2 DE MARÇO DE 2021
21ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA, LETICIA AGUIAR, JANAINA
PASCHOAL e CAUÊ MACRIS
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a
sessão.
2 - DR. JORGE LULA DO CARMO
Discorre sobre o aumento do número de infectados pelo
coronavírus no estado de São Paulo. Solicita que as emendas impositivas
destinadas à Saúde sejam pagas. Diz ter emendas de 2020 que ainda não foram
pagas. Cita diversos hospitais que esperam pelo pagamento das emendas citadas.
Afirma ter enviado metade de suas emendas impositivas de 2021 para a Saúde.
Pede que o governo estadual libere o Orçamento.
3 - RICARDO MELLÃO
Comenta casos de assalto, ocorridos no bairro Real Parque.
Diz ter sofrido uma tentativa de assalto nas proximidades da região citada.
Cobrou providências do governo estadual a respeito da insegurança instaurada no
bairro.
4 - FREDERICO D'AVILA
Tece críticas ao secretário de Desenvolvimento Regional do
estado de São Paulo. Afirma que o mesmo teria usurpado a legitimidade de uma
demanda concedida por conta de suas solicitações.
5 - LETICIA AGUIAR
Assume a Presidência.
6 - CORONEL TELHADA
Saúda as datas comemorativas de 02/03. Lamenta a morte do
agente de Segurança Marcos Roberto da Cruz, na zona leste de São Paulo. Comenta
ocorrência policial que apreendeu mercadorias contrabandeadas no município de
Agudos. Faz leitura de pedido de implantação de sistema de agendamento prévio
para vacinação de idosos.
7 – TENENTE COIMBRA
Para comunicação, anuncia a visita do deputado Capitão
Contar, de Mato Grosso do Sul.
8 - JANAINA PASCHOAL
Menciona ter assinado projeto do deputado Ricardo Mellão, que
visa a revogação do artigo 22 da Lei 17.293/20. Relata as dificuldades na
marcação de reuniões presenciais com a população, por conta da pandemia.
Reprova o envio de 30 milhões de reais às escolas de samba de São Paulo, pelo
prefeito Bruno Covas.
9 - ADALBERTO FREITAS
Comenta fechamento dos prontos-socorros nos hospitais
Pedreira e Grajaú. Menciona visita ao Hospital das Clínicas e à Associação dos
Servidores do Hospital das Clínicas.
10 - SARGENTO NERI
Para comunicação, pede apoio para a aprovação de projeto de
resolução, que visa a instauração de CPI para apurar os gastos durante a
pandemia.
11 - CARLOS GIANNAZI
Discorre sobre o número de funcionários da Educação
infectados após a volta às aulas presenciais. Considera o retorno às aulas
presenciais uma medida criminosa. Diz ter entrado com uma representação no
Ministério Público contra a medida. Destaca o aumento do número de crianças
internadas devido à Covid-19. Presta apoio ao professor da rede estadual,
Sérgio Brito, que estaria sofrendo perseguição por parte do dirigente de ensino
de Taboão da Serra.
12 - PAULO LULA FIORILO
Reprova medida que insere atividades religiosas como serviços
essenciais. Tece críticas ao governo estadual. Relata que foram enviados muitos
pedidos de calamidade à esta Casa por diversas cidades do Estado. Comenta a
situação de Araraquara. Sugere a criação de uma comissão de visitas às cidades
mais afetadas pela Covid-19.
13 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência.
14 - LETICIA AGUIAR
Comenta as diversas expulsões de deputados do PSL. Apoia a
candidatura da deputada Janaina Paschoal para a liderança do PSL. Menciona
possível parceria do PSL com o PSDB visando a cooptação de votos.
15 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA
Cita diversas cidades do Estado que já possuem 100% dos
leitos de UTI ocupados. Endossa pronunciamento do secretário da Saúde de São
Paulo, a respeito da gravidade da situação do Estado perante à Covid-19.
Menciona o aumento do número de internações de crianças infectadas pelo
coronavírus. Combate a reabertura das escolas.
GRANDE EXPEDIENTE
16 - MARIA LÚCIA AMARY
Reflete sobre o Dia Internacional da Mulher, a ser celebrado
na próxima segunda-feira. Considera a data uma lembrança da luta contínua pelos
direitos femininos. Clama pelo reconhecimento das mulheres na história. Cita os
postos de atendimento às mulheres criados durante seus mandatos, em Sorocaba.
Lembra a aprovação de projetos a favor das mulheres.
17 - CAIO FRANÇA
Critica a majoração de impostos decorrentes da aprovação do
PL 529/20. Cita os setores afetados pelos aumentos. Discorre sobre a cobrança
nos serviços de diálise e hemodiálise. Lembra os convênios feitos pelo SUS com
a iniciativa privada para os procedimentos. Alega que outros estados mantiveram
a isenção de impostos na Saúde.
18 - EDNA MACEDO
Critica o governo estadual por somente repassar os aportes de
10, das 31 emendas impositivas de sua autoria. Afirma que a Saúde é a área mais
prejudicada pelo não pagamento. Exibe reportagem a respeito da falta de vacinas
e filas em UBS de Moema. Alega que falta estrutura para receber as pessoas e
que há desorganização. Tece considerações a respeito da ocupação dos hospitais
de São Paulo.
19 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, faz coro ao pronunciamento da deputada Edna
Macedo. Critica o repasse de 30 milhões de reais, pelo Governo Covas, a escolas
de samba de São Paulo.
20 - CARLOS GIANNAZI
Pelo art. 82, tece críticas às medidas do governador João
Doria que afetam os idosos. Comenta o vídeo exibido pela deputada Edna Macedo.
Repudia a desorganização para vacinação. Pede apoio para aprovação do PDL 22/20.
Critica vídeo da vereadora Janaina Lima, em visita à Escola Municipal de Ensino
Fundamental Professor Gabriel Sylvestre Teixeira de
Carvalho, a promover aglomeração. Cobra providências ao Ministério Público
Estadual e à Câmara Municipal. Defende as aulas a distância.
21 - LETICIA AGUIAR
Assume a Presidência.
22 - JANAINA PASCHOAL
Pelo art. 82, elogia a vereadora Janaina Lima. Afirma que
deve assistir ao vídeo mencionado pelo deputado Carlos Giannazi. Comenta que
recebera e-mail de munícipe da Campos do Jordão preocupado com a falta de
leitos de UTI na cidade. Lembra o envio de material para abertura de oito novos
leitos, o que não ocorreu. Pede investigação sobre o caso. Critica o
investimento em hospitais de campanha e não em instituições hospitalares já
existentes. Discorre sobre os cortes de gastos feitos por esta Casa. Considera
a verba mal empregada.
23 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, endossa o discurso da deputada Janaina
Paschoal a respeito dos cortes orçamentários neste Parlamento. Afirma que foi
contra a redução dos salários da maneira que foi apresentada. Considera que as
verbas deveriam ser revertidas em indicações para a Saúde. Comenta as obras
feitas nesta Casa. Alega que o Poder Judiciário e o Ministério Público deveriam
reduzir os próprios salários.
24 - JANAINA PASCHOAL
Solicita a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos,
por acordo de lideranças.
25 - PRESIDENTE LETICIA AGUIAR
Defere o pedido e suspende a sessão às 16h10min.
ORDEM DO DIA
26 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h42min. Coloca em
discussão requerimento de urgência ao PL 971/19.
27 - GIL DINIZ
Discute o requerimento de urgência ao PL 971/19.
28 - PROFESSORA BEBEL LULA
Discute o requerimento de urgência ao PL 971/19.
29 - GIL DINIZ
Para comunicação, informa a presença de seu filho Nathan,
nesta Casa.
30 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Saúda o filho do deputado Gil Diniz, Nathan, em visita a esta
Casa.
31 - CARLOS GIANNAZI
Discute o requerimento de urgência ao PL 971/19.
32 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o
requerimento de urgência ao PL 971/19. Encerra a discussão, coloca em votação,
separadamente, e declara aprovados requerimentos de urgência ao PL 324/19, ao
PL 88/21 e ao PL 704/19. Encerra a discussão e coloca
em votação requerimento de urgência ao PL 345/19.
33 - TEONILIO BARBA LULA
Encaminha a votação do requerimento de urgência ao PL 345/19,
em nome do PT.
34 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Coloca em votação e declara aprovado o
requerimento de urgência ao PL 345/19. Encerra a discussão, coloca em votação e
declara aprovado requerimento de urgência ao PL 1256/19. Faz questionamento às
lideranças com relação a mais dois requerimentos de urgência encaminhados à
Mesa.
35 - TEONILIO BARBA LULA
Para comunicação, explica o entendimento firmado entre as
lideranças partidárias, com relação ao PL 245/19.
36 - TENENTE NASCIMENTO
Para comunicação, explica o conteúdo do PL 69/21, de sua
autoria.
37 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado
requerimento de urgência ao PL 245/19.
38 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA
Declara voto contrário ao requerimento de urgência ao PL
245/19, em nome do PSOL.
39 - TEONILIO BARBA LULA
Declara voto contrário ao requerimento de urgência ao PL
245/19, em nome do PT.
40 - CARLOS GIANNAZI
Declara voto contrário ao requerimento de urgência ao PL
245/19.
41 - WELLINGTON MOURA
Para comunicação, agradece a seus pares pela aprovação da
urgência ao PL 245/19, o qual defende.
42 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado
requerimento de urgência ao PL 69/21.
43 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, discorda do pronunciamento do deputado
Wellington Moura. Afirma que o PL 245/19 é inconstitucional.
44 - PROFESSORA BEBEL LULA
Para comunicação, rebate a manifestação do deputado
Wellington Moura. Argumenta que não existe ideologia de gênero.
45 - PAULO LULA FIORILO
Solicita a suspensão dos trabalhos por dois minutos, por
acordo de lideranças.
46 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido e suspende a sessão às 17h50min, reabrindo-a
às 17h54min. Questiona as lideranças quanto a requerimento de urgência
encaminhado à Mesa. Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado
requerimento de urgência ao PL 42/20.
47 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA
Para comunicação, informa que a bancada do PSOL lançará o
deputado Carlos Giannazi como candidato à Presidência desta Casa.
48 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Ressalta que a candidatura deve ser apresentada no dia da
eleição da Mesa Diretora. Convoca, para hoje, reuniões conjuntas das Comissões
de Constituição, Justiça e Redação e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a
realizar-se às 18 horas e 10 minutos, com uma segunda convocação para as 18
horas e 30 minutos; das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Saúde
e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se às 18 horas e 12
minutos; das Comissões de Defesa dos Direitos do Consumidor e de Finanças,
Orçamento e Planejamento, a realizar-se às 18 horas e 14 minutos; das Comissões
de Constituição, Justiça e Redação, de Educação e Cultura e de Finanças,
Orçamento e Planejamento, a realizar-se às 18 horas e 16 minutos; das Comissões
de Constituição, Justiça e Redação e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a
realizar-se às 18 horas e 18 minutos; das Comissões de Defesa dos Direitos da
Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais e de
Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se às 18 horas e 20 minutos;
reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a
realizar-se às 18 horas e 22 minutos; reunião conjunta das Comissões de
Constituição, Justiça e Redação, de Transportes e Comunicações e de Finanças,
Orçamento e Planejamento, a realizar-se às 18 horas e 24 minutos; reunião
extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se
às 18 horas e 26 minutos; e reunião conjunta das Comissões de Constituição,
Justiça e Redação, de Administração Pública e Relações do Trabalho e de
Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se às 18 horas e 28 minutos.
49 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA
Solicita a suspensão dos trabalhos até as 18 horas e 40
minutos, por acordo de lideranças.
50 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido e suspende a sessão às 18h03min, reabrindo-a
às 18h50min.
51 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA
Solicita a prorrogação dos trabalhos por 15 minutos.
52 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Coloca em votação e declara aprovado o
pedido, da deputada Monica da Mandata Ativista, de prorrogação da sessão por 15
minutos.
53 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA
Solicita a suspensão dos trabalhos até as 19 horas e 05
minutos, por acordo de lideranças.
54 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido e suspende a sessão às 18h51min, reabrindo-a
às 19h06min. Convoca uma sessão extraordinária, a ter início dez minutos após o
término da presente sessão.
55 - PAULO LULA FIORILO
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
56 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de 03/03, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra a realização da
sessão extraordinária, com início previsto para as 19 horas e 17 minutos de
hoje. Levanta a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
* * *
- Passa-se ao
* * *
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sobre a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata anterior e recebe o expediente.
Hoje, dia dois de março de 2021, iniciamos o Pequeno Expediente, com os seguintes oradores inscritos. O primeiro orador é o Dr. Jorge Lula do Carmo. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público da TV Alesp, policiais aqui presentes, assessoria técnica.
Sr. Presidente, venho a esta tribuna para falar de um assunto que parece ser até redundante, falar de pandemia, de crescimento dos casos da Covid-19, parece até redundante. Está tão comum, tão natural no nosso cotidiano, que a gente fala com naturalidade e, lamentavelmente, a gente vê que muitos governantes acham ainda que isso é uma gripezinha.
Os números são alarmantes. No estado de São Paulo, em novembro, nós tínhamos, Sr. Presidente, um milhão de infectados, aproximadamente. Em março de 2021, nós temos dois milhões de infectados no estado de São Paulo, e mais de 25 mil mortos, 25% de todo o País.
No Brasil, um número alarmante de 255 mil vidas ceifadas. Por que falo isso, Sr. Presidente? Porque todo ano nós temos aqui na Casa a destinação de emendas parlamentares para a Saúde. No ano passado, nós fizemos isso.
Nós requeremos aqui do líder do Governo que intercedesse por todos os deputados aqui, junto à Casa Civil, junto ao Governo do Estado de São Paulo, para que antecipasse o pagamento das nossas emendas impositivas para a Saúde, em razão do alto índice e do aumento desenfreado de casos do coronavírus, da Covid-19.
Eu vim hoje a esta tribuna para reafirmar. Semana passada, meu colega de bancada, deputado Paulo Fiorilo, veio a esta tribuna para requerer isso do governo, requerer isso da liderança do Governo, requerer isso aqui nesta Casa, para que liberem as emendas parlamentares destinadas para a Saúde.
Ao que eu acredito, isso foi feito. Porém, ainda não foi pago, Sr. Presidente. Então, eu quero aqui reafirmar esse pedido, reforçar esse pedido, para que nós tenhamos as nossas emendas parlamentares impositivas destinadas para a Saúde, todas pagas, porque é uma maneira de nós, deputadas e deputados aqui, contribuirmos para o combate ao grande número de infectados.
Mas é importante frisar, Sr. Presidente, que eu tenho emendas parlamentares ainda de 2020, que até hoje não foram pagas, efetivamente pagas. Isso para a Saúde. Isso é lamentável. Porque, de que adianta a gente falar: “olha, as emendas são impositivas”?
Nós estamos vivendo um problema seríssimo de Saúde Pública no Brasil, e no estado de São Paulo em especial, e o governo segura emendas parlamentares impositivas, portanto, que deveriam ser pagas, porque estão previstas em lei, no Orçamento, e eles não pagam as emendas impositivas da Saúde.
Eu tenho emendas impositivas para hospitais, Sr. Presidente. Quinhentos mil reais para um hospital, e o governo não pagou. Cem mil reais, 200 mil reais, enfim, para municípios do interior, Santa Rita do Passa Quatro, Hospital do Câncer de Ribeirão Preto, Hospital Mário Covas em Santo André, e o governo não paga.
Isso não é possível, a gente ficar... A gente tem as emendas, é uma prerrogativa, é direito dos deputados e deputadas, e o governo finge que a gente não tem que cobrar isso, e, se cobra, também não executa, não paga.
Então, apresentei, como previsto em lei, 50% das minhas emendas de 2021 para a Saúde, em diversos municípios. Vou citar alguns aqui: Pitangueiras, Serra Azul, Bofete, Serrana, Ferraz de Vasconcelos, aqui na Grande São Paulo, hospital de Medina, em Poá, Cravinhos, Taboão da Serra, Taquaritinga, Carapicuíba, Franco da Rocha.
E também requeri ao deputado federal Nilto Tatto, um parceiro na nossa relação política, que as emendas que ele pediu que eu o ajudasse nas indicações, na apresentação, que ele também requeira isso lá na esfera federal, para que possamos também liberar as emendas apresentadas por ele na nossa relação, na nossa conversa política, para o Santa Marcelina do Itaim Paulista, o município de Salesópolis, Jundiaí, Penápolis, Diadema, Guararapes, Nazaré Paulista, Rio Grande da Serra, Suzano, São Simão, Santa Rosa e também para o município de São Paulo.
Então, é isso, Sr. Presidente. Queria dizer que é lamentável que a gente tenha aqui emendas impositivas, que o governo diga que vai pagar, manda processar, mas não paga. A gente liga no órgão: “ah, vai ver”. Ninguém tem informação.
É uma bagunça generalizada, e eu quero protestar isso aqui, dizer que nós não podemos continuar, em tempos de pandemia, com gente morrendo aos montes, todos os dias, e o governo achando que não tem que disponibilizar o recurso que é impositivo, e que é direito do deputado, e, mais ainda, é direito da população esse recurso liberado para a Saúde Pública.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Próximo deputado, deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Ricardo Mellão. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O SR. RICARDO MELLÃO - NOVO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, aproveito a minha vinda aqui à tribuna hoje, Coronel Telhada, até aproveitando a sua presença aqui, para fazer um apelo, o senhor que tem tanto conhecimento a respeito da Polícia Militar.
Eu tenho recebido inúmeras reclamações dos moradores ali do bairro do Real Parque. A gente sabe que o Real Parque é uma área que sempre está sujeita a assaltos, violência, o que aterroriza há muito tempo os moradores dali do local, e todo mundo sabe que ali é um local onde, infelizmente, esse tipo de ocorrência acontece. Só que passam anos, por mais que tenham ali seguranças, por mais que a polícia muitas vezes já tenha instalado bases ali, essas ocorrências continuam ocorrendo.
Eu recebi ali. A gente tem duas sociedades amigas muito atuantes, a “Sociedade de Amigos do Real Parque” e a “Sociedade Amigos da Praça Visconde de Cunha Bueno”, e eles estão aterrorizadas com os casos de assalto que têm ocorrido ali naquela rua paralela à Marginal Pinheiros, que é a Rua Magalhães de Castro, no cruzamento com a Avenida Boaventura José Rodrigues Neto.
Ali tem uma Leroy Merlin, e, pelos relatos que me passaram, têm ocorrido assaltos entre as seis, lá pelo entardecer do dia, para a noite. Fica uma base da Polícia Militar, ou pelo menos ficava, ali, móvel, e em um determinado horário ela sai, e a turma aproveita para assaltar os carros ali.
Ouvi relatos de assalto a moto, ouvi relatos de sequestro relâmpago, com carro, que passou ali. Eles aproveitam que o trânsito para e simplesmente invadem aquela pista com trânsito parado, para assaltar pessoas que passam por aquela região. Para vocês terem uma ideia, eu mesmo, há uns dois anos atrás, mais ou menos, há uns dois ou três anos atrás, eu sofri uma tentativa de assalto ali na Avenida Boaventura, com a minha mãe.
Eles tentaram fazer uma emboscada, por volta de umas onze horas da noite, e eu, graças a Deus, estava em um carro blindado, consegui dar a ré e voltar à Marginal. Graças a Deus nada ocorreu nem comigo e nem com a minha mãe, que estava comigo, e ficou aterrorizada.
Então, não podemos rever esse filme de terror ali. É sabido que assaltos são frequentes naquele ponto, e eu queria entender por que providências nunca conseguem ser tomadas ali, para solucionar esse problema, para trazer um pouco de paz e de segurança para os moradores do Real Parque, que já apelaram para a segurança privada.
Sempre reclamo, levo as reclamações ao Conseg, levo aos policiais responsáveis ali, mas, infelizmente, esse filme de terror se repete todas as vezes. Então, presidente, Coronel Telhada, eu gostaria aqui de que encaminhasse o meu discurso à 2ª Companhia do 16º Batalhão da Polícia Militar.
Queria fazer um apelo ao Capitão Caran, que comanda esse batalhão, e queria também que fosse enviado ao delegado responsável, do 34º Distrito Policial, ali na região que cuida da região, para que eles pudessem tomar providências e voltar a trazer paz e sossego, não apenas para os moradores da região, mas para todos aqueles que passam por ali entre seis e meia-noite, madrugada.
Enfim, é a partir desse horário que ocorrem esses assaltos, aterrorizando a população e trazendo uma sensação de insegurança muito forte. Nós sabemos onde está, nós sabemos quando ocorrem, então, eu tenho certeza de que nós vamos encontrar a solução definitivamente, para trazer paz para as pessoas da região e de São Paulo como um todo.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado. Portanto, solicito à nossa assessoria que encaminhe as palavras, as notas taquigráficas do deputado Ricardo Mellão ao Sr. Comandante da Companhia do 16º Batalhão, capitão Caran, e ao delegado titular do 34º DP. É isso, deputado? Muito obrigado.
Próximo deputado, deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputada Damaris Moura. (Pausa.) Deputado Frederico d'Avila. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Coronel Telhada, venho a esta tribuna no dia de hoje para dizer aqui que é impressionante a cara de pau do secretário, deputado Fiorilo, de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.
Mas não é nem de pau, acho que é de mármore. Esse mármore aqui da Assembleia acho que é mais mole que a cara dele. Olha, acho que a Eclusa de Urubupungá é mais mole que a cara dele.
Então, o que acontece? É impressionante, Coronel Telhada. Isso aqui, a Assembleia, devia ser ali onde é a Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, porque aí dava para fazer uma edícula do Palácio dos Bandeirantes, porque isso está aparecendo o jardim de inverno do Palácio dos Bandeirantes.
Então, é impressionante. Eu até não sei nem dar risada. Depois de o governador João Miami passear em Miami e no Caribe e vetar o meu projeto do arroz e do feijão, que eu consegui até o apoio do deputado Giannazi, de toda a bancada do PT etc, agora eu consegui uma ponte na Defesa Civil, para o Rio Paranapanema, e o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, faz questão de atribuir a obra a outro deputado, que nem posse tinha tomado ainda, nem havia sido empossado ainda no mês de dezembro.
Então, eu quero aqui dar duplo parabéns ao coronel Nyakas, primeiro, por atender a demanda, porque é um quadro técnico da Polícia Militar da Defesa Civil, além de ser um competente oficial de Polícia Militar, mas ainda quero dar o duplo parabéns, por ele não cair no circo do Sr. João Doria, a borboleta de São Paulo, a gazela dos Bandeirantes.
Não é possível que agora eles queiram usurpar o pedido de deputados que aqui representam um segmento da população, e aí vem com o seu mico leão dourado, o Sr. Marco Vinholi, para querer tirar do deputado a legitimidade do pedido.
Eu acredito que aqui o deputado Telhada, a deputada Leticia, o deputado Giannazi, lá nas escolas que visita, o deputado Mellão, enfim, tantos outros deputados que estão aqui conosco, fazem indicações pertinentes às suas áreas de atuação. Agora, você ser usurpado é inacreditável.
E ainda pega outro deputado aqui, recém-empossado, que acabou de tomar posse aqui no mês de janeiro, e faz o deputado passar por um papelão, porque ele nem sabe o que está acontecendo. Agora, eu não me preocupo quanto a isso, não preciso de política para viver. Fico feliz de que a demanda tenha sido atendida.
Agora, a cara de pau do secretário de Desenvolvimento Regional é tão grande, que é impossível a gente... Vou até colocar aqui, deputado Telhada, é impossível a gente não ter um gesto de exclamação. Pode pôr Machado.
Olha lá, 27 de janeiro eu pedi, Sr. Coronel de Polícia Militar, Walter Nyakas Junior. Pedi a ponte. Olha lá. Chequei toda a situação. Foi uma chuva de 200 milímetros em quatro horas, Ribeirão-Idaiatuba.
Isso foi o agricultor Márcio Del Poço, lá de Paranapanema, que me pediu, e o prefeito Rodolfo, que o senhor conhece, deputado Coronel Telhada, já havia pedido também ao coronel Nyakas.
* * *
- Assume a Presidência a Sra. Leticia Aguiar.
* * *
Aí aparece o artista. Cadê, Machado, o Vinholi? Eu acho que tem uma outra imagem aí. Aparece lá. Olha lá. “Ponte Paranapanema-Buri” será reconstruída, e coloca o coitado do deputado Giriboni, que estava em recesso. Estava empossado, mas estava em recesso, ele não tinha nem condições de fazer o pedido.
Quer dizer, é um papelão. É ridículo, e eu queria aqui dizer também que eu não tenho... Acho que eu fui uma vez na sala do Sr. Marco Vinholi, no começo do governo, e tudo que eu preciso, eu me dirijo diretamente aos secretários que eu conheço, ou ao vice-governador Rodrigo Garcia, que não é cara de pau e nem mau-caráter como esse Sr. Marco Vinholi.
Então, eu queria que deixar registrado, antes que usurpem, não só de mim, mas de outros deputados. Obrigado, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PSL - Obrigada, Sr. Deputado. Seguindo a ordem dos oradores inscritos, convido para fazer uso da palavra o deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Maurici. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. O senhor tem o tempo regimental.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sra. Presidente,
todos deputados e deputadas aqui presentes, quero saudar a todos que nos
assistem pela TV Alesp, saudar o soldado Thiago,
em nome de quem saúdo a nossa assessoria policial militar.
Pois
bem, quero iniciar o dia de hoje, dia dois de março, saudando o município de
Olímpia, que aniversaria nesta data. Um abraço a todos os amigos e amigas da
querida cidade de Olímpia. Parabéns por mais um aniversário.
Temos
a lamentar hoje a morte de mais um agente de segurança aqui do estado de São
Paulo, dessa vez o guarda civil metropolitano Marcos Roberto da Cruz, de 52
anos. O corpo dele foi encontrado enrolado e amarrado em um cobertor, ali na
zona leste, na Ponte Aricanduva.
Ele
estava há 19 anos na corporação, e o corpo apresentava diversos ferimentos, e a
causa da morte será investigada pelo DHPP. Ele era divorciado e deixou dois
filhos. Infelizmente mais um homem da Segurança que é eliminado em São Paulo e
nada muda.
Nada
muda. O deputado que nos antecedeu aqui falou da situação da Covid, que as
coisas já não assustam mais. Muitas milhares de pessoas mortas, as doenças, a
cada dia, se propagando mais, e as pessoas não esquentam a cabeça. É a mesma
coisa a violência contra a Segurança Pública, a violência contra o cidadão. É
muito triste.
Falando
em violência pública, quero falar aqui de uma ocorrência do Tático Ostensivo
Rodoviário, o TOR, acontecida nesta terça-feira, dia dois de março, onde
policiais militares do 2º Batalhão de Polícia Rodoviária detiveram um caminhão
na Rodovia Marechal Rondon, lá no município de Agudos.
Dentro
desse caminhão, foram localizados 350 mil maços de cigarros sem documentação.
Eu não sei se os deputados sabem, um dos maiores produtos de contrabando no
Brasil é o contrabando de cigarros. É uma coisa assustadora. Além do
contrabando de cigarros, foram também apreendidas três placas e uma nota fiscal
falsa.
Então,
parabéns aos nossos amigos do Tático Ostensivo Rodoviário. Um trabalho isolado,
um trabalho solitário, mas um trabalho forte, que mantém a segurança nas
estradas paulistas. Um grande abraço a todos os amigos da Polícia
Rodoviária.
E
aqui, Sra. Presidente, eu quero aqui... Recebi uma carta de um querido amigo,
coronel Francisco Possebom. O coronel
Francisco Possebom meu colega de turma, meu
irmão, e ele me pediu para que eu lesse um pedido aqui no plenário, e fizesse
indicação ao governador, então, ao final, eu solicitarei que sejam encaminhadas
as notas taquigráficas desta fala ao Sr. Governador do estado e ao Sr. Prefeito
de São Paulo, também, bem como ao secretário de Saúde municipal e estadual.
Ele
diz o seguinte, coronel Francisco Possebom:
“Vou
levar minha irmã mais velha para tomar vacina a partir do dia três de março,
amanhã. Prevenido, resolvi observar antes como está o atendimento nas
UBSs”.
Em
primeiro de março de 2021, portanto, ontem, ele visitou duas unidades perto da
casa dela, no Tatuapé, a UBS Santo Estevão e a UBS Vila Formosa. “No Santo
Estevão, às dez horas da manhã, contei cerca de 200 idosos na fila, que se
iniciava no pátio e se estendia pela calçada. Um segurança entregava
as senhas de papel para cada um que chegava.
Voltei
lá às 14 horas, e avistei cerca de 50 idosos no pátio, mas começaram a
vacinação drive-thru, com uma fila que perdi de
vista. Às 15 horas, passei em frente à UBS Vila Formosa, e avistei cerca de 50
idosos na rampa de acesso à unidade. Há uma medida que pode minimizar o
sofrimento dos idosos, reduzindo o número de horas na fila, sob sol e sob
chuva”.
Criar
um agendamento pela internet é o que propõe aqui o coronel Francisco Possebom, para a pessoa se inscrever por faixa de horário:
das nove às dez, das dez às onze, e assim por diante. “Assim, não iria todo
mundo no mesmo horário, e essa tecnologia já existe. É disponível, por exemplo,
no agendamento do Poupatempo”.
Ele
pede, ele fala o seguinte: “Telhada, sei que o Doria não terá a menor boa
vontade de te atender”. Porque o caso já é pessoal entre eu e o governador Doria. “Mas, talvez, se fizermos
barulho, uma luz ilumine alguma autoridade do executivo estadual ou municipal,
ou implante um agendamento. Atenciosamente”.
Meu
amigo Francisco Possebom.
Então,
peço aqui a todos. Vamos nos ater a essa preocupação dos idosos na fila. É
realmente importante a vacinação, mas está uma situação muito difícil, muitos
idosos passando horas na fila. Isso, além de ser até antiproducente,
é perigoso para essas pessoas de idade.
Então,
Sra. Presidente, eu solicito que as palavras referente a esses
problemas dos idosos nas filas sejam encaminhadas ao governador do estado
e ao prefeito da cidade de São Paulo, e também encaminhadas ao secretário
municipal de Saúde e ao secretário estadual de Saúde.
Muito
obrigado.
A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PSOL - Obrigada, deputado, suas palavras serão encaminhadas conforme requerido.
O SR. TENENTE COIMBRA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Anunciar a presença do amigo, capitão de Exército, capitão Contar, deputado estadual pelo Mato Grosso do Sul, deputado estadual mais votado da história do Mato Grosso do Sul.
Setenta e oito mil votos, não foi, capitão? E 390, não pode esquecer os 390, e hoje nos brinda com a sua presença. Deputado que defende muito a questão das escolas cívico-militares, de todo militarismo, de toda a direita, e é uma honra ter a presença do senhor aqui na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Muito obrigado, capitão.
A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PSOL - Seja bem-vindo, deputado. A Casa aqui também é sua. Que Deus abençoe a sua missão enquanto parlamentar pelo nosso querido Mato Grosso. Deus o abençoe. Seja bem-vindo.
Seguindo a ordem dos oradores inscritos, chamo à palavra a nobre deputada Janaina Paschoal.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sra. Presidente. Cumprimento V. Exa., todos os colegas presentes. Também saúdo o colega deputado Contar, que muito nos honra com a sua visita.
Na verdade, eu queria abordar, muito rapidamente, três temas. O primeiro trata do projeto de lei que foi apresentado pelo deputado Mellão para revogar o Art. 22, que diz respeito, que dá liberdade para o governador diminuir as isenções fiscais.
Eu assinei esse projeto, assinei por quê?
Porque entendo que o Poder Executivo foi muito além do que esta Casa permitiu,
baixou decretos abusivos, decretos prejudiciais a muitas atividades, inclusive
para além do problema da Saúde.
Nós recebemos nos gabinetes grupos que
representam hospitais, entidades que fazem, por exemplo, hemodiálise. Os
insumos ficaram muito caros, até o colega d'Avila abriu uma frente parlamentar
para tratar dessa questão.
Além dos problemas que envolvem a Saúde,
houve a situação dos revendedores de carros usados, que, na medida em que houve
a diminuição da isenção, acabaram experimentando um aumento de ICMS superior a
200 por cento. Então, nós estamos sensíveis a esses pleitos, à injustiça que
foi cometida por meio dos decretos.
Assinei o projeto do deputado Mellão e falo
isso publicamente por quê? Porque as pessoas pedem audiências para tratarem
desse tema, pedem audiências para que nós apoiemos cada uma das categorias.
O problema é que às vezes pede audiência um
empresário, um industrial ou um grupo de pessoas e é muito difícil atender todo
mundo. Então, quero que as pessoas saibam que eu já apoiei, subscrevi o projeto
do colega Mellão, expedi ofícios já pedindo que o Poder Executivo reconheça que
exorbitou dos poderes que foram conferidos. Hoje, inclusive, o secretário
Meirelles falou a esta Casa, anunciou superávit de 19 bilhões; eu tinha lido
antes que foram sete, mas foram dezenove.
Então, o estado está em uma situação
econômica muito melhor do que esperava estar e as pessoas estão sendo
penalizadas, sobretudo aqueles pequenos e médios empresários, que são os que
dão o maior número de empregos. Em virtude dessa situação, sensibilizada com
essa situação, apoiei o colega Mellão; agora, fica muito difícil receber todo
mundo presencialmente.
Nós estamos com restrições aqui na Casa de
circulação de pessoas, de entrada, e muitas vezes as pessoas se ofendem quando
nós não queremos marcar uma reunião. Eu entendo que há medidas mais efetivas,
com todo o respeito, do que fazer reuniões, muitas vezes as reuniões servem
mais como um agrado, como uma deferência, do que como algo efetivo.
Eu prefiro concentrar o tempo, os esforços,
nos estudos e na elaboração das medidas que são mais produtivas, até em
benefício dos próprios cidadãos que, pelos costumes, vamos dizer assim,
prefeririam ser atendidos presencialmente.
Eu aproveito os últimos minutinhos que me
restam para fazer aqui um protesto com relação ao fato de o prefeito de São
Paulo ter destinado mais de 30 milhões para escolas de samba em um ano em que
não houve desfile.
Pelas notícias, eu não tive acesso ainda à
investigação, mas pelas notícias, o Ministério Público inclusive instaurou
investigação. Se as notícias estiverem corretas, foi o promotor de Justiça Dr.
Christiano Jorge, que é um promotor ativo na proteção do patrimônio público, e
vou tentar ter acesso a esse inquérito, não sei se ele está tramitando sob
sigilo.
Porém, em um momento de pandemia, em um
momento de necessidades extremas, no momento em que é preciso abrir mais leitos,
fornecer remédios, muitas pessoas têm ligado no
gabinete, não estão conseguindo acesso a medicamentos básicos, precisamos das
escolas equipadas para receberem as crianças, o prefeito gasta mais de 30
milhões com desfiles que não ocorreram.
Eu já sou, confesso, crítico a usar
dinheiro público em desfile, não vejo como prioridade, sei que muita gente não
concorda, mas pelo menos se investe quando tem desfile.
Gastar 30 milhões de reais em um ano em que
não houve desfile é algo que precisa ser explicado e fico feliz que o
Ministério Público já tenha, sem mesmo ter sido provocado, tomado as medidas
cabíveis; vou procurar ter acesso a esse inquérito para poder, vamos dizer
assim, atualizar a população a esse respeito. Eu complemento na minha próxima
intervenção, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PSL - Obrigada, Sra. Deputada. Seguindo a ordem dos oradores
inscritos, deputado Gil Diniz. (Pausa.)
Seguindo
agora a lista suplementar, deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.)
Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid.
(Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. O senhor
tem o tempo regimental.
O SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - Boa tarde a
todos, deixe-me colocar a máscara aqui. Cumprimento a Mesa e os parlamentares
que aqui estão, cumprimento o pessoal da segurança da PM, o pessoal da técnica,
inclusive quero cumprimentar o Machado da técnica, que fez aniversário
quinta-feira passada - grande abraço, Machado - e aos telespectadores da Rede Alesp.
Estou um pouco preocupado com a situação da
zona sul, de onde eu sou, onde eu desenvolvo meu trabalho, o deputado Giannazi
também é da minha região. Está tendo muita solicitação da população, que
procuram os parlamentares para falar a respeito do fechamento da área de
emergência do Hospital de Pedreira e do Hospital do Grajaú, Hospital Geral do
Grajaú. Esses hospitais atendem em média cerca de dois milhões de moradores da
região, tanto na região de Pedreira, como na região do Grajaú.
Então, eu marquei, para o dia nove de março,
uma reunião com o secretário de Saúde, para poder cuidar desse assunto, já
estamos de olho para ver o que está acontecendo, que eles estão querendo fechar
a sala de emergência do hospital. Então, semana que vem a gente já tem uma
reunião, para poder tratar desse assunto.
Queria deixar registrada aqui uma visita que
fizemos, no dia 25 de fevereiro, também ligada à questão da Saúde. Visitamos o
Hospital das Clínicas, a convite da Associação dos Servidores do Hospital das
Clínicas, para ver as demandas que existem lá, algumas demandas do Hospital das
Clínicas, que é uma cidade, lá é um mundo em que são atendidos milhares e
milhares de pessoas por mês.
Fomos recebidos pela Sra. Juliana Rosa, que é
representante da diretoria do Hospital das Clínicas, Sr. Paulo de Oliveira, que
é gerente de projetos e convênios, a Sra. Laila de Castro, arquiteta do
hospital, o Sr. Ronaldo Zambanini, que é diretor
administrativo, e a equipe de Associação dos Servidores do Hospital das Clínicas
- Sr. Osis Pereira, que é presidente, e a Sra.
Andreia Teixeira, que é diretora.
Então, agradeci o convite, coloquei à
disposição o nosso mandato e deixei bem claro para eles que a população de São
Paulo, acho que do Brasil, tem uma dívida de gratidão eterna pelo que eles
estão fazendo, o trabalho incansável na linha de frente em combate à Covid.
Então, parabéns a todas as pessoas que nos
atenderam no Hospital das Clínicas e ao pessoal da Associação dos Servidores.
As imagens estão ali. No mesmo dia 25, eu visitei a Associação dos Servidores
do Hospital das Clínicas, a convite do Sr. Osis
Pereira, que é o presidente da Associação dos Servidores, e da Sra. Andreia
Teixeira, que é diretora, também, da entidade.
Tive o prazer de conhecer essa associação, que
fica na região de Pinheiros, São Paulo. Fomos recepcionados com muito carinho
pelos funcionários da associação e pudemos conhecer mais sobre os projetos por
eles desenvolvidos, entre eles o time de futebol masculino, premiado em
primeiro lugar na 10ª Taça de Saúde, em 2018.
Conversei com o Sr. Marcos Britto e Marcelo
Maciel, responsáveis pela divisão esportiva e cultural da associação, um grande
abraço para eles, e agradeci a todos os membros da Associação dos Servidores do
Hospital das Clínicas pelo convite que recebi e coloquei meu mandato à
disposição.
Estão todos de parabéns pelo trabalho que
fazem em auxílio aos funcionários do Hospital das Clinicas, muito obrigado a
todos.
A SRA.
PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PSL -
Obrigada, Sr. Deputado.
O SR.
SARGENTO NERI - AVANTE - PARA COMUNICAÇÃO -
Presidente, ontem eu enviei para os e-mails dos deputados um projeto de
resolução, no qual eu peço a instalação da CPI dos gastos da Covid.
Do PT
está o Paulo aqui, Fiorilo, o Barba confirmou meses
atrás que assinaria, apoiava essa resolução; então peço ao deputado Paulo que
leve ao Barba, enviei também ao PT. Espero que a gente consiga instaurar essa
CPI, Paulo, é importante.
O PT
que tanto luta aí contra o governo, precisamos do aval de vocês. Quero agradecer
à Dra. Janaina, que já se colocou à disposição e V. Exa., presidente, também se
colocou à disposição. Então, estamos novamente, é o segundo pedido que eu faço,
segundo projeto que eu coloco de resolução para abertura desta CPI. Peço também
ao deputado Giannazi que analise com carinho, acho que precisamos fazer esse
trabalho, essa CPI, porque é muito dinheiro, é muito dinheiro e pouco
resultado.
Obrigado,
presidente.
A SRA.
PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PSL -
Obrigada, Sr. Deputado. Parabéns pela iniciativa, conte já com meu apoio.
Seguindo a ordem dos oradores inscritos pela lista suplementar, deputado Carlos
Giannazi. Tem o senhor o tempo regimental.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO
DO ORADOR - Sra. Presidente, deputada Leticia Aguiar, Sras. Deputadas, Srs.
Deputados... Deputado Neri, eu já assinei a sua CPI, viu? Já está assinada, é
que a assinatura agora é eletrônica, e parabéns pela iniciativa.
Srs. Deputados e Sras. Deputadas, público
que nos assiste agora pela TV Assembleia, continua o genocídio da Educação,
continua a orientação criminosa do governo Doria em relação à manutenção das
escolas abertas, em relação à volta às aulas presenciais.
Nós já temos, com os dados aqui
atualizados, Sra. Presidente, 1.625 servidores da Educação contaminados, da
rede estadual, em 768 escolas, sem contar as municipais e as particulares. São
várias escolas com casos de pessoas contaminadas.
E a orientação criminosa não se dá só pela
reabertura das escolas e com as aulas presenciais, mas também porque não há
testagem, porque, nessas escolas, quando tem um caso de uma pessoa contaminada,
não acontece absolutamente nada.
As aulas continuam presenciais, as escolas não
são fechadas. É um absurdo o que está acontecendo no estado de São Paulo. Eu
falo, é um genocídio na Educação, de profissionais da Educação e de toda a
comunidade escolar.
Isso é tão grave e tão evidente que o
próprio secretário estadual de Saúde, hoje, em uma entrevista na “CBN”, está
defendendo o fechamento das escolas, deputado Paulo Fiorilo.
O secretário estadual da Saúde, que faz
parte daquele grupo de contingência do governo Doria, está defendendo
abertamente... Uma dissidência do governo, na verdade, afrontando a opinião e a
orientação genocida do Rossieli “Weintraub”.
Inclusive, Sra. Presidente, na semana
passada, eu fui ao Ministério Público e entrei com uma representação contra ele
pedindo que o Ministério Público responsabilize criminalmente o Rossieli Soares pelas mortes que estão ocorrendo na rede
estadual, pelas contaminações de profissionais da Educação e, agora, também, de
alunos, porque tem este dado: vários prefeitos estão dizendo isso, os
secretários de Saúde de vários municípios alertando que a nova cepa do
coronavírus atinge jovens. Inclusive, nós tivemos o aumento de crianças
internadas com o coronavírus. Esse é o quadro do estado de São Paulo.
Então, nós exigimos o imediato fechamento
de todas as escolas do estado de São Paulo, de todos os níveis: na educação
infantil, das creches, da pré-escola; no ensino fundamental; no ensino médio,
das redes estaduais de ensino, das redes municipais e da rede particular.
As universidades já fecharam dizendo
exatamente isto, que há um recrudescimento da pandemia, então tem que fechar.
Então, é isso que estamos exigindo no Ministério Público, no Tribunal de
Justiça.
Eu só sinto que a Assembleia Legislativa
está omissa em relação a isso. Este deveria ser o principal debate hoje: a
questão da pandemia na Assembleia Legislativa. Salvo várias exceções - aqui,
sobretudo, da oposição -, a Assembleia Legislativa não está debatendo esse
tema, e as pessoas continuam morrendo em São Paulo. São mais de 55 mil pessoas
mortas.
A cada seis minutos, uma pessoa está
morrendo no estado de São Paulo. Então, nós exigimos - repito - o fechamento de
todas as escolas públicas e privadas do estado de São Paulo, porque escola
fechada é vida preservada.
E gostaria, antes de terminar o meu
pronunciamento, de prestar aqui o meu apoio e a minha solidariedade a um
professor que eu conheço daqui da zona sul, da região, na verdade, de
Itapecerica da Serra. Eu me refiro aqui ao professor Sérgio Brito, que é o
coordenador, inclusive, da subsede da Apeoesp de Itapecerica da Serra.
Um colega nosso militante, defensor da
Educação, que está sendo perseguido pelo dirigente de Ensino de Taboão da
Serra, porque esse professor está defendendo - logicamente - a greve sanitária
e defendendo o fechamento das escolas, onde tem pessoas contaminadas.
Ou seja, o professor é um militante em
defesa da vida e da Saúde Pública e está sendo perseguido pelo dirigente de
Ensino de Taboão da Serra. Tenho aqui o primeiro nome dele, é Reinaldo.
Isso é um absurdo total. Eu quero repudiar
veementemente essa perseguição e colocar aqui o meu mandato - eu diria que os
nossos mandatos, não só o meu, mas os de vários parlamentares - à disposição
para fazer a defesa desse professor, que está defendendo a vida, Sra.
Presidente. Então, presto aqui a minha solidariedade e o meu apoio ao professor
da rede estadual Sérgio Brito.
Muito obrigado.
A
SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PSL - Obrigada, Sr. Deputado. Seguindo a lista
dos oradores inscritos pela lista suplementar: deputado Sebastião Santos.
(Pausa.) Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo,
o senhor tem o tempo regimental.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidenta,
Srs. Deputados, Sras. Deputadas, eu começo aqui a minha intervenção falando da
importância de debater esta questão da pandemia no estado de São Paulo neste
momento tão grave em que nós vivemos.
Infelizmente, o governador - que diz que se
preocupa com a ciência, com a medicina, com o Comitê que cuida das normas do
Plano São Paulo -, a cada dia, rasga uma parte do seu discurso e se alia ao
negacionismo do presidente Bolsonaro.
Agora, decidiu que as igrejas, todas elas,
são essenciais e que podem ficar abertas. Nós estamos em um momento que se
aumenta o número de óbitos, se aumenta o número de casos, e nós não temos
vacinas.
As vacinas estão acabando. O Rio de Janeiro
vai parar de novo de vacinar. Nós vimos filas nesse final de semana por falta
de vacina. É inadmissível o que está acontecendo no estado de São Paulo. E,
infelizmente, o governador falha ao tomar decisões que são necessárias.
Por exemplo, discutir o lockdown.
Disse, em entrevista agora, recentemente, que está aberto. Agora, aberto não
significa decidido. Aliás, ele não tem nem cumprido aquilo que define o seu
comitê técnico-científico. A gente podia falar que o problema é dinheiro.
Hoje nós tivemos aqui o Meirelles, o
secretário. E ele só reafirmou o que tem no caixa do Estado. Para não ter
nenhum problema, o superavit de 2020 é de 7,7 bilhões. O superavit primário é
19,4 bilhões, 4,2 por cento vezes aquilo que era a meta. É impressionante. E o
caixa líquido terminou com 14,6 milhões.
Aí o governador vem e propõe uma frente de
trabalho, bolsa não sei o que lá, para 100 mil pessoas? Nós estamos falando de
milhões de pessoas que estão precisando de ajuda, de recursos. Perguntei ao
secretário: “Vai propor auxílio-emergencial?”. “Ah, não, isso é problema do
governo federal”. Não, é problema do governo estadual também. Aliás, algumas
prefeituras e alguns estados fizeram o auxílio-emergencial. Por que o Estado
não gasta esse dinheiro para auxiliar quem precisa?
Segunda coisa: nós estamos aqui na
Assembleia com mais de 60 pedidos de decreto de calamidade. Eu já falei isto
aqui e vou falar de novo: a cidade de Araraquara vive uma crise já há alguns
dias.
Entrou em um lockdown
- está saindo. Tive a oportunidade de conversar com duas secretárias ontem, a
de Saúde e a de Negócios Jurídicos. A situação da cidade é gravíssima. Ontem,
tinha cinco pessoas esperando um leito de UTI; trinta e cinco esperando na
região.
Os prefeitos enviaram para cá seus decretos
de calamidade. Falei com o presidente Cauê, falei com o presidente Gilmaci, que assumiu a Assembleia, no intuito de agilizar e
avançar esse debate.
Até agora, a gente não conseguiu. O
compromisso é: “Não, vai aprovar, vamos aprovar, vamos aprovar”. Claro que
vamos aprovar, um dia a gente aprova. Agora, quando?
As pessoas estão morrendo. Nos dois
primeiros meses em Araraquara, morreram mais de 100 pessoas. É quase o número
todo do ano passado. Eu estou falando de Araraquara porque eu sou de lá, porque
conheço o prefeito, porque tenho parentes que moram lá, mas não é só lá. É o
caso de Jaú, é o caso do Alto Vale do Ribeira.
Eu falei com a secretária de Saúde de
Ribeira, que disse: “Deputado, eu não tenho mais para quem pedir. Nós não temos
insumos, leitos, a Apiaí está lotada”. Bom, até quando?
E nós vamos continuar achando que está tudo
bem, que a pandemia é isto mesmo, que não precisa usar máscara, pode-se
aglomerar, podemos continuar fazendo o que a gente faz... Está errado. É
preciso repensar essa postura.
E o Governo do Estado pode fazer isso, se
ele deixar de olhar a eleição do ano que vem, se ele parar de pensar em se
assemelhar ao negacionismo do presidente Bolsonaro - que não está absolutamente
nem aí, porque fala um monte de besteiras todos os dias, pensando na eleição. O
Doria segue o mesmo caminho, e é um erro crasso.
E eu queria sugerir aqui que a Assembleia
pudesse constituir uma comissão para visitar alguns municípios - em especial,
aqueles que estão sofrendo com as faltas de leitos de UTI e enfermagem - e que
pudéssemos dialogar com os prefeitos dessas cidades.
Eu quero propor especificamente a comissão
- falei isso com o presidente Cauê, para a Assembleia constituir uma comissão
de visitas a Araraquara, mas pode ser para as outras cidades do entorno ou do
roteiro - para que a gente possa constatar e ver quais são as ações que a
Assembleia pode tomar.
Eu propus aqui a agilização das emendas,
elas já foram liberadas, e agora precisam ser pagas. Não adianta liberar se não
pagar. Então, Sra. Presidente, eu queria pedir que encaminhasse o meu discurso
ao prefeito de Araraquara e ao presidente da Assembleia.
Muito obrigado.
* * *
-
Assume a Presidência a Sra. Janaina Paschoal.
* * *
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL -
PSL - Eu que agradeço. Peço à
assessoria que faça os encaminhamentos do discurso do Sr. Deputado. E, seguindo
com a lista de oradores inscritos, chamo à tribuna o deputado Danilo Balas e,
imediatamente, a deputada Leticia Aguiar. Vossa Excelência tem o prazo
regimental de cinco minutos.
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PSL - Obrigada, Sra. Presidente. Cumprimento os
deputados presentes e a todos que estão nos assistindo pela Rede Alesp.
Trago a esta tribuna um assunto que, dias
atrás, a deputada Janaina Paschoal trouxe a público, uma preocupação que ela
tem com a nossa bancada, a do PSL, que foi eleita com 15 deputados - a maior
bancada da Assembleia Legislativa, atualmente - e que vem sendo minada,
diminuída e reduzida a cada dia. Isso tem nos preocupado bastante porque fomos
eleitos, em 2018, com as nossas propostas, ideais, e com o objetivo muito claro
de fazer a diferença nas vidas pública e política e nesta Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo.
Recentemente, a deputada Janaina trouxe a
público um receio que ela está tendo - até pelo que nós estamos enxergando aqui
dentro da Assembleia Legislativa -, uma possível cooptação ou acordo entre PSL
e PSDB.
Sabemos o quanto nós temos sido bem
firmes e atuantes contra os desmandos do governador João Doria, do PSDB. Faz
parte das nossas atribuições, enquanto parlamentares, fiscalizar o Poder
Executivo e colocar, na tribuna desta Casa, as nossas ideias, convergindo,
obviamente, com o que nos trouxe para cá.
A preocupação tem se tornado cada vez
maior, haja vista o cenário que ocorreu nas eleições municipais e na escolha
que vai acontecer nos próximos dias na nossa liderança. Nós iremos escolher um
novo líder da bancada do PSL e, também, a nova Presidência da Assembleia
Legislativa, a Mesa Diretora.
Todo esse formato que está acontecendo,
externo, atingindo aqui dentro da Assembleia Legislativa, tem nos preocupado.
Foi até por isso que a deputada Janaina Paschoal se colocou como candidata a
líder do PSL.
Primeiro, a Janaina, capacidade técnica
não lhe falta. Tem de sobra. Isso é mais do que claro. Ela tem uma vida
bastante latente e pulsante dentro deste plenário. Está sempre aqui,
participando de tudo o que acontece dentro da Assembleia Legislativa, lendo
detalhadamente cada projeto que chega a esta Casa, e já faz, de certa forma,
esse papel, com a nossa bancada, sendo bastante generosa no compartilhamento do
conhecimento dela, conosco.
Deputada Janaina, tem acontecido
bastante comigo. Por onde eu tenho caminhado, indo a cidades visitar pessoas,
vereadores que foram eleitos em 2020, lideranças que não foram eleitas, mas que
fazem um excelente trabalho pelo município.
Nós vamos às cidades. Visitamos
instituições e santas casas. Levamos recursos para ajudar esses municípios. É
impressionante. A estadual do partido do qual fazemos parte, o PSL, está
monitorando os nossos passos, os lugares em que nós vamos. Depois eles ligam
para esses vereadores eleitos, ou para esses filiados, para intimidá-los. Isso
não é papel que se preste numa estadual, de qualquer sigla partidária que seja.
Nós temos que ter a nossa autonomia e
independência, enquanto parlamentares, garantidas. Isso não é motivo algum para intimidar um
vereador. Inclusive, ameaçando suspender o mandato do vereador, ou expulsá-lo
do partido.
Esse é o tipo de atitude vergonhosa com
a qual nós não concordamos. É por isso que a deputada Janaina disse que quer
ser líder. Para, justamente, acompanhar de perto tudo o que está acontecendo. E
se existe, de fato, essa relação entre PSL e PSDB, para cooptar votos aqui
dentro. É muito importante que nós estejamos bastante atentos a isso.
Deixo bastante claro que fui eleita com
o Bolsonaro, por São Paulo. Fui eleita
pelo Brasil. Nenhuma sigla partidária está acima das pessoas. Eu estou aqui
para honrar as pessoas que me confiaram essa missão. Jamais vou aceitar
imposição de qualquer sigla. Tenho a minha independência, autonomia e
convicções. Essas convicções eu vou honrar.
Obrigada, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Eu que agradeço, Sra. Deputada.
Dando sequência à lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna a deputada Monica Seixas. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.
A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Hoje a gente acordou com as
notícias de que os hospitais da Brasilândia, da Vila Nova Cachoeirinha, Vila
Alpina. São Mateus, Ipiranga, Guaianases, Ferraz de Vasconcelos, da cidade de
Itapevi, estão com 100% de ocupação de leitos.
Que Campinas deve estar na faixa vermelha, com
restrições maiores do que a imposta pelo Governo do Estado de São Paulo. Que o
presidente do Poder Legislativo, da Câmara Municipal de São Paulo, que não é da
esquerda, está defendendo que é necessário que a cidade entre num lockdown e que o estado tome medidas mais restritivas.
Tem um áudio circulando, do prefeito de Ribeirão
Pires, em desespero pela ocupação de leitos, pela fila de internações.
Araraquara, aqui amplamente debatida há semanas, esperando da Assembleia
Legislativa uma resposta do seu pedido de ajuda, sem que chegue. E assim por
diante.
Nós temos a maior parcela do estado com uma
dificuldade gigantesca de receber novos infectados, novos internados da
Covid-19. Nessa altura do campeonato, é preciso dizer que se você tiver um AVC,
um ataque cardíaco ou algum acidente automobilístico agora, ou se a sua mãe,
seu mais velho, se infectar com Covid-19, pode não conseguir atendimento hospitalar.
É nesse cenário que o secretário da Saúde do estado de
São Paulo reconheceu que o estado de São Paulo está numa situação alarmante. E
que deveríamos estar debruçados sobre isso. Ele disse que o lockdown
- vou concordar com ele - que o lockdown no Brasil é
impossível porque provocaria fome extrema, porque não há nenhum planejamento,
nem medidas dos governos para garantir emprego, para garantir renda, para
garantir que a comida chegue ao prato das pessoas.
É por isso que é preciso diminuir drasticamente a
circulação de pessoas em atividades que não sejam… Isso já é bastante maldade,
as pessoas estarem obrigadas ao trabalho para não morrer de fome, e com risco
de morrer de vírus. Diminuir a circulação de serviços que não sejam essenciais
para a manutenção das famílias. E foi aí que ele disse: “Vou recomendar o
fechamento das escolas.”.
Desde o anunciado da volta às aulas, a gente vem
dizendo: “O estado de São Paulo não tem nenhuma medida de preservação de
emprego e renda. O estado de São Paulo não tem hospital de campanha. O estado
de São Paulo cortou recursos dos hospitais.”. Está aumentando o número de
internados. Vai colapsar, vai colapsar.
Não importa se você tem plano de saúde ou se você usa
o SUS: está tudo ocupado. Não importa mais a sua faixa etária. A gente está
recebendo notícias do aumento de internação de crianças nos hospitais infantis.
O Darcy Vargas, semana passada, noticiou a
superlotação de crianças. Um bebê de seis meses morreu de Covid em Leme, semana
passada. Na mesma semana em que os dois irmãos do prefeito interino da cidade
morreram também.
A gente está numa situação alarmante. Qualquer
atividade e circulação que não seja para a manutenção da vida… E já acho um
absurdo as pessoas estarem obrigadas ao trabalho.
Porque essas pessoas podem adoecer e não encontrar
atendimento. É assassinato em massa. Manter as escolas abertas, manter as
igrejas abertas, manter aglomeração de pessoas na praça da Sé às 18 horas,
manter as pessoas circulando, é assassinato em massa.
Esse é o tema mais urgente. A gente vai enfrentar um
período sombrio aqui no estado de São Paulo, que já é o estado em que mais
morreram pessoas no País. A gente vai precisar agir. Por isso venho denunciar,
mas fazer um apelo.
Já passou da hora da gente dizer “escola fechada”. Não
pelas crianças. Elas são importantes. Eu sei que são. Mas é porque a gente está
numa situação que as pessoas só devem sair de casa se for realmente
extremamente necessário para a manutenção da sua vida. Já passou da hora da
gente dizer “igreja fechada”. Já passou da hora da gente dizer “não façam
festas”. Já passou da hora da gente dizer. Já passou. Já está tarde.
Agora a gente vai precisar fazer um plano para
aumentar a capacidade de leitos de internação, e de fazer dinheiro chegar na
mão da massa, dos desempregados e desalentados que não recebem vacina do
governo estadual, federal, porque não houve um plano para salvar vidas.
Então, faço um apelo. Que a gente consiga virar a
agenda da Assembleia Legislativa para salvar vidas, porque está ficando muito
tarde.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Obrigada, Sra. Deputada.
Eu declaro encerrado o Pequeno Expediente.
* * *
- Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE
* * *
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Imediatamente abro o Grande Expediente chamando à tribuna a Sra. Deputada Maria Lúcia Amary, que tem o prazo regimental de dez minutos.
A SRA. MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sras. Deputadas,
Srs. Deputados, Sra. Presidente desta Mesa, público que nos assiste pela TV Alesp.
Hoje venho falar um pouco sobre a nossa condição
feminina, em razão do dia 8 de março, que se aproxima. Na próxima
segunda-feira, será o dia 8 de março e nós vamos comemorar o Dia Internacional
da Mulher. A data marca a luta das mulheres por todos os seus direitos. O dia 8
de março deve ser sempre lembrado como um momento de conscientização e de
mobilização para continuarmos lutando pela conquista dos nossos direitos.
Infelizmente, ainda discutimos sobre as discriminações
e violências morais, físicas, sexuais e psicológicas que ainda são sofridas
pelas nossas mulheres. Não só no nosso País, no nosso Brasil, mas em todo o
mundo, que é o que a gente percebe que a cada dia se agrava mais. Nenhum país é
considerado um país realmente democrático se não reconhecer o papel das
mulheres na sua história.
A luta das mulheres não é uma luta só nossa. É uma
luta de toda a sociedade, que permeia toda a sociedade, por conta da violência
sofrida pelas nossas mulheres. A pandemia provocou grande preocupação com a
Saúde e a Economia. Mas também faz aumentar os casos de violência doméstica e
familiar sofrida pelas nossas mulheres e pelas nossas crianças.
Entretanto é fato que, mesmo antes da pandemia, a
violência contra as mulheres já era uma das grandes violações dos direitos
humanos ocorridas no nosso País. Apesar da longa caminhada das nossas mulheres,
esta luta ainda é muito recente.
São necessárias muitas políticas públicas de inclusão
da mulher e de combate, não só à discriminação, mas também de combate à
violência. São questões que, infelizmente, até hoje precisamos ainda debater.
Como mulher, tenho o dever de representá-la da melhor
forma possível. Eu sempre lutei por todas nós, mulheres. Sempre atuei
ativamente no combate à violência contra a mulher e para melhorar a condição de
vida das nossas mulheres, apresentando propostas legislativas sobre os temas, e
conquistando importantes equipamentos para a rede de atendimento na cidade de
Sorocaba.
A Delegacia de Defesa à Mulher de Sorocaba, a DDM, foi
a primeira delegacia do interior do estado de São Paulo e também a entrar em
funcionamento 24 horas, em janeiro de 2019, graças a uma luta muito intensa
durante anos, para que essa conquista fosse efetivada, e nós tivéssemos a
garantia dessa ação afirmativa, com a criação dessa delegacia.
Esta era uma reivindicação antiga minha, da nossa
cidade e da nossa região. Foi uma grande e importante conquista para a nossa
cidade de Sorocaba. Também trabalhei para que a cidade de Sorocaba fosse a
primeira cidade do interior do estado de São Paulo a receber a Vara de
Violência Doméstica. A reunião que trouxe a real possibilidade dessa conquista
para Sorocaba, realizada no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, foi
agendada através do meu mandato, em setembro de 2012.
Inaugurado no ano de 2012, na cidade de Sorocaba, o
Centro de Referência da Mulher, o Cerem, onde na semana passada estive junto
com o prefeito de Sorocaba, reivindicando o retorno dessa
importante conquista, desse importante equipamento de atendimento às
nossas mulheres.
Também foi uma conquista com recursos conquistados
para a sua construção através de emenda parlamentar da minha autoria. O Cerem é
mais um instrumento para atender as vítimas de violência sexual na cidade.
Também sou autora de projetos que viraram leis em
nosso Estado, como é a lei que obriga o atendimento especial às mulheres e
crianças vítimas de violência sexual. A lei que assegura assistência médica
emergencial, médico-legal, psicológica, exames periciais com especialistas do
Instituto Médico Legal, e boletim de ocorrência, notificando a violência
sofrida no mesmo hospital, sem a necessidade da mulher ou da criança se
deslocar num momento de tanta dor e fragilidade.
Sorocaba ainda é uma cidade que tem bastantes
equipamentos, uma das mais equipadas do estado de São Paulo. Mas temos que
garantir não só essas conquistas, mas avançarmos ainda mais para que nós
possamos, como região metropolitana, atender as demandas da nossa região.
Após uma série de vistas às cadeias femininas da nossa
região, tomei ciência das maiores dificuldades das detentas. As maiores delas
reclamaram de problemas relacionados à questão da saúde. Baseada nessas
informações, criei o Programa de Saúde da
Mulher Detenta, que é a Lei nº 14.832, de 2012, que resgata a dignidade e a
cidadania das nossas mulheres presas do estado de São Paulo.
A iniciativa preocupa-se em cuidar dos problemas
ginecológicos, da alta vulnerabilidade, a contaminação por doenças sexualmente
transmissíveis, além de minimizar a incidência da Aids, proporcionalmente
superior à da população feminina em geral e à dos presídios masculinos.
Mas ainda temos muito o que conquistar, muito a lutar,
e muito a cobrar. Eu vou continuar lutando por essas causas. Como mulher no meu
quinto mandato, representando o estado de São Paulo e, particularmente, a
região metropolitana de Sorocaba, ratifico a minha luta sem trégua para que as
nossas mulheres do estado de São Paulo possam ter a garantia dos seus direitos
conquistados.
Mas com a garantia também de que nós continuaremos
lutando para que possamos avançar cada vez mais; para que as nossas mulheres tenham
em nós a retaguarda legislativa para garantir o direito de verdadeiras cidadãs
do estado de são Paulo.
Muito obrigada.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Eu que agradeço, Sra. Deputada. Cumprimento-a pela
luta em prol dos direitos das mulheres.
Sigo com a lista dos oradores inscritos. Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo.
(Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado
Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Ricardo Mellão. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Major Mecca.
(Pausa.) Deputada Dra. Damaris. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila, que por
permuta cede o seu tempo ao deputado Caio França. Vossa Excelência tem o prazo
regimental de dez minutos.
O SR. CAIO FRANÇA - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Senhoras e senhores, boa
tarde. Cumprimento a Mesa, em nome da nossa presidente neste momento, Janaina
Paschoal.
Retorno a esta tribuna para poder, mais uma vez,
trazer a minha indignação em relação ao aumento de impostos que nós tivemos em
decorrência da aprovação do Projeto de lei nº 529, no ano passado. Nós avisamos
muito que isso aconteceria. Mas alguns parlamentares, ou não quiseram enxergar,
ou acabaram se deixando levar pela conversinha do Palácio dos Bandeirantes, de
que esse aumento não viria.
Mas veio. E veio não só para o agronegócio, que coloca
comida na mesa de todos os brasileiros. Não só para os veículos, tanto zero
quanto usados, que em todas as cidades do estado de São Paulo existe esse tipo
de comércio. Mas veio também - pasmem! - para a Saúde pública.
Nós tínhamos, até o ano passado, por exemplo, isenção
para o serviço de diálise e hemodiálise. Eu recebi, na semana passada, a
associação que representa esse setor. Agora o governo resolveu cobrar 18 por
cento.
Aí, meus amigos, só aqui em São Paulo, são mais de 30
mil pessoas que fazem e precisam da substituição renal. Precisam fazer esse
tipo de transfusão mesmo, porque, na verdade, são pessoas que têm problema nos
rins, que é uma coisa muito séria.
A maioria das cidades faz esse serviço através de
convênio com a iniciativa privada, porque o próprio governo não tem a
capacidade de, nos equipamentos públicos, fazer a hemodiálise e a diálise.
Então não adianta o governador falar que “ah, isso só foi para a iniciativa
privada”. Porque todo mundo sabe que a iniciativa privada acaba conveniando com
praticamente todos os municípios.
São raríssimos os casos de equipamentos 100% públicos
que fazem hemodiálise e diálise. Quem conhece uma pessoa que está nesse tipo de
tratamento sabe a maneira como ela se encontra, da dificuldade que ela tem.
E agora, simplesmente, o governador resolveu aumentar
e taxar ainda mais. Quero trazer algumas informações. Outros estados da
Federação mantêm a isenção para esse tipo de serviço.
Então o governador, que fala tanto na Ciência, que
fala tanto na importância de ouvir a comunidade da Medicina, eu duvido que ele
tenha conversado sobre esse tema com esses médicos. Porque todo mundo ficou
incrédulo em aumentar em 18% os impostos para quem precisa fazer hemodiálise e
diálise. Eu insisto: a Saúde não merece pagar esse pato.
É possível que outras pessoas, de outros estados, que
fazem esse serviço aqui, também acabem se prejudicando porque, pela conversa
que tive, infelizmente, muitos irão fechar as suas portas. Sem falar nos planos
de saúde que, por consequência disso, acabaram aumentando a sua contribuição
por conta dos aumentos da pandemia.
Presidente, eu gostaria de que essa minha fala pudesse
chegar nas associações representadas aqui: na Abrasrenal,
na ABCDT, na Soben, na Abrasp,
na Fenapar, na SBN. São entidades que representam
todo esse setor que faz esse serviço de diálise e hemodiálise no estado de São
Paulo.
Se possível, gostaria de compartilhar o meu tempo com
a deputada Edna Macedo.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - É regimental, Sr. Deputado. Chamo a deputada Edna
Macedo à tribuna. E solicito à assessoria que encaminhe a fala do Sr. Deputado
às associações por ele citadas.
A SRA. EDNA MACEDO -
REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR
- Sra. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, senhor policial presente
na nossa sessão, Machado, meu boa tarde. Boa tarde a
todos os telespectadores da TV Assembleia. Se me permite, estou sem máscara
porque tem ninguém pertinho de mim. Com sua licença, presidente.
Eu gostaria de
trazer a este plenário, primeiro, o nosso… Nosso não, que não é meu. O
governador do estado de São Paulo, o senhor Agripino, eu fiz as minhas emendas
impositivas, que é lei, está no Regimento, é obrigado a pagar, de 2019, nobre
deputados. E até hoje, das 31 emendas que eu fiz, destinando verbas justamente
na área da Saúde, ele só pagou, até agora, dez. Dez. Então eu quero dizer ao
senhor governador que não é a mim que ele está prejudicando, porque eu não vivo
de emendas. Eu vivo do meu salário.
Quem está
sendo prejudicado, justamente, são os hospitais, as clínicas, os lugares para
onde eu determinei as emendas. Ponto.
Segundo. Eu
gostaria também de que você, telespectador da TV Assembleia, que não viu no
jornal de ontem como este governo se preocupa com as pessoas. É impressionante
como ele está preocupado com a saúde do paulista, do paulistano.
Por gentileza,
Machado, põe aí para nós.
* * *
- É exibido
vídeo.
* * *
Pode parar aí,
Machado, por gentileza.
Então, prestaram atenção à falta de respeito,
desorganização, falta de competência? Na minha terra se diz o seguinte, só para
terminar, Sra. Presidente. Na minha terra, deputado Giannazi, se diz o
seguinte: quem não se garante, não se estabelece. Se você não tem competência,
tire seu chapéu, vá embora, peça para sair porque é insuportável a situação que
nós estamos vivendo.
É toda hora lockdown, lockdown, lockdown, não se
resolve nada. Os hospitais, dizem, não sei, dizem que estão em 90% de ocupação
de leitos. Interessante, não é? Nem todos os hospitais estão com 90 por cento.
Essa história está muito mal contada, porque para poder receber dinheiro tem
que dizer que está numa desgraça, e assim vai.
Olhe, Sra. Presidente, levanta, peço a suspensão ou
alguém vai falar?
Nobre deputado.
O SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - Queria uma comunicação, Sra. Presidente.
A SRA. EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Muito obrigada, Sra. Presidente. Fica aqui registrada
a minha indignação com este governo.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL -
Obrigada, Sra. Deputada.
Pois
não, deputado.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - PARA
COMUNICAÇÃO - Aproveitando o ensejo da deputada Edna, queria aqui corroborar o
que a senhora disse a respeito de uma situação caótica, essa aqui colocada pela
deputada Edna, e a Prefeitura do município de São Paulo destinando 30 milhões
de reais para escolas de samba. É inacreditável, é um escarno com a população
uma coisa dessas. É inacreditável.
O
mesmo prefeito, o mesmo governador que decretam o lockdown,
que pregam a não aglomeração, que pregam o lockdown
noturno de 23 às cinco horas, repassam, deputado Giannazi, milhões de reais
para agremiações de samba. Mas não é possível uma coisa dessas, é inacreditável
uma coisa dessas.
E
essa situação que nós vimos aí mostra nitidamente que gestor é só no papel,
porque na realidade é isso aí que nós vemos agora que a deputada Edna colocou.
Obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL -
De nada, Sr. Deputado. Agradeço.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presidente,
eu gostaria de utilizar a tribuna pelo Art. 82.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL -
É regimental. Vossa Excelência tem o prazo de cinco minutos. E eu passo a
Presidência à deputada Leticia Aguiar.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO
ART. 82 - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Assembleia, de
volta a esta tribuna eu gostaria de dizer à deputada Edna Macedo, ao deputado
Frederico d’Avila que esse governo, deputado Frederico, é um governo que tem
uma gestão contra a terceira idade, contra os idosos, porque isso aqui, essa
cena que a deputada Edna Macedo mostrou é deplorável, é de uma afronta à
dignidade da pessoa humana. Pessoas de 80 anos na fila, um absurdo aquilo, é um
crime.
Só
que é um governo que tem essa prática, é o gestor, deputado Frederico d’Avila,
contra a terceira idade, porque, olhem, confiscaram os salários e as
aposentadorias dos aposentados e pensionistas, que são pessoas já com uma certa
idade.
Ambos
os governos, Bruno Covas e Doria, retiraram a gratuidade da passagem também do
pessoal da terceira idade. O Doria aumentou também o desconto daquela
contribuição do Iamspe. Quem fizer 59 anos, vai ter
que pagar agora 3%, não dois por cento.
Ou
seja, é um governo que milita, que se articula contra a terceira idade, contra
os idosos. Parece-me que o governo tem ódio das pessoas com uma certa idade. É
disso que se trata.
Aproveito
a oportunidade, logicamente, para pedir apoio para a aprovação do nosso PDL nº
22, que é o PDL que acaba com o confisco das aposentadorias e pensões do estado
de São Paulo.
Quero
parabenizar o movimento organizado em todo o estado de São Paulo, que ontem fez
um twitaço muito importante, chamando a atenção da
opinião pública para o que está acontecendo no estado e pedindo a “aprovação
já” do nosso PDL nº 22, que já foi aprovado em todas as comissões permanentes
da Assembleia Legislativa. Falta aprovar no plenário.
E
quero ainda aproveitar a oportunidade para manifestar aqui a minha total
indignação e o meu repúdio com o comportamento de uma vereadora aqui de São
Paulo, do Partido Novo, o nome dela é Janaína Lima. Recebi essa denúncia, vi o
vídeo e fiquei chocado. Essa vereadora do Partido Novo, esse Partido Novo que
não tem nada de novo.
É
um partido que defende o velho, o que há de mais atrasado, do ponto de vista
ideológico, um partido que milita contra o Fundeb, que votou contra o Fundeb no
Congresso Nacional.
É
o partido que defende o fim da vinculação da receita da Educação. Acho que está
apoiando, inclusive, essa emenda, essa PEC emergencial do Bolsonaro, que
acabava com a vinculação obrigatória da Educação e da Saúde com aqueles mínimos
percentuais. É um partido, parece-me, que é contra a escola pública.
E
essa vereadora foi a uma escola municipal, na região de Pirituba, na Emef - eu tenho aqui, Sra. Presidente, o nome da escola - a
Escola Municipal de Ensino Fundamental Gabriel Silvestre Teixeira de Carvalho,
escola municipal. Ela foi à escola e levou a imprensa, levou um GCM, levou a
sua assessoria, pessoas com a camiseta do Partido Novo, e entrou na escola,
forçou a entrada de 11 pessoas.
Ela
se aglomerou dentro da escola para fazer um vídeo para as suas redes sociais,
para os seus eleitores, para criar um fato político, colocando em risco a vida
das pessoas, porque 11 pessoas entraram na escola com imprensa.
Ao
invés de a vereadora defender a “vacinação já” para todos os profissionais da
Educação, para lutar pela renda básica emergencial que dê conta de atender a
nossa população e os nossos alunos, ao invés de ela defender que haja a
distribuição de computadores, de internet grátis para os alunos e para os
professores, não, ela vai lá tentar mostrar, parece-me, que as escolas podem
voltar a funcionar.
E
foi ainda acompanhada de um grupo dessas mães das escolas particulares, escolas
abertas. E para nós, escola aberta, nesse momento, significa vidas perdidas,
significa morte.
Então,
ela fez ali um cortejo fúnebre com mais de 11 pessoas entrando em uma escola,
ameaçando, prendendo o vice-diretor da escola, usando a GCM, a Guarda Civil
Metropolitana.
Tinha
um guarda civil que acompanhava, que estava acompanhando a vereadora, e ameaçou
prender - olhe só - o vice-diretor, o assistente de direção da escola, que fez
algumas ressalvas em relação à entrada de tanta gente dentro da escola
Eu
defendo, nós fiscalizamos, mas ali não foi para fiscalizar. Ali foi para criar
fato político. E a vereadora, infelizmente, Janaína, não conheço, Janaína Lima,
eu vi o vídeo, ouvi os relatos dos profissionais da Educação, que a comunidade
escolar está revoltada com esse comportamento.
Ou
seja, a vereadora Janaína Lima, do Partido Novo, que não tem nada de novo, que
votou contra o Fundeb - o Novo -, que defende o fim da vinculação das receitas
obrigatórias na área da Educação, que defende o teto de gastos, ou seja, o
congelamento dos investimentos por 20 anos em Educação, ela, que representa
esse partido, cometeu abuso de autoridade. Foi dentro da escola, constrangeu,
assediou os profissionais da Educação.
E
nós queremos que providências sejam tomadas pelo Ministério Público e também
pela Comissão de Ética da Câmara Municipal. O vereador Celso Giannazi já está
tomando as providências na Câmara Municipal em relação a uma investigação
rigorosa do comportamento perverso dessa vereadora do Partido Novo.
Muito
obrigado, deputada.
* * *
-
Assume a Presidência a Sra. Leticia Aguiar.
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PSL - Obrigada,
deputado.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Eu
queria pedir para falar pelo Art. 82 pelo PSL, Excelência.
A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PSL - É regimental. Tem o tempo de cinco minutos.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PELO ART. 82 - Obrigada, Sra. Presidente.
Cumprimento Vossa Excelência. Até fiquei surpresa com
a fala do deputado Giannazi, porque a vereadora Janaína Lima é uma moça muito
delicada, muito dedicada às causas sociais.
Como eu não vi o vídeo, eu não tenho condições de
falar sobre o vídeo. Mas eu vou assistir a esse vídeo. Eu realmente fiquei
muito surpresa, porque tenho a vereadora na mais elevada conta, então eu vou
tratar de entender o que é que está acontecendo. De tudo o que sei a respeito
dela, eu só posso dar testemunhos positivos.
Eu queria, Excelência, solicitar que a minha fala
fosse encaminhada ao Exmo. Sr. Secretário estadual da Saúde, e também à
Prefeitura de Campos do Jordão e seu secretário de Saúde, ou seja, o secretário
municipal da Saúde de Campos do Jordão.
Por quê? Porque um munícipe de Campos do Jordão me
escreveu, muito preocupado com o aumento de pessoas contaminas por Covid, e com
a ausência de leitos de UTI na cidade.
Diante do relato desse munícipe, nós fizemos um
levantamento e, pelas nossas análises, porque o governador João Doria fala
muito da transparência, mas as informações não estão tão claras nos sites, com
relação a gastos, verbas recebidas, leitos abertos, fechados.
Mas, pelo que nós conseguimos constatar, o estado
teria enviado todo o material para que Campos do Jordão abrisse oito leitos de
UTI. E, pelo que nós conseguimos checar, tanto no site federal, no estadual e
no municipal, estes leitos não foram abertos.
Então, a cidade está, com legitimidade, em pânico, na
ausência de leito de UTI. É uma cidade grande que, além dos próprios munícipes,
recebe muitos turistas, então é necessário que esses leitos que foram
prometidos, em coletiva, pelo governador, sejam efetivamente abertos.
Então, peço que a fala vá tanto para o secretário
estadual, como para o municipal, para que nós compreendamos onde está o
problema, se o estado enviou e o município não montou, se o estado disse que
enviou, mas na verdade não enviou. Para mim, não importam as questões
políticas, as disputas entre presidente, governador e prefeito. O que importa é
que a população seja atendida.
Também faço aqui um registro de e-mail emocionado que
recebi, de um munícipe de Catanduva. Ele reconhece a gravidade da doença. Ele
reclama do fechamento de leitos em Catanduva, do desativar do hospital de
campanha.
Eu não gosto de ficar falando "eu avisei, eu
avisei", mas a verdade é que eu avisei: invistam nos hospitais
permanentes, nos equipamentos de saúde já existentes. Não gastem milhões nesses
hospitais de campanha. Gastaram. Os hospitais funcionaram por dois meses e
foram desmontados.
Então, o cidadão de Catanduva está abalado, por falta
de equipamento de saúde, e por medidas que, a seu ver, drásticas, estão sendo
tomadas, de fechamento do comércio, de impedimento de a população trabalhar,
com o argumento de que não tem equipamento de saúde. Esse cidadão está
revoltado porque ele depende do seu trabalho, porque tem filhos para sustentar.
E esse é um cidadão, que reflete o sentimento de
outros tantos, em várias cidades do nosso estado. Foram muitos milhões
liberados. Esta Casa cortou na carne, a meu ver poderia ter cortado mais, mas
cortou.
As muitas reformas que foram feitas aqui, na minha
concepção, não eram necessárias. As placas que foram colocadas nas portas, e
trocadas, não eram necessárias, mas ainda assim esta Casa cortou na carne. A
única Assembleia, o único Legislativo que diminuiu salário, que cortou verba de
gabinete. Mas nós liberamos muito dinheiro, a própria audiência do Meirelles
hoje prova isso.
São Paulo tem um superavit de 19 bilhões, e o dinheiro
foi mal empregado. Foi empregado em equipamentos transitórios e em equipamentos
provisórios, e agora o povo não tem leito suficiente, e não pode trabalhar,
porque já anunciaram que vão fechar tudo.
Estou avisando. Passando a eleição do dia 15, vocês
vão ver, vão querer fechar a Assembleia. Já digo que sou contra. A gente tem
que estar aqui para trabalhar pela população, para cobrar o Poder Executivo. É
disso que se trata.
Então, fica aqui o meu pleito, de um olhar atento,
carinhoso, pelo povo de Campos do Jordão, pelo povo de Catanduva, e pelo povo
de São Paulo, porque as escolhas que foram feitas foram as escolhas erradas, e
não é justo que agora o povo pague.
Muito obrigada, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PSL
- Obrigada, Sra. Deputada.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - PARA
COMUNICAÇÃO - Corroborando aqui o que disse a deputada Janaina, é inacreditável
o seguinte. Eu fui contra o corte de salários desta Casa, da maneira que foi
feito.
Eu
queria que o corte fosse feito linearmente, e que esse dinheiro que foi
economizado fosse destinado a nós, parlamentares, para que nós pudéssemos fazer
indicações à Saúde.
E
isso não aconteceu. O que vimos aqui? Uma série de obras aqui na Casa, como bem
disse a deputada Janaina, obras aqui no átrio central, obras de sinalização. E
nós não vimos essa economia sendo refletida aonde ela deveria ter ido,
diretamente.
Então,
essa economia foi pífia. E quero registrar aqui, presidente, deputada Leticia,
que vergonha, que vergonha, que mau exemplo do Judiciário paulista e do
Ministério Público, em não cortar pelo menos 20 ou 30 que fosse, do seu
salário, durante a pandemia.
Enfim,
como bem disse a deputada Janaina, nós demos o exemplo, a única Casa
legislativa do Brasil que fez isso, e mesmo assim os recursos não foram
empregados diretamente a quem de direito.
E
o Judiciário, que se mostra como arauto e defensor dos interesses da população,
e o próprio Ministério Público nada fizeram, nada fizeram em prol da população.
Quer dizer, mantiveram os seus polpudos salários, sendo recebidos regularmente,
e nada foi feito em prol da população.
Obrigado,
Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PSL
- Obrigada, Sr. Deputado.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Havendo acordo de lideranças, eu requeiro a suspensão
da presente sessão, Excelência.
A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PSL - É regimental. Havendo acordo de lideranças, está suspensa a presente sessão, até as 16 horas e 30 minutos.
* * *
- Suspensa às 16 horas e 10 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 42 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos passar à Ordem do Dia.
* * *
- Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Há sobre a mesa requerimento de urgência do Projeto de lei 971/2019, de autoria do nobre deputado Rogério Nogueira.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Posso discutir o requerimento?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Claro que pode. Em discussão. Tem a palavra Vossa Excelência.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde aos nobres deputados
presentes nesta sessão, boa tarde, presidente. Boa tarde aos policiais
militares e policiais civis desta Casa, a quem nos acompanha
pela Rede Alesp.
Presidente,
não vou discutir todos os requerimentos de urgência, mas peço para as
assessorias, tanto o Colégio de Líderes, quem possa, deputado Barba, nos
ajudar, porque eu e a deputada Valeria Bolsonaro estamos sem partido neste
momento. Então, muitas vezes nós só sabemos o que vai ser votado, deputada
Valeria, aqui no plenário, o que inviabiliza nossos trabalhos.
Já
discuti aqui muitas vezes a questão da participação dos deputados que foram
expulsos, que não têm assento em comissões, que não podem, Val, inclusive,
assistir à reunião virtual.
A
gente não pode, como parlamentar, acessar essas reuniões e dar as nossas
opiniões, ter ali o tempo regimental que nos é previsto, mesmo não sendo
titulares dessas comissões, o que eu acredito ser um cerceamento da nossa
atividade parlamentar.
Então,
faço esse pedido aos líderes, se possível à Mesa, para justamente a gente ter
acesso ao que foi deliberado, Barba, no Colégio de Líderes, porque nós não
temos uma bancada, não temos líderes, não temos representação partidária neste
momento, aqui na Assembleia.
Então,
muitas vezes fica inviabilizado, pelo menos o que vai sendo liberado, o que foi
tratado no Colégio de Líderes. Acredito que é uma coisa simples de se fazer.
Não é nenhuma crítica, apenas uma sugestão para mais celeridade nos nossos
trabalhos.
E,
para finalizar, acredito que não vou utilizar todo o tempo de discussão, e não
vou discutir todos os requerimentos, mas só falar, mais uma vez, do que foi
feito na semana passada, deputado Maurici, no Palácio
dos Bandeirantes.
Eu
entendo que há vários deputados que discordam do meu projeto de lei, que
tornou, ou que reconheceu, não é que tornou, porque atividade religiosa para
mim é essencial, mas reconheceu o que é um direito dos nossos irmãos
evangélicos, católicos, espíritas, quem é islâmico, quem de repente vai ao
terreiro, candomblé, umbanda, todas as religiões.
Eu
protocolei um projeto aqui nesta Assembleia, em abril do ano passado, deputado
Tenente Nascimento. Em abril de 2020. Esse projeto foi deliberado no final do
ano, em dezembro, e foi aprovado por este plenário.
Em
fevereiro agora, semana passada, o governador foi lá e vetou o projeto. Vetou
integralmente esse projeto. Em menos de uma semana depois o governador, via
decreto, praticamente fez um copia e cola e
protocolou hoje no Diário Oficial tornando, reconhecendo a atividade religiosa
como essencial.
Bebel,
eu não faço questão de ser o pai da criança. Não precisa ser: “Olha, o deputado
Gil Diniz que aprovou o projeto”. Não é isso.
Até porque todos precisam saber que qualquer projeto
aprovado neste plenário aqui tem que ter a discussão, tem que ter aqui acordos,
acordos republicanos. Você tem que conversar com a bancada de esquerda, com a
bancada do PT, com a bancada do PSOL. Se a Leci
Brandão, do PCdoB - é uma única deputada, mas é líder - pedir uma verificação
aqui, o projeto não passa; cai por falta de quórum.
Você tem que conversar com o centro; você tem que
conversar com a direita; você tem que conversar com o governo. Então, depois de
todos os acordos feitos, todas as deliberações, congresso de comissões, CCJ,
comissões de mérito, Finanças e Orçamento, e depois de vir aqui ao plenário foi
aprovado. E ele ficou praticamente todo o período regimental…
O governador, Bebel, ele vetou no último dia do
período regimental para sancionar ou para vetar. Eu tenho certeza, deputada
Valeria, de que não foi porque, segundo ele, é inconstitucional.
É porque lá no final tinha “deputado Gil Diniz”. É um
boicote político. Isso vem sendo feito constantemente nesta Assembleia. Eu
entendo que é do jogo; eu entendo que faz parte. Eu sou oposição ao Governo do
Estado de São Paulo.
Eu entendo que muitas vezes o próprio governo quer
prestigiar os seus deputados, a sua base aliada, mas para que esse tipo de
retaliação nesse sentido? Ele poderia ter vetado, deputado Barba, no primeiro
dia que o projeto chegou no Palácio dos Bandeirantes. Ele já podia, deputado Maurici, ter feito via decreto.
Se ele entende que a atividade religiosa é essencial,
no rol de atividades essenciais do primeiro decreto que ele fez lá em março do
ano passado ele já poderia ter elencado a atividade religiosa, mas como ele viu
que pegou muito mal, ele quer conquistar o público evangélico, o público
católico. Pensando numa eleição em 2022, o que ele faz?
Contrariamente à própria convicção; ele violou a
própria consciência. Ele não acredita - a gente precisa ser sincero aqui - que
a atividade religiosa é essencial, por mais que ele minta, por mais que ele
faça marketing. O centro de contingência do Palácio não acredita que a
atividade religiosa é essencial, deputada Valeria. Eles não têm essa convicção.
E quando você o vê naquele comício todos os dias no
Palácio dos Bandeirantes ali ao meio-dia - chama toda a imprensa - dizendo que
ele é um homem religioso, Bebel, que ele é católico, que o poder da oração… Uma fraude! É muito feio, governador. É muito feio. Mas
mente, mas mente que nem sente, não fica vermelho. É incrível! Então, será que
é coincidência?
Em uma semana ele veta um projeto simples, tornando,
reconhecendo a atividade religiosa como essencial. Ele poderia já ter feito
isso, deputado Barba, no ano passado inteiro e não fez, vetou.
Hoje saiu no Diário Oficial esse decreto, só que
sabemos que o decreto ele pode alterar a qualquer momento. O projeto de lei é
muito mais complexo, é muito mais difícil. E pelo que eu vi, há o compromisso,
deputado Giannazi, do governador…
Com a Frente Parlamentar Evangélica aqui da Casa ele
prometeu que vai enviar um projeto para esta Casa com igual teor. Além do
decreto, ele vai mandar um projeto aqui - vai cair em regime de urgência - com
igual teor. Porém, se você olhar a rede social do governador, ele está
apoiando, está sendo, entre aspas, “espancado pela tucanada”.
Nem a tucanada suportou ali
esse tipo de demagogia, deputado Maurici, mas não tem
um. A Vera Magalhães, contratada pela TV Cultura - meu Deus do céu, contrato
ali de 800 mil reais, Barba -, até ela está questionando. Todos ali dizendo que
foi demagogia para agradar a ala evangélica, a ala católica, que foi um decreto
feito pensando em 2022.
E esse pessoal que estava apoiando aí pelo
enfrentamento que ele tem colocado com o presidente Bolsonaro, nem esse pessoal
aceitou esse ato que beira o cinismo do governador do estado de São Paulo.
Então, eu duvido muito aqui e alerto a Frente
Parlamentar Evangélica, os nossos deputados aqui, que eu respeito muito: será
que o governador vai cumprir?
Será que ele vai cumprir essa promessa que ele fez ali
no Palácio dos Bandeirantes? Nós temos aqui uma solução. Duvido que vai ser
feita, porque nós sabemos aqui o poder do governador. Mas nós podemos derrubar
o veto, Giannazi. Se a maioria do plenário aqui quiser e o presidente da Casa
pautar esse veto, nós podemos. Já que esse projeto teoricamente viria e entraria
em regime de urgência, nós temos uma solução muito mais rápida, que é derrubar
esse veto.
Mas novamente isso não vai ser feito, por quê? Porque
seria uma derrota ao Palácio dos Bandeirantes e seria um projeto do deputado
Gil Diniz aprovado. Abro mão, governador; eu abro mão. Se V. Exa. mandar o
projeto para esta Casa em regime de urgência tornando, reconhecendo a atividade
religiosa como essencial, terá o meu voto.
Vou conversar com os pares que discordam, tentar o
convencimento para que seja aprovado esse projeto e que as nossas igrejas não
sejam fechadas, para que qualquer prefeito com síndrome do pequeno poder não
feche as nossas igrejas. Então, aguardo aqui ansiosamente esse projeto.
Falo aqui para o povo de São Paulo, falo para o meu
eleitor olhando nos seus olhos, que você comece a perceber as nuances aqui da
política paulista, a mesquinhez que têm essas pessoas que governam o nosso
estado. Eles olham a digital no projeto e, independente do que é, sancionam ou
vetam de acordo não com o que está escrito na lei, não com o que é regimental,
mas sim com os próprios interesses.
O governador disse no seu veto que era
inconstitucional, que o legislador extrapolou. Ora, tem cada coisa, governador,
que o senhor já sancionou que extrapolou o Poder Legislativo, mas se isso for
verdade… Eu não acredito que é; eu tenho a minha convicção. Para isso nós temos
os pares - CCJ, Finanças e Orçamento, o próprio plenário.
Vossa Excelência tem o poder de resolver essa questão.
Achei que junto com o decreto no Diário Oficial de hoje viria o projeto e era a
expectativa da Frente Parlamentar Evangélica.
Não foi cumprida. Não foi cumprida, deputado
Nascimento. Eu espero que até o final de semana chegue nesta Casa em regime de
urgência, que nós possamos deliberar aqui no plenário esse projeto.
Se não for protocolado, se não for deliberado na
terça-feira que vem, por exemplo, em regime de urgência - tem as sessões aí
para decorrer, tem o processo regimental -, vai ser aprovado quando?
Agora, não é possível… Faço
aqui novamente, chamo a atenção da Frente Parlamentar Evangélica. Se realmente
isso foi prometido, se realmente vai vir um projeto de lei do governador
reconhecendo a atividade religiosa como essencial, que seja protocolado,
governador, amanhã.
Não faço questão de sair no noticiário; não faço
questão de ter o meu nome registrado ali no Diário Oficial: “O Projeto nº 299,
de 2020, do deputado Gil Diniz, tornou-se projeto de lei”. Não! Que seja um
projeto do Governo do Estado de São Paulo.
Que seja feito com urgência, porque é essa urgência
que nós precisamos. Muitos podem dizer: “Ora, a atividade religiosa não tem
sido cerceada”. Tem sim. Muitos pastores, muitos padres, deputado Nascimento,
têm reclamado conosco. Vossa Excelência que é pastor, V. Exa. conhece vários
líderes evangélicos, católicos que sabem disso. Muitas igrejas têm sido
fechadas, muitos cultos fechados.
O trabalho inclusive assistencial dessas igrejas tem
sido vedado em muitos municípios por conta de decreto de prefeitos que dizem,
que se justificam dizendo que seguem o decreto do governador do estado de São
Paulo.
Então, há tempo, sim, de resolver; há tempo de sanar.
Eu acredito que chegando esse projeto de lei aqui na Assembleia nós vamos dar a
celeridade que o tema merece.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para discutir a favor, a nobre deputada Professora
Bebel tem a palavra.
A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente.
Cumprimento também a assessoria da Mesa. Cumprimento os assessores e assessoras
à minha esquerda, assessoras à minha direita. Enfim, deputados e deputadas
presentes. E cumprimento todos os que nos ouvem e assistem através da Rede Alesp.
Eu subo a esta tribuna para me posicionar - ainda que para
discutir - favorável à urgência do PL 971/19, de autoria do deputado Rogério
Nogueira. E tem sido uma prática do Partido dos Trabalhadores não atrapalhar a
urgência e fazer o debate de mérito. E nesse sentido então, por esta razão a
gente tem seguido esse encaminhamento.
Assim mesmo foi com o projeto do deputado Daniel José,
que eu tinha total discordância, mas com jeito foi ficando claro que não era só
eu depois. Quase todos não tinham concordância com aquele projeto de lei.
Então, acho que isso mostra para a gente que nós não podemos nos apressar num
determinado encaminhamento.
Às vezes a tática é “vamos observar”, e a partir daí
então tudo acaba confluindo. E ele se convenceu de que era melhor retirar
aquele e pôr outro no lugar, que já está em regime de urgência. Então, acho que
isso demonstra também para o próprio parlamentar uma certa maturidade.
Mas eu também subo a esta tribuna. A razão
anteriormente colocada aqui pelo nobre deputado Gil Diniz não é diferente da
minha.
Em dezembro, não há pedido meu, inclusive do próprio
governo, foi solicitado um PL para corrigir uma distorção nas escolas em tempo
integral, que de certa maneira não levasse a uma trava após cinco anos,
deputada Janaina.
Essa trava tinha que ser desfeita… Na verdade, o PL
trava os chamados da categoria “O”, que trabalham em tempo integral nas escolas
de tempo integral; cinco anos depois eles não podem ser recontratados.
É isso. E o nosso PL corrigia - o meu e do deputado
Alex de Madureira. A Secretaria da Educação e sua assessoria sentaram-se
juntas, a assessoria do deputado Alex de Madureira e a minha assessoria
jurídica também. Conformou no projeto e foi para o Palácio. Não fui eu que pedi
o projeto, foi o governo, e nós cumprimos tirando a trava, tudo certinho.
Eu fui informada ontem, sexta, de que o projeto foi
vetado e vai vir para esta Casa, de acordo com o governo, o mesmo projeto de
lei, talvez o mesmo. Inventaram que há vício de origem na propositura. Eu não
acho, porque tantos outros foram aprovados e não passou por este crivo. Então,
isso é discutível. O respeito aos deputados e deputadas…
Ou diz então que nós estamos aqui só para apreciar a
pauta do governo… E isso eu quero dizer que eu não fui eleita só para isso. Eu
vim porque todos nós, todas nós, podemos ser uma voz aqui na Assembleia
Legislativa.
E é outra coisa que senão o que disse aqui o deputado
Gil Diniz: uma perseguição, porque eu não estava sozinha. Eu estava com o
deputado Alex de Madureira.
Então, até em respeito ao deputado que vota com a
base, por que na verdade não levou em conta isso? Então, acredito, deputada
Janaina e deputado Giannazi, que isso tem que começar a acabar, porque houve
uma unanimidade entre nós, como foi a questão dos religiosos, como este da
Educação e tantos outros com conteúdos importantes e
que vão lá e são vetados.
Eu fiz a minha parte; o deputado Alex de Madureira fez
a dele e esta Casa também fez: cumpriu o pedido do governo - isso que é
engraçado. Eu fui informada até por uma pessoa que falou assim: “Poxa, mas a
Professora Bebel aqui nesse projeto não pode.” Como é que não pode? Eu não
faria questão nenhuma, até porque eu tinha prioridade em outro, mas isso aí vai
levar a demissão de milhares de professores e professoras…
Poxa vida, hein? Quando o homem está na tribuna é um
respeito. Mulher está na tribuna é difícil, muito difícil, dependendo de quem,
não é deputado? Então, eu acho que nós não podemos aceitar mais esse tipo de
coisa e esse PL nos termos que está, se não acontecer uma correção nessa
distorção. Está aceitando qualquer outro…
Não qualquer, porque não existe qualquer professor,
mas aquele que está há cinco anos perde tudo que conquistou. E aí você pode
pegar temporários, “S”, “V”, precarizar mais os professores contratados na
situação de escola de tempo integral.
É lamentável e eu quero discordar e, enfim, ter a
minha posição contundente no que diz respeito a essa forma de fazer política do
governador.
Eu não sou obrigada… Gente, eu fui eleita pelo Partido
dos Trabalhadores. Eu não fui eleita pelo PSDB. Também não fui eleita… Nós
fomos eleitos por este partido. Sempre se soube que fizemos oposição, mas que
nos momentos em que os projetos são bons nós votamos.
Por que ninguém questionou, deputado Barba, o Dinheiro
Direto na Escola que estava escondido e fui eu lá atrás desse projeto para
colocar na urgência? Ninguém questionou. Foi aprovado e agora fica o secretário
de Educação, que não recebe ninguém, falando toda hora: “Porque o projeto
Dinheiro Direto na Escola funciona assim e assado e acolá”.
Então, eu acho que essa esquizofrenia no olhar sobre
as pessoas está ficando muito ruim. Uma coisa é eu ser coerente com a minha
posição; ninguém pode questionar. Outra coisa é eu ter uma posição de acordo
com a sigla partidária. E quando eu quero, eu uso, faço uso da sigla
partidária. É isso.
Então, eu quero deixar muito clara a minha posição
frente a isso, mas também com algumas divergências aqui da Casa, o retorno às
aulas. Está aí, nós estamos com quase 1.800 professores infectados, 22, 23
mortes de professores e duas crianças mortas. “Ah, mas não pegou na escola”.
A menina de Campinas se infectou na escola e também se
não se infectou, se infectou em casa e levou para a escola. Então, essa questão
de buscar a origem onde se infectou não está certa, porque de qualquer forma
abriu a escola e a escola é um foco, sim, de contaminação. Fosse um espaço
aberto, fosse a escola dos meus sonhos, aquela escola que você…
Entre numa sala de escola estadual - estou falando
pela rede estadual de ensino - em que não cabem mais do que 20 alunos. Você
abre a porta, bate a porta na primeira carteira. Aí
você fala que tem segurança sanitária?
Está correta a posição do secretário de Saúde no dia
de hoje quando diz que é uma temeridade a abertura das escolas neste momento, o
pior da pandemia. Gozado, em março quando estava - interessante - com 600
mortes por dia… É muito ainda.
Nós chegamos a 1.500 mortes, quase 1.600 por dia, as
infecções mais de 60 mil. Aí pode abrir escola? Virou uma virose por abertura
de escola que eu não estou entendendo. Dez escolas aqui da capital foram
fechadas por conta de que ficou tomada de Covid. Então, vai ficar fechando
escola e mantendo outras até se convencer, deputada Janaina, que o ambiente não
é seguro.
Eu sei, há divergências. Eu quero escola para os meus
alunos, mas eu quero sobretudo a vida deles, dos professores e de seus
familiares, que formam uma bolha e essa bolha vai se abrindo e vai outra,
porque o pai leva, dependendo da distância, o filho de ônibus para a escola; ou
o próprio menino pega ônibus para ir; ou pega do outro menino que está lá.
E o mais triste é que a criança é assintomática.
Quando vai descobrir, o vírus já tomou outras partes por conta dessas novas
cepas que estão aí, que não estão devidamente pesquisadas. Eu estou muito
preocupada. Eu não acho pouca coisa. Defendo a vacinação e eu acho que a
vacinação é a saída.
Eu acho que o Reino Unido, Londres, mostra com 26% de
vacinação que baixou a busca por hospitais e UTIs e é a forma de nós sairmos dessa pandemia. Por isso todo o investimento na
vacinação. Eu acho que ter o ambiente seguro também, diminuir o número de
alunos por salas de aulas, arejamento, que falta neste plenário.
Nós estamos num ambiente aparentemente excelente, mas
neste clima de pandemia não. Aqui não tem arejamento; aqui é tudo no ar condicionado.
Não tem nem o... Também não tem ar para sair, não tem para onde sair o ar; essa
que é a questão. Então, acho que nós estamos num momento de uma crise - para
além da crise que a gente está passando - sem precedentes na história deste
País.
Eu nunca pensei que fosse passar. Todo mundo passou
por uma guerra - os mais antigos - e nós estamos passando por uma guerra em que
o vírus é invisível. Então, você não sabe qual é a arma que você vai usar.
E quem vai para a guerra vai com um capacete, vai com colete
e vai com a sua artilharia. Não que eu defenda a guerra; estou dizendo que
quando há um clima de guerra é isso.
Mas agora os professores estão dizendo que vão para as
salas de aula, mas não têm nenhuma segurança para os senhores - e com isso eu
não posso concordar - e para os alunos também. E para terminar, não posso
deixar de falar do confisco dos professores, aposentados e pensionistas.
O meu PDL está na lista de urgência e estou pedindo
para esta Casa também, a título da importância do PDL 22... Peço também apoio para esse PDL nº 39, que também faz justiça para com os professores, os servidores, aliás, aposentados, pensionistas, que já pagaram, já deram sua vida para
garantir as suas aposentadorias e estão sendo injustiçados.
Essa
luta não é de um, é de todos. Nós
precisamos que esta Casa se una em prol destes PDLs. Neste momento defendo o
meu porque está na pauta do deputado Giannazi;
por uma manobra regimental foi para as comissões. Eu não acho que o meu vai ser
diferente, deputado. Mas, em todo caso, a gente está aqui
para fazer o bom combate, a luta sistemática,
para que a gente consiga corrigir distorções, injustiças,
advindas da reforma da Previdência, que colocou isso por
dentro.
Quer
dizer, entregou para a sociedade uma coisa e fez, está fazendo,
na verdade, outra: aumentou as alíquotas, mas também aplica as alíquotas
para os professores, para os servidores aposentados e pensionistas.
A
minha bancada, a bancada do Partido dos Trabalhadores, lutou veementemente
contra a reforma da Previdência.
E a gente dizia, senão,
que haveria um processo de desmonte das carreiras no estado, vai vir, está por
vir; e também a desaposentação. Essa seria
a grande bandalheira em que iria acabar essa reforma da Previdência.
Muito
obrigada, Sr. Presidente.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO – PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, só para
fazer uma saudação ao Natan, meu filho primogênito, meu
filho de 12 anos. Fique de pé, Natan.
(Palmas.)
O Natan participou no último ano de
um concurso do Colégio Militar de São Paulo; dos 360
alunos ali, ele ficou em nono, e hoje ele cursa o sexto ano no Colégio Militar de
São Paulo. Esta semana é a semana de prova, então desejar a todos os alunos do Colégio Militar
boas notas, boas provas, e fazer essa saudação especial ao meu filho. Te amo, filho.
Obrigado, presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Parabéns. Bem-vindo, Natan. Aqui, é nosso
convidado para acompanhar a sessão e acompanhar o
trabalho do pai dele.
Eu me lembro muito bem, deputado Gil Diniz, eu, quando novo, ainda, quando eu nasci meu pai já estava no
terceiro mandato aqui nesta Assembleia Legislativa. Então, assim como seu
filho, frequentava muito, quando jovem, este Poder Legislativo. Sempre, claro, é um orgulho
para todo filho ver o pai atuando no Poder
Legislativo do estado. Parabéns, deputado
Gil Diniz.
Próximo inscrito, deputado Carlos Giannazi, tem a
palavra.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL
- SEM REVISÃO
DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da
TV Assembleia, primeiro quero ler a manchete de uma
notícia muito importante, que
acabou de sair agora na CNN, olha: “Doria avalia fechamento de todo
o estado de São Paulo nesta semana”.
Então, Sr. Presidente, a situação está grave
em todo o estado. Nós estamos
vivendo uma situação de calamidade pública
com os hospitais lotados, abarrotados, com pessoas esperando nas filas de UTI.
E,
no entanto, inclusive, com uma declaração hoje, na CBN, do secretário
estadual de Saúde, que é a maior autoridade do estado de
São Paulo nessa área, dizendo que tem que fechar
as escolas, se contrapondo às afirmações negacionistas e
genocidas do secretário Rossieli
Weintraub.
Então o secretário
da Saúde, que é a autoridade na área
da Saúde, está afirmando, deputada Bebel, deputado Barba, que tem que fechar
as escolas. E, no entanto, repito, negacionista, o genocida do Rossieli insiste
na abertura das escolas com aulas presenciais.
Tem
já milhares de pessoas
contaminadas, profissionais da Educação, alunos. Em
todo o estado de São Paulo, várias
escolas são obrigadas a suspender as aulas quando isso é possível,
quando não tem orientação
contrária das diretorias de ensino.
No
entanto, o Rossieli insiste nessa tese genocida, para atender os interesses das grandes escolas particulares. Só que
essas escolas particulares também
estão tendo problemas.
Várias escolas suspenderam
totalmente ou parcialmente as aulas presenciais no estado de São Paulo: o Colégio São Luís,
que eu já citei aqui, o Colégio
Santa Cruz, o Colégio Móbile,
em Moema, aqui ao lado; outra escola próxima aqui da Assembleia
Legislativa, também de classe média, Imaculada Conceição, as
quatro escolas de Campinas, várias delas, porque a situação é realmente grave.
E,
no entanto, ele insiste com essa tese. As pessoas
estão se contaminando cada vez mais, a nova cepa, isso foi uma colocação não só do
prefeito de Araraquara, que foi deputado estadual aqui, uma pessoa muito séria, do PT, o Edinho Silva, ele
disse que essa nova cepa atinge a juventude, pessoas
mais novas; que ele foi aos hospitais e viu pessoas jovens afetadas pela nova
cepa do coronavírus.
Isso
é grave. Os secretários
de Saúde agora confirmaram essa
informação. Ou seja, é
nesse cenário que ele insiste na manutenção das aulas presenciais. Eu espero que agora, com essa
decisão do Doria, que é uma decisão acertada, de
endurecer, de trazer São Paulo para a fase vermelha, se é que ele vai ter coragem.
Está dizendo
que é possível
aqui a matéria, mas eu tenho minhas dúvidas,
deputado Barba, se o Doria vai enfrentar os interesses da Fiesp, da Associação
Comercial, dos grupos econômicos aqui de São Paulo, porque
ele está na linha, já,
do negacionismo.
Ontem,
por exemplo, ele publicou um decreto tornando as igrejas serviços essenciais. Em plena
pandemia, o governador vai – e nada contra as igrejas, ao
contrário, as igrejas cumprem um
papel fundamental -, mas
apresentar um decreto no meio dessa crise, com as pessoas morrendo nessa
pandemia, para fazer média, para
conquistar o eleitorado evangélico, que tende a votar mais no
Bolsonaro.
Então
ele vai disputar o eleitorado do Bolsonaro fazendo política
em cima da pandemia. Então ele não difere nisso em nada do Bolsonaro, porque é um marqueteiro de quinta
categoria, que faz uma política
eleitoreira, fazendo média com vários
setores.
Tem
que fechar mesmo, porque as orientações são todas pelo fechamento,
porque São Paulo não pode continuar mais dessa maneira. São mais de 250 pessoas
morrendo por dia no estado de São Paulo.
A
cada seis minutos uma pessoa morre, literalmente. Os dados estão todos aí. São
55 mil pessoas mortas. Isso eu estou falando no estado; no Brasil, então, nem
se fala.
A
vacinação caminha a passos de tartaruga. A gente viu o que aconteceu, a
deputada Edna Macedo passou um vídeo agora mostrando a situação
dos idosos na fila de vacinação: filas quilométricas, pessoas ficando quatro,
cinco horas em filas, pessoas com 80 anos, 85 anos, esperando.
Então é uma incompetência
administrativa. Eu até disse, na minha intervenção no
Pequeno Expediente, que o Doria é um
gestor contra a terceira idade.
Essa
é a verdade, porque ele acabou
com a gratuidade no transporte público no estado de São Paulo:
no metrô, nos trens da CPTM, nos ônibus
da EMTU, atacando esse setor, a terceira idade; aumentou a contribuição do
Iamspe para as pessoas que têm 59
anos de idade, a pessoa vai pagar agora três
por cento; confiscou o salário
dos aposentados e pensionistas do estado; retirou a isenção do pagamento do
IPVA para as pessoas com deficiência, sendo que muitas dessas
pessoas são também da terceira idade.
É
um governo que odeia a terceira idade, odeia os idosos, porque os seus atos são
contra os idosos.
Então, Sr. Presidente, é um absurdo o que está acontecendo
no estado de São Paulo em relação
às
escolas. Agora, com essa declaração, que só confirma
a nossa luta pelo fechamento das escolas, porque nós,
que somos da Educação,
nós,
que somos profissionais da Educação, conhecemos
o chão da escola, o cotidiano escolar.
E
nós
sabemos muito bem, está comprovado que não é possível
manter os protocolos estabelecidos pelo governo estadual. Primeiro que as
nossas escolas estão sucateadas, degradadas, sem condições materiais e humanas;
faltam servidores em todas as escolas, servidores do quadro de apoio escolar,
servidores da área da
limpeza, da merenda, estão todas elas praticamente com seus quadros defasados.
Não é possível.
As
condições de precarização
material das escolas, tudo isso, impede que sejam cumpridos os protocolos. E
mesmo que eles fossem cumpridos, não haveria porque os
alunos... eles se movimentam, e o secretário
levantou essa tese também, a tese da circulação.
Eu
digo o secretário da Saúde. Não
adianta só manter o protocolo dentro da
escola, porque o aluno, para chegar na escola, ou ele vai de ônibus,
ou os pais transportam essas crianças.
Então, para chegar até a escola, há uma
grande movimentação.
Aliás, se a vontade e a orientação
do secretário Rossieli, da Educação, fossem atendidas
plenamente, do jeito que ele quer, com todas as escolas funcionando a todo vapor no estado de São Paulo, escolas públicas
e escolas particulares, incluindo as redes municipais, nós
teríamos em movimento no estado de
São Paulo mais de 14 milhões de pessoas todos os dias. Imaginem V. Exas. 14
milhões de pessoas movimentando o vírus,
transmitindo o vírus.
Então é disso que se trata. É por isso
que nós estamos defendendo a proposta do fechamento imediato de
todas as escolas do estado de São Paulo, sem aulas presenciais, sem nenhum
servidor nas escolas. Vamos trancar as escolas municipais
de todo o estado, dos 645 municípios,
as escolas da rede estadual, e as escolas particulares.
Essa
é uma forma de deter a propagação
do coronavírus. Não tem outra saída
neste momento. Com isso, o governo tem que garantir também no estado de São Paulo renda básica emergencial, porque este é o estado mais rico da
federação.
O
estado tem que garantir banda larga, computadores, celulares inteligentes para
todos os profissionais da Educação, os professores, o pessoal que trabalha na
secretaria da escola, os gestores, e para,
principalmente, os alunos, que estão totalmente abandonados nessa área.
O
governo tem que agir e reformar as escolas através da FDE, através de um programa de reforma
geral da rede estadual para garantir arejamento, ventilação e condições básicas
para que haja segurança sanitária
para quando, em algum momento, quando houver vacinação para todos os
profissionais da Educação, os professores, e as escolas forem reabertas, nós
vamos ter mais condições de dar segurança
sanitária
para os nossos alunos.
Vamos
precisar construir novas escolas para diminuir o número
de alunos; nós não
podemos ter salas com 35, 40, 50 alunos na rede pública.
Nós não podemos mais ter escolas de
lata na rede estadual de ensino.
Então a FDE, que tem um orçamento
bilionário e é acusada constantemente de
corrupção, de superfaturamento - inclusive, alguns anos atrás nós aprovamos a instalação de uma
CPI de FDE aqui que foi totalmente esvaziada pelo
governo.
Ela
foi aprovada, mas não funcionou porque o governo sabotou a CPI de FDE, porque
existem muitas denúncias de corrupção, de superfaturamento, de
construções escolares, de reformas de escolas, de compra de material didático
escolar, é o que mais tem. A FDE é uma das fundações mais
criticadas nesse aspecto.
Então
por tudo isso é que nós defendemos, Sr. Presidente, o
fechamento de todas as escolas, porque escola fechada significa vida
preservada. E todo o nosso apoio à greve
dos professores da rede estadual e à greve
também da rede municipal de ensino, porque o comportamento do Bruno
Covas, que é do PSDB, é o mesmo comportamento genocida
do Doria. Ambos estão com a política genocida.
As
escolas municipais estão vivendo um drama, porque tem
muita gente contaminada. Muitos profissionais da Educação estão contaminados na rede municipal.
Eu tenho acompanhado a luta dos nossos colegas, que estão em pânico.
E
algumas escolas já estão sendo fechadas porque tem dez, quinze pessoas contaminadas, em EMEFs, em
EMEIs, em CEIs da rede municipal de ensino.
Então é isso, nós
defendemos o imediato fechamento de todas as escolas. Somos contra as aulas
presenciais. Nenhum servidor pode ficar na escola. Isso porque nós defendemos a vida e a Saúde pública.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Não havendo mais oradores
inscritos, está encerrada a discussão. Em
votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam
como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.
Há sobre a mesa requerimento de
urgência do Projeto de lei nº 324,
de 2019, de autoria do nobre deputado Marcio
Nakashima.
Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a
discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de
acordo permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.
Há sobre a mesa requerimento de urgência do Projeto de lei nº 88, de 2021,
de autoria do nobre deputado Carlão Pignatari.
Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a
discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de
acordo permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.
Há sobre a mesa requerimento
de urgência do
Projeto de lei nº 704, de 2019,
de autoria do nobre deputado Adalberto Freitas.
Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a
discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.
Há sobre a mesa requerimento de urgência do
Projeto de lei nº 345, de 2019,
de autoria do nobre deputado Delegado Bruno Lima.
Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para
encaminhar em nome da bancada do PT.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a
palavra, deputado Barba.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT
- SEM REVISÃO
DO ORADOR - Sr. Presidente Cauê Macris,
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, na verdade, Sr. Presidente, eu não tenho nada
contra o projeto, é que eu precisava fazer uma fala
aqui sobre um determinado tema.
O
primeiro tema, Professora Bebel, é declarar
nossa solidariedade, de toda a nossa bancada, aos trabalhadores da Educação,
aos trabalhadores da Saúde, aos trabalhadores do
transporte público, aos trabalhadores de
supermercados, restaurantes e padarias, aos
trabalhadores da Segurança
Pública,
que é o conjunto de trabalhadores que
estão expostos à pandemia. Os policiais, da
Segurança Pública, eu falei Segurança Pública,
envolve a Polícia Militar e a Polícia Civil.
Então está chegando
o momento em que o governo do estado de São Paulo e o
presidente da República vão ter que tomar uma
posição, porque a nova cepa, essa nova variante do coronavírus, ele é muito violento, deputado Paulo
Fiorilo.
Ele,
quando te ataca, te ataca mais rápido. Aquilo que demorava três,
quatro dias para você ir para uma UTI, demora às
vezes um dia, para você parar numa UTI. E nós
estamos ficando aqui com os nossos hospitais esgotados.
Olha,
veja bem, quais são os hospitais que estão esgotando agora as vagas de internação e as vagas de UTI: Sírio-Libanês,
Albert Einstein, Dante Pazzanese. É o setor privado da Saúde,
agora, que está com esse problema.
Então,
declarar que é necessária
uma ação urgente do governador, do presidente da República,
mas também desta
Casa, presidente Cauê Macris. Sr. Presidente, mas
também desta Casa.
Nós
vamos ter que tomar uma decisão urgente em relação ao avanço
da pandemia com essa nova cepa e essa nova variante, que é muito mais violenta. Essa era a
primeira coisa que eu queria falar.
A
segunda coisa: eu tenho recebido, Professora Bebel, recebi o pessoal,
virtualmente, da saúde suplementar. O pessoal que
nos acompanhou no debate da Lei nº
17.293,
a origem dela é o Projeto nº 529,
que nós falamos, alertamos, nós éramos contra
o conjunto da proposta. Várias bancadas contrárias,
mas tinha bancada que era contra um ponto, outra bancada é contra, nós éramos contra o conjunto da
proposta.
E,
desta tribuna, eu vi a deputada Dra. Damaris afirmar que não haveria aumento de
imposto no Projeto nº 529.
Eu assomei à tribuna para falar: “Deputada, a senhora não
entendeu o que a senhora leu”, porque tinha um item lá do
projeto, no Art. 22, deputada Janaina, e você foi
enganada nisso também, que tratava o seguinte:
redução do benefício
de maneira linear em vinte por cento.
Dava
a impressão de que o governo estava falando que ele ia reduzir benefício.
Não,
ele ia reduzir, ele ia aumentar a carga tributária.
Então hoje estão acontecendo várias manifestações do setor do
agronegócio, das montadoras.
Olha
bem, deputado Wellington Moura, o setor da saúde
suplementar: eles fornecem quase 200 produtos, que vão desde bisturi,
equipamentos cirúrgicos, máquinas,
equipamentos, que tinham zero por cento de alíquota
do ICMS no estado de São Paulo.
Sabe
para quanto foi? Para aplicar a lógica do governo, teria que
aplicar 20% sobre os 18, eles subiriam de zero para três
ponto seis. Não, subiu de zero para dezoito por cento.
E
vocês, da base aliada, vocês,
eu alertei isso aqui várias
vezes, vocês votaram nesse projeto, não
observaram, nós destacamos. Hoje tem um
projeto nesta Casa, do deputado Ricardo Mellão, subscrito por vários
deputados, que a nossa bancada, a do PT, vai subescrever.
Deputado
Ricardo Mellão, se estiver me ouvindo, ele me
procurou, nós debatemos isso hoje na nossa
bancada, vamos apoiar o Projeto nº
82,
que revoga o Art. 22 da Lei nº
17.293,
para corrigir essa distorção.
E,
olha, no momento em que nós estamos, esse pessoal,
deputado Barros Munhoz, da saúde
suplementar, eles fornecem equipamento para os hospitais particulares, tal,
tudo, mas também fornecem para o SUS, para o
sistema público de Saúde.
E, aí, você sai
de uma alíquota de zero para dezoito, num
momento em que a pandemia está assolando
e está matando gente no Brasil
inteiro.
Então
amanhã eu vou receber, deputado Barros
Munhoz, de maneira virtual o pessoal do agronegócio.
O pessoal que tem as fazendas, que tem as máquinas
agrícolas, quer conversar comigo,
que eles também querem pedir o apoio da
bancada do PT.
Agora,
nós
alertamos o tempo todo que esse projeto, um dos pontos do coração do projeto
era o aumento da alíquota do imposto. Como é que ele fez a redação, Major
Mecca? Assim: “Cortam-se 20% nos benefícios
fiscais”.
Dá a impressão de que vai reduzir, porque
fala em corte. Mas é corte no benefício
que eles estavam dando. Então quem tinha as montadoras, por exemplo, setor
automotivo, que pagava doze, passa a pagar treze ponto três.
O custo do estado de São Paulo é mais caro do que o custo de
todo o restante do Brasil.
Então
em outros lugares vai continuar com doze, com dez, com menos até, e aqui no estado de São Paulo
aumentou o custo. Quer dizer, e nós alertamos o tempo todo,
deputada Professora Bebel. Falamos aqui, olha, os problemas do projeto.
Esse,
da Saúde, eu recebi, e eu fiz ele na
semana passada, com a Bright, com a Abimed, com a Abme, tudo virtual. Eles
relataram quais eram os problemas, eu pedi para que
eles me mandassem o conjunto de produtos, que são quase 200 produtos, que são
vendidos no estado de São Paulo e no Brasil inteiro, e que você perde
competitividade.
Vou
dar um outro exemplo aqui, pegando as montadoras como exemplo: a Toyota, ela só
existe
no Brasil no estado de São Paulo, ela só monta carro no estado de São Paulo. Como ela pagava 18% lá e
caiu para doze, na hora em que ela liga a máquina,
a diferença do custo para ela produzir um
carro é 23% maior do que em outro
estado.
Com
um ponto três,
foi para quase vinte e cinco. Então
é esse o debate que a gente acaba
não fazendo nesta Casa, que seria um debate de reforma
tributária, que tem que começar em Brasília e descer para os estados, fazendo
uma reforma tributária em que você vai beneficiar o
setor produtivo, não o setor financeiro, que levou um trilhão e 300 bilhões de
reais no começo da pandemia, no governo Bolsonaro. E o João Doria, aqui no
estado de São Paulo, não é diferente para favorecer o setor financeiro.
E
quem produz neste país, quem realmente produz, gera riqueza, faz as cadeiras
onde sentamos, os carros em que a gente anda, o avião, as tecnologias, o
desenvolvimento tecnológico, realmente eles acabam pagando mais caro do que o
setor financeiro. Então, estamos com um problema.
Eu
tenho recebido esse povo, Major Mecca. Eles têm
vindo, eles querem falar pessoalmente e eu tenho tomado cuidado: “Vamos fazer
uma reunião virtual”. Se forem poucas pessoas, dá para eu receber no gabinete.
Não dá para receber mais do que duas ou três pessoas. O nosso espaço permite
que a gente faça reunião com duas ou três pessoas com um bom distanciamento.
Agora,
por que estou fazendo esta fala aqui hoje? Porque há alguns dias ouvi a
deputada Janaina reclamando disso. Ela foi enganada naquele momento, porque ela
conseguiu tirar quatro empresas e algumas coisas, só que, daqui a pouco, vai
vir para cá o debate do ITCMD separado.
Foi
assim no Projeto nº 01, lembra disso? Tiraram a Dersa. Todo mundo: “Não, agora
dá para fazer porque tirou a Dersa”. Depois veio a Dersa sozinha e foi extinta.
Então,
tem as armadilhas que o governo vai montando e aprovando e nós, da oposição,
resistindo. Aí o pessoal fala: “Mas é porque o PT é estatista”. Não somos
estatistas. Nós defendemos que, algumas coisas, é importante que sejam do
estado e que o estado tem que ser indutor.
Vamos
discutir a questão das águas aqui no Brasil, deputado Paulo Fiorilo?
No Brasil, tem o debate da privatização do saneamento básico, da privatização
das águas. Quem é que toma conta das águas nos Estados Unidos, Major Mecca? Você sabe? As Forças Armadas americanas.
A
água americana está sob a proteção das Forças Armadas americanas, pois é uma
questão do estado, uma questão do povo. É uma riqueza natural do solo, mas está
previsto que, daqui a 30 anos, pode faltar água e poderia ter uma guerra por
falta de água, então não vão deixar acontecer isso. Então, bota sob a proteção
do Exército, das Forças Americanas.
E
aqui no Brasil nós vamos entregando. Vamos entregando nosso aquífero, vamos
entregando saneamento básico, vamos entregando, daqui a pouco, a Radiobrás, a Petrobras, a Eletrobras, tudo aquilo que é
estrutura e que foi montado exatamente para desenvolver o País.
Então,
tem coisa que eu acho que é do setor privado mesmo, mas tem coisa que... Até a
Saúde eles querem levar para o setor privado. E não tem problema, tem a parte
suplementar da Saúde já no setor privado.
Quem
tem condições vai lá e compra seu plano médico, paga, não tem problema, mas
quem não tem, quem ganha 1.500, 1.800 - a base do povo brasileiro é dois mil
reais -, eles não têm direito de comprar uma saúde privada.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Encerrada a discussão. Não havendo mais oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.
Há sobre a mesa requerimento de urgência ao Projeto de lei n° 1256, de 2019, de autoria do nobre deputado Emidio de Souza.
Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, existem dois pedidos de requerimento de urgência que não tinham sido deliberados no Colégio, mas cujos autores nos solicitaram e disseram que existia acordo entre todos os presentes no plenário, todos os líderes em plenário.
O primeiro deles é o requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 245, de 2019, de autoria do deputado Wellington Moura. O segundo deles é o requerimento de urgência ao PL 69, de 2021, de autoria do deputado Tenente Nascimento. Questiono os líderes em plenário se algum líder não concorda com a pauta desses dois requerimentos.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT – PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, o projeto do deputado Wellington Moura é o projeto que a gente sabe, que é o da ideologia de gênero, que lá atrás nós debatemos e topamos. Eu assinei para que fosse debatido. Aprova-se a urgência dele, faz-se congresso de comissões e ele é remetido para aquele grupo de projeto críticos. Ok?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sim, o acordo que foi proposto aqui pelo deputado Wellington é de que aprovaria a urgência, aprovaria no congresso de comissões e ele entraria para os projetos polêmicos.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Isso, projetos polêmicos.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Para o grupo dos projetos polêmicos.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Isso. Eu falei o quê? Falei “críticos”, né?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - É parecido. O do deputado Nascimento eu não sei sobre o que se trata.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É uma denominação, é um projeto bem mais tranquilo. É uma denominação e ele só quer a aprovação da urgência.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Qual é o nome?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Nascimento, se V. Exa. pudesse esclarecer ao deputado Teonilio Barba, acho que auxiliaria a todos no plenário. Pois não.
O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Deputado Barba, é a denominação de uma Etec. Uma denominação. É só um projeto para ser aprovada a urgência. Depois ele volta para as comissões. Não é para aprovar o projeto. É dar um nome.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Qual é o nome que está sendo dado?
O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - É do pai do... Está aí o nome?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Denomina “Antônio Furlan” a Escola Técnica Estadual - Etec de Barueri.
O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - De Barueri. É isso. Antônio Furlan.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Antônio Furlan, a Etec de Barueri. Essa é a denominação do deputado Nascimento. Existe alguma contrariedade a que eu leve isso a votação? Como não foi combinado no Colégio de Líderes, questiono o plenário se concorda com a decisão. (Pausa.)
Havendo anuência, há sobre a mesa requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 245, de 2019, de autoria do deputado Wellington Moura.
Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.
A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Presidente, declarar voto contrário da bancada do PSOL.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrada a declaração de voto.
O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Presidente, para declarar voto contrário da bancada do PT.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Deputado Barba declara voto contrário também.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, a deputada Monica Seixas já manifestou voto contrário da bancada do PSOL, mas eu quero declarar veementemente também o meu voto contrário.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Quer ratificar a declaração de voto da deputada Monica Seixas.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Ratificar veementemente.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito, está ratificada a declaração de voto contrário, deputado Giannazi.
O SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Quero agradecer a todos os deputados que estão aqui presentes e dizer à população, às famílias que têm os seus filhos e não aceitam que, no ensino público, tanto no estadual como no particular, seja levado que as professoras possam ensinar que o menino pode ser menina.
Então, nosso projeto dispõe sobre a proibição de ideologia de gênero nas escolas da rede pública estadual e do ensino privado em todo o estado de São Paulo.
Dessa forma, Sr. Presidente, o artigo diz que fica vedada na rede pública de ensino, no âmbito estadual e nas entidades privadas do estado, por parte dos orientadores, dos diretores, dos coordenadores e de qualquer funcionário subordinado à rede pública ou particular do estado, a institucionalização acerca de conteúdo curricular de orientação pedagógica que dissemine a utilização da ideologia de gênero dentro ou fora da sala de aula, orientação sexual de cunho ideológico e de seus respectivos derivados e a propagação de conteúdo pedagógico.
Então, Sr. Presidente, foi um grande avanço que demos hoje ao aprovar essa urgência para as famílias, para você que tem família, para você que é um cristão, para você que não aceita esse tipo de ensino dentro das escolas da rede estadual como também das redes privadas. Nós vamos lutar sempre pela família. Esse foi um grande desejo nosso e quero agradecer a todos os deputados que nos ajudaram a passar essa urgência.
Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, para uma comunicação.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Posso só votar o requerimento de urgência do próximo projeto e depois passo a comunicação? Pode ser?
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sim.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Há sobre a mesa requerimento de urgência ao PL 69, de 2021, de autoria do deputado Tenente Nascimento.
Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Está aprovado.
Para uma comunicação, o deputado Carlos Giannazi.
Acho que o deputado Wellington Moura não recebeu as
últimas informações dos julgamentos do Supremo Tribunal Federal dizendo o
contrário do que V. Exa. coloca no projeto.
Hoje, a escola é obrigada a debater, sim, a questão da
diversidade sexual, da orientação sexual, questões de cidadania, de combate à
homofobia, de combate ao racismo, de combate à violência contra as mulheres. Já
tem várias decisões do Supremo Tribunal Federal.
Então, esse projeto de V. Exa. é um projeto
inconstitucional e é uma aberração pedagógica. Ideologia de gênero, isso não
existe, isso é um debate já superado. Isso não tem mais apelo. Vossa Excelência
joga para a plateia, para os seus eleitores, mas isso já foi superado no debate
no Brasil. Então, quero registrar que o projeto é inconstitucional, porque já
tem decisões do Supremo Tribunal Federal falando o contrário.
Era isso, Sr. Presidente.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Sr.
Presidente, para uma breve comunicação.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra, deputada Bebel.
Não existe ideologia de gênero. Ideologia é uma
concepção de mundo, de sociedade. Não existe ideologia pontual. Essa história
foi inventada para ficar como aquelas fake news que
geraram todo aquele arcabouço falso nas redes sociais... Isso, todas essas
coisas, mamadeira de “piroca”, todas essas coisas absurdas, para dizer que
ensinam na escola.
Precisa ir para o chão da escola pública e ver o quão
preparados são os nossos professores para trabalhar qualquer conteúdo, seja ele
a diversidade sexual, a social, a étnico-racial e por aí vai. Não sabe nada de
escola pública.
Acho que eles ficam imaginando que transformamos as
salas de aula naquilo que eles pensam nas cabeças deles. Nós temos clareza da
cientificidade daquilo que debatemos. Temos responsabilidades, religiosas até.
Por isso, um cuidado com a abordagem.
Então, não aceitamos essa história de tergiversar um
debate, com a seriedade que ele deve ser tratado, de diversidade de gênero,
diversidade sexual, com o que a sociedade espera da escola.
Então, me desculpe, eu sou da escola pública.
Trabalhei com meus colegas e muitos deles trabalharam, sim, conceitos de gênero
e isso nunca foi problema para nenhum pai e para nenhum aluno.
Muito obrigada.
O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Sr. Presidente, se houver acordo entre os líderes, eu
queria pedir a suspensão dos trabalhos por dois minutos.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Existe acordo para a suspensão? Então estão suspensos
os nossos trabalhos por dois minutos.
* * *
- Suspensa às 17 horas e 50 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 54 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Reaberta a sessão.
Consulto os Srs. Líderes: tem mais um pedido de urgência aqui, solicitado pelo deputado Teonilio Barba, líder do PT, em favor do Projeto nº 42, de 2021, de autoria do deputado Paulo Fiorilo.
Isso não foi tratado também no Colégio de Líderes. Eu consulto os Srs. Líderes presentes no plenário se concordam com que eu traga à pauta neste momento para deliberação o requerimento de urgência. (Pausa.)
Havendo anuência, coloco em discussão o requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 42, de 2020. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Sr. Presidente, terminadas as votações, posso fazer uma comunicação?
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pode. Enquanto organizamos a pauta dos congressos de comissões, V. Exa. tem a palavra para comunicação.
A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu pedi a palavra para comunicar que a bancada do PSOL se reuniu e tomou a decisão de lançar candidatura própria à Presidência da Mesa, que deve ocorrer no próximo dia 15 de março. Muito nos orgulha lançar aqui o nosso nome à Presidência, que é o deputado Carlos Giannazi, que vai disputar em nosso nome, com o nosso programa, a Presidência da Assembleia Legislativa.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Perfeito. Só lembrando a deputada Monica que é importante, no momento do processo eleitoral, como não existe registro prévio de candidaturas, que V. Exa. coloque o nome dele na disputa no momento oportuno. Mas já fica registrado aqui que o PSOL terá o candidato Carlos Giannazi como candidato a presidente da Casa, o deputado experiente Carlos Giannazi.
Convocação: Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Finanças e Orçamento, a realizar-se hoje às 18 horas e 10 minutos, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 717, de 2020.
Convoco também as mesmas reuniões para as 18 horas e 55 minutos.
Convocação: Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Saúde e de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje às 18 horas e 12 minutos, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 535, de 2020, de autoria do deputado Campos Machado.
Convocação: Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Defesa dos Direitos do Consumidor e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje às 18 horas e 14 minutos, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 971, de 2019.
Convocação: Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Educação e Cultura e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje às 18 horas e 16 minutos, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 77, de 2021.
Convocação: Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje às 18 horas e 18 minutos, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 88, de 2021, de autoria do deputado Carlão Pignatari.
Convocação: Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje às 18 horas e 20 minutos, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 704, de 2019, de autoria do deputado Adalberto Freitas.
Convocação: Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, §5º, ambos do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje às 18 horas e 22 minutos, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 345, de 2019, de autoria do deputado Delegado Bruno Lima.
Convocação: Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Transportes e Comunicação e de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje às 18 horas e 24 minutos, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 1256, de 2019, de autoria do deputado Emidio de Souza.
Convocação: Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, § 5º, ambos do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje às 18 horas e 26 minutos, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 245, de 2019, de autoria do deputado Wellington Moura.
Convocação: Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Administração Pública e Relações do Trabalho e de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje às 18 horas e 28 minutos, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 42, de 2021, de autoria do deputado Paulo Fiorilo.
Faço uma retificação da primeira convocação: ao invés de 18 horas e 55 minutos, fica às 18 horas e 30 minutos, a segunda convocação para apreciação do Projeto de lei nº 717, de 2020.
A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Sr. Presidente, peço a suspensão da sessão até as 18 horas e 40 minutos.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Consulto os líderes presentes em plenário se concordam com a suspensão. (Pausa.) Havendo anuência, estão suspensos os nossos trabalhos. Só lembrando que agora, às 18 horas e 10 minutos, iniciamos os nossos congressos de comissões. Peço a todos os deputados que, por favor, participem, ali no salão nobre da Presidência.
Estão suspensos os nossos trabalhos.
* * *
- Suspensa às 18 horas e 03 minutos, a sessão é reaberta às 18 horas e 50 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Reaberta a sessão.
A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Sr. Presidente, peço a prorrogação da presente sessão por mais 15 minutos.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Coloco em votação. Os favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada.
A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Peço a suspensão até as 19 horas e cinco minutos.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Consulto os líderes presentes em plenário. (Pausa.) Havendo acordo, estão suspensos os nossos trabalhos até as 19 horas e cinco minutos.
* * *
- Suspensa às 18 horas e 51 minutos, a sessão é reaberta às 19 horas e 06 minutos, sob a Presidência do Sr. Cauê Macris.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Reaberta a sessão.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:
* * *
- NR - A Ordem do Dia para a 06a Sessão Extraordinária foi
publicada no D.O. de 03/03/2021.
* * *
O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Sr. Presidente, para solicitar o levantamento da sessão.
O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Com anuência do líder Barba, havendo acordo entre as lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os nossos trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje.
Está levantada a sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 19 horas e 07 minutos.
* * *