4 DE MARÇO DE 2021
23ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA,
FREDERICO D'AVILA e GIL DINIZ
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Solicita ao secretário da Educação
que suspenda as aulas presenciais. Discorre sobre a situação do País perante a
pandemia. Comenta o aumento no número de contaminações após o retorno às aulas
presenciais. Diz ter entrado com representação no Ministério Público contra a
decisão de retorno às aulas. Tece críticas ao governo federal. Defende a
concessão de renda básica para a população.
3 - LETICIA AGUIAR
Destaca a importância dos trabalhos
da Guarda Civil Municipal. Exibe imagens de visita ao Centro Integrado de
Comando e Operações Especiais da Praia Grande. Mostra dados da Guarda Municipal
da Praia Grande. Exibe vídeo de detenção de indivíduo, com a ajuda do
monitoramento do Cicoe.
4 - ITAMAR BORGES
Para comunicação, saúda a presença do
deputado Gabriel Souza e do presidente da Lide Eduardo Fernandez, nesta Casa.
5 - MAJOR MECCA
Apresenta slides e reprova o aumento
do Orçamento do governo estadual para publicidade. Comenta consequências
negativas causadas pelo lockdown decretado pelo
governo estadual. Contesta gastos do governo estadual durante a pandemia.
Critica recursos aplicados nos hospitais de campanha.
6 - FREDERICO D'AVILA
Critica aumento no Orçamento do
Estado para publicidade. Afirma ter presenciado base comunitária móvel nas
proximidades da residência do governador João Doria. Diz que o mesmo usa
recursos da Segurança Pública para a segurança particular de sua residência.
Afirma que cobrará esclarecimentos da Secretaria de Segurança Pública.
7 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA
Discorre a respeito de vídeo, feito
em frente ao gabinete da deputada Erica Malunguinho,
pelo deputado Frederico d'Avila. Destaca a necessidade do uso de máscara pelos
deputados da Casa. Afirma ter sofrido perseguição nas dependências deste
Parlamento. Recorda acusações proferidas pelo deputado Frederico d'Avila contra
a sua pessoa. Afirma que o mesmo deverá pagar oito mil reais de indenização por
danos morais. Defende a concessão de auxílio e linha de crédito para o
enfrentamento do isolamento social pela população.
8 - FREDERICO D'AVILA
Assume a Presidência.
9 - CORONEL TELHADA
Afirma que a deputada Monica da
Mandata Ativista não comparece com assiduidade a esta Casa. Alega seguir todos
os protocolos de segurança desta Casa. Diz que a deputada Monica da Mandata
Ativista teria comparecido em manifestação sem o uso de máscara. Saúda o
município aniversariante de Queluz. Relata ter feito indicações visando a
vacinação dos agentes de Segurança. Afirma que o governador estadual não atende
as solicitações desta Casa. Faz leitura de depoimento de seguidora, que relatou
ter salvado a vida de uma criança graças a vídeos de primeiros socorros
postados em sua página. Exibe vídeo de apreensão de entorpecentes pela Polícia
Militar.
10 - JANAINA PASCHOAL
Critica o aumento do Orçamento para
publicidade, diante do cenário de pandemia enfrentado pelo Estado. Questiona o
porquê de os seus projetos não serem pautados. Diz que o projeto de sua
autoria, que visa proibição de dinheiro público com publicidade, não teria sido
pautado por representar divergências com os interesses do governo estadual.
Afirma que a oposição está aliada ao PSDB.
11 - CONTE LOPES
Mostra-se descontente com a possível
eleição do deputado Carlão Pignatari para a Presidência desta Casa. Comenta as
eleições municipais do ano de 2020. Afirma ser contra a votação por meio de
urnas eletrônicas.
GRANDE EXPEDIENTE
12 - LETICIA AGUIAR
Discorre sobre visita à AME de São
José dos Campos nesta manhã. Pede investimento em aparelho de mamografia. Lê e
comenta nota enviada pela Associação Comercial Industrial da citada cidade, a
respeito da regressão do estado à fase vermelha do Plano São Paulo. Afirma que
o Vale do Paraíba apresenta baixos índices de ocupação de UTI. Pede a revisão
da medida. Reflete acerca da importância de oferecer crédito aos empresários.
Parabeniza o Inpe pelo lançamento do satélite Amazônia 1 no último domingo.
Destaca o trabalho do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. Lembra a
apresentação do PL 495/19, de sua autoria.
13 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA
Cumprimenta o Inpe pelo serviço de
apoio à agricultura brasileira. Parabeniza o Instituto pelo lançamento do
satélite.
14 - TENENTE NASCIMENTO
Agradece ao ministro da Saúde por
acatar a indicação feita por esta Casa, que inclui profissionais da Educação no
grupo prioritário de vacinação. Pede prioridade aos profissionais da Segurança
Pública. Parabeniza o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Eduardo Pazzuello.
15 - GIL DINIZ
Critica o corte no Orçamento da
Saúde. Lamenta o aumento de verba para contratos de publicidade. Tece críticas
ao governo estadual. Discorre sobre a base comunitária móvel estacionada em
frente à casa do governador João Doria. Cita o número de mortes por Covid-19 em
São Paulo. Afirma que o estado não tem plano para contenção da pandemia
(aparteado pelo deputado Conte Lopes).
16 - MAJOR MECCA
Para comunicação, esclarece que o
governador já utiliza a cota de policiais militares disponível para sua
segurança e, portanto, não tem direito à base comunitária móvel em sua rua.
Afirma que a ação é classificada como desvio de finalidade.
17 - GIL DINIZ
Assume a Presidência. Informa que seu
gabinete trabalha em um novo pedido de impeachment do governador João Doria.
18 - FREDERICO D'AVILA
Elogia decisão do STF que autoriza o
porte automático de armas pelos GCMs. Cumprimenta o
ministro da economia, Paulo Guedes, e o presidente Jair Bolsonaro pela isenção
de impostos federais em mais de 250 itens. Critica o aumento de tributação no
estado e os gastos com publicidade. Rebate o discurso da deputada Monica da
Mandata Ativista. Exalta a atuação do deputado Carlos Giannazi nesta Casa.
Repudia os discursos do deputado federal Arnaldo Jardim e do deputado Itamar
Borges a defender a classe ruralista após voto a favor do PL 529/20. Pede pela
candidatura do deputado Conte Lopes à Presidência deste Parlamento (aparteado
pelo deputado Conte Lopes).
19 - CARLOS GIANNAZI
Pelo art. 82, cobra a votação do PDL
22/20. Cita deputados que já se posicionaram a favor da matéria. Lembra que a
propositura fora aprovada em todas as comissões. Critica os descontos nos
salários de servidores aposentados. Discorre sobre a importância dos servidores
públicos para o funcionamento do estado. Lamenta a aprovação da reforma da
Previdência.
20 - MAJOR MECCA
Para comunicação, informa o seu apoio
ao PDL 22/20, do deputado Carlos Giannazi. Critica os descontos nas
aposentadorias de servidores.
21 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, lembra o aumento de
impostos em insumos da Saúde. Considera que, mesmo sem os descontos, os
aposentados seriam prejudicados pelas medidas do governador. Lamenta provável
aumento dos valores de planos de saúde.
22 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, agradece aos
deputados Major Mecca e Frederico d'Avila pelo
engajamento ao PDL 22/20. Lamenta a aprovação do PL 529/20.
23 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão,
por acordo de lideranças.
24 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Defere o pedido. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária do dia 05/03, à hora regimental, sem Ordem do
Dia. Levanta a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a
sessão o Sr. Coronel Telhada.
* * *
-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta
Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente
de hoje, dia 4 de março de 2021.
Iniciamos
o Pequeno Expediente com os seguintes oradores inscritos: o primeiro orador é o
deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.)
Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge
do Carmo. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.)
Deputado Frederico d'Avila. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado
Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputado
Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid.
(Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio.
(Pausa.) Deputado Maurici. (Pausa.) Deputada Analice
Fernandes. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa.
(Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado
Daniel José. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. Eu falarei depois. Deputado Gil
Diniz. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi, V.
Exa. tem o tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectador da TV Assembleia,
quero mais uma vez aqui da tribuna da Assembleia Legislativa exigir do governo
Doria, exigir do secretário da Educação, Rossieli “Weintraub”, a imediata suspensão das aulas presenciais em
todo o estado de São Paulo. Ontem, nós tivemos 1.910 pessoas mortas pela
Covid-19, Sr. Presidente.
Nós
estamos vivendo um verdadeiro estado de calamidade pública. O Brasil já é uma
preocupação mundial, global. Os vários jornais internacionais estão dizendo
isso nos Estados Unidos, na Inglaterra.
O
Brasil virou um pária no mundo e uma ameaça global de contaminação para o mundo
por conta das cepas que estão se desenvolvendo no Brasil. Fora as que estão
vindo de fora - da África do Sul, do Reino Unido -, tem as nossas.
Tem
a de Manaus e outras nativas que surgem, porque aqui não há política de combate
à propagação do coronavírus. São mais de 1.910 mortes na data de ontem. Isso é
muito sério e, no entanto, aqui em São Paulo, o governador Doria não suspendeu
as aulas presenciais, transformando as nossas escolas em templos da morte,
templos da doença, do medo, do terrorismo psicológico.
É
isso que está acontecendo nas escolas, muitas pessoas contaminadas. Nós estamos
recebendo dezenas e dezenas de denúncias das mais variadas redes de ensino - da
rede estadual, das redes municipais, da rede particular - com uma contaminação
generalizada em várias escolas públicas e privadas no estado de São Paulo. E,
no entanto, o governo insiste nessa tese, nessa orientação genocida.
E
tem que falar que é genocida, porque é uma orientação que mata as pessoas. Nós
já estamos com quase 260 mil pessoas mortas, sendo que muitas delas são
profissionais da Educação.
E,
no estado de São Paulo, depois que nós tivemos a volta às aulas presenciais e o
planejamento presencial na rede estadual, nós já estamos com quase 2.000
pessoas contaminadas em mais de 800 escolas só da rede estadual, que nós
estamos fazendo aqui vários mapeamentos, Sr. Presidente.
Não
estou colocando nesses números, nessa estatística, as redes municipais e a rede
particular de ensino. E, no entanto, o governo insiste na abertura criminosa
das escolas, na manutenção das aulas presenciais. Essa orientação é assassina,
é genocida.
E
eu já entrei com uma representação no Ministério Público pedindo a
responsabilização criminal do secretário de Educação, que determina, que é o
grande militante dessa tese perversa e sádica de manter as aulas presenciais a
todo o custo. Inclusive mesmo onde as prefeituras determinam o fechamento das escolas
e a proibição das aulas presenciais a secretaria da Educação…
Ela
é tão perversa e tão sádica em colocar os professores em risco, os
profissionais da Educação, que ela obriga a permanecerem na escola, a irem
todos os dias, mesmo sem as aulas presenciais. É de um sadismo, é de uma
perversidade que só se compara ao que o Bolsonaro está fazendo no Brasil. O
Bolsonaro é o grande genocida do Brasil.
Agora
o governo Doria tenta se equiparar no mesmo patamar de comportamento. Por falar
nisso, o Bolsonaro, hoje, em Goiás, numa entrevista disse sobre as 1.910 mortes
que isso é “mimimi”. Ele tripudiou novamente, Sr. Presidente. É um absurdo.
Como
eu disse, o Brasil virou um pária no mundo por conta do comportamento genocida
do Bolsonaro. O Bolsonaro está destruindo o Brasil em todos os aspectos.
O
Brasil já não está mais entre as dez economias do mundo. O Brasil está sendo
destruído em todos os sentidos, Sr. Presidente; é grave a situação. Mas em
relação aqui ao governo Doria, o Doria parece que quer concorrer também do
ponto de vista do negacionismo.
Ele
decretou o lockdown, que é uma medida correta, mas
sem renda emergencial e mantendo as escolas abertas no estado de São Paulo,
inclusive templos religiosos também. Isso mostra que o governo Doria é um governo
hipócrita e demagógico.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - O próximo deputado é o deputado Sargento Neri. (Pausa.)
Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar, V. Exa. tem o
tempo regimental.
A SRA. LETICIA AGUIAR - PSL - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento todos os presentes e aqueles que
estão nos assistindo pela Rede Alesp.
Quero cumprimentar os ilustres visitantes, que nós temos hoje. De Ibitinga,
o Wilson e a vereadora Janaina Bastos, sejam bem-vindos.
De Santa Gertrudes, a nossa querida amiga Rogéria. De São Paulo, o Arthur
Mascarenhas e o Albert, jovens promissores e importantes lideranças políticas.
Também, os nossos queridos amigos de Praia Grande: o
vereador Emerson Camargo, o Rafael, o Marcelo e o Ademir, que estão aqui
conosco. Sejam bem-vindos. Obrigada pela presença e contem com o nosso
trabalho.
Falando um pouco dessas visitas, todas as que nós estamos
realizando em diversas cidades por todo o estado de São Paulo. Todos sabem o
quanto eu gosto de valorizar e reconhecer as Guardas Municipais por todo o
estado de São Paulo.
Sou autora da Frente Parlamentar em Defesa e Valorização
das Guardas Municipais, justamente para que as pessoas enxerguem o poder e a
força da nossa polícia municipal e quanto elas estão atuantes. O poder público
precisa investir cada vez mais nas nossas polícias municipais com o objetivo de
aumentar a segurança pública dos munícipes e de todo cidadão.
Recentemente, fui muito bem recebida pelo vereador
Emerson Camargo, da cidade de Praia Grande. Na ocasião, conheci a Guarda
Municipal de Praia Grande. Fiquei bastante impactada e surpreendida com o
trabalho realizado pela Guarda Municipal de Praia Grande.
Quero compartilhar com vocês um pouco disso, para que
sirva de referência e exemplo a outros municípios. Espero que prefeitos e os
poderes públicos estadual e federal entendam a importância das Guardas
Municipais para toda a Segurança Pública nacional.
A Guarda Municipal de Praia Grande tem o Cicoe, o Centro Integrado de Comando e Operações Especiais.
Essas são algumas fotos de quando estevemos na visita. Eu, o vereador Emerson,
o Sena, que trabalha conosco, junto com o coronel secretário responsável pela
Guarda Municipal, e com a Guarda Municipal feminina, representando as mulheres
que fazem parte dessa corporação tão importante.
Vimos o centro de monitoramento, a quantidade de câmeras,
a forma como eles atuam. No momento em que nós
estávamos lá, conseguimos acompanhar uma ocorrência e flagrantes acontecendo.
Os dados do
município de Praia Grande: área territorial: 149 quilômetros quadrados; a orla
da praia: 22,5 quilômetros de extensão; e a população estimada, segundo o IBGE,
em 2020: 330 mil habitantes. Dados da GCM de Praia Grande.
A criação da GCM foi em 19 de dezembro de 2001, ou seja,
ela tem 19 anos. A comandante Sílvia é a primeira comandante da história da GCM
de Praia Grande.
O efetivo conta com, aproximadamente, 400 policiais
municipais, canil, Romu, Ronda Ostensiva Municipal,
Guarda Municipal, Guarda Ambiental e Guarda Costeira. Observe a quantidade de
funções que existem dentro da própria Guarda de Praia Grande. São 40 viaturas,
sendo oito elétricas, oito motocicletas, um bote e um barco.
Quantidade de câmeras: 2.869. Observem a importância do
monitoramento que é realizado dentro da Guarda Municipal de Praia Grande,
oferecendo um serviço importante para a população. Os resultados do
videomonitoramento do Cicoe, um comparativo de 2020
até 2021, não houve novos casos de homicídio em dois anos.
Furtos: diminuição de 23%; furtos de veículos: diminuição
de 57%; roubos: diminuição de 30%; e roubos de veículos: diminuição de 58%. O
que isso demonstra? Quanto mais nós tivermos uma Guarda Municipal atuante,
valorizada, reconhecida e investida, o resultado vem; é positivo.
Quero compartilhar com vocês um vídeo que mostra a
captura de um procurado pela Justiça por um caso de pedofilia em Curitiba e que
foi pego pela Guarda Municipal de Praia Grande, graças a esse serviço completo
que a nossa Polícia Municipal realiza.
* * *
- É exibido vídeo.
* * *
A captura foi feita pela Guarda Municipal de Praia
Grande. O veículo está adentrando no município. Foi identificado, houve um
alerta da COE. O veículo começou a ser acompanhado e monitorado pelo Cicoe. Agora, ele foi abordado pela equipe de motos junto
com a polícia, porque é um trabalho integrado: Guarda Municipal com polícia.
Após a pesquisa, foi confirmada a situação do procurado.
Um trabalho em conjunto: polícia municipal/Guarda Municipal com a Polícia
Militar. Ele foi detido e conduzido ao DP. Ou seja, um procurado da Justiça que
foi identificado graças ao trabalho das Guardas Municipais.
Destaco o trabalho da Guarda Municipal de Praia Grande,
na pessoa do vereador Emerson Camargo, que está conosco, hoje. É importante
investirmos nas polícias municipais. Meus parabéns a todos os homens e mulheres
que fazem parte da Guarda Municipal de Praia Grande.
Contem com esta parlamentar, em defesa, valorização e reconhecimento
do belo trabalho que é realizado em Praia Grande. Que sirva de referência para
todo o estado de São Paulo e para o Brasil.
Obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputada.
O SR. ITAMAR BORGES - MDB
- Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem, deputado
Itamar Borges.
O SR. ITAMAR BORGES - MDB
- Para um comunicado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
CORONEL TELHADA - PP - É regimental, deputado.
O SR. ITAMAR BORGES - MDB
- PARA COMUNICAÇÃO - Gostaria, com muita honra, de comunicar,
presidente, a presença aqui na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo,
sendo recepcionado pelo nosso presidente, deputado Cauê Macris, compondo essa
comitiva de recepção também o deputado Carlão Pignatari, deputado Jorge Caruso,
Barros Munhoz, Wellington Moura, que acompanham ali esse momento, do deputado
Gabriel Souza, ali ao lado do nosso presidente Cauê Macris, presidente da
Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Dar as boas-vindas a ele.
(Palmas.)
O deputado Gabriel Souza
está acompanhado, na sua comitiva, do Eduardo Fernandez, que é presidente do
Lide Rio Grande do Sul. Bem-vindos, em nome do presidente Cauê Macris, em nome
da Mesa, em nome de todos os parlamentares desta Casa. Sintam-se em casa, é uma
honra sempre poder compartilhar as experiências que o nosso presidente Cauê
Macris tem tanto realizado aqui com as suas, que com certeza pode fazer essa
troca de experiência.
Muito obrigado, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL
TELHADA - PP - Muito obrigado,
deputado. Cumprimento-os e nos colocamos à disposição aqui dos nossos amigos do
Rio Grande do Sul. Tenham uma ótima estadia nesta Casa. Bem-vindo também o
nosso presidente Cauê Macris aqui presente. Se V. Exa. quiser assumir a
Presidência... Muito obrigado.
Prosseguindo na lista de
oradores inscritos, deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas.
(Pausa.) Deputada Adriana Borgo. Fará uso da palavra? Não fará uso da palavra.
Deputado Major Mecca. Fará uso da palavra? Então V.
Exa. tem o tempo regimental.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu quero que os
senhores, quero que você, telespectador que nos acompanha
pela TV Alesp, que nos acompanha
pelas redes sociais, classifiquem essa ação do desgovernador
João Doria.
Por
favor, coloque aqui na tela. Diário Oficial de hoje, quinta-feira, quatro de
março de 2021, objeto da publicação: Prorrogação da vigência do contrato de
prestação de serviços de publicidade. Valor estimado: 90 milhões. Mais 90
milhões para publicidade.
Isso
é Diário Oficial de hoje, viu, pessoal, é notícia fresca, saiu hoje, não é
aquela que eu fiz em primeiro de fevereiro, de 21, em que eu ingressei com uma
ação judicial, que era de 100 milhões, essa é nova.
É
mais um contrato aditivo, o décimo terceiro termo aditivo. Impressionante, os
senhores estão vendo ali destacado em amarelo, aqueles 20 milhões que compõem
esses 90 da UGE 09196.
Os
senhores sabem de onde são esses 20 milhões? Da Saúde. Deputado Carlos
Giannazi, o senhor que sempre trata de temas da Educação, nessa publicação de
hoje, o senhor está vendo aqueles 19 milhões e 107 mil? Saiu da Educação em um
termo aditivo para que seja empenhado em publicidade.
Esse
desgovernador está fechando o estado de São Paulo por
falta de leitos de UTI. Repito aqui, São Paulo nas últimas três décadas nunca
teve leitos de UTI disponíveis, pelo descaso com que a Saúde sempre foi tratada
no nosso estado, todo o estado, quebrando empresas, gerando desemprego.
É
fazendo solicitações, fazendo entrevistas, querendo direcionar responsabilidade
que ele não teve na gestão desse problema, querendo redirecionar o governo
federal e agora mais um termo aditivo para publicidade.
Então
eu quero que vocês - você, cidadão de bem, você, trabalhador do estado de São
Paulo - classifiquem essa ação, classifiquem essa medida. O que é isso? É
improbidade, isso aí é genocídio? O que é isso? Pelo amor de Deus, Srs.
Deputados, e esta Casa permanece inerte, como se nada estivesse acontecendo.
Mais 90 milhões para publicidade.
O
que foi feito com os mais de 135 bilhões enviados pelo governo federal ao
estado de São Paulo em 2020? O que foi feito com o congelamento da dívida do
Estado, a suspensão de 18,5 bilhões? O que foi feito com os recursos federais
de 55,3 bilhões enviados para o estado de São Paulo? O que foi feito com os
benefícios aos cidadãos de 43,5 bilhões? Pelo amor de Deus.
Onde
nós estamos? É inadmissível algo como isso. Estamos ingressando novamente na
Justiça com uma ação para a suspensão dessas medidas, para uma apuração e uma
investigação do que aconteceu com os hospitais de plástico, hospitais de
campanha, que foram outros milhões empenhados e não atenderam ao povo de São
Paulo.
Hoje,
ultrapassamos, em nosso Estado, mais de 60 milhões de mortos pelo coronavírus.
Resultado de uma péssima gestão, de uma irresponsável e criminosa gestão do
PSDB e do Sr. desgovernador João Agripino Doria.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA -
PP - Obrigado, deputado.
Próxima
deputada é a
deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputada
Dr. Damaris Moura.
Pela Lista Suplementar:
deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato.
(Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado
Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila, V. Exa.
tem o tempo regimental.
O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL -
Sr. Presidente, prezados colegas, eu agora vinha no carro para cá, vim
rapidamente me deslocando para falar exatamente o que o Major Mecca falou aqui agora.
É inacreditável que, em plena
pandemia, o Sr. João Agripino me coloque 90 milhões de reais - já está no
décimo terceiro, se eu não me engano, aditivo, Major Mecca
- da rubrica de Comunicação pelo prazo de seis meses.
Isso é um escárnio com a população
paulista. Eu quero explicar para você, telespectador da TV Assembleia: ele tirou
verbas da Saúde, da Segurança Pública e da Educação para colocar na rubrica de
Publicidade.
Eu vou repetir: o governador João
Agripino da Costa Doria Junior tirou verbas da Saúde, da Educação e da
Segurança Pública para colocar na conta da Comunicação, propaganda, que é o que
ele mais gosta de fazer.
E eu queria fazer outro registro,
deputado Coronel Telhada, que preside esta sessão, que estivemos ontem, por
volta das 18 horas, deputado Gil Diniz, deputado Mecca
e eu defronte à casa do governador João Doria.
Nós chegamos de surpresa, Conte, e flagramos um forte aparato policial militar para
proteger a residência do seu governador do lado de fora. E, para a nossa
surpresa, após alguns minutos ali defronte à casa do governador, vários
policiais militares da Casa Militar começaram a sair de dentro da casa do
governador para ver o que estava acontecendo.
Tinha lá uma Base Comunitária Móvel,
com três policiais, uma viatura de trânsito, com mais dois policiais, e, depois
que verificaram a nossa presença lá - deputado Gil, deputado Mecca e eu - até o comando - ali é o 23º Batalhão, não é, Mecca? Do efetivo do 23º Batalhão de Polícia Militar -
passou a viatura 23.000, que é a viatura do comandante, para ver o que nós
estávamos fazendo. De certo, achavam que a gente ia fazer o que o pessoal da
esquerda faz.
Porém, nós fomos justamente
verificar que o Sr. governador João Doria se utiliza de aparato público de
Segurança Pública para o seu benefício pessoal: uma van, uma Base Comunitária
Móvel e uma viatura do trânsito defronte à Rua Itália, 414, para fazer a
segurança da sua residência na parte de fora. Isso porque ele é muito popular.
Imagina se fosse impopular.
Agora, nós vamos questionar através
de requerimento de informações - convido os demais deputados, que já vão
assinar o requerimento de informações - acerca dessa situação. A Secretaria de
Segurança Pública, com certeza, vai ter que nos explicar ao que serve isso.
Nós descobrimos lá ontem junto com o
Major Mecca - que conhece bem a questão de escala de
policiais - que os policiais, Coronel Telhada, estão lá em turnos de 12 horas
todos os dias. Dia de semana, dia de final de semana, de dia, de noite...
Inclusive, tenho amigos que passaram
por lá durante o final do ano passado e o começo do ano - inclusive nos dias de
passagem de ano -, tinha ali o efetivo
policial militar. É inacreditável. É inacreditável.
Ele
acha que isso aqui é o sítio dele. Ele acha que a polícia é a segurança
particular que ele contrata para a casa dele. Ele acha que São Paulo é o quintal
dele. Então ele manobra as verbas da Saúde, da Educação, da Segurança Pública,
para colocar em publicidade. É inacreditável.
Olha, sinceramente, eu acho que ele está fazendo, Conte, você, que foi vereador na época do Haddad, está fazendo igual o Haddad, ele está fazendo tudo para não se reeleger.
Tudo. Tudo o que ele faz é para acabar com a popularidade dele. Eu acho que ele viu que não vai para lugar nenhum, agora ele está arrumando um jeito de se afundar cada vez mais, de modo que não tenha como disputar.
Então fica aqui esse meu registro, e desde já convido os demais colegas a assinarem comigo esse Requerimento de Informações.
Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado. O próximo deputado é o deputado Caio França. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputada Monica Seixas. Fará uso da palavra? Vossa Excelência tem o tempo regimental.
A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente, como o senhor chamaria alguém que não cumpre leis? Infrator, criminoso?
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - A senhora está me perguntando ou está fazendo o discurso, deputada? Porque não cabe aparte na sua fala.
A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Se o senhor quiser responder a pergunta.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Não, não cabe aparte, o Regimento não permite.
A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Então, tudo bem. Criminoso, bandido, infrator; faz parte da retórica aqui, inclusive do senhor quando assoma à tribuna, e ontem me chamou nominalmente aqui.
O senhor sabe que a gente vem à Assembleia Legislativa para atender pessoas, mas também para trabalhar, para estudar projetos de lei, ou não vem, porque está atendendo pessoas fora daqui, visitando e conhecendo o estado. Ontem, além disso, o deputado Frederico d’Avila fez um vídeo na porta da minha colega Malunguinho, falando da porta fechada. O senhor sabia que a gente trabalha com porta fechada porque a gente teme os colegas. É nesse ritmo que a gente está aqui.
É verdade, Coronel Telhada. A verdade precisa ser dita. Eu passei um ano sendo perseguida aqui por alguém que não tem registro de entrada e saída na Assembleia Legislativa. A gente tem histórico, a Janaina Paschoal já veio aqui reclamar que durante uma votação de projeto polêmico se sentiu acuada e recuada dentro do gabinete dela.
Esse é o cotidiano, infelizmente, aqui na Assembleia Legislativa para quem é do PSOL. E a gente trabalha de porta fechada enquanto os colegas vão lá forçar a porta, fazer vídeo, fazer escândalo etc.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Frederico d’Avila.
* * *
Eu reclamo, sim, da falta do uso de máscara porque eu acho que isso é um atentado contra a vida dos trabalhadores e a gente não pode esquecer que tem milhares aqui na Assembleia Legislativa forçados ao trabalho, e que tem gente em situação de vulnerabilidade.
Eu acho que quem descumpre lei, e é uma lei estadual, e Regimento Interno, inclusive, o presidente recomendou que eu pedisse a suspensão da sessão, mas eu não vou fazer isso. Quem não cumpre lei tem palavras para isso. Mas não sou eu que vou julgar. Deixa o Cauê tomar as medidas cabíveis, deixa a Justiça tomar as medidas cabíveis.
E, nesse sentido, a Justiça tomou medidas cabíveis. Ano passado, o colega Frederico d’Avila, que está do seu lado, chamou o PSOL de partido de narcotraficante, não economiza as ofensas aqui.
O resultado foi: me deve oito mil reais o deputado Frederico d’Avila por danos morais e por não conseguir provar as graves acusações e ofensas morais que faz.
É nesse nível de trabalho que a gente está aqui; é nesse nível de desserviço que a gente está aqui. Mas, quando ofende a moral e a honra está bom. O problema, o problema é quando ofende a vida das pessoas e ameaça a vida das pessoas. Porque se alguém aqui se contaminar, a palavra que a gente vai usar é outra para quem atenta contra a vida das pessoas. É essa palavra que a gente tem que usar.
Nesse sentido também, eu quero dizer o que eu tentava dizer ontem, que o PSOL protocolou um projeto de lei olhando os números do grave momento da pandemia no estado de São Paulo, e que os infectologistas recomendam que a gente pratique um distanciamento social rigoroso de ao menos 21 dias para recuperar a capacidade hospitalar, e para salvar vidas.
A gente acredita que todas as pessoas deveriam ter o direito de ficar em casa, inclusive os trabalhadores da Educação. Vinte e um dias pela vida, 21 dias para ficar em casa, e conseguir salvar vidas.
Mas não dá para ficar em casa se autônomos não terão dinheiro para comer, se ambulantes não terão dinheiro para pagar as contas, se os mais vulneráveis ficarão ainda mais vulneráveis, se os donos dos restaurantes não terão dinheiro para pagar o aluguel e os trabalhadores.
Por isso, o governador João Doria, que está comemorando hoje o crescimento do PIB do estado de São Paulo, mas que todas as suas ações foram ao contrário: cortou da Saúde, cortou da Educação, aumentou o preço da cesta básica, aumentou a cobrança de impostos para a população mais vulnerável, não proveu ainda nenhum auxílio emergencial ou linha de crédito para socorrer.
É uma ótima oportunidade para o governador, que aumenta o crescimento do PIB do estado de São Paulo ter alguma ação de distribuição e renda, para garantir que o lockdown seja eficiente.
Porque o que acontece: se a gente não faz paralização direito, se a gente não coordena para que haja um distanciamento social para frear o ciclo de contaminação, o ciclo nunca vai parar, que é o que acontece no Brasil.
A gente tenta achatar a crise, mas a gente parou num platô alto de mortes. Por isso a gente pede o apoio da Casa e engajamento.
Se o governador João Doria está dizendo que o estado de São Paulo está crescendo, que não existe crise, que ele pare de impor crise à população mais pobre, que ele pare de cortar dos que mais precisam, e que, pelo contrário, provenha imediatamente um auxílio emergencial e linhas de crédito para os comerciantes do estado de São Paulo.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Seguindo a lista de oradores, chamo agora o deputado Coronel Telhada.
A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Sou filha de um homem que morreu e tenho medo mesmo.
O SR. CORONEL TELHADA - PP - A senhora peça permissão para falar, viu, deputada? Aqui tem uma ordem, a senhora siga a ordem, por gentileza. Eu estou com a palavra e não lhe dei atenção. Não lhe dei a palavra.
Por favor, Sr. Presidente, corta esse microfone.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - A palavra está com o deputado Coronel Telhada. Retomando o tempo do deputado Coronel Telhada, a palavra está com o deputado Coronel Telhada, o orador na tribuna.
O SR.
CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Presidente. Eu ia começar
saudando o município aniversariante, mas eu vou falar antes das palavras da
deputada, que não tem serviço na Casa, e tem que ficar fazendo vitimismo para
se dizer importante nesta Casa.
Aliás, é bem a linha da esquerda,
não é? Ser vitimista: “eu sou coitadinho, eu sou pobre, eu sou da periferia,
todo mundo me persegue”. Tem uma importância nesta Casa que está todo mundo
perseguindo a pessoa aqui.
O deputado passou na frente do,
pelo que me disse, não é, deputado, passou na frente do gabinete vazio,
trancado, apagado. Ou seja, não estava trabalhando.
Então é interessante isso, porque
as pessoas não vêm trabalhar nesta Casa, vêm uma vez, duas vezes, por semana
aqui, deputados, fazer barulho, fazer escândalo. Só que trabalho mesmo, nenhum.
Nenhum.
Aliás, esse canto aqui, a
tribuna, é um local isolado, sim. Estamos isolados, sim. Estamos usando as
máscaras, sim. Só que aqui neste local nós tiramos a máscara porque eu estou em
frente à televisão e é uma coisa que eu posso fazer, sim, porque eu sigo as
regras da Casa, e sigo muito bem, aliás. Coisa que eu não vejo a deputada; a
senhora que vive em manifestações, tem várias imagens da senhora sem máscara no
meio do povo.
Aqui pode, e lá fora não pode?
Outro dia o Gil Diniz mostrou imagens da senhora aqui, no meio do povo, sem
máscara. É interessante isso, aqui pode, aqui é cheio de moral. Mas lá fora. Hã? (Vozes fora do microfone.) É, mas na campanha pode. Aí,
pode. São dois pesos, duas medidas. É interessante isso. É interessante isso.
Então a deputada, antes de vir falar de qualquer deputado, apontar o dedo aqui,
a senhora apresente serviço, a senhora apresente alguma coisa, porque é muito
feio isso.
Se o seu pai faleceu, eu já lhe
disse que sinto muito. Mas ele estava em isolamento, não estava? Então não foi
esta Casa que passou o vírus para ele, pô. Nem eu. Então para com essa história
de vitimismo aqui, deputada. Vamos trabalhar que nem gente grande. O estado
gastando 90, 100 milhões em propaganda, e a senhora vem com vitimismo aqui?
Vamos acordar, gente. Nós estamos
brigando aqui por picuinhas, um elefante passando por trás da gente, derrubando
o estado. E a esquerda, a esquerda, que se diz oposição, corre junto com o
governo, vota junto com o governo; vem aqui fazer discursinho idiota,
ignorante, de vitimismo.
Chega, né? Vamos trabalhar pelo
povo ou vamos ficar contando história? A senhora escolhe. Eu trabalho pelo
povo, mas vou fazer meu discurso aqui, Sr. Presidente.
Quero iniciar, primeiramente,
saudando o município aniversariante, que é o município de Queluz. O município
de Queluz, lá na região do Vale do Paraíba, que eu servi em 1983 e 84, um
abraço a todos os amigos e amigas da querida cidade de Queluz.
Também quero dizer aqui aos Srs.
Deputados que eu fiz aqui, como outros deputados fizeram também, indicações
para o governador para que as polícias fossem vacinadas primeiro, coisa que, é
lógico, ele não vai fazer. Ele está preocupado em fazer politicagem.
O deputado Nascimento fez, o Mecca fez, o Gil fez, acho que todos aqui fizeram,
Frederico. Acho que todos fizeram. Eu também tinha feito uma indicação para
Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Técnico-Científica, para agentes da SAP
e da Fundação Casa.
E hoje eu fiz um estudo aqui, eu
consegui fazer uma indicação aqui, senhores, para os profissionais das Guardas
Municipais, da Guarda Civil Metropolitana do município de São Paulo e guardas
civis municipais de outros municípios, que também exercem uma função
superimportante, e necessitam serem vacinados, sim.
Então, a todos os amigos e amigas
da Guarda Civil, nós estamos aqui indicando ao governador, apesar de que o
governador não atende as nossas indicações, ele não dá nem atenção para o que a
gente fala, porque os deputados desta Casa são empregados do governador, estão
de quatro para o governador.
Aqui o governador deita e rola.
Tudo o que nós falamos fica ao largo, eu vejo a Janaina, o Fred, o Mecca, o Gil, todo dia aqui a gente falando. E não é feito
nada, porque o governador está, não vou dizer o termo, para não ficar de baixo
calão, mas está aí andando para esta Casa.
É isso que ele está fazendo, e
nós, aqui, vendendo a nossa dignidade por cargos, por emendas parlamentares e
outras coisas. E deputado perdendo tempo com besteira aqui, ao invés de lutar
pelo povo de São Paulo.
Eu queria mostrar aqui uma
situação que aconteceu interessante na minha rede social, que eu fiquei muito
feliz. Eu recebi uma mensagem de uma das nossas seguidoras... Poxa, não puseram
o nome dela aqui. Não puseram o nome dela aqui, é uma pena, me desculpem.
Eu sempre coloco na minha rede
social vídeos da Polícia Militar prestando apoio para as pessoas, socorrendo as
pessoas. E esses vídeos, normalmente, a grande maioria, se vocês forem notar,
nós temos vários vídeos de crianças sendo socorridas por policiais militares, e
acabam salvando a vida dessas pessoas, dessas crianças.
O nome dessa seguidora é Pâmela
Evelyn. Ela diz o seguinte aqui nesse post que ela me mandou hoje, vejam que
legal: “Coronel, boa noite, sou seguidora da página e gostaria de compartilhar
um fato que ocorreu hoje.
Moro em um condomínio de prédio e
fui surpreendida com alguém batendo em minha porta; fui atender, era a vizinha
de frente com o seu bebê no colo, que estava engasgado com alguma coisa.
De imediato, Deus me capacitou,
me trazendo à memória os vídeos de sua página, onde vários policiais militares
já salvaram vidas de bebês. Eu segui os passos dos vídeos que já assisti e,
graças a Deus, deu tudo certo. Ele debruçado no meu braço e eu dando palmadas
nas costinhas dele. Ele colocou para fora o objeto. Obrigado a Deus e a você.”
Vejam que
legal, isso é uma recompensa do nosso serviço, a gente saber que uma pessoa
salvou a vida de um bebê pelos vídeos dos policiais - os policiais fazem isso
diariamente -, que acabou assistindo na nossa página, acompanhando.
Eu fiquei
muito feliz com isso, porque é por isso que vale a pena a gente continuar
lutando todos os dias aqui, sabendo que as nossas ações são reconhecidas por
pessoas, verdadeiramente pessoas que querem o bem, não essas pessoas que vêm
aqui falar idiotices que não resolvem nada. Estou cansado disso.
Vocês me
perdoem, me perdoe, deputada Janaina, a senhora que é mulher, a minha
exaltação, por favor. Não sou de ficar exaltado, mas estou com o picuá cheio de
ouvir asneira aqui nesta tribuna.
Estou
cansado. Estou cansado. A população morrendo, gastando milhões e milhões. Quero
pedir desculpas também à senhora da manutenção, porque, gente, é brincadeira.
Acontecendo
o que está acontecendo em São Paulo, nós em pandemia, o caos total, o estado de
ponta-cabeça e vem falar besteira de porta de gabinete aqui, como se fossem os
maiores trabalhadores do mundo. E a gente sabe muito bem qual é que é.
Sr.
Presidente, o senhor me permite mais um minuto somente?
O SR.
PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Pois não, deputado.
O SR. CORONEL TELHADA - PP - Eu queria passar um vídeo, está no ponto?
Ontem, uma ocorrência... Só para os deputados saberem a que ponto chega a malandragem dos vagabundos. Coloca o vídeo, por favor.
* * *
- É
exibido o vídeo.
* * *
Então,
vocês vejam, é droga delivery, né? E os vagabundos são tão safados que, além de
colocarem dentro do isopor, fecharem o saquinho, lacrarem o saquinho, ainda
põem areia junto com a maconha para fazer o peso da comida. Então, olha só,
cabeça de vagabundo é uma cabeça de demônio mesmo. É absurdo.
Mostrei
essa ocorrência como curiosidade e para parabenizar também todos os nossos
policiais militares; especificamente nesta ocorrência, os policiais da Força
Tática do 16º Batalhão, área que o meu filho está comandando.
Está
comandando a Força Tática. E mostrar para vocês que a Polícia Militar
diariamente está em combate, lutando contra o crime, lutando pela vida de todo
cidadão de São Paulo e botando ladrão na cadeia.
Muito
obrigado, presidente.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL
-
Obrigado, Coronel Telhada. Chamo agora, pela Lista Suplementar, a deputada
Janaina Paschoal.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento V. Exa., os
colegas presentes, os funcionários da Casa e as pessoas que nos acompanham pela
Rede Alesp.
Alguns colegas falaram da publicação de
hoje, no “Diário Oficial”, de uma contratação no montante de 90 milhões para
fins de publicidade pelo governador do estado de São Paulo. É importante
destacar que essa não é a única contratação.
Esse é um dos contratos, porque ainda
existe contratação de assessoria de imprensa, ainda existe contratação de um
serviço para fazer mapeamento de redes sociais, para saber se ele está sendo
elogiado ou não, e essa contratação, salvo melhor juízo, é para preparar
material publicitário.
Então, 90 milhões é o princípio. Noventa
milhões é uma parte. Nós estamos falando de um contrato firmado em meio a uma
pandemia. Estamos falando de um contrato firmado em um momento em que faltam
leitos, em que o governador aciona a União para solicitar mais recursos para
fins de aplicação na Saúde.
Mas eu queria dividir com os senhores um
sentimento meu, um sentimento que pode ser compreendido como ressentimento, mas
que tem a ver com isso aqui. O deputado Camarinha coordena aqui na Casa um trabalho
muito importante, um trabalho que viabiliza que nós, deputados, possamos
aprovar os nossos projetos.
Existia um acordo no início da nossa
legislatura de que cada colega conseguiria, pelo menos, e é pouco, porque
apresentamos muitos projetos, mas pelo menos aprovar um projeto por ano. O colega Camarinha coordena uma votação e, no Colégio de
Líderes, que acontece às segundas-feiras, se estabelece a lista dos projetos.
Para aquelas pessoas que nos acompanham
diariamente - tem algumas que nos acompanham e a gente agradece essa presença
-, eu não vou falar nome de colega, nem vou apontar dedo para a cara de colega,
porque o colega não tem culpa, mas a pessoa justa vai reconhecer que tem
colegas que tiveram dois, três projetos aprovados, sobretudo quando estabelecem
aquelas coautorias. E eu fico feliz pelo colega.
Ocorre o seguinte: dos meus projetos, até
hoje, só foi pautado, lá no início de 2019, o projeto que deu liberdade para as
mulheres escolherem a via de parto. Eu já apresentei projetos na área da Saúde,
na área da Segurança, na área da Educação, na área da transparência. Eles não
entram na lista de projetos a serem pautados.
Em dezembro, houve uma força-tarefa. Nós
aprovamos, teve dia em que aprovamos 20 projetos. Agora, na volta dos nossos
trabalhos, pelo menos aqui no plenário, também houve dias em que aprovamos 24
projetos.
E eu tenho, gentilmente, perguntado por
que os meus não são pautados e não obtenho uma resposta. A resposta é sempre
coletiva: “Ah, estamos dando preferência para os projetos que não são
polêmicos.”.
Ou seja, o que é um projeto polêmico? É um
projeto que alguma bancada já disse que não vai deixar passar. Os senhores
viram aqui. Às vezes o PSOL não aceita um tema, às vezes o PSL, às vezes o
PSDB.
E até agora nenhum colega de nenhum
partido olhou para mim e falou: “Janaina, eu não aceito o projeto que você
escolheu para ser colocado em pauta.”.
A gente tem que escolher o nosso projeto
prioritário. Sabe que projeto eu escolhi? O projeto que proíbe gastar dinheiro
público em publicidade. Então, diante dessas contratações, eu compreendo por
que o meu projeto nunca é pautado.
A verdade é que ele nunca vai ser pautado.
O que estou agora - até conversei com o líder da bancada - propondo é jamais
desistir. Eu não vou retirar o meu projeto, mas, para que eu possa fazer andar
as minhas próprias proposituras na Casa, eu vou ter que trocar.
Então, é frustrante, é revoltante saber
que, em meio a uma pandemia, gastos com inutilidades - eu peço desculpas aos
publicitários, mas quem tem que vender produto é a iniciativa privada - sejam
feitos na casa dos milhões, e um projeto importantíssimo, um projeto mais do
que constitucional seja barrado para que essa pouca vergonha continue, no meio
de uma pandemia, quando se alega que faltam recursos para o básico do básico.
Então, a população tem que saber o que
está acontecendo aqui dentro. A população tem que saber e aqui eu faço coro à
fala do colega Telhada, porque a oposição vem aqui,
grita, grita e grita, mas quando tem a chance de fazer alguma coisinha para a
gente mudar esse estado de coisas, se alia com o governo. Alia-se com o
governo.
Por exemplo, a eleição da Casa: todo mundo
sabe quem vai ser o próximo presidente. Aliás, já é tratado como presidente,
inclusive pela oposição. O pedido de CPI feito pelo colega Neri, eles não
subscrevem.
Então, muitas vezes a gente é atacado
porque não grita, porque não faz discurso, mas a nossa oposição é uma oposição
com consistência. É muito mais importante fazer uma oposição no mérito do que
dizer que é oposição e, por trás, ser mais situação do que a própria situação.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL
-
Obrigado, deputada Janaina. Agora, seguindo a Lista Suplementar, chamo o
deputado Conte Lopes.
O SR.
CONTE LOPES - PP - Sr.
Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, volto a esta tribuna depois de
sair da fila da vacina. Não chegou em mim ainda, então saí da fila e vim aqui.
E fiquei
muito triste chegando aqui, viu, deputada Janaina? Ficamos sabendo que
realmente já decidiram a Mesa. A Mesa está decidida. É bom colocar que desde
que a senhora chegou aqui com dois milhões e pouco de votos, eu procurei o
deputado Frederico d’Avila, que é meu amigo... É meu amigo, até no casamento
dele no Hotel Palace, em Copacabana, eu estive lá com o Geraldo Alckmin. Então,
vejam...
Eu falei
para ele: “Vamos fazer um trabalho. Se querem pegar a Mesa da Casa, tem que
fazer um trabalho”. Eu já fui 2º secretário desta Casa, já fui vice-presidente
e assumi a Presidência por um grande tempo aqui nesta Casa. Tem muitos cargos
mesmo. O interesse de ser presidente, 1º secretário e 2º secretário são os cargos
e, obviamente, para se chegar lá, tem que negociar.
Se não
negociar os cargos com os partidos políticos... Como o próprio Frederico
d’Avila diz que foi falar com o PP, com o PRB e outros partidos. Se os partidos
não saírem candidatos, evidentemente, deputada Janaina, é impossível ganhar.
Infelizmente,
nós perdemos de novo. Então, já que estão falando que o Carlão Pignatari
ganhou, parabéns a ele, mas é aquilo: primeiro, nós temos que ter só uma
oposição. Nós temos até uma dificuldade aqui entre o Coronel Telhada e o Major Mecca, que são da Rota, onde trabalhei.
Ambos
estão pleiteando a candidatura. Então fica até difícil para eu escolher. O que
a gente queria, desde aquela época, era que se unissem para realmente tentar
ganhar a Presidência da Casa, para administrar a Casa. Mas não, vai para lá,
vem para cá, não sei o quê e acaba ficando na mesma.
E,
Frederico d’Avila, vou dizer mais: quando o nosso amigo Geraldo Alckmin, que
foi seu padrinho de casamento, lá no Copacabana Palace Hotel, e escolheu o Doria.
Veja meus discursos, Gil Diniz, lá na Câmara Municipal, quando ele escolheu o
Doria, porque eu sempre achei, deputada Janaina, que quando você escolhe
candidato no bolso do colete é um problema.
Isso
aconteceu com o Quércia, quando escolheu o Fleury. Paulo Maluf, quando escolheu
o Pitta. Até o Lula quando escolheu a Dilma, e deu no que deu. Ele escolheu no
bolso do colete, e achou que ia assumir a candidatura do João Doria, e João
Doria veio. Não se iludam, não. Tanto é que ganharam a Prefeitura de São Paulo.
Vou dar
até um testemunho aqui. Não sei se de urnas eleitorais, ou se as pessoas sabem
mesmo, adivinham, porque tem gente que adivinha o mundo. Nós estávamos no
Palácio, o Coronel Telhada junto comigo, o PP, e lá, em uma reunião para apoiar
os prefeitos, com o Rodrigo Garcia, o único cara que, na minha opinião, não
ganharia a eleição, era o atual prefeito. E o que foi para o segundo turno, o
Boulos, muito menos.
Até quando
ele falou: “nós já temos certeza de que quem vai para o segundo turno com o
Covas é o Boulos”, eu estava sentadinho lá na reunião, pensando. Em março do
ano passado, antes do primeiro turno, os caras já sabiam quem ia para o segundo
turno.
Não estava
mais o Márcio lá na frente, o Russomano, o PT. O pessoal já sabia no Palácio. Parabéns.
Não estou falando que houve ludibriação. Porque
também nessas urnas eu não acredito. Já ganhei nove eleições, mas não acredito.
Eu
preferia o meu tempo, de cabelo preto na época, que eu colocava o cotovelão lá
e contava voto a voto, e esse negócio de depois de dez minutos você saber se
você ganhou ou perdeu, e ninguém sabe de onde vem o voto, é um negócio de outro
mundo, pelo menos para mim.
Então, na
verdade, o problema é achar que o governador está fraco. Não, não é isso, não.
Tanto é que elegeram o Bruno Covas, na situação que estava, com todas as
situações, todas, a ponto de contratar amigos para trabalhar na Prefeitura de
São Paulo. Denunciamos até isso.
Pode
pegar, fazer o que bem entender da vida. Agora, contratar, e ficar junto, e
viajar, e deixar o outro ser prefeito por muito tempo. Mas ninguém quis falar
disso. Então, quando o João Doria chegou à prefeitura, Frederico d'Avila, ele
chegou ganhando no primeiro turno, e digo até que na primeira vez que ele saiu
eu saí junto com ele. Porque eu faço isso. Eu sou meio conhecido pelo povão,
pelo que eu fiz na minha época da Rota, da polícia.
Então,
quando entra em campanha, o candidato majoritário vai e eu vou atrás, nas
feiras. Sobra uma coisinha para mim lá. E eu achava interessante isso, que eu
entrava nos barzinhos lá de São Miguel Paulista, na primeira vez, o Doria
passava e o povão ficava “pô, esse cara é legal, hein. Ele não é político, ele
é gestor”. Até falei para ele: “esse papo de gestor está pegando, não é?”.
Então não
se iluda. O Doria realmente fala e não cumpre. Ele faltou com a palavra para o
Telhada, para mim e para o Olim. Nós íamos apoiar o
Márcio França, estava certo. Ele nos reuniu em um almoço e falou: “vocês vão
mandar na Secretaria de Segurança Pública, vocês que vão falar lá. Não vai ser
feito nada sem
vocês serem ouvidos”.
Não estou
falando de sacanagem. Lógico, quem não quer. Você quer ter uma porta aberta ali
na sua área, que é a Segurança Pública,
para ajudar até a própria população, pôr a Rota na rua para combater o crime,
para pegar bandido, para apoiar os policiais quando trocam tiro, como falam o Mecca e o Telhada todo dia aqui.
Eu estou
na fila, então não posso falar muito. Tenho que ficar lá na fila esperando a
vacina, mas eu vejo todo dia. O cara troca tiro com bandido, o bandido com
fuzil, com canhão, o Doria tira o cara e transfere, manda embora.
Mas ele
sabe jogar, e ele joga pesado. Tanto é que ontem, quando ele foi apresentar o
fechamento do estado de São Paulo, ele ficou 20 minutos falando do Bolsonaro,
“que o Bolsonaro não sei o quê”.
Isso é um
erro. A gente aprende, com muito tempo na polícia, você não pode falar no nome
do adversário. Você acaba levantando a bola dele. Foi feito hoje, quando ele
tomou uma atitude, ficou uma atitude contrária ao Bolsonaro, e não piorar a
situação do povo de São Paulo.
Até, na
própria rádio da região de Avaré, que eu estava ouvindo o programa, o próprio
radialista disse: “poxa, isso já virou política, pô”. “O cara não está
preocupado com Saúde, com nada e virou política”.
Então, é
isso que eu queria falar, infelizmente. A gente está triste,
mais uma vez, porque eu pensei que ia haver uma somatória mesmo dos vários
partidos, como já aconteceu outras vezes. Já aconteceu outras vezes.
Mas não.
Infelizmente, um vai para um lado, o outro vai para o outro, e nós vamos
continuar na mesma coisa. Agora, não vamos dizer que os caras estão mortos,
não. Isso aí não, Sr. Presidente.
Então,
fica aí a minha colocação, pelo que nós acompanhamos. Hoje eu vim para cá
saindo da fila da vacina, pensando que o Mecca e o
Telhada já estavam estourando aí na votação, com o apoio dos deputados.
Até, se fosse o
caso, que eles abdicassem, para colocar a Janaina, a Leticia, o Gil, para
ganhar a eleição, porque o importante é ganhar a eleição, não é ser candidato e
ter dois votos. “Votou em quem?”. “Votei o presidente, Conte Lopes”. Aí o cara
vai lá e ainda fica me xingando. Não adianta nada essas bobagens aí. Tem que
ser 48 votos de deputados.
Obrigado,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL
- Obrigado, deputado Conte Lopes.
Está encerrado o Pequeno Expediente. Vamos
dar abertura agora ao Grande Expediente.
* * *
-
Passa-se ao
* * *
O SR.
PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Iniciando a lista dos oradores do Grande Expediente,
chamo agora a deputada Damaris Moura. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.
(Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Daniel José. (Pausa.)
Deputado Ricardo Mellão. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas.
(Pausa.) Deputada Leticia Aguiar.
A SRA.
LETICIA AGUIAR - PSL - Obrigada, Sr. Presidente. Retorno a essa tribuna no dia de hoje, dia quatro
de março de 2021. Vou falar um pouquinho sobre a minha querida São José dos
Campos, cidade onde sou nascida, vivo e moro.
Estive hoje pela manhã visitando o AME, que é o
Ambulatório Médico de Especialidades da cidade de São José dos Campos, que faz
um trabalho importante de atendimento a diversos tipos de consultas de
especialidades.
Identificamos que o AME de São José dos Campos está
sem o mamógrafo, aquele equipamento que identifica e examina as mulheres para
diagnosticar precocemente o câncer de mama, doença que mais mata mulheres em
todo o Brasil.
Por diversas vezes eu subi nesta tribuna e
salientei a importância desse exame precoce, esse diagnóstico prévio, por que
isso, de fato, salva a vida das mulheres.
Sempre utilizei a tribuna com o objetivo de que a gente pudesse
estimular as mulheres a fazerem o exame para tratamento precoce, porque o
tratamento precoce salva vidas.
O AME de São José dos Campos faz um excelente
trabalho. Fui muito bem recebida pelas Dras. Camila e Janaina, pela Taís e
Talita, que me explicaram e passaram todas as informações do atendimento que é
realizado pelo AME de especialidades, que não atende apenas São José dos
Campos, mas diversas cidades do Vale do Paraíba.
Na ocasião, nós fomos conhecer as dependências e
vimos que o mamógrafo está parado. Parou de funcionar desde abril do ano
passado. Ou seja, quase um ano sem mamógrafo.
Aproximadamente, 400 mulheres, por mês, passavam
pelo exame de mamografia. Por ano, cinco mil mulheres estão deixando de ser
atendidas.
Registro o meu apelo na tribuna da Assembleia
Legislativa, eu peço, Sr. Presidente,
que encaminhe minhas palavras do governador ao vice-governador e ao secretário
de Saúde, para que o AME de São José dos Campos receba um novo mamógrafo.
O investimento é em torno de um milhão de reais.
Mas, quanto custa salvar vidas das mulheres que precisam desse atendimento tão
importante? Registro esse pedido. Nós vamos encaminhar oficialmente, e
parabenizar a toda a equipe do AME de São José dos Campos, pelo brilhante atendimento
que realizam para as pessoas de São José dos Campos e de toda a região.
Falando em São José dos Campos, também, fui
notificada pela ACI, Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos.
Recebi uma nota oficial da ACI, em que a entidade lamenta a decisão do Governo
do Estado em regredir os municípios paulistas para a fase vermelha.
Quero ler um pequeno trecho dessa nota oficial,
porque a ACI representa uma grande parcela de empresas, de comerciantes de São
José dos Campos:
“É importante ressaltar que a decisão do Governo do
Estado foi tomada quando a Região Metropolitana do Vale do Paraíba apresenta
índices positivos no controle da pandemia do novo coronavírus, como, por
exemplo, a baixa ocupação de leitos de UTI, na faixa de 57,8%, tal índice
habilitaria a Região Metropolitana do Vale a passar para a fase amarela do
Plano São Paulo, mas, na contramão, somos penalizados a regredir de fase,
fechando, novamente, nossas empresas. Tal medida, a nosso ver, é arbitrária”.
Eles
pontuam algumas sugestões ao Governo do Estado, que eu também peço, Sr. Presidente, que encaminhe as notas
taquigráficas para o governo do estado de São Paulo. Eles pedem:
“- a
revalidação imediata do Plano São Paulo, com a manutenção das cidades da Região
Metropolitana do Vale do Paraíba, pelo menos na fase laranja;
- a possibilidade de
decretação de fase laranja no município, por parte da prefeitura de São José
dos Campos.
- a adoção de contrapartidas econômicas e financeiras reais,
por parte da União, do Estado e do Município, em apoio ao comércio e à
indústria, que já foram duramente penalizados”.
Desde que
começou a pandemia, nós temos forçado, aqui, na Assembleia Legislativa, junto
também com a Secretaria da Fazenda e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico,
a importância de oferecer crédito aos empresários e comerciantes, que estão
sendo muito penalizados.
A falta de
leitos de UTI não é culpa do trabalhador nem do comerciante, governador João
Doria. A culpa é da má gestão que o senhor realiza, porque dinheiro, recurso,
teve. O senhor fica no abre e fecha, quebrando o estado de São Paulo, aplicando
esse terrorismo na população, colocando a população contra o governo federal.
Enquanto
isso, gente que trabalha atrás de um balcão, precisando trabalhar, prover o
próprio sustento, está sendo impedida de trabalhar. O Estado não ofereceu uma
mão. Ao contrário, está atrapalhando a vida dessas pessoas.
A Covid
não está dentro do comércio. Ela está no fluxo, nas bagunças e aglomerações do
tráfico de drogas, nas quais o governador João Doria não vai. É isso que a
gente queria ver. O trabalhador não é criminoso, não.
Esse é o
nosso reforço em relação à ACI, Associação Comercial Industrial de São José dos
Campos, para que a gente possa unir esforços e ter o comércio reaberto.
Registro,
também, o nosso apelo para a Prefeitura de São José dos Campos, para que atue
em conjunto, para que não permita que novamente feche-se tudo, em um lockdown desnecessário, e sem prudência nenhuma, porque o
que ele faz é penalizar quem trabalha, infelizmente.
Falando
ainda da minha querida São José dos Campos, aproveitando o tempo que ainda
tenho, parabenizo o Inpe de São José dos Campos, pelo satélite Amazônia 1, que
foi produzido pelo Inpe, 100% brasileiro.
Parabéns a
todos os funcionários, que estão nos bastidores do INPE, trabalhando para que
isso se realizasse. Esse satélite foi lançado ao espaço no domingo passado,
100% produzido pelo INPE, que fica em São José dos Campos. Por que estou
falando disso?
Além de destacar o trabalho do ministro Marcos Pontes, de Ciência e
Tecnologia, que tem vínculos e raízes com São José dos Campos, parabenizo as
pessoas que estão fazendo parte disso.
São José dos Campos tem importância no cenário da indústria
aeroespacial. São José dos Campos que tem a Embraer, o INPE, o ITA, o DCTA, a
indústria aeroespacial e o polo tecnológico de São José dos Campos.
Por causa disso e por todo o histórico de São José dos Campos, eu
quero mandar um abraço especial ao brilhante coronel Ozires Silva. A
importância de transformarmos São José dos Campos, oficialmente, na capital da
indústria aeroespacial, a capital do avião. Apresentei um projeto nesta Casa, o
Projeto de lei nº 495, de 2019, que dá essa nomenclatura para São José dos
Campos.
“Mas, por que esta nomenclatura, deputada?” Porque, com isso,
oficialmente, nós podemos atrair investimentos e empresas do setor aeroespacial
para a cidade. Podemos atrair eventos. Tudo isso é desenvolvimento econômico. O
“cluster” aeroespacial é uma potência enorme que nós precisamos expandir.
A partir do momento em que tivemos uma nomenclatura, isso reforça o
posicionamento e o destacamento da cidade de São José dos Campos no setor
aeroespacial e no setor de aviação.
Com isso, mais empregos são gerados, a cidade de São José dos Campos e
toda a região ganham com isso, porque há uma cadeia produtiva em torno do setor
da aviação.
Então ficam aqui os meus parabéns ao INPE, à querida cidade de São
José dos Campos. Parabéns, mais uma vez, fazendo parte de uma brilhante
história. Contem com esta parlamentar, que tem muito orgulho de ser joseense,
de ter nascido nessa cidade. Que a gente possa fazer muita história juntos.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO
D’AVILA - PSL -
Obrigado, deputada Leticia Aguiar. As palavras da senhora serão encaminhadas
por esta Mesa à Secretaria da Saúde.
E também gostaria de cumprimentar o
INPE, que presta um excelente serviço à Agricultura brasileira, pelas suas
previsões, pelo seu monitoramento agroclimático. Parabéns ao INPE. Parabéns
pelo lançamento do satélite Amazônia 1.
Continuando a lista de oradores
inscritos, chamo agora a deputada Maria Lúcia Amary.
(Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.)
Deputado Tenente Nascimento.
O SR.
TENENTE NASCIMENTO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Uma boa
tarde a todos. Boa tarde ao Sr. Presidente, aos Srs. Deputados que nos
acompanham no plenário, ainda presencial.
À
nossa policial militar, representando a nossa corporação. E a toda a assessoria
que tem estado junto aos deputados, para que possamos, realmente, fazer os
nossos pronunciamentos, e apresentar, logicamente, as nossas importantes
reivindicações que vocês trazem até nós. A vocês que estão aí na TV Alesp.
Eu
quero hoje fazer menção de uma importante decisão do governo federal, o
presidente Jair Messias Bolsonaro. Nós fizemos uma indicação, logo este ano
ainda. Foi a primeira do ano. Para que os policiais militares, Polícia Civil,
guardas municipais e professores na rede de ensino, todos, e os profissionais
da área de Educação fossem incluídos no grupo prioritário de vacinação.
Hoje
nós tivemos a feliz notícia, presidente e todos vocês que estão nos assistindo,
de que o ministro da Saúde realmente já incluiu os profissionais de Saúde. Eu
queria que colocasse na tela. Essa é uma mensagem. Então, uma grande conquista,
onde o governo federal, através do Ministério da Saúde… Ali está. Todos os
trabalhadores da área de Educação.
Nós
queremos apelar ao ministro, como aí está, essa conquista, para que todos os
profissionais da Educação, tendo em vista essa dificuldade, de “vamos às escolas,
ou não, é facultativo?” e os nossos professores, que estão nas salas de aula,
os profissionais da Saúde.
Nós
temos conhecimento de que alguns alunos estão indo na escola somente para
participar da merenda. Veja como é importante que os profissionais que lá estão
não podem ficar em casa. Mas lá estão atendendo, não somente as aulas
presenciais, e também para aqueles que realmente vão à escola para participar
da merenda.
Então,
mais uma vez, um ato importante. Quero fazer um apelo, mais uma vez, aos profissionais
de Segurança, que estão na rua e que não podem, realmente, deixar o seu
trabalho, que estão no front.
Que
também sejam incluídos na prioritária, na área de prioridade. Então quero
agradecer pelo nosso tempo. E quero passar o resto do meu tempo ao deputado Gil
Diniz.
Muito
obrigado, mais uma vez, presidente. O senhor está no caminho certo. Nós estamos
contigo, presidente. Vamos firmes nessa caminhada. Não vamos baixar a guarda,
não.
Muito
obrigado.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO
D’AVILA - PSL -
Agora o deputado Gil Diniz faz uso do tempo restante do Tenente Nascimento.
O SR. TENENTE NASCIMENTO - PSL - Com licença, presidente. Só para
concluir. O presidente a que estou me referindo é o presidente Jair Messias
Bolsonaro, através do seu ministro da Saúde. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO
D’AVILA - PSL -
Tempo remanescente do Tenente Nascimento cedido para o deputado Gil Diniz.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Agradeço a
cessão do tempo do deputado Tenente Nascimento. Cumprimento o presidente
Frederico d’Avila, que preside esta sessão. Cumprimento o deputado Conte Lopes,
Major Mecca, deputado Alex de Madureira, todos os
nossos assessores, policiais militares, policiais civis, e quem nos assiste
pela Rede Alesp.
Presidente, já foi dito aqui nesta
tarde, e não custa nada repetir, para que a nossa população saiba e se
esclareça do que vem acontecendo em São Paulo. Corte de gastos na Saúde, o
orçamento veio reduzido para a Saúde.
E um governo que diz que se
preocupa com vidas, que quer preservar vidas, que faz tudo o que a ciência
deseja. Enquanto há esse corte na Saúde, um corte brutal, o governador hoje faz
o 13o aditivo. Décimo terceiro aditivo num contrato de publicidade:
90 milhões de reais.
Noventa milhões de reais. Faz
propaganda de quê? É propaganda pessoal do governador. Ele, que veio do
marketing. Tem um político bem pitoresco, detesto-o politicamente, mas ele
falou uma coisa muito interessante à época da campanha passada.
O Ciro Gomes. Você já viu o Doria
produzir alguma coisa? Você conhece alguma empresa, que produz alguma coisa, do
João Doria? Você conhece alguma empresa de parafuso, de arruela, prego, sabão,
qualquer coisa? Não.
Ele ganhou a vida dele fazendo
lobby entre a iniciativa privada e a classe política. Isso aí desde lá atrás,
final da década de 80, início da década de noventa. Ele dizia e muita gente
acreditou que ele não era político, que ele era gestor.
Quem não se lembra dele fantasiado
de gari nas ruas de São Paulo, se autoelogiando? “Olha, ele é o João
Trabalhador.” Marketing, propaganda, estelionato eleitoral. É isso mesmo: é
171. É 171 eleitoral. É incrível a capacidade desse governo, de mentir.
O SR. CONTE LOPES - PP – COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Não
só lembro, como participei, porque ele ia ao bairro que a gente tem voto e
entrava nessa aí. Eu estava lá, às vezes armado. “Tem que tirar e pôr roupa de
gari.” “Não posso tirar a camisa, armado.” Aí punha por cima. Fazer o quê? Ele
é um grande apresentador de televisão, realmente. Para governar, como
governador, prefeito? Mas, como apresentador, ele é excelente.
Ele é bonito pra caramba. Já falei
aqui. É igual aqueles da televisão, que escondem o cara lá e o apresentador
fala: “Você quer trocar esse carro por uma melancia?”. O cara: “Não!”. “E você
troca por um melão?” “Sim… Não!” “Trocou, você perdeu o carro.”
E ele dá risada, e o cara também.
Ele se apresenta e sai ganhando no 171. Ele consegue apresentar o que ele quer.
Ele enrola a gente. Ele pegou o Telhada, o Olim, eu,
o Guilherme Mussi. “Vocês vão falar na Secretaria de
Segurança Pública.”
Talvez aquela reunião fosse a
vitória do Márcio França mesmo, porque os votos do Telhada,
do Olim, até nosso, se somasse, poderia dar a
vitória para o outro. Foram 100 mil votos.
Só o Telhada teve 200 mil votos. O Olim teve cento e tantos mil votos. Então veja bem. Ali,
quando ele colocou “pode, vocês vão lá, é de vocês a Secretaria”, então ele
sabe jogar.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Eu espero que ele cumpra, pelo
menos, a palavra dele com o presidente da Assembleia, o deputado Cauê Macris,
que já foi anunciado: o presidente vai assumir a Casa Civil. Espero que ele
cumpra. Senão vai ser guerra no ninho tucano. Vai ser mais uma bomba na tucanada. Na briga dos tucanos, eu sempre torço para a
briga.
Mas realmente eu lembro, em 2016,
quando ele saiu candidato, eu não votei nele. Eu não votei. Já tinha algumas
coisas que chamavam a atenção. Porém, tenho que fazer minha “mea-culpa” para o
povo de São Paulo porque eu votei no Major Olímpio para prefeito de São Paulo.
Ele era candidato.
Eu não sei quem seria pior, hoje,
com as atitudes que o senador Major Olímpio toma, referente à política de São
Paulo. Está muito omisso. Mas muito omisso.
Ontem fomos em frente à casa do
João Doria, na rua Itália 414, naquela região. Nós nos deparamos com uma base
móvel que está há mais de um ano lá, uma viatura da Polícia de trânsito. É
incrível que estávamos três deputados lá, fazendo algumas imagens, fiscalizando
o trabalho feito pelos policiais, nos colocando à disposição.
Passou comandante, passa major,
passa coronel, passa viatura 000, ninguém parou para conversar com a gente. Mas
parece que pediram um xis na rede para falar “cuidado que o Mecca
está na área, o Frederico está na área e o Gil Diniz está na área”. Como se
representássemos algum risco, algum “black bloc”, alguém que fosse fazer alguma coisa contra o
governador.
Não. Só fomos mostrar, mais uma
vez, para o povo de São Paulo, o uso indevido da instituição policial militar,
que o governador está usando como segurança privada, como segurança particular.
É simplesmente absurdo. Os vizinhos ali no entorno do
governador João Doria não aguentam mais: no final de semana, aquelas ruas ali
são fechadas.
Ao lado da residência dele, tem uma paróquia. Ele podia
rezar um pouquinho mais; quem sabe melhorasse. Paróquia São José. E o pessoal
tem dificuldade, inclusive, de ir às missas ali, porque o governador manda
isolar, Major Mecca, toda aquela região, como se
fosse um feudo dele. O governador é um ditador.
Mais de 60 mil mortos no estado de São Paulo, e ele não tem
plano nenhum para tirar São Paulo desse caos. A única solução que ele tem é
fechar tudo, lockdown, e criticar o governo
Bolsonaro.
Por quê? Está fazendo política para 2022. E investindo
milhões de reais, décimo terceiro aditivo, 90 milhões de reais para propaganda
pessoal para fazer campanha para 2022.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA
- PSL - Obrigado, deputado
Gil Diniz.
O SR. MAJOR MECCA - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA
- PSL - Pela ordem,
deputado Major Mecca.
O SR. MAJOR MECCA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Para uma
comunicação. É importante, deputado Gil Diniz, deputado Frederico d'Avila,
deputado Conte Lopes, nós deixarmos claro para a população de São Paulo e para
todos os deputados desta Casa, porque alguns deputados, hoje, ao longo do dia,
me perguntaram a respeito desses policiais lá na casa do João Doria, se ele
como governador não tem direito. Não.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.
* * *
Esses policiais que nós citamos e mostramos na Rua Itália,
414, no Jardins, em frente à casa do governador João Doria, são equipes de
patrulha do 23o Batalhão, o Batalhão Territorial, e do Comando de
Policiamento de Trânsito.
Os policiais militares a que o governador tem direito, que
são 84 policiais militares, ele já os tem; 84 policiais militares disponíveis
para a sua segurança pessoal.
Essas viaturas que estavam lá, uma base comunitária móvel do
23o Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, são para servir à
comunidade, para servir ao povo de São Paulo, e não fazer segurança privada.
Ficar parado fazendo segurança de uma residência. Isso é
desvio de finalidade, isso é crime de responsabilidade. É importante nós
deixarmos isso bem claro ao povo do estado de São Paulo.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM
PARTIDO - Nós já
estamos escrevendo, Major Mecca, mais um pedido de
impeachment contra o governador João Doria. Convido todos os deputados a
assinar também esse protocolo, justamente por esse crime de responsabilidade.
Improbidade administrativa.
Com a palavra, o nobre deputado Coronel Nishikawa.
(Pausa.) Nobre deputada Marta Costa. (Pausa.) Nobre deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Nobre deputado Teonilio
Barba Lula. (Pausa.) Nobre deputada Professora Bebel Lula. (Pausa.)
Nobre deputado Dirceu Dalben. (Pausa.)
Nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Nobre
deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Nobre deputado
Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Nobre deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Nobre deputado Frederico d'Avila.
Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - Sr. Presidente, deputado Gil
Diniz, prezados colegas, queria, antes de iniciar minha fala, fazer aqui um
elogio, e queria que a Mesa enviasse as notas taquigráficas ao Supremo Tribunal
Federal, porque ontem foi colocado aqui, se não me engano pelo deputado Coronel
Telhada, que o STF autorizou as guardas municipais a ter o porte automático de
arma. Foi muito positiva essa decisão do Supremo Tribunal Federal, e eu o
parabenizo por essa decisão.
Em segundo lugar, eu queria dizer que eu estou
disponibilizando, através das minhas redes sociais, deputado Gil Diniz - o
senhor como um grande apoiador do presidente da república -, todos os itens que
o presidente Jair Bolsonaro e sua equipe isentaram de impostos federais.
Ontem, para surpresa minha, minha equipe jurídica me abordou
no gabinete e mostrou que passa de 250 itens. E eles estão pesquisando, e diz
que tem mais. O presidente Bolsonaro e a equipe do ministro Paulo Guedes, a
quem eu queria, já de pronto, cumprimentar pela sensibilidade, retiraram PIS, Cofins, IPI e toda a sorte de impostos federais não só de
equipamentos de Saúde, insumos para a Saúde, mas também diversos outros itens.
Um deles é totalmente inerente à minha atividade. Eu pedi
particularmente para o presidente Bolsonaro, que solicitou ao ministro Guedes,
a isenção de impostos de importação e demais tarifas para os pneus agrícolas
que estão em falta no mercado brasileiro por conta da pandemia.
Então, queria aqui agradecer ao presidente Bolsonaro e dizer
que, conforme nós vamos tendo conhecimento dos itens que são isentos de
impostos pelo governo Jair Bolsonaro, nós estamos disponibilizando nas nossas
redes sociais.
Queria aqui parabenizar o governo federal e toda a sua
equipe por essa sensibilidade. E dizer que o presidente Bolsonaro trabalha
diametralmente no oposto do governador João Doria, que aumenta impostos sem a
menor cerimônia e, além disso, faz isso que nós acabamos de ver aqui, que o
Major Mecca mostrou, de gastar 90 milhões de reais
com publicidade, tirando de outras áreas.
Queria corrigir a deputada Monica, que foge quando o deputado
Coronel Telhada e eu começamos a falar: a maior prova de que ela não vem
trabalhar aqui, deputado Conte Lopes, é que ela falou que eu fui ontem ao
gabinete dela e da deputada Erica.
Não foi ontem, não. Hoje é quinta-feira; foi segunda-feira.
É uma prova. Eram 10:05 da manhã, eu fui ao gabinete dela e da deputada Erica,
e ela fala que estava fechado, trancado, com gente trabalhando dentro.
É mentira. Estava escuro. E eu assinei aqui a lista antes.
Ela não tinha assinado a lista ainda. Então, não tinha ninguém no gabinete
dela. Eu até tenho filmado aqui. Então, eu queria até dizer, fazer justiça
aqui, pois todo lodo tem uma flor.
E a flor do lodo do PSOL é o professor Giannazi, porque -
pelo amor de Deus - ele não merece estar com esse tipo de colega. Porque ele
trabalha, ele vem aqui todo dia. O professor Giannazi, podem falar qualquer
coisa, nós temos posições ideológicas totalmente diversas, mas temos um
convívio aqui bastante cordial. E o professor Giannazi trabalha e fala do
assunto dele, que é Educação.
Então, essa é a maior prova de que nem a deputada Monica
sabe do que está falando e também ela não gosta de trabalhar.
E com relação ao que eu falei ontem aqui, presidente Gil
Diniz, eu queria dizer o seguinte: eu gosto muito da polícia, eu gosto muito de
tantos segmentos, professores, enfim. Mas eu não posso falar em nome de, porque
eu não sou.
Então, eu posso defender a polícia, eu gosto da Rota, gosto
do Choque, gosto do Segundo, gosto dos policiais, eu o parabenizo quando eu
posso, assim como o senhor, apesar de o senhor ter sido soldado temporário.
Mas quem sabe falar de polícia é quem é da polícia: é o
Conte, o Mecca, o Telhada, o Olim,
o Neri, as pessoas que fazem parte dela. Portanto, na minha atividade, Mecca, é a mesma coisa.
Conte também é proprietário rural, mas não é o negócio
principal dele. Mas ele sabe o que é ser produtor rural. Então, quando a gente
vai falar por algum grupo, a gente tem que ter ou legitimidade da própria
atividade ou ter a legitimidade de você ser um representante legítimo.
Então, eu queria aqui dizer que eu agradeço, desde ontem, as
inúmeras parabenizações pelo vídeo que eu coloquei aqui, ontem, do deputado
Itamar e do deputado Arnaldo Jardim, que se dizem defensores do produtor rural.
Porque dizem que estão lutando pelo Convênio 100, pela permanência, pela
continuidade do Convênio 100, de 1997.
Eu quero dizer o seguinte. Queria até aproveitar que eu
cheguei aqui, o deputado Itamar estava falando, e aí queria até falar com ele
aqui presente no plenário: a pessoa tem que representar a categoria para poder
falar.
E eu digo com todas as letras porque eu sou produtor tanto
quanto o Conte e o Mecca são policiais: os dois
deputados não falam em nome de nenhum produtor rural paulista, nem brasileiro.
Se falarem, eu quero que eles se manifestem através do nosso
email. Podem se manifestar, porque o deputado Arnaldo
ataca sistematicamente o presidente Bolsonaro, o governo federal, a família do
presidente Bolsonaro, e depois vem aqui, como membro da FPA, dizer que está
defendendo produtor rural. Desculpe-me. Não é essa a imagem, não é essa a ação
que nós vemos na efetividade.
Também queria aqui dizer ao deputado Itamar que o respeito
muito, sinto por ter tido desavenças com ele no começo do mandato, por conta de
defender o atual secretário da Agricultura, que é uma verdadeira decepção, tal
qual foi o senador Olímpio para o deputado Gil Diniz.
E dizer que também ele votou com a consciência dele a favor
do aumento de impostos no estado de São Paulo, a favor do 529, a favor do
aumento de ICMS, não só para o meu setor, para vários setores. Então, eu estou
falando agora aqui não como deputado, estou falando como produtor rural.
O SR. CONTE LOPES - PP - Um aparte, deputado.
O SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - Pois não, deputado Conte.
O SR. CONTE LOPES - PP - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Eu
queria cumprimentá-lo, porque, quando jovem ainda, V. Exa. vinha a esta Casa. E
várias vezes, como produtor rural, nós visitamos várias cidades do interior
para apoiar o produtor rural em assaltos que aconteciam, tanto é que nós
criamos, junto ao governador Geraldo Alckmin, a Patrulha Rural.
Então, V. Exa. sempre defendeu o produtor rural. E é
importante colocar isso aí. Porque eu vejo as pessoas colocarem como atividades
essenciais o supermercado. Atividade essencial é o cara que acorda às quatro
horas da manhã, como eu vejo lá na fazenda, para tirar leite, para trabalhar na
soja, na cana de açúcar, na carne, para mandar para o mercado. Esses aí é que
são essenciais.
Tanto é que ontem o Brasil caiu em tudo quanto é aspecto; só
a área agrícola que aumentou dois pontos ainda, com toda essa desgraceira.
Então, o pessoal continua trabalhando no campo, o pessoal continua lutando,
batalhando, e V. Exa. sabe disso.
Então, eu queria cumprimentar, em vosso nome, todos os
produtores rurais, que batalham, realmente, para tirar o Brasil da situação em
que está. Não resta a menor dúvida. Meus cumprimentos.
O SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - Muito obrigado, deputado Conte. E
agradeço o seu apoio sempre que o procurei aqui nesta Casa.
E, para usar o tempo que me resta, eu queria dizer também,
complementando o que eu vinha dizendo, que não foi falta de serem avisados,
vários deputados desta Casa, pela Sociedade Rural Brasileira, pelo Cosag da Fiesp, pelo Fórum do Agropaulista,
para que não votassem “sim” ao 529, porque ia afetar a nossa atividade. E, por
incrível que pareça, deputados que se dizem defensores do setor agrícola,
vieram aqui e votaram “sim”.
Então, não dá para falar uma coisa e fazer outra. Assim como
na polícia, vocês têm colegas aí que depois que saem da polícia são pagos por
emissora de televisão para falar mal da própria polícia.
Então, eu estou falando aqui como produtor rural: quem fala
em nome de produtor rural é produtor rural. E ponto. E deputados que se dizem
aliados do produtor rural vêm aqui fazer um discurso e, na prática, fazem outra
coisa. Então, queria deixar isso aqui bem registrado.
E para finalizar, Sr. Presidente, eu queria fazer aqui um
apelo, aproveitando a presença - só falta a presença do deputado Coronel
Telhada - do capitão Conte Lopes, Major Mecca
e do presidente Gil Diniz, já que até agora o Major Mecca
e o Coronel Telhada não se entenderam ainda sobre a disputa da Casa.
Vamos pegar o decano,
oito mandatos, sete, oito mandatos na Casa, Conte Lopes, que seja presidente
aqui da Assembleia Legislativa.
Porque
o Conte está aqui, todo mundo gosta dele, conversa desde o Giannazi até o PSL,
boa conversa com o PT. Vamos ver se o PT, dessa vez, com o Conte, o Zé Américo
gosta muito dele etc., se com o Conte a gente consegue levar a Presidência
dessa vez, porque não é possível que esse… O Conte tem gado lá em Avaré, está
igual carrapato, não é, Conte? Só larga do boi quando ele morre, o sangue
esfria.
Então,
vamos ver se a gente consegue uma união entre vocês. E agora vamos ver se o Mecca e o Telhada abrem para o decano da Casa aqui, o
deputado Conte Lopes.
Um
abraço a todos. Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, nobre
deputado.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, eu
gostaria de utilizar a tribuna pelo Art. 82 do Regimento Interno.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Vossa Excelência
tem o tempo regimental, deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente,
deputado Gil Diniz, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV
Assembleia, venho novamente a esta tribuna no dia de hoje.
Hoje
é quinta-feira, dia 4 de março, e até agora a Assembleia Legislativa não pagou
a sua dívida, não fez a reparação com os aposentados e pensionistas que foram
roubados, que foram assaltados, que foram atacados na sua dignidade por conta
de um crime de lesa-humanidade praticado pelo governador Doria.
O
governador Doria editou o Decreto 65.021, confiscando aposentadorias e pensões
de milhares e milhares de servidores e servidoras do estado de São Paulo, que
já deram a sua contribuição para a Previdência, pagaram a Previdência e já
prestaram serviços relevantes para o estado de São Paulo nas mais variadas
áreas: na Educação, na Segurança Pública, no sistema prisional, no Judiciário,
no Ministério Público, na Saúde, na Cultura e nas várias Secretarias, Sr.
Presidente.
Esses
servidores, depois da missão cumprida, de terem contribuído durante anos, agora
foram golpeados pelo governador Doria, que editou, no meio da pandemia do ano
passado, esse famigerado e perverso Decreto 65021, praticando esse confisco,
roubando dos aposentados alimentação, a possibilidade de ter acesso à Saúde,
tirando deles a possibilidade de comprar remédios e, sobretudo, de sustentar as
suas respectivas famílias, presidente.
E
esses servidores já estavam, mesmo na ativa, com os salários arrochados e
defasados por conta da falta de política salarial, sobretudo de reposição das
perdas salariais, porque reajuste não tem há muitos anos no estado de São
Paulo. Desde que o PSDB chegou ao poder, com Mário Covas, em 95, os salários
dos servidores foram potencialmente arrochados e defasados.
Então,
passando por tudo isso, a pessoa se aposenta no serviço público do estado de
São Paulo e depois ainda tem um salário baixo, aliás, baixíssimo. Aí ela é
vítima desse confisco desse decreto, que é fruto também, é bom a gente lembrar,
por isso que eu digo que a Assembleia Legislativa tem uma dívida, porque esse
decreto só foi publicado porque a Assembleia Legislativa aprovou a reforma da
Previdência, no ano passado, e abriu espaço para que houvesse a cobrança dessa
taxação injusta, imoral e também ilegal, inclusive, dos aposentados e
pensionistas que ganham abaixo do teto salarial do INSS.
Então,
Sr. Presidente, nós temos agora que fazer uma reparação. Nós votamos contra
essa reforma, logicamente, obstruímos a votação, fizemos de tudo para que ela
não fosse votada, mas o governo teve maioria, votou.
Só
que muitos deputados se sentiram enganados, deputados que votaram a favor e
agora estão revendo a sua posição, porque dizem que não sabiam, embora eu tenha
feito vários pronunciamentos aqui falando dos efeitos perversos e nefastos da
reforma da Previdência para todos os servidores, inclusive para os aposentados
e pensionistas. Não foi falta de falar.
Mas,
de toda forma, muitos deputados votaram a favor e agora querem fazer a
reparação. Isso é importante, e nós queremos que esses deputados ajudem na
votação. Deputado tem que se engajar, fazer gestões junto à liderança do
Governo, junto à Presidência, junto ao Colégio de Líderes para que nós possamos
colocar de novo o nosso PDL nº 22, de 2020, projeto de decreto legislativo, que
já foi aprovado inclusive nas comissões, com pareceres favoráveis.
Ele
foi votado aqui na penúltima sessão de 2020. Houve um golpe regimental, o
governo apresentou uma emenda para que o projeto não fosse votado, mas ele já
está aprovado nas comissões. Ele pode voltar a qualquer momento aqui para a
votação, e nós podemos fazer, então, justiça com os aposentados e pensionistas,
acabando com esse confisco.
Esse
confisco, Sr. Presidente, para concluir, está literalmente matando os
aposentados e pensionistas, tirando deles o alimento, o remédio, a
possibilidade de ter tratamento médico, a possibilidade de sustentar as suas
famílias. É um dos projetos mais terríveis de todos os tempos, o decreto. É um
dos piores decretos já publicados pelo governo estadual aqui em São Paulo.
Por isso eu continuo aqui pedindo apoio,
não só o apoio formal, mas o engajamento agora de todos os deputados e
deputadas, para que nós possamos, em caráter de extrema urgência, votar o nosso
PDL nº 22/2020, que já foi aprovado em todas as comissões. Pode ser aprovado
já, assim que for liberada aquela emenda de plenário.
Foi um truque regimental que o governo
utilizou, para que ele não fosse votado naquele dia. Sei que aqui todos os
deputados presentes estão apoiando, o deputado Gil Diniz, o deputado Mecca, o deputado Frederico d'Avila, e os deputados que
estavam aqui hoje, praticamente, que fizeram uso da tribuna, o deputado Coronel
Telhada, a deputada Monica Seixas, enfim, todos apoiam o nosso PDL nº 22.
Nós precisamos agora dos outros deputados,
que também apoiam, para que façam esse engajamento, para pressionar a Alesp a votar, em caráter de extrema urgência, o fim do
confisco das aposentadorias e das pensões do estado de São Paulo.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL - Pela
ordem, Sr. Presidente, para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - É regimental.
Vossa Excelência tem a palavra.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Deputado
Carlos Giannazi, sabe que tem o nosso apoio e tem o nosso engajamento,
deputado, ao PDL 22.
Eu tive a honra de acompanhá-lo, no final
do ano passado, à sala do presidente da Assembleia Legislativa, em apoio ao PDL
22, para que nós possamos suspender essa atrocidade que o governador João Doria
promoveu, em cima de aposentados, de trabalhadores, que já têm inúmeras
dificuldades. Hoje mal conseguem comprar os seus remédios. Foi um golpe contra
a vida e não tão somente contra a dignidade dos aposentados do estado de São
Paulo.
Então, o senhor tem o nosso apoio, tem o
nosso engajamento nessa luta, em defesa dos aposentados no estado de São Paulo.
Conte sempre com o nosso trabalho, deputado.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - Para uma comunicação, deputado Gil Diniz?
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - É regimental.
Vossa Excelência tem a palavra.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO -
Aproveitando o ensejo, o que disse aqui o deputado Giannazi e o deputado Mecca, quero dizer o seguinte. O fato, em si, colocado aqui
pelo professor Giannazi é a fonte, vamos dizer, de onde sai o recurso.
Mesmo que o recurso não tivesse sido
tributado, professor Giannazi, o servidor, o trabalhador, já estaria perdendo,
porque o governador João Miami aumentou impostos sobre medicamentos, próteses,
órteses, barras de fixação para deficientes físicos.
Tirou os benefícios para PCD, que compram
veículos, etc. Colocou impostos sobre cadeira de rodas, motorizada ou não. Eu
estou com a relação, mais de 32 itens da área da Saúde. E quando digo área da
Saúde, não é só remédio, não. Até prótese.
Então, além de o dinheiro ter sido
confiscado, da maneira que colocaram aqui o deputado Giannazi e o deputado Mecca, ainda que não tivesse, já teria perdido valor,
porque os tributos sobre esses itens aumentaram.
E quero deixar claro aqui. Nós vamos ver o
aumento substancial dos valores dos planos de saúde. Nós vamos verificar isso
aí. Então, o que acontece? Os preços dos planos vão subir astronomicamente, com
a retirada do poder de compra das pessoas que trabalham. Então a gente já
imagina o que pode acontecer, como disse aqui o Major Mecca.
A gente vai à farmácia, eu que vou
praticamente semanalmente à farmácia, o preço dos medicamentos subiu de maneira
assustadora, os insumos, apesar de o presidente Bolsonaro ter baixado vários
impostos relativos à importação de insumos. Porém, o João Miami não tem
sensibilidade nenhuma, aumentou itens que eram isentos, totalmente isentos. E
agora são tributados. Então, fica aqui a minha colocação.
Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Pela ordem,
deputado.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Antes
do encerramento, Sr. Presidente, para uma comunicação. Para agradecer, mais uma
vez, ao deputado Major Mecca, não só pelo apoio, mas
pelo engajamento dele para que o nosso PDL 22 seja votado, o apoio do deputado
Frederico d'Avila, de V.Exa., Gil Diniz.
Deputado Frederico, V.Exa. levantou uma
questão importante. O PL que foi aprovado aqui, o 529, que aumentou impostos,
também prejudicou os aposentados e pensionistas, porque aumentou a contribuição
do Iamspe, que entrou praticamente em colapso, agora.
Já não tem mais nenhum leito para UTI, porque não tem investimento.
Mas eles aumentaram a contribuição dos
servidores. E muitos servidores são aposentados e pensionistas, e utilizam o
hospital. Os acima de 59 anos estão tendo agora um desconto a mais no seu
pagamento, porque eles pagavam 2% e agora foi para 3 por cento.
E se tem filho, o filho agora vai pagar
também. Então, os nossos servidores estão sendo penalizados de todos os lados e
de todas as formas, sobretudo os aposentados e pensionistas.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Havendo, então, acordo
entre as lideranças, eu solicito o levantamento desta sessão.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Sras. Deputadas,
Srs. Deputados, esta Presidência adita à Ordem do Dia os seguintes projetos
vetados: PL 1198/2015, PL 196/2018, PL 323/2019, PL 413/2019. PL 931/2019, PL
1032/2019, PL 38/2020, PL 687/2020.
Havendo acordo de líderes, antes de dar
por levantados os trabalhos, convoco V.Exas. para a sessão ordinária de amanhã,
à hora regimental, sem Ordem do Dia.
Está levantada a presente sessão.
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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 24
minutos.
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