28 DE SETEMBRO DE 2021
37ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: ALEX DE MADUREIRA, GIL
DINIZ e TENENTE NASCIMENTO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - ALEX DE MADUREIRA
Assume a Presidência e abre a sessão.
Convoca, em nome da Presidência efetiva, duas sessões extraordinárias a serem
realizadas hoje, a primeira às 19 horas e a segunda dez minutos após o término
da anterior.
2 - CASTELLO BRANCO
Discorre sobre os 100 anos de
fundação da Sociedade Brasileira de Eubiose. Comenta
a história da instituição. Exalta o trabalho do professor Henrique José de
Souza. Clama por um Brasil melhor.
3 - JANAINA PASCHOAL
Critica discurso em audiência pública
no Senado, a respeito da vacinação de adolescentes. Alerta para o risco de
morte após a imunização. Pede transparência dos órgãos públicos com as
famílias. Repudia o passaporte sanitário. Rebate a instalação de CPI para
investigação da Prevent Senior.
4 - PRESIDENTE ALEX DE MADUREIRA
Informa a presença do prefeito de
Juquiá, Gilberto Tadashi, e do secretário de Governo,
Vinícius Kabata, nesta Casa.
5 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, informa a presença
dos Srs. José Fernandes Queiroz e Francisco Antônio Mendes.
6 - MAJOR MECCA
Critica aditivo a
contrato de Publicidade, publicado no Diário Oficial, em 10 de setembro. Tece
críticas ao valor de 125 milhões de reais. Cita medidas adotadas contra
políticas dessa natureza. Exibe foto de obra de hospital, paralisada, orçada em
valor inferior. Pede a instalação de CPI para investigar os gastos do governo
estadual.
7 - CARLOS GIANNAZI
Defende a rejeição ao PLC 26/21.
Critica a proposta de reforma administrativa. Comenta os prejuízos aos
servidores, aposentados e pensionistas. Cita as propostas de reformas em
âmbitos federal e municipal. Clama pela aprovação do PDL 22/20.
8 - GIL DINIZ
Lista deputados que assinaram o
requerimento para a instalação da CPI para investigar a Prevent
Senior. Repudia as reportagens veiculadas sobre o
caso. Defende o trabalho do grupo no combate ao coronavírus. Defende CPI para
investigar os gastos do Governo do Estado durante a pandemia.
9 - CORONEL TELHADA
Cumprimenta os agentes envolvidos em
apreensão de drogas em Perus. Comenta o trabalho da Polícia Ambiental contra a
caça ilegal. Discorre sobre resgate de idoso, em Jamaica, distrito de Dracena,
feito pelos bombeiros. Discursa sobre a importância do serviço militar para a
sociedade. Tece críticas ao governador João Doria. Repudia os gastos com
Publicidade. Pede aumento salarial aos agentes de Segurança Pública. Clama por
investigação das compras feitas durante a pandemia. Lembra que o Grupo PDO
identificou desperdício de material sanitário. Defende o trabalho realizado
pela Prevent Senior durante
a pandemia.
10 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS
Pede assinaturas para a instalação de
CPI para investigar contratos de Publicidade firmados pelo Governo do Estado.
Afirma que está investigando as agências citadas em editais. Comenta as
restrições de verbas em diversas áreas durante a pandemia. Lembra que o
governador João Doria prometeu aumento salarial aos policiais durante a
campanha eleitoral.
11 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
12 - FREDERICO D'AVILA
Exalta a presença de militares neste
Parlamento. Lamenta os pedidos de vistas no texto que cria a Medalha ao Mérito
de Segurança Pública Erasmo Dias, na Comissão de Constituição, Justiça e
Redação. Discorre sobre a carreira política e militar do citado ex-deputado.
Lista parlamentares que foram a favor.
13 - CONTE LOPES
Afirma ser contrário ao PLC 26/21.
Discorre sobre a carreira de Erasmo Dias. Rebate denúncias de tortura contra a
figura. Defende a postura do coronel durante assalto. Comenta participação da
direita em eleições.
GRANDE EXPEDIENTE
14 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, relata não ter se
sentido ameaçado em nenhum dos seus encontros com Erasmo Dias, mesmo que o
ex-deputado se encontrasse armado.
15 - TENENTE NASCIMENTO
Assume a Presidência.
16 - CASTELLO BRANCO
Afirma ser contra a instauração de
CPI para investigar a atuação da Prevent Senior durante a pandemia. Discorre a respeito dos
trabalhos da CPI da Covid. Afirma que as CPIs citadas
pretendem prejudicar o governo federal. Tece críticas ao governador João Doria.
Comenta ter trabalhado em clínica que cuidava de pacientes com câncer. Tece elogios
aos médicos do País.
17 - GIL DINIZ
Critica e exibe vídeo de pessoas queimando
uma bandeira do Brasil e proferindo insultos ao presidente Jair Bolsonaro.
Discorre a respeito do que diz ser intolerância religiosa contra cristãos.
Critica o ministro Luís Roberto Barroso, que proibiu missões religiosas a
comunidades indígenas por conta da Covid-19. Comenta desenho na parede de
escola municipal, o qual disse ser desrespeitoso à religião católica.
18 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO
Anuncia a presença de agentes da
Polícia Ambiental.
19 - EMIDIO LULA DE SOUZA
Mostra-se contrário à cassação do
mandato do vereador Matheus Siqueira, de Cerqueira César. Relata visita à entidade Sorri, que auxilia pessoas com deficiência, em
Bauru. Lamenta morte de mulher, ocasionada por utilização de álcool para
esquentar alimentos, na cidade de Osasco. Critica invasão da PUC-SP, liderada
pelo ex-deputado Erasmo Dias, em 1977. Afirma ser contra a concessão de medalha
com o nome do mesmo. Diz não ser contra a Polícia Militar. Tece críticas aos
governos estadual e federal (aparteado pelo deputado Gil Diniz).
20 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS
Diz que o PT já teria atacado a
Polícia Militar com a PEC 51/13. Relata ser contra a aprovação do PLC 26/21.
Afirma que o projeto citado afetará negativamente o abono de permanência dos
servidores públicos do Estado. Critica o governador João Doria.
21 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
22 - TENENTE NASCIMENTO
Exibe vídeo de pastor sendo detido
por realizar culto ao ar livre no Canadá. Afirma que casos como esse configuram
perseguição religiosa. Critica decisão do governador de Pernambuco, por exigir
"passaporte de vacinação" para a entrada em cultos religiosos.
Parabeniza o presidente Jair Bolsonaro pelo Decreto nº 10.292, de 2020, que reconheceu
atividades religiosas como essenciais.
23 - SARGENTO NERI
Pelo art. 82, exige que o setor de
imprensa da Alesp dê o mesmo destaque para todos os
temas. Exibe vídeo de vereador de Bauru, que reivindica a necessidade de envio
de verba para a Saúde. Tece críticas ao governador João Doria. Solicita a
assinatura dos demais deputados para a realização de CPI que visa apurar os
gastos durante a pandemia de Covid-19 em São Paulo.
24 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO
Assume a Presidência. Anuncia a
presença do cantor mirim Kawê Santos em plenário.
25 - GIL DINIZ
Para comunicação, cumprimenta o
cantor mirim Kawê e sua família. Destaca que o mesmo
possui diversos vídeos no YouTube. Relata que ele canta diversos hinos cristãos.
26 - PROFESSORA BEBEL
Pelo art. 82, critica a quantidade de
projetos em regime de urgência que o governador envia para esta Casa. Questiona
a necessidade de se repensar na autonomia do poder deste Parlamento. Esclarece
que os deputados podem ou produzir projetos de lei ou carimbar os projetos do
governador do Estado. Lamenta que grande parte destes projetos mexam com a vida
de servidores públicos e também da população paulista que usa os serviços
públicos. Defende a impessoalidade e a objetividade do serviço público,
critérios estes que garantem a transparência das atividades. Considera a
aprovação do projeto uma descaracterização e um encolhimento do Estado,
oferecendo menos políticas públicas para a população paulista.
27 - PAULO LULA FIORILO
Para comunicação, informa a
comemoração do aniversário da cidade de Pedrinhas Paulista, com a visita do
cônsul italiano. Menciona a inauguração de uma exposição pelo consulado
italiano. Congratula o prefeito da cidade e o cônsul pelo aniversário de Pedrinhas
Paulista e pela parceria do consulado com a cidade. Cita visita da embaixadora
e cônsul da Suécia à cidade de Gavião Peixoto para conhecer diversas
instalações. Saúda os prefeitos da região que recepcionaram os visitantes.
Relata visita também à Câmara de Araraquara.
28 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO
Afirma que conhecia a cidade de
Gavião Peixoto há muito tempo.
29 - DOUGLAS GARCIA
Pelo art. 82, discorre sobre a
atuação do grupo "40 dias pela vida" em frente ao Hospital Pérola Byington, em luta contra o aborto. Critica grupo
esquerdista, que está também no local, ameaçando o grupo católico. Esclarece
que o grupo de jovens cristãos está em frente ao hospital, todos os dias,
rezando o Santo Rosário. Lê mensagem publicada nas redes sociais pelo grupo esquerdista.
Afirma ter exigido policiamento imediato pela Polícia Militar. Combate o
feminismo e a defesa do aborto. Solicita que a Comissão de Direitos Humanos
desta Casa paute o seu requerimento. Pede que esta Casa lute pela vida.
30 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO
Solicita que as expressões de baixo
calão sejam retiradas das notas taquigráficas.
31 - GIL DINIZ
Para comunicação, informa a
realização da Marcha pela Vida, no dia 03 de outubro, no Largo do Páteo do Colégio. Menciona que haverá uma caminhada e uma
missa pela vida, celebrada por Dom Odilo Scherer.
Apoia o grupo "40 dias pela vida". Diz ter oficiado o comandante da
Polícia Militar para que seja garantida a integridade do grupo cristão. Pede
orações em frente ao Hospital Pérola Byington em defesa
da vida.
32 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO
Diz ser em favor da vida. Apoia o
grupo cristão. Relata haver testemunhos de que vidas foram restauradas ao
ouvirem os cânticos e orações do grupo.
ORDEM DO DIA
33 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO
Coloca em votação e declara aprovado
requerimento, de constituição de comissão de representação, para participar do
evento "Encontro Nacional da FUG 2021", a realizar-se entre os dias 5
e 7 de outubro, em Brasília.
34 - DOUGLAS GARCIA
Solicita o levantamento da sessão,
por acordo de lideranças.
35 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO
Defere o pedido. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com ordem do
dia. Lembra a realização da sessão extraordinária, hoje, às 19 horas. Levanta a
sessão.
* * *
-
Assume
a Presidência e abre a sessão o Sr. Alex de Madureira.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
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O SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PSD - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão, ou às 19 horas, caso a sessão não termine no seu tempo limite, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:
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-
NR - A Ordem do Dia para a 15a Sessão Extraordinária foi publicada
no D.O. de 29/09/2019.
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O SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PSD - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:
* * *
-
NR - A Ordem do Dia para a 16a Sessão Extraordinária foi publicada
no D.O. de 29/09/2019.
* * *
O SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PSD - Vamos dar início ao Pequeno Expediente com os oradores inscritos. Vamos começar a chamar aqui: deputado Castello Branco. Olhe, já está a postos.
O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Deputado Castello Branco comparece hoje ao plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo para exaltar as efemérides de uma das sociedades que eu considero das mais importantes no Brasil. Comemoramos hoje 100 anos de fundação da Sociedade Brasileira de Eubiose, sobre cuja história discorreremos um pouco.
Às 15 horas do dia 28 de setembro de 1921, domingo, foi o marco inicial desta grande obra que foi a fundação espiritual da Sociedade Brasileira de Eubiose. Essa data marca o juramento que o professor Henrique e sua esposa, Dona Helena, realizaram no alto da montanha Moreb, chamada Montanha Sagrada, em São Lourenço, Minas Gerais.
O professor Henrique José de Souza, que havia nascido em 15 de setembro de 1883, um sábado, lá em Salvador, faleceu em nove de setembro de 1963, aqui na cidade de São Paulo, e era o quarto filho de Honorato José de Souza e Dona Amélia Eliza Guerra.
Já a Dona Helena nasceu em 13 de agosto de 1906, em Pontalete, Minas Gerais, e faleceu em 31 de julho de 2000 em São Lourenço, Minas Gerais. Era filha do português João Augusto das Neves Ferreira e da espanhola Agostinha Castanho.
Deste nobre casal, conhecido como gêmeos espirituais, nasceram quatro grandes filhos: Hélio Jefferson de Souza, em primeiro de março de 1938; Selene, em 16 de agosto de 1940; Jefferson, em 13 de maio de 1963; e o Hermés, em seis de fevereiro de 1944. Jefferson e Hermés já desceram para os mundos internos; e hoje, na face da Terra, Hélio e Selene continuam a obra dos seus pais.
Vinte e oito de setembro de 1921, nós consideramos a fundação espiritual, e 10 de agosto de 1924, a fundação material herdeira da Dâranâ, Sociedade Mental e Espiritualista. Lá, em 1928, ela assume a nomenclatura de Sociedade Teosófica Brasileira, a primeira em terras brasileiras, em homenagem à mestra Helena Petrovna Blavatsky.
E no dia 28 de setembro de 1969, o seu filho primogênito, Hélio Jefferson de Souza, assume a Presidência da instituição, que passa então a ser chamada Sociedade Brasileira de Eubiose.
A eubiose, desde então, cresce muito. Ela está presente em mais de sete países, entre os quais Austrália, Chile, França, Inglaterra, Itália e Portugal, além de Estados Unidos e México. No Brasil, está presente em mais de 100 cidades e possui, atualmente, só no estado de São Paulo, mais de 50 mil membros. Aqui algumas imagens dos nossos templos em São Lourenço, em Itaparica e no Roncador.
Aqui também a imagem da cerimônia cívica, do ato solene em que comemoramos esses 100 anos, realizado ontem aqui na Assembleia Legislativa de São Paulo, no auditório Teotônio Vilela, em caráter híbrido, presencial e virtual, com assistência de mais de cinco mil pessoas, ao vivo. O ato solene foi realizado nesse formato, e nós contamos ali com 25 pessoas escolhidas, “very important people”, para homenagear a nossa querida Sociedade de Eubiose.
E na manhã de hoje, lá em São Lourenço, Minas Gerais, a capital espiritual do mundo e a nossa sede, foi inaugurado, ou reinaugurado, o Obelisco da Eubiose, na Praça João Laje, conhecida como Praça Brasil.
Eu fui representado, nessa ocasião, pelo vereador William Rogério de Souza, da Câmara Municipal de São Lourenço, que proferiu um discurso lindíssimo e para o qual eu mando um grande abraço e meus sinceros votos de sucesso na sua carreira política.
Por fim, finalizo a minha fala exaltando o enorme legado da Sociedade Brasileira de Eubiose na formação educacional e cultural do povo brasileiro, relembrando a grande figura de seu mestre, Henrique José de Souza, que já nos idos de 1921 dizia que o Brasil seria o líder do mundo, protagonista de todas as ações da humanidade; que aqui nasceria o futuro Messias e que o Brasil, de direito e de fato, seria o berço de uma nova civilização.
Por tudo isso, nós políticos temos uma enorme responsabilidade de fazer do Brasil, e em especial do estado de São Paulo - que grandes efemérides colecionou na sua parte espiritual - de fazermos com que nosso País, de direito e de fato, seja o melhor país do mundo. Juntos, somos mais fortes. Somos todos um só.
Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PSD - Obrigado, deputado Castello Branco. Seguindo aqui a ordem dos inscritos, deputado Emidio de Souza. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. Deputada Janaina tem o tempo regimental.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento as pessoas que nos acompanham. Sr. Presidente, colegas deputados aqui presentes, funcionários da Casa, eu gostaria de ainda tratar do tema da vacinação de adolescentes. Ontem, houve uma audiência pública no Senado Federal com a participação da Sra. Secretária que coordena todo o plano de vacinação no âmbito do Ministério da Saúde.
Vários senadores participaram; o presidente do Conselho de Secretários de Saúde Estaduais participou; o presidente do Conselho de Secretários de Saúde Municipais também participou.
E esse evento foi fechado com a fala, com a manifestação deste representante dos secretários municipais de Saúde. E ele foi muito transparente na sua fala. Então, não estou aqui criticando a fala dele; estou enaltecendo a fala dele, pela sinceridade. Só que discordo da conclusão que ele tira do próprio raciocínio.
Este senhor defendeu, ontem, nesta audiência pública - aliás, não foi só ele - que o Brasil siga com a vacinação dos adolescentes e que inicie o mais rapidamente possível a vacinação de crianças a partir dos três anos de idade.
Quando foram debater os efeitos adversos, o representante do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde disse que os eventos adversos existem, que eles existem com relação à vacina anticovid e com relação a outras vacinas; que a morte, como evento adverso da vacinação, é algo esperado, ainda que se trate de um evento raro; e que a ocorrência da morte de uma adolescente, mesmo que se comprove o vínculo com a vacinação, não poderia justificar a suspensão da vacinação.
Por que eu elogio esta fala? Eu elogio porque é uma fala honesta, no sentido de dizer a verdade. Ele está defendendo a vacinação, apesar de reconhecer que há riscos, apesar de reconhecer que há risco de morte. E está tendo a coragem de dizer: mesmo ficando evidenciado o nexo causal entre a vacina e a morte de uma adolescente, ele entende que deve seguir.
Muito embora eu respeite a divergência, eu entendo que essa transparência que houve num evento lá no Senado, que a imprensa deliberadamente não repercute, essa transparência deve ser adotada para com as famílias.
Porque as famílias leem e ouvem nos noticiários, diuturnamente, que as vacinas são 100% eficazes e que as vacinas são 100% seguras. E os pais levam seus adolescentes para vacinação acreditando que estão fazendo o melhor para os seus filhos.
Então, o direito básico que eles têm é saber que existem riscos, que os riscos são conhecidos e que os próprios defensores dessa vacinação reconhecem a possibilidade de se causar o evento morte. Hoje, todos os jornais falam da CPI que se pretende instalar nesta Casa para apurar supostos fatos ocorridos no âmbito da Prevent.
Qual é o argumento que eles utilizam? Que as pessoas que estavam internadas receberam medicação sem saber dos riscos, que as pessoas não foram avisadas, que as pessoas não foram consultadas, que as pessoas não assinaram termo de consentimento livre e informado.
A mesma imprensa que se indigna com uma instituição que, no início de uma pandemia, buscou um caminho... Pessoas estavam morrendo, e o que a Ciência dizia? “Coloque de bruços para respirar”. Era isso que a Ciência dizia. Uma instituição tentou fazer algo com pessoas que estavam morrendo.
A mesma imprensa que quer acabar com essa instituição, por ter tentado, corretamente ou não - as apurações vão dizer - salvar quem estava morrendo, essa imprensa se cala diante da inoculação de vacinas que os especialistas sabem que trazem riscos para os adolescentes.
Eles agora querem submeter crianças a partir dos três anos de idade a esses riscos. E nós não estamos falando de uma doença infantil. Toda vacina tem risco. É isso que eu ouço dos médicos.
Mas quando você vacina crianças para protegê-las de uma doença que acomete crianças, as famílias podem querer correr esses riscos. Estão vacinando os adolescentes e querem rapidamente chegar às crianças para proteger outros estratos sociais.
Eu ouço dizer: para vender vacina. Eu preciso usar da minha imunidade aqui. Para mim, já não é mais para proteger ninguém, é para vender vacina. Mas eles alegam que é para proteger os idosos, os portadores de comorbidades, os vulneráveis. Nós não podemos admitir que as crianças sejam submetidas a riscos que as suas famílias desconhecem. No mínimo, a família tem que saber e tem que decidir.
E eu vou brigar com quem precisar brigar se começarem a exigir comprovação de vacinação de criança ou de adolescente para entrar em escola, para ter acesso à Educação, para ter acesso à Saúde.
Porque eles estão sendo instrumentalizados, e as autoridades, os cientistas já não negam mais isso. Peço a todos que assistam à audiência pública que aconteceu no Senado ontem. Está ali para quem quiser ver.
Eu peguei o vídeo da fala desse senhor e pus nas minhas redes sociais, sem nenhum comentário. Porque, quando eu comento, eles tiram todas as minhas postagens dizendo que são fake news, e eu só faço ler documentos públicos. Eu só postei o vídeo, sem nenhum comentário. Vamos ver se eles agora vão esconder o que o próprio defensor da vacinação diz: tem risco, tem risco de morte. E eles querem que as crianças passem por isso.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PSD - Obrigado, deputada Janaina Paschoal. Quero fazer menção, aproveitar, pela oportunidade: estamos recebendo aqui hoje o prefeito da cidade de Juquiá, nosso querido amigo Gilberto Tadashi, acompanhado hoje do Vinícius Kabata, que é o nosso secretário de governo lá. Obrigado, Gilberto, por estar nos visitando aqui hoje. Seja muito bem-vindo à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Próximo inscrito: Deputado Maurici. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson. (Pausa.) Deputado Ricardo Mellão. (Pausa.) Deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Major Mecca, tem o tempo regimental.
O SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, deputado Frederico d'Avila.
O SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria registrar a presença do Exmo. Sr. José Fernandes Queiroz e do Sr. Francisco Antônio Mendes, que estão aqui nos visitando hoje. E dizer, Conte, que o Sr. José Fernandes foi seu eleitor por muito tempo. Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ALEX DE
MADUREIRA - PSD - Obrigado, deputado Frederico d'Avila.
Sejam muito bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
O SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - A primeira vez que ele não votou em você, Conte, foi para votar em mim.
O SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todos os funcionários que nos dão suporte, eu quero, nesta tarde, trazer ao conhecimento de todos vocês e chamar atenção para mais uma da série “Governo do Estado de São Paulo”, governador João Doria rasgando o dinheiro do povo, dando descarga com os impostos pagos de maneira suada pelos trabalhadores do estado de São Paulo.
Por favor, coloque na
tela o “Diário Oficial” de 10 de setembro de 2021. Está aí, primeiro, o aditivo
de um contrato para publicidade. Contrato de publicidade; olhe o valor do
contrato, 125 milhões de reais para mais um contrato de publicidade. Senhores,
Sras. Deputadas, todos vocês que nos acompanham pela Rede Alesp
e pelas redes sociais: essa maldição parece não ter fim.
No dia 20 de maio de
2020, eu ingressei, junto com o deputado Gil Diniz, com uma ação cível e também
com uma ação popular de um contrato de 18 milhões para a assessoria de imprensa
do Governo do Estado de São Paulo.
No dia 2 de fevereiro de
2021, há cinco meses atrás, ingressei com uma ação popular para suspender um
contrato de mais 100 milhões para publicidade, por parte do Governo do Estado
de São Paulo.
Ainda fizemos o pedido de
tutela de urgência para suspensão, que foi deferido pelo Ministério Público. O
Ministério Público também vislumbrou um absurdo - em plena crise sanitária,
empenhar um montante desse de dinheiro em publicidade -, mas a Justiça apoiou a
ação do governo, e agora novamente. Esse “Diário Oficial” que eu mostrei é do
último dia 10 de setembro de 2021.
Para que os senhores
tenham ideia do que significa 125 milhões de reais, por favor, coloque a
próxima imagem. A próxima foto, por favor. Esta foto que está exposta no telão
aqui da Assembleia Legislativa é de uma obra de um hospital no bairro da
Pompeia, zona oeste da cidade de São Paulo. Esse hospital deu início à sua
construção em dezembro de 2013.
A conclusão desse hospital
era para ter sido em abril de 2015 e esse hospital não foi entregue até agora.
Dê uma observada no valor gasto na construção desse hospital: R$ 72.677.000,00.
Ou seja, o Sr. João Agripino Doria está gastando em publicidade, só nesse
último contrato, 125 milhões, o que daria para construir dois hospitais como
esse, que nem entregue foi ainda, pelo governo, para o povo do estado de São
Paulo.
Olhem o absurdo, a forma
desonesta com que o seu dinheiro... Você, que nos acompanha, que acompanha o
nosso trabalho diariamente, olhe o absurdo do trato do governador com o seu
dinheiro.
Deputado Agente Federal
Danilo Balas, a CPI para investigar o empenho de todo esse dinheiro, esse
recurso milionário para Propaganda e Marketing do João Doria, não é possível que
não terá as 32 assinaturas necessárias para que esta Casa investigue o
governador João Agripino Doria.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PSD - Obrigado, deputado
Major Mecca. Seguindo aqui a ordem dos inscritos,
deputado Carlos Giannazi. Deputado Carlos Giannazi tem o tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR -
Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV
Assembleia, quero, inicialmente, fazer um apelo a todos os deputados e
deputadas, a todos os líderes partidários para que nós possamos devolver para o
Palácio dos Bandeirantes o PLC 26, que trata da farsa da reforma administrativa
do governo Doria.
Nós estamos sendo atacados
de todos os lados: do ponto de vista do governo federal, tem a PEC 32 também,
que é uma verdadeira farsa; nós temos aqui na Capital, agora, uma reforma
também administrativa com reforma da Previdência, o famoso Sampaprev
2; e, aqui no estado, o PLC 26.
Esse PLC 26 do Doria é um
projeto que ataca a prestação de serviços públicos para toda a população do
nosso Estado, porque, ao atacar os servidores, ao retirar direitos, ao precarizar as contratações dos servidores, a retirada de
direitos e de benefícios prejudica, logicamente, a prestação de serviços para a
população. Eu queria fazer um alerta aos deputados, sobretudo aos deputados da
base do governo, porque esse projeto é muito nefasto.
Nós estamos praticamente
a um ano da eleição, e eu fico imaginando a situação de um deputado da base do
governo que pretende votar a favor desse projeto. Por exemplo, esse projeto
ataca todos os servidores da Saúde, todos os servidores da Segurança Pública,
todos os servidores da Educação. Eu fico imaginando, depois, um deputado indo
na sua região, na sua base eleitoral, pedindo voto para servidores públicos,
que ele votou contra.
Por exemplo, os
servidores da Saúde vão perder uma boa parte do adicional de insalubridade, que
é uma parte considerável dos seus salários. O mesmo vai acontecer com os
servidores da Segurança Pública, que serão duramente atingidos por essa mudança
da base de correção do adicional de insalubridade.
Então, o deputado que
votar a favor do PLC 26 vai estar votando contra os profissionais da Saúde,
contra os profissionais da Segurança Pública, da Educação. Mas eu dei um
exemplo só aqui do adicional de insalubridade, que ataca várias carreiras, mas
é algo que compõe esse dispositivo salarial.
Esse adicional é muito
importante, sobretudo para essas duas categorias profissionais que eu citei
aqui, o pessoal da Saúde e da Segurança Pública. Agora, o projeto atinge todos
os servidores também em outros aspectos.
Ele diminui o acesso,
ataca o abono de permanência, acaba com a pecúnia da licença-prêmio, institui
uma política generalizada de uma falsa bonificação que não é incorporada nos
salários dos servidores, e com isso não vale para progressão na carreira, não
vale para evolução funcional, como quinquênio, por exemplo. Não vale para a
aposentadoria, porque não incorporando no salário base, o servidor, quando se
aposenta, não tem essa incorporação.
E o pior de tudo é que
esse PLC 26 vai penalizar mais uma vez os aposentados e pensionistas, porque aí
nós vamos ter, deputado Castello Branco, o fim da paridade entre os servidores
da ativa e os aposentados e pensionistas. É o fim definitivo da paridade.
Então, se os servidores
aposentados e pensionistas já estão sofrendo com a reforma da previdência, com
o Decreto nº 65.021, que nós estamos lutando para revogá-lo através do PDL 22,
agora vem o segundo golpe contra os aposentados e pensionistas, que é o PLC 26.
Então, o deputado que
votar a favor do PLC 26 estará votando mais uma vez contra os aposentados e
pensionistas. Muitos se arrependeram da base do governo de terem votado na
reforma da Previdência, dizendo: “Eu não sabia, se eu soubesse que o Doria
fosse penalizar dessa maneira os aposentados e pensionistas, não teria votado.
Agora vou me redimir porque vou aprovar o PDL 22”.
Mas olhe, mas então não
pode votar também no PLC 26 de jeito nenhum, porque o deputado que realmente se
arrependeu e quer se redimir de ter ajudado o Doria a confiscar as
aposentadorias e pensões não pode votar em hipótese alguma no PLC 26, porque
ele estará prejudicando também mais de 500 mil pessoas que estão nessa
situação, já passando necessidade, fome, com dificuldade de comprar o remédio,
de fazer tratamento médico, de ter acesso à alimentação. Então, vamos devolver,
fora com o PLC 26.
Muito obrigado, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ALEX
DE MADUREIRA - PSD - Obrigado, deputado Carlos Giannazi.
Seguindo aqui a ordem dos inscritos, deputado Gil Diniz. O deputado Gil está se
encaminhando aqui. Tem o tempo regimental.
O SR. GIL DINIZ - SEM
PARTIDO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, boa
tarde a todos os deputados presentes aqui no Pequeno Expediente, boa tarde aos
nossos assessores, policiais militares, policiais civis desta Casa e ao público
que nos assiste pela Rede Alesp.
Presidente, eu vou citar
aqui o nome de alguns deputados: Paulo Fiorilo,
Professora Bebel, Dr. Jorge do Carmo, Daniel José, Heni
Ozi Cukier, Sergio Victor, Emidio de Souza, José Américo, Teonilio
Barba, Barros Munhoz, Maurici, Carlos Giannazi,
Márcia Lia, Arthur do Val, Estevam Galvão, Ricardo Mellão, Carla Morando, Caio
França, Ricardo Madalena, Professor Walter Vicioni,
Marina Helou, Mauro Bragato,
Luiz Fernando Ferreira, Raul Marcelo, Ataide Teruel,
Alex de Madureira - que preside a sessão -, Patricia
Bezerra, Thiago Auricchio, Jorge Caruso, Edmir Chedid, Marcos Zerbini, Dirceu Dalben,
Delegado Olim, Enio Tatto, Adalberto Freitas, Vinícius Camarinha, Rogério
Nogueira, Isa Penna e Erica Malunguinho.
Presidente, por que eu
cito essa lista aqui? Foram os 32 deputados, Conte Lopes, que assinaram o
requerimento da CPI da Prevent Senior.
Vejam vocês: estão criando factoide lá em Brasília, a CPI da Covid, Coronel Telhada, estão trazendo para esta Casa essa
discussão.
Já não basta o Ministério
Público criando, Castello Branco, uma força tarefa que eu jamais vi para
investigar um hospital, deputado Frederico d’Avila,
que prestou e presta relevante serviço humanitário neste momento de crise,
deputado Danilo Balas.
É incrível a capacidade
que nós temos de destruir, Major Mecca - construir é
muito difícil - o trabalho que a Prevent Senior fez por São Paulo e pelo Brasil, não só durante a
pandemia, mas durante toda a sua trajetória. Planos de saúde acessíveis
principalmente para os mais idosos, as principais vítimas nessa pandemia da
Covid-19.
Eu convido todos esses
deputados aqui, vou fazer uma solicitação ainda hoje, um protocolo de CPI do Iamspe, mais uma CPI dos gastos feitos pelo Governo de São
Paulo durante a pandemia.
É incrível jogar em uma
empresa como essa, tornar uma empresa como essa o bode expiatório de uma
pandemia na qual São Paulo não aceitou nenhuma, praticamente nenhuma das
diretrizes do governo federal - cito aqui o Ministério da Saúde e a própria
Anvisa. E como resultado, nós temos aqui em São Paulo quase 150 mil mortos. E
agora massacram médicos como a Dra. Nise Yamaguchi,
profissional séria.
Massacram aqui a direção
do hospital do grupo Prevent Senior,
como eu disse, que presta relevantes serviços públicos aqui. O Partido dos
Trabalhadores como sempre atuando como bucha de canhão do governador João
Doria, do PSDB. Foi o que sempre fez nesta Casa aqui em 30 anos.
Então, mais uma vez, ao
invés deste Parlamento aqui reconhecer o trabalho sério de uma empresa séria
que no “front”, Mecca, durante essa guerra que foi e
que é o combate à Covid-19, tentando de tudo para salvar vidas, agora são
brutalmente massacrados e criminalizados por esses aqui que querem destruir uma
empresa séria.
Vão fazer o quê? Os
idosos ali tratados no Prevent Senior
agora, quando essa empresa fechar, estou vendo aqui se repetir, Castello,
aquela história do Hospital de Base - lembra? - que massacraram os donos da
escola, fizeram inúmeras denúncias e depois de anos vieram a dizer: “Olhe, as
denúncias eram falsas, não existiu nenhum crime lá”. Mas quantas pessoas
massacradas? Quantas vidas destruídas? Quantas famílias, um trabalho de uma
vida foi jogado no ralo por uma mesquinharia política, presidente.
Encerro aqui: não conheço
ninguém da Prevent Senior,
não tenho procuração para falar em nome deles, mas deixo aqui a minha
solidariedade a esses profissionais, à direção dessa empresa, os meus parabéns
por nesse momento de crise, de pandemia, estarem ali no “front” salvando vidas,
tentando de todas as maneiras salvar vidas.
E eu espero que o
presidente Carlão Pignatari não caia na armadilha que aqueles senadores, aquele
bando de idiota, bando de pelego, Renan Calheiros, parceiraço
ali do Partido dos Trabalhadores, Omar Aziz, Randolfe
Rodrigues, DNA petista, que serve aí aos tucanos, presidente. Eu espero que ele
não caia no mesmo erro e na mesma armadilha nesta Casa de Leis, presidente.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE -
ALEX DE MADUREIRA - PSD - Obrigado,
deputado Gil Diniz. Próximo orador inscrito, deputado Adalberto Freitas.
(Pausa.) Deputado Coronel Telhada.
O SR. CORONEL
TELHADA - PP - Hoje,
nesta terça-feira, venho a esta tribuna para comentar algumas ocorrências da
Polícia Militar. Queria começar aqui com uma ocorrência que aconteceu na região
de Perus. Na região de Perus, nós estamos tendo muito problema de tráfico, de
roubos.
E houve uma operação,
ontem, naquela região, onde o capitão José Antônio, que inclusive trabalhava
aqui na Assembleia Legislativa, era aqui da Assistência Militar, o capitão José
Antônio e o cabo Fernando, comandando os dois a operação com demais viaturas,
acabaram prendendo traficantes naquela região, ali na 1ª Companhia do 49º
Batalhão, na região de Perus.
Então, quero mandar um
abraço a todos os colegas do 49º Batalhão, em especial ao capitão José Antônio
e ao cabo Fernando Silva, pelo trabalho que vêm executando naquela região.
Quando nós falamos em
Polícia Militar, eu vejo aqui muitos deputados exaltados, falando de vários
assuntos interessantes, mas nós não podemos jamais, em nenhuma sessão, deixar
de falar na nossa Polícia Militar, nos trabalhos que essa polícia executa, essa
polícia tão mal remunerada e desprestigiada por esse governo mentiroso, por
esse governador falso e mentiroso do João Doria. Um governador que prometeu
prestigiar e valorizar a polícia, e tem feito justamente o contrário.
E você, cidadão que nos
assiste aqui na capital de São Paulo, seja no interior, a polícia presta
inúmeros serviços. Um que eu quero falar é justamente sobre a Polícia
Ambiental, que muitas vezes faz um serviço despercebido. Quero comentar uma
ocorrência simples, ocorrência que eles pegam todo dia.
No sábado, dia 25 de
setembro, as equipes do 3º Batalhão de Polícia Militar Ambiental receberam uma
denúncia anônima sobre atividade de caça com utilização de armas de fogo. Vocês
que são do interior já estão acostumados com esse assunto, caça com arma de fogo.
E foram para campo e
conseguiram, na estrada da CBA, em Juquiá, São Paulo, localizaram uma
edificação que tinha vários indícios de que era utilizada como base de caça de
caçadores. E lá eles acabaram apreendendo vários armamentos, munições, cartuchos,
e também pegaram esses animais silvestres.
Esse animal que aparece
na foto é um veado-catingueiro, que foi solto no local, inclusive. Foram
presos, apreendidos pássaros, Tiziu, Azulão, Bico-de-Pimenta, inclusive um
pássaro Pixoxó, que eu nunca ouvi falar, que é um
animal que está inclusive em extinção.
Esse é um serviço da
Polícia Militar que a esmagadora maioria da população não reconhece, e não
conhece, e não valoriza. “Ah, mas grande coisa, apreender passarinho, apreender
animais em extinção”. Não é grande coisa, faz parte da nossa fauna e flora, e
eles fazem um trabalho inestimável que não é visto pela população.
Então, parabéns aos
homens e mulheres do 3º Batalhão de Polícia Militar Ambiental por essa
apreensão de animais, e apreensão de equipamentos de pesca também.
E, finalmente, uma
outra ocorrência aqui do Corpo de Bombeiros, nosso valoroso Corpo de Bombeiros
de São Paulo, que eu venho trabalhando há muito pela autonomia do Corpo de
Bombeiros, para que seja uma corporação à parte, o Corpo de Bombeiros Militar
do Estado de São Paulo.
Nessa segunda-feira
última, dia 27, por volta das nove horas da manhã, as equipes foram acionadas,
dizendo que uma mulher havia dito que o tio, um homem de 67 anos, havia caído
em um buraco, aproximadamente um buraco de 13 metros de altura no Distrito de
Jamaica, lá na região de Dracena.
Então, a Polícia
Militar foi para o local, junto com o Corpo de Bombeiros, e a vítima, após uma
ação do Corpo de Bombeiros, em ação extraordinária, com muito profissionalismo,
as equipes do Corpo de Bombeiros, com apoio da Rádio Patrulha de Dracena,
conseguiram retirar o homem de dentro desse buraco, que possuía escoriações em
ambos os braços e dores nas costas.
Vejam bem na foto aí o
local totalmente inóspito, totalmente vazio, um buraco inesperado no meio do
mato. O cidadão, com certeza, conhecia a região, e mesmo assim caiu no buraco.
Esses são alguns serviços que a Polícia Militar presta diariamente.
Nós vemos aí muitos
serviços da Polícia Militar trocando tiro, prendendo bandidos, apreendendo,
abordando veículos, entrando em favela, mas existem esses serviços também, que
muitas vezes a população não tem ciência e não acompanha.
E eu falo isso para dizer aqui a todos a
importância do serviço da Polícia Militar. Incluem-se aqui também as nossas
Guardas Municipais, a Polícia Civil, a Polícia Técnico-Científica, enfim, todos
os homens e mulheres agentes da Segurança Pública, serviços que estão
totalmente desvalorizados e esquecidos pelo governo de São Paulo.
Nós estamos, atenção,
Srs. Deputados, chegando em época de campanha e vocês vão ver agora o nosso
governo falando em valorizar a polícia, vocês vão ver falando que valorizou
sempre a polícia, o que é mais uma grande mentira. Nós estamos acompanhando
diariamente, estamos aqui diariamente falando em aumento salarial, em reajuste
salarial, e nada é feito.
O governador mentiroso,
como sempre, agora joga a culpa no governo federal, dizendo que o governo
federal proibiu qualquer reajuste. O outro já vem dizer, põe um secretário
dizendo que não tem como dar aumento para a polícia, porque a polícia é muito
grande, mas nós vimos aqui gastando milhões, milhões em propaganda.
Deputado Danilo Balas,
eu já assinei a CPI que o senhor está propondo. Conte com meu apoio, vamos
investigar esse governo, é isso que esta Casa devia fazer. O deputado Gil falou
há pouco preocupado de o pessoal fazer uma CPI aqui para investigar a Prevent Senior.
Vocês estão brincando,
vocês estão de gozação, não é? Com esse governador fazendo as falcatruas que
está fazendo debaixo do nariz de todo mundo, vocês vêm falar em investigar a Prevent Senior?
Vocês estão de gozação
comigo. Nós temos é que ter vergonha na cara e investigar esse governador João
Doria, que gastou um absurdo nessa campanha, comprando equipamentos da China
que não foram entregues, gastando bilhões, bilhões, bilhões de reais em coisas
que não foram utilizadas.
Nós, do PDO, vocês
sabem disso, do grupo Parlamentares em Defesa do Orçamento, constatamos “in
loco” orçamentos, contratos mentirosos, contratos fraudulentos, equipamentos
não usados, material não sendo usado, desperdício. Nós mostramos e provamos, e
esta Casa vem dizer em fazer uma CPI para ver a Prevent
Senior?
Vocês estão de gozação
comigo, não é? A minha mãe está com câncer na cabeça, desde novembro do ano
passado em tratamento, na minha casa. E se não fosse a Prevent
Senior, ela, com certeza, graças a Deus, em primeiro
lugar, mas se não fosse a Prevent Senior,
a minha mãe já estaria morta.
Então, deputados, tomem
vergonha na cara, tomem vergonha na cara. Larguem a mão de serem politiqueiros.
Nós temos um governador fazendo absurdos com dinheiro público, e vocês vêm
falar em investigar a Prevent Senior?
Se for o caso, eu não
tenho nada contra investigar. Não há problema. Vamos investigar, vamos investigar,
mas vamos pôr a mão na consciência e ver a canalhice que está acontecendo nesse
governo, gente. Tenha dó, não é?
O SR. PRESIDENTE -
ALEX DE MADUREIRA - PSD - Obrigado,
deputado Coronel Telhada. Seguindo aqui a ordem dos inscritos, deputado Luiz
Fernando. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Léo Oliveira. (Pausa.)
Já estamos entrando na
Lista Suplementar. Deputado Mauro Bragato. (Pausa.)
Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Agente
Federal Danilo Balas. Danilo Balas tem o tempo regimental.
O
SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, senhoras e senhores da TV
Assembleia, que nos acompanham, servidores desta Casa, gloriosos policiais
militares, que trabalham diuturnamente na Assembleia, Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, protocolei, na data de ontem, um pedido de CPI para investigar
contratos de publicidade do Governo do Estado de São Paulo, somatório de mais
de 516 milhões de reais.
Exatamente mais de meio bilhão
de reais em contratos de publicidade, para o governador do estado de São Paulo
fazer o seu marketing. Passamos por problemas de pandemia, restrição de
investimentos na área da Saúde, Educação, Segurança Pública. Economizamos nesta
Casa, foi a única Assembleia do País que reduziu salário dos deputados, a verba
de gabinete. Nem Brasília fez isso, e nós fizemos.
Porém, o governador João
Agripino Doria picou mais de 516 milhões de reais em publicidade, com as mesmas
três agências de publicidade. Protocolamos um requerimento pedindo aos Srs.
Deputados que assinem. Precisamos de 32 assinaturas.
E você de casa que
acompanha as nossas redes sociais, marque o deputado estadual da sua região,
pedindo para que ele assine o requerimento de CPI do meio bilhão de reais em
publicidade, do governador João Doria.
Esse contrato se arrasta
desde março, capitão Castello Branco, desde março de 2018. E o governador já
fez o 14º aditivo. Em razão do 13º aditivo, de 90 milhões, entramos com uma
ação popular no início deste ano, e fizemos que o governador Doria recuasse.
Exatamente. A ação
popular seguia no Judiciário, e conseguimos, através da nossa equipe - agradeço
a minha equipe, a parte jurídica, a parte de comunicação, os nossos assessores
- nós conseguimos fazer que João Agripino Doria cancelasse o contrato que
picava o seu dinheiro, o dinheiro da população.
Pois bem, só que no mesmo
dia em que ele recuou, dia 23 de julho de 2021, pasmem os senhores, ele
apresentou outro edital para o contrato de publicidade, agora, Major Mecca, de 100 milhões de reais, no dia 23 de julho.
Eu já vou chegar no
aditamento de V.Exa., o senhor falou aqui. Dia 23 de julho, Doria recua e no
mesmo dia ele apresenta o edital de 100 milhões de reais para publicidade. Já
no dia 26 de agosto, não contente com 100 milhões de reais, aditivo, Coronel
Telhada, 125 milhões de reais. Ele elevou os 100 milhões. Estava pouco torrar
100 milhões.
Então, governador João
Agripino Doria, aquele mentiroso, que vira as costas para a população, torra o
dinheiro público, 125 milhões de reais em contratos de publicidade. Aquele
mentiroso, que prometeu na campanha aumento para a polícia de São Paulo,
Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, ele gasta o dinheiro da
população em publicidade.
Pedimos ao menos a 32 deputados,
que defendem e têm coragem de defender a população do estado de São Paulo, para
assinar esse requerimento de pedido de CPI, do gasto de mais de meio bilhão de
reais em publicidade.
Sem contar, presidente
Gil Diniz, já estamos averiguando essas agências de publicidade. Investigando,
sim, quem presta serviço ao Governo do Estado de São Paulo desde 2018, as
mesmas agências de publicidade. Talvez elas, ou algumas delas, envolvidas em
operações policiais.
Peço a você, mais uma
vez, de casa, solicite aos 94 deputados estaduais que assinem o pedido de CPI.
Aqui já temos algumas assinaturas: Gil Diniz, Coronel Telhada, Major Mecca, Conte Lopes, nosso comandante, capitão Castello
Branco, Frederico d'Avila, Janaina Paschoal já
assinaram o pedido de CPI.
Peço a você de casa que
cobre o seu deputado, para passarmos a limpo o gasto de mais de meio bilhão de
reais, gasto em publicidade, do João Agripino Doria.
Muito obrigado, Sr.
Presidente.
* * *
- Assume a Presidência
o Sr. Gil Diniz.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Muito obrigado,
nobre parlamentar, deputado Agente Federal Danilo Balas. Conte com o meu apoio.
Dando sequência à lista
de oradores no Pequeno Expediente, convido para fazer uso da tribuna a nobre
deputada Márcia Lia. (Pausa.) Nobre deputado Edmir Chedid.
(Pausa.) Nobre deputado Frederico d'Avila.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - Sr. Presidente, deputado
Gil Diniz, queria aqui cumprimentar todos os colegas e o Exmo. Sr. José
Fernandes Queiroz, que está nos visitando nesta tarde, na Assembleia
Legislativa, e aproveitar aqui a presença de insignes militares, que vieram
para o mundo legislativo: Coronel
Telhada, deputado Castello Branco, Major Mecca,
Danilo Balas, que apesar de ter terminado sua carreira na Polícia Federal,
também foi da Polícia Militar, e o conhecidíssimo capitão Conte Lopes.
Eu fiquei, aproveitando
até que está aqui o deputado Emidio, fiquei
estarrecido semana passada, com todo o respeito que tenho pelos demais colegas,
inclusive a boa relação que tenho com o deputado Diniz, o deputado Fiorilo, etc., estarrecido, Conte, quando, na Comissão de
Constituição, Justiça e Redação, eu havia feito um projeto de resolução, para a
criação da Medalha do Mérito à Segurança Pública, para que esta Casa conceda
aos policiais civis, militares, agentes de vigilância de presídios, militares
das Forças Armadas, policiais federais, promotores de Justiça, juízes.
Enfim, todos aqueles que
têm um compromisso com a Segurança Pública. Depois de uma consulta generalizada
com colegas, os quais eu queria aqui citar nominalmente, porque, afinal de
contas, foi uma honra muito grande a assinatura de todos.
Eu queria aqui
cumprimentar o deputado Conte Lopes, Campos Machado, Tenente Coimbra, Gilmaci Santos, Ed Thomas, agora prefeito de Presidente
Prudente, Sargento Neri, Gil Diniz, que preside esta sessão, Delegado Olim, Thiago Auricchio, Altair
Moraes, Rodrigo Gambale, Valeria Bolsonaro, Major Mecca, Castello Branco, Douglas Garcia, Danilo Balas,
Leticia Aguiar, Edmir Chedid, Alex de Madureira.
E só não está aqui o nome
do Coronel Telhada porque na ocasião o senhor tinha baixado no hospital por
conta da pedra no rim, que o senhor sempre tem, senão acredito que o senhor
também teria assinado, para criação da Medalha do Mérito da Segurança Pública,
concedida por esta Casa, deputado Gil Diniz, de nome "Deputado Erasmo
Dias", que nesta Casa teve três mandatos, 12 anos consecutivos nesta Casa,
quatro anos na Câmara Federal, como deputado federal, na eleição de 1978.
Se eu não me engano, se
não foi o primeiro, foi o segundo mais votado do estado de São Paulo em 1978, depois
vereador na Câmara Municipal. Nos três mandatos que esteve aqui na Casa ombreou
com o Conte, que, outrora, era seu comandado - não é, Conte? - na Polícia
Militar.
E o deputado Erasmo Dias
transcende o universo da questão militar, porque policial civil gosta dele,
policial militar gosta dele, militares das Forças Armadas gostam dele,
funcionários da Casa gostam dele, deputados aqui de diversas agremiações
partidárias que conviveram com ele de alguma maneira gostam dele. Então fiz a
proposta da medalha baseado nisso.
Por outro lado, a filha
dele, a dona Márcia Dias, esteve aqui no ano passado e falou que apesar de ele
ter feito a vida dele na cidade de Santos, ela gostaria muito de que houvesse
uma homenagem na sua cidade natal, que é Paraguaçu Paulista.
Nós lá, Conte,
identificamos um trevo - um trevo simples, Paraguaçu Paulista não é uma cidade
muito grande - identificamos um trevo, Coronel Telhada, o senhor que é um
historiador de mão cheia, que gosta de detalhes da história, nós achamos ali um
trevo para colocar o nome "Deputado Erasmo Dias", em homenagem ao
deputado Erasmo Dias, que já faleceu, se eu não me engano, há mais de dez anos.
Foi pedido vista, Major Mecca, tanto do projeto de resolução da medalha quanto do
dispositivo viário, na CCJ, da qual também faço parte. E foram ditas lá
palavras das piores possíveis em relação ao deputado Erasmo Dias, pela sua
atuação como secretário de Segurança Pública, Coronel Telhada, que, na minha
concepção, ele fez cumprir a lei, tanto é que se ele fosse um mau secretário de
Segurança Pública ele não seria o primeiro ou o segundo mais votado do estado
na eleição de 1978.
Foram ditos os piores
impropérios em relação ao coronel e deputado Erasmo Dias, na CCJ, e retirada
não só a homenagem do dispositivo viário na pequena Paraguaçu Paulista, mas
também do projeto de resolução da Medalha de Segurança Pública aqui desta Casa.
E quero dizer que nenhum
policial, juiz, promotor, seja ele civil, militar, Forças Armadas, vai ficar
aborrecido, chateado ou desonrado em receber uma medalha de nome "Deputado
Erasmo Dias". Creio eu que outras agremiações partidárias não vão receber
essa medalha nunca, pois, afinal de contas, como tem medalha aqui "Santo
Dias" etc e tal, não tem problema nenhum.
Cada um homenageia
aqueles que achar melhor, mas creio eu, o Major Mecca
é dos últimos que estão aqui que saíram da Força Policial, eu acredito que
qualquer militar ou civil que seja, que trabalha com a Segurança Pública, se
sentiria honrado em receber uma medalha de nome "Deputado Erasmo
Dias".
Para finalizar, eu queria
dizer que nos honra muito a presença do Sr. Zé Fernandes, que também conheceu o
nosso deputado Erasmo Dias.
Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - GIL
DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, nobre deputado Frederico d'Avila. Dando sequência à lista de inscritos no Pequeno
Expediente, convido para fazer uso da tribuna o nobre deputado Douglas Garcia.
(Pausa.) Nobre deputado Tenente Coimbra. (Pausa.)
Nobre deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Nobre deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Nobre deputado Enio
Tatto. (Pausa.) Nobre deputado Caio França. (Pausa.)
Nobre deputado Maurici. (Pausa.) Nobre deputado
Altair Moraes. (Pausa.) Nobre deputado Conte Lopes. Vossa Excelência tem o
tempo regimental.
O SR. CONTE LOPES - PP -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, queria abrir o meu discurso de
hoje falando que eu sou totalmente contrário ao Projeto de lei nº 26, que ataca
mais uma vez o funcionalismo público. Doria, mais uma vez, atacando o
funcionalismo público.
Mas já que o Frederico d'Avila falou a respeito do Erasmo Dias, eu também quero
falar um pouco de Erasmo Dias, ex-secretário de Segurança Pública, deputado
federal, deputado estadual por três vezes, vereador em São Paulo. O Erasmo Dias
foi acusado, inclusive, de torturador nesta Casa.
Ora, é bom colocar aqui,
Frederico d'Avila, você não vai ouvir a história,
depois você não sabe o que vai falar. Quando eu estava aqui em 1986, cheguei em
1986 nesta Casa, 1987, chegando aqui, nós tínhamos Erasmo Dias sentado à minha
esquerda e tínhamos o José Dirceu sentado à minha direita.
José Dirceu foi preso de
Erasmo Dias no Forte de Santos. Foi preso, o Erasmo Dias era comandante do
Forte de Santos, como coronel do Exército, e o José Dirceu foi preso, ficou sob
custódia - se é a palavra certa - de Erasmo Dias.
Eu nunca vi no debate
entre os dois, o José Dirceu falar que foi torturado pelo Erasmo Dias. Pelo
contrário, debatiam, mas sobre tortura nunca ninguém comentou nada, então
obviamente não foi torturado lá. Pelo contrário, havia grandes debates, tipo,
José Dirceu acusar Erasmo Dias de mandar invadir a PUC.
Erasmo Dias: "Não,
eu não mandei invadir a PUC. Eu invadi a PUC." Tanto é que ele veio
responder aqui uma CPI, o Erasmo Dias, sozinho, ao contrário de ações que têm
na polícia até hoje, tipo Carandiru, que o governador Fleury mandou, secretário
mandou, e sobrou condenação de 400 anos para quem invadiu.
Ele não, ele veio aqui,
respondeu sozinho. Cadê, no caso do Carandiru, os responsáveis, os que deram
ordem? Foram condenados, responderam alguma coisa? Não, pelo contrário.
Então Erasmo Dias sempre
foi uma pessoa atuante. É que naquele tempo não existia direita, a direita
chegou agora. A gente combatia o PT, briga dura contra Emidio
de Souza, Paulo Fiorilo, pessoal do PT, uma briga
dura, do PDS, que agora virou PT, antes Arena. A briga era dura. Hoje não.
E era duro disputar
eleição. Uma época, eu lembro, quando o Erasmo Dias teve dez mil votos, o José
Dirceu teve 600 mil. Cadê a nossa direita, onde estava?
Outra coisa que eu quero
comentar no tempo que me resta, um assalto que Erasmo Dias sofreu. Erasmo Dias
era deputado nesta Casa, estava no segundo casamento e tinha uma filha de 13,
14 anos, que hoje é uma médica, uma menina muito bonita.
Quando os bandidos,
quatro, invadiram a casa dele e o dominaram, o reconheceram como Erasmo Dias,
secretário, e realmente começaram a fazer gracejos com a menina.
Foi quando o Erasmo Dias
fez o que ele podia fazer, como qualquer um com arma apontada para a cabeça.
Obviamente ele deu o que ele tinha e rezou para os caras irem embora. Foi até
um acordo que ele fez com os bandidos: “Vocês vão embora e levam o que puderem
levar”. E foi o que aconteceu.
Então não foi que o
Erasmo Dias se acovardou perante aquela situação. Qualquer um pode passar por
isso. E vai fazer o quê? Simplesmente como ele, cumpriu até as determinações dos
criminosos para salvar a menina de 13, 14 anos na época. Porque a gente sabe o
que bandido faz quando invade residência e tem domínio da situação.
Então é só a minha
colocação. Volto a dizer, o meu problema com o Erasmo Dias, fui colega dele
nesta Casa por muitos anos, como muitos foram, e ele nunca desrespeitou
ninguém.
Volto a dizer, quando os
deputados desta Casa, na invasão dos professores, que derrubaram tudo isso
daqui, viraram esta Casa de ponta cabeça e ficaram morando aqui não sei se 15
dias ou um mês, naquele momento da invasão chamaram a tropa de choque,
presidente Vitor Sapienza, veio a ordem para a tropa
de choque invadir. Nós estávamos ali, na entrada dos deputados. Foi Erasmo Dias
que foi defronte a tropa e impediu que a tropa invadisse.
Obrigado, Sr. Presidente.
Obrigado, Srs. Deputados.
O SR. PRESIDENTE - GIL
DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, nobre deputado capitão Conte
Lopes.
Encerrado o Pequeno
Expediente.
* * *
- Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - GIL
DINIZ - SEM PARTIDO - Dando início à lista de oradores
inscritos no Grande Expediente...
O SR. FREDERICO D'AVILA -
PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - GIL
DINIZ - SEM PARTIDO - Só um segundo. Vou chamar o próximo
orador e te dou a palavra. Com a palavra a nobre deputada Professora Bebel.
(Pausa.) Nobre deputado Castello Branco, que se dirige à tribuna. Com a palavra
o nobre deputado Frederico d'Avila.
O SR. FREDERICO D'AVILA -
PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Só um complemento, comunicação
rápida aqui, Conte. O deputado José Américo disse aqui na semana passada - eu
estava ausente, Conte estava presente, Castello também
- disse que a mãe dele, a senhora sua mãe, mãe do José Américo, foi recebida
pelo Erasmo Dias com revólver em cima da mesa.
Eu quero dizer o
seguinte, eu também fui, quando ele era deputado nesta Casa. E não era
revólver, era pistola, e ele ficava com a pistola em cima da mesa. Dizia ele
que a arma sempre tinha que estar ao alcance da mão para que fosse a reação
mais rápida possível.
Então eu também fui
recebido pelo deputado Erasmo Dias, mais de uma vez, com a pistola em cima da
mesa, e não me senti nem um pouco ameaçado.
Obrigado, Sr. Presidente.
* * *
- Assume a Presidência o
Sr. Tenente Nascimento.
* * *
O SR. PRESIDENTE - TENENTE
NASCIMENTO - SEM PARTIDO - Com a palavra o deputado Castello
Branco. Tem o seu tempo regimental.
O SR. CASTELLO BRANCO -
PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Deputado Castello Branco no
Grande Expediente do dia 28 de setembro de 2021, terça-feira, para falar sobre
a CPI, Comissão Parlamentar de Inquérito da Prevent Senior, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Sou contra e vou, como me
é particular e peculiar, argumentar de forma diplomática, técnica, acadêmica,
os argumentos pelos quais eu sou absolutamente contrário à instalação dessa
CPI, que se desvirtua de sua finalidade, como veremos a seguir.
Muito bem, nós temos aí
os deputados que protocolaram o pedido de abertura da CPI para investigar a Prevent Senior de São Paulo.
Ontem, no final da tarde, foi protocolado um requerimento para que a Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo, Alesp, instalasse
uma comissão parlamentar de inquérito para investigar a atuação da Prevent Senior durante a pandemia
da Covid-19 aqui no Estado.
Cerca de 32 deputados até
o momento já subscreveram o requerimento. Na justificativa, eles registram no
pedido afirmando que a Prevent Senior
tem atendimento no estado e na cidade de São Paulo e alegam que a empresa teria
submetido pacientes a tratamentos experimentais contra a Covid-19 sem
consentimento, o que não procede. Depois veremos por quê.
"Base de Doria se
une ao PT por CPI da Prevent Senior
na Alesp" é uma das manchetes que aparecem no
jornal. Vamos aos argumentos. A Prevent Senior já se encontra no centro das investigações na CPI do
Senado Federal, na CPI da pandemia.
Dois: já se ouve a oitiva
do diretor da empresa e hoje a CPI da pandemia se reúne para ouvir o depoimento
da advogada de médicos que trabalham ou já trabalharam na Prevent
Senior aqui em São Paulo.
Estão aí algumas cenas da
CPI do Senado. Infelizmente, palco de discussões inócuas, palco de falta de
educação, de falta de respeito, CPI parcial, que não julga os casos com a
imparcialidade que deveria, tendenciosa e forçando a opinião pública a entender
coisas que não são verdadeiras. Estão aí algumas das cenas.
Voltamos aos temas. Muito
bem, com prazo para funcionar até o dia cinco de novembro, a CPI da pandemia
está com sessões previstas até a próxima quinta-feira, dia 30 agora, de
setembro.
O relator, o senador
Renan Calheiros, informou que vai apresentar o relatório final no dia seguinte
ao depoimento. Os trabalhos em Brasília já estão bem adiantados e praticamente
estão na fase de conclusão.
Ou seja, a meu ver não
faz sentido algum se criar uma nova CPI aqui na Assembleia Legislativa de São
Paulo, ao passo que a operadora de saúde em questão já está sendo investigada
pela CPI do Senado. Além disso, o Ministério Público de São Paulo já está no
caso e já decidiu ampliar a força-tarefa que investiga a Prevent
Senior. Terceiro: a CPI quer virar um palanque
político e pode se arrastar por até seis meses.
A pergunta que não quer
calar é: a quem interessa essa CPI? O que eles ganham com isso? Se engana quem
pensa que o poder da CPI é apenas de investigar ou fiscalizar, o verdadeiro
peso de uma comissão parlamentar de inquérito é midiático, é meramente a
exposição à mídia. O governador de São Paulo se apossa das funções dos
parlamentares desta Casa e direcionará o rumo que eles e as investigações devem
tomar nessa CPI.
Sem dúvida nenhuma, o
grande objetivo é desgastar, desequilibrar e prejudicar o governo federal, com
vistas às eleições de 2022. O governador João Doria determinou que o secretário
de Saúde avance em uma fiscalização rigorosa, como se ele tivesse moral para
isso, sobre a Prevent Senior
e sua atuação durante a pandemia.
Independente disso, a
orientação dada ao secretário de Saúde é para iniciar imediatamente
verificações sobre os procedimentos apresentados na CPI do Congresso Nacional,
o que demonstram procedimentos regulares da Prevent.
Ou seja, é mais um
discurso inócuo, midiático, eleitoreiro, politiqueiro, barato do Sr.
Governador. O que se entende e o que se pretende, como já disse há pouco, é a
antecipação de palanque eleitoral das eleições de 2022 num ambiente de CPI,
usando esta Casa como cenário.
Não se queira acreditar
que uma CPI vai poder substituir o papel do Ministério Público ou mesmo das
investigações da Polícia Civil ou da Polícia Federal. A comissão parlamentar de
inquérito não fará esse papel e nem lhe cabe.
Conclusão: estamos aqui
diante de mais um evento midiático, marqueteiro, maldoso e absolutamente
desnecessário, pelos argumentos anteriormente citados, entre outros que poderia
citar.
Nada acrescenta à
população de São Paulo, nada ajuda na melhoria da qualidade de vida ou da saúde
da população e o seu objetivo é simplesmente prejudicar o governo federal e
usar como palanque para as eleições de 2022.
Eu termino fazendo um
depoimento pessoal. Em uma determinada fase da minha vida eu tive a
oportunidade de trabalhar em uma clínica médica que cuidava de pacientes com
câncer. A pessoa que está com câncer quer a cura. Vale para qualquer doença.
Ela
não quer saber de onde vem a cura. Pois, se não cabe desse paciente, que recebe
um boletim médico, dizendo que ela tem três meses de vida, seis meses de vida,
um ano de vida, que a ciência ou a medicina não conhecem a cura, pode ser seu
pai, sua mãe, pode ser eu.
Eu presenciava essas
cenas na clínica, e olhava para aquele paciente, e dizia. “O que eu vou fazer?
Eles vão tentar qualquer coisa. Eu quero salvar a minha vida. Desde cura
espiritual, desde busca de apoio espiritual, até qualquer tipo de tratamento
que possa me salvar. Porque a minha vida é que está em jogo, a do meu filho, da
minha esposa ou da minha mãe”.
Então, independente de qualquer análise técnica, médica, aquele
paciente tem o direito de buscar salvar a sua própria vida. Ele tem o direito
de entender que qualquer tipo de tratamento possa lhe salvar a vida. É um direito
dele, antes do próprio médico.
É a minha opinião,
daqueles que vi, infelizmente, tanta gente abandonar essa vida, com
justificativas e explicações. Meu querido pai, que era médico, dizia que, para
a morte, qualquer desculpa serve. Para a classe médica, às vezes, ficar
arranjando desculpas, se pode ou se não pode, na verdade, o foco principal é a
cura daquele paciente.
Deixamos aqui o
nosso elogio à categoria médica, que tanto trabalhou nessa pandemia, que tanto,
às vezes, é injustiçada. E que tanto mereceria uma melhor atenção. Mas, acima
de tudo, aos pacientes, que são atividade e o alvo final de salvar vidas.
Aqueles que precisam de tudo o que for possível para que eles sejam salvos: o
poder do Estado, a ciência médica, de tecnologia, de apoio espiritual, enfim.
A vida deve estar
acima de tudo. Nesse caso da CPI, eu não vejo qualquer sentido para que isso vá
para a frente. Poderemos estar colocando os nossos esforços, a nossa energia, o
nosso tempo, destinando a coisas mais úteis.
Destinando a melhorar
a qualidade de atendimento nos hospitais, a controlar melhor a vacinação no
estado de São Paulo, a melhorar uma série de qualidade de serviços e produtos
que hoje estão ruins para a população de São Paulo.
Não faz sentido
perder tanto tempo e tanta energia com algo assim. Eu relembro aqui também o
meu velho avô, que também era médico, que dedicou a sua vida a salvar
pessoas. E que dizia que nenhum
argumento é mais alto do que a vitória de um médico pela cura daquele paciente.
Nós temos que colocar sempre isto em mente.
Se os governantes
colocassem a população em primeiro lugar, além dos seus interesses pessoais,
nós estaríamos, sem dúvida nenhuma, num caminho muito melhor do que estamos
hoje.
Que cada um dos
senhores deputados desta Casa coloque a mão na sua consciência, e dedique o seu
tempo e a sua energia para melhorar a qualidade de vida, para melhorar os
serviços da população, para melhorar os salários, geração de empregos, a
geração de renda, qualquer ação que possa melhorar a vida da população.
O que a gente vê,
infelizmente, é a contramão disso: aumento de impostos, com o aumento de
cerceamento da liberdade, com prejuízo das famílias e das crianças.
Juntos, somos sempre
mais fortes, somos todos um só.
O SR. PRESIDENTE
- TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO
- Seguindo a lista de oradores inscritos. Quero chamar o deputado Conte Lopes.
(Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar.
(Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.)
Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Gil Diniz, que fez a permuta com
o deputado Major Mecca. Deputado Gil Diniz, se dirija
à tribuna, onde tem o tempo regulamentar para o seu pronunciamento.
O SR. GIL DINIZ -
SEM PARTIDO - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, nobre deputado, presidente deste Grande
Expediente, desta sessão, Tenente Nascimento. Cumprimento os deputados
presentes aqui no plenário. Presidente, subo a esta tribuna, mais uma vez nesta
tarde. Recebi um vídeo.
Verifiquei nas redes
sociais de vários deputados desta Casa, e pela rede social. Presidente, uma
falta de respeito às nossas famílias, com o nosso País. Uma falta de respeito
daqueles que exigem, nos impõem, nos colocam goela abaixo, toda a sua pauta. Eu
gostaria que você aí de casa prestasse atenção nesse vídeo de um grupo
militante, organizado. Dê uma olhada nessa cena, por favor.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Pode tirar, já. É
bizarro, é ridículo. Chega até a ser criminosa a falta de respeito com os
símbolos nacionais, deputado Emidio, que está aqui no
Grande Expediente. Rasgando uma bandeira nacional, queimando uma bandeira
nacional. E gritavam, vejam só vocês, nessa época de atos antidemocráticos.
Ofender a honra do
presidente, xingá-lo, xingar a sua família, normal, tudo bem. Mas ai de você se
grita contra um juiz careca de uma corte superior, ou outro, careca também, mas
que usa uma peruca. Talvez a Polícia Federal possa bater na sua porta na manhã
do dia seguinte.
Não adianta me
chamar de “carecofóbico”, porque eu sou careca
também. Estão aqui as entradas, para provar isso também. Agora, voltando a
essas imagens, é um grupo LGBT, salvo engano, da Bahia.
Alguns postaram
várias informações. Mas pouco importa. Pastor Carlos Cezar, esses, que nos
exigem respeito, que querem impor a sua agenda goela abaixo, fazem isso o tempo
inteiro.
Quem não viu aquelas
imagens, de uma parada LGBT, deles pegando crucifixo e enfiando no ânus? Um
travesti se colocando ali na cruz, como se fosse o próprio Cristo. Tentam nos humilhar
o tempo inteiro. Já pensou? Façam um exercício de imaginação.
Imaginem eu subindo
a esta tribuna, com aquela bandeira do arco-íris, e rasgando essa bandeira
aqui, e mandando uma figura de alguém que defende essa pauta, algum deputado
desta Casa, algum cantor que chamam de cantora, mandando ir tomar… Vocês sabem
onde. Já pensou o escândalo que seria? Seria processado.
Talvez saísse até
algemado deste plenário, pela falta de respeito. Hoje nós vivemos um período
onde tem um deputado federal, que goza de imunidade parlamentar, preso. E o
arco-íris, que é tão caro para nós cristãos, símbolo de um pacto, de uma
aliança com Deus e com o homem, ali, depois do dilúvio, narra a Escritura
Sagrada.
Eu já disse nesta
tribuna, e alerto nosso povo, o povo cristão, evangélico, católico. Vai chegar
o dia que nós vamos ser acusados de fake news quando, dando testemunho da nossa fé, alguém ousar
falar que a Virgem concebeu por obra do Espírito Santo. Vão dizer que é
mentira, que é fake news.
Vão querer nos criminalizar.
Quando, dando
testemunho da nossa fé, nós falarmos que Cristo, em seu primeiro milagre
público - narra João - ele transformou água em vinho ali nas Bodas de Canaã.
Vão nos acusar do quê? De charlatanismo?
Quando, dando
testemunho da nossa fé, neste plenário, nesta tribuna, no nosso gabinete, nas
praças, nas ruas, por todo o Brasil, que é o maior país cristão do mundo, o
maior país católico do mundo, nós, dando testemunho da nossa fé, nós falarmos
que Cristo ressuscitou dos mortos, vão nos acusar do quê? Fake
news?
Vamos ser
criminalizados como estamos sendo, nesse exato momento, ao pregar o Evangelho
de Jesus Cristo. E não está muito longe, não. Não se enganem. Não se
enganem.
Olhe a decisão do “iluministro” Barroso. Ele proibiu que missões cristãs
adentrem territórios indígenas. Com a desculpa da Covid-19. Então, enquanto
houver a pandemia, essas missões cristãs não vão poder adentrar nesse
território indígena.
É assim que vai
acontecendo. É assim que nós vamos perdendo espaço. É desse modo que nós vamos
sendo perseguidos. Falei na tribuna ontem, e repito aqui. O papa João Paulo II
dizia que nós devemos respeitar, nós devemos defender a verdade a todo custo.
Ainda que nós voltemos a ser doze.
Nós não podemos
aceitar esse acinte, esse crime que esses grupos organizados cometem a todo
momento contra os nossos símbolos nacionais, contra os nossos valores, contra
as nossas famílias. E são os mais afetados, os mais “mimizentos”.
Porque não aguentam uma crítica. Não aguentam uma ofensa que seja, por mínima
que seja.
Mas querem ofender,
querem rasgar a nossa bandeira, rasgar tudo aquilo que nós acreditamos. E, por
que não, rasgar a nossa Bíblia, o nosso texto sagrado, a nossa regra de fé? É
simplesmente abjeto.
É simplesmente
absurdo. Vários deputados aqui já subiram nesta tribuna, semana passada, para
mostrar uma bandeira LGBT pintada numa escola de Educação infantil. Aí pode.
Aí, tudo bem. Não tem problema nenhum.
Vá lá pintar um
crucifixo. Mostrei nas minhas redes sociais e mostrei neste plenário, nesta
tribuna, uma imagem de Aparecida, para os católicos, padroeira do Brasil,
pintada no muro de uma escola. Mas ela fazia um gesto obsceno. Esse gesto aqui.
Uma imagem de
Aparecida, padroeira do Brasil, pintada. Olhe o que a diretora explicou. “É
arte. Eu não posso fazer nada. Um grupo de artistas veio aqui, pintaram todo o
muro da escola.” Olhe que bonitinho. Olhe que fantástico.
Já pensou se, dentro
dessa mesma lógica, nós fôssemos ali na escola, e pintássemos uma entidade
espírita, de alguma religião de matriz africana, com o mesmo deboche? O que ia
acontecer? Ah, meus filhos, Natan e Davi, que assistem também a Rede Alesp! Olhe, o pai estaria preso. Vocês estariam sendo
perseguidos, graças a essa fauna aqui. Então a gente não pode permitir,
presidente.
Eu repudio esse tipo
de cena. Não é aceitável essas pessoas continuarem desrespeitando os nossos
valores, os nossos símbolos nacionais, e saírem impunes. A gente vai combater
sempre esse tipo de gente, esse pensamento hegemônico nessas classes mais altas
da nossa, entre aspas, “cultura nacional”.
Isso não é cultura,
não. Isso é crime. A gente vai denunciar. A gente vai atrás de cada um daqueles
que cometeram esse crime contra os símbolos nacionais. Naquele caso ali, a
bandeira do nosso País, símbolo máximo, que nós ostentamos, nesta Casa também,
em todas as repartições públicas.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE
- TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO
- Seguindo a lista de oradores inscritos, quero chamar para o seu
pronunciamento o deputado Emidio de Souza, em permuta
com o deputado Caio França. Enquanto o deputado Emidio
de Souza se dirige para o seu pronunciamento, quero apresentar, com a permissão
do orador.
Está conosco aqui o
tenente coronel Ênio Antônio de Almeida. Queira ficar de pé aqui. Também está
acompanhado pelo major PM Guilherme. O tenente coronel Enio
é comandante do 5o Batalhão de Polícia Ambiental, juntamente com o
major Guilherme, que defende as nossas florestas, a nossa fauna, a flora e as
nossas águas.
Então, tenente
coronel, o senhor é muito bem-vindo neste plenário. Nós agradecemos a vossa
presença. Tenho certeza de que está aí buscando, através de projetos, para que
possa melhor conduzir a segurança da nossa fauna.
Muito obrigado,
coronel.
Deputado Emidio, com o seu pronunciamento, pelo tempo regulamentar.
O SR. EMIDIO LULA
DE SOUZA - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras.
Deputadas, público que nos acompanha pela TV
Assembleia. Inicialmente eu quero agradecer o deputado Caio França pela permuta
do tempo aqui no Grande Expediente. E para apresentar algumas questões aqui.
Primeiro eu queria
manifestar minha solidariedade ao vereador Mateus Siqueira, da cidade de
Cerqueira César, do Partido dos Trabalhadores, que foi cassado pelos seus
colegas, naquela Câmara, naquela cidade. E lamentar a decisão. Cerqueira César
é uma cidade boa. Mas a Câmara Municipal não agiu corretamente. Porque cassou o
vereador por um crime de opinião, numa montagem farsesca.
É preciso ser
restabelecido o mandato popular, tem muita validade, tem muita importância.
Quando se cassa um vereador por motivo de opinião, na verdade você está
cassando não apenas o vereador. Você está cassando o voto daqueles que votaram
nele. A minha solidariedade ao vereador Mateus Siqueira.
Eu queria também
expressar a minha alegria de ter visitado uma entidade, em Bauru, chamada
Sorri, que completou, nessa sexta-feira, 45 anos. É uma entidade que faz um
trabalho espetacular com pessoas com deficiência, de um nível de
profissionalismo exemplar, e, tomara que cada cidade... Que bom seria, se cada
cidade pudesse ter uma entidade com profissionais tão gabaritados, tão
dedicados, como é a Sorri.
Queria também lamentar,
Sr. Presidente, que a minha cidade, a cidade de Osasco assistiu ontem...
Infelizmente, testemunhou a morte de uma pessoa, de uma mulher muito jovem, que
foi atingida por uma explosão, causada por álcool. Por quê? Porque ela foi
cozinhar, foi esquentar uma mamadeira, não tinha gás, não conseguiu comprar o
gás, e usou álcool para esquentar o gás.
Isso mostra o nível da
pobreza no Brasil, como chegou nesse governo Bolsonaro, e o tanto que ela tem
ameaçado a própria vida das pessoas. Uma palavra, também, sobre a proposta
feita aqui pelo deputado Frederico d’Avila, da
homenagem com o nome do coronel Erasmo Dias. Aqui se falou muito, eu ouvi
vários discursos em torno disso, mas eu queria chamar a atenção para uma coisa.
Todo mundo que defende o
Erasmo Dias fala da qualidade dele como deputado, que ele era deputado federal,
teve voto, teve isso, teve aquilo. Eu mesmo fui deputado, junto com o Erasmo
Dias, nesta Casa.
Mas ninguém dá uma
palavra sobre o que ele foi como secretário de Segurança Pública, principalmente,
sobre a vergonhosa invasão, a criminosa invasão da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, a PUC, em 1977, durante a realização de um simples
encontro de estudantes, com 70 estudantes.
Ele, comandando a Polícia
Militar, invadiu o recinto universitário, o que é proibido constitucionalmente.
Então, alguém falou aqui que ele é um cumpridor da lei. Não é, ele foi o
primeiro a usar a Força Policial para rasgar a Constituição, e rasgar a lei,
onde está escrito que a polícia não pode interferir dentro de campi
universitários.
A homenagem que se
pretende prestar, a homenagem, com esse nome, não tem nada de cabível. Nada.
Primeiro, porque ter voto não significa atestado de idoneidade para ninguém.
A Flordelis
acabou de ser caçada por matar o marido, e tinha voto. Nós vamos respeitá-la
por conta disso? Ela merece elogios por conta disso? Não. Aqui nesta Casa, já
desfilou, também, muita gente que não merece homenagem nenhuma.
Aqui, teve envolvimento,
Hanna Garib, teve muita gente envolvida com falcatruas, aqui. Então, se
depender de mim, o Erasmo Dias não vai emprestar o nome para medalha nenhuma,
porque ele não é digno dessa homenagem. A Polícia Militar merece todas as
homenagens, mas...
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - O senhor me dá um
aparte?
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Um minutinho, deputado.
Mas, para homenagear, é preciso... Talvez, a melhor homenagem que a polícia
mereça, são salários dignos, respeito à sua condição de trabalho. Não uma
medalha com o nome de alguém que não honrou, ao comandar a Polícia Militar, não
honrou o seu cargo. Mas eu concedo um aparte, deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - COM ASSENTIMENTO DO
ORADOR - Nós respeitamos, deputado Emidio - obrigado
pelo aparte -, o posicionamento da bancada do PT, e tudo mais. Só queria
perguntar ao senhor. O senhor citou alguns nomes aqui, e critica o Erasmo Dias.
Mas eu pergunto ao senhor: qual foi o último deputado cassado neste Parlamento?
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Cassado? O Hanna
Garib.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - O Hanna Garib? O Luiz
Moura, do PT, não foi?
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Quem?
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Acho que “Luiz Moura”.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Não.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Não foi cassado?
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Não foi cassado.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Mas ele foi processado por quê?
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Eu não sei, deputado.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Por envolvimento com o
quê?
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Eu não sei. O senhor que
está falando. Diga.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Ora, a bancada do PT
sabe muito bem disso. Sabe muito bem disso. O Erasmo Dias, não convivi com ele,
em momento nenhum, mas essa homenagem, o Frederico d’Avila
colocou muito bem, deputado Emidio, é para homenagear
personalidades da Segurança Pública.
Não há problema nenhum.
Vossas Excelências têm as suas homenagens. Têm várias homenagens aqui na Casa,
Comissão de Direitos Humanos, onde personalidades, de um lado mais progressista,
do lado esquerdista, são homenageadas. Não há problema nenhum, deputado Emidio, em se homenagear, em ter essa condecoração, no nome
do deputado. Não tem problema nenhum.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - O problema é que ele foi
alguém…
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Não tem problema nenhum,
deputado Emidio, não tem problema nenhum. Mas nós
entendemos aí, a colocação, porque tem um ódio à nossa Força de Segurança, à
nossa Polícia Militar, enquanto instituição. Então, assim, tem que deixar
claro. Vocês têm que vir a público, e deixar claro que vocês odeiam a Polícia
Militar. Obrigado pelo aparte.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Obrigado. Nós não temos
ódio nenhum à Polícia Militar. A Polícia Militar sempre mereceu, da bancada do
PT, todo apoio, aqui, quando as matérias estavam em discussão nesta Casa.
Então, nós não temos problema nenhum. Querer confundir uma coisa... Polícia
Militar é Polícia Militar, Erasmo Dias é Erasmo Dias. E ele não honrou o cargo
de comandante.
Outra coisa que eu queria
dizer é o seguinte. Olhe, nós temos que falar dos mil dias. Nós estamos
completando, agora, mil dias de governo Doria, e de governo Bolsonaro.
Provavelmente, um dos
períodos mais tristes da história do nosso País. Um presidente... Aqui, o
deputado Gil Diniz falava, há pouco, de um grupo de pessoas que rasgou a
bandeira brasileira. Olha, como se isso fosse coisa de esquerda. Isso não é
coisa de esquerda. A esquerda nunca rasgou bandeira brasileira, em lugar
nenhum.
Como os bolsonaristas são cheios de fake news, provavelmente, estão utilizando... Montaram algum
grupo para rasgar a bandeira, e querer culpar. Não tem absolutamente nada a ver
conosco essa questão. Agora, vergonha mesmo não é isso, deputado. Vergonha é o
presidente da República ir à ONU e fazer aquele discurso vergonhoso, pavoroso,
que deixou o Brasil de boca aberta, e o mundo.
Como é que pode alguém
chegar lá, e fazer de conta que o Brasil é o país que mais preserva, quando é o
país que mais está destruindo a Amazônia? É o país que está permitindo que garimpeiros
invadam áreas de territórios indígenas, para fazer garimpo ilegal, desmatamento
ilegal. Sabe? É impressionante o tratamento que ele deu para a Covid-19.
Estamos nos aproximando
de 600 mil mortes, e vai lá dizer que o Brasil é um exemplo na questão do
combate à Covid-19, que a vacinação avançou. Avançou contra ele, contra a
vontade dele. E, ainda quis transformar a vacinação, a compra de vacinas, em
vantagens pessoais, que a CPI está, muito bem, investigando agora.
Mas nós não fazemos
distinção, não. Nós vamos analisar, também, os mil dias de governo do João
Doria. E o governo do João Doria é um governo entreguista. É o governo que está
privatizando tudo o que cai na mão.
Ele se comporta muito
mais como um corretor de negócios do estado de São Paulo, do que como
governador. E, mais uma vez, cumpre a sua sina de não cumprir os seus mandatos.
Ele teve apenas dois
mandatos até hoje. Um mandato de prefeito, e um mandato de governador. O de
prefeito interrompeu no meio, e agora também vai interromper, tentando outro
cargo, sem ter apresentado serviço nenhum, relevante, ao estado de São Paulo.
Lamentavelmente, o Doria vai deixar a marca de um governador que só privatizou,
e fez marketing o tempo todo.
Ele só se anima a
governar quando ele vê um microfone na frente, que ele tem que fazer, é isso. O
resto é tirar direito do funcionalismo, o resto é privatizar. Agora, um novo
projeto, como o PL 26, que está na pauta de hoje, aliás, para poder fazer caixa
no Estado, para depois fazer política barata. É isso que ele fez aqui.
Finalmente, Sr.
Presidente, quero dizer... Eu vou encerrar dizendo isso. É o seguinte. Aqui se
fala de CPI, CPI, CPI. A bancada do PT, vocês podem estar certos, se os bolsonaristas desta Casa quiserem fazer CPI para investigar
o Doria, contem com o nosso apoio. E, se a bancada do PSDB quiser fazer CPI
para investigar a Prevent Senior,
conte com o nosso apoio. Porque nós não temos medo de investigação.
Não sei que pavor é esse,
que os bolsonaristas demonstram, de qualquer
investigação. É a Prevent Senior,
o que que se tem com a Prevent Senior?
É uma empresa que tem sérias denúncias sobre ela, de atestados falsos, de
induzir os médicos a fazer medicamentos de tratamento precoce, que não
funcionam, e ainda quer impedir isso aqui, e ainda culpar o PT. Não, o PT apoia
toda CPI para investigar qualquer instituição, seja federal, seja estadual.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO - Seguindo
a lista de oradores inscritos, quero chamar à tribuna, para o seu
pronunciamento, o deputado Agente
Federal Danilo Balas. Danilo Balas tem o seu tempo regulamentar, para o
pronunciamento.
O
SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados aqui presentes, preciso me
manifestar, Sr. Presidente,
diante das declarações do nobre deputado Emidio, que
fala que o Partido dos Trabalhadores gosta da gloriosa Polícia Militar.
Deputado Gil Diniz, temos
que lembrar de uma pessoa, lá de Brasília, da PEC 51, Lindbergh Farias, que
objetivava a extinção da Polícia Militar, das Polícias Militares. Então, para
quem acha que o Partido dos Trabalhadores nunca fez nada contra as Polícias
Militares, é só dar uma olhadinha na PEC 51, à época desse nome, Lindbergh
Farias.
Pois bem. Retorno a esta
tribuna, Sr. Presidente, para
falar sobre o Projeto de lei Complementar nº 26, de 2021, esse projeto
“Frankenstein”, do governador João Agripino Doria, que tramita nesta Casa, e
estamos, neste momento, em debates, período de obstrução. Alguns parlamentares
sobem a favor, outros contra. E, desde já, adianto que vou obstruir o projeto,
e o meu voto será “não” ao PLC 26/21.
Para vocês que nos
acompanham de Casa, esse PL “Frankenstein” institui a bonificação por
resultados, cria a Controladoria-geral do Estado, e dispõe sobre assistência
técnica em ações judiciais, só que não para por aí. O governador altera 17
leis, e revoga quatro leis. Ou seja, são 24 ações, em um mesmo projeto de lei
complementar.
Não sabemos qual é o
objetivo do governador. Porém, desconfiamos. É colocar tudo em um mesmo projeto
de lei complementar, e fazer passar aqui, nesta Casa, esse PLC 26, que retira
direitos fundamentais dos servidores públicos do estado de São Paulo.
Exatamente, você que
acompanha pela TV Assembleia, o governador
João Doria, mais uma vez, com esse Projeto de lei Complementar nº 26, de
2021, que retira direitos fundamentais dos servidores públicos. E vou falar
apenas de um deles aqui. Mais tarde, nas sessões extraordinárias, falarei de
outros artigos maléficos, mas falo do abono permanência.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.
* * *
O abono permanência está
previsto na Lei Complementar nº 1.354, e esse PLC 26, Sr. Presidente, altera o Art. nº 28, exatamente o que fala do
abono permanência. O que o governador João Agripino Doria quer? Ele quer
definir quais cargos, classes e carreiras farão jus ao abono permanência.
Então, se nós temos
algumas categorias, alguns servidores, divididos em classes, ele pode decidir
se a terceira classe recebe, se a primeira classe não recebe. É isso que o
governador João Doria quer. Ele também quer definir os valores a serem pagos.
Hoje, o valor é fixo. O servidor que decide permanecer no serviço público tem
um valor fixo que recebe de abono permanência, e o governador Doria também
impõe um período de 12 meses de reavaliação.
Ou seja, não gera direito
adquirido, e isso prejudica, e muito, o servidor público do estado de São
Paulo. Não bastasse esse absurdo, desse projeto de lei complementar, ele cria a
figura, ele cria o instituto da necessidade de retenção do servidor. Pois bem,
o servidor público, além de não ter o direito adquirido, após completar 35 anos
de serviço público, e decidir permanecer no serviço, deputado Sargento Neri...
Isso é um direito do
servidor hoje, e o governador João Doria quer retirar esse direito, e
reavaliar, a cada 12 meses, e ele é quem vai decidir a quem pagar, e quanto
pagar.
E, deputado Douglas
Garcia, V. Exa. que não é do serviço público, mas apoia servidores públicos do
estado de São Paulo, vai ficar de queixo caído com o que existe nesse projeto.
Estávamos discutindo, agora há pouco.
O governador João Doria
cria o instituto da necessidade de retenção de servidores. Ele institui a baixa
necessidade de retenção de servidor. Ele vai decidir. E aí, pagará 25% do valor
de abono permanência.
Aí seguimos com esse
absurdo. A intermediária necessidade de retenção. Ele paga 50%; a elevada
necessidade de retenção, ele pagará 75% do valor do abono permanência, e a
máxima a necessidade de retenção, senhoras e senhores, você que nos acompanha de casa, pela TV Assembleia...
Se ele decidir que a
necessidade de retenção é máxima, aí sim ele pagará 100% do abono permanência,
sendo que, depois de 12 meses, ele vai reavaliar. Correto?
Agora, qual servidor tem
mais necessidade, ou não, de retenção, em relação ao governador do estado de
São Paulo? Vamos votar contra esse projeto de lei complementar.
Não admitimos, nesta Casa
de Leis, que o pior governador do estado de São Paulo, que o estado de São
Paulo já teve, o governador João Agripino Doria, retire mais direitos dos
servidores públicos, que vêm sofrendo há quase três anos de mandato do
governador João Doria.
Senhoras e senhores,
ainda há tempo de vocês, de casa, entrarem em contato com o seu deputado
estadual. Mandem email, vejam a publicação dos
deputados da base do governador Doria. Marquem o seu posicionamento, deputado
“X” ou “Y”, deputada “X” ou “Y”. Vamos votar contra o PLC 26/21, o projeto
nefasto do governador João Doria,
que retira direitos fundamentais dos servidores públicos do estado de São
Paulo.
Sr. Presidente, muito
obrigado e que Deus nos abençoe em mais um dia de trabalho.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, nobre
deputado Agente Federal Danilo Balas. Dando sequência à lista de oradores
inscritos no Grande Expediente, convido a fazer uso da tribuna a nobre deputada
Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Nobre deputado Maurici. (Pausa.) Nobre deputado Tenente Coimbra. (Pausa.) Nobre deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.)
Nobre
deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Nobre deputada Carla Morando. (Pausa.) Nobre
deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Nobre deputada Marta Costa. (Pausa.) Nobre
deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Nobre deputada Damaris Moura. (Pausa.)
Nobre deputado Major Mecca. (Pausa.) Nobre deputado
Tenente Nascimento, que fez permuta com o nobre deputado Carlos Cezar.
Vossa
Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO - SEM REVISÃO DO ORADOR -
Sr. Presidente, boa tarde a todos. Nobres deputados que se encontram no
plenário, senhores que estão nos acompanhando pela Rede Alesp,
nosso muito obrigado pela atenção.
Eu
me dirijo a esta tribuna, Sr. Presidente, e quero aqui, deputado Carlos Cezar,
deputado Gil Diniz, realmente reforçar o que o deputado Gil Diniz já disse há
poucos instantes desta tribuna, sobre a falta de respeito com símbolos pátrios
e também com o cristianismo.
Quero
dizer que há vozes que se levantam para dizer que nós não sofremos cristofobia, que não existe. Existe, sim. Quero dizer a
vocês que vamos apresentar aqui o que aconteceu recentemente no Canadá, onde o
pastor Artur Pawlowski foi preso no Canadá. Sabem por
quê, deputados? Sabe por quê, você que está nos ouvindo? Porque fez um culto ao
ar livre.
Na
sequência, aparecerão algumas fotos sobre a prisão de Tim Stephens,
também preso por realizar um culto ao ar livre no Canadá. E na frente dos
filhos. Então, quero pedir para que apresentem esse vídeo, para que vocês vejam
o que está acontecendo, o que está acontecendo lá fora.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Está aí, sendo preso.
Preso e algemado. Vejam a perseguição aos cristãos como está. Então, vimos aqui
recentemente, lá em Coroatá, no Maranhão, onde o pastor Natanael e a irmã
Rosinha também foram presos porque estavam fazendo um culto ao ar livre.
Agora pasmem, pasmem pelo
que vou relatar aqui: o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, soltou uma
norma em que, na igreja, não poderão entrar nossos irmãos, nosso povo, para
cultuar, se não estiverem vacinados. Deputado Gil Diniz, se não estiverem
vacinados com as duas doses, o governador Paulo Câmara, de Pernambuco... Nossos
cultos, deputado Carlos Cezar, não vão ser permitidos.
Eu quero avisar a você,
Paulo Câmara, preste atenção. Esse povo é o que melhor contribui para esse
enfrentamento que estamos aqui da Covid, para esta
pandemia. Esse é o povo que ora. Isso é uma afronta contra a família. Preste
atenção, Paulo Câmara.
Preste atenção. E que
isso não venha a acontecer aqui no nosso estado, que fique longe de isso
acontecer. Temos liberdade de cultuar e de servir ao Senhor. E com alegria.
Todos os credos.
Preste atenção: quero
aqui abrir um parêntese e falar da figura do nosso presidente Jair Messias
Bolsonaro. Parabenizo-o pelo Decreto nº 10.292, de 2020, que reconheceu e
definiu a igreja como atividade realmente essencial durante o período de
pandemia. Paulo Câmara, preste atenção, Paulo Câmara. Preste atenção,
governador.
Acompanhe o presidente. O
presidente está realmente olhando para onde está caminhando o nosso povo. O povo cristão é o que respeita, é o que é
disciplinado, é o que obedece aos protocolos.
Então, quero aqui me
manifestar e dizer que nós temos que respeitar. Estamos aqui na vanguarda.
Qualquer ação de qualquer governante contra o povo cristão, estamos aqui para
defender, para ir lá.
Se alguém quiser aplicar
qualquer norma contra a igreja, serviço essencial, podem nos chamar, podem
procurar nosso gabinete, porque não vamos permitir que isso aconteça.
Então, essa afronta aos
símbolos cristãos não está só nisso. Estão, agora, alguns governantes querendo
realmente fazer com que o nosso povo não venha cultuar, não venha buscar a
presença de Deus e realmente a família exercer o seu direito de culto. Meu
muito obrigado, presidente.
Muito obrigado a todos.
Fica aqui a nossa fala.
O
SR. SARGENTO NERI - SD - Pela ordem,
presidente.
O SR. PRESIDENTE - GIL
DINIZ - SEM PARTIDO - Pela ordem,
deputado Sargento Neri.
O SR. SARGENTO NERI - SD
- Pelo Art. 82.
O SR. PRESIDENTE - GIL
DINIZ - SEM PARTIDO - Vossa
Excelência tem o tempo regimental.
O SR. SARGENTO NERI - SD
- PELO ART. 82 - Presidente, quero passar um problema
na Casa, na imprensa da Casa, que a imprensa da Casa não pode ser... A imprensa
da Assembleia Legislativa não pode estar ao bel-prazer do presidente e do
governo do estado. Ou é imprensa da Assembleia Legislativa ou é imprensa do
Palácio do Governo.
* * *
- Assume a Presidência o
Sr. Tenente Nascimento.
* * *
Olhe
só: de ontem para hoje, tem três publicações da CPI da Prevent
Senior. Nós temos vários pedidos de CPI. Eu fiz um
pedido, que é dos gastos da Covid, e sequer fizeram
uma nota no Facebook.
Agora
fizeram, jogaram entrevista do presidente, fizeram duas notas. Então, a
imprensa da Assembleia Legislativa toma partido nesse sentido, que vai proteger
“A” e vai prejudicar “B” ou vice-versa.
Então,
mostrei para a Dra. Janaina há pouco. Fica aqui o meu repúdio. Espero que a
imprensa da Assembleia, que a gente tanto defende e tanto elogia, faça o mesmo
trabalho, o mesmo papel a todos os deputados e a todos os assuntos pertinentes
à Casa, contra ou a favor do governo. Vou passar uma denúncia de um vereador de
Bauru. Por gentileza.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Olhe
só: foi por isso que assinei o pedido da CPI do Danilo Balas. A Dra. Janaina
vem insistentemente falando sobre isso, que são os recursos para propaganda do
governador João Doria, que cala a boca da imprensa nacional.
São
esses recursos que calam a boca da imprensa nacional. Está morrendo gente em
Bauru, Marília, Ribeirão Preto, Baixada. Está morrendo gente em todos os
lugares por falta de assistência médica proporcionada pelo governador João
Doria.
Está
aí, não sou eu que estou falando, é um vereador que está trazendo um fato
verídico da cidade de Bauru. É por isso que pedi a CPI dos gastos com a Covid, doutora. A Dra. Janaina assinou. Precisamos saber
onde está esse recurso, onde estão os 21 bilhões que o governo federal mandou
para São Paulo, onde foram colocados.
Mas
a propaganda da CPI da Prevent Senior,
aí faz. Da morte desses paulistas, ninguém fala. A imprensa se cala; se cala
por ter propagandas gordas do governo estadual. Depois não querem que nós
falemos que a imprensa é comprada. Não tem outra coisa a falar da imprensa.
Como
é que pode o governo do estado reter o recurso da Saúde e não enviar às
entidades ou às cidades para tratar das pessoas, Bebel? Obrigado por ter
assinado o nosso pedido de CPI. Espero que saia. Eu não sei, eu vou falar aqui.
Às vezes o pessoal fica bicudo.
Quem
não assinou, ou quer proteger o Doria ou realmente está levando com o Doria.
Não tem outra palavra. Vamos parar de patifaria nesta Casa. Precisamos instalar
a CPI dos gastos com Covid. Quem não pôs a mão no
cofre não tem o que temer. Assine a instalação da Covid!
Os deputados que não têm a temer e não colocaram a mão no cofre, assinem! Vamos
colocar à tona tudo o que aconteceu.
O
que não pode é ficar gente morrendo. Estão morrendo todos os dias e ele não
manda os recursos necessários para as cidades tratarem as pessoas. Como é que
pode, Bebel? Isso é uma monstruosidade.
O
que estamos vivendo é uma monstruosidade feita por uma só pessoa. Estamos
perdendo irmãos, pais, filhos, e esse governador fica brincando de soltar
recursos, fazendo pavimentação.
Buraco,
a gente freia o carro! Não dá é para ficar perdendo entes queridos. Não tem
mais tratamento de saúde. Eu rodo direto no interior de São Paulo. Está todo
mundo reclamando. Só para finalizar, presidente, vou dar um aparte para a
Bebel. Nós precisamos instalar a CPI dos gastos da Covid.
Tem muito dinheiro no bolso de alguns.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO -
Concluindo, Sr. Deputado. Não cabe aparte.
O SR. SARGENTO NERI - SD -
Precisamos localizar quem são esses que estão com dinheiro. Um aparte para a
Professora Bebel, presidente. Rapidinho.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO -
Não cabe aparte, deputado. Então, só para concluir.
O SR. SARGENTO NERI - SD -
Não cabe? Infelizmente, Bebel. Eu o faria com bom agrado. Mas agradeço ao PT
por ter assinado e a você, como líder, porque precisamos instalar.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Obrigada, Sargento Neri.
Boa tarde, Sr. Presidente. Peço para fazer uso do Art. 82, pela liderança do
Partido dos Trabalhadores.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO -
É regimental, Professora. Tem o tempo regulamentar.
Enquanto
a deputada Professora Bebel se dirige à tribuna, eu queria mencionar e
apresentar o nosso cantor mirim Kawê Santos, que se
faz acompanhar pelo pastor, pelo nosso irmão Gilberto e seu irmão Felipe.
Kawê
Santos já cantou aqui em nossas homenagens, como “Soldado Ferido”, hinos muito
lindos, hinos pátrios. Então, aqui, podemos dizer: a família bem representada.
Então, parabéns, obrigado, Kawê; obrigado, Gilberto e
seu pequeno Felipe. É o nosso rouxinol, como costumamos falar. (Palmas.)
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Pela ordem, presidente.
Bebel, você me permite uma comunicação antes de você falar? Um minutinho?
Trinta segundos?
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Sim.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO -
É regimental.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - PARA COMUNICAÇÃO - É só
para cumprimentar o Kawê e sua família, seu pai, o
Fábio Felipe, que está aqui presente também. Sejam bem-vindos. Quem não
acompanha o Kawê, jogue no YouTube e você vai
entender o que o Nascimento está dizendo, Fiorilo.
O
menino canta demais, canta alguns hinos cristãos. Alguns, não. Vários, muitos.
É lindo, Kawê. Que Deus te abençoe, te guarde e te
proteja, a você e a toda a sua família. Seja sempre bem-vindo a este
parlamento. Muito obrigado, Bebel.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Não há de quê.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO -
Com a palavra a Professora Bebel pelo tempo regulamentar.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PELO ART. 82 -
Cumprimento o Sr. Presidente, a Mesa Diretora dos trabalhos, assim como toda a
assessoria que está à minha esquerda e à minha direita, Srs. Deputados e Sras.
Deputadas e todos os que nos ouvem e assistem através da TV Alesp.
Subo
a esta tribuna porque... Nós teríamos, deputado
Douglas, inúmeros assuntos para tratar, não fosse essa capacidade que o
governador tem de nos entupir de projetos em regime de urgência.
E
o que é pior: é uma Casa que precisa ser repensada do ponto de vista mesmo de
autonomia de poderes; se esta Casa pode, de fato, ser um poder autônomo, se a
gente pode, de fato, produzir projetos de lei, ou carimbar os projetos do
governador.
E
o que é pior: são projetos que mexem substancialmente, ou muito, com a vida de
servidores públicos. Não fossem só os servidores públicos, porque é uma
corrente. Quem é que usa o serviço público?
É
a população paulista. Então, eu não tenho dúvidas que este PLC 26 é mais um PLC
que veio na esteira daqueles que têm que ter urgência porque o governador tem
um jeito de governar que, me parece, não caminha na perspectiva de atender a
maioria da população paulista.
Eu
até entendo que muitos deputados e deputadas se sintam bem com a prova de
mérito. Essa prova de mérito já existe, deputado Douglas. Essa prova de mérito
é, na verdade, uma bonificação, uma enganação.
Nós
sempre falamos isso, porque o governo calibra. Por exemplo, este ano ele
entende que 3.000 vão passar na prova. Só passam aqueles. E tem anos
pré-eleitorais em que passam 20, 30 mil.
Então nós não podemos
tirar a impessoalidade do serviço púbico e nem a objetividade, não é? Estes são
critérios, em minha opinião, de Estado, estadistas, e que garantem, na verdade,
a transparência do serviço público.
Eu não tenho dúvida
nenhuma de que se esse PLC lograr êxito nesta Casa, nós, com certeza, deputado
Giannazi, deputado Paulo Fiorilo, esse PLC vai ser,
na verdade, a quarta reforma administrativa que nós estamos recebendo nesta
Casa.
Então, não sei o que ele
fez com as outras reformas administrativas, qual é o “modus operandi” desse
jeito de governar do tucano Doria. Então, eu pediria para todos, nos dê uma
chance de mostrar que a gente estava certo, como a gente mostrou aqui, nesta
tribuna, eu usei o termo “desaposentação”.
Eu vou respeitar o voto
passado, mas errar duas vezes... Eu acho que aí a gente tem que pensar, não é?
Por que errar duas vezes? Porque está claro e nítido que vai ter menos
atendimento público, menos gente atendida, por exemplo, em postos de saúde e em
escolas, e a gente vai descaracterizar um Estado que deveria ser democrático,
um Estado que atendesse. E vai virar um Estado que a gente fala... Encolhimento
do Estado, quer dizer, menos políticas públicas para a população paulista.
É um clamor, nós, as
entidades do funcionalismo público, Apeoesp, juntamente com elas, mais as
centrais sindicais, estivemos aqui, na porta da Assembleia Legislativa. E eles
não estão aí porque são vagabundos, eles estão aí porque estão lutando pelos
direitos deles e é natural que em um estado democrático de direito essa luta se
dê de forma correta.
Muito obrigada.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO -
Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO -
É regimental, deputado.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente, eu vou dividir em duas partes. Primeiro vou fazer uma referência ao
prefeito de Pedrinhas Paulista, que comemorou os 69 anos da cidade na semana
passada e teve lá a visita do cônsul italiano Filippo La Rosa porque a cidade
tem aproximadamente 60% de filhos, netos, descendentes de italianos.
O consulado foi inaugurar
uma exposição em São Paulo com histórias de avós e avôs que construíram uma
relação importante aqui no estado de São Paulo, em especial no município de
Pedrinhas Paulista, que o senhor deve conhecer, ao lado de Assis, a mais de 500
quilômetros daqui.
Então, eu queria pedir,
se o senhor puder encaminhar ao consulado e ao prefeito Fred as nossas
congratulações pelo aniversário da cidade e ao consulado pela parceria com a
cidade de Pedrinhas. A segunda parte do meu comunicado é para registrar aqui a
visita da embaixadora da Suécia e do cônsul da Suécia.
A embaixadora, a Dra. Johanna, o cônsul, o Dr. Renato, foram à cidade de Gavião
Peixoto, ao lado de Araraquara, para conhecer as instalações da Embraer e da
Saab, onde está sendo produzido o caça brasileiro, o Gripen.
E, depois, uma visita à cidade de São Paulo.
Então, eu queria também
saudar o prefeito Adriano, que acompanhou a visita em Gavião, o prefeito
Edinho, em Araraquara, que possibilitou uma visita ao DAEE e também à Unesp, ao
Instituto de Química. Gostaria de que também fosse mencionado, porque
recepcionou tanto a embaixadora como o cônsul. Foi uma visita às instalações
daquela instituição.
E, por fim, o mais
importante, inclusive, para eles, uma visita à Câmara Municipal de Araraquara,
com a presença da deputada Márcia Lia, do deputado Gilmaci,
onde foram recebidos para um diálogo com os parlamentares em Araraquara.
Então, queria pedir para
encaminhar também ao consulado, à prefeitura de Gavião e à prefeitura de
Araraquara as nossas saudações pelas parcerias.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO -
É regimental o pedido de Vossa Excelência. Quero pedir que sejam encaminhadas
as notas taquigráficas para esses órgãos aqui mencionados. Quero dizer ao
deputado Paulo Fiorilo que, realmente, Gavião Peixoto
conheço desde quando era um distrito de Araraquara. Com a palavra, deputado
Douglas Garcia.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Pela ordem, presidente. Para falar
pelo Art. 82, em nome da liderança do PTB.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO -
É regimental. Tem a sua fala no tempo regimental.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - PELO ART. 82 - Muito obrigado, Sr.
Presidente. Quero, aqui, cumprimentar todos os deputados da Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo, a todos os servidores desta Casa também.
Sr.
Presidente, o Apostolado Santo Inácio de Loyola é um grupo de jovens que, neste
ano de 2021, tomou à frente dos 40 dias pela vida em frente ao Hospital Pérola Byington e está lutando uma luta bastante forte contra o
aborto. O Apostolado Santo Inácio de Loyola está neste momento em frente ao
Hospital Pérola Byington lutando contra o aborto e,
infelizmente, Sr. Presidente, temos também um grupo esquerdista que resolveu ir
lá encher o saco.
Esse
apostolado havia organizado esse manifesto durante 40 dias, a partir da semana
passada, e se manifestou todo esse final de mês de setembro para todo o mês de
outubro e agora um grupo esquerdista aparece lá do nada justamente para
atrapalhar e falar que vão ficar lá 40 dias.
Esse
grupo diz que está fazendo uma ajuda social de ajudar os moradores de rua que
estão ali. Mentira. Estão mentindo na cara larga. Eles estão instrumentalizando
aquelas pessoas, moradores de rua, para fazer ameaça ao grupo de jovens
católicos que estão em frente ao Hospital Pérola Byington
agora, lutando contra o aborto.
E
agora a gente vê aqui saindo no G1, esse jornal mequetrefe: “Por direito de
mulheres”. Espere lá, vocês não estavam lá para ajudar o pessoal que mora na
rua? “Por direito de mulheres, grupo ocupa a praça do Hospital Pérola Byington e impede vigília contra o aborto de extremistas
religiosos”.
Primeiro,
não impediu coisa nenhuma, porque o grupo de jovens cristãos ainda está lá e
reza todo santo dia. Olhe só como eles são extremistas, meu Deus do Céu,
extremistas religiosos, rezam todo santo dia o Santo Rosário. Para um grupo se
incomodar com jovens católicos rezando o santo rosário
só pode estar endemoniado.
São
um bando de satanistas. Esses comunistas são nojentos. Não existe praga, não
existe raça pior do que comunista. Um bando de nojentos. Para ir lá atrapalhar
um grupo de jovens e ameaçá-los.
Eu
tenho prova de ameaças sim, está aqui, olha. Uma delas, inclusive, chegou a
publicar: “Chega de deixar esses...”. Eu vou falar, Sr. Presidente, já peço
perdão, porque é isso que essas pessoas representam: “Chega de dar espaço para
esse [Expressão suprimida.] ocupar espaço sem ser incomodado. Vão orar
[Expressão suprimida.]”. Isso aqui só pode ser coisa que está incorporando
Belzebu, o Tinhoso. Não é possível.
O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO
- SEM PARTIDO -
Sr. Deputado, por favor. Eu peço que retirem essas palavras das notas
taquigráficas da Casa. Sr. Deputado, por gentileza, vamos nos ater à... O
senhor está em uma tribuna.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Peço perdão, Sr. Presidente, eu
estava aqui dizendo justamente as palavras que são ditas por pessoas que
encontram sua representatividade, inclusive aqui no Parlamento, que defendem
esse mesmo tipo de ação, o assassinato de crianças.
Eu
fui até o 11º Batalhão da Polícia Militar, conversei com o comandante daquela
região e pedi, exigi, o policiamento imediato, porque essas pessoas estavam
sendo ameaçadas pelo simples fato de estarem em frente ao Hospital Pérola Byington rezando contra o aborto.
Imediatamente
quero, aqui, agradecer à Polícia Militar do Estado de São Paulo que enviou para
aquela localização, para aquela praça em frente ao Hospital Pérola Byington o reforço policial para proteger aqueles jovens
que estavam lá, porque aqueles “abortistas” nojentos,
além de fazer ameaças, estavam indo provocar, estavam indo provocar e a gente
pode esperar de tudo dessa gente.
Essa
gente é da pior estirpe. Eu quero aqui, Sr. Presidente, que as notas
taquigráficas do meu discurso sejam encaminhadas, já que foram retiradas essas
partes de baixo calão que foram ditas aqui por essa comunista nas redes sociais,
para a Secretaria de Segurança Pública e também para a direção do Hospital
Pérola Byington.
Porque
eu já aviso de antemão, se alguma coisa acontecer - e inclusive existem
deputados e vereadores que estão apoiando esse movimento esquerdista que está
lá ameaçando os cristãos - com quaisquer desses cristãos que estão em frente ao
Hospital Pérola Byington, eu vou representar no
Ministério Público, eu vou entrar com processo no Conselho de Ética contra
todos aqueles parlamentares que incentivaram as agressões àqueles cristãos que
estão rezando em frente ao hospital, porque não é possível querer criminalizar
um comportamento como esse.
Não é possível querer retirar da
população o seu direito mínimo de rezar na frente de um hospital por uma
crença. Querem criminalizar o comportamento religioso. Isso é inadmissível, o
movimento feminista é a pior praga que existe no estado de São Paulo, que
existe no nosso Brasil. São um bando de doentes, é uma doença.
O feminismo é uma doença. Quer
transformar o útero materno, que é um lugar de vida, em um local de morte. E nós precisamos lutar contra isso. E
é por isso, Sr. Presidente, que eu peço que as notas taquigráficas do meu
discurso sejam encaminhadas.
Para concluir, Sr. Presidente, eu
solicito que a Comissão de Direitos Humanos paute o requerimento que eu
coloquei para que os deputados da Comissão de Direitos Humanos visitem o
Hospital Pérola Byington para atender as diversas
denúncias de aborto extralegal, me dói dizer isso, abortos que estão,
infelizmente, ocorrendo no Hospital Pérola Byington.
Nós vamos lutar pela vida. Esta Assembleia precisa lutar pela vida.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO - É regimental o pedido de Vossa
Excelência. Para abrilhantar o seu discurso retiramos aquelas palavras. Será
encaminhado sim. Todos em favor da vida.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Pela ordem, para uma breve comunicação.
O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO
- SEM PARTIDO - É regimental, deputado.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - PARA
COMUNICAÇÃO - Cumprimentando aqui a fala do nobre deputado Douglas Garcia, dia
três de outubro nós vamos ter a Marcha pela Vida. Ponto de partida, às nove
horas, Largo do Pátio do Colégio, às nove e trinta, presidente, começa uma
caminhada até a Praça da Sé, culminando, às 11 da manhã, em uma missa pela
vida. A missa vai ser celebrada pelo cardeal arcebispo Dom Odilo
Pedro Scherer, presidente.
Lembrando,
Douglas colocou muito bem aqui, nós estamos nos 40 dias pela vida, uma ação que
essas pessoas tomaram, pessoas comuns, simples, foi rezar o Santo Rosário em
frente ao Hospital Pérola Byington, Douglas, e estão
sendo perseguidas. Vi que V. Exa. fez contato com o comando do batalhão ali da
região.
Oficiei
também o mesmo comandante para garantir, presidente, a integridade daqueles
adolescentes, daqueles homens, daquelas mulheres que estão, presidente, rezando
e estão sendo criticados, humilhados, vilipendiados na sua fé.
Tem
vários relatos, Douglas, e vários vídeos que as pessoas estão fazendo - esses
militantes de esquerda - ofendendo esses jovens, ofendendo essas pessoas em
frente ao Hospital Pérola Byington. Então deixo
registrado o meu repúdio e o meu apoio aos 40 dias pela vida.
Na
próxima semana, Semana Nacional pela Defesa da Vida, nós vamos fazer vários
atos, várias palestras pelas redes sociais. O Dr. Ives Gandra, Janaina, será um
dos palestrantes. É a semana não só nacional, é internacional também,
presidente. Nós precisamos defender a vida humana desde a sua concepção até a
sua morte natural.
Por isso,
presidente, nós combatemos essa cultura de morte que muitos deputados aqui
estão apertando o acelerador, louvando essa cultura de morte que nós
combatemos. Então parabéns ao apostolado. Eu convido a todos os cidadãos de bem
a unir forças e fazer as suas orações em frente ao Hospital Pérola Byington, combatendo o aborto, combatendo o assassinato de
vidas humanas em formação no útero materno, presidente.
Muito
obrigado.
O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO
- Deputado
Gil Diniz, quero dizer a você: todos em favor da vida. E quero dar um relato,
que estamos juntos nesse importante programa a favor da vida.
E dizer a
você que nós temos testemunhos lá na igreja de que quando estavam lá embaixo
rezando, cantando, muitas vidas foram restauradas, não somente a questão do
aborto, mas muitas vidas que estavam lá desanimando de viver e passaram a viver
quando ouviram os cânticos e as orações. Então todos a favor da vida sim,
deputado Gil Diniz, e todos aqueles que realmente se juntem a nós em favor da
vida. Muito obrigado, deputado.
Ordem do
Dia.
* * *
-
Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO
- Há sobre
a mesa requerimento do nobre deputado Professor Walter Vicioni,
com número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35, do Regimento
Interno, para constituição de uma comissão de representação com a finalidade de
participar do Encontro Nacional da FUG 2021, a realizar-se entre os dias cinco
e sete de outubro do corrente ano, em Brasília, sem ônus para este Poder.
Em
votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo
permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.
O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Pela ordem, Sr. Presidente. Havendo acordo entre as lideranças, eu
gostaria de solicitar o levantamento da presente sessão.
O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO
- SEM PARTIDO - Havendo acordo entre as lideranças,
esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas.
para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia
de hoje, lembrando-os, ainda, da sessão extraordinária a realizar-se hoje, às
19 horas.
Está levantada a presente sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 52 minutos.
* * *