29 DE OUTUBRO DE 2020

83ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA, CASTELLO BRANCO, JANAINA PASCHOAL e FREDERICO D'AVILA

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CASTELLO BRANCO

Assume a Presidência.

 

3 - CORONEL TELHADA

Informa sua participação em palestra sobre Segurança Pública, marcada para a tarde de hoje, em Peruíbe. Comenta o convite feito pelo candidato à prefeitura, deputado Arthur do Val, para elaboração de plano para a Segurança em São Paulo. Clama por valorização da Guarda Civil Metropolitana. Discorre sobre o número de agentes trabalhando na cidade. Defende o poder de polícia para a GCM e a criação de polícia comunitária. Pede mais união entre as forças policiais. Tece considerações sobre a importância de fiscalização nos pancadões, cemitérios, praças e hospitais.

 

4 - JANAINA PASCHOAL

Comenta sua participação em reunião com a Secretaria de Logística e Transportes e o Departamento de Estradas de Rodagem, para tratar da proibição de vendas de produtos não hortifrutigranjeiros nas estradas. Discorre sobre o projeto de lei, de autoria do deputado Sergio Victor, sobre o tema. Pede celeridade na tramitação da propositura. Comenta consulta pública realizada pela Artesp que, a seu ver, inviabiliza a livre iniciativa do transporte intermunicipal. Considera o impedimento de concorrência prejudicial à população. Pede apoio ao deputado Castello Branco. Convida para audiência pública, a ser realizada no dia 09/11, para debate sobre adoção. Informa que pretende apresentar projeto de lei nesta Casa acerca do tema.

 

5 - JANAINA PASCHOAL

Assume a Presidência.

 

6 - CASTELLO BRANCO

Critica o fechamento das Casas de Agricultura no estado. Apresenta slides sobre o trabalho realizado nas associações. Lembra compromisso com os trabalhadores rurais. Afirma que São Paulo é referência em extensão rural no Brasil. Reflete sobre a importância da manutenção das Casas. Defende a preservação e o fortalecimento do projeto. Pede para que o secretário de Agricultura e Abastecimento, Gustavo Junqueira, repense a ação.

 

7 - FREDERICO D'AVILA

Apresenta e comenta fotos de visita à estrada estadual SP-268, em setembro de 2019. Lamenta a falta de pavimentação e a condição de ponte. Alega que as reformas solicitadas ao Departamento de Estradas de Rodagem ainda não foram realizadas. Clama pela concessão da rodovia. Lista trechos de outras estradas em más condições. Pede mais respeito com os produtores rurais, que fazem uso dessas vias. Cobra providências do secretário de Transportes, Alexandre Baldy. Discorre sobre o possível aumento de impostos previsto na Lei 17.293/20.

 

8 - CASTELLO BRANCO

Lamenta a aprovação do PL 529/20. Comenta a publicação de decreto autorizando licitação internacional para exploração da área da Fundação Parque Zoológico. Questiona a interferência de empresas estrangeiras em biomas nacionais. Cita a inclusão da fazenda pertencente à fundação, em Araçoiaba da Serra, na licitação. Afirma que a fazenda serve como centro de estudos e produção de alimentos para os animais do Zoológico. Pede para que as pesquisas continuem sob responsabilidade do Estado.

 

9 - CASTELLO BRANCO

Assume a Presidência.

 

10 - FREDERICO D'AVILA

Discorre sobre o interesse da concessionária CCR em duplicar a rodovia SP-258. Tece críticas à Artesp e ao governo estadual. Propõe a instalação de CPI da Artesp. Comenta ocorrência em Itararé, na qual a empresa não realizou recuo necessário para entrada em conjunto habitacional. Alerta para acidentes devido a trevos em nível, em diferentes rodovias do estado.

 

11 - FREDERICO D'AVILA

Assume a Presidência.

 

12 - JANAINA PASCHOAL

Comenta o julgamento da Adin 5.668 no STF. Informa que o PSOL entrou com a ação, contestando o Plano Nacional de Educação, por não considerar que este trate satisfatoriamente do tema da discriminação de gênero e sexualidade. Esclarece que não se trata de ensino de ideologia de gênero. Ressalta que é contra todos os tipos de discriminação, os quais lista. Considera a ação exacerbada. Afirma que irá acompanhar o seu andamento. Reitera que os professores devem ser preparados para acolher todos os alunos. Diz estar preocupada com o direcionamento das crianças por docentes ativistas.

 

13 - CASTELLO BRANCO

Cumprimenta a nova governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr. Parabeniza a Assembleia Legislativa catarinense. Informa que o governador Carlos Moisés fora afastado por suspeita de improbidade administrativa.

 

14 - CASTELLO BRANCO

Assume a Presidência.

 

15 - FREDERICO D'AVILA

Comenta o centenário do ex-senador Nilo Coelho, do PDS de Pernambuco, comemorado no dia 02/11. Discorre sobre a trajetória política e elogia a atuação do ex-senador. Informa que a Rádio e TV Grande Rio irão prestar homenagens. Cita frase do político.

 

16 - FREDERICO D'AVILA

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

17 - PRESIDENTE CASTELLO BRANCO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 03/11, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Nesta data, 29 de outubro de 2.020, iniciamos o Pequeno Expediente com os seguintes oradores inscritos: deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Itamar Borges. (Pausa.) Delegado Olim. (Pausa.) Reinaldo Alguz. (Pausa.) Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Coronel Nishikawa. (Pausa.) Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Rodrigo Gambale. (Pausa.) Rodrigo Moraes. (Pausa.) Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Carla Morando. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.)

O senhor poderia assumir a Presidência, pode ser? Vou pedir ao deputado Castello Branco para assumir a Presidência dos trabalhos, para que eu faça uso da palavra. O próximo será a deputada Janaina Paschoal. Vou fazer como no quartel, anunciar um, prepara o próximo.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Castello Branco.

 

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O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL -  Orador inscrito para o Pequeno Expediente, nobre deputado Coronel Telhada. Vossa Excelência tem o tempo regulamentar.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Presidente. Sras. Deputadas, todos que nos assistem pela Rede Alesp. Quero saudar aqui a sargento Rebelo e o soldado Tiago, em nome de quem saúdo nossa assessoria policial militar.

Sr. Presidente, eu quero aqui informar que eu farei este discurso e em seguida me retirarei, com a devida licença do senhor e da senhora deputada. Estou me deslocando até a cidade de Peruíbe, onde vou participar de uma atividade política lá com um candidato nosso. Também participaremos de uma palestra, uma reunião sobre Segurança Pública. Vou visitar lá o Cristian.

As missões não param. A gente trabalha aqui, corre, mas faz o possível para estar presente nas sessões, a fim de desenvolver as atividades regimentais da Assembleia Legislativa. Hoje de manhã estive na Associação dos Sargentos e Subtenentes da Polícia Militar, em reunião, onde fui convidado pelo candidato à prefeitura de São Paulo, Arthur do Val, para fazer o plano de Segurança do governo dele.

Aceitei prontamente, porque eu tenho um carinho muito grande pela Guarda Municipal de São Paulo e pela população da cidade de São Paulo, que eu acho que merece uma guarda atuante e pronta. Não que ela não seja, com todo respeito a todos que passaram, mas sempre mais pronta, mais atuante. É necessária uma valorização da Guarda Municipal, não só em matéria de salários, mas em matéria de benefícios também para aqueles homens e mulheres.

Para os senhores e as senhoras terem uma ideia, desde que a Guarda Municipal foi fundada, em 1986/1987, o efetivo previsto à época, portanto, há quase 35 anos, há 34 anos, já era de 15 mil homens e mulheres. Até hoje não temos esse número. O máximo que chegou ao longo da história foram sete mil. Hoje nós temos 6.200, ou seja, praticamente um terço. Temos 6.200 na realidade, mas trabalhando mesmo, pelo que consta, são menos de cinco mil homens e mulheres, devido aos afastamentos.

Uma cidade pujante, e do tamanho de São Paulo, merece uma Guarda trabalhando forte pela sua população. E como trabalhar? No policiamento, porque agora nós temos a Lei 13.022, que havia sofrido uma Adin da Feneme. Essa Adin foi derrubada pelo STF, então, possivelmente a lei vai entrar em vigor. Entrando em vigor a Lei 13.022, onde é dado poder de polícia para as guardas municipais, nós teremos, portanto, a criação das polícias comunitárias, o que é uma realidade em todo mundo.

A polícia comunitária é uma realidade. E eu sou daquele tipo, sou agregador. Quanto mais, melhor. Quanto mais gente eu tiver para me ajudar a combater o crime, mais eu quero, porque não vou ficar brigando - Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Civil. Eu sou de agregar.

Quanto mais nós pudermos estar juntos - Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Civil, Polícia Técnico-Científica, Forças Armadas -, quanto mais juntos nós estivermos, melhor será para quem? Para a população.

Então eu tive algumas propostas, já conversei com o candidato. Nós estivemos também com o Ligieri, que é um candidato que eu apoio para vereador também aqui em São Paulo, e nós estivemos discutindo alguns assuntos.

Eu agradeço essa indicação porque eu sei da responsabilidade de alguém me indicar para um cargo desse, porque as pessoas têm medo de me pôr num cargo na Secretaria de Segurança Pública, seja municipal, seja estadual, porque sabem que eu trabalho forte e não dou mole para vagabundo. O meu negócio é trabalhar forte mesmo, ir buscar o ladrão na toca e, se ele vier errado, ele que sabe, mas não dar mole para vagabundo e valorizar a população.

Então, combater os malditos pancadões. Eu tenho uma lei nesta Casa, em coautoria com o Coronel Camilo, combatendo os pancadões, mas o problema perdura. Eu duvido que quem está nos assistindo aqui, principalmente o pessoal que mora mais na periferia, não tenha problema com os malditos pancadões sexta, sábado, domingo, feriado, infernizando a vida do cidadão, dos idosos, das crianças, dos trabalhadores. As pessoas não podem nem chegar em casa.

Então, eu entendo que, havendo uma comunhão das forças de Segurança, com uma Guarda Civil Municipal forte, nós teremos um combate mais eficaz, mais eficiente contra os pancadões. Também entendo que, no policiamento de cemitérios, praças públicas, próprios municipais, prontos-socorros municipais é necessária, sim, uma atuação da Guarda Civil Municipal. Por quê? Para que o cidadão se sinta protegido.

A Polícia Militar não dá conta do estado de São Paulo, com 45 milhões de pessoas, 645 municípios. Nós precisamos de guardas municipais prontas para a missão, capazes, atuando forte, com armamento forte, com equipamento e combatendo fortemente o crime. Para isso, nós já apresentamos algumas propostas, vamos esperar o tempo passar e ver o resultado disso.

Mas eu quero dizer a toda a população que possivelmente eu seja criticado: “você está como deputado, está com o candidato Arthur”. Eu estou à disposição da população de São Paulo. Eu estou à disposição, isso eu quero deixar bem claro, porque eu amo a Polícia Militar, amo a Guarda Civil Metropolitana, amo todos aqueles que trabalham em prol do nosso país, da nossa sociedade e pela paz social. E trabalho pela minha comunidade, que é o povo de São Paulo.

Então, tenho certeza de que estou pronto para o sacrifício e pronto para o trabalho. Então, contem comigo sempre. Eu me despeço aqui dizendo que estou indo para Peruíbe. Pessoal, daqui a pouco chegarei à cidade aí para que a gente possa participar da palestra. Muito obrigado, uma ótima tarde a todos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Muito obrigado, nobre Coronel Telhada. Próximos oradores inscritos: deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Nobre deputada Janaina Paschoal.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento V. Exa., o Coronel Telhada. Mande meu abraço para Peruíbe, Coronel. Como paulistana, fico feliz de ter notícia desse convite justo que V. Exa. recebe para coordenar a segurança na cidade de São Paulo. Fico muito feliz como cidadã paulistana. Boa viagem.

Bem, cumprimento a todos que nos acompanham também. Seguindo com os temas que eu trouxe à tribuna na data de ontem, queria noticiar que nesta manhã participei de uma reunião com a equipe da Sra. Secretária Priscila, da Secretaria de Logística, também com a equipe do DER, com a assessoria dos deputados Sergio Victor e Leticia Aguiar, ainda para tratar do tema das vendas em beira de estrada.

Nós tivemos oportunidade, nessa reunião, uma reunião um pouco mais técnica, de aprofundar as dificuldades que envolvem o tema. A equipe do DER e da Secretaria, ambas as equipes passaram alguns apontamentos referentes ao projeto de autoria do colega Sergio Victor em trâmite aqui na Casa.

Vou conversar com o colega, acredito que os seus assessores já estejam até em contato com ele sobre o resultado da nossa reunião, para que possamos, juntos, aprimorar o texto para pedir ao presidente desta Casa - e aqui já fica o pleito feito - para pautar esse projeto com urgência, para que as pessoas possam continuar trabalhando nas estradas do estado de São Paulo.

A única exigência que foi feita na reunião de hoje foi que ficasse explícito no projeto que bebidas alcoólicas de consumo imediato não poderão ser vendidas nessas barracas, nessas estações, e me parece um pleito mais do que justo. Para mim, é algo até implícito. Não se pode vender bebida para quem está dirigindo, para quem está na estrada, mas segurança nunca é demais. Vamos colocar de maneira clara no projeto, só quero conversar com o colega para definir qual será o meio desse ajuste no texto.

Na mesma reunião, tomei a liberdade de levar a essas duas equipes técnicas, tanto da Sra. Secretária como do DER, a preocupação de vários colegas aqui da Casa com essa consulta pública que a Artesp está fazendo para de alguma maneira, ao nosso sentir, inviabilizar a livre iniciativa, sobretudo no transporte intermunicipal.

Autorizada, falei na reunião em nome do deputado Carlos Cezar, que é o presidente da Comissão de Assuntos Metropolitanos, e já estamos com um ofício pronto para ser encaminhado em nome dos três deputados - no caso, Carlos Cezar como presidente da comissão e obviamente falando pela comissão; Sergio Victor, que foi quem levantou o problema na tribuna na terça-feira à noite; e no meu próprio nome, porque realmente entendo que todo tipo de impedimento à concorrência implica perda para a população.

Até já indago do presidente Castello Branco se quer integrar, se quer assinar conosco esse ofício, porque sei que a livre iniciativa também é uma preocupação dele. Essa pergunta pública não é para gerar constrangimento, é mais para trazer a força do colega para esse trabalho coletivo. Acho que todo tipo de pleito, de pauta, de iniciativa suprapartidária acaba ganhando maior força. Então, se quiser somar a força de V. Exa. à nossa, eu acredito que conseguiremos garantir melhor a livre concorrência no transporte no estado de São Paulo.

Pois bem, aproveito este minuto final para reiterar - e aí já começo a publicar nas minhas redes também - o convite para a audiência pública que ocorrerá na segunda-feira, às nove da manhã. Segunda-feira, não esta agora, que é dia de finados - que todos estejam bem na pátria espiritual -, mas na segunda-feira, dia 9 de novembro, às nove da manhã, haverá uma audiência pública.

Ontem até o Coronel Telhada riu, porque eu disse que será uma audiência pública fechada. Eu quero explicar o que eu quis dizer com uma audiência pública fechada. Será uma audiência pública porque todos aqueles que quiserem participar poderão entrar em contato com meu gabinete por telefone, por e-mail, para se inscreverem e terem direito à fala. Nesse sentido, a audiência é pública.

A audiência será pública porque todos poderão participar, independentemente de cargo, da maneira como tenham de alguma forma vivenciado o problema objeto da audiência. Porém, para que as pessoas se sintam seguras em falar, não transmitiremos a audiência pela Rede Alesp, então será uma audiência pública fechada apenas no que diz respeito à veiculação para o público em geral. Então, o convite: todos que de alguma forma puderem colaborar na discussão referente à adoção estão convidados a participar da audiência pública que ocorrerá no dia 9 de novembro, às nove da manhã.

É mais um trabalho da Frente Parlamentar pela Celeridade na Adoção de Bebês. Por óbvio, todos os deputados que integram a Frente estão convocados. Claro, é um convite, vamos dizer assim, firme. E os demais estão convidados a participarem, trazerem sua experiência, suas considerações, até porque eu quero, de verdade, apresentar um projeto sobre o tema nesta Casa e, quanto maior a discussão, quanto mais profunda e madura essa discussão, melhor será o projeto e os seus resultados.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Nobre deputada Janaina Paschoal, convido V. Exa. para assumir a Presidência.

 

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- Assume a Presidência a Sra. Janaina Paschoal.

 

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A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Seguindo a ordem dos oradores inscritos, eu chamo à tribuna a deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) O deputado Maurici. (Pausa.) O deputado Caio França. (Pausa.) O deputado Luiz Fernando da Silva. (Pausa.) O deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) O deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) O deputado Castello Branco.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Dia 29 de outubro de 2020, quinta-feira, Pequeno Expediente. A nossa fala hoje é sobre mais uma maldade, um equívoco do Governo do Estado de São Paulo, da gestão do governador João Agripino da Costa Doria Junior. Trata-se de fechar as Casas da Agricultura.

Eu sou de uma família que teve origem na agricultura, imigrantes italianos por parte de pai. Fez parte da minha pauta eleitoral, das minhas promessas de campanha o apoio ao pequeno produtor rural, e eu tenho uma grande estima pela área da Agricultura. Portanto, não posso me calar diante de uma situação como essa. Eu abro a minha fala com uma frase do economista Roberto Campos. “O bem que o Estado pode fazer é limitado; o mal, infinito. O que o Estado pode nos dar é sempre bem menos do que pode nos tirar.”

Com essa frase, eu começo a minha explanação dizendo que existe, no governo atual, a intenção de uma reforma no modelo de reestruturação administrativa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Essa reforma tem causado grande preocupação e apreensão, tanto no meio dos produtores rurais quanto dos técnicos e agricultores, mesmo antes de ela sair do papel. Está todo mundo apavorado com essa situação.

Eu venho aqui em respeito à representatividade que eu tenho de muitos pequenos produtores rurais. Muito bem, o governo paulista propõe digitalizar - o cara viaja na maionese, desculpe o chulo -, digitalizar a agricultura para o pequeno produtor, que não tem nem computador em casa, às vezes nem celular digital, tem aquele ainda analógico. O cara está fora da realidade, desconectado da realidade.

Ele quer substituir 594 Casas da Agricultura, que são tradicionais, que fazem parte do cenário paulista, que é um orgulho da agricultura nacional, por apenas 16 escritórios. Ou seja, ele quer tirar uma tradição que tem mais de 80 anos para fazer 16 escritórios de defesa agropecuária e 16 de desenvolvimento rural. Um estado que é maior que a Inglaterra, junto com a Irlanda, ele quer reduzir a esse cenário.

Aí está a reestruturação administrativa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O projeto de reestruturação de assistência técnica assustou os produtores, considerando que São Paulo, o estado, é uma referência nacional em extensão rural no Brasil. São Paulo tem cerca de 340 mil propriedades rurais, dados da Secretaria que faz o ITR. Oitenta por cento são pequenas propriedades, com menos de 50 hectares.

As tradicionais Casas da Agricultura, conhecidas como CATI, oferecem aos pequenos produtores rurais serviços administrativos, fiscais, consultoria, veterinária, tecnologia, um engenheiro agrônomo ou um técnico agrônomo que vai até a sua propriedade. A nossa pujança de agronegócio, a nossa pujança de agricultura vem muito desses 100 anos em que é feito esse trabalho. E tudo de graça, simplesmente para incentivar a produção no campo e a fixação do homem no campo.

Aqui estão, por exemplo, essas Coordenadorias de Assistência Técnica Integral, CATI. Atualmente elas são 330, em pleno funcionamento, e ele quer reduzir para 16. Segundo a Associação Paulista de Extensão Rural, os servidores têm sido informados, por meio de apresentações feitas pela própria secretaria, sobre a intenção de desativar os prédios usados pelas CATIs e pela defesa agropecuária. Aqui, novamente, uma suspeita grave do terrorismo imobiliário, dos interesses que estão por trás. Todos esses imóveis com certeza depois serão vendidos, leiloados, doados, patrimônio do estado.

Aqui está. O produtor rural procura as Casas da Agricultura para ter acesso a novas técnicas de plantio, a um corpo técnico atualizado, experiente. Ao longo de muitos anos, as CATIs eram os únicos instrumentos legais que eles tinham para ter uma assistência agropecuária. As Casas da Agricultura já chegaram a ter dez mil funcionários, nobre deputada Janaina Paschoal, na época áurea do estado, e hoje contam com apenas 3.223 técnicos na ativa. É pouco para o tamanho dos nossos empreendimentos agrícolas.

As grandes propriedades, nobre público que nos assiste, você, produtor rural que nos assiste agora, a maioria dos produtores rurais no estado de São Paulo são pequenos produtores. Os grandes produtores tiveram que buscar commodities. Então, o que eles plantam hoje? Ou cana-de-açúcar para vender para usina, ou soja, ou eles têm extensão para carne, que não é propriedade pequena, ou para laranja. Fora esses quatro setores, todo o resto vive com muita luta, com muito sacrifício, com muita dor, do sustento das suas pequenas culturas. E é isso que ele quer acabar. Eles necessitam de apoio do Estado.

Está aí o depoimento de Sergio Diehl, presidente da Associação dos Assistentes Agropecuários do Estado de São Paulo. Já estou terminando, presidente. A agricultura paulista não pode ser extinta dessa forma. Isso eu acho que é um tiro do pé, uma economia porca. Já quer vender o estado de São Paulo para a China, agora vai acabar com a nossa agricultura.

O pequeno agricultor, que já não tinha a quem recorrer, agora não vai ter mais. A senhora imagine, por exemplo, um pequeno agricultor de uma cidade distante, a 100 quilômetros, 200 quilômetros do que ele quer propor. Ele não vai mais ter. Já não tem no formato atual.

A extensão rural, principal instrumento de políticas públicas no campo, seja por conta de sua capilaridade, porque hoje são, como eu disse há pouco, 594 Casas, seja por conta do perfil dos técnicos, precisa ser não só preservada, como eu diria até fortalecida e ampliada. Na contramão, o Governo do Estado desmobilizando esse quadro.

Para terminar, a agricultura familiar paulista, que é o que está em jogo aqui, é representada por mais de 300.000 propriedades rurais; são 345.000, quase. E a extensão rural pede socorro. Os produtores rurais precisam desse tipo de assistência. Extensão rural - direito do agricultor e dever do estado.

Eu termino a minha fala lembrando que o atual secretário, Sr. Gustavo Junqueira, é uma pessoa do bem. Eu elogio a sua pessoa, a sua competência, o seu bom senso, o seu histórico ligado ao setor. E eu apelo ao Sr. Secretário que reveja essa política, que consulte as suas bases, que vá ao campo e fale com o pequeno produtor, porque ele não pode ficar sem as Casas de Agricultura, e o atual modelo proposto é muito ruim.

Então, eu volto na lista suplementar. Obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós que agradecemos, Sr. Deputado. Iniciando a lista suplementar, chamamos à tribuna o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Frederico dAvila. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. FREDERICO DAVILA - PSL - Sra. Presidente, prezados colegas, venho hoje a esta tribuna para falar de um caso, deputado Castello Branco, o senhor que estava falando da atividade agrícola do estado de São Paulo. Queria pedir o auxílio da técnica para mostrar aqui no telão.

Eu estive, no dia 26 de junho de 2019, na SP-268, que, pasmem, ainda é de pavimento de terra. Vocês podem ver que até tem uma placa do “km” ali ao lado, a plaquinha azul, mas a SP-268, que liga duas rodovias em Itapetininga, ainda tem seu pavimento de terra. E a ponte da SP-268 - pode dar sequência -, no km 183, está nessa situação.

Eu fui lá pessoalmente, com produtores. Tem mais uma aí? Veja só, deputado Castello Branco, a situação em que se encontra a ponte da SP-268, que é responsabilidade do DER. Pode passar. E essa situação está desde o dia 26 de setembro de 2019, quando eu fui lá; quer dizer, está antes disso, obviamente. Ainda está da mesma forma. Ou seja, oficiei o DER, oficiei o secretário de Transportes, na ocasião, e nenhuma providência foi tomada.

Antes de ontem, os mesmos produtores que me pediram para estar lá presente no dia 26 de junho de 2019 me ligaram dizendo que não fizeram absolutamente nada, professor Giannazi. Nada, nada. A estrada, que deveria ser calçada, deveria ser pavimentada, ainda é de terra, e a ponte está nessa situação aí que vocês estão vendo.

Esses produtores dessa localidade estão tendo que dar uma volta que, se não me engando, é de 11 quilômetros, deputado Castello Branco, para chegar a um local aonde eles andariam em torno de 1.800 metros. Eles estão tendo que andar 11 quilômetros, com os caminhões, para fazer a volta por fora.

Então, eu quero dizer o seguinte: na ocasião, não tinha Covid, não tinha nada disso, e o Governo do Estado dizia que não tinha dinheiro. Agora tem impostos majorados pelo famigerado 529 que, infelizmente, por pequena margem, ganhou nesta Casa, e eles estão dizendo que não têm dinheiro para fazer esse tipo de obra. Então, ora, concessione a estrada. Chame a iniciativa privada.

É uma vergonha o estado de São Paulo, até hoje, ter estradas que nem pavimentadas são. É o caso, se não me engano, da SP-165, ali no Vale do Ribeira, também. O trecho da SP-250 entre Capão Bonito e São Miguel Arcanjo também é de terra até hoje. A SP-165, se não me engano, que é o Caminho do Peabiru, uma das estradas mais antigas do Brasil, onde os índios iam até a Cordilheira dos Andes, saindo de Cananeia, ainda não tem pavimento.

Agora, isso aqui é uma vergonha. Isso é o estado de São Paulo. E, cá entre nós, deputado Castello Branco, esse picareta desse Mussolini dos trópicos que é o Sr. João Doria, um malandro, me faz aquele vídeo “São Paulo, estado de respeito”. Que estado de respeito é isso aí? Que respeito que tem com o produtor rural?

Deputado Castello Branco, eu, que sempre costumo concordar com o senhor, vou discordar do que o senhor disse aqui. O estado de São Paulo já teve secretário de Agricultura ruim, mas igual a esse eu nunca vi, porque ele nem posição toma. Na hora em que o produtor é maculado, ofendido, imolado, tributado, tudo, ele não fala nada. Ele se esconde.

Ele é o pior secretário de Agricultura que nós tivemos no estado de São Paulo. Pior, disparado. Eu me arrependo até o último fio de cabelo de, no início desse governo, tê-lo apoiado, ter discutido aqui com o deputado Itamar Borges por conta de uma Frente Parlamentar da Agropecuária, em que eu fui defender alguém que não merecia ser defendido.

Já tivemos secretário da Agricultura ruim, que falava, inclusive, que sistemas de irrigação de pivô central eram ineficientes. E não faz muito tempo, hein? E olha que o governador, na ocasião, é uma pessoa que eu respeito muito. E também colocou uma infinidade de burocracias que perduram até hoje nas costas do produtor rural.

Agora, eu vou pedir aqui, para finalizar, Sr. Presidente, que a Mesa notifique o secretário de estado de Transportes em relação a essa vergonha. Isso é vergonhoso, o estado de São Paulo ter uma estrada que nem pavimentada é. E uma ponte de madeira de pouco mais de 12 metros está nessa situação, e o produtor não consegue escoar sua produção. E um secretário da Agricultura covarde, submisso ao Sr. Mussolini dos trópicos, o playmobil de cashmere, que não faz nada pela agricultura paulista e pelo agricultor paulista.

Então, o senhor me desculpe, que desta vez eu vou discordar do senhor. Porém, nós temos, infelizmente, o pior governador da história de São Paulo e o pior secretário da Agricultura da história de São Paulo. E ainda não vou falar nada, porque acho que o secretário João Otaviano até é uma boa pessoa, mas, se ele não resolver isso aqui, ele também será categorizado como o pior secretário de Infraestrutura do estado de São Paulo.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Muito obrigada, Sr. Deputado. Eu peço à secretaria da Mesa que encaminhe as palavras do Sr. Deputado às duas pastas, tanto à Secretaria de Logística como à Secretaria de Agricultura, para que finalmente essa estrada seja reparada.

E, seguindo aqui na ordem dos oradores inscritos, eu chamo à tribuna, novamente, o deputado Castello Branco.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Deputado Castello Branco para a população de São Paulo, na lista suplementar do dia 29 de outubro, agora trazendo mais uma notícia ruim do atual governo.

Mal o governador conseguiu, por margem apertada, aprovar o Projeto de lei no 529, o chamado pacote da maldade, a Secretaria da Fazenda, muito rápida para fazer maldade, já começa a lançar uma série de decretos aumentando impostos. Foram vários. E, nesta manhã, abre a licitação para a exploração das áreas da extinta Fundação Parque Zoológico de São Paulo, que passou nesse Projeto de lei no 529. Está rápido, hein, governador? Está ligeiro, né?

Muito bem. O decreto publicado hoje pretende - pasmem vocês - abrir uma licitação internacional para explorar as áreas do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, onde se encontra o Jardim Zoológico e o Jardim Botânico. Portanto, empresas estrangeiras, que não possuem funcionamento no País, poderão participar dessa licitação.

Será que alguma empresa chinesa vai participar? Será que aqui no Brasil não tem ninguém competente para conhecer o nosso próprio zoológico e a nossa própria botânica melhor do que nós? Por que a necessidade de empresas internacionais para explorar o que é nosso? Nós temos a nossa flora, a nossa fauna. Temos centro de pesquisa, temos o nosso patrimônio maravilhoso, composto por vários pesquisadores, que o 529 fez questão de acabar.

Agora ele está entrando numa importante área que é a exploração do Zoológico e do Botânico. Olhem só, nobres deputados presentes. Essa área tem uma fazenda em Araçoiaba da Serra, que está inclusa na licitação. Novamente, a nossa suspeita, para que fiquemos atentos, de que essa fazenda vai ser ou poderá ser vendida. Há interesse imobiliário também dentro dessa licitação.

Essa fazenda fica no município de Araçoiaba da Serra, como eu disse há pouco, e existe há quase 40 anos. Ocupa 574 hectares, conhecida como a Fazenda do Zoo. Funcionam lá um centro de estudos de reprodução de espécies nativas ameaçadas de extinção e também lavouras para a produção de alimentos para os animais do Jardim Zoológico.

Quero lembrar ao governador que foi votado aqui na Alesp, no ano passado, a autorização para a concessão de uso dos imóveis do Zoológico. Porém, não constava dessa autorização, na época, esse centro de conservação da flora silvestre. Há, portanto, na minha maneira de entender, um ilícito.

Só apelo para o nosso governador que o desenvolvimento das pesquisas ligadas à proteção ambiental e das espécies ameaçadas de extinção permaneça sob a responsabilidade do estado, e não passem para nenhuma empresa internacional. Chega de vender o estado de São Paulo para a China. Chega de vender o estado de São Paulo para os interesses internacionais. Há um limite, e o limite tem que ser posto aqui e agora.

Juntos somos mais fortes.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Muito obrigada, Sr. Deputado. Seguindo com a lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna o deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) E, uma vez mais, o deputado Frederico d’Avila.

Neste momento, eu passo a Presidência ao deputado Castello Branco.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Castello Branco.

 

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O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Sr. Presidente, prezados colegas, venho novamente a esta tribuna, nesta quinta-feira, falar mais uma vez sobre a questão logística do Sudoeste paulista.

Nós temos lá a SP-258, que já é concessionada para a CCR e que tem a intenção de fazer a duplicação dessa rodovia. Porém, o Governo do Estado e a Artesp, que vou ser bem claro, é o pior órgão da Administração estadual, acho que não existe pior. É o pior em todos os sentidos, tanto na capacidade resolutiva quanto no próprio perfil das pessoas que ali estão. Aquilo ali é um verdadeiro lobby de interesses escusos e inconfessáveis, que é aquela Artesp. Consequentemente, obras importantes, como a duplicação da SP-258, não acontecem justamente por causa desse órgão.

Vou propor nesta Casa, não sei se vai para a frente, a CPI da Artesp, porque nós vamos verificar que tem gente ali que não está trabalhando pelo estado de São Paulo e nem pelo interesse público paulista. Está trabalhando para empresas, para si próprio ou para outros interesses, como bem disse o deputado Castello Branco. Interesses inconfessáveis.

Eu até queria aproveitar o deputado Delegado Olim, que está aqui presente, policial competente que é, para justamente, no caso da CPI da Artesp, nós chamarmos os diretores atuais e anteriores para prestarem esclarecimentos nesta Casa acerca de obras importantes que não foram realizadas por conta de empecilhos causados justamente por eles.

Além do que, eu queria citar um caso muito patente da cidade de Itararé, que é o último município do estado de São Paulo, na divisa com o estado do Paraná, onde a Artesp não conseguiu fazer um acesso para um conjunto habitacional da CDHU. O próprio Governo do Estado ali investiu para fazer as casas da CDHU.

O prefeito Heliton teve que fazer às pressas, correndo, um calçamento improvisado com brita e algumas viagens de concreto para poder dar acesso às casas que a CDHU construiu. É inacreditável. A SP-258, da cidade de Capão Bonito até a cidade de Itararé, tem todos, absolutamente todos os seus trevos em nível, que causam diversos acidentes, muitos deles fatais.

É inacreditável como uma cidade como Itapeva, que tem 100 mil habitantes, tem trevos em nível, acessos para o Distrito Industrial em nível, extremamente perigosos. Além dos trevos de Bom Sucesso de Itararé, o trevo de Buri, no quilômetro 18, o trevo da Areia Branca, o trevo para Itaberá, tudo em nível, que oferece a pior... A pior, não: a iminência de um acidente a cada entrada que um veículo que ali faz.

Então eu queria dizer mais uma vez, apesar de eu saber que não vai ser resolvido nesse governo desse picareta, desse malandro do João Doria, que é o playmobil de cashmere, que não vai resolver o problema da duplicação da SP-258. Mas eu vou continuar cobrando, porque ele foi lá em Capão Bonito e prometeu que ia duplicar a SP-258.

Passei o vídeo 500 vezes já, mas, como a gente sabe que o que ele fala não dá para escrever nem com caneta invisível, imagine se ele vai assumir algum compromisso.

Traiu Geraldo Alckmin, traiu o presidente Bolsonaro. Ele vai traindo todo mundo que tem pela frente. Traiu até alguns colegas do próprio partido dele, gente que está nesta Casa. A pessoa se fez de rogada, como se não tivesse acontecido nada, mas ele traiu também.

É inacreditável que nós tenhamos, como mandatário máximo do estado de São Paulo uma figura desse tipo. É inacreditável que a gente tenha como mandatário máximo uma pessoa que, como bem disse o senhor, quer acabar com a extensão rural no estado de São Paulo. Saindo da pandemia, enquanto o presidente Bolsonaro abaixa impostos, o playmobil de cashmere aumenta impostos para a população mais pobre.

Então fica aqui o meu repúdio. Eu digo para você, cidadão paulista do Sudoeste do estado de São Paulo: ele não vai duplicar a SP-258, não vai, porque ele é mentiroso, malandro, e não se escreve o que ele fala. Porém, a minha cobrança será permanente.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Convido o nobre deputado Frederico d’Avila para presidir a Mesa.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Frederico d’Avila.

 

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O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Queria aqui agora chamar a deputada Janaina Paschoal, na lista suplementar, que tem os cinco minutos regimentais.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente. Eu queria, na verdade, dar uma resposta coletiva aqui aos muitos e-mails que eu venho recebendo referentes à Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 5.668, que vai ser julgada no STF no dia 11 agora, ao que tudo indica, que trata...

As pessoas estão interpretando como se fosse o ensino da ideologia de gênero nas escolas, mas eu fui olhar o material que está disponível. A íntegra da ação não está disponível, pelo menos eu não consegui acessar, mas consegui acessar algumas peças, e o que eu entendi é um pouco diferente do que está sendo anunciado.

Eu entendi o seguinte: O PSOL entrou com uma ação contestando o Plano Nacional de Educação. Por que o PSOL está contestando o plano, dizendo que houve ali uma inconstitucionalidade por omissão? Porque no plano há vários dispositivos criticando discriminação, estimulando o ensino, vamos dizer assim, conciliador, de integração, de comunhão.

Porém, no Plano Nacional de Educação não existe um dispositivo explícito a refutar a discriminação de gênero, de orientação sexual. Então, o          PSOL entende que haveria uma obrigatoriedade constitucional de o Plano Nacional de Educação trazer um artigo expresso coibindo a discriminação de gênero e de orientação sexual.

Pois bem. Essa ação está em trâmite, e já houve a elaboração, a aprovação de um parecer da Procuradoria-Geral da República. À época do parecer, a procuradora-geral era a Dra. Raquel Dodge, que foi quem assinou este mesmo parecer. No parecer, a Dra. Raquel Dodge concordou com o PSOL, dizendo que realmente existe no Plano Nacional de Educação uma omissão, porque, haja vista os efeitos deletérios da discriminação de gênero e de orientação sexual, seria constitucionalmente obrigatório trazer no texto uma rejeição a esse tipo de discriminação.

Com isso, eu não estou defendendo nem a linha “A” e nem a linha “B”. Estou tentando deixar as pessoas um pouco mais tranquilas de que essa ação não diz que o professor vai ou não vai ensinar teoria de gênero, ideologia de gênero, na sala de aula, está bom?

Também quero deixar bem claro aqui que eu particularmente sou contrária a qualquer tipo de discriminação. Discriminação de gênero; discriminação de orientação sexual; discriminação de raça; discriminação de religião; discriminação de origem geográfica, social, regional; discriminação contra militares, que eu, dentro da Universidade de São Paulo, vi várias vezes ocorrer e ser tomada como politicamente correta. Então, sou contrária.

Por outro lado, também sou contrária a se fazer diferença entre as várias discriminações. O que eu quero dizer com isso? Quero dizer que, apesar de respeitar o pedido do PSOL, apesar de respeitar o parecer da Dra. Raquel Dodge e respeitar muito a Dra. Raquel Dodge como profissional, eu não concordo nem com o PSOL, nem com a Procuradoria-Geral da República quando dizem que o Plano Nacional de Educação comete ou incide em uma inconstitucionalidade por omissão, por não trazer claramente a proibição da discriminação de gênero, ou relativa à orientação sexual.

O plano já diz que as crianças têm que ser educadas, preparadas para não cometerem e não comungarem com discriminação. Que discriminação? De toda ordem. De toda ordem. É praticamente impossível o legislador definir todo tipo de discriminação que pode acontecer. Quando o Plano Nacional da Educação refuta a discriminação, refuta toda forma de discriminação e, por óbvio, já embarca, já engloba a discriminação contra homossexuais, contra transexuais, contra mulheres.

Então, esse pleito do PSOL, reforçado pela Procuradoria-Geral da República, é um exagero, e não me parece que haja elementos para o Supremo Tribunal Federal julgar procedente essa ação. Não obstante, é importante que as pessoas que estão escrevendo, que estão em pânico, entendendo que o Supremo vai mandar ensinar teoria de gênero nas escolas, talvez não estejam conscientes do objeto desta ação.

Quero fazer esse esclarecimento, porque são muitos os e-mails que eu estou recebendo. A matéria é muito técnica, a matéria não é simples. Esse assunto de inconstitucionalidade por omissão é árduo, e eu não teria condições de responder e-mail por e-mail para explicar tudo isso. Então, faço aqui este esclarecimento coletivo. Se eu perceber o surgimento de outras dúvidas, voltarei a esclarecer essas mesmas dúvidas de maneira geral.

Vou acompanhar o andamento dessa ação primeiro porque, na condição de professora, devo reconhecer que o professor deve estar preparado para receber e acolher aquele seu aluno que se apresenta, se reconhece como homossexual ou transexual. O professor não pode ficar fechado quando ele recebe esse aluno, porque, se esse aluno for rejeitado pelo professor, as consequências podem ser drásticas.

Então, eu tenho preocupação com as pessoas também que querem uma total proibição desse tipo de assunto dentro da escola. Por outro lado, me preocupo muito com professores ativistas, que usam o poder da sala de aula para direcionar as crianças e os adolescentes.

Então, são assuntos muito importantes para que nós os tratemos com ativismo. O ativismo, em regra, finda sendo injusto. Eu vou voltar a esse tema, vou acompanhar essa ação, e tento aqui esclarecer um tema difícil, mas que eu percebo estar causando muita dor à nossa população.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Obrigado, deputada Janaina. Dando continuidade à lista suplementar, chamo agora o deputado do glorioso Exército de Caxias, capitão Castello Branco.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Nobres deputadas e deputados, população de São Paulo, Assembleia Legislativa, Pequeno Expediente, lista suplementar do dia 29 de outubro, hoje, fazendo uma moção de aplauso, uma menção honrosa à nova governadora de Santa Catarina, minha amiga Daniela Reinehr.

Foi feita justiça. Nossos parabéns à Assembleia Legislativa de Santa Catarina, ao Tribunal de Contas de Santa Catarina e ao Tribunal de Justiça, que, mediante uma longa batalha judicial, isentaram-na das responsabilidades que caíam sobre o então governador Carlos Moisés, que foi bombeiro, surfou na onda do presidente Bolsonaro e depois mudou sua pauta. A improbidade administrativa se deu por questões ligadas a aumento de salários de cargos, entre outros fatores.

O fato é que nós desejamos à Daniela Reinehr sucesso na sua missão. Sempre estivemos orando por você, torcendo, porque o bem sempre vence, e o mal, por si só, se destrói. Estamos juntos e aplaudindo a nova governadora de Santa Catarina para que tenha sucesso na missão, sorte no destino, e que Deus a abençoe à frente desse estado maravilhoso que é Santa Catarina.

Brasil acima de tudo e Deus acima de todos.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D`AVILA - PSL - Obrigado, deputado Castello Branco. Vou solicitar que V. Exa. assuma esta Presidência para dar continuidade aos trabalhos.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Castello Branco.

 

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O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Na sequência da lista suplementar, próximo orador inscrito, nobre deputado Frederico d’Avila.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Deputado Castello Branco, que preside esta sessão, eu queria chamar a atenção para uma data muito importante, o próximo dia 2 de novembro, segunda-feira, que será também Dia de Finados, de recordação dos entes queridos que já nos deixaram.

No dia 2 de novembro, além do aniversário também deste deputado que vos fala, é o centenário de nascimento do senador Nilo Coelho, senador do PDS de Pernambuco. Nilo Coelho foi deputado estadual, deputado federal, governador do estado de Pernambuco de 1967 a 1970, senador da República, presidente do Congresso Nacional, formado médico e também foi oficial médico da Força Aérea Brasileira. Nilo Sousa Coelho completaria cem anos no próximo dia 2 de novembro.

Nilo Coelho, sem dúvida nenhuma, foi para toda a política brasileira um exemplo de caráter, coragem e luta pelos seus ideais. O polo irrigado do São Francisco só existe graças ao senador Nilo Coelho. E transformaram hoje Petrolina, Pernambuco, no maior PIB agrícola do Nordeste. É o maior aeroporto, a maior pista de aeroporto do Nordeste, a pista de Petrolina, de onde aviões cargueiros saem carregados diretamente para Hamburgo, para Amsterdam e para os Estados Unidos.

Ali é um polo de fruticultura muito pujante - uva, manga, principalmente -, trazendo muitos empregos, muita renda e muita riqueza. Petrolina, cidade de 250 mil habitantes, é um polo regional que está a 700 quilômetros da Capital, que é Recife, a 500 quilômetros da cidade de Salvador, e é a capital do sertão, reconhecidamente graças à visão do então governador Nilo Coelho, e que deu continuidade como senador da República.

No próximo dia 2 será feriado, mas no dia seguinte será feita uma homenagem no Senado Federal, Casa da qual ele foi presidente. E o que mais me orgulha é o fato de eu pertencer a essa família. Ele é primo do meu pai, que tanto fez pelo Nordeste e que tantas sementes de bons exemplos deixou pelo Brasil.

Queria aqui também dizer que a Rádio e a Televisão Grande Rio de Petrolina estão fazendo uma homenagem ao centenário do senador Nilo Coelho, que ficou conhecido como o governador da irrigação e, depois, como o pai da irrigação no Brasil. O seu trabalho foi continuado pelo seu irmão, o deputado federal Osvaldo de Sousa Coelho, que criou a universidade em Petrolina, os Centros Federais de Tecnologia, os Cefets.

Ele trouxe também várias e várias extensões dos projetos de irrigação daquela região, que foram batizados como Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho, Projeto de Irrigação Dona Maria Teresa Brennand Coelho, que era a esposa do senador Nilo Coelho, e também o Projeto Pontal, que graças a Deus o presidente Jair Bolsonaro retomou agora. Esse projeto foi paralisado pelas administrações do PT. Quantas vezes nós vimos os canais sem água, secos e chegando até a deteriorar por conta da falta d’água e as altas temperaturas.

Então fica aqui o meu registro desse homem excepcional, um verdadeiro exemplo para a política nacional, que foi o senador Nilo Coelho, que trouxe tanta pujança para a sua terra natal. Ele dizia, deputado Castello Branco, uma frase muito célebre que eu gosto sempre de lembrar: “Cuide da sua aldeia que ela cuidará de você”.

Foi isso que ele fez a vida inteira, o legado que ele deixou para os seus irmãos, principalmente o deputado Osvaldo Coelho e o deputado Geraldo Coelho, que nos deixou no ano passado, e os seus outros irmãos também, que não participaram da atividade política diretamente, mas que também fizeram exatamente a lição ensinada pelo senador Nilo Coelho.

Eu queria aqui mencionar especificamente o seu irmão, o Dr. Paulo Coelho, que é pai do senador Fernando Bezerra Coelho, é pai do ex-ministro Fernando Coelho Filho e do atual prefeito de Petrolina, o Miguel Coelho.

Queria aqui dizer que é uma alegria poder ver que, mesmo após 37 anos da sua morte, que ocorreu no dia 9 de novembro de 1983, o senador Nilo Coelho é relembrado com carinho e admiração por todos, não só daquela região - que foram diretamente beneficiados e também lembram da atuação do senador Nilo Coelho -, mas também de toda a classe política nacional.

Infelizmente, hoje em dia nós não temos representatividade que chegue a 10% do que significava a personalidade do senador Nilo Coelho, que infelizmente nos deixou com apenas 63 anos de idade. Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Muito obrigado, nobre deputado Frederico d’Avila pelas lindas palavras de lembrança aos grandes heróis e exemplos do Brasil.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Havendo acordo entre lideranças, deputado Castello Branco, quero pedir o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, com a proteção de Deus, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de terça-feira próxima, dia 3 de novembro, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje.

Com a bênção de Deus, está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 29 minutos.

 

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