nas universidades públicas, Etecs e Fatecs de São Paulo.
Alega que apresentou emenda aumentando o orçamento da pesquisa no Estado. Cita
decisão do STF contra o corte de recursos nas ciências no Rio de Janeiro. Pede
apoio aos pares.
6 - CORONEL TELHADA
Cumprimenta os municípios aniversariantes do dia de hoje.
Informa a comemoração do Dia do Engenheiro Agrícola. Lamenta as mortes do
policial civil Jorge Queiroz, no domingo, e do policial militar Isaque
Cerqueira, na Bahia, ambos em tentativas de assalto. Comenta a visita a
municípios no interior para campanha de candidatos à prefeitura no final de
semana. Discorre sobre o deficit de funcionários nas
forças policiais do Estado. Cobra o chamamento dos aprovados em concursos.
7 - CASTELLO BRANCO
Apresenta slides sobre o fim da gratuidade do Bom Prato.
Discorre sobre o atendimento dos restaurantes durante a pandemia de
coronavírus. Tece críticas ao pagamento das refeições. Afirma que o Ministério
Público Estadual e a Defensoria Pública já pediram a manutenção da gratuidade.
Rebate a justificativa do governo para a cobrança. Critica o aumento de verbas
para publicidade, previsto no Orçamento de 2021.
8 - DOUGLAS GARCIA
Lê e rebate matéria no jornal "O Globo" sobre
debate no STF sugerindo restrições aos cidadãos que não se vacinarem contra a
Covid-19. Considera o Estado desrespeitoso ao direito de escolha do indivíduo.
Convida para ato marcado para o dia 01/11 contra o governador João Doria e a
vacinação compulsória. Defende o direito à liberdade de escolha sobre o uso de
máscara, isolamento social e vacinação. Tece críticas à atuação do governador.
9 - CASTELLO BRANCO
Assume a Presidência.
10 - CONTE LOPES
Comenta discurso do deputado Gil Diniz sobre o apoio da
deputada Janaina Paschoal ao candidato à prefeitura de São Paulo Andrea
Matarazzo. Discorre sobre apoio de candidaturas em eleições passadas. Tece
críticas à atuação do governador João Doria. Cita promessa de campanha a
respeito do aumento nos salários dos policiais militares. Afirma que o governador
se preocupa apenas com as eleições. Defende a independência de escolha dos
parlamentares.
11 - DOUGLAS GARCIA
Para comunicação, informa ter enviado indicação ao governo
para a criação de comitê para o combate às aglomerações na Cracolândia.
Afirma que o Estado respondeu dizendo que já existe um grupo para tal fim, mas
que cabe ao município criar os projetos para a região. Cobra esclarecimentos
dos secretários de Desenvolvimento Social e Segurança Pública.
12 - RICARDO MELLÃO
Discorre sobre a aprovação do PL 529/20. Afirma que o texto,
ao seu ver, aumenta os impostos. Comenta a publicação do Decreto 65.253/20, que
aumenta a alíquota de ICMS para diversos produtos, os quais listou. Alerta para
aumento de preços. Defende corte de gastos no Estado.
13 - CARLOS GIANNAZI
Tece considerações a respeito da não remoção dos agentes de
organização escolar da rede estadual. Lamenta a publicação da Portaria 8/20,
que marca a remoção para novembro de 2021. Cobra o chamamento de aprovados em
concurso público. Cita deficit de servidores nas
escolas estaduais. Discorre sobre a não renovação de contratos de servidores do
grupo de risco para Covid-19. Informa que irá notificar o Ministério Público
Estadual. Critica a atuação do governo na área da Educação.
14 - CONTE LOPES
Assume a Presidência.
GRANDE EXPEDIENTE
15 - CASTELLO BRANCO
Discorre sobre as consequências da aprovação, nesta Casa, da
Lei 17.293/20.
Afirma que vários decretos do Executivo têm aumentado a carga tributária.
Apresenta estudo técnico sobre o assunto. Comenta ação direta de
inconstitucionalidade movida pela Fiesp, pedindo a suspensão da lei. Critica
postura do governo estadual, que nega ter havido elevação de impostos.
16 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA
Lamenta veto do Executivo ao PL 1051/19, de sua autoria, que
trata de assistência a servidores da Segurança Pública vítimas de violência. Dá
conhecimento de estatísticas sobre a violência, que, a seu ver, justificam a
propositura. Argumenta que o projeto brasileiro de Segurança Pública é ineficaz.
Opõe-se a projeto de lei, em tramitação nesta Casa,
que, a seu ver, dificulta a realização de aborto legal, em casos de estupro.
17 - CASTELLO BRANCO
Assume a Presidência.
18 - GIL DINIZ
Rebate declarações do governador João Doria, em que este
justificou a não contratação de novos policiais. Discorre sobre as condições de
trabalho nos distritos policiais do estado. Afirma que o Executivo tem, por
meio de decretos, aumentado o imposto sobre itens da cesta básica, após a
aprovação da Lei 17.293/20. Ressalta que esta Casa tem autoridade para derrubar
os citados decretos.
19 - GIL DINIZ
Para comunicação, declara apoio a projeto de lei de isenção
de ICMS para certos remédios usados no tratamento da atrofia muscular espinal.
20 - PRESIDENTE CASTELLO BRANCO
Suspende a sessão até as 18 horas e 30 minutos, às 16h04min.
ORDEM DO DIA
21 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Assume a Presidência e reabre a sessão às 18h35min. Encerra a
discussão, coloca em votação e declara aprovado requerimento de não realização
de sessão ordinária no dia 30/10. Encerra a discussão, coloca em votações
simultâneas e declara aprovados requerimentos de urgência aos PLs 391, 809, 1086, 1178, e 1212/19.
22 - WELLINGTON MOURA
Solicita a prorrogação da sessão por 30 minutos.
23 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Coloca em votação e declara aprovada a
prorrogação da sessão por 30 minutos. Encerra a discussão, coloca em votação e
declara aprovado requerimento de urgência ao PL 311/20. Suspende a sessão por
três minutos, por conveniência da ordem, às 18h37min, reabrindo-a às 18h43min.
Suspende a sessão por dois minutos, por conveniência da ordem, às 18h43min,
reabrindo-a às 18h45min.
24 - CARLOS CEZAR
Para comunicação, manifesta-se a favor de projeto que trata
da redução do ICMS de medicamento de uso infantil, para tratamento de atrofia
muscular espinhal. Defende a detecção da doença no teste do pezinho.
25 - TEONILIO BARBA LULA
Para comunicação, tece considerações sobre a elaboração da
pauta da presente sessão. Afirma-se contra projeto de autoria do deputado
Wellington Moura, referente à ideologia de gênero. Argumenta que a pauta cabe à
Presidência.
26 - WELLINGTON MOURA
Para comunicação, critica a deputada Professora Bebel Lula
por impossibilitar trâmite de projeto de sua autoria, na Comissão de Educação.
27 - PROFESSORA BEBEL LULA
Para comunicação, rechaça o discurso do deputado Wellington
Moura. Afirma que já fora cerceada na CPI das Universidades. Comenta sua
conduta como presidente de comissão.
28 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA
Para comunicação, defende a inclusão, na pauta, de todos os
projetos de lei. Lamenta o costume, nesta Casa, de busca de consenso para o
estabelecimento da pauta das sessões. Critica o deputado Gilmaci
Santos. Afirma que não deve negociar seu posicionamento político.
29 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Convoca as Comissões de Constituição, Justiça e Redação, e de
Finanças, Orçamento e Planejamento, para reunião conjunta a realizar-se hoje,
às 19 horas e um minuto, para apreciar o PL 646/20; a Comissão de Finanças,
Orçamento e Planejamento, para reunião extraordinária a ser realizada hoje, um
minuto após o término da anterior, para apreciar o PL 391/19; as Comissões de
Constituição, Justiça e Redação, de Transportes e Comunicações, e de Finanças,
Orçamento e Planejamento, para reunião conjunta a ser realizada hoje, um minuto
após o término da anterior, para apreciar o PL 809/19; as Comissões de
Constituição, Justiça e Redação, e de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável, e de Finanças, Orçamento, e Planejamento para reunião conjunta a
ser realizada hoje, um minuto após o término da anterior, para apreciar o PL
1086/19; as Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Segurança Pública
e Assuntos Penitenciários; e de Finanças, Orçamento e Planejamento, para
reunião conjunta a ser realizada hoje, um minuto após o término da anterior,
para apreciar o PL 1178/19; as Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de
Defesa dos Direitos do Consumidor, e de Finanças, Orçamento e Planejamento,
para reunião conjunta a ser realizada hoje, um minuto após o término da
anterior, para apreciar o PL 1212/19; e as Comissões de Constituição, Justiça e
Redação, Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da
Participação e das Questões Sociais, e de Finanças, Orçamento e Planejamento,
para reunião conjunta a ser realizada hoje, um minuto após o término da
anterior, para apreciar o PL 311/20.
30 - WELLINGTON MOURA
Para comunicação, relata acordo com a deputada Professora Bebel
Lula, para ambos apresentarem requerimentos de urgência a projetos, na próxima
semana.
31 - PROFESSORA BEBEL LULA
Para comunicação, informa que acatara o proposto pelo
deputado Wellington Moura, mas como excepcionalidade.
32 - GIL DINIZ
Para comunicação, informa sua intenção de discutir a
totalidade dos projetos pautados.
33 - DOUGLAS GARCIA
Solicita a suspensão da sessão por 25 minutos.
34 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido e suspende a sessão às 19h02min.
35 - CARLÃO PIGNATARI
Assume a Presidência e reabre a sessão às 19h29min. Convoca,
em nome da Presidência efetiva, sessão extraordinária a ser realizada hoje, 10
minutos após o término desta sessão. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária do dia 28/10, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra sessão
extraordinária a ser realizada hoje, 10 minutos após o término desta sessão.
Encerra a sessão.
*
* *
- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
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* *
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS -
REPUBLICANOS -
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos
trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da ata da sessão anterior e
recebe o expediente.
Passamos aos nossos trabalhos com o nosso Pequeno
Expediente, já convidando para fazer uso da palavra o nobre deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato.
(Pausa.) Deputado Ricardo Mellão. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa.
(Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado
Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada,
Sr. Presidente. Cumprimento V. Exa., todos os colegas presentes, os
funcionários da Casa, as pessoas que nos acompanham pela Rede Alesp.
Noticio que hoje nós vamos votar um projeto que eu considero
muito importante do governo, que é da isenção de ICMS sobre os medicamentos que
tratam a AME, atrofia medular espinal, que acomete crianças no Brasil.
Geralmente são situações familiares dramáticas porque os medicamentos são muito
caros. É praticamente impossível adquirir esses medicamentos de maneira
isolada. Em regra, as pessoas fazem campanhas.
Então eu entendo que esta Casa vai colaborar muito aprovando
o projeto rapidamente. Semana passada, houve o Colégio de Líderes.
Deliberou-se, por unanimidade, aprovar esse projeto, para que as famílias que
já sofrem com essa doença rara tenham pelo menos uma ajuda na aquisição desse
medicamento caríssimo. Então essa é uma notícia boa. Tudo indica que aprovaremos
também, a depender do nosso presidente, muitos projetos na noite de hoje. Ô,
pressão psicológica sobre o presidente!
Eu queria também noticiar que ontem, na parte da manhã, eu
visitei o Icesp, que é o Instituto do Câncer do
Estado de São Paulo. Fiquei muito impactada com a seriedade do trabalho, com o
número de pessoas atendidas. Essa visita permite constatar para muito além dos
relatórios, porque às vezes a gente recebe um ofício, um relatório: “Tantas
pessoas são tratadas, tantas pessoas fazem rádio, tantas pessoas fazem quimio”. É diferente ver aquelas pessoas ali em
atendimento.
Então é um trabalho sério, trabalho de ponta, digno de todo
e qualquer hospital privado. O grupo de médicos professores universitários,
praticamente todos ligados à Universidade de São Paulo, está muito preocupado
com a queda na previsão de verba para os trabalhos do Icesp
para 2021. Eles tiveram uma redução de mais de 50 milhões quando comparamos a
LOA que veio para 2021 com a LOA anterior, que nós votamos para o ano de agora,
2020.
Os professores que me receberam - aliás, agradeço a
receptividade - explicaram que, em virtude da pandemia, muitas pessoas não
procuraram atendimento. Ao não procurarem atendimento, os seus tumores se
agravaram, o tratamento acabou atrasando. Isso vai gerar, vamos dizer assim, um
“boom” de doentes em situação mais grave, o que faria necessário, na verdade,
um aumento dos recursos destinados ao Instituto do Câncer do Estado de São
Paulo. No lugar desse aumento, houve uma redução drástica. Drástica!
Para os senhores terem uma ideia: eles estavam se
programando para receberem 7.500 novos pacientes em 2021. Eu digo “novos”
porque o câncer demanda um tratamento longo. Então, não só os que vão chegar,
eles têm que manter os que estão em tratamento, fazendo quimio,
fazendo rádio; aqueles que fizeram cirurgias, que estão fazendo fisioterapia.
Eles hoje já atendem 46 mil pessoas de maneira permanente.
Eles queriam atender mais 7.500; se nós aprovarmos a LOA conforme ela chegou,
eles terão que reduzir para 2 mil pessoas em 2021. Então isso vai ter um
impacto enorme, inclusive no sistema de Saúde, porque essas pessoas procurarão
atendimento em outros lugares. Muitas não conseguirão. Muitas falecerão. Muitas
terão o seu quadro agravado e, quando conseguirem tratamento, o tratamento é
mais custoso.
Então é muito importante que esta Casa olhe com um olhar
diferente pelo Instituto do Câncer. Eu sempre tenho insistido para que tenhamos
um olhar diferente - sem prejuízo das outras áreas, que são importantes -, para
a seara da Saúde. Como já venho fazendo com outros colegas, ontem apoiei
publicamente a emenda apresentada pelo colega Alex de Madureira para, pelo
menos, recompor o orçamento anterior para o Instituto do Câncer.
Eu entendo verdadeiramente que, no lugar de todo mundo
apresentar emendas iguais ou parecidas, é importante a gente começar a formar
rede. Então, fica o meu apoio reiterado à emenda do colega, mas principalmente
o meu pedido, para todos os colegas, da base, da oposição, independentes, indecisos,
que olhem para esse trabalho importante para a população não só de São Paulo,
porque nós recebemos pacientes de outros estados da Federação também, e todos
têm um tratamento de alto nível.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS -
REPUBLICANOS -
Obrigado, deputada. Apenas para colaborar com V. Exa., falar dessa doença, da
importância de nós ajudarmos mais os hospitais, os
centros de atendimento. Neste último final de semana, nós perdemos o nosso
jovem presidente municipal do Republicanos aqui em São Paulo, Marcos Alcântara,
um jovem de 44 anos que foi diagnosticado com um tumor no estômago. Em menos de
seis meses, foi ceifada a vida dele. Ele faleceu no último domingo.
É um problema muito sério. Nós temos que realmente nos preocupar
e ajudar essas pessoas que ajudam tanta gente e conseguem, sim, com o seu
trabalho, salvar muitas vidas. Então quero lamentar a perda do Marcos
Alcântara, um jovem sonhador que trouxe dinâmica ao partido. Sonhou, construiu
uma candidatura forte, uma chapa forte aqui em São Paulo, mas não conseguiu
chegar até o final. No último domingo, aos 44 anos de idade, veio a falecer.
Mas vamos tocar a vida.
Com a palavra, deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.)
Com a palavra, deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.)
Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.
A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Eu lamento
fazer, e é uma comunicação mesmo, que é o fato que nós temos tido muitas
dificuldades de relacionamento com o secretário da Educação. Embora
aparentemente uma pessoa afável, mas muito difícil na lida, porque, se por
acaso a gente entra na Justiça, fica bravo - que é direito de qualquer
trabalhador se discorda. Se tenta negociar e não consegue, tem que ver os meios
representativos, que representem.
Não contente com isso, nós tivemos uma reunião virtual e ele
desligou o aparelho, por uma pergunta de outro, que não fora a minha, mas de um
outro companheiro que é de oposição, o Moacir, médico. Eu até conversei com o
Moacir, e ele, de certa maneira, não gostou da pergunta e desligou, e se voltou
contra mim ao invés de responder da onde vinha a
pergunta. Bateu, desligou o aplicativo e ligou no meu celular, dando pito
mesmo. Dando pito!
Eu não aceito esse
tipo de coisa. Eu subi até a tribuna e denunciei esse tipo de coisa, que eu não
aceito. Ele foi à Justiça e está me protestando por danos morais - quando a
danificada fui eu - em 60 mil reais. Vamos à luta. Eu sou dessa: vamos à luta.
Vamos lá, vamos tocar a vida. Mas isso, para mim, desculpe, é falta de política
e democracia.
Depois disso, sentei com ele. Não me tocou sobre a ação. Ele
esteve na Assembleia. Não toquei porque não misturo. Uma coisa é lá na Apeoesp,
outra coisa é aqui na Assembleia. Não toquei. Ele não tocou no assunto, e está
aí a ação. Mas é lamentável, é autoritarismo. A gente vê, por exemplo, lá no
Chile, a possibilidade de reescrever a Constituição, anti-Pinochet,
e a postura do secretário da Educação Rossieli:
autoritário, misógino e machista.
Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS -
REPUBLICANOS -
Muito obrigado, Sra. Deputada. Com a palavra o deputado Carlos Giannazi.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, primeiramente quero manifestar o
meu total apoio à deputada Bebel.
É um absurdo esse comportamento
execrável e patético do secretário Rossieli Weintraub. Como disse V. Exa., extremamente autoritário e
temendo crítica, porque ele está muito ocupado. Acho que ele não quis conversar
muito com vocês porque está muito ocupado em defender os interesses das escolas
particulares de elite, para que haja a volta às aulas, mas conte com o nosso
total apoio, deputada Bebel.
Sr. Presidente, por falar em governo deplorável, não posso
deixar de fazer mais uma denúncia contra mais um ataque do governo Doria à
Pesquisa e à Ciência. Não contente em atacar a Fapesp através do PL 529... Ele
não conseguiu, porque houve uma ampla mobilização das universidades, de
cientistas e de pessoas ligadas ao setor universitário de São Paulo, das
entidades representativas, da comunidade acadêmica. Ele teve que recuar em
relação às universidades e à Fapesp.
Mas, não contente, ele não sabe o que faz para retirar
recursos das áreas sociais, da Ciência, da Tecnologia, da Educação e da Saúde.
Então ele resolveu aplicar a Emenda nº 93, que criou a famosa DRE,
Desvinculação das Receitas do Estado e dos municípios, que nunca foi utilizada
no estado de São Paulo. Ela já existe desde 2016 e não foi aplicada, e não pode
ser aplicada na Educação nem na Saúde. A lei é muito clara. A Fapesp tem a ver
com a Educação. Ela vai afetar as universidades, vai dar na mesma. E ele vai
aplicar. Ele está confiscando
da Fapesp. Não conseguiu via 529, mas agora ele tenta confiscar os recursos da
Fapesp. Ele retira do Orçamento 454 milhões de reais. Com isso, ele vai
prejudicar muitas pesquisas em andamento, sobretudo pesquisas relacionadas ao
coronavírus. Pesquisas em várias áreas, mas tem muitas pesquisas em andamento
na área da Saúde.
É um absurdo que o governador, que tanto fala em nome da
Ciência, da Pesquisa, que vai se guiar pelas orientações da Organização Mundial
da Saúde, dos cientistas, dos sanitaristas, enfim, da Ciência, no Orçamento
ataque justamente uma área estratégica para o desenvolvimento do estado de São
Paulo. A Fapesp é instituída por lei. Um por cento do Orçamento é para o
financiamento da Pesquisa no estado de São Paulo. É uma conquista do estado de
São Paulo.
O estado de São Paulo só é o que é hoje por conta das nossas
três universidades e da Fapesp, porque nós temos um parque industrial, um
parque tecnológico. Todo o avanço que São Paulo tem ele deve, sobretudo, às
nossas três universidades públicas - a Unicamp, a USP, a Unesp -, e também às Etecs e Fatecs e à Fapesp, que
financia uma boa parte da pesquisa realizada nas universidades estaduais.
Ele ataca novamente. Já apresentei novamente uma emenda,
fazendo uma recomposição não só desse valor, mas aumentando ainda mais a
dotação orçamentária para a pesquisa no estado de São Paulo.
Só para concluir, já existe uma decisão do Supremo Tribunal
Federal contra o corte de recursos na área da Pesquisa no Rio de Janeiro. Esse
embate já foi feito no Rio de Janeiro. O Supremo decidiu que é proibido, que o
governo não pode retirar dinheiro da Ciência, da Pesquisa e da Educação. Então,
por conta disso, já ingressei com uma representação no Ministério Público.
Peço apoio aos deputados e deputadas para que não permitam
isso, para que votem nas nossas emendas. Eu apresentei emenda, mas creio que
vários deputados e deputadas apresentaram também, porque isso é uma aberração,
é uma afronta à pesquisa e à ciência do estado de São Paulo, porque o
governador vem fazendo isso no Orçamento. Sorrateiramente, ele vem retirando
recursos do Orçamento.
Na Saúde, ele está reduzindo o orçamento em 800 milhões de
reais, que ficam fora do Sistema Único de Saúde em plena pandemia. São Paulo já
com 45 mil pessoas mortas, e o governador retira 800 milhões do investimento do
SUS, do Sistema Único de Saúde. Um verdadeiro absurdo.
Então peço apoio aos deputados e deputadas para que votem
nas nossas emendas. Não só na minha, sei que tem outras emendas que foram
apresentadas, para que haja recomposição desse valor que o governador,
criminosamente, tenta cortar da pesquisa e da ciência do estado de São Paulo.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS -
REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado. Com a palavra o deputado Coronel Telhada.
O SR. CORONEL TELHADA - PP - Srs. Deputados, Sr. Presidente,
todos que nos assistem pela Rede Alesp, quero saudar
o soldado Monteiro, em nome de quem saúdo a assessoria policial militar.
Iniciando a fala no dia 27 de outubro de 2020, quero saudar
as cidades aniversariantes, que são várias. Começando por Bom Sucesso de
Itararé, Marapoama, Macedônia, Mairinque, Torre de Pedra, Holambra, Santa Maria
da Serra e Taquarivaí. Um abraço a todos os amigos e
amigas que moram nesses municípios.
Saudar também o dia 27 de outubro como o Dia do Engenheiro
Agrícola. É uma profissão muito importante, que tem a ver com a alimentação e
tem a ver com a ecologia. Um abraço a todos que trabalham nessa missão tão
importante, não só para o País como para a vida humana também.
Infelizmente, temos a lamentar a morte de um policial civil
aqui em São Paulo, que foi morto no domingo à noite. É o policial civil Jorge
Queiroz, 58 anos, que estava no estabelecimento e, quando saiu do
estabelecimento, foi abordado por dois criminosos que efetuaram disparos contra
esse policial.
Parece que o policial tentou reagir ao roubo. Tem que reagir
mesmo, porque o policial que não reagir a roubo hoje é morto de toda maneira.
Basta o criminoso identificá-lo como policial, o marginal identificar como
policial, e esse policial será executado. Infelizmente essa é a triste
realidade.
Esse policial foi morto nessa ocorrência. É um policial bem
quisto na Polícia Civil, policial civil Jorge Queiroz, 58 anos. Ele era chefe
de investigadores no 30º DP, no Tatuapé. Então, um abraço a todos os amigos da
Polícia Civil. Os nossos sentimentos à família do policial Jorge Queiroz. Que
esses criminosos logo sejam presos para que paguem pelo que fizeram a esse pai
de família, a esse homem que lutava pelo bem da cidade e do estado de São
Paulo.
Na Bahia, infelizmente, tivemos a morte de mais um policial
militar: o subtenente da Polícia Militar Isaque Cerqueira. O subtenente Isaque
Cerqueira era regente da Banda da Polícia Militar da Bahia. Ele também estava
no estabelecimento quando criminosos entraram no local e renderam todos os
presentes.
A mesma coisa: o policial tentou reagir, porque, naquela
situação, se os criminosos identificam um policial, ele será morto com certeza.
Ele tentou reagir e acabou sendo morto pelos criminosos que se encontravam no
local. Como eu disse, ele era regente e é mais um policial militar morto por
ser policial militar.
Os dois aqui, tanto o policial militar da Bahia como o
policial civil de São Paulo, acabaram sendo mortos simplesmente por serem
policiais. Esta é a realidade que vivemos não só em São Paulo, mas em todo o
Brasil, resultado de uma lei fraca que valoriza o crime e engessa as polícias.
É necessário mudarmos com urgência para que tenhamos paz social, senão não
teremos paz de maneira alguma.
Quero aqui mais uma vez lembrar que, neste final de semana,
estivemos em visitas a vários municípios, visitando alguns amigos que são
candidatos. Estivemos em Capela do Alto, visitando o nosso amigo Paulinho do
Povo; estivemos em Cesário Lange, visitando o Marquinho do Grêmio; estivemos em
Paranapanema também, com o nosso candidato a prefeito que é o Rodolfo Fanganiello; e finalmente em Itapeva, onde estivemos com a
Vanda Cerdeira também.
Em todos esses municípios, eu tenho recebido muitas
solicitações quanto à Segurança Pública, muito problema com relação à Segurança
Pública, falta de efetivo. Eu disse ontem, em reunião com o vice-governador
Rodrigo Garcia, que a situação vai piorar. Ano que vem teremos um deficit muito grande de efetivo da Polícia Militar, da
Polícia Civil, da Polícia Técnico-científica, da Secretaria de Administração Penitenciária.
É necessário darmos posse a todos que estão aguardando
posse, que passaram no concurso e estão aguardando para tomarem posse. Sr.
Governador, dê posse a essas pessoas, porque o estado necessita desse serviço.
E abra também os concursos que estão suspensos. Por quê? Porque, sem esses
concursos, os efetivos das polícias carecerão e muito de pessoas para
trabalharem no combate ao crime.
É urgente a necessidade de reabrirmos os concursos e darmos
posse aos aprovados nos concursos públicos, tanto na Secretaria de Segurança
Pública quanto na Secretaria de Administração Penitenciária. Se assim não for,
eu repito mais uma vez aqui, teremos um caos na Segurança Pública no ano
vindouro, e estarei aqui cobrando isso.
Até solicito à nossa assessoria parlamentar que encaminhe
minhas palavras ao Sr. Governador de São Paulo João Doria e ao Sr.
vice-Governador Rodrigo Garcia, para que reabram os concursos públicos para as
polícias e para a administração penitenciária, bem como venham a dar posse a
todos os aprovados.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Telhada. Com a
palavra o deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.)
Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Maurici.
(Pausa.)
Passamos à lista suplementar, convidando o deputado Delegado
Olim. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.)
Deputado Enio Lula Tatto.
(Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputada Carla
Morando. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado
Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid.
(Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Castello Branco.
O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Nobres
ouvintes da Rede Alesp de comunicação, população de
São Paulo, mais uma vez o deputado Castello Branco vem ao plenário apresentar
irregularidades descabidas, incoerências do atual governo. Vejamos: agora o
problema da vez é o fim da gratuidade do Bom Prato. Vamos aqui recordar do que
estamos falando.
Com os restaurantes fechados devido à pandemia de Covid-19,
a refeição é entregue através de marmitas. O governo de São Paulo prorrogou a
gratuidade do programa Bom Prato para pessoas em situação de rua e baixa-renda
até o final de setembro. Durante a pandemia, o estado ofereceu refeições
gratuitas para moradores de rua e para os restaurantes do Bom Prato. A rede de
restaurantes oferecia, por exemplo, o seu café da manhã a 50 centavos, e almoço
e jantar a 1 real.
Atualmente, como curiosidade para você que nos assiste na
Rede Alesp, o estado possui 59 unidades de Bom Prato
espalhadas pelo estado de São Paulo. Para ficar dispensado do pagamento, o
usuário deveria estar devidamente cadastrado em um programa da prefeitura
mediante a apresentação de um cartão. Agora a prefeitura declara fim da
gratuidade das refeições do programa Bom Prato, mais uma maldade.
O benefício terminou sem maiores explicações, mesmo com a
alta demanda da população e em um momento crítico da vida pessoal e profissional
de muitos paulistas, sendo que alimentação é um direito da pessoa e deve ser
assegurado pelo Estado, como preconiza a Constituição. Por conta do fim da
gratuidade, o Ministério Público e a Defensoria Pública entraram com ação
contra o Governo do Estado, pedindo retorno da gratuidade do programa Bom
Prato.
Em manifestação junto aos autos, o governador disse à
Justiça que, com o aumento da circulação das pessoas nas ruas em decorrência da
flexibilização das regras de confinamento, os moradores de rua já têm condições
- isso é uma piada, né? - de pagar por sua própria comida. Aí está, o morador
de rua já pode pagar a comida, diz governador de São Paulo sobre o fim do prato
grátis. Uma vergonha essa declaração descabida.
A declaração foi feita pelo estado para justificar o fim da
gratuidade das refeições do programa Bom Prato, medida adotada no auge da
pandemia, mas que foi encerrada, como disse há pouco, dia 30 de setembro. É
evidente que os moradores de rua voltaram a angariar doações em dinheiro, alimentos
e outras modalidades de apoio.
A gratuidade do programa foi implementada por conta da
pandemia, e a pandemia não acabou. Aí de novo aquele discurso esquizofrênico,
disléxico: o governo diz uma coisa e faz outra, faz uma coisa e diz outra, e
suspendeu o programa alegando baixa demanda. Acho que é porque ele não sai do
gabinete, não tira o traseiro da cadeira e não vai andar na rua para ver a
demanda.
Além de não ter diminuído a demanda, aumentou a demanda, por
razões óbvias da crise econômica. Vejamos: de forma gratuita foram fornecidas
450 mil refeições na rede Bom Prato, de julho a setembro, e agora ele diz que
não precisa mais. A Justiça determinou na quinta-feira, 22 de outubro, que o
governo volte a oferecer essas refeições gratuitas a moradores de rua, sob pena
de multa diária de dez mil reais. Espero que se cumpra.
Por sua vez, o governador aumentou consideravelmente as suas
verbas de publicidade, propaganda, marketing institucional. Para isso tem
recurso, para alimentar população faminta e miserável não tem. Agora, para isso
ele aumentou em 74% e terá direito de gastar a bagatela de 53 milhões em 2021
apenas com propaganda. Dá para acreditar?
Muito bem, menos dinheiro para propaganda institucional e
por favor, governador, mais dinheiro para a refeição daqueles que mais
precisam. Está aqui a nossa mensagem de hoje, alertando e informando a
população de São Paulo sobre o que é bom e o que é ruim. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Com a palavra o
deputado Douglas Garcia.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado,
Sr. Presidente. Quero aqui cumprimentar todos os deputados
presentes. Sr. Presidente, saiu uma matéria no jornal “O Globo” que diz o
seguinte: “STF pode debater restrições a quem não se vacinar, em vez de
imunização obrigatória”.
A matéria diz o seguinte:
“Uma solução intermediária está sendo cogitada
no Supremo Tribunal Federal para resolver a polêmica sobre a obrigatoriedade da
vacinação contra a Covid-19. Um dos ministros deve propor, em plenário, que
tomar a vacina seja opcional. No entanto, quem não quiser ser imunizado ficaria
sujeito a uma série de restrições - não poderia, por exemplo, realizar viagens
nacionais e internacionais em transportes públicos ou entrar em
estabelecimentos comerciais”.
A minha mensagem aqui é
diretamente à população brasileira, ao povo brasileiro. Essa luta que estamos
travando não é uma luta contra a vacina. Aqueles que dizem que estamos
repetindo a Revolta da Vacina não passam de canalhas. Aqueles que estão
repetindo isso são pessoas baixas, são pessoas que não tem caráter nenhum.
O que estamos promovendo
é a revolta daqueles que não aguentam mais ter um estado querendo dizer aquilo que
você tem que fazer, aquilo que você não tem que fazer, um estado que se
respalda em absolutamente nenhum costume, nenhuma tradição, desrespeitando o
direito de escolha do cidadão.
A minha mensagem à
população do estado de São Paulo, à população brasileira, é de que se revoltem,
sim, mas se revoltem contra esse governador João Doria, que quer impor a sua
vontade sobre o cidadão. Revoltem-se, sim, mas se revoltem contra aqueles que
estão hoje constituídos em instituições, tentando desmoralizá-las, tentando
acabar com a democracia, tirando o seu direito de livre escolha.
População brasileira, eu
convoco todos, agora, no dia 1º de novembro, a irmos às ruas contra a
obrigatoriedade da vacina. Não apenas contra a obrigatoriedade da vacina, mas
pelo seu direito de escolher, seu direito a ser livre, seu direito a não ser um
escravo do sistema, seu direito a poder defender a sua liberdade de expressão,
sua liberdade de ir e vir, porque tudo isso nos foi tirado durante este ano de
2020 paulatinamente, mandando, inclusive, prender as pessoas que se colocavam
contra esse sistema corrupto e podre que infelizmente tomou as nossas
instituições.
E quantas vezes fomos às
ruas para defender essas liberdades e fomos acusados de ditatoriais, de
antidemocráticos. Não! O que estamos fazendo agora é um movimento
cívico-democrático, tomando as ruas a partir do dia 1º de novembro para
derrubar uma “juristocracia” que quer impor a sua
vontade sobre 240 milhões de pessoas.
Essa mesma “juristocracia” não teve um voto sequer do cidadão que
acorda às cinco horas da manhã, vai trabalhar e passa o dia inteiro
trabalhando, se matando e não tem sequer o direito de escolher se quer se
vacinar, se não quer se vacinar, se quer ir às ruas, se quer ficar em casa, se
quer usar máscara, se não quer usar máscara.
As pessoas têm o direito
de escolher, o cidadão tem o direito de ser livre. Não é um traíra de calças
apertadas que vai dizer aquilo que você tem que fazer. Não são 11 deuses de
toga que vão dizer aquilo que você tem que fazer. O cidadão deve ser livre e é
por essa liberdade que tomaremos as ruas.
Povo brasileiro, não
pense que os poderes constituídos da República irão lutar contra o sistema
podre e corrupto que hoje existe para tentar defender a população. Eles não
vão! Eles são contra vocês! Eles são contra. E é por defender a democracia que
precisamos ir às ruas, é por defender a nossa liberdade que precisamos ir às
ruas.
Àqueles que têm medo,
faço aqui como Gideão: os covardes e medrosos voltem, porque precisamos, agora,
nas ruas, somente daqueles que irão enfrentar o sistema, irão defender a
democracia, irão defender o seu direito de escolha, irão se contrapor à “vachina” do João Doria, irão se contrapor às vontades de um
ditador tirano e cruel que quer transformar este estado de São Paulo na sua
monarquia.
Não, João Doria, não
vamos permitir. Dia 1º de novembro será o início da derrocada desse governador,
e vamos mostrar isso nas ruas e das ruas não sairemos. Da mesma forma que
derrubamos Dilma Rousseff, vamos derrubar João Doria também. Vamos defender o
nosso direito de escolha também. Vamos lutar por isso também.
*
* *
- Assume a Presidência o
Sr. Castello Branco.
*
* *
Eu convoco toda a
população do estado de São Paulo a tomar as ruas em verde e amarelo contra a obrigatoriedade
do que quer que seja, obrigatoriedade da “vachina”,
obrigatoriedade de tentar fazer com que a sua vida, cidadão, seja regrada por
aqueles que não têm moral nenhuma para tentar dizer aquilo que você deve fazer
e aquilo que você não deve fazer. Não têm! São pessoas que, todo o santo dia,
estão soltando bandidos, estão soltando ladrões, estão passando a mão na cabeça
daqueles que eles chamam de “vítimas da sociedade” e querem dizer o que é
melhor para você.
Não entendo e jamais
entenderei que aqueles que hoje estão trabalhando contra o próprio povo, contra
a população, querem o melhor para a população. Não querem! Estão pouco se
lixando para a população, mas nós, como defensores da liberdade, estaremos nas
ruas para lutar contra a obrigatoriedade da vacina. Não contra a vacina em si,
mas contra a obrigatoriedade da vacina. Vamos lutar também pelo nosso direito
de escolha.
É agora ou nunca. É agora
que a população precisará tomar as ruas contra essa tirania que se estabeleceu
não apenas no Governo do Estado de São Paulo, mas que agora sobe a Brasília em
algumas instituições, antidemocraticamente ameaçando o povo a fazer aquilo que
é contra a vontade do povo. Não é um, não são dois, não são três casos
isolados. Somos milhões de brasileiros que iremos nos posicionar contra essa
tirania que está tentando nos calar e nos jogar no mais baixo grau, no mais
baixo nível de mediocridade. Vamos lutar pelo nosso Brasil e pela nossa
liberdade até o fim.
Muito obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Muito obrigado, nobre
deputado Douglas Garcia. Na sequência da lista suplementar, o próximo orador
inscrito é o nobre deputado Conte Lopes. Vossa Excelência tem o tempo
regulamentar de cinco minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PP - Sr. Presidente, Sras. Deputadas,
Srs. Deputados, acompanhando os debates desta Casa, vi que o deputado Gil Diniz
ontem falava que a deputada Janaina não está apoiando a candidata Joice, mas
está apoiando o candidato Andrea Matarazzo, pela competência dele. E realmente:
fui vereador com o Andrea Matarazzo e é um homem muito competente, que se
preparou a vida inteira para ser prefeito.
Lançou-se candidato em
2016, mas acabou sendo queimado pelo Geraldo Alckmin e pelo Bruno Covas, que
lançaram o Doria. E eu dizia lá na Câmara Municipal - porque estava apoiando o
nome do Andrea Matarazzo - que tirar candidatos do bolso do colete é um
problema. Alguns já tiraram, alguns já tiraram. O Maluf tirou, quando escolheu
o Pitta; o Quércia, quando escolheu o Fleury; o próprio Lula, quando escolheu a
Dilma. E acabaram se machucando. E o Geraldo se machucou rapidinho, não é?
Rapidinho o Geraldo Alckmin se machucou.
Então, a situação é esta:
a pessoa apoia quem quer apoiar, quem tiver vontade de apoiar. Não resta a
menor dúvida. Eu vejo até uns candidatos que apresentam os seus apoios. Vejo o
Russomano, que tem
o apoio do Bolsonaro. Vejo também o Jilmar Tatto com
apoio do Lula. Só o Bruno Covas não apresentou o apoio, até agora, de João
Doria.
Hoje o Russomano estava
cobrando pela televisão: “Cadê? Fugiu o governador de São Paulo?”. A gente não
tem nada contra ninguém, a gente só está cobrando. O que vai acontecer? Estão
achando que já ganharam a eleição? Não é assim. Eleição se ganha no dia. Essa é
a grande verdade. Então, obviamente, vamos ver o que vai acontecer.
Vejo a polícia ser
desprestigiada. É duro a gente levar o nome do PSDB na polícia. É difícil. É
Dia do Funcionalismo Público, é difícil. É muito difícil você levar o nome do
PSDB. Daí o professor Giannazi pode dizer isso aí, da dificuldade
que existe. Ninguém quer saber. Por quê? Porque não cumpre palavra, não
cumpre o que promete. Pelo contrário, faz de tudo o contrário.
“A Polícia vai ser a mais bem paga do Brasil”. Cadê a Polícia? Nos
chamaram lá para dar 5% de aumento. Ligou o secretário. “Vamos lá, vai ser
agora”. A gente vai esperando um aumento bom para a Polícia, e deram cinco por
cento.
O Doria, no mesmo dia do aumento de 5 por cento, já abre o discurso falando isso. “Olha, nós estamos aqui no
Palácio lotado de policiais...”. Você escolhe aonde você vai. “Nós vamos
aqui, eu já vou dizendo, eu sou contra a reeleição”.
Então, obviamente, naquele primeiro um minuto que ele falou, ele já
falou que era candidato a presidente da República. Então, ele não está tão
preocupado em governar São Paulo, ele está preocupado em ser presidente da
República. Da mesma forma ele fez conosco na Câmara Municipal, quando, no
primeiro dia em que ele assumiu como prefeito, já começou a fazer a campanha
Cidade Limpa, não sei o quê, fazendo a campanha para governador do estado.
Aqui ele perdeu por um milhão de votos para o Márcio França. Conseguiu
ganhar no interior. Talvez ele dê trabalho nesse sentido. “Em São Paulo
eu vou mal, perco em São Paulo; o Bruno Covas perde em São Paulo, mas eu
ganho no resto do Brasil”. Mas não é sempre assim, o Doria vai ter
carreira curta, de dois anos. E eu acompanhei e apoiei, eu posso falar.
No primeiro comício do Doria, lá em São Miguel, eu estava lá. Gostei até
da colocação dele, porque eu costumo andar atrás dos candidatos, porque eu
arrumo meus votinhos ali. Então, ele entrava no bar. Quando eu entrava em
seguida, o povão dizia: “Olha, esse aí é o gestor. Não é político, é gestor”. E
ele foi aí, nessa de gestor, e foi bem. Se elegeu.
Ganhou no primeiro turno, mas chegou lá e já
“pumba!”, esqueceu de todo mundo. Esqueceu de todo mundo, até
de nós, outros, que usamos o que a gente tinha para apoiá-lo. A única
coisa que ele
fez foi mandar todo mundo embora quando assumiu. Então, mais ou menos, assim,
quem o apoiou ele mandou embora. Então, infelizmente é assim. Agora vamos
aguardar o que vai acontecer.
Então, não é bem assim não. Está certa a deputada Janaina. O Andrea
Matarazzo é um grande candidato, não resta a menor dúvida. A gente segue também
o presidente da República, Bolsonaro, que é um capitão do Exército, como
eu, e também tem aí seus interesses por São Paulo, porque, querendo ou não, é o
terceiro Orçamento do Brasil.
Então, vamos aguardar os acontecimentos, mas, para quem está achando que
a eleição está ganha no dia 15, é bom parar para pensar, porque quem tem 20 por
cento; para chegar a 50% tem que pular muito,
principalmente sendo governo. Quando você é oposição, você pode dar um pulo,
igual a Erundina ganhou de nós. A Erundina nos venceu na eleição do Paulo
Maluf no último dia, mas ela era oposição. Então, fica aí a nossa colocação.
O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO -
PSL - Muito obrigado, nobre deputado Conte Lopes.
Próximo orador inscrito na lista suplementar do Pequeno Expediente do dia 27 de
outubro de 2020, nobre deputado do Partido Novo, Ricardo Mellão.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Pela ordem, Sr. Presidente.
Vossa Excelência me concede o tempo de dois minutos para uma comunicação?
O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO -
PSL - É regimental.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - PARA COMUNICAÇÃO - Muito
obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, eu havia indicado ao
Governo do Estado a criação de um comitê para combate às aglomerações que
acontecem na Cracolândia, porque foi
um escândalo logo no início da pandemia, que o Governo do Estado não
ligou para absolutamente nada do que acontece na Cracolândia.
Então eu enviei essa indicação, e o Governo do Estado me respondeu dizendo que já existe um grupo de
trabalho, chefiado pelo Sr. Coronel da Reserva da PM, o Sr. Alvaro
Batista Camilo, secretário executivo da Polícia Militar, para esse fim. Ou
seja, já existe um grupo do Governo do Estado, chefiado pelo coronel aqui, para
esse fim, de combate às aglomerações na Cracolândia.
Então eu enviei outro requerimento de informações, porque o Governo do
Estado é assim. Ele não responde às perguntas de forma detalhada,
você tem que enviar uma pergunta dentro de outra pergunta, dentro de outra
pergunta, dentro de outra pergunta, porque o João Doria, eu não sei o porquê,
gosta de esconder as coisas.
Perguntei quais são os planos, os projetos que esse
comitê tem para combater, de fato, as aglomerações que acontecem na Cracolândia, e ele me respondeu que, de acordo com uma
determinada lei, existe uma descentralização político-administrativa com
respeito à territorialidade. Ou seja, seria competência do município. Portanto,
em respeito à legislação vigente, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento
Social não possui serviço de intervenção na região denominada Cracolândia.
Então, eu pergunto ao Governo do Estado: vocês têm um grupo específico
para cuidar contra as aglomerações da Cracolândia,
mas não existe projeto. Por quê? Porque não é competência do governo,
é do município. Esse comitê existe para quê? Para que, deputado Ricardo Mellão?
Nós temos um comitê no Governo do Estado que serve contra as aglomerações, que
ele colocou para esse fim.
Depois eu pergunto para que, o que eles estão trabalhando, quais são os
projetos, não pode. Por quê? Porque a competência é do município. Eu não
consigo entender. Então quer dizer o quê? Eu só espero que não tenha 50, 100
servidores lotados nesse comitê, porque é um comitê lá sem fazer nada, não pode
criar projeto.
Questiono aqui publicamente os senhores secretários - para concluir, Sr.
Ricardo Mellão -, tanto o secretário de Desenvolvimento Social como o
secretário de Segurança Pública, para que respondam à Assembleia de São Paulo
para que esse comitê existe. Já que o governo Doria é inútil para tudo, que
pelo menos consiga responder a uma pergunta objetivamente.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO -
PSL - Com a palavra o nobre deputado Ricardo Mellão.
O SR. RICARDO MELLÃO - NOVO - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado,
presidente Castello Branco, tenho a honra de ser presidido por você hoje,
grande deputado Castello Branco, aos demais deputados aqui, servidores da Casa.
Bom,
gente, quando eu subi a última vez aqui na tribuna para falar sobre o PL 529
disfarçado de reforma administrativa, como nós tínhamos apontado aqui
claramente... Era uma reforma, um enxugamento previsto, bastante tímido, que
acabou depois sendo mais tímido ainda em virtude das negociações que sucederam.
No fim, como nós ressaltamos aqui diversas vezes, aquilo era um aumento de
impostos disfarçado, não declarado.
Não se
teve coragem de assumir aqui aquilo que se queria fazer. Aliás, muito pelo
contrário. Até o presente momento continua negando que haverá aumento de
impostos no estado de São Paulo. Isso em tweets, isso em entrevistas para rádio
e televisão. Inclusive disse que aqueles que tinham dito que o projeto era, na
verdade, aumento de impostos estavam espalhando fake news.
E aí, por
uma questão de transparência e para mostrar claramente aqui que ocorreu
exatamente aquilo que nós havíamos previsto, eu faço questão de trazer a esta
tribuna no dia de hoje o Decreto nº 65.253, de 15 de outubro de 2020. Ali no
decreto, muito difícil, por sinal, para leigos, pessoas que não são tão
familiarizadas com o direito, com a linguagem jurídica, de entender - aliás,
creio que até de forma proposital -, ele fala, no Art. 2º, se você for no
Inciso I, ele mostra ali, ele acrescenta o Parágrafo Único ao Art. nº 53-A do
regulamento de imposto de ICMS, que introduz as alíquotas para esse imposto.
Ele
claramente fala, introduz nesse artigo um parágrafo único dizendo que a
alíquota prevista nesse artigo fica sujeita a um complemento de 2,4 por cento,
ou seja, passando as operações internas do caput a terem uma carga tributária
de 9,4 por cento. E depois ali, na Alínea “d”, no sétimo, ele fala da alíquota
prevista nesse artigo e também aumenta em 1,3% as alíquotas ali presentes, que
estavam em 12% e passam a ter 13,3 por cento. Ou seja, claramente aumento de
impostos.
Mas eu
faço questão de trazer aqui a esta tribuna todos os produtos que foram
impactados com esse decreto, onde, sim, houve aumento da alíquota. Ou
seja, houve aumento de impostos do ICMS. Aqui elenco produtos. Alimentos:
ave, coelho, gado bovino, suíno, caprino, ovino e produto comestível resultante
de seu abate em estado natural, resfriado ou congelado. Ou
seja, aumento de impostos. Passou de 12 para 13,30, e isso por enquanto.
Está ali
naquele projeto que foi aprovado aqui, um verdadeiro cheque em branco para quanto ele quiser essas alíquotas
que estavam estipuladas abaixo de 18 por cento. Você tem farinha de trigo
também.
Na construção civil, quem sonha com a casa própria, agora
provavelmente vai ficar mais cara. Cresceu a alíquota também para pedra e
areia, ferros e aço, (Inaudível.), armações de ferro, arames, grades e redes,
armações para lajes, grampos, pregos e argamassa, blocos de concreto, chapas
onduladas, calhas e cumeeiras, tanques, pias e lavatórios, e bens, assentos
móveis, suportes elásticos para camas e colchões.
E produtos farmacêuticos também. Dizia-se que não ia
aumentar impostos sobre remédios, aquela coisa toda. Você tem aqui, para
produtos farmacêuticos em geral, um aumento também nas seringas descartáveis,
soluções de glicose, solução de cloreto de sódio, solução glicofisiológica,
solução de ringer manitol, diálise peridural, água para injeção, bicarbonato de
sódio, cloreto de potássio, fosfato de potássio, sulfato de magnésio, fosfato
monossódico, glicerina. Tudo isso previsto nesse decreto.
Também tivemos alíquota de 7% para 9,44 por cento, um
aumento para preservativos, porque subiu também o imposto de preservativos, e
ovos, tanto o ovo integral pasteurizado quanto a embalagem para ovo in natura.
Ou seja, claramente aqui aquilo que tínhamos falado já começou a ocorrer.
Aumento de impostos na veia, para a população que passará certamente a pagar
mais caro por esses produtos.
Ou seja, toda a conta dessa crise econômica, gerada devido a
essa pandemia, ficará a cargo da população. A população pagará por ela. A
grande verdade é essa. Enquanto nós não tivermos reduções e cortes de gastos no
Governo do Estado, e uma proposta muito tímida aqui nesse sentido, esse valor
para suprir esse deficit que foi anunciado será pago
por você, cidadão, porque está aqui a prova de que ele fez exatamente aquilo
que a gente disse que ele, nesta tribuna, ia fazer: aumentar impostos.
Muito obrigado, presidente.
O SR. PRESIDENTE -
CASTELLO BRANCO - PSL - Muito obrigado, nobre deputado Ricardo Mellão, pelas suas
colocações. Agora, na lista suplementar, nobre deputado Carlos Giannazi.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Castello
Branco, deputados e deputadas. Deputado Castello Branco, é inacreditável como o
governo Doria, através da Secretaria Estadual de Educação e através de seu
secretário, Rossieli “Weintraub”,
ataca covardemente os agentes de organização escolar da rede estadual. É um
ataque em cima do outro.
Teve a questão da não renovação, Sr. Presidente, da não remoção, que eu já denunciei aqui. O golpe
da remoção, a farsa da remoção, publicada recentemente na Portaria nº 8 da
Secretaria de Educação, que, na prática, joga a remoção dos agentes de
organização escolar, em plena pandemia, para 2022, porque a data-base da
remoção vai ser no dia 5 de novembro de 2021, mas, no final do ano. Então, na
prática, só em 2022, ou seja, os servidores do quadro de apoio escolar vão
ficar três anos sem o concurso de remoção.
Isso já é grave. Ao mesmo tempo, o governo não chama os
aprovados no concurso. Olha a gravidade da situação. Ao mesmo tempo, nós temos
um deficit enorme de servidores. Vagas, Sr. Presidente, que não são
preenchidas através do concurso público. Algumas são preenchidas através do
contrato, esse contrato emergencial que, inclusive, nós aprovamos aqui a
contragosto, porque nós queremos a chamada pelo concurso público.
Nós defendemos que o ingresso no serviço público tem que ser
feito através do concurso. É uma questão de princípio para nós, como reza a
própria Constituição Federal, e a Estadual também. No entanto, do ponto de
vista emergencial, para que as escolas não ficassem abandonadas, nós aprovamos um
projeto renovando por mais um ano o contrato desses agentes de organização
escolar.
Agora nós recebemos a notícia - aliás, várias reclamações e
várias denúncias, de várias partes do estado - de que o governo dá mais um
golpe nos agentes de organização escolar, impedindo a renovação dos contratos
dos servidores que estão no grupo de risco, Sr. Presidente. É inacreditável que, em plena pandemia, em uma
situação que nós estamos vivendo, como esta, o
governo massacre os seus próprios servidores. Despreza, ataca a dignidade
humana desses servidores.
Ou seja, esses servidores estão tendo os seus contratos
cancelados, na verdade, porque são grupo de risco. Isso é um absurdo total. O
governo tem que ser processado pelo Ministério do Trabalho, pelo Ministério
Público. É um ataque, repito, covarde e desumano à dignidade humana desses
servidores e dessas servidoras.
Nós vamos tomar as providências aqui, acionando o Ministério
Público, o Tribunal de Contas, porque nós não podemos admitir esse ataque, Sr. Presidente, a servidores
estratégicos e importantes para o funcionamento das nossas escolas. Em um
momento de pandemia como este, o governo abandona esses servidores, não
renovando os contratos dessas pessoas. É um absurdo em cima de um outro
absurdo.
Eu já fiz várias denúncias em relação a esses ataques aos
agentes de organização escolar e ao quadro do apoio escolar, que é um setor supermarginalizado pelo governo, que tem um dos piores,
talvez o pior salário. O salário de um agente de organização escolar gira em
torno de um salário mínimo, essa é a verdade. Uma carga excessiva de trabalho,
desvio de função, Sr. Presidente,
e, no entanto, agora o governo faz mais esse ataque. A farsa da remoção, que eu
já denunciei aqui, depois aquela remoção compulsória que o governo anunciou, e
agora a não renovação.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Conte Lopes.
*
* *
Sr. Presidente, então nós vamos tomar medidas
imediatas em relação a isso, acionando o Ministério Público e o Ministério
Público do Trabalho contra esse ataque, porque o governo não pode abandonar os
trabalhadores nessa situação. Trabalhadores e trabalhadoras, sendo que muitos
deles já foram aprovados no concurso e estão esperando a chamada.
Então, é inadmissível que o governo se comporte de uma forma
tão nefasta e perversa contra os servidores do quadro de apoio escolar, em
especial contra os agentes de organização escolar. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CONTE
LOPES - PP - Encerrado o Pequeno Expediente, passamos ao Grande Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
*
* *
O SR. PRESIDENTE - CONTE
LOPES - PP - Primeiro orador inscrito, deputado Ricardo Mellão. (Pausa.)
Segundo deputado inscrito, nobre deputado Castello Branco. Está com a palavra
pelo prazo regimental de dez minutos.
O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Abrindo o Grande Expediente no dia
de hoje, a piada do dia para a população paulista é o Twitter do Sr. Governador
João Doria. Ele diz: “O presidente Bolsonaro segue sendo um desinformado. São
Paulo não fez e não fará nenhum aumento de impostos”. Piada, não é? “Fizemos,
sim, a reforma administrativa que ele, Bolsonaro, não teve a coragem de fazer
no plano federal”.
Mentira, mentira e mentira. O Projeto de lei nº 529, que nós
combatemos aqui durante dois meses, aumenta, sim, impostos. E só não aumentou
mais graças a 43 deputados que bravamente lutaram aqui. Nós colocamos um limite
ao governador do estado de São Paulo João Doria.
Os impostos estão sendo aumentados, sim, através de vários
decretos e vão causar impacto na sua vida a partir de 15 de janeiro de 2021. No
auge do verão, na calada da noite, quando você estiver curtindo as suas férias,
o preço médio da cesta básica vai aumentar em apenas 20 por cento. Os itens
básicos irão aumentar, material de construção civil vai aumentar, combustível
vai aumentar, e uma lista de outros produtos e serviços irão aumentar, piorando
o seu nível e qualidade de vida e piorando o seu custo de vida. Isso é fato.
Portanto, o discurso aqui não procede com a realidade. Nós
temos apresentado aqui diversos estudos técnicos realizados pela nossa
assessoria jurídica e tributária, e esses estudos têm demonstrado, sim, que
esses impostos já estão aumentando, haja vista que recentemente apontamos aqui
os decretos, inclusive, que o governador está efetivamente aumentando.
A técnica tem a nossa apresentação dos impostos. Então,
senão vejamos. Olha só, mais impostos para a sociedade. Com a publicação da Lei
nº 17.293, deste ano, que autorizou o Poder Executivo a renovar ou reduzir os
benefícios fiscais do ICMS, está aí, olha, um monte de decreto que ele já
baixou aumentando imposto. E ele tem a cara de pau de vir dizer aqui que não
aumentou.
Quer dizer, deixa eu respirar, para não ser deselegante.
Houve, sim, uma majoração de alíquotas do ICMS que limita o prazo dos
benefícios fiscais de uma série de produtos da cesta básica, da alimentação da
população. Haverá, sim, aumento, na carne de ave, na carne bovina, na suína, na
carne de carneiros e bodes, no ovo, na farinha de trigo, no medicamento
genérico, no etanol, na escova de dentes e nas telecomunicações, sejam elas
internet de banda larga ou TV a cabo.
Calçadistas se revoltam com decreto de Doria que aumenta o
ICMS no seu setor. Ajuste fiscal aumentou a alíquota do ICMS em até 34,28 por
cento. O governo paulista aumenta a alíquota do ICMS a partir de 2021. É o
Decreto nº 65.253. Como é que ele vem dizer, nobre deputado, no seu Twitter,
que não vai aumentar imposto? Ele pensa o quê? Só se ele estiver falando para
quem não sabe ler.
Os empresários calçadistas, por exemplo, entre muitos
setores que estão revoltados, como bares e restaurantes, como o setor de
combustíveis, como o setor de roupas, entre outros, reagiram com críticas e
prometeram buscar todos os meios possíveis para revogar o decreto assinado pelo
governador que aumenta as alíquotas de ICMS. Para você ter uma ideia, o aumento
faz com que o repasse seja de 3,5 para 4,3.
Olha, ele aumentou em tudo o que ele podia. O decreto
publicado, em 32 setores da economia paulista... Trinta e dois setores serão
afetados por esse maldito decreto do governador que foi votado por deputados
desta Casa - ganharam por um voto -, que é o Projeto de lei nº 529. É uma
bomba. Todos os setores estão entendendo. É uma bomba.
Por conta disso, a própria Federação das Indústrias de São
Paulo foi à Justiça contra a Lei que aumenta o ICMS e vai prejudicar muito a
matriz produtiva industrial. A indústria vai sofrer um impacto enorme. Eu acho
que ele quer fechar o estado, quer vender para a China, barato. Deve ser isso o
que ele quer.
Está aí, acho que eu descobri. Ele é um grande tecnocrata e
vai vender o nosso estado para a China. Aliás, eu estou preparando uma
apresentação muito boa sobre a República Popular da China, comunista,
ditatorial. Não tem liberdade de imprensa, não tem direito trabalhista; é para
essa China que ele está vendendo o estado de São Paulo.
Vamos lá. Segundo a ação movida pela Fiesp, é
inconstitucional o Legislativo delegar ao Executivo os poderes que lhe foram
dados. E é isso a jogada do 529. Qual foi a jogada: cheque em branco, através
desse projeto de lei, para que o governador possa, a hora que bem quiser,
aumentar os impostos, que são prerrogativa desta Assembleia Legislativa. Aliás,
uma das poucas que sobraram depois da Constituição de 88.
O produto interno bruto do estado de São Paulo já retornou
aos níveis anteriores à crise causada pela pandemia, e os dados de arrecadação
tributária do estado que estão sendo divulgados pelo Conselho Fazendário - que,
para quem não lembra, é o conselho de todas as secretarias da Fazenda dos 27
estados da União -, consolidam esse restabelecimento dos níveis de arrecadação,
destacando-se que em agosto e setembro de 2020 os valores já superaram os do
ano passado.
Ou seja, não existe a desculpa do governador de que os
resultados financeiros do estado pioraram. Este gigante que é o estado de São
Paulo já reagiu. Então, todas as justificativas dele não procedem. Muito bem,
está aqui. As informações divulgadas pelo Conselho Fazendário no boletim de
outubro de 2020 são os gráficos que mostram a recuperação rápida da economia,
principalmente no estado de São Paulo.
Nada justifica em um momento tão delicado, quando as
empresas estão fazendo um esforço gigantesco para sair da crise, essa brusca
elevação da carga tributária, ainda mais por um ato unilateral do Poder
Executivo, ou seja, um simples decreto que está aumentando os impostos através
do famigerado pacote da maldade, o Projeto de lei nº 529.
O que ele está fazendo agora: em conta-gotas, em doses
homeopáticas, ele vai, através de vários decretos de lei, aumentar os impostos.
Ele é esperto. Ele começa com alíquota pequena, você não vai sentindo, e ele
vai aumentando a carga tributária. Agora, para janeiro de 2021, já estamos, no
somatório da chamada matriz produtiva, com 20% de aumento.
Hoje pela manhã, o governador de São Paulo João Doria emitiu
uma nota para rebater as declarações do presidente sobre o aumento de impostos
no estado e chamou o seu adversário político de “desinformado”. É lamentável,
porque não é esta a realidade. E, em nota, o governador de São Paulo, João
Doria, negou que seu governo tenha feito ou fará aumento de tributo.
É uma vergonha ter dito isso. Está aí a lâmina do Twitter de
hoje, que descaradamente mostra como ele mente, sabe mentir e quer enganar a
população. Paulista, prepare o seu bolso, porque o custo de vida está
aumentando muito fortemente e, a partir de janeiro do ano que vem, muito mais.
Em breve estaremos aqui nesta tribuna trazendo para cá a realidade da venda do
estado de São Paulo para a China, uma vergonha, um perigo para o setor de
segurança nacional, para a nossa estratégia e para a nossa soberania.
Aos senhores, população de São Paulo, nosso carinho, nossa
atenção, e o nosso respeito, porque trabalhamos dia e noite, sete dias por
semana, para servir você, mantê-lo informado e defendê-lo do mal.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PP - Continuando a lista dos deputados inscritos no Grande
Expediente, deputado Itamar Borges. (Pausa.) Nobre deputado Tenente Coimbra.
(Pausa.) Nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Nobre
deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Nobre
deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Nobre
deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Nobre deputado
Sargento Neri. (Pausa.) Nobre deputado Maurici.
(Pausa.) Nobre deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.)
Nobre deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Nobre deputado Major Mecca. (Pausa.) Nobre deputado Sebastião Santos. (Pausa.)
Nobre deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Nobre deputada
Monica da Bancada Ativista. Vossa Excelência está com a palavra por dez
minutos.
A
SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Hoje eu vim prestar contas aos nossos
eleitores e comunicar que infelizmente o governador João Doria vetou, na
íntegra, o nosso projeto de saúde mental aos trabalhadores da Segurança
Pública. Policiais militares, policiais civis, agentes penitenciários,
trabalhadores da Fundação Casa que têm a sua saúde mental abalada por um
trabalho de alto risco, tenso, todos os dias, não encontram no serviço de
assistência à saúde pública assistência integral à sua saúde emocional.
A gente ouve diariamente esses
trabalhadores trazerem ao nosso mandato relatos de longas filas de espera e do
quanto a saúde emocional é um problema corriqueiro nesse trabalho que,
infelizmente, é um trabalho tenso, perigoso, que envolve inclusive todos os
seus familiares. Isso acontece justamente na semana em que a gente tem
conhecimento do novo Anuário da Segurança Pública Brasileiro.
O Anuário da Segurança Pública do
ano passado, que foi o que motivou o projeto, trazia dados sobre assassinatos
de policiais e de mortes por suicídio, e a gente viu que o suicídio mata mais
trabalhadores da Segurança Pública do que a letalidade. Portanto, se tornava
urgente e latente - ainda é, e nós vamos lutar pela derrubada desse veto - o
cuidado da saúde mental desses trabalhadores, dessas trabalhadoras, que também
pode impactar no seu trabalho na rua, no seu contato com a população e na
letalidade policial.
É um projeto de redução de danos, é
um projeto para salvar vidas, muito necessário. Mas este ano o Anuário da
Segurança Pública traz dados assustadores. Após o pacote anticrime - que muita
gente publicou que seria a salvação de um País que tem números de mortes de
guerra, de violência de guerra -, a gente assiste subir 7% o número de
homicídios e de mortes violentas no País.
A gente vê subir também o número da
letalidade policial. A gente vê também subir o número da violência contra a
mulher e de estupros. Dos estupros que ocorrem no Brasil, 58% das vítimas têm
menos de 13 anos. A gente está falando de violência sexual contra crianças.
Nesse contexto, torna-se urgente que a gente debata a falência do projeto de
Segurança Pública brasileiro.
O projeto de Segurança Pública
brasileiro é comprovadamente ineficiente porque não salva vidas. Ele mata os
seus trabalhadores, também não salva a vida da população. É um projeto violento
e de morte. Hoje a gente publicou nas nossas redes sociais um vídeo do
presidente Bolsonaro fazendo publicidade de um cursinho em que o professor
disse: “Eu entrava chacinando mães e bebês nas favelas”. É esse tipo de
formação que se oferece aos trabalhadores que deveriam cuidar de vidas neste
País.
Não dou aparte agora, que eu ainda
estou concluindo a minha ideia. Só um minuto, deputado. Esse é o tipo de
formação que a gente oferece. Diante de um número alarmante de vítimas, e a
maioria jovens negros, abaixo de 29 anos, moradores periféricos, negros, a
gente oferece mais armamento. E a gente vê que os dados também, e a ciência
também mostra, que quanto mais armamento para a população, quanto mais munição
disponível para a população, cresce proporcionalmente o número de mortes.
De novo eu vou chamar a atenção
sobre a morte de quem: primeiro, jovens negros, e, sobretudo, crianças
novamente. As crianças ficam suscetíveis a acidentes com as armas dos pais, com
as armas dentro de casa. E, nesse contexto, eu queria chamar a atenção a que a
gente fica discutindo punição, e ela é importante. A gente nunca se privou a
discutir punição, principalmente sobre crime contra a vida, que, no Brasil, não
é punido. Apenas 8% dos homicídios têm os seus assassinatos e os seus
assassinos desvendados e presos.
A maior parte das penitenciárias no
Brasil são ocupadas por assalto de pequeno mote e tráfico de drogas. Crime
contra a vida a gente nem chega a desvendar, porque não investe em inteligência
na Polícia. A Polícia brasileira é quase toda ostensiva, e é por isso que a
gente também vem discutindo aqui a importância do fortalecimento da Polícia
Civil.
Sem investigação, a gente não tem a
prisão dos mandantes, dos assassinos, dos estupradores, que é importante. Mas
está na hora de a gente começar a discutir o cuidado com a vítima. Prevenção ao
crime e cuidado com a vítima deveriam ser o centro das nossas formulações. Ao
contrário disso, o único encaminhamento que a gente tem é mais dor e mais
sofrimento para as vítimas.
Por isso, eu vou entrar em outro
tema aqui, que me preocupa bastante. A ministra Damares,
que diz defender as crianças, a infância e a juventude ainda não se pronunciou
sobre o fato de a cada oito minutos nós termos uma mulher vítima de violência
sexual, uma pessoa vítima de violência sexual, e que a maioria delas têm menos
de 13 anos. Então, nós estamos falando de estupro de criança.
Quando nós estamos falando de
estupro, o único encaminhamento do Ministério é dificultar o acesso ao aborto
legal. Inclusive tem um projeto de lei tramitando nesta Casa, que a gente está
obstruindo, que quer torturar as vítimas de violência sexual que vão ter acesso
ao aborto legal. Imagina essa criança, essa mulher, que já passou por um
momento de bastante dificuldade da sua vida, que foi um estupro, ainda ter
dificultado o acesso à interrupção da gestação.
O encaminhamento jamais deveria ser
sobre a vítima, a não ser se a gente estivesse falando de cuidado e de
reparação. Essas pessoas precisam de cuidado e de reparação. Elas já sofreram
violência. O que a gente precisa é de atendimento humanizado às mulheres e
crianças vítimas de abuso, vítimas de estupro, e é por isso que a gente está
escrevendo a aglutinativa a esse projeto, para tratar disso. Essas pessoas
precisam ser acolhidas no sistema de Saúde, e não expostas a uma tentativa de
dissuadi-las da decisão tão difícil de interrupção de gestação provocada por
uma violência sexual.
Nós vamos combater esse projeto aqui
na Assembleia Legislativa. A gente já está conversando com o autor, porque, se
depender da gente, não passa. E a gente também vai lutar pela derrubada do veto
do nosso projeto de assistência integral à saúde emocional dos trabalhadores da
Segurança Pública.
Segurança Pública é um assunto muito
sério, que o Brasil discute muito mal e porcamente. Deveria discutir. O
resultado da nossa insegurança, da ineficiência da nossa Segurança Pública tem
sido usado sistematicamente por governos populares, por políticos populistas e
autoritários, para justificar mais violência e mais ódio contra a população. O
resultado de uma polícia que não funciona é a militarização do nosso governo,
que também não está resolvendo o problema de insegurança.
Está na hora, e esse é um assunto
que a
gente leva muito a sério. O gabinete da Mandata Ativista, desde o início, tem
se aberto aos trabalhadores da Segurança, aos policiais militares e civis, aos
agentes penitenciários, aos policiais penais, aos trabalhadores da Fundação
Casa e às vítimas de violência urbana e da letalidade policial, para a gente
debater em conjunto.
*
* *
- Assume a Presidência o
Sr. Castello Branco.
*
* *
Esse projeto de lei foi
escrito a muitas mãos. A gente fez um grupo de trabalho que juntava todos esses
setores - vítimas, trabalhadores, cientistas políticos. Era um projeto
importante para entregar trabalhadores mais aptos para o serviço no dia a dia,
do contato com a população.
O governador João Doria,
que não tem nenhum apreço pela pauta, inclusive usa também como motivo
eleitoral, vetou esse projeto integralmente, assim como também reduz o
orçamento da Segurança Pública no Orçamento proposto este ano, assim como
também não tem nenhum plano para superar o deficit de
inteligência na polícia do estado de São Paulo, que é a Polícia Civil.
A gente sabe, nos
interiores - eu sou uma parlamentar do interior -, que as delegacias funcionam
mal e porcamente, com infiltração no teto, sem papel higiênico, sem computador,
sem internet, com funcionários emprestados das prefeituras municipais, porque
não tem concurso para contratação de trabalhadores há muitos anos.
Então a gente defende
essa pauta como ela tem que ser defendida, olhando na raiz dos problemas, que é
o projeto de Segurança Pública do País que faliu, não funciona e mata
trabalhadores e população. Está na hora de a gente começar a discutir isso
frente a frente, olho no olho e transparentemente, como essa pauta merece ser
debatida.
O
SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Muito obrigado, nobre
deputada Monica. Oradores inscritos no Grande Expediente, dando continuidade,
nobre deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Luiz Fernando Lula da Silva. (Pausa.)
Reinaldo Alguz. (Pausa.) Coronel Telhada. (Pausa.)
Nobre deputado Gil Diniz, V. Exa. tem o tempo regimental de dez minutos no
Grande Expediente. Muito obrigado, nobre deputada Monica da Bancada Ativista.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - SEM REVISÃO DO ORADOR -
Boa tarde, presidente, boa tarde deputados que participaram do Pequeno
Expediente. Boa tarde aos policiais militares, policiais civis desta Casa, a
todos os funcionários da Assembleia Legislativa e a quem nos acompanha pela Rede Alesp.
Presidente, a deputada
Monica colocou aqui alguns pontos. Vou tentar esclarecer em outro momento. Acho
que o mais urgente para o estado de São Paulo é o aumento de impostos, aumento
abusivo de impostos. Enquanto os deputados miram essa oposição no governo
federal, João Doria agradece.
João Doria ontem deu uma
entrevista e disse que não vai contratar mais policiais civis - por exemplo,
delegados, escrivão, agente -, porque há um, palavras dele, há um decreto do
presidente Bolsonaro que proíbe essas contratações. O governador falta com a
verdade. João Doria mente compulsivamente. Tem um nome para isso, deve ter uma
CID para essa doença, mas a gente pode rebatizar com a CID JD 171, por tanta
mentira.
Primeiro que não é
decreto, é lei. É uma lei federal. Acho que o governador não sabe a diferença
de uma lei para um decreto. Segundo que nessa lei, governador João Doria,
mentiroso compulsivo, há exceções, e esse campo da Segurança Pública é uma
exceção, tanto é que o governo federal está contratando policiais federais,
policiais rodoviários federais. Então pare de mentir.
O senhor fala que os
nossos policiais têm os melhores equipamentos, falou ontem especificamente da
Polícia Civil. Eu lhe convido a ir a um distrito policial, um DP na periferia
de São Paulo para conhecer ali as condições. Quem não viu as imagens do Denarc
na última chuva que deu aqui em São Paulo, aquela cachoeira caindo dentro do
departamento? Isso ali é uma realidade que os policiais enfrentam diariamente.
Vá lá registrar um
boletim de ocorrência em um DP você, cidadão, para você ver o que é falta de
efetivo, falta de condição de trabalho. Tente fazer isso. Esse senhor mente e
mente mais uma vez e faz a política da mentira aqui no estado de São Paulo.
Então vamos rebatizar essa CID, porque é impressionante.
Hoje o governador,
respondendo à crítica do presidente Bolsonaro - o presidente criticou o aumento
de impostos aqui em São Paulo, isso é um fato, não é brincadeira - rebateu no
Twitter. Olhe o que ele diz: “O presidente Bolsonaro segue sendo um
desinformado. São Paulo não fez e não fará nenhum aumento de imposto. Fizemos,
sim, a reforma administrativa, que ele, Bolsonaro, não teve coragem de fazer no
plano federal”.
Vejam só vocês a
canalhice do João Doria. O João Doria que ligou para o Paulo Guedes pedindo
para o Paulo Guedes abandonar o governo federal para minar o Bolsonaro. Fala a
verdade, o que ele quer é minar o Brasil, é acabar com o País, é acabar com a
economia nacional como ele está acabando com a economia no estado de São Paulo.
O governador fala que não
aumentou imposto, mas olha só, ele aumentou a alíquota do pãozinho, deputado
Castello Branco, como V. Exa. colocou aqui. Era 12% o ICMS do pãozinho. Você
aí, trabalhador, que acorda todo dia quatro e meia, cinco horas da manhã para
pegar um ônibus lotado e vai comer o seu pãozinho francês, tem mais imposto
agora, para o Doria mandar dinheiro para a China.
Olha outra coisa aqui que
aumentou, a carne. Aumentou o imposto da carne, proteína animal. Carne, ovo, a
mesma coisa, era 12%, 13,3% agora. O Castello Branco está me soprando aqui,
isso é só o começo. E vejam só, esse decreto veio para a Assembleia Legislativa
no mesmo dia que aquele famigerado Projeto 529 foi publicado no Diário Oficial,
no jogo de cartas marcadas.
Olhem outra coisa que
subiu aqui, etanol, diesel. Não fiz aqui a imagem, mas vou falar para você.
Sabe o que aumentou? Preservativo. Aumentou ICMS de preservativo. O governador
está ó... O povo de São Paulo até nisso. É
lamentável. Esse canalha do João Doria, mentiroso compulsivo, o dia inteiro
mentindo para você, trabalhador paulista.
Mas eu tenho que falar
que ele, em alguns itens, deputado Castello Branco, reduziu imposto. Agora vou
ter que reconhecer aqui, governador. O senhor reduziu imposto. No mesmo dia em
que ele aumentou o pãozinho, que ele aumentou a carne, que ele aumentou o
etanol, o ovo, a escova de dente, a dentadura da dona Maria. Você que vai
comprar dentadura agora, a dentadura vai estar mais cara. Aumentou o imposto da
sua dentadura.
Ele reduziu o imposto...
Ele reduziu não, atenção, trabalhador de São Paulo, ele isentou, isentou o ICMS
para mexilhão, marisco, ostra, berbigão e vieira. Frutos do mar, iguarias
gastronômicas. Esses frutos do mar que trabalhador come? Você aí que trabalha
no estado de São Paulo, no Brasil, você sabe o que é berbigão? Você sabe o que
é vieira? Procure aí, você vai encontrar vieira escalope. Nem sei se pronuncia
dessa maneira. O governador isentou.
Então, os apreciadores,
os degustadores de frutos do mar, de mexilhão, de marisco, de berbigão, de
vieira não pagarão impostos, não pagarão ICMS, mas você que come pãozinho, você
que compra um acém, uma carne de segunda... Cansei, Castello, de ir ao mercado
comprar ovo fiado para a minha mãe pagar no dia cinco ou para comprar carne
moída de segunda, aquela carne que vem cheia de gordura, mas que a gente
precisava comer. Vai estar mais caro.
Então, o canalha está
mentindo aí na cara larga, na cara dura. Ele não tem vergonha. É um embuste. É
um embuste, mas esta Casa, isso está no 529, tem 15 dias, desde o dia da
publicação, para avaliar e derrubar esse decreto. Art. 24, se esta Casa não se
pronunciar, o decreto é automaticamente “aprovado”. Então, nós temos até o dia
30, esses deputados que votaram a favor do 529, para se manifestar.
Então, eu convido aqui
todos os líderes partidários, convido aqui a deputada Janaina Paschoal,
deputado Barba, todos os deputados que subiram nesta tribuna, os deputados do
Republicanos, do PL, do PSD, a vir aqui aprovar, dar a sua chancela ou não,
porque isso está no corpo da lei. Isso está no Projeto 529.
A deputada Janaina
Paschoal veio a esta tribuna, leu e disse que era uma firula. Usou outras
palavras, mas que era uma firula do governador e do vice-governador colocar
esse item, porque ela sabe que, em 15 dias, esta Casa não conseguiria se
manifestar, mas consegue sim se tiver vontade. Se tiver força de vontade. E não
tem. Tem deputado aqui que aprova, sim, esse aumento de imposto, que é pelego
do governador, que está aqui fazendo peso morto, só para atrapalhar a sua vida,
cidadão de bem.
Então, enquanto nós
estivermos aqui, nós vamos combater o PSDB, que é um câncer para o estado de
São Paulo. Lembrem-se disso agora, no dia 15 de novembro, o que esse governador
tem feito, a humilhação que é para São Paulo aguentar mais uma vez o PSDB.
Então, PSDB, 45 nem no micro-ondas. O PSDB é um câncer para São Paulo, um
câncer para o Brasil. E tome vergonha, João Doria, seu mentiroso, canalha.
Muito obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Muito obrigado, nobre
deputado Gil Diniz. Dando sequência à lista de oradores inscritos no Grande
Expediente do dia 27 de outubro de 2020, terça-feira. O próximo orador inscrito
é a deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Teonilio
Barba Lula. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.)
Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Ed Thomas. (Pausa.) Deputada
Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputada Marta Costa.
(Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar.
(Pausa.)
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - PARA COMUNICAÇÃO - Hoje
nós vamos discutir aqui, espero que seja aprovado - acredito que vai ser
aprovado, porque veio do palácio do governador, o Palácio dos Bandeirantes -, a
isenção de ICMS para remédio da AME, atrofia muscular espinhal. É um dos
remédios ou é o remédio mais caro do mundo.
Em julho, eu fiz um
projeto solicitando a isenção para esse medicamento, orientado pelo governo
federal, que o isentou de IPI. O presidente Bolsonaro isentou de impostos
federais esse remédio, que é caríssimo e que pode e deve salvar centenas ou
milhares de vidas.
Obviamente, como é um
projeto do deputado Gil Diniz, um deputado bolsonarista,
jamais esse projeto seria pautado, jamais esse projeto seria aprovado aqui
nesta Casa por orgulho, por boicote, pelo tipo de política que nós sabemos que
é feita pelo governador do estado de São Paulo, mas esse projeto, hoje, tem o
meu voto.
Vou fazer o convencimento
dos pares que porventura estejam em dúvida. Acredito que vai ser unanimidade,
porque nós precisamos reduzir, acabar, extinguir esse tipo de imposto para o
povo paulista, principalmente quando se trata de medicação.
Eu não falei da tribuna,
mas deixo aqui registrado: o governo aumentou o imposto de remédio genérico. É
contraditório neste momento, e nós vamos fazer essa discussão no momento
oportuno, esta noite, na extraordinária, porque enquanto ele aumenta imposto de
remédio genérico, de remédio que está lá na ponta, na farmácia, onde nós vamos
comprar todo tipo de medicação, ele vai lá e reduz, neste momento, por pressão
das redes sociais, por pressão política também, esse que é o remédio mais caro
do mundo.
Então, mesmo vindo do
palácio, mesmo vindo do governador, nós temos que pensar nessas crianças que
podem ser salvas. Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Muito obrigado pela
intervenção, deputado Gil Diniz. Dando sequência à lista de oradores inscritos,
deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputada Dra. Damaris Moura. (Pausa.) Deputado
Conte Lopes. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Deputada Adriana Borgo. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato.
(Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.)
Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.)
Não havendo mais oradores
inscritos no plenário, está suspensa esta sessão do Grande Expediente do dia 27
de outubro de 2020, terça-feira, até as 18 horas e 30 minutos.
Está suspensa a sessão.
*
* *
- Suspensa às 16 horas e
04 minutos, a sessão é reaberta às 18 horas e 35 minutos, sob a Presidência do
Sr. Cauê Macris.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Reaberta a sessão, Ordem
do Dia.
*
* *
- Passa-se à
ORDEM DO DIA
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Há sobre a mesa
requerimento de não realização de sessão ordinária no dia 30 de outubro do
corrente ano, com o número regimental de assinaturas.
Em discussão. Não havendo
oradores inscritos, está encerrada a discussão.
O
SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr.
Presidente, esse...
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É a não realização de
sessão em relação ao feriado do Dia do Servidor Público. Em votação. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado.
Há sobre a mesa
requerimento de urgência ao Projeto de lei 391, de 2019, de autoria do nobre
deputado Vinícius Camarinha. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está
encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o
requerimento.
Há sobre a mesa
requerimento de urgência ao Projeto de lei 809, de 2019, de autoria do nobre
deputado Conte Lopes. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está
encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o
requerimento.
Há sobre a mesa
requerimento de urgência ao Projeto de lei 1086, de 2019, de autoria do nobre
deputado Jorge Caruso. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está
encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o
requerimento.
Há sobre a mesa
requerimento de urgência ao Projeto de lei 1178, de 2019, de autoria da
deputada Marta Costa. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está
encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o
requerimento.
Há sobre a mesa requerimento
de urgência do Projeto de lei no 1212, de 2019, de autoria do
deputado Alex de Madureira. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está
encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
O
SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado
Wellington Moura.
O
SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Peço a prorrogação dos
trabalhos por mais 30 minutos.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o pedido de
Vossa Excelência. Coloco em votação. Os favoráveis permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovada a prorrogação por 30 minutos dos nossos trabalhos.
Há sobre a mesa
requerimento de urgência do Projeto de lei no 311, de 2020, de
autoria do deputado Rodrigo Moraes. Em discussão. Não havendo oradores
inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
Suspendo a sessão por
três minutos.
*
* *
- Suspensa às 18 horas e
37 minutos, a sessão é reaberta às 18 horas e 43 minutos, sob a Presidência do
Sr. Cauê Macris.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - ... três minutos, para
que possa ser construído o entendimento, aqui, no último requerimento de
urgência.
*
* *
- Suspensa às 18 horas e
43 minutos, a sessão é reaberta às 18 horas e 45 minutos, sob a Presidência do
Sr. Cauê Macris.
*
* *
O
SR. CARLOS CEZAR - PSB - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, apenas para uma
comunicação. Foi pautado para o dia de hoje, primeiro, um congresso de
comissões para nós apreciarmos o Projeto de lei no 464, que trata da
isenção do ICMS sobre aquisição do remédio chamados Zolgensma.
Só para informar, Sr. Presidente, que nós já havíamos feito demandas como essa,
solicitadas através de requerimentos, inclusive pessoalmente, junto ao
governador, para falarmos desse medicamento, que é hoje o medicamento mais caro
do mundo.
Hoje, para se adquirir
esse medicamento, ele custa mais de mais de 11 milhões de reais; são dois
milhões de dólares. É um medicamento que a criança só pode tomar até os dois
anos de idade. Portanto, nós temos aí várias crianças que sofrem de AME, que é
atrofia muscular espinhal, que é uma doença que atinge todos os músculos do
corpo. Vai perdendo os movimentos, até mesmo a capacidade de respirar a criança
perde.
Se ela não tomar esse
medicamento até os dois anos de idade, ela não se salva. É uma corrida contra o
tempo. E eu quero aqui parabenizar o governador por enviar esse projeto a esta
Casa. Espero que nós possamos votar esse projeto ainda hoje, porque vai
beneficiar muitas crianças. Nós acreditamos, queremos crer que em breve o
Brasil possa produzir esse medicamento para ser oferecido pelo SUS, pelo
Sistema Único de Saúde, para que as crianças possam ser atendidas.
São cerca de 300 crianças
no Brasil que sofrem de atrofia muscular espinhal. Quero lembrar que nós apresentamos
aqui também um projeto de lei para que essa doença possa ser detectada no teste
do pezinho. Isso poderá possibilitar que os pais possam, mais cedo, conseguir
buscar a cura para os seus filhos. Nós esperamos efetivamente que, num breve
espaço de tempo, nós tenhamos também esse projeto aprovado e que, no dia de
hoje, nós possamos aprovar a isenção do ICMS para o medicamento Zolgensma.
Só de ICMS, Sr.
Presidente, custa cerca de dois milhões de reais. Então, será um avanço muito
grande, uma demonstração muito grande de sensibilidade desta Casa ao aprovarmos
esse projeto. Apenas isso.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Teonilio Barba.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para fazer um comunicado.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra V. Exa., e
depois já vou fazer a convocação dos congressos de comissões. Tem a palavra V.
Exa., deputado Barba.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente,
estava conversando um pouco com o deputado Wellington Moura sobre os caminhos,
como é que foi seguida essa lista de projetos, ok? Cada deputado que indicou a
prioridade foi em cada bancada e pediu apoiamento; ou
apoiamento para o projeto ou apoiamento
para pautar o projeto, né? Tem vários projetos a que eu sou contrário, mas fui
favorável a pautar o projeto.
Então, o que eu propus ao
deputado Wellington, para ver se a gente consegue, aqui, construir um acordo, é
exatamente isso. Falei: “Deputado Wellington, traga o seu projeto de ideologia
de gênero; eu e a Bebel, como líderes da Minoria, líderes da bancada, assinamos
favorável a pautar, mas nós somos contrários ao projeto. Na hora em que for
discutir o mérito, nós vamos obstruir o projeto, ok?”.
Então, é uma postura de
poder debater o projeto. E, se tiver votos suficientes, nos derrotem, porque a
vida é assim. É isso. Agora, entrar na pauta ou não, não sou eu que determino,
deputado Wellington. Está bom? Entrar na pauta é um critério em que você tem lá
um líder que está participando, que é o Gilmaci
Santos, que é vice-presidente da Mesa, que também ajudou a discutir os
critérios, ok? Só para deixar claro qual é a nossa posição.
O
SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Antes, porém, da
comunicação, peço, depois, ao deputado Arthur do Val, se puder colocar gravata
e o blazer. Para permanecer no plenário, é importante, por conta do nosso
Regimento.
Deputado Wellington
Moura.
O
SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente, quando a gente fala, aqui - respeitando a opinião do deputado Teonilio Barba -, em pautar - e do presidente -, eu
realmente acredito nisso. E esse projeto que proíbe a ideologia de gênero nas
escolas das redes públicas e de ensino privado está parado há quase um ano pela
presidente da Educação, que é do seu partido, que está na Comissão de Educação,
que é a deputada Professora Bebel.
Eu quero deixar claro
aqui para todos os deputados que eu tenho hombridade. E eu acho que isso a
gente carrega na nossa vida antes de entrarmos no Parlamento; aí, depois, a
gente tem que dar continuidade aqui dentro. Eu sei que o PT, a bancada da
esquerda será contrária a esse projeto.
Agora, o que eu não vejo
que seja uma atuação de qualquer presidente de qualquer comissão que faça aqui
parte é travar, com todo respeito, é [Expressão suprimida.] no projeto de
qualquer deputado, seja eu, que sou presidente da Finanças, seja qualquer outro
deputado. A gente não pode fazer isso.
Eu acho que é um desrespeito,
nesta Casa, a gente não deixar um projeto de qualquer outro deputado ser
pautado nas comissões, e é isso que infelizmente a deputada do seu partido, a
Professora Bebel, está fazendo em relação ao meu projeto. Por isso, quero
deixar claro aqui no plenário que o projeto da deputada Professora Bebel, não
será pautada a urgência dele enquanto também não for pautado o meu.
Eu vou ser justo: que
seja pautado o dela antes, mas que seja no mesmo dia, deputado Teonilio Barba. Agora, o que eu não vou admitir é que
qualquer deputado aqui trave projeto de outro deputado, em qualquer comissão;
que ele possa passar pela comissão ou possa ser comissão de urgência, como é o
que vai acontecer hoje. Mas, diante disso, eu deixo clara a minha insatisfação
à atitude de V. Exa., deputada Professora Bebel, que já vai falar logo em
seguida.
E protesto também contra
isso que acontece não só comigo, mas acontece também com outros deputados,
cujos projetos não são pautados. O deputado Daniel José falou aqui que o
projeto dele também está lá. E não tem quórum nessa comissão; esse que é o
problema, nem quórum tem. Não dá quórum, porque não tem nada que seja de tanta
relevância, às vezes, que projeto de deputado não é pautado. Então, é
inadmissível isso. Obrigado, Sr. Presidente.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra V. Exa.,
deputada.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Olha,
eu quero lamentar, presidente, deputado Wellington Moura, que o senhor tenha
dito isso. Porque, em função até dessas falácias de falta de quórum, falta de
reunião, eu fiz um estudo e eu comparei, ano a ano, as Comissões de Educação,
todas as que mais produziram em termos de ter projetos de deputados que por lá
passaram; e foi exatamente nesta gestão em que eu estou.
Então, eu não admito esse
tipo de coisa. O senhor pode ter o posicionamento que o senhor quiser. É
democrático, faz parte do jogo. Agora, não vamos usar inverdades, tá? E, para
falar de comportamento, eu também sei como é que eu passei na CPI das
Universidades. A minha fala foi cerceada por V. Exa. várias vezes, e quem
presidia a Mesa não era senão o senhor.
Eu, aliás, por
divergência... Cadê o Daniel José? Eu tenho divergência com o Daniel; eu poderia
ter emperrado. Eu não o fiz. Primeiro que, no dia em que pautou, preferi não
ir; depois, no dia em que eu estava em plenário, eu não fiz pedido de
verificação, exatamente para permitir que o debate fosse feito. E o do deputado é polêmico. Então, não é por polêmica; é porque estava
numa linha de distribuição que eu não posso passar na...
Está há mais de um ano. Mas o meu está há quantos anos também, há quanto
tempo está? Está há mais de um ano. Aliás, era outro, viu, deputado? Era um que
coincidia com o do senhor. Era “escola cidadã”; e o do senhor é para garantir -
como é que fala? -, ideologia de gênero. Eu corri até o deputado e falei: “eu
não acho correto fazer debate ideológico quando acho mais importante debater
alimentação escolar”. E fiz a troca, foi isso que fiz.
Então, esse é o meu esclarecimento. Muito obrigada.
A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA -
PSOL - Pela ordem, presidente. Queria pedir uma
comunicação.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
- Tem a palavra Vossa Excelência.
A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA -
PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigada. Eu estou sofrendo o
efeito colateral dessa discussão. Embora não esteja no centro, eu venho, eu
faço questão de vir ao microfone e responder.
O PSOL acredita que esta Casa poderia ser muito mais eficiente e
produtiva se todos os projetos... E a gente tem centenas deles ao pé de pauta,
que nunca serão votados, porque a gente tem o costume ruim, aqui, de negociar o
que vai ser votado. Diante disso, o presidente pediu para a gente sinalizar o
que a gente teria voto contrário ou obstrução, para ele organizar uma agenda
menos difícil nos próximos dias.
Nós sinalizamos, por transparência ao presidente, o que nós íamos
obstruir; nós vamos obstruir. Nós vamos votar contrário, porque nós somos contrários
e vamos continuar sendo. Infelizmente, o deputado Gilmaci
me chamou aqui de canto para dizer que, se a gente não votar o projeto dele,
não vai votar o projeto da deputada Erica Malunguinho
- nesses termos.
Eu quero explicitar aqui que o nosso posicionamento político não está em
negociação e não será negociado. Acho péssimo que tentem nos intimidar dessa
forma. Esse tipo de negociação não nos amedronta e também nos convida. A gente
não faz esse tipo de coisa. Os projetos a que a gente é contrário, a gente é
contrário ao mérito. Os nossos projetos, que a gente coloca na lista, assim
como outros tantos, é porque a gente acredita neles.
Então, na lisura, a gente vai esperar o tempo certo de tentar aprovar ou
rejeitar nossos projetos, ou tomar o veto, como eu tomei um veto esta semana,
num projeto que exigiu de mim uma articulação imensa nesta Casa durante os
últimos meses. Então, só quero dizer que esse tipo de convite não me cabe,
assim como também não assusta. A gente não muda de posição, e o que a gente vai
obstruir está sinalizado, a gente vai obstruir. O que a gente é contrário está
sinalizado; a gente é contrário e acabou.
O SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS
- Pela ordem, presidente. Peço a suspensão dos trabalhos por três
minutos, havendo acordo de lideranças.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
- Só, antes de suspender, eu já vou fazendo as convocações - porque acho
que é o tempo dos três minutos em que ficaria suspenso - dos demais
projetos.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, convocação. Nos termos do disposto no
Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento
Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e
Redação e Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje, às 19 horas e
um minuto, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o
Projeto de lei no 646, de 2020.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, convocação. Nos termos do disposto no
Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, parágrafo quinto, ambos
do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de Finanças,
Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje, um minuto após o término da
anterior, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto
de lei no 391, de 2019.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, convocação. Nos termos do disposto no
Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento
Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e
Redação; Transportes e Comunicação; e Finanças, Orçamento e Planejamento a
realizar-se hoje, um minuto após o término da anterior, no salão nobre da
Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei no 809,
de 2019.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, convocação. Nos termos do disposto no
Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento
Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e
Redação; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e Finanças, Orçamento e
Planejamento a realizar-se hoje, um minuto após o término da anterior, no salão
nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei no
1086, de 2019.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, convocação. Nos termos do disposto no
Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento
Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e
Redação; Segurança Pública e Assuntos Penitenciários; e Finanças, Orçamento e
Planejamento a realizar-se hoje, um minuto após o término da anterior, no salão
nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei no
1178, de 2019.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, convocação. Nos termos do disposto no
Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento
Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e
Redação; Defesa dos Direitos do Consumidor; e Finanças, Orçamento e
Planejamento a realizar-se hoje, um minuto após o término da anterior, no salão
nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei no
1212, de 2019.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, convocação. Nos termos do disposto no
Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento
Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e
Redação; Defesa dos Direitos das Pessoas Humanas; e Finanças, Orçamento e
Planejamento a realizar-se hoje, um minuto após o término da anterior, no salão
nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei no
311, de 2020.
Deputado Wellington.
O SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS
- Sr. Presidente, só para uma comunicação.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
- Tem a palavra Vossa Excelência.
O SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS
- PARA COMUNICAÇÃO - Conversei com a deputada Professora Bebel e ficamos
no acordo de, na próxima semana, ser votada a urgência do projeto dela. Vou,
nesse período, conseguir as assinaturas dos líderes para que o meu, junto com o
dela, seja colocado em urgência e votação, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
- Há sobre a mesa... A urgência. Então, neste momento, não deliberaremos a
urgência da deputada Bebel, é isso?
A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
- Tem a palavra Vossa Excelência.
A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT
- PARA COMUNICAÇÃO - Eu quero dizer o
seguinte: eu acatei isso, mas eu acho muito ruim. Eu acho que eu gostaria de
ter sido convencida, e não fui. Porque eu fui convencida pela deputada Janaina
Paschoal, que está com o dela distribuído. Ela sabe que está, está certo? E não
é uma questão de pessoa. Está com a deputada Valeria Bolsonaro.
Então, eu gostaria muito de ter sido convencida. Desse jeito, não.
Então, eu vou acatar, está certo? Porque as comissões não estão funcionando, e
V. Exa. sabe disso, desde a pandemia. Vossa Excelência sabe muito bem disso. O
método é esse; eu acato. Jogo desse jeito hoje. Mas, da próxima, não jogo, não.
Hoje eu jogo assim para poder colocar o de V. Exa. na urgência, o que não quer
dizer que eu vá concordar. Assim como o senhor não precisa concordar com o meu.
Ok?
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Pela ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
- Pela ordem, deputado.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Presidente, rapidamente, para tirar uma dúvida: estão convocadas duas
sessões extraordinárias?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
- Por enquanto, nenhuma convocada ainda.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Neste momento...
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
- Nós temos que fazer os congressos de comissões. Nós prorrogamos a sessão
até as 19 horas e 30 minutos para fazer os congressos de comissões. Depois de
feitos os congressos de comissões, aí sim, com os projetos prontos, eu posso
convocar as sessões extraordinárias.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - PARA
COMUNICAÇÃO - Tudo bem, presidente. Só para anunciar aos pares:
como eu não consigo fazer um encaminhamento, eu não consigo obstruir, não
consigo fazer verificação de presença nem verificação de votação, só gostaria
de me inscrever para discutir em todos os projetos que estiverem na pauta...
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
- Vossa Excelência precisa se inscrever aqui na lista de inscrição. Já
vou disponibilizar; assim que os projetos ficarem prontos, deixo a lista. Vossa
Excelência tem o direito, como parlamentar, de discutir os projetos.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Pela ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
- Pela ordem, deputado Douglas.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Havendo acordo de lideranças, solicito a suspensão dos trabalhos por 25
minutos.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB
- É regimental. Estão suspensos os nossos trabalhos por 25 minutos. Peço,
se todos os deputados puderem, de maneira ágil, correr ali para a gente
realizar os congressos de comissões o mais rápido possível. Já estão
convocados, e o tempo já está correndo. Estão suspensos os nossos trabalhos.
*
* *
- Suspensa às 19 horas e 02 minutos, a sessão é reaberta às 19 horas e
29 minutos, sob a Presidência do Sr. Carlão Pignatari.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI -
PSDB - Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do
Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a
realizar-se hoje, 10 minutos após o término da presente sessão, com a
finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:
Projeto de lei no 646, de 2020, de autoria do Sr. Governador,
que isenta do ICMS as operações de medicamentos direcionados ao tratamento de
atrofia muscular espinhal - AME.
Esgotado o tempo da presente sessão, esta Presidência, antes de dar por
encerrados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à
hora regimental, com a mesma Ordem do Dia, lembrando-os ainda da sessão
extraordinária a realizar-se hoje, 10 minutos após esta sessão.
Está encerrada a presente sessão.
*
* *
- Encerra-se a sessão às 19 horas e 30 minutos.
*
* *