4 DE FEVEREIRO DE 2021
3ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA e
FREDERICO D'AVILA
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - FREDERICO D'AVILA
Assume a Presidência.
3 - CORONEL TELHADA
Menciona as datas comemorativas de
04/02. Lembra projeto de lei, de sua autoria, que visa o combate ao câncer de
cabeça e pescoço. Lamenta a morte de policial militar no Ceará. Exibe vídeo e
elogia ação policial durante uma tentativa de assalto na zona sul de São Paulo.
Mostra vídeo de apreensão de entorpecentes pela Polícia Militar do Estado.
4 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
5 - DOUGLAS GARCIA
Defende o retorno às aulas
presenciais. Discorre sobre requerimento de informação, solicitado pelo mesmo,
a respeito de palestra de deputada do PSOL em uma escola pública do Estado.
6 - CARLOS GIANNAZI
Combate o discurso do deputado
Douglas Garcia em relação ao retorno às aulas presenciais. Afirma que a Apeoesp
não recebe dinheiro público. Defende discurso da deputada Sâmia
Bonfim, citado pelo deputado Douglas Garcia. Relata surtos de Covid-19 em
diversas escolas do Estado. Afirma ter acionado o Ministério Público contra o
retorno às aulas presenciais.
7 - MURILO FELIX
Destaca que diversas cidades do interior
do estado de São Paulo precisam de recursos. Afirma que o Desenvolve SP está
disponibilizando recursos para auxiliar os pequenos e médios empresários.
8 - FREDERICO D'AVILA
Menciona ajustes tributários sobre
pneus de máquinas agrícolas. Comenta a diminuição da alíquota sobre peças de
equipamentos agrícolas. Exibe matéria que afirma que São Paulo não teve
recessão. Denuncia possível intenção de venda do Hospital Darcy Vargas.
9 - EDNA MACEDO
Combate críticas de João Doria ao
presidente Jair Bolsonaro. Critica medidas impopulares implantadas pelo
governador do Estado. Destaca a falta de segurança em São Paulo. Ressalta a
necessidade de melhorias em diversos hospitais públicos.
10 - CASTELLO BRANCO
Afirma ser a favor do retorno às
aulas presenciais. Reprova o fim da gratuidade nos transportes públicos do
Estado, para idosos entre 60 e 64 anos.
11 - MAJOR MECCA
Tece críticas ao governador João
Doria. Critica o aumento de Orçamento para publicidade e marketing. Denuncia as
péssimas condições de trabalho dos policiais militares do Estado. Combate o
aumento no preço de diversos tratamentos médicos. Menciona diversos ajustes
tributários, ocasionados pela aprovação do PL 529/20.
12 - DANIEL JOSÉ
Defende o retorno às aulas
presenciais. Comenta casos de contaminação pelo novo coronavírus em escolas do
Estado. Afirma que os grupos que se posicionam contra a volta às aulas
presenciais são contra a Educação.
GRANDE EXPEDIENTE
13 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, rebate o discurso
do deputado Daniel José a respeito da reabertura das escolas. Defende aulas
remotas durante a pandemia. Cita escolas que fecharam após contaminação de
alunos e funcionários.
14 - DANIEL JOSÉ
Para comunicação, considera o
deputado Carlos Giannazi negacionista. Afirma que a taxa de transmissibilidade
nas escolas não é alta. Alega que os fechamentos mencionados foram casos
pontuais.
15 - FREDERICO D'AVILA
Assume a Presidência.
16 - CORONEL TELHADA
Questiona a cobertura midiática após
falas do governador na Rádio Jovem Pan. Afirma que a mídia é financiada pelo
estado. Critica o aumento de verbas para publicidade. Discorre a respeito da
campanha para a presidência desta Casa. Repudia a criação de conflitos entre
deputados militares. Clama pela independência deste Parlamento. Alega que a
Presidência trata deputados da base e de oposição de formas diferentes (com
aparte dos deputados Major Mecca e Edna Macedo).
17 - GIL DINIZ
Comenta a realização de reunião
virtual entre o governador e deputados aliados. Afirma que João Doria trata
parlamentares de oposição de forma diferente. Repudia a fala do governador
durante entrevista à Rádio Jovem Pan. Questiona as ações do Executivo durante a
pandemia. Cobra independência desta Casa. Lamenta a aprovação do PL 529/20.
Tece críticas à atuação de João Doria.
18 - MAJOR MECCA
Para comunicação, endossa o discurso
do deputado Gil Diniz a respeito das falas do governador. Elogia a atuação da
prefeita de Bauru, Suéllen Rosim. Critica as ações de
João Doria. Clama por independência dos poderes.
19 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
20 - CASTELLO BRANCO
Declara apoio ao presidente Jair
Bolsonaro. Tece críticas à atuação do governador. Lembra que o PSDB comanda São
Paulo há 30 anos. Faz eco às falas dos deputados que o antecederam. Cita
denúncias de aliciamento de parlamentares para aprovação do PL 529/20. Comemora
a eleição de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco para a presidência, respectivamente,
da Câmara Federal e do Senado. Comenta a importância das eleições de Mesa
Diretora desta Casa. Apoia a candidatura do deputado Major Mecca. Clama pelo
impeachment do governador.
21 - GIL DINIZ
Para comunicação, defende a indicação
da deputada federal Bia Kicis para presidência da
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Tece críticas à cobertura da
mídia sobre o caso.
22 - MAJOR MECCA
Para comunicação, elogia a atuação da
deputada federal Bia Kicis. Critica a exclusão do
canal "Terça Livre", de Allan dos Santos, do YouTube. Defende a
liberdade de expressão.
23 - LETICIA AGUIAR
Presta solidariedade à prefeita de
Bauru, Suéllen Rosim, por declarações que o
governador João Doria fez a seu respeito, em entrevista à Rádio Jovem Pan.
Defende a reabertura do comércio. Critica as ações do governo estadual durante
a pandemia. Elogia a Câmara Municipal de Bauru pela reclassificação de serviços
essenciais. Convida para manifestação em São José dos Campos, em 05/02. Defende
o governo Bolsonaro. Discorre sobre a importância do auxílio emergencial.
24 - FREDERICO D'AVILA
Lê e comenta ofício assinado pela
presidente da Sociedade Rural Brasileira, Teresa Vendramini, solicitando a
revogação do artigo nº 22 da Lei 17.293/20. Pede a exoneração do secretário
estadual de Agricultura, Gustavo Junqueira. Critica o aumento de impostos de
insumos agrícolas. Tece críticas ao governador João Doria. Considera censura a
exclusão do canal "Terça Livre" do YouTube. Exibe post em rede social
desta Casa, lembrando ato solene em comemoração aos 25 anos de criação do MST.
Questiona a proibição da realização de ato, neste Parlamento, em homenagem a
Augusto Pinochet. Repudia o pedido de impeachment de Bolsonaro enviado pelo
Partido Novo. Lembra a solicitação de 300 mil reais em emendas para a Santa
Casa de Itapeva.
25 - GIL DINIZ
Para comunicação, endossa fala do
deputado Frederico d'Avila a respeito de celebração da criação do MST, nesta
Casa. Critica a exclusão do canal "Terça Livre" do YouTube. Informa
que o deputado Douglas Garcia irá convocar representantes do Google para
prestar esclarecimentos. Defende a liberdade de expressão.
26 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Critica o que denominou ditadura
política.
27 - CARLOS GIANNAZI
Pelo art. 82, defende a aprovação do
PDL 01/21. Critica o PL 529/20. Clama pela aprovação do PDL 22/20. Discorre sobre
prerrogativas parlamentares. Comenta diálogo com professora de 60 anos, afetada
por medidas do governo estadual.
28 - VALERIA BOLSONARO
Pelo art. 82, defende a retomada do
comércio em Aparecida do Norte. Exibe e comenta foto da cidade. Clama a seus
pares, principalmente da esquerda, que defendam a prefeita de Bauru, criticada
pelo governador João Doria. Acrescenta que o governo estadual não convocara a
eleita para reunião com prefeitos da região. Anuncia que fizera moção de
repúdio contra o Governo do Estado.
29 - JANAINA PASCHOAL
Para comunicação, noticia que ontem
sua assessoria visitara prontos-socorros. Comenta reunião com o Governo do
Estado, realizada hoje, para tratar da Saúde e do funcionamento do comércio.
Afirma que amanhã deve detalhar os temas em pronunciamento, nesta Casa.
30 - JANAINA PASCHOAL
Solicita o levantamento da sessão,
por acordo de lideranças.
31 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Defere o pedido. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária do dia 05/02, à hora regimental, sem Ordem do
Dia. Levanta a sessão.
* * *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
* * *
-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número
regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente nesta data, dia 4 de fevereiro de 2021,
quinta-feira.
Iniciamos
o Pequeno Expediente com os seguintes oradores inscritos: deputado Ricardo
Mellão. (Pausa.) Delegado Olim. (Pausa.) Sebastião Santos. (Pausa.) Itamar
Borges. (Pausa.) Castello Branco. (Pausa.) Paulo Fiorilo. (Pausa.) Roberto
Morais. (Pausa.) Edmir Chedid. (Pausa.) Carla Morando. (Pausa.) Marcos Damasio.
(Pausa.) Major Mecca. (Pausa.) Adriana Borgo. (Pausa.)
Eu
solicito ao deputado Frederico d’Avila que, por gentileza, assuma a Presidência
para que eu possa fazer uso da palavra.
* * *
-
Assume a Presidência o Sr. Frederico d’Avila.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PSL - O Coronel Telhada,
conforme lista de inscrição, tem cinco minutos regimentais para uso da palavra.
O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sr. Presidente, deputado Frederico d’Avila,
Sra. deputada Edna, deputado Giannazi, todos os que nos assistem pela Rede Alesp, quero saudar aqui a nossa Assessoria Policial
Militar, na figura do soldado Pelegrini e da soldado
Paula. Muito obrigado pelo trabalho de vocês.
Hoje, dia 4 de fevereiro, queremos começar
saudando o município aniversariante. É o município de Dois Córregos. Um abraço
a todos os amigos e amigas do município de Dois Córregos, que hoje aniversaria.
Um abraço, obrigado a todos pela companhia, pela nossa audiência aí na cidade.
Hoje também, dia 4 de fevereiro, é o Dia
Mundial de Combate ao Câncer, de todos os tipos de câncer: câncer de mama, de
ovário, câncer infantil, enfim todos os linfomas, leucemia, todos aqueles
cânceres que, infelizmente, assolam a humanidade. Hoje é o Dia de Combate
Mundial ao Câncer.
Queria lembrar aos deputados que eu tenho um
projeto nesta Casa criando o Dia de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. Mas,
como tudo nesta Casa é moroso, já faz três anos que esse projeto está parado.
Eu queria dizer a todos que eu tenho um projeto de lei nesta Casa falando do
Dia do Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço e queria solicitar ao Sr.
Presidente que fizesse esse projeto andar.
Vamos falar, infelizmente, de mais policiais
mortos. Nesta data morreu um policial lá do Ceará. É um policial militar que
estava de serviço, é o cabo Carlos Eduardo Pinheiro Gurgel, jovem policial
militar. Morreu após ser baleado por criminosos que estavam fugindo de uma loja
onde realizaram um roubo na tarde de ontem, quarta-feira, dia 3, em Fortaleza.
Na fuga, os criminosos atiraram contra os
policiais que faziam o policiamento a pé no local. Um deles foi atingido, que é
o cabo Carlos Eduardo Pinheiro Gurgel, que não resistiu aos ferimentos e
infelizmente faleceu.
O policial militar estava na Polícia desde
2009 e atualmente trabalhava na 1ª Companhia do 5º Batalhão, lá no Ceará. Meus
sentimentos à família desse policial e a todos os amigos e amigas da Polícia
Militar do Ceará.
A Polícia Militar divulgou uma ocorrência -
temos um vídeo de 19 segundos, pode colocar, por gentileza - em que ocorre o
roubo numa farmácia. Rapaz, isso. Volte ao início, por favor. Isso, que a
televisão demorou para mostrar. Volte ao início, por favor. Vamos lá.
* * *
- É feita a exibição do vídeo.
* * *
Os três vagabundos entram na farmácia, arma em
punho. Para quem não acredita que bandido anda armado, está ali. Só que aí a
Polícia Militar chegou, graças a Deus, e prendeu os três bostas, porque nessa
hora se jogam no chão.
Vocês estão vendo? Tudo valentão; quando pegam
um civil, quando pegam um polícia pelas costas, são valentões, mas, na hora que
a meganha chega, todos se jogam no chão, todos covardes. Infelizmente eles
foram presos, porque eu queria que os três fossem para um saco. Seria a melhor
coisa para eles.
Mas a Polícia Militar, lá no 46º Batalhão, na
zona sul, lá na avenida do Cursino, parabéns aos
policiais militares que prenderam esses três vagabundos armados. Foi apreendido
o revólver e 1.100 reais.
Enfim, foram conduzidos ao distrito em
flagrante. Agora cabe à Justiça. Como sempre, logo eles serão liberados, porque
vagabundo, no Brasil, é colocado em liberdade.
Eu estava vendo, vocês viram aquela
ocorrência, deputada Edna, daquele menino que foi preso, torturado? Estava
preso dentro de um balde há não sei quantos meses. Eu recebi a notícia, pasme,
deputado Giannazi, que as duas pessoas que foram presas foram levadas à
audiência de custódia e foram liberadas por cinco mil reais de fiança. Eu ainda
quero ver isso, porque, no meu entendimento, aquele crime é tortura, e tortura
é um crime inafiançável. Uma criança.
Então, eu não sei se fui informado errado, não
sei se vocês têm essa informação. Eu não sei se fui informado errado ou eu
estou no país errado. Não é possível que um casal que tortura uma criança
dentro de um balde, deixando a criança fazer as necessidades ali, sem comer,
sem beber água, é liberado com uma fiança de cinco mil. Alguma coisa está
errada. Eu espero estar enganado, mas vou averiguar isso aí.
E finalmente a última ocorrência. Ponha o
outro vídeo, por favor, de 16 segundos. Enquanto põe o vídeo, eu falo, por
gentileza. Nesta ocorrência, a Polícia Militar recebeu uma informação de que
indivíduos estariam fazendo tráfico de entorpecente. Pode pôr, por favor.
* * *
- É feita a exibição do vídeo.
* * *
Foram averiguar e constataram que dentro do
carro, escondida nos pneus, estava uma grande quantidade de entorpecentes. Aí
os policiais militares estão abrindo os pneus do carro. Vejam só o que a
vagabundada faz, gente. Eles colocam drogas dentro dos pneus. Vocês viram o
final aí, que foram encontrados 12 tijolos de maconha dentro dos pneus.
Então, o vagabundo, para cometer o crime, não
tem o que inventar, o bicho é ligeiro mesmo. Então, esses aí foram os PMs do
36º Batalhão da Polícia Militar, na região ali da zona oeste de São Paulo, que
acabaram fazendo essa bela ocorrência e prendendo esses criminosos que
praticavam esse crime de tráfico de entorpecente.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PSL - Obrigado, Coronel
Telhada, sempre trazendo aqui as honrosas ações da Polícia Militar de São
Paulo.
Seguindo
com a lista de oradores, chamo agora o deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Rodrigo
Moraes. (Pausa.) Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Gil Diniz. (Pausa.) Dra. Damaris
Moura. (Pausa.) Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. O senhor
tem cinco minutos regimentais.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Peço, por gentileza,
que a reprodução faça executar o vídeo que eu trouxe. Pode colocar.
*
* *
- É feita a exibição do vídeo.
*
* *
Senhores, para quem não viu ou não
entendeu o que aconteceu, foi um carro da Apeoesp, com uma caixa de som em
cima, passando por bairros da cidade, para que os pais não mandem os filhos
para a escola. A Apeoesp deveria ser encaixada na lei antiterror, porque isso
que eles promovem é terrorismo.
Tenho um nojo completo e absoluto por
sindicato. Não suporto sindicato. Para mim sindicato é uma praga. Sindicato dos
professores, pior ainda. O que eles fazem é atrapalhar a vida de quem quer
trabalhar.
Professor que não quer se envolver no
sindicato, ou não é militante, não reza a cartilha indicada pelos partidos de
esquerda, sofre as consequências, graças a esse bando de demônios que vocês
viram agora sendo exibidos na Rede Alesp, aqui no plenário.
São
pessoas perigosas, que ameaçam aqueles que não cumprem a cartilha da militância
dentro dos sindicatos. E agora estão espalhando terror pelas cidades do estado
de São Paulo, dizendo que, se os pais escolherem fazer com que seus filhos
deixem de ser burros, porque eles querem que, infelizmente as crianças não
estudem, que as crianças não sejam livres, que as crianças não produzam
conhecimento.
Eles
querem que as crianças fiquem presas dentro de casa, sem conseguir fazer
absolutamente nada, tirando a oportunidade dos pais de mandarem os filhos irem
para as escolas, ameaçando aqueles professores que são favoráveis ao retorno
das aulas e agora espalhando o terror na cidade de São Paulo.
Diante
dessas cenas lamentáveis que os senhores viram, desse bando de terroristas, eu estou
representando o Ministério Público do Estado de São Paulo, porque para mim isso
é grave, é gravíssimo.
Eu
quero saber se não existe dinheiro público nisso também, porque foi mais de um
carro. Não vou reproduzir outro vídeo aqui, mas foi mais de um carro passando
pela cidade de São Paulo, anunciando aos pais, dizendo para manterem os filhos
dentro de casa.
Quantas
dessas pessoas que resolveram rezar a cartilha do Governo de São Paulo
infelizmente também foram infectadas? Quantas crianças vão sofrer as mazelas de
não poder voltar às escolas? Estou representando a Apeoesp, junto com todos
outros sindicatos que ousarem espalhar o terror no estado de São Paulo. Vocês
não irão amedrontar a população paulista.
Aproveitando
esse tema, Sr. Presidente, eu gostaria também de falar a respeito de um
requerimento de informação que eu havia enviado no ano passado, o 167/2019, que
uma deputada federal do PSOL - uma deputada fofinha, não vou falar o nome dela
para não dar moral -, foi a uma escola chamada Escola Estadual Francisco da
Costa Guedes palestrar sobre feminismo. E estava lá, lacrando, aquela coisa
maravilhosa, linda, xingando todos os homens da face da Terra e lacrando como
se não houvesse amanhã na escola.
Eu
achei aquilo um absurdo. Como é que a escola abre as portas para uma deputada
federal do PSOL ir lá doutrinar abertamente as nossas crianças? Enviei um
requerimento para a Secretaria de Educação e obtive a resposta. Está aqui.
De
acordo com a Secretaria, na palestra foram abordados temas como o aumento da
violência contra a mulher, casos de machismo e feminicídio, a desigualdade
entre homens e mulheres no mercado de trabalho, a luta das mulheres para terem
seus direitos respeitados, temas esses abordados na disciplina das áreas de
Ciências Humanas, referente ao tema de Direitos Humanos, trabalhando em projeto
interdisciplinar.
Sabem
o que eu fiz? Já que estamos falando de Direitos Humanos, pressupõe o princípio
da igualdade no uso dos espaços públicos, no bom uso dos espaços públicos, que
todos os deputados tenham a mesma oportunidade de poder palestrar. Então, eu
enviei para a mesma escola um ofício solicitando um espaço, deputada Edna, para
que eu possa palestrar sobre o aumento dos casos de aborto no Brasil, de
assassinato de bebês, a desigualdade dada aos nascituros para terem os seus
direitos respeitados, temas esses abordados na disciplina das áreas de Ciências
Humanas, referente ao tema de Direitos Humanos.
Porque
falar sobre o tema de aborto, dentro das escolas, na vida de crianças, eu
também acredito que seja um tema de Direitos Humanos. Eu quero ter exatamente a
mesma oportunidade que o deputado do PSOL teve para lacrar. Eu quero ter
exatamente a mesma oportunidade que o deputado do PSOL teve para ir lá e falar
groselha. Eles foram lá falar groselha, e eu quero mostrar a verdade, o que
realmente está acontecendo. Eu quero defender a vida das crianças.
Então,
estou oficiando a escola neste momento. Caso eu tenha uma resposta negativa,
entrarei com uma representação no Ministério Público, ação na Justiça, porque
eu quero ter exatamente os mesmos direitos. Eu quero ter exatamente as mesmas
oportunidades.
*
* *
-
Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
E,
para provar que hoje o que acontece no ambiente estudantil é nada mais nada
menos que uma perseguição completa e absoluta daqueles que são conservadores,
enquanto a galera do PSOL, do PT e dos partidos de esquerda estão lá, usando e
abusando de espaços públicos para lacrar, para mentir e para espalhar
inverdades, eu exijo que a escola conceda também o espaço para mim. Caso
contrário, eu entrarei com processo na Justiça contra eles.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado. Eu também quero
palestrar lá na escola, por gentileza.
Próximo deputado, Mauro Bragato. Perdão. O
próximo é o deputado Alguz. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência
tem o tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
telespectadores da TV Assembleia, quero falar aqui do genocídio da Educação que
está sendo patrocinado no estado de São Paulo pelo governador Doria e pelo Rossieli. Mas, antes, eu gostaria de fazer umas observações
sobre a intervenção do deputado Douglas Garcia, deputado novo, combativo no
campo ideológico dele.
Deputado
Douglas Garcia, primeiramente, quem implanta o terrorismo hoje na cidade, o
terror, como V. Exa. colocou aqui, não é o professor, não é a Apeoesp. Pelo
contrário, nós, educadores, estamos defendendo a vida.
O
trabalho da Apeoesp é um trabalho importante, de conscientização. Quem
implanta, de fato, o terror nesta cidade é o presidente da República, que V.
Exa. defende, o presidente Bolsonaro, que é considerado já por muitos setores
da sociedade um genocida.
É
considerado um assassino, grande aliado da disseminação do coronavírus no
Brasil e das 220 mil mortes no País. São vários os setores da sociedade dizendo
isso, juristas, artistas, os mais diversos setores, que inclusive protocolaram,
tem mais de 60 pedidos de impeachment do presidente Bolsonaro. Este, sim, está
patrocinando o terrorismo no Brasil, e a destruição educacional, a destruição
do SUS, a destruição da Saúde pública, da soberania nacional. Esse é o
terrorismo.
A Apeoesp não recebe dinheiro
público, deputado Douglas Garcia, nem perca o seu tempo. Quem sustenta a
Apeoesp é o sindicalizado, e a pessoa só é sindicalizada se ela quiser, ela tem
a liberdade de assinar a ficha sindical. Então, não perca o seu precioso tempo
em relação a isso.
Em relação à palestra da nossa
deputada Sâmia Bonfim, olha, V. Exa. tem que saber o
seguinte: o Supremo Tribunal Federal já julgou mais de dez ações dizendo o
seguinte, afirmando que as escolas devem discutir a questão da identidade de
gênero, da diversidade sexual, do combate ao racismo, à homofobia, à violência
contra as mulheres; tudo isso agora é obrigatório, inclusive.
O Escola Sem Partido já morreu, já
desapareceu, que é o movimento que V. Exa. defende. Eu respeito, V. Exa. faz o
debate, mas esse movimento já nem existe mais, ele já foi derrotado
judicialmente.
Mas eu quero voltar aqui e mostrar a
V. Exas. a tragédia que está acontecendo no estado de São Paulo com essa
determinação da volta às aulas presenciais. Já começou o genocídio, deputados e
deputadas, as mortes já começaram, a contaminação.
Vejam só, eu selecionei aqui alguns
casos para Vossas Excelências. Esta é uma escola particular, Colégio Maria
Imaculada, uma escola do Jardins, uma escola de classe média que fechou as suas
portas porque já tem caso de contaminação.
Conversei com a escola, a escola
fechou. Escola particular, que tem todas as condições materiais de oferecer as
mínimas condições para o cumprimento dos protocolos, aqui na Paulista, minha
gente, aqui no Paraíso, perto da Assembleia Legislativa.
Vou colocar outra escola: Ermelino
Matarazzo, zona leste de São Paulo. Isso porque elas estão, essa escola, a rede
estadual está fazendo apenas neste momento o planejamento presencial; ou seja,
os professores estão indo nas escolas, mas os alunos não, os alunos serão
obrigados a frequentar as escolas na semana que vem, no dia oito. Mas só nesta
semana, só no planejamento presencial, já são várias escolas com contaminação e
várias escolas já fechando no planejamento presencial, só com os professores e
servidores.
Imaginem V. Exas. agora quando os
alunos estiverem nas escolas no dia oito, vai ser uma tragédia geral. Essa
escola fechou suas portas também, suspendendo o planejamento presencial. Tem
vários casos que eu recebi hoje. A Escola Estadual José Bartocci,
lá na Leste 1, também fechou as suas portas, porque não é possível nem fazer
mais o planejamento presencial. São muitas as escolas.
Ontem - só para concluir, Sr.
Presidente - eu também fui, visitei algumas escolas que estão nessa situação. A
Escola Estadual Plínio Negrão suspendeu ontem o seu planejamento presencial com
os professores porque tinha caso de contaminação; a Escola Estadual Samuel
Morse, a Escola Estadual Miguel Munhoz, a Escola Estadual José Castelloes, são várias em todo o estado, Sr. Presidente.
Então eu faço aqui um apelo ao
secretário da Educação, que estranhamente vai dar entrevista no Roda Viva na
segunda-feira, no dia da volta às aulas presenciais. A TV Cultura infelizmente
se tornou um braço do governo Doria, TV para fazer a propaganda do governo
Doria, e eles vão entrevistar o Rossieli, que não tem
importância nenhuma na área da Educação.
Nós já estamos tomando providências,
acionando o Ministério Público contra a volta às aulas presenciais. Acionei
também através de uma ação popular no Tribunal de Justiça, porque já estamos
vendo em curso o genocídio da Educação no estado de São Paulo com a volta às
aulas.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado. Próxima deputada, deputada Isa
Penna. (Pausa.) Deputado Murilo Felix. Vossa Excelência tem o tempo regimental
de cinco minutos.
O SR. MURILO FELIX - PODE - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos os parlamentares. Através do nosso
presidente, cumprimento todos à Mesa e também cumprimento todos os
parlamentares aqui presentes. Tenho recebido bastante prefeitos no meu gabinete
e tenho percebido que há uma necessidade de nós, deputados, nos aproximarmos
bastante dos municípios no interior de São Paulo.
São muitos municípios, e nós sabemos
que, devido a nossa legislação, a maioria dos recursos, dos impostos acaba indo
muito para o governo federal, bastante também para o governo do estado, e os
municípios, que ficam com a parte reduzida desses recursos que são recebidos,
acabam tendo na verdade a maioria das obrigações. Então, esses prefeitos e
esses vereadores precisam do apoio de nós deputados.
Tenho recebido o prefeito de Rio
Claro, o prefeito de Cordeirópolis, o prefeito de São Carlos; hoje recebi o
prefeito de Monte Azul e de outros municípios também. Há uma necessidade, e
aqui eu me coloco à disposição dos prefeitos para que possamos pensar nas
famílias que moram no interior do estado de São Paulo.
É um momento muito difícil, é um
momento em que essas prefeituras e todos os órgãos que atuam junto a elas, na
área da Saúde principalmente, estão fazendo tratamento dessas pessoas para o
coronavírus, e esses municípios precisam de recursos do estado para que possam
fazer um bom trabalho.
Então, aqui me coloco à disposição
como deputado do interior do estado de São Paulo, um deputado que está atuante
junto ao governo do estado para que possamos aproximar o governo do estado aos
municípios do interior, priorizando sempre a vida das famílias, o bem-estar das
pessoas.
Trago um outro assunto também de
muita relevância, que é a visita que recebi do nosso vereador de Limeira João
Antunes e também do vereador Pastor Nilton, vereador do Ceará. Isso me traz uma
alegria muito grande, porque os vereadores do município de Limeira estão me
procurando, o vereador Helder do Táxi, a vereadora Lu Bogo
me enviou uma carta pela qual sou muito grato, me senti muito contente e
honrado em ter recebido esta carta. Também o vereador Lemão
me parabenizou em forma de carta pelo fato de eu estar assumindo como deputado.
É dessa forma que nós vamos
conseguir, no caso de Limeira, fazer um bom trabalho. É um trabalho de união à
Câmara Municipal, independente de partido, porque o nosso foco maior é a vida
das pessoas, é conseguir recursos para que as pessoas não percam seus empregos
e tenham uma boa qualidade de vida e tenham o apoio da prefeitura, do governo
do estado, do governo federal, da câmara municipal para que possamos sair deste
momento tão difícil que é a pandemia. Tenho certeza que nós vamos conseguir
fazer isso.
Fico muito contente de estar
recebendo as demandas desses vereadores e me coloco aqui à disposição de todos
os vereadores, à Câmara Municipal de Limeira. Vamos juntos, junto à prefeitura,
junto ao nosso deputado federal por Limeira, Miguel Lombardi, fazer um trabalho
para que Limeira consiga sair deste momento tão difícil o quanto antes.
Estive analisando junto ao governo
do estado, conversei com o secretário Vinholi, com o vice-governador Rodrigo
Garcia, e o Desenvolve São Paulo está dispondo de recursos agora para auxiliar
os pequenos e médios empresários. Nós vamos atuar junto ao governo do estado em
Limeira para que possamos dar apoio a todos os empresários, comerciantes, para
que possam passar por este momento tão difícil.
Já temos a vacina do coronavírus, e
eventualmente esse problema do coronavírus seja resolvido. E aí temos um novo
momento, que é a retomada da economia, e é dessa forma, unidos, que Limeira
poderá sair na frente. Agradeço a todos aqui presentes, agradeço aqui ao
presidente por estar me dando a palavra.
Muito Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado. O próximo deputado para
fazer uso da palavra é o deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Adalberto
Freitas. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.)
Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Agente Danilo Balas. (Pausa.) Deputado
Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputado Frederico d’Avila, V. Exa. tem o
tempo regimental.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Presidente
deputado Coronel Telhada, vou aqui pedir a sua autorização para tirar a máscara
aqui na tribuna, uma vez que o senhor faz uso aqui sem máscara também. Eu
acredito que não tem perigo para os demais colegas.
Eu
queria aqui registrar que, no dia de ontem, recebemos uma excelente notícia do
governo federal, que retirou, deputada Edna, todos os impostos e tarifas
federais de importação sobre pneus de máquinas agrícolas, tratores - caminhões
já havia retirado. Então, vou pedir ajuda à técnica, a matéria do “Valor
Econômico”.
Bom,
foi retirada toda a tarifa de importação de pneus de máquinas agrícolas, cinco
modelos de pneus, e agora vai ter mais modelos de pneus que serão totalmente
isentos, Coronel Telhada, porque nós temos muitos equipamentos hoje prontos nos
pátios das fábricas - tratores, máquinas agrícolas, etc. -, e que não podem ser
entregues porque não há pneus para atender essas indústrias.
Veio
uma solicitação... na verdade, vieram várias solicitações das indústrias para o
nosso gabinete, e eu levei de pronto ao conhecimento da ministra Tereza
Cristina, a quem já eu agradeço, e ao presidente Jair Bolsonaro, que de pronto
encaminharam essa demanda ao Ministério da Economia. A equipe do nosso querido
ministro Paulo Guedes zerou todos os impostos de importação para máquinas e
tratores agrícolas.
Então,
obrigado, presidente Bolsonaro - e em especial agradecimento à ministra Tereza
Cristina -, pelo pronto acolhimento da demanda e também pela pronta edição da
medida através do Ministério da Economia.
Seguindo,
nós tivemos a notícia de que hoje - não há, ainda, transparência, porque eu
recebi a notícia e estava em plenário - o presidente Bolsonaro anunciou também
que peças de máquinas e equipamentos agrícolas sem similar nacional tiveram a
sua alíquota diminuída de 16 para dois por cento no imposto de importação. De
16 para dois por cento.
Então,
o governo do presidente Bolsonaro abaixando impostos, Coronel Telhada, que
agora, creio eu, com o seu colega de partido à frente da Câmara dos Deputados,
deputado Arthur Lira, com quem eu estive no mês de dezembro, eu acredito que
agora nós façamos o Brasil caminhar em bom rumo.
E
já parabenizo o presidente Bolsonaro, a ministra Tereza, o Ministério da Economia,
por esse belíssimo decréscimo de 14 pontos percentuais nas peças de tratores e
máquinas agrícolas sem similar nacional. Ou seja, nós não estamos prejudicando
a nossa indústria: nós estamos trazendo equipamentos para que sejam montados de
maneira mais competitiva.
Queria
aqui também colocar a matéria de ontem do jornal “Valor Econômico”. Veja só,
prezados e queridos deputados, deputado Gil Diniz, matéria do “Valor Econômico”
de ontem: “São Paulo não teve recessão em 2020 e crescerá cinco por cento agora,
diz Meirelles”, o secretário da Fazenda.
Ou
seja, nós ficamos aqui o ano de 2020 inteiro sendo acossados pela liderança do
Governo para votar o Projeto 529 e outras medidas de ajuste fiscal, e agora o
secretário da Fazenda diz que não teve recessão - pelo contrário, teve um
aumento de 0,3 por cento no PIB - e ainda diz que agora vai crescer.
Ou
seja, os cofres do seu João Doria estão estufados de dinheiro, muito desse
dinheiro oriundo do governo federal, para fazer campanha contra o presidente
Jair Bolsonaro através da pandemia.
Também
queria aqui dizer, aproveitando a presença do professor Giannazi aqui, que hoje
eu ouvi seu discurso ali ao lado da minha casa, no hospital Darcy Vargas.
Também eu recebi a demanda - minha mulher ajuda muito ali as entidades que dão
suporte, as voluntárias do hospital Darcy Vargas - de que o senhor João Doria,
deputada Edna Macedo, queria vender o hospital Darcy Vargas, a área do hospital
Darcy Vargas, para edificar ali um condomínio de luxo para os seus amiguinhos,
que, com certeza, iam render-lhe vultuosa comissão.
Então,
agora o hospital Darcy Vargas, pelo que tudo indica, permanecerá lá, e
consequentemente dando o especial atendimento às crianças que estão sendo
tratadas ali. Inclusive, eu mesmo mandei, no ano que passou, uma emenda para o
hospital Darcy Vargas.
E,
como último registro aqui, Coronel Telhada, gostaria de dizer que participei
ontem do octogenário de sua alteza imperial, dom Bertrand de Orleans e
Bragança, que completou 80 anos de idade no último dia dois.
Teve
um almoço ontem muito distinto, com vários convivas, com o bisneto do barão da
França, o ministro Ricardo Salles e mais algumas personalidades que ali
estiveram. Queria saudar aqui a sua alteza e dizer que tenha vida longa e
continue sua batalha pela reconstituição do império do Brasil.
E,
como último e derradeiro registro, recebi hoje o ofício da Sociedade Rural
Brasileira solicitando a exclusão do Art. 22 da Lei 17.293, que incrementa os
impostos, que dá liberdade para o governador manejar os impostos e as alíquotas
de ICMS conforme a sua vontade.
Obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado.
Próxima deputada, deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar.
(Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.)
Deputada Edna Macedo, V. Exa. tem o tempo
regimental de cinco minutos.
A
SRA. EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Dá licença. Como estamos bem longe uns dos outros, isso me
dá o direito de tirar a minha máscara, tá? Por gentileza.
Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, amigos que nos acompanham através da TV
Assembleia, policiais militares presentes aqui no plenário, senhores
servidores, meu boa tarde.
Eu
subo à tribuna para falar sobre a minha indignação sobre o comentário que o
governador João Doria Jr. fez na rádio “Jovem Pan”, respondendo ao jornalista
Rodrigo Constantino, chamando o Bolsonaro de homicida. Ora, quem é o senhor
João Doria para chamar o Bolsonaro de homicida?
O
senhor sabe o que acontece dentro do estado de São Paulo, por um acaso? Porque
não parece que o senhor é governador aqui. É governador em outro lugar, menos
aqui. Já parou para ver como que andam as coisas? Eu vou elencar aqui um
pouquinho das coisas que estão entaladas aqui na minha garganta.
Do
ponto de vista social, o que o senhor tem feito para minimizar o sofrimento do
povo? Bom, retirou a gratuidade das passagens para as pessoas de 60 a 64 anos,
a gratuidade nos ônibus municipais.
Com
a brincadeira do lockdown, quebrou inúmeras empresas, que, consequentemente,
tiveram que mandar os seus funcionários irem embora, porque não tinham como
pagar funcionário, não tinham como recolher impostos, aluguel etc.
Aumenta
o ICMS de forma absurda, vergonhosa.
O
senhor ferrou os deficientes físicos, ferrou os aposentados, ferrou os
funcionários públicos. Quem é o senhor para falar de quem? O que está bom aqui?
Tem mais. Quer mais? Eu vou dizer.
As
pessoas, hoje, não têm mais a segurança que tinham algum tempo atrás aqui em
São Paulo. Todo mundo mete o pau no Rio de Janeiro por causa da violência, e
como anda São Paulo? Cadê a Segurança Pública? Que estímulos os policiais
militares têm para trabalhar? Seu Pinóquio, que promete e não cumpre, ninguém
neste mundo é obrigado a prometer, mas a cumprir é, sim senhor, seu mentiroso.
Nós
hoje não temos mais sequer sossego nem segurança nos shoppings, não podemos ir
à farmácia, estamos arriscados toda hora a sermos assaltados. Senhoras de idade
sendo, toda hora, na rua, assaltadas. Além de serem assaltadas, tomarem o seu
bem, ainda são maltratadas, chutadas. Nós não temos segurança.
Hospital?
Ele fala em hospital, imagina. Fala que ele está preocupado com as vidas, que o
Bolsonaro é isso, é aquilo, que não está preocupado. Que negócio é esse?
Imagina agora eu saber pelo deputado Frederico d’Avila que ele quer fechar o
Hospital Darcy Vargas, cujo diretor lá, muito bacana, Dr. Sérgio, que toma
conta. É o diretor técnico lá do hospital. Mandei emendas para lá, porque é uma
tristeza. Faltam suprimentos, falta muita coisa, e ele vem com essa conversa
fiada.
Ele
visita os hospitais, por um acaso? Quanta verba não se gastou para aquele
hospital de campanha, que poderia ter arrumado os hospitais, ter dado fomento
para os hospitais que estavam funcionando, ajudando as pessoas.
Na
realidade, deputado Castello Branco, as doenças estão de férias, elas estão
dormindo. Não existe doença hoje, só existe Covid. Ninguém mais morre de
câncer, não morre de problemas renais, de embolia pulmonar, não morre mais de
fígado, de nada. Não tem mais trombose. Não tem mais. Elas estão todas
descansando, elas tiraram férias. Tudo é Covid.
Eu
não acredito. Não importa o que pensam de mim. Não acredito, porque todo dia
morre gente. Independentemente de a Covid chegar, todo dia morre gente e nasce
gente.
Então,
não venha com conversa fiada. Ao invés de ajudar os hospitais, equipar, dar
mais garantia para os médicos, equipamentos, não, fez aquela arruaça de
hospital de campanha. E ninguém sabe para onde foi aquilo, aqueles
equipamentos, o que fizeram, o que não fizeram. Não teve nada.
Quer
dizer, que governo é esse? Que palhaçada. Ainda vem falar dos outros. Devia
cuidar de seu quintal antes de falar dos outros. E vou deixar um recadinho aqui
para o Sr. Governador: a humildade precede a honra, mas a arrogância precede a
queda, e é o que nós vamos ver o senhor.
Tenho
dito. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Deputada sendo aplaudida
efusivamente pelos deputados presentes. Parabéns, deputada Edna. Ele não vai
visitar hospitais, mas vai para Miami. Fique tranquila.
Lista suplementar. Deputada Maria Lúcia
Amary. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Deputado Léo Oliveira. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. Já falou.
Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar.
(Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Castello Branco. Vossa
Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. CASTELLO BRANCO - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Quinta-feira,
plenário, Assembleia Legislativa de São Paulo. Nós vamos retomar o assunto
desta semana, quando falamos sobre o fechamento das escolas. Nós somos a favor
da abertura das escolas, pois só o que pode salvaguardar uma gloriosa nação é a
sua Educação. Uma boa Educação, com os professores e boas escolas, porque,
senão, amanhã será pior.
Aqui
eu faço uma ressalva, elogiando a categoria dos professores, muito bem
representada nesta Casa pelo professor Giannazi, pelo Sindicato dos
Professores, pelas associações. O meu respeito e a minha admiração, deixando
bem claro que em outras oportunidades tive a condição de falar que a considero a
profissão mais importante do mundo.
No
entanto, neste momento as escolas têm que abrir. Elas obrigatoriamente têm que
abrir, porque ela é o nosso futuro. A Educação é fundamental para a
transformação de uma nação, e os estados que não valorizam a Educação em geral
apresentam uma economia frágil. Os rendimentos são inferiores, refletindo em
todos os segmentos da sociedade. Portanto, a nossa conclusão é de que as
escolas devem abrir e que lugar de criança é na escola.
Colocado
isso, vamos agora para o fim da gratuidade para idosos no transporte público.
Mais um descalabro, mais uma insensatez, mais uma estratégia nefasta do Governo
do Estado de São Paulo, que ninguém entende o tamanho da maldade.
É
tão grande que eu estou preparando um ciclo de palestras para procurar entender
e explicar para a população o que é que está por trás disso, porque não é
possível tantos erros em uma só gestão.
Então,
vamos lá, passar rapidamente. O fim da gratuidade para idosos, com idades entre
60 e 64 anos, passou a valer na segunda-feira, dia 1º de fevereiro, e os
passageiros reclamaram pela falta de informação sobre essa nova determinação da
Prefeitura de São Paulo e do governo estadual.
A
determinação da Prefeitura e do governo do estado afetou aproximadamente 180
mil pessoas, e a medida vale para os ônibus municipais de São Paulo e
intermunicipais, EMTU, Metrô e CPTM.
Em
uma ação conjunta, feita de forma equivocada e sem debate público, sem direito
à defesa, o prefeito de São Paulo e o governador do estado determinaram, no fim
do ano passado, a suspensão das gratuidades para idosos entre 60 e 64 em
ônibus, trens e metrô na Capital, além dos ônibus intermunicipais da grande São
Paulo.
O
passe-livre nos transportes públicos existia desde 2013, e a suspensão não vale
para idosos acima de 65 anos, porque a gratuidade está garantida por uma lei
federal. Senão teriam tirado também, com certeza, e cabe um parêntese, muito
bem colocado pelo deputado Frederico d’Avila.
Enquanto
o governo federal abaixa impostos, melhora a legislação, torna o País com uma
melhor governança, o governo estadual, na contramão disso, faz tudo errado.
Faça
aquilo que eu faço e taque pedra naquilo que eu sou. É exatamente isso que ele
tem feito com o governo federal. Na sequência, a medida adotada pelo governo
paulista é um retrocesso, visto que retira direitos já incorporados, patrimônio
jurídico da pessoa idosa, garantido pelo Estatuto do Idoso.
Nós
vivemos, como todos sabem, um grave momento de crise econômica e sanitária em
função da Covid, com o aumento dos preços de tudo. A taxa de desemprego
aumentou, e agora mais uma maldade do grande pacote de venenos, que é
restringir o acesso ao transporte público, de direitos já adquiridos.
Deve
ser para fazer caixa. Ele está precisando fazer dinheiro para tentar o seu
sonho, que nunca se realizará, de tentar a Presidência da República, porque
Deus é grande e não vai permitir que pessoas desse nível cheguem à liderança do
País.
Juntos
somos mais fortes. Somos todos um só.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado. O
próximo deputado é o deputado Major Mecca. Vossa Excelência tem o tempo
regimental de cinco minutos.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a
todos. Olhem só. O estado de São Paulo, hoje, tem mais de 53 mil mortos pelo
coronavírus. No início dessa crise sanitária, o Supremo Tribunal Federal
determinou que ações e medidas adotadas no combate ao coronavírus ficariam por
incumbência dos governadores e prefeitos, e assim foi.
O governo federal, o presidente Jair
Bolsonaro, enviou para o estado de São Paulo, para o combate ao coronavírus,
mais de sete bilhões de reais. Agora, o governo e a grande mídia querem enganar
quem, querendo atribuir a responsabilidade ao presidente da República? Não
enganam ninguém.
Observem
só a distorção de prioridades no estado de São Paulo, praticada por esse
desgovernador, o João Agripino Doria. No dia 30 de janeiro agora, de 2021, foi
publicada no Diário Oficial a Concorrência nº 01, de 2021, com data para
abertura no dia 18 de março de 2021, para a contratação de serviços de
publicidade no valor de 100 milhões de reais. Cem milhões de reais para
propaganda e marketing.
Hospitais
fechando, como o Darcy Vargas, que eles querem fechar. Prontos-socorros de
vários hospitais estaduais, na Capital e na Grande São Paulo, fechando;
delegacias de Polícia sendo fechadas; policiais militares no estado de São
Paulo passando dificuldade financeira, porque os nossos soldados hoje, repito
aqui, vendem a folga para sustentar sua família; e o governador preocupado com
o empenho do seu dinheiro, do seu imposto, para fazer propaganda e marketing.
Aumentou
o ICMS em vários setores do estado de São Paulo. Ontem o deputado Frederico
d’Avila falava sobre o aumento de 18% no ICMS nos equipamentos e nos utensílios
da Saúde. Hoje, em São Paulo, está mais caro o tratamento para o câncer. Está
mais cara a hemodiálise, as próteses e as órteses para tratamento ortopédico
estão mais caras.
Hoje,
o cidadão, o trabalhador, para comprar carne para alimentar seu filho, está
mais caro, porque ele aumentou o ICMS em cima da carne, dos leites e derivados.
Ele
aumentou o ICMS em 207% na revenda de veículos. Os revendedores estão
desesperados. São mais de 150 mil empregos diretos e mais de um milhão de
empregos indiretos comprometidos. Mais empresas, deputada Edna Macedo, que irão
fechar no estado de São Paulo agora em 2021.
Aí
nós perguntamos: a quem interessa esse cenário de terra devastada no estado de
São Paulo? Será que ele está querendo vender o nosso estado a alguém? Porque
nossa desconfiança, deputado Castello Branco, Gil Diniz, deputado Daniel, a nossa
desconfiança é, sim, que ele está querendo vender o nosso estado para os
chineses. Está querendo, sim, vender o nosso estado. Não está à procura de
parceiros para fortalecer o nosso empresariado, gerar emprego.
No
ano passado, tratou com total desrespeito os parlamentares desta Casa na
votação do Projeto de lei nº 529 e colocou inúmeros deputados em situação
difícil, porque as categorias de trabalhadores nos procuram e querem saber por
que foi aprovada nesta Casa a autorização, o cheque em branco para que o
desgovernador aumentasse imposto através de decreto.
Sabe
o que as categorias nos falam, deputado Coronel Telhada? Que os deputados que eles procuram, que
votaram “sim”, dizem que foram enganados pelo governador, porque não sabiam que
haveria aumento de impostos. E nós estivemos aqui alertando-os, mostrando que o
projeto de lei, se fosse aprovado, permitiria o aumento de impostos através de
decreto pelo “desgovernador”.
São
Paulo não terá deficit em seu orçamento de 2021. E
como fica? Esta Casa permanecerá sem autonomia, sem independência para cobrar
as prioridades do povo do estado de São Paulo. A Saúde sucateada foi um dos
principais motivos para esses mais de 53 mil mortos por coronavírus. Os hospitais
estão abandonados, com filas nos corredores. Pessoas sempre morreram por falta
de UTI e de vagas em enfermarias.
As
polícias abandonadas. O policial militar, no interior, tem que apresentar
ocorrência em uma delegacia a mais de 80 quilômetros, porque a Polícia Civil
está fechando suas delegacias. A Educação, os professores abandonados, crianças
fora da sala de aula por mais de um ano, e não tem um projeto de gestão para
que essas crianças possam dar prosseguimento a sua educação e a sua formação.
É
uma vergonha o que está acontecendo no estado de São Paulo com aval dos
deputados desta Casa. Não podemos permitir que isso continue acontecendo no
maior estado da Nação.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado. O
próximo deputado é o deputado Daniel José. Vossa Excelência tem o tempo
regimental.
O
SR. DANIEL JOSÉ - NOVO -
Boa tarde a todos os colegas. Obrigado, presidente. Boa tarde a todos os
assessores e funcionários da Alesp. Venho hoje à tribuna para falar sobre algo
muito importante, ligado à volta às aulas nas escolas do estado de São Paulo.
Existe
um movimento muito forte por parte de diversos grupos organizados - e por
“grupos organizados” podem entender como sindicatos, em sua maioria - contra
esse movimento tão necessário de volta às aulas.
O
estado de São Paulo e todo o Brasil - todos estão cansados de ouvir - ficaram
quase um ano sem aulas presenciais, e a gente sabe que muitas vezes as aulas
virtuais não têm o mesmo efeito pedagógico e muitas vezes o alcance é menor,
por conta da diferença de estrutura das famílias. Ainda assim, existem grupos
que são contra a volta às aulas e também contra o ensino virtual. Então, por
consequência direta, são contra a Educação.
Nesta
semana, aconteceu algo muito importante, para o que eu queria chamar a atenção
dos colegas, e que é muito preocupante. Esses grupos que são contra a volta às
aulas estão sendo bem-sucedidos, estão ganhando espaço, e a ameaça de fechar as
escolas novamente é uma ameaça real.
Nesta
semana, a gente viu em Campinas o caso de três escolas que apresentaram 43
casos de Covid. Por conta disso, elas foram fechadas, surgindo uma onda, com
manchete de primeira página em tudo quanto é tipo de jornal, contra a abertura
das escolas.
Acontece
que, após análise, após averiguação do que aconteceu nessas três escolas, a
maior parte dessa contaminação aconteceu em uma formação de professores em que
os protocolos sanitários de álcool em gel, EPIs e tudo o mais foram
desrespeitados. Distanciamento, por aí vai, foram desrespeitados. Por
consequência, aumentou o número de casos de Covid nessas três escolas.
Ainda
por cima, teve um outro caso que foi um caso familiar em que uma mãe, que é
professora, transmitiu coronavírus para uma criança, que é sua filha, mas fora
do ambiente escolar. E esses dois casos foram colocados como uma única
evidência de que as escolas deveriam voltar a fechar.
Acontece
que vários argumentos mostram... E aqui estou falando de evidências, estou
falando de ciência. Não é negacionismo. São todas evidências das maiores
publicações de pediatria, das maiores publicações médicas não só do Brasil, mas
ao redor do mundo, que mostram que o perigo de aumento de transmissão de
coronavírus nas escolas não é real. Ele não é real. As taxas não aumentam.
Diversos
países, como Estados Unidos, Alemanha e França, tomaram a decisão de manter as
escolas abertas mesmo em períodos de topo, em que a transmissão de coronavírus
e o número de casos estavam altíssimos. Isso mostra a ciência. As evidências de
outros países mostram que não existe um perigo real.
Muitas
vezes, as pessoas falam: “Poxa, mas a escola pode ser um ambiente muito
perigoso para as crianças por conta da transmissibilidade do coronavírus”. Mais
uma vez, as evidências derrubam isso. Só seis por cento dos casos são
transmitidos pelas crianças. As crianças têm um número muito menor de
transmissibilidade em relação aos adultos. Isso é muito importante enfatizar.
As
escolas possuem não só álcool em gel, EPIs, distanciamento e processos
estabelecidos, mas, quando um grupo de alunos apresenta um caso de coronavírus,
todo aquele grupo de alunos passa a não ir mais às aulas presenciais.
Então,
é um ambiente muito mais seguro do que shoppings, restaurantes. Quais
protocolos estão sendo estabelecidos nos shoppings? Quais protocolos estão
sendo estabelecidos nos restaurantes, uma vez que a pessoa já entrou nesse
estabelecimento? As escolas são muito mais seguras.
Esses
três casos em Campinas correspondem a 0,4% de todas as escolas de Campinas.
Campinas tem mais de 630 escolas e, por conta de três escolas, existe essa
ameaça, esse movimento negacionista de esquerda.
A
gente sempre fala do negacionismo da direita, que é real, mas o negacionismo da
esquerda vai contra todas as evidências e quer prejudicar não só centenas de
milhares, mas milhões de alunos espalhados pelo Brasil, forçando a fazer com
que as escolas continuem fechadas mesmo após um ano sem aulas presenciais. Isso
é um absurdo, isso é surreal.
Então,
queria fazer um apelo a todos os grupos que estão defendendo a volta às aulas,
aos grupos de pediatras, a toda a comunidade médica, ao Escolas Abertas, a
todos que estão se organizando, a prestarem atenção a esses casos pontuais e
mostrarem para a população que são casos pontuais que não provam em nada essa
tese que os sindicatos querem levar para frente, de que a escola aberta,
respeitando todos os protocolos, ainda assim é um ambiente inseguro para os
alunos. Isso não é verdade.
Então,
queria aqui ressaltar e pedir para todos esses grupos ampliarem seus esforços e
mostrarem cada vez mais para a população que é muito importante que as escolas
voltem a funcionar, obviamente respeitando a vontade dos pais, que é soberana,
e também respeitando todos os protocolos sanitários, enfim, todos os processos
necessários para fazer com que a escola seja um ambiente seguro.
E
se as crianças não estão nas escolas, onde elas estão? Por exemplo, na cidade
de Campinas, há 40 casos diários de crianças contaminadas por coronavírus.
Então, isso é uma realidade, e não é a escola que é culpada. São números
anteriores à abertura das escolas. Quando elas não estão nas escolas, elas
estão nas ruas, nas praças. Elas estão convivendo e sem um ambiente onde os
protocolos sanitários são respeitados.
Então,
queria enfatizar, mais uma vez, para todos aqueles que defendem a volta às
aulas, que não deixem esses grupos que são contrários à Educação ganharem força
e reverterem essa vitória tão grande que a gente conquistou depois de um ano de
escolas paradas.
Obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado. Neste momento,
encerro o Pequeno Expediente.
* * *
- Passa-se ao
* * *
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, para uma
rápida comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental, Sr.
Deputado.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, só para... Estou chocado com essa intervenção do
deputado Daniel José. Fiquei chocado. O deputado Daniel José virou negacionista
da ciência. Virou bolsonarista de novo.
Ele
já foi bolsonarista, porque apoiou o Bolsonaro. Falou
que rompeu com Bolsonaro, estão pedindo impeachment do Bolsonaro, mas viraram
bolsonaristas. E dorista também, os dois.
Olha,
deputado, V. Exa. está tentando minimizar o que está acontecendo em Campinas,
dizendo que foram só duas escolas e que isso não representa nada em um universo
de cinco mil escolas. Deputado Daniel José, acabei de fazer um pronunciamento
falando das várias escolas, inclusive particulares.
Olha,
recebi mais uma, um comunicado da própria escola, aqui em São Paulo. A Escola
Adventista de Campo de Fora suspendeu as aulas por contaminação. Olha, são
evidências. Vossa Excelência fala tanto em evidências, que tem que ter
evidências. Mais uma: Colégio Maria Imaculada, aqui pertinho da Assembleia
Legislativa. Vossa Excelência tem que ir lá visitar a escola, é uma escola de
classe média, média-alta, deve ser uma nota pagar uma mensalidade nessa escola.
Olha, suspenderam as aulas. Escola particular, deputado.
E
fora as públicas que citei aqui, as estaduais. Só na Capital - estou fazendo um
levantamento -, já temos reclamações de quase 400 escolas, olha só. É para V.
Exa. ir lá visitar as escolas fechadas, porque tem gente contaminada: Escola
Estadual Ermelino Matarazzo, Escola Estadual José Bartocci,
na zona leste. Aqui na zona sul, Escola Plínio Negrão, Escola Estadual Samuel
Morse, Escola Estadual Miguel Munhoz, Escola Estadual José Castellões.
São
várias as escolas, e todo dia estão chegando. Eu estou checando, estou ligando,
estou conversando, não estou fazendo denúncia vazia aqui.
Então,
é um genocídio da Educação, minha gente, e isso porque não tem aluno. Imaginem
V. Exas. no dia oito, quando os alunos chegarem. Vai ser demais. Então, V. Exa.
não pode se associar a esse negacionismo, ao genocídio da morte que já começou
a ocorrer no estado de São Paulo.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado.
O
SR. DANIEL JOSÉ - NOVO - Presidente, uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Como V. Exa. foi citado
nominalmente, eu concedo os dois minutos de comunicação, Sr. Deputado.
O
SR. DANIEL JOSÉ - NOVO -
PARA COMUNICAÇÃO - É por manifestações como essa, do deputado Giannazi, que, ao
invés de defender a Educação, como muitos imaginam, defende somente o sindicato
e, em terceiro, quinto ou décimo lugar, os alunos e suas famílias, porque ele é
um daqueles que são contra a volta das aulas presenciais e contra o ensino virtual.
Não sei como pessoas como essas conseguem defender a Educação.
E
esse negacionismo, como eu disse na tribuna, que acontece muitas vezes e é
muito ressaltado por pessoas da direita - e isso é real -, acontece também por
pessoas como esse deputado Giannazi, da esquerda, que ignora todas as
evidências da comunidade médica e da comunidade científica que mostram que as
taxas de transmissibilidade nas escolas - não só no Brasil, mas em diversos
países do mundo, desenvolvidos, em desenvolvimento e países pobres - não são
altas e que o ambiente escolar é um ambiente seguro.
Esses
casos pontuais de Campinas foram ocasionados e aconteceram por conta de uma
formação de professores onde os protocolos sanitários não foram respeitados.
Isso tudo está em relatório e está sendo analisado.
Então,
são esses pontos. E essas três escolas de Campinas, eu reforço esse ponto com o
deputado Giannazi, que talvez não tenha ouvido o meu discurso, representam 0,4%
de todas as escolas de Campinas. Isso é uma amostra muito pequena para você
inferir uma conclusão tão severa como essa.
Quantas
escolas estão espalhadas pelo estado de São Paulo, deputado Giannazi? O senhor
mencionou aqui três escolas que fecharam. Olha só: essas escolas, eu garanto ao
senhor, não representam nem 0,01% de todas as escolas do estado de São Paulo.
Então,
o senhor usa de uma amostra para inferir uma regra para todas as outras
escolas. Isso é anticientífico. Isso que o senhor está fazendo é um argumento
estatisticamente desonesto.
Então,
queria reforçar esse ponto, porque é muito importante que as pessoas que estão
assistindo à TV Alesp ou que venham a ver esse debate acontecendo aqui na Alesp
saibam que esses são artifícios e truques que essa turma da esquerda, dos
sindicatos, faz para impor medo e mostrar que o caso específico de um lugar
corresponde a todos os outros.
É
claro que, se tem um surto específico em uma escola, aquela escola tem, sim,
que interromper as aulas, mas isso não pode impactar em todas as outras
escolas, porque o ambiente escolar, respeitando os protocolos estabelecidos, é
um ambiente seguro.
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado.
Grande Expediente, oradores inscritos. A primeira deputada é a deputada Carla
Morando. (Pausa.) Deputado Maurici. (Pausa.) Solicito que o deputado Frederico
d’Avila assuma a Presidência.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Frederico
d’Avila.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Deputado Coronel
Telhada, à tribuna. Tem dez minutos regimentais.
O SR. CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Presidente. Srs. Deputados e
Sra. Deputada, após ouvir efusivamente o depoimento de V. Exas., também retorno
a esta tribuna para dizer da nossa situação de assustado, de preocupado com o
que está acontecendo em São Paulo, com as posturas e condutas do Sr. Governador
“DitaDoria”, que, no meu entendimento, está
descontrolado.
A deputada
Edna Macedo veio aqui falar sobre o que houve entre ele e o repórter da Jovem
Pan. Eu não vou citar novamente, pois já é de conhecimento público, mas digo
aos deputados que estão aqui: imaginem se, ao invés do “DitaDoria”
falar aquilo, fosse eu quem tivesse falado. Ou pior, se fosse o presidente
Bolsonaro que tivesse falado daquela maneira com aquele repórter. Imaginem o
que a imprensa teria dito.
Eu
pergunto e desafio os deputados presentes: algum deputado viu alguma
manifestação da imprensa a favor do jornalista? Algum deputado viu alguma
manifestação defendendo o jornalista da Jovem Pan? Eu não vi nenhum jornalista
se pronunciar a favor. Por quê? Porque os jornais são financiados.
O estado de São Paulo pegou 75 milhões do Orçamento aqui e
desviou com a anuência dos deputados desta Casa.
Quarenta e dois deputados votaram “sim”, pegando
dinheiro da Saúde e da Segurança Pública para
colocar em propaganda, como o Major Mecca falou agora. Cem milhões, um
chamamento, um contrato para propaganda. E nós estamos em
plena pandemia.
Nós, deputados, doamos 30% do nosso salário durante
praticamente um ano. Cortamos tudo. E, agora, cem milhões em propaganda. E
pior: ainda está havendo aumento de ICMS,
proporcionado por esta Casa, por 48 deputados que votaram “sim”.
Eu digo tranquilamente que todos os deputados aqui
- um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete,
oito -, dos oito deputados presentes aqui nesta tarde, nenhum votou “sim”. Nós ficamos
muito à vontade para falar isso. Aliás, os que
votaram “sim” não aparecem,
não é? É estranho.
Então, eu digo para todo mundo quando vem me
cobrar: “Vai lá no site da
Alesp e vê o deputado que votou ‘sim’. Vai lá e cobra dele.
Não vem cobrar de mim, porque nós estamos fazendo a nossa
parte”.
Aliás,
aproveitando a oportunidade do Major Mecca aqui presente, a gente tem sido
perguntado quanto à campanha para a Presidência. Eu
tenho um enorme respeito pelo deputado Carlão Pignatari, todo mundo sabe disso.
Aliás, eu tenho enorme respeito por todo mundo aqui.
Acho que uma das minhas posturas sempre foi a cordialidade e o respeito para
todos aqui.
Eu acho que a disputa para presidente é uma coisa que
cabe a todos os deputados decidirem, e nós, através de alguns
convites que eu tive... Os próprios deputados, desde dezembro do ano passado,
vinham me convidando para sair nessa empreitada, numa campanha para deputado
desta Casa, que é uma coisa difícil, porque
tanto eu quanto o Mecca não temos o que oferecer aos deputados.
Não é, Mecca? Nós não temos o
que oferecer. Nós não temos nada. O que nós temos para
oferecer é trabalho, honestidade, transparência,
equidade e valorização dos deputados.
“Nossa, o Telhada não está apoiando o
Mecca, o Mecca não está apoiando o Telhada.” Eu quero
deixar bem clara uma coisa aqui a todos os que nos assistem: nós estamos em
contato, nós estamos conversando.
Nós, inclusive, estivemos juntos conversando sobre
isso, no sentido de verificar com os deputados qual é a melhor
proposta dos deputados. Em escolhendo os deputados, nós seremos
somente um candidato, e um apoiará o outro até o final.
Então, fiquem tranquilos quanto a isso, porque,
primeiro, quando o Coronel Camilo estava aqui - fora o Giannazi, acho que os
senhores não estavam aqui no último mandato
-, era a mesma coisa: era um tal de me pôr contra o
Coronel Camilo, e o Coronel Camilo contra mim, como se nós fôssemos adversários.
E eu e o Camilo somos amigos há mais de 42
anos. A mesma coisa com o Mecca. O Mecca, para quem não sabe, foi meu
aspirante, foi meu capitão na Rota. O nosso grau de amizade é muito antigo,
mas as pessoas teimam em nos colocar em conflito como se nós fôssemos adversários.
Então eu quero deixar bem claro aqui, a quem quiser
perguntar, o seguinte: não há nenhum tipo de disputa entre nós dois. O que
há, sim, é um contato, há uma consciência, há um trabalho
que nós estamos
fazendo, ouvindo os deputados, para no final fazermos uma campanha forte, sim.
Não de oposição do governo, mas uma campanha de valorização dos deputados,
porque os deputados, nesta Casa, não são
valorizados.
Esta Casa é dos
deputados, e esta Casa é do povo. Tenho
certeza, posso falar tanto em nome do Mecca quanto no meu, se nós formos
eleitos aqui, nós faremos muita mudança. Muita
mudança. E a principal mudança será o Regimento
Interno ser seguido à risca, como deve ser e não é, e nós
valorizaremos os deputados.
E é bom o
governador João Doria começar a
acompanhar nossa campanha, porque, se acontecer, e nós estamos
trabalhando para isso, de nós sermos eleitos aqui, o governo vai ter que
prestar conta das coisas que está fazendo. Aqui
vai deixar de ser um puxadinho do governo, tenho certeza disso.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL -
Pela ordem. Só um aparte.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - Pois não, deputado.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - É regimental.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL - COM ASSENTIMENTO DO
ORADOR - É importante nós trazermos ao conhecimento dos
nossos eleitores, da nossa tropa, dos operadores da Segurança Pública
- os policiais civis, policiais penais, técnicos-científicos
-, a todos os trabalhadores de São Paulo, que o nosso objetivo aqui na
Assembleia Legislativa, como o Coronel Telhada acabou de dizer, eles são
convergentes.
Nós queremos, sim, a construção, não é, Coronel, de uma Casa
independente, que valorize os 94 integrantes desta
Casa Legislativa, porque hoje os deputados são desrespeitados pelo Poder
Executivo.
Nós acompanhamos aqui esta semana
vários deputados reclamando que
não estão sendo
atendidos pelos secretários.
São inúmeras
demandas em que a sociedade está perecendo,
cidadãos perdendo emprego, a nossa polícia,
os nossos soldados passando dificuldade, morrendo em São Paulo. Ano passado nós tivemos mais de 123 policiais
militares mortos.
O
nosso trabalho, o nosso objetivo é fazer
uma Casa Legislativa forte, com independência,
autonomia, que realmente represente a vontade popular. E nós estamos juntos. Estamos
conversando, dialogando.
Ontem
tivemos uma reunião,
não é, Coronel, eu e o senhor, para que a gente possa, realmente, unir esforços
e realmente representar a nossa Polícia
e o povo de São Paulo. Muito obrigado pelo aparte, Coronel.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado Mecca. Então quero dizer aqui a
todos os policiais militares: senhores, acordem para uma realidade, nós estamos unidos e trabalhando
pelo mesmo ideal. Parem de criar conflitos, parem de criar problemas.
Aliás,
nós já temos
problemas suficientes para ficarmos criando
problemas. Nós já temos
inimigos suficientes para ficarmos criando problema. Então vamos nos unir,
vamos parar com esse disse-que-disse e vamos trabalhar juntos para que a gente
possa fortalecer não só a nossa Polícia Militar, não só o
funcionalismo público, mas principalmente a
população do estado de São Paulo.
A
SRA. EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Um apartezinho.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - Pois não, deputada.
A
SRA. EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR
-
Eu gostaria de acrescentar à sua fala de que aqui os
deputados não são respeitados, não são
valorizados: nós, que somos do baixo clero.
Porque quem é do alto clero, com certeza,
eles são valorizados, principalmente quem vota com o
governo, quem faz a vontade do governo. Esses, com certeza, têm
tudo.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - A senhora falou uma verdade, deputada. Então tenho
certeza. Mecca, me permita, mais uma vez, falar por você
também: se acontecer de a gente conseguir ser eleito nesta Casa, tenham
certeza de que todos os deputados serão tratados de forma igual.
Todos.
Todos. Não vai ter baixo ou alto clero. E doa a quem doer, porque os 94
deputados têm que ser respeitados, têm
que ser tratados da mesma maneira.
Eu
soube inclusive que outro dia alguns deputados - não sei se vocês
estão
sabendo disso - quiseram marcar uma reunião com o governador. Ele se recusou a
receber os deputados, se recusou a receber deputado para falar justamente sobre o fechamento do comércio. E deixou bem claro: “Pode vir quem quiser, menos o
Telhada”.
Então isso quer dizer que
justamente está fazendo efeito. É bom que não goste de mim mesmo; é bom que se preocupe comigo o
governo, porque eu vou continuar fiscalizando, vou
continuar trabalhando, vou continuar colocando o dedo na ferida. E, se eu
estiver incomodando, ótimo,
porque nós,
94, temos que incomodar, porque nós não
fomos eleitos pelo governo. Nós fomos eleitos pelo povo de
São Paulo.
Então,
Srs. Deputados, coloquem a mão na consciência.
Este é o momento da virada nesta Casa.
Quem não estiver com a gente, eu respeito o voto. Só que
depois não vem reclamar que a coisa está ruim,
porque este é o momento de mudar.
Quem
não estiver com a gente, estiver com o governo:
sucesso. Só que depois não vem querer
reclamar e contar história para o povo de que está ruim,
porque, se continuar ruim, é porque vocês
querem.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Obrigado, deputado Coronel
Telhada. Muito esclarecedoras as palavras suas e do Major Mecca. E agradeço
a intervenção da deputada Edna Macedo.
Continuando
a lista do Grande Expediente, sigo com o Tenente Nascimento. Desculpe. Deputado
Jorge Wilson. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. O senhor
tem dez minutos regimentais. Desculpe.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO
- SEM REVISÃO
DO ORADOR - Boa tarde, presidente, boa tarde a toda a Mesa, boa tarde aos
deputados presentes aqui no Grande Expediente, aos nossos funcionários, assessores desta Casa,
policiais militares, policiais civis e a quem nos acompanha pela Rede Alesp.
Presidente,
os deputados hoje estão reunidos virtualmente, pelo menos a base aliada, ou
parte dela, com o governador. Hoje tinha reunião virtual com o governador. O governador tem medo de vir aqui à Assembleia,
deputado Major Mecca, e olhar no olho aqui dos deputados que realmente
representam aí os seus eleitores.
Porque
tem muito deputado aqui que vota com o governo, deputado Carlos Giannazi, por
osmose: nem sabe o que está sendo
votado, mas vai lá e dá o “sim”.
Nós fomos, Major Mecca, lembro
aqui, nós
fomos semana passada a uma manifestação contra esse aumento arbitrário
- arbitrário, não, criminoso - do ICMS do
setor frigorífico, na carne. Veja só, o governador aumentando ICMS,
imposto de proteína animal. O deputado Coronel
Telhada lembrou aqui: não só isso. Teve ovo, teve leite,
teve remédio genérico. Remédio genérico.
Eu
tenho absoluta certeza, gostaria que fosse transmitida na Rede Alesp essa reunião dos deputados com o governador. A
maioria que está lá reunida com ele votou “sim” ao PL nº 529
e não vai sequer questionar, Major Mecca.
Como
o senhor disse, não nos recebeu. Não nos recebeu. Não recebeu aqueles
trabalhadores, profissionais ali do setor de frigoríficos
que queriam. Não deixaram nós
chegarmos perto do Palácio.
E
aqui eu faço um adendo aos comandantes da
Polícia Militar do Estado de São
Paulo, principalmente a quem comandava ali a tropa: dá um
chacoalhão
no governador e fala para ele: “direito de ir e vir”. Direito de ir e vir.
Eu
já vi cada
manifestação,
Coronel Telhada, na frente do Palácio dos Bandeirantes, com
baderneiro, com criminoso. Aliás, aqueles vagabundos que
picharam “Bolsonaro assassino” nos
muros da cidade de São Paulo tiveram acesso livre ao Palácio
dos Bandeirantes. Aquele carrinho lá,
aquele, acho que era Celta.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL -
Um Celta vermelho.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Um Celta vermelho acessou o Palácio
dos Bandeirantes, ficou lá dentro, dormiu dentro do Palácio
dos Bandeirantes. Aqueles vagabundos foram recebidos pelo Vinholi.
Agora,
deputados, trabalhadores, deputado Castello Branco, não foram recebidos, não
nos deixaram chegar próximo ao portão do Palácio
dos Bandeirantes. Que palhaçada é essa?
Repito
aqui: não temos um governador, temos um palhaço
no Palácio dos Bandeirantes. E o
governador chamou o Constantino, Rodrigo Constantino, jornalista da Jovem Pan,
de vassalo do presidente Bolsonaro; chamou, Frederico
d’Avila, a prefeita de Bauru, a Suéllen Rosim, de vassala do presidente, porque
a prefeita foi a Brasília se reunir com o presidente
da República para levar recursos para
a sua cidade, para levar leitos hospitalares, leitos
esses que o governo de São Paulo fechou.
Ora,
a fase vermelha se dá pela falta de leitos, pela
falta de UTIs, deputado Mellão. Mas quem são os responsáveis
justamente pela implantação desses leitos? É o Poder Executivo, municipal,
estadual, o federal, que mandou bilhões em recursos
para o estado de São Paulo.
E é engraçado,
porque eu tenho certeza de que nenhum deputado que está nessa
reunião com o governador vai questionar sobre isso. Nenhum. Zero. Quem são os
vassalos? Quem são os vassalos? O jornalista Rodrigo
Constantino, a prefeita de Bauru, ou deputados eleitos pelo povo de São Paulo
que são covardes, se dobram, se rendem, se humilham?
Para
o governador tem secretário que faz propaganda para a
vacina, mas não recebe deputado estadual. Tem um
deputado aqui que eu respeito muito que me mostrou aqui, mandou mensagem para o
secretário de Saúde
e até hoje não foi respondido.
Não
foi respondido, Coronel Telhada. Que falta de respeito. Agora, você,
que me assiste pela Rede Alesp: se trata um deputado
dessa maneira, um deputado da base aliada, com tamanha falta de respeito,
imagine o cidadão.
Será que
os deputados presentes nessa reunião, que estão ali para aplaudir o
governador... Conversando com o Mellão aqui: “Olha, governador, será que
o senhor pode mandar algumas vacinas lá para
a minha cidade? Será que o senhor pode me chamar?”. Estão falando isso lá agora,
com toda a certeza. E, claro, a sua majestade João Doria.
Mas
tem um questionamento: será que esses deputados vão perguntar sobre o metilfenidato 54 mg, que está faltando
na farmácia? Remédio
de alto custo, na Rua dos Italianos. Remédio, Coronel Telhada, para
crianças e adolescentes com autismo.
Está faltando esse remédio. Estou recebendo várias
demandas no meu gabinete. Está faltando
remédio de alto custo nas farmácias
para autista, deputado Major Mecca.
O
governo já aumentou a carga tributária.
Olha só,
olha que fantástico: o Frederico d’Avila
colocou aqui uma reportagem onde o Meirelles coloca que São Paulo não teve
deficit. É lógico, está roubando
o povo, está assaltando o povo. Bateram a
carteira do cidadão, do trabalhador.
Ou
você acha que esses vagabundos que estão governando a gente aqui estão
produzindo emprego, estão gerando renda? Não, nada. Estão extorquindo o
trabalhador; estão fechando o comércio; estão tirando direito de idoso.
Imagine
só você, velhinha, subir num ônibus agora, nesta semana, com o seu bilhete
único, deputado Carlos Giannazi, e passar na catraca e o seu benefício está
cancelado.
Aí
ela pergunta para o cobrador... E eu não acho que vocês pensam aqui que alguma
senhora de classe média, média alta, vai pegar um transporte público. Esqueçam
isso. São os mais pobres, com toda certeza. Aí ela pergunta para o cobrador:
“Olha, o meu bilhete não está passando”. Aí o cobrador olha para ela: “Você não
tem mais direito. Agora é só com 65 anos”. Se até lá esse palhaço não tirar
esse benefício também. Tirando o benefício de PCD, de portador de
deficiência...
Olhe
só, o presidente Bolsonaro, o que ele fez? Ele estendeu agora a renovação da
habilitação, da carteira nacional de habilitação, para dez anos, de cinco para
dez anos. O que esse canalha fez? Ele dobrou, aumentou em 100% o valor da
renovação.
Vejam
vocês: ele vai arrecadar agora no início. Não adiantou absolutamente nada essa
sanha arrecadatória. E a gente precisa lembrar aqui: nesse projeto criminoso
que foi o 529, que não tem a digital de nenhum destes deputados que estão aqui,
ele queria aumentar imposto de transmissão de bem, de herança, o ITCMD. Olhe
que absurdo!
Aí
eu pergunto para vocês: depois de tudo isso, depois de um milhão e 800 mil
infectados no estado de São Paulo, depois de 53.704 mortos no estado de São
Paulo; depois de fechar pronto-socorro; querer vender hospital público; depois,
Castello Branco, de cortar dois bilhões do Orçamento da Saúde para 2021 no
estado de São Paulo; depois de tudo isso, quem é o genocida?
Você
acha que tem algum deputado lá, reunido com ele, chamando-o de genocida? Não
tem. Quem é o vassalo? É a prefeita de Bauru, que quer o melhor para a sua
cidade, para o seu povo? É o jornalista, que está fazendo o seu papel de
perguntar e de criticar, ou é o governador, que está acabando com o nosso
Estado?
E o
que me dói, o que me entristece, é que esta Casa tem o poder de parar tudo
isso, de acabar com tudo isso. Não só com o impeachment - o impeachment eu já
defendo faz mais de ano -, mas não só com isso. A cada decreto criminoso há a
possibilidade - para terminar, presidente - de um projeto de decreto
legislativo para sustar esses decretos criminosos.
Há
possibilidade, deputado Carlos Giannazi, de derrubar esse aumento criminoso na
aposentadoria do servidor público que ganha até um salário mínimo, que está
sendo descontado.
Esta
Casa pode derrubar tudo isso. Agora, neste faz de conta aqui na Assembleia de
São Paulo, o que acontece? O governador faz o que quer, humilha deputado, passa
por cima de deputado.
Está
matando o nosso povo; está matando o servidor público; está matando o
empreendedor; está matando o trabalhador, idoso, autista, portador de tudo
quanto é deficiência e está sendo aplaudido por esse bando de vassalos que não
representam o povo de São Paulo, que não representam o seu eleitor e que vão
responder em 2022.
Eu
faço questão de pôr a cara de um por um nas minhas redes sociais e de mostrar
aqui nesta tribuna a cara de um por um que votou “sim” nesse projeto criminoso,
que foi o 529.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PSL - Obrigado, Deputado Gil Diniz. Dando prosseguimento à
lista do Grande Expediente, chamo agora a deputada Analice Fernandes. (Pausa.)
Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Castello Branco, o senhor tem os
dez minutos regimentais.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL -
Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PSL - Pela ordem, deputado Major Mecca.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL - Para
uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PSL - Com a anuência do orador.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL - PARA
COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, deputado Castello Branco. O
Deputado Gil Diniz citou agora a ofensa proferida pelo “desgovernador”
João Agripino à prefeita Suéllen, de Bauru.
Olhe
o absurdo: um estadista se dirigir a uma prefeita chamando-a de vassala.
Imagine se o presidente Jair Bolsonaro se dirige a alguém em público dessa
maneira, principalmente uma mulher.
E a
gente não vê os movimentos feministas se movimentarem, dando suporte, a própria
imprensa defendendo. A prefeita de Bauru, que está buscando fazer um trabalho,
levando benefícios à população de Bauru, tem todo o nosso respeito, tem todo o
nosso apoio.
Nós
não podemos permitir que atos de tirania como esse que o “desgovernador”
vem praticando em São Paulo continuem acontecendo. O deputado Frederico d'Avila
mostrou há pouco o superavit em 2021, em São Paulo, de 2020. São Paulo teve
superavit, e qual o objetivo dessas medidas adotadas no nosso Estado que
geraram tanto desemprego e fechamento de empresas?
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Coronel
Telhada.
* * *
Nós
não podemos continuar permitindo que atos tiranos, atos de um verdadeiro
ditador continuem sendo levados adiante neste Estado. Nós estamos acompanhando
o maior estado da Nação.
Repito,
aqui em São Paulo a democracia é só no papel, deputado Castello Branco.
Independência dos poderes é só no papel. Na prática, é um que quer mandar em
tudo, quer mandar em todos e fazer o que quer.
Muito
obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado. Deputado Castello Branco.
O
SR. CASTELLO BRANCO - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - O nosso apoio irrestrito ao presidente da República,
Jair Messias Bolsonaro. Nós somos da sua base em São Paulo, acreditamos no seu
governo e estamos juntos pelo bem do Brasil. Não poderia ser diferente, uma vez
que estudamos na mesma Escola Preparatória de Cadetes do Exército, na mesma
real e gloriosa Academia Militar das Agulhas Negras.
Fomos
contemporâneos na Escola de Educação Física do Exército, na Comissão de
Desportos do Exército, na Brigada de Infantaria Paraquedista e em muitas
missões. Sabemos que o Brasil está em boas mãos e que, apesar de todas as
dificuldades inerentes a este momento histórico, o senhor está conduzindo o
Brasil de uma forma grandiosa, honesta e competente.
E o
nosso governador do estado de São Paulo, o qual no início da campanha estava
como Bolsodoria, depois foi mudando gradativamente o seu comportamento, cometeu
uma série de equívocos graduais e sucessivos. Ele começou mexendo nos
precatórios, que foi um crime contra aquelas pessoas que esperaram vinte anos
para receber. Depois ele mexeu nas empresas públicas saudáveis. Começou a
vender terrenos e patrimônio público no estado de São Paulo.
Depois
fez a famigerada reforma da Previdência estadual, que nada teve a ver no
conteúdo ou na forma com a reforma da Previdência federal. Depois, o toque de
desastre veio quando ele implantou aqui nesta Casa o pacote das maldades com
uma série de improbidades, com uma série de erros, que foram do aumento de
impostos à destruição de empresas públicas e outras tentativas de maldades que
realmente não passaram.
Assim,
nós chegamos à conclusão de que há quase 30 anos, três décadas, quem comanda o
estado de São Paulo é o PSDB. E o PSDB usa a Assembleia Legislativa porque
descobriu mecanismos diversos que a ética não me permite colocar para que tenha
os deputados nas suas mãos.
Historicamente,
eles garantem que têm dos 94 deputados sempre dois terços, 60. Em alguns casos
metade mais um, 48. E assim eles têm o comando do Estado na mão.
Chega!
E agora nós chegamos ao ponto... Concordo com o deputado Gil Diniz, com o
deputado Frederico d'Avila, com a deputada Edna Macedo, com o deputado Major
Mecca, que as coisas precisam ser colocadas às claras, a população precisa
saber. Infelizmente, a população de bem a esta hora está trabalhando, está
suando, está ralando, está sobrevivendo. Não tem tempo para acompanhar o que
acontece aqui na Rede Alesp.
E
assim se passou 2020, com o agravante da pandemia, quando as pessoas
literalmente sobreviveram. E o projeto 529, o pacote do governo, veio passando
e a população se viu agora em janeiro e falou: “Meu Deus do céu, meu custo de
vida aumentou em 20 por cento. O que vocês fizeram?”.
Nós
fizemos tudo que era possível, mas, por uma manobra regimental aliada a
helicópteros que foram buscar deputados que nunca apareciam nesta Casa, aliada
a um pacote de favorecimentos diversos, novamente e mais uma vez os deputados
desta Casa foram aliciados na sua maioria, e aí ganharam por apenas um voto a
aprovação.
Concordo,
deputado Gil Diniz, que nós temos que colocar essa lista deles para que a
população conheça, porque quem assinou esse cheque em branco para o governador
foram estes deputados. E agora nós estamos chegando a um outro ponto de
inflexão importante nessa história, deputados, que é a eleição da Mesa
Diretora.
Nós
acompanhamos agora em Brasília a benção de Deus que foi uma renovação no
Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados federais, com o Artur Lira e, no
Senado, com o Rodrigo Pacheco. Uma benção, repito, porque é uma esperança de
renovação e de que o Brasil possa entrar nos trilhos, uma vez que o presidente
da Câmara Federal, o Rodrigo Maia, e o presidente do Senado, o Alcolumbre, fizeram um desserviço à Nação, impedindo
pautas, negando avanços, perturbando o bom funcionamento do Congresso para
defender apenas os seus interesses escusos e inconfessáveis contra a Nação
brasileira.
Agora
a próxima eleição está acontecendo nas Assembleias Legislativas do Brasil. São
27 Assembleias Legislativas - 26 estados mais o Distrito Federal -, e a de São
Paulo com certeza é uma das mais importantes.
Por
quê? Porque nós temos aqui 46 milhões de habitantes. Temos aqui, portanto, 25%
da população, o maior Produto Interno Bruto da Nação, um parque industrial
expressivo, e as decisões que são tomadas “interna corporis”
no nosso Estado refletem para o resto do Brasil.
E
nós temos uma diferença: a nossa eleição, em vez de ser em fevereiro, como na
maioria das outras Assembleias, será no dia 15 de março. Em 15 de março,
portanto, nós teremos aqui a chance de renovar a Mesa Diretora. Para o público
que nos assiste, veja a importância disso.
O
presidente da Assembleia Legislativa, assim como no Congresso, é quem define a
pauta; é quem define se haverá ou não o impeachment; é quem define a inversão
de temas; é quem define como os trabalhos legislativos serão encaminhados - ele
tem muito poder.
A
1ª Secretaria, por exemplo, comanda todo o Departamento de Pessoal da
Assembleia; a 2ª Secretaria, contratos; a 3ª e a 4ª Secretarias, outros
produtos e serviços que fazem a gestão da Casa. São muitos cargos, muitas
funções e muito dinheiro, além do domínio político da máquina legislativa. Se
nós errarmos mais uma vez nessa escolha, nós vamos dar mais dois anos de poder
ao PSDB.
Fique
claro aqui que o que está em jogo não é apenas a escolha da Mesa Diretora da
Assembleia Legislativa de São Paulo. É muito mais do que isso. O que está em
questão aqui é se o governo Doria vai continuar no poder ou não.
Se
esta Casa tiver lucidez, a sabedoria, a presença de espírito, a benção de Deus
de escolher uma renovação nesta Mesa Diretora, nós teremos esperança para o
estado de São Paulo.
Porém,
se esses mesmos deputados que aqui formaram o chamado Centrão ou base de apoio
ao governador votarem novamente a favor da continuidade de que o presidente da
Mesa seja do PSDB, nós vamos ter mais dois anos de puxadinho do Palácio dos
Bandeirantes, assinando embaixo de todos os desmandos, dos erros de gestão e da
falta de caráter do governador na condução do estado São Paulo com mentiras, usando
o governo para seus interesses pessoais.
Assim,
nós estamos concitando a população de São Paulo para que preste atenção nestas
eleições da Mesa Diretora. Nós estamos lançando para a Presidência o nosso
deputado Major Mecca e uma nova secretaria, com novas pessoas, com pessoas que
vão propor mudanças significativas em todos os sentidos na Assembleia, como o
marco histórico de mudança após 30 anos em que esta Casa está na mão de um
mesmo grupo. Juntos somos mais fortes, somos todos um só, por uma São Paulo
melhor.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado. O
próximo deputado é o deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.)
Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas, que, com anuência do
líder do PSL, troca com a deputada Leticia Aguiar. Vossa Excelência tem o tempo
regimental de dez minutos.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Presidente, uma
comunicação antes de a deputada começar o seu discurso.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO -
PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, só deixar aqui o meu apoio incondicional à
deputada Bia Kicis, que foi indicada pela bancada do
PSL na Câmara Federal à Presidência da CCJ, que desde ontem sofre os piores
ataques da grande mídia, dessa mídia pelega, dessa mídia paga pelo bolso do
povo de São Paulo, deputado Frederico d’Avila, que não aceita que a Bia, uma
deputada - olha só, mais ataques a mulheres eleitas, e muito bem eleitas -,
porque eles estão “dodói”, eles não querem uma procuradora, Coronel Telhada,
uma procuradora de Estado deputada federal na Presidência da CCJ. Então, deixo
aqui o meu apoio incondicional à Bia Kicis, que vem
sofrendo os mais (Inaudível.).
Olhe
só, Major Mecca, estão dizendo que “ela não pode ser presidente da CCJ porque
ela participou de manifestações antidemocráticas”. Uma manifestação é
democrática por si só. E dizem que ela está sendo investigada pelo STF.
Vejam
vocês, Coronel Telhada, deputada Leticia Aguiar, eu também estou sendo
investigado pelo STF, olhem só vocês, porque eu critiquei o STF, disse que o
STF é uma vergonha nacional. Repito aqui, no microfone, é uma vergonha
nacional. Eu critiquei naquele caso, quando eles suspenderam a nomeação do
Alexandre Ramagem. Rasgaram ali a Constituição.
Foi
uma viatura da Polícia Federal na minha porta me entregar uma intimação para
explicar o motivo, Castello Branco, do meu ataque à instituição STF. Não é
ataque coisa nenhuma, é uma crítica. E eu fui eleito justamente para isso, para
falar pelos meus eleitores, para representar esse povo.
Tenho
vergonha do STF, tenho vergonha do massacre que a mídia está fazendo com a
deputada Bia Kicis. Que ela seja nomeada, se assim
for a decisão dos pares da CCJ, nomeada presidente dessa comissão.
Muito
obrigado, presidente. Obrigado, deputada.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr.
Deputado. Deputada... Pois não, deputado?
O
SR. MAJOR MECCA - PSL - Pela ordem, presidente. Para uma
comunicação. A senhora permite?
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PSL - Claro.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental, Sr.
Deputado.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL -
PARA COMUNICAÇÃO - Só complementando o que o deputado Gil Diniz acabou de dizer
em relação ao comportamento dado à deputada Bia Kicis.
Na verdade, deputado Gil, a Constituição diz que ninguém é considerado culpado
enquanto não for transitado em julgado.
E
é justamente isso que estão fazendo com os cidadãos brasileiros em São Paulo.
Está acontecendo isso com a deputada Bia Kicis, que
tem todo o nosso apoio, tem todo o nosso respeito, porque faz um belíssimo
trabalho.
O
senhor viu que derrubaram o canal do YouTube do Allan dos Santos, o “Terça
Livre”? Derrubaram, falaram que era porque ele está sendo investigado. Ele não
foi condenado a nada, por que derrubar o canal do “Terça Livre”? Também tem o
nosso apoio.
Nós
estamos em um Estado Democrático de Direito e todos nós temos liberdade de
expressão, todos nós. Mas agora não é mais liberdade de expressão, agora, se
você falar alguma coisa que não agrada à esquerda, ao centro, você está criando
uma fake news. Mesmo que seja verdade, mas é fake news.
Eu
quero esclarecer aqui em relação à concorrência que eu citei na tribuna, a
Concorrência nº 01/2021, com a data de abertura de 18 de março de 2021, valor
estimado de 100 milhões de reais para publicidade e marketing.
Na
segunda-feira desta semana, dia dois, eu ingressei com uma petição no Tribunal
de Justiça pedindo a suspensão dessa licitação. Só para esclarecimento de
todos.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr.
Deputado. Deputada Leticia Aguiar.
A SRA. LETICIA AGUIAR - PSL - Obrigada, Sr. Presidente. Boa tarde a todos
os meus colegas deputados, aos que nos assistem pela TV Assembleia, pela Rede Alesp, esse importante veículo de comunicação que faz a
gente chegar até as pessoas. Muitas vezes, a mídia em geral não transmite, de
fato, o que ocorre dentro desta Assembleia Legislativa.
O motivo
de estar nesta tribuna, no plenário da Assembleia Legislativa, hoje, é para
prestar a minha solidariedade à prefeita de Bauru: Suéllen,
que, de maneira muito correta, democrática, republicana, atuando na Prefeitura,
contribuiu para que o comércio possa funcionar, para que os comerciantes possam
trabalhar, abrindo os estabelecimentos de maneira segura, seguindo todos os
protocolos sanitários.
A prefeita
Suéllen foi muito ofendida pelo governador João
Doria. Eu, como parlamentar mulher, quero prestar a minha solidariedade à
prefeita e dizer que ela está no caminho correto. Destaco a importância da
Câmara de Vereadores de Bauru, que abraçou essa pauta, ouvindo a população e os
comerciantes.
Percebemos
o desespero dos comerciantes, que estão falindo, não têm mais de onde tirar
dinheiro para pagar as contas e levar alimento para a família. O comércio é
fundamental para a geração de emprego e renda, pagando impostos, está disposto
a seguir todos os protocolos sanitários para continuar trabalhando, para não
fechar as portas.
De outro
lado, vemos o governo do PSDB, com desmandos, autoritarismo, impedindo as
pessoas de trabalhar. Trabalho é essencial. É por isso que nós estamos brigando
tanto por essa pauta.
A Câmara
de Vereadores de Bauru realizou, nesta quarta, dia três, uma sessão
extraordinária para discutir o plano de contingência contra a Covid-19. Porém,
ouvindo a população, para que outros serviços, também, sejam considerados
essenciais, tais como: a abertura do comércio, academias, bares, restaurantes,
salões de beleza, cabeleireiros, manicures, shoppings e praças.
A vida
continua. Nós precisamos seguir e trabalhar. Isso faz parte da vida de todo
mundo. Basta seguirmos os protocolos. É só respeitarmos as regras e seguirmos
em frente. Prefeita de Bauru, parabéns
pela sua atitude. Câmara Municipal de Bauru, também, pela atitude de ouvir a
população.
Temos
apoiado manifestações de diversos comerciantes nas regiões do Vale do Paraíba e
de Ribeirão Preto e de Barretos, ouvindo pecuaristas, empreendedores do campo,
produtores de leite e pequenos comerciantes.
Amanhã, em
São José dos Campos, cidade em que moro, onde vivo, haverá mais uma
manifestação dos comerciantes que querem trabalhar. O prefeito decretou o
fechamento de tudo. O prefeito Felício está junto com o João Doria.
O que nós
queremos, prefeito Felício e governador João Doria, é liberdade, trabalhar,
produzir, gerar emprego e renda. Sou filha de comerciantes. Sei da importância
do comércio.
Subi a
esta tribuna, hoje, para parabenizar a Câmara de Vereadores de Bauru pela
iniciativa. Amanhã irei na Câmara Municipal de São José dos Campos, para
protocolar, com cada um dos vereadores, documento sugerindo que eles utilizem o
trabalho da Câmara de Vereadores de Bauru como referência para São José dos
Campos. Espero que essa atitude sirva de exemplo para outros municípios.
É possível
conciliar economia e saúde, conforme sempre foi defendido pelo nosso presidente
Bolsonaro. Graças ao governo Bolsonaro, com o auxílio-emergencial, muitas
famílias não passaram fome. Quero destacar a importância do auxílio, que veio
ao encontro de uma necessidade real de inúmeras e inúmeras famílias
brasileiras.
Portanto,
Sr. Presidente, finalizando minha fala neste plenário, hoje, 4 de fevereiro de
2021: nós queremos trabalhar.
Apresentei
um projeto de lei que classifica atividade física como essencial. Então você,
proprietário de academias, professor de educação física, que passaram, e estão
atravessando essa fase, eu entendo que vocês são promotores da saúde, fazem
parte da solução da problemática atual. O trabalho de vocês é fundamental para
o combate à pandemia. Por isso, apresentei essa propositura ano passado. Peço o
apoio dos nobres parlamentares para que, juntos, possamos efetivar a atividade
física como essencial ao cidadão. As academias de ginástica são promotoras de
saúde, ajudam as pessoas a manterem a saúde física e mental.
Muito
obrigada, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sra.
Deputada. O próximo deputado é o deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Edmir
Chedid. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Delegado Olim, que
permuta o seu tempo com o deputado Frederico d’Avila. Vossa Excelência tem o
tempo regimental de dez minutos.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Sr. Presidente, prezados
colegas, volto a esta tribuna no Grande Expediente para ler este ofício de
encaminhamento, endereçado pela Sra. Teresa Cristina Vendramini, presidente da
Sociedade Rural Brasileira, onde ela diz:
“A Sociedade Rural Brasileira, associação
sem fins lucrativos que atua há mais de um século em prol do desenvolvimento do
agronegócio, representando produtores rurais de todo o País, tendo em vista a
publicação da Lei 1729, de 03/2020, que autoriza o Poder Executivo estadual a
reduzir os benefícios fiscais e financeiros relacionados ao ICMS, vem por meio
do presente ofício solicitar a revogação do Art. 22 da referida lei pelos
motivos que serão expostos a seguir.
Os produtores não concordam com os termos
da Lei 1729, de 03/2020, principalmente o seu Art. 22, que provoca insegurança
jurídica a todos os setores, concebendo carta branca ao Executivo estadual para
que a qualquer momento possa majorar as alíquotas de ICMS sem necessidade de
anuência da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo”. Foi tão falada aqui
da diminuição dos deputados, da Casa, pelo deputado Coronel Telhada e pelo
deputado Major Mecca.
“Ressaltando que os decretos 65.469, 472,
473, publicados no Diário Oficial do Estado em 15 de janeiro de 2021, foram
seletivos, mantendo assim o aumento de suas alíquotas de diversos setores que
terão base de cálculo ou crédito outorgado reduzido, gerando efeito dominó no
aumento de custos.” Aí, aqui a exposição dos motivos mais detalhados. Assina a
Sra. Teresa Cristina Vendramini, presidente da Sociedade Rural Brasileira.
Eu fiquei muito feliz, Coronel Telhada, ao
receber esse ofício da presidente da Sociedade Rural Brasileira, entidade à
qual pertenci durante 16 anos e vim a me descompatibilizar
no ano que passou por circunstâncias outras, não relacionadas com a
administração da Sra. Teresa Vendramini.
E como foi a Sociedade Rural Brasileira
que indicou o secretário de Agricultura atual do estado de São Paulo, Sr.
Gustavo Junqueira, ele já deveria ter a hombridade, e a própria Sociedade Rural
Brasileira, hombridade, dignidade, em nome do seu histórico de vida e da sua
biografia, de pedir a exoneração do cargo de secretário de Estado de
Agricultura, uma vez que esse governo só atuou contra o produtor rural paulista
e brasileiro, principalmente quando nós estamos falando na majoração de
impostos de insumos e produtos agrícolas, além de tantos outros que já foram
ditos aqui.
Então eu peço à Sociedade Rural
Brasileira, que tem como integrante o ex-presidente da mesma entidade, Sr.
Gustavo Diniz Junqueira, que eu ombreei à diretoria na última gestão, que peça
para que ele, já que ele não pediu até agora para sair da Secretaria de
Agricultura, deputado Gil Diniz, que a Sociedade Rural Brasileira o faça, uma
vez que foi ela que colocou, indicou o nome do Sr. Gustavo Junqueira para a
Secretaria de Agricultura, e o governo vem atacando sistematicamente o nosso
setor.
Queria falar aqui, ainda nesse sentido,
que tem muitas pessoas, Coronel Telhada, que estão ali, no governo estadual,
que nós conhecemos de longa data, pessoas que ainda, infelizmente, Major Mecca,
emprestam a dignidade, a sua história de vida muito bem construída por vezes no
setor público, por vezes no setor privado, emprestam seu histórico de vida para
defender o governo de um celerado, de um sacripanta, de um pária. Ele vai sair
do governo, deputado Castello Branco, e vai ser um pária na sociedade. Ninguém
quer conviver com esse Sr. João Doria.
Tem pessoas excepcionais que estão no
governo e que deveriam pedir para sair amanhã, ao raiar do dia já deveriam
apresentar a sua casa de exoneração, porque estão emprestando a sua dignidade,
o seu histórico de vida, os serviços prestados à sociedade paulista ou
brasileira, que estão sendo totalmente maculados, não por eles, mas pelo
governo a quem eles servem.
Não é possível a gente pertencer - aqui
temos insígnias militares -, não é possível a gente pertencer a um general
desclassificado, desqualificado e querer que ele tenha uma tropa unida, reunida
e trabalhando em prol do bem comum. Não é possível isso.
Então, peço encarecidamente, eu acho que
essas pessoas que estão me ouvindo sabem quem são. Tem várias pessoas pelas
quais eu tenho extrema admiração que estão no governo estadual e que deviam ter
hombridade de sair no dia de amanhã.
Com relação à censura, deputado Gil Diniz,
que o senhor colocou muito bem aqui, da deputada Bia Kicis,
o Major Mecca também comentou do Allan dos Santos, eu
queria mostrar uma pequena notícia, de 2009. Nesta Casa, o Coronel Telhada
estava aqui. Olha lá. A própria Assembleia Legislativa colocou: em 2009, um ato
solene na Alesp comemorou os 25 anos da criação do MST. (Voz fora do
microfone.) Ah, o Coronel Telhada estava na Rota, desculpe. É que o senhor já
tem história aqui.
Então, em 2009 teve um grande
evento na Assembleia comemorando os 25 anos do MST. Quanto eu convoquei um ato
solene em memória ao presidente Augusto Pinochet, para mostrar o que ele trouxe
de benefício ao Chile, eu fui censurado seletivamente. Seletivamente.
Inclusive, a censura até me ajudou. Chamou mais a atenção do que o próprio
evento em si.
Eu ia trazer números e fatos de
logística do Chile, que é um país de geologia mais complicada, como conhece bem
o deputado Castello Branco, no aspecto econômico, abertura econômica. Enfim,
era o que eu iria mostrar no dia do ato solene. Mas é perceptível que há uma
seletividade.
Então, fazer ato para o MST é
democracia. Um movimento criminoso. Não tem CNPJ, pratica o esbulho possessório
e o terrorismo. A hora que a gente vai fazer uma exposição, eu fui tachado de
defender nazista, terrorista, assassino, genocida. Tudo, tudo o que vocês
puderem imaginar. Então é óbvio que a própria Casa está fazendo um rememorando
desse ato que enaltece um movimento terrorista.
Eu queria, finalizando, dizer que
eu tenho o maior respeito pelo deputado Mellão, que estava aqui, e por vários
integrantes do Novo. E eu tenho muito mais respeito por aqueles que foram
expulsos do Novo, como o ministro Ricardo Salles e o Filipe Sabará. E tenho um
grande respeito por vários colegas do Novo, não só aqui da Casa como de fora,
mas o partido em si é motivo de chacota e faz um papelão perante a sociedade ao
pedir o impeachment do presidente Bolsonaro.
Será possível que eles não se deram
conta da surra que eles tomaram na eleição da Mesa da Câmara, agora, em
Brasília, onde 302 votos para o deputado Arthur Lira? Teve deputado que teve um
voto, dois votos, o deputado “Kim Jong”, como diz a Carla Zambelli, “Kim Jong
II”, Kim “Katacoquinho”, pedindo o impeachment do
presidente Bolsonaro, teve dois votos. Ele e mais um. Acho que alguém deve
estar envergonhado lá.
Agora, é tão ridículo isso. É tão
ridículo que desacredita as boas pautas do partido. Você veja: teve o Código de
Defesa do Empreendedor, do Partido Novo, que eu achei excepcional, um projeto
excepcional.
Aí você pega integrantes do
partido, não só na esfera federal, mas estadual, que ficam postando nas suas
redes “impeachment do presidente Jair Bolsonaro”. Ora, deixa de ser bobo. É
bobo.
O Partido Novo primeiro precisa se
libertar. O governador está saindo do casulo. O Partido Novo precisa se
libertar do João Amoedo, mochilinha nas costas, porque, a hora que se libertar,
acho que as pessoas vão ter mais liberdade.
Eu queria, por último, nos últimos
30 segundos que me restam, dizer que eu não sabia dessa desatenção do
secretário da Saúde para com os deputados da base. Imagine nós. Eu tenho mais
300 mil reais de emendas para serem pagos para Santa Casa de Misericórdia de
Itapeva, que é um exemplo de Santa Casa.
É um exemplo de Santa Casa. Quero
dizer que eu vou notificar hoje o secretário de Saúde para pagar a minha
emenda. Se ele não pagar, como já sei que ele não responde, já vou avisar que
vou meter ele no Ministério Público.
Então o senhor Jean Gorynchtein, se ele é mais um vassalo do governador João
Doria, que abana o rabicó a hora que ele chama, então comigo a coisa é
diferente. Eu quero que pague logo, logo, logo os 300 mil à Santa Casa de
Itapeva.
Obrigado, presidente.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA
- PP - Obrigado,
Sr. Deputado.
O SR.
GIL DINIZ -
SEM PARTIDO - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, só
para corroborar com as palavras do Frederico d’Avila. É uma censura seletiva.
Inclusive,
neste Parlamento, hoje as redes sociais da Assembleia estão comemorando,
celebrando a lembrança do nascimento desse grupo terrorista, o MST. Então
realmente é uma censura seletiva. Censura seletiva essa que aconteceu agora com
o Terça Livre, com o jornalista Allan dos Santos. Então deixo também a minha
solidariedade ao Allan dos Santos, ao Ítalo Lorenzon e a todos que fazem parte
do Terça Livre.
O
deputado Douglas está convocando - e quero assinar junto com ele - os
representantes do Google para virem se explicar na Comissão de Ciência e
Tecnologia. Por quê? Porque a gente não pode aceitar essa censura a jornalistas
da maneira que estão fazendo, à luz do dia.
É
incrível. Derrubaram um canal do Youtube, o maior canal conservador que nós
temos aqui nas nossas redes sociais. Imagina só, Coronel Telhada, derrubarem as
suas redes sociais pelo senhor postar um vídeo de uma operação da Rota, por
exemplo.
Então
a gente não pode aceitar essa censura seletiva. O que nós queremos fazer? É
apenas defender a liberdade de expressão. Então fica aqui o apoio ao Terça
Livre e ao jornalista Allan dos Santos.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA
- PP - Muito
obrigado. Um minutinho, Srs. Deputados. Está encerrado o Pequeno Expediente.
Perdão, encerrado o Grande Expediente.
Eu só queria fazer um comentário.
Infelizmente, muitas pessoas tinham medo de uma ditadura militar. Acho
interessante isso. Nós estamos sofrendo uma ditadura política no sentido total
e horrível da palavra.
O deputado Giannazi pediu pela
ordem primeiro. Deputado Giannazi, pois não.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presidente, só para usar a tribuna
pelo 82.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA
- PP - É
regimental. Vossa Excelência se dirija à tribuna. Deputada Janaina, a senhora
vai pedir também? (Voz fora do microfone.) Então eu já deixo autorizado,
senhora.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, presidente. Eu queria
indicar a deputada Valeria para falar pelo PSL, pelo Art. 82.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA
- PP - Perfeito.
Então a deputada Valeria Bolsonaro, terminando os cinco minutos do deputado
Giannazi, fará uso da tribuna. Deputado Carlos Giannazi.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, eu
gostaria de pedir o apoio de todos os deputados e deputadas para que possamos
aprovar o Projeto de Decreto Legislativo nº 1, de 2021. Foi o primeiro PDL
publicado no Diário Oficial neste ano de 2021. Nosso PDL 1/21 revoga o perverso
e nefasto decreto do governador Doria que acabou com a isenção do IPVA para as
pessoas com algum tipo de deficiência.
Esse projeto representa um ataque à
dignidade humana das pessoas com deficiência. Esse decreto é fruto, ainda, da aprovação
daquele nefasto PL do governador Doria, o 529, que nós votamos contra.
Mas, infelizmente, a base do
governo aprovou o PL 529, que foi o responsável pelo desmonte do estado.
Desmontou parte do Sistema Único de Saúde, extinguindo, por exemplo, a Sucen. Autorizou o aumento criminoso da contribuição do
Iamspe para os servidores, que foi de 2 para 3 por cento. Enfim, foi um projeto
de arrasa-quarteirão. Uma bomba que arrasou quarteirões.
O fato é que esse PDL que eu
apresentei, o nosso 22, tem que ser aprovado imediatamente, que é o que acaba
com o confisco das aposentadorias e pensões. Tem esse que também é muito
importante, porque as pessoas perderam a isenção do IPVA. Isso é muito grave.
Então a Assembleia Legislativa… O
deputado Gil Diniz disse uma coisa importante, que a Assembleia Legislativa tem
poder para revogar todas essas medidas nefastas e perversas do governador
Doria. Nós podemos aprovar PDLs.
A Alesp
tem a prerrogativa de revogar essas medidas através de PDLs,
através de projetos de lei. Existem várias maneiras, do ponto de vista legal,
pela Assembleia Legislativa, de anular essas medidas. O PDL é um desses
instrumentos. Ele está dado. É o PDL 1/21.
Agora nós precisamos do apoio de
todos os deputados e deputadas, porque há um massacre em cima das pessoas da
terceira idade no estado de São Paulo. Eu conheço, por exemplo, uma professora
que se aposentou recentemente. Ela tem 60 anos. Essa professora me disse o
seguinte: “Deputado Giannazi, eu perdi a gratuidade no transporte público,
porque eu tinha isenção”.
Ela fez 60 agora, ela ia ter
isenção. Perdeu isenção no Metrô, na CPTM, na EMTU e nos ônibus aqui da
capital, porque o Covas faz o mesmo. Essa professora que fez 60 anos há uns
dias atrás vai pagar 3% do Iamspe.
Ela pagava 2% e vai ter um aumento
na sua contribuição do Iamspe, mais um ataque a essa professora. Ela tem um
grau de deficiência e não pagava o IPVA. Então essa professora também perde a
isenção do IPVA.
Para piorar a situação, ela é
vítima também do Decreto 65.021, desse nefasto confisco salarial. Ela foi
atacada, essa professora aposentada, que está ganhando 2.500 reais por mês. Ela
está recebendo quatro ataques ao mesmo tempo, Sr. Presidente.
Olha que absurdo o que aconteceu
aqui no estado de São Paulo. Então a Assembleia Legislativa agora tem uma
dívida com essas pessoas. Nós temos que revogar todas essas medidas perversas
do desgovernador Doria.
Então faço um apelo à Assembleia
Legislativa. Vamos revogar o Decreto 65.021 através do PDL 22, que eu
apresentei no ano passado, 2020, que acaba com o confisco. Vamos aprovar agora
o PDL 1, de 2021, que revoga o fim da isenção do IPVA para as pessoas com
deficiência.
Faço um apelo a todos os deputados
e deputadas para que nós possamos fazer justiça e fazer com que essas pessoas
não sejam mais atacadas no estado de São Paulo.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA
- PP - Obrigado,
deputado. Deputada Valeria Bolsonaro, V. Exa. tem o tempo regimental de cinco
minutos.
A SRA. VALERIA BOLSONARO - PSL - PELO ART. 82 - Boa tarde a todos.
Obrigada, presidente. O que me traz aqui são dois assuntos graves, sérios. Por
coincidência, contra o governador do estado de São Paulo, João Doria. O que nós
estamos vendo? Eu tive contato, através dos meus assessores, através da minha
assessoria, com o pessoal da cidade de Aparecida do Norte. Nós estivemos lá.
O presidente do Sindicato dos
Hoteleiros de Aparecida do Norte e região, Renan Vieira; o presidente do
Sindicato dos Feirantes de Aparecida, João Major; o comunicador da “TV a Voz do
Povo” e ex-vereador Élcio Ribeiro, essas três pessoas estão lutando pelo
direito do comércio da cidade de Aparecida, para que não vire uma
cidade-fantasma. Por favor, a foto que nós tiramos.
Hoje Aparecida está assim, desta
forma, com pessoas que trabalham e que não podem abrir os seus comércios. Não
têm dinheiro para sustentar os seus filhos, não têm como levar os seus filhos
na escola, não têm leite. Não têm absolutamente nada. Então, governador João
Doria, por favor: não é só o vírus que mata. A fome e o desemprego também
matam, causam enormes violências na cidade e acabam com as pessoas.
Outro ponto muito sério, e aí não é
só com o governador, mas sim com o conluio do governador com a esquerda,
basicamente com o PSOL, o PT e etc., que normalmente são as pessoas que vêm
aqui para gritar e falar que elas defendem os negros, que elas defendem as
mulheres. As feministas da esquerda é aquela gritaria: “Porque o presidente
Bolsonaro é machista, isso e aquilo”.
Estou esperando desde terça-feira
que alguma dessas mulheres tão aguerridas venham aqui falar em defesa da
prefeita de Bauru, a Suéllen, uma mulher de coragem,
uma mulher negra que foi desrespeitada pelo governador do estado de São Paulo.
Ele a chamou de vassala e de negacionista.
Eu queria ver se fosse o presidente
Jair Bolsonaro que tivesse falado isso, o carnaval, a bagunça, a balbúrdia, a
gritaria que essa esquerda, que não tem nenhum tipo de compromisso nem com a
mulher, nem com os negros, nem com nada a não ser com elas mesmas, a não ser
com as suas ideologias nojentas e com o seu partidarismo absurdo.
Então nós tivemos uma prefeita que
foi totalmente desrespeitada. Pior: agora, esta semana, o senhor João Doria,
continuando o seu processo racista, o seu processo de desrespeito, fez uma
reunião com os prefeitos das cidades em volta de Bauru e não convidou a
prefeita. Deixou a prefeita Suéllen de fora dessa
reunião, mostrando o quanto ele desrespeita a autoridade de uma mulher negra
que foi votada, que ganhou uma eleição democraticamente.
Ele a deixou de fora, e sabe o que ele fez com os prefeitos vassalos que ali estavam para cumprir com a sua reunião? Ele colocou, ele devolveu os leitos dos hospitais que ele tinha fechado agora em janeiro, que era a luta dessa prefeita, a prefeita Suéllen. Então, quero deixar aqui: nós fizemos, o gabinete fez uma moção de repúdio contra o comportamento absurdo do governador do estado. É inaceitável o tratamento que ele está dando.
Ele acha que todo mundo tem que baixar a cabeça para o que ele fala. Então, nós queremos colocar aqui, governador João Doria: no gabinete no 18 aqui da Assembleia Legislativa não tem ninguém que vai baixar a cabeça para nenhum dos seus absurdos. E ninguém aqui que vai aceitar calado o que o senhor fala. O senhor jamais vai falar alguma coisa sem que nós questionemos.
Então, quero deixar claro que aqui tem uma deputada que vai contra esse governo absurdo, incompetente, que está matando a população com o vírus, de fome e desempregada.
Muito obrigada, presidente; muito obrigada a todos os que assistem à Alesp.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sra. Deputada.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem, deputada Janaina.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Eu queria noticiar... É uma comunicação.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigada. Como eu não tive a oportunidade de me manifestar na tribuna hoje, queria noticiar aqui que ontem a minha assessoria visitou vários prontos-socorros.
Hoje, pela manhã, houve uma reunião com o secretário da Saúde para tratar de vários temas de interesse da saúde da população. Agora no início da tarde, tivemos a reunião mensal com o governador...
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Aliás,
ele está em São Paulo?
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Olha, pela imagem, sim.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Eu ouvi falar que ele não estava.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Eu não sei; uma reunião virtual. Aparentemente, estava no Palácio.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Perfeito.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Tratamos dos pontos referentes à Saúde. Amanhã, com detalhes, eu vou externar, explanar tudo na tribuna, porque tem pontos até em que eu acabei me manifestando de maneira equivocada e recebi a informação mais precisa na reunião. Falamos também do funcionamento do comércio. Não somente eu, mas muitos outros colegas.
Disse o governador que daria boas notícias amanhã, mas segue defendendo que tem que ouvir de maneira - vamos dizer assim - estrita, categórica, o comitê. Ele fez um convite, porque semana passada eu queria levar um grupo de colegas para conversar com o comitê. Na reunião, ele fez um convite; eu aceitei na própria reunião.
Então, quero crer que conseguiremos conversar com esses especialistas para que as decisões, na linha do que disse a deputada Valeria, não sejam tomadas só levando em consideração um aspecto da questão. Nós temos que olhar o todo. Então, amanhã eu passo os detalhes referentes ao HC de Bauru, referentes ao Hospital Darcy Vargas.
Eu só estou aqui noticiando porque foram muitas reuniões, foram muitas visitas, e a população precisa ter todos os detalhes, até para poder lutar pelos seus direitos. Obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP -
Obrigado, Sra. Deputada.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Presidente, havendo acordo de lideranças, eu requeiro a V. Exa. o levantamento da presente sessão.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra. Deputada. É regimental.
Portanto, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, sexta-feira, dia 5 de fevereiro, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Muito obrigado a todos. Está levantada a sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 44 minutos.
* * *