2 DE MARÇO DE 2021

7ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

 

Presidência: CAUÊ MACRIS

 

RESUMO

 

ORDEM DO DIA

1 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Abre a sessão. Coloca em votação e declara aprovados os PLs 843/17; e 669/20.

 

2 - CARLOS GIANNAZI

Declara voto contrário ao PL 669/20, em nome do PSOL.

 

3 - TEONILIO BARBA LULA

Declara voto contrário ao PL 669/20, em nome do PT.

 

4 - TENENTE COIMBRA

Para comunicação, agradece todos os envolvidos e aqueles que votaram favoravelmente ao seu projeto. Diz esperar que este projeto-piloto seja um exemplo para o surgimento de outras Escolas Cívico-Militares.

 

5 - TENENTE NASCIMENTO

Para comunicação, parabeniza o deputado Tenente Coimbra pela aprovação de seu projeto.

 

6 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o substitutivo da Comissão de Saúde ao PL 324/19, restando prejudicado o substitutivo da Comissão de Constituição, Justiça e Redação e o projeto em tela.

 

7 - CARLA MORANDO

Declara o seu voto contrário ao PL 717/20.

 

8 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovados os PLs 345/19; 704/19; e 971/19.

 

9 - DANIEL JOSÉ

Declara voto contrário ao PL 971/19, em nome do Novo.

 

10 - ARTHUR DO VAL

Declara voto contrário ao PL 971/19.

 

11 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o PL 1.256/19.

 

12 - DANIEL JOSÉ

Declara voto contrário ao PL 1.256/19, em nome do Novo.

 

13 - ARTHUR DO VAL

Declara voto contrário ao PL 1.256/19.

 

14 - TENENTE COIMBRA

Declara voto contrário ao PL 1.256/19.

 

15 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Encerra a discussão e coloca em votação o PL 77/21.

 

16 - PAULO LULA FIORILO

Encaminha a votação do PL 77/21, em nome do PT.

 

17 - PROFESSORA BEBEL LULA

Encaminha a votação do PL 77/21, em nome do PT.

 

18 - CARLOS GIANNAZI

Encaminha a votação do PL 77/21, em nome do PSOL.

 

19 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA

Para questão de ordem, relembra o Ato nº 52, art.11, do presidente desta Casa, o qual afirma que durante as sessões plenárias todos os presentes devem usar máscara de proteção facial. Ressalta que este Parlamento tem aparecido na imprensa, pois nas sessões de Pequeno e Grande Expediente, deputados falam e até presidem a sessão, sem o uso de máscaras. Lembra que São Paulo bateu recorde de mortes. Afirma que não sabe como proceder nestes casos. Pede ao presidente uma regulamentação do uso de máscara em todos os ambientes desta Casa.

 

20 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Diz ser obrigatório o uso de máscaras. Pede aos parlamentares que estejam nas sessões nas quais não está presente, que usem a máscara. Lamenta que os próprios parlamentares que criam as regras, não as cumprem. Faz apelo aos parlamentares para o cumprimento desta norma. Pede que seja avisado caso algum deputado esteja sem máscara durante as sessões.

 

21 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA

Pede que o presidente envie a ela uma resposta por escrito de como proceder nas situações nas quais o presidente não estiver presente e os parlamentares não cumprirem as regras.

 

22 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Informa que irá discutir o tema com a Procuradoria. Diz não ser a primeira vez que a deputada questiona este tema.

 

23 - TENENTE NASCIMENTO

Declara voto contrário ao PL 717/20.

 

24 - MAJOR MECCA

Declara voto contrário ao PL 717/20.

 

25 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Coloca em votação e declara aprovado o PL 77/21.

 

26 - PROFESSORA BEBEL LULA

Declara voto contrário ao PL 77/21, em nome do PT.

 

27 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA

Declara voto contrário ao PL 77/21, em nome do PSOL.

 

28 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o PL 88/21.

 

29 - TEONILIO BARBA LULA

Para comunicação, agradece a todos os que aprovaram seu projeto e também do deputado Emidio de Souza, que não pôde comparecer em razão de problemas de saúde. Informa que o mesmo estabelece que o governo deverá preparar locais próprios para feiras e vendas de produtos.

 

30 - DANIEL JOSÉ

Para comunicação, agradece a todos que votaram em seu projeto de lei. Considera o mesmo muito importante para São Paulo. Ressalta que diversos estados já avançaram no estabelecimento do ensino integral. Destaca a necessidade de um programa claro. Diz ser este um modelo importante para dar oportunidade para muitas crianças.

 

31 - VINÍCIUS CAMARINHA

Para comunicação, comemora, em nome da Coordenadoria de Projetos, a aprovação de diversos bons projetos neste Parlamento. Afirma terem sido aprovadas boas leis para o povo do Estado, englobando diversos setores da sociedade. Parabeniza o presidente Cauê Macris por pautar esses projetos.

 

32 - ARTHUR DO VAL

Para comunicação, lamenta que o presidente Jair Bolsonaro tenha vetado a compra de vacinas pelos estados. Pede que o presidente vença o governador João Doria nas urnas ao invés de impedir a população de ter acesso às vacinas. Cita projeto de lei, de sua autoria, que irá autorizar o Estado a comprar a vacina e salvar a população. Critica a atuação do presidente ao colocar brigas políticas acima da vida dos brasileiros. Discorre sobre o repasse de orçamento ao estado de São Paulo. Convida todos os parlamentares que sejam a favor da vacinação a serem coautores do projeto.

 

33 - TENENTE NASCIMENTO

Para comunicação, parabeniza o presidente Cauê Macris e o deputado Vinícius Camarinha pela aprovação de diversos projetos. Apela ao governador João Doria para que sancione esses projetos. Pede que os projetos sejam lidos atentamente.

 

34 - PAULO LULA FIORILO

Para comunicação, sugere que o deputado Arthur do Val assine projeto de lei, de sua autoria, que trata do mesmo assunto. Esclarece que o Estado tem dinheiro e que pode comprar vacinas e pagar auxílio emergencial à população. Diz que o mesmo pode ser coautor do projeto. Parabeniza o presidente Cauê Macris e os deputados Vinícius Camarinha, coordenador de projetos e Teonilio Barba, seu líder.

 

35 - GIL DINIZ

Para comunicação, rebate o pronunciamento do deputado Arthur do Val. Critica a atuação do deputado nesta Casa.

 

36 - PRESIDENTE CAUÊ MACRIS

Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. Cauê Macris.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Item 1. Votação adiada do Projeto de lei nº 843, de 2017.

Em votação o projeto. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Item 2. Votação adiada do Projeto de lei nº 669, de 2020.

Em votação o projeto. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo...

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Qual é o projeto?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O projeto do deputado Tenente Coimbra.

Permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para manifestar o voto contrário da bancada do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado, com anuência da líder, o voto contrário da bancada do PSOL.

Deputado Teonilio Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para manifestar o voto contrário da bancada do Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário da bancada do PT.

 

O SR. TENENTE COIMBRA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Agradecer a todos os envolvidos. Deputado Vinícius Camarinha, pela coordenação do projeto. A todos que votaram positivamente no projeto das escolas militares, que é um desejo de milhares de famílias. Finalmente vai transformar isso em realidade no nosso estado de São Paulo.

Muito obrigado a todos. Que esse projeto-piloto sirva de exemplo para a ampliação. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Item 3…

Deputado Nascimento, pois não.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Para parabenizar o deputado Tenente Coimbra, pelo importante colégio, do qual eu anseio, do nosso povo, os nossos queridos alunos.

Muito obrigado. Parabéns, presidente. Parabéns, deputado Tenente Coimbra.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Item 3. Em discussão o Projeto de lei nº 324, de 2019. Em votação, o substitutivo da Comissão de Saúde, com parecer favorável. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o substitutivo da Comissão de Saúde e prejudicado o substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Eu gostaria só de deixar o meu voto registrado, contrário ao Projeto de lei nº 717.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário de Vossa Excelência. Prejudicado o substitutivo da Comissão de Justiça e o projeto.

Item 4. Discussão do Projeto de lei nº 345, de 2019. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o projeto. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Item 5. Discussão do Projeto de lei nº 704, de 2019. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o projeto. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Item 6. Discussão do Projeto de lei nº 971, de 2019. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o projeto. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. DANIEL JOSÉ - NOVO - Registrar o voto contrário da bancada do Novo.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário do Novo.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Para registrar o meu voto contrário.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário de Vossa Excelência.

Item 7. Discussão do Projeto de lei nº 1.256, de 2019. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o projeto. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. DANIEL JOSÉ - NOVO - Registrar voto contrário da bancada do Novo.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário do Novo.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Registrar o meu voto contrário.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário de Vossa Excelência.

 

O SR. TENENTE COIMBRA - PSL - Registrar o meu voto contrário.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário de Vossa Excelência.

Item 8. Discussão do Projeto de lei nº 77 de 2021. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o projeto. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados…

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para indicar para encaminhar o deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Sim, senhor. Tem a palavra o deputado Paulo Fiorilo para encaminhar.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, quando o projeto do deputado Daniel José foi apresentado no plenário para ser incluído na pauta, o deputado deve se recordar: eu fiz um questionamento ao deputado Daniel José.

A ideia de escola integral sempre é muito interessante aos municípios. O grande problema é que os prefeitos acabam tendo que arcar com um custo extremamente alto, o que acaba inviabilizando a implementação de uma escola desse tipo.

Aconteceu agora no início do ano em Jales, mas não só em Jales. Prefeito anterior tinha feito acordo para que houvesse escola integral, quando o prefeito atual assume, percebe o tamanho do problema e ele não tem condições de arcar com o custo. E ele acabou, com isso, o Governo do Estado não cedeu a possibilidade de negociar transporte, alimentação.

Professores tinham feito opção lá em Jales e perderam a possibilidade de uma escola integral por conta da radicalidade do governo do estado. Por isso eu falei ao deputado Daniel José que era inadmissível transferir responsabilidade que o município não tem.

Aliás, o estado faz isso com muita clareza, por isso quero registrar aqui a minha posição contrária ao projeto.

Muito obrigado, Sr. Presidente. Vou passar o tempo restante à deputada Bebel, líder da Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra a deputada Bebel.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - Pela ordem, presidente.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Bom, eu... É que eu vou complementar o tempo de fala, tá bom, deputado? Mas eu subi a esta tribuna um pouco por conta do alerta que eu quero fazer.

Eu estudei o projeto de lei, deputado Daniel José, ele pouco difere em termos da porcentagem que está no Plano Nacional de Educação e nos planos estaduais, porém, na prática, ao se colocar igual ao projeto do estado, conforme o programa estabelecido no estado de São Paulo, esse projeto, na verdade, ao invés de incluir, exclui, e digo o porquê.

Porque a linha utilizada é a seguinte: vai para o ensino médio, você tem um quantum de alunos que precisam, não podem trabalhar no diurno, precisam da escola noturna, ele precisa da escola que dê condições para que ele ou ela trabalhe, estudante ou estudante.

E o que acaba acontecendo é que há evasão e faz uma seletividade entre o aluno trabalhador e aquele que não precisa, que tem uma vida, digamos, que a gente gostaria, na verdade.

Deputado Daniel José, ninguém é contra escola de tempo integral, o programa do Governo do Estado de São Paulo é que não atende a essa ideia de inclusão que nós sempre carregamos. Não há que ser também coercitivo, como de resto, isso a gente ganhou a tese no estado; é por adesão, mas é por uma adesão muito difícil.

Dificilmente os conselhos de escolas são respeitados e o que acaba acontecendo é um jogo de braço entre os professores e quem quer a escola de tempo integral, quando o professor entra é que ele vê a armadilha em que ele entrou. Os tais dos 75%, que é um diferencial que os professores devem receber, primeiro abre para mim um duplo debate.

Ora, se eu posso dar 75% para um projeto dar certo, deputado Giannazi, por que é que não estende para todas as escolas? Todos são valorosos trabalhadores, mas não é só isso, que isso não é incorporado devidamente: quando esse professor se aposentar, ele não leva na totalidade do salário dele.

Então, ele vai ter problemas futuros. A luta nossa tem que ser por um programa de tempo integral, sim, que leve em conta a mulher trabalhadora, portanto, creches e pré-escolas integrais, o ensino fundamental, o médio... Então dê uma bolsa de estudos. Não tem isso no projeto do deputado.

Se tivesse bolsa de estudo no projeto do deputado Daniel José, eu, com certeza, votaria favorável, porque ele viu uma forma de inclusão. Mas não tem. E ele sequer conversou comigo, deputado Barba. Ele manda por e-mail, por WhatsApp, e tudo bem. Não, eu não sou a dona da verdade, mas eu não posso ser favorável a um projeto que não inclui - e, na verdade, exclui.

Então, eu, nessa direção, quero dizer que quero... E espero que minha bancada me acompanhe e vote contrário. Eu não obstruirei, mas acho que essa coisa de colocar X por cento de matrícula e X por cento de escolas sem colocar também a perspectiva para as matrículas, porque não adianta...

Escola é prédio. Quem garante a inclusão são os alunos que entram na escola. Então, isso é um diferencial importante, sobretudo no momento em que nós temos um Fundeb que está priorizando creches e pré-escolas, o ensino fundamental... Nós podemos ter esse olhar bem...

Se fosse, aliás, mais determinante o projeto, dizendo: “Não, o programa de tempo integral que contemple prioritariamente o ensino fundamental. E se o aluno do ensino médio tiver que ir para o ensino integral, ele tem bolsa de estudos”, aí... Porque ele é trabalhador, a grande maioria.

Falo por mim e por milhares de alunos que deixaram escolas de tempo integral e tiveram que sair e estudar no noturno. Porém, escola de tempo integral não funciona no noturno. Então, você tem ociosidade de espaço. Tudo isso tem que ser pensado.

Ele é um projeto historicamente bom, mas não pode ser no modelo de programa de tempo integral, como está aqui no estado de São Paulo. É por isso que nós estamos contra. Se o Daniel debatesse, delimitasse, trabalhasse a ideia da questão das matrículas - que dá corpo para a escola, entendeu?

E também resolvesse os problemas diferenciais mesmo com os professores, eu acho que a gente poderia pensar. Mas pensar uma escola de tempo integral assim, a dar continuidade somente a aumentar porcentagem, eu não acho que a gente avance muito.

É por isso que eu vou votar contra. Do contrário, votaria inteiramente a favor, porque é um projeto... Seria um projeto, seria por adesão... No caso do ensino fundamental, não, que é sonho nosso de consumo que as criancinhas pobres, elas ficam...

Agora, também tem um diferencial: será que é tempo integral ou escola de tempo integrado? O que é muito diferente, porque você, deputada Monica, pode, perfeitamente, integrar a teoria com a prática.

Então, não é mais tempo e “entuchar” o menino... Não. É integrar, ter interdisciplinaridade, multidisciplinaridade. É muito profundo debater escola integrada em tempo integral.

Essa é a nossa concepção. Ela é histórica, de trabalhar teoria com a prática. Esse sempre foi um sonho nosso, mas lamentavelmente o sonho nosso vem sempre numa forma de desgraça. Lamentável, não é? As pessoas veem as coisas muito… de forma rápida.

Para quem soa, fala: “Puxa, a deputada é contra”. Não, sou contra este modelo. Apresente um modelo com inclusão, com integralidade, integrando os currículos para ver se nós não votamos favorável. Vota, mas veta. Essa que é a questão. Então, vai passar, vamos fazer a linguagem do governo? Não.

É isso. Muito obrigada.

 

 A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Para indicar o deputado Carlos Giannazi para encaminhar pela bancada do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Tem a palavra o deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, olha, uma notícia aqui do “UOL”, que saiu agora: “Em pior dia da pandemia São Paulo tem recorde de mortes por Covid em 24 horas”.

Olha, 468 pessoas morreram nas últimas 24 horas. É o maior… o deputado Maurici estava falando que São Paulo virou o epicentro do mundo. Não é do Brasil, do planeta Terra, do coronavírus.

É um absurdo isso. Já tem indícios de que haverá o fechamento nos próximos dias, pelo menos matérias da grande imprensa dizendo que o governo estadual deve decretar um lockdown geral em todo o estado, colocando todo o estado na fase vermelha, porém não fechará as escolas, as escolas permanecerão abertas.

Isso é um genocídio na Educação, uma irresponsabilidade do governo Doria manter as escolas abertas, a pedido, na verdade cedendo aos interesses das escolas particulares, das grandes escolas particulares que estão também sofrendo, muitas delas suspendendo as aulas presenciais, principalmente aqui em São Paulo, com várias pessoas contaminadas.

Então, é inadmissível, inacreditável que, com esse número de mortos aqui no estado de São Paulo, 468 óbitos agora em 24 horas no estado de São Paulo, bem acima da média, que era de 250 pessoas por dia. Nós já estamos com 468 óbitos. Isso aí é grave.

E a Assembleia Legislativa aqui discutindo projeto de escola cívico-militar, discutindo a farsa da escola de tempo integral. É um absurdo. A Assembleia Legislativa tem que entrar nesse debate e tomar providências.

É como se esse número de mortos fosse o número de outro planeta, de outro lugar, de outro país, de outro estado. Não, é do estado de São Paulo, e a Assembleia Legislativa não reage, não debate, não apresenta propostas, não faz intervenções nesse sentido, salvo raras exceções aqui, sobretudo da oposição que tem apresentado as propostas e feito as intervenções.

E hoje nós estamos aqui votando dois projetos que representam retrocessos para a Educação, o projeto cívico-militar, que é um projeto excludente. Aliás, ambos são excludentes. O projeto de escola de tempo integral é um projeto excludente, apesar de o nome ser bonito, interessante.

E o projeto também da escola cívico-militar, que é um projeto que, na verdade, exclui os alunos, é um projeto de caráter altamente ideológico da extrema-direita, que tenta militarizar a Educação.

É um projeto que ataca o prestígio e a importância dos profissionais da Educação, sobretudo dos gestores escolares, porque os gestores nesse modelo de escola são gestores ligados à Polícia Militar.

Eu acho que lugar de militar não é dentro da escola, é fora, combatendo a criminalidade. Dentro da escola nós queremos educadores e educadoras, professores e professoras com formação em Pedagogia, pessoas que entendam, de fato, de Educação.

Sempre falo da farsa da escola de tempo integral, porque é uma escola excludente. Nós já fizemos inúmeros debates aqui na Assembleia Legislativa, já fiz vários pronunciamentos apresentando as contradições dessa farsa da escola de tempo integral.

Ela exclui uma boa parte dos alunos, sobretudo os alunos trabalhadores. Uma escola que adere a esse projeto, que tem 1.500 alunos, ela só vai atender, quando ela adere ao projeto, 300 ou 400 no máximo.

E o que acontece com os outros 1.000, 1.100, 1.200 alunos? São todos excluídos, são todos acomodados precariamente em outras escolas, muitas vezes distantes das suas casas, das suas residências, dos seus bairros. Esses alunos são diluídos na rede, superlotando outras escolas e outras salas.

Então, é um projeto para inglês ver, para mostrar alguns indícios de aprendizagem, de avanço na aprendizagem, e elas acabam até apresentando alguns indícios, alguma melhoria, até porque o número de alunos é menor, a infraestrutura é um pouquinho melhor, não é grande coisa e, é lógico, você tem uma melhoria mínima em relação a outras escolas que não aderiram.

Mas o Estado jamais investiria numa democratização do ensino no estado de São Paulo, no sentido de transformar todas as escolas em escolas de tempo integral, até porque ele não vai investir recursos nisso. Por isso é uma farsa, são vitrines.

Nós que conhecemos a rede estadual de ensino há muitos anos, vi tantos projetos! Fui professor durante 20 anos, da rede estadual. O projeto da escola-padrão, na época do Fleury, nós tivemos o Profic, que era aquele projeto das primeiras séries do ensino fundamental.

Então, são projetos vitrines, para inglês ver, e servem, sobretudo, nos momentos de eleição. Esse projeto de escola integral, para nós, é uma farsa completa, que a Educação do estado de São Paulo precisa de investimento, de mais investimento.

Nós queremos que o Plano Estadual de Educação seja respeitado e colocado em prática, o Plano Nacional de Educação. Nós já temos as diretrizes estabelecidas para a melhoria da Educação no estado de São Paulo, o cumprimento da LDB, da Lei de Diretrizes Básicas da Educação Nacional, o cumprimento dos artigos da Constituição Federal, do capítulo da Educação.

As diretrizes já estão dadas. É só ter investimento. E o Estado não investe, então ele cria esses projetos excludentes. Escola cívico-militar, a esta altura do campeonato, é um retrocesso sem precedentes no estado de São Paulo.

Agora, é um projeto que nem precisa da aprovação de um PL aqui na Assembleia Legislativa, porque é um programa, na verdade, é um convênio feito entre o governo federal e o governo estadual.

E o Rossieli Weintraub, que no começo dizia que era contra o projeto, que tinha resistência, agora aderiu para tentar cooptar a base eleitoral bolsonarista de extrema-direita do estado de São Paulo, como fez agora com esse decreto que ele anunciou e inclusive fez um vídeo, tirou fotos com os deputados.

Aqui eu vi vários deputados na foto com o Doria, deputado Jorge do Carmo, aquele decreto, deputada Bebel, tornando as igrejas serviços essenciais.

Em plena pandemia, 468 pessoas morrendo e ele promovendo aglomeração. Não era o momento de transformar igreja em serviço essencial. Ele vai na contramão. É um marqueteiro de quinta categoria, oportunista, negacionista, que não difere do Bolsonaro. O Bolsonaro pelo menos é assumido; é um negacionista assumido.

Tanto é que ele vai fazer um pronunciamento agora - estava lendo - e ele vai se colocar contra o “lockdown”. Quer dizer, o Brasil entrando na maior crise sanitária de todos os tempos…

Nós temos o agravamento da crise, as pessoas morrendo e o Bolsonaro vai pregar contra o “lockdown”, que é a grande reivindicação feita e a única possibilidade de deter a propagação do coronavírus hoje no Brasil.

Ou seja, o Bolsonaro milita contra a vacinação, milita contra o uso de máscara, milita contra o isolamento social, contra qualquer possibilidade de deter, como eu disse, a propagação do vírus.

Agora, o Doria tem um verniz. Diz que é defensor da Ciência, mas não segue a orientação da maior autoridade na área da Saúde, que é o secretário estadual de Saúde, que anunciou hoje numa entrevista que é contra a abertura das escolas, dizendo que tem que fechar as escolas.

O próprio secretário da Saúde do Doria dizendo que tem que fechar as escolas de São Paulo, afrontando inclusive a posição do RossieliWeintraub”. Tem que fechar. É isso que nós queremos, porque escola fechada significa vidas salvas.

Para salvar vidas você tem que fechar as escolas neste momento. Então, vai fechar tudo menos as escolas. Isso é o genocídio na Educação.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Presidente, eu sei que nós estamos numa votação, mas é uma questão de ordem que eu estou guardando há algum tempo, esperando o momento que o senhor estivesse presidindo a sessão.

Considerando que no Ato nº 52 de V. Exa., no seu Art. 11, está escrito que durante as sessões e reuniões as deputadas e deputados e todos os demais presentes, inclusive os que se encontram nos espaços que tratam os incisos I e III - fala de comissões e sessões - devem usar máscara de proteção facial.

A Assembleia Legislativa tem sido palco vergonhoso de matérias na imprensa, porque durante as sessões de Pequeno e Grande Expediente durante a tarde, quando V. Exa. não está, parlamentares inclusive presidem a sessão não usando máscara, usam da tribuna não usando máscara ou ficam pelo ambiente não usando máscara.

Nós estamos no dia em que o estado de São Paulo bate recorde de mortes. Nós, deputados e os trabalhadores que não podem se manifestar estamos em risco. Porém, por falta de regramento eu, deputada Monica, não sei como proceder se quem preside a sessão está sem usar máscara e se eu vou apresentar uma questão de ordem, fica cabendo a ele responder.

Gostaria que o senhor e a Procuradoria da Casa baixassem de uma vez uma regulamentação sobre o uso de máscaras em todos os espaços comuns, inclusive na Presidência, inclusive na tribuna.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Só antes, porém... Deputada Monica, é obrigatória a utilização de máscara no plenário ou em qualquer dependência da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo; é obrigatória.

Eu peço gentilmente aos parlamentares que estão presidindo a sessão ou estão na sessão nos momentos em que eu, presidente, não estou aqui, e normalmente eu só desço nas decisões deliberativas, isso é comum aqui, enquanto não é sessão deliberativa, o presidente normalmente é quem está, ou algum vice-presidente, ou quem está no plenário para utilizar da palavra.

Mas é obrigatória a utilização de máscaras na Assembleia Legislativa. É uma pena se existem deputados que não estão cumprindo as regras estabelecidas. Se nós, parlamentares, que criamos as regras e criamos as leis, não cumprimos nem as regras dentro do nosso próprio Parlamento, o que dirá de ações externas de qualquer parlamentar.

Então faço novamente um apelo aos parlamentares, porque é o único instrumento que eu tenho para fazer aqui em relação aos parlamentares, um apelo aos parlamentares.

E gostaria, inclusive, secretário-geral Rodrigo Del Nero, se estiver alguém sentado nesta mesa, presidindo a sessão sem máscara, eu gostaria de ser informado imediatamente que esse parlamentar está presidindo a sessão sem máscara, porque se estiver na Assembleia descerei para poder fazer com que se cumpra a regra do Poder Legislativo.

E já adianto: em todos os momentos em que eu estou no plenário, pelo menos comigo aqui, todos os parlamentares cumprem as regras de maneira à risca.

Agora, o que nós temos que fazer de fato, V. Exa. tem razão, é buscar outras ações possíveis dentro da normalização, para que se cumpra essa regra. Agora, é lamentável V. Exa. ter que vir aqui fazer essa Questão de Ordem. É lamentável a gente ter que passar por isso dentro desse processo em relação às máscaras.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - O senhor me permite mais um minuto?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pois não, claro.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Gostaria de pedir, por favor, que o senhor baixasse uma norma, ou que me mandasse uma resposta por escrito, porque resta dúvida sobre o meu direito individual, mas também sobre os trabalhadores, o que proceder.

De repente, o senhor está numa agenda externa; de repente, é um dia em que o senhor tem um problema pessoal; e a gente fica refém de usar a tribuna com uma regra que é descumprida. O que devem fazer os outros parlamentares que enfrentam essa sessão? Será que a Procuradoria e o senhor poderiam responder e normatizar por escrito, como em outras ocasiões a gente já fez?

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - O farei, o farei. Mas, talvez, vou refletir e discutir juridicamente com a Procuradoria quais são as possibilidades. Confesso que de cabeça aqui não saberia lhe responder sem um estudo um pouco mais aprofundado, mas vou conversar com a Procuradoria, uma vez que não é a primeira vez que V. Exa. questiona sobre esse tema. O deputado Paulo Fiorilo constantemente também coloca esse tema em cheque. Mas nós vamos refletir sobre isso.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - Eu queria declarar o meu voto contrário ao Projeto de lei nº 717.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - Queria declarar também o meu voto contrário ao 717.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário de Vossa Excelência.

Em votação o Projeto de lei nº 77, de 2021. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Para, com anuência do meu líder, declarar o voto da bancada do Partido dos Trabalhadores contrário ao PL nº 77, de autoria do deputado Daniel José.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado o voto contrário de Vossa Excelência.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Declarar voto contrário da bancada do PSOL ao PL nº 77.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Está registrado.

Em discussão o Projeto de lei nº 88, de 21. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação o projeto. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, só para agradecer a todos os deputados e todas as deputadas, porque esta noite aprovamos aqui vários projetos de deputados e deputadas, e um dos meus projetos foi contemplado, que é um projeto ligado ao cooperativismo, à economia solidária, à produção associativa, e que estabelece que o governo tem que preparar lugares para feiras, para trocas de produtos e vendas desses produtos. Então, quero agradecer a todos os deputados.

E também, em nome do deputado Emidio, que está com Covid e não pode estar aqui... O item 7 foi o projeto do deputado Emidio, que foi aprovado. Agradeço a todos os deputados e deputadas.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. DANIEL JOSÉ - NOVO – PARA COMUNICAÇÃO - Queria agradecer a todos os deputados que votaram favoravelmente ao projeto. Esse projeto é muito importante para a Educação de São Paulo.

O ensino integral, dentre todas as políticas públicas ligadas à Educação, é um dos que mais dão resultado, mais diminuem a desigualdade educacional. Diversos estados ao redor do Brasil já avançaram no ensino integral e o estado de São Paulo está atrasado.

Então, é muito importante que a gente tenha um cronograma claro de expansão do ensino integral. Tenho certeza de que o governo de São Paulo tem a mesma visão e entende que esse modelo é importante para dar oportunidade para muitas crianças e jovens e tenho certeza de que o governador João Doria e o vice-governador Rodrigo Garcia entendem isso e também vão buscar sancionar esse projeto, que é tão importante para São Paulo.

Obrigado a todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Vinícius Camarinha.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB – PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, mais uma vez, em nome da coordenadoria de projetos, designada por V. Exa. a este deputado, em nome de todos os líderes, queremos, mais uma vez, comemorar esta noite de aprovação de bons projetos desta Casa Legislativa. São Paulo está fazendo a sua parte, os deputados do estado de São Paulo fazendo a lição de casa ao aprovar boas leis para o povo do nosso estado, leis que vão de todos os setores culturais e socioeconômicos de nossa sociedade.

Então, parabéns, presidente Cauê Macris, pois V. Exa. é o responsável por pautar os projetos que dão tamanha contribuição para a melhoria de vida no dia a dia da nossa população.

Parabéns, presidente. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado, deputado Camarinha. Tem a palavra o deputado Arthur.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - PARA COMUNICAÇÃO - O presidente Jair Bolsonaro, em um ato autoritário de disputa política, vetou uma parte de uma MP que permitia aos estados e municípios a compra direta e a negociação direta de vacinas.

Então, quero mandar um recado para você, Bolsonaro: se você quer brigar com o Doria, que também não tem a menor competência para defender o meu estado, que ele é machão com dono de restaurante, mas é “tchutchuca” na hora de defender São Paulo de pessoas como você, se você quer brigar com o Doria, que o vença nas urnas, mas não impeça a população, principalmente a mais vulnerável, de ter acesso às vacinas.

Por isso, estou entrando com um projeto que vai autorizar este estado a comprar a vacina e a salvar a população de São Paulo. Se nós temos um negacionista na Presidência da República, se temos um presidente que coloca as brigas políticas acima da vida da população, nós temos que ter responsabilidade para negociarmos e comprarmos as vacinas.

Já não basta o tanto de repasse que nós, de São Paulo, pagamos e só recebemos 11% de volta; e o Bolsonaro vai lá no Twitter falar que repassou dinheiro para o estado, como se ele estivesse fazendo caridade. Quem paga a conta somos nós. Nós somos responsáveis por mais de 40% de toda a arrecadação do País.

Então, se você está em Brasília fazendo populismo, é com o dinheiro do paulista aqui. Eu convido, inclusive, a todos os parlamentares da frente ampla a favor da vacinação para serem coautores desse projeto, para que a gente consiga salvar a nossa população.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL – Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Pela ordem, deputado Nascimento.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL – PARA COMUNICAÇÃO - Quero parabenizar a Presidência desta Casa, na sua pessoa, deputado Cauê Macris, e também o deputado Camarinha, o grande coordenador dos projetos dos deputados, que aqui, mais uma vez, foram aprovados, e queria fazer um apelo ao Palácio, ao governador e todo o Palácio do Governo para que venham a ser sancionados esses projetos. 

Quero dizer, mandando um recado ao governador. Nós fizemos a nossa parte. Esta Casa fez a sua parte, fez o que era de direito, que é a nossa obrigação. Agora, pedimos: governador, antes de vetar qualquer projeto de deputado, leia atentamente, verifique.

Porque aqui foram debatidos, aqui foram, juntamente com a nossa assessoria, discutidos e aprovados esses projetos, graças a um trabalho importante. Eu desconheço, de muitos anos que eu já servi nesta Casa, como assessor, que tenha havido uma ação tão grande e tão importante para aprovar projetos de deputados.

Parabéns, presidente. Parabéns a todo o quadro de assessoria, Camarinha, e a todos os deputados.  

  

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Obrigado, deputado Nascimento. Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo. 

  

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, para um comunicado rápido, eu queria só aproveitar aqui a intervenção do deputado Arthur do Val e sugerir a ele que ele assine o meu projeto, que já está tramitando, que trata exatamente disso, para que a gente evite o esgotamento de vacinas, já que, infelizmente, o governo federal não conseguiu e não consegue comprar as vacinas de Oxford em quantidade necessária. 

E o estado tem dinheiro. Ao invés de o Doria guardar dinheiro, ele pode usar para pagar o auxílio emergencial, para pagar as vacinas, e, quem sabe, mitigar a situação do estado. 

Por isso, deixo aqui ao deputado Arthur a possibilidade de ser coautor, assim como outros deputados que queiram assinar esse projeto, e parabenizar o senhor pela condução dos trabalhos, deputado Camarinha, que tem sido um parceiro importante; o deputado Barba, que é meu líder. Graças a eles eu consegui, pelo menos, avançar com um projeto importante com relação à vacina.

Muito obrigado, Sr. Presidente.   

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO – PARA COMUNICAÇÃO - Brevemente, presidente. Eu não consegui entender, ficou ininteligível aqui a fala do deputado Arthur do Val. Eu não consigo compreender como que o presidente, Camarinha, veta uma MP.  

Para mim é novo isso. Gostaria de entender. Porque é discricionário do presidente fazer uma MP e mandar ao Congresso Nacional uma medida provisória ali, que acaba tendo força de lei. Nós conhecemos, não é?

Eu sei que o deputado “Mamãe Falei” não é afeito ao trabalho legislativo, ao trabalho parlamentar, deputado Altair. Ele é muito ausente aqui do plenário, não conhece o Regimento Interno, não conhece a Constituição Estadual. Então, eu gostaria que ficasse um pouco mais claro para o povo de São Paulo o que exatamente o presidente vetou.

Porque, simplesmente, aqui, ele veio fazer um vídeo para o YouTube. Ele utilizou aqui o microfone da Assembleia, a câmera da Assembleia, e vai jogar o vídeo para o YouTube, para um bando de analfabetos funcionais, que não vão entender também absolutamente nada do que foi dito aqui, mas vai ficar registrado simplesmente que ele é contrário ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.

Realmente, o imposto que São Paulo paga é surreal, e nós temos a União e temos o Pacto Federativo. A União mandou bilhões para o estado de São Paulo. São Paulo, segundo o próprio governador, fechou em superavit, nós não vemos o leão de YouTube, Arthur do Val, vir aqui discutir o que é relevante para São Paulo, fazer as discussões dos projetos que nós discutimos aqui diariamente.

Mas, para fazer vídeo no YouTube, a gente sabe como funciona, ele vem aqui criticar o presidente da República, deixando de lado, presidente, todo o nosso trabalho, toda a nossa produção legislativa, que nós estamos fazendo aqui, discutindo e debatendo os bons projetos dos deputados estaduais, e para isso nós fomos eleitos, para tratar dos assuntos de São Paulo, e não para fazer vídeo para o YouTube.  

Muito obrigado, Sr. Presidente. 

  

O SR. PRESIDENTE - CAUÊ MACRIS - PSDB - Esgotado o objeto da presente sessão, está levantada a sessão. Boa noite a todos. 

  

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- Levanta-se a sessão às 20 horas e 12 minutos.   

  

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