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30 DE SETEMBRO DE 2021

39ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA, FREDERICO D'AVILA e GIL DINIZ

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CARLOS GIANNAZI

Repudia evento organizado pela Secretaria de Educação com a participação de mais de 4 mil diretores da rede estadual. Pede ações do Ministério Público e Anvisa contra a aglomeração. Informa o recebimento de denúncias afirmando coação para participação. Discorre sobre a probabilidade da candidatura do secretário Rossieli Soares a deputado federal.

 

3 - JANAINA PASCHOAL

Repudia a exclusão de vídeos em suas redes sociais, sob a alegação de que eles propagariam fake news. Afirma que suas falas são a respeito da liberdade de escolha e direito à informação sobre a vacinação. Considera que as autoridades devem noticiar os efeitos adversos dos imunizantes. Lembra nota do Ministério da Saúde desaconselhando a vacinação de menores de idade. Reflete sobre a responsabilidade dos pais pela escolha de vacinar os filhos.

 

4 - FREDERICO D'AVILA

Assume a Presidência.

 

5 - CORONEL TELHADA

Comenta a CPI da Covid-19. Elogia a trajetória do empresário Luciano Hang. Defende os valores da família, da pátria e do trabalho. Cita casos de corrupção durante mandatos do PT. Comemora a aprovação, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, do PL 5.458/19, que trata como herói e patrono da Polícia Militar o capitão Alberto Mendes Júnior. Informa as comemorações do dia.

 

6 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência. Cumprimenta os policiais militares presentes nesta Casa.

 

7 - FREDERICO D'AVILA

Tece críticas às postagens do MBL sobre o aumento de preços de itens diversos. Lista commodities minerais que tiveram aumento no mercado internacional. Considera as medidas de isolamento social responsáveis pela crise. Comenta a falta de suprimentos para fabricação de diferentes itens.

 

8 - GIL DINIZ

Comenta envio, pelo seu gabinete, de ofício cumprimentando a Sra. Tsai Ing-wen pela eleição à presidência de Taiwan. Informa o recebimento de convite para comemoração do Dia Nacional de Taiwan. Lê e comenta e-mail enviado pelo Consulado Chinês pedindo que evite presença em eventos organizados por Taiwan. Pede ações do presidente desta Casa, Carlão Pignatari, e do presidente da Comissão de Relações Internacionais, Paulo Lula Fiorilo. Reafirma respeito ao povo chinês.

 

9 - CONTE LOPES

Parabeniza agentes pelo Dia da Polícia Civil. Lembra sua trajetória militar. Comenta participação em ocorrências.

 

10 - GIL DINIZ

Assume a Presidência.

 

11 - CARLOS GIANNAZI

Rebate justificativas de medidas para ajuste fiscal no Estado. Comenta matérias publicadas no jornal "Folha de S. Paulo" sobre aumento de recursos para o PAC do Estado e redução de ICMS em alguns itens. Lembra que o PL 529/20, permitiu o aumento de impostos de diversos produtos. Pede pelo fim dos descontos nos salários de aposentados e pensionistas. Apresenta nota de repúdio feita por grupo de professores contra o PLC 26/21.

 

12 - FREDERICO D'AVILA

Para comunicação, lembra que o governo aumentou impostos em diversos setores, como bares e restaurantes, e depois recuou. Lamenta o fechamento de igrejas e templos.

 

13 - JANAINA PASCHOAL

Endossa o discurso do deputado Coronel Telhada sobre a CPI da Covid-19. Repudia tratamento dos depoentes pelos senadores. Questiona a existência de dossiê feito pela advogada dos médicos da Prevent Senior. Pede a divulgação dos nomes dos médicos que fizeram as denúncias. Elogia o serviço prestado pelo grupo. Manifesta solidariedade ao deputado Gil Diniz pela situação com a embaixada chinesa. Defende autonomia dos deputados. Pede providências ao presidente desta Casa.

 

14 - PRESIDENTE GIL DINIZ

Diz que aguardará manifestação do presidente efetivo deste Parlamento, Carlão Pignatari, e também do presidente da Comissão de Assuntos Internacionais, Paulo Lula Fiorilo, sobre o assunto. Defende a democracia e a liberdade.

 

15 - FREDERICO D'AVILA

Critica atuação dos senadores na CPI da Covid-19. Discorre sobre a atuação dos senadores membros da comissão. Cumprimenta o empresário Luciano Hang. Pede a instalação de CPI para investigar gastos do governador de São Paulo.

 

GRANDE EXPEDIENTE

16 - FREDERICO D'AVILA

Exalta os trabalhos do ex-deputado Erasmo Dias. Critica o deputado Emidio Lula de Souza, por críticas feitas ao Erasmo Dias. Defende projeto que prevê a concessão de medalhas com nome do ex-deputado citado aos agentes de Segurança. Exibe imagens e critica homenagens realizadas a Carlos Lamarca. Solicita a ajuda do deputado Conte Lopes para aprovação da medalha (aparteado pelo deputado Conte Lopes).

 

17 - FREDERICO D'AVILA

Para comunicação, critica homenagens feitas a Carlos Lamarca e Carlos Marighella. Defende o direito de homenagear os seus heróis. Menciona prisões e condenações de políticos ligados ao PT.

 

18 - CONTE LOPES

Relata ocorrência policial em que obteve o auxílio de Erasmo Dias. Menciona invasão à Universidade Pontifícia Católica de São Paulo, pelo ex-deputado Erasmo Dias. Tece elogios ao político. Lamenta a morte do tenente Alberto Mendes Júnior, em 1970, por Carlos Lamarca. Critica trabalhos da CPI da Covid. Desaprova possível instauração de CPI que pretende fiscalizar os trabalhos da Prevent Senior durante a pandemia. Defende os trabalhos da empresa.

 

19 - FREDERICO D'AVILA

Assume a Presidência. Afirma ter sido denunciado pelo município de Itapeva, por críticas à quarentena instalada na cidade pelo governo estadual.

 

20 - GIL DINIZ

Tece críticas à CPI da Covid. Afirma que possível instalação de CPI, que visa fiscalizar os trabalhos da Prevent Senior, tem como objetivo prejudicar a empresa. Exalta os trabalhos da empresa. Presta apoio a Otávio Facuri, que prestou depoimento à CPI da Covid. Critica o deputado Arthur do Val a respeito de seu posicionamento em relação aos funcionários públicos. Exibe vídeo de liderança do partido do citado deputado fechada no dia de hoje. Afirma que o mesmo não comparece aos trabalhos desta Casa. Convida-o para debater o tema.

 

21 - GIL DINIZ

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

22 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 01/10, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior, e recebe o Expediente. Hoje, dia 30 de setembro de 2021 - acabou o mês de setembro -, quinta-feira.

Vamos, portanto, para os deputados inscritos no Pequeno Expediente. Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi, V. Exa. tem o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Assembleia, desde sábado que eu venho denunciando esse evento que está acontecendo, hoje, inclusive, em Serra Negra.

Já acionei, na segunda-feira, o Ministério Público, a Anvisa, e, mesmo assim, o secretário de Educação, o secretário do Doria, o Rossieli, está organizando agora, nesse exato momento, um encontro forçado, compulsório, obrigatório. Porque ele convocou, pelo Diário Oficial, mais de quatro mil diretores e diretoras da rede estadual de ensino.

Quero mostrar as cenas deploráveis de aglomeração. Quero que a TV Alesp mostre, por favor, as fotos na TV, para que toda a população veja, o Ministério Público, a Anvisa, a aglomeração. Olhe só. Segure um pouco nesta foto aqui, por favor, Machado. Olhe só. Mais de quatro mil pessoas em um evento fechado. Eu conheço esse espaço, porque eu já participei de muitos congressos da Apeoesp, deputado Telhada.

Eu conheço. Esse espaço não tem ventilação, é um espaço fechado. É um absurdo, que um secretário da Educação, do governo Doria, que se diz o pai da vacina, o homem da Ciência, vire, da noite para o dia, um bolsonarista, um negacionista, um genocida, porque ele está colocando em risco a saúde e a vida de milhares de pessoas.

Essas pessoas são profissionais da Educação, são especialistas de Educação, gestores escolares, que atravessaram o estado para chegar aí. Tem gente de Apiaí, de Presidente Prudente, de Santos, de Piracicaba, de várias regiões do nosso estado. Essas pessoas foram até lá usando, muitas delas, transporte, ônibus, Sr. Presidente.

Ou seja, é a variante delta transitando, passeando pelo estado de São Paulo, e chegando em Serra Negra. Então, são mais de quatro mil pessoas em um único espaço. É um absurdo isso, Sr. Presidente.

Como eu disse, eu já, na própria segunda-feira, acionei a Anvisa, o Ministério Público Estadual, para que providências fossem tomadas, mas me parece que não sei o que acontece com as nossas autoridades sanitárias. Não é possível, Sr. Presidente.

Agora, tem uma agravante. Eu recebi muitas denúncias. Muitos diretores, muitas diretoras reclamaram, dizendo que foram obrigadas, que estavam sendo ameaçadas pelas diretorias de ensino. Porque nós temos muitos diretores, Sr. Presidente, que são comissionados, não são efetivos, porque não tem concurso para diretor de escola.

Então, esses diretores comissionados são forçados a ir, porque tem a chantagem, tem o assédio da Diretoria de Ensino, dizendo: “Se o senhor não for, o senhor será afastado, exonerado, vai perder o cargo”. As pessoas ficam com medo, por isso é que elas estão indo.

Muitos deles foram, porque foram ameaçados, foram assediados, Sr. Presidente. Muitos não foram, também, com medo e preocupados, e muitos que estão neste evento estão também preocupados, porque sabem do risco que isso significa. Já estão chamando esse evento de “A Prevent Senior da Educação”, Sr. Presidente.

Estão dizendo que o Rossieli “Weintraub” está fazendo um experimento para ver se dá mesmo para voltar com as aulas presenciais. Vai testar, e parece que nos nossos colegas profissionais da Educação; é o que estão falando. Inclusive lá há muito medo, há muito pânico, há muita indignação.

Então, Sr. Presidente, eu faço aqui mais um apelo ao Ministério Público e à Anvisa, que eu já acionei desde segunda-feira. Já tinha feito essa denúncia e fui fazendo ao longo da semana nos vários dias... No debate do PLC 26, eu fiz intervenções sobre esse fato.

Olhe só, Sr. Presidente, quanta gente. TV Alesp, só antes de encerrar aqui o meu pronunciamento, olhe só: mais de 4.000 pessoas. Esse é o Doria, o homem da vacina, da Ciência. Puro negacionismo, Bolsodoria em ação no estado de São Paulo, arriscando a vida das pessoas, dos nossos profissionais da Educação.

Saiu também, recentemente, uma matéria na “Folha de S. Paulo”, deputado Telhada, indicando que possivelmente ele será candidato a deputado federal, me parece. Na matéria, fica muito claro que ele pode já estar utilizando a máquina, a rede estadual. Por que é que ele não usou? É uma reunião de trabalho.

Li a convocação, deputado d’Avila. Dessa convocação, o motivo da reunião, motivo do evento: reunião de trabalho. Por que é que ele não fez pelo Centro de Mídias, o tão falado e glorioso Centro de Mídias, que eles tanto exaltam? É simples: uma reunião como essa é palanque, é palanque eleitoral, Sr. Presidente. Então, olhe, com a palavra, o Ministério Público Estadual e com a palavra a Anvisa.

Para concluir, Sr. Presidente, eu solicito que cópias do meu pronunciamento sejam encaminhadas ao Ministério Público, porque eu já acionei o MP, e para a Anvisa também, para que eles tomem algum tipo de providência, uma investigação.

Não é possível. Isso daí, Sr. Presidente, é um escárnio a céu aberto contra a população, contra os nossos profissionais da Educação, e nós não podemos aceitar calados.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado. Portanto, eu solicito à nossa assessoria que, conforme pedido do deputado Giannazi, as notas taquigráficas do discurso dele, agora, sejam encaminhadas ao Ministério Público. Está feito o pedido de Vossa Excelência.

Próximo deputado inscrito é o deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal, V. Exa. tem o tempo regimental.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento todas as pessoas que nos acompanham. Cumprimento V. Exa., o Sr. Presidente, os colegas deputados aqui presentes, os funcionários.

Eu queria abordar alguns assuntos. O primeiro deles é que muitos dos vídeos que são decorrentes das minhas manifestações aqui no plenário vêm sendo excluídos das redes sociais, sob a alegação de que seriam fake news.

Todos são testemunhas de que eu nunca vim aqui sugerir nenhum tipo de medicação nem afirmar que vacinas fazem, ou poderiam fazer, mal à saúde de quem quer que seja. Nunca falei contra a vacinação.

Sempre falei e falo a favor da liberdade de as pessoas decidirem ou não se vacinarem e, principalmente, do direito, que é constitucional e também é regra básica da Bioética, dos indivíduos terem acesso à plenitude das informações.

Ainda que as autoridades, na seara da Saúde no País, entendam que a vacinação de toda população é o melhor caminho, elas têm obrigação - obrigação - de noticiar quais são os efeitos adversos decorrentes das vacinas, e isso não está acontecendo no nosso País.

O ministro da Saúde tentou levantar esse debate e passou a ser imediatamente atacado, desacreditado, desmerecido como médico apenas porque ele tentou exercer com responsabilidade o seu cargo. Eu já tive vídeos excluídos de várias plataformas.

Na sexta-feira à noite, eu saí daqui, cheguei na minha casa, abri o meu celular, gravei um vídeo de dois minutos e cinquenta segundos para colocar no TikTok. Durante esses dois minutos, eu peguei um comunicado da Anvisa, Comunicado nº 7, de 2021. Eu li esse comunicado, eu apenas li esse comunicado sem fazer juízo de valor. O vídeo foi retirado da plataforma sob o argumento de que eu estaria espalhando fake news.

O documento era um documento oficial, a única diferença no que concerne à Anvisa e às outras agências espalhadas pelo mundo, é que nas outras agências - ou seja, as “Anvisas” do resto do mundo -, quando a gente abre o site, os potenciais efeitos adversos já vêm listados de cara. Para quê? Para que a pessoa tenha a plenitude das informações e busque socorro caso apresente algum daqueles sintomas.

Na Anvisa aqui no Brasil, para encontrar o comunicado com o alerta dos efeitos adversos, nós temos que caçar, literalmente. E estou falando da Anvisa, que tem relação com o governo federal e que está em uma linha diferente da dos governos estaduais.

Os governos estaduais estão negando peremptoriamente qualquer possibilidade de efeito adverso, e isso contraria a Ciência, porque todo medicamento, todo insumo, toda vacina tem potencial de gerar efeitos adversos.

Então, é importante esclarecer a população para que a população busque ajuda, busque socorro se for necessário, e insisto para que, no caso de adolescentes, os pais - única e exclusivamente os pais - decidam se querem submeter seus filhos aos riscos da vacina - por menores que sejam - sabendo que a Covid não impacta significativamente essa população.

Os defensores da vacinação irrestrita reconhecem que buscam essa vacinação de 100% da população para diminuir a transmissão dos vírus, para os grupos vulneráveis a esse mesmo vírus.

Ou seja, reconhecem que não é pelo bem das crianças e adolescentes propriamente. Então, eu não vou deixar de falar a verdade porque os poderosos se reuniram para chamar, pedir transparência de fake news.

Por ora, é isso, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra. Deputada. O próximo deputado é o deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Raul Marcelo.  (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.)

Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.)

Eu solicito que o deputado Frederico d’Avila assuma a Presidência dos trabalhos.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Frederico d’Avila.

 

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O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Prosseguindo à lista de oradores inscritos, chamo agora o deputado Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Boa tarde a todos, Deus abençoe a todos que nos assistem pela Rede Alesp. É um prazer novamente estar com vocês aqui no Pequeno Expediente falando com todo o estado de São Paulo.

Eu queria, antes de falar das minhas intervenções, comentar o ridículo que aconteceu lá em Brasília ontem, na CPI. Eu sinto vergonha da política brasileira quando eu vejo o que aconteceu naquela CPI. Além de enfadonha, é ridícula a CPI que está acontecendo em Brasília. É incrível, mas, no Brasil, se tornar patriota e ser um empresário bem-sucedido passou a ser crime.

Precisamos rever nossa política e nossos políticos. Pessoas que não têm o devido gabarito querem apontar o dedo para o nariz de pessoas que têm uma moral, que têm um trabalho, que têm um sucesso na vida. Então, se eu fosse aqueles três senadores, eu pegava o banquinho e saía de mansinho, porque está ridículo para eles.

Quero aqui parabenizar o Sr. Luciano Hang. Não o conheço pessoalmente, mas o admiro por sua carreira profissional no mundo comercial. Sempre aqui depositar os meus votos de confiança em um governo que valorize a família, valorize Deus, valorize o civismo, valorize a pátria, valorize o trabalho.

Eu estava vindo para cá hoje e vi uma... Como é que chama mesmo quando escreve na parede? Aquele lixo que escreve na parede? Não é grafite... Pichação! Grafite é uma arte, o cara faz um desenho, mas pichação é lixo.

Eu vi um lixo lá escrito de alguém dizendo assim: “Brasileiros, vamos nos levantar, vamos tocar fogo em Brasília para que retornem os empregos, as escolas e a honestidade”.

Eu fui obrigado a dar risada daquilo. O que o Brasil não teve nos últimos anos, antes do governo Bolsonaro, foi honestidade. Esses governos que estiveram aí foram ridículos. Os governos do PT venderam nosso País, mandaram dinheiro para fora, inúmeros casos de corrupção, desvio de dinheiro, que ainda estão rolando aí. Infelizmente, a nossa Justiça tem sido conivente com isso e não tem tomado as medidas que têm que ser tomadas.

Honestidade não é a cara desse pessoal que vem falar do Bolsonaro. Trabalho muito menos, porque quando a Dilma saiu do governo - graças a Deus ela foi tirada de lá - eram 13 milhões de desempregados no país. “Não, mas hoje tem 14.” Herdou 13 milhões.

Não dá para mudar o mundo em dois, três, quatro anos. Escola é a mesma coisa. Temos um deputado aqui que fala de escola todos os dias e ele sabe a dificuldade que é. Se está essa porcaria que está hoje, é reflexo desses governos que passaram.

Vamos nos preparar, porque ano que vem tem campanha e vem as mesmas histórias, viu, Frederico? Vamos falar em Segurança, vamos falar em escola, vamos falar em honestidade, vamos falar que vai ajudar o funcionalismo. É tudo mentira. Quando vem aqui, joga contra o funcionalismo, joga contra a Segurança, joga contra a escola.

Então, precisamos tomar vergonha na cara, porque a política brasileira continua enveredando pelos velhos caminhos. Isso é vergonhoso para todos nós. Infelizmente, nós estamos na classe política também. Mas vamos falar um pouquinho sobre a nossa Polícia Militar.

Eu queria deixar registrado que foi aprovado em Brasília o Projeto de lei nº 5.458, de 2019, do saudoso amigo Major Olimpio, senador Major Olimpio, que tratou como herói o patrono da Polícia Militar, capitão Alberto Mendes Júnior, que acabou sendo colocado no Livro dos Heróis da Pátria.

Então, parabéns por essa iniciativa do querido e saudoso Major Olimpio, colocando no Livro dos Heróis da Pátria o capitão Alberto Mendes Júnior, um jovem de 23 anos que foi assassinado pelo criminoso Lamarca e sua gangue de terroristas.

Hoje, dia 30 de setembro, é Dia da Polícia Civil. Quero parabenizar os nossos amigos delegados desta Casa: o Delegado Olim, o Delegado Bruno Lima e a Dra. Graciela, que são delegados de polícia. Em nome deles, quero saudar a todos os amigos e amigas da querida Polícia Civil. Que Deus abençoe a todos.

Também hoje é Dia do Tradutor, um trabalho muito útil, de pessoas que trabalham com essa linha artística, a tradução. É uma coisa muito importante que nos faz estar ligados a várias obras literárias de todo o mundo, filmes. Então, parabéns a quem trabalha com essa bela profissão.

Hoje, na Polícia Militar, também é comemorado o dia do TOR, Tático Ostensivo Rodoviário. Está completando 34 anos hoje o Tático Ostensivo Rodoviário, TOR, que inúmeros serviços tem prestado à Polícia Militar e a todos os motoristas nas estradas paulistas.

Também hoje é comemorado o Dia da Secretária. Parabéns a todas as senhoras que trabalham com esse serviço. Também é o dia dos capelães da Marinha do Brasil. Um abraço a todos os amigos que são capelães na Marinha, um serviço superimportante em uma instituição tão importante.

E eu quero agradecer aqui a todos e quero lembrar também que hoje, para quem não sabe, quem gosta de “rock’n roll” e curte história, hoje é a data da morte do James Dean. Para quem não sabe, depois vai pesquisar no Google que vocês vão aprender.

Um abraço.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Obrigado, deputado Coronel Telhada. Dando prosseguimento à lista de oradores, chamo agora o deputado Sargento Neri. (Pausa.) Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.)

Deputado Jorge Wilson. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Danilo Balas. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Maurici. (Pausa.)

Agora chamo o deputado Coronel Telhada para que assuma novamente os trabalhos deste Pequeno Expediente para que eu faça uso da palavra.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Antes de chamar o deputado Frederico, eu gostaria de dizer que no início da minha intervenção eu ia saudar a nossa Polícia Militar na figura do sargento Ricardo e da soldado Figueiredo, que estão aqui hoje, mas acabou passando, me perdoem. Sempre a nossa Polícia Militar aqui presente na figura desses homens e mulheres que fazem parte da nossa assessoria policial militar. Muito obrigado pelo serviço.

Próximo deputado é o deputado Frederico d’Avila, V. Exa. tem o tempo regimental.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Deputado Coronel Telhada, líder Janaina, deputado Gil Diniz, Luiz Fernando, Giannazi, que estão aqui, tem um movimento aí, deputado Gil Diniz, dito MBL, que diz que é Brasil Livre, mas para mim são “bobos livres”, porque todo dia, deputado Gil Diniz, colocam notícias populistas.

Jogam para a galera, né? Fazem aquilo que o pessoal chama de jogar para a torcida, dizendo dos altos preços do gás, da gasolina, dos materiais de construção, dos alimentos.

Enfim, tudo aquilo que nós temos encontrado nos supermercados, nas farmácias, nos comércios, enfim, mas o movimento “bobos livres” diz que a culpa é do presidente Jair Bolsonaro, de tudo isso, que a culpa do aumento desses itens é culpa do presidente da República.

Eu só queria dizer aqui para o pessoal do movimento “bobos livres” que o aço, a bobina de aço, Coronel Telhada, em março de 2020 custava 468 dólares a tonelada. Isso não é no Brasil, é no mercado internacional, Bolsa de Londres, Bolsa de Metais de Londres.

Então vou repetir, em março de 2020 uma bobina de aço custava 468 dólares a tonelada. Setembro de 2021: 1902 dólares a tonelada. Petróleo, setembro de 2020: 40 dólares e 30 centavos de dólar o barril. Setembro de 2021, um ano depois: 76 dólares e 70 centavos de dólar o barril, praticamente o dobro. No caso do aço são cinco vezes.

Cobre, a libra, para quem não sabe uma libra é quase meio quilo, 454 gramas, em março de 2020: dois dólares e 21 centavos de dólar, agora, quatro dólares e 10 a libra do cobre.

E, para finalizar, o alumínio, que também é muito usado nas esquadrias e na construção civil de um modo geral, equipamentos, veículos, blocos de motor, enfim, vários outros equipamentos que utilizam alumínio. Março de 2020: 1.434 dólares a tonelada; setembro de 2021, 2.856 dólares a tonelada, ou seja, mais de 100 por cento.

Então, eu queria alertar a você, telespectador da Rede Alesp e de todo o Brasil: não acreditem nesse tipo de notícia, que não só esse movimento cujo nome não vou repetir fica fazendo, mas também, deputado Gil Diniz, em conluio com esse movimento, hoje está na capa do “Estadão”, da “Folha” e de outros veículos de comunicação que trabalham diuturnamente para derrubar o presidente Bolsonaro, porque perderam aquela boquinha das verbas estatais que existia nos outros governos.

Eles ficam falando que o item tal subiu 500%, item tal subiu 400%, 300%, como se a culpa fosse do presidente Bolsonaro. E ele nos alertou lá no mês de maio de 2020: com esse negócio de “fique em casa, e a Economia a gente vê depois”, ia acontecer exatamente o que aconteceu.

Olhe que eu não tinha noção de que ia ser tanto como foi; olhe aqui no caso da bobina de aço, de 468 dólares a tonelada para 1.900 dólares a tonelada. São quase cinco vezes. Ficam mentindo, enganando a população com notícias falsas e dizendo que a carestia dos alimentos e dos produtos que nós estamos encontrando é por conta do presidente Bolsonaro.

Isso aqui é mercado internacional. Ontem mesmo eu vi uma notícia, o senhor deve ter recebido, segundo a qual o gás liquefeito de petróleo, que é o gás de cozinha, subiu 300% na Inglaterra. Isso não é um problema só do Brasil, isso é um problema mundial.

Então, nós estamos vendo várias indústrias com falta de insumos. Tivemos a indústria de pneus com falta de borracha, tivemos a indústria de equipamentos e materiais médicos com falta de látex para fazer luvas de látex. Eu até conversei com o presidente Bolsonaro semana passada, falei que o pacote de luvas tinha aumentado oito vezes.

E esses grupinhos aí ficam mentindo para a população, junto com a imprensa, que a última coisa que faz é informar, mentindo para a população dizendo que a carestia desses produtos é culpa do presidente da República.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado Frederico. Próximo deputado: deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Gil Diniz, V. Exa. tem o tempo regimental.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente, nobre deputado Coronel Telhada. Cumprimento a Mesa, cumprimento os deputados presentes no Pequeno Expediente, nossos policiais militares, civis. Os assessores também se sintam cumprimentados, e quem nos assiste pela Rede Alesp.

Presidente, tenho vários assuntos a tratar nesta tarde, mas subo, neste momento, para avisar os meus pares, os deputados desta Casa, do email que nós recebemos, na tarde de ontem, do consulado chinês, deputada Janaina Paschoal. Já vou ler aqui esse email. Mas deixe-me contar uma historinha para vocês, deputado Frederico d' Avila.

Quando a presidente de Taiwan foi eleita, eu fiz um ofício dando parabéns. Vários deputados federais foram censurados pelo embaixador chinês, inimigo do Brasil. Já andou perambulando por alguns outros países da América do Sul, achacando a classe política nesses países. E acha, Coronel Telhada, que vai fazer isso conosco aqui. Quando a presidente de Taiwan foi eleita, eu mandei este ofício, deputado Frederico:

“Primeiramente, sirvo-me do presente para parabenizar V. Sa. pela reeleição na Presidência da República Democrática de Taiwan, pelos seus 57,1% de votos, algo próximo a oito milhões de eleitores. Sabemos de sua batalha contra o autoritarismo de Pequim, apesar da campanha de intimidação econômica e diplomática do poder comunista para isolar a ilha.

Vossa Senhoria, em um de seus pronunciamentos, diz: Taiwan mostrou ao mundo o quanto amamos nosso modo de vida livre e democrático em nossa nação, demonstrando assim o apreço pela democracia, com forma justa na condução de sua nação, e pela luta pela liberdade do seu povo, assim como o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, sendo certo que coadunamos de valores semelhantes no que tange à democracia. Desejo-lhe um bom mandato e a condução do seu valoroso país. Deputado Estadual Gil Diniz.”

E parabéns, Janaina, ao presidente de Taiwan. Fui convidado, agora, para um coquetel, para um almoço comemorando o Dia Nacional de Taiwan. Recebi esse convite aqui, que muito me honrou. Recebi esse convite. Fiquei extremamente honrado.

“O diretor-superintendente do Escritório Econômico Cultural de Taipé, em São Paulo, Sr. Kuang-jong Fong e a Sra. Pin-chun Peng têm a honra de convidá-los para o coquetel em comemoração à 110º Data Nacional da República da China (Taiwan), que será realizado no dia 5 de outubro de 2021, terça-feira, às 14 horas e 30 minutos.”

Ontem à tarde, Frederico, eu confirmei a minha presença nesse evento, honrado por esse convite. E, para minha surpresa, 30 minutos após a minha confirmação, chegou este email aqui: “Para conhecimento, a pedido do Consulado Chinês de São Paulo, venho por esta informar o seguinte: No início de outubro...” - isso aqui é o Consulado Chinês mandando recado para esta Assembleia Legislativa, para os deputados que ousarem não se prostrar ao regime comunista de Pequim.

Segue aqui: “No início de outubro, as representações de Taiwan no Brasil, como é costume, realizam celebrações de suposto dia nacional. Aproveito para reiterar o posicionamento da China a esse respeito: o princípio de uma só China é a norma básica que rege as relações internacionais e um consenso universalmente reconhecido pela comunidade internacional, sendo também a base política das relações entre a China e os demais países do mundo.

A questão de Taiwan é um assunto interno da China e relacionada diretamente aos interesses fundamentais do país. O lado chinês aprecia o fato de que a Alesp tem respeitado o princípio de uma só China. Seria muito agradecido se a Alesp, no contexto do seu compromisso com o princípio de uma só China - olhem só - pudesse tomar as medidas necessárias e preventivas com vistas...”.

Presidente, só mais um minuto. “Com vistas a conscientizar os deputados da sensibilidade da questão de Taiwan, e evitar gestos ou atitudes que possam ser prejudiciais ao princípio de uma só China, como participar das comemorações referidas, mandar mensagens de felicitações às autoridades de Taiwan, ou manter contatos oficiais com essas. O Consulado Geral da China aproveita a oportunidade para reiterar à Alesp os protestos de sua elevada estima”.

Presidente, isso aqui é um absurdo, isso aqui é um acinte a esta Casa, isso aqui é um acinte a este deputado, eleito pelo povo de São Paulo, receber um email como esse. Olhe aqui, Consulado Chinês; olhe aqui, embaixador, este email aqui é uma falta de vergonha.

Eu peço ao presidente desta Casa, Carlão Pignatari, que se posicione, que responda ao consulado, que responda à embaixada. Eu peço que o deputado Paulo Fiorilo, presidente da Comissão de Relações Exteriores, que encaminhou este email, que responda aqui a essa manifestação, porque não é possível, lá é uma ditadura totalitária. Escravizam ali os chineses.

E aqui o meu máximo respeito à população chinesa, ao povo chinês. Mas censurar um deputado que confirmou a presença num coquetel, eu não respondo pelo governo brasileiro, eu não respondo pelo Governo de São Paulo, eu não respondo sequer pela Assembleia Legislativa de São Paulo, Coronel Telhada.

Eu respondo por mim, pelo meu mandato. Isso aqui é um assombro, isso aqui é um absurdo. Agora, nosso governador está vendido ao Partido Comunista Chinês. Este Parlamento aqui, pelo amor de Deus, deputados, vamos minimamente mostrar independência, e mostrar aqui que nós não nos dobramos, não nos prostramos a esse bando de ditadores que, agora, querem mandar no País. Querem mandar em São Paulo, e querem mandar neste Parlamento.

Agradeço, mais uma vez, o convite. Estou honrado pelo convite, e estarei lá. Estarei lá, queira o Partido Comunista Chinês, ou não, queira o governador João Doria, pelego, homem de negócios do regime chinês., ou não. Mas eu espero a resposta dura do presidente desta Assembleia, porque isto aqui é uma falta de respeito com o Parlamento paulista.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado. Se der para marcar meu nome, nós vamos juntos a esse evento. É só me arrumar um convite, é só arrumar uma boquinha para nós.

Deputado Gil, o senhor assume aqui para mim? Eu sei que o senhor vai falar novamente, mas deixe-me chamar aqui novamente os próximos.

A próxima é a deputada Edna Macedo. (Pausa.) Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.)

Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. Vai ficar para depois, ele já falou agora. Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Conte Lopes, V. Exa. tem o tempo regimental.

E eu passo a Presidência da Casa para o deputado Gil Diniz.

 

O SR. CONTE LOPES - PP - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, hoje, como é o Dia da Polícia Civil, eu queria cumprimentar os policiais civis, todos eles, delegados, investigadores, escrivães. Todos eles pertencem à Polícia Civil, inclusive pelo trabalho que tivemos juntos, durante todos esses anos, na área de Segurança Pública, nas ruas de São Paulo, combatendo o crime.

Sempre tive amigos na Polícia Civil, e fui amigo dos policiais civis também. Tive um funcionário meu aqui, trabalhou conosco, um jornalista, radialista, Edson Santi, que hoje é um grande delegado de polícia, excelente delegado de polícia.

E participei de várias ocorrências. Para falar é fácil, qualquer um fala. Participei de várias ocorrências. Lembro até um caso, até da época do Erasmo Dias ainda. Um investigador de entorpecentes do DEIC foi morto na região do Cemitério do Araçá, por um traficante.

Foi feito um grande cerco na época, na área, para tentar prender o traficante. Eu fui para lá com a Rota. Cheguei lá, tinha um corpo no chão, um jornal em cima do rosto, o policial com uma arma na mão. Alguns policiais vieram falar comigo, falando que o bandido estava lá no matagal.

Era noite, estavam só esperando o Corpo de Bombeiros para iluminar o local, o canil. Aí eu falei: pode deixar que se estiver aí, a gente vai achar. E saí andando pelo meio do mato lá. Andamos uns 50 metros, eu, o Esquerda, o Xavier, Magalhães. E dali a pouco eu me deparei com um camarada, que saiu com a arma na mão. Atirou, foi atingido. Fui socorrê-lo.

Estava socorrendo, muitos policiais chegaram. Falei: Calma, já estou socorrendo o cara, vou para o hospital, não precisa, o que é isso? Até encontrei o coronel Erasmo Dias lá na ocorrência. Eu falei: Estou socorrendo o cara para o hospital. Infelizmente, o cara não resistiu, veio a falecer também.

No outro dia, eu fui ao enterro do policial, do Mineirinho, acompanhar o enterro. E fui cumprimentado por todos os policiais civis que ali estavam, eu e minha equipe da Rota, é óbvio. Sempre estivemos juntos nas ocorrências.

O investigador Roberto, do DEIC, foi baleado pelo Oséias também, que depois de balear o investigador Roberto, matou o tenente Rhage, baleou até o Dr. Celso Vendramini, que era soldado da Rota.

Baleou o coronel Gilson Lopes. E gritava, diante de uma casa, segurando quatro crianças e uma mulher, como reféns, que ele só sairia de lá quando ele matasse dez caras da Rota. E perguntava: e a Rota, já chegou?

E eu dizendo não, a Rota não chegou, por isso é bom você se entregar. Entregue a mulher e as crianças, senão você vai morrer. “Não, não, eu só saio daqui depois que eu matar dez caras da Rota. Aí, eu posso morrer”. Aí eu vi o que ele fazia.

Ele era protegido por duas paredes, e punha meia cabeça para falar e quem entrava na frente dele ele atirava. Por isso que ele baleou o Roberto, o investigador, matou o tenente Rhage, baleou o Vendramini e o Gilson Lopes. Baleou todo mundo.

Então eu atirava, e atiro, relativamente bem. Eu o esperei por meia cabeça, quando ele pôs, eu atirei. A mulher gritou lá dentro: “Pelo amor de Deus, meu filho, meu Deus do céu!”. Falei: “Ele pôs a criança e eu matei a criança.”. Porque quando você está na rua é isso, são três horas da manhã, duas horas da manhã, quando ela deu aquele grito.

Depois que eu fiquei sabendo que o Oséias era casado com a mulher e que aqueles filhos eram todos dele. Inclusive o filho me mandou a correspondência outro dia me xingando, que eu matei o pai dele, que o Caco Barcellos falou no livro dele, tal, dom Paulo, todo mundo falou.

Não, não foi não. Nós salvamos a vida deles, porque, veja bem, todos os policiais aí, depois de horas cercado, começou cinco horas, acabou seis horas da manhã, 12 horas de cerco. Se toda a polícia invadisse aquela casinha, aquele quarto para atirar, coitadas das crianças e da mulher.

Então, pelo contrário, o tenente morreu por causa da família do Oséias. O investigador foi baleado pela família do Oséias. Os policiais não invadiram, não jogaram bomba, não jogaram granada. Agiram corretamente, dentro da lei. Ele que pôs a família em risco.

Depois o Dr. Greenhalgh, toda a Cúria Metropolitana me processando durante 21 longos anos. Acreditam nisso? Eu fui absolvido, deputado Frederico, Dra. Janaina, pelo pleno do Tribunal de Justiça. Vinte e cinco Srs. Desembargadores me julgando depois de 21 anos. E a gente sabe o que se passa, não é? Você não pode pegar empréstimo no banco, você não pode isso, não pode aquilo, está respondendo processo.

Então só para ter uma ideia do que é o policial. Eu queria, só para terminar, mandar um abraço aos companheiros da Polícia Civil, que, durante anos e anos, nos encontramos nas ruas de São Paulo protegendo a população e combatendo a criminalidade.

Obrigado.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, nobre deputado Conte Lopes. Seguindo a lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, na Lista Suplementar, convido para fazer uso da tribuna o nobre deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, de volta à tribuna no dia de hoje gostaria de dizer que tem um ditado popular que diz que a mentira tem perna curta, deputado Gil Diniz. A mentira tem perna curta.

O governo Doria tem dito e afirmado que tinha, para atacar os servidores públicos, para atacar os aposentados, os pensionistas, para fazer privatizações, terceirizações, para desmontar o patrimônio público, que era necessário um ajuste fiscal.

Tem que fazer ajuste fiscal, havia crise no estado, então ele colocou em curso, mais uma vez, a política de ódio do PSDB, do Tucanistão, contra servidores aposentados e pensionistas com reforma da Previdência, com a lei da redução dos precatórios, com o PL 529, com todas as medidas. E agora, com o PLC 26, com o confisco dos aposentados e pensionistas, que nós queremos, estamos lutando para revogar através do nosso PDL 22.

Então, esse foi o discurso da Fazenda, do Doria, do ex-secretário de Orçamento, que foi embora, ainda bem, o famoso Mauro Ricardo, que foi um dos mentores intelectuais desses projetos todos, essa foi a justificativa do governo, tem sido, inclusive, para o PLC 26, mas vejam só os senhores e as senhoras como esse governo mente a céu aberto, Sr. Presidente.

Duas matérias da “Folha de S. Paulo” de hoje, um único dia. A primeira diz o seguinte: “PAC do Doria é ampliado para 50 bilhões de olho na disputa para 2022. Aumento será arma de tucano nas prévias do PSDB e plataforma para candidatura do vice, Rodrigo Garcia”. Está aqui, “Folha de S. Paulo” de hoje. O que ele está dizendo, que ele tem 50 bilhões para gastar à vontade.

E para potencializar, não só a sua candidatura, como também a do Rodrigo Garcia ao governo do estado. Matéria da “Folha” aqui com todos os dados. Essa é uma delas, que já desmente, não tem crise fiscal nenhuma.

Cadê a crise? Você vai gastar 50 bilhões. Ele está ampliando, inclusive. Inicialmente, ele anunciou, na verdade, o PAC dele é esse Pró-SP. Agora ele está fazendo marcas, várias marcas.

Eu fui, esses dias, no Vale do Ribeira e vi que agora ele inventou o Vale do Futuro. Ele joga um cascalho, deputado d’Avila, na rodovia e fala que fez uma perenização. Aquilo não dura nada. Aquele é o Vale do Futuro. E coloca uma placa do tamanho da Assembleia Legislativa no meio da mata fechada.

Acho que o valor da placa é superior ao cascalho que ele jogou naquela rodovia que liga Iporanga até Apiaí, que V. Exa. conhece. Exatamente. Então, esse PAC, que é o Pró-SP, era de 47 bilhões. Agora ele aumentou para 50 bilhões. Está fazendo divulgação que é investimento. Está aqui na “Folha de São Paulo” de hoje.

A outra matéria é sobre a redução do ICMS. “São Paulo reduz ICMS para veículos usados e para medicamentos a partir de 2022”. O ano da eleição. Só que o governador, ele, no 529, aumentou os impostos do estado de São Paulo. E agora, em 2022, ele vai retirar apenas de alguns setores.

Alguns setores, entre eles, bebidas alcoólicas! O que mais? Indústria do Agronegócio, embarcações. Embarcações! Olha só: ou seja, dá com uma mão, e tira com a outra.  Ele vai reduzir esse ICMS, ele está voltando atrás em relação a alguns itens do ICMS.

A famosa isenção fiscal, que é obscura, a gente não sabe, não tem transparência. Até o Tribunal de Contas reclama. Mas ele tem que fazer, na verdade, a isenção, acabar com o confisco dos aposentados e pensionistas.

Ele está dando isenção para a indústria do agronegócio, para bebidas, para embarcações. Por que ele não pode fazer o mesmo com os aposentados, com os pensionistas, com os servidores? Não. Isso é um absurdo, isso é de um cinismo sem precedentes, o que está acontecendo no estado de São Paulo.

Então, para os setores econômicos, tudo. Para os aposentados e pensionistas, o confisco, o arrocho, a exploração. E agora, para concluir, ele vem com o PLC 26. Para aprofundar ainda mais todos esses ataques.

Por fim, eu registro que nós estamos com um grupo de professores e professoras da rede estadual, que foram perseguidos pelo governo estadual. Eles deixaram um documento muito importante.

Eu gostaria de que esse documento fosse publicado no Diário Oficial: uma nota de repúdio ao PLC 26, que ataca direitos, benefícios e a dignidade de todos os servidores do estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem, Sr. Presidente. Só uma breve comunicação. Só complementando o que falou o professor Giannazi. ele fez exatamente isso com relação aos bares e restaurantes. Ele aumentou o imposto para depois abaixar.

Então ele põe um elefante na sala, como você bem disse, do tamanho da Assembleia Legislativa. E depois tira. Fez a mesma coisa com a bancada evangélica. Disse que ia abrir os templos, e uma semana depois, revogou o decreto. É inacreditável a desfaçatez do governador do Estado.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, nobre deputado Frederico d’Avila. Conforme solicitado pelo deputado Carlos Giannazi, esta Presidência recebe o documento de V. Exa., e o encaminhará para publicação, após o seu exame, nos termos do Art. 18, inciso V, do Regimento Interno.

Dando sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, lista suplementar, convido a fazer uso da tribuna o nobre deputado Sargento Neri. (Pausa.) Nobre deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Nobre deputada Janaina Paschoal, V. Exa. tem o tempo regimental.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Eu gostaria de corroborar a fala dos colegas que me antecederam, em especial a manifestação do deputado Coronel Telhada, quando externa o seu repúdio à maneira que os Srs. Senadores vêm conduzindo os trabalhos na CPI, na chamada CPI da Covid.

O cidadão que foi alçado à categoria de ilustre dos ilustres, senador Renan Calheiros, tem adjetivado os depoentes. A pessoa entra para prestar depoimento, e o senador, que, de certa forma, ali, funciona como um magistrado, ou assim deveria funcionar, já inicia adjetivando os depoentes.

Isso aconteceu ontem, isso está acontecendo no dia de hoje. Isso aconteceu no início dos trabalhos, com a Dra. Nise Yamaguchi, por exemplo, uma médica, titulada, que haveria de ser respeitada.

Então, eu externo aqui o meu repúdio, ao lado do colega Coronel Telhada, à maneira que essa CPI está conduzindo os trabalhos, e envergonhando os brasileiros. Digo também que, estranhamente, a imprensa vem asseverando, publicando que existe um tal dossiê, que a advogada de médicos, que ninguém sabe quem são, teria apresentado à CPI.

Eu tenho acompanhado a documentação juntada à CPI, e eu não consigo encontrar nenhum dossiê, e nem referência ao tal dossiê. Um dos últimos documentos constantes no rol é um pedido do advogado da Prevent Senior, para acessar o dossiê que vem sendo mencionado. Que trabalho de imprensa é esse, que fala de um dossiê que ninguém leu, que fala de um dossiê que tem informações trazidas por médicos que ninguém sabe quem são?

É grave o que está acontecendo. As pessoas estão ligando no gabinete, desesperadas, com medo de perderem sua assistência médica, pessoas que pagam, com dificuldade, um plano de Saúde, que eu ouso dizer, deve ser o mais barato do Brasil, e, pelos clientes que eu conheço - porque eu não conheço os donos, mas conheço os clientes -, o serviço é bom, e eu acredito que tem alguém preparado para tomar o lugar.

Então, o mínimo que esses pacientes têm direito a ter acesso é a esse tal dossiê. E a advogada tem que dizer quem são esses médicos. Porque, se ela não vivenciava lá dentro, ela não é testemunha. Nunca vi advogado depor. Se ela não vivenciava ali dentro, ela tem que dizer quem trouxe as informações.

Não se pode destruir um serviço de Saúde com base em alegações de pessoas não determinadas. Alguém quer tomar o lugar desse grupo. Vai ter CPI aqui. Nós vamos investigar aqui e a gente vai pegar. E eu quero externar a minha solidariedade ao deputado Gil Diniz, que vem presidindo a sessão de hoje.

Eu não sabia, Sr. Presidente, que este email tinha nascido de uma situação envolvendo V. Exa., mas eu estranhei muito, ontem à noite, quando li esse mail. Estranhei o tom do email, estranhei o fato de o presidente da Comissão de Relações Internacionais ter mandado uma verdadeira intimação para o presidente da Casa, com cópia para todos os deputados, de certa forma, intimando os deputados.

Independentemente do mérito, Sr. Presidente, independentemente de o deputado ser favorável à China Continental, ser favorável a Taiwan, ou o deputado sequer saber desse conflito, o deputado tem autonomia. O deputado tem prerrogativas.

Nem o presidente da República do nosso País tem direito de enviar um email, querendo cercear a liberdade de um deputado. Nem o governador do estado, no estado de São Paulo, tem esse direito. Nem o presidente do TJ tem. Então, não é uma autoridade de um outro país que vai dar ordem para deputado nenhum aqui dentro.

Eu me solidarizo com V. Exa. e também exijo que o presidente da Casa defenda as nossas prerrogativas. Precisamos entender quem é que o presidente da Comissão de Assuntos Internacionais representa aqui dentro, porque nós queremos, não importa o partido, deputados que defendam a Casa, e não nações estrangeiras.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, nobre deputada Janaina Paschoal, pelas palavras. Endosso aqui e, realmente, aguardo essa manifestação do presidente da Assembleia Legislativa e do presidente da Comissão de Relações Internacionais. Como V. Exa. disse, é inadmissível.

Nem o presidente da República... Conhecendo o presidente Jair Bolsonaro, jamais ele falaria metade, Frederico, do tom que o cônsul falou aqui com os deputados deste Parlamento.

Um acinte, deputado Conte Lopes, que foi realizar a mensagem que enviaram para este Parlamento censurando um deputado por participar de um evento corriqueiro, um evento comum. Aqui, nós vivemos uma democracia, lá não. Nós precisamos defender a nossa liberdade enquanto ainda a temos.

Dando sequência à lista de oradores inscritos, convido a fazer o uso da palavra o nobre deputado Frederico d’Avila.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, prezados colegas. Queria aqui corroborar o que disse a professora Janaina em relação à CPI lá em Brasília. O que nós vimos ontem, deputado Conte, é um verdadeiro circo, o ridículo que faz a nação passar.

O Sr. Renan Calheiros está desesperado, Conte, porque vai perder a eleição. Seu filho vai sair do governo agora, vai perder a eleição para o deputado Arthur Lira e para o senador Fernando Collor, ex-presidente da República. Então, ele está desesperado, porque o histórico do Sr. Renan Calheiros em Alagoas é de traição.

Ele traiu o seu companheiro de toda a vida, Luciano Barbosa, que hoje é prefeito de Arapiraca e era vice-governador de Alagoas. Ele traiu o Fernando Collor quando era presidente. Ele traiu todos, não é? Então, agora ele está desesperado, porque, como o ditado já diz, “O que se planta, se colhe”. Então, plantou vento, está colhendo tempestade.

Aí o outro lá, o senador, o eunuco do Amapá, senador Randolfe Rodrigues, com aquela voz estridente insuportável, que parece um eunuco, fica lá agora mostrando que é autoridade. Ele até chama a Polícia Legislativa, deputado Gil Diniz. Imagine, um ex-integrante do PSOL, agora que circula pelas altas hóstias de Brasília, agora chamando a Polícia Legislativa para prender e retirar depoente.

O outro, que é o presidente da comissão, ex-governador do Amazonas, parece aquele... Como é que chama, Conte, aquela raça de porco? Landrace, parece um cachaço landrace lá, em plena selva, que está engordando. Também, como eu disse à professora Janaina, fica adjetivando, fica dando opinião. Ele, que preside aquela sessão, fazendo o Brasil passar por um ridículo.

Um outro senador, lá de Sergipe - que eu até me sinto à vontade em falar, porque meu bisavô é da cidade de Estância, em Sergipe -, Sr. Rogério Carvalho, do PT, usa anel de tucum, que é símbolo da teologia da libertação.

É de esquerda, se diz dirigente estudantil, mas ontem falou mais de dez vezes que ele era senador da República, que ele tinha que ser respeitado, e ficou inquirindo lá o Sr. Luciano Hang, a quem eu conheço e gosto muito.

É um empresário, um empreendedor nato, ficou inquirindo se o senhor Luciano Hang e seu advogado eram senadores, que eles não podiam falar absolutamente nada. Então, esse Rogério Carvalho é um desqualificado e não representa bem o estado onde nasceu meu bisavô, inclusive o nome do hospital de Estância é o nome do meu bisavô, Dr. Jesuíno Pacheco d’Avila. Então, aquilo ali é um circo verdadeiro.

Renan, você vai perder a eleição para o Arthur Lira e para o Fernando Collor. O eunuco do Amapá está tentando se promover. Agora, eu queria dar os parabéns para o Renan e para o Omar Aziz, deputado Gil Diniz, porque eles são os melhores marqueteiros que eu já vi, porque o Luciano Hang saiu ontem da CPI, ele pode ser candidato ao que ele quiser.

Ele pode ser candidato a governador de Santa Catarina, pode ser candidato a senador, pode ser candidato na chapa com o presidente Bolsonaro - quem sabe até a vice-presidente da República -, pode ser candidato ao que ele quiser. Se ele for candidato a deputado federal em Santa Catarina, vai ser que nem a professora Janaina, vai carregar oito atrás dele de tanto voto que vai ter.

Então, parabéns por esse dom que o senador Omar Aziz, o landrace das Amazonas, e o senador Renan, o traidor das Alagoas, têm. Eles têm esse dom de promover as pessoas, então são bons marqueteiros políticos, que ontem o Luciano Hang já era conhecido, ontem ficou mais popular e conhecido ainda, não é, Conte? Então, queria parabenizar aqui os dois, afinal, aflorou tarde, deputado Gil Diniz, esse dom dos dois.

E dizer que, se abrirem a CPI aqui na Casa, professora Janaina, contem comigo, e eu sei que, com seu conhecimento jurídico, com seu afinco e com sua determinação, não passarão pela sua fina rede, pelo seu fino filtro de malha muito fina, todas as esculhambações que nós vimos aqui no estado de São Paulo.

Como disse o professor Giannazi, que já não está mais no plenário, o governador Doria gosta muito de placas grandes, nomes bonitos, mas obra, que é bom pra valer, absolutamente nada. E no Vale do Ribeira, não é exclusividade, é o padrão João Doria de governar: muita mentira e pouca ação.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, nobre deputado. Encerrado o Pequeno Expediente.

 

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Grande Expediente. Dando início à lista de oradores, convido a fazer uso da tribuna a nobre deputada Adriana Borgo. (Pausa.) Nobre deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Nobre deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Nobre deputado Frederico d’Avila, V. Exa. tem o tempo regimental de dez minutos.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente deputado Gil Diniz, deputado Conte, eu venho aqui, deputado Conte, mais uma vez falar sobre aquele tema que nós conversamos esta semana e semana passada.

Inclusive, queria agradecer a você, ao deputado Gil e a outros deputados que vieram aqui defender a memória do deputado Erasmo Dias, que foi atacado, vilipendiado, desonrado.

Queria aqui cumprimentar até o Dr. Maurício, da Polícia Civil, que está ali, que conheceu muito o deputado Erasmo Dias e sabe do caráter dele. O deputado Emidio, infelizmente, não está aqui.

Ontem, de novo, repetiu coisas que ele não sabe - para vocês verem como eles falam coisas sem saber -, dizendo que o Erasmo Dias foi o comandante geral da Polícia Militar.

Ele não foi comandante geral, ele foi secretário de Segurança Pública. Então, o deputado Emidio vem aqui querer esculhambar com a memória do deputado Erasmo Dias por conta da homenagem que o deputado Conte, o deputado Gil, o deputado Mecca e tantos outros 19 deputados foram coautores comigo com a Medalha do Mérito Policial Deputado Erasmo Dias, Dr. Eder.

Doze anos nesta Casa, quatro anos no Congresso Nacional como o deputado federal mais votado do PDS na eleição de 1978 - acho que foi o segundo ou o terceiro do estado -, vereador aqui no município de São Paulo.

Vamos fazer a conta, Conte? Cinco vezes quatro: 20 anos de mandato popular colocado pelo povo nesta Assembleia, na Câmara Municipal e na Câmara Federal. Então, eu queria aqui aproveitar o Machado para dizer quem que esse pessoal gosta de parabenizar.

Olhe aqui. Eles chamam de herói esse aí: Carlos Lamarca, esse desertor canalha que se formou no Exército Brasileiro e depois traiu a Pátria e foi comandar grupo de guerrilha.

Olha aqui: “Acusado de comandar roubos a bancos em São Paulo e formar grupo guerrilheiro. Em 1970, foi trocado por 70 presos políticos”. Esse aí é um herói dessa gente. Olhe aí, ensinando a atirar com metralhadoras, inclusive ali ensinando mulheres a atirar com metralhadoras, pistolas, etc. Pode seguir, Machado.

Matou o tenente Alberto Mendes Júnior, que, creio eu, o Conte conheceu lá na Rota, que tinha apenas 23 anos de idade. Segundo consta, foi morto com coronhadas e, antes de ser morto, foi torturado, inclusive fazendo... Dizem as histórias que o capitão Lamarca, o desertor canalha Lamarca fez o capitão Alberto Mendes Júnior engolir os próprios testículos antes de ser morto.

E aí o Lamarca depois, em 1971, foi caçado pelo delegado Fleury, pela equipe do DOI de Salvador e São Paulo. Foi caçado na Bahia e finalmente morto. Esse é o herói dessa turma que não quer que instituamos a Medalha Deputado Erasmo Dias.

Aí fizeram essa aberração aí, segundo eles chamada de arte, que, graças a Deus, o nosso querido ministro, então secretário Ricardo Salles, secretário do Meio Ambiente de São Paulo, mandou arrancar essa cabeça, graças a Deus, com ajuda do prefeito do município, que cedeu a máquina.

Acho que ele não sabia para que iam usar a máquina, mas ele cedeu a máquina e arrancou. Não tem cabimento um parque estadual, um equipamento público estadual, ter a imagem de um terrorista, ainda mais assassino de policial militar. Um desertor do Exército Brasileiro que queria desconstituir a Pátria Brasileira.

Olhe aí: “Lamarca vive. Aconteceu nesta sexta-feira em Cajati um ato simbólico de recolocação do busto de Carlos Lamarca no Parque Estadual do Turvo, retirado ilegalmente a pedido de Ricardo Salles, à época secretário do Meio Ambiente do estado.

Quatro anos depois, após ser retirada ilegalmente por Ricardo Salles, movimentos sociais lançam um novo busto em homenagem a Carlos Lamarca pelo Vale do Ribeira. O PT esteve representado pelo deputado estadual José Américo e pelo coordenador macrorregional tal, tal, tal.”

Bom, olhe aí que beleza. A única coisa que a gente não vê aí é a bandeira do Brasil. Vê foice, vê martelo, vê vermelho, vê bandeira “Lamarca Vive”, PT e o diabo a quatro.

Essa turma aí é a que gosta do Carlos Lamarca e não gosta do deputado coronel Erasmo Dias, que, logicamente, quando encontrava esse pessoal pela frente, fazia valer a lei, não é, Conte? Não ficava alisando. Pode continuar.

Olhe aí, bandeira do MST, que é promotor de esbulho possessório. Estão ali os nossos queridos policiais civis que conhecem de cor o Código Penal e sabem o que é esbulho possessório.

Colocaram essa outra cabeça do Lamarca lá no parque. Inclusive, não sei como é que deixam, como a Secretaria do Meio Ambiente deixa a pessoa entrar, uma turba de gente dessas; é totalmente visível que tem um grupo grande de pessoas colocando uma bandeira dessas.

Vocês vejam que os ativistas do MST estão bem acima do peso, deputado Gil Diniz. Estão como eu e você, estão bem acima do peso. Então, é muito bom ser sindicalista, líder de MST, o pessoal come bem. Acabou.

Então é isso, não pode ter Medalha Erasmo Dias. Eles ficam vilipendiando, denegrindo a memória do coronel Erasmo Dias aqui na CCJ para não deixar passar um dispositivo, um trevo na cidade natal do Erasmo, que é Paraguaçu Paulista, que eu localizei a pedido da dona Márcia, filha do Erasmo, que esteve aqui conosco.

E também a medalha, que todos os policiais que consultei, não só que são representantes nesta Casa, mas que estão nas ruas, como o Dr. Maurício e tantos outros que estão aqui no dia a dia conosco, têm orgulho de outrora terem conhecido ou trabalhado com o coronel Erasmo Dias como secretário de Segurança ou como militar do Exército Brasileiro.

Portanto, Conte, vou lhe dar um aparte, mas queria dizer, queria contar com seus praticamente oito mandatos aqui na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para que nos ajude na CCJR, deputado Gil Diniz, porque foi pedido vista não só do projeto de resolução para a confecção da medalha, mas também do trevo do dispositivo lá em Paraguaçu Paulista. Pois não, Conte.

 

O SR. CONTE LOPES - PP - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Obrigado pelo aparte. Cada um chora os seus mortos, não é? Ali a gente vê os caras chorando o Lamarca. Lamarca assassino frio, calculista, que matou o jovem tenente, amigo nosso, lá do 1º Batalhão da Rota. Um tenente que se entregou ao Lamarca para que fossem liberados alguns policiais que foram baleados.

É importante saber que naquela época a Polícia Militar não tinha treinamento nenhum. Foi daquela ação que se criou a Rota e se criou o COE no 1º Batalhão Tobias de Aguiar, porque o pessoal não tinha treinamento.

Eles foram buscar o (Inaudível.) no Vale do Ribeira com um caminhão, esse caminhaozão que naquele tempo carregava banda de música, de lona, e os policiais todos lá dentro.

Quando houve um ataque com os fuzis que o Lamarca roubou do Exército Brasileiro, e eles estavam com fuzis e os policiais não, estavam com aqueles mosquetões que você dá um tiro e quase arranca o ombro, depois tem que fazer de novo para dar outro tiro.

Então, realmente foram baleados, foram atingidos, e o tenente Mendes Júnior conversou com o Lamarca, que ele permitisse que socorresse os feridos e que ele voltaria. Uma parte da tropa ficou em poder do Lamarca e do grupo dele.

E o Mendes Júnior cumpriu. Ele socorreu os policiais, voltou e se entregou. Depois foi julgado e condenado à morte, o Mendes Júnior. Então, foi realmente um ataque covarde esse do Lamarca contra o tenente Mendes Júnior, que era um jovem policial.

E vejam bem, o tenente Mendes Júnior até hoje é capitão. O Lamarca, se não me falha a memória, recebe salário de general. Ele foi promovido aí depois do governo do PT a general, recebe soldo de general. Enquanto o outro até hoje a família passa necessidade, o Lamarca está aí virando herói nacional.

Até houve uma sessão solene nesta Casa, eu briguei muito, infelizmente, com o pessoal que estava junto com ele lá, mas então, Erasmo Dias foi um grande policial, respeitado pela Polícia Civil, respeitado pela Polícia Militar e até dei um exemplo de uma ocorrência que ele acompanhava. E foi deputado nesta Casa junto com o José Dirceu. Os dois debateram muito aqui. Eu nunca ouvi o Zé Dirceu falar que foi agredido ou torturado pelo Erasmo Dias.

Erasmo Dias não era comandante da Polícia Militar, era comandante do Forte, quartel lá na Praia Grande. Ele era o comandante quando o José Dirceu ficou preso lá sob custódia dele e, realmente, nunca houve essa queixa de que ele havia sido agredido ou torturado.

Obrigado.

 

O SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Para complementar aqui o raciocínio, deputado Gil Diniz, se possível, uma comunicação aqui da tribuna.

Queria complementar o que disse o Conte dizendo o seguinte, nós não podemos ficar relevando essas questões porque, como disse o Conte, o deputado Gil Diniz foi testemunha ocular e física aqui, eles fazem homenagem para o Lamarca aqui, para o Marighella e para toda essa gente que trabalhou contra a Nação brasileira, cometendo crimes contra a vida, contra o patrimônio, e na hora em que a gente quer promover os nossos heróis eles ficam aí esperneando, gemendo, gritando e falando essas barbaridades.

E aí a gente acaba recuando. Nós da direita acabamos recuando. Não vou recuar. Não vou recuar e não vou permitir que fiquem vilipendiando e agredindo a memória do deputado Erasmo Dias. E veio aqui o deputado Emidio falar que não é só porque esteve aqui nesta Casa ou porque foi eleita que a pessoa merece ter respeito.

Olhe aqui, deputado Gil Diniz, o senhor que falou aquele dia sobre o deputado Luiz Moura, que era desta Casa. Foi preso porque tinha ligação com o PCC, Conte. Ligação com o PCC. Depois o próprio PT expulsou. E ele, como estava no final do mandato, quando estava expulso, ele não teve legenda para disputar as eleições, mas foi preso e expulso.

Fora ele, que o deputado Gil Diniz lembrou muito bem, aquela deputada Ângela Guadagnin, não sei se lembram, que ficou rebolando lá na Câmara enquanto o povo estava passando por um sofrimento enorme.

André Vargas, que começou com aquela mensagem de... Na época não existia nem WhatsApp, era aquele outro aplicativo de mensagem, que começou com o processo do “petrolão”. Delúbio Soares; João Vaccari; José Guimarães, que é irmão do outro terrorista, José Genoino, que enfiava dólar na cueca; José Dirceu; Delcídio do Amaral; Luizianne Lins, que vinha a São Paulo para ir ao salão de beleza e punha na conta da Prefeitura de Fortaleza; e Humberto Costa, que está nessa CPI da vergonha, que era - como é que chama? - vampiro da Saúde.

E o deputado Emidio vem falar aqui que Erasmo Dias não merece ser homenageado. Merece sim: vai ser homenageado e vai estar no peito de muitos policiais civis, militares, federais, Forças Armadas e aqueles que trabalham pela Segurança da população brasileira, como sempre fizeram.

Está aqui o deputado Conte Lopes, estavam aqui os deputados Telhada, Major Mecca e tantos outros colegas que estão aqui na Assembleia Legislativa. Serão homenageados e poderão outorgar a medalha Erasmo Dias no peito dos competentes policiais do estado de São Paulo e da Nação brasileira.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, nobre deputado. E lembrando que o deputado Luiz Moura foi expulso pelo deputado Emidio. Foi o Emidio, à época, que o expulsou.

Seguindo a lista de oradores, convido a fazer uso da tribuna o nobre deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Nobre deputado Ricardo Mellão. (Pausa.) Nobre deputado Teonilio Barba Lula. (Pausa.)

Nobre deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Nobre deputado Caio França. (Pausa.) Nobre deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Nobre deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Nobre deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Nobre deputado Castello Branco. (Pausa.)

Nobre deputado Major Mecca. (Pausa.) Nobre deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Nobre deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Nobre deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Nobre deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Nobre deputado Emidio Lula de Souza. (Pausa.) Nobre deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Nobre deputado Tenente Nascimento. (Pausa.)

Nobre deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Nobre deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Nobre deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Nobre deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Nobre deputado Maurici. (Pausa.) Nobre deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Nobre deputado Roberto Morais. (Pausa.) Nobre deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Nobre deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Nobre deputado Conte Lopes, V. Exa. tem o tempo regimental.

 

O SR. CONTE LOPES - PP - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, volto a esta tribuna. A respeito de Erasmo Dias, eu posso dizer o seguinte: até se tem uma ocorrência, aqui, em que um bandido matou um investigador de polícia, o Mineirinho, que trabalhava na Delegacia de Entorpecente, no DEIC.

Durante uma tentativa de prisão, esse homem se enfiou num matagal. Eu cheguei lá uma noite, próximo ao Cemitério do Araçá, e o bandido estava homiziado num matagal.

O pessoal estava esperando o Corpo de Bombeiros para iluminar o matagal. Eu falei com os policiais civis para se afastarem um pouco do local, porque eu ia entrar. Se o cara estivesse ali, a gente poderia pegá-lo.

E foi o que aconteceu. O bandido, apelidado de Carioquinha, acabou trocando tiro comigo, com a minha equipe, e morreu. Na verdade, o tiroteio foi entre mim, Xavier e o bandido.

O Erasmo Dias foi para a ocorrência, ele participou da ocorrência. Ele parou minha viatura quando eu estava socorrendo o bandido, até, para perguntar o que estava acontecendo. E foi ao velório do policial o Erasmo Dias. Então, Erasmo Dias era um homem que comandava nas ruas.

A briga da PUC. Erasmo Dias esteve aqui debatendo com Luiza Erundina, Clara Ant, José Dirceu, José Cicote, Roberto Gouveia e outros. Quando foi atacado por José Dirceu sobre ele ter mandado invadir a PUC, Erasmo Dias falou: “Não, eu não mandei invadir a PUC; eu invadi a PUC”. E veio responder ao processo numa CPI nesta Casa sozinho; não veio ninguém da Tropa de Choque, não veio nenhum soldado, nem cabo, nem sargento.

Ele veio e respondeu, ao contrário de um Carandiru, por exemplo, em que deram ordem para os policiais invadirem, porque era véspera de uma eleição para vereador. Aloysio Nunes era o candidato do Fleury a prefeito. E seria uma grande oportunidade, se morressem os dez bandidos, 12, de fazer uma festa para levantar a bola.

O Aloysio ali naquela ocorrência, mas não com aquela tropa da Rota lá dentro do Carandiru. Entre, entre, vá lá para dentro, depois vê o que faz. E deu no que deu, só que eles entraram para cumprir ordens, ninguém foi lá de livre e espontânea vontade.

Cumpriram ordem, mandaram e eles entraram. Agora, você põe gato e rato na mesma caixa, Maurici, o que que dá? (Inaudível.) Então, deu no que deu. Veja se alguém respondeu alguma coisa. Sobraram, sim, 400 anos para tenente, para soldado, para sargento, e trabalharam comigo na época da Rota ainda. Veja se alguém responde alguma coisa.

Então, essa é a diferença do Erasmo Dias, ele assumia e respondia, ele comandava, realmente. Então, era um exemplo para todos nós, sim. Um exemplo para todos nós. E volto a dizer, cada um chora os seus mortos.

Vejo gente chorando Lamarca, Marighella. Nós choramos os nossos, mas os que nós perdemos nós choramos também, como o tenente Mendes Júnior, jovem oficial morto a golpe de coronhada, depois que se entregou para que a tropa fosse liberada.

Depois foi condenado à morte, foi apenado com a morte, e outros tantos que morreram: delegado da Polícia Civil que foi morto em Copacabana, durante um ataque; cabo Martinez, da Brasilândia; o Kozel, o soldado aqui, estava servindo o Exército. Ele estava servindo, quer dizer, é obrigado a servir, ninguém escolhe. O cara tinha 18 anos e estava trabalhando aqui do lado.

Jogaram uma bomba, os terroristas, e mataram o Kozel Filho. Então, cada um chora os seus mortos, a gente chora os nossos. Agora, achar que Erasmo Dias é torturador, aí é o contrário, sempre foi respeitado aqui por todos os deputados, da direita, do centro, da esquerda. Debateu com todo mundo aqui. Sempre debateu democraticamente. Foi eleito democraticamente, essa é a grande verdade.

Então, fica aí. Alguém quer homenagear o Lamarca, problema da pessoa, assassino, frio, calculista e assaltante. Matou nosso amigo, matou meu amigo. Eu, inclusive, acompanhei a pé o velório, que começou no Batalhão Tobias de Aguiar e foi até o Cemitério do Araçá, onde ele foi enterrado.

E todo mês de maio, ia lá a mãe dele, o pai dele lá chorar, tal, e a gente fazia uma solenidade com o Batalhão. Até agora se faz. Então, é lógico, então nós sentimos as nossas perdas, não resta a menor dúvida.

E a gente acha realmente inversão de valores. Tudo que é nosso, do nosso lado é errado, ninguém defende. Até vejo hoje que parece que uma parte do povo começa a enxergar.

Você tem que defender aqueles que o defendem. É importante isso. Vi também essa CPI aí, pelo amor de Deus, que brincadeira que fazem com as pessoas. E outra, os caras todos cheios de pepino, cheios de processo, pagando moral com o traseiro de fora, e a gente aceita isso.

Pelo amor de Deus, atacando as pessoas, atacando médico, determinando o que um médico vai medicar. Aonde que nós chegamos no Brasil? Então, agora é o jornalista, o cara tem que ligar para o cara da Globo lá, Renata não sei o quê, o outro lá: “Estou doente aqui, que remédio eu tomo? Meu médico me passou isso, eu posso?”

É o jornalista que estipula agora? O hospital aí que trata dos mais idosos, os caras vão lá porque não têm onde pagar mesmo, porque qualquer planinho de saúde aí, que tem aí são seis mil. São seis mil reais, sete mil reais que os caras cobram. Inclusive este idiota aqui, o que eu ganho na PM eu pago de plano de saúde na SulAmérica. É isso aí.

Ainda quando na Câmara Municipal, Maurici, a Câmara pagava. Aqui para deputado não paga nada, pelo contrário, um bate no outro. Aqui não tem direito a mais nada, deputado aqui... Aliás, tem que ter um projeto de lei para o cara entrar aqui (Inaudível.) para aprender. Daqui a pouco vão fazer isso aí, porque aqui é tudo ao contrário, tudo é contra a Assembleia Legislativa.

Aqui o próprio deputado ataca o outro: “Não, vou lá no Ministério Público.” Olhe, eu sou de um tempo, da Constituição de 1988, que o Ministério Público sentou aí, encheu isso aqui pedindo para que a autoridade para tirar da Polícia Civil as (Inaudível.) de investigação. Hoje muda tudo.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Frederico d'Avila.

 

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O SR. CONTE LOPES - PP - O próprio deputado, qualquer coisinha que for contra ele, ele vai à Justiça. Ele se esquece de que ele é um Poder, que aqui deveria funcionar como Poder. A Justiça vem aqui para dar aumento, o Ministério Público vem aqui para pedir aumento. Era assim, se falava em igualdade de condição. Hoje não, hoje, pelo amor de Deus, nem se fala mais nada. Então fica aí...

Agora, ataca até o plano de saúde dos mais idosos, que estão lá porque têm condições de pagar, porque os outros não conseguem pagar. Os caras aumentam todo dia. E salvou muita gente, estão certos a deputada Janaina e outros deputados aqui, salvaram muita gente. Quantos parentes que nós tivemos que foram lá, amigos que foram tratados lá e são pessoas idosas, com parcos recursos. Vão para onde? Vão para a Amil? Vão entrar na Amil? Vá lá.

Não dá para ir todo mundo para o Einstein, não dá. Lá só dá para ir os políticos bons e os políticos da terra do Frederico d'Avila. Todo nordestino vem para o Einstein ou para o Sírio Libanês. Os caras não conseguem fazer um hospital bom lá no Nordeste, Frederico? Ou eles roubam tanto que não conseguem fazer hospital?

Porque esses caras todos de CPI quando vêm se tratar, vêm aqui. Do Norte, do... O cara não consegue fazer um hospital. Eles mandam na política lá há 500 anos e não conseguem ter um hospital de referência, vêm para cá para ser tratado aqui. Deu um problema lá, vem correndo para cá para ser tratado aqui.

E agora querem atacar o hospital que trata os idosos aí, como se estivesse matando idoso. E a advogada do médico, vai o médico lá denunciar. Oras, se eu tiver que denunciar alguma coisa eu vou denunciar, mando o advogado denunciar alguém?

E eles aceitam, tudo bonitinho na CPI, aquela... Brincadeira tudo isso, né? Está louco, eu espero que, realmente, o povo se conscientize de tudo isso, porque é o fim da picada.

Era isso que nós tínhamos para falar, Sr. Presidente. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PSL - Obrigado, deputado Conte Lopes. Dando prosseguimento à lista de oradores do Grande Expediente, chamo agora o deputado Gil Diniz, mas, enquanto o deputado Gil se dirige à tribuna, deputado Conte, eu queria dizer que eu fui denunciado pela Secretaria de Saúde do município de Itapeva. Você esteve comigo lá há alguns anos, porque eu fui lá defender o direito das pessoas de trabalhar.

Porque o governador João Doria colocou o estado naquela fase, nossa região na fase vermelha e eu fui lá ouvir os comerciantes, os profissionais liberais que queriam uma ajuda para abrir o comércio. Eu fui denunciado pelo Ministério Público porque eu fui defender o direito das pessoas de trabalhar.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente, retorno à tribuna no Grande Expediente, solicito, presidente, o envio das notas taquigráficas do meu primeiro discurso, no Pequeno Expediente, aqui para o Escritório Econômico Cultural de Taipei, o Escritório Econômico Cultural de Taiwan em São Paulo. Então solicito o envio das notas taquigráficas dessa primeira fala.

E digo mais, Conte: viva Taiwan. Nós não seremos censurados, não nos dobraremos ao regime do Partido Comunista Chinês. Estarei lá presente, com muito orgulho, com muita honra recebi esse convite. Presidente, seguindo aqui, gostaria de falar também, corroborar com as palavras do Conte, deputado Conte Lopes, deputada Janaina, V. Exa. também aqui falou.

Uma vergonha, Conte, o que está acontecendo na CPI lá em Brasília. Eu espero que não aconteça isso aqui na Assembleia caso abram essa sexta CPI que estão dizendo aí, da Prevent Senior.

A gente sabe que o intuito é destruir a Prevent Senior, uma empresa séria, uma empresa, Conte, que atende idosos, a classe mais vulnerável nesse momento de pandemia, com custo baixo.

Como a deputada Janaina disse aqui, tenho certeza de que já tem gente de olho nesse mercado, de olho nesses clientes. O que o senador Renan Calheiros faz, Omar Aziz, Randolfe Rodrigues, é brincadeira. CPI do circo, uma falta de respeito, principalmente quando estão lá mulheres depondo.

A Dra. Nise Yamaguchi, uma falta de respeito, uma falta de decoro com a doutora. A Dra. Mayra também, que foi lá, foi humilhada, soltaram fotos, Frederico d'Avila, que estavam lá em seu celular, depois divulgaram fotos, expuseram a intimidade da doutora.

Ontem, o Luciano Hang, o dono da Havan, foi lá e deu um baile neles, deu um show neles. Porque, quando você mostra a verdade àquele bando de picareta, àquele bando de mentiroso, passa vergonha.

E minha solidariedade de hoje ao Fakhoury, que também foi lá prestar depoimento. Aquele bando de imbecil senil não tem moral nenhuma para botar o dedo na cara de um trabalhador, de um cidadão de bem, de um homem honesto, tentando humilhá-lo, tentando forçá-lo, dizendo que poderiam prendê-lo.

Então, a minha solidariedade ao Fakhoury. Eu espero que esse circo, com todo o respeito aos profissionais do circo, aos palhaços que nos alegram, mas que aquele circo na CPI da Covid-19 se encerre brevemente. Eu espero que o presidente Carlão Pignatari não siga nessa linha na condução dos trabalhos da Assembleia Legislativa de São Paulo.

Sr. Presidente, também falo desse livro que eu ganhei ontem. “Doze Homens, uma Missão” fala da trajetória dos apóstolos de Cristo. Recebi esse livro do Rodrigo Galdino, meu assessor parlamentar e meu amigo de longa data. Nós fomos vigilantes juntos, lá em 2011, no Shopping Aricanduva.

Hoje ele trabalha na minha assessoria. Baixou ontem no hospital, está com pedras nos rins. Infelizmente, não pôde vir hoje na Assembleia. Mas me presentou com o livro do professor Aramis de Barros, o livro que estou lendo, muito interessante. Convido todos a conhecerem a história dos apóstolos, essa ótica do professor Aramis. E agradeço ao Galdino pelo presente.

Presidente, o senhor falou de um movimento chamado Brasil Livre. É interessante esse movimento. Tem um deputado nesta Casa, o deputado Arthur do Val. Alguém falou, aqui da tribuna, que a mentira tem a perna curta. Mais ou menos, curta como as pernas do Arthur do Val, que mente descaradamente. Pessoal aqui na tribuna, a gente está discutindo o PLC 26.

Ele vem aqui debochar. Ele diz que é só dos maus funcionários públicos. Mas na verdade, a gente sabe que são de todos. Ele fala, acusa, põe o dedo, xinga, tenta humilhá-los.

Ele fala das faltas abonadas, das faltas justificadas. Eu, particularmente, sou contrário. Eu gostaria de que acabassem as faltas abonadas e justificadas. Tenho os meus motivos. O PLC, da maneira que veio, é horrível. É difícil votar favoravelmente.

Principalmente nesse momento, onde a imprensa, que é subsidiada pelo governo de São Paulo, mostra como os deputados que votam com o governo têm os cofres liberados.

As emendas, não aquelas impositivas. Aquelas emendas voluntárias, liberadas. É difícil colocar uma digital para votar com um projeto do governo. Porque daqui a pouco o nosso nome vai estar envolvido em escândalo de corrupção.

Mas eu faço uma pergunta ao deputado Arthur do Val. Nesse período de mandato, ele já abonou falta de funcionário? Deu falta abonada? Faço outra pergunta ao deputado Arthur do Val.

Ele justificou a presença de algum funcionário? “Sim”, a resposta é “sim”. Tem os documentos lá. Inclusive, um assessor dele, que estava pedalando no Chile. No Chile, em julho de 2019. Nós assumimos em março. Na semana do feriado de 9 de julho. O feriado era, salvo engano, na quinta-feira, alguma coisa assim.

Tem uma falta justificada. Tem uma falta abonada. A terceira, que ele tomaria uma falta injustificada, e perderia o feriado, o descanso semanal remunerado, ele deixou o funcionário assinar. Fraudou o livro de ponto. Olhe que coisa. Eu denunciei ele. Ele me desafiou na rede social, e eu o denunciei no Ministério Público. O promotor não entendeu que há crime ali. Eu entendo que há.

Ele abonou as faltas. Ele, que critica tanto, além de abonar e justificar a falta dos seus funcionários, ele ainda deixou o funcionário assinar quando estava no Chile. Eu disse isso várias vezes. Eu repeti isso várias vezes: até hoje ele não devolveu esse valor para os cofres públicos.

Esse funcionário não recebia como um professor. Esse funcionário era o chefe de gabinete dele, que recebia 16 mil reais no cargo, mais a gratificação de chefia de gabinete, mais a GED, a tão, a famosa GED. O salário desse cara dá mais de 20 mil reais, Conte. E fica por isso mesmo.

Esse cidadão sobe aqui, coloca o dedo na cara de todo mundo, aponta para todo mundo. Ele quer ser a virgem no bordel. É um palhaço. Coloque aqui Machado, por gentileza, esse videozinho aqui.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Duas horas e cinquenta e cinco, Liderança do Patriota. O Artur é líder do Patriota nesta Casa. Está fechada. Hoje é quinta-feira, Conte. Hoje é quinta-feira.

Tem dois funcionários. Ele diz que economiza o dinheiro público, Conte. Tem dois funcionários lá. Tem o chefe e tem o assessor. O chefe ganha 20 mil reais. O cara só tem um funcionário para tomar conta. É aquele caso, Frederico, da tartaruga, que você deixa o cara cuidando da tartaruga, e a tartaruga foge e aparece grávida.

É incrível. Quinta-feira, dia útil, a liderança está fechada, Conte. E é desse cara que a gente toma sermão? É esse cara que foi o dedo na cara de deputado, de professor? Tem moral para quê? A lista aqui ele não assinou. Dezesseis horas e seis minutos, e ele não assinou a lista. Sabe o que ele vai fazer? Talvez ele passe aqui à noite, umas seis da tarde, assina ali e rapa fora.

Nem sei se o gabinete dele... Deveria ter ido na porta do gabinete dele, para ver se está fechado também. E é sempre assim. Aí, o que ele fala? “Eu tenho 97% de presença”. É lógico que tem. Desse jeito. Passa o dia fora daqui, chega, corre, assina e vai embora. E a gente vai ficar tomando sermão desse vagabundo até quando?

Vai na Paulista, faz coro lá, xingando a deputada Janaina Paschoal, chama todo mundo aqui de vagabundo, mas vagabundo é ele. Ele não é o deputado mais barato deste Parlamento, é o deputado mais caro. Jogue no Google aí o nome do chefe de gabinete dele, Pedro D’Eyrot.

Dá uma olhadinha nesse cidadão. Conte, eu tenho certeza de que ele nunca abriu o Regimento Interno desta Casa. Talvez ele não saiba nem o caminho da Liderança do Patriota aqui. Ele é dono da banda Bonde do Rolê. Se você jogar no Google, aí, você vai ver uma foto dele fumando maconha, para começar, todo laqueado ali, deve ser do outro lado.

Mas, novamente, me atenho aqui. Eu fiz a denúncia no Ministério Público, Conte, já o representei aqui, no Conselho de Ética desta Casa. A gente precisa falar, meu Deus do Céu, porque esse vagabundo não produz nada para o povo de São Paulo, não faz absolutamente nada, e fica botando o dedo na cara aqui, falando do presidente, deputado Frederico d’Avila.

Falando do nosso trabalho parlamentar aqui, a gente que tenta fazer, minimamente, um trabalho digno, decente, para o nosso povo. E é dessa maneira. Então, convido aqui.

Já o desafiei. Debato aqui ao vivo com ele. Sessão extraordinária. Na ordinária é melhor, dá para aparte, dá para ter o tempo de tréplica. Pequeno Expediente, Grande Expediente, ou em qualquer outro lugar.

É uma vergonha. É uma vergonha o que esse cidadão vem fazendo aqui. E não estou tentando falar em nome dos outros deputados, não. Mas é uma fraude. É uma fraude, Conte, porque esses funcionários que ele tem são os que financiam o gabinete dele.

Já recebi várias denúncias, porque a galera tem medo de ir no Ministério Público denunciar, falar, mas são os que financiam. São os que financiam o gabinete dele e o movimento dele. Tem babaca lá no gabinete dele, lotado lá, que vai ser candidato a deputado na próxima eleição, Fred, que fica o tempo inteiro, na rede social, nos ofendendo aqui.

Está na hora. A gente precisa tomar alguma medida, dessa maneira, pelo menos para expor esse tipo de deputado que não trabalha, que não produz, que não faz absolutamente nada, e, em um dia como este, dia útil como este, aqui, pessoal da assessoria Parlamentar, tem um chefe de gabinete ganhando 20 mil reais na sua liderança, e a liderança está fechada. Confiram lá, se vocês duvidam. Vão lá agora. Vinte mil reais para a liderança ficar fechada, e isso é cotidianamente. Quase todo dia é aquilo ali, se não for todo dia. Tenho dito, presidente.

Muito obrigado.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Presidente, se houver acordo entre as lideranças, levantar a presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PSL - Obrigado, deputado Gil Diniz. Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a presente sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 10 minutos.

 

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