2 DE FEVEREIRO DE 2021
1ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA, DOUGLAS
GARCIA, FREDERICO D'AVILA e CAUÊ MACRIS
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - JANAINA PASCHOAL
Destaca a importância dos trabalhos
no plenário. Apresenta imagens do Hospital das Clínicas da cidade de Bauru, que
se encontra fechado. Declara que o não funcionamento desse hospital, na
situação atual, é inconcebível. Menciona ação de promotor para estabelecer o
funcionamento do mesmo.
3 - MAJOR MECCA
Considera o governador João Doria
como negacionista em relação à Covid-19 no estado de São Paulo. Comenta sobre
as dificuldades do ensino remoto nas escolas públicas de São Paulo. Lamenta os péssimos
salários dos policiais do Estado. Critica o PL 529/20. Garante que trabalhará
para garantir os direitos dos cidadãos paulistas.
4 - FREDERICO D'AVILA
Saúda o retorno do deputado Edson Giriboni à esta Casa. Menciona desentendimento entre o
governador do Estado e o jornalista Rodrigo Constantino, em um programa na
Jovem Pan. Exibe tabela com ajustes tributários sobre os equipamentos médicos.
Tece críticas ao governador João Doria.
5 - CARLOS GIANNAZI
Solicita a aprovação imediata do PDL
22/20. Considera o retorno às aulas presenciais uma medida genocida. Exibe
reportagem sobre um surto de Covid-19 em escola particular em Campinas. Diz ter
entrado com uma ação popular no Tribunal de Justiça contra esse retorno.
6 - DR. JORGE LULA DO CARMO
Opõe-se ao retorno às aulas
presencias no estado de São Paulo. Critica o fim da gratuidade no transporte
público de São Paulo para idosos de 60 a 64 anos. Lamenta a restrição de
atendimento em diversos prontos-socorros de hospitais estaduais de São Paulo.
7 - DOUGLAS GARCIA
Assume a Presidência.
8 - CORONEL TELHADA
Cita as datas comemorativas de
02/02/21. Lamenta a morte de diversos agentes de segurança em todo o País.
Menciona discussão entre o governador do Estado e jornalista da Jovem Pan.
9 - GIL DINIZ
Critica a postura do governador João
Doria em entrevista ao jornalista Rodrigo Constantino. Afirma que entrará com
um novo pedido de impeachment contra o governador.
10 - CASTELLO BRANCO
Defende a volta às aulas presenciais
no estado de São Paulo. Assegura que mais de 400 pediatras assinaram carta de
apoio ao retorno às aulas. Diz que o fechamento prolongado das escolas causará
um déficit de aprendizagem em diversas crianças.
11 - EDSON GIRIBONI
Comemora o seu retorno à esta Casa.
Relata as péssimas condições de rodovias no Vale do Ribeira.
GRANDE EXPEDIENTE
12 - JANAINA PASCHOAL
Repudia a fala do governador, em
entrevista a rádio Jovem Pan, em relação à prefeita
de Bauru, Suellen Rosim. Questiona os planos do governo para o HC de Bauru.
Informa que enviou requerimento de informação a respeito da situação de outros
hospitais do Estado. Reflete sobre o fechamento de prontos-socorros durante a
pandemia. Pede por mais debates com a população e deputados. Lamenta o aumento
de verbas para publicidade e cortes na Saúde. Afirma que está apurando a
negociação do terreno do hospital infantil Darcy Vargas.
13 - FREDERICO D'AVILA
Assume a Presidência.
14 - ALTAIR MORAES
Tece críticas ao livro "Maya - O
bebê arco-íris", de Xuxa Meneghel, que trata da
adoção de crianças por casais LGBT. Informa que protocolou um projeto de lei
que obriga que livros com temática LGBT venham com aviso de conteúdo na capa.
Pede atenção aos pais ao ler para os filhos.
15 - DOUGLAS GARCIA
Tece críticas à atuação do
governador. Repudia as falas de João Doria em entrevista a
rádio Jovem Pan. Comenta os cortes das verbas das Santas Casas e dos hospitais
estaduais. Cita o número de mortos por Covid-19 no Estado. Defende o tratamento
precoce contra a doença. Lamenta o aumento de impostos em São Paulo. Clama pelo
impeachment do governador.
16 - DOUGLAS GARCIA
Assume a Presidência.
17 - BARROS MUNHOZ
Lamenta o falecimento do prefeito de
Santo Antônio de Posse, Norberto de Olivério Junior. Tece elogios à atuação do
prefeito durante seus mandatos.
18 - FREDERICO D'AVILA
Pede a derrubada do veto ao PL 38/20,
que torna obrigatório o fornecimento diário de arroz e feijão na merenda
escolar. Discorre sobre a importância da boa alimentação na infância. Critica o
secretário Mauro Ricardo e o aumento de impostos em diversos setores. Informa
ter apresentado projeto de decreto legislativo, para suprimir o art. nº 22 da Lei
17.293/20. Faz eco à fala da prefeita de Bauru a respeito do governador João
Doria.
19 - JANAINA PASCHOAL
Para comunicação, esclarece que o
aumento de ICMS sobre a venda de automóveis usados incide sobre preço final do
veículo. Alerta para vendas informais. Considera bitributação dos produtos.
20 - CARLOS GIANNAZI
Lamenta o veto ao projeto de lei do
deputado Frederico d'Avila. Clama por alimentação saudável nas escolas. Comenta
visitas a escolas da rede estadual. Questiona a presença dos professores nas
escolas para assistir a palestras através do centro de mídias. Cita o
fechamento de escola em Campinas, após contaminação de alunos e funcionários.
Exibe denúncias de distribuição de álcool em gel vencido. Critica a reabertura
das escolas para aulas presenciais. Informa que irá entrar com ação popular
para impedir a reabertura. Repudia a atuação do governador João Doria e do
secretário de Educação, Rossieli Soares (aparteado
pelo deputado Frederico d'Avila).
21 - ENIO LULA TATTO
Comenta o número de infecções e
mortes por Covid-19 no Estado. Lamenta o fechamento dos prontos-socorros de
hospitais públicos. Discorre sobre manifestações populares contra a medida.
Afirma que o secretário de Saúde não cumpriu sua promessa de suspender o
fechamento do pronto-atendimento do Hospital de Itapecerica da Serra. Informa
que enviou requerimento de informação para o secretário, mas não teve resposta.
Repudia a atuação do governador João Doria. Cobra esclarecimentos do Executivo.
ORDEM DO DIA
22 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Assume a Presidência.
23 - CARLOS CEZAR
Para comunicação, lamenta o
falecimento de Onésimo de Barros, reverendo da Igreja do Evangelho
Quadrangular, em São José dos Campos. Transmite condolências à família.
24 - ANALICE FERNANDES
Para comunicação, rebate o
pronunciamento do deputado Enio Lula Tatto. Informa que o Hospital Geral de Pirajussara
está em atividade.
25 - GILMACI SANTOS
Para comunicação, discorre acerca do
fechamento do Hospital de Cotia. Critica o secretário estadual de
Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.
26 - ENIO LULA TATTO
Para comunicação, afirma que se
referira ao Hospital Geral de Itapecerica da Serra. Lista entidades
hospitalares que não estão a atender a população. Defende a realização de
audiência pública para tratar do tema. Critica o governador João Doria.
27 - ANALICE FERNANDES
Para comunicação, reitera que a
direção do Hospital Geral de Itapecerica da Serra tem orientado a população.
Aduz que encaminhara solicitação para transformação do AME - Ambulatório Médico
de Especialidades, de Taboão da Serra. Manifesta-se defensora do SUS.
28 - GIL DINIZ
Para comunicação, lembra corte
orçamentário de cerca de 2 bilhões de reais da Saúde. Critica o secretário da
Pasta por não dialogar com este Parlamento.
29 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Informa que deve convocar, para
prestar esclarecimentos nesta Casa, qualquer secretário estadual que não se
dispuser a dialogar com parlamentar.
30 - GILMACI SANTOS
Para comunicação, informa que não
fora recebido pelo secretário estadual da Saúde. Comenta matéria exibida pela
Rede Globo de Televisão, sobre o fechamento de hospitais.
31 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS
Para comunicação, informa que hoje
visitara a Abrasel - Associação Brasileira de Bares e
Restaurantes. Critica medidas do governo estadual que prejudicam o setor.
32 - ALEX DE MADUREIRA
Para comunicação, solidarizou-se com
o deputado Gilmaci Santos. Narra tentativa de diálogo
com o secretário estadual da Saúde, sem êxito. Afirma que não fora avisado da
entrega de vacina, em 21 de janeiro, em Piracicaba.
33 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Encerra as discussões, coloca em
votações simultâneas e declara aprovados requerimentos de urgência aos PLs 735/19, e 669/20.
34 - CARLOS GIANNAZI
Declara voto contrário ao
requerimento de urgência ao PL 669/20, em nome do PSOL.
35 - TEONILIO BARBA LULA
Declara voto contrário ao
requerimento de urgência ao PL 669/20, em nome do PT.
36 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Encerra as discussões, coloca em
votações simultâneas e declara aprovados os requerimentos de urgência aos PLs 436/20; 918/16; 657/19; 636/20; 80/20; 463/19; e
731/20.
37 - DOUGLAS GARCIA
Declara voto contrário ao
requerimento de urgência ao PL 731/20.
38 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Convoca a Comissão de Finanças,
Orçamento e Planejamento, para uma reunião extraordinária a ser realizada hoje,
às 17 horas e 30 minutos, para apreciar o PL 735/19; as Comissões de
Constituição, Justiça e Redação, Educação e Cultura, e de Finanças, Orçamento e
Planejamento, para uma reunião conjunta a ser realizada hoje, um minuto após o
término a anterior, para apreciar o PL 669/20; as Comissões de Constituição,
Justiça e Redação, de Educação e Cultura, e de Finanças, Orçamento e Planejamento,
para uma reunião conjunta a ser realizada hoje, um minuto após o término da
anterior, para apreciar o PL 436/20; as Comissões de Constituição, Justiça e
Redação, de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários, e de Finanças,
Orçamento e Planejamento, para uma reunião conjunta a ser realizada hoje, um
minuto após o término da anterior, para apreciar o PL 657/19; as Comissões de
Constituição, Justiça e Redação, de Atividades Econômicas, e de Finanças,
Orçamento e Planejamento, para reunião conjunta a ser realizada hoje, um minuto
após o término da anterior, para apreciar o PL 636/20; as Comissões de
Constituição, Justiça e Redação, de Transportes e Comunicações, e de Finanças,
Orçamento e Planejamento, para reunião conjunta a ser realizada hoje, um minuto
após o término da anterior, para apreciar o PL 80/20; e as Comissões de
Constituição, Justiça e Redação, de Educação e Cultura, e de Finanças,
Orçamento e Planejamento, para uma reunião conjunta a ser realizada hoje, um
minuto após o término da anterior, para apreciar o PL 731/20.
39 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, defende a inclusão,
na pauta, do PDL 22/20, de sua autoria. Discorre acerca da matéria.
40 - VINÍCIUS CAMARINHA
Solicita a suspensão da sessão por
uma hora.
41 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido e suspende a sessão
às 17h15min, reabrindo-a às 18h30min.
42 - DANIEL SOARES
Solicita a prorrogação da sessão por
30 minutos.
43 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Coloca em votação e declara aprovada a
prorrogação da sessão por 30 minutos. Convoca as Comissões de Constituição,
Justiça e Redação, de Atividades Econômicas, e de Finanças, Orçamento e
Planejamento, para reunião conjunta a ser realizada hoje, às 18 horas e 40
minutos, para apreciar o PL 636/20; as Comissões de Constituição, Justiça e Redação,
de Transportes e Comunicações, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, para
uma reunião conjunta a ser realizada hoje, um minuto após o término da
anterior, para apreciar o PL 80/20; as Comissões de Constituição, Justiça e
Redação, de Segurança Pública e de Assuntos Penitenciários, e de Finanças,
Orçamento, e Planejamento, para reunião conjunta a ser realizada hoje, um
minuto após o término da anterior, para apreciar o PL 657/19; as Comissões de
Constituição, Justiça e Redação; de Educação e Cultura, e de Finanças,
Orçamento e Planejamento, para uma reunião conjunta a ser realizada hoje, um
minuto após o término da anterior, para apreciar o PL 436/20; as Comissões de
Constituição, Justiça e Redação; de Educação e Cultura, e de Finanças,
Orçamento e Planejamento, para uma reunião conjunta a ser realizada hoje, um
minuto após o término da anterior, para apreciar o PL 731/20; as Comissões de
Constituição, Justiça e Redação; de Educação e Cultura, e de Finanças,
Orçamento e Planejamento, para uma reunião conjunta a ser realizada hoje, um
minuto após o término da anterior, para apreciar o PL 669/20.
44 - CARLA MORANDO
Solicita a suspensão da sessão até as
19 horas.
45 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido e suspende a sessão
às 18h33min, reabrindo-a às 19h15min. Suspende a sessão por 10 minutos, por
conveniência da ordem, reabrindo-a às 19h25min. Convoca uma sessão
extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término desta sessão.
46 - ERICA MALUNGUINHO
Para comunicação, informa que hackers
invadiram ato solene em ambiente virtual, contra o assédio sexual. Defende a
investigação do fato.
47 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Determina o procedimento
administrativo necessário para a apuração.
48 - VINÍCIUS CAMARINHA
Para comunicação, afirma que o fato
narrado pela deputada Erica Malunguinho ofende esta
Casa. Comenta o consenso em torno da aprovação de projetos de parlamentares.
49 - VINÍCIUS CAMARINHA
Solicita o levantamento da sessão,
por acordo de lideranças.
50 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Anota o pedido.
51 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, lembra ataque de
hacker à audiência pública em defesa de aposentados e pensionistas, realizada
em dezembro de 2020.
52 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido do deputado Vinícius
Camarinha. Afirma que os links são públicos. Argumenta a respeito da
necessidade de aprimorar a realização de atos em ambiente virtual. Convoca os
Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 03/02, à hora regimental, com
Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos
após o término desta sessão. Levanta a sessão.
* * *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
* * *
-
Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número regimental de
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos
trabalhos no dia de hoje, 2 de fevereiro de 2021, uma terça-feira. Esta
Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.
Entramos
no Pequeno Expediente com os seguintes oradores inscritos. Antes de chamá-los,
queria dizer a todos que é um prazer retornarmos, ver as senhoras e os senhores
aqui todos novamente neste plenário. A primeira deputada é a deputada Janaina
Paschoal. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento V. Exa., os colegas
aqui presentes, os funcionários, as pessoas que nos acompanham pela Rede Alesp. Estamos de volta ao plenário, porque o trabalho não
parou.
Este é um ponto que tem que ser
destacado. Estamos de volta ao plenário, que é um espaço importante de
manifestação, de divulgação das ações dos deputados, de diálogo, de debates,
ouvir o colega como pensa, reformular convicções.
Eu até defendo que o plenário
não deveria ficar fechado dois meses. Eu sinto realmente muita falta desta
oportunidade de falar e ouvir. Muitos foram os acontecimentos desse período de
recesso, repito, do plenário, mas não da Casa, e muitas são as minhas
preocupações, em especial na seara da Saúde. Hoje levantarei alguns tópicos.
Vou iniciar por um que tomou as
redes na semana passada, e eu, no final de semana, entrei em contato com várias
partes, pessoas da região, para tentar entender o que está acontecendo.
Para isso, eu peço para colocar
as fotos na tela. Estas fotografias são do Hospital das Clínicas de Bauru.
Percebam os senhores que é um hospital pronto, é um hospital com toda a
estrutura, é um hospital que tem 11 andares.
Esse hospital nasceu da decisão
da USP de criar um Curso de Medicina em Bauru. Para o Curso de Medicina
funcionar e outorgar os diplomas aos graduados, é necessário ter uma atuação
num hospital. No caso esse hospital existe juridicamente. Houve uma deliberação
do Conselho Universitário.
Houve alguns acordos entre a USP
e a Secretaria da Saúde, criação de grupos de estudo, grupos de trabalho para
colocarem o hospital em atividade. Também houve cancelamento desses ajustes, e
a situação hoje, juridicamente falando, está absolutamente indefinida.
Obviamente teríamos que ter
algumas horas de debate jurídico para entender o que está acontecendo, porém a
questão que nos compete - peço para colocar o vídeo também, vou só terminar
aqui e já vamos ouvir - é tentar entender por que o Governo do Estado não envida
todos os esforços para encontrar um caminho jurídico para colocar esse hospital
em funcionamento.
Eu não sei se seria uma
administração direta do estado, se seria a modalidade de OS concedida pelo
próprio estado, se seria transformar um hospital em autarquia, como são os
outros HCs, e aí a USP administraria ou diretamente
ou por meio de organização social.
O que me parece inconcebível - e
a população de Bauru está ressentida e até revoltada por isso - é termos um
prédio de 11 andares pronto, com camas hospitalares; o prédio não está vazio, num
período de pandemia, e esse hospital não é utilizado e não tem um plano para
operação desse hospital.
O promotor de Justiça local
promove já, desde o ano passado, uma ação para obrigar que o hospital seja
colocado em funcionamento. O objetivo desse promotor é de que a população tenha
mais acesso à Saúde, mas há outro problema.
Tem uma turma praticamente se
encaminhando para o final do curso de medicina, e, sem o hospital em operação,
a turma não pode nem tirar o seu diploma. Então, nós estamos diante de uma
situação bem complexa.
Eu peço, por favor, para passar
o vídeo do promotor.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Eu vou ter que voltar ao tema,
mas, para finalizar, o promotor de Justiça, os munícipes de Bauru, a prefeita
de Bauru - que inclusive fez pronunciamentos neste final de semana - estão pedindo
uma solução. E eu, neste momento... Nós não somos vassalos de Bolsonaro.
Quando o Bolsonaro acerta, eu
elogio; quando ele erra, eu critico. Quando o governador acerta, eu elogio;
quando ele erra, eu critico. Então, o discurso com e contra Bolsonaro não
responde todas as dúvidas.
Eu trago respeitosamente essa
situação que eu considero gravíssima neste ambiente de democracia, pedindo ao
governo uma solução. E eu não quero que a resposta do governador seja que eu, a
prefeita, o promotor seríamos vassalos de Bolsonaro, ou, como o Dr. Gabbardo falou desse promotor - e aqui fica minha
solidariedade a ele -, que ele seria um promotor da doença. Ele é um promotor
de Justiça e merece todo o nosso respeito.
Obrigada.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputada. Próximo
deputado, deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputada Leci
Brandão. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Major Mecca. Fará uso da palavra? Vossa Excelência tem o tempo
regimental.
O SR. MAJOR MECCA -
PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs.
Deputados. O maior negacionista que existe hoje no estado de São Paulo é o
governador João Doria.
Ele
nega veementemente o caos que atravessa a Saúde no nosso estado, mais de 53 mil
mortos pelo coronavírus no estado de São Paulo. Ele nega que essas mortes
principalmente são decorrentes do abandono dos hospitais públicos do estado de
São Paulo.
Eu
repito aqui, como já falei nesta tribuna: nos mais de 30 anos de serviços
prestados na Polícia Militar do Estado de São Paulo, nunca houve em São Paulo
vagas de UTI e enfermarias nos hospitais. Nunca! Os corredores sempre lotados,
e pessoas morrendo à míngua nesses corredores. E hoje a situação se agrava, e o
governo faz questão de não assumir o abandono da Saúde.
E
não é só na Saúde, não. Na Educação, o deputado Castello Branco vai fazer uma
explanação aqui. Nós fazíamos uma reunião ontem sobre essas pautas, e as
crianças no estado de São Paulo estão há mais de um ano, deputado Castello
Branco, como o senhor sabe e vai fazer essa apresentação, sem aula no estado. Ou
os senhores acreditam que criança pobre tem tablet, tem notebook, tem sinal de
internet na sua casa? Não tem.
A
Segurança Pública idem, de mal a pior. Os nossos soldados da Polícia Militar
passando necessidade com o pior salário do País, tendo direitos suspendidos
pelo governo. Estão passando fome, vendendo o seu horário de folga para poder
sustentar a sua família. E esse absurdo acontecendo sob os olhares de todos os
deputados da Assembleia de São Paulo, e nós como se não estivesse acontecendo
nada.
Eu
exemplifico aqui com o Projeto de lei 529, que foi aprovado no final do ano
passado. Nós insistentemente trouxemos a esta tribuna que haveria aumento de
impostos no estado de São Paulo.
Hoje
nós saímos às ruas, donos de bares, restaurantes, donos de comércio, loja de
veículo, profissionais da Saúde, profissionais de açougue, de frigorífico em
desespero, porque não conseguirão absorver o aumento de ICMS nas suas contas.
Não conseguirão. Empresas estão sendo fechadas, trabalhadores ficando sem
emprego, sem recurso para alimentar a família.
E
o que nós faremos diante desse caos? Nós não podemos permitir que esse caos
permaneça no estado de São Paulo. Nós continuaremos trabalhando para que o
cidadão seja ouvido em suas demandas. E digo isso porque na semana passada
fomos até o Palácio dos Bandeirantes, acompanhados de empresários,
trabalhadores do setor frigorífico, vendedores de carne, e não fomos recebidos
pelo governador. Ao contrário, nos deparamos com um bloqueio da Polícia
Militar, coisa que nos meus 31 anos no serviço operacional eu nunca tinha
visto.
Nunca
tinha visto, porque o povo sempre pôde se aproximar do Palácio dos
Bandeirantes, externar sua indignação, externar a sua vontade, o seu pensamento
e ao menos ser ouvido. E o povo não está sendo ouvido nesta Casa Parlamentar.
Atentem para esse caso gravíssimo, Sras. Deputadas e Srs. Deputados.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado. Eu
solicito aos deputados e deputadas que por favor se atenham ao seu tempo,
porque nós temos muitos deputados para fazerem uso da palavra. Atenham-se aos
cinco minutos, por gentileza.
Próximo
deputado, deputado Frederico d’Avila. Vossa Excelência tem o tempo regimental
de cinco minutos.
O SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, Coronel Telhada, prezados colegas, queria aqui saudar o retorno a
esta Casa do deputado Edson Giriboni, de
Itapetininga, da nossa querida região sudoeste, que muito tempo esteve nesta Casa
defendendo os interesses do sudoeste paulista e da região de Itapetininga.
Bem-vindo aqui de volta, ocupando a cadeira do nosso querido Ed Thomas, que foi
eleito prefeito de Presidente Prudente. Muito bem-vindo, deputado Giriboni.
Deputado
Gil Diniz, Castello Branco, Douglas Garcia, Major Mecca,
meus fiéis escudeiros, Danilo Balas, a nossa querida Janaina também. Eu acho
que quem ouviu, hoje de manhã, a Jovem Pan pôde ver o embate do governador “João
Miami” e do Rodrigo Constantino, jornalista, comentarista da Jovem Pan.
Eu
acho, deputado Castello Branco, deputado Jorge do Carmo - experientes
parlamentares aqui, muito mais do que eu -, que agora, deputado Gil Diniz, o
governador João Doria, “João Miami” está começando a se encontrar, a se
libertar dos grilhões que o reprimem, de ordem sexual. Ele está começando a se
libertar. A hora que ele se aceitar, ele com certeza será uma pessoa melhor que
é.
Hoje
ele deu verdadeiro chilique, aquele chilique da libertação. É o chilique da
libertação. Eu acho que ele vai se libertar logo mais. Ele não está mais
aguentando, ele não pode sair às ruas.
Coronel
Telhada, muitos amigos nós temos ali na Casa Militar do Palácio dos
Bandeirantes, Major Mecca, que dizem que ele não faz
mais eventos externos porque é achincalhado no meio da rua. Desde a senhorinha
do cafezinho até o presidente de uma grande empresa têm pavor desse senhor aí.
Então, acho que agora ele se libertando,
aceitando-se na sua condição sexual, que já digo aqui, não tenho nenhum preconceito,
pelo contrário, pois tenho muitos amigos que são homossexuais e gosto muito
deles, mas eu acho que as pessoas que não se aceitam sempre descontam nas
outras pessoas.
E
o que nós temos visto até agora, Coronel Telhada, o senhor que é um homem da palavra
de Deus, é ele descontar a sua ira, a sua repressão interna na população
paulista. E, portanto, isso é tão verdade, deputada Janaina, a senhora que é
tão afeita às causas da Saúde, que eu vou colocar aqui, deputada Valeria, pois eu
acho que quase nenhum dos senhores tem conhecimento disso.
Pedi
auxílio aqui à técnica, vejam estas listas de insumos que
eu subdividi por área da saúde, patologia, cardiologia. Cateter, balão, cateter
arterial, conjunto descartável. Enfim, era tudo zero, sem tributação nenhuma e,
a partir de abril de 2021, vai tudo para 18%; de zero para dezoito.
Marcapasso cardíaco,
marcapasso multiprogramável, prótese valvular
biológica, eletrodo epicárdico definitivo... Eu vou pedir para continuar,
Machado, tem mais três. Isso. Diálise peritoneal e hemodiálise, conjunto de
troca para diálise e hemodiálise, capilar, cateter, subclávia, tudo de zero
para dezoito. Vou aqui atender a demanda do Coronel Telhada e acelerar. Para
vocês terem conhecimento, depois eu disponibilizo para os senhores.
Oncologia, de zero
para 18 por cento. A deputada Janaina lutou aqui pelo Oncocentro,
e esse pérfido e canalha, que fez tudo o que fez, aumenta em 18 por cento. A
última transparência: cirurgias ortopédicas, Coronel Telhada, onde muitos
policiais, Agente Federal Danilo Balas, caem da moto, se machucam por conta de
uma perseguição, e de zero para 18 por cento. Aí vão perguntar: “Deputado
Frederico d’Ávila, o que vai acontecer?”.
Aumento dos planos de
saúde vultuosamente, além dos custos diretos de quem se acidenta e não tem
plano de saúde. Portanto, não é de se admirar que alguém que não se aceita enquanto
ser humano aceite os outros como seres humanos, e os paulistas comuns são os
que pagam o preço caro de ter um ditador hoje à frente do Palácio dos
Bandeirantes.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado. Próximo
deputado, deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado
Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O SR. CARLOS GIANNAZI
- PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, de volta aos nossos trabalhos
aqui no Plenário, gostaria primeiramente de dizer que temos algumas prioridades
importantes neste início de 2021.
A primeira delas é,
sem dúvida nenhuma, a aprovação imediata do nosso PDL nº 22, de 2020, que acaba
com o confisco, com o roubo, com o assalto praticado pelo governador Doria em
relação às aposentadorias e pensões dos nossos servidores.
Esse confisco é fruto
do Decreto 65.021, que, por sua vez, é fruto da aprovação da reforma da
Previdência estadual, a que nós votamos contra, mas a Assembleia Legislativa em
sua maioria, sua base de sustentação de governo, votou a favor. Então, temos
uma dívida - aliás, duas dívidas - aqui com os nossos servidores e com os
aposentados e pensionistas.
A primeira delas é
porque a Assembleia votou uma reforma contra os trabalhadores e as
trabalhadoras, então a gente tem que resolver isso. Segundo porque depois
permitiu a publicação de um decreto como esse, esse Decreto 65.021. Mas nós, no
final do ano passado, deixamos pendente a votação do PDL nº 22, que revoga e
anula o confisco.
Por pouco o PDL não
foi aprovado, porque ele ia ser aprovado logicamente, eu tenho certeza, mas o
governo deu um golpe regimental na hora da aprovação do projeto apresentando
uma emenda de plenário, e aí o PDL voltou para o
congresso de comissões.
Então nós temos uma
dívida. Acho que o primeiro projeto que tem que ser aprovado hoje, na
Assembleia Legislativa, tem que ser o PDL nº 22, não porque é de minha autoria,
na verdade, porque existem outros PDLs também.
Essa é uma luta
coletiva de toda a Assembleia Legislativa. Então, faço aqui um apelo a todos os
94 deputados e deputadas para que nós possamos colocar novamente o projeto em
votação e colocar fim ao confisco dos aposentados e pensionistas.
Um outro tema
importante que eu quero abordar e talvez não dê tempo, Sr. Presidente, é a
nossa luta contra essa orientação do governo de volta às aulas presenciais, que
é uma orientação genocida, assassina e criminosa do governo Doria e do Rossieli “Weintraub”, Sr.
Presidente.
Eu tenho aqui uma
amostra grátis do que vai acontecer em São Paulo. Eu trouxe um vídeo mostrando
que uma escola em Campinas está com uma contaminação em alto grau, Sr.
Presidente; muitas pessoas contaminadas, alunos; professores. Olha só o teor da
matéria de ontem.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Presidente, só para
concluir então, pode tirar a matéria. Isso é o que vai acontecer, minha gente,
nas escolas do estado de São Paulo, nas redes municipais, na rede estadual e na
rede particular.
Nós já temos
informação que uma outra escola em Campinas, o Colégio Taquaral, já está na
mesma situação que essa escola, o Colégio Jaime Kratz,
escola particular que tem toda a infraestrutura e está mantendo o
distanciamento.
Imaginem V. Exas.
isso na rede estadual, uma rede sucateada, degradada, abandonada, sem
funcionários, sem material de limpeza. Vai ser um genocídio da Educação, por
isso que a nossa luta é contra a volta às aulas. Sr. Presidente, a Assembleia
Legislativa tem que se posicionar e defender a população, porque o Doria, com
essa medida, com esse decreto, está levando milhares de pessoas para o processo
de contaminação do coronavírus e, com certeza, da morte também.
Então por isso nós
vamos continuar denunciando. Já entrei com uma ação popular no Tribunal de
Justiça, junto com o vereador Celso Giannazi, para que não haja volta às aulas
na rede municipal de ensino. Estamos esperando o julgamento para hoje ou talvez
para amanhã.
Muito obrigado, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Próximo
deputado é o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge Lula do Carmo.
Vossa Excelência tem o tempo regimental, agradecendo aos deputados por manterem
o seu horário para todos falarem.
O SR. DR. JORGE LULA
DO CARMO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente,
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, eu saúdo a todos e todas pelo retorno neste
ano legislativo de 2021. Esperamos
em Deus que seja um ano muito proveitoso, de muitos embates, mas sem muitos
combates.
Podemos
aqui fazer um debate sobre os problemas do nosso estado, sobre a sociedade, que
precisa do Parlamento, e sobre as políticas públicas a que devemos nos ater, e
sempre colocar nossos mandatos à disposição, para fortalecer um estado melhor
para se viver.
Sr.
Presidente, eu venho a esta tribuna para falar, infelizmente, do pacote de
maldades do governador João Doria, logo no começo. Na verdade, isso aí não é só
este ano, mas começou o ano com um balaio de maldades. Vejam bem a quantidade
de situações.
Nós
estamos vendo a Covid-19 se alastrando cada vez mais. Recrudesce São Paulo, e o
Doria impõe a volta às aulas presenciais. E aí, o sindicato, a sociedade vai à
Justiça, e mesmo assim o governador faz questão de recorrer para impor às
pessoas o risco da pandemia, que está cada vez mais se alastrando.
Inclusive,
ele, no Plano São Paulo, colocou São Paulo na fase vermelha, haja vista essa
necessidade em razão do número elevado de Covid. Tantas famílias, tantas
pessoas que, infelizmente, perderam seus entes queridos, e por aí vai.
Mais
uma maldade: no dia 1º de fevereiro, ontem, nós tivemos o início do fim da
gratuidade para o idoso de 60 a 64 anos. Teriam direito ao transporte gratuito
por conta da questão da idade, dificuldade na mobilidade.
Eles
teriam direito a esse transporte gratuito. Pois o Doria, com mais uma maldade,
foi à Justiça. Mesmo as pessoas conseguindo na primeira instância, também foi
ao Tribunal, à Justiça, para manter a maldade de fazer com que os idosos tenham
que pagar o transporte público, o metrô, o trem, a EMTU.
* * *
-
Assume a Presidência o Sr. Douglas Garcia.
* * *
Na
cidade de São Paulo, no transporte sobre pneus, também o prefeito Bruno Covas
revogou um decreto do então prefeito Fernando Haddad, do Partidos dos
Trabalhadores, que garantia esse direito para os idosos.
Se
não bastassem essas maldades, também tem a maldade na Saúde pública. Nós temos
os movimentos de Saúde, os conselheiros, gestores de Saúde, a quem eu quero
saudar e dizer da sua incansável luta em defesa da Saúde. Nós temos o
governador tentando hospitais gerais, no estado de São Paulo, com portas fechadas.
Prontos-socorros com portas fechadas.
O
que significa isso? Que a porta de entrada do pronto-socorro não vai mais
atender. As pessoas terão que ir às UBSs, que já não têm nenhuma estrutura,
nenhuma condição de atender essa demanda, pois o governador, ao invés de
fortalecer a Saúde, ao invés de investir mais, em tempo de pandemia, ao invés
de fortalecer a Saúde, de investir mais para melhorar a nossa Saúde, não. Ao
contrário, ele restringe o acesso à Saúde pública.
E
aí, já tivemos o Hospital do Grajaú, o Hospital de Pedreira, Hospital de Vila
Alpina, na zona leste, o Hospital de Itaim Paulista, o Hospital de Santa
Marcelina, na zona leste, em que as pessoas estão se organizando, se
mobilizando para fazer um ato contra essa maldade do governador João Doria.
Na
próxima sexta-feira, inclusive, lá eu estarei. Vai ter um ato em protesto
contra essa maldade lá no Hospital de Santa Marcelina, na zona leste, na divisa
com Itaquaquecetuba, porque as pessoas não conseguem entender e não concordam
com essa maldade do governador João Doria.
Então,
é um governo que só faz mal para o povo. É um governo que qualquer benefício
para as pessoas ele quer retirar. Ou seja, o interesse do governador é o
interesse dos seus amigos, é o interesse dos seus aliados e também daqueles que
o defendem para tentar ser presidente da República em 2022, e não o interesse
do estado, e não o interesse da Saúde pública, e não o interesse no transporte
público, e não o interesse da moradia, e não o interesse social, o interesse da
Educação.
Todas
as maldades que estamos vendo aqui no estado de São Paulo são fruto de um
governador que não está nem um pouquinho preocupado. E esta Casa, a Assembleia
Legislativa, não pode ficar de joelhos e nem alheia a uma situação como essa.
Nós
temos que tomar providências, nós temos que repudiar. Nós temos que colocar
nossos mandatos à disposição. E é isso que eu tenho feito, colocar o nosso
mandato como instrumento da luta em defesa das políticas públicas, para
melhorar o estado de São Paulo.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS
GARCIA - PTB - Continuando
com nossa lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, eu gostaria de
chamar para fazer uso da palavra a nobre deputada Carla Morando. (Pausa.) Nobre
deputado Maurici. (Pausa.) Nobre deputado Coronel
Telhada. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.
O SR. CORONEL TELHADA - PP - Srs. Deputados, Sr. Presidente,
Sras. Deputadas, em primeiro lugar quero parabenizar a todos, cumprimentar
todos pelo nosso regresso a esta Casa. Em especial, saudar o nosso amigo
deputado Edson Giriboni, que retorna a esta Casa.
Prazer
em vê-lo, deputado, seja bem-vindo. E saudar também o deputado Murilo Felix,
que está chegando aqui. Seja bem-vindo, Murilo. Conte conosco. Saudar também
nossa assessoria Policial Militar, na figura do cabo Deluchi
e do soldado Pereira, que estão sempre prontos a nos atender.
Pois
bem, quero iniciar a minha fala saudando o município aniversariante, o
município de Itu. Um abraço a todos os amigos e amigas da querida cidade de
Itu, que hoje está aniversariando. Contem com nosso trabalho. Quero também
saudar hoje, dia 2 de fevereiro, o Dia do Agente Fiscal, uma profissão
importante. Muitas vezes não valorizada, mas de suma importância para o
controle das coisas aqui no Brasil.
Quero,
infelizmente, falar de um luto, de um grande amigo policial militar, o tenente
Darci Bim Jr., tenente Bim, meu amigo há mais de 30 anos. Foi sargento da Rota
também conosco.
Evangélico
da minha igreja, da Congregação Cristã no Brasil. Infelizmente foi vítima da
Covid, no último final de semana veio a falecer. Quero deixar um abraço à
família do Bim. Meus sentimentos por uma passagem, uma pessoa tão jovem, com
tanta vida, e essa doença terrível que tem ceifado muitas vidas aqui no Brasil
e no mundo todo.
Também,
rapidamente, quero citar aqui a morte de outros policiais militares. Eu não
posso me escusar de fazer isso aqui, porque são homens que morrem simplesmente
por serem policiais militares.
Este
primeiro, na tela, é o tenente coronel Ronilson Gomes
Pinto, lá no Maranhão. Trabalhava na seção de Segurança Institucional e
Inteligência do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão. Ele foi morto no dia
28 de janeiro, numa quinta-feira. Era casado e deixa esposa e dois filhos. Infelizmente
faleceu porque foi morto num latrocínio e, com certeza, por ser policial
militar. Foi reconhecido e foi morto.
Outro
policial militar é o 2º tenente da Polícia Militar do Distrito Federal. É o 2º
tenente Leonel Martins Saraiva, que estava já aposentado. Ele tinha um
restaurante e estava levando os funcionários para casa quando dois homens
apareceram. Abordaram o policial, retiraram-no do veículo à força e o mataram.
Ele não foi morto porque é um cidadão comum, não é porque ele foi roubado. É porque
ele era policial militar.
É
grande o genocídio de policiais militares, dos homens e mulheres das Forças de
Segurança no Brasil, e nada é feito. A gente fala em endurecer as leis, e o
pessoal fala que não, que não precisa. Todo dia eu venho aqui e falo da morte
de policiais militares. Em nenhum país em guerra morre tanto policial como no
Brasil.
Outro
policial militar é um jovem do Ceará. É o cabo Cicero Marcos Viana dos Santos,
de 38 anos, do 1º Batalhão do Comando de Policiamento de Choque, do Ceará. Foi
morto no dia 29 de janeiro, na sexta-feira, na região de Fortaleza.
Ele
foi surpreendido por homens armados que estavam em motocicleta e efetuaram
disparos de armas de fogo. Chegou a revidar, chegou a balear um dos criminosos,
mas foi ferido. Não resistiu aos ferimentos e, infelizmente, acabou falecendo,
esse cabo da Polícia Militar do Estado do Ceará.
E,
finalmente, falar aqui do policial militar do estado do Alagoas que também foi
morto no dia 28 de janeiro. É o sargento da reserva Vanísio
Santana de Araújo. Ele estava em deslocamento quando três suspeitos encostaram
e acabaram baleando o sargento Vaníso Santana de
Araújo num posto de combustíveis em Arapiraca, lá em Alagoas.
Os
três suspeitos foram presos, mas infelizmente o policial faleceu. Ele estava
dentro de um ônibus e foi retirado à força de dentro desse ônibus, quando os
homens o mataram simplesmente porque é policial militar. Continua firme o
genocídio de policiais.
Eu
quero aqui também… Alguns deputados falaram da
vergonha do nosso governador. O que ele fez hoje de manhã na Jovem Pan, o
Frederico falou, é vergonhoso. Ele está perdendo o controle emocional. Ele não
tem mais condições de comandar o estado de São Paulo. A megalomania dele é tão
absurda, é tão assustadora, que ele perdeu o controle. Ele não consegue. É
fricote no ar, é chilique, é uma situação absurda. Absurda.
Se
um governador não consegue discutir calmamente com um repórter, o que esperar
de um governador deste? E nós vimos em inúmeras outras situações. É triste a
situação do Governo de São Paulo.
Nós,
infelizmente, não confiamos mais nesse governador. É necessário que esta Casa
tome providências para que a gente pare, de uma vez por todas, com essa
situação terrível que está no estado de São Paulo, onde nós temos um governador
descontrolado comandando o estado.
Isso
é muito perigoso financeiramente. Isso é muito perigoso politicamente. Isso é
muito perigoso em questão de segurança, porque ele não tem valorizado a
Polícia, não tem cumprido o que prometeu. Então, o que nós podemos esperar de
um homem desse? Nada. Nada. Então, a melhor coisa seria
tirá-lo de onde ele está.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS
GARCIA - PTB -
Continuando a lista dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, eu gostaria
de chamar para fazer uso da palavra o nobre deputado Jorge Wilson Xerife do
Consumidor. (Pausa.) Nobre deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem o tempo
regimental de cinco minutos.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa
tarde, presidente. Boa tarde aos nossos deputados presentes no Pequeno
Expediente, àqueles que nos acompanham pela Rede Alesp,
aos nossos assessores, aos policiais militares e civis desta Casa, aos novos
deputados que chegaram. Sejam muito bem-vindos. Tem mais experiente, tem mais
recruta, mas tenho certeza de que vai agregar a esta Casa. Contem conosco no
que for possível. Eu tenho certeza de que vamos aprender muito com a
experiência de vocês. Contem comigo também.
Presidente, já foi dito aqui, e
eu preciso repetir. Faz meses, ou mais de ano, que nós subimos à tribuna para
alertar o povo de São Paulo contra esse ditador autoritário, bizarro.
Nós temos um palhaço no Palácio
dos Bandeirantes. Um palhaço. Não respeita ninguém. Não respeita ninguém. Não
respeita os deputados desta Casa. Não respeita situação. Não respeita oposição.
Já deixou bem claro aqui: não respeita os seus aliados.
Governador traidor. Vejam o que
ele fez com o seu padrinho, Geraldo Alckmin; com vários de seus
correligionários; com o presidente Bolsonaro. O Bolsodoria
não existe mais.
É um governo palhaço que nós
temos no Palácio dos Bandeirantes. Não respeita uma prefeita eleita na cidade
de Bauru. Ele, que diz tanto que respeita… Olha o slogan do governo estadual:
“São Paulo, estado de respeito”.
Respeito a quem? Esse palhaço
teve a ousadia! Aí eu preciso chamar: cadê a bancada feminista desta Casa para
defender essa prefeita, essa mulher, essa negra que chegou ao poder pelo voto
popular do povo de Bauru? Cadê? Não vai ter nota de repúdio a esse palhaço que
ocupa o Palácio dos Bandeirantes? Não vai ter? Não vai ter o movimento negro
defendendo essa prefeita?
Hoje esse palhaço pediu, ao
vivo, a demissão... Ele pediu ao vivo a cabeça de um jornalista da rádio Jovem
Pan. Por que ele fez isso? Porque o Rodrigo Constantino, com quem já tive
várias divergências… Já discutimos na rede social, já discutimos ao vivo. Já
trocamos muita porrada nas redes sociais, mas o Constantino foi ao ponto.
Como esse palhaço chama o
presidente de genocida quando São Paulo tem mais de 50 mil mortos pelo
coronavírus? Rodrigo Constantino foi ao ponto. Se São Paulo fosse um país,
seria o 14o país em número de mortos.
Esse palhaço teima em negar os
fatos. Hoje ele encontrou um jornalista que não é pago pelo soldo do Palácio
dos Bandeirantes. Não são jornalistas pelegos da TV Cultura, pagos pelo imposto
do contribuinte de São Paulo.
Quem não lembra da outra vez que
ele começou a ser questionado no Palácio, naquele comício antecipado, onde ele
disse que o jornalista precisava comer um docinho, que ele estava muito amargo?
Ele não respeita ninguém, meu Deus do Céu. Não respeita ninguém. Ele já não
tinha, já não gozava do meu respeito. Agora, ainda menos.
Olha o que estão fazendo com o
nosso povo. Esse palhaço trocou São Paulo e foi para Miami. Mandou os filhos
para Trancoso. O outro palhaço, que ocupa a Prefeitura de São Paulo, trancou a
cidade e foi para o Maracanã com o seu filho. Questionado nas redes sociais,
disse que era direito dele.
Ora, também tenho o direito de
levar os meus filhos no parque, no estádio. Ou só esses dois palhaços que podem
acabar com o emprego, acabar com o projeto de vida, acabar com o comércio,
acabar com a cidade, acabar com o estado de São Paulo e viajar para Miami,
viajar para Trancoso, viajar para o Maracanã? E justificar essas maluquices,
essas bizarrices que vêm tomando no estado de São Paulo com aquele bando de
pelego que se diz cientista?
É uma vergonha. Vou entrar com
outro pedido de impeachment contra esse governador que tem medo de tudo e de todos.
Tem medo do povo de São Paulo. Sai debaixo da mesa, governador, palhaço do
Palácio dos Bandeirantes.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS
GARCIA - PTB - Continuando
a lista dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, gostaria de chamar para
fazer uso da palavra a nobre deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Nobre
deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Nobre deputado
Tenente Nascimento. Não fará uso da palavra. Nobre deputado Castello Branco.
Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. CASTELLO BRANCO - PSL - Dia 2 de fevereiro de 2021,
terça-feira, primeiro dia de trabalhos legislativos. Deputado Castello Branco
vem a esta tribuna para defender a abertura das escolas. Chega de escola
fechada. Lugar de criança é na escola.
Preparamos
uma apresentação técnica, como é da minha natureza, para que eu faça a
sustentação oral dos argumentos que me levam a isso. Enquanto a técnica
prepara, eu gostaria de dizer o seguinte: uma nação gloriosa como o Brasil deve
colocar as suas crianças em primeiro lugar. Uma nação que se preze deve dar
prioridade à Educação das crianças, porque, sem elas, nós não teremos futuro.
Tudo pelas nossas crianças.
Enquanto
grande parte do mundo mantém as suas escolas abertas, mesmo durante a alta
recente da Covid, o Brasil pode se tornar uma exceção, ao passo que ainda não
há uma data para a retomada integral das aulas presenciais, com exceção de um
estado, como mostraremos a seguir.
Em
vários países da Europa foi decretado o lockdown por
conta do aumento do número de infectados. Mesmo assim, alguns países não
fecharam as suas escolas. A França, por exemplo, mantém as suas aulas abertas e
tem um baixo índice de contaminação. Segundo o relatório da Organização dos
Países Desenvolvidos, elaborado em setembro do ano passado, o Brasil está no
grupo dos países com mais tempo de escolas fechadas do mundo desde o início da
pandemia.
Mais
de 400 pediatras assinaram carta de apoio ao retorno das aulas presenciais.
Esse grupo de pediatras, de diversos hospitais e universidades, a maioria aqui
no estado de São Paulo, assinam esta carta técnica demonstrando que não tem
cabimento e que a relação custo-benefício é altamente desfavorável para as
nossas crianças.
Neste
documento, por exemplo, os autores apresentam inúmeros artigos científicos que
mostram que o retorno às atividades escolares presenciais é seguro para
crianças e adolescentes, evidentemente desde que haja medidas de prevenção a
serem implementadas.
A
Sociedade Paulista de Pediatria e, posteriormente, a Sociedade Brasileira de
Pediatria já se manifestaram, oficialmente ou extraoficialmente, dizendo que
apoiam a retomada das aulas presenciais.
Em
agosto, a instituição publicou um documento técnico alertando para os prejuízos
- e são muitos - decorrentes do fechamento prolongado das escolas,
principalmente nas classes sociais menos favorecidas, com maior vulnerabilidade
social.
O
prejuízo do Brasil será muito maior do que a doença. Eu não tenho dúvida que
este é um dos temas mais controversos do momento: se devemos ou não abrir as
escolas. Porém, o que se sabe, com certeza, é que a paralisação das atividades
escolares é muito e especialmente danosa para as crianças de zero a 12 anos.
Todo
neurocientista sabe que 80% das sinapses cerebrais, dos neurônios, das células
cognitivas são formadas nesse período, principalmente na época de
alfabetização, chamada época de ouro. Ou seja, se você perde essa janela de
oportunidade, nós já poderemos chamar, talvez, de a geração perdida. Dois anos
prolongados perdendo essa janela de aprendizagem. Nunca mais as nossas crianças
vão se recuperar.
A
culpa será nossa, que temos usado da pandemia da Covid para interesses
pessoais, para ganhar dinheiro, para fazer política barata usando as nossas
crianças como bucha de canhão. Isso é uma sacanagem. O fechamento das escolas
está associado a muitos déficits de aprendizagem, aumento de desigualdade
educacional e problemas de saúde mental, entre outros, cuja cota as gerações
futuras é que vão pagar se nós permanecermos com as escolas fechadas.
Um
artigo publicado em agosto na revista “Pediatrics”,
da American Academy of Pediatrics, principalmente da Universidade de Vermont, após
uma revisão bibliográfica de estudos científicos, chegou à seguinte conclusão.
Um: não são transmissoras significativas de Covid. As crianças não o são. Dois:
é possível reduzir drasticamente, com cuidados, a possibilidade de contágio no
ambiente escolar.
Mesmo
diante do avanço da pandemia em todas as regiões brasileiras, pelo menos 10
estados preveem o retorno às aulas em sistema híbrido. Está aí: São Paulo,
Ceará, Paraná, Maranhão e Acre. O estado de Goiás teve o retorno às aulas
presenciais, em forma híbrida, para estudantes da rede estadual agora dia 25 de
janeiro.
Foi
o primeiro do Brasil em 2021. Dois estados vão começar com aulas presenciais em
fevereiro: Pernambuco, apenas o ensino médio; e Santa Catarina, que retorna as
atividades presenciais em toda a sua rede municipal.
Só
mais uns 30 segundos, Sr. Presidente, por favor, para terminar o raciocínio.
Próximo slide. O Governo do Estado de São Paulo vem adiando o início das aulas.
O retorno das aulas foi discutido para ser flexibilizado. Houve um decreto.
Esse decreto gerou judicialização. Agora as aulas da rede estadual devem
começar dia 8 de fevereiro, e a autorização para escolas particulares, no dia 1o
de fevereiro.
Eu
vou terminar o meu discurso. Voltarei a esta tribuna mais algumas vezes para
defender que a Educação precisa voltar o quanto antes ao seu formato
presencial, pois a educação de crianças e adolescentes é atividade e serviço
essencial de uma nação.
Crianças
acima de tudo, e Deus acima de todos.
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS
GARCIA - PTB - Continuando
a lista dos oradores inscritos, Coronel Nishikawa.
(Pausa.) Nobre deputado Edson Giriboni. Vossa
Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. EDSON GIRIBONI - PV - SEM REVISÃO DO ORADOR - Srs.
Deputados, Sras. Deputadas, presidente Douglas Garcia, telespectadores,
funcionários desta Casa, pessoal da Polícia Militar, todos os que estão nos
acompanhando neste dia de reabertura dos trabalhos aqui na Assembleia, é uma emoção
grande poder voltar após ter ficado dois anos ausente, respeitando a decisão
dos eleitores. Cumprimento o deputado Murilo Felix, que também tomou posse
juntamente conosco no último dia 4 de janeiro.
Hoje
o Governo do Estado de São Paulo lançou um programa que acompanhei online, um
programa de recuperação de estradas vicinais do estado de São Paulo, uma ação
importante. Recebemos muitas demandas dos prefeitos, principalmente dos
prefeitos da minha região, a região de Itapetininga; o Sudoeste; o Alto Vale do
Ribeira, em função das dificuldades que essas prefeituras têm para manter as
estradas vicinais, principalmente os municípios mais extensos, com grandes
áreas territoriais.
Portanto,
centenas de quilômetros de estradas vicinais, estradas rurais de difícil
manutenção por parte das prefeituras. Uma ação louvável. Eu espero… Encaminhei
ao Governo do Estado as principais vicinais dos municípios da minha região.
Espero que elas possam ser contempladas nesse programa do Governo do Estado de
São Paulo.
Mas
eu queria reforçar um encaminhamento que já fiz ao Governo do Estado em relação
a algumas rodovias estaduais da minha região. Rodovias estaduais é
responsabilidade de manutenção pelo estado, através do DER.
Nós
temos algumas estradas absolutamente precárias, sem nenhuma condição de
circulação, constantemente interrompidas, principalmente no Alto Vale do
Ribeira. A estrada SP-249, entre Apiaí e Ribeirão Branco, é uma estrada que já
teve o seu início de pavimentação por várias vezes e hoje se encontra totalmente
paralisada, metade feita, já com dificuldades de manutenção. Uma outra boa
parte, ainda trecho é em terra.
É
uma estrada superimportante, ligando a região de Itapeva à região de Apiaí, a
região do Alto Vale do Ribeira. Então reitero, aqui nesta tribuna, o nosso
pedido ao Governo do Estado: um olhar especial a essa rodovia estadual, de
responsabilidade do Estado, a SP-249, de Apiaí a Ribeirão Branco. Que ela possa
finalmente ser retomada e ser concluída.
Também
uma outra SP muito precária é a SP-165, entre Apiaí e Iporanga,
constantemente interrompida, em precaríssimas condições de segurança, ajudando
a ligar o Alto e o Baixo Vale do Ribeira. Nós sabemos que o Governo do Estado
tem um olhar especial ao Vale do Ribeira.
Então,
portanto, são duas estradas superimportantes, de responsabilidade do estado.
Nós esperamos que o DER consiga viabilizar recursos para que nós possamos ter
essas duas estradas recuperadas, além das estradas vicinais.
Outra
estrada também muito precária na nossa região é a SP-250, entre Piedade, Pilar
do Sul e São Miguel Arcanjo, também em precárias condições. São Miguel Arcanjo,
Capão Bonito, a SP-250 também está precisando ser totalmente construída,
pavimentada, recuperada. Enfim, são estradas estratégicas na nossa região. A SP-268,
ligando Angatuba ao bairro Estação Angatuba, principalmente agora, com a
modernização da Raposo Tavares, uma ligação importante de responsabilidade do
estado. Nós também temos um acesso ao município de Itatinga precisando ser
recuperado, implantação de terceira faixa.
Enfim, são
ações importantes de responsabilidade do estado de São Paulo que nós temos aqui
o dever, como deputado daquela região, de levar ao conhecimento do estado,
cobrar, e esperamos que o governo seja sensível aos nossos apelos e às nossas
reivindicações.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS
GARCIA - PTB -
Eu que agradeço. Desejo boas-vindas à Assembleia de São Paulo ao deputado Edson
Giriboni, bem como também ao deputado Murilo Felix.
Sejam muito bem-vindos.
Encerrado o Pequeno Expediente pelo esgotamento de tempo, eu
gostaria de abrir a lista para os oradores inscritos no Grande Expediente.
* * *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS
GARCIA - PTB - Gostaria
de chamar para fazer uso da palavra a nobre deputada Janaina Paschoal. Vossa
Excelência tem o tempo regimental de dez minutos.
Solicito ao nobre deputado Frederico d'Avila que assuma os
trabalhos.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Renovo aqui os votos de um
ano muito harmonioso nesta Casa e para todos que nos acompanham, um ano com
muita saúde, que é o que importa.
Complementando
a primeira fala, a fala do Pequeno Expediente, eu queria só dizer que o nome do
promotor de Justiça que está lutando para colocar o HC de Bauru em
funcionamento é o Dr. Enilson Komono,
a quem novamente eu externo a minha solidariedade.
E também à
prefeita Suéllen Rosim eu externo a minha
solidariedade, porque, convergindo ou divergindo, a prefeita tem todo o direito
de se manifestar e lutar por sua cidade da maneira que ela entende que é a
melhor. Quando uma pessoa é desautorizada, todas as demais acabam sendo. Então,
eu fiquei muito incomodada com a maneira que o governador se referiu à
prefeita.
Entendo que
aquela população, as cidades vizinhas e o estado precisam de uma explicação e
da demonstração de qual é o plano para o HC de Bauru. Não adianta falar:
“Fulana é assim. É do partido A; é do partido B. É bolsonarista;
não é bolsonarista”. Só o que nós queremos é entender
qual é o plano do Governo do Estado para o Hospital das Clínicas de Bauru. E
queremos também...
Aliás, eu
fiz vários ofícios nos últimos dias, alguns requerimentos de informação que
deveriam ter sido publicados hoje - não foram, provavelmente serão amanhã -,
indagando não só a respeito do Hospital das Clínicas de Bauru, mas de outros
tantos equipamentos de saúde, dentre eles o Hospital Geral do Grajaú, o Hospital
Geral de Pirajussara, o Hospital Estadual da Vila
Alpina, o Hospital Estadual de Francisco Morato, o Hospital Geral de Pedreira e
o Hospital Geral do Itaim Paulista.
Por meio de
munícipes, de usuários dos serviços de saúde desses equipamentos, eu recebi a
informação da desativação de uma série de serviços. Dentre eles, o que mais me
preocupou foi o pronto-socorro.
Estive na
Secretaria da Saúde - já tem uma outra reunião agendada -, e a informação que
chega é a de que a Secretaria pretende resguardar esses equipamentos que tratam
alta e média complexidade para casos de alta e média complexidade, deixando os
casos mais simples para os equipamentos do município.
Eu
compreendo o raciocínio. O problema é que o caminho está sendo trilhado da
maneira contrária. Primeiro, vamos ver se o município tem estrutura, se as
UBSs, as UPAs estão
funcionando adequadamente, para depois, se houver essa estrutura, aí sim deixar
aquele hospital apenas para situações de maior complexidade.
O que não dá é para, em meio a uma pandemia,
fechar as portas de pronto-socorro de alta circulação de cidadãos, deixando
essas pessoas órfãs e, conforme já está sendo noticiado na imprensa, inclusive
se aglomerando em equipamentos de saúde menores com menos pessoal.
Num primeiro
momento - e hoje foi muito bom que eu encontrei aqui a deputada Analice, que é
presidente da Comissão de Saúde - tinha havido um compromisso de repensar este
plano e talvez, a depender do esclarecimento para a população, da verificação
dessa estrutura, retomar esse plano em maio. O problema é que todos nós fomos
surpreendidos com o fechamento desses equipamentos.
Não é só a
população. É quem está aqui também representando a população; é a presidente da
Comissão de Saúde. Então, é muito grave o que está acontecendo pela falta de
diálogo. Todos sabem que eu não sou de subir aqui para criticar, para agredir.
Não é um comportamento, vamos dizer assim, padrão. “A Janaína tem um lado A ou
um lado B e sempre vai criticar qualquer coisa”. Não é isso.
Eu sempre
ouço todos os lados, mas não tem como aceitar hospitais fechados, obras
paradas, hospitais importantes para a população tendo seu funcionamento
limitado. Um PS, por mais que se diga: “Está com uma dor de cabeça? Vá ali”,
toma tempo do médico que poderia estar cuidando de algo mais importante. Mas
pode ser um quadro grave que é aquele médico que vai verificar, e a pessoa vai
ficar sem atendimento?
Então, eu
estou muito preocupada com decisões que estão sendo tomadas assim de maneira
muito vertical, muito autoritária, sem debate com a população, sem debate com
os representantes da população, que somos nós, independentemente de partidos,
sem chance de questionamento, e mais: sem nenhuma explicação.
Todo mundo
que está aqui - eu vivo apanhando dos deputados bolsonaristas
na Casa - sabe que eu não sou uma bolsonarista.
Quando eu concordo, eu elogio; quando eu discordo, eu critico, às vezes até de
maneira dura e pública. Então, o governador pegou essa mania, sempre que ele é
criticado, ele acha que quem está do lado de lá é bolsonarista.
Isso, além de ser ruim para a população, é uma blindagem que o protege de dar
explicações.
Então, nós
não estamos cobrando que os hospitais atendam a população por sermos ou não
sermos bolsonaristas ou esquerdistas, ou seja lá o
que for. Estamos cobrando porque a população precisa de atendimento, em
especial neste momento. “Ah, mas houve corte.” Houve corte, mas todo mundo sabe
que na Publicidade não teve corte. “Ah, teve que tirar dinheiro dos hospitais
por causa da pandemia”, mas da Publicidade não tiraram.
Então,
quando cortam só nas áreas que são estratégicas para a população e deixam nas
áreas estratégicas para quem está no poder, eu não tenho como aceitar e ficar
calada. E trago mais um item que eu tenho debatido nas redes, por meio de ofício,
requerimento de informação: o Hospital Darcy Vargas, que é um hospital
infantil, um hospital referência para cirurgias de crianças.
Os usuários,
os colaboradores estão todos preocupados com um “zum-zum-zum” - e o termo é
esse mesmo; não tem termo técnico para isso - de que estaria havendo uma
permuta, uma negociação em torno do terreno em que está esse hospital. E,
segundo o “zum-zum-zum”, teria havido uma proposta de uma construtora para
ficar com a área onde está o hospital e mandar o hospital para um outro terreno
mais distante.
Eu não
consegui ainda apurar se isso procede. Então, já falei isso nas redes, já
mandei requerimento de informações, já entrei em contato com todos os setores
da Secretaria; tenho uma nova reunião para esta semana. Se isso for procedente,
vou lutar com todas as minhas forças contra e vou informando a população desta
tribuna. Agora, quero crer que seja apenas um boato, por quê?
Porque, se
nós estamos com dificuldades, como os senhores viram nas imagens que eu passei
no início da nossa sessão, de colocar um HC lindinho, prontinho, em
funcionamento; um HC ligado a uma faculdade de medicina; se nós estamos com
dificuldade de terminar as obras dos hospitais de Peruíbe e Bertioga - a obra
está parada -, como é que vai dizer que vão fazer um hospital inteiro para
colocar em funcionamento a tempo de as crianças que se tratam no Darcy poderem
seguir com seus tratamentos?
Então, a
gente não pode mexer no que está dando certo, porque, além do dinheiro da obra,
tem toda a burocracia para colocar um hospital em funcionamento. As pessoas que
olham de fora não têm ideia do trabalho que é.
Então, se o
Darcy funciona bem - e eu tenho referências de médicos, pacientes,
colaboradores -, nós não vamos deixar mudar, nós não vamos deixar fechar. Não
adianta querer fazer outro hospital em outro lugar e pôr o nome de Darcy. Vamos
manter o Darcy onde está e como está e, se quiserem construir outro, ótimo.
Muito
obrigada, Sr. Presidente.
* * *
- Assume a Presidência o Sr.
Frederico d'Avila.
* * *
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO
D'AVILA - PSL -
Obrigado, deputada Janaina. Dando continuidade à lista de oradores, chamo agora
o deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputada Leci
Brandão. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos, que em permuta troca o seu tempo
com o deputado Altair Moraes, que tem o tempo regimental.
O SR. ALTAIR MORAES -
REPUBLICANOS - Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, muito boa tarde. Boa tarde, presidente. Hoje eu subo a esta tribuna
- o meu amigo Gil, eu tenho certeza de que ele vai entender, a deputada Janaina
e outros - para defender o que eu creio. Eu creio na família tradicional; eu
creio na criação dos meus filhos, como eu devo fazer.
E hoje eu
venho falar de uma senhora que eu acredito que alguns devam conhecer, chamada
Maria das Graças Xuxa Meneghel. Aqui, a Xuxa, a
Rainha dos Baixinhos. Essa senhora, a Xuxa, que tem um trabalho grande e que a
gente não vai entrar nesse mérito. Não estou aqui para falar disso, mas, a
partir do momento que eu entendo que qualquer um que seja, deputada Janaina,
venha trabalhar na cabeça das nossas crianças…
Eu sou pai e
eu sou avô e jamais acredito que a senhora, que parece que tem quatro filhos…
São quatro? Já ia jogar quatro aqui para a senhora. Mas a pessoa que tem filho
- eu quero falar com você que está em casa também - você tem coragem de dar uma
comida estragada para o seu filho? Eu não tenho.
Se eu souber
que aquela comida vai fazer mal, eu não vou dar, porque, com certeza, vai fazer
muito mal àquela criança. E nós vemos hoje na literatura infantil uma ideologia
podre, nefasta, nojenta, e uma delas é este livro que eu comprei, pensando em
ler as histórias deste livrinho bem inocente da Sra. Xuxa, da Dona Maria das
Graças, chamado “Maya: bebê arco-íris”. Preste atenção.
Quando eu
comecei a ler essa nojeira que se chama de livro, que para mim é comida
estragada, eu comecei a entender uma certa ideologia aqui muito forte. Para
começar… Eu não sei quem é religioso; eu sou. Eu acredito piamente no que está
escrito na palavra de Deus, na Bíblia, e ela vem com algumas histórias aqui
meio estranhas.
Quem chama
Deus de “o Cara lá de cima” deve ter muita intimidade para isso, não é, Xuxa?
Você deve ser uma pessoa muito íntima com Deus. E pega um anjo de asinhas do
arco-íris, e esse anjo, senhores - prestem muita atenção nisso - começa a
escolher os pais que vão morar na Terra. Até parece que essa história é assim
mesmo, mas deve ser no mundo de fantasia dessa mulher, dessa senhora, Dona
Maria das Graças.
E esse anjo
escolhe morar e Deus até fala - o Deus dela, “o Cara lá de cima” - que é melhor
morar com dois homens ou com duas mulheres. Talvez você que está em casa, você
que está me ouvindo aqui, diga: “Isso é bobagem; isso é ficção”. Não, isso é
ideologia; isso é pensamento podre e nefasto. Está querendo influenciar as
nossas crianças.
As pessoas
podem ter a opinião delas, tomar a decisão que elas bem quiserem. Agora,
colocar esse lixo como um livro para criança, com mensagem subliminar… Eu sei,
meus amigos, se eu ler este livro aqui, isto aqui não vai influenciar em nada
em mim, nada, e em alguns de vocês. É claro, nós somos homens, somos senhores,
somos adultos. A gente sabe muito bem o que quer.
Agora, deixe
uma criança ler isto aqui. E o pior de tudo: não tem nada no livro falando sobre
esse tipo de conteúdo, nada. Aparentemente muito puro, muito inocente. Quando
você lê, é um lixo.
Então, eu
protocolei um projeto de lei que deixa claro o seguinte - vou até dar uma lida
aqui para alguns entenderem melhor - que obriga todo livro, revista, mídia, que
tenha conteúdo sexual, como este aqui tem, ou de conceito de família que
contraria a Constituição, que venha com um aviso bem grande e informativo para
quando os pais, como eu, que fui comprar esse livrinho para ler a historinha
para o meu netinho...
Quando eu
li, eu vi essa nojeira, mas tem que estar escrito aqui avisando que tem esse
tipo de conteúdo, assim como o cigarro faz mal e a gente pega aí - as pessoas
que fumam - a carteira de cigarros e vê lá alguém morrendo, que isso não é bom
para a saúde. Então, por que não faz isso com as crianças? Por que não coloca
esse conteúdo nos livros?
Mas não, a
Sra. Xuxa Meneghel, a Dona Maria das Graças acha que
pode destruir as nossas crianças, como vem fazendo há muito tempo, mas isto
aqui para mim é lixo, e eu aconselho vocês, pais, a prestarem muita atenção
quando forem ler algum conteúdo para seus filhos, porque, torno a dizer, isto
aqui para mim, Dona Maria das Graças, é lixo. Isto aqui merece ir para o lixo,
porque eu entendo que lixo deve se jogar aqui, no lixo. É isso, Dona Maria das
Graças, que a senhora está fazendo com as nossas crianças.
Muito obrigado a todos.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO
D'AVILA - PSL - Obrigado,
deputado Altair Moraes. Continuando a lista do Grande Expediente, chamo agora o
deputado Major Mecca, que permuta com o deputado
Douglas Garcia. O senhor tem dez minutos regimentais.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Quero aqui cumprimentar a
todos, a Assembleia de São Paulo, deputados estaduais, servidores da
Assembleia, Rede Alesp, público que nos assiste
através da Rede Alesp e os policiais militares aqui
presentes.
Senhores, é
motivo de muita alegria para mim retornar a este
plenário, a esta tribuna, representando a parcela da população paulista que me
confiou o voto e me trouxe aqui para fiscalizar os atos do governador, para
cobrar os atos do governador e principalmente também para fazer o meu papel de
oposição a este governo, que está destruindo o estado de São Paulo.
Como não
poderia deixar de falar, o assunto hoje é focado no chilique do governador João
Doria, o chilique que ele deu na rádio Jovem Pan quando atacou de forma
completamente leviana o jornalista Rodrigo Constantino.
Senhores, o
que mais me deixou enojado, o que mais me deixou irritado não foi apenas a forma com que ele se portou.
Isso não é maneira
de um líder de estado se comportar. Isso não é maneira de uma pessoa que detém
um cargo tão importante, que é governar um estado, se comportar, ter essa
postura. Não apenas isso, mas as mentiras, deputado Frederico d’Avila, que
foram ditas pelo governador João Doria.
Ele afirma categoricamente que trabalha através da
Ciência, da Saúde, da medicina para ajudar a população paulista a combater a
Covid-19, o coronavírus, sendo que o estado de São Paulo está um verdadeiro
caos, absoluto caos, por causa do governador João Doria, por responsabilidade
única e exclusiva do governador João Doria. Eu trouxe aqui exemplos práticos disso.
O Governo do Estado
de São Paulo cortou verbas para as Santas Casas. As Santas Casas, para quem não
sabe, pelo menos 180 entidades que tiveram a redução desse benefício, Santas
Casas sustentáveis, são responsáveis por mais de 70% dos atendimentos em
Covid-19 nas suas regiões - 70% dos atendimentos de Covid-19 nas suas
regiões - e estão sendo impactadas diretamente com a redução do repasse desse
benefício que era feito pelo governo do estado.
Porque o governador acha melhor fazer sabe o quê, deputado Frederico d’Avila? Aumentar o dinheiro para publicidade e propaganda, como ele fez aqui no final do ano passado. Cento e cinquenta e três milhões de reais para publicidade e propaganda. E este ano o que ele faz? Reduz benefícios para a área da Saúde, principalmente aquelas instituições que estão lutando contra o coronavírus, contra a Covid-19. A Santa Casa de Araraquara, por exemplo, teve um corte de 1,7 milhão de reais, e a responsabilidade disso é do governador João Doria, sim.
E para não falar
apenas das entidades beneficentes, aquelas que são de direito privado, falo
aqui também dos hospitais públicos, dos hospitais do estado. Nós tivemos uma
denúncia que foi feita no jornal através do prefeito de Ilhabela, o Sr. Toninho Colucci, afirmando categoricamente que o hospital regional
do estado, no Litoral Norte, funciona só de fachada. Está lá há mais de
ano funcionando só de fachada.
As pessoas não têm
o atendimento que deveriam efetivamente ter no hospital regional do Litoral
Norte. Estão indo para outras cidades vizinhas, São José dos Campos, Jacareí
etc. Por quê? Porque o governador do estado simplesmente resolveu abandonar. Estão funcionando apenas
algumas UTIs.
Ou seja, atendimento de fachada. Se aquele hospital estivesse efetivamente funcionando em 100% da sua funcionalidade, talvez aquela classificação que foi imposta, como em muitos outros municípios, pelo governo do estado, não estivesse daquela forma.
Então o prefeito
culpa e responsabiliza, sim, o governador João Doria pelas mortes que estão
acontecendo no Litoral Norte. Mais de 53 mil pessoas morreram no estado de São
Paulo graças ao governador João Doria. O governo Doria é um governo genocida,
sim. O governo Doria é um governo negacionista, sim. O governo Doria é um
governo ditatorial.
O governo Doria é
um governo que não liga para a vida da população paulista, porque, se ligasse,
se se importasse, se tivesse desde o início trabalhado através de remédios,
através de medicamento precoce, através do tratamento precoce... Não precisa
ser apenas com hidroxicloroquina.
Nós temos muitos outros estudos científicos que tratam de forma precoce o coronavírus, a Covid-19, mas o governador, por pura birra política, resolveu simplesmente politizar uma doença. Resolveu simplesmente jogar nas costas da população paulista, na conta da população paulista, milhares de mortes. E não vem dizer que é culpa de “x”, “y” ou “z”. A culpa é do governador João Doria, sim.
Continuando aqui,
senhores, falando o que já foi denunciado por muitos outros deputados.
Inclusive, a própria deputada Janaina Paschoal trouxe um vídeo. Uma ala
cirúrgica inteira do Hospital de Base de Bauru fechada. O promotor de Justiça
de Bauru trouxe aqui o vídeo pela deputada Janaina Paschoal.
Aquilo ali circulou nas redes sociais, e o que o governador João Doria fez? O que o governo do estado fez? Simplesmente resolveu atacar a prefeita. Simplesmente resolveu agir de forma politizada, no meio de uma doença, politizando a doença, fazendo com que a população seja completamente largada ao léu.
Senhores, é inadmissível esta Casa de Leis simplesmente se silenciar diante dos ataques que o governador João Doria tem feito à população. Leitos faltando em centenas de hospitais. Quando teve tempo para impedir, tempo hábil de impedir que isso acontecesse, o governador não o fez, e agora quer responsabilizar essa culpa.
Péssimo
investimento em Saúde. Muito investimento em publicidade e propaganda. Aumento
de imposto em plena pandemia. O governo João Doria é o governo em que a
pandemia se tornou completamente fora de controle no estado de São Paulo.
O que ele chama de
controle é fechar comércio, é proibir empregos, é a retirada de empregos, é
proibir a população de conseguir trazer o sustento para a sua própria casa. O
governo Doria é sinônimo de um governo de desemprego.
O governo Doria é sinônimo de um governo que não liga para a população. É um governo do genocídio do povo paulista. É o governo da corrupção moral. É o governo do mais velho tucanato, que está acabando com este estado, senhores.
E ele vem à imprensa, à rádio “Jovem Pan”, se vangloriar, querer dizer que fala em nome da Ciência, em nome da medicina. Nós temos muitas associações de médicos. Inclusive, aqui eu quero citar uma, “Médicos pela Liberdade”, que se posicionam radicalmente contra as medidas que são adotadas pelo governador João Doria.
Ele não fala em nome da medicina. Ele não fala em nome da Ciência. E é por isso que nós, deputados, precisamos barrar os desmandos que esse governador tem feito. Eu estou entrando com uma representação no Ministério Público do Estado de São Paulo contra a redução do repasse de dinheiro que é feito às Santas Casas sustentáveis, às Santas Casas do estado de São Paulo.
É inadmissível,
senhores, que o governador do estado aumente o imposto da população, aumente os
gastos com publicidade e propaganda e reduza dinheiro para a área da Saúde,
sendo que boa parte dessas instituições que recebem dinheiro da área da Saúde
estão atendendo as pessoas que estão sofrendo com essa doença maldita, porque o
governador simplesmente resolveu deixar de passar dinheiro para as
instituições. É inadmissível. Esta Casa não pode permitir que isso
aconteça.
O Ministério Público do Estado de São Paulo precisa trabalhar em cima disso, precisa agir como fiscal da lei, e é por isso que eu estou representando o governador na Promotoria de Justiça de Saúde, exigindo que esse repasse seja feito imediatamente, como era feito anteriormente. Que tire dinheiro da área da publicidade e propaganda, que tire dinheiro dos amiguinhos do João Doria, que tire dinheiro daqueles grupos de amigos que o governador quer tanto agradar e que conseguiu, infelizmente, fazer no ano passado.
É um governo ditatorial, que pede a cabeça de um jornalista ao vivo. O governador João Doria pediu a demissão de um jornalista simplesmente por ele ser contra a opinião do Poder Executivo. O nome disso é ditadura. O nome disso é censura.
E não me custa
acreditar, senhores, que isso infelizmente possa acontecer, porque, depois de
mais de 150 milhões de dinheiro enviado em publicidade e propaganda, se amanhã
o Rodrigo Constantino for simplesmente demitido da rádio “Jovem Pan”, eu não
vou ficar surpreso.
Não ficarei. Por
quê? Porque nós sabemos que, quando se trata de manipular, quando se trata de
mentir, quando se trata de gastar dinheiro com coisas desnecessárias,
supérfluas, o governador do estado de São Paulo é especialista nisso.
Ele é especialista em mentir. Ele é especialista em manipular. Ele é especialista em fazer com que o estado fique nessa podridão, mas nós vamos reagir. Nós provocaremos todas as instituições que forem necessárias para poder barrar os desmandos do governador no estado de São Paulo: o Ministério Público, o Tribunal de Justiça. Nós vamos lutar com todas as nossas forças contra esses desmandos do governador João Doria.
Os hospitais de base, como o Hospital de Bauru, precisam de atendimento. As Santas Casas precisam de atendimento. O povo do estado de São Paulo não vai ficar sofrendo enquanto esse governador está gastando dinheiro com seu grupo de amigos, jogando dinheiro para a imprensa.
Para concluir, Sr. Presidente. Nós temos que tomar uma atitude, e a atitude é barrar os desmandos do governador, seja cessando seus atos no Ministério Público, seja impedindo por esta Casa de Leis. E uma das ações de fazer isso, senhores, é, sim, dando prosseguimento ao impedimento do governador aqui.
Vou falar todo santo dia, porque é responsabilidade nossa, e, a meu ver, esse governo já era para ter caído há muito tempo. Basta apenas que os deputados desta Casa de Leis tomem a coragem que os deputados de Santa Catarina tiveram, que os deputados do Rio de Janeiro tiveram, e eu sei que nós temos, e que a hora do governador vai chegar.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Obrigado, deputado Douglas
Garcia. Continuando a lista, peço a gentileza que o senhor reassuma a
Presidência desta sessão e, desde já, cedo parte do meu tempo ao nosso ministro
Barros Munhoz, para fazer aqui um pronunciamento.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Douglas Garcia.
* * *
O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Sr. Presidente, Sras. Deputadas,
Srs. Deputados, senhores assessores, que estão trabalhando em seus respectivos
locais de trabalho, galeria, quem está assistindo pela TV Assembleia, muito
rapidamente, antes de mais nada, quero agradecer ao nosso nobre e querido
colega, deputado Frederico d’Avila.
Eu quero fazer um pronunciamento
de gratidão e de muita dor. Ontem faleceu em Santo Antônio de Posse o
ex-prefeito Norberto Olivério, uma pessoa extraordinária, um político que pode
servir de exemplo para São Paulo e para o Brasil.
Foi prefeito três vezes,
trabalhou com dignidade, revolucionou a sua cidade, que
era uma cidade tida como pequenininha e que, de repente, se
transformou em uma cidade atraente, bonita, boa para se morar, boa para se
empreender, uma cidade como todo mundo sonha em ter como sua.
Norberto era um pai de família
exemplar, um cidadão exemplar. Eu agradeço esta oportunidade de fazer esta
homenagem, que, tenho certeza, não é feita apenas em meu nome. É em nome de
todos aqueles que conheceram o Bertinho, todos aqueles que conviveram com ele e
todos os possenses e os cidadãos da nossa
querida região da Baixa Mogiana e também do Circuito das Águas.
Feito esse registro, eu agradeço
mais uma vez ao nobre companheiro e lhe devolvo a palavra.
O SR. FREDERICO D’AVILA -
PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, prezados
colegas, volto aqui a esta tribuna neste Grande Expediente para falar acerca do
veto, deputado José Américo, ao meu Projeto de lei nº 38, de 2020, que
obrigava... Na verdade, exigia - a melhor das palavras, deputada Janaina -, arroz
e feijão todos os dias na merenda escolar, que foi vetado pelo governador João
Doria.
Nós iríamos substituir uma série
de alimentos de má qualidade, processados, ricos em sódio, em açúcar, que
provocam diabetes, pressão alta e tantos outros problemas de saúde nas nossas
crianças, que hoje padecem de obesidade infantil, e ainda mais na idade de
aprendizado, de estímulos cognitivos, onde o feijão, especificamente, tem uma
participação fundamental, por conta das suas propriedades
nutritivas.
Então, o Projeto de lei nº 38,
de 2020, que foi aprovado por unanimidade nesta Casa, sem nem sequer um voto
contra, foi vetado pelo “João Miami”, e nós vamos propor justamente a derrubada
desse veto do governador João Doria. Peço desde já que as entidades, tanto educacionais
quanto entidades do setor, pressionem esta Casa para que votem a derrubada
desse veto.
Tivemos uma grande manifestação
do setor agrícola no último dia 7 de janeiro, onde houve os “tratoraços” em protesto aos aumentos abusivos de impostos
praticados pelo componente da súcia que rodeia o governador João Doria, o Sr.
Mauro Ricardo Costa, que já passou por Goiás e foi tocado embaixo de vara.
Passou pelo Paraná tocado embaixo de vara, Bahia, tocado embaixo de vara, e
agora volta a São Paulo. Já esteve no município, agora está no estado.
Eu quero, deputada Janaina... Eu
gostaria muito... É lógico que nós não temos essa possibilidade no mundo dos
homens, de dizer isso, mas que a alma do Sr. Mauro Ricardo, quando chegar o dia
do Juízo Final, seja fustigada por cada um dos brasileiros que ele prejudicou
com a sua tara arrecadatória, com a sua compulsão por arrecadar e nada devolver
à sociedade.
Eu mostrei aqui no Pequeno
Expediente, deputado Enio Tatto, vários itens, só da área da Saúde, que de zero por
cento de ICMS... Não é que está indo para 7, nem para 12, é 18 por cento.
Itens de hemodiálise, itens como
marca-passos, itens utilizados em próteses de ossos para ortopedia, que não
tinham nenhum imposto, zero, e agora vão para 18% graças a esse elemento de
nome Mauro Ricardo Costa, que terá sua alma efervescida pelas hostes
celestiais no dia do seu Juízo Final.
E queria aqui também dizer que,
em contato, esta semana que passou, através de diversos amigos e donos de
revendas de automóveis... Inclusive conversei com o deputado Danilo Balas a
respeito, onde o Sr. João Doria aumentou não foi 20, nem 10, nem 5%, aumentou
207% a alíquota de ICMS para negociação e comercialização de veículos usados,
inviabilizando esse comércio em todo o estado de São Paulo.
O que vai acontecer? Vai tudo
para a informalidade. É óbvio que vai acontecer isso, não tenha dúvida nenhuma,
e as concessionárias, revendas e lojas de automóveis que estão estabelecidas,
que são obrigadas a fazer o registro desses veículos nas suas anotações
fiscais, estão em uma situação periclitante, porque não fecha a conta. Não
fecha a conta, deputada Janaina.
Então, o Sr. Mauro Ricardo vive
em outro planeta. Ele vai andando, Major Mecca,
fazendo maldade pelo Brasil inteiro. O governador Perillo queria aumentar a
arrecadação de Goiás e o chamou para fazer maldade em Goiás. O prefeito de
Salvador queria aumentar arrecadação do IPTU, chamou o Mauro Ricardo para
aumentar a arrecadação lá.
O então governador Beto Richa
queria aumentar arrecadação do Paraná, o chamou lá para fazer maldade. E é
sempre nesse sentido, toma tudo da sociedade, não devolve nada e muito menos
desincha o Estado. A proposta social é zero, é arrecadatória, única e
exclusivamente.
Eu queria pedir apoio aos
deputados que aqui se encontram e àqueles que também não estão aqui, que, se
porventura tiverem conhecimento desta minha fala, que eu estou apresentando um
projeto de decreto legislativo para suprimir integralmente o Art. 22 da Lei
17.293, que é a famigerada lei oriunda do 529, para nós acabarmos, deputado
José Américo, com essa banda de rodagem que esta Casa permitiu ao governador do
estado, de tarifar os itens que nós consumimos a seu bel-prazer entre zero e
18%, junto com a sua choldra.
Para mim, quem defende canalha
também o é. Então, essa choldra que anda com ele no Palácio dos Bandeirantes,
pérfida, pérfida, quer explorar a desgraça do paulista, que está saindo de uma
situação caótica, enquanto o presidente Jair Bolsonaro está desonerando todas
as cadeias que lhe são passíveis.
Na última semana, se não me
engano, ele desonerou toda a cadeia de pneus para veículos comerciais, para
caminhões, porque estamos desabastecidos de pneus. O presidente Jair Bolsonaro
desonerou tudo, absolutamente toda a linha de pneus comerciais.
E esse maluco, esse psicopata
que ocupa o Governo do Estado, aumenta impostos. É um poltrão, é um pusilânime
que não merece, como bem disse aqui o Coronel Telhada, mais nenhum respeito.
Queria corroborar aqui as palavras da prefeita Suellen, de Bauru, e do prefeito
de Mirandópolis acerca do que falaram sobre o governador João Doria: que não o
reconhecem mais como governador.
Para finalizar, conclamo aqui,
de novo, as palavras do governador do estado de Goiás, Ronaldo Ramos Caiado,
que disse, com todas as letras, que o governador João Doria precisa ser
desmascarado, porque é um farsante. É isso que ele é, na realidade.
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS
GARCIA - PTB -
Chamo agora para fazer uso da palavra o nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi. Vossa
Excelência tem o tempo regimental de dez minutos.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Sr. Presidente, com a licença
do colega, V. Exa. me concede uma comunicação?
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS
GARCIA - PTB -
É regimental.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL -
PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria aproveitar a fala do deputado d’Avila para
explicar e dizer que concordo com o deputado no que concerne à venda de carros
usados, explicar o que tem de especial com esse assunto, nesse tema.
Quando se fala em 200%, assusta
bastante, porque o que incidia de ICMS na operação era 1,8 e foi para 5,3, se
não estou equivocada. Então, quando você olha os índices absolutos, não é algo,
vamos dizer assim, que seja tão elevado. Quando faz a conta, em termos de
porcentagem, são mais de 200 por cento. Isso está certo, mas por que
inviabiliza a área de atuação?
Porque esses 5% - 5,3 - incidem
sobre o valor total da venda do carro. Se esses 5,3 incidissem sobre a
diferença do valor que entra na loja e sai, que seria, vamos dizer assim, o
ganho, não seria algo que inviabilizaria o negócio.
Teria um aumento, poderiam até
reclamar, mas não inviabilizaria. Como incide sobre o valor total, praticamente
o que o revendedor ganha na diferença da entrada para a saída vai para
impostos, o que o impossibilita de manter os empregos.
Quem estuda a sistemática do
ICMS sabe que o ICMS funciona com a política da creditação. Então, você paga o
ICMS cheio, mas você abate o que o seu fornecedor pagou. Então, na verdade, vai
pagar a diferença. Você paga sobre o valor total que está vendendo, mas faz uma
subtração do que o seu fornecedor pagou. No caso dos carros usados, não tem do
que creditar.
Então, enxergo uma espécie de
bitributação. O pessoal do gabinete não concorda comigo, mas eu enxergo uma
espécie de bitributação, porque o carro paga ICMS cheio quando sai da fábrica e
depois, quando é vendido usado, necessariamente por um preço menor. Então, a
gravidade desse caso me parece diferenciada. Eu concordo com o colega d’Avila.
Obrigada, presidente. Obrigada,
deputado Giannazi.
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS
GARCIA - PTB -
Com a palavra o nobre deputado Carlos Giannazi.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, nobre deputado Douglas Garcia, deputados e deputadas, de volta a
esta tribuna, primeiro quero manifestar o meu apoio ao projeto, que
infelizmente foi vetado, do nosso deputado Frederico d’Avila. É um projeto
importante que tem a ver com uma alimentação saudável na merenda escolar.
Quando
V. Exa. o apresentou, manifestei apoio e fiquei chocado com o veto do
governador Doria a um projeto tão importante para que nossos alunos da rede
estadual tenham acesso a uma merenda, a uma alimentação mais saudável e mais
integral. Deputado, comprometo-me a ajudar a derrubar o veto a esse projeto que
V. Exa. aprovou com o apoio de toda a Assembleia Legislativa.
O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR -
Deputado Giannazi, só uma rápida intervenção: queria agradecer o seu apoio a
este projeto. Sei que o senhor é uma pessoa afeita às causas da Educação e, não
por isso, no momento desse projeto, todas as nossas diferenças ideológicas
caíram por terra. Inclusive, aqui não houve nenhum voto contrário ao projeto do
arroz e feijão.
Como
o senhor bem sabe, o feijão, principalmente, é produzido por pequenos e médios
produtores. Ajuda não só o campo, mas também a nutrição das nossas crianças. Eu
sei que o senhor conhece a área da Educação.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Vamos derrubar o veto, deputado
Frederico d’Avila.
Por
falar em Educação, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, quero dizer que ontem
percorri várias escolas da rede estadual, conversando com professores,
gestores, com pais de alunos, e a situação é muito grave, com essa orientação
genocida e assassina do governo Doria e do Rossieli “Weintraub”, que é o atual secretário da Educação, de
obrigar a volta às aulas presenciais a partir do dia 8, mas agora o governo já
obrigou a presença dos professores nas escolas. Ontem foi patético, foi bizarro
o que encontrei.
Os
professores estavam nas escolas fazendo o quê? Assistindo a palestras do centro
de mídias, ou seja, havia necessidade de movimentar milhares de professores de
todo o estado de São Paulo para que eles ficassem nas escolas assistindo, lá no
telão, no computador, palestras do centro de mídias? Esse tipo de procedimento
poderia ser feito nas casas das professoras, dos professores da rede estadual,
sem que houvesse a necessidade da presença física dos professores, como já
vinha acontecendo.
Então,
vi os professores assistindo, pelo computador, pelo celular, pelo telão, a
palestras. É um absurdo. Foi bizarro o que eu acompanhei. Agora, em algumas
escolas, o que presenciei foi que os professores não conseguiam fazer nem isso,
porque não tinha energia elétrica, não tinha sinal de internet, ou seja, é
muito bizarro o que vem acontecendo.
Agora,
mais grave ainda, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, nesse processo que chamo de
“genocídio da Educação”, eu demonstrei há pouco a situação de uma escola de
Campinas, particular, que foi fechada, que é o Colégio Jaime Kratz, que fica no bairro do Taquaral. Quem é de Campinas
sabe.
Essa
escola foi fechada porque tem contaminação de alunos. Mais de 30 servidores da
Educação estão contaminados. Alunos contaminados. Essa escola foi fechada
imediatamente. É uma escola particular que tem mais de mil alunos. Só está
funcionando com 30% e seguindo o protocolo estabelecido pela Secretaria da
Educação. Se lá não funcionou, imaginem na rede estadual, toda sucateada,
degradada.
Mas
eu tenho uma informação que recebi de nossos colegas professores de que o
álcool em gel que está sendo distribuído pelo Doria e pelo Rossieli
na rede estadual está vencido. Tem vários frascos. Estou recebendo essa
denúncia de várias regiões do estado.
Olha
o prazo. É de uma escola estadual. Já venceu no mês 1 de 2021. O álcool em gel
está sendo distribuído com prazo de validade vencido, Sr. Presidente. É um
absurdo isso. Estou acionando o Ministério Público. Tem várias fotos aqui, de
várias escolas. Os frascos recebidos por essa escola estão vencidos, ou seja,
não é possível.
É
de uma irresponsabilidade criminosa tudo o que esse governo faz. Ele determina
a volta criminosa, a reabertura das escolas no pior momento, no momento de pico
do coronavírus no estado de São Paulo.
Tem
uma nova cepa, uma nova variante desconhecida, tanto é que vários países do
mundo estão fechando as escolas. Alguns tinham aberto e agora fecharam de novo.
A própria Alemanha fechou todas as suas escolas, Portugal fechou as escolas, o
Reino Unido fechou as escolas.
Isso
derruba a tese do secretário da Educação, que é um negacionista. Ele diz que
criança não transmite o coronavírus. Ele tem falado isso na imprensa para
tentar convencer a população de que não tem nenhum problema em reabrir as
escolas neste momento.
São
Paulo já tem mais de 52 mil pessoas mortas pelo coronavírus. A cada seis
minutos, uma pessoa morre no nosso estado. É dentro desse contexto que o
governo determina a volta às aulas presenciais.
Então,
estamos tomando todas as medidas. Quero fazer aqui um apelo. Olha, mais um
álcool em gel vencido do Doria. Vencimento: janeiro de 2021. Estão distribuindo
esse material, esse álcool em gel nas escolas da rede estadual. São várias
escolas reclamando. Isso é um absurdo.
Que
segurança uma família vai ter para enviar o seu filho para a escola da rede
estadual? Nenhuma, porque os protocolos não serão seguidos, porque o próprio
estado desrespeita o protocolo mandando álcool em gel vencido para as escolas
da rede estadual. Estamos já fazendo a apuração, acionando o Ministério Público
estadual, porque isso é um ataque à vida, à saúde pública dos profissionais da
Educação e de toda a comunidade escolar.
Mas
quero fazer um apelo ao Tribunal de Justiça, ao presidente do Tribunal de
Justiça. Ele está cassando as liminares das entidades representativas do magistério.
Ele já cassou duas liminares, o próprio presidente do TJ. Ganhamos duas
liminares no sentido de que as aulas fossem suspensas, as aulas presenciais. No
entanto, estranhamente, o próprio presidente do TJ se associa a esse tipo de
procedimento, cassando as liminares.
Quero
fazer um apelo: eu ingressei com uma ação popular, como eu já disse aqui. Ela
está sendo julgada pelo Tribunal de Justiça. Estou apresentando dados
científicos dos efeitos perversos da volta às aulas presenciais. Já tenho
muitos dados aqui, tenho informações de mais de 400 escolas e estou passando
todas para o Tribunal de Justiça. Tenho certeza de que vamos ganhar mais uma
liminar. Espero que o presidente do TJ não casse, porque a situação está
ficando cada vez mais grave.
Uma
escola particular que tem toda a estrutura para tentar, pelo menos, bancar os
protocolos já foi fechada. Temos informações agora, pela própria TV Globo, de
outra escola, também em Campinas, que tem denúncias de contaminação. A escola
será fechada. Tem vários casos.
Então,
faço aqui um apelo ao presidente do TJ para que não se associe a essa política
genocida e assassina do governo Doria e do Rossieli
de volta às aulas presenciais. Vamos ter o aumento da contaminação dos
profissionais da Educação, da comunidade escolar, porque criança transmite,
sim, o coronavírus. Defender o contrário é ser negacionista da ciência.
O
Rossieli Soares está defendendo os interesses do
poder econômico, os interesses dos donos das grandes escolas particulares. É
por isso que ele tem feito uma militância no sentido de tentar convencer a
população a voltar às aulas, mas a situação hoje, na rede estadual, é de
calamidade pública, com escolas sucateadas, degradadas, escolas sem água, sem
energia elétrica.
Já
temos casos de contaminação em várias escolas sem que elas tenham sido
reabertas para os alunos. Temos vários profissionais da Educação já
contaminados. Fico imaginando a hora em que elas forem reabertas para os alunos
no dia 8. Por isso, fazemos um apelo para que o Tribunal de Justiça não se
associe ao genocídio praticado pelo governo Doria no estado de São Paulo.
Por
isso, a nossa posição é contra a volta às aulas presenciais em todas as escolas
do estado, da rede estadual, de todas as redes municipais dos 645 municípios,
sobretudo aqui da Capital, e também para a rede particular de ensino.
Denuncio
aqui: os donos das escolas particulares estão assediando, constrangendo e
perseguindo os professores que estão contestando a volta às aulas presenciais,
inclusive ameaçando os professores de demissão. É por isso que vamos continuar
denunciando e tomando todas as providências para deter esse genocídio da
Educação praticado pelo governo Doria e pelo seu secretário Rossieli
“Weintraub”.
O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS
GARCIA - PTB -
Continuando a lista dos oradores inscritos no Grande Expediente, gostaria de
chamar o nobre deputado Jorge Lula do Carmo, que cede o tempo ao nobre deputado
Enio Tatto.
O SR. ENIO LULA TATTO
- PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs.
Deputados e público que nos assiste através da TV Assembleia.
O estado de São
Paulo, até o dia 31 de janeiro, registrava 1.777.368 pessoas infectadas pela
Covid-19. Da minha família, pelo menos uns dez - inclusive eu - tiveram o novo
coronavírus. Desses, infelizmente, 53.034 mortes ocorrem em nosso estado.
Praticamente um quarto daqueles que morreram no Brasil eram aqui de São
Paulo.
E a gente, quando
imagina que já viu tudo no Governo do Estado de São Paulo e na Prefeitura de
São Paulo, é surpreendido por mais absurdos, por mais políticas desastradas.
Refiro-me à decisão do governador João Doria, de fechar os prontos-socorros dos
hospitais estaduais na Capital e na Grande São Paulo.
Não dá para admitir,
não dá para aceitar que um governo, em pleno pico da pandemia, com todas essas pessoas
infectadas, com tantas mortes no estado de São Paulo, tome uma decisão dessas,
de forma arbitrária, sem conversar com os prefeitos, com os vereadores, com os
movimentos organizados de saúde ou com a população.
Estão ocorrendo
protestos em todas as regiões. Na zona leste, com o fechamento do Hospital da
Vila Alpina; na zona sul, com o fechamento do Hospital da Pedreira, onde houve
manifestações na última sexta-feira; e no Hospital do Grajaú, no último sábado,
quando participei das manifestações contrárias ao fechamento do
pronto-socorro.
Estão tendo
manifestações, abaixo-assinados e visitas ao secretário de Saúde do estado.
Vejam o caso do Hospital Geral de Itapecerica da Serra, o HGIS. Lá aconteceu um absurdo que não
dá para admitir. Depois de tantas manifestações, protestos, pedidos e
requerimentos de explicações, houve uma audiência com o secretário da Saúde.
Ele se comprometeu a suspender o fechamento do pronto-socorro por 90
dias.
E a população ficou
indignada: “Como é que faz? Quer dizer que, após 90 dias, vai fechar o
pronto-socorro?”. E não é que a população é surpreendida? Não se passaram dez
dias dessa promessa do governador João Doria e o atendimento do pronto-socorro
do HGIS foi interrompido no dia de ontem. Inclusive, foi notícia nos meios de
comunicação.
Além de cometerem o
absurdo de fechar os prontos-socorros, ainda mentem para a população,
prometendo uma suspensão e não cumprindo essa promessa de 90 dias. Aí a gente fica sabendo que nos outros hospitais
também foram fechados os prontos-socorros. O de Franco da Rocha, deputado Maurici, que participou comigo da manifestação no Hospital
do Grajaú, também tem o mesmo problema. Não dá para acreditar, não dá para
aceitar.
E
é impressionante que esses prontos-socorros estão localizados na periferia, nos
locais mais distantes da cidade de São Paulo, naqueles locais em que a gente
pedia para construir os hospitais de campanha para tratar da Covid-19, pois é
lá em que está a população mais vulnerável.
Não:
o governador João Doria dá em troca o fechamento dos prontos-socorros. Não está
atendendo mais a população, que sai de casa muitas vezes de muleta, de cadeira
de roda, sem dinheiro para tomar um ônibus e chega na porta do hospital e não é
atendida.
Pior
de tudo: para onde estão indo essas pessoas? Estão procurando os
prontos-socorros dos municípios, que já estão superlotados e não têm condições
de atender essa população. Estão superlotando e precarizando o atendimento nos municípios, que não
têm dinheiro.
Infelizmente,
é esse o governo que a gente tem. É tanta barbaridade nessa questão da
pandemia, juntamente com o Governo Federal - que todo mundo já sabe que renega
tudo, que é contra tudo -, e a gente está com mais de 230 mil mortos no Brasil,
e em São Paulo pelo menos um quarto.
Fiz
um requerimento de informação para o secretário de Saúde do estado de São Paulo
e até agora não obtive resultado. Protocolei um pedido de audiência pública
aqui na Assembleia Legislativa, para que a Comissão de Saúde chame uma
audiência pública para discutir esse assunto; que traga o secretário de Saúde
para ele explicar, se é que tem explicação, o que está acontecendo para fechar
os prontos-socorros, principalmente em prejuízo da população que mais
necessita.
Conversei
no dia de ontem com a deputada Analice Fernandes, presidente da Comissão de
Saúde. Ela se comprometeu em chamar uma audiência pública. Fiquei surpreso,
porque ela também fez parte de uma comissão que foi falar com o secretário de
Saúde.
O
secretário se comprometeu em prorrogar por 90 dias o fechamento do
pronto-socorro do Hospital de Itapecerica da Serra. Talvez a deputada não tenha
sido nem avisada por seu próprio partido, pelo secretário do seu próprio
partido, que o pronto-socorro de Itapecerica da Serra já não está mais
atendendo a população.
A
mesma coisa está acontecendo nos outros prontos-socorros: da Pedreira, da Vila
Alpina, do Itaim, de Franco da Rocha. Agora fiquei sabendo que o mesmo ocorre
também na região de Jandira. Ou seja, todo lugar que tem a população que mais
precisa, com o poder aquisitivo menor, que está passando fome, que não tem mais
o auxílio emergencial, o Governo de São Paulo premia com mau atendimento.
Já
não era tão bom, e agora proíbe que as pessoas possam procurar o pronto-socorro
dos hospitais do estado de São Paulo. Aonde a gente vai parar? O governo não
consegue explicar por que está fazendo isso com a população.
Por
que tanto sofrimento para aquelas pessoas que mais precisam, aquelas pessoas
que não têm um plano de saúde, aquelas pessoas que não podem pagar um hospital
particular? E essas pessoas agora também não podem procurar um hospital
regional do estado de São Paulo. É muita maldade. É muita safadeza com essa
população tão vulnerável.
Vamos
insistir para que tenhamos essa audiência pública aqui na Assembleia
Legislativa. A Assembleia Legislativa não pode se omitir quanto a isso.
O
secretário de Saúde do estado e os diretores têm que vir aqui explicar essa
situação para os deputados. O governador tem que imediatamente suspender esse
ato, porque a população não pode viver desse jeito. Estamos numa situação muito
complicada.
Tem
gente morrendo em casa. As UTIs estão lotadas, e essa população não tem para
onde correr. Vai procurar o quê? Um pronto-socorro fechado? Onde que eram
atendidos? Nesses prontos-socorros dos hospitais estaduais. Agora, mais uma
vez, superlota os hospitais municipais, que já não atendiam bem porque não têm
condições, porque têm menos recursos.
Só
para se ter uma ideia, o HGIS atende mais cinco municípios daquela região:
Embu-Guaçu, Juquitiba, São Lourenço, Embu das Artes e Taboão da Serra. Ontem
teve um caso em que uma pessoa foi lá, uma senhora, e não foi possível ser
atendida.
Ela
teve que procurar um pronto-socorro na estrada do M`Boi Mirim, na Capital,
longe de lá, para poder ser atendida. É isso que está acontecendo com muita
gente, porque foi determinado que, a partir de ontem, dia 1º de fevereiro, não
fosse mais atendida essa população que vai procurar esses prontos-socorros
estaduais.
Governador
João Doria, tome uma decisão, revogue essa medida. A população não pode sofrer,
não pode morrer nas filas. O senhor sabe que os municípios não têm condições de
atender essa população. O município e o estado atendendo já é complicado. Por
que precarizar tanto o serviço para aquelas pessoas que mais precisam? E queria
cobrar mais uma vez a Casa...
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Cauê Macris.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Deputado Enio, vou pedir para V. Exa. concluir, por
favor.
O
SR. ENIO LULA TATTO - PT - Concluindo: que a
gente faça uma audiência pública aqui na Comissão de Saúde, deputada Analice
Fernandes, para que possamos discutir, conversar com a população, com os
prefeitos, com os vereadores, com os movimentos organizados.
E
também chamar a atenção do governo para revogar essa medida, para que os
prontos-socorros dos hospitais do estado possam atender novamente a população
mais necessitada.
Obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. CARLOS CEZAR - PSB - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Pela ordem, nobre deputado Carlos Cezar.
O
SR. CARLOS CEZAR - PSB - Apenas para uma
comunicação, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Comunicação, sim, mas antes, porém, dou por encerrado o
Grande Expediente.
Neste momento, passamos à Ordem do Dia.
* * *
- Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Agora, sim, passo a palavra para V. Exa., para uma comunicação.
O SR. CARLOS CEZAR
- PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, Sr. Presidente. Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, público que nos acompanha, incialmente
quero dizer da alegria de nós estarmos retornando ao nosso ano
legislativo, aos trabalhos aqui nesta Casa, cumprimentar todos os deputados e
compartilhar aqui uma notícia triste, que é o falecimento do reverendo Onésimo de Barros, que aconteceu no dia 30
de dezembro.
Ele foi uma figura tão importante na
Igreja do Evangelho Quadrangular, como segundo vice-presidente do Conselho
Nacional de Diretores, superintendente da nossa igreja na cidade de São José dos Campos, uma figura exemplar, alguém que nasceu no interior de São Paulo,
em 1932.
Sonhava em ser pastor, exercer o sacerdócio, o ministério, e cumpriu esse chamado, sendo um dos pioneiros da Igreja do Evangelho
Quadrangular já nos anos de 1958 e começando seu ministério ali na cidade de Bauru.
Ele deixa filhos, netos, pastores da
Igreja Quadrangular, e eu quero aqui fazer essa justa homenagem póstuma a esse que escreveu livros, deixou um livro escrito com as suas vivências no seu ministério, e deixa a sua esposa, Maria Helenice, e as filhas Sara e Mara.
Eu quero aqui render a minha homenagem a
este homem. Como está escrito lá no segundo livro, na segunda carta de Paulo a Timóteo, no capítulo 4, versículos 7 e 8: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.
Agora me está reservada a coroa da Justiça, que o Senhor justo juiz me dará naquele dia, e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda”. Fica
aqui a minha homenagem ao falecido reverendo Onésimo de Barros.
Apenas isso, Sr. Presidente.
A SRA. ANALICE
FERNANDES - PSDB - Pela ordem, presidente. Para uma
comunicação.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, nobre deputada Analice
Fernandes. Tem a palavra V. Exa., deputada Analice.
A SRA. ANALICE
FERNANDES - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Rapidamente, Sr. Presidente, eu estava no meu gabinete e gostaria de
trazer aqui uma notícia, principalmente por conta da fala do
deputado Enio Tatto, que me causou bastante estranheza, deputado.
O deputado Enio Tatto disse há alguns minutos que ele encaminhou
requerimento para a Secretaria de Estado pedindo esclarecimentos com relação ao
fechamento dos PSs dos hospitais gerais, e citou o Hospital Geral de
Itapecerica da Serra.
Então, eu queria informar, tanto ao
deputado, quanto a todos os que nos assistem aqui pela TV Assembleia, que o
Hospital Geral de Pirajussara não está de portas fechadas. Inclusive, neste
momento, tem lá o meu assessor de comunicação filmando a
entrada das pessoas no pronto-socorro, as pessoas sendo atendidas.
Neste momento também a Secretaria
de Estado, deputada Janaina, está em contato com os gestores dessas OSs
para que esse tipo de assunto não seja confundido e trazido e usado de maneira
errada, como trampolim político para alguns políticos, sabe? Fazer a política no mais baixo nível, aquele que mexe com a sensibilidade e com a situação das pessoas que
vão procurar o serviço público de Saúde.
Os hospitais gerais, quero deixar muito claro, eles foram criados, deputado
Enio Tatto, com a filosofia de atender a média e a grande complexidade. Viu,
deputado Gilmaci? Foram criados para atender média e grande complexidade, para
colaborar com os prefeitos.
Muitas vezes, o hospital tem atendido a pequena complexidade: a dor na
coluna, a dor de cabeça, até unha encravada. O que acontece? Quando
você vai a um hospital do porte do Hospital Geral, deputada Marta, chega um
baleado, aquele paciente com a dor na coluna está passando na frente dessa pessoa.
O paciente que chega...
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB - Para concluir, deputada Analice. O
tempo de V. Exa. já encerrou.
A SRA. ANALICE
FERNANDES - PSDB - Eu posso usar o artigo do Regimento
Interno?
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB - Eu já abri a Ordem do Dia. Não cabe mais a utilização
do Art. 82.
A SRA. ANALICE
FERNANDES - PSDB - Mas é muito importante, eu gostaria de pedir
que V. Exa. me permitisse mais um minuto.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB - Mais um minuto eu permito.
A SRA. ANALICE
FERNANDES - PSDB - Apenas dizer para a população da
região sudoeste de São Paulo, que se serve do Hospital Geral de Pirajussara,
que ele não está com a sua porta fechada. O que está acontecendo é uma orientação desses usuários, presidente, que buscam o pronto-socorro
para o pequeno atendimento, que possa passar na sua cidade, para que o Hospital
HGIS possa receber outros atendimentos de média e de alta complexidade.
Então, só fazendo aqui um contraponto: o governador não fechou pronto-socorro. As
portas de todos estão abertas até o dia primeiro
de maio, 90 dias para orientação, para que essas pessoas possam buscar a rede
de Saúde municipal. É um esclarecimento que eu estou passando, que é importante para a nossa população.
O SR. GILMACI
SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, presidente. Para
comunicação.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB - Pediu primeiro o deputado Gilmaci.
Depois eu passo para o deputado Enio Tatto. Para uma comunicação, V. Exa. tem a
palavra.
O SR. GILMACI
SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Em relação a esse tema também, um tema que interessa, que nós estamos acompanhando de perto também. Estivemos, há uma semana, no Palácio, conversando, Enio Tatto, com o secretário Vinholi e a Patrícia, que é assessora parlamentar da Secretaria da Saúde.
Estivemos lá com sete prefeitos da região, todos os prefeitos da região, menos o
prefeito de Itapecerica da Serra, para tratar desse assunto. E, realmente, o
secretário de Saúde não apareceu, o secretário adjunto executivo não apareceu para
tratar do assunto, porque talvez não conheça o assunto.
A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Conhece, sim.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputada, a senhora falou e eu fiquei
quieto. Talvez não conheça o assunto, não sabe do que se trata,
não conhece pessoas. Quem apareceu foi apenas a secretária parlamentar, a Patrícia, junto com o Vinholi, depois de uma
insistência minha para receber os prefeitos.
E lá
o secretário Vinholi nos garantiu realmente que
ficaria aberto até maio. Mentiu, porque ontem a Globo deu as pessoas procurando. Está fechado o Hospital de Cotia e o HGIS, que atende em média 700 pessoas no PS. Isso, Enio Tatto,
está jogando...
A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Também eu vou corrigir: são 360, que V. Exa.
não sabe.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputada, a senhora não se meta. Eu
não falei com a senhora quando a senhora estava falando. A senhora tenha
educação. A senhora é mal educada, deputada.
A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Não
sou, não, deputado.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Eu esperava mais da senhora, eu
esperava mais da senhora.
A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Não
sou, não. É que V. Exa. está usando esse fato para se promover e não sabe nada de Saúde.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Então, deputada, presidente, presidente,
presidente, presidente. Por favor, presidente, corte o microfone da deputada.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - A palavra está com o deputado Gilmaci.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado. Então, como o secretário não conhece nada e não entende de pessoas, fechou, sim. Tem uma matéria de três minutos na Globo, as pessoas desesperadas passando, e as portas fechadas.
Setecentas pessoas em Cotia, que são atendidas diariamente, vão ser jogadas
agora para os prefeitos, responsabilidade dos prefeitos, 700 pessoas a mais
para eles cuidarem nas UPAs e nas UBSs. Então, a verdade é essa: o Vinholi e a Secretaria de Saúde traíram os prefeitos daquela região. Essa é a realidade.
O SR. ENIO LULA
TATTO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma
comunicação.
O SR. PRESIDENTE -
CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra o deputado Enio Tatto
para uma comunicação.
O SR. ENIO LULA TATTO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Apenas para
esclarecer à nobre deputada Analice Fernandes, que é lá da nossa região, uma
lutadora e preocupada também com esse assunto: em nenhum momento eu falei do
Hospital Pirajussara.
O Hospital Pirajussara tem outro problema, que
motivou um protesto na sexta-feira porque o governo do estado está querendo
tirar algumas especialidades de lá. Mas eu me referi ao HGIS, de Itapecerica da
Serra.
O que o deputado Gilmaci Santos acabou de
colocar é verdade. Eles mentiram, deputado Gilmaci.
Prometeram para a deputada do mesmo partido que iam suspender por 90 dias o
fechamento do pronto-socorro do HGIS, que o mesmo continuaria atendendo a
população.
E falaram para o prefeito Nakano, de Itapecerica da Serra, que era para
ele se adaptar com o fechamento do HGIS, assim como os outros prefeitos. O que
aconteceu? Não se passaram nem 10 dias, pararam de atender, deputado Gil Diniz.
Não é só o Hospital Geral de Itapecerica, não. É o hospital lá da minha
região, Pedreira, é o Hospital do Grajaú, o Hospital da Vila Alpina, o Hospital
do Itaim. Simplesmente pararam de atender a população nos prontos-socorros, sem
mais nem menos.
Deputada Analice, o que nós precisamos - V. Exa., que é uma deputada
preocupada com a saúde, e é da região -, é fazer uma audiência pública
imediatamente aqui na Assembleia. Precisamos trazer o secretário, porque V.
Exa. reuniu os prefeitos e os vereadores depois que eu pedi uma audiência
pública.
Fiz os requerimentos realmente e fui lá falar com o secretário. Fui
atendido pelo secretário-adjunto. Aí, saiu a notícia de que iria ser suspenso por 90 dias.
Eles mentiram
para V. Exa. também, que é do mesmo partido do governador. Então, não dá para
aceitar, neste momento em que São Paulo é responsável por um quarto das mortes
no Brasil pela Covid-19, fechar os prontos-socorros dos hospitais estaduais.
Quem sofre com isso é a população mais vulnerável, da periferia. Não dá para admitir isso, governador João Doria. O senhor está matando a população da periferia, que não tem para onde correr, porque não tem plano de saúde e não tem dinheiro para ir a um hospital particular. É só a título de esclarecimento.
A
SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Para uma comunicação,
presidente, mais uma vez.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Tem a palavra V. Exa., deputada Analice.
A SRA. ANALICE
FERNANDES - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Rapidamente, Sr. Presidente. Como eu estou muito envolvida com esse tema,
acho bastante importante nós deixarmos claro que o pronto-socorro
do Hospital HGIS, Hospital Geral de Itapecerica da Serra... É que eu me confundi na hora de falar “HGIS” e falei “HGP”.
O HGIS é um hospital que tem atendido, o HGIS, o
Hospital de Pirajussara, tem atendido a todas as pessoas que procuram o
pronto-socorro diariamente, para todos os problemas. Uma simples dor de cabeça,
uma dor nas costas, uma dor na unha, um exame, até de beta-HCG, que foi o que
aconteceu ontem.
Então,
o que acontece? A gestão do hospital está tentando, deputado Enio
Tatto, orientar essas pessoas. Eu fui mesmo até a
Secretaria de Estado da Saúde, que é o nosso papel, meu e do senhor. Convidei o
prefeito Nakano, convidei os vereadores, que me acompanharam e foram muito
sensíveis à questão da orientação a esse público que se serve do pronto-socorro
do Hospital de Itapecerica da Serra.
E
foram todos unânimes em orientar a população: não existe fechamento de
pronto-atendimento, de pronto-socorro; não tem. Eu tenho um assessor agora,
neste momento, filmando a entrada das pessoas. Daqui a pouco, eu vou pedir para
mostrar para V. Exa. o filme das pessoas sendo atendidas no pronto-socorro.
Com
relação ao Hospital de Pirajussara - e agora sim eu
quero retomar a questão do Pirajussara -, é que V.
Exa. não sabe: eu encaminhei, no ano passado, uma solicitação para a
transformação do Ame de Taboão em Ame Mais. Então, essas especialidades serão
atendidas no Ame Mais em Taboão da Serra. Então, ninguém vai ficar sem
atendimento em oftalmologia, fisioterapia e dermatologia. Serão atendidos pelo
Ame Mais feito em Taboão da Serra.
Eu
acredito que dessa forma esclareci V. Exa. e me coloco à disposição para
discutir caso a caso, não colocar todos os hospitais numa audiência pública
para que a gente possa fazer essa discussão, porque cada hospital tem a sua
particularidade. Eu sou muito de ouvir a população, sou uma defensora do SUS,
defensora da qualidade da Saúde Pública e quero melhorar, cada vez mais, a
Saúde na nossa região, como V. Exa. também quer.
Então,
estaremos juntos nessa luta para que a população tenha qualidade na
assistência. E nós precisamos orientar essa população, que até hoje não sabe,
às vezes, aonde se dirigir quando tem uma simples dor. É nesse sentido, como profissional
de Saúde, que eu faço uma defesa do sistema de Saúde. Mas nada vai ser fechado.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Pela
ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Pela ordem, deputado Gil Diniz.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO -
Para uma breve comunicação.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem
a palavra V. Exa. para uma comunicação.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO -
PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, respeito a deputada Analice, como respeito o
deputado Enio Tatto e o
deputado Gilmaci, mas nós precisamos lembrar,
deputada, que no Orçamento deste ano foram cortados mais de dois bilhões da
área da Saúde.
Já me convido, aqui, a tentar participar e
entender o que está acontecendo no estado de São Paulo com o
pronto-atendimento, o pronto-socorro, isso que o deputado Enio
Tatto nos traz, porque a gente também é muito
demandado. Eu sou ali da região da zona leste, São Matheus; eu recebo muita
reclamação. Nesse caso, não do fechamento; mas nós temos recebido muita demanda
nesse sentido, e de vários municípios da própria Grande São Paulo.
O que me causa estranheza na fala do deputado Gilmaci é que o secretário de Saúde, deputado Gilmaci, não te recebeu. É uma falta de respeito. Nem o
adjunto. E essa falta de respeito vem acontecendo diariamente com os deputados
da Assembleia de São Paulo. São requerimentos de informação que nós mandamos e
que passam do prazo. Nós reiteramos. Aí dá o prazo o regimental, e colocam ali
respostas evasivas, não respondem realmente àquilo que nós perguntamos.
São Paulo hoje bateu 53.090 mortes pelo
coronavírus. A Assembleia acho que pode dar a sua contribuição neste momento,
mas nós não somos ouvidos. É claro: eu faço oposição ao governador, muita
oposição ao governador, mas tem deputados aqui que são muito mais moderados que
eu, que poderiam sentar e ser ouvidos. Mas ele não quer ouvir, deputado Gilmaci. O secretário de Saúde não quer ouvir. Ele está
mais preocupado em fazer o "vezinho" da
vergonha com o Temer, com outro ex-presidente da República, o Sarney, por exemplo.
Então, eu deixo aqui registrado: hoje, dia 2
de fevereiro, mais de dois bilhões foram cortados no orçamento da Saúde, e São
Paulo tem o registro de 53.090 mortes. Que exemplo de gestão é essa que o
governador diz que tem? Não tem. Então, me coloco aqui, me convido para tentar
entender esses problemas do pronto-atendimento, porque eu tenho certeza: é a
população mais pobre, mais carente, principalmente da periferia, que procura
esse pronto-atendimento, como eu utilizo o postinho da minha região.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Sr. Presidente, só mais um minutinho, para uma comunicação; eu prometo que
encerro.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Somente
antes de você fazer a comunicação, deputado Gilmaci,
eu quero só dizer a V. Exa. e a todos os deputados do plenário que se tiver
algum secretário que se recusar a atender a qualquer parlamentar, conte comigo
para convocá-lo neste plenário, inclusive.
Nós
não podemos aceitar que secretário de estado se recuse a atender a qualquer
parlamentar, seja de situação, oposição, independentemente de qualquer outra
coisa. Toda a minha solidariedade.
Peço
aos parlamentares que, por favor, me avisem: se algum secretário se negar... É
claro que não adianta: vamos pedir a reunião já para amanhã. Tem só um prazo de
acomodamento de agenda e uma série de outras coisas.
Mas,
se tiver algum secretário ou secretário-adjunto - muito menos ainda, inclusive
- que se recuse a atender a qualquer parlamentar, nós o convocamos para vir
prestar esclarecimento no plenário principal, com o meu compromisso de trazer o
requerimento para ser pautado.
Nós
não podemos aceitar esse tipo de posição para qualquer parlamentar em relação a
um atendimento para qualquer assunto, mesmo sendo ele indigesto; para qualquer
assunto nesta Casa. Perfeito? Então, minha solidariedade, deputado Gilmaci. Se V. Exa. ainda tiver interesse nesse processo de
audiência, nós vamos proceder dessa maneira. Tem a palavra Vossa Excelência.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, presidente. Em
cima desse tema, quando fiquei sabendo do fechamento, deputada Analice, eu
liguei para a Secretaria para falar com a Patrícia, que foi a pessoa da
Secretaria que foi participar da reunião com os prefeitos, sete prefeitos.
E quem nos recebeu foi o Vinholi,
que não é da Secretaria de Saúde. A única representante da Secretaria da Saúde
era a Patrícia, que é assessora parlamentar da Secretaria.
E lá o Vinholi
prometeu aos prefeitos que não haveria o fechamento de maneira alguma;
continuaria o atendimento até maio, como a senhora disse. Só que mudou. E hoje,
quando eu fiquei sabendo da notícia, eu liguei para a Patrícia, porque é ela
que atende a gente. Os secretários não podem, os secretários são estrelas, e
estrela não pode se misturar com a plebe. Os reis não se misturam com a plebe.
Eu liguei para a Patrícia: “Patrícia, essa
notícia é verdadeira?”. Ela disse: “Deputado, só um minutinho que eu vou
verificar”. E ela me retornou e disse: “Infelizmente, é verdadeira”.
Então, também a Secretaria está mentindo para
nós, enganando a senhora, dizendo que não vai fechar, mas disse para mim que a
notícia é verdadeira. O vídeo, a notícia, a matéria que saiu na Globo é
verdadeira; que estão fechados, sim. Essa é a realidade.
O que me deixa chateado é a traição, a
mentira. Ia fechar imediatamente, assuma. É mais de um milhão e 200 mil pessoas
que estão lá. Fechou, Analice, fechou; você sabe disso, deputada Analice.
Então, a Patrícia; tem que falar com ela, que ela está enganando, e está indo
também o secretário-adjunto.
Volto a dizer: obrigado, presidente. Não me
interessa mais falar, porque eu não gosto muito de falar com estrela. Deixe-os
cuidar da vida deles, e a gente vai cuidar deles aqui através do plenário e das
maneiras regimentais que nós temos para cuidar.
Obrigado.
O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL -
Pela ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Deputado Danilo Balas, tem a palavra V. Exa. para uma comunicação.
O
SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Uma comunicação. Eu estou
há algum tempo aguardando. Abro mão do 82 para falar pela comunicação. Hoje
pela manhã, estive na Abrasel, Associação Brasileira
de Bares e Restaurantes. Quero agradecer ao presidente do conselho, Sr. Joaquim
Saraiva, e ao diretor-executivo, Leonardo Ramos, por nos recepcionarem na Abrasel.
O setor tem um milhão de empresas pelo Brasil,
sendo 800 aqui em São Paulo, na capital, e 600 no interior. Seis milhões de
empregos gerados em nosso país, e o estado de São Paulo está acabando com o
setor de bares e restaurantes.
Essa entidade, que foi criada em 1986,
contribui com o desenvolvimento do setor, mas o governador João Doria, com o
plano São Paulo Fase Vermelha, fechando as noites, reduzindo horários, está
arrebentando com o setor de bares e restaurantes.
Nos finais de semana, em que famílias,
namorados iam aos bares tomar o seu chopp, se alimentar, Doria determinou o
fechamento de bares e restaurantes. Esse setor é responsável por 2,7% do PIB
brasileiro.
E, em São Paulo, o maior número de bares e
restaurantes está sofrendo por uma ação devastadora do governador Doria. A Abrasel tem representantes em 27 estados, e aqui em São
Paulo conversamos sobre ações para salvar o setor. Precisamos de parcerias com
a Secretaria de Turismo e empresas particulares para salvar o setor.
Governador do estado de São Paulo, olhe pelo
setor de bares e restaurantes; ele emprega milhares de trabalhadores aqui no
estado de São Paulo. Infelizmente, o senhor está com essa atitude: além de
acabar com pessoas com deficiência, retirando direitos fundamentais, dentre
outros, está tirando direitos e empregos de inúmeros trabalhadores. Governador
João Doria, eu apelo: olhe para o setor de bares e restaurantes do estado de
São Paulo.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. ALEX DE MADUREIRA - PSD - Pela
ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB -
Pela ordem, deputado Alex.
O SR. ALEX DE MADUREIRA - PSD - Para
fazer uma comunicação.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para
uma comunicação, tem a palavra Vossa Excelência.
O
SR. ALEX DE MADUREIRA - PSD -
PARA COMUNICAÇÃO - Eu quero me solidarizar e me unir aqui ao deputado Gilmaci. Eu acho que ele não está sozinho nesse problema
que nós estamos passando de falta de atendimento, ao
menos satisfação e acompanhamento do Governo do Estado com relação,
principalmente, às questões de Saúde.
Quero
falar para você, Gilmaci: eu me solidarizo com você,
porque eu passei a mesma coisa semana passada. Nós estamos recebendo em todo o
estado a vacina que está sendo produzida aqui, no estado de São Paulo. Em
alguns lugares foram entregues as vacinas. O primeiro dia que eu vi a entrega
foi em Botucatu. Primeiro dia. Eu passei a mão no telefone e liguei.
Eu
entendo de hierarquia, eu sei qual o meu lugar na cadeia. Na cadeia alimentar,
na cadeia de comando, pelo amor de Deus. E eu comecei a ligar. Liguei para o
pessoal que nos atende, como você falou aqui, fui subindo, liguei para um
secretário de Desenvolvimento Regional, liguei para o secretário de Saúde,
liguei para o vice-governador e liguei para o governador.
Aí
eu te pergunto, Gilmaci: quem me respondeu primeiro?
Por incrível que pareça, o governador foi quem me respondeu primeiro, retornou a ligação. Disse: “Alex, estou saindo aqui de Botucatu”.
Falei:
“Governador, o senhor até me desculpe, eu não devia estar incomodando o senhor
com um assunto desses, mas eu gostaria de saber os locais e os dias, para
avisar os deputados quando vão ser entregues as vacinas nas cidades”. Porque
tem deputados aqui, não é o caso da Janaina, mas que representam - já vou
concluir, presidente - alguns municípios e regiões e é interessante nós
estarmos juntos, participando.
Aí,
depois, me informaram: “na sua cidade, em Piracicaba, vai chegar vacina dia 22”.
Ok, me preparei para dia 22 eu estar lá junto com quem fosse da Secretaria, com
caminhão, para receber a vacina. Pasmem, a vacina não foi entregue no dia 22,
foi entregue no dia 21. Aí, estava lá o prefeito da cidade, estavam lá o
diretor do Hospital da Cana, o diretor da Santa Casa, o diretor da Unimed.
Pergunto
se tinha alguém do estado lá, se tinha um deputado da região em uma cidade que
tem três. Ninguém. Por quê? Porque nós não sabíamos. Incrível, Gilmaci, a mensagem que eu mandei para o secretário dia 19
de janeiro ele não respondeu até agora.
Então,
muito obrigado, presidente. Só para me solidarizar aqui com o Gilmaci e dizer que nós, mesmo sendo da base do Governo,
estamos sofrendo do mesmo problema.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS
- PSDB - Há
sobre a mesa... Diante de um acordo que nós fechamos no Colégio de Líderes, com
os líderes que estavam presentes, nós começaremos um processo de votação de
projetos de parlamentares. Então, há sobre a mesa dez requerimentos de
urgência, de Sras. Deputadas e Srs. Deputados.
Essa lista já foi encaminhada ao
grupo dos líderes, para todos tomarem conhecimento, e também disponibilizei a
lista a todos aqueles deputados que não tiveram acesso aos dez requerimentos de
urgência. Está em cima da mesa para que todos possam tomar conhecimento. Vamos
votar os requerimentos de urgência.
Há sobre a mesa requerimento de
urgência ao Projeto de lei 735, de 2019, de autoria do deputado Danilo Balas,
assinado pela vice-líder do PSL, deputada Janaina Paschoal.
Em discussão. Não havendo
oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas
e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram.
(Pausa.) Aprovado.
Há sobre a mesa requerimento de
urgência ao Projeto de lei 669, de 2020, de autoria do nobre deputado Tenente
Coimbra, assinado pelo líder, deputado Rodrigo Gambale.
Em discussão. Não havendo
oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas
e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para
declarar o voto contrário da bancada do PSOL.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS
- PSDB - Está registrado o voto contrário da bancada do PSOL.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT
- Para
declarar o voto contrário da bancada do PT e deixar claro que esse projeto nós
obstruiremos no seu mérito.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS
- PSDB - Perfeito. Há sobre a mesa requerimento de urgência,
assinado pelo nobre líder do PT, deputado Teonilio
Barba, ao Projeto de lei 436, de 2020, de autoria do nobre deputado Luiz
Fernando.
Em discussão. Não
havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado.
Há sobre a mesa
requerimento de urgência ao Projeto de lei 918, de 2016, de autoria da nobre
deputada Leci Brandão, com coautoria do nobre
deputado Maurici, com requerimento assinado pelo
líder do PT, pedindo urgência ao projeto.
Em discussão. Não
havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas
e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram.
(Pausa.) Aprovado.
Há sobre a mesa
requerimento de urgência assinado pela nobre líder Carla Morando, do PSDB, que
pede urgência ao Projeto de lei 657, de 2019, de autoria da nobre deputada
Carla Morando.
Em discussão. Não
havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado.
Há sobre a mesa
requerimento de urgência assinado pela deputada Carla Morando que requer
urgência ao Projeto 536, de 2020, de autoria do nobre deputado Mauro Bragato.
Em discussão. Não
havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado.
Só retificando,
Projeto de lei 636, de 2020.
Há sobre a mesa
requerimento assinado pelo nobre deputado Vinícius Camarinha, líder do PSB, que
requer urgência ao Projeto de lei nº 80, de 2020, de autoria do nobre deputado
Caio França.
Em discussão. Não
havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado.
Há sobre a mesa
requerimento de urgência assinado pelo nobre líder do PL que requer urgência ao
Projeto de lei 463, de 2019, de autoria do deputado Dirceu Dalben.
Em discussão. Não
havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado.
Há sobre a mesa
requerimento de urgência, assinado pela nobre deputada Monica da Mandata
Ativista, líder do PSOL, que requer urgência ao Projeto 731, de 2020, de autoria da própria
deputada Monica.
Em
discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em
votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo
permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada a urgência.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Para declarar voto contrário a
este último item, Sr. Presidente, e anunciar aqui que eu obstruirei o mérito do
projeto.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS -
PSDB - Está
declarado o voto contrário ao último item aprovado.
Neste
momento, vou fazer as convocações dos congressos de comissões que nós faremos
para os nove projetos. Apenas o Item 9 da lista não foi deliberado, do deputado
Milton Leite, porque o líder do Democratas se encontra hospitalizado e não
tivemos condições de ter a assinatura dele neste momento. Então ainda não
fizemos a votação da urgência.
Convocação.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso
III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, § 5º, ambos do Regimento Interno,
convoco reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e
Planejamento a realizar-se hoje, às 5 horas e 30 minutos, no salão nobre da
Presidência, com a finalidade de apreciar o PL 735, de 2019, de autoria do
deputado Danilo Balas.
Convocação.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso
III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco
reunião conjunta das comissões de Transportes e Comunicações e de Finanças,
Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje, um minuto após o término da
anterior, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de ser apreciado o
Projeto de lei 669, de 2020, de autoria do deputado Tenente Coimbra.
Convocação.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso
III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco
reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Educação
e Cultura e de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje, um minuto
após o término da anterior, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de
apreciar o Projeto de lei 436, de 2020, de autoria do deputado Luiz Fernando.
Convocação.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso
III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco
reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Segurança
Pública e Assuntos Penitenciários e de Finanças, Orçamento e Planejamento a
realizar-se hoje, um minuto após o término da anterior, no salão nobre da
Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei 657, de 2019, de
autoria da deputada Carla Morando.
Convocação.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso
III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco
reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de
Atividades Econômicas e de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se
hoje, um minuto após o término da anterior, no salão nobre da Presidência, com
a finalidade de apreciar o Projeto de lei 636, de 2020, de autoria do deputado
Mauro Bragato.
Convocação.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso
III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco
reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de
Transportes e Comunicações e de Fiscalização e Controle a realizar-se hoje, um
minuto após o término da anterior, no salão nobre da Presidência, com a
finalidade de apreciar o Projeto de lei 80, de 2020, de autoria do deputado
Caio França.
Convocação.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso
III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco
reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Educação
e Cultura e de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje, um minuto
após o término da anterior, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de
apreciar o Projeto de lei 731, de 2020, de autoria da deputada Monica.
Só
retificando a convocação do projeto de lei de autoria do deputado Tenente
Coimbra, o 669, de 2020: o correto é Comissão de Constituição e Justiça,
Educação e Cultura, Finanças, Orçamento e Planejamento. Os demais projetos que
não estão convocados já estão prontos para a Ordem do Dia, por isso que não
serão convocados os congressos de comissões.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, eu gostaria de fazer dois apelos.
Primeiro, para que nós possamos
colocar na pauta e com prioridade os projetos que ficaram pendentes da última
votação do ano passado, entre eles o nosso PDL nº 22, que foi vítima aqui de um
golpe regimental patrocinado pelo governo, pela base governista, através da
apresentação de uma emenda ao projeto que remeteu o nosso projeto de volta ao
congresso de comissões.
A Assembleia Legislativa tem uma
dívida com os aposentados e pensionistas. Nós temos que aprovar o PDL nº 22
para pôr fim ao confisco dos proventos dos aposentados e pensionistas.
Então faço um apelo para que o
PDL volte como prioridade de votação, porque ele já estava sendo votado. Não
fosse esse golpe regimental, repito, patrocinado pelo governo Doria através do
líder do Governo, com assinaturas de integrantes da base governista, o projeto
já teria sido votado.
Então faço esse apelo,
presidente, aos deputados, para que justiça seja feita, porque os aposentados e
pensionistas estão sendo atacados de todos os lados: perderam agora, muitos
deles, a gratuidade do transporte público; muitos são pessoas com deficiência,
perderam a isenção do IPVA; muitos têm acima de 59 anos e já estão pagando 3%
do Iamspe. É ataque de tudo quanto é lado em cima dos
aposentados e pensionistas: na gratuidade, no IPVA, fim da isenção do IPVA, no
aumento da contribuição do Iamspe.
Faço aqui, novamente, um apelo a
todos os deputados e deputadas para que o nosso PDL volte imediatamente para a
pauta de votação.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Presidente, havendo acordo
entre líderes, requeiro a V. Exa. a suspensão dos trabalhos por uma hora.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS -
PSDB - Consulto
os líderes presentes no plenário se concordam com a suspensão dos trabalhos por
uma hora. (Pausa.) Havendo concordância, então, antes de dar a suspensão, faço
uma retificação, também, na convocação do PL 80, de 2020, do deputado Caio
França. Em vez de Comissão de Fiscalização e Controle, é Comissão de Finanças e
Orçamento. Estava equivocada aqui a convocação. Fica retificada.
Estão
suspensos os nossos trabalhos até as 18 horas e 30 minutos, lembrando os Srs.
Deputados e as Sras. Deputadas que nós teremos em breve, às 5 e 30, os
congressos de comissões dos projetos de deputados.
Peço
aos líderes que, por favor, mobilizem as suas bancadas para que a gente possa
garantir. Caso a gente consiga, inclusive, sucesso nos congressos, já vamos
trazer, em uma primeira sessão extraordinária, os projetos para serem
deliberados no plenário, uma vez que existe consenso entre os parlamentares.
Estão
suspensos os nossos trabalhos.
* * *
-
Suspensa às 17 horas e 15 minutos, a sessão é reaberta às 18 horas e 30
minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.
* * *
O SR. DANIEL SOARES - DEM - Pedir a V. Exa. a prorrogação
por 30 minutos.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS -
PSDB - Consulto
os líderes em plenário se concordam.
Em
votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo
permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada a prorrogação dos nossos
trabalhos por 30 minutos.
Convocação.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso
III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco
reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de
Atividades Econômicas e de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se
hoje, às 18 horas e 40 minutos, no salão nobre da Presidência, com a finalidade
de apreciar o PL 636, de 2020, de autoria do deputado Mauro Bragato.
Convocação.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso
III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco
reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de
Transportes e Comunicações e de Finanças e Orçamento a realizar-se hoje, um
minuto após o término da anterior, no salão nobre da Presidência, com a
finalidade de apreciar o PL 80, de 2020, de autoria do deputado Caio França.
Convocação.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso
III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco
reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Segurança
Pública e Assuntos Penitenciários e de Finanças, Orçamento e Planejamento a
realizar-se hoje, um minuto após o término da anterior, no salão nobre da
Presidência, com a finalidade de apreciar o PL 657, de 2019, de autoria da
deputada Carla Morando.
Convocação.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso
III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco
reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Educação
e Cultura e de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje, um minuto
após o término da anterior, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de
apreciar o PL 436, de 2020, de autoria do deputado Luiz Fernando.
Convocação.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso
III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco
reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Educação
e Cultura e de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje, um minuto
após o término da anterior, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de
apreciar o Projeto de lei 731, de 2020, de autoria da deputada Monica.
Convocação.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso
III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco
reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Educação
e Cultura e de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje, um minuto
após o término da anterior, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de
apreciar o Projeto de lei 669, de 2020, de autoria do deputado Tenente Coimbra.
A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Sr. Presidente, pedir a
suspensão dos trabalhos até as 19 horas.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS -
PSDB - Consulto
os Srs. Líderes presentes em plenário se concordam com a suspensão dos
trabalhos. (Pausa.) Havendo concordância, estão suspensos os nossos trabalhos
até as 19 horas.
Solicito
aos Srs. Parlamentares que, por favor, se dirijam ao salão nobre da Presidência
para que a gente possa realizar os congressos de comissões dos Srs. Deputados.
Está
suspensa a sessão.
* * *
-
Suspensa às 18 horas e 33 minutos, a sessão é reaberta às 19 horas e 15
minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS -
PSDB - Suspendo
por mais dez minutos para a conclusão do congresso de comissões.
* * *
-
Suspensa às 19 horas e 15 minutos, a sessão é reaberta às 19 horas e 25
minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS -
PSDB - Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento
Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje,
dez minutos após o término da presente sessão, com a finalidade de ser
apreciada a seguinte Ordem do Dia:
* * *
- NR - A Ordem do Dia para a 1a
Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 03/02/2021.
* * *
A SRA. ERICA MALUNGUINHO - PSOL
- PARA
COMUNICAÇÃO - Eu queria falar com todos os deputados e deputadas de uma pauta
que eu acho que é de interesse de todo mundo. Estou horrorizada.
Agora
nós estamos fazendo uma sessão solene na TV Alesp e
essa sessão foi invadida por hackers com cenas pornográficas e escatológicas.
Imaginem essa situação: uma sessão solene da TV Alesp
e cenas de pornografia e de escatologia atravessando a sessão solene.
Sr.
Presidente, é uma questão de interesse, eu acho, de todos os deputados e
deputadas. A gente está em uma sessão solene agora, é uma sessão solene contra
o assédio sexual. Já digo de antemão que eu, como membro do Conselho de Ética,
não estou participando sobre a pauta do deputado Fernando Cury, mas falando do
assédio de uma forma global, e essa sessão foi invadida inúmeras vezes com
cenas de pornografia e de escatologia, cenas explícitas, e isso foi
distribuído, está na TV Alesp.
Acho
que é muito importante que a Procuradoria, que a gente procure, além das
seguranças na esfera virtual, procurar saber quem são os criminosos que estão
fazendo esse tipo de violência. Assim, cenas horríveis. Horríveis. Eu estou,
assim, completamente desestabilizada.
Eu
estava conversando com o Giannazi, e ele falou que a mesma coisa aconteceu em
uma sessão que ele fez. Então, isso que aconteceu conosco pode acontecer com
vocês também, então acho que é uma pauta de interesse de todos, porque tenho
certeza que ninguém quer lidar com a situação de ter uma sessão solene invadida
por cenas bizarras, absolutamente bizarras.
Então,
é isso. Obrigada, presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS -
PSDB - Deputada
Erica, eu não tinha tomado conhecimento desse fato, estou tomando agora no
plenário. Determino a instauração de um procedimento administrativo para
apurar, de fato, o que aconteceu. Inclusive, se necessário, com o envolvimento
da Polícia Civil para investigação e punição daquelas pessoas que possam estar
envolvidas.
Então,
de pronto, já determino e peço ao secretário-geral parlamentar que faça os
procedimentos administrativos necessários para que seja apurado o que de fato
está acontecendo e como aconteceu. Perfeito?
A SRA. ERICA MALUNGUINHO - PSOL
- Para
finalizar, a gente não coloca ninguém na sala, porque sempre entram. E eles
estão usando o nome dos deputados e deputadas para conseguir passagem para
entrar na sala. Então, assim, é bem sério.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS -
PSDB - É. Já
determino, inclusive com o envolvimento da Comunicação, que é quem gera os
links oficiais da Assembleia para todos os tipos de evento.
Eu
não tinha esse conhecimento, o deputado Giannazi nunca havia informado
diretamente a Presidência, pelo menos até onde eu tenha conhecimento, sobre
esse tema. Também vamos fazer a avaliação desse caso específico e buscar novos
controles de senhas das salas virtuais, que, por sinal, possam ser utilizadas
para qualquer tipo de evento ou para as reuniões das comissões.
Deputado
Vinícius Camarinha tem a palavra.
O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB – PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente, primeiro cumprimento V. Exa. pela atitude e lamento o episódio com
a nossa colega, deputada Erica. Isso é uma afronta à sociedade, é uma afronta
ao Poder Legislativo e merece uma apuração rigorosa, Sr. Presidente.
Não
é possível a ousadia de bandidos entrarem no sistema de comunicação da TV
Assembleia, representado pelo povo paulista aqui, nessa medida difícil de
caracterizar, tamanha a ousadia de criminosos como esses. Então, parabéns a
Vossa Excelência.
Cumprimento
V. Exa. pelo dia de hoje, presidente. Avançamos em projetos de deputados, dez
projetos aprovados, requerimento de urgência. Cumprimento a Casa por esse
avanço. Vamos, se Deus quiser, avançar em projetos importantes em defesa da
nossa sociedade.
O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB -
Presidente,
havendo acordo de líderes, peço o levantamento da presente sessão.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem,
Sr. Presidente. Antes do levantamento, só quero dizer que, no final do ano
passado, eu estava coordenando uma audiência pública pelo aplicativo da TV Alesp, uma audiência pública oficial, e nós sofremos,
também, um ataque de hackers. Inclusive com um pênis bem grande que aparecia na
nossa audiência pública com aposentados e pensionistas, no finalzinho do ano
passado.
Agora,
é lamentável que isso esteja acontecendo, também, em outras audiências. Por
isso é importante que providências sejam tomadas imediatamente e que os
culpados sejam identificados e punidos.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS -
PSDB - Deputado
Giannazi, eu ouvi um pouco aqui, recebi uma mensagem da equipe. Vamos envolver
a Polícia Civil, vamos envolver a nossa parte de tecnologia da informação,
vamos envolver a administração da Casa, mas, de antemão, um cuidado precisa ser
tomado com as audiências públicas.
Todos
os deputados querem a participação do maior número possível, e os links
enviados acabam se tornando públicos para qualquer pessoa poder participar. Se
qualquer pessoa puder participar, acaba permitindo que alguém entre para fazer
e tomar medidas que não são aquilo que a gente, de fato, permite.
Então,
de duas uma. Primeiro em relação aos IPs daqueles que
o fizeram, desses nós vamos atrás para tentar culpar aqueles que o fizeram. Mas
cada um dos parlamentares, nas suas audiências públicas, e todas as audiências
têm o objetivo de ouvir as pessoas, se o link se tornar aberto para qualquer
pessoa participar, nós colocamos em risco a segurança dessa audiência.
Então,
não é que houve ataques. Não houve ataque, ninguém invadiu o sistema da
Assembleia, nada disso. A pessoa acabou se logando
pelo link que foi enviado pelo próprio parlamentar dentro dos seus eventos.
Então,
nós vamos buscar uma maneira de tentar impedir isso, mas, já de antemão, eu
digo que não foi ataque hacker a nenhum sistema do Poder Legislativo e sim a
abertura das audiências, que acabam fazendo com que pessoas indesejáveis entrem
e façam esse tipo de coisa. Nós vamos tomar as providências necessárias.
Havendo
acordo de líderes - questiono os líderes se existe acordo para o levantamento
da sessão -, havendo acordo de líderes, está levantada a sessão, lembrando a
todos que, em dez minutos, teremos uma sessão extraordinária.
Antes
de dar por levantados os trabalhos, convoco V. Exas. para a sessão ordinária de
amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje, lembrando-os,
ainda, da sessão a se realizar em dez minutos.
* * *
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Levanta-se a sessão às 19 horas e 30 minutos.
* * *