14 DE OUTUBRO DE 2021

47ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: GIL DINIZ, CASTELLO BRANCO, MAJOR MECCA e TENENTE NASCIMENTO

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - GIL DINIZ

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CASTELLO BRANCO

Comemora o retorno às aulas presenciais nas escolas estaduais, a partir de 18/10. Considera o fechamento das escolas um crime. Exibe dados sobre o aumento da evasão escolar durante a pandemia. Destaca a importância da educação.

 

3 - FREDERICO D'AVILA

Exibe imagens de invasão à sede da Aprosoja BR, em Brasília. Solicita que o Supremo Tribunal Federal emita mandados de prisão contra os participantes da invasão citada. Tece críticas à Via Campesina e MST. Defende o porte de armas para a autoproteção. Critica o pronunciamento antiarmamentista do arcebispo Orlando Brandes.

 

4 - CASTELLO BRANCO

Assume a Presidência. Registra a presença de Sandra Keiko Harada Miyahara.

 

5 - GIL DINIZ

Questiona fala do arcebispo Orlando Brandes sobre o porte de armas. Critica invasão à Aprosoja. Defende o direito ao porte de armas. Menciona entrega de títulos definitivos de propriedade, pelo governo federal, em Miracatu.

 

6 - CONTE LOPES

Menciona visitas do presidente Jair Bolsonaro a diversos locais de São Paulo. Critica o governador estadual. Tece elogios ao ex-governador Paulo Maluf. Afirma que o governador João Doria tem baixa popularidade entre a população.

 

7 - GIL DINIZ

Assume a Presidência.

 

8 - MAJOR MECCA

Tece críticas ao governo estadual. Denuncia decretos que remanejam recursos da SPPREV.

 

9 - FREDERICO D'AVILA

Afirma que muitos líderes religiosos utilizam recursos ideológicos e políticos em seus discursos. Menciona entrega de títulos de propriedade, em Miracatu, pelo governo federal. Esclarece que o Itesp não faz a entrega desses títulos. Diz que movimentos como MST são financiados pelo crime organizado. Reproduz e critica a fala antiarmamentista do arcebispo Orlando Brandes. Exibe imagens de políticos do PT em propriedades do Movimento Sem Terra. Considera o MST um grupo terrorista. Menciona pesquisa de possíveis ligações da esquerda brasileira com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

 

10 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência.

 

11 - GIL DINIZ

Critica a instalação de câmeras nas fardas de policiais. Menciona viagem do coronel Robson Cabanas à Bahia para discutir a instalação das câmeras citadas. Afirma que os gastos dessa viagem foram pagos pelo Estado. Agradece ao presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, pela inauguração de agência na Ceagesp.

 

12 - TENENTE NASCIMENTO

Assume a Presidência.

 

GRANDE EXPEDIENTE

13 - FREDERICO D'AVILA

Para comunicação, comenta o uso de viaturas e policiais para segurança da residência do governador João Doria. Questiona o desvio de função.

 

14 - MAJOR MECCA

Discorre sobre o efetivo militar designado para a segurança do governador. Considera a atitude como improbidade administrativa. Repudia a transferência de verba da Segurança Pública para Comunicação. Tece críticas à instalação de câmeras nos coletes dos policiais. Convida para ato, amanhã, reivindicando o reajuste salarial dos policiais militares. Reflete sobre o aumento de moradores de rua no centro de São Paulo (aparteado pelo deputado Frederico d'Avila).

 

15 - GIL DINIZ

Lamenta a exclusão de deputados militares desta Casa nas comemorações de aniversário do Primeiro Batalhão de Polícia de Choque do Estado. Lembra período na Polícia Militar. Tece elogios à instituição. Exibe e comenta vídeo de enchentes em Pirassununga, durante o final de semana (aparteado pelos deputados Frederico d'Avila e Major Mecca).

 

16 - FREDERICO D'AVILA

Convida os colegas para verificarem as viaturas estacionadas em frente à residência do governador. Critica o trabalho da imprensa na divulgação de pesquisas de aprovação do presidente Jair Bolsonaro. Discorre sobre a oposição do governo. Reflete sobre a influência da esquerda na educação e cultura. Repudia a ação do MST na sede da Aprosoja, em Brasília. Parabeniza o Batalhão de Polícia de Choque pelo aniversário.

 

17 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência.

 

18 - GIL DINIZ

Para comunicação, critica a proposta de instalação de CPI da Prevent Senior nesta Casa. Rebate falas do presidente deste Parlamento, Carlão Pignatari, a respeito do tema. Sugere investigar o Iamspe.

 

19 - CONTE LOPES

Reflete sobre o aniversário do Primeiro Batalhão de Polícia de Choque. Cita momentos da sua carreira militar. Tece críticas à gestão do PSDB na Segurança Pública. Discorre sobre as transferências de policiais militares envolvidos em ocorrências com troca de tiros. Lembra criação da Polícia Militar. Critica o uso de câmeras nos uniformes dos agentes.

 

20 - PROFESSORA BEBEL

Reflete sobre o Dia dos Professores, a ser comemorado em 15/10. Discorre sobre a importância dos servidores públicos para o Estado. Comenta o adiamento da votação do PLC 26/21. Tece críticas ao texto. Lembra aprovação da reforma da Previdência. Discursa sobre as avaliações para demissão de servidores.

 

21 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Parabeniza os professores pela data comemorativa de seu dia.

 

22 - DRA. DAMARIS MOURA

Para comunicação, homenageia os profissionais do magistério. Anuncia a visita de Alex Santiago, ex-aluno da Escola Estadual Professora Julieta Guedes de Mendonça, de Dracena, e finalista do Prêmio Global Student Prize, pela apresentação de projeto de combate ao bullying nas escolas. Comenta a ampliação da rede escolar de ensino integral. Solicita salva de palmas ao citado estudante.

 

23 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Endossa o pronunciamento da deputada Dra. Damaris Moura.

 

24 - PROFESSORA BEBEL

Para comunicação, tece considerações a respeito da relevância do combate ao bullying nas escolas. Menciona sessão solene a ser realizada amanhã, em homenagem ao Dia do Professor, às 10 horas.

 

25 - PROFESSORA BEBEL

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

26 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 15/10, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gil Diniz.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o Expediente.

Oradores inscritos no Pequeno Expediente. Convido para fazer uso da palavra o nobre deputado capitão Castello Branco. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Pequeno Expediente do dia 14 de outubro de 2021, quinta-feira. Estamos aqui hoje para comemorar que o estado de São Paulo finalmente anuncia a retomada obrigatória das aulas presenciais a partir do dia 18 de outubro, que, coincidentemente, é o Dia do Médico. Até que enfim! Já não era tempo.

Todos os alunos do estado das redes públicas e particulares teriam que voltar obrigatoriamente às aulas presenciais na próxima segunda-feira, dia 18 de outubro. Distanciamento de um metro entre os estudantes deixará de ser exigido no dia três de novembro. O uso de máscaras continua obrigatório. Só poderão ficar em casa aquelas crianças e/ou adolescentes que apresentarem atestado médico impedindo a sua presença nas aulas.

De acordo com a Secretaria Estadual da Educação, apenas 1.251 das 5.130 escolas estaduais vão voltar a receber 100% dos alunos todos os dias da semana, isso porque somente elas conseguem garantir o distanciamento de um metro. Nas demais, onde isso não é possível por falta de espaço, as aulas presenciais só voltam a ser obrigatórias, como eu disse anteriormente, no dia 3 de novembro.

Já para as escolas de educação infantil, a regra para a obrigatoriedade de volta às aulas presenciais será definida pelas prefeituras municipais. Já as universidades públicas e privadas seguem as determinações do Conselho Nacional de Educação, que ainda não há consenso sobre o tema. Apesar de a maioria dos alunos das escolas particulares já estarem presencialmente todos os dias há algum tempo, o mesmo não ocorre na rede pública.

E aqui o meu parecer, o meu posicionamento e a minha postura: não abrir as escolas foi um crime contra a infância brasileira, um crime grave, em que pese ter havido interesses sindicais e de outras naturezas.

Um relatório divulgado no dia 27 de julho de 2021 pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância, a Unicef, indica um crescimento na evasão escolar durante a pandemia do covid-19 com mais de 667 mil alunos fora das escolas no estado de São Paulo no ano de 2020.

A pesquisa realizada em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Undime, também identificou um alargamento das faixas etárias mais afetadas pela evasão.

Enquanto, em 2019, por exemplo, o índice de abandono era de 2%, principalmente entre crianças de 6 a 10 anos, em 2020, saltou para quase 10%, sendo que os mais atingidos são crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. Triste.

A desigualdade educacional no Brasil se agravou com a pandemia, atingindo principalmente os estudantes mais carentes, aqueles considerados de condição de vulnerabilidade social.

Em novembro de 2020, mais de cinco milhões de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos estavam sem acesso à educação no País, seja por estarem fora da escola, seja por não conseguirem acessar atividades escolares por outros meios, inclusive os digitais. O número equivale a um retrocesso - atenção - de 20 anos, duas décadas. Nós estamos voltando aos números da exclusão de 2020.

Conclusão: pensando em todas essas dificuldades que a educação brasileira vem enfrentando na pandemia e na pós-pandemia e os seus efeitos no ensino, após esse momento dramático da pandemia, acreditamos que ainda teremos muitas dificuldades pela frente na área de Educação, mas sempre é possível encontrar caminhos para avançarmos. Lugar de criança é na escola.

E eu termino com a frase do grande pensador e professor brasileiro Henrique José de Souza: “A esperança de uma colheita vive na sua semente. Se o Brasil pretende ter um destino melhor do que tem, sem dúvida nenhuma, o caminho mais seguro e eficaz é através da educação. São as sementes dessas novas crianças. É a educação o agente transformador da sociedade, e, portanto, todo o esforço deve ser dirigido a ela”.

Juntos somos sempre mais fortes.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, nobre deputado Castello Branco. Convido para fazer uso da tribuna o nobre deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) A nobre deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) O nobre deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Delegado Olim. (Pausa.) Adalberto Freitas. (Pausa.) Enio Lula Tatto. (Pausa.) Teonilio Barba Lula. (Pausa.) Rodrigo Gambale. (Pausa.) Major Mecca. (Pausa.)

Rodrigo Moraes. (Pausa.) Tenente Nascimento. (Pausa.) Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Coronel Nishikawa. (Pausa.) Marcio Nakashima. (Pausa.) Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Alex de Madureira. (Pausa.) Carlos Giannazi. (Pausa.) Ricardo Mellão. (Pausa.) Márcia Lula Lia. (Pausa.) Analice Fernandes. (Pausa.) Carla Morando. (Pausa.) Marcos Damasio. (Pausa.) Leci Brandão. (Pausa.) Luiz Fernando. (Pausa.) Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Conte Lopes. (Pausa.)

Dra. Damaris Moura. (Pausa.) Marta Costa. (Pausa.) Vinícius Camarinha. (Pausa.) Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Sargento Neri. (Pausa.) Raul Marcelo. (Pausa.) Edson Giriboni. (Pausa.) Professora Bebel. (Pausa.)

Encerrada a lista dos oradores inscritos para o Pequeno Expediente, parto agora para a lista suplementar. Delegado Olim. (Pausa.) Enio Tatto. (Pausa.) Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Caio França. (Pausa.) Carlos Giannazi. (Pausa.) Carla Morando. (Pausa.)

Convido a fazer uso da tribuna o nobre deputado Frederico d’Avila. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente deputado Gil Diniz, telespectadores da Rede Alesp, venho aqui hoje para mostrar cenas lamentáveis que recebi hoje pela manhã, de uma invasão, uma depredação ocorrida na cidade de Brasília, Distrito Federal, na sede da minha Aprosoja, a Aprosoja Brasil, da qual eu fui vice-presidente pelo estado de São Paulo, por três anos, com muita honra, comandada pelo competente presidente Gustavo Chavaglia, aqui no estado, e na gestão do presidente Bartolomeu Braz Pereira.

Eu queria aproveitar o Machado para expor as imagens do que aconteceu hoje pela manhã. Aí, ó: o Movimento sem Terra, com muito orgulho, está divulgando isso nas redes sociais. Para vocês verem, a Via Campesina, que é um organismo internacional, também esteve presente. Essa é a casa da Aprosoja Brasil. Ali estão a Aprosoja, a Abras, que é a Associação Brasileira de Sementes, está um estúdio do Canal Rural.

“Soja não enche prato.” “Soja financia a fome.” Se soja não enche prato, eu queria saber o que essa gentalha come. Pode continuar Machado, por favor. Não sei quem é essa Aline Antunes. Vamos levantar quem é. Com muito orgulho, ela fala: “Hoje amanhecemos com uma bela demonstração de como devemos tratar o agronegócio. Via Campesina ocupa a Agrosoja em Brasília nesta quinta-feira.”

Ocupa nada. Ela está depredando, destruindo, fazendo um ataque a uma propriedade privada. “A ação faz parte da Jornada Nacional da Soberania Alimentar, que denuncia o agronegócio no País.” Pode seguir, Machado. Agora é o vídeo. Pode mostrar o vídeo.

 

* * *

 

- É exibido vídeo.

 

* * *

 

É isso aí, Machado. Daqui a pouco a gente mostra o outro. Eu queria, deputado Gil Diniz, aproveitar que o senhor está presidindo a Mesa, que mande o expediente para o Supremo Tribunal Federal. Eu queria aqui desafiar o ministro Alexandre de Moraes, ou qualquer outro ministro do Supremo Tribunal Federal, a expedir mandado de prisão contra esses integrantes.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Castello Branco.

 

* * *

 

 Eu quero ver se o Supremo Tribunal Federal, que anda prendendo deputado, jornalista, empresários, pessoas, aí, que apoiam o setor produtivo, o agronegócio, a Agricultura brasileira, se o Supremo Tribunal Federal vai, com a mesma celeridade, expedir mandados de prisão contra essas pessoas. Então, está aqui o meu desafio.

E quero - logicamente que não vai constar isso no documento - gostaria que a Assembleia Legislativa perguntasse quais serão os procedimentos adotados pelo Supremo Tribunal Federal com relação a esse ataque a uma instituição que congrega as pessoas do setor... - Vou pedir a continuidade do tempo, Sr. Presidente - que congrega as pessoas e entidades ligadas ao campo. Se eles vão tomar as devidas providências em relação a esse ato terrorista praticado pela Via Campesina e pelo MST.

Agora, como disse bem o deputado Conte Lopes aqui na semana passada, bandido só entende duas linguagens, cacete e bala, e é dessa forma que a gente tem que tratar a bandidagem, e essa gente é bandida, essa gente é criminosa, essa gente está alinhada com o narcotráfico, com as Farc, com o Movimento Patriótico Manuel Rodríguez no Chile, com tudo que não presta no mundo.

A Via Campesina é criminosa, é financiada por organismos internacionais. O MST tem escolas de formação e doutrinação de crianças, que ensinam, desde a mais tenra idade, a violar as leis, o esbulho possessório, o desrespeito à propriedade privada, difundem a promiscuidade entre as crianças, através de agendas LGBT, e outras porcarias afins.

Então, essa gente tem que ser enfrentada com toda a energia do setor produtivo, e vou dar um recado aqui para você, produtor rural de São Paulo e de todo o Brasil. Vamos seguir aquilo que o presidente Bolsonaro falou alguns dias atrás, deputado Castello Branco.

Armem-se, armem-se, armem-se. Aproveitem a liberdade que o presidente nos deu, e vamos nos amar, com legalidade. Quem é cidadão de bem deve se armar, para enfrentar essa gente.

Essa gente não pode prevalecer sobre nós, que carregamos o Brasil nas costas, gerando riqueza, gerando trabalho, gerando produção, gerando um superávit positivo na balança comercial brasileira. Nós não podemos nos submeter a essa gentalha. Eu vou utilizar de todas as minhas ferramentas, como parlamentar, para inquiri e para verificar as atividades da Via Campesina e do MST no Brasil, em São Paulo e no Brasil, e nós vamos enfrentar vocês. Vocês são bandidos, que só conhecem duas linguagens, o cacete e a bala, e é assim que nós vamos encontrar vocês, e vamos enfrentar vocês.

E quero complementar aqui, falar para o arcebispo Dom Orlando Brandes - [Expressão suprimida.], [Expressão suprimida.], [Expressão suprimida.] da CNBB - dando recadinho para o presidente, para a população brasileira, que Pátria amada não é Pátria armada. Pátria armada é a pátria que não se submete a essa [Expressão suprimida.] - [Expressão suprimida.] - e à sua CNBB, propaladora da teologia da libertação.

Você se esconde atrás da sua batina para fazer o proselitismo político, para converter as pessoas de bem na sua ideologia. A última coisa que vocês tomam conta é da alma e da espiritualidade das pessoas. [Expressão suprimida.]! [Expressão suprimida.], que se submete a esse papa [Expressão suprimida.] também.

A última coisa de que vocês tomam conta é do espírito, do bem-estar e do conforto da alma das pessoas. Você acha que é quem para ficar usando a batina e o altar para ficar fazendo proselitismo político? [Expressão suprimida.]! [Expressão suprimida.]!

A CNBB [Expressão suprimida.].  [Expressão suprimida.]. E quero abraçar aqui a Opus Dei, os Arautos do Evangelho, que esses, sim, cuidam das pessoas e são perseguidos por gente [Expressão suprimida.] como você, Dom Orlando Brandes e sua CNBB [Expressão suprimida.]. [Expressão suprimida.]! [Expressão suprimida.]!

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Muito obrigado, nobre deputado Frederico d’Avila. Dando sequência à lista suplementar de deputados inscritos para o Pequeno Expediente do dia 14 de outubro de 2021, quinta-feira, convidamos o próximo orador inscrito, nobre deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem o tempo regulamentar de cinco minutos.

Gostaríamos de aproveitar a oportunidade, enquanto o orador se dirige à tribuna, para agradecer a nobre presença da Sra. Keiko Harada Miyahara, monja da Happy Science, e de seu marido, Sr. Jorge Miyahara, que muito nos honram com suas presenças hoje aqui no Plenário Juscelino Kubitschek da Assembleia Legislativa de São Paulo.

Gratidão.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, nobre deputado capitão Castello Branco, presidindo este Pequeno Expediente. Muito boa tarde a todos os deputados, Frederico, boa tarde aos nossos assessores, aos policiais militares e civis desta Casa, a quem nos assiste pela Rede Alesp. E sejam bem-vindos, os visitantes, a esta Assembleia.

Presidente, o deputado Frederico mostrou aqui toda a sua indignação. Eu gostaria de perguntar ao arcebispo de Aparecida, arcebispo Brandes, como nós devemos nos comportar se aqueles militantes que atacaram a Aprosoja hoje, como o deputado Frederico d’Avila colocou aqui, se eles resolverem, por um acaso, entrar no santuário de Aparecida e destruir o santuário, vilipendiar o nosso templo, atacar a imagem milagrosa de Nossa Senhora Aparecida. Como nós devemos reagir?

Se o Brasil, para ser uma pátria amada, como ele diz, não pode ser uma pátria armada, questiono aqui ao arcebispo: há vigilantes armados no Santuário Nacional de Aparecida? Tenho certeza de que sim. Tenho absoluta certeza de que sim. Por um acaso, a guarda papal, a guarda suíça, ela anda com flores, pombinhas e cartazes “Sou da paz”? Ou eles andam e se preparam para estarem armados para defenderem a vida do papa, seja ele quem for?

Hoje, temos Bergoglio, papa argentino, no trono de São Pedro. Já tivemos Ratzinger, João Paulo II, Paulo VI e outros papas que passaram ali e foram protegidos, defendidos com armas. Essa paz que as nossas lideranças religiosas pregam é um pacifismo subserviente que se presta a quê?

Eu repito aqui essa pergunta: se esses miseráveis, se esses bandidos, criminosos, terroristas que barbarizaram hoje a sede da Aprosoja fizerem o mesmo no Santuário Nacional, visto que eles consideram as nossas religiões - cristianismo, judaísmo, qualquer religião - como opressoras, o que a gente tem que fazer? Abrir os braços, ser cuspido? Ser subjugado, morto? Não, acredito que não.

Então, sim, nosso povo deve ter o direito à legítima defesa, o nosso povo deve, sim, se assim quiser, ter as suas armas. E não é que o Estado tem que dar o direito em si; o direito à vida, à legítima defesa, é um direito natural.

O Estado só deve reconhecer um direito que é natural do ser humano: o direito à vida. E o papa João Paulo II falava sobre isso. E o catecismo da Igreja Católica, talvez alguns arcebispos não sigam, tenham outros manuais, como a Internacional Comunista, o Capital, de Karl Marx, e não o Evangelho e o nosso catecismo.

Então, deixo aqui a pergunta para o arcebispo de Aparecida. Mas ainda assim, deputado Frederico, estive com o presidente no Santuário Nacional no último dia 12; nós celebramos ali a santa missa, a eucaristia.

O presidente fez a primeira leitura, fez a consagração à Nossa Senhora ali no altar do Santuário Nacional. Deixo aqui o meu agradecimento ao povo de Aparecida, que tão bem acolheu o presidente Bolsonaro e a todo o povo brasileiro que se dirigiu ali naquela data, como sempre.

Sempre estive, Castello, fazendo minha romaria no dia 12 de outubro, junto à minha família. E Deus me deu essa honra de estar mais uma vez celebrando a santa missa, agora como deputado estadual e ao lado do presidente Jair Messias Bolsonaro.

 Então, meu repúdio aqui a esses bandidos, terroristas da Via Campesina, MST, que atacaram a sede da Aprosoja. É gente que trabalha, gente que produz, gente que põe, sim, o alimento na tua mesa.

E só para finalizar, Sr. Presidente - eu peço desculpa por estender um pouco mais o nosso tempo -, o deputado Frederico esteve ontem junto comigo em Miracatu. Olha só o que o governo federal foi lá entregar.

A ministra Teresa Cristina colocou nas suas redes sociais. Nós fomos entregar, para a população mais pobre, Frederico, do estado de São Paulo, 618 títulos definitivos e 3.404 títulos provisórios.

A documentação, Castello, da terra, o título de propriedade para aquelas pessoas assentadas que viviam escravizadas por esse tipo de movimento, Frederico. Nunca esse pessoal que passou pelo governo federal nos últimos anos entregou sequer um título de posse definitiva para essas pessoas mais pobres. Jamais.

Pessoas de 90 anos recebendo o seu título de propriedade, pessoas de 80 anos, 70 anos, que sempre viveram submissas a esse tipo de movimento que os escraviza.

Então, o nosso trabalho hoje, deputado Frederico d'Avila, V. Exa. que representa tão bem o agronegócio aqui nesta Casa de Leis, tem sim no governo federal amigos, pessoas que pensam tanto no agronegócio como a locomotiva econômica do nosso país, mas que pensam também no pequeno produtor, pensam nessas pessoas assentadas, ali, que agora têm os seus títulos de propriedade.

Então, a gente precisa reconhecer o trabalho que vem sendo feito pelo governo federal e a gente precisa repudiar posicionamentos como o do arcebispo de Aparecida. E mais ainda os ataques terroristas que esse grupo criminoso fez e faz por todo o Brasil.

E agora os “iluministros” do Superior Tribunal, do nosso Supremo, fazem cara de paisagem. Se vem aqui e chama “careca vaga...”. Está preso. Se vem militante cidadão comum, com o microfone na mão, xingando, criticando o ministro, vai preso.

Tem deputado federal preso, tem presidente de partido preso neste momento. E esses terroristas, esses bandidos estão soltos, barbarizando o nosso povo, barbarizando a nossa a nossa sociedade.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PSL - Muito obrigado, nobre deputado Gil Diniz. Na lista de oradores inscritos na lista suplementar, convidamos o nobre deputado capitão Conte Lopes para fazer uso da palavra no tempo regulamentar de cinco minutos.

 

O SR. CONTE LOPES - PP - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, mais uma vez venho a esta tribuna e mais uma vez quero responder ao deputado Paulo Fiorilo, do PT, a respeito das colocações dele que o Bolsonaro foi para Miracatu, o Bolsonaro foi para o Guarujá, o Bolsonaro foi para Aparecida do Norte.

Ora, e tem ido mesmo e é muito bem recebido pelo povo. Em contrapartida, eu não vejo o Lula ir para lugar nenhum. O Doria então, quer ser uma terceira via, esse não sai nem de casa. Tivemos aí até companheiros que foram atacados por bandidos, como qualquer um pode ser; ninguém escapa.

O nosso amigo Frederico d'Avila foi atacado por bandidos. Falo todo dia isso aqui. Você é atacado na rua. O que eu fazia, investigador Maurício, na nossa época de polícia, era enquadrar os bandidos e os bandidos enquadravam a população no meio de todo mundo.

Hoje mesmo eu fui no Zezinho, cabeleireiro da Vila Maria que corta o cabelo da gente há mais de 30 anos, e aqui entre nós, foi vacinado duas vezes com a Coronavac do Doria. Assim mesmo pegou o corona e quase não escapa, como o meu amigo coronel Chiari e a esposa, que tomaram as duas doses de Coronavac e também não escaparam; morreram. É o fim do mundo. Mas então é o que eu estou dizendo.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.

 

* * *

 

Hoje em dia o cara está na rua e os bandidos estão atacando todo mundo; e o Zezinho me dizia isso. Ele estava numa fila ontem no banco Bradesco da Vila Maria quando chegou uma mulher que ia fazer um depósito. Chegou um bandido com a mão na cintura e falou: “É um assalto”. Mostrou o cabo do revólver, alguma coisa, ela entregou o pacote para ele e ele foi embora, dentro do banco.

Então, meu querido amigo Frederico d'Avila, não tem de onde escapar. Os bandidos estão à vontade. A polícia está tomando conta do Doria. A polícia fica na casa do Doria, e o policial também está aí travado com uma câmera no peito. Tudo o que ele fizer pode ser prova contra ele mesmo, tudo contra ele. Então, essa é a situação que a gente está vivendo. Infelizmente, é isso, de total insegurança. Então, a gente está vendo isso.

Pelo menos o Bolsonaro está andando, está se movimentando. E o Bolsonaro sempre falou: “Olhe, gente, o governador manda ficar em casa, o prefeito manda ficar em casa. Depois vocês vão ver a Economia”. Está a Economia aí. Agora quer passar a Economia para ele? No mundo inteiro está assim; não é só ele, não é verdade?

E digo mais. Ainda bem que São Paulo interior não parou. Nós estivemos na região da Avaré, vimos os produtores rurais trabalhando, plantando milho, tirando leite, engordando seus porcos. Tem que se virar.

O cara acorda às cinco horas da manhã. Não é que ele seja milionário não, como às vezes a esquerda pensa que, porque a pessoa tem um pedacinho de terra, ele é milionário. O cara acorda às quatro horas da manhã e vai dormir às vezes nove, dez horas da noite, para trabalhar.

Essa é a grande verdade. Então, pelo menos ele está fazendo, ele está se movimentando, está correndo atrás; os outros nem na rua saem. O Lula ninguém vê onde está, não saiu mais de casa. Agora, também eu acho que nós temos aí dois candidatos: nós temos Lula e o Bolsonaro.

Como eu já falei, tem gente que não gosta do Lula, mas tem gente que adora o Lula. Da mesma forma, tem gente que não gosta do Bolsonaro, mas tem gente que adora o Bolsonaro.

Agora, na verdade, para os deputados que apoiam o Doria tem uma grande vantagem - ele vai ser ouvido daqui a pouquinho; às três e meia ele estará falando com os deputados - ninguém gosta dele.

Essa virtude o Doria tem. Não tem uma pessoa – por onde você ande por São Paulo - que gosta do Doria. Eu não sei o que ele fez. Aliás, foi uma decepção. Doria foi uma desgraça. Um ano de prefeito, ele não fez nada. Três anos de governador, e ele não fez nada. Cadê uma obra do Doria lá e aqui?

Ontem eu falei até do Maluf, que aqui entre nós, foi o maior prefeito e o maior governador que São Paulo já teve. Foi. É só olhar a rodovia dos trabalhadores, não é verdade? Ponte do Mar Pequeno, a água para Santos, a Ayrton Senna, a Mogi-Bertioga, e daí pra frente. O aeroporto de Cumbica, que ele fez contra o Montoro.

O Montoro, com os padres, deitava em frente de onde ia construir o aeroporto de Cumbica. “Isso não pode fazer, é um elefante branco.” Hoje ficou pequeno. E o pior de tudo: colocaram no nome do aeroporto de Cumbica de Franco Montoro, que não queria que fizesse a porcaria do aeroporto lá, e deitava no chão junto com os padres.

Então é um absurdo tudo isso mas fica aí - pelo menos a minha resposta ao deputado Paulo Fiorilo - o Bolsonaro está aí, está trabalhando, está fazendo. Também acho, sim, que nós vamos nos enfrentar num segundo turno, porque não tem outra via, não.

Ah, agora o Datena. Em candidaturas do Datena eu já fui umas dez. Então vamos lá, que o Datena vai lançar candidatura, agora para prefeito. Vamos lá, todos da turma lá... Ah é prefeito agora. Ah, minha mulher não deixou, eu parei.

Mas, o velho Maluf já falava, “Conte, o cara ganha oitocentos, um milhão, por um mês, e ele vai sair para ganhar 20 contos por mês? Será que ele vai?” Então fica aí a resposta, não é? Então, os outros estão aí, não aparecem. Provavelmente, Paulo Fiorilo, nós vamos nos enfrentar, realmente, como a gente enfrenta o PT há 30 longos anos.

Começamos a enfrentar o PT em 86, com Paulo Maluf. A gente se enfrentava nas ruas. E, de igual para igual, não tem problema não. Aliás, conheci o Lula em 78, na greve dos metalúrgicos, como um tenente, jovem tenente de rota, lá em frente à Volkswagen, quando ele veio cobrar de mim o que eu estava fazendo lá, se o governador na época, Montoro, tinha liberado para que pudesse fazer a greve. Então você vai lá e fala com ele, que me mandaram para cá e eu estou aqui. Então, só para ter uma ideia da coisa.

Então, vamos continuar na nossa luta do dia a dia.  E o Bolsonaro está sozinho, ganhou uma eleição sozinho - para terminar -, sem o apoio de ninguém, contra  todas as televisões, contra todos os partidos políticos, e hoje é o presidente da República. Essa é a grande verdade.

E, como ele mesmo falou, viva as pesquisas. Quem paga pela pesquisa vai pesquisar o que quer. 

Obrigado, Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, nobre deputado Conte Lopes. Convido para fazer uso da tribuna o nobre deputado Major Mecca. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, a todos os que nos acompanham pela Rede Alesp e pelas redes sociais. Eu vou mostrar para os senhores aqui a prova do descaso desse “desgovernador”, João Agripino Doria, o câncer do estado de São Paulo, covarde!

Aqui, “Diário Oficial” de sábado, Deputado Gil Diniz, deputado Frederico d’Avila, deputado Conte Lopes, e os policiais civis e militares que estão aqui, no plenário, prestando o seu trabalho: se mais de 51 milhões da Secretaria de Segurança Pública, da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que o governador retirou nesse último final de semana, e ele publica no sábado no “Diário Oficial”, porque é feriado prolongado, ninguém lê “Diário Oficial”.

Mas nós lemos, viu, “desgovernador”, seu covarde! Os policiais morrendo, passando fome, nossas pensionistas pedindo dinheiro para os parentes, e você retirando dinheiro da Polícia Militar, da SPPREV, para remanejar para outras secretarias, para a Secretaria de Governo. Você, João Doria, é um covarde, mau-caráter, retirando dinheiro dos inativos, das pensionistas. Só concluindo, não são inativos, são veteranos!

Cinquenta e um milhões e trezentos e seis mil. Está aqui. Coloca na tela, por favor. Esse daí é o menor deles, foram vários decretos. Olha só esse decreto, foi para a Secretaria de Desenvolvimento Social, 31, vou mostrar para vocês aqui. Cinco milhões e meio, Decreto nº 66.105. Seis milhões e novecentos, Decreto 66.106.

Ele vai soltando os decretos e tirando dinheiro da Polícia Militar, da Secretaria de Segurança Pública. Esse maior aqui, olha, Decreto 66.113, 31 milhões e 455 mil. E por aí vai. No total, dá 51 milhões e 306 mil reais retirados da Polícia Militar do Estado de São Paulo, da SPPREV. É uma canalhice com os policiais, com os veteranos e com as pensionistas.

Nós protocolamos hoje os projetos de decreto legislativo, os PDLs para suspender o efeito desse remanejamento de recurso. Isso é um ato covarde do Governo do Estado de São Paulo, do “desgovernador” João Agripino Doria.

E fala que não está tirando mais para publicidade. Que mentiroso! Olha que bicho mentiroso esse João Doria. No Diário Oficial de hoje ele tirou 20 milhões de reais do Detran para publicidade. Agora, fala para mim se não é um sujeito ser totalmente ausente de caráter, não tem personalidade?

Isso é postura de um estadista? O povo morrendo na mão dos criminosos, aumento dos indicadores de roubo, de furto, de sequestro, e ele retirando dinheiro da Polícia Militar, da Secretaria de Segurança Pública.

Já não basta a diminuição no orçamento para 2021, que ultrapassou dois bilhões a menos no orçamento das polícias do estado de São Paulo, ainda tem esse ato, esse gesto covarde contra as nossas pensionistas e os veteranos, mais de 51 bilhões remanejados durante o feriado.

Que ato covarde, Sr. “Desgovernador”. O senhor é uma vergonha para os policiais do estado de São Paulo, para os trabalhadores e cidadãos de bem do estado de São Paulo. É uma vergonha esse João Doria para o nosso estado.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, nobre deputado Major Mecca. Convido para fazer uso da tribuna o nobre deputado Frederico d’Avila. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Gil Diniz, queridos colegas, deputado Conte Lopes, Major Mecca, volto a esta tribuna onde estava agora há pouco para continuar o assunto que eu vinha falando aqui, em que pseudo, “criptolíderes” religiosos, “pseudolíderes” religiosos se utilizam, Conte, da batina, do altar, da imagem de Nossa Senhora perante a comunidade católica para pregar, fazer proselitismo político-social.

A última coisa que interessa a eles é cuidar da alma das pessoas e do conforto espiritual. Usam a basílica lá em Aparecida, usam as homilias em diversas igrejas para fazer proselitismo político, virando a população contra o resto da nação, fazendo pregação socialista, comunista. Tudo o que menos interessa para eles é, justamente, o conforto espiritual, o conforto das almas das pessoas, a constituição da família, a manutenção da família e tudo aquilo o que representa a tradicional família brasileira.

Continuando aqui o que eu vinha dizendo, eu queria dizer, Conte, que ontem estivemos, como você bem disse, na cidade de Miracatu, acompanhando o presidente Jair Bolsonaro. Estávamos lá deputados estaduais, deputados federais, a ministra Tereza Cristina e o secretário especial de regularização fundiária, Nabhan Garcia, entregando 250 títulos, só no município de Miracatu, de pessoas que não recebiam o título e que estavam aguardando os títulos há mais de 30 anos.

Tinha gente lá com 65 anos de idade, 70 anos de idade, tinha um senhor lá até com 90 anos de idade que recebeu o título. Como bem disse o deputado Gil Diniz, já totalizam 4.022 títulos entregues no estado de São Paulo, enquanto o Sr. João Doria não entregou nenhum, porque não interessa ao Itesp entregar esses títulos, para manter não só a estrutura do Itesp, que também é uma estrutura tomada por socialistas, comunistas e todo esse tipo de coisa que mantém esses organismos, como MST e afins, e precisa deles para existir.

Então, o governo não titula propositalmente, para manter essa dependência dessas pessoas com relação ao Estado. Então, parabéns à ministra Tereza Cristina, parabéns ao secretário especial de regularização fundiária, Nabhan Garcia, e ao arquiteto maior de toda essa concertação, que é o presidente Jair Bolsonaro.

Então, Conte, você vinha dizendo aqui sobre a questão dos bandidos. Eu queria aqui dizer: você conhece muito melhor do que eu, porque você está aqui nesta Casa desde 1987. Eu não tinha votado em você em 86, porque não tinha idade, nem em 90, mas a partir de 94 eu só votei em você, até o dia em que eu fui votar em mim mesmo, mas meu pai sempre votou em você.

Agora, o que acontece: o ladrão que rouba a pessoa nas ruas, seja o ladrão que for, é sustentado pelo tráfico, né, Gil? Assim como quem sustenta o tráfico sustenta o ladrão, porque hoje, na verdade, é um grande sindicato, e muito bem gerido pelo PCC aqui em São Paulo, que é o mesmo aparato que mantém grupos como MST.

Você, como policial, já deve ter cansado de ouvir falar que, quando tem confronto com o MST e a polícia entra nos acampamentos, acha arma fria, arma branca, aparato de agressão, seja coquetel molotov, barra de ferro, espada, facão... Tudo vocês acham ali dentro quando entra a Polícia Civil, a Polícia Militar dentro de um acampamento do MST.

Aí, depois, eles se fazem de coitados - está aqui o Dr. Maurício, aqui da nossa gloriosa Polícia Civil. Eles se fazem de coitados; chega na delegacia e quem que aparece lá, major Mecca, deputado Gil Diniz? É o pessoal da CNBB, que fala que eles são coitados. Um padre comunista com uma batina que só falta ser vermelha, dizendo que eles são uns coitados.

Aquela vez - se eu não me engano foi no Carandiru, né, Conte? - que o senador Suplicy foi dormir lá no Carandiru. Como você bem disse, deitaram lá na frente do aeroporto - você está dizendo em Guarulhos, né? - para não construir o aeroporto. Aí, eles dizem que esses fulanos são uns coitadinhos, vítimas da sociedade.

É essa gente, deputado Gil Diniz, deputado Mecca, que fez isso aqui que o Machado vai mostrar agora aqui. Em Brasília... O outro vídeo, Machado, por gentileza.

Essa gente que faz isso aqui, que nós vimos hoje em Brasília, na sede da Aprosoja. Aqui, a Jovem Pan, “Pingos nos Is”, vai mostrar o que aconteceu na Aprosoja. Ali, o bispo fala, ó.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

 

* * *

 

Quem é esse [Expressão suprimida.] desse arcebispo para falar uma coisa dessa? Ele é um [Expressão suprimida.]. Ele tem que falar de religiosidade, de espírito, de família, de conforto das almas, de bem-estar social, de amor ao próximo, de ajudar as pessoas. A Igreja tem que ajudar as pessoas a terem conforto espiritual e ter congregação familiar. E não, ficar dando pitaco político.

Voltando ali, Machado. Pode voltar. A CNBB sustenta esse tipo de gente. Pode colocar, Machado, aquele lá, do MST. Não, o do Haddad, que você começou a colocar. Olha lá, o candidato do PT, onde é que estava. Para quem não está conseguindo reconhecer, esse é o Fernando Haddad. Pode continuar.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, lá na minha região, no município de Itaberá, no assentamento Pirituba. Pode seguir. Colheitadeira de 800 mil reais com bandeira do MST. Quem deu dinheiro para comprar isso aí? Duas colhedeiras, colhendo trigo, ao melhor estilo da eficiência do agronegócio, com bandeira do MST. Gente vestida de vermelho, o Haddad com boné do MST. [Expressão suprimida.]. [Expressão suprimida.].  

Pode seguir. Bandeira do MST no trator, plantadeira vermelha também. Segue. Rádio Camponesa. Pode seguir. Pode ver que o pessoal do socialismo é bem recheado, bem reforçado. O pessoal se alimenta bem.

MST de novo. Você acha que aquela fulaninha ali atrás, aquelas duas ali, vestidas de MST, sabem o que é pegar numa enxada, cultivar um campo e fazer alguma coisa no sentido de produzir alimento? Sabem nada. Isso aí está fazendo ali que nem figurante de novela. Está ali só para fazer número.

Ao melhor estilo do agronegócio, uma lavoura de trigo belíssima, e eles dizendo que isso é agricultura familiar. Eu conheço esse assentamento. O que acontece aí? Meia dúzia toca as lavouras, e o resto arrenda. Ou seja, arrenda é aluguel.  E mora na cidade. Então meia dúzia de pessoas, que trabalham, fazem esse papel aí de MST, e coisa e tal, para não perderem a boquinha.

Mas na verdade eles trabalham ao melhor estilo do agronegócio, com eficiência, utilizando defensivos agrícolas, que eles chamam de agrotóxico. Aí, quando o Haddad vai lá, a turma do PT vai lá, eles batem palminha. O resto é dono dos lotes que arrenda ilegalmente - porque não pode subarrendar - para as pessoas.

Então, se você vota no PT, se você vota na esquerda, [Expressão suprimida.]. Estou fazendo um levantamento completo, onde mostra a ligação da esquerda brasileira com as FARC, na Colômbia, dinheiro do narcotráfico, sequestro do Abílio Diniz, FPMR, Frente Patriótica Manuel Rodríguez, do Chile.

Tudo a mesma laia de sem-vergonhas do Foro de São Paulo, que hoje estavam lá, através da Via Campesina, do MST, depredando o prédio da Aprosoja Brasil, em Brasília. Vamos pegar vocês. Nós vamos pegar vocês. Agora, no governo Bolsonaro, vocês não vão fazer a balbúrdia que estavam acostumados a fazer com Fernando Henrique, com Lula, com Dilma, e com essa gentalha que esteve aí ao longo desse tempo.

Nós vamos pegar vocês. Não vai ter CNBB, nem esse [Expressão suprimida.], com essa batina vermelha por baixo, fazendo pregação ideológica para tentar proteger gentalha como vocês.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Dando sequência aos oradores inscritos na lista suplementar, deputado Gil Diniz, tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - SEM REVISÃO DO ORADOR -Obrigado, nobre Deputado Major Mecca, presidindo os trabalhos aqui no Pequeno Expediente.

O Major Mecca colocou muito bem aqui na sua fala esses decretos, deputado Frederico d'Avila, tirando mais recursos da Segurança Pública. Segurança Pública que o governador disse que seria uma prioridade em seu governo, e nós verificamos aqui, oficialmente, que não é. Não é, Mecca.

Saiu, no “Diário Oficial”, também - acabei de tomar nota aqui - uma viagem para Salvador, do coronel Cabanas. Ele foi, deputado capitão Conte Lopes, para Salvador, ele e mais um tenente-coronel aqui, para Salvador, discutir sobre as câmeras. Já não bastava prejudicar os nossos policiais na linha de frente aqui no estado de São Paulo, como a implementação dessas câmeras tem feito.

Não se enganem aí população, não achem... A gente escuta muito, Conte. “Olha, mas quem não deve, não teme”. É o que a gente escuta, mas não é isso. O mundo real é diferente do mundo ideal, e, no nosso mundo real, o policial está de mãos amarradas para combater esses bandidos. E agora tem uma câmera ali filmando, Conte, o serviço inteiro, doze horas.

O policial nem mais privacidade tem, para atender uma ligação, porque aquela câmera está gravando ali, para falar sobre a operação, quando estão indo ali para a operação.

Outro dia eu fui cumprimentar um policial no Aeroporto de Congonhas, o presidente descia ali em Congonhas, Major Mecca, e o policial estava constrangido, porque a câmera estava filmando.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Tenente Nascimento.

 

* * *

 

Fui perguntar sobre a questão relacionada à Segurança Pública, o que o governo tem feito para o batalhão que o policial trabalha, e o policial ficou constrangido, Conte, porque ele não sabe para onde aquela câmera, aquela imagem está indo.

Se é dessa maneira aqui em São Paulo, se não há nem regulamentação aqui, Conte, o que o Cabanas está indo fazer em Salvador? Deve estar com muito tempo livre aqui em São Paulo. A gente deve ter pouco problema, deputado Nascimento, aqui em São Paulo, para resolver na Segurança Pública, para irem agora discutir isso em Salvador.

Então, deixo o meu alerta aqui aos baianos, ao povo da Bahia, à Polícia Militar da Bahia, que, se já não bastasse o governador estar destruindo a nossa Polícia Militar aqui, agora quer fazer o mesmo na Bahia. É incrível.

Tem aqui, Conte: “as despesas com diárias e passagens aéreas serão com ônus ao estado de São Paulo”. Não é nem a Secretaria Pública da Bahia. Olha aqui que interessante.

Que interessante. Eu peço aqui... Peço não, eu exijo aqui do secretário de Segurança Pública o contrato que foi feito dessas “bodycams”, com a empresa que venceu essa licitação, se é que teve, Conte, licitação.

Porque está me parecendo que tem servidor público servindo aí de elo entre estado, Frederico d’Avila, e a empresa que vende “bodycam”, e agora querem vender as câmeras para o Brasil.

Então, eu quero me debruçar sobre esse contrato. Quero verificar quantos milhões estão sendo gastos com isso, quem são os sócios dessa empresa, quem são os diretores dessas empresas.

Porque parece que é consultoria técnica, não da Secretaria de Segurança Pública de um estado, estado de São Paulo, para a Secretaria de Segurança Pública, o quadro técnico da Bahia. Parece que são representantes comerciais, que saem de São Paulo para vender câmera, Mecca, lá em Salvador.

E repito aqui: deixo o meu alerta aos policiais militares da Bahia. Aqui em São Paulo, da maneira que estão fazendo, só amarraram as mãos de nossos policiais. Não há regulamentação. Não há. Esse assunto tinha que ser discutido nesta Casa com seriedade e não está sendo discutido por parte da base do governo. É lamentável.

Ontem, o Major Mecca publicou nas suas redes sociais um policial que tomou um tiro no pescoço. O policial estava com a “bodycam”, Conte. Será que essa câmera viu? Será que ela filmou, ela gravou de onde estava vindo o tiro?

A cara do vagabundo, do marginal? Será que já foi preso esse bandido? Tenho certeza de que não. Assim como tenho certeza de que ninguém dos Direitos Humanos, da Secretaria de Segurança Pública, foi lá ver como está a situação clínica desse nosso policial.

Então, hoje, protegem a criminalidade, protegem os bandidos e os índices criminais de São Paulo só estão aumentando. Só estão aumentando! E a Segurança Pública faz cara de paisagem.

Vou fazer um requerimento de informação, mas já deixo aqui da tribuna a minha solicitação ao secretário de Segurança Pública do contrato realizado do estado de São Paulo com essa empresa que venceu a licitação, se é que teve licitação.

Presidente, para encerrar, só dar parabéns e agradecer o convite do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que inaugurou uma agência da Caixa na Ceagesp. O deputado federal Gilberto Nascimento estava presente ali na ocasião. O presidente Pedro Guimarães perguntava por que, na Ceagesp, uma cidade, um mar de pessoas, não existia uma agência da Caixa Econômica Federal.

Pessoas pobres, brasileiros que passam diariamente na Ceagesp, não tinham acesso aos serviços bancários da Caixa Econômica Federal, talvez porque ninguém tivesse interesse em conseguir algum benefício particular nas outras gestões, já que cobravam até por carrinho que o entregador deixava ali. Cobravam até das merendeiras, das mulheres que vendiam bolo ali. Cobravam uma taxa.

A gestão do coronel Mello Araújo mudou essa realidade. Mudou essa realidade. Mudou a gestão da Ceagesp. E mais esse serviço vem agora à Ceagesp - finalizando, presidente - para melhorar a vida daquela população que ali passa diariamente.

Então, parabéns ao presidente Pedro Guimarães por todo esse trabalho, parabéns ao Mello Araújo, presidentes de duas empresas públicas trabalhando, vejam vocês, em uma emenda de feriado. O governo federal é um governo que trabalha, não um governo marqueteiro, igual a esse do João Agripino Doria.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO - Esta Presidência dá por encerrado o Pequeno Expediente, dando início agora ao Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO - Chamando os oradores inscritos, quero convidar à tribuna o deputado Major Mecca, em permuta com o deputado Gil Diniz. Deputado Major Mecca, se dirija à tribuna e tenha o tempo regulamentar para o seu pronunciamento.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Sr. Presidente, com anuência do Major Mecca, o orador, eu queria fazer uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO - É regimental, deputado Frederico d’Avila.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - O deputado Gil Diniz colocou aqui agora, Major Mecca, sobre a questão das “bodycams”. Ontem, eu passei...

Como de costume, passo uma vez por semana defronte à casa do Exmo. Sr. Governador de São Paulo, a gazela saltitante João Doria, e ali eu me deparei com cinco viaturas policiais do 23º Batalhão de Polícia Militar fazendo a segurança privada da residência do Sr. Governador de São Paulo, na Rua Itália, 414.

Era muito claro, a gente conseguia verificar que, do lado oposto à calçada da residência do governador, enxergávamos ali os policiais fardados do 23º Batalhão e, do lado direito, onde está a casa do governador, estavam policiais à paisana, ou apenas com o pin da Casa Militar.

Eu queria perguntar, aproveitando que nós temos aqui um policial militar presidindo a sessão, outro na tribuna e outro experiente policial aqui no plenário. Eu queria perguntar para o senhor, Major Mecca, se pode o batalhão de área fazer segurança da residência do governador de São Paulo.

E também vou fazer requerimento de informação perguntando se existiu algo semelhante na gestão Márcio França, Alckmin, Cláudio Lembo, Serra, Goldman; se existiam viaturas de área fazendo a guarda patrimonial das residências dos referidos governadores.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Para responder ao deputado Frederico d'Avila, o governador do estado de São Paulo já tem, no corpo de segurança pessoal dele, 84 policiais militares para cuidar dele e da família. A Casa Militar tem mais 400 policiais militares lotados lá no Palácio dos Bandeirantes para cuidar do governador. Essas viaturas do 23o Batalhão, viaturas do 7o Baep no centro, viaturas do Choque, que ficam em frente à casa do João Doria - isso é crime, isso é desvio de finalidade, isso é improbidade administrativa.

Nós já provocamos o Tribunal de Justiça em relação a esse desmando do governador. E providência alguma é adotada. A impunidade, deputado Conte Lopes, reina no estado de São Paulo.

No estado de São Paulo, o povo, o trabalhador, aquele que paga imposto não é respeitado. Porque aquela viatura que está estacionada na porta do João Doria, da casa particular dele, Frederico, tinha que estar patrulhando as avenidas da área do 23o Batalhão.

Cinco viaturas estavam lá ontem; e se for hoje, está de novo; e se for amanhã, está novamente. E essas viaturas estão lá desde o início do primeiro dia do mandato desse mau caráter chamado João Agripino Doria.

O povo sendo assaltado, sequestrado na área do 23o Batalhão, aqui na região do Jardins, o povo sofrendo na periferia, e o João Doria com as viaturas estacionadas na porta da casa dele. Viaturas de batalhão operacional, viatura que é para cuidar do povo.

Ele já tem o efetivo para cuidar dele, da dondoca com as calças apertadas, tuchadas; ele já tem 84 policiais para cuidar dele.

Mas ele não está satisfeito, ele quer parar a viatura que tem que cuidar do trabalhador, aquele cidadão que pega ônibus às seis horas da manhã, que é enquadrado por dois ladrões numa moto, toma uma arma no meio da cara e muitas vezes morre por conta de um aparelho celular. E a viatura está estacionada na porta do João Doria para cuidar dele.

E a polícia do lado de fora, a viatura do batalhão operacional; é mais um monte de polícia do lado de dentro do muro, parado no quintal da casa dele. E assim vai. E providência alguma é adotada.

Eu já ingressei com ação na Justiça, e nada é feito. Agora, o policial pode morrer, policial pode tomar tiro na cara, como aconteceu ontem, que o deputado Gil Diniz citou aqui e está na minha rede social, onde nós colocamos todos os dias a situação do nosso soldado.

Ontem falei aqui: enterramos três policiais militares mortos em serviço agora no feriado. E o que o governador está fazendo no feriado? Está transferindo dinheiro da Segurança Pública para outras pastas. Pois não, Fred.

 

O SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Deputado Major Mecca, com a sua anuência, eu queria colocar aqui também que a informação que corre é que os policiais que estão dentro da residência do governador, ou seja, aqueles efetivamente do corpo de segurança da Casa Militar, estão fazendo as vezes daqueles que ele tinha antes de ser governador, que era segurança privada.

Ou seja, ele está utilizando policiais da Casa Militar para ocupar postos que deveriam estar sendo ocupados por segurança privada, uma vez que a residência na parte interna deveria ter segurança privada paga às expensas dele.

E também queria complementar aqui, Mecca, Conte, Gil Diniz, Tenente Nascimento, que no meu entender essa política de câmera para os policiais é um verdadeiro absurdo, porque enquanto nos Estados Unidos a câmera é para ajudar o policial na sua defesa perante o juízo, aqui a câmera só serve para prejudicar o policial, prejulgar o policial, e eu duvido que alguma imagem seja utilizada a fim de salvar ou proteger a integridade física e laboral do policial militar.

Obrigado, Mecca.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - Essas malditas “bodycams”, que foi falado agora pelo deputado Gil Diniz Gil... Gil, são sete milhões por mês de um contrato de comodato de 30 meses para pagar essas malditas câmeras que o Governo do Estado de São Paulo instalou nos policiais militares para prejudicar a vida do policial.

Porque, se o governo quisesse ajudar, o que o governo estaria fazendo? Estaria valorizando o policial, dando bons salários, que ele prometeu e não cumpriu, que é a prova de que ele não é homem, não tem honra e não tem vergonha na cara, porque não cumpre ao menos com a palavra. Sete milhões por mês para colocar uma câmera. O soldado não tem bota para usar, não tem farda. A câmera que ele botou na Rota, no peito dos policiais...

Conte Lopes, a farda que a Rota usa não foi o governo que pagou, porque na polícia tudo que é preciso ser feito para dar um suporte ao policial militar nós temos que correr na iniciativa privada e pedir ajuda do comerciante, pedir ajuda do dono de depósito de material, pedir ajuda do dono de oficina mecânica para arrumar as viaturas, porque o Doria faz propaganda que entregou não sei quantas viaturas.

Eu fui ontem na solenidade da Rota e eu fico impressionado como o Alto Comando tem a cara de pau, como o Comando da PM é cara de pau de ficar elogiando o Governo do Estado em solenidade. “Não, que o Governo de São Paulo agora tem novos armamentos, viatura blindada”.

Isso daí é marketing. A polícia não recebe viaturas em número suficiente para fazer patrulhamento, para defender o povo de São Paulo, e o Alto Comando da PM, o Alto Comando da Polícia Civil ficam fazendo propaganda para esse “desgovernador”. Tem hora, presidente, que tenho vergonha dessa subserviência do Alto Comando da polícia a esse “desgovernador”.

Comandante-geral, secretário da Segurança Pública, secretário executivo da Polícia Militar, o soldado está passando fome, e vocês estão fazendo o que em relação a esses 51 milhões que foram tirados da Segurança Pública agora no feriado? O que os senhores estão fazendo?

É fácil entrar no pátio do quartel e bradar em voz alta. Quero ver falar em voz alta como nós fazemos aqui com esse “desgovernador”, cobrando que ele trate os policiais e os trabalhadores do nosso Estado com respeito, com dignidade, para que dê retorno do dinheiro dos impostos do nosso povo em prestação de serviço digno, para que dê dignidade aos operadores da Segurança Pública.

O soldado passando dificuldade, o soldado ligou no 190 durante esse feriado. Ficou no telefone com a atendente chorando desesperado. A gente ouve o áudio, dá desespero de vontade de entrar na ocorrência e buscar a solução. O soldado se suicidou na linha com outro policial. Os nossos policiais estão doentes. E esses crápulas brincando com o Orçamento do estado de São Paulo.

Não é à toa que o estado de São Paulo, o estado mais rico do Brasil, você sai de carro para andar no centro da cidade, nas periferias, está tudo abandonado. Tudo abandonado. É morador de rua pra tudo quanto é lado no centro da cidade. Na praça da Sé, quando nós fizemos um ato cívico, hoje não tem nem mais como fazer um ato cívico na praça da Sé. Está tomada por moradores de rua. Não tem como.

Não tem como um cidadão pegar a família e conhecer o centro velho de São Paulo, que é um espaço que todo o País, todo lugar tem um zelo, tradição. É um espaço turístico. O centro velho de São Paulo abandonado. Esse estado não tem governo.

E é por isso que amanhã, para encerrar, às dez horas da manhã, na avenida Tiradentes com a João Teodoro, nós lançaremos a campanha unificada com todas as associações e sindicatos da polícia civil, pelo nosso reajuste salarial, que esse desgovernador prometeu e não cumpriu.

Mau caráter. E é uma campanha que nós não estamos buscando reunião com governador, não. Não tem reunião porque não tem o que conversar. Tem que assumir o que prometeu, o compromisso que fez dentro do quartel e dentro das delegacias, em tudo quanto é canal de televisão. Os apresentadores que cobraram, cobrem ele agora.

“Governador, você falou no nosso programa aqui que a Polícia de São Paulo seria a segunda mais bem paga do Brasil. Cadê?” Mentiroso. O governador de um estado como São Paulo não ter caráter, que vergonha para o nosso povo, que vergonha para São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO - Seguindo a lista de oradores inscritos, queremos chamar à tribuna o deputado Daniel José. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Raul Marcelo. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.)

Deputado Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputado Gil Diniz, em permuta com o Major Mecca. O deputado Gil Diniz se dirige à tribuna e tem o tempo regimental para falar os seus dez minutos. Deputado Gil Diniz tem o tempo regulamentar para os dez minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Falava agora aqui com o Major Mecca, eu vi também nas suas redes sociais, as redes sociais do capitão deputado federal, capitão Guilherme Derrite, sobre o aniversário do primeiro Batalhão de Choque, deputado Frederico d’Avila.

É engraçado, nós sequer fomos convidados, como eu tenho certeza de que o Mecca também não foi convidado pelo comando da Polícia Militar do Estado de São Paulo, pelo próprio comando do Primeiro Batalhão de Choque.

Mas, ainda que nós não gozemos desse prestígio, perguntei para o deputado Conte Lopes, que serviu, Mecca, no batalhão, ainda que não tenhamos esse prestígio por todos os batalhões, por todos, não, por muitos batalhões, deputado Nascimento, V. Exa., que serviu também nas fileiras da Força Pública de São Paulo. Ainda assim nós defendemos os nossos homens e mulheres aí que juraram dar a sua vida, se preciso for, para defender o nosso povo, Mecca.

Mas é triste essa falta de reconhecimento. Mas eu não fico triste pela falta de reconhecimento. Eu fico triste pela covardia de muitos que acabam pensando num posto, Frederico d’Avila, que acabam pensando na próxima estrela quando forem para a reserva, e não pensando nos seus policiais, e não pensando ali na tropa, e não chamando para próximo aqueles que os defendem diariamente nessa Casa Legislativa.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - É um aparte breve.

Eu queria dizer que se nem o senhor, se nem o Major Mecca, que serviu lá, nem provavelmente o deputado Coronel Telhada, o Conte, que tem mais de dez anos de história lá, eu, que fui da AAR - Associação de Amigos da Rota, criada pelo Coronel Mello Araújo, que levantou mais de 700 mil reais através de doações de vários empresários, inclusive policiais também ajudaram -, fomos chamados, pode ter certeza de que o comando, como bem disse aqui o Major Mecca, deve ter pressionado ou dito para o comandante, o coordenador operacional lá da Rota, que não nos convidasse para o evento que aconteceu ontem, o dia que, se eu não me engano, Mecca, é amanhã. O dia do aniversário é 15 de outubro.

Então, se nós não fomos convidados, é um bom sinal. É um bom sinal, porque eles estão realmente incomodados com os nossos discursos, com a nossa atuação severa aqui contra o governo e a favor dos policiais. E, se for para ouvir esse “baboseirol” que o Major Mecca comentou que ouviu ontem lá, do comando elogiando o Governo do Estado, é até bom que nós não estávamos lá, porque não nos seria franqueada a palavra.

Nós íamos ouvir esse monte de porcaria, ouvir mentiras de um comando que não representa a tropa e que ainda fica contando uma mentira, dizendo que estão às mil maravilhas, que estão recebendo equipamentos, que estão recebendo armamentos etc. e isso é bom para a Polícia Militar.

A Polícia Militar está em uma situação periclitante, como o Major Mecca tem comunicado, e antes a gente via mais essa situação aqui na Capital, mas hoje se estende até o Interior.

Obrigado, Gil.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Com licença, deputado Gil Diniz. Ontem eu saí da Rota, do Primeiro Batalhão de Choque, triste em ver um batalhão nobre como aquele, um batalhão respeitadíssimo pelo povo do estado de São Paulo, que presta um serviço importantíssimo em defesa do povo, combatendo o crime organizado, fazerem um evento com portas fechadas, não permitindo que o cidadão de bem participasse, com que o povo que admira a Rota participasse. Não havia um veterano de Rota lá.

E fizeram isso propositalmente. É perceptível o medo de que nós façamos uso da palavra para falar a verdade sobre o “desgovernador” João Agripino Doria, que está acabando com as polícias de São Paulo. Está acabando com a Polícia Militar, está acabando com um batalhão da Rota. O povo tem que saber disso, que o governador está acabando com aquele batalhão.

Fazer uma festa a portas fechadas, vir com desculpa esfarrapada da pandemia. Tudo quanto é quartel da PM está fazendo festa, cheios de gente. Eu recebi uma medalha no Grupamento Aéreo faz 40 dias, no CPI de Bauru, lotado o pátio de gente. Lotado de civil, de trabalhador batendo palmas para a PM.

E na Rota tem que fazer a portas fechadas. É porque o João Doria não gosta das polícias, o PSDB não gosta das polícias e o que esses indivíduos estão fazendo para acabar com a polícia de São Paulo não é brincadeira. E o alto comando, repito aqui, está abaixando a cabeça e permitindo esse massacre da nossa tropa.

Muito obrigado, deputado Gil.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Eu que agradeço a intervenção do deputado Frederico d’Avila e vossa intervenção, deputado Major Mecca. Talvez o deputado Frederico d’Avila não saiba, Fred, mas, quando eu fui soldado temporário, fiquei dois anos na Polícia Militar, os meus primeiros três meses foram ali no 1º de Choque. Aprendi a Ordem Unida, aprendi a marchar, Mecca. Aprendi a respeitar ainda mais, já respeitava a instituição, mas aprendi a respeitar ainda mais.

E o amor que nós temos pela instituição é muito maior do que essa meninice de alguns, essas picuinhas, deputado Frederico d’Avila, porque, quando nós vamos a algum batalhão visitar alguns policiais, conversar com alguns policiais, nós não estamos ali querendo voto, fazer política, nem ao menos criticar como nós devemos criticar esse péssimo governo que nós temos. É saber do dia a dia do policial, celebrar ali, Frederico, o aniversário de uma unidade, principalmente o 1º Batalhão de Choque, referência no policiamento no estado de São Paulo.

Eu falava para o superintendente Taiwan aqui, Fred, que a Rota é a nossa força especial, é a tropa de elite da Polícia Militar. Se São Paulo fosse um país, a Rota seria, Mecca, os “caveiras” como são de uma tropa de elite do Exército Brasileiro. É triste ver esse uso político da instituição, que não prestigia não só os parlamentares, mas a própria população. Por quê?

Fazer evento no Palácio Bandeirantes para o governador, pode. Fazer evento do PSDB dentro do Palácio dos Bandeirantes, pode. Fazer evento para os professores lá como o Rossieli fez, pode. E um aniversário - repito, Conte - do primeiro Batalhão de Choque com portas fechadas à população, com os parlamentares sem sequer... Parlamentares que deram parte das suas vidas ali naquele pátio sagrado do Primeiro de Choque sequer sabiam.

Mas tem algo muito estranho acontecendo, mas muito estranho mesmo. Exatamente, a Polícia Militar, a polícia é de Estado - não de governo. Não é do Doria. Não é do PSDB. Mas ainda assim, como eu disse, nós vamos continuar defendendo aqui essa nobre instituição em que os seus homens e mulheres, como eu disse, juraram dar a sua vida se necessário fosse.

Mas falando em politização, né, gostaria de passar um vídeo - por favor, Machado - de Pirassununga. Vejam aqui o que aconteceu no final de semana, em Pirassununga.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

As ruas ali no município se transformaram, Fred, em rios. Uma chuva de granizo, uma tempestade de granizo violenta na cidade. Isso aí é só um breve vídeo... As árvores caíram, centenas de árvores caindo pelo município, Mecca. Uma destruição total em comércios, em casas, Conte.

E nós rapidamente entramos em contato com o gabinete do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que prontamente - isso é uma casa de um munícipe lá em Pirassununga.

Olha só a quantidade de gelo, Mecca, no quintal ali da residência - fez contato, Fred, com o Ministério de Desenvolvimento Regional, que toma conta da Defesa Civil Nacional. E para nossa surpresa, até hoje, até esse momento aqui, a Prefeitura de Pirassununga não entrou em contato com o governo federal, não entrou em contato com o Ministério de Desenvolvimento Regional, deputado Nascimento.

Tem um vídeo do prefeito circulando dias depois dessa tragédia - para finalizar, presidente - dizendo que se reuniu no Palácio dos Bandeirantes com o Vinholi e que o Vinholi disse para ele que ele tinha que levantar os custos ali da tragédia que aconteceu para daí se pensar em fazer um decreto de calamidade pública.

Olha, o Pinóquio do Vinholi - o apelido dele lá em Catanduva é Pinóquio -, um deputado estadual medíocre que passou por esta Casa aqui, que tem uma liderança medíocre na cidade dele, Catanduva, orientando o prefeito a começar a levantar os prejuízos na cidade para aí sim solicitar a calamidade pública.

Prefeito, deixo aqui essa orientação a Vossa Excelência, não pelo senhor, que é alinhado ao governador, mas pelo povo de Pirassununga: entre em contato com urgência com o Ministério do Desenvolvimento Regional. Faça aí um decreto de calamidade pública para que o governo federal possa ajudar não o seu governo, mas a população de Pirassununga.

Politizaram tudo, deputado Nascimento. Politizaram as nossas instituições, politizaram cloroquina e ivermectina, a pandemia, e agora estão politizando uma catástrofe, onde a população...

Há bairros em Pirassununga nesse momento, a tragédia foi nesse final de semana, que sequer têm energia elétrica. E o prefeito dizendo que foi orientado pelo Governo de São Paulo, pelo secretário Pinóquio Vinholi. Por isso que até o momento não fez um decreto de calamidade pública.

A população está às minguas. Faço esse apelo ao prefeito: que decrete calamidade pública na cidade de Pirassununga, e faça contato com o Ministério do Desenvolvimento Regional, que já se colocou à disposição do povo dessa cidade, Pirassununga, interior do estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTIDO - Seguindo a lista de oradores inscritos, quero chamar à tribuna o deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila, que permuta com esta Presidência, deputado Tenente Nascimento. Deputado Frederico d’Avila tem o tempo regulamentar para o seu pronunciamento.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente deputado Tenente Nascimento, prezados colegas, eu queria convidar aqui Gil, Mecca, Nascimento, Conte. A hora que terminar os trabalhos na Assembleia, nós saiamos - é pertinho - em diligência rumo à rua Itália 414. Sem nenhum perigo, nós vamos encontrar lá diversas viaturas. Nós já fizemos essa expedição, o Major Mecca, o deputado Gil e eu.

Acho que era por volta de seis e meia da tarde. Nós encontramos diversas viaturas. Depois que repararam na nossa presença, aumentaram o número de viaturas. Então eu queria convidá-los, saindo daqui da Assembleia, a ir lá de novo, para mostrar para a população, que está empenhado grande número de viaturas, aparato policial, da área, como bem disse o Mecca, para a segurança particular, patrimonial da residência do governador do Estado, que não pode andar na rua.

Ele não tem condições de andar na rua. Eu rasgo o meu diploma de deputado se ele conseguir ir na São João, no largo da Batata, na Doze de Outubro, em qualquer calçadão aqui em São Paulo, se ele conseguir andar 200 metros a pé.

Pode ir acompanhado do ajudante de ordens para não tomar um safanão na orelha. Eu quero ver se ele aguenta andar 200 metros a pé. Eu rasgo o meu diploma.

Então a imprensa, associada à esquerda, associada a tudo o que não presta, fica repetindo diuturnamente que o presidente Bolsonaro, o governo tem desaprovação. O deputado, que estava lá ontem conosco, Castello Branco, deputado Danilo Balas estava conosco ontem, a deputada federal Carla Zambelli, o deputado Hélio Negão. Estávamos ontem em Miracatu.

O presidente chegou lá numa caminhonete de cabine dupla, caçamba aberta, acompanhado da equipe de segurança, acenando para os populares que se encontravam. Ele foi aclamado no trajeto, na chegada, na saída, aquilo que a gente já cansou de ver.

Quem não gosta do presidente Jair Bolsonaro? Aqueles 20 mil maconheiros da PUC, que são revolucionários de Iphone, que fizeram subscrição contra a nossa Medalha Deputado Erasmo Dias, esses são contra.

Papai sustenta, eles ficam na faculdade, e em vez de ficar quatro anos, ficam seis, oito. O Conte já foi lá na PUC, ele sabe como que é. O doutor Maurício sabe como que é. Iphone, Samsung Galaxy 2 mil e não sei quanto, viaja para fora quando possível. E aí é revolucionário da PUC. Esse aí é contra o presidente Bolsonaro. “Ele não”, esse tipo de coisa.

Esses dias, final de semana, fui ali na região de Pinheiros, região perto da Pedroso de Morais. Fui almoçar num restaurante, os restaurantes em volta ali. Não vou citar nomes, Dr. Mauricio, deputado Mecca, Gil, mas restaurante lá que você com a esposa não consegue comer por menos de 180 reais, 200 reais.

E aí o pessoal lá com “Ele Não”, “Marielle, presente”, fotografia da Frida Kahlo, dizendo que “Viva a Vacina”, “Viva o SUS”, e ali o apartamento, a casinha mais baratinha ali, acho que está bem distante de 98% da população brasileira.

Então, a gente vê a hipocrisia da esquerda brasileira, e eu vou falar uma coisa para vocês. Eu até estava aqui falando de MST, estava falando de Via Campesina. Eu nunca mais vou me esquecer, deputado Gil Diniz. Uma vez eu estava indo para a Europa com amigos, eu tinha, acho, 22, 23 anos. Era uma das primeiras viagens que eu fazia para a Europa, com amigos. Nós éramos em quatro ou cinco amigos.

Aí, Major Mecca, eu entrei no avião, e você sabe como são os aviões de voo internacional, transcontinental. Você entra pela porta dianteira, e você sai na cabine da classe executiva, ou da primeira classe. Aí, você vira à direita e vai lá para a classe econômica, classe turística. Obviamente, eu, com 22, 23 anos, viajando com amigos, fomos lá para a classe turística.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

 

* * *

 

 Quem estava já, Dr. Mauricio, refastelado em uma poltrona da classe executiva, tomando uma taça de champanhe com amendoins, da companhia Air France? Eu nunca vou esquecer. Quem que vocês imaginam? O Sr. João Pedro Stédile.

E aí até comentei com um amigo meu, que é fazendeiro. Ele falou: “não, não é, é alguém que é parecido com ele, esses gaúchos são tudo meio parecidos, coisa e tal”. Eu falei: “não é, eu conheço ele, não sei o quê, não sei o quê”. No fim, era mesmo, era ele próprio.

Não sei se vocês se lembram, teve aquele episódio do José Bové, lá na França, que fez um furdunço lá. Esse José Bové é tipo de um Stédile da França, que jogou leite no meio da rua, invadiu o prédio público, fez tudo quanto é tipo de esculhambação, depredação. E ele foi lá apoiar o tal do José Bové. Isso que eu estou contando, em 2001, 2002, por aí.

Então, isso mostra a hipocrisia dessa gente, e que tem vários tentáculos. Os tentáculos estão na arte, os tentáculos estão no aparato educacional, os tentáculos estão na música, estão nas escolas, estão na Educação Infantil, na Educação Primária, na Educação Superior.

Hoje em dia, o que a gente mais vê na Educação Superior é tudo quanto é coisa que não presta, menos a profissionalização, a criação de uma pessoa que sirva para trabalhar, gerar renda, riqueza para o País. A não ser nas faculdades tradicionais, de Engenharia, Medicina. Aí a gente enxerga uma eficiência maior das pessoas que ali estão cursando.

Então, nós não podemos aceitar que continuemos desse jeito. Por isso, eu digo e repito, o que aconteceu hoje em Brasília, Conte, é essa turminha botando as manguinhas de fora de novo, MST, Via Campesina.

Como bem disse você aqui, Conte, semana passada - infelizmente, eu não estava aqui -, bandido só entende duas línguas, é cacete e bala. Não adianta. Aquele pessoal que invadiu e depredou a sede da Aprosoja em Brasília, hoje, é bandido, e eles só entendem duas línguas, cacete e bala. E precisa ser feito isso.

Vou entrar em contato com o presidente nacional da Aprosoja, o Antonio Galvan, e vou falar o seguinte, que nós temos que ter ali, infelizmente, porque aquilo ali é uma rua extremamente tranquila de Brasília, onde está instalada a casa da Aprosoja, vamos ter que ter ali um corpo de guarda preparado para esse tipo de ação, porque isso vai se intensificar daqui até o dia das eleições, até a ocasião das eleições.

Eles vão tentar fazer, de toda forma, movimentos e ações como essa e vão ter que ser respondidos com cacete e bala. Sem dó nem piedade. Eles querem, obviamente, se vitimizar. Eles querem se vitimizar, mas, se não for assim, não aprendem.

Como bem disse você, deputado Gil Diniz, a guarda suíça papal não anda com pombinha branca, nem com armas de dissuasão não letais. O Conte, quando era vereador, falou lá daquele negócio que tem aquele fiozinho que dá choque.

Isso é uma piada. Então, é óbvio que essas ações vão se intensificar. Eles querem se vitimizar e querem jogar nas costas do presidente a carestia mundial que foi imposta pelos autores da famosa frase “Fique em casa, a economia a gente vê depois”.

Obrigado, Sr. Presidente Major Mecca, que preside esta sessão. Mais uma vez, quero aqui parabenizar o 1º BPChoque pelo seu aniversário, que ocorre no dia de amanhã, 15 de outubro, e, na pessoa do deputado Conte Lopes, que é o decano do 1º BPChoque na Casa, cumprimentar a todos os policiais que, como o senhor, ali naquele pátio estiveram.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Muito obrigado, deputado Frederico d’Avila. Dando sequência à lista de oradores inscritos no Grande Expediente, deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Marcio Nakashima. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Ricardo Mellão. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.)

Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Pela ordem, presidente. Uma breve comunicação enquanto o orador se dirige à tribuna?

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - É regimental.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, só para me posicionar novamente contrário à questão da urgência da CPI da Prevent Senior.

A base do Governo recuou na semana passada. Iriam discutir nesta semana, e o que vimos aqui foi um esvaziamento da Assembleia de São Paulo, talvez por conta do feriado, mas nós vimos essa, mais uma vez, politização e uma bancada como a do Governo querendo destruir uma empresa séria como a Prevent Senior.

Os funcionários estiveram aqui na semana passada, fizeram uma grande mobilização em frente à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, mas deixo novamente consignada a minha posição de contrariedade a essa proposta de CPI e, agora, no plenário, a esse pedido de urgência regimental, que de urgência não tem absolutamente nada.

Vi o presidente Carlão Pignatari falando hoje na Rede Alesp e dizendo que querem investigar a conduta da empresa e tudo mais, mas que defende os trabalhadores, que quer verificar se houve algum abuso.

Peço ao Carlão Pignatari que abra algumas investigações contra, por exemplo, o Iamspe, porque diariamente recebemos várias críticas ao atendimento que os funcionários públicos têm no Iamspe. Acredito que é muito mais urgente para este Parlamento se debruçar do que justamente tentar destruir um grupo sério como a Prevent Senior.

Então, deixo consignada novamente a minha contrariedade a essa CPI, a essa proposta de CPI e ao pedido de urgência feito aqui neste Parlamento.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - E os hospitais públicos do estado de São Paulo em situação de precariedade. Muito obrigado, deputado Gil Diniz. Tem a palavra o deputado Conte Lopes.

 

O SR. CONTE LOPES - PP - Sr. Presidente, caro Major Mecca, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, voltamos a esta tribuna. 

A gente está falando porque temos aqui 94 pessoas que podem falar. A gente se inscreve, os outros 94 não se inscrevem. Então, obviamente, quando chega a nossa vez de novo, a gente fala novamente.

Eu queria falar um pouco... Amanhã é o aniversário da Rota. É evidente que nós fomos convidados. É importante colocar que fui promovido, servi na Rota por mais de 10 anos.

Sou o único policial no Brasil que teve duas promoções por bravura. No Batalhão Tobias de Aguiar, fui de primeiro-tenente a capitão, por bravura. Em uma, promovido pelo Coronel Erasmo Dias, e na outra pelo desembargador Gonzaga, que era secretário de Segurança Pública.

Eu acho que a culpa não é tanto do coronel Alencar, o comandante da PM, nem do coronel Coutinho, que comanda a Rota. O problema é que o PSDB persegue. Ao contrário do próprio PT. Eu já falei isso aqui 1.000 vezes.

O PSDB é vingativo; esse é o grande problema, eles são vingativos. Então, é aquele negócio. Talvez até venha... “Você faz isso aí”. Você veja quando eles colocam pessoas em determinados postos na política, pessoas que foram derrotadas nas eleições. O que essa pessoa pode falar? Vai falar o quê?

Porque se você for ser secretário, não sei o que e tal, te mandam embora, você volta pra cá. Agora, se você perdeu a eleição, te mandam embora, você vai pra onde? Então, obviamente o cara tem que comer na mão dos outros, não é verdade?

Então, o PSDB é 1.000 vezes pior que o PT nesse aspecto, politicamente falando. Por isso que eu falei aqui: a gente enfrenta o PT nas urnas. Já enfrentamos, já tomamos pedrada, já demos pedrada, porrada, isso é normal. A vida inteira.

Só que eles, não; eles agem de outra forma. Eles agem de uma forma sub-reptícia. Essa é a grande verdade. Eles atacam as pessoas, eles não permitem, eles fazem perseguição.

Quer dizer, mudar o dia da Rota, que tantos trabalhos prestou à população de São Paulo? Quantas vezes nós formamos naquele batalhão para ajudar as pessoas. Eu estou vendo várias discussões aqui em que se fala da câmera no peito do policial, da Rota meio devagar, parando.

O problema não é do policial, não. Maurício, tem gente que pensa que nós policiais vibramos em sair dando tiro nos outros na rua. Pelo contrário, é só explicar para o policial: “olha, eu não quero que você faça nada”, que ele vai ficar tranquilo. Quantos batalhões aí em que o cara chega na sexta-feira e fala: “olha, não me arrume problema; se você me arrumar problema, você será transferido”.

Então, numa possível perseguição com tiroteio e tal, o policial não vai, porque ele vai ser transferido. Porque vai ter que chamar o comandante e ele e vai ter que vir. Ao contrário de nós no Batalhão Tobias de Aguiar, em que o próprio comandante ia às ocorrências.

Determinava e ia às ocorrências. Os comandantes iam às ocorrências. Havendo uma ocorrência grave, ele ia, participava, acompanhava, para ver o trabalho do policial, a proteção à população.

O que a gente precisa colocar aqui é que a função da polícia é proteger a população. Só isso, certo? Se vocês querem travar a polícia, quem não vai ser protegido é a população. Acabou.

Não é o policial que vai ser prejudicado; não é ele, não. Pelo contrário: para ele, tudo bem. É para não fazer nada, não faz nada. É só dar ordem. Porque o duro é você fazer o cara trabalhar. O duro é você ir na frente, na Rota, e fazer o cara trabalhar. Essa é a grande verdade.

Aqui é um Parlamento. Tem gente que xinga a gente nas redes. “Ah, o senhor fala...”. A gente vai fazer o quê? Aqui é para falar mesmo. Se todo mundo falar, a gente fala de vez em quando; agora, se ninguém fala, a gente fala. Certo? Aliás, como deputado nesta Casa aqui, logo que eu cheguei, houve uma ocorrência em Mogi das Cruzes. E eu, como deputado, fui para lá. Tinha saído da Rota.

Cheguei à ocorrência, estavam o padre da cidade, o promotor, o juiz, a Polícia Civil, a Polícia Militar, dois japoneses - chamam de japonês - segurando uma criancinha de 75 dias como refém.

E eu estava até encostado no Hospital Militar na época, porque Michel Temer me colocou lá; me colocaram, como punição. E eu peguei uma ambulância com o Rafael, que trabalha comigo até hoje. Trinta e tantos anos, trabalha comigo até hoje. Nós fomos lá.

Cheguei lá, vi o bispo, vi o desembargador, vi o promotor, vi o delegado, todo mundo conversando com  o cara lá dentro.  Começou às nove horas; eu cheguei lá umas três, quatro horas da tarde. Até em determinado momento escuto um grito de criança.

Foi na hora que eu perguntei: “Japonês, o que está acontecendo aí?”. Ele falou: “Não, acabou tudo. Agora nós vamos sair”. Eu falei: “Como você vai sair? Se você for sair você mata a criança. Está cheio de policial de fuzil”.

Atrás de mim estava todo o COE, Gate, Polícia Civil com fuzil. Eu falei: “Você vai matar a criança. Não faça isso”, mas não deu nem tempo de eu falar isso aí. Quando eu vi, ele estava puxando o móvel que segurava a sala que a gente falava com eles.

Eu me ajoelhei, peguei meu Magnun. Quando ele saiu com a máscara na cara, o japonês com a máscara na cara – é típico de japonês - que ele atira em mim, eu atirei nele e ele voltou lá para dentro.

Ele caiu para lá de novo. Fechou a porta e aí eu começo a ouvir um monte de tiro na porta. Falei: “Os bandidos estão atirando para caramba”. Eu olho e a polícia dando tiro na porta com a criança lá dentro com os caras. E eu: “Pare, pare, pare.” O Rafael gritando: “Pare, pare, pare”. Deu uma parada, eu abri a porta e estava o japonês esfaqueando a criancinha de 75 dias, a Thabata.

Eu atiro na cabeça dele de novo. Ele caiu, eu peguei a criança e saí correndo. Vi que a criança estava branca. Levantei o vestidinho dela assim, o intestino estava todo para fora. Aí pegamos a primeira viatura e fomos lá para o hospital. Foi onde eu vi que Deus existe e a criança se salvou. Eu só estou falando isso, por que aqui  a gente pode falar à vontade, é função nossa. 

 Então, o que eu acho é que está havendo uma inversão de valores. Nós estamos desprotegendo a população. Eu não sou amante da Polícia Militar.

Aliás, quando eu entrei na polícia era Força Pública - é bom colocar - em 1967. Em 1970, na época do regime militar, acabou a polícia da Guarda Civil, acabou a Força Pública e criaram a Polícia Militar. Nunca amaram muito a gente também não - é bom colocar aqui.

Tanto é que estava colocado lá na Constituição daquela época: “Nos estados haverá as Polícias Militares, cujos componentes não poderão ganhar mais do que os das Forças Armadas”. Era a única coisa que tinha nossa lá. Mas nós fomos trabalhar, cumprimos o nosso dever, que era combater o crime, porque eu acho que a polícia existe para combater o crime.

A polícia não está aqui para servir a A, B, C, seja lá qual governo que for. Se é governo do Lula, de Bolsonaro, se é Maluf, se é o Alckmin, tem que combater o crime; é a função dela. Se é o Haddad, se é a Erundina… A Erundina foi deputada comigo aqui. Quantos debates nós tivemos aqui!

Quando ela virou prefeita, ela fez a segurança dela e foi buscar na Rota. Os policiais da Rota que faziam a segurança dela. Então, o que nós temos que analisar é o seguinte: o que estão fazendo quando você põe uma câmera no peito da polícia? Seria bom? Seria bom, mas só que estão pondo a câmera para ferrar o policial; não é para ajudar o policial. Essa é a grande verdade.

E o policial com medo dos seus superiores hierárquicos, que estão sentados acompanhando o trabalho dele através de uma câmera - ou estou mentindo? Porque eu tinha que acompanhar na rua.

Quando o Caco Barcellos escreveu o livro dele “A história da polícia que mata - Rota 66” e me colocou como o deputado matador, ele falou que eu queria aparecer nas ocorrências. Aparecer? Eu era o comandante; eu tinha que ir lá.

Como o professor comanda a sala de aula, o comandante da tropa tem que estar acompanhando as ocorrências. Hoje não. Hoje criaram uma coisa fácil. Ora, eu fico na minha casa, na minha sala, e o PM está lá e está com uma câmera vendo o que vai acontecer.

Se deu tudo certinho, palma para ele. Se deu um errinho, coitado dele. Com esse errinho aí ele vai para a cadeia, mesmo que ele esteja combatendo um bandido superperigoso, mesmo que o bandido esteja com um fuzil e você esteja com um 38.

Então eu acho que nós temos que pensar mais no problema do efeito na sociedade. A sociedade tem que ver isso aí. E, volto a dizer, o que o Doria está fazendo com a polícia, está, realmente, encostando os policiais, dificultando o trabalho, tanto da civil quanto da militar, e não pagando bom salário. Pelo contrário, perseguindo. E daí nós vamos de mal a pior.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE – MAJOR MECCA - PSL - Muito obrigado, deputado Conte Lopes. Na sequência dos oradores, deputada Dra. Damaris Moura. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. A senhora fará o uso da palavra, Professora? Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Bem, boa tarde, Sr. Presidente. Comprimento também a mesa de trabalhos, os assessores à minha esquerda, minha direita, senhores deputados. Eu assomo a esta tribuna, primeiro que nós estamos a um dia, que é o dia do professor, o dia de amanhã, dia 15 de outubro. Todos os governadores, todos, até antes, sempre deram como um feriado o dia do professor. Porque ele é melhor? Não. Por entender a importância desta profissão.

Mas o governador Doria tem um problema com o funcionalismo público, policiais, professores, enfim, com quem banca o estado. Quem banca o estado? Quem é que segura o aparato estatal?

Quem é? São os servidores públicos, não tem como negar isso, deputado Conte Lopes, seja o senhor porque é policial e porque defende, sim. A sociedade precisa de proteção. Nós, professores, prestamos um papel, que é o papel de formar cidadãos e as outras profissões.

A Saúde é a mesma coisa, enfim, todos nós temos um papel enquanto servidores públicos a cumprir na sociedade. Pouco valorizados. No dia de ontem, nós fomos convocados para esta Casa.

O senhor estava, eu estava, o deputado Gil estava, outros deputados também estavam. Surpreendentemente, não porque eu quisesse, deputado, por favor, tanto o PLC 26, como a CPI, foram desconvocados. Poderiam ter sido desconvocados naquele dia, quando eu falei no microfone que fosse para a outra semana.

Pois não, deputada. Ok. Então, é nesse sentido que eu quero dizer que a gente lutou ontem. Uma parte acabou vindo, outra parte dos servidores acabou não vindo, porque ficou sabendo que não ia ter a votação.

E nós esperamos ainda o bom senso do governador, do presidente da Casa, do líder da bancada do Partido dos Trabalhadores, que retirem esse PLC 26. Não serve para nada. Tratar de temporário, e já tem lei que trata de servidores temporários. Tratar de política de bônus, já tem leis.

Eu vou trazer na próxima semana lei por lei que trata de política de bônus. E não adianta. O que na verdade querem fazer é uma perseguição para cima dos servidores públicos, é aquilo que é moral tornar imoral, o que é transparente ficar escondido, é o quem indica. É isso que vai prevalecer depois desse PLC 26. Por isso tem que ter uma maioria qualificada de 48 votos “sim”.

Então é nesse sentido e com esse espírito que eu chamo atenção, porque o PLC, se aprovado, não é verdade que só os temporários serão atingidos. Eu falo e vou repetir, porque quando eu falava da Previdência, deputado Conte Lopes, eu avisava: vai ter um processo de “desaposentação”, os aposentados também passarão a contribuir com a Previdência. E o que aconteceu? Houve esse processo.

Você fala assim: “Tá, mas eu fiz o certo.”. Eu falei antes, mas muitos deputados, até por acreditar que a reforma da Previdência não era isso, votaram “sim”. Eu sei de deputados e deputadas que falam para mim “deputada, eu fui enganado, eu fui enganada”.

Eu acho que sim, porque fala no direito adquirido. Direito adquirido é uma coisa por que nós sempre prezamos, valeria para os outros, mas mesmo para os outros aposentados que viessem a ser aposentados não é justo.

Não é justo para ninguém que já cumpriu, porque como a gente tem um regime de solidariedade, quer dizer, você paga aqui para poder, futuramente, ser pago o seu salário, porque é isso, meu Deus do céu, seria natural que o aposentado tivesse sossego agora, após a aposentadoria, mas eu estou vendo partir desde 200 reais até 200 mil reais. É isso que está saindo do bolso dos aposentados. Esta Casa tem uma dívida com os aposentados, nós temos que corrigir. É dívida mesmo.

Ao mesmo tempo, nós estamos vendo prefeito municipal querendo aprovar a mesma coisa. Que lógica é essa, tirar de quem não tem de onde tirar mais? Porque se tivesse mercado de trabalho ainda assim não estaria correto, mas esses não têm mais mercado de trabalho, é aposentar para, enfim, depois ir ao finalmente.

Mas a aposentadoria não é inatividade. Aposentadoria também tem que significar lazer, tem que significar felicidade, do tempo que você deixou de estar com a família, você estar com a família, ou com o que resta da família. É um pouco disso. Nós temos que tratar o aposentado, servidores públicos dessa forma.

E eu estou avisando também, tem muito servidor efetivo achando que só ele vai, ele não está nessa. Está sim. Pode ter certeza de que a tal provinha de mérito é para demissão.

Eu sou extremamente contra isso, porque eu acredito que o Estado já tem normas. Deputado Gil, se vierem falar para o senhor que “é para os profissionais que não são bons”, não é verdade, já tem normas. Tem as regras, transgredidas as regras é feito um processo administrativo.

Eu tenho na minha mão, cinco mil professores foram demitidos. Alguns casos passíveis de serem analisados direito, por perseguição até. Mas tem demissão, tiveram cinco mil professores e professoras demitidos. Então não é verdade. Isso é uma mentira que ficam contando, a história das seis faltas anuais. Mas o que são as seis faltas anuais?

Nós temos seis meses de 31 dias. Isso foi colocado na lei. Por que foi colocado na lei? Exatamente para compensar isso.

Agora fica o tempo todo nessa balela das seis faltas. Eu não estou nem aí com as seis faltas anuais, quero salvar a carreira do funcionalismo público, que ele tenha o direito de fazer o concurso público, que o Detran assuma o concurso que está lá e não fique temporariamente de léu em léu. É isso que está em questão.

Então com isso eu termino, agradeço e espero que o bom senso prevaleça na cabeça desta Casa e rejeitem esse PLC 26. Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Muito obrigado, Sra. Deputada Professor Bebel. Antes, só queria...

 

A SRA. DRA. DAMARIS MOURA - PSDB - Pela ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - A senhora tem o direito à palavra, deputada. Antes disso, eu só queria parabenizar os professores do estado de São Paulo, os professores de todo o Brasil, a deputada Professora Bebel, lembrando que, quando eu era criança, meus pais colhiam um botão de rosa e, no dia dos professores, eu entregava para a minha professora. Parabéns a todos os professores, viu?

Tem V. Exa. o direito à comunicação.

 

A SRA. DRA. DAMARIS MOURA - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem, presidente, para fazer uma breve comunicação. Acho que estamos falando aqui de educação; eu sou filha de professores, também já dei aula e quero fazer coro com o Sr. Presidente, quando parabeniza a todos os professores. Pudemos fazê-lo, nesta sessão, na pessoa da professora Bebel, que representa aqui, neste momento, a educação.

Bem, a minha comunicação é para destacar entre nós... Eu vou pedir que ele fique de pé, porque ele está ali atrás. Eu quero apresentar a todos Alex Santiago. Ele é ex-aluno da rede estadual aqui do Estado de São Paulo e está entre os finalistas do Prêmio Global Student Prize.

Alex estudou na Escola Estadual Professora Julieta Guedes de Mendonça e concorre ao considerado “Nobel” dos estudantes pelo projeto “Combate ao bullying nas escolas e a importância do protagonismo jovem”.

Ele está superando 3,5 mil indicações de projetos entre 94 países: Alex está entre os 50 finalistas do Global Student Prize. Já mencionei que é ex-aluno da Escola Professora Julieta Guedes de Mendonça, que fica na cidade de Dracena, aqui no estado de São Paulo, e concorre com o projeto já mencionado, que trata do combate ao bullying.

Esse prêmio, como também já mencionado, é considerado um “Nobel” de estudantes, e está aberto a todos os alunos com menos de 16 anos de idade matriculados em uma instituição acadêmica ou programa de treinamento e habilidades. Alunos matriculados em cursos on-line também são elegíveis a essa premiação.

Para finalizar, Sr. Presidente, só atualizando: Alex esteve presente conosco, recentemente, no Palácio dos Bandeirantes, no lançamento do programa que amplia as escolas de ensino integral aqui no Estado de São Paulo, e pôde ser homenageado naquela oportunidade pelo secretário da Educação, Rossieli Soares.

Alex, nós queremos, então... Embora tenhamos poucos parlamentares aqui, para os que estão, eu vou pedir uma salva de palmas a esse jovem, que está representando tão bem a educação com o seu projeto. (Palmas.)

Muito obrigada, Alex. Nós estimamos que você esteja em Paris, concorrendo com outros estudantes, e que você traga para o Brasil esse prêmio tão significativo para nossa educação. Parabéns, Alex! Seja bem-vindo à Assembleia Legislativa de São Paulo. Leve nossos votos de êxito e um grande abraço.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Sim, parabéns, Alex - a você, à sua família, aos seus professores. Que Deus sempre o ilumine na sua caminhada. Você é muito bem-vindo à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Esta Casa é sua e de todos vocês. Parabéns.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT – PARA COMUNICAÇÃO - Bom, eu, como professora da escola pública - hoje afastada, mas sim -, sei exatamente o que é lidar com alunos que sofrem bullying.

O seu trabalho será de grande valia para vencermos esse problema, porque o bullying mata de duas formas: ele mata fisicamente, porque leva a esse problema também, e psicologicamente. Então, com certeza é um trabalho. Parabéns, Alex.

Aproveito o momento, também, para avisar que amanhã haverá a sessão solene pelo Dia do Professor. Convido o senhor, se estiver na Casa às 10 horas da manhã, a passar, dar uma fala; a deputada Damaris também, os demais deputados.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Também para pedir, Sr. Presidente, o levantamento desta sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PSL - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Está levantada a sessão.

 

* * *

 

- Levanta-se a sessão às 16 horas e 40 minutos.

 

* * *