4 DE OUTUBRO DE 2021
41ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA, MAJOR MECCA e GIL DINIZ
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - PAULO LULA FIORILO
Comenta a importância da Comissão de Relações Internacionais,
a qual preside. Esclarece que todas as correspondências são repassadas aos
parlamentares, independente do conteúdo. Lê e comenta o teor da mensagem
enviada a seus pares. Enaltece as prerrogativas dos membros desta Casa.
Valoriza as relações comerciais do Brasil com a China.
3 - PAULO LULA FIORILO
Para comunicação, tece considerações a respeito da
importância do diálogo, em detrimento de suposições.
4 - JANAINA PASCHOAL
Presta solidariedade às vítimas das tempestades de areia no
interior do Estado. Anuncia a organização de uma audiência pública para tratar
do assunto. Pede para que especialistas na área entrem em contato com a
liderança do PSL, cujo telefone informa.
5 - MAJOR MECCA
Assume a Presidência.
6 - CORONEL TELHADA
Exibe fotos de comemoração em homenagem ao término da
Revolução Constitucionalista de 1932. Lamenta o falecimento do policial militar
Gilson Rodrigues Pereira, no interior da Bahia, após ataque de criminosos.
Parabeniza os agentes responsáveis pela prisão de foragido, em Perus. Tece
críticas às saídas temporárias. Afirma-se contrário à instalação de CPI para
investigar a Prevent Senior. Clama por investigação de gastos do governador
João Doria durante a Covid-19. Informa as comemorações do dia. Parabeniza os
municípios aniversariantes. Defende o chamamento de aprovados em concurso
público para a Guarda Municipal do Guarujá.
7 - CARLOS GIANNAZI
Defende a rejeição do PLC 26/21. Lista e critica projetos
aprovados neste Parlamento. Manifesta-se a favor de servidores públicos e de
aposentados e pensionistas.
8 - GIL DINIZ
Repudia pedido de vacinação para acesso a este plenário.
Reafirma posicionamento contrário à instalação de CPI contra a Prevent Senior.
Defende o trabalho da instituição durante a pandemia. Clama por investigação
dos gastos do governo estadual. Parabeniza os organizadores da Marcha pela
Vida, realizada ontem. Comenta a aprovação, nesta Casa, do Dia do Nascituro.
9 - JANAINA PASCHOAL
Para comunicação, retifica o número de telefone de assessora
responsável por organizar audiência pública para debater as tempestades de
areia.
10 - ENIO LULA TATTO
Defende o uso de máscaras no plenário. Exibe reportagem sobre
o pronto-socorro do Hospital Estadual Vila Alpina. Afirma que faltam
especialidades na unidade. Agradece a aprovação de visitas a hospitais
estaduais na Comissão de Saúde e a convocação do secretário da Pasta, Jeancarlo
Gorinchteyn, e diretores de hospitais para audiência pública. Lista hospitais
regionais situados em periferias, cujos prontos-socorros foram fechados.
Critica o Governo do Estado por afetar a população pobre.
11 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
12 - MAJOR MECCA
Exibe e comenta fotos de viatura atingida por disparos de
fuzil, na Av. Morumbi. Comenta o compromisso assumido por policiais militares.
Afirma que a aplicação de blindagem nos para-brisas de viaturas é mais
econômica e eficaz do que a instalação de câmeras nos coletes. Lembra promessas
de campanha do governador João Doria, não cumpridas.
13 - CONTE LOPES
Endossa o discurso do deputado Major Mecca. Critica o
governador João Doria pelo tratamento dado aos policiais militares. Repudia a
instalação de câmeras nos coletes dos profissionais da categoria. Comenta o
texto da PEC 06/20.
14 - RICARDO MELLÃO
Comenta denúncias de funcionários e de usuários do Hospital
Universitário da USP, sobre a falta de médicos anestesistas. Afirma que os
profissionais estão sobrecarregados. Afirma-se autor de requerimento de
informação com questionamentos ao superintendente de Saúde da universidade,
Paulo Francisco Ramos Margarido.
GRANDE EXPEDIENTE
15 - CARLOS GIANNAZI
Pelo art. 82, menciona reconhecimento de
inconstitucionalidade pela Procuradoria Geral da República, de alterações
tributárias impostas aos salários de servidores aposentados e pensionistas.
Critica Rodrigo Maia. Requisita o retorno da isenção do IPVA para pessoas com
deficiência.
16 – MAJOR MECCA
Assume a Presidência.
17 - GIL DINIZ
Menciona realização de sessão solene em Homenagem a Plinio
Corrêa de Oliveira, no dia 01/10. Solicita posicionamento do presidente da
Comissão de Relações Internacionais, Paulo Fiorilo, sobre conflitos entre China
e Taiwan. Mostra solidariedade ao povo de Taiwan. Ressalta a baixa adesão às
manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro, realizadas dia 02 de
setembro.
18 - JANAINA PASCHOAL
Afirma ter protocolado PL 668/21, que pretende suspender o
"passaporte de vacinação". Mostra-se contrária à vacinação
obrigatória. Considera que tal obrigatoriedade configura abuso de poder. Tece
comentários a respeito dos trabalhos da CPI da Covid. Questiona a necessidade
de realização de CPI para fiscalizar os trabalhos da Prevent Senior durante a
pandemia. Alega que as intenções para a instauração desta CPI podem ser
políticas.
19 - JANAINA PASCHOAL
Para comunicação, diz que irá obstruir a instauração da CPI
citada. Discorre a respeito de CPIs que ainda não foram instauradas.
20 - GIL DINIZ
Para comunicação, endossa a fala da deputada Janaina Paschoal
a respeito da CPI.
21 - CONTE LOPES
Exibe imagens de viaturas alvejadas por criminosos com tiros
de fuzis. Discorre sobre sua trajetória na Polícia Militar. Reproduz vídeo de
eleitor exaltando-o por ter resgatado a mãe de criminosos. Menciona assassinato
de família em Itanhaém por criminosos. Mostra-se contrário à utilização de
câmeras por policiais. Denuncia as condições de trabalhos dos agentes de
Segurança Pública.
22 - PRESIDENTE MAJOR MECCA
Endossa a fala do deputado Conte Lopes.
23 - CASTELLO BRANCO
Defende os trabalhos da Prevent Senior. Exibe dados da
empresa citada. Critica os trabalhos da CPI da Covid. Questiona a necessidade
de CPI que pretende fiscalizar a atuação da Prevent Senior. Relata a necessidade
de instalação de outras CPIs. Exibe imagens de manifestação de funcionários
favoráveis à empresa citada.
24 - GIL DINIZ
Para comunicação, concorda com o pronunciamento do deputado
Castello Branco relativo à Prevent Senior. Faz coro às manifestações dos
deputados Major Mecca e Conte Lopes a respeito de ataque a uma viatura da
Polícia Militar. Pede que a Secretaria de Segurança Pública tome providências
para punir os responsáveis pelo ato. Acusa o governo estadual de proteger os
criminosos.
25 - CASTELLO BRANCO
Para comunicação, agradece ao deputado Gil Diniz pelo seu
apoio.
26 - GIL DINIZ
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
27 - PRESIDENTE MAJOR MECCA
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de 05/10, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
- Assume a
Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP -
Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos.
Esta
Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o Expediente
na data de hoje, segunda-feira, dia quatro de outubro de 2021. Iniciamos o
Pequeno Expediente com os seguintes oradores: o primeiro orador é o deputado
Paulo Fiorilo. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O SR. PAULO LULA
FIORILO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
público que nos acompanha pela rede Alesp, assessoria das bancadas, aproveito o
Pequeno Expediente... Sr. Presidente, o senhor só peça para começar o meu
cronômetro aqui porque...
O SR. PRESIDENTE -
CORONEL TELHADA - PP -
Pode ir, deputado.
O SR. PAULO LULA
FIORILO - PT -
Não, é porque... Isso, obrigado. Queria aproveitar o Pequeno Expediente para
dialogar um pouco sobre a comissão que presido, a Comissão de Relações
Internacionais, comissão que foi criada em 2019, fruto de um trabalho realizado
por vários deputados e deputadas aqui nesta Casa que acabou fazendo com que a
Presidência, ainda do deputado Cauê Macris, estabelecesse a constituição da
Comissão de Relações Internacionais, que não existia mais, já tinha existido
anteriormente, mas foi recriada, o que, na minha opinião, tem uma importância
muito grande, porque esta Assembleia recebe representações consulares e de
embaixadas o tempo todo, o que me assusta e me espanta, sempre.
Na
semana passa, aqui desta tribuna, a deputada Janaina Paschoal, ao final do seu
discurso, fez referência a uma correspondência enviada pela cônsul da China,
Dra. Chen Peijie, e disse que este deputado estava intimando ou querendo
intimar os deputados a se manifestarem com relação à questão da China e Taiwan.
Ao final, com sua verve de sempre, diz: “De que lado está este deputado? Qual
país ele defende?”.
Deputada
Janaina, vou aproveitar que a senhora está aqui para esclarecer. Todas as
correspondências que a Comissão de Relações Internacionais recebe e que diz
respeito aos deputados eu vou repassar aos deputados? Por quê? Porque eu não
posso sentar em cima de uma correspondência, eu sou presidente de uma Comissão
de Relações Internacionais. E encaminho ao presidente desta Casa, assim como
encaminhei aos deputados.
Algo
que a deputada Janaina não me perguntou é qual foi a resposta do presidente
para o consulado chinês. Essa é a grande questão, porque aí ela não teria
dúvida de qual posição a Comissão de Relações Internacionais e este presidente
têm.
Eu
vou aproveitar para ler, porque eu acho melhor do que apenas fazer referência.
Diz lá o texto enviado ao Consulado da China:
“Acuso
recebimento de correspondência dessa representação diplomática acerca da
posição de Taiwan e aproveito para informar que a mesma foi encaminhada aos
deputados desta Casa e à Presidência da Alesp”. Aliás, está escrito lá no email
que eu mandei: “para conhecimento”, para conhecimento é para você saber que a
Assembleia recebeu um comunicado.
“Cumpre-me,
ainda, informar-lhe que cada deputado estadual goza de imunidade a respeito de
suas opiniões políticas e que a Alesp não possui uma posição consolidada sobre
esse assunto, razão pela qual cada deputado ou respectiva bancada partidária
possui plena autonomia para uma posição própria, respeitadas a liberdade de
expressão e o princípio da colegialidade próprios do estado democrático de
direito consagrados na Constituição da República Federativa do Brasil.
Assevero,
outrossim, o nosso compromisso com os princípios que regem as relações
internacionais, sobretudo o da não-interferência em questões internas de outros
países e de respeito à soberania dos povos. Aproveito a oportunidade para
externar à V. Exa. os nossos votos de mais alta estima e elevada consideração.”
Por
que eu respondi isso? Aqui, nesta Casa, tem uma deputada casada com uma pessoa
de Taiwan. Que já fez, inclusive, manifestações aqui em favor de Taiwan e que
dialogou com o consulado. A bancada do PSL, a primeira atividade que a bancada
federal fez, foi ir visitar a China, com a bandeira comunista do lado.
Tiraram
fotos, foram com o dinheiro chinês, comunista. O presidente da República, que
tergiversou sobre a China, arregou, porque sabe a importância da China nas
relações comerciais.
Aqui,
este presidente da Comissão de Relações Internacionais, teve a única posição e
postura que deveria ter. Falar da autonomia dos parlamentares. E não podia
deixar de comunicar os parlamentares da correspondência recebida.
Basta
cada deputado e deputada responder ao consulado chinês: “Olha, vocês não podem
interferir nas questões internas”. Perfeito, é da liberdade de cada um.
Agora,
eu queria pedir, deputada, antes de a senhora fazer qualquer tipo de afirmação
que não corresponde com a verdade... Sr. Presidente, para um comunicado, para
eu poder encerrar?
O SR. PAULO LULA
FIORILO - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Que me consulte, é fácil, é simples, a senhora tem o meu...
Hoje não pode WhatsApp, porque está fora do ar, mas me ligue. Eu não tenho
problema. Nós temos divergências homéricas, mas eu jamais deixarei de colocar
qual é minha opinião. Não tem problema.
Disse
isso já da outra vez, quando aconteceu a mesma coisa, para a cônsul da China
quando teve a manifestação de Taiwan aqui, realizada por uma deputada, deputada
Damaris Moura, pela qual tenho o maior respeito.
E
acho que é isso que faz com que a gente possa continuar dialogando com todos os
países, porque a Assembleia Legislativa é uma representação de estado e precisa
continuar dialogando.
E
quando for preciso nós vamos dizer “isso pode, isso não pode”. Aliás, devemos
ter uma reunião de novo com a cônsul e o presidente desta Casa. É das relações
institucionais e que precisam ser mantidas.
Então,
deputada, queria só que a senhora pudesse, depois, se fizer referência a este
presidente da Comissão de Relações Internacionais, observar isso. Porque,
assim, do jeito como a senhora fez na quinta, sem me ouvir, é muito ruim. Eu
perguntaria a senhora: “Deputada Janaina, a senhora fez isso? Não? Tá bom,
entendi”. E pronto, está feito.
Acho
que é isso que ajuda a construir consenso e não a destruir consensos. Essa é a
minha lógica sempre, porque nós estamos atuando em uma área que tem conflitos.
Eu recebi outro dia uma pessoa que tinha uma questão com o Azerbaijão. O que
eu, presidente da Comissão de Relações Internacionais, vou resolver entre o Azerbaijão
e uma cidade aqui do estado? Não é um problema nosso.
Então,
eu tenho o discernimento necessário para poder conduzir a comissão da forma
como tem que ser conduzida, sem nenhuma preferência de A, B, C ou D em que pese
todo o meu respeito à China pelo papel e pela postura que tem adotado.
E
queria pedir, Sr. Presidente, para encerrar, que encaminhe o meu discurso à
cônsul da China, Dra. Chen Peijie.
Muito
obrigado.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP -
Obrigado pelo esclarecimento, deputado. Eu solicito a nossa assessoria que
encaminhe as notas taquigráficas do discurso do deputado Paulo Fiorilo à
senhora cônsul da China.
Próximo
deputado é o deputado Castello Banco. (Pausa.) Deputado Ricardo Mellão.
(Pausa.) Deputado Maurici. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada
Janaina Paschoal. Fará uso da palavra, deputada? Vossa Excelência tem o tempo
regimental.
A SRA. JANAINA PACHOAL
- PSL - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Cumprimento todas as pessoas que nos acompanham, V. Exa., Sr.
Presidente, os deputados presentes na sessão e os funcionários da Casa.
Eu
gostaria, primeiramente, de externar a minha solidariedade, os meus sentimentos
às pessoas que foram vítimas das tempestades de areia no interior de São Paulo.
Quatro pessoas morreram, muitas pessoas perderam seus pertences. Tem
prefeituras que até declararam estado de emergência, até de calamidade.
Muita
gente riu de mim nas redes esse fim de semana, porque eu falei que nós temos
que unir esforços para prevenir, para enfrentar. E as pessoas fizeram muita
piada, algumas por entenderem que, quando um fenômeno é natural, não tem nada
que se possa fazer; outras com ilações de que a culpa é do homem, pelo
desmatamento, ilações de ordem político-partidária. As redes são livres para
ironia, para piadas, para ofensas, até; eu só entendo que elas não sejam livres
para ameaças. Mas as redes são livres.
Entretanto,
é importante que as pessoas compreendam que, seja um evento exclusivamente
natural, seja um evento exclusivamente humano, seja um fenômeno com causas
parcialmente naturais, parcialmente humanas, a meteorologia, a agronomia, as
ciências em geral já estão tão evoluídas que pelo menos estudos para fins de
estabelecer alertas, o mundo já tem condição de fazer. E São Paulo, como o
estado mais rico da Federação, também já tem condição de fazer.
Então,
é engraçado: se a gente cala e finge que não existe um problema no Estado, é
porque nós somos omissos. Se a gente se manifesta propondo um debate, propondo
uma reflexão, é porque não sabe do que está falando, não leu e assim por
diante. Eu prefiro pecar pelo excesso do que pela falta.
Fiz
contato com alguns prefeitos das cidades vítimas. E entendo, sim, que é papel
desta Casa abrir espaço para reflexão, para os estudos, para os debates.
Infelizmente, o deputado estadual ainda é visto como aquele que vai fazer
gestões junto ao Poder Executivo para mandar recursos para as cidades. Só que
esse não é o nosso papel; esse é o papel desvirtuado que se quer conferir ao
deputado estadual.
Eu,
quando ligo para um prefeito, já aviso: “olha, dinheiro eu não tenho; mas tem
apoio, tem raciocínio, tem trabalho conjunto”. Nós estamos enfrentando, há mais
de uma semana, essas tempestades de areia, que têm tido um impacto
significativo, e eu temo que isso cresça, que isso se intensifique.
E
eu não estou vendo nenhum líder preocupado em avaliar esses fenômenos de
maneira, no mínimo, a criar sinais de alerta. A meteorologia já está muito
avançada, no mundo inteiro. Então, nós precisamos, sim, ouvir os profissionais
envolvidos. O colega Telhada está lembrando aqui: a Defesa Civil. Os
estudiosos, as universidades.
Então,
por que eu faço aqui este pronunciamento? Eu peço que quem estiver nos ouvindo
e tiver estudos sobre essas tais tempestades de areia, que eu sei que acontecem
em outros países, eu sei que acontecem em países bem mais ricos do que o Brasil
e que muitos desses países não encontraram solução ainda... Mas se nós nos
conformarmos com o “não”, o que vai nos sobrar?
Muita
gente falou: “é um fenômeno natural; só tem que pedir a Deus”. Eu sou uma
pessoa que pede muito a Deus, eu rezo muito, sempre deixei muito claro esse
lado. Mas nós não podemos entender que deputados estaduais, governadores,
prefeitos possam apenas rezar.
Então,
eu peço àqueles que estejam nos ouvindo que, em querendo participar de uma
audiência pública que eu vou começar a organizar hoje, liguem para a liderança
do PSL e peçam para falar com a assessora Giovana Nogueira.
* * *
-
Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.
* * *
A SRA. JANAINA
PASCHOAL - PSL -
Já conversei hoje cedo com ela; é ela que vai receber os nomes dos
especialistas, os contatos, os currículos. Não importa se é esquerda ou se é
direita; o que interessa é que tenha uma formação, uma experiência nessa seara,
para que a gente possa fazer um debate técnico aqui dentro.
Só
para finalizar, Sr. Presidente, o telefone direto da assessora é: 3886-8049,
para que nós possamos organizar uma audiência pública técnica para tratar
dessas tempestades de areia que estão assolando o estado de São Paulo.
Obrigada,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Muito
obrigado, deputada Janaina Paschoal. Dando sequência aos oradores inscritos no
Pequeno Expediente, deputada Edna Macedo. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz.
(Pausa.) Deputado Coronel Telhada, tem V.Exa. cinco minutos regimentais.
O SR. CORONEL TELHADA
- PP - Obrigado,
presidente. Novamente aqui na tribuna da Assembleia Legislativa, hoje,
segunda-feira, dia 4 de outubro de 2021. Quero começar aqui falando do evento
que tivemos no final de semana, aqui no Obelisco do Ibirapuera, no sábado, onde
nós comemoramos, no dia 2 de outubro, o término da Revolução
Constitucionalista.
Aí
na foto eu estou com os amigos, à esquerda da foto. Ponha a foto na tela, por
favor. Isso. À esquerda da foto está o amigo Fernando Palmieri, que é o
presidente da MMDC, do núcleo lá de Itapira, e à direita da foto, o amigo
Carlos Romanholi, que também é o presidente da Associação de Veteranos aqui de
MMDC de 32.
Então,
parabéns aos amigos pelo evento que foi realizado. Muitas pessoas foram
condecoradas, e esse oficial aqui, esse deputado, foi homenageado com a Medalha
Francisco, Coronel Francisco Vieira.
Muito
obrigado pela deferência, e vamos continuar com os nossos ideais de 1932.
Infelizmente, temos mais uma morte a lamentar de policial militar, aqui no
Brasil. Dessa vez, infelizmente, foi no interior da Bahia. O policial militar
foi baleado por dois homens armados.
Esse
policial militar aí é o Gilson Rodrigues Pereira, que além de policial, era
motociclista, estava de folga no dia, e estava participando, inclusive, de um
passeio motociclístico lá na região de Retirolândia, no povoado de Bela Vista,
no interior da Bahia, quando no domingo foi atacado por esses criminosos, foi
baleado e não resistiu aos ferimentos, e faleceu.
O
policial militar Gilson era do 16º Batalhão da Polícia Militar, lá da Bahia, e
estava na Polícia Militar desde abril de 2008. Portanto, tinha 13 anos de
serviço. Deixou esposa e dois filhos pequenos. Nossos sentimentos à família do
policial militar Gilson Rodrigues Pereira e a todos os colegas da Bahia.
Falando
em ocorrência também, queria citar aqui uma ocorrência simples, mas que a gente
pega todo dia na Polícia Militar, que é a prisão, a recaptura de foragido. Essa
ocorrência foi aqui na região de Perus, na 1ª Companhia do 49º Batalhão, e foi
na estrada Coronel José Gladiador, nº 600, onde foi preso um criminoso aí. Pode
colocar a foto, por favor.
Foi
preso um criminoso, do primeiro nome Jackson. Eu não vou dar o nome dele todo
aqui, eu tenho aqui a qualificação, mas eu não vou dar a qualificação, por quê?
Só para constar, gente, esse aí é um dos foragidos da saidinha. Esse indivíduo
é preso, condenado, ele estava na rua porque a Justiça colocou.
E
a Polícia Militar, novamente, é obrigada a pegar o indivíduo. Dessa vez ele foi
pego aí porque tinha... É foragido, e também havia praticado roubo. Além de ser
um foragido, ele praticou um roubo e foi detido por motoboys que passavam pelo
local.
A
ocorrência foi coordenada aí pelo capitão José Antônio, comandante da 1ª
Companhia do 49, e mais um indivíduo de saidinha que não voltou e que novamente
é recapturado, é preso novamente pela Polícia, e nós temos aí o serviço
refeito, sempre enxugando gelo.
Eu
quero saudar aqui os policiais militares, hoje, em nome da nossa sempre
assessoria, na figura do sargento Ricardo, do cabo Júnior também, e da soldado
Fontoura, que estão aqui sempre conosco. Cumprimentar sempre esses policiais
militares, em nome de quem eu cumprimento a nossa Polícia Militar do Estado de
São Paulo.
Hoje,
dia 4 de outubro, também é Dia do Médico do Trabalho. É um dia que eu quero
aqui lembrar, e trazer aqui à tona esse problema da Prevent Senior, que está
trazendo uma dor de cabeça que eu entendo como... estão querendo usar a Prevent
Senior de boi de piranha.
Eu
sou contra essa CPI, votarei contra essa CPI. Eu respeito a opinião de todos os
colegas aqui, mas a minha opinião é bem contra, porque ela quer mostrar uma
coisa que não existe. Nós tivemos problemas homéricos aqui nessa pandemia,
inclusive do Governo do Estado. Nós estamos tentando entrar aí com uma CPI do
Covidão, e os deputados não assinam essa CPI, eu não sei por quê, porque nós
iríamos investigar realmente os gastos do Governo do Estado, e no entanto, esta
Casa não tem interesse em investigar o governador.
É
muito interessante, milhões e milhões foram gastos na pandemia, e esta Casa não
se preocupa. Agora quer fazer “mise en scène” em cima da Prevent Senior, como
se a Prevent Senior fosse a culpada pelos problemas da pandemia. Sou frontalmente
contrário a isso.
Então
hoje é Dia do Médico do Trabalho e também é Dia do Agente Comunitário de Saúde,
dia quatro de outubro. Eu mando um abraço a todos os amigos agentes
comunitários de Saúde e, também, médicos do trabalho.
Fechando
aqui, Sr. Presidente, quero cumprimentar os municípios aniversariantes. No dia
dois de outubro foi o município de Cruzeiro. Um abraço a todos os amigos e
amigas da cidade de Cruzeiro. Gente, põe na tela, por favor. A gente traz
aqui... Isso, agora sim. É uma dificuldade conseguir colocar na tela as coisas
aqui. Por favor, colabore com quem está falando aqui, senão fica difícil.
Sábado,
dia dois de outubro, foi o dia de Cruzeiro. No dia três de outubro, foi o dia
dos municípios de Rubineia e Magda. E hoje, dia quatro de outubro, é o
aniversário do município de Rinópolis. Um abraço a todos os amigos e amigas.
Para
fechar, eu recebi aqui um e-mail do pessoal lá do Guarujá, que estão aguardando
o chamamento para a Guarda Municipal. São 120 aprovados em uma lista de espera,
cadastro reserva, aguardando a convocação. O edital possui um cadastro de
reserva de 100 guardas e 20 vagas diretas. Ou seja, há previsão desse cadastro
de reserva, Srs. Deputados.
Então
eu solicito aqui que o prefeito de Guarujá faça a convocação desses guardas,
para que eles possam, desses aprovados, para que eles possam apoiar, fazer o
curso de Guarda Municipal e valorizar o trabalho da Guarda no Guarujá, que eu
sei que tem necessidade ali.
O
prefeito está alegando a Lei 173, do governo federal, para não chamar esse
pessoal, mas nós sabemos que outros campos já foram chamados, outros cargos já
foram chamados. Não há por que não convocar esses homens e mulheres que já
foram aqui aprovados no concurso para Guarda Municipal de Guarujá.
Muito
obrigado, Sr. Presidente. Eu solicito que, com relação à Guarda Municipal de
Guarujá, as minhas palavras, ou seja, as notas taquigráficas do meu discurso
sejam encaminhadas ao Sr. Prefeito de Guarujá, solicitando a convocação desses
aprovados no concurso, dos remanescentes no concurso de Guarda Municipal.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL -
Muito obrigado, deputado Coronel Telhada. A Mesa providenciará o feito. Dando
sequência aos oradores inscritos, deputado Carlos Giannazi. Tem V. Exa. cinco
minutos regimentais.
O SR. CARLOS GIANNAZI
- PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas e
telespectador da TV Assembleia, gostaria de fazer um apelo a V. Exas. para que
amanhã, dia cinco de outubro, nós possamos rejeitar veementemente o PLC nº 26,
o Projeto de lei Complementar nº 26, que ataca de forma sádica, de forma
perversa, os direitos e a dignidade de todos os servidores e servidoras do
nosso Estado.
Sr.
Presidente, é um dos piores projetos já encaminhados pelo PSDB à Assembleia
Legislativa. Eu tenho dito que, não contente com os projetos anteriores, que
constituem essa política de ódio do PSDB contra os trabalhadores e
trabalhadoras dos serviços públicos do nosso Estado como, por exemplo, a lei
dos precatórios, que diminuiu o valor para os servidores, a reforma da
Previdência, que confiscou direitos previdenciários, dos servidores da ativa,
dos aposentados e dos pensionistas, o PL 529, que talvez tenha sido a primeira
reforma administrativa, que também prejudicou os serviços públicos e os
servidores de vários setores, inclusive impondo demissões em vários setores do
funcionalismo público.
E
agora vem o PL 526. Parece que é o tiro de misericórdia, o que faltava para
prejudicar ainda mais os servidores.
O
projeto é extremamente perverso. Porque ele ataca, por exemplo, o abono de
permanência. Acaba com a pecúnia da licença-prêmio. Coloca em xeque, e eu diria
que ataca também, o próprio direito de greve dos servidores, que é um direito
garantido pela Constituição Federal.
Ataca
os concursos públicos porque precariza, aumenta ainda mais as contratações
temporárias. Abre um espaço enorme para que haja contratação temporária na
máquina do Estado, em prejuízo da abertura de novos concursos públicos.
Ou
seja, o PLC já se antecipa à PEC 32, do Bolsonaro, que vai na mesma linha. Tem
a questão, ainda, do fim das faltas abonadas, da diminuição das faltas
injustificadas, para facilitar as demissões e as exonerações dos cargos. E mais
ainda, que também nos preocupa bastante, é essa farsa da política de
bonificação generalizada, que agora será implantada em praticamente todas as
secretarias.
Aí
nós teremos, com certeza, o esvaziamento ou a neutralização dos reajustes
salariais e, sobretudo, da reposição das perdas inflacionárias. Se a lei
estadual, que foi aprovada neste plenário, em 2006, não é respeitada, que
obriga o Estado, no mês de março, a fazer a reposição das perdas
inflacionárias, como também determina o Art. 37 da Constituição Federal, agora,
com esse PLC 26, os servidores não terão mais reajuste.
Porque
tudo será justificado a partir da bonificação, que não é incorporada ao salário
do servidor, da servidora. E aí não vale para quinquênio, para sexta parte,
para evolução, para progressão na carreira.
E,
sobretudo, coloca em curso um novo confisco, na verdade, para os aposentados e
pensionistas. É um golpe dentro do golpe. Porque, se os aposentados e
pensionistas já foram golpeados pela Reforma da Previdência e pelo Decreto nº
65.021, agora tem um outro golpe, que é esse golpe da bonificação.
Porque
acaba a paridade, na verdade. Porque o bônus não incorpora no salário e não é
estendido aos aposentados e pensionistas. Então é um golpe duplo contra os
nossos aposentados e pensionistas que estão na luta, exatamente, para derrubar
o confisco. O nosso PDL é um instrumento importante da Assembleia Legislativa
para que haja a derrubada desse confisco.
Nesse
sentido, nós pedimos o apoio de todos os deputados e deputadas, para que o
projeto... Amanhã, me parece que ele entra em votação, a partir das 19 horas.
Ainda cabe encaminhamento. Infelizmente, já acabou o processo de discussão.
Estranhamente, mais de 20 deputados e deputadas se inscreveram contra o
projeto.
Não
teve nenhum deputado, da base do Governo, defendendo esse projeto na tribuna.
Teve um deputado que foi terceirizado pelo líder do Governo. Nem o líder do
Governo teve coragem de vir defender o PLC 26.
Agora
só cabem os encaminhamentos das bancadas. Esses encaminhamentos serão feitos
amanhã, em tese, a partir das 19 horas. Nós teremos manifestações. As pessoas
estarão na frente da Assembleia Legislativa, acompanhando e dizendo “não” ao
PLC 26.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
MAJOR MECCA - PSL - Muito obrigado, Sr.
Deputado Carlos Giannazi. Na sequência dos oradores inscritos, deputado Tenente
Nascimento. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem cinco minutos
regimentais.
O SR. GIL DINIZ - SEM
PARTIDO - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde,
presidente. Boa tarde aos deputados presentes no Pequeno Expediente.
Deputado
Enio Tatto já chora. Estou a cinco metros ou seis metros de distância dele. Já
quer que eu coloque a máscara. Vossa Excelência está vacinado? Então está
imunizado. Está imunizado?
Acho
que sim, né? Presidente, sigo na minha fala. Não, deputado V. Exa. não está
imunizado. O senhor acha que está imunizado. Somos contra o passaporte
sanitário. Não somos contra a vacinação. Mas fazemos aqui o distanciamento
social.
Vejam
só, um plenário desse tamanho. O pessoal obrigando, por exemplo, os deputados
agora a entrarem aqui no plenário com passaporte sanitário.
Vejam vocês onde que a
gente vai chegar. É verdade. Muitos aqui acho que não vão ter dificuldade. Nem
aparecem aqui geralmente, deputada Janaina Paschoal, no Pequeno Expediente, no Grande Expediente, mas, candidatos a
ditadores que são, querem nos obrigar a esse fetiche que é agora o passaporte
sanitário.
Já me posicionei
contrário aqui, como me posicionei contrário, presidente, à CPI da Prevent
Senior. Espero que esta Casa não cometa essa loucura que os senadores em
Brasília estão cometendo.
Mas se, porventura,
abrirem aqui, a gente vai investigar, mas não voltar aí os canhões a uma
empresa séria, que fez e faz o combate à Covid-19. A gente vai investigar, sim,
esse governo de São
Paulo, que tem mais de
dezenas de denúncias de desvios de recursos aí em meio a essa pandemia.
Mas, presidente, subi
aqui a esta tribuna, uso aqui esta tribuna neste Pequeno Expediente para dar
parabéns aos organizadores da Marcha pela Vida, realizada ontem. Saímos ali do
Pátio do Colégio, seguimos a Praça da Sé, onde tivemos uma missa celebrada por
Dom Odilo Pedro Scherer, cardeal arcebispo de São Paulo,
Dom Carlos Lema Garcia também participou, concelebrou.
Então, agradeço aí os grupos pró-vida que
participaram, em nome da coordenadora, a Helaine, e todos os outros. Nós
precisamos, presidente, defender a vida, desde a sua concepção, até a sua morte
natural. E foi um grito aí que a sociedade, o povo simples, humilde, que saiu
em um domingo para defender a vida, principalmente a vida desses seres, que não
podem se defender.
Vejam
vocês, hoje, mulheres, homens, grupos organizados defendendo aí o aborto até as
doze semanas. Isso já está lá no STF. Há países que já estão discutindo aborto
até os nove meses, e há outros países que discutem o aborto pós-parto. Vejam
vocês, o assassinato de vidas humanas.
Esse
monstro, que é a cultura da morte, é insaciável, ele nunca está satisfeito, e
nós precisamos defender a vida dessas criaturas divinas, que é esse ser humano
em formação no útero materno. Então, fico feliz de ter participado. Sou
presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Vida aqui nesta Assembleia Legislativa.
Vamos
fazer uma celebração aqui na Alesp, na sexta-feira à noite, ou no sábado pela
manhã. Ainda estamos decidindo quando será, e, novamente, presidente, deixo
registrado desta tribuna o meu compromisso com esses homens, com essas mulheres
de bem, mas, principalmente, com essas vidas em formação no útero materno, que
estão por nascer.
Aprovamos
aqui na Assembleia de São Paulo o Dia no Nascituro, dia oito de
outubro, e aguardamos, aí, a sanção do governador
João Doria. Esperamos, aí, que ele sancione esse projeto, para que entre
no Calendário Oficial do Estado de São Paulo o Dia do Nascituro. A esperança
desse ser humano que está por nascer.
Presidente,
no mais, agradeço a oportunidade. Que nós possamos defender aqui todas as
vidas, as vidas dessas mulheres e dessas crianças. Sim à vida, e não ao aborto,
Sr. Presidente.
Muito
obrigado.
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Muito
obrigado, deputado Gil Diniz. Dando sequência aos oradores inscritos, chamo o
deputado Douglas
Garcia. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas.
(Pausa.) Deputado Coronel
Nishikawa. (Pausa.) Deputado Enio Tatto.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL –
PARA COMUNICAÇÃO - Vossa Excelência me concede uma comunicação, muito rápido?
É só para
corrigir. Eu passei o número do telefone da liderança. Na verdade, passei o
número interno aqui na Casa. Então, o telefone para falar com a assessora
Giovana é 3886-6767. A Giovana é que está incumbida de organizar uma audiência
pública para debater essas tempestades de areia no estado de São Paulo:
3886-6767.
Obrigada, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL -
Muito obrigado, deputada Janaina. Tem V. Exa. a palavra, deputado Enio Tatto.
O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas e
público que nos assiste. Deputado Gil Diniz, creio que V. Exa. deveria colocar
máscara. O presidente da Assembleia Legislativa deveria pedir para você
coloca-la, porque está aqui num ambiente que teve determinação da Casa para que
se usasse máscara.
Quanto à sua pergunta, se você não aprecia a sua vida, eu creio que os
demais não têm que pagar por Vossa Excelência não usar o equipamento de
proteção. Portanto, eu gostaria que V. Exa. usasse a máscara.
O deputado Gil Diniz está presidindo esta sessão. É um mau exemplo para
o estado de São Paulo, para o Brasil e para todo mundo que está nos assistindo.
Eu estou aqui no microfone para falar e estou usando a máscara, então eu
gostaria de que V. Exa. usasse a máscara, sim.
Sr. Presidente, eu queria falar sobre a questão da Saúde. Hoje, teve uma
reportagem, também apresentada pela TV Globo, que eu gostaria que soltasse aí e
depois eu faço o comentário em cima do que eu propus aqui na Assembleia
Legislativa.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
É isso. Eu venho falando sobre esse problema sério, gravíssimo, que é o
fechamento dos prontos-socorros de alguns hospitais regionais do Estado, desde
o início do ano, quando ocorreram esses fatos.
No último dia 31/08, foram aprovados dois requerimentos de minha autoria
na Comissão de Saúde, pelos quais agradeço à presidenta Patricia Bezerra e a
todos os membros, que são: uma visita a dois hospitais na Zona Sul da Capital,
o Hospital da Pedreira e Hospital do Grajaú, lá na minha região.
E outro requerimento é pedido de uma audiência pública para a gente
trazer os secretários, os diretores dos hospitais, principalmente os gestores
de saúde de todos os hospitais, e os movimentos sociais, para que possamos
debater esse assunto.
É um sofrimento enorme para a população que não consegue ser atendida -
eu gostaria de uma comunicação, deputado Gil, só para completar.
E eu vou ler os hospitais dos quais eu e o deputado Maurici pedimos
audiência pública para tratar o assunto: Hospital Geral do Grajaú, município de
São Paulo; Hospital Geral da Pedreira, município de São Paulo; Hospital Geral
Santa Marcelina, unidade do Itaim Paulista, no município de São Paulo; Hospital
Estadual da Vila Alpina, no município de São Paulo; Hospital Estadual de Franco
da Rocha, no município de Franco da Rocha; e Hospital Geral de Itapecerica da
Serra, o HGIS, no município do mesmo nome.
Vocês percebem que são hospitais regionais, deputada Janaina,
localizados na periferia O que um governador de estado ou um secretário de
estado tem na cabeça de fechar os prontos-socorros de hospitais na periferia,
onde a população necessita quase de 100% do Estado? E eles escolheram
justamente esses locais para fechar. São muitos absurdos.
Por exemplo, o Hospital Geral de Itapecerica da Serra, o HGIS, não é só
Itapecerica da Serra que atende, deputado Mecca. São cinco municípios: Embu-Guaçu,
Itapecerica da Serra, São Lourenço, Juquitiba e Embu das Artes. É o único da
região, e eles fecham o pronto-socorro.
Quanto ao Hospital Geral do Grajaú, que eu tenho falado muito aqui, lá
coincidiu que fecharam ao mesmo tempo também o pronto-socorro municipal do
Maria Antonieta, que é um hospital grande que atende muita gente - o deputado
Giannazi sabe muito bem.
Aí o secretário
municipal de Saúde, Edson Aparecido, falou: “É só para uma reforma, vai ser
construída uma UPA”. É verdade, está sendo construída. Mas ele prometeu em três
meses entregar a UPA e reabrir o pronto-socorro do Maria Antonieta. Passaram-se
os três meses, no último dia 16 de setembro, e a previsão é que vai demorar
ainda dois meses ou mais.
E a população fica sem dois prontos-socorros enormes à distância de três
quilômetros. Então, essa visita dia 18 ao Hospital da Pedreira e do Grajaú é
para a Comissão de Saúde verificar, para poder dialogar. E em seguida, dia 20,
realizamos a audiência pública.
Nós pedidos aqui, na época era on-line, mas agora é possível fazer
híbrida, com presencial e também on-line, e, obviamente, com a presença do
secretário estadual da Saúde para tratar do assunto. Isto porque, como foi
relatado pela reportagem da TV Globo, é pouco diante de tudo que a população
sofre com a necessidade de ser tratada nesses prontos-socorros dos hospitais
estaduais.
Por quê? Superlotam os hospitais municipais que estão no entorno e que
já tinham problemas de falta de médico, de enfermeiro, de atendimento. E agora
fecharam os estaduais, então o problema dos municipais duplicou,
triplicou.
Então, espero contar com o apoio de todos os deputados, e que a gente
faça uma audiência pública e sensibilize o governo do estado de São Paulo e o
secretário estadual do estado de São Paulo para reabrir esses
prontos-socorros.
É isso, Sr. Presidente.
*
* *
- Assume a
Presidência o Sr. Gil Diniz.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado,
deputado Enio Tatto. Com a palavra, o nobre deputado Major Mecca. Vossa
Excelência tem o tempo regimental.
O SR. MAJOR MECCA -
PSL - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todos os funcionários que nos
dão suporte e todos vocês que nos acompanham pela Rede Alesp e pelas redes
sociais.
Nesse
final de semana, mais especificamente na data de ontem, dia 3 de outubro, às 8:30
da manhã, uma radiopatrulha do 16º Batalhão, viatura 16216, com cabo Wagner e o
soldado Nunes.
Foram
fazer uma abordagem a um veículo suspeito na Av. Morumbi. Esses policiais foram
agredidos a tiros de fuzil, fuzil 556 e pistola .40, e o veículo se evadiu do
local.
Acredito
que a maioria dos senhores acompanharam as imagens dessa ocorrência registrada
através de câmeras de segurança. Os policiais sobreviveram pelas mãos de Deus e
pelo raciocínio rápido do cabo Wagner e do soldado Nunes.
O
impressionante é que não é exceção no estado de São Paulo esse tipo de
ocorrência. Na semana passada, eu conversava com policiais na zona sul de São
Paulo. Em um mesmo dia, houve três ocorrências em que criminosos, em tentativas
de abordagem, efetuaram disparos contra a rádio patrulha.
Eu
quero chamar a atenção dos Srs. Deputados e do Governo do Estado de São Paulo,
do Sr. Governador, que os soldados da Polícia Militar, todos os dias, eles
fazem um compromisso que, inclusive, consta no rodapé dos documentos da Polícia
Militar: “Nós, policiais militares, estamos compromissados com a defesa da
vida, da integridade física e com a dignidade da pessoa humana”.
Aí
eu pergunto, Sr. João Agripino Doria, secretário de Segurança Pública,
comandante-geral da Polícia Militar: quem está compromissado com a defesa da
vida do patrulheiro? Quem está compromissado com a defesa da vida desses homens
e mulheres?
Nós
acompanhamos, no mês passado, agora em setembro, mais um contrato de cinco
milhões e meio, um contrato de comodato para câmeras, “body cams”, para colocar
no peito do polícia. O governo... Mais 125 milhões para contrato de
publicidade.
Ora,
eu fiz um levantamento na data de hoje para instalar o para-brisa blindado nas
viaturas da Polícia Militar. Sai, em média, dois mil reais por viatura. Dois
mil reais. Olha só: em cinco meses com esse contrato das “body cams” ... Porque
a prioridade é fazer marketing, não é defender a vida do policial.
Em
um mês de pagamento desse contrato dessas câmeras daria para blindar o
para-brisa de 3.500 viaturas. Daria para adquirir 650 fuzis por mês, para que a
promessa de campanha, para que o compromisso de governo do Sr. João Agripino
Doria fosse cumprido.
Agripino
Doria, seu mentiroso, seu farsante! Estamos falando de vidas. Você viu a
ocorrência ao lado do Palácio onde você mora. Na verdade, não é onde você mora,
porque você enganou todo mundo. Você soltou uma nota de que estava se mudando
para o Palácio só para enganar todo mundo.
Está
lá, olha. Está na tela, por favor. Olha os tiros no para-brisa da viatura
16216, os tiros agrupados de fuzil 556. Cadê a sua promessa de viaturas
blindadas? Cadê a sua promessa de fuzis nas viaturas?
E
tem os estudiosos, os coronéis almofadinhas que viveram a vida inteira com a
bunda colada na cadeira do gabinete e falam que em São Paulo o patrulheiro não
precisa de fuzil.
Senta
no banco da rádio patrulha, vai patrulhar e vai abordar um veículo e tomar tiro
de fuzil para você ver se com uma .40 dá para fazer frente. Os senhores brincam
com a vida dos policiais no estado de São Paulo. Isso é crime contra a
humanidade.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM
PARTIDO - Obrigado, nobre deputado Major Mecca. Convido a fazer uso da tribuna
o nobre deputado Conte Lopes.
O SR. CONTE LOPES - PP
- Sr.
Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, seguindo aqui as colocações do
Major Mecca, realmente, quando a gente vê esses tiros de fuzis demonstra como
os bandidos estão à vontade em São Paulo.
Pode
colocar para a gente, faz favor. Posso usar a sua imagem? Isso aí diz tudo, não
é? A imagem de uma viatura da Polícia Militar furada a bala por tiros de fuzil.
Hoje o bandido está caçando a Polícia, não é? Conseguiu, João Doria. Parabéns,
você conseguiu.
E
todos vocês, como falou o próprio Major Mecca, que nunca sentaram em uma
viatura, nunca atenderam uma ocorrência e pagam moral de patrulheiro.
E
agora está muito fácil, não é? Eu comando através de filmagem. O policial está
lá morrendo e eu estou filmando aqui, para mim está bom, estou vendo tudo, se está
certo ou errado.
E
queria falar que a situação, realmente, está boa para os bandidos, não é? Os
bandidos estão à vontade. Como diz João Doria né? Bandido é cidadão, ele merece
um chuveiro de água quente. Gaste o que gastar, mas eles são cidadãos. Não é
cidadão não, Doria. Cidadão é aquele que vota e tem o direito de votar. Bandido
é bandido.
Agora
o que os bandidos estão fazendo... Enquanto a polícia está encurralada,
enquanto o policial está andando com uma máquina de filmadora no peito, os
bandidos estão matando todo mundo, inclusive mulheres. Fala-se tanto em
feminicídio e tal, o que os bandidos estão matando de mulher, matar por matar.
Vou
falar uma coisinha simples aqui, porque para bom entendedor poucas palavras
bastam. Major Mecca, bandido só entende duas coisas, cacete e bala. Não entende
mais nada. O resto é papo. Falam “condenou”. Pode condenar a cem anos, na
primeira saidinha ele vai embora, sai e some. O outro não, o outro ele entende.
E
o que estão fazendo os bandidos? Estão matando à vontade o povo de São Paulo.
Em Itanhaém bandidos invadiram uma casa onde havia uma mãe, duas filhas e um
pedreiro.
Mataram
o pedreiro, mataram a menina de 17 anos, balearam a irmã dela e balearam a mãe,
as duas estão no hospital. Sábado, em Itanhaém também, bandidos foram assaltar
uma turista, uma mulher de 41 anos, sozinha no carro. Encheram a mulher de
bala, mataram a mulher também.
Aqui,
em Pirituba, uma dentista, que fora assaltada há um mês atrás, foi atacada na
porta da casa dela por quatro, cinco bandidos. E foi assassinada também. Está
vendo, João Doria?
Essa
câmera é muito boa. Muito boa para o policial - queira ou não, podem gostar do
que eu vou falar ou não - se omitir, porque, na verdade, no Brasil, o policial
não leva vantagem nenhuma.
Em
seu julgamento ele só se ferra, ele nunca é reconhecido pelo Ministério
Público, pelo Poder Judiciário. Pelo contrário. A palavra do policial, nossa
palavra, sempre é considerada mentirosa. Você vai ter que provar a verdade.
Falo
com conhecimento de causa. Respondi por 22 anos ao processo em que um cara
matou um tenente da Polícia Militar, baleou um investigador de polícia, o
Roberto, matou o tenente Paulo Raggio, baleou o Celso Vendramini, soldado da
Rota, hoje um grande advogado, baleou o coronel Gilson Lopes. E ele gritando,
já falei aqui: “vou matar 10 da Rota, depois eu posso morrer”. Acertei o cara;
respondi um processo por 22 longos anos.
E
fui julgado pelo pleno do Tribunal de Justiça, acreditam? Vinte e cinco
desembargadores me julgando. Então, essa é a situação do policial. E o que
fizeram Doria e alguns coronéis? Metem uma filmadora no peito do policial e
falam para ele: “olha, está aí no seu peito, você está sendo filmando.
Você
vai se salvar do quê? Como é que você vai escapar? Se eu pegar você filmando
quando você atira, mas não conseguir pegar o bandido atirando em você, o
promotor público vai mostrar você atirando no bandido, e ele baleado lá. E
acabou. E você se vira depois. Se o outro bandido sumiu com a arma dele, levou
a arma, não sei o quê...”
É
daí para frente. Então, realmente, Doria, parabéns. Você que falou: “comigo,
bandido é no cemitério.” Era macho pra caramba. Alguns achavam que você era
macho pra caramba mesmo, né.
Agora,
o fim da picada é os bandidos estarem à vontade, e o policial realmente pode
tomar tiro de fuzil e não pode atirar, porque se atirar, vai ficar a imagem
dele atirando, e ele vai parar na cadeia, porque não tem advogado, como o Doria
prometeu que ia dar. Ele vai ter que pagar do bolso dele.
E
aqui na polícia é assim: você vai recolhido primeiro e prova sua inocência
depois. E só para terminar, tem um projeto que está rodando aqui, uma PEC, todo
mundo fala, a 06, que é do deputado Campos Machado e alguns deputados. Essa PEC
06 fala sobre o policial voltar à atividade.
Eu
aprovei esse projeto; está na Constituição de São Paulo, no Art. 138, parágrafo
3o. Eu aprovei em 88, faz 500 anos já. Eu aprovei isso, está lá: se
o policial for absolvido, ele tem que retornar para a atividade.
Só
que a polícia e o governo não aceitam. “Ah não, foi por falta de prova”.
Inventam um negócio, e o cara não volta nunca. Então, está aí. Parabéns, Doria.
Bandido está matando à vontade. Mulheres... E o policial travado, sem poder
trabalhar.
O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO -
Muito obrigado, nobre deputado Conte Lopes. Seguindo a lista de oradores
inscritos, convido a fazer uso da tribuna o nobre deputado Ricardo Mellão.
O SR. RICARDO MELLÃO -
NOVO - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Srs. Deputados presentes, demais
funcionários e servidores aqui desta Casa, eu gostaria de trazer aqui uma
reclamação que chegou a mim, de funcionários e usuários do Hospital
Universitário da USP, que fica ali no Butantã. A informação que chegou até o
meu gabinete é que estariam faltando médicos anestesistas na unidade local.
Não
teríamos médicos anestesistas o suficiente para dar conta da demanda de
pacientes que precisam ter anestesia para realizar cirurgias, procedimentos
médicos, enfim. Isso é uma situação de alta periculosidade, porque nós sabemos
da responsabilidade que tem um anestesista; inclusive, ele pode responder por
isso caso cometa algum erro.
E
se realmente está ocorrendo isso, isso vai sobrecarregar... Pelos relatos que
me foram passados, há uma exigência muito grande, ali, da própria
superintendência e dos superiores que cuidam desse hospital, para que os que
estão ali, que mal conseguem dar conta, pelos relatos que me foram trazidos, da
demanda de pacientes... Ainda estão sobrecarregados, sendo exigida deles uma
rotina intensa, uma rotina pesada.
E
isso pode prejudicar, e muito, não apenas a saúde dos médicos anestesistas,
como também aumentar o risco de uma exposição a erro do próprio paciente,
usuário do Hospital do Butantan.
Então,
eu queria pedir aqui ao superintendente do hospital, o Sr. Paulo Francisco
Ramos Margarido, eu já encaminhei, já fiz, hoje, um requerimento de
informações. Aproveito para fazer uso da tribuna para reforçar esse
requerimento com alguns questionamentos a respeito dessa denúncia, que chegou
até o nosso gabinete, para que o senhor possa responder e dar o devido
tratamento aí para as informações que foram trazidas.
Mas
eu já gostaria de aproveitar este espaço, até para tornar pública essa
situação, e já deixar aqui algumas perguntas que eu gostaria que ele
respondesse, para que a gente pudesse entender melhor qual é a real situação
daquele hospital e dessa falta de anestesistas para dar conta da demanda de
pacientes.
Então,
pergunto aqui, gostaria de saber quantos profissionais médicos anestesistas
atuam atualmente no Hospital Universitário da USP. Eu gostaria de saber também
se esse número é suficiente, deixo aqui a pergunta. Gostaria de saber também se
o número de médicos anestesiologistas que atuam no Hospital Universitário da
USP está de acordo com o que é recomendado pela Sociedade Brasileira de
Anestesiologia e pelo Cremesp.
Pergunto
se existe um plano de trabalho para esses médicos, para esses profissionais que
atuam no Hospital Universitário da USP, se existe algum contrato de prestação
de serviços para tal necessidade, e também se existe alguma intenção de
contratação a fim de sanar tal problema.
Então,
deixo aqui, Sr. Paulo Francisco Ramos Margarido, peço, com toda gentileza,
dentro da minha função como deputado estadual, de levar as demandas da
sociedade que chegam até nós às autoridades públicas, para que eles se atentem
aos problemas e possam adotar as medidas cabíveis.
Então,
como me chegou essa informação, eu gostaria de que o Sr. Paulo, estou aberto
também, se for possível para uma audiência, para uma reunião, para uma
conversa, gostaria de entender melhor essa situação, e me colocar à disposição
para a gente poder resolver esse problema, não só para os profissionais que
estão ali, que se sentem sobrecarregados com essa falta, mas como também para
que não exponhamos a população a eventuais riscos de possíveis erros médicos
por essa sobrecarga em uma função extremamente importante e de extrema
responsabilidade dentro de um procedimento médico de uma cirurgia, que é a
função do profissional de anestesiologia.
Então,
queria agradecer essa oportunidade, e pedir, presidente, que encaminhe as notas
taquigráficas do discurso para o Sr. Paulo Francisco Ramos Margarido, que é o
superintendente do Hospital Universitário da USP, que fica ali no Butantan.
Muito
obrigado.
O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente,
vamos passar ao Grande Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
*
* *
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela
ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Sim.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Poderia
utilizar a tribuna pelo Art. 82?
O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - É
regimental. Vossa Excelência tem o tempo regimental. Só dando início aqui à
lista dos oradores do Grande Expediente. Mas V.Exa. tem o tempo regimental,
deputado Giannazi.
O SR. CARLOS GIANNAZI
- PSOL - PELO
ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, eu queria, na verdade,
aqui dividir uma boa notícia para a nossa luta contra o confisco dos
aposentados e pensionistas.
Na
semana passada, o procurador-geral da República, o Aras, emitiu um parecer, ele
foi consultado, a Procuradoria Geral foi consultada sobre Adins que estão sendo
debatidas no Supremo Tribunal Federal. São dez Adins questionando a reforma da
Previdência, a Emenda Constitucional nº 103, de 2019, a reforma do Bolsonaro
que, na verdade, abriu espaço para o confisco dos aposentados e pensionistas
que ganham abaixo do teto do INSS, porque até então, pela Emenda 41, que foi
aprovada em 2003, só eram taxados os servidores que ganhavam acima do teto do
INSS, ou seja, acima de 6.400 reais.
* * *
-
Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.
* * *
O SR. CARLOS GIANNAZI
- PSOL - Acontece
que essa reforma da Previdência do governo federal, do governo Bolsonaro, foi
aprovada e foi coordenada na Câmara dos Deputados pelo Rodrigo Maia.
Estava
até falando agora com o deputado Castello Branco, que agora o Rodrigo Maia, aquele
que coordenou todas as reformas contra o povo brasileiro, agora é secretário do
Doria aqui em São Paulo, deputado Castello Branco. Olhe que absurdo.
Ele
é deputado federal do Rio de Janeiro, veio para São Paulo, para continuar o
trabalho sujo das privatizações. E falou que vai privatizar, o objetivo dele é
privatizar a Sabesp, e continuar os ataques aos servidores.
Enfim,
o fato é que a PGR emitiu um parecer dizendo, olhem só, o que nós já estávamos
dizendo aqui, deputado Mecca, que o confisco é inconstitucional. Ele questiona
o aumento da base de contribuição dos aposentados e pensionistas, dizendo que
esse desconto fere, viola princípios constitucionais, como por exemplo a
dignidade humana dos aposentados e pensionistas.
É
o procurador-geral da República dizendo isso, no seu parecer. Viola o princípio
da isonomia, viola o princípio da equidade, dos princípios tributários. E ainda
vai mais longe. Ele questiona também, diz que são inconstitucionais essas
contribuições extraordinárias, que são permitidas pelas reformas em curso no
Brasil, tanto a federal como as estaduais.
Então,
esse parecer é instrumento importante político, porque ele reforça a nossa
argumentação política e jurídica, logicamente, porque ela tem que ser entendida
dessa forma também pelo Supremo Tribunal Federal.
Mas
é um passo importante, que até mesmo a PGR vê como algo perverso, algo
inconstitucional, taxar aposentados e pensionistas e cobrar, ainda,
contribuições extraordinárias.
Então,
esse parecer é importante, porque fortalece a nossa luta para acabar, para
derrubar o confisco aqui em São Paulo, e para deter a aprovação do Sampaprev 2,
na prefeitura de São Paulo,
O
deputado Conte Lopes foi vereador. O prefeito Ricardo Nunes apresentou um
projeto igual ao do Doria. Imitou, é um plágio de um projeto do Doria, que
também vai confiscar as aposentadorias e as pensões, além de dificultar o
acesso dos servidores municipais à aposentadoria.
Então,
eu queria dar visibilidade a esse parecer do procurador-geral da República que,
repito, reforça a nossa luta, reforça os nossos argumentos para derrubar,
definitivamente, o confisco dos aposentados e pensionistas, para revogar
imediatamente o Decreto 65021, seja através do nosso PDL 22, seja através de
uma forma, de um projeto de um outro decreto do próprio governador.
O
fato é que eu fico imaginando que o governador está voltando atrás, agora, com
as isenções que ele tinha, pelo 529, deputado Castello Branco, o governador
tinha aumentado os impostos, e agora ele tem recuado já.
Ele
percebeu o desastre que foi isso para o estado de São Paulo. Ele está recuando
em algumas áreas. Tem que recuar também em relação aos aposentados e
pensionistas, e também em relação à isenção do IPVA, que ele suspendeu para as
pessoas com deficiência. Ou seja, ele tem que voltar a garantir a isenção do
IPVA para a compra do carro para pessoas com deficiência.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Muito
obrigado, deputado Carlos Giannazi.
Na sequência
dos oradores inscritos no Grande Expediente, deputado Jorge Wilson. (Pausa.)
Deputado Maurici. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado Edson
Giriboni. (Pausa.) Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia
Amary. (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento.
(Pausa.) Deputado Major Mecca, não fará uso da palavra neste momento. Deputado
Gil Diniz, tem V.Exa. o tempo
regimental.
O SR. GIL DINIZ - SEM
PARTIDO - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Retorno a esta tribuna agora no Grande
Expediente. Só respondendo ao deputado Enio Tatto, que não se encontra mais
aqui. Ele está, realmente, protegido de mim. Não está mais aqui no plenário,
Conte, como sempre.
É
incrível. Vacinado, duas doses, está com máscara, e se sente ainda ameaçado
pela minha presença aqui, vejam vocês, sem máscara. Eu estou imunizado. Eu
criei anticorpos, porque eu peguei a forma grave da Covid-19.
Eu
tenho absoluta certeza, convicção, e o convido a fazer o teste aqui, que eu
tenho muito, muito mais anticorpos do que ele com as duas vacinas,
principalmente se ele tomou a Coronavac. E que esses anticorpos são muito mais,
são anticorpos de muito mais qualidade que os dele. Mas respeito a opinião
dele.
Presidente,
eu gostaria de enviar, que a Casa enviasse as notas taquigráficas da minha fala
quanto à Marcha pela Vida, ontem, ao D. Carlos Lema Garcia, bispo auxiliar de
São Paulo, cúria metropolitana, principalmente à Frente Parlamentar em Defesa
das Famílias, essas pessoas que lutam pelas nossas famílias, lutam pela vida no
estado de São Paulo.
Presidente,
eu gostaria de comunicar também sobre a realização da nossa sessão solene na
última sexta-feira, uma sessão solene em homenagem a Plínio Corrêa de Oliveira,
fundador da TFP, Tradição, Família e Propriedade. Fizemos aqui neste plenário
uma sessão solene homenageando o Dr. Plínio Corrêa de Oliveira, um líder
católico.
Foi
deputado constituinte em 32, Castello, mais votado à época, diga-se de passagem.
Um intelectual, professor universitário, escritor, escrevia quando o “Estadão”
e a “Folha de S. Paulo” ainda se prestavam a fazer um bom trabalho, informando
a população, e não desinformando como hoje.
Presidente,
dando sequência, agradeço aos meninos, aos jovens, à direção do Instituto
Plínio Corrêa de Oliveira, que organizaram junto comigo e participaram dessa
sessão solene.
Presidente,
só respondendo aqui, estava ouvindo os pronunciamentos e vi o início, pude
rever o início da sessão ordinária, o Pequeno Expediente. O deputado Paulo
Fiorilo subiu à tribuna para colocar a sua posição, ele que é presidente da
Comissão de Relações Internacionais, falou sobre Taiwan, sobre a China, mas não
entrou no mérito do que vem acontecendo ali.
Eu
me pergunto, para que tem uma Comissão de Relações Internacionais se essa
comissão, Conte, nem se posiciona? São Paulo, que, segundo o governador, tem
milhões ou bilhões de reais negociados com a China, principalmente nesse
contrato sigiloso, guardado a sete chaves, com empresas chinesas na compra de
vacinas.
Olha
que interessante, deputada Janaina, o presidente da Comissão de Relações
Internacionais veio aqui e disse sobre a ida dos deputados federais do PSL à
China no início do mandato, falou do presidente, mas ele não coloca nenhuma
posição dele quanto a esse conflito. Gostaria de saber qual é a posição - eu
imagino qual é - mas qual a posição.
Por
exemplo, deputada Janaina, acabou de sair aqui na “CNN Internacional”. Nós
falávamos no sábado sobre caças chinesas sobrevoando o espaço aéreo de Taiwan,
mas agora, neste momento, reportagem 4/10, 14:58: “O Ministério da Defesa da
ilha de Taiwan afirmou que 52 aviões de guerra da China sobrevoaram sua Zona de
Identificação de Defesa Aérea”.
“O
recorde anterior foi registrado no último sábado, quando 39 aviões militares
chineses voaram para a zona. A pasta de Taiwan alega que os aviões são um sinal
de incursão dos chineses, ou seja, entrada de uma força militarizada em
território estrangeiro, que pode significar investida, ataque ou invasão.”
Olha,
eu oro, eu rezo pelo povo de Taiwan. Eu espero que as lideranças se posicionem
também. Governo do Partido Comunista Chinês é implacável. Quando eles querem
algo, olha aqui no País, olha aqui no Brasil o que vem acontecendo, a China
querendo comprar o Brasil. Já está investindo milhões na nossa imprensa, quer
comprar terras agricultáveis e muito mais.
Político
então, meu Deus do céu, tem um político da região, um deputado federal da
região de Fernandópolis, Jales, presidente da Frente Parlamentar China-Brasil
no Congresso Nacional, que é uma vergonha para o estado de São Paulo, Pinato.
Meu Deus do céu! Que político medíocre. Que politicozinho medíocre. É só um
chinês dar um sorriso para ele, que ele já está abraçando.
É
incrível. Muitos interesses, mas muitos interesses. Eu gostaria que a Comissão
de Relações Internacionais desta Casa pudesse se posicionar quanto isso. A
gente não quer interferir em nenhum assunto interno. A gente nem tem poder para
isso. Mas eu gostaria sim. O deputado citou o conflito do Azerbaijão.
É
interessante. A gente precisa aprofundar um pouco esses conflitos que acontecem
pelo mundo. Ele falou do Azerbaijão. Mas ele não disse do que se trata. É um
país muçulmano com hostilidades contra um país cristão.
No
caso, a Armênia. A Armênia... Só estou resumindo o que o deputado Fiorilo fez
aqui. Ele fez um bolo, mexeu, mexeu, mexeu, jogou, e saiu correndo. Eu gostaria
de discutir um pouco desses temas com ele.
A
Armênia solicita que reconheçam o primeiro genocídio, no século XX, o genocídio
do povo Armênio. Que eu, como cidadão comum, digo que aconteceu. Não é o estado
brasileiro dizendo que aconteceu.
Espero
que, um dia, o estado brasileiro faça isso. Eu, como cidadão comum, digo: A
Armênia sofreu o primeiro genocídio por conta dos turcos otomanos. Hoje há um
conflito em curso. Outros países satélites ali fazem essas provocações ao povo
armênio.
Mas
voltando: é o que acontece com a China, a China continental e a ilha de Taiwan,
ou Taipei, como dizem. Quando os comunistas fizeram a revolução, salvo engano
em 1949, ou 1959, não lembro de cabeça...
Quando
os socialistas comunistas tomaram o poder na China, o governo até então foi
para a ilha de Formosa, Taiwan. Desde então, os comunistas, o Partido Comunista
Chinês faz essas provocações.
Agora,
daqui a pouco a gente vai ver: explodiu bomba no território de Taiwan. Não
posso falar nada, só encaminhei o email. Acho que é o primeiro email que recebi
da Comissão de Relações Internacionais.
Foi
sim. Foi sim uma censura a esses deputados. Foi sim, porque eu tinha acabado de
confirmar a minha presença num evento no escritório cultural e econômico de
Taiwan.
Foi
com o mesmo teor de ameaça que fizeram com os deputados federais, quando deram
os parabéns pela eleição da presidente de Taiwan. A gente não pode permitir
isso. Acredito que a gente tem que se posicionar. Se não como deputado, como
cidadão. Como cidadão. Mas eu entendo a covardia de muitos. Eu entendo o medo
de muitos. Muitos acabam perdendo se posicionarem.
Perdem
patrocínios. Perdem, sei lá, passagens aéreas, hotéis de luxo, patrocinados por
esse Partido Comunista Chinês, que vem fazendo esses ataques às democracias, a
esses países livres.
Como
sempre fizeram, e não prestam contas a ninguém. Agora, ameaçando o povo de
Taiwan. A gente não vai ver, por exemplo, uma comissão, como esta da
Assembleia, fazendo um voto de censura. Vou protocolar um voto de censura, um
repúdio a essas manobras militares.
Mas,
tudo bem, não tem problema. O meu apoio ao povo e ao governo de Taiwan. O meu
apoio ao povo armênio. Esses, que dizem, nessa tribuna, que lutam pela
democracia, porque vivem num país governado por Jair Messias Bolsonaro, esses
não defendem a democracia nos outros países.
Gritam
por democracia e, quando podem defender a democracia nos outros países, são
gatinhos nesta tribuna. Os leões viram gatinhos, Sr. Presidente. Só para
finalizar. Dar parabéns aos partidos de esquerda. Que coisa bonita no sábado,
nessa manifestação da extrema esquerda.
Segundo
a Polícia Militar, 8 mil pessoas. Se a PM falou que tinha 8 mil pessoas, devia
ter 4 mil ali. Porque a Paulista fecha, aos finais de semana, para a população
caminhar, para a população andar.
Mas
tinha mais bandeira do que povo na Paulista. O PSOL, a gente sabe, é um puxadinho
do PT, é uma costela do PT. O
PDT. O PDT agora foi lá. Saíram na porrada, os pedetistas ali com os petistas.
É o Lula que
está em primeiro mesmo? Tem certeza? Porque, meu Deus do Céu, devem ser os
eleitores do Joe Biden, né? Eleitores aí que já estão sepultados há 20, 30, 40
anos.
Não aparece
mais ninguém nessas manifestações. Não vai mais ninguém. Sete de setembro, um,
dois três milhões de pessoas nas ruas de São Paulo, na Paulista, em Brasília.
Eu nunca vi aquela Explanada... Mas nem no dia do impeachment. Estava lá no dia
do impeachment da Dilma.
Aí você olha
os partidos, esse bando de pelego organizado na Paulista. Centrais sindicais,
Apeoesp, MTST, Boulos, Ciro Gomes, João Amoedo, do Novo, e toda a trupe ali de
aloprados, fazendo campanha pró-Lula, e tentando acabar com o nosso país. Não
conseguem colocar dez mil pessoas.
E, olha -
fazer uma denúncia aqui - somando os deputados, suas assessorias, essa
militância, meu Deus do Céu! A galera não está comparecendo. Não estão
comparecendo nas manifestações.
Não é o PT
que que tem aquela rachadinha institucional, que tem, que dá 10%, está no
estatuto? Está no estatuto do partido que tem que dar 10%, tem que devolver dez
por cento.
Olha, tem
gente aí que não está devolvendo os dez por cento - é institucional, está no
regulamento ali do partido - e também não está comparecendo às manifestações,
Mecca. Não estão indo. É uma vergonha. O Brasil real, o cidadão comum, que
trabalha, que quer produzir, que quer aí um país melhor, não vai sair de casa para
defender ex-presidiário de jeito nenhum, presidente.
Muito
obrigado.
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Muito obrigado, deputado Gil
Diniz. Dando sequência à relação dos oradores inscritos, deputado Caio França.
(Pausa.) Deputado Ricardo Mellão. (Pausa.) Deputado Doutor Jorge Lula do Carmo.
(Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. Tem V. Exa. dez minutos regimentais.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente.
Reiterando o que anunciei na sexta-feira passada. Depois da nossa sessão
plenária, na sexta, foi protocolizado um projeto de lei, que ganhou nº 668, de
2021, proibindo o famigerado passaporte da vacina no estado de São Paulo.
Como eu
disse, peguei todos os projetos que estavam em trâmite na Casa, compilei, junto
com a minha assessoria, apresentei para os colegas. Alguns já tinham projetos
individuais.
Vários
colegas já subscreveram, na própria sexta. Reitero aqui o convite aos demais,
que queiram. Poderão entrar como coautores. Já estão como coautores, ao meu
lado, deputado Altair Moraes, deputado Castello Branco, deputado Coronel
Telhada, deputado Delegado Olim, deputado Gil Diniz, deputada Leticia Aguiar,
deputada Marta Costa, deputado Carlos Cezar, deputado Coronel Nishikawa,
deputado Danilo Balas, deputado Douglas Garcia e o deputado Major Mecca,
presidente aqui da sessão.
O deputado
d’Avila já vai pedir coautoria também, porque tem umas burocracias. Então, tem
um prazo. Então ele vai pedir coautoria. A deputada Valeria Bolsonaro vai pedir
coautoria também, e todos os demais que desejarem também estão convidados. No
final de semana, recebi vários emails de paulistas, alguns tomaram a primeira
dose, não desejam tomar a segunda dose.
Não têm
obrigação de dizer o porquê. Isso tem a ver com esfera da intimidade de cada
indivíduo. Pessoas me escreveram, que têm síndromes autoimunes, não se sentem
confortáveis em tomar uma vacina muito nova, desenvolvida há pouco tempo.
Outros me escreveram porque são alérgicos, são pessoas muito alérgicas.
Preferem não correr o risco de ter uma reação.
Isso é um
direito individual do cidadão, decidir o que entra e o que não entra no seu
corpo e, estranhamente, tudo o que eu aprendi e ensinei de Direito está sendo,
vamos dizer assim, subvertido neste momento.
As
pessoas estão sendo impedidas de entrarem nos tribunais, nos fóruns, para
buscarem os seus direitos. Algumas estão sendo impedidas de fazerem
procedimentos de saúde.
Recebi
inúmeros emails de mães de crianças e adolescentes com medo de seus filhos
serem barrados nas escolas e de estudantes universitários que já estão
recebendo cartinha - viu, deputado Gil? - da Unicamp, da USP, de que não
poderão ingressar.
Isso
é um abuso de autoridade, é uma violência. Queremos aprovar esse projeto para
que as pessoas tenham o direito a decidir sobre o seu próprio corpo. Aqui sim é
decidir sobre o seu próprio corpo. Isso é um direito constitucional, isso é
diretamente relacionado aos princípios da bioética, ao princípio da autonomia
individual.
Então,
vamos lutar por esse direito. Eu não sou contrária às vacinas, eu sou a favor
da livre determinação dos indivíduos. A esmagadora maioria dos cidadãos quer se
vacinar. Ótimo. Podem levantar quantas indicações eu fiz aqui pedindo para as
pessoas terem direito a se vacinar.
Agora,
existe uma minoria que precisa ser respeitada, que não deseja correr os riscos
de uma vacina que foi muito rapidamente desenvolvida. Tem méritos, os números
caíram, ninguém está negando isso, mas não podemos suprimir a individualidade.
Então, vamos lutar por esse direito.
Peço
o apoio dos colegas. Aqueles que puderem entrar como coautores serão
bem-vindos, que puderem pedir para o presidente pautar esse projeto. E peço
encarecidamente que as autoridades reflitam sobre o abuso de poder que está
sendo cometido no nosso país e no nosso estado, sobretudo com relação aos mais
jovens.
As
crianças e os adolescentes não podem ser impedidos de entrar na escola, nos
cursos educacionais. O projeto é explícito nesse sentido e com relação a outros
direitos também.
Eu
queria comentar com os senhores o Colégio de Líderes desta manhã. Foi um
Colégio de Líderes... Pode ser que os colegas não tenham sentido assim, mas eu
senti como um dos mais tensos, depois que assumi a liderança.
E
os colégios são sempre - vamos dizer assim - complexos, porque são partidos com
pensamentos muito diferentes, os líderes são muito díspares, mas esse Colégio
de Líderes foi bastante tenso, porque está vindo uma pressão que a gente não
entende de onde para instalar mais uma CPI para apurar os supostos crimes
cometidos no âmbito da Prevent Senior.
Mais
uma vez eu digo: não conheço os donos, não conheço os dirigentes, não sou
cliente. Meus parentes próximos, bem próximos, não são clientes, mas eu conheço
vários clientes, várias pessoas que se trataram, várias pessoas de idade muito
avançada, doentes de Covid, que foram internadas na Prevent e se curaram.
Então,
não consigo entender, não vejo justiça no que está acontecendo. Estou
acompanhando a CPI do Senado no detalhe e não consigo vislumbrar um crime sequer.
Eles falam que ministraram o kit anti-Covid com remédios que não estão
cientificamente comprovados como eficazes.
Primeira
coisa: não podemos pensar com a cabeça de hoje o que aconteceu lá no início da
pandemia. No início da pandemia, para quem acompanhava as notícias
internacionais, não se sabia o que fazer no mundo. No mundo! Quem assiste
séries...
Vocês
vão rir, mas é importante falar: nas séries americanas da área de Saúde que
fizeram episódios sobre a pandemia do Covid, os médicos, nas séries americanas,
estão discutindo hidroxicloroquina e cloroquina, ou seja, foi uma pauta
levantada no mundo. Eu tive Covid, não tomei hidroxicloroquina.
Não
tomei porque o meu médico não prescreveu, mas, se tivesse me dado, eu teria
tomado. E tomei uma série de outros remédios, como o antibiótico azitromicina.
A médica que me receitou, me receitou pedindo desculpas: “Olha, doutora, a
gente vai dar porque a senhora está com 50% do pulmão tomado”.
Aí
eu pergunto: quer dizer então que essa médica deveria fazer o quê? Me colocar
de bruços para respirar melhor? Porque eu só conseguia respirar de barriga para
baixo. E rezar?
De
novo, gente, eu sou favorável às orações, sou adepta. Mas um bom médico precisa
tentar. E foi o que esses profissionais fizeram. E agora, com a cabeça de dois
anos depois, querem criminalizar pessoas que não descumpriram nenhuma lei.
Mas
o mais estranho não é isso. O mais estranho é: por que outra CPI? Quem está por
trás disso? Já tem uma CPI no Senado. Já tem uma força-tarefa no Ministério
Público, já tem uma CPI na Câmara. Para que outra CPI? Sem nenhum demérito à
Alesp, o que nós temos aqui que os outros não estão fazendo? Qual é a
necessidade de enxovalhar, da maneira como vem sendo enxovalhado, o nome de uma
instituição?
Buscou-se,
no Colégio de Líderes... Porque eu fiquei completamente isolada, junto com a
deputada Valeria, que é a líder do PRTB, e o deputado Douglas, líder do PTB. Os
demais que estavam presentes - e hoje havia muitos líderes presentes - foram
todos defensores aguerridos dessa CPI. Eles tentaram levantar a tese de que
seria uma questão de ser ou não ser bolsonarista.
Não
é disso que se trata. Eu dei a disciplina Bioética na USP por mais de 10 anos.
Você não pode criminalizar um médico pela escolha que ele faz na ponta,
sobretudo diante de uma doença grave e nova.
Ninguém
tira da minha cabeça que a cortina de fumaça é política - “ah, querem brigar
com o presidente” -, mas que o bastidor é econômico. Tem algum grupo aí
chegando, querendo tomar o lugar dessa empresa, que presta um bom serviço e é
muito barata, gente.
Essa
empresa já vem há muito tempo incomodando. Lá atrás - vocês vão lembrar -, nem
se falava em CPI da Covid, já queriam arrumar encrenca com esse grupo. Então,
eu vou obstruir. No Colégio de Líderes, chegaram a fazer ilações de que o que
eu estava falando ali, privadamente, viria a público. Ninguém precisa trazer a
público... Vossa Excelência me concede uma comunicação?
A SRA. JANAINA
PASCHOAL - PSL -
PARA COMUNICAÇÃO - Ninguém precisa trazer a público o que eu falo no Colégio de
Líderes, porque eu já venho falando isso desde o primeiro momento.
Tentaram
criar um acordão para a gente aceitar instalar a CPI, aprovar a urgência. E eu
já deixei claro no congresso, no Colégio, e estou dizendo aqui: eu vou
obstruir, inclusive a urgência. Porque a história está estranha, está mal
contada.
Hoje
já tem notícia, inclusive de jornalista esquerdista, de que os médicos que
estão acusando o grupo de tê-los forçado a ministrar os remédios tomaram e
deram para os seus parentes. “Oxente”, se eles estavam contra, se aquilo era
uma pressão, se eles estavam sob um constrangimento ilegal... Foi alguém à casa
deles obrigá-los a tomar e dar para os seus parentes? Consegue perceber que a
história está estranha?
Eu
não vou fazer parte disso e vou utilizar todos os instrumentos regimentais para
impedir que mais um circo se instale neste país, até porque nós temos, todo
mundo sabe que o nosso Regimento permite cinco CPIs.
Nós
temos cinco CPIs instaladas de direito, mas não de fato. Ninguém entende por
que a CPI da Dersa ainda não foi instalada, ninguém entende por que a CPI das
Isenções Fiscais não foi instalada. A CPI, por exemplo, dos aluguéis que são
cobrados indevidamente contra as pessoas que moram nas ruas, pessoas
extorquidas.
Por
que essas CPIs, que estão instaladas de direito, não foram instaladas de fato?
E agora essa sangria desatada para colocar mais uma CPI contra um hospital de
que a maior parte dos funcionários não reclama. E mais: a maior parte dos
clientes não reclama. Quem tem interesse nessa tal CPI? O povo não é. Então, eu
vou obstruir, sim.
E
peço aos colegas que entendam que essa palhaçada não deve se repetir aqui; que
estejam no plenário quarta-feira, 16:30, para discutirem esse pedido de
urgência, porque a gente tem que se juntar para não permitir que esta Casa seja
massa de manobra como as outras estão sendo.
Obrigada,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Muito
obrigado, deputada Janaina Paschoal.
Dando sequência
aos oradores inscritos no Grande Expediente, deputado Coronel Telhada. (Pausa.)
Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputada
Isa Penna. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Conte Lopes.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Pela
ordem, presidente, uma breve comunicação enquanto o orador se dirige à tribuna?
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Ok.
O deputado Conte Lopes tem dez minutos regimentais. Tem V.Exa. uma comunicação.
O SR. GIL DINIZ - SEM
PARTIDO - PARA
COMUNICAÇÃO - Presidente, quero fazer coro aqui à deputada Janaina Paschoal.
Assinei o requerimento de coautoria desse projeto que ela formulou agora na
tribuna. Já tinha realizado alguns outros projetos com a deputada Janaina, e
vai ser interessante.
Vou
passar aqui na quarta-feira, quando a gente estiver discutindo o vídeo do
governador, ele dizendo, deputada Janaina Paschoal, que aquele médico David
Uip, deputado Castello, o governador dizendo que Uip recomendou ao Mandetta, ao
ministro da Saúde, cloroquina, que o médico era o pai aí dessa indicação.
Então,
a gente vai colocar aqui o vídeo no telão, se abrir essa CPI a gente vai
convidar o médico, a gente vai convidar o governador, o que disse. A gente vai
pegar o Diário Oficial, os contratos que o governo de São Paulo fez, compraram
cloroquina aqui em São Paulo. O Carlão Pignatari me disse isso. A gente vai
levantar isso também.
E
eu pergunto aqui, a deputada Janaina colocou, tenho certeza, deputada Janaina,
que tem dedo de empresa querendo ganhar esse mercado. Olhe só, o Mandetta,
ex-ministro da Saúde, aquele que dizia “Olha, fica em casa, só vá para o médico
quando tiver falta de ar”.
Ele
recebeu 100 mil reais em uma de suas campanhas da Amil. Olhe que interessante
essa aproximação do governador João Doria com, por exemplo, o ex-partido do
vice-governador, e agora tem aqui em São Paulo o Rodrigo Maia, que eu não sei,
Conte, o que ele faz em São Paulo.
O
que o Maia faz em São Paulo? O que ele faz em São Paulo, além de tentar
destruir esse nosso estado? Tem dedo de político, de grupo querendo ganhar esse
mercado também, deputado Major Mecca.
Hoje
saiu na coluna da Mônica Bergamo, dizendo que esses médicos que denunciaram a
Prevent, eles, sim, receitaram cloroquina, e receitaram a seus familiares também.
É muito fácil ser engenheiro de obra pronta, é muito fácil vir aqui criticar
esse grupo ou aqueles médicos que estavam ali na linha de frente tentando,
Mecca, salvar vidas.
E
agora estão sendo brutalmente perseguidos. Eu espero, mais uma vez, que os deputados
desta Casa não cometam o mesmo erro que os senadores lá no Congresso Nacional
estão cometendo.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Muito
obrigado, deputado Gil. Tem a palavra o deputado Conte Lopes.
O SR. CONTE LOPES - PP
- Sr. Presidente,
Major Mecca, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, eu pediria até para o Machado,
mais uma vez, colocar a figura daquele, do Major Mecca, quando ele coloca uma
viatura da Polícia Militar sendo fuzilada por bandidos no Morumbi.
* * *
-
É exibido o vídeo.
* * *
Eu
quero começar aí. Eu quero voltar depois a 1974. Isso aí é uma viatura da
Polícia Militar sendo atacada por bandidos a tiro de fuzis. E vou voltar a 74,
nobre deputado Castello Branco, V. Exa. falava do coronel Erasmo Dias.
Em
25 de janeiro de 74, eu me formava aspirante oficial da Polícia Militar do
Estado de São Paulo com a minha turma de 74. O secretário de Segurança Pública,
na época, chamava-se Antônio Erasmo Dias.
E
ele usou uma expressão que me gravou na memória e na mente até hoje: “Para se
caçar rato, tem que se entrar em bueiro.” E eu gravei isso, e fui para a Rota,
até por questões de classificação, porque o Paes de Lira, que estava na minha
frente, sempre foi um líder do nosso pessoal, nossa turma, ele escolheu: “Vou
para a Rota, tal, Batalhão do Meneguelli”.
Eu
estava atrás e falei: vou para a Rota também. Vou nessa daí. E quando nós
chegamos à Rota, Major Mecca, nós aprendemos, com oficiais que estavam lá, o
Chiare, Salatiel, o Brasil, Olavo, Gonzaga o trabalho como era na Rota, que era
uma formação de um pessoal preparado para uma guerrilha urbana para combater
realmente os assaltos a bancos aqui em São Paulo.
E
aprendemos - aquele grupo de oficiais que chegou na Rota - a fazer policiamento
de rua, Major Mecca. Porque oficial não fazia policiamento de rua. Oficial não
punha a boina e ia para a rua caçar bandido.
E
por que eu estou falando isso? Porque nós estamos voltando a essa época. Vai o
soldado, vai o cabo, vai o sargento, e o oficial não vai. Eu estou vendo isso,
estou vendo muito isso.
Aí
nós fomos para a Rota e, realmente, fomos caçar bandido, eu Bezerra, Paes de
Lira, Nepomuceno e outros, como Alves de Oliveira, e que foram comandar a tropa
nas ruas, que não havia. E a Polícia Militar deu um grande salto nesse trabalho
de policiamento.
Nesses
50 anos que eu estou falando a Polícia cresceu, foi valorizada pela própria
população. Nós temos aqui vários componentes da Polícia Militar eleitos pelo
seu trabalho e pelo nome que têm na Polícia Militar, como nós temos no federal
o Derrite, que veio da Rota, temos aquela cabo Sastre, que matou um bandido no
Dia das Mães que ia atacar uma escola em uma cidade aqui de Suzano, se não me
falha a memória.
Foi
eleita com mais de 200 mil votos, o que demonstra que a população quer uma
Polícia Militar nas ruas combatendo o crime, confiam em uma Polícia Militar
enfrentando o crime. E hoje nós estamos vendo algo meio diferente. Se a gente
for caçar bandido a gente é colocado de lado.
Vai
com mais uma matéria aí, só para a gente ver que nós somos os caçadores de
bandidos na polícia e o que nos trouxe aqui foi isso.
* * *
-
É exibido o vídeo.
* * *
Bem,
minha gente, são histórias da nossa vida. Às vezes alguns criticam, mas quando
a gente foi atrás desses caras aí, por exemplo, a dona Aurora tinha um barzinho
no Parque São Rafael, em São Mateus. E os bandidos bebiam, comiam, levavam
cigarro, e não pagavam. E ainda agrediram a mulher e prometeram matá-la.
Quando
eu recebi lá no 49, quando estava trabalhando na Rota, que eu estava
transferido, nós fomos sim, fomos campanar e fomos buscar os bandidos, que
acabaram, morreram, trocaram tiro e morreram.
Então
esse medo é do povo, que agradece o policial militar que o protege. E é isso o
que a gente quer, Major Mecca, nós não queremos mais do que isso não. É uma obrigação
nossa, da Polícia Militar, da Polícia Civil, dar segurança para o povo.
Não
estou perguntando se PM vota em mim, não vota em mim. É problema de cada um.
“Você quer aparecer.” Já apareci muito. Me chamavam na TV. No Ratinho, toda
noite, em outros programas de televisão.
Qual
é o problema? Me chama, eu vou. Eu debato com juiz, com promotor, com o diabo
que for, eu debato. Debato, porque enfrentei bandido nas ruas.
Eu,
com o tenente Bezerra, hoje coronel, realmente, entrava nos bueiros para caçar
bandido. Porque, se você ficar vendo tomar tiro de fuzil e não for atrás, e
deixar para lá, o policial morre e ninguém vai atrás? Vossa Excelência mesmo
cobrou do secretário de Segurança Pública, aqui, que mataram o cabo da Rota,
que esqueci o nome agora, no litoral, que estava saindo de casa e mataram o
cabo.
O SR. PRESIDENTE -
MAJOR MECCA - PSL -
Cabo Fernando.
O SR. CONTE LOPES - PP
- O próprio
Doria falou: “Não, já estamos levantando. A Polícia Civil vai lá.”. Não
levantou nada. Ninguém prendeu ninguém. E outros que estão morrendo, ninguém
prende ninguém.
Se
matar a gente, ninguém prende ninguém. Essa é a grande verdade, senhor Doria,
senhor Secretário de Segurança Pública. Está voltando à porcaria que era.
Meu
amigo Camilo: é para pôr Rota na rua, Polícia na rua, Força Tática na rua, para
ficar ensebando com bandido? Então entrega para o bandido essa porcaria aí.
Agora, é o fim do mundo, como eu falei. Em Itanhaém, duas ocorrências.
Numa,
bandidos invadem uma residência de turista. Mataram o pedreiro da casa.
Balearam uma mãe, uma filha morta, de 17 anos. E outra filha nova, também
menina, baleada. Sábado, uma moça, uma mulher de 41 anos, atacada, dentro do
seu carro, por bandidos, fuzilada e morta.
Aqui
em Pirituba, uma dentista assassinada na frente de todo mundo. No Morumbi, dias
atrás, o cidadão estava passeando com o cachorro e com a namorara, e os
bandidos chegam enquadrando todo mundo. E não pode enquadrar? Vocês ficam
comprando câmera para pôr no peito do policial. Só que aí, quem vai morrer é o
povo.
O
policial está aí. Meu querido Doria, Justiça, Ministério Público: policial não
precisa dar tiro em ninguém, não precisa matar ninguém, não. Ninguém sai na rua
para matar ninguém.
Quer
que ele pare de trabalhar, ele não trabalha, ele fica dormindo em casa. Vocês
estão fazendo isso. É muito mais fácil não fazer nada, do que ir para a rua
caçar bandido. É muito mais fácil.
O
policial entende, Major Mecca, que foi um grande comandante. É só falar para
ele: “Não quero que você faça nada. Se você fizer, você vai se ferrar.”.
Acabou, ele não faz mais nada.
Agora,
quem vai sofrer é o povo. Quem vai pagar é o povo. Vai pagar com a própria
vida. O negócio está grave, gente. Cadê a Polícia, os tiroteios da Polícia? O
policial não vai. Muito bonito comprar câmera. Compra aí, Doria.
Porque
é o fim da picada isso aí. Nós não estamos nos Estados Unidos, nós não estamos
na Suíça, França, Alemanha, o caramba. Aqui é o seguinte: bandido age mesmo.
Atira, mata, não respeita ninguém. Vai para cima do policial em qualquer lugar.
Se sabe que é policial, vão matar.
Estão
brincando de fazer Segurança Pública. Então estou voltando na época do Erasmo
Dias, quando eu saí da academia, em 1974, com a minha turma. Estou voltando lá:
para caçar rato, tem que entrar em bueiro. Não adianta ficar bonitinho,
assistindo câmera no peito de policial.
Muito
obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.).
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL -
Parabéns, deputado Conte Lopes, pela sua fala. Realmente, os policiais do estado
de São Paulo estão abandonados pelo governo, e sem liderança alguma.
Dando sequência
à lista de oradores inscritos. Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado
Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Deputado
Castello Branco. Tem V. Exa. o tempo regimental.
O SR. CASTELLO BRANCO
- PSL - SEM REVISÃO
DO ORADOR - Grande Expediente do dia 4 de outubro de 2021, segunda-feira, 16
horas e 22 minutos. Nós abrimos para defender a empresa Prevent Senior. Vamos
começar com uma famosa frase, do senado romano, que vem do ano 100 antes de
Cristo. As premissas dos senadores romanos eram as seguintes. Do que se trata?
A quem interessa? De quanto estamos falando?
Com
essas três perguntas, os senadores definiam as suas manobras. Então eu
pergunto: vale a pena mais uma CPI?
Vale
a pena uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa de São
Paulo, para tratar do caso Prevent Senior? Do que se trata essa CPI? A quem ela
interessa, e de quanto estamos falando?
Assim
sendo, preparei para vocês hoje uma apresentação bem didática, que eu acredito
que vai ajudar, e muito, a que você eleitor, que você cidadão, entenda o que
está acontecendo por trás dessa vontade.
A
Prevent Senior é um fenômeno no Brasil, como plano de saúde e como uma
alternativa importante para os idosos. A operadora emprega, hoje, mais de três
mil médicos, 12 mil funcionários, entre enfermeiros, fisioterapeutas,
nutricionistas, técnicos administrativos, entre outros, e teve um faturamento
líquido de 4,3 bilhões em 2020, 19% a mais do que em 2019.
Também
ampliou, ano a ano, o número de clientes, alcançando, em 2021, a marca de 242
mil clientes inscritos, segundo a Agência Nacional Suplementar de Saúde, o que
coloca a operadora entre as de maiores do Brasil. O que leva aos altos preços
de planos de saúde para idosos é o fato de que, em 2004, esses preços...
Com
a entrada em vigor do Estatuto do Idoso, os planos de saúde estavam proibidos
de fazer reajustes para pessoas acima de 60 anos. Por essa regra, uma pessoa de
65 anos paga a mesma coisa que uma pessoa de 85 anos. Isso faz com que o plano
de saúde tenha que cobrar mais de todo mundo, na média.
Vejamos
o próximo slide. A empresa Prevent Senior tem um modelo de negócios que é
elogiado há muitos anos por especialistas, é até pelos concorrentes e
estudiosos da área de Saúde privada no Brasil.
Então,
é um sistema inovador, lucrativo, e o modelo é baseado no atendimento a idosos,
que é, hoje, uma das parcelas mais sensíveis da população aos planos de saúde.
Quem tem pais em idade avançada sabe do que eu estou falando.
Durante
a pandemia da Covid-19, porém, a Prevent, misteriosamente, deixou de ser citada
como exemplo de negócio, para ser alvo de denúncias de irregularidades,
calúnias, infâmias e difamações. Caso investigado durante a pandemia.
Um
suposto dossiê, elaborado por médicos, e, principalmente, ex-médicos da Prevent
Senior, relatando que a diretoria médica dessa operadora teria determinado
forçosamente a administração dos medicamentos do chamado Kit Covid para os
pacientes da operadora de saúde.
Esse
dossiê foi encaminhado à CPI da Pandemia em Brasília, para o Senado Federal.
Lembrando que essa CPI, infelizmente, tem se destacado como um circo de
horrores, de forma dissimulada, tendenciosa, parcial, e, tecnicamente, muito
fraca.
Essa
CPI do Senado Federal passou a se interessar por denúncias da imprensa, segundo
as quais a operadora de saúde Prevent Senior teria, tecnicamente, pressionado
médicos a prescreverem medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid, e
ainda assediando pacientes para aceitar o tratamento precoce.
Com
prazo para funcionar até o dia cinco de novembro, essa CPI, que já está no
final lá em Brasília, está com sessões previstas até a próxima quinta-feira dia
30, que já passou. O relator, senador Renan Calheiros, que dispensa
apresentações, informou que vai apresentar o relatório final no dia seguinte ao
depoimento.
Então,
já estamos aí na fase final dos trabalhos. Já estamos entrando na fase de
conclusão. A Prevent Senior alega ser vítima de denunciação caluniosa,
promovida por um suposto conluio, que busca divulgar informações falsas sobre a
empresa.
A
Prevent Senior já se encontra no centro das investigações na CPI da Pandemia,
que está sendo realizada pelo Senado. Já houve a oitiva do diretor da empresa e
ontem a CPI da pandemia se reuniu para ouvir o depoimento da advogada de
médicos que trabalham, ou já trabalharam, na Prevent Senior.
Muito
bem. Esta senhora, advogada Bruna Morato, que depôs na CPI da Covid, representa
apenas doze médicos que estão reclamando perseguições e ações criminosas, em um
universo que vai a mais de 3.000 médicos credenciados.
Nós
precisamos olhar com muita cautela as declarações dessa senhora advogada, pois
ela defende apenas os interesses dos médicos denunciantes e dissidentes.
Muito
bem. Está sendo arrastada para uma CPI uma disputa trabalhista - é importante
que os nossos ouvintes saibam disso -, tendo em vista que existiu uma pressão
para um acordo trabalhista milionário de uma médica que foi desligada da rede.
A própria Operadora notificou o procurador-geral da República, Sr. Augusto Aras,
sobre possível assédio por parte dessa médica, ou demais médicos, contra a
empresa.
Neste
requerimento, enviado à Procuradoria Geral da República, a empresa Prevent
Senior alega ser vítima de denunciação caluniosa, promovida por um suposto
conluio que busca divulgar informações falsas sobre a empresa. Aqui, uma
reportagem que fala sobre isso, entre muitas que nós estamos juntando a este
nosso trabalho.
Segundo
a Operadora, os documentos obtidos pela imprensa teriam sido manipulados e
usados fora de contexto, pois conteriam graves divergências com as planilhas
originais de análise de dados dos pacientes. Aqui, eu lembro uma frase célebre
do querido professor de Língua Portuguesa do Colégio São Luís: “Texto sem
contexto vira pretexto”.
Eles
pegaram um contexto completamente diferente do texto original; copia e cola de
acordo com os seus interesses e isso vira pretexto para ações criminosas, como
essa. Na sequência: a Operadora está sendo exaustivamente fiscalizada, como
nunca foi na história deste Brasil, e investigada por diversos órgãos
governamentais.
Quem
está investigando a Prevent? A Agência Nacional de Saúde Suplementar; o Senado
Federal, através da CPI; o Ministério Público de São Paulo e o Ministério
Público Federal; o DHPP da Polícia Civil de São Paulo.
A
Prefeitura de São Paulo está fiscalizando, milagrosamente, em massa, várias
unidades da Prevent Senior e foram acionados o Conselho Regional de Medicina e
o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Agora, querem colocar nessa
lista a Assembleia Legislativa de São Paulo. A quem interessa? Muito bem.
Bom,
aqui, o governador Doria acionando os conselhos, inferência de poder. Eu acho
que o governador Doria tinha coisa mais importante para fazer - entre as quais
melhorar as condições de trabalho da Polícia Civil, entre as quais melhorar os
salários da Polícia Militar, entre as quais melhorar as condições de Segurança
Pública - do que inferir sobre o Conselho Regional de Medicina de São Paulo e o
Conselho de Enfermagem.
Na
sequência, é hora de muita prudência, de muita cautela, pois os ataques
contundentes sofridos pela Prevent Senior, feitos pela grande mídia e por
parlamentares nos últimos dias, como bem colocou a Dra. Janaina Paschoal na
fala que me precedeu, irão afetar diretamente a estabilidade dessa empresa e,
consequentemente, poderão afetar a qualidade dos serviços de saúde prestados
aos seus usuários.
Na
verdade, quem está por trás disso aí não está nem aí para o povo, não está nem
aí para a Saúde, não está nem aí para os planos de saúde. Os seus focos, os
seus interesses são por poder, por política e por dinheiro, interesses
financeiros.
Estranhamente,
o governador de São Paulo pediu para a sua base aliada que assinasse essa CPI
de autoria de um outro partido, que misteriosamente agora se unem. Pergunto: se
o Sr. Governador atua da mesma forma, por que não pede aceleramento - ou
“acelera” - para a CPI da Dersa, do Paulo Preto?
Desde
2019, a CPI da Dersa, das isenções fiscais e de tantas outras, estão à espera
de serem instaladas nesta Casa de Leis, e até agora está travada a sua
instalação, que investigaria sérias suspeitas de corrupção relacionadas a
gestões tucanas. Existem fortes indícios, evidências claras de irregularidade
administrativa, improbidade, desvios de conduta e destinação de recursos
escusos por parte da Dersa.
Por
que a gente não acelera então essa CPI? Está aí mais uma reportagem: “Aliados
de Alckmin e de Doria travam CPI que investigaria...”. Indo para o final, Sr.
Presidente, deputados estaduais desejam se apropriar de um assunto que já vem
sendo debatido no Senado Federal: a futura CPI, como bem colocado, tem um pano
de fundo.
É
uma antecipação de palanque político para as eleições de 2022, considerando que
ela começaria em novembro, pararia para o recesso e as férias, começaria em
fevereiro do ano que vem e iria terminar lá por maio ou junho, tendo
oportunidade de fazer eleições em cima de um tema que nada tem a ver com
política, é um assunto técnico.
A
futura CPI pretende criar instabilidade política e institucional. A quem
interessa essa discussão? É lógico que a empresas concorrentes do setor de
planos de saúde e a interesses financeiros escusos e inconfessáveis, além dos
interesses políticos. Indo para o fim: não serão os deputados estaduais.
Não
vamos ser nós que vamos descobrir algo que não possa ser feito pelo Ministério
Público, pela Polícia Civil, pelos conselhos médicos ou pelas agências
reguladoras.
Está
claro que nós não vamos conseguir isso. A desmoralização promovida pela
imprensa e pelo Legislativo à frente da Prevent Senior significa apenas um
desserviço à atividade de saúde no País.
A
empresa atende a uma faixa da população que não tem como ser atendida por outro
plano de saúde com a mesma qualidade e os custos por ela praticados,
principalmente os idosos.
Lamentavelmente,
essa campanha difamatória que estão fazendo contra a Prevent se baseia em
depoimentos de médicos que, provavelmente, têm outros interesses, ou que foram
desligados dessa firma e querem se vingar, enfim.
Estão
aí as várias manifestações que estão sendo feitas a favor da Prevent semana
passada. Hoje mesmo tivemos aqui na frente mais de mil e quinhentas pessoas,
entre as quais mil funcionários da empresa e mais de 500 clientes da Prevent,
que eu tive a felicidade de conversar e constatar a sua lisura, a sua boa-fé e
intenção em defender a Prevent, sem nada a ganhar com isso.
Finalmente,
como conclusão, nosso apoio incondicional à Prevent Senior, empresa do bem com
profissionais e seus colaboradores de alto nível dedicados à saúde de seus
clientes, a maioria idosos, como já disse. Senhoras e senhores, é uma vergonha
essa CPI ser instalada nesta Casa. Nós voltaremos aqui diariamente para
defender a justiça, a liberdade de expressão e a verdade.
Juntos
somos mais fortes, somos todos um só.
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Muito
obrigado, deputado Castello Branco. Dando sequência aos oradores inscritos...
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Pela
ordem, presidente. Havendo acordo entre as lideranças, levantar a presente
sessão, mas antes, porém, presidente, o senhor me permite uma breve
comunicação?
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Eu
vou só finalizar a relação dos oradores. Deputado Delegado Olim. (Pausa.)
Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) O senhor
quer fazer uma comunicação? Pode fazer.
O SR. GIL DINIZ - SEM
PARTIDO - PARA
COMUNICAÇÃO - Presidente, agradecer aqui e dar parabéns à fala do deputado
Castello Branco. Conte comigo, Castello. Vi hoje que houve uma manifestação dos
funcionários e de alguns clientes da Prevent Senior. O que eu puder fazer...
Como
eu disse: não conheço ninguém dessa empresa - direção, médicos -, mas o
massacre que nós estamos vendo contra um grupo sério, a gente não pode permitir
calados que esta Casa inicie essa CPI sem mostrar quem é quem nesse processo.
Então, conte conosco.
Presidente,
quero fazer coro à fala de V. Exa. e à fala do deputado Conte Lopes com relação
ao ataque à viatura 16216, do cabo Wagner e do soldado PM Nunes. Aquilo ali é
um ataque terrorista, presidente. É um ataque terrorista, deputado Conte Lopes,
em solo paulista. Marginais com 556, fuzil 556, saindo e tendo a ousadia de
atirar em uma viatura de rádio patrulha à luz do dia, às oito e vinte da manhã.
Esses marginais com essa arma, que os policiais não tinham.
Então,
acho que chegou o momento de a gente discutir. Ao invés de discutir, Conte,
câmeras para vigiar, para policiar os policiais e puni-los... Porque a gente
sabe que é isso.
Ao
invés de a gente ficar discutindo câmera no uniforme de policial para proteger
o bandido, a gente precisa fazer esse debate, a gente precisa fazer essa
discussão. Querem amarrar mais ainda as mãos dos nossos policiais. Enquanto
isso, tem policial tomando tiro de fuzil.
Cadê
o secretário de Segurança Pública? Cadê o adjunto? Cadê o governador, que está
preocupado em colocar chuveiro quente nos presídios estaduais? Não está
preocupado com as vidas de nossos policiais. Graças a Deus, esses dois, o cabo
e o soldado, estão bem, mas a gente precisa dar uma pronta resposta a esses
marginais. Secretário de Segurança Pública, esses marginais já estão presos?
Ou
já estão mortos? Se um marginal tem coragem de sacar um fuzil e metralhar uma
rádio patrulha, o que esses bárbaros não têm coragem de fazer com o cidadão
comum? Então, fica aqui esse registro. A gente vai cobrar a Secretaria de
Segurança Pública.
O
que estão fazendo para proteger os nossos policiais e, obviamente, a nossa
população, já que a prioridade do Governo do Estado de São Paulo é proteger os
bandidos? Até aqui, foi o que nós vimos no estado de São Paulo.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL -
Muito obrigado, deputado Gil.
O SR. CASTELLO BRANCO - PSL -
Sr. Presidente, uma rápida comunicação?
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL -
Pode fazê-la.
O SR. CASTELLO BRANCO - PSL -
PARA COMUNICAÇÃO - Agradecer ao deputado Gil Diniz pelas palavras, dizendo que
assumimos essa frente em defesa da Prevent Senior, que vai contar com outros
deputados que já estamos unindo, principalmente para que se faça justiça e para
que não se use desses argumentos vis de uma empresa para defender seus
interesses escusos e inconfessáveis, ligados a interesses políticos e
financeiros.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Obrigado,
deputado.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO -
Sr. Presidente, se houver acordo entre as lideranças, levantar a presente
sessão.
O SR. PRESIDENTE -
MAJOR MECCA - PSL - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo de
lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca
V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma
Ordem do Dia da última quinta-feira.
Está
levantada a sessão.
* * *
-
Levanta-se a sessão às 16 horas e 38 minutos.
*
* *