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7 DE OUTUBRO DE 2021

44ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA, CASTELLO BRANCO, GIL DINIZ, CARLOS CEZAR e VALERIA BOLSONARO

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CASTELLO BRANCO

Exibe e comenta slides a respeito da Corrida da Esperança, prevista para o dia 28/11. Considera o evento como teste de popularidade do governador. Questiona os protocolos contra a Covid-19 durante a corrida. Discorre sobre a falência de comerciantes durante a pandemia.

 

3 - CARLOS GIANNAZI

Lamenta o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que garantia distribuição de absorvente a pessoas carentes. Lembra veto do presidente a internet gratuita em escolas públicas. Endossa o discurso do deputado Castello Branco a respeito da realização da Corrida da Esperança. Alega que o número de mortes por Covid-19 continua alto. Tece críticas ao governador João Doria. Menciona evento, realizado pela Secretaria de Educação, com mais de quatro mil diretores de escolas estaduais.

 

4 - CASTELLO BRANCO

Assume a Presidência.

 

5 - CORONEL TELHADA

Comemora as assinaturas para a abertura da CPI para investigar os gastos do governo durante a pandemia. Discursa contra a instalação da CPI da Prevent Senior. Afirma que esta Casa deve fiscalizar o governo. Celebra a Conquista de Galicano, em 1944. Critica o PLC 26/21. Cita prejuízos aos servidores. Lembra promessas de campanha não cumpridas do governador. Discorre sobre o pagamento de emendas impositivas a deputados da base do governo.

 

6 - PATRICIA BEZERRA

Comemora a sansão da Lei 17.413/21, de sua autoria, para a criação de Programa de Suporte Emocional para Crianças e Adolescentes nas Escolas Públicas do Estado. Reflete sobre os efeitos da pandemia na saúde mental de crianças e adolescentes. Discorre sobre a importância do tratamento.

 

7 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

8 - CASTELLO BRANCO

Pede a investigação de todas as operadoras de saúde em São Paulo. Exibe slides sobre o trabalho da Prevent Senior. Questiona os interesses para a instalação da CPI. Comenta as manifestações de funcionários defendendo o grupo. Critica intervenções políticas em métodos científicos. Defende a autonomia dos médicos. Lembra o fim da isenção de ICMS em insumos farmacêuticos e hospitalares, autorizado pelo PL 529/20.

 

9 - CASTELLO BRANCO

Assume a Presidência.

 

10 - JANAINA PASCHOAL

Informa o recebimento de relatos de pessoas não vacinadas contra a Covid-19 sendo proibidas de acessar diversos locais. Afirma que professores e estudantes de escolas e universidades não poderão participar de atividades presenciais sem comprovação da vacina. Pede apoio ao PL 668/21 contra o passaporte sanitário. Clama por mais reflexão sobre o assunto.

 

11 - GIL DINIZ

Assume a Presidência.

 

12 - CARLOS CEZAR

Faz eco ao discurso da deputada Janaina Paschoal. Defende a liberdade individual de escolha. Apoia o PL 668/21. Comenta o que considerou excesso de órgãos de fiscalização no Brasil.

 

13 - CARLOS CEZAR

Assume a Presidência.

 

14 - GIL DINIZ

Anuncia sessão solene, hoje, na Câmara Municipal de São Paulo, em homenagem ao Dia do Nascituro. Comenta a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Vida. Informa encaminhamento de mandado de segurança para poder discursar sem máscara neste Parlamento. Critica o projeto que visa comprovação da vacina contra a Covid-19 para acesso ao plenário. Defende o PL 668/21. Pede pelo uso da galeria para participação da população nos debates.

 

GRANDE EXPEDIENTE

15 - JANAINA PASCHOAL

Critica os trabalhos da CPI da Covid, no Senado Federal. Lamenta que o presidente do Conselho Federal de Medicina seja investigado. Mostra-se contrária à instalação de CPI que pretende investigar a Prevent Senior. Diz que médicos podem se sentir inseguros para prescrever medicamentos.

 

16 - VALERIA BOLSONARO

Nega desentendimentos entre filiados do PRTB, por conta de possível ingresso do presidente Jair Bolsonaro no partido. Destaca o apoio da Sigla à citada autoridade. Tece críticas à imprensa. Desaprova a possível instalação de CPI que pretende averiguar os trabalhos da Prevent Senior. Mostra-se contrária à CPI da Covid. Rebate pronunciamento do deputado Paulo Lula Fiorilo.

 

17 - CARLOS GIANNAZI

Afirma defender a autonomia dos médicos, mas não a prescrição de medicamento sem eficácia. Lamenta a obstrução ao requerimento de urgência que pretende instalar a CPI da Prevent Senior. Relata possíveis irregularidades praticadas pela empresa citada. Reproduz e critica áudio do hino da instituição. Questiona semelhanças do mesmo com cantos nazistas. Solicita que deputados da base do Governo se mobilizem para a instalação da referida comissão. Reforça que é papel desta Casa averiguar denúncias.

 

18 - VALERIA BOLSONARO

Assume a Presidência.

 

19 - GIL DINIZ

Mostra-se contrário ao pronunciamento do deputado Carlos Giannazi, a respeito do hino da Prevent Senior. Reproduz áudio do médico Davi Uip, a respeito da utilização da cloroquina. Questiona o porquê de a esquerda não pleitear investigar o fato. Defende a autonomia médica.

 

20 - JANAINA PASCHOAL

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

21 - PRESIDENTE VALERIA BOLSONARO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 08/10, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos, nesta tarde de quinta-feira, dia 7 de outubro de 2021. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Iniciamos, neste momento, o Pequeno Expediente com os seguintes oradores inscritos: o primeiro orador é o deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado Castello Branco. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Pequeno Expediente do dia 7 de outubro de 2021, quinta-feira. Deputado Castello Branco apresenta para a população de São Paulo mais um contrassenso, mais um contraditório, mais um absurdo do Governo de São Paulo.

É o fim da quarentena em São Paulo? Sim ou não? Corrida da demagogia, esse é o nome que dei para o que vai acontecer no dia 28 de novembro. Vamos ver a total incoerência do Governo do Estado de São Paulo. O Governo de São Paulo lança a chamada “Corrida da Esperança”. Está aí, de forma midiática, marqueteira, publicidade de baixo nível, o que o governo pretende fazer.

Senão vejamos: o governo paulista anunciou nesta segunda-feira, dia 4 de outubro, o chamado “Projeto da Corrida da Esperança” que, se concretizado, será um marco - pelo menos midiático - do retorno dos grandes eventos esportivos - pode trocar o slide - com o carimbo estadual.

Será uma prova de cinco ou dez quilômetros, na manhã de 28 de novembro, aqui do lado, nas imediações do Parque do Ibirapuera, com shows de encerramento, deputado Telhada - Carlinhos Brown! Daniela Mercury! -, o que deve atrair milhares de pessoas, não é?

Vamos lá, vamos continuar esse absurdo. Coincidentemente, o evento acontecerá na semana posterior às prévias do partido PSDB, olha só. Para ser candidato à Presidência de 2022, o Sr. Governador Doria vai abrir a porteira. Que coincidência, não é, senhores?

Outra coincidência: sabem quem é um dos patrocinadores, população de São Paulo? A Unimed. É uma coincidência. Essas prévias do PSDB estão marcadas para o dia 21 e, no dia 28, está aí ele abrindo tudo para comemorar o que ele imagina que seja a sua primeira vitória.

Naquela ocasião, será então a primeira oportunidade para assistir a um show ao ar livre em quase dois anos de pandemia, de “fique em casa”, de “não saia”, e ainda fazer uma atividade física. Essas são palavras do nosso governador João Doria, que avisou que ele também vai se inscrever nessa corrida de 10 quilômetros. Dia 28 de novembro, sem dúvida, ele vai testar a sua popularidade nas ruas de São Paulo, como um candidato virtual à presidente da República.

Pergunta-se: no evento do governador, que vai atrair milhares de pessoas às ruas, ele vai cumprir os protocolos sanitários? A corrida e o show vão ter distanciamento social? Será obrigatório o uso de máscaras e álcool gel na corrida?

Ele vai evitar aglomerações? Ele vai contar com passaporte sanitário de vacinação? Só os vacinados poderão correr? Vai ter fiscalização? Ele vai aplicar multa? Ou nenhuma das alternativas acima? Essa questão vai cair no Enem 2021. Ninguém vai acertar essa resposta.

A corrida do dia 28 de novembro tem motivo, com certeza, eleitoral e motivação política. Está claro isso. O fim da quarentena já tem data marcada. Ele tem uma bola de cristal, deputado Giannazi? A partir do dia 28 acaba a quarentena, não é? Por uma questão mágica, esotérica, mística, ele acaba de encerrar a quarentena.

Uma única certeza nós temos, de tudo isso. Resultado da quarentena: quebrou o comércio, quebrou a indústria, fecharam lojas, restaurantes e bares, que foi o setor mais prejudicado, perderam o emprego milhares de pessoas, no que já estava ruim, diminuição de renda, tudo em nome do famoso combate ao vírus.

Pode trocar de slide.

Corrida da esperança ou corrida da demagogia? Com showmício antecipando campanha, com Carlinhos Brown e Daniela Mercury, com bons rendimentos, com bons honorários, com bons cachês para os seus shows.

Enquanto o governador lançou o #FiqueEmCasa, Doria, agora candidato à presidente em 2022, lança a #FiqueNaRua, está aqui um bom nome. Dia 28 de novembro, fim da quarentena de São Paulo, puro marketing político e eleitoreiro. Conclusão: mais uma farsa goela abaixo da população de São Paulo.

Juntos somos sempre muito mais fortes.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Próximo deputado, deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.)

Deputada Edna Macedo. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia, queria aqui repudiar veementemente o veto do presidente Bolsonaro, Sr. Presidente, a um projeto que foi aprovado no Congresso Nacional e que garantia, ou que garante, a distribuição de absorventes para pessoas de baixa renda, sobretudo para alunas das escolas públicas e para mulheres em situação de vulnerabilidade.

Olhem só a crueldade desse governo Bolsonaro. Ele vetou a distribuição desses absorventes, Sr. Presidente, que são, hoje, uma necessidade fundamental, inclusive para a manutenção das alunas nas escolas públicas. Então esse governo não tem mais limites, não é?

Ele já tinha há alguns meses vetado a internet gratuita nas escolas públicas do Brasil para escolas, para os alunos e para professores, um projeto que foi aprovado na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e o Bolsonaro, de forma cruel, seguindo sua lógica e sua coerência de destruidor da educação nacional, como ele já tinha feito também o congelamento de quase quatro bilhões de reais do orçamento da Educação para as escolas públicas para este ano de2021, ele vetou a internet gratuita e agora está vetando, para as alunas das escolas públicas do Brasil, a distribuição do absorvente feminino, Sr. Presidente.

É de uma crueldade sem precedentes. É um governo que ataca os pobres o tempo todo. Queria fazer esse registro e deixar o nosso repúdio a esse veto e dizer que a luta agora é pela derrubada do veto, como nós já derrubamos também o veto que ele impôs à internet gratuita para as escolas públicas, só que ele não está ainda respeitando a legislação, ele está recorrendo na Justiça para que os nossos alunos, para que as escolas públicas do Brasil não tenham acesso à internet. Olhe só a crueldade, Sr. Presidente.

Quero concordar aqui com uma parte da denúncia que o deputado Castello Branco fez aqui com muita propriedade, deputado Castello Branco. Vossa Excelência foi preciso. Doria é um marqueteiro de quinta categoria. Muito boa a crítica de V. Exa., porque é de uma irresponsabilidade criminosa ele promover eventos de massa nesse momento, decretando o fim da quarentena como se tivesse terminado.

Nós estamos com uma média móvel de mortes no Brasil, ainda, de mais de 500 pessoas morrendo todos os dias de Covid-19. A pandemia não acabou.

Agora, ele é marqueteiro, só pensa na eleição, eleição, eleição. Ele está voltando às suas origens de Bolsodoria, ele volta ao negacionismo, ele se associa novamente às mesmas teses do Bolsonaro. Essa é a grande verdade: Doria, na verdade, é um Bolsonaro disfarçado. A verdade é essa, deputado Castello Branco. Sei que V. Exa. defende Bolsonaro, mas a verdade é essa.

Eu só não concordo com a crítica que V. Exa. fez ao fechamento do comércio. Nós defendemos o isolamento social, o uso de máscaras; nós defendemos a vacina, e não a cloroquina. E também nós defendemos que, no primeiro momento, foi importante, sim, o fechamento. Todos os países do mundo fecharam; era uma forma de conter o vírus.

Agora o Doria está instrumentalizando esses eventos todos, como fez recentemente o secretário da Educação, Rossieli Soares, que colocou mais de 4.000 educadores e educadoras num ginásio, num espaço fechado em Serra Negra. Olha que absurdo. Convocando pelo “Diário Oficial” e depois mentindo, dizendo que não, os diretores não eram obrigados. Mas tem o “Diário Oficial” convocando, eu mostrei aqui: saiu publicada no dia 24, num sábado, a convocação dos diretores.

E quando ele percebeu que a tragédia já havia acontecido, que a imprensa caiu em cima, a Rede Globo foi lá, a “Folha de S. Paulo”, ele disse que ninguém era obrigado a estar naquele evento, que era uma reunião de trabalho. Mentira. Na verdade, tem a publicação no “Diário Oficial” convocando os diretores a participar de uma reunião que poderia ter sido feita pelo tão falado centro de mídias, uma reunião remota.

Mas eu quero, então, repudiar veementemente, Sr. Presidente, o veto à distribuição do absorvente feminino para as alunas das escolas públicas do Brasil. Isso é grave, Sr. Presidente, é um atentado contra a Educação e contra todas as mulheres do Brasil.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. Eu quero pedir desculpas à deputada Carla Morando. Eu chamei a senhora, a senhora estava no plenário, não lhe ofereci a palavra. A senhora quer falar, deputada? Não, mas é que seria a vez da senhora, não dei a liberdade. A senhora quer falar, a senhora fique à vontade.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Não, obrigada, presidente. Na verdade, eu até assinei o papel para passar o meu período para a Patricia.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Ah tá, mas é no Grande Expediente? Neste momento, a senhora não...

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Não.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - A senhora me perdoe, porque eu não havia visto que a senhora estava aqui dentro, ok.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Não, imagina, não tem problema, não.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Próximo deputado é o deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Eu solicito que algum dos deputados assuma a Presidência, para que eu possa fazer uso da palavra.

Deputado Castello? O senhor pode assumir a Presidência, deputado? O Castello assume, por gentileza. Vou passar para o capitão Castello Branco, piloto de helicóptero, que pilotava sobre a Amazônia. Se pilota sobre a Amazônia, pilota a Presidência aqui também. Tranquilamente, né, Castello. Por gentileza.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Castello Branco.

 

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O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Dando sequência aos oradores inscritos, chamamos o nobre deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Nobre deputado Coronel Telhada. Vossa Excelência tem o tempo regulamentar de cinco minutos.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado. Uma boa tarde a todos. Nesta quinta-feira, dia sete de outubro de 2021, quero saudar a todos os que nos assistem pela Rede Alesp, tanto na capital quanto no interior do estado; saudar a todos os presentes aqui, deputados, assessores, funcionários; e a nossa Polícia Militar, na figura do primeiro-sargento Martins, da cabo Débora, do sargento Ricardo e da soldado...

Eu sempre esqueço o nome. Figueiredo. É que ela tem pouco tempo na Casa. Eu vou lembrar o nome de todos com o tempo, me perdoem.

Eu quero iniciar as minhas palavras hoje... Por gentileza, coloca a primeira imagem, por favor, Machado. Quero aqui parabenizar o deputado Danilo Balas pela iniciativa da CPI dos gastos do Governo Doria. Ontem, nós conseguimos 34 assinaturas, ou seja, a CPI está apta para ser aberta.

Eu sou um desses 34 deputados e eu sei que os demais deputados aqui presentes também são. Eu sou um desses deputados, um desses 34, e eu quero aqui dizer a todos da importância da abertura dessa CPI.

Nós já tentamos abrir uma CPI aqui do Covidão, mas nós não tivemos as assinaturas dos deputados que precisávamos - eu não sei o porquê, até agora. Justamente, esse é um dos grandes problemas de São Paulo.

Eu me assusto quando eu vejo esta Casa querendo dar, inclusive, urgência na CPI da Prevent Senior, porque, no meu entendimento, é mais uma maneira de o Governo desviar a atenção sobre as inúmeras irregularidades que aconteceram ao longo desta pandemia. O Governo, querendo desviar as atenções sobre as falcatruas que aconteceram, agora incentiva esta Casa na abertura de uma CPI contra a Prevent Senior.

É uma empresa pela qual eu, particularmente, tenho grande consideração, não só pelo fato de a minha mãe ser tratada pela Prevent Senior, mas mais de 550 mil associados. Não sei “associados”. É “beneficiários”, é isso? Mais de 550 mil pessoas são beneficiadas, ou trabalham, ou são atendidas pela Prevent Senior.

Ontem, quando eu vi aqui aquela vergonha dos deputados virem votar “sim” na urgência, eu vi que grande parte dos deputados o faziam por ideologia, simplesmente porque aquela comédia da CPI do Senado está rolando e eles quiseram envolver a Prevent Senior em alguma coisa.

Aliás, vi um deputado aqui, de um partido que diz que vive sempre lutando pelo trabalhador, chamando ontem os manifestantes aqui, funcionários da Prevent Senior, de vagabundos. É gozado, né?

A esquerda está tão junto com o Doria que até a mania de tratar trabalhador está igual, chamando o trabalhador de vagabundo. É muito feio isso, muito feio. A Casa tem que entender uma coisa: nós temos aqui que fiscalizar o Governo, que é a nossa obrigação, e não sermos coniventes com as irregularidades que estão sendo praticadas. Então, parabéns ao deputado Danilo Balas pela colheita dessas assinaturas, ou coleta dessas assinaturas, e parabéns aos 34 deputados que assinaram.

Então, vamos trabalhar agora para a implantação da CPI dos gastos do Governo Doria nesta Casa. Quero ver se vão ter culhão mesmo de vir aqui e botar isso para ferver, porque, até agora, só fica com lenga-lenga, correndo atrás de interesses escusos. O que tem que ver mesmo, não vem; é Dersa, é Detran e por aí afora vai. Então, está na hora de botar os pingos nos “is” nesta Casa aqui. Vamos ver se o pessoal tem coragem mesmo.

Hoje, eu quero lembrar que, no dia 7 de outubro, também é comemorada na história militar a conquista de Galicano pelas tropas da Força Expedicionária Brasileira, que lutaram em 1944-1945 na Itália. Parabéns aos nossos heróis. Eu sempre digo aqui que os meus heróis não morreram de overdose, graças a Deus.

Finalizando, eu quero falar aqui do famigerado PLC 26. Mais uma vez, o Governo Doria covardemente ataca o funcionalismo, não cumprindo nenhuma das suas promessas de campanha. Aliás, fazendo ao contrário: ao invés de ele cumprir a promessa de valorizar o funcionalismo, de melhorar o salário do funcionalismo, da PM...

Ele teve a pachorra de falar que seria a segunda melhor polícia paga no Brasil. Mentiroso. Mentiroso, com todas as letras. Além de não fazer isso, ainda está tirando os direitos de todos os funcionários públicos, inclusive da Polícia Militar. Eu quero aqui concitar os Srs. Deputados, que estão assinando isso aqui e que serão cobrados pelo funcionalismo.

Você, meu amigo, minha amiga, que é do interior e está assistindo aqui: fique atento a essa votação, porque você, que é funcionário público, pode ter certeza de que muitos deputados em que você votou para trabalhar por você estarão aqui votando “sim” no PLC 26, um PLC que atrapalha a vida do funcionalismo, que mais uma vez tira direitos. Não é privilégio; tira direito do funcionalismo.

Na Polícia Militar, nós não temos direito à greve, nós não temos uma série de vantagens que o trabalhador comum tem. Os poucos direitos que nós temos, o governo Doria ainda quer tirar, ou seja, um criminoso com o funcionalismo da área de Segurança, da área da Saúde, da área da Educação, enfim toda a área do funcionalismo está sendo muito prejudicada nesse governo Doria.

Esse PLC 26 vai acabar ou reduzir os benefícios, por exemplo, retira o abono de produtividade, restringe o abono de permanência, restringe direitos à licença-prêmio, acaba com a falta abonada, retira a correção anual do IPC do adicional de insalubridade, retira o bônus por insalubridade durante a licença-prêmio, coloca a possibilidade de demissões quando suas funções estiverem superadas pelas novas dinâmicas, ou tecnologias, enfim, uma série de maldades para com o funcionalismo público, inclusive quebrando a estabilidade do serviço público.

É isso que o governo Doria tem feito. E, como foi dito aqui, essa CPI da Prevent Senior deixa bem claro o interesse do governo, porque inclusive essa corrida que o deputado Castello Branco mencionou aqui está sendo patrocinada por uma concorrente do mercado da saúde. Não é isso, deputado?

Então, a gente nota que para os colegas, tudo, para os colegas, sempre junto; agora, quem não está com esse governo, simplesmente é tratado dessa maneira. Aliás, nós, deputados, somos tratados assim: quem não está com o governo, mal e porcamente está tendo suas emendas impositivas pagas. Aliás, eu estou sabendo que até os deputados da base - viu Giannazi? - estão tendo problema para receber o que o Doria prometeu aí. Imagine quem não é da base.

Então, o governo é isso aí, o governo de São Paulo. Povo paulista, abra os olhos, porque eles vêm aí com tudo, querendo a campanha para presidente. Aliás, já abriram os cofres para os prefeitos. Prefeito que é aliado do Doria está tendo muito dinheiro para trabalhar na cidade. Quem não é aliado, não está tendo nada, como é o caso aqui dos deputados.

Então, é uma vergonha esse governador Doria para o estado de São Paulo, e eu espero que ele nunca seja eleito nem para porteiro de prédio. Eu espero, e trabalharei, no sentido de que esse cidadão não seja mais eleito aqui no Brasil.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Muito bem.

Dando sequência aos oradores inscritos no Pequeno Expediente de hoje, dia 7 de outubro de 2021, quinta-feira, chamamos o nobre deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Nobre Deputada Janaina Paschoal. Nobre Deputada Janaina Paschoal não fará uso da palavra. Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Emidio de Souza. (Pausa.)

Deputado Ricardo Mellão. (Pausa.) Deputada Dra. Damaris Moura. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputada Isa Penna. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Major Mecca.

Na lista suplementar do Pequeno Expediente, deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputada Patricia Bezerra.

Vossa Excelência tem o tempo regulamentar de cinco minutos.

 

A SRA. PATRICIA BEZERRA - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente; boa tarde aos colegas deputados e aos que nos assistem pela TV Assembleia; é um prazer vir a este tribuna, pela primeira vez para falar de uma notícia e de um projeto de lei de minha autoria, que se tornou a Lei 17413, de 2021, que trata e versa de uma matéria que para mim é extremamente relevante e importante, sobretudo num ano pandêmico.

Nós estamos já há dois anos sofrendo uma pandemia, e essa pandemia afetou sobremodo a saúde mental, não só de adultos, mas também das crianças e adolescentes. E num mundo tão polarizado, muita gente imagina que qualquer decisão que se tenha, uma decisão travada na polarização e também nessas brigas políticas, mas, pela primeira vez, a gente tem uma medida no estado de São Paulo para tratar a saúde mental na agenda oficial da Educação Pública estadual.

Essa é uma atitude do governador que foi extremamente sensível e coloca o estado em vanguarda no que diz respeito ao tratamento de saúde mental para crianças e adolescentes. A gente teve agora, nesse período de Covid - a gente está ainda no “intracovid” -, mas tivemos um momento em que as crianças foram alijadas de todos os vínculos que elas tinham, sobretudo na área da Educação.

Elas iam para a escola, elas conviviam com os colegas, com os professores, elas também tinham os amigos que jogavam bola, os convívios na comunidade, sobretudo na comunidade carente, na favela, e também conviviam, deputado Giannazi, com os seus próprios avós.

Com o advento dessa pandemia, dessa crise sanitária, elas tiveram um luto, sobretudo acumulado, muitas perderam, de fato - perderam para a morte -, seus avós, perderam pais, perderam mães, perderam irmãos e também perderam esse convívio afetivo com professores, com amigos, e não entenderam o que estava acontecendo.

Elas não tinham capacidade intelectual e nem emocional para ter a compreensão do que estava acontecendo. Elas dormiram sem máscara e acordaram com uma máscara no rosto e em isolamento social.

Isso gerou um aumento de 38% de problemas de saúde mental, de procura por tratamento e por consultórios psiquiátricos. A gente tem no Brasil 22 milhões de deprimidos. É a população de São Paulo e uma parte da região metropolitana. Isso a gente está falando genericamente, de homens, mulheres, adultos e crianças. Isso era um quadro de 2019.

A gente tem um ranking que coloca o Brasil em segundo lugar em suicídio de crianças e adolescentes, só perdendo para a Nova Zelândia. Isso fora do momento também de Covid. A questão de saúde mental já era um problema antes da questão da crise sanitária. Ela só veio agravar com o problema da crise sanitária.

O projeto que se transformou em lei na cidade coloca a criança e o adolescente como prioridade no atendimento da rede psicossocial no estado de São Paulo.

Vai treinar os professores para que observem as crianças no ambiente de educação nas escolas para que identifiquem qualquer mudança no comportamento e, identificando qualquer alteração no comportamento, a criança que era ativa e que muda o comportamento, fica retraída, que saía no intervalo e não sai mais, que conversava muito e não conversa mais, que era calma e passou a ser agressiva, encaminhar para a rede de atenção psicossocial de referência para que ela seja encaminhada, se necessário, para o psicólogo e também para o psiquiatra, porque quando a criança está deprimida ela deixa de produzir um hormônio extremamente importante e para que, se necessário, seja reposto quimicamente.

Então essa lei aprovada pelo governador João Doria colocou o estado de São Paulo em vanguarda naquilo que diz respeito ao atendimento de saúde mental para criança e adolescente e eu me sinto muito orgulhosa, presidente, por ter proposto essa legislação que agora faz parte do atendimento para a criança e para o adolescente no estado de São Paulo, atendida e sancionada pelo governador João Doria.

Obrigada.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra. Deputada. O próximo deputado que fará uso novamente da palavra, é o deputado Castello Branco. Vossa Excelência tem o tempo regimental. Algum deputado fará uso da palavra no Grande Expediente, no Pequeno? É porque depois é o deputado Giannazi, e depois a senhora. Porque eu não farei uso da palavra novamente não. 

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito bem. Deputado Castello Branco volta ao plenário nesse final de Pequeno Expediente do dia 7, com a nossa hashtag #juntossomosmaisfortes #somostodosumsó. Hoje, voltando a falar, mais uma vez, contra a comissão parlamentar de inquérito que pretende punir a Prevent Senior.

Eu gostaria de dizer que, pra começar, se vai auditar, então vamos auditar todas as operadoras de Saúde. Vamos colocar nessa lista a Unimed. Podemos colocar também a Qualicorp. Podemos colocar a Hapvida. Eu vou apresentar mais tarde uma relação das 736 operadoras de Saúde do Brasil. Sendo as quais, estão muito bem instaladas em São Paulo, e das quais, 25 são as principais.

Mas vamos nos ater agora às questões relativas à Prevent Senior. É uma operadora de Saúde voltada para o atendimento de idosos, principalmente. Possui 11 hospitais próprios.

O Sancta Maggiore é um deles, que totaliza 37 unidades do grupo, com núcleos de Medicina avançada, diagnóstico por imagem, oncologia, ortopedia, cardiologia, oftalmologia, entre outros. Muda o slide por favor.

A Prevent Senior também está presente na cidade de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre e Brasília. É considerada uma das maiores redes hospitalares da cidade de São Paulo, com 1.200 leitos, distribuídos em 11 centros. Pode mudar o slide por favor.

No final de 2019, a Prevent Senior possuía 456 mil beneficiários, sendo 346 mil com idade superior a 60 anos. Entre eles, 258 pacientes tinham 100 anos de idade ou mais. Um recorde.

Atualmente a operadora possui mais de 550 mil beneficiários. Em sua grande maioria, idosos que não encontraram, no serviço público, o mesmo atendimento, com custo tão baixo.

Cabe ressaltar que, nesse segmento de idosos, a Prevent Senior tem a melhor relação custo-benefício do mercado. Na média, 75% dos pacientes da Prevent são idosos.

Se os pacientes da Prevent Senior migrarem para o SUS, isso seria muito ruim para o Sistema de Saúde brasileiro, porque 75% dos atuais pacientes correspondem a 412 mil idosos. O que causaria um caos no Sistema Público de Saúde, e mais óbitos. Além da dificuldade em marcar consultas com especialistas, e da fila para a realização de exames. Próximo.

Atualmente a Prevent é uma alternativa econômica e de qualidade para o atendimento de idosos. Muitos pacientes não teriam a oportunidade de contratar outra operadora. No final, quem paga a conta é a população, e o paciente, que ficará desassistido. Quando eu fizer assim, pode trocar.

A Prevent Senior possui mais de 3 mil médicos, 12 mil funcionários. Faturamento líquido, em 2020, de mais de 4,2 bilhões de reais. Aqui, as manifestações que estão sendo feitas todos os dias, em vários pontos da cidade. Mas principalmente aqui na sua sede, na Brigadeiro Luis Antonio, e no entorno da Assembleia Legislativa de São Paulo.

Aqui, algumas comprovações de que o Governo do Estado de São Paulo tem parte da culpa no aumento dos custos de Saúde, pelo PL 529, o pacote da maldade, entre outras ações muito nocivas à Saúde no estado de São Paulo. Difamação, calunia, infâmia.

Querem manchar a reputação de uma empresa que possui um histórico de sucesso. Com certeza, aonde tem interesses escusos e inconfessáveis de vários agentes políticos e financeiros. Possivelmente, da concorrência também.

Está aqui a manifestação dos últimos dias, com milhares de pessoas nas ruas, principalmente idosos, clientes que são testemunhas deste excelente serviço de Saúde, que é a Prevent Senior, envolvida na CPI do Senado injustamente, e que está servindo de boi de piranha para as acusações que está recebendo, onde, por trás disso, existem outros interesses.

Agora, o grande perigo dessa situação, indo para minha conclusão, é o seguinte. Medicina não é política. Está havendo uma inferência perigosa da política na Medicina. Está se abrindo um precedente, na minha maneira de entender, sem volta.

Uma caixa de Pandora vai ser aberta, e eu concito ao Conselho Federal de Medicina, aos Conselhos Regionais de Medicina que se posicionem, porque forças políticas estão obrigando médicos a tomarem posições, ou abrirem seus protocolos, que lhes cabem como responsabilidade.

Como bisneto, neto, filho, irmão e pai de médicos, eu posso dizer o seguinte. O médico, pelo seu código de ética, tem o direito de fazer seus receituários e de propor os tratamentos, acima de tudo sendo ele responsável por aquilo que ele assim preconiza.

O que está acontecendo hoje, perigosamente, é uma inferência sobre a classe médica, que não deve aceitar mais isso.

Medicina não é política. Medicina é Medicina, já dizia meu querido pai, Clóvis Savério de Luca. Juntos somos mais fortes. Pela Medicina, e pelos médicos.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado Castello Branco. Vossa Excelência poderia assumir a Presidência, deputado Castello Branco? O próximo deputado é o deputado Coronel Telhada. Não farei uso da palavra. A próxima deputada é a Sra. Deputada Janaina Paschoal. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Castello Branco.

 

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A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento as pessoas que nos acompanham, cumprimento Vossa Excelência, Sr. Presidente, os colegas deputados aqui presentes. Eu sigo recebendo muitos e-mails, e pessoas telefonando no gabinete, trazendo denúncias - eu vou tratar por essa designação.

Denúncias de que não podem entrar nos seus ambientes de trabalho, de que estão recebendo já notificações de que serão afastadas do trabalho, de que serão punidas, submetidas à sindicância. Pessoas que cometem o “crime”, não previsto em lei, de não quererem se vacinar.

Então, recebi várias mensagens de professores da rede municipal. Na verdade, não só aqui da Capital, de várias cidades do Estado, de professores de universidades públicas, professores de escolas técnicas.

Já comecei a receber também muitos e-mails de estudantes universitários, da Unicamp, da USP e da Unesp. Já vinha recebendo de estudantes de instituições privadas, de que eles vêm sendo alertados de que não poderão participar das aulas presenciais, se não tomarem a vacina.

O que eu podia fazer a esse respeito, que eu posso fazer, eu já estou fazendo, levantando nas redes sociais, nas entrevistas, neste plenário, os argumentos jurídicos que impedem essa imposição. Uni vários colegas nesta Casa. Está aqui o colega Castello, o colega Telhada, que acabou de sair, o colega Gil, o colega Carlos Cezar, e outros tantos colegas.

Nós apresentamos o PL nº 668, de 2021, para garantir que as pessoas não sejam obrigadas a se vacinarem, nem para trabalhar nem no sistema público, nem no sistema privado, nem para assistir aula, nem para poder fazer algum tratamento de Saúde, algum procedimento.

Nós apresentamos esse projeto. Considero um projeto importante. Estamos angariando mais apoio. Então, o que nós podíamos fazer, nós estamos fazendo. As pessoas me escrevem: “Não, a senhora tem que fazer alguma coisa”.

A situação é muito dramática, porque até a ideia de acionar, ela acaba restando prejudicada, na medida em que o Tribunal de Justiça do estado de São Paulo baixou essa normativa para os seus próprios funcionários, para os advogados que precisam ingressar nos fóruns, para as partes, meu Deus do céu! As partes não podem entrar, as pessoas não podem entrar para falarem no balcão da Defensoria, dentro do prédio. Não podem entrar.

O Ministério Público baixou uma normativa na mesma linha do TJ, impedindo as pessoas de entrarem em seus prédios. Então, vejam os senhores: quando a gente propõe uma ação, seja ela qual for, individual ou coletiva, ela vai para o Poder Judiciário. Se no próprio Poder Judiciário esse absurdo - porque não tenho outra palavra - também é norma, a verdade é que não temos para quem recorrer.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.

 

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Só o que podemos fazer é trabalhar, e estamos trabalhando, para aprovar esse projeto aqui dentro e usar a argumentação para fazer essas pessoas que estão cegas por uma ideia única, vamos dizer assim, para que elas reflitam e percebam o tanto que é ilógico e infundado o que está acontecendo.

Senhores, o prefeito de São Paulo mandou identificar os funcionários que não estão vacinados. Esse mesmo prefeito já está anunciando o Carnaval. O prefeito do Rio de Janeiro recorreu de uma decisão brilhante do desembargador do Tribunal de Justiça do Rio, uma decisão correta.

Conseguiu reverter em uma decisão monocrática do ministro Fux, que todo mundo ali tem que se vacinar, até para visitar o Cristo Redentor. Acho até que isso fere o direito à liberdade religiosa, inclusive, além do ir e vir. Esse prefeito já está anunciando o Carnaval.

Então, assim, essas pessoas não têm noção - eu não quero ofender ninguém, mas a palavra é essa - do ridículo. Elas perderam a noção do ridículo! Então, eu quero só que as pessoas compreendam que o que a gente pode fazer, a gente está fazendo. Infelizmente, somos poucos, poucos que têm coragem de falar, porque tem muita gente que concorda e não tem coragem.

O mundo está na contramão do que a gente está defendendo. E aí existe o argumento: “Se o mundo está fazendo isso, quem são vocês?”. Somos pessoas convictas, com coragem de expressar o que pensamos e buscar os caminhos legítimos, lícitos, institucionais para exercer esse poder de convencimento.

Obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, nobre deputada Janaina Paschoal. Faço minhas as vossas palavras. Seguindo a lista de oradores inscritos na lista suplementar, convido a fazer uso da tribuna o nobre deputado Carlos Cezar. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Gil Diniz, que preside a sessão neste momento, Sra. Deputada Janaina Paschoal, Srs. Parlamentares, público que nos acompanha pela Rede Alesp, servidores da Casa que se encontram aqui neste momento, apenas para colaborar com as palavras já ditas pela deputada que me antecedeu, deputada Janaina Paschoal, quanto a esse projeto que nós vemos ser importante aqui no Brasil, ser importante para o estado de São Paulo, uma vez que o Brasil se notabiliza por ser um país livre, nós galgamos muitos passos para chegar onde nós chegamos.

Em todos, ter a liberdade de pensamento, de fala, de agir. Aqui é a Casa do povo, onde todos os pensamentos e pluralidades deveriam ser representados. Quando alguém baixa uma norma em que determinada pessoa não pode entrar em certo lugar, essa norma, no mínimo, é arbitrária, sobretudo se isso vem do Estado.

O Estado impor que pessoas, existem pessoas de uma determinada classe ou outra, isso é totalmente arbitrário e anticonstitucional. É algo que não vai ao encontro daquilo que está normatizado.

Por isso esse projeto do qual eu também sou um coautor, com a deputada Janaina Paschoal, é importante aqui para o estado de São Paulo, porque nós não queremos que em São Paulo aconteça o que alguns fizeram, por exemplo, em Pernambuco.

O governador de Pernambuco baixou uma norma em que, para alguém cultuar Deus, para entrar em uma igreja, ela tem que apresentar uma carteira, ela tem que apresentar um documento.

Meu Deus do Céu. A igreja é um lugar onde se recebe, sobretudo, pessoas doentes. Pessoas que são enfermas, pessoas que estão nas mais diversas situações. É claro que a igreja é cumpridora das normas, cumpre a legislação, cumpre os protocolos, mas nós não podemos discriminar pessoas dessa forma. Não se pode impor algo dessa forma.

Por isso eu manifesto o meu apoio total a esse projeto que visa impedir que São Paulo seja semelhante ao que acontece em Pernambuco de forma lamentável, de forma a todos acharem que, em vez de avançarmos, estamos regredindo. Em um país livre, um país em que se tem liberdade, não se pode admitir, de nenhuma forma, que algo seja imposto dessa maneira.

Penso que tudo aquilo que nós queremos para a sociedade deve se conquistar, deve se ensinar. E as pessoas têm a livre escolha. E graças a Deus que a maioria das pessoas, a maioria dos cidadãos são pessoas de bem. Às vezes se tenta limitar, deputada Janaina Paschoal, todos por baixo.

Vi até uma manifestação de V. Exa. em que V. Exa. fala que é um abuso de órgãos de controle. É impressionante como nós temos um controle, depois outro órgão para fiscalizar aquele controle, depois outro órgão para fiscalizar aquele e nunca tem fim. São conselhos e mais conselhos que se criam e o ex-governador Márcio França falava isso.

É impressionante o que a gente gasta, o que o pagador de impostos paga para pessoas fiscalizarem o fiscal. E aí não tem fim. Nós temos o Ministério Público, nós temos a Corregedoria, nós temos o Poder Judiciário, nós temos o Ministério Público, nós temos tantos conselhos, tantos órgãos de fiscalização de pessoas que ganham. Infelizmente, cada vez que se cria um órgão de fiscalização ele acaba se inchando. Veja como são os órgãos de controle, os conselhos, veja os prédios suntuosos que tem.

Aqui na cidade de São Paulo nós temos o Conselho Municipal, diferentemente dos conselheiros estaduais, o Tribunal de Contas do Estado, nós temos o Tribunal de Contas do Município. Tem ali um órgão, Tribunal de Contas do Município, mas tem os vereadores, que deveriam fiscalizar, tem o Tribunal de Contas do Município, que é uma estrutura gigantesca, aí tem o Ministério Público, aí tem a Corregedoria do município, aqui tem o Tribunal de Contas do Estado. Olhe o prédio, olhe as coisas. Tudo bem.

“Ah, deputado, mas tem que ter fiscalização”. Claro, mas nós temos que partir da premissa, nós partimos da premissa de que todo mundo é errado, então nós temos que botar uma placa lá na porta que só aqueles que são puritanos vão entrar. Meu Deus do Céu, às vezes vai entrar alguém que está com a carteirinha em dia, mas está contaminado. E aí, todo mundo que entrou ali achando que estava todo mundo seguro, acabou sendo contaminado.

Então é contra esse tipo de aberração que nós temos nos manifestado aqui e não vamos aceitar também que uma norma esdrúxula como aquela de Pernambuco venha a ser aprovada aqui, na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Apenas isso, Sr. Presidente. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, nobre deputado Carlos Cezar. Convido-o a assumir a Presidência dos trabalhos para que este deputado possa fazer uso da tribuna.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlos Cezar.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PSB - Passo a palavra ao deputado Gil Diniz, pela lista de inscrição.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente, nobre deputado Carlos Cezar, que assume neste momento os trabalhos desta sessão. Minha boa tarde aos deputados presentes aqui no Pequeno Expediente, deputada Janaina Paschoal, deputada Valeria Bolsonaro, deputado Adalberto Freitas, deputado Carlos Giannazi, deputado capitão Castello Branco. Boa tarde também aos nossos policiais militares e civis, aos assessores e ao público que nos assiste pela Rede Alesp.

Presidente, anuncio aqui hoje uma sessão solene que acontecerá na Câmara Municipal de São Paulo - Dia do Nascituro. Hoje, dia sete. Amanhã nós celebramos essa data, Castello. Mas hoje faremos na Câmara Municipal de São Paulo - o pessoal pode acompanhar pelas redes sociais - a celebração do Dia do Nascituro.

Como eu disse, aprovei nesta Casa um projeto que coloca no calendário oficial do estado de São Paulo o dia daquele que espera nascer, aquele ser humano em formação no útero materno.

Nós vamos celebrar hoje, na Câmara Municipal, uma sessão solene. A vereadora Sonaira Fernandes está organizando esse evento. Abriu também a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e do Direito Natural na Câmara Municipal. Ela que me ajudou muito, aqui nesta Assembleia, a abrir a nossa Frente Parlamentar em Defesa da Vida. E logo mais estaremos lá.

Presidente, também falo aqui para os meus eleitores, meus seguidores: entrei com um mandado de segurança hoje para garantir o meu direito à fala, meu direito às minhas prerrogativas neste Parlamento. Num tempo de histeria coletiva, um deputado é cerceado, inclusive, do direito à fala desta tribuna se por um acaso estiver sem máscara.

E esse monstro não tem limite, nunca está saciado. Já há deputados aí, candidatos a ditadores, que protocolaram, presidente - inclusive, tramita nesta Casa - um projeto que exige que os deputados apresentem essa carteira de vacinação, esse passaporte sanitário para adentrar este plenário, presidente.

Então, se esses autoritários têm a coragem, a ousadia de propor algo como isso, imagina só se esses inimigos dos cristãos, por exemplo, não apresentariam a mesma proposta para nos proibir de adorarmos nosso Deus nos nossos templos.

Repudio isso; entrei com esse mandado de segurança, assim como também estou entrando com outro mandado de segurança, deputado Carlos Giannazi, para garantir o uso da galeria pela população que quer vir aqui participar dos trabalhos.

Está aqui: tudo identificado, tem distanciamento. Nós discutimos agora a criação ou não da CPI da Prevent Senior, mas discutimos também o PLC 26. Tem que ser garantido à nossa população que compareça, se assim quiser, às galerias desta Casa, presidente. Faço coro aqui à deputada Janaina Paschoal, a V. Exa., que me antecedeu, nesse projeto que a deputada Janaina apresentou. Sou coautor também.

E tem esse meu apoio. Que tempos, senhores, que nós vivemos. Que tempos em que você não tem o direito de discordar, você não tem o direito, inclusive, sobre o seu corpo.

Aquelas mesmas pessoas que dizem “meu corpo, minhas regras” para assassinar um ser humano em formação no útero materno agora fingem que não estão vendo as mortes, por exemplo, de adolescentes depois de serem inoculados com essas substâncias experimentais, presidente.

A gente não pode colocar esse debate debaixo do tapete. A gente não pode fingir que nada está acontecendo por conta de uma histeria coletiva, deputada Valeria Bolsonaro, que fabricaram, que colocaram.

Então, conte, deputada Janaina Paschoal, com meu apoio, V. Exa. que está à frente desse projeto que conta com apoio de vários deputados de vários partidos, é suprapartidário.

Então, tem o nosso apoio, eu espero que esta Casa se debruce sobre esse tema, que nós possamos aprovar, e que essa imposição arbitrária, autoritária e inconstitucional, não seja implementada no estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PSB - Encerrada a lista de inscrição no Pequeno Expediente, nós encerramos o Pequeno Expediente.

Abrimos, agora, o Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PSB - Na lista de oradores inscritos, primeiro o deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputado Ricardo Mellão. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal, tem o tempo regimental de dez minutos para falar no Grande Expediente, dia 7 de outubro de 2021.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente. Vou complementar o que disse no Pequeno Expediente. Venho acompanhando com preocupação a CPI da Covid, no Senado Federal, e com preocupação por quê?

Porque todo santo dia é um absurdo novo ali, todo santo dia. Agora, eles estão demonizando o presidente do Conselho Federal de Medicina, porque, segundo eles, foi conivente com o “crime” dos médicos tratarem seus pacientes.

Então, é muito importante as pessoas que estão aplaudindo essa CPI, por não gostarem do presidente da República, entenderem a gravidade do que está acontecendo, porque muita gente tem uma visão assim de curta distância, achando o seguinte: como a CPI, de alguma maneira, está, vamos dizer assim, focando, tem como alvo o presidente da República e a pessoa não gosta do presidente, aplaude a CPI.

No entanto, quando a gente aplaude uma coisa errada, dá força para o errado. E essa CPI, todo santo dia, joga seus tentáculos em cima de algum inocente. A vítima do momento é o presidente do Conselho Federal de Medicina, vejam a gravidade disso.

Ninguém está dizendo que esse homem desviou dinheiro, ninguém está dizendo que esse homem recebeu dinheiro para qualquer coisa, que ele teria fraudado, nada disso. O “crime” é dar autonomia para os médicos cuidarem dos seus pacientes em meio a uma pandemia que assolou o mundo, não foi nem o país.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.

 

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Como se não bastasse, agora eles estão demonizando os médicos que tratam, que cuidam ali da parte da medicina paliativa. Eles estão confundindo, meu Deus do Céu, medicina paliativa com homicídio.

É uma ignorância, não tem outra palavra sem precedentes, e as pessoas estão aplaudindo um absurdo, só porque não gostam do Bolsonaro. Tem que abrir os olhos, gente, pelo amor de Deus.

Essa CPI está se agigantando. Agora, todo mundo querendo aparecer, está querendo replicar o absurdo, porque acham bonito. Outro dia, uma magistrada, no julgamento, falou: “Olha, isso aqui não é circo, isso aqui não é CPI.”

Aí os senadores se ofenderam, mas ela até foi muito gentil, pediu desculpas, tal. Mas a verdade é a seguinte... ela disse a verdade! Sim. Ela disse a verdade. Um senador gravou um vídeo dizendo que está enojado, que está se sentindo mal. Mas, meu Deus do Céu! Aquilo é uma vergonha. Aquilo é uma vergonha.

E como se não bastasse o que está acontecendo no âmbito federal, querem replicar aqui. E hoje já começaram aqui na Câmara Municipal. Então, gente, não se trata do presidente Bolsonaro, não se trata de 22, não se trata, sequer, da Prevent Senior. Eles vão colocar os tentáculos paulatinamente, em cima de um monte de inocente. E isso vai ter consequências para a Saúde pública.

Pensem os senhores como os médicos hoje, nos seus gabinetes, nos seus consultórios, não estão inseguros em prescreverem algo para seus pacientes. Como é que o médico vai saber se aquele paciente não é um jornalista disfarçado, não é um assessor de um daqueles senadores, disfarçado? Como é que vai saber se a receita dele não vai estar num grupo de WhatsApp, no dia seguinte?

Ou seja, o médico vai ter que seguir aquela cartilha mais tradicional possível, e muitas vezes vai deixar de tentar melhorar a vida do seu paciente, porque é isso que os médicos buscam fazer, devem buscar, por medo. Todos nós perderemos com o que está acontecendo naquele Senado, e o que vai acontecer nessas muitas CPIs que se multiplicam.

Não é razoável confundir Medicina paliativa com homicídio. Não é razoável. Não é razoável expor uma pessoa, com relação à qual já se tentou de tudo para manter a vida, expor uma pessoa a mais sofrimento. Tecnicamente, isso se chama distanásia.

Quando você submete um ser humano a tratamentos que já são sabidamente inúteis, que não têm nenhuma chance de sucesso, você está, na verdade, praticando distanásia, que a gente poderia até comparar com maus tratos propriamente.

A medicina paliativa não tem nada a ver com homicídio, meu Deus do Céu. E esses senadores estão falando qualquer coisa. E a imprensa que odeia o Bolsonaro, só porque esses senadores estão contra o Bolsonaro, a imprensa está aplaudindo um absurdo.

E esses políticos que não refletem, só pensando em eleição, estão permitindo agigantar algo muito ruim para a Saúde pública. Então, eu venho aqui expressar a minha solidariedade aos médicos, não importa em qual instituição, que buscaram melhorar a vida dos seus pacientes durante essa pandemia, os profissionais de Saúde em geral.

Aos médicos que praticam a medicina paliativa, que não tem nada a ver com homicídio, estão sendo ofendidos e estão sendo caluniados. Minha solidariedade ao presidente do Conselho Federal de Medicina, que está pagando por não ser um esquerdista rasgado, porque se ele fosse um esquerdista rasgado, e tivesse, ele próprio, falado bem da cloroquina, ele estaria sendo aplaudido.

Então, as perseguições que estão acontecendo, elas são, além de injustas, perigosas, porque elas refletem na Saúde pública. Hoje vários jornais estão dizendo que a tropa bolsonarista, que Janaina impediu se instalar a CPI. Com muito orgulho! Porque o que não falta é trabalho aqui dentro, para a gente querer replicar o circo, com o intuito, gostaria de dizer exclusivamente eleitoreiro, que me parece que é algo mais.

Mas, como eu ainda não consegui identificar o que é esse algo mais, eu prefiro falar que o intuito é eleitoreiro. Vou seguir utilizando o Regimento, sim, para impedir a instalação dessa CPI, porque não vejo fundamento jurídico para ela, como não vejo fundamento jurídico para essa CPI que ocorre no Senado e entendo que, sob o ponto de vista da Saúde pública, o que está acontecendo é muito deletério, talvez só tenhamos dimensão dos prejuízos daqui a alguns anos.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Muito obrigado, nobre deputada. Convido a fazer uso da tribuna a nobre deputada Valeria Bolsonaro. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

A SRA. VALERIA BOLSONARO - PRTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Eu subo nesta tribuna hoje para discorrer sobre dois assuntos. O primeiro, assunto extremamente importante, mas que vai de encontro ao que minha querida amiga, deputada Janaina falou, do problema que nós temos com a imprensa, não é? Que, cegamente, tudo o que é contra o nosso presidente, a imprensa ajuda, a imprensa acha que é lindo.

Então eu tenho uma carta aqui em minhas mãos, que é uma resposta para “O Antagonista” e para “O Globo”, que tiveram a falta de respeito, a falta de compromisso com a verdade mais uma vez, e publicaram em matéria, há algum tempo, e agora estão replicando isso, que, dentro do PRTB, o partido do qual eu agora faço parte, está ocorrendo um racha por conta da possibilidade de trazer o presidente Bolsonaro.

Então eles colocaram assim, que o jornal... Duas matérias diferentes, o jornal “O Globo” fez, colocou lá e o “O Antagonista” confirmou, dizendo que dentro do PRTB a primeira coisa que a presidente nacional, a Sra. Aldinea, que está ali como presidente nacional do PRTB, estaria ocupando esse cargo de maneira ilegal.

Isso é uma mentira, gente. Ela está ali ocupando de forma legal, até porque o prazo se esgota, da presidência dela, em 2024, então ela está com todos os seus poderes legais para conduzir como presidente nacional do PRTB até 2024.

Então ela tem todas as competências e está dentro, cumprindo as cláusulas estatutárias do partido. O partido é um partido que tem a linha conservadora no seu DNA, esteve apoiando o presidente Bolsonaro em todos os seus aspectos e sempre.

Já fez uma conversa com o presidente Bolsonaro e continua com as portas abertas.

Não existe nenhum racha entre a família dizendo que o filho e o genro estariam contra e as filhas estariam a favor.

Tudo mentira. Tudo fazendo graça, tentando arranjar confusão onde não tem, o que é um absurdo, porque me parece que está faltando notícia para esse povo, né? Parece que não tem o que falar, não consegue falar de outro assunto a não ser de forma que prejudique o presidente Bolsonaro.

Então, a Dona Aldinea me pediu aqui e eu vou colocar exatamente o que ela falou: “O PRTB, partido com DNA de direita e conservador, único partido que esteve coligado com o partido do então candidato, hoje presidente da República, Jair Bolsonaro, e que, em 2020, nas eleições municipais, com a não criação do partido Aliança do Brasil, o PRTB acolheu nacionalmente todos os bolsonaristas que quiseram se candidatar a vereadores, prefeitos, vice-prefeitos, todos foram muito bem acolhidos dentro do PRTB, e serão sempre.

O legado do presidente nacional, o senhor Levi Fidelix, que sempre se posicionou de forma conservadora, jamais será alterado. Então o PRTB continua levando o legado do presidente Levi Fidelix. Continua com a lealdade ao nosso vice-presidente, general Mourão, que está junto com o presidente Jair Bolsonaro.

E, para finalizar, convida a todos os brasileiros que queiram o Brasil melhor, a se juntarem à família do PRTB. Confirmando que as portas para o presidente Bolsonaro, estiveram, estão e sempre estarão abertas.” Assina a senhora Edineia Fidelix, terminando com Deus, Pátria e Família.

Então, mais uma vez, a gente pode perceber que essa imprensa tem um único objetivo na vida: que é denegrir, falar mal, inventar mentira. Tudo o que ela pode fazer para prejudicar e desgastar o nosso presidente Bolsonaro, ela faz. E isso vem com o que a deputada Janaina estava falando.

A imprensa está bajulando o senador Renan Calheiros. Isso é um escárnio com a sociedade. Bajular um homem como aquele, que tem quantos processos nas costas, que estão guardados. Os processos estão adormecidos nas mãos daqueles que deviam fazer o seu papel, mas deixam os processos ali.

Quem é Renan Calheiros para falar sobre Medicina, sobre o que um médico pode ou não fazer? Quem é Omar Aziz para falar o que um médico tem competência ou não para fazer?

O que eles fizeram com a doutora Nise, aquele absurdo, aquela falta de respeito com uma mulher que trabalhou a vida inteira, e foi desrespeitada por pessoas que não têm a menor qualidade!

Pessoas que têm quantos processos judicias, pessoas que envergonham o nosso País. Mas estão ali, conduzindo aquela CPI do circo, aquela palhaçada que está lá. E que agora querem trazer para cá.

Agora, quem quer trazer para cá? O PT, lógico. A esquerda, que colocou lá a palhaçada, quer colocar a palhaçada aqui também. Ou seja, com tanta coisa importante que a gente tem para fazer aqui, agora quer trazer um circo novo para a Assembleia do Estado de São Paulo.

Circo esse, que vai fazer o quê? Repetir o que está acontecendo em Brasília, já está no MP, já está na Câmara Municipal? Quer dizer, não tem cabimento. A gente vê que é só perseguição, uma coisa totalmente absurda. Um médico tem que ter autonomia para o que ele faz.

Agora, me espanta ver deputados aqui, que trabalham com Educação, como é o caso do deputado Giannazi, que fala tanto da autonomia dos professores, dos diretores, da Educação.

E quer, através dessa CPI, questionar a autonomia de médico? Isso é uma coisa que não dá. Qual é o conhecimento técnico que os deputados daqui da Casa possuem para discutir a autonomia de um médico? Isso é um absurdo, isso é falta de respeito.

A gente precisa entender que cada um tem que estar dentro do seu quadrado. Aqui, a gente não vê isso.

Aí vem a imprensa ajudar quem desrespeita a mulher, quem desrespeita profissional e quem não tem o menor conhecimento de causa. Porque, ter que ouvir rede de televisão falando “força, Renan Calheiros” é demais. É para acabar com o ser humano. É para acabar! “Força, o senhor está nos representando.”

Ah, pelo amor de Deus! A pessoa tem que ter o mínimo de vergonha na cara, para uma televisão falar uma frase dessas. E uma mulher, ainda! É tirar a gente do sério. Dá vontade de entrar dentro da televisão para pegar o ser humano. Porque não é possível, porque a pessoa está em sã consciência, de chegar e falar isso para que todos os brasileiros possam ouvir.

Dá vontade de falar: Escuta, está em que planeta, ser humano? E aí vem, ontem, deputado... Aliás uma resposta que eu precisava dar. Pena que o deputado Paulo Fiorilo não está aqui, mas fica aqui para ele a minha resposta, e, se precisar, eu vou repeti-la.

Ontem ele questionou qual era o meu sorriso, se era de escárnio ou se era de deboche. Não, deputado Paulo Fiorilo, não é de escárnio e nem de deboche. Eu sou uma pessoa que toda ação tem uma reação, e, quando a pessoa sobe aqui, eu posso sorrir também para quem é cínico, eu posso sorrir também para quem é hipócrita.

Tudo isso é uma resposta. Meu sorriso pode ser uma reação para cada tipo de ato que a gente vê aqui na frente. Quando a pessoa é hipócrita, quando a pessoa é cínica, eu também posso sorrir.

Porque chegar aqui e falar que “a CPI, que está sendo muito bem conduzida lá em Brasília, está esclarecendo”. Está esclarecendo o quê? Que não teve crime nenhum, que o presidente não fez absolutamente nada, e não tem culpa de absolutamente nada. É isso que ela está esclarecendo?

Presidente, eu termino aqui só deixando o seguinte: infelizmente, a partir do momento que começarmos a questionar a autonomia médica, nós vamos ter que questionar muitas outras coisas. Eu só acho que, dentro desta Casa, ainda não se tem competência para fazer esse tipo de questionamento.

Muito obrigada, e boa tarde a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, nobre deputada Valeria Bolsonaro. Convido para fazer uso da tribuna o deputado Roberto Morais. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, primeiramente, eu quero responder a deputada Valeria Bolsonaro. Deputada, eu defendo a autonomia do médico. É muito importante. O médico tem que ter autonomia.

Agora, eu não defendo autonomia para o médico prescrever um medicamento sem eficácia, um medicamento que está mais do que comprovado que faz mal, como, por exemplo, a cloroquina. O mundo inteiro rejeita a cloroquina. Nós não podemos aceitar isso. É contra isso que estamos nos levantando.

E quero lamentar que ontem houve aquela obstrução à aprovação do requerimento de urgência à instalação imediata de uma CPI para investigar as gravíssimas denúncias contra essa operadora de saúde, essa empresa, a Prevent Senior, que está sendo acusada por médicos, por funcionários, por pacientes, e que está sendo investigada pelo Ministério Público, pela Polícia Civil, pelo Senado Federal, pela Câmara Municipal de São Paulo.

Porque as denúncias são gravíssimas, Sr. Presidente. Olha, essa empresa está sendo acusada de falsificar atestados de óbito, ela está sendo acusada de distribuir kit Covid pelo correio. Eu conheço pessoas que receberam. “Recebi kit Covid na minha casa, o carteiro chegou lá e me entregou um kit Covid”.

Isso é um absurdo. Médicos eram obrigados a receitar esses remédios sem eficácia. São muitas as denúncias. Redução de oxigênio. Eles alegavam até que o paciente estava na UTI, e havia orientação para redução de oxigênio, para uma pessoa que estava na UTI. E se dizia, lá dentro da Prevent Senior, que óbito também era alta.

Olha o absurdo. Não é à toa que uma pesquisadora da Universidade de Brasília, a professora Michelle Fernandez, disse o seguinte: que o estudo da Prevent Senior é algo próximo do nazismo, Sr. Presidente.

O estudo feito lá é próximo aos estudos e as experiências feitas pelos nazistas, sobretudo pelo médico Mengele, que ficou famoso no mundo inteiro, e teve morada aqui no Brasil.

Então, são várias as denúncias, são todas graves, e devem ser apuradas. Inclusive, tem uma, Sr. Presidente, que eu fiquei chocado, com aquele hino. Parece mesmo um hino nazista.

Até trouxe uma cópia para mostrar, porque esse hino, Sr. Presidente, fala em canhões e espadas. Eu fico pensando, imaginem médicos e enfermeiros perfilados cantando esse hino. O que te lembra? Me lembra um hino nazista. Olha só.

 

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- É reproduzido o hino.

 

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Eu fico imaginando realmente que médicos, enfermeiros e enfermeiras cantando com... Olha só a frase, Sr. Presidente: “Com canhões e espadas, com espadas e canhões, nós somos os guardiões”. Médicos, profissionais da Saúde! É um absurdo total.

A Assembleia Legislativa tem que investigar. Eu entendo que a base bolsonarista, que a extrema-direita que está hoje presente na Assembleia Legislativa esteja cumprindo o seu papel de fazer obstrução.

Agora, Sr. Presidente, o que aconteceu ontem foi que o PSDB, que a base do Governo não participou, não teve nenhum esforço para aprovar o requerimento. Achei estranho, porque o Doria foi à televisão, à imprensa, e disse que apoiava a instalação da CPI, mas não mobilizou a sua base de apoio para aprovar o requerimento, para que nós, ontem, pudéssemos ter os 48 votos.

Nós, da oposição, estávamos aqui. Inclusive, a proposta veio da oposição, veio do deputado Paulo Fiorilo. Onde estava a base do Governo? Achei muito estranho e espero que, na semana que vem, a base do Governo esteja aqui, que o Doria mobilize essa base, porque, para votar projetos contra os servidores, contra os profissionais da Educação, da Saúde, da Segurança Pública, o Doria mobiliza rapidamente a base dele.

Para aprovar a reforma da Previdência, o PL 529, a Lei dos Precatórios. Todas essas maldades que foram aprovadas pelo PSDB na gestão Doria tiveram a mobilização da base do Governo.

Agora, para aprovar a CPI para investigar as gravíssimas denúncias contra a Prevent Senior, não vi mobilização ontem. Repito: nós estávamos aqui, fizemos intervenções, ou seja, nossa contribuição foi dada.

Agora, é muito importante essa investigação. Acho que essa CPI tem um papel importante, porque a Prevent Senior, Sr. Presidente, tem o maior número de associados aqui em São Paulo, na cidade e no estado de São Paulo. A Assembleia Legislativa tem obrigação de fazer uma investigação.

Temos que convocar o secretário estadual de Educação a essa CPI, temos que convocar o presidente do Conselho Regional de Medicina, o presidente federal de medicina, o presidente da Agência Nacional de Saúde.

Eles vão ter que depor, Sr. Presidente, e explicar porque se omitiram em relação ao que estava acontecendo. O próprio Ministério Público também arquivou uma investigação no ano passado. Olha que absurdo.

Então, a Assembleia Legislativa tem que cumprir o seu papel de fiscalizar essas gravíssimas denúncias, Sr. Presidente. Por isso, queremos aprovar em caráter de extrema urgência a CPI para investigar a Prevent Senior, Sr. Presidente.

Era isso, muito obrigado.

 

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- Assume a Presidência a Sra. Valeria Bolsonaro.

 

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A SRA. PRESIDENTE - VALERIA BOLSONARO - PRTB - Seguindo a lista, deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson. (Pausa.) Sebastião Santos. (Pausa.) Raul Marcelo. (Pausa.)  Adalberto Freitas. (Pausa.) Sargento Neri. (Pausa.) Castello Branco. (Pausa.) Delegado Olim. (Pausa.) Carlos Cezar. (Pausa.) Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. O senhor tem o tempo regimental.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente Valeria Bolsonaro. Mais uma vez, boa tarde a todos. Presidente, o deputado Carlos Giannazi passou um vídeo agora, do hino supostamente cantado pelos médicos e enfermeiros da Prevent Senior.

Ele tinha dito que lembra o hino nazista, o hino sei lá. Olha, deputada Janaina, eu não vi nada que lembrasse o hino nazista, sei lá, fascista, comunista. Sei lá, não falaram de foices e martelos?

Falaram que eram guardiões, sei lá, guardiões da vida, da saúde. Era para falar o quê? Talvez se fosse um hino dizendo que assassinariam crianças no ventre materno de suas mães, que são médicos que adorariam abortar até os nove meses de gestação, sei lá, médicos que não cumprem o seu juramento ali, não defendem a vida desde a sua concepção até a sua morte natural.

Então não vi nada de mais nesse hino para que se acusem os médicos de nazistas. Eu sei que nós usamos das prerrogativas, imunidade parlamentar, mas isso dito por, talvez, jornalista, apareceu ali no final o jornalista Reinaldo Azevedo, muito amigo dos psolistas, dos petistas, acho que poderia receber um belo de um processo por taxar esses médicos, deputada Janaina Paschoal, de nazistas. Olhe só a que ponto chegamos.

Mas eu volto aqui à tribuna, deputada Valeria Bolsonaro, seguindo o que eu disse ontem, falando sobre o governador de São Paulo, João Doria, quando ele mesmo vai àquele comício diário no Palácio dos Bandeirantes e diz que o David Uip é o responsável por indicar ao ministro da Saúde então, o Henrique Mandetta, a cloroquina.

A gente não viu aqui neste parlamento esse escândalo, a gente não viu o PSOL, deputada Janaina Paschoal, propondo CPIs para investigar João Doria e o David Uip sobre isso.

Se o vídeo estiver pronto, espero que dê para ouvir aqui. O David Uip deu uma entrevista e ele falou sobre esse medicamento, essa substância que ele, inclusive, aplicava e aplica, tenho certeza, na sua clínica. Por favor.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Olha, eu sei que está um pouco inaudível, mas, basicamente, o que ele diz é que na clínica dele os médicos se reuniram e lá, que eles davam o enfrentamento à Covid-19, ao coronavírus, tinha cloroquina.

E ele respondia, deputada Valeria, sobre a receita prescrita - da clínica dele - a ele quando pegou a Covid-19: ele tomou cloroquina. Inclusive, ele processou o farmacêutico por vazar essa receita.

Então, vejam só: ele fala na entrevista que os médicos, em sua clínica, tiveram autonomia - e olha, é o que nós defendemos aqui, autonomia médica - para prescrever essas medicações. David Uip que era o diretor do Centro de Contingência para o Combate à Covid-19 do estado de São Paulo.

Meu Deus do céu. Vamos lá: ele, dentro do Palácio dos Bandeirantes, afirma que ele é o responsável por indicar a substância ao ministro. Ele vai publicamente, deputada Valeria, e diz que na clínica particular dele se receita, porque eles estão na linha de frente do combate à covid-19. E os leões do PSOL, as raposas do PT jamais pediram uma CPI para investigar um funcionário do João Doria. Jamais.

Você consegue perceber a hipocrisia que é? Não é pela Saúde. É por política, é econômico isso, e a gente vai identificar quais são os grupos que estão lucrando com a quebra da Prevent Senior.

Tenho certeza de que não vai quebrar; eles vão sair ainda mais fortes de todo esse processo. Você que é cliente da Prevent Senior, não fique preocupado, não. A verdade vai aparecer, e a verdade deve ser muito, mas muito mais forte do que essas mentiras que estão utilizando para atacar essa empresa.

Mas eu volto aqui: por que esse médico nunca foi denunciado pelo PT e pelo PSOL? Por que esse médico sempre foi blindado pelo PSDB? Veio aqui uma deputada ontem me questionando, e que vai votar, deputada Janaina, a favor da CPI da Prevent Senior.

O marido dela usou cloroquina, o marido dela veio a público; é político também. Veio a público e disse: “olha, no meu tratamento, na minha cidade, eu tomei cloroquina”.

Reclamam tanto da minha máscara, que eu não uso, mas a galera aqui precisa tirar a máscara também. Mas a máscara, deputada Valeria, da hipocrisia, do ridículo, do absurdo.

Então, a gente precisa vir aqui a público defender, sim, essa empresa. Repito aqui: não conheço nenhum diretor. Ainda. Acredito que vá conhecer durante esse processo. Conheço algumas pessoas que utilizam esses planos, planos acessíveis que cuidam de centenas, de milhares de idosos no estado de São Paulo e no Brasil.

A gente precisa defender, sim. Mas a gente está aqui defendendo a autonomia médica. Mas a gente está defendendo aqui o óbvio. E essas pessoas brincam com isso. Alguns são inocentes úteis, alguns são idiotas úteis; mas outros, não.

Outros, aqui, têm muitos interesses, mas muitos interesses: políticos, econômicos. E os deputados aqui elogiando o Renan Calheiros - é de lascar mesmo. Mas assim, é de cair o juízo do cérebro, talvez, para não falar outra coisa. Defender Renan Calheiros, Omar Aziz, Randolfe Rodrigues.

Olha, essa vergonha eu não espero passar, não vou passar. Eu espero que esta Casa não cometa o mesmo erro que os senadores estão cometendo.

A Assembleia de São Paulo não pode passar essa vergonha, o povo de São Paulo não pode passar esse ridículo que é aprovar essa CPI sem pé nem cabeça. “Ai, deputado”, falava para mim um deputado ontem no plenário, “os hospitais da Prevent Senior não têm AVCB, não estavam autorizados a funcionar”.

Ah, é para fechar os hospitais agora? Olha que interessante: a Assembleia de São Paulo não tinha, não estava regular também até pouco tempo. E nem sei, deputada Valeria, se já está regular, se o Corpo de Bombeiros ali deu o AVCB. Fizeram várias obras aqui, por toda a Assembleia.

Para finalizar, presidente. Não jogo contra a nossa categoria de parlamentar, mas eu tenho certeza de que, para o povo paulista, a Prevent Senior é muito mais importante, os hospitais da Prevent Senior, que salvaram milhares de vidas, são muito, mas muito mais importantes do que boa parte dos deputados desta Assembleia Legislativa.

Essas pessoas, sim, salvaram vidas. Esses irresponsáveis aqui, que querem acabar com essa empresa, que querem destruir esses médicos, esses enfermeiros, não salvaram a vida de ninguém, presidente.

Muito obrigado.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, Sra. Presidente. Excelência, havendo acordo de lideranças, eu peço o levantamento da presente sessão.

 

A SRA. PRESIDENTE - VALERIA BOLSONARO - PRTB - Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a sessão. 

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 11 minutos.

 

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