20 DE OUTUBRO DE 2021
51ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: WELLINGTON MOURA, ADRIANA BORGO e ALTAIR MORAES
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - WELLINGTON MOURA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - ADALBERTO FREITAS
Exibe fotos de participação em eventos para o Dia das
Crianças. Lista e parabeniza as associações que organizaram as festas. Discorre
sobre o trabalho em prol do bem-estar das crianças em vulnerabilidade social.
3 - ADRIANA BORGO
Assume a Presidência.
4 - ENIO LULA TATTO
Para comunicação, reflete sobre a fala do deputado Frederico
d'Avila, em 14/10. Pede punição ao deputado. Discorre sobre intolerância
religiosa. Repudia a disseminação de discursos de ódio. Defende a democracia.
5 - CORONEL NISHIKAWA
Lamenta a aprovação do PLC 26/21. Tece críticas aos salários
dos servidores do Estado. Exibe vídeo de evento em comemoração do Dia do
Samurai. Comenta trajetória de imigrantes japoneses no Brasil. Defende a
manutenção da cultura originária japonesa.
6 - JANAINA PASCHOAL
Repudia as ofensas dirigidas ao deputado Frederico d'Avila e
aos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Rebate a fala do deputado Enio
Lula Tatto. Pede respeito aos pensamentos diferentes. Informa o recebimento de
e-mails com denúncias de manifestações ideológicas de professores.
7 - CONTE LOPES
Comenta encontro com o presidente Jair Bolsonaro, ontem, em
Brasília. Considera como honesta a gestão do presidente. Lembra as eleições de
2018. Tece críticas à trajetória política do governador João Doria. Discorre
sobre assalto sofrido pelo deputado Frederico d'Avila. Reflete sobre a terceira
via nas eleições de 2022.
8 - FREDERICO D'AVILA
Rebate o discurso do deputado Enio Lula Tatto. Afirma que já
se desculpou pelas palavras ofensivas dirigidas à comunidade católica. Defende
os valores cristãos. Critica uso do altar para discursos políticos. Discorre
sobre as dificuldades dos policiais militares. Critica o uso de câmeras nos
coletes dos agentes. Lamenta o assassinato do cirurgião plástico Claudio
Marsili, no Rio de Janeiro.
9 - WELLINGTON MOURA
Assume a Presidência.
10 - ADRIANA BORGO
Exibe slides agradecendo o trabalho dos agentes que foram
transferidos desta Casa. Critica as punições aos policiais envolvidos em
acidentes ou ocorrências com mortes. Tece elogios a todos os agentes de
Segurança Pública. Pede pela valorização da categoria.
11 - LETICIA AGUIAR
Comenta reunião com representantes da Associação Faedusp.
Discorre sobre a educação domiciliar. Defende o método de ensino. Pede a
aprovação do PL 666/19. Afirma que educação familiar não é incompatível com a
Constituição. Agradece a Unicamp pela realização de mutirão de colonoscopia.
Parabeniza o governo Bolsonaro pelos auxílios à população durante a pandemia.
Elogia o trabalho da primeira dama, Michelle Bolsonaro.
GRANDE EXPEDIENTE
12 - TENENTE NASCIMENTO
Para comunicação, endossa a fala da deputada Leticia Aguiar
sobre o homeschooling. Solicita o apoio dos demais deputados para aprovação de
projeto que regulamenta o ensino domiciliar.
13 - JANAINA PASCHOAL
Mostra-se contrária a perda do mandato de um procurador da
República. Afirma que o autoelogio realizado pelo mesmo à sua equipe não
configura crime. Critica posição da mídia a respeito de fala do senador Renan
Calheiros sobre a morte de indígenas.
14 - CORONEL TELHADA
Menciona a comemoração dos 88 anos da fundação da Associação
de Subtenentes e Sargentos. Exibe foto de visita ao presidente Jair Bolsonaro.
Tece críticas ao Senado Federal. Agradece o presidente da República por sua
recepção. Informa a abertura de 1.000 vagas para o concurso da Guarda Civil
Metropolitana. Lembra as datas comemorativas do dia de ontem e hoje. Lamenta a
aprovação do PLC 26/21. Relata ter votado "não" ao projeto. Cita
alguns direitos que serão prejudicados em razão do projeto aprovado. Considera
o salário da Polícia Militar insuficiente.
15 - CONTE LOPES
Cumprimenta a Associação de Subtenentes e Sargentos. Exibe
foto de visita ao presidente Jair Bolsonaro. Afirma que a mídia está procurando
uma terceira via para as eleições presidenciais. Menciona ocorrências em que
esteve envolvido em seu tempo como agente de Segurança Pública. Exibe vídeo da
tentativa de assalto ao deputado Frederico d'Avila. Comenta relação do
governador João Doria com outros políticos.
16 - FREDERICO D'AVILA
Agradece os deputados que manifestaram apoio a ele. Afirma já
ter se desculpado por ter se excedido em discurso relacionado à lideranças da
Igreja Católica. Menciona visita ao presidente Jair Bolsonaro. Destaca a
preocupação do presidente com as dificuldades enfrentadas pela população
brasileira (aparteado pelos deputados Conte Lopes e Coronel Telhada).
17 - EMIDIO LULA DE SOUZA
Lamenta a aprovação do PLC 26/21. Menciona aprovação de abono
de periculosidade para agentes da Fundação Casa. Comenta episódio envolvendo
ofensas proferidas pelo deputado Frederico d'Avila à lideranças da Igreja
Católica. Afirma que tal episódio precisa ser apurado. Alega que o mesmo
proferiu ofensas ao MST, Via Campesina e ao Partido dos Trabalhadores.
18 - ALTAIR MORAES
Assume a Presidência. Registra a presença do embaixador do
Azerbaijão.
19 - VALERIA BOLSONARO
Defende o deputado Frederico d'Avila. Afirma que até mesmo o
deputado Emidio Lula de Souza já teria ofendido outras pessoas de maneira não
intencional.
20 - DOUGLAS GARCIA
Pelo art. 82, critica o arcebispo de Aparecida. Lê e comenta
publicação do MST, de 2012, a seu ver para doutrinar crianças no terrorismo.
Defende a legítima defesa por parte da população. Informa que hoje fora
aprovado, na Comissão de Segurança Pública, requerimento de sua autoria, que
visa ao combate de grupos terroristas. Acrescenta que é função desta Casa
primar pela democracia. Manifesta-se contra a instalação da CPI da Prevent
Senior.
21 - FREDERICO D'AVILA
Pelo art. 82, agradece à deputada Valeria Bolsonaro. Tece
considerações sobre a importância do agronegócio para a economia. Lembra
depredação da Aprosoja, na semana passada, pelo MST, em Brasília. Critica o
citado movimento por incêndio de cerca de 250 casas, em Pernambuco. Discorre
sobre a entrega de títulos rurais definitivos para famílias de Miracatu, no
Vale do Ribeira, pelo governo federal. Indaga se a CNBB e o PT confortariam sua
família, caso tivesse sido assassinado durante o assalto que sofrera. Acrescenta
que o debate realizado é político e visa a atacar a direita e o presidente Jair
Bolsonaro. Lamenta capa da revista IstoÉ, que compara a citada autoridade a
Adolf Hitler.
22 - GIL DINIZ
Para comunicação, critica o PT por defender a CPI da Prevent Senior.
Afirma que a citada instituição não será afetada.
23 - EMIDIO LULA DE SOUZA
Pelo art. 82, rebate o pronunciamento do deputado Douglas
Garcia. Defende a doutrina social da Igreja Católica. Assevera que a entidade é
solidária com os pobres. Reflete acerca da fome, a afetar parte da população do
País. Valoriza o pequeno agricultor. Aduz que o governo federal afetara o PAA -
Programa de Aquisição de Alimentos, criado no governo Lula. Lê e critica parte
de discurso do deputado Frederico d`Avila. Acrescenta que o PT é defensor da
igualdade de oportunidades.
24 - EMIDIO LULA DE SOUZA
Para comunicação, tece considerações a favor da inclusão do
trabalhador e do pequeno produtor rural nas intenções do País. Afirma que o
ex-presidente Lula fora o responsável pela abertura das fronteiras do
agronegócio, com a China. Ressalta a importância das exportações para a citada
nacionalidade. Critica o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Argumenta que o
MST ensina a crianças que a terra é um direito.
25 - TENENTE COIMBRA
Para comunicação, presta solidariedade ao deputado Frederico
d`Avila. Afirma que altar não é local para política. Comenta prova esportiva do
Ultraman Brasil. Enaltece a participação do atleta Alexandre Paiva, portador de
diabete.
26 - PRESIDENTE ALTAIR MORAES
Endossa o pronunciamento do deputado Tenente Coimbra.
27 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, anuncia e lamenta o falecimento do
investigador Jéferson, da Polícia Civil de São José dos Campos, em acidente de
trânsito. Transmite condolências à instituição e à família enlutada.
28 - ALTAIR MORAES
Endossa o pronunciamento do deputado Frederico d`Avila.
29 - PAULO LULA FIORILO
Rebate o pronunciamento do deputado Gil Diniz. Discorre
acerca da necessidade de se investigar a Prevent Senior. Indaga o motivo pelo
qual a base governista não está a debater a instalação da CPI. Cita e comenta
fala do governador João Doria, sobre o tema. Acrescenta posicionamento do
deputado Vinícius Camarinha, líder do Governo. Afirma que houve recuo do Poder
Executivo no apoio. Questiona por que a denúncia feita em 2020 não fora objeto
de investigação, pela Secretaria da Saúde. Afirma que o Ministério Público
também não tomara providências.
30 - PAULO LULA FIORILO
Para comunicação, argumenta que o governador João Doria
poderia mobilizar a base governista a favor da instalação da CPI da Prevent
Senior. Questiona se bolsonaristas ou governistas têm receio do resultado da
investigação. Afirma que o PT não pretende promover o encerramento das
atividades da citada instituição hospitalar. Defende a apuração de erros e
respectivas punições.
31 - DOUGLAS GARCIA
Para comunicação, informa preferência pelas palavras do Papa
Pio XII, de condenação ao comunismo. Critica o apoio ao aborto e à ideologia de
gênero, pela esquerda.
32 - GIL DINIZ
Para comunicação, rechaça o pronunciamento do deputado Paulo
Lula Fiorilo. Afirma que há relação de apoio entre PSDB e PT.
33 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, lembra Roberto Rodrigues como ministro da
Agricultura, no governo Lula. Tece considerações sobre o livre comércio
internacional.
34 - CONTE LOPES
Para comunicação, critica o governador João Doria.
35 - GIL DINIZ
Para comunicação, ressalta a importância do agronegócio para
a economia do País e de parte do mundo. Critica o proselitismo político na
igreja. Afirma que deve mostrar vídeos da militância de padres e bispos.
Critica o MST por invasão de terras e amputação de animais.
36 - PAULO LULA FIORILO
Para comunicação, afirma que há aliança bolsodoria nesta
Casa. Defende a investigação da Prevent Senior. Critica o deputado Gil Diniz e
o recuo da base governista.
37 - GIL DINIZ
Para comunicação, desafia o PT a assinar requerimento de CPI para
investigar mortes em hospitais públicos do estado de São Paulo.
38 - EMIDIO LULA DE SOUZA
Para comunicação, afirma que o agronegócio não produz
alimento com custo baixo para a população. Destaca o valor do pequeno
agricultor para o mercado interno. Critica o governo federal e o deputado
Douglas Garcia. Clama por respeito à hierarquia da Igreja. Nega que a entidade
faça campanha a favor do PT.
39 - DOUGLAS GARCIA
Para comunicação, critica o marxismo por perseguição aos
cristãos.
40 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, afirma que a agricultura alimentar recebera
19% mais recursos no governo Bolsonaro. Comenta a destinação de cerca de 39
bilhões para o Pronaf, a ser realizada. Argumenta que pequenos produtores
rurais votaram no presidente Jair Bolsonaro. Parabeniza a ministra da
Agricultura, Tereza Cristina. Destaca a importância do agronegócio.
41 - GIL DINIZ
Para comunicação, comenta a disponibilização de cerca de 10
milhões de reais em crédito de reforma agrária, durante o governo Bolsonaro. Tece
considerações sobre visita a assentamento em Mogi das Cruzes. Lembra entrega de
títulos de propriedade rural em Miracatu, pelo presidente da República.
42 - DOUGLAS GARCIA
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
43 - PRESIDENTE ALTAIR MORAES
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária do dia 21/10, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Wellington Moura.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Presente
o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de
Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata
da sessão anterior e recebe o expediente.
Oradores inscritos no Pequeno
Expediente: deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.)
Deputado Adalberto Freitas tem o tempo regimental.
O
SR. ADALBERTO FREITAS - PSL - Minha
amiga deputada Adriana Borgo está presidindo os trabalhos, cumprimento aqui a
Mesa, cumprimento aqui os colegas da gloriosa PM que estão cuidando de nossa
segurança e os assessores de ambos os lados aqui da Casa - e também o pessoal
que está nos vendo pela Rede Alesp de televisão.
Queria pedir
uma gentileza para o Machado, da técnica - também cumprimento todo o pessoal da
técnica que nos ajuda -, e quero falar hoje da comemoração ao Dia das Crianças.
Como vocês sabem, eu sou lá do fundão da zona sul, onde ali nós temos cerca
dois milhões de habitantes.
O fundão da
zona sul é onde acaba São Paulo, onde São Paulo já faz divisa com o litoral
sul. Então, sabemos que toda vez que fala em fundão, nos extremos, é onde as
pessoas são mais necessitadas, e as crianças também.
A gente sabe
das crianças, que a gente aproveita sempre quando tem Dia das Crianças, Natal,
e no meu caso estou sempre ajudando quando é possível. E o nosso mandato teve
sempre essa preocupação com o bem-estar das crianças que vivem em
vulnerabilidade social. Nós nunca medimos esforços para dar suporte e atenção
às causas que protejam nossos pequenos.
Neste Dia das
Crianças, dei meu total apoio participando de diversas festas organizadas por
associações e líderes comunitários, parceiros de nosso mandato há muito tempo.
Eu sou deputado agora, mas eu já vinha da parte política, trabalhei por muitos anos
com a política.
Enquanto estou
falando, está passando aí na tela os lugares onde nós atendemos em parceria com
as associações e vou falando os nomes dos lugares, porque acho que esses
lugares merecem que se fale os nomes aqui das comunidades que atendemos.
Então, agradeço
aí principalmente a ONG Acisa, que tem nos dado total apoio, a toda diretoria;
a Associação Navegantes; a Associação de Mongaguá, que tem o vereador Pelé, que
é meu amigo; a CDHU da Cidade Ademar; Comunidade Jardim São Jorge; Rua Três,
também lá do jardim da Cidade Ademar; a CDHU da Ponte Baixa “B”, que é
Guarapiranga; CDHU do Jardim Apurá; Associação de Futebol da Vila Inglesa;
Looks Futebol Clube, do Parque Santo Antônio; Sociedade Amigos do Bairro Jardim
Nações Unidas; Sociedade Caraguava; São Vicente; Guaraú; Vila Erminda; Praia
Grande; Comunidade da Vila Sônia.
Instituto
Social Resgatando Almas; Ação Comunitária Aruandacaru, indígena; Associação de
Mães do Jardim São Pedro; Igreja Pai, Filho e Espírito Santo, também atendemos
as crianças de lá; Inesp, que é o Instituto Esperança para Todos, da periferia
da zona sul; Igreja Pentecostal O Juízo e O Final, também do Jardim Ângela; a
Cida, do Parque Santo Antônio; o Proteção e Habitação à Criança Carente; Jardim
Madalena, a Sra. Isabel; Uirapiranga, a Sra. Elza; Vila Andrade, um abraço para
o Marconi; Jardim Maracá, a Lourdes.
Na Vila Remo
tem o Cuca; Jardim Ingá, a Sra. Carla; a Nádia, do Caju; Jardim Gismar, Sra.
Inês; Jardim Maracá, o Carioca; Cohab Adventista Capão, a Sra. Larissa; o
Nações, o Daniel; Centro de Cursos de Apoio ao Cidadão Alemão da Germânia; o
Sérgio, do Vaz de Lima; o Márcio, do Jardim dos Reis; Jardim Almeida; Vila
Marcela; Aldeia Itapemirim, que é indígena; Aldeia Arandu Mirim e Aldeia Icatu
Mirim, que atendemos também, todos da barragem.
Em Itapecerica
da Serra atendemos o Horizonte Azul, Analândia III, o Crispim, Santa Júlia,
Jardim Imperatriz, Jardim Sampaio, Parque Paraíso, Mirante da Lagoa.
E aqui na zona
sul, em Interlagos, a Associação Santa Maria; no Jardim Eliane, a Estação Maria
Luísa; na Campo da 12, Cristina; Jardim Interlagos, o Valdério; a Fátima da
AMAI; Saracura; Associação dos Moradores do Flor de Campo, que é a Jal;
Condomínio Orquídeas; Condomínio Guido Caloi; CDHU Ponte Baixa “A”; Associação
Menina dos Olhos, lá da zona leste; Igreja Restituidora de Vida, de Jardim de
Parelheiros; e do Jardim Marabá e também a Associação dos Moradores da Juta. E
do Guarujá também atendemos Vila da Noite e a comunidade Prainha.
Então
parabenizo a todos esses bairros que nós atendemos. São diversas associações
ligadas ao nosso mandato. Desde que começamos nosso mandato, já conseguimos
constituir 258 associações de bairros, moradores, e atendemos todo esse pessoal
que, realmente, aí no fundão da zona sul e outros bairros, merecem a nossa
atenção.
Muito obrigado,
presidente, e agradeço a atenção de todos.
*
* *
- Assume a Presidência a Sra. Adriana
Borgo.
*
* *
O
SR. ENIO LULA TATTO - PT - Pela ordem, Sra.
Presidente. Pedindo e agradecendo a todos os deputados presentes em plenário
para passar na frente deles, falar pelo Art. 82, pela bancada do Partido dos
Trabalhadores.
A
SRA. PRESIDENTE - ADRIANA BORGO - PROS - Deputado, eu
estou sendo orientada pela Mesa que não pode ser utilizado o 82 no Pequeno
Expediente.
O
SR. ENIO LULA TATTO - PT - Ah, não pode?
A
SRA. PRESIDENTE - ADRIANA BORGO - PROS - Só no
Grande.
O
SR. ENIO LULA TATTO - PT - Não sabia disso.
Para uma comunicação, com a tolerância de V. Exa., pode ser?
A
SRA. PRESIDENTE - ADRIANA BORGO - PROS - É regimental.
O SR. ENIO LULA TATTO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado a todos. Queria ler uma nota
aqui de minha autoria, sobre o pronunciamento do deputado Frederico d’Avila, na
última sexta-feira.
“Desde o processo eleitoral de 2018, a sociedade brasileira vem sendo recorrentemente atacada por uma versão política carregada de preconceitos, incitações à cultura de ódio e infâmia desferida contra instituições sociais, jurídicas, políticas, pessoas públicas e religiosas.
Esta prática abominável tem, de tempos em tempos, elegido um alvo a ser atacado e intimidado pelo seu bando que covardemente despeja calúnia e difamação ao vivo e no mundo virtual.
Adepto desse nefasto roteiro, o deputado estadual Frederico d’Ávila (PSL) apontou sua artilharia insana contra o Reverendíssimo Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, que, na celebração religiosa do Dia da Padroeira do nosso país, chamou atenção sobre a realidade de desemprego e miséria e criticou a política de ódio que estimula o armamento da população.
Há tempos, agentes políticos da turba do deputado Frederico d’Avila têm esgarçado regras e limites da saudável e democrática convivência social, numa aposta destrutiva rumo ao caos.
Por isso manifesto meu veemente repúdio aos ataques do deputado contra nosso arcebispo Dom Orlando Brandes, que, como integrante da CNBB, não se omite em defender o Estado Democrático de Direito, a justiça social, solidariedade e a paz como alicerces do bem comum da sociedade brasileira.
Clamo ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e aos demais parlamentares para que a tomemos medidas cabíveis, com punição exemplar, com vistas a coibir este tipo de violência contra expressiva liderança religiosa, que fere os princípios da prática parlamentar e configura explícita falta de decorro e condições para permanecer no ambiente Legislativo”.
Essa é a minha posição, Sr. Presidente. Agradeço a tolerância.
A
SRA. PRESIDENTE - ADRIANA BORGO - PROS - Obrigada,
deputado. Dando prosseguimento, continuidade à lista de oradores inscritos, Dr.
Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Deputado
Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Emidio de Souza. (Pausa.) Deputada
Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. O senhor tem o tempo
regimental de cinco minutos.
O
SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos, assessorias, telespectadores da Rede
Alesp, colegas deputados. Eu não tenho o hábito de ficar assacando, acusando,
entretanto, ontem, apesar de todo o esforço nosso, passou um PLC que é danoso
aos funcionários públicos do estado.
São medidas que
estão sendo tomadas sem dar o devido aumento. Para que possa tirar alguma
coisa, tem que ter a contrapartida, e essa contrapartida não está sendo dada.
É lamentável
que ocorra isso, porque já é muito pouco o salário aqui, do estado de São
Paulo. O estado de São Paulo representa 40% do PIB nacional, e é um dos piores
salários que tem no nosso País. Isso precisa ser corrigido.
Sexta-feira
passada nós comemoramos o Dia do Samurai, que é dia 24 de abril, entretanto,
como estávamos na pandemia, nós não pudemos fazer a devida entrega de alguns
diplomas. Gostaria que o Machado passasse o vídeo que nós preparamos para
passar aqui, no plenário.
* * *
- É exibido
vídeo.
* * *
Eu gostaria de
finalizar dizendo o seguinte. Que, para nós, foi motivo de honra e orgulho.
Principalmente sendo descendente de japoneses. Meus pais vieram para o Brasil
em 1932.
Somos a
primeira geração no Brasil. Nós temos no Brasil, para quem não sabe, 2 milhões
de descendentes de japoneses. Isso faz com que nós façamos esse tipo de
homenagem. Porque é merecido. Fora do Japão, é a maior colônia que existe em
todo o mundo.
Então, como
sempre falo: tudo o que nós fazemos, voltado à nossa cultura, principalmente à
cultura originaria do Japão - que foram eles que unificaram o país chamado hoje
de Japão - só podia ser homenageado desta forma.
Aqui na Casa,
nós temos feito, defendendo funcionários públicos com muita garra e honra.
Espero, Sr. Governador, que o senhor reponha salário, porque o senhor está só
tirando por enquanto.
Obrigado.
A
SRA. PRESIDENTE - ADRIANA BORGO - PROS - Obrigada,
deputado. Dando continuidade à lista de inscritos. Deputada Marta Costa.
(Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. A senhora tem o tempo regimental de cinco
minutos.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento a deputada Adriana Borgo, nesta data nos
honrando com a Presidência da sessão, os colegas presentes, as pessoas que nos
acompanham, os funcionários da Casa.
Eu gostaria,
muito respeitosamente - nem sei qual palavra utilizo -, de registrar a minha
perplexidade com os termos que alguns colegas têm usado. Não só para com o
colega Frederico, membro da bancada, que já se desculpou - sendo certo que também
me desculpei, como líder da bancada -, mas para com todos os apoiadores do
presidente, ou aqueles que, não sendo apoiadores, têm um pensamento mais à
direita.
Estou sentindo,
e digo isso sempre respeitosamente, que estão aproveitando um fato. Um fato que
realmente trouxe uma tristeza para esta Casa, um desconforto para esta Casa.
Mas estão aproveitando esse fato para atacar um grupo significativo de
brasileiros que, muito embora não compactuem com adjetivos, com quaisquer
agressividades, têm um pensamento que tem que ser respeitado, um pensamento à
direita, um pensamento conservador. Um pensamento que, como todos os outros
pensamentos, deve ser respeitado.
Hoje eu me
surpreendi lendo, no Diário, uma moção de repúdio ao nosso colega que não era a
nosso colega, era a todos os eleitos em 2018, a todos os que ainda apoiam o
presidente, a todos que, eventualmente, mesmo não apoiando o presidente, têm,
trazem consigo aquele pensamento que elegeu o presidente em 2018. Todos esses
cidadãos brasileiros, nesta nota de repúdio, são tratados como “neomonstros”.
Agora o colega,
que tem todo o direito, que me antecedeu - não o colega Nishikawa, o colega
Tatto -, pediu aqui para fazer uma comunicação. Obviamente, todos nós aqui
presentes franquearíamos a palavra a ele, até porque ele vai participar de uma
audiência pública muito importante, a qual eu apoio. Também sou crítica ao
fechamento dos prontos-socorros.
Eu estava certa
de que o colega falaria sobre audiência pública. Não, veio ler uma nota. Tem
todo o direito de ler a sua nota relativamente ao discurso do colega Frederico,
divergir, protestar.
Mas a fala não
foi sobre a manifestação do colega Frederico, foi contra um grupo significativo
de brasileiros que ousa divergir da verdade petista, psolista, esquerdista.
Então, da mesma
maneira que eu tento manter um convívio harmonioso nesta Casa, respeitando as
várias linhas ideológicas, filosóficas, religiosas, quero crer que o esforço
tem que vir dos dois lados.
Porque pegaram
uma fala de um colega - e nós já dissemos, reconhecemos que a fala foi infeliz,
ninguém está negando isso - e estão coletivizando esta fala, para atacar um
grupo significativo de brasileiros. E isso não é justo.
Este,
desculpem, eu vou utilizar uma palavra forte aqui, mas este oportunismo está
gerando injustiças, inclusive nas pontas. Porque, coincidência ou não, eu tenho
recebido e-mails de pais, de avós, de alunos, inclusive pequenos, que estão
sendo hostilizados na escola, caso, por exemplo, digam que não querem receber a
vacina, ou que um pai ou um parente próximo não quis se vacinar, ou que o pai
ou a mãe votaram ou votarão no Bolsonaro, ou em um político de direita.
As crianças
estão sendo hostilizadas, não só pelos coleguinhas, mas pelos professores que
estão insuflando. Recebi um e-mail esses dias, colegas, de uma mãe dizendo que,
quando a criança questionou o tal passaporte da vacina, que é natural hoje em
dia - as crianças debatem os assuntos da atualidade -, os professores disseram:
“é uma bolsominion”. Então, esse tipo de bullying pode?
O discurso do
meu colega foi absolutamente inadequado. Obviamente não pode, mas um discurso
onde uma bancada inteira é chamada de “neomonstro”, onde se instiga uma
perseguição a quem pensa diferente, onde se justifica o bullying, por exemplo,
aos filhos, aos netos, daqueles que pensam diferente, isso é democrático?
Então, eu tomo
a liberdade de subir aqui não é pra defender “a” ou “b”, é para defender a
liberdade de pensamento, e para dizer, eu fui a primeira a protestar com
relação à fala do meu colega. Já fiz isso antes de chegar aqui.
Mas também não
posso ficar calada diante de oportunismo, porque as pessoas que pensam
diferente deles, porque nós somos a maioria, a verdade é essa, mas as pessoas
que pensam diferente deles também têm direito à fala.
Muito obrigada,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - ADRIANA BORGO - PROS - Obrigada,
deputada Janaina Paschoal. Dando seguimento à lista de oradores inscritos,
deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputado
Ricardo Mellão. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. O senhor tem cinco minutos pelo
tempo regimental.
O
SR. CONTE LOPES - PP -
Sra. Presidenta Adriana Borgo, parabéns ontem pelas palavras. Realmente tive
dois policiais que foram afastados da Casa que estavam aqui há 15 anos. Eu
perdi a eleição, fui embora e eles ficaram. Eu voltei, mandaram os caras
embora: a Débora e o Armando.
Mas vou voltar
aqui ao discurso. Ontem, eu e o grande e nobre deputado Frederico d’Avila e o
grande deputado Coronel Telhada estivemos lá em Brasília conversando com o
presidente da República. É isso, nobre deputado Frederico d’Avila? Com o
presidente Bolsonaro.
Primeiro que o
Bolsonaro ganhou a eleição em 2018 da Globo, da Record, do SBT, de todo mundo.
Ganhou dos partidos políticos todos, porque entrou em um partido sozinho.
Elegeu um monte de gente, hein? Elegeu um monte de gente, Frederico d’Avila. Os
caras queriam... Eu disputei a eleição. Os caras queriam votar no 17. Eu quero
ver votar agora. Quero ver votar agora.
Então, já que a
esquerda está brigando, é como falamos ontem com o presidente: nós vamos
disputar a eleição no Brasil de novo e vamos ganhar. Vamos enfrentar o PT e
vamos ganhar, porque o Doria está morto e sepultado politicamente. Não fui eu
que matei o Doria e o sepultei, para virem querer me cassar. Ele está morto e
sepultado politicamente.
Não se acha em
São Paulo e no Brasil alguém que goste do Doria. Só a Bia. Não sei. Mas ninguém
mais gosta. Onde você vai, ninguém gosta. Talvez ele perca até as prévias
agora. Ele traiu Geraldo Alckmin. Ele começou a carreira política traindo o
criador dele. Ele traiu o criador dele, o Geraldo Alckmin. Está expulsando o
Geraldo Alckmin do PSDB.
Quero saber do
PSDB com quem vão concorrer a eleição, porque ele está tirando um cara que tem
quase 30%, que é o Geraldo Alckmin, que é nosso amigo, Frederico d’Avila.
Estivemos no seu casamento lá no Rio de Janeiro.
Ele foi
padrinho do seu casamento no Copacabana Palace Hotel, não é verdade? Estivemos
lá. Então, a gente pode falar, porque ele é meu amigo, o Geraldo. Não é que
estou me metendo no PSDB, eu quero que o PSDB faça o que ele quiser, problema
deles.
Agora, fomos lá
e vamos disputar a eleição, sim. Vamos ter candidato a governador, a senador.
Vamos disputar a eleição. E digo mais: é óbvio que, hoje, o Bolsonaro vem muito
mais forte, primeiro porque não roubou e não deixou roubar. Bolsonaro não
roubou e não deixou roubar. Isso aí vai ficar no povo brasileiro.
A situação é
difícil? É, no mundo inteiro. Essa pandemia atingiu todo o mundo, a crise
econômica, a seca, mas ele está lá trabalhando, como vimos ontem, com os outros
ministros, batalhando para ajudar a população mais pobre. Está lá. Pegando o
dinheiro do Brasil não para mandar para Cuba, para Cochinchina, não, é para os
brasileiros mesmo. Está trabalhando. Então, não resta a menor dúvida.
Esses ataques
idiotas que a gente está vendo... O Frederico d’Avila, pelo amor de Deus, o que
é isso? Quando eu era moleque, Frederico d’Avila, quando eu tinha oito anos de
idade, a gente fazia a primeira comunhão.
Aí quando você
fazia primeira comunhão, a mãe da gente queria que você fosse confessar. Você
confessava. Você ia lá, ficava de joelho, o padre ficava sentado e você
confessava. Você confessava os pecados a partir dos oito anos, nove, dez.
Depois fui
tendo outros pecados. Confessava, ele mandava você rezar quatro padre-nossos,
três ave-marias e você estava perdoado. Mas foram aumentando os pecados e
depois eu não confessava mais, não é? É verdade.
Agora, o
Frederico vem aqui, fala uma coisa e está condenado para o resto da vida. É um
homem que estava abalado porque tinha sido atacado por bandidos, ele e a
família dele, uma criancinha de três anos, um menininho de três anos e a menina
de cinco, junto com a esposa, no carro.
Quase foi
morto, está com marca de estocada, de tiro, no peito. Talvez a bala saísse e ai
ele estava morto. Ninguém fala nada em favor do Frederico d’Avila. Ninguém
fala. Ele quase morre na frente da família, mas para algumas pessoas pouco
importa.
Agora querem
cassar o Frederico d'Avila porque ele é amigo do Bolsonaro. É o fim do mundo
uma coisa dessa. Quer dizer, a Igreja, que tem por comum perdoar... Ele veio
aqui e pediu perdão, se desculpou, como eu fazia.
A gente se
confessava. “Vai lá, fala três ‘pais nossos’, que está perdoado”. O padre
perdoava a gente, era legal para caramba. Depois, não adiantou mais; o padre
não perdoava mais nada, né. Mas tudo bem.
Então, hoje não
tem mais isso. Não perdoa ninguém. Agora, só porque na hora de desespero o
Frederico d'Avila, falou uma coisa aí? Pelo amor. Todo mundo, o dia inteiro
comentando. Ou é por causa do Bolsonaro? Então, não resta a menor dúvida. Eu
não acredito em terceira via.
O Datena vai
ser candidato, mas a mulher dele não vai deixar de novo. Tenho certeza de que
na hora em que chegar lá... Porque aí você para de ganhar 900, um milhão, para
ganhar 20 contos, né. Aí é duro. Aí chega a mulher: “ah não vou mais, porque eu
parei...”. É meu amigo, mas para prefeito não veio, para senador não veio, para
governador não veio. Pode ser que venha agora.
Então, difícil
a terceira via. Provavelmente sobrem dois candidatos, Lula e Bolsonaro, para
disputar as eleições do ano que vem. E vai ser essa a disputa. Os senhores
deputados que não sabem para onde vão, é bom começar a olhar para onde vão, né.
Porque eu disputei várias eleições, e normalmente o cara pergunta: “como é que
você está? Você está com o Maluf?”.
E o Maluf
trazia um monte de gente aqui, que depois o refugou. Trazia, vinha com ele para
cá, com os votos dele. E o maior governador e prefeito que São Paulo já teve. O
que o Doria fez? Me fale uma obra de Doria. Pegue as obras de Paulo Maluf,
quando ele foi governador, foi prefeito. Pegue as obras.
Então, é só
essa a minha colocação, Frederico d'Avila. Nós, como eu disse ontem, estivemos
lá e vamos continuar na luta. Você quer luta? Vamos ter luta, vamos disputar
eleição. Vamos para a batalha.
Obrigado, Sra.
Presidente. Desculpa.
A
SRA. PRESIDENTE - ADRIANA BORGO - PROS - Obrigada,
deputado Conte Lopes. Dando continuidade, está com a palavra o deputado
Frederico d'Avila. O senhor tem cinco minutos pelo tempo regimental.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PSL -
Sra. Presidente, deputada Adriana Borgo, prezados colegas, professora Janaina,
deputado Conte e demais que estão aqui presentes, policiais civis e militares.
Bom, eu estava no meu gabinete agora e ouvi aqui o deputado Enio Tatto com
muita atenção.
Deputado esse
que, apesar de ser do PT, eu tenho consideração pela trajetória política da
família, que saiu de Santa Catarina e conseguiu se estabelecer aqui em São
Paulo. E indubitavelmente tem uma liderança aqui em São Paulo.
Mas eu queria
dizer, Conte, que aquele excesso que eu cometi no dia 14, quando eu nunca
deveria ter descido a essa tribuna... E vocês, antigos que são, você e o
Coronel Telhada, ontem, na nossa viagem a Brasília, disseram: “não desça lá com
a cabeça quente, não desça lá com o fígado, não desça lá com raiva, porque você
vai falar alguma coisa errada”. Vim aqui e me desculpei. E como você disse,
aprendeu quando criança a ir lá no confessionário falar com o padre e fazer a
sua penitência.
Agora, eu
queria dizer o seguinte: se o que eu fiz aqui, falei para essa câmera, a mesma
câmera em que eu me excedi, falei palavras ofensivas, que eu reconheço e
reconheci depois, a carta que eu fiz, me desculpando, a carta aberta que eu
fiz, mandei para toda a imprensa, me desculpando com a comunidade católica, que
se sentiu ofendida...
Mesmo porque eu
prezo os valores tradicionais da Igreja Católica, seja ela Romana, Ortodoxa,
Maronita; enfim, todas as correntes da Igreja Católica, das igrejas
protestantes. Como diz o presidente Bolsonaro, a cultura judaico-cristã que
reina no Brasil e no mundo ocidental.
Agora, eu
queria saber o que o PT quer mais de mim. Quer que eu suba aqui e faça o quê?
Me chicoteie, pegue um revólver e dê um tiro na minha cabeça? O que eles querem
que eu faça?
Então, eu estou
à disposição para saber o que eles querem que eu faça. Já fiz aqui uma
retratação, já fiz a carta. A todos os que me procuram lá na rede social, no
e-mail, eu orientei a minha equipe para responder que fizemos a carta, o vídeo.
E corroboro
suas palavras, deputado Conte Lopes. Onde estavam certos ditos clérigos na hora
que policiais foram mortos em ocorrências, na hora que vítimas de civis como eu
foram mortos ou alvejados como aconteceu com o Dr. Cláudio Marsili ontem pela
manhã lá no Rio de Janeiro, para roubar o seu veículo?
Roubaram o
veículo do Dr. Cláudio Marsili e ainda ele foi assassinado na frente do
hospital em que ele dava plantão às sete horas da manhã no Rio de Janeiro. Pai
do famoso psiquiatra... Eu vou depois, Conte, eu tenho a foto lá no meu gabinete...
Eu vou ter que abrir tudo aqui.
E eu quero
dizer aqui de novo, vou fazer pela segunda vez. Se não bastou a primeira eu já
vou dizer de novo: pedir desculpas a todos aqueles que se sentiram ofendidos,
sejam eles católicos ou não, e quero me desculpar enquanto da figura papal, que
é o chefe de Estado e chefe da Igreja.
Porém, eu ainda
digo: seja rabino, pastor, padre, bispo, monge, que não usem da sua condição do
sacerdócio para fazer política ou proselitismo político no seu estabelecimento
religioso. Isso é um absurdo.
E aí, Conte, eu
queria aqui dizer para o deputado Enio que, infelizmente, já saiu, que todas as
manifestações - não digo todas, mas 90% - que eu recebi contrárias foram de
parlamentares de esquerda ou de pessoas ligadas à esquerda e absolutamente
todas ligadas à Teologia da Libertação, todas, todas. E aí houve a ressaca.
Então teve o
ataque e depois a ressaca. Da mesma forma, eu estou recebendo uma porção de
e-mails, mensagens nas redes sociais dizendo que, apesar das palavras pesadas,
da inadequação de ter atacado o papa e de ter usado palavras pesadas contra
essas figuras religiosas, as pessoas concordavam com aquilo porque não se
sentiam representadas pela condução das igrejas ou paróquias que essas pessoas
frequentavam.
E eu quero
dizer, está aqui conosco o meu chefe de gabinete, coronel Sardilli, que é
católico. Você o conhece, Conte, foi comandante da Rota também e é do Arautos
do Evangelho, e ele disse, ele mesmo me falou quando eu cheguei no gabinete:
“Você se excedeu nas palavras”.
Eu só me dei
conta disso, Conte, depois que eu subi, por causa de todo o problema que eu
sofri naquela semana, que você sabe. Eu liguei para você no dia seguinte.
O assalto em
frente da família, a depredação da Aprosoja, em Brasília, onde defecaram no
corredor, urinaram, picharam, arrombaram com pé de cabra, destruíram tudo.
Depois a capa da “Isto É” com o presidente caracterizado como o ditador alemão
Adolf Hitler.
E depois houve
aquele caso do “Pátria amada não é Pátria Armada”, ou seja, dizendo que nós,
cidadãos, não podemos nos defender. Quer dizer, como você bem disse, o policial
já sofria muito para trabalhar nas condições anteriores: salário baixo,
legislação contrária, dificuldade de viaturas. O Major Mecca me relatou hoje
que está faltando dinheiro para botar bateria em viatura, pneu, gasolina, etc.,
e agora com essa câmera.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Wellington Moura.
* * *
Então, como
você bem disse ontem para mim no avião na nossa viagem visitando o presidente
Bolsonaro, que muito me honrou levar você e o Coronel Telhada lá, agora com
essa câmera que vai acabar com a Segurança Pública do estado de São Paulo,
porque a câmera, enquanto nos Estados Unidos é feita para ajudar o policial na
sua atividade, aqui ela vai ser usada para condenar o policial. Sem câmera o
policial já é prejulgado; agora com a câmera é para acabar com o policial.
Aí eu queria
sugerir aqui que governador, secretário de Estado, vice-governador, os
presidentes das autarquias das empresas do Estado usassem câmeras para a gente
ver com quem que eles se encontram, com quem que eles...
O SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Para concluir, deputado.
O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Pois não. Com quem que eles se
encontram, com quem que eles falam e o que eles fazem, uma vez que nós os
elegemos.
Obrigado, Sr. Presidente, pela tolerância.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado. Próximo deputado inscrito, deputado Gil Diniz. (Pausa.)
Deputada Dra. Damaris Moura. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado
Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Sebastião
Santos. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.)
Deputado Edmir Chedid. (Pausa.)
Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Murilo Felix. (Pausa.) Deputado Major
Mecca. (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputada Leci Brandão.
(Pausa.) Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputada
Adriana Borgo. Tem o tempo regimental, deputada.
A
SRA. ADRIANA BORGO - PROS -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos, aos meus colegas parlamentares, aos
meus colegas que trabalham aqui na Assembleia Legislativa e também aos meus
queridos policiais militares e civis que trabalham aqui na Assembleia
Legislativa.
Eu gostaria que
a técnica soltasse um slide, por favor. Essa é a cabo PM Débora; cabo PM
Armando; cabo PM Teobaldo; a Débora, novamente; cabo Armando; o cabo Hamilton;
o cabo S. Pereira; o cabo PM Cardoso; o sargento PM Nairton; a cabo PM
Patrícia. Esses meninos estavam lotados aqui na Assembleia Legislativa até a
última sexta-feira dessa semana passada.
Na Polícia
Militar, o policial entra sabendo que ele pode servir em qualquer lugar do estado,
e é praxe dentro da Polícia Militar transferir os seus policiais quando eles se
envolvem em ocorrência.
É a política de
proteção que, na verdade, se chama “punição”. Uma palavra bonitinha de se usar,
mas que não acontece e não é verdadeira; é punição. Se o policial se envolver
numa ocorrência, Conte Lopes, que o fim for morte de um bandido, ele é afastado
das suas funções. Se um policial se envolver num acidente de viatura, além de
ter que pagar a viatura, ele é afastado de suas funções.
Até que nós
ainda meio que não concordamos e realmente achamos que é falta de direitos
humanos, mas nós aceitamos por um regulamento disciplinar e por uma gestão de
comando.
Agora,
transferir policiais desta Casa, alguns com 15 anos; outros, como o Teobaldo,
com problemas de saúde - vindo trabalhar, sofreu um acidente e ficou aqui com
restrições de trabalho, e servia muito bem aqui na administração - e todos os
outros que aqui cumpriram seu papel de nos defender, principalmente com
maestria, como todos esses policiais fazem aqui todos os dias?
Nós pudemos
constatar isso quando houve a invasão aqui na Alesp. Graças a Deus e a eles; as
nossas vidas, como deputados aqui, foram sim resguardadas. Mas transferir por
politicagem, isso é muito feio, isso é muito covarde, isso é ridículo, isso é
palhaçada, isso é desumano. Você pegar pais de famílias, mães de famílias e
transferir daqui da Alesp, sem aviso prévio, só porque os deputados que
indicaram eles aqui na Casa não votam as aberrações do Governo João Doria. Que
feio, né?
Me manda embora
da Alesp, vem pra cima de mim. Vamos ver se tem voz de alguém aqui que é
soberana, a não ser a do povo e a de Deus. Vem pra cima de mim, não faz essa
covardia não.
Vai pra cima do
Lopes, vai lá mano a mano com o Lopes. Vai lá, peita o Telhada, o Neri, mas não
faz essa covardia não. Então, hoje, eu quero, além de deixar mais uma vez
registrado aqui essa covardia e a minha revolta, dizer aos senhores todos aqui:
aos senhores, os oito policiais que foram transferidos aqui.
A todos os
policiais que são transferidos injustamente neste estado, que Deus abençoe
vocês. Vocês são especiais, eu tenho orgulho de defender a categoria dos
senhores.
Dentro do
coração de vocês, eu sei que bate uma revolta muito grande, um desânimo muito
grande, porque não são reconhecidos nem pela sociedade, muito menos pelas
instituições, pelo governo, e aqui na Alesp também, pelo seu presidente.
Mas não tem
problema, o mundo dá voltas, a roda vira, e vai virar. E um dia, enquanto eu
estiver aqui dentro, ou enquanto eu tiver voz, eu posso não estar mais
deputada, mas eu nunca vou deixar de brigar por aquilo que eu acredito, que é a
valorização, a dignidade desses heróis.
Vocês são o
último elo que nos liga entre o bem e o mal. E quando esse elo é desmerecido, a
nossa sociedade está realmente podre e doente. Os nossos policiais estão
morrendo, sim, mas não é em assalto, não.
Não é em
acidente, só, não. Estão morrendo de doenças mentais, do coração, da alma. E
isso não é só governador, não. Isso aqui é fruto de politicagem: usar
policiais, policiais sérios, uma profissão tão séria para barganhar
politicamente para atingir os deputados, isso é uma vergonha.
Então eu deixo
aqui a minha gratidão, não só pelos oito policiais que foram transferidos, mas
para todos os policiais que fazem parte da Assembleia Legislativa do Estado de
São Paulo que, ao contrário do que pensam, trabalham, e trabalham muito.
Trabalham muito. E o pró-labore que recebem, que não incorpora mais, tá? Porque
esse desgovernador fez questão de tirar. É pouco perto de tudo o que eles
aguentam, desse desaforo que eles aguentam, inclusive de deputados
mal-educados.
Muito obrigada.
Viva a Polícia Militar, a Polícia Civil e todos os profissionais de Segurança
Pública do estado de São Paulo. A luta muda a lei.
O SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA -
REPUBLICANOS -
Próximo inscrito,
Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.)
Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputada
Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Carlos
Cezar. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson do Consumidor. (Pausa.)
À lista suplementar: deputada Márcia
Lia. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo
Balas. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife
do Consumidor. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Enio
Tatto. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada.
(Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.)
Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputada
Leticia Aguiar. Tem V. Exa. o tempo regimental.
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PSL
- Cumprimento o Senhor Presidente, os colegas aqui presentes e a todos que nos
acompanham pela Rede Alesp.
Quero dizer que
ontem recebi aqui em nosso gabinete na Assembleia Legislativa uma comissão
representando a Faedusp, associação que defende a educação domiciliar.
Tivemos uma
reunião muito importante com a professora Vanessa e com a Rosane. Falamos do
“homeschooling”, da importância desse método de educação que é amplamente já
apreciado pelo mundo.
Hoje são mais
de quatro milhões de crianças e jovens que estudam dessa maneira,
“homeschooling”, e aqui no Brasil esse método tem crescido diariamente.
Eu sou coautora
desse Projeto nº 707, de 2019 que dispõe sobre ensino domiciliar,
“homeschooling”, na educação básica, educação infantil, ensino fundamental e
ensino médio, no âmbito estadual.
Uma das nossas
justificativas, pela importância desse projeto, para que seja regulamentado,
para que os pais, mães e educadores possam estar amparados pela lei, é
justamente oferecer a possibilidade de educar seus filhos em casa,
proporcionando-os um ensino singular e personalizado, o que favorece um aproveitamento
e desenvolvimento de suas aptidões naturais.
Também
possibilita um ambiente especializado para crianças com deficiência, que
frequentemente não recebem o necessário amparo, tanto das instituições
públicas, quanto das privadas.
Hoje cerca de quatro milhões de crianças e
adolescentes estudam em casa, ao redor do mundo e esse número tem crescido cada
vez mais. Quero parabenizar o deputado Tenente Nascimento pela iniciativa dessa
importante propositura.
Nós defendemos
o “homeschooling”, e temos que trabalhar em conjunto com os demais
parlamentares para que toda a Casa entenda a importância de dar a liberdade e a
independência aos pais e educadores de prover o ensino aos seus próprios
filhos.
É importante
destacar que, em uma decisão recente, o plenário do Supremo Tribunal Federal,
STF, afirmou que a educação familiar não é incompatível com a Constituição, mas
que precisa ser regulamentada por lei. É por isso que nós estamos com esse
projeto na Casa e queremos ampliar a discussão, com celeridade, mostrando para
a população e para o plenário da Assembleia a importância do ensino domiciliar.
Portanto, você,
pai, mãe, educador, famílias do estado de São Paulo, saibam que nós estamos
batalhando para que esse projeto seja aprovado o quanto antes na Assembleia
Legislativa.
Quero, agora,
agradecer à Unicamp. Estive recentemente em Campinas, onde conseguimos realizar
um mutirão de colonoscopia na Unicamp.
Conseguimos
zerar a fila de exames de diagnóstico precoce de pessoas com câncer de
intestino. Através de uma emenda parlamentar de minha autoria, conseguimos
promover esse mutirão, que zerou a fila e, com certeza, vai salvar vidas.
Quero mandar um
abraço a todos da Unicamp, que nos receberam muito bem, ao reitor, professor Antonio
José de Almeida Meirelles - Tom Zé ao Dr. Ciro Garcia Montes, à
professora Elaine, ao Toninho, a todos que nos receberam lá. Parabéns pelo
trabalho da Unicamp, do Hospital das Clínicas da Unicamp, que tem feito um
trabalho importantíssimo e que precisa cada vez mais de recursos financeiros.
Nós estamos trabalhando para levar esses investimentos também.
Quero
aproveitar o meu tempo final para falar a você que acompanha o nosso trabalho e
o trabalho do governo Bolsonaro.
Quero
parabenizar o governo Bolsonaro pelo sucesso da maior operação social, bancária
e digital do nosso País, que é o auxílio-emergencial. É o maior programa de
assistência social do mundo. Retirou 15 milhões de brasileiros da linha de
pobreza e ainda evitou que mais três milhões de brasileiros estivessem nessa
condição.
Então, o
governo federal, com um olhar muito humano, se dedicou para que conseguisse
pagar esse auxílio-emergencial para tantos e tantos brasileiros que, nesse
momento de sufoco, de dificuldade financeira, foi um aporte muito importante
para essas famílias.
O governo
Bolsonaro também criou uma rede nacional de solidariedade, o programa “Brasil
Fraterno”, que é coordenado pelo “Pátria Voluntária”.
Aqui um abraço
especial à nossa querida primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que é presidente do
“Pátria Voluntária” e tem feito um belíssimo trabalho social de voluntariado.
Parabéns, nossa querida e amada primeira-dama Michelle Bolsonaro, uma mulher
formidável, encantadora, atuante, voluntariada. Ela é realmente vocacionada a
isso.
O governo Jair
Bolsonaro também tem esse programa que criou essa rede nacional de
solidariedade, que conseguiu atingir mais de 850 mil famílias atendidas e mais
de 41 mil toneladas de alimentos.
Portanto,
existem diversos programas do governo Bolsonaro que atendem essa questão
social, as famílias em situação de vulnerabilidade, que, certamente, isso a
mídia não mostra. Por isso vou utilizar esta tribuna para trazer sempre boas
notícias e ações do nosso governo, nosso querido e amigo presidente Jair
Messias Bolsonaro.
Obrigada, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputada Leticia Aguiar.
Vamos agora, encerrado o Pequeno
Expediente, ao Grande Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. TENENTE NASCIMENTO - PP - PARA COMUNICAÇÃO - Eu
queria, reforçando aqui a atuação da deputada Leticia Aguiar e mais os
deputados que estão empenhados nesse projeto do homeschooling, ensino
domiciliar para as nossas crianças, querendo aqui reforçar, juntamente com
todos os deputados que nós temos tido apoio nesta Casa, que nós estamos
colocando ele como prioridade, para regime de
urgência, um desses projetos deste ano.
Queremos contar com o apoio de V. Exa.,
presidente, e, também, dos nossos pares nesta Casa, para que venhamos, sim,
atender a esse número muito grande de pessoas que já fazem ensino domiciliar no
nosso estado, que possamos, então, atender essa parte importante do nosso povo
e das nossas crianças.
Muito obrigado, deputado, presidente
Wellington Moura.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS -Deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Adalberto
Freitas. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Jorge do Carmo.
(Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes.
(Pausa.) Deputado Emidio de Souza. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa.
(Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.)
Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal faz uso da palavra.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Eu queria tratar de
vários temas. São 10 minutos. Acho que vou conseguir cobrir todos os temas. O
primeiro tema é o da perda do mandato de um procurador da República, por determinação
do Conselho Nacional do Ministério Público. Perda esta que considero uma das
maiores injustiças dos últimos tempos.
Quero deixar
muito claro que essa constatação não tem nada a ver com o fato de eu ser uma
entusiasta do trabalho da Lava Jato, de eu reconhecer a importância deste
trabalho. Tanto no que concerne à participação da Polícia Federal, como do
Ministério Público Federal, da Justiça Federal, e os tribunais superiores que
confirmaram as muitas condenações.
Então essa
constatação não tem nada a ver com esse meu entusiasmo com o trabalho da Lava
Jato, que eu considero um dos braços de um grande trabalho de apuração no País.
O outro, todos sabem que foi o processo de impeachment. Mas eu não quero criar
problemas ideológicos, nem guerras, diversões, e assim por diante.
Só quero trazer
a seguinte consideração. Uma pessoa paga um outdoor, com dinheiro próprio.
Neste outdoor, essa pessoa faz um elogio, parabeniza o trabalho da equipe que
ela integra.
Ou seja, a
pessoa faz um autoelogio. Isso é suficiente para caracterizar improbidade
administrativa, e para levar um conselho a tirar o cargo de um procurador da
República, que fez um concurso dos mais difíceis do País, que tem uma carreira?
Eu entendo, juridicamente, que não.
Ele não pegou,
não recebeu dinheiro de ninguém. Nem para pedir arquivamento de investigação,
nem para denunciar inocente. Ele não recebeu dinheiro de ninguém para pedir
absolvição ou condenação contrariamente à prova de autos.
Mesmo no que
concerne ao tal outdoor, ele não recebeu dinheiro de ninguém para fazer esse
elogio à sua equipe. Eu reconheço que é uma ação - vamos dizer assim - “sui
generis”, peculiar, como escrevi nas minhas redes, infantil.
Um tanto quanto
infantil, a pessoa elogiar o próprio trabalho publicamente, ou o trabalho da
equipe. Mas não tem crime nenhum nessa ação desse procurador. Nenhum. E o rapaz
perdeu o cargo, ou pelo menos essa foi a decisão do CNMP, por uma atuação que
não é proibida por lei.
“Ah, mas o
Código de Ética, as normas éticas não recomendam.” Não divirjo. Mas,
claramente, não há previsão de perda de cargo por uma pessoa pagar, com seus
próprios recursos, um autoelogio. Ouso dizer que sequer as penas menores,
previstas no âmbito ético, seriam cabíveis.
É intrigante
que isso ocorra no momento em que se discute uma PEC, em trâmite no Congresso
Nacional, que objetiva conferir maiores poderes ao próprio Congresso, para
indicar os membros do conselho do CNMP. Muitos entusiastas desse tal conselho,
artistas, formadores de opinião, defensores da própria Operação Lava Jato, vêm
gravando vídeos contra essa tal PEC, em favor do conselho.
Como se essa
tal PEC é que fosse transformar esse conselho num órgão político. Este conselho
já nasceu político. Este conselho já nasceu político. Eu desconheço um caso de
venda de pedido de arquivamento, de venda de denúncia, de procurador perdendo
cargo por coisa grave. Eu desconheço um caso. Agora, pessoas que são
enquadradas, por sua atuação, tem. Tem várias.
Então, por
mais, vou dizer aqui, por mais brega que seja, um procurador da República pagar
um outdoor para elogiar o próprio trabalho, ao pagar esse outdoor com seu
próprio dinheiro, ele não comete crime nenhum.
E é evidente
que este rapaz está perdendo o cargo por ter sido parte da Operação Lava Jato.
E outros onze, conforme se anuncia, serão processados perante esse conselho,
que já é político.
Eu disse e
repito: não seria caso de rever a composição deste conselho, seria caso de
rever a existência. Eu desafio a fazerem as contas do custo que este tal
conselho traz para o país. Remuneração, assessoria, passagens, estada.
Qual é o
benefício que traz para o país? Quando um grupo de profissionais se une para
fazer o levantamento de casos graves de corrupção, o que acontece com eles? São
processados perante esse tal conselho. Por atuações neutras.
Às vezes uma
postagem indevida em uma rede social, uma crítica a uma autoridade. “Ah, não é
adequado, não é educado. Não é o mais indicado”. Concordo. Concordo. Quanto
mais comedido for um membro do Ministério Público, do Judiciário, até aqui do
Parlamento, melhor.
Entre não
concordar com os estilos das pessoas, e lhes tirar os cargos, com argumentos
absolutamente infundados, sob o ponto de vista da lei, tem uma larga diferença.
Então, reitero
aqui, em uma situação oficial, a solidariedade que externei ao procurador, que,
nesta semana, teve a condenação de perda de cargo, pelo CNMP, Conselho Nacional
do Ministério Público.
E digo àqueles
que acreditam que é a PEC que vai transformar esse órgão em um órgão político,
que ele já é, e que não se iludam, de que é um órgão jurídico, técnico, ele já
é um órgão político.
Isso tem que
ser reconhecido, para que, no mínimo, as pessoas não o tratem com, vamos dizer
assim, não é com respeito, com respeito tem que tratar, mas com a segurança de
que algo direcionado não sairá de lá.
Eu tenho um
minuto. No fim, tinham vários temas aqui a serem abordados, mas eu tenho um
minuto para dizer o seguinte. Como cidadã brasileira, eu fico envergonhada de
ver o palco que a imprensa está dando ao senador Renan Calheiros, no dia de
hoje. Eu fico envergonhada.
Manchete:
“Senador Renan diz que houve genocídio de indígenas.” Quantos indígenas
morreram? Proporcionalmente, em relação à população, qual foi o significado? Ou
seja, proporcionalmente, qual foi o impacto da morte de indígenas por Covid? Os
senhores leram algum número? É porque não tem fundamento, o que eles estão
dizendo.
Ontem ficamos
aqui até meia-noite. Eu peguei a minuta de relatório. Ainda não consegui ter
acesso ao final, porque eles foram mudando. Havia ali no índice: o impacto da
Covid na comunidade indígena, o impacto para as mulheres.
São peças do
PSOL transformadas em peças jurídicas. São as bandeiras do PSOL. Quando eu digo
que o mundo virou psolista, o povo diz que estou exagerando. As bandeiras do
PSOL transformadas em peça jurídica.
É uma vergonha
o que está acontecendo. Estamos diante de pessoas, de formadores de opinião, de
membros da imprensa, da academia, que perderam o juízo crítico porque, como
odeiam o Bolsonaro, encontraram naquela CPI e no senador Renan Calheiros uma
tábua de salvação. Então, hoje, eu digo: é de ter vergonha do que está
acontecendo neste país.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS -
O próximo inscrito é o deputado Coronel Telhada. Deputado Reinaldo Alguz.
(Pausa.) Deputado Coronel Telhada tem o tempo regimental.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - Hoje,
quarta-feira, dia 20 de outubro, venho a esta tribuna cumprimentando todas as
Sras. Deputadas e Srs. Deputados aqui presentes, funcionários, assessores,
todos que nos assistem pela Rede Alesp, cumprimentando os policiais militares
aqui presentes, a cabo Diekmann e os demais policiais. Em nome da Polícia
Civil, quero saudar o meu amigo Maurício, saudando a nossa assessoria de
Polícia Militar, assessoria de Polícia Civil na nossa Casa aqui.
Quero começar
minha fala de hoje, Sr. Presidente, saudando a Associação dos Subtenentes e
Sargentos da Polícia Militar. Hoje comemoram-se 88 anos da fundação da
Associação dos Subtenentes e Sargentos. Quero saudar aqui a figura do tenente
Írio, que é o presidente atual da associação, a quem saúdo todos os associados.
Estivemos há
pouco em um evento com os colegas da Associação dos Subtenentes e Sargentos.
Parabéns, Írio, parabéns a toda a diretoria, parabéns a todos os associados
que, ao longo desses 88 anos, têm feito um belo serviço em prol dos sargentos e
subtenentes da Polícia Militar. Sou associado também à associação e conto muito
com o trabalho dos senhores também. Parabéns.
Ontem nós
aproveitamos o dia e demos uma corrida até Brasília, como se estivesse aqui do
lado. Fomos até Brasília - tem uma foto nossa aqui - acompanhados dos nossos
amigos, nosso sempre comandante capitão Conte Lopes e nosso querido amigo
Frederico d’Avila.
Estivemos ontem
com o presidente Bolsonaro, que nos recebeu gentilmente e cordialmente. Foi uma
visita muito proveitosa. Conversamos bastante, participamos de assuntos
diversos e tivemos a oportunidade, inclusive, de ver a loucura que é a vida de
um presidente, o trabalho forte.
Agora, quero
fazer neste momento uma reflexão. A deputada que me antecedeu, a deputada
Janaina, acabou de falar sobre a vergonha de, hoje, a política brasileira,
deputada Janaina, como a senhora falou, estar sendo referenciada pelo senador
Renan Calheiros. Olha a referência da política brasileira. É vergonhoso.
É vergonhoso o
que eles fizeram naquela comissão. É vergonhosa a conclusão que eles estão
tirando. É uma vergonha para todos, para todos os políticos, não, para todos os
brasileiros.
Uma vergonha
para a imprensa brasileira, que está noticiando isso como verdade. Eu me
envergonho do nosso Senado na figura daqueles três senadores que fizeram toda
essa papagaiada na CPI que foi realizada lá. Infelizmente, uma grande vergonha
para a política nacional.
Ontem estivemos
com o presidente Bolsonaro. Quero agradecer a atenção que ele nos deu. Ele nos
recebeu, bem como a alguns ministros, estivemos com vários ministros, o general
Ramos, o ministro Tarcísio, enfim, vários ministros. Foi uma viagem muito
proveitosa. Obrigado por nos receberem em Brasília.
Quero
aproveitar o momento e dizer que estão sendo abertas mil vagas para o concurso
da Guarda Municipal de São Paulo, da GCM, a Guarda Civil Municipal. Nós teremos
mil vagas sendo abertas para o concurso de guarda de GCM. Para concorrer ao
cargo, é necessário possuir ensino médio, idade entre 18 a 35 anos, altura
mínima de 1,65 para homens e 1,60 para mulheres, e carteira de habilitação a
partir da categoria B - de bravo.
Então, você,
meu amigo, minha amiga que tem interesse, desejo de ser guarda municipal, essa
é a sua oportunidade. Acompanhem aí os jornais dos concursos, para que não
percam essa oportunidade.
Quero fazer
referência também: ontem, dia 19 de outubro, quando não pude estar presente,
foi o aniversário de Dulcinópolis, de Igaraçu do Tietê, e hoje, dia 20 de
outubro, é aniversário de Nova Guataporanga, Itápolis, Tarumã e Ribeira.
Parabéns a todos os amigos e amigas que moram e vivem nesses municípios.
Ontem também
foi o dia do guarda noturno. E hoje é o dia mundial do controlador do tráfego
aéreo, uma profissão muito importante que salva vidas e controla a vida de
muitas pessoas. Então, dia 20 de outubro é o dia mundial do controlador de
tráfego aéreo e também é o dia nacional do maquinista ferroviário. Parabéns a
todos os amigos e amigas que trabalham nessas belas profissões.
Pois bem, vou
aproveitar este momento. Quero falar aqui: ontem nós tivemos a votação nesta
Casa, nós saímos daqui praticamente à meia-noite, após duas sessões
extraordinárias.
Eu cheguei de
Brasília e já vim direto para cá participar das sessões extraordinárias. E nós
tivemos a votação do PLC 26. Eu deixei bem claro aqui que o meu voto sempre,
desde o começo, foi “não”. Contra o PLC 26, eu votei “não”. E, como eu, vários
deputados desta Casa votaram.
Mas,
infelizmente, nós tivemos 50 deputados que acharam por bem votar nesse fatídico
PLC. Não sou eu que vou criticar a atitude de qualquer deputado, porque eu jamais
faria isso. Mas infelizmente esse PLC prejudicou a vida de muitos funcionários
públicos. Houve uma grande perda de vantagens para muitos funcionários
públicos. E alguns colegas têm me perguntado sobre a Polícia Militar, o que tem
acontecido.
A Polícia
Militar foi uma das que menos perderam com esse PLC. Houve perda, sim. Por
exemplo, algumas das perdas que ocorreram. Vou falar em nível de Polícia
Militar agora. Insalubridade. A insalubridade era reajustada anualmente, de
acordo com índice de inflação. Então, caiu essa obrigação do reajuste anual.
A partir de
agora, a insalubridade será reajustada somente quando o governo quiser. Ou
seja, a deus-dará. Do jeito como o governo está indo, possivelmente nunca mais
seja reajustada. Porque o nosso governo não gosta de funcionário público e,
entre eles, a Polícia Militar.
Uma outra coisa
que nós, na lei, perdemos, é o abono permanência. Foi retirado o abono
permanência. Eu estive conversando há pouco com o deputado federal Capitão
Augusto, e ele me disse que em conversa com o vice-governador Rodrigo Garcia, o
Rodrigo Garcia assegurou, deputado Frederico, que a Polícia Militar não perderá
o abono de permanência.
Eu disse ao
deputado Augusto: “olha, eu não confio mais na palavra do governador, mas, como
foi o Rodrigo Garcia que disse - e ele é o vice-governador -, eu quero dar um
crédito ao vice-governador Rodrigo Garcia, para que seja mantido o abono
permanência para a Polícia Militar”. Eu espero, mais uma vez, que eles não
estejam mentindo para a gente. Será? Acho que não, né. Não sei; vamos aguardar
para ver.
Então, segundo
me passaram, o abono permanência não vai ser perdido pela Polícia Militar. Mas
todo o demais funcionalismo perdeu o abono de permanência. E tem a
licença-prêmio... Mas na Polícia Militar são exclusivamente esses dois pontos:
a insalubridade, que não será reajustada, e o abono permanência. E também
haverá benefício através de bônus.
Esse pagamento
de benefícios através de bônus é uma maneira de não se lembrar do pessoal
aposentado, pessoal da reserva. Quando você beneficia ou gratifica com bônus,
isso é só para quem está na ativa. Então, quem está afastado não recebe bônus,
quem é aposentado não recebe bônus, quem está de licença não recebe bônus.
Então, sempre
há o prejuízo para a nossa classe policial militar. Por isso que eu votei
contra o PLC 26. Aliás, esse governo atual de João Doria tem sido uma desgraça
para o funcionalismo público. É incrível como o João Doria vê o funcionário
público como inimigo. É incrível isso.
Ele trata o
funcionário público como inimigo. E é uma pena. Tanto que ele já chamou o
pessoal da reserva de vagabundo, ele vive trabalhando contra a Polícia Militar,
ele acha que somente dando armamento, viatura... Acho que ele acha que o
policial militar come metralhadora e vive dentro de uma viatura. Ele acha que pensa
nisso, né?
Que nós
vamos criar a família dentro da viatura e comer metralhadora, comer pistola.
Nós precisamos é de condições para criar as nossas famílias. O nosso policial
militar precisa de um salário digno.
Então o que
adianta você falar que deu viatura, deu um armamento? É necessário? Sim,
colete, sim, condições. Lógico que é necessário, supernecessário e agradecemos
por isso também, mas o soldado tem uma família atrás dele.
O sargento,
o cabo, o tenente, o capitão, o coronel tem uma família atrás dele que precisa
se alimentar, precisa ter moradia, precisa ter lazer. Nós não fomos criados em
ovo; ninguém nasceu de um ovo aqui. Nós fomos criados em família.
Então, nós
precisamos de condições adequadas para criar nossas famílias, governador. Não é
só o senhor que vai viver bem, não. Aliás, o senhor vive muito bem cercado da
Polícia Militar, mas esquece de valorizar essa Polícia Militar que cuida da sua
casa todo dia com 10, 20, 30, 200 homens até.
Então, o
senhor precisa colocar a mão na consciência e lembrar que o funcionalismo
público é que faz o estado de São Paulo trabalhar e alavancar para que sejamos
o maior estado deste Brasil.
Muito
obrigado, presidente.
O SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS
- Obrigado, deputado Coronel Telhada. O próximo inscrito é o deputado
Ricardo Mellão. (Pausa.) Deputado Conte Lopes tem o tempo regimental de dez
minutos.
O SR. CONTE LOPES - PP - Voltamos a esta
tribuna, Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados. Cumprimentar a
Associação dos Sargentos e Subtenentes da Polícia Militar, como falou o nobre
Coronel Telhada.
A
foto que o Coronel Telhada apresentou aqui ontem eu, o Frederico d'Avila e o
Coronel Telhada visitando o presidente da República Jair Bolsonaro.
A
nobre deputada Janaina Paschoal falava a respeito da imprensa destacando o
Renan Calheiros. Nobre deputada, V. Exa. está nesta Casa, está na política...
Uma grande política, viu, deputada? Quem tem mais de dois milhões de votos como
V. Exa. está de parabéns, só que a política é suja, e a gente está nisso há
trinta e tantos anos.
Eu
vim para cá porque me tiraram da Rota, porque eu combatia o crime lá na Rota.
Como eu caçava bandido, me tiraram. Me colocaram primeiro na zona leste e
depois me puseram dentro do hospital militar. “Você não pode pegar bandido”, na
época do Michel Temer, Franco Montoro e me colocaram lá dentro. “Bandido você
não pega mais. Deixe os bandidos à vontade”. Então a política é suja.
O
que está fazendo a grande imprensa com o Renan Calheiros? O que ela quer? Ela
quer o seguinte: ela quer alguém que possa ganhar do PT no segundo turno; ela
quer alguém que possa ganhar do Bolsonaro no segundo turno.
Essa
é a grande verdade. Eles precisam achar alguém mágico aí. Já tentaram todo
mundo. Começaram com o Hulk. Ia ser o Hulk, mas o Hulk era no sábado, o sábado
do Hulk. Aí passaram para o domingão, o Hulk saiu.
Aí
entra com Datena. Quem sabe o Datena? Mas acontece que o Datena já foi várias
vezes. É amigo da gente. Vai a senador, ele vai a prefeito, governador. Pode
ser que, quando ele saia a presidente também, a mulher dele fale: “Espere aí,
você está ganhando 800 mil, um milhão aí na Band do chinês. Você vai ganhar 20
mil para ser candidato a presidente e depois você nem volta mais a fazer
programa?”.
Porque
política é diferente. Eu cheguei aqui nesta Casa junto com um dos maiores
jornalistas e radialistas, Afanásio Jazadji. O Afanásio Jazadji em 1986, nobre
deputado Emidio de Souza, teve 560 mil votos para deputado estadual nesta Casa. Eu tive 26 mil. O
Lula, para federal, teve 650 mil. Então, veja bem, o Lula para federal, com
todo o trabalho político dele, vai afanar só na rádio. Só que aqui é outro
caminho.
Então, o que a
grande imprensa quer, deputada Janaina Paschoal? Querem alguém que possa entrar
nesse meio, e não está encontrando. E abstenção é duro, porque a abstenção que
o Bolsonaro está causando na imprensa... A Globo não tem mais dinheiro, está
mandando todo mundo embora. E muitos amigos do Frederico d’Avila não fazem mais
propaganda. Às vezes eu coloco na novela para ver, o pessoal não tem mais
propaganda lá: “Daqui a pouco, vai o capítulo tal, não sei do quê...”.
Então, a
abstenção deve ser um negócio... Porque antigamente era um negócio de outro
mundo. Você ligava a televisão domingo de manhã, futsal, seleção brasileira,
quem financiava era o Correio. Não sei o quê, quem financiava era a Petrobrás.
E daí para a
Caixa, e era o tempo todo grana à vontade. Cada show que o cara fazia, ganhava
o quanto queria. E o Bolsonaro secou isso aí. Então, existe uma grande bronca
do Bolsonaro. E eles também não gostam do Lula, não.
Eu sempre
enfrento o PT aqui há mais de 30 anos, e respeito o PT, tanto que estão aí os
nomes deles lá, tudo com nome do Lula. O pior de tudo, Frederico d’Avila, são
nossos amigos de centro, centro-direita, que querem cassar Vossa Excelência.
Cara que o senhor levou de avião para lá e para cá quando levava Geraldo
Alckmin e também Doria com seus amigos, iam juntando amigos. O PT vai fazer
isso aí mesmo, é o trabalho do PT, o PT não adianta.
Um dia eu
troquei tiros com um bandido aqui na 23 de Maio, o cara estava sequestrando um
engenheiro, e eu acabei matando um dos bandidos, salvei o engenheiro e encheram
o meu carro de balas. Cheguei aqui, o PT arriou o pau em mim.
Quando eu
salvei como deputado aquele bebezinho em Mogi das Cruzes, de 75 dias, que tomou
duas facadas de dois sequestradores, a primeira coisa que a deputada Erundina
chegou aqui: “Isso é o fim do mundo. Você não é o Hulk. Matou dois estudantes
que teriam dinheiro para pagar a faculdade e tal...”.
Então, é o
trabalho do PT, e a gente tem que respeitar isso aí, é o trabalho deles, é
política. Agora, o problema são os nossos amigos, que são amigos um dia, mas um
dia que você comete uma falha: “Opa, espera aí, o que é isso? Meu marido não é
mais prefeito, você não precisou mais dele, não é mais teu amigo, agora sou teu
inimigo, vou te cassar”. Eu acho que está errado tudo isso aí.
Eu volto a
dizer: tudo bem, o deputado Enio Tatto vem a essa tribuna, “pá, pá”, mas é o
trabalho dele, tem contatos com a Igreja... Mas o problema é o que eu volto a
dizer. Machado, põe aí o que passou esse homem um dia antes do acontecido, põe
aí o que passou o Frederico d’Avila. Falou errado, pediu perdão como falei
aqui, quantas vezes a gente pede perdão?
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Mas está aí.
Olha aí o Frederico, olha aí o bandido. Olha lá, espancando, e chegou a atirar,
e atirou, é que picotou. Vê o peito do Frederico. E foi embora o bandido. E o
Frederico foi dar corrida para ver a mulher, os filhos, porque normalmente têm
mais bandidos, né?
O cara não vem
sozinho. Ele vem, você reage e tem outro do lado para te matar. Então, ele escapou,
correu um risco de vida. E tem as marcas das balas que ficaram, estão aí, bem
onde o cara bateu, marca de bala, olha lá, está lá. Picotou a bala.
Quer dizer, uma
pessoa chegou aqui, errou? Errou. Mas veio aqui e pediu perdão, pediu desculpa.
Como eu já falei, quando eu era criança, depois que a gente fazia a primeira
comunhão - esse aí é o bandido, está à vontade lá, esse está à vontade -, a
gente ia lá depois da primeira comunhão confessar para o padre.
Aí você ia lá,
ajoelhava, o padre todos os pecados que você fazia ele queria. Não tinha pecado
para fazer com oito anos, não sei, mas tinha que confessar, né? Você ia lá e
confessava.
Daí eu fui
crescendo e parei de confessar, né? Aí eu comecei a fazer uns pecados e não
confessava mais não, senão não dava mais jeito, né? Então, a Igreja perdoa o
cara, só aqui que não querem perdoar.
Os amigos,
pessoa que era amiga até ontem, cara que tomava café com a gente, ia andar com
o Frederico, passeava, ia para lá, ia na campanha, ia no Palácio do Geraldo
Alckmin, pedia favores para o Frederico, beijava o Frederico: “Oh, querido, oh,
Fred...”. O PT pelo menos não tem isso. O PT é ou não é e acabou, é o trabalho
deles.
Então não
adianta você querer mudar agora os amigos da gente, achar que vai, caçar, quer
matar. Pelo amor de Deus, o que é isso? Isso é o fim da picada.
Agora, o
problema também é que você é político, hein, como estivemos ontem lá com o
presidente Bolsonaro. Eu falei: “não, presidente, nós vamos em São Paulo, no
Brasil, enfrentar o Lula, não resta a menor dúvida.”
O Geraldo
Alckmin está morto e sepultado, não eu, capitão da Rota. Não vai me processar
aí, hein, gente? Não estou falando que eu matei e sepultei o Alckmin, estou
falando que ele está morto e sepultado politicamente. Ninguém gosta do Alckmin,
meu Deus do céu.
João Doria.
Onde está escrito aí, tira o Alckmin e põe o João Doria, desculpa. João Doria,
ninguém gosta do cara. Ele traiu o Alckmin. O Alckmin criou o João Doria.
Eu era
vereador, eu falava, “Geraldo Alckmin, não faz isso, não, não. Vai no
Matarazzo, é um cara decente, um baita de um cara amigo.” “Não, não, vou nesse
aí.” E toda vez que tira o candidato do bolso do colete, se ferra.
Até o Lula se
ferrou. Que desgraça que o Lula fez quando ele pegou a Dilma. Que desgraça que
o Lula fez. E como é a Dilma, tem que sair e deixar o Lula, porque o Lula ia
estar lá até hoje. Ela não, ela não quis. Porque você cria e o cara acha que
ele é o bom.
Quando o Maluf
criou o Pitta, o Pitta, no outro dia que se elegeu, falou, “não, espera aí, o voto
é meu”. Se você nomear alguém um dia, ser bom com o cara, no outro dia que se
elegeu, ele fala, “não, espera aí, foi o Telhada que me apoiou? O que que é
isso, meu?
Eu tive tantos
votos, eu sou o candidato. Então aconteceu isso aí, todo mundo que criou alguém
se ferrou. Infelizmente para o PT, até o próprio Lula, infelizmente. E quem
acabou com o Maluf foi o Pitta. Quem acabou com o Quércia foi o Fleury.
É por isso que
eu falava lá na Assembleia para o Geraldo Alckmin, “olha, governador”, está lá
no meu discurso, “tirar candidato do bolso do colete dá no que dá. Dá no que
dá.”.
Infelizmente é
isso aí, ele tirou. Então hoje, o camarada foi criado por ele, a criatura foi
contra o criador, cria um novo cara, que é o Rodrigo Garcia, puxa para o
partido, para expulsar o Alckmin do partido, para o Alckmin não ser candidato
nem a governador.
Como é que faz
o PSDB, os membros do PSDB, e os que apoiam, os que votaram ontem pelo 26 aqui?
Como é que eles ficam? Como é que eles vão falar depois? Vocês estão com o
Doria? Olha, o Doria é duro de lidar, hein. Pelo amor de Deus, o Doria é duro
de lidar. Vamos esperar o que vai acontecer.
Então, a única
coisa, só para terminar, o que estão fazendo com V. Exa. O PT não, é o trabalho
deles, é o trabalho do PT, tá bom? Eles têm um caminho politicamente.
Agora, os
amigos que ficam virando a cara para V. Exa., e as amigas, aí é triste, viu?
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS
- Próximo inscrito, deputado Frederico d’Avila, pelo tempo regimental de dez
minutos.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL
- Sr. Presidente, deputado Wellington Moura, prezados colegas, queria aqui
agradecer as palavras do deputado Conte Lopes, as palavras do Coronel Telhada,
que me antecedeu, da professora Janaina, e dizer mais uma vez, Conte, Telhada,
que não estava aqui, que depois de pedir perdão, escrever, eu posso até registrar
em cartório aquela carta, o vídeo está público.
Eu não sei o
que o PT quer que eu faça. Que eu pendure uma corda aqui e me enforque? Se faça
como os jacobinos faziam na revolução francesa e coloque a cabeça na guilhotina
para alguém puxar a corda? Dê um tiro na cabeça aqui na Assembleia? Não sei, aí
cada um, cada um.
Agora, o que
você disse aqui, Conte, nem eu lembrava, que são as pessoas que me procuravam
no Palácio dos Bandeirantes quando eu era assessor especial do governador. E
queria dizer que com muita honra o Coronel Telhada estava comandando a Rota, eu
o conheci naquela ocasião, em 2010, não é?
Depois conheci
o capitão Derrite, que era tenente, conheci o então capitão Mecca, que eram
todos da sua equipe. E junto com o Dr. Ferreira Pinto, com o coronel Sardilli,
que trabalha comigo, que na época era capitão também, o coronel Sales, que na
época também era capitão, o coronel José Roberto, que era major na época,
muitas vezes nós intercedemos a favor de vocês junto ao governador por conta
daquele bombardeio que o Conte conhece, que a gente sofreu aqui.
Salvou o
engenheiro italiano ali na 23 de Maio, que foi massacrado pelo PT, salvou a
menina da família Eroles, lá em Mogi, Thabata, da família Eroles, e foi
massacrado pelo PT. E a Rota, a Polícia Civil, a Polícia Militar, na época não
tinha Baep, era Força Tática, às vezes tinha enfrentamentos mais duros, e
aquele pessoal sempre querendo transferir o policial, mandar para o HM, para a
administração, etc. e tal.
Nós
intercedemos sempre, porque chegava informação, normalmente eram da turma
daqueles oficiais ou praças que tralhavam no Palácio e a gente intercedia junto
ao governador e o governador nos dava atenção, como eu consegui, duas vezes, a
seu pedido e do então secretário Ferreira Pinto, segurar o Derrite e uma vez o
Major Mecca, para não ser transferido da Rota, a seu pedido e a pedido do Dr.
Ferreira Pinto.
Mas, Conte,
você me lembrou bem, muitos deputados que estão ali, do PSDB principalmente, e
alguns outros, iam lá no Palácio, tomavam café na minha sala, pediam “não sei o
quê”, a gente arrumava agenda. Na ocasião, o Ricardo Salles, que era secretário
particular do governador, a gente arrumava agenda, fazia o parlamentar sempre
prestigiado na sua base.
E como você
sabe, Telhada, você, o Conte, que foram diversas vezes lá no Palácio, na minha
sala etc., vocês nunca pediram nada de errado, nem nada para si. Agora, tinha
muita gente lá que pedia coisas para si e eu fazia de desentendido e tocava o
barco.
Se eu for
sentar aqui na minha sala depois do horário de expediente e começar a lembrar
parlamentares que estão nesta Casa e alguns que já não estão mais e o que
vieram pedir na minha sala... Pena que não tinha uma câmera lá, põe câmera na
Polícia, não é, Conte, devia ter posto câmera na minha sala. E pediam coisas,
muitas vezes, para si, para os seus, interesse público era lanterninha da
história. Então eu não sei o que essas pessoas querem mais.
Agora, fazer
embate político como faz o PT, como disse o Conte, tudo bem, não é? Sejamos
honestos, cada um tem o seu lado e respeitemos o lado de cada um. Agora, vamos
aqui entender o que a gente está colocando nesta tribuna.
Coloquei nesta
tribuna palavras descabidas, deputado Emidio estava aqui, olhei nos olhos dele,
disse que ele tinha razão no que ele tinha dito, apesar de nossa
incompatibilidade ideológica, mas vim aqui, me desculpei, reiterei minhas
desculpas por escrito, fiz vídeo nesta tribuna. Eu não tenho mais o que fazer.
Mais do que isso é só se eu me suicidar aqui na Assembleia Legislativa, não tem
mais o que eu fazer.
Todos erram,
acho que todos nesta Casa um dia erraram, porque eu acho que a perfeição é um
atributo divino, então até os anjos, segundo consta nas escrituras sagradas,
Coronel Telhada, aqui é mais afeito, está aqui o deputado Wellington, deputado
Altair, que são homens da palavra de Deus, sabem que até os anjos levam, como
diz, puxão de orelha de Deus, às vezes, por conta de suas ações.
Agora, querer
fazer, como é que se diz, malhação pública do Judas, eu não sei o que mais a gente
pode fazer.
O SR. CONTE LOPES - PP - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Nós
já vimos nesta Casa deputados xingar todos nós de bandido, de vagabundo, de
ladrão. Vimos deputado sair no pau, porrada, coisas que nunca vi na minha vida.
Fui deputado aqui que desde a época...
Com o José
Dirceu, a Erundina, o Erasmo Dias, vários debates, nunca vi ninguém sair na
porrada, não, nunca vi, e eu estou vendo hoje ofensa porque o cara é
homossexual, não é homossexual, sei lá.
No meu tempo
era uma coisa só. Hoje um é bi, tem três ou quatro coisas ao mesmo tempo. Não
consigo entender mais. Os caras ficam falando, e eu não entendo nada. Mas é
tudo ofensa.
É falado porque
a pessoa chega e fala, às vezes, sem consciência. Igual a V. Exa., pelo que
passou, chegou e falou um monte de coisa. Às vezes, a gente pega uma pessoa:
“Ah, por que Deus fez isso comigo?” Até xinga. Quantos fazem isso? Porque é o
emocional.
Vossa
Excelência não escreveu e veio contra a Igreja. Vossa Excelência passou por uma
situação difícil e veio livremente falando. Vossa Excelência não escreveu nada:
“agora vou xingar o papa, não sei o quê”. Vossa Excelência falou um negócio
impulsivo. Como falei, o próprio padre, pelo menos na minha época, não sei mais
se é assim, ele manda você rezar três Pai-nosso, três Ave-maria, e te perdoa.
Agora isso aí
vai virar uma guerra o tempo todo? Isso é o fim da picada. Agora, o mais triste
de tudo são os amigos que se voltam contra a gente. Porque o fogo do amigo que
é duro. Do inimigo, do adversário, é normal.
O SR. CORONEL TELHADA - PP - Permite um aparte?
O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Com certeza, deputado.
O SR. CORONEL TELHADA - PP - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Só
queria lembrar, nós conversávamos ontem sobre isso. O senhor falou do problema,
o Conte mostrou o vídeo do roubo. Não foi só o senhor que passou por isso. Foi
a sua família também. Estava a sua esposa e os seus dois filhos. Conversei com
a sua esposa. A gente sabe do terror psicológico que a família ainda está
passando em virtude disso.
A gente, que é
policial, viveu muitas ações terríveis como essa. A gente sabe do fator
emocional que envolve. Quando envolve a família da gente, muito pior ainda.
Então é uma coisa que muita gente não está levando em consideração também. Como
ele falou? “Já vi deputado dar porrada, chamar os outros de vagabundo, de
bandido, e todo mundo calou a boca e aceitou”.
O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Poema em ode à vagina.
O SR. CORONEL TELHADA - PP - Se fosse só isso, estava bom. Pior
ainda. Agora, são dois pesos e duas medidas. Isso não é justo. Como eu lhe
disse, o senhor tem o nosso apoio e a nossa compreensão. Apesar da incorreção
das palavras, mas sempre terá o nosso apoio e compreensão. Porque a gente
conhece a sua índole e o seu caráter.
O SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Obrigado, Coronel Telhada, pelas
palavras. Mas eu queria, mudando de assunto, queria terminar com esse minuto e
meio que resta, dizer que ontem estivemos com o presidente Bolsonaro.
Fui acompanhado
do deputado Telhada e do deputado Conte. Fomos muito bem recebidos. Inclusive,
pegamos o finalzinho de uma reunião ministerial com o ministro Tarcísio, com o
ministro Fábio, o ministro Paulo Guedes.
Vimos a
complexidade que é governar um país das dimensões territoriais do Brasil. O
presidente Bolsonaro, absolutamente comprometido com a população mais pobre.
Nós vimos o
presidente preocupado, falando para os seus ministros da sua preocupação da
alta do preço do petróleo no mercado internacional, que reflete na gasolina.
Preocupado com a questão dos alimentos, por conta da crise hídrica que nós
passamos. E da crise energética também, por conta da crise hídrica.
Nós vimos a
legitimidade que o presidente expressa as suas preocupações. Depois fomos
recebidos para um lanche ao lado, onde o presidente estava bastante
descontraído.
Nós lá, Conte
Lopes, Telhada, eu, manifestamos o nosso total e integral apoio ao presidente
Jair Bolsonaro na próxima eleição, de 2022. Aconteça o que acontecer, estaremos
juntos, cerrando fileiras. Assim espero que seja.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS -
Próximo inscrito, deputada Dra. Damaris Moura. (Pausa.) Deputado Gil Diniz.
(Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.)
Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.)
Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado
Murilo Felix. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Emidio de Souza.
Tem o tempo regimental de 10 minutos, deputado.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Srs. Deputados aqui presentes,
Sras. Deputadas, também o público que nos acompanha pela TV Alesp.
Primeiro,
registrar a nossa tristeza com o ataque feito ontem, aprovado por esta Casa,
com a aprovação do PLC 26, um projeto que retira direitos dos servidores
públicos, mais uma vez. Um escândalo, uma coisa que não para, uma coisa sem
fim, essa ideia de que direito do servidor, problema do Estado é servidor, cada
hora é uma desculpa.
Outro dia,
quando aprovou a reforma da Previdência, capitão Conte Lopes, a desculpa do
Governo do Estado era que havia um rombo na Previdência, da ordem de dez
bilhões de reais. Isso foi um estudo conduzido pelo Mauro Ricardo e pelo
Henrique Meirelles. Vocês se lembram desse argumento do governo.
Agora, um ano e
meio depois, há um superavit de mais de 30 bilhões, três vezes mais do que eles
acusavam de rombo, com o crescimento da arrecadação do ICMS, fruto também do
aumento de alíquotas de cobrança pelo Governo do Estado.
Pois bem. Isso
mostra o quanto o governo falseia os dados. O quanto ele trabalha com os
números do jeito que quer trabalhar.
E ontem, de
novo, mais uma retirada de direitos. A consequência disso é a precarização do
serviço público no estado de São Paulo. Abandono, falta de interesse
pelas carreiras públicas que, infelizmente, é o que começa a acontecer no nosso
estado.
Em contraponto
a isso, o Tribunal Superior do Trabalho reconheceu agora o direito a adicional
de periculosidade aos agentes de apoio socioeducativo da Fundação Casa. Eles
não tinham direito a esse adicional de periculosidade. O julgamento aconteceu
na última quinta-feira, dia 14, e contou com dez votos favoráveis ao direito, e
quatro votos contrários.
Com o
adicional, os agentes terão um acréscimo de 30% na sua remuneração mensal. E esta
decisão uniformiza a jurisprudência da Corte sobre o tema, e deverá ser seguida
pelos Tribunais Regionais do Trabalho, da 2ª Região. São
Paulo, e as regiões
de Guarulhos, Osasco, ABC, Baixada, e também da região de Campinas.
Enfim, a Corte
reconheceu que os agentes exercem atividades e operações perigosas, que
implicam risco acentuado, em virtude de disposição permanente à violência
física, no desempenho de suas atribuições profissionais, de segurança
profissional, patrimonial, em fundação pública estadual, que é a Fundação Casa.
Então, parabéns aos que lutaram, e parabéns à Justiça do Trabalho, por
reconhecer esse direito tão importante.
Mas também, me
traz a esta tribuna hoje o prosseguimento da discussão aqui também já trazida
pelo Coronel Telhada, pelo deputado Conte Lopes, e pelo próprio deputado
Frederico d’Avila. Essa discussão, ela precisa ser feita, e bem-feita. E não
pode ser feita no calor da paixão, como se fosse, “ah, você é meu amigo, você
não esteve comigo, você não foi correto comigo”.
Veja bem, aqui
nós não estamos para julgar medidas baseadas em amizade. Eu sou amigo de todo o
mundo aqui, não tenho divergência com ninguém. Só que eu não renuncio aos
princípios que norteiam meu mandato, como acho que ninguém tem que renunciar.
As pessoas têm que fazer do jeito que é.
E eu acho,
primeiro, assim, tratar esse episódio como coisa menor, ele não é coisa menor.
Não é coisa menor. Ele é um episódio que deixou marcas profundas aqui. Foi um
desrespeito imenso. Aqui não é como você dar um pisão no pé de uma pessoa e
pedir desculpas. Não é como você esbarrar numa pessoa e pedir desculpas.
Aqui se trata
de uma agressão a uma instituição milenar, que é a Igreja Católica, religião
professada pela imensa maioria dos brasileiros, e um passo no sentido de uma
coisa que está tipificada no nosso código, que é a questão da intolerância
religiosa. Nós não podemos exercer esse tipo de coisa. Nós não podemos exigir
que uma Igreja, ela só é boa quando ela fala aquilo que eu penso, ela concorda
com aquilo que eu acho, já.
Não, a Igreja
fala o que é doutrina da Igreja, e precisa ser respeitada por essa doutrina.
Tem muitas coisas que a Igreja fala que eu não concordo, e nem por isso eu me
insubordino, ou vou agredir o Papa. Então, eu acho que, realmente, é um episódio
que a Assembleia precisa se posicionar sobre ela.
Outra coisa que
eu queria dizer é o seguinte, que passou largo dado a importância, a gravidade
dos ataques à Igreja Católica, ao Papa Francisco, ao arcebispo de Aparecida,
Dom Orlando Brandes, e à própria CNBB, mas, antes disso, o deputado Frederico
d’Avila tinha feito outras acusações tão ou mais graves a outras instituições,
a outros movimentos e a partidos políticos. No caso, o meu partido, o PT.
Quais foram as
acusações? Disse aqui o deputado a seguinte questão. Primeiro: “Agora, como bem
disse o deputado Conte Lopes na semana passada, bandido só entende duas
linguagens: cacete e bala. É dessa forma que a gente tem que tratar a
bandidagem. Essa gente é bandida”. Essa gente, MST.
“Essa gente é
bandida, essa gente é criminosa, essa gente está alinhada com o narcotráfico,
com as Farc, com o Movimento Patriótico Manuel Rodríguez, do Chile, com tudo o
que não presta do mundo. A Via Campesina é criminosa, é financiada por
organismos internacionais.
O MST tem
escolas de formação e doutrinação de crianças que ensinam, desde a mais tenra
idade, a violar as leis, o esbulho possessório, o desrespeito à propriedade
privada, difundem a promiscuidade entre crianças através de agendas LGBT e
outras porcarias afins”.
Essas são as
palavras do deputado Frederico d’Avila. Eu vou me calar diante disso? É
evidente que não. Isso não significa desrespeito ao deputado. Eu não posso
acreditar que um movimento que já não é apenas um movimento, é uma instituição,
como o MST, e que tem escolas e que produz também...
Quem produz
neste país não é o agronegócio apenas. O agronegócio produz para exportação,
principalmente. Agora, quem faz o alimento chegar à mesa do trabalhador é o
pequeno produtor, que planta arroz, que planta feijão, que planta tomate, que
planta batata, que planta aquilo que sustenta as famílias brasileiras no dia a
dia. É evidente.
Ao se acusar,
então espero que V. Exa. tenha provas de que o MST doutrina crianças inclusive
do ponto de vista sexual. Quero que essas provas venham aqui. Quero que venham
aqui. Quero que tragam essas provas aqui.
E outra coisa:
é preciso que o senhor traga uma prova, não precisa de duas, não, mas de uma
prova de que o MST é financiado por narcotráfico ou por organizações internacionais.
É preciso, porque senão palavras ao vento são agressão pura. Agressão pura. Não
tem uma dose de verdade, um compromisso com a verdade. Ataca-se por atacar.
Ponto de vista,
cada um tem o seu. O senhor defende o agronegócio, eu defendo a democratização
do acesso à terra, eu defendo o pequeno produtor, eu defendo o direito de as
pessoas lutarem pela terra e fazerem a terra brasileira ser produtiva. Não é
improdutiva, não é como eucalipto, que está tomando conta do interior de São
Paulo. É produtiva com produção de alimentos.
Aliás, o
eucalipto é uma desgraça para a terra, seca a terra, suga as fontes de água.
Seca lençóis freáticos inteiros, cria dificuldades para a agricultura que está
ao lado. Então, debater problemas sérios, vamos debater problemas sérios.
Agora, acusar as pessoas, os movimentos e as instituições dessa maneira não me
parece uma atitude correta.
Depois
prossegue o deputado, no mesmo discurso que teve a questão do bispo. Diz ele
aqui: “Armem-se, armem-se, armem-se. Aproveitem a liberdade que o presidente
nos deu e vamos nos armar com legalidade. Quem é cidadão de bem deve se armar
para enfrentar essa gente”.
“Essa gente” é
quem luta pela terra. Essa é “essa gente”. Ou seja, mais uma vez, propagando e
divulgando a ideia de que tem que ser enfrentado com armas um problema social.
É lógico. Eu
entendo, ele está defendendo um privilégio que vem de centenas de anos, que vem
de séculos, de propriedade nas mãos de poucos. Já deu o tempo? Posso falar por
uma comunicação, só para concluir?
* * *
- Assume
a Presidência o Sr. Altair Moraes.
* * *
O SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Deputado Emidio, tem mais uma
oradora agora e não vai dar tempo de ela falar se o senhor falar. Só tem três
minutos para terminar o Grande Expediente.
O SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Ok.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS -
Só para consideração. Obrigado.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - Posso fazer uma
comunicação, Sr. Presidente, enquanto a oradora se dirige?
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS -
Bom, deixe-me fazer primeiro a... Seguindo a lista aqui, por favor. Deputada
Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Deputado Caio França.
(Pausa.) Deputada Adriana Borgo. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas.
(Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.)
Deputada Valeria Bolsonaro.
Dois minutos, por favor, deputado
Frederico. Eu queria aqui também registrar a presença do embaixador do
Azerbaijão, Elkhan. É esse mesmo o nome. Seja muito bem-vindo, embaixador. É
muito importante a presença do senhor aqui. Nós temos admiração pelo trabalho.
Que seja muito bem-vindo o Rodrigo também, o advogado que trabalha na embaixada
e veio nos visitar aqui na Alesp. Eu peço uma salva de palmas para o embaixador
do Azerbaijão. Parabéns, muito bem-vindo. (Palmas.)
Por favor, deputado.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - Por conta do tempo,
Sr. Presidente, depois eu vou pedir pelo 82; vou dar a palavra à deputada
Valeria.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS -
Tem a deputada Valeria o tempo remanescente do Grande Expediente.
A
SRA. VALERIA BOLSONARO - PRTB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Eu só queria fazer algumas
colocações sobre o que foi falado aqui do nosso colega Frederico d'Avila.
A primeira
coisa que eu gostaria de falar aqui é o seguinte: eu também sou católica e
concordo que o nosso colega teve um destempero, vamos colocar assim. Mas,
dentro da nossa doutrina católica e dentro da nossa doutrina cristã, tem algumas
coisas que devem ser colocadas aqui.
Minha pergunta
primeira é: quem nunca cometeu um erro? Quem nunca fez uma fala impensada e
depois se arrependeu? Então, seriam as palavras que a gente ouve tanto: atire a
primeira pedra quem nunca errou. Então, é muito fácil, agora, as pessoas se
sentirem ofendidas e “nossa, que absurdo, nós vamos fazer isso, nós vamos fazer
aquilo”. Mas ninguém olha para o seu rabo e vê os erros que cometeu. Porque na
hora de olhar o rabo do outro é muito mais fácil. E é sempre maior do que o
nosso.
E a outra coisa
que a gente coloca aqui, já que a gente não pode perdoar quem errou, porque
está aqui, todos são suprassumos da beldade, nunca ninguém errou aqui, todo
mundo é perfeito... A outra coisa importante que eu gostaria de levantar é a
parte em que o deputado Emidio colocou aqui que nós não podemos julgar, que
“ah, porque ele é amigo, está tudo certo”.
Deputado
Emidio, o senhor falou uma palavra muito importante: nós não podemos julgar.
Acho que nós, seres humanos, não temos nenhuma condição de julgar absolutamente
ninguém por nada.
Porque, segundo
os ensinamentos cristãos, nós não temos, como seres humanos, essa prerrogativa.
Quem julga é Deus. Então, não nos cabe aqui julgar se ele estava certo, errado,
ou se ele fez isso ou fez aquilo. A gente pode achar que ele estava
destemperado, que ele abusou ou que ele estava alterado. Mas jamais poderemos
julgar a pessoa.
Outra coisa que
eu acho que cabe muito seriamente para o nosso colega Frederico d'Avila na sua
fala é o seguinte: nós temos a oração que Deus nos ensinou, que é o Pai-nosso.
E o Pai-nosso
fala que nós devemos perdoar quem nos ofende, assim como pedimos a Deus que nos
perdoe quando nós ofendemos alguém. Então, acho muito importante que a gente
leve, como cristãos que somos, essas pequenas palavras e essas pequenas
reflexões.
Porque, se a
gente tem que perdoar, a gente tem que entender, a gente tem que ter amor no
coração para entender que a pessoa, naquele momento, estava passando por uma
situação difícil ou que ultrapassou ou que...
O senhor mesmo,
deputado Emidio: eu lembro que uma vez o senhor veio aqui, falou palavras que
ofenderam certas pessoas, e o senhor se desculpou aqui. E a pessoa considerou a
sua desculpa, assim como eu ou qualquer outra pessoa.
Eu tenho certeza
de que as palavras ofensivas que o deputado dirigiu destemperadamente ao
arcebispo ou ao papa com certeza essas pessoas que são muito voltadas a Deus,
que são muito próximas pelo estudo que têm e pela sabedoria, principalmente
pela sabedoria da humildade de saber que todos somos passíveis de erro, com
certeza eles já o perdoaram, deputado, e o senhor estará perdoado por quem
precisa: por Deus, pelo papa e pelo arcebispo. Eu tenho certeza de que isso já
foi concretizado.
Muito obrigada,
presidente.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS -
Pela ordem, deputado Douglas Garcia.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Para falar pelo Art.
82, em nome da liderança do PTB.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - É
regimental. O senhor tem o tempo de cinco minutos.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB -
PELO ART. 82 - Muito obrigado, Sr. Presidente. Subo aqui a esta tribuna mais uma vez para falar de assuntos importantes à população do estado de São Paulo,
mas antes eu gostaria, porém, também de me manifestar com relação àquilo que
foi dito pela deputada Valeria Bolsonaro com relação ao discurso do deputado
Frederico d'Avila.
Eu
posso não coadunar com algumas das palavras do deputado Frederico d'Avila, mas
é muito verdade que este episódio lamentável não teria acontecido se o
arcebispo se preocupasse em pregar o Evangelho ao invés de fazer politicagem no
altar da Santa Igreja Católica Apostólica Romana.
Infelizmente,
isso aconteceu. Se se preocupasse em pregar o Evangelho do que fazer
politicagem, isso não teria acontecido. Além disso, esse arcebispo é um
verdadeiro traidor, um traidor dos santos papas passados que fazem parte da
Igreja Católica e cuspiam na tradição da Igreja Católica, que sempre defendeu
sim a legítima defesa.
Então
para ficar aqui registrado: não coaduno, mas também sei que esse episódio não
teria acontecido se este arcebispo fizesse o papel de padre e não aquele papel
lamentável de militante político e ideológico, utilizando o santo altar da
Igreja Católica para tanto.
E
com todo respeito aqui ao deputado Emidio de Souza, mas o senhor falou com
relação à doutrinação a crianças, sobre o MST, que quer que prove. Não tive
tempo de subir lá no gabinete para pedir para que trouxessem as provas, mas
está aqui a prova.
Para
ficar mais fácil de vocês visualizarem, é uma publicação feita no dia 21 de
dezembro de 2012. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, MST, publicou no dia
21 de dezembro de 2012 na sua página oficial, deputado Frederico d'Avila, o
seguinte: “MST lança página para crianças sem terrinha”.
E
esse projeto aqui “criança sem terrinha” não pense o senhor que se trata das
crianças que fazem parte das famílias envolvidas com o MST. Não, é um projeto
feito especificamente para doutrinar as crianças para que elas aprendam a ser
futuras terroristas. É isso que o MST faz. O MST é um movimento terrorista.
O
MST é um movimento perigoso e as palavras do senhor com relação a isso são
muito verdadeiras. Este movimento precisa encontrar um freio e este freio,
infelizmente, não está vindo por parte do Estado porque o Estado não tem poder
suficiente de conseguir conter e não está presente em todos os lugares ao mesmo
tempo para conseguir impedir que um grupo terrorista invada a sua propriedade
privada naquele determinado momento.
Então,
é necessário sim que a população tenha sua legítima defesa. É um direito
natural, é um direito do ser humano poder se proteger, proteger a si mesmo,
proteger a sua casa, proteger a sua família e o MST, assim como muitos outros,
que são movimentos perigosos, precisam ser extintos.
E
por falar em movimentos perigosos que precisam ser extintos, deputada Valeria
Bolsonaro, hoje foi aprovado na Comissão de Segurança Pública desta Assembleia
Legislativa um requerimento de minha autoria que cria uma subcomissão para
investigar grupos terroristas que cometem vandalismo e depredação de
patrimônio.
Então
nós vamos começar com os trabalhos desta comissão, na qual eu serei presidente.
Irei também escolher o relator já na próxima semana e nós chamaremos todas as
autoridades envolvidas na questão de Segurança Pública para que remetam a esta
Assembleia Legislativa todas as informações que possuem a respeito de grupos
terroristas perigosos que ameaçam a democracia. Essas sim são verdadeiras
pessoas que agem com atos antidemocráticos.
Nós
vamos preparar um relatório muito bem elaborado na Comissão de Segurança
Pública e vamos trabalhar contra
esses grupos a la MST. Vamos trabalhar contra esses grupos, que não existem
para trabalhar em forma de uma pauta social, em defesa de uma pauta social.
Eles existem unicamente para trazer o caos, transtorno, o perigo à sociedade
brasileira, e eles precisam ser combatidos.
É função desta
Assembleia proteger a democracia, e proteger a democracia significa exigir a
extinção desses grupos perigosíssimos, armados - fortemente armados, não é
qualquer tipo de arma, fortemente armados -, que ameaçam a propriedade privada,
que ameaçam destruir as famílias, que cometem todo tipo de atrocidade.
Esses grupos
precisam encontrar a força do Estado. Aí sim a gente precisa utilizar o Estado,
para que o Estado, tendo das suas competências, mostre que aqui não é a casa da
mãe Joana para eles fazerem o que eles bem entenderem com a população
brasileira.
Aqui, Sr.
Presidente, terminando esses dez segundos que me faltam para dizer a respeito
do absurdo que está sendo tentar instalar nesta Assembleia Legislativa a CPI da
Prevent Senior, continuarei em obstrução e convido os nobres deputados que
obstruam até o fim.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Douglas.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS -
Pela ordem, deputado.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Com a anuência da
líder Janaina Paschoal, para falar pelo Art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS -
É regimental. O senhor tem cinco minutos para falar.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL -
PELO ART. 82 - Sr. Presidente deputado Altair Moraes, prezados colegas, queria
aqui, antes de tudo, agradecer as palavras da deputada Valeria Bolsonaro, que
esteve aqui agora há pouco, e fazer um desafio aqui ao deputado Emidio, que foi
prefeito duas vezes da sua cidade.
Vamos fazer o
seguinte: um ano, nós do agroempresarial não plantamos nada - nem arroz, nem
feijão, nem soja, nem milho, nem nada - e a gente deixa só o pessoal da
agricultura familiar produzir.
Aí a gente vai
ver para quanto vai o preço da carne, do leite, do ovo, tudo, tudo. Fazemos o
desafio aqui, fico um ano sem plantar. Não vou ter despesa, não vou ter que
tomar financiamento no banco, vou ficar bem tranquilo.
Eu até pago os
meus funcionários o ano inteiro para ficar só na fazenda, a gente fazendo
churrasco lá - o Conte já foi lá, né? Fizemos muito churrasco lá, né, Conte?
Fica fazendo churrasco, brincando com os cachorros, pesca no açude. A gente
fica lá um ano. Um ano. Não digo nem uma safra, deputada Valeria Bolsonaro,
porque uma safra é meio ano. Uma safra é meio ano, um ano dá duas safras.
Fazer seis
meses, seis meses e a gente não planta só quatro coisinhas: soja, milho, feijão
e arroz. Só, só isso. A gente não planta, aí deixa o pessoal do MST produzir. O
MST, deputado Emidio, não tem nem personalidade jurídica, não tem CNPJ. Ele não
tem nada, tanto que ninguém consegue pegá-los.
Foram na sede
da Aprosoja semana passada, deputado Gil Diniz, deputado Tenente Coimbra.
Defecaram no corredor da Aprosoja, urinaram nos sofás da recepção da Aprosoja.
Dentro da Aprosoja, a casa em que está a Aprosoja, não está só a Aprosoja: está
a Aprosoja; a Abrass, que é a Associação Brasileira de Produtores de Sementes;
está a Abramilho, da qual é integrante o ex-ministro Alysson Paulinelli; está
um estúdio do Canal Rural.
Inclusive a
rua, para quem não conhece, Conte, é uma rua lá em Brasília, sem saída, em que
a última casa é a casa da FPA, da Frente Parlamentar da Agricultura. Defronte à
casa da Aprosoja, quem mora lá, deputada Valeria Bolsonaro?
Um grande amigo
meu, ex-senador Heráclito Fortes, do Democratas do Piauí. Ele não estava lá,
mas os funcionários que trabalham na casa dele estavam lá. Chegaram com um pé
de cabra. Pé de cabra, Conte.
A fachada da
casa da Aprosoja lá é de vidro, que nem aquele ali, com algumas barras de
alumínio. Quebraram tudo, picharam, defecaram no corredor, urinaram nos bancos,
arrebentaram tudo e diz que fizeram uma “ocupação” - está no site do MST,
parabenizando a Via Campesina e o MST. Como que não é terrorista?
Está certo o
deputado Conte: é cacete e bala. Ele que falou, não fui eu que falei. Ele, que
é polícia, que falou. Ele, que ficou enfrentando o o crime nas ruas. Vinte
anos, Conte, ficou na Polícia?
Eu parafraseei
o deputado Conte Lopes. Eu não retiro nenhuma palavra aqui em relação ao MST.
Eu conheço pessoas que tiveram animais mortos, casas e barracões e coisas
incendiadas pelo MST, conheço.
As casas que
seriam entregues agora em Pernambuco pelo presidente Bolsonaro por meio do
Ministério da Cidadania e do ministro Rogério Marinho, que também o ministro
Rogério Marinho é do PSDB, para dizer que o presidente Bolsonaro não é plural,
foi queimada pelo MST.
Duzentas e
cinquenta casas incendiadas, que seriam entregues para pessoas que não têm
nada. E nós estivemos, estavam comigo o deputado Castello Branco, alguns outros
deputados semana passada no Vale do Ribeira, em Miracatu, onde o presidente
Bolsonaro, deputado Gil Diniz, entregou no estado de São Paulo mais de quatro
mil títulos do Incra, definitivos. Essas pessoas agora são donas de terra.
Tinha um senhor lá que tinha 90 anos, ele esperava o título há 32 anos. Então é
impressionante.
Então, Conte, o
que ia acontecer naquele dia do fatídico assalto que eu sofri: se eu tivesse
sido alvejado e, possivelmente, morto, iria assumir o suplente aqui. E aí eu
queria ver se a CNBB iria confortar a minha família, ou se iria confortar a
família do bandido.
Eu queria
saber, se eu tivesse sido alvejado e não tivesse morrido, e tivesse a Polícia
pego o bandido, ou matado o bandido, se o PT iria defender o bandido ou iria
defender a mim.
Então é muito
interessante ver que o debate é político. É para atacar o presidente Bolsonaro,
é para atacar a direita, e para fazer graça para os seus. Então eu queria aqui,
deputado Gil Diniz, você, que viu muito bem as imagens do ataque da Aprosoja,
da casa da Aprosoja lá em Brasília, que tem mais entidades. E também os ataques
ao presidente Bolsonaro não têm dia nem hora, é todo dia, toda hora.
Colocaram ele
na revista “Isto É”, que é financiada pelo João Doria, com a cara do presidente
como se fosse o ditador alemão Adolf Hitler. É inacreditável que aconteça isso
todo dia e ninguém tome uma providência.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, deputado
Emidio.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Para falar pelo
Art. 82, pela bancada do PT.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - É regimental, V. Exa.
tem o tempo de cinco minutos.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Pela ordem,
presidente. Uma breve comunicação enquanto o orador se dirige à tribuna?
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Por favor.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO
- PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, hoje este plenário está esvaziado, parece que
o governo traiu o seu mais fiel aliado, que é o PT, Partido dos Trabalhadores,
nesta Casa Legislativa. Acho que é uma das maiores vergonhas que o partido
passa nessa legislatura, e na história desta Casa. Fizeram uma CPI de fumaça,
uma CPI da vergonha, para provocar a falência da Prevent Senior.
O governador
veio a público, disse que era favorável, o presidente desta Casa veio a público
dizendo que iria implantar essa CPI da Prevent Senior; o PT fez festa,
algazarra, postaram na imprensa, saiu na Rede Globo, todas as matérias na
imprensa nacional; e hoje o PT está sozinho com o nariz vermelho aqui. Vermelho
de vergonha, talvez, ou vermelho pela cor do partido.
Nós precisamos
dizer: é uma derrota do Partido dos Trabalhadores, é uma derrota da bancada
governista, porque não vão conseguir destruir essa empresa, que é a Prevent
Senior.
Fizemos aqui
obstrução, vamos continuar fazendo essa obstrução, e esses irmãos siameses,
duas faces da mesma moeda, não chegaram a um acordo e passam essa vergonha
nessa tarde na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Não vão destruir
a Prevent Senior, não vão implantar essa CPI da vergonha no Parlamento
paulista.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Por favor, deputado
Emidio.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT
– PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, essa colocação do deputado Gil
Diniz sobre a Prevent Senior eu vou deixar que o meu colega Paulo Fiorilo, que
é o titular dessa questão, que ele levantou essa questão, ele responda
adequadamente.
Mas o que eu
quero dizer a vocês é o seguinte, a fala do deputado Douglas Garcia diz muito
sobre como nós estamos discutindo aqui. Por quê? Porque ela diz que o pedido de
desculpas, na verdade, é uma falsa desculpa, é lágrima de crocodilo, porque ele
vem na sequência e fala que o arcebispo está errado, que ele não pode fazer
proselitismo político, que ele é militante político, está profanando o templo.
Ora, então está
bom, agora, um leigo, que eu não sei nem se é católico, mas também não importa,
se acha no direito de dizer o que o arcebispo tem que falar ou não, o que é a
doutrina social da igreja. Leia os documentos do Papa, desde o Concílio
Vaticano II, desde o Papa João XXIII, leia para ver as preocupações sociais.
Essa história
de que a igreja é feita só para cuidar da espiritualidade, bom, como que a
pessoa vai ter uma espiritualidade, conseguir, sem ter uma vida, sem ter
comida, sem ter emprego, sem ter trabalho, sem ter escola, educação, futuro
para os filhos? É bom, é bonitinho esse negócio, é fácil você cuidar só da alma
quando está com a conta bancária recheada, como os representantes do
agronegócio. É muito fácil.
A igreja tem
que ser solidária e ela é solidária com os pobres. Sempre foi. E não é só no
Brasil, é no mundo. E é assim que tem que ser. Hoje nós vivemos em um país em
que as pessoas voltaram a passar fome, sob o governo Bolsonaro.
Voltaram a
passar fome. É inacreditável, nós somos um dos maiores produtores de grãos do
mundo. Boa parte do que o deputado Frederico d’Avila disse aqui é isso, nós
somos produtores agrícolas, dos maiores do mundo, e somos um país em que a fome
voltou.
Então tem
alguma coisa errada ou não tem nada errado? Todo mundo sabe, as estatísticas
todas dizem que a pequena agricultura é muito mais responsável, a maior parte
dos alimentos que chega é muito mais de pequeno agricultor. Quem produz
hortaliças, quem produz legumes aqui perto de São Paulo está em Mogi das Cruzes
e é pequeno agricultor, está em Ibiúna e é pequeno agricultor, está em Apiaí e
é pequeno agricultor. Fiorilo, você que conhece, que roda esse Interior, sabe
como é isso.
Eu digo o
seguinte, o bispo de Itapeva, D. Arnaldo, fez um pronunciamento também sobre
isso, porque o Frederico d’Avila reclamou que o Haddad foi lá, foi visitar
assentamento Sem Terra.
Você queria que
o Haddad fosse visitar o que, a sua fazenda? Não ia, ele não quer, ele não quer
testemunhar o agronegócio, ele quer testemunhar quem luta pela terra, para
fazer justiça, para produzir alimento, para chegar à mesa do trabalhador.
Vocês
destruíram, o governo Bolsonaro destruiu, inclusive, o PAA, que era o programa
de aquisição de alimentos criado no governo Lula para favorecer o pequeno
agricultor, para ter mercado para ele. Vocês acabaram. Hoje eles não têm para
onde vender a produção.
Então nós
estamos aqui em uma discussão que mostra bem isso. Aqui o deputado, eu estava
lendo o discurso que o deputado Frederico fez, ele diz em outro ponto aqui: “Eu
vou utilizar todas as minhas ferramentas, como parlamentar, para inquerir e
para verificar as atividades da Via Campesina e do MST no Brasil e em São
Paulo.”.
Ótimo, é
direito do deputado fazer e investigar o que ele quiser investigar, mas aí ele
prossegue: “E nós vamos enfrentar vocês. Vocês, MST, são bandidos, que só
conhecem duas linguagens, o cacete e a bala. É assim que nós vamos encontrar
vocês.”.
Na verdade, é
isso o que pensa, é isso. Quer dizer, você não tem terra, você não tem
oportunidade, você tem que se calar, porque se você se levantar para lutar a
favor, nós vamos acabar com vocês na bala. Essa é a linguagem que se usa aqui.
Nós não temos problema nenhum de defender o
que a gente acredita, porque o PT é um orgulho que nós temos, nós somos o
partido da igualdade social, de quem busca igualdade e oportunidades, de quem
luta.
Quer chamar
isso de terrorista? Chame. Quer chamar de comunista? Chame. Nós não vamos
abaixar a cabeça por conta disso. Nós não somos comunistas, nós não somos
terroristas.
Nós temos brio.
Nós queremos um projeto de país. Nesse projeto de país, não cabe só
latifundiário. Não cabe só agronegócio. Cabe o povo, cabe trabalhador, pequeno
produtor.
Presidente, eu
queria saber se o senhor pode conceder, para concluir, uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Por favor.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - PARA
COMUNICAÇÃO - Cabe todo mundo. Ou então não é país. País que trabalha para
aumentar a concentração de renda, como o Bolsonaro está fazendo, não é país.
A pobreza, no
Brasil, está de volta. Está de volta, porque aqui não se considera. Se
considera apenas o interesse americano. Por isso que o agronegócio festeja
tanto o Bolsonaro, porque tem razão para festejar.
Só não conta
que quem abriu as fronteiras para o agronegócio brasileiro, na China, foi um
pernambucano chamado Luiz Inácio Lula da Silva. Porque o preconceito ideológico
fazia com que não se pudesse vender para a China. “A China, aquela bandeira
vermelha.” Hoje, pergunta para o agronegócio brasileiro, pergunta para o
Frederico d’Avila o que significa a China, em termos de exportação, para o
agronegócio.
Eles ainda se
acham no direito, o tal do xeique árabe, o Eduardo Bolsonaro, que usa dinheiro
do povo para passear, se vestir de xeique, gozando de todo o benefício do poder
público, de ser filho do presidente, para isso.
Esse é o que
mais costuma falar que “a China não sei o que lá”. Não sustenta, volta atrás,
porque não sabe o que está falando. Não sabe o que significa o comércio
internacional. Não sabe o que significa a relação entre países. Não sabe que o
mundo tem que conviver com regimes diferentes, de todo lugar do mundo,
independente do nosso juízo de valor.
Quem somos nós
para criticar o que acontece na China, se aqui acontece muito pior? Eu fico
imaginando que país vocês querem construir. Que país? “Todo mundo que luta por
justiça é terrorista, é isso e aquilo.”
Reclama que “o
MST doutrina criança”. O MST não doutrina criança. Ele ensina as crianças brasileiras
e as crianças do próprio MST a mostrar que temos que lutar pela terra, porque a
terra é um direito.
Todo mundo
gosta de acreditar em Deus, falar que acredita em Deus, da palavra. Pega e
extrai da Bíblia o que interessa. Mas ninguém diz que a terra, se for
considerar ao pé da letra, é para todo mundo. Não é para um. Parei, deputado
Gil. Vamos prosseguir, e o Fiorilo vai me substituir com brilhantismo.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Antes que o bedel resolva cortar a minha palavra, quero falar pelo
Art. 82, pela Minoria.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - É
regimental, deputado. O senhor tem o tempo de cinco minutos.
O
SR. TENENTE COIMBRA - PSL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Fazer uma comunicação, com a anuência do orador.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Por favor.
O
SR. TENENTE COIMBRA - PSL -
PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Srs. Deputados, primeiro, prestar a minha
solidariedade ao deputado Frederico d’Avila.
Que, embora
possa ter se excedido nas palavras, na minha concepção, como católico, altar
não é lugar para fazer política. Ainda mais num dia santo, o dia de nossa
padroeira. Então, embora excedido nas palavras, não são de todo mentira. Então,
a minha solidariedade ao deputado.
Mas o que me
traz hoje é que, no final de semana passado, enaltecer, inclusive como membro
da Comissão de Esportes: ocorreu o Ultraman Brasil. Uma pequena prova, onde o
primeiro dia são 10 quilômetros de natação. O segundo dia, 276 quilômetros de
ciclismo.
O terceiro dia,
84 quilômetros de corrida. Pode ser fácil para o nosso presidente carateca, da
Seleção. Ou para o deputado Douglas, que é do muay thai. Mas é uma prova
extremamente difícil, que foi vencida pelo Erick Duarte.
Mas eu queria
ressaltar um grande amigo, que ficou na segunda colocação, nas suas quase 23
horas de prova: Alexandre Paiva, que tem diabetes tipo 1. O primeiro atleta a
completar o Ultraman, nível nacional, com diabetes tipo 1, e o segundo a nível
internacional.
Sendo exemplo para
as crianças, sendo exemplo para as famílias. Uma prova de tamanha dificuldade!
Ele, mesmo com essa doença, nunca o dificultou em nada na vida. Seja na parte
esportiva, seja na vida social ou em qualquer área.
Então quero
aproveitar esse momento, como não tive oportunidade de falar antes, nem no
Pequeno, nem no Grande, de ressaltar e parabenizar todos os atletas que
completaram essa difícil prova, neste final de semana, em especial, meu amigo
Alexandre Paiva.
Obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Muito obrigado, e ressaltando também,
essa grande importância. Quero deixar o meu abraço para o Alexandre Paiva, que
é um exemplo, de que todos podem praticar o esporte, que deve se praticar o
esporte.
O fato
de uma pessoa participar do Ultraman, e terminar a prova, já é um campeão. Não
precisa a colocação, em minha opinião, porque é uma das provas de resistência
piores do mundo, de se participar.
O senhor disse que eu participaria, mas
jamais eu ia conseguir, tinha que treinar muito, está bom? Muito obrigado,
deputado. Deputado Fiorilo tem o tempo de cinco minutos.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - Sr. Presidente, com a anuência do
orador, para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Tem
a anuência do orador?
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - É a última, né?
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - O senhor me lembra
dos meus professores de Matemática. O senhor é duro, mas é competente.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Se
tem anuência, ok.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Olha, eu queria fazer um registro
muito triste para todos nós, Senhor Presidente. Faleceu agora o investigador
Jefferson, do GOE de São José dos Campos, da Polícia Civil, na Viatura nº 25.987,
que teve um acidente em uma rodovia de São Paulo, ainda não tenho os
dados da rodovia, e estou aqui com a foto da viatura.
E queria aqui, abraçar a Polícia Civil,
na figura do nosso querido Dr. Eder, e Dr. Maurício, aqui da assessoria da
Polícia Civil, aqui na Assembleia
Legislativa, e a família do investigador Jefferson, que nem tem o
sobrenome dele ainda. Eu queria abraçar toda a família, e dizer, dar a nossa
solidariedade à Polícia Civil do Estado de São Paulo. E queria agradecer a
anuência do orador.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Sinta-se
abraçada, também, toda a família. Que o Espírito Santo conforte o coração de
todos os familiares e amigos. Deputado.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado,
Sr. Presidente. Sr. Presidente,
eu adoraria retomar o debate aqui iniciado pelo deputado Emidio, deputado
Frederico d’Avila, mas eu vou deixar para uma outra oportunidade, porque o que
me traz aqui hoje, é o debate sobre a CPI da Prevent Senior.
Eu queria pedir,
Sr. Presidente, que os deputados
que não estão com a palavra, que pudessem continuar sem a palavra, porque
atrapalhar o orador é sempre muito ruim.
O SR.
PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Por
favor, senhores
deputados, eu peço que não atrapalhem o orador que está na tribuna.
O SR. PAULO
LULA FIORILO - PT - Muito obrigado, Sr. Presidente. Eu ouvi aqui o
discurso histriônico do deputado Gil Diniz, com, inclusive, ironias. Deputado,
eu vou dialogar com o senhor. Vou dialogar. Como disse aqui o deputado
Frederico, eu não sou professor de Matemática, mas vou dialogar com o senhor.
A primeira questão que eu queria levantar é a seguinte. Eu não considero
que nós estamos... Sr. Presidente é difícil, parece que o deputado Gil perdeu o
Regimento. Então, eu queria de novo, deputado Gil, que o senhor se recolhesse
ao seu quadrado, longe do microfone, e em silêncio.
Bom, então vamos lá, deputado Gil, diz aqui: “O PT fez uma aliança com o
PSDB, e, agora, está com o nariz vermelho”. Deputado Gil, nós podemos estar com
os olhos marejados, com os olhos avermelhados, porque nós estamos tratando de
vidas, nós não estamos tratando de um assunto menor.
Nós estamos falando de pessoas que vieram a óbito quando foram tratadas,
ou melhor, quando foram vítimas de experiências, quando foram retiradas de
UTIs, quando não tiveram o tratamento adequado, porque receberam o kit Covid,
deputado Barba.
É disso que nós estamos falando. Aliás, eu vou continuar na aliança que o
senhor gosta de falar, a aliança aqui me parece outra. Aliança aqui me parece
do Bolsodoria.
Por que do Bolsodoria? Porque os bolsominions não querem a CPI, porque
estão com medo que a CPI possa descobrir relações espúrias entre o gabinete
paralelo, e os donos da Prevent.
Essa é a lógica dos que defendem o Bolsonaro, aqui. Legítima a lógica.
Não tem problema. Agora, eu queria perguntar, por que a base do governo não
está aqui. Porque fez uma aliança espúria com o Bolsodoria, de novo? Para não
ter a CPI, por que será?
Vamos lá, vamos perguntar aqui. O governador, deputado Conte Lopes, no
dia 25 de setembro, na imprensa diz assim: “deputados da Assembleia Legislativa
de São Paulo estão
colhendo assinaturas para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para
investigar a rede de planos de saúde Prevent Senior, e seus procedimentos
médicos em pacientes com Covid-19”.
Abre aspas:
“Fui informado pela Alesp que deverá ser aberta uma CPI para proceder com a
investigação de todos os procedimentos da Prevent Senior e manifestei o apoio”,
afirmou o governador de São Paulo, João Doria. Vinte e cinco de setembro.
Tivemos uma
fala do líder do Governo, deputado Camarinha, que acho que é importante a gente
lembrar aqui. Dia 5 de outubro: “Na reunião, ontem, bolsonaristas anteciparam
que vão tentar obstruir a votação. No entanto, parlamentares do Governo e da
oposição acreditam que a estratégia não deve prosperar”.
Abre aspas:
“Eles têm uma tese da qual a gente discorda, de apoio a procedimentos que não
foram reconhecidos pela ciência e que, para a gente, não fazem sentido, e que
foram adotados por esse hospital, que pode ter colocado em risco muita gente”,
disse, ao Estadão, o líder do Governo. Quando discutimos aqui a urgência,
naquela mesma semana, o governador recuou. O governador disse assim: “Não,
questão de CPI é da Assembleia, eles que decidem”.
Vou perguntar
aos que defendem o presidente e aos que defendem o governador: por que a
denúncia feita em 2020 não foi para frente na Secretaria da Saúde? Aliás, em
depoimento na CPI da Câmara Municipal, o representante da Secretaria Municipal
de Saúde reconhece que foi feito um relatório apontando várias irregularidades
enviadas ao secretário de Saúde do estado, que não tomou providências. O MP foi
instado e também não tomou providências.
Eu queria
pedir, Sr. Presidente, dois minutos para comunicação e eu encerro aqui essa
questão.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pois
não, deputado.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Terceiro: o governador podia, através de seu líder, que está
aqui hoje, mobilizar a base, como fez ontem para aprovar o famigerado PLC 26,
que retirou direitos dos trabalhadores. Ontem, estávamos com o plenário lotado.
Hoje a gente está com o plenário esvaziado.
A pergunta que
fica é: quem tem medo da CPI da Prevent Senior? Os bolsonaristas ou os
governistas? Essa questão tem que ser esclarecida, porque tem muita
nebulosidade. Tem muita! Aliás, tem tanta nebulosidade que, por aqui, Prevent
passou e deve ter ficado, para aqueles que adoram a Prevent Senior.
Eu queria
voltar aqui para deixar claro: ninguém, nem do PT, nem aqueles que assinaram,
quer acabar com a Prevent Senior. A Prevent Senior é uma empresa que atende 540
mil beneficiários. Tenho pessoas que são atendidas e que me ligaram para
elogiar e para criticar. Temos 12 mil funcionários na Prevent Senior, que devem
continuar atendendo.
Agora, o que
não podemos permitir é que, se cometeram erros orientados pela direção, que não
sejam punidos. Aí me parece que tem muita gente com medo de que se apure aqui o
que de fato aconteceu ao longo deste ano, que não teve investigação por parte
da secretaria do estado, do MP e do próprio governador. É disso que se trata
esta questão hoje.
E os
bolsonaristas entraram no jogo do governador. Parece que o nariz vermelho não
ficou com o PT. A festa feita aqui não foi do PT. Quem gritou e festejou foram
os bolsonaristas. Portanto, o nariz de palhaço não cabe ao PT. Cabe àqueles que
não entenderam o que está por trás desse debate da Prevent Senior.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Obrigado,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS -
Pela ordem, deputado Douglas Garcia.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB -
PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, fui citado
pelo deputado Emidio e gostaria de responder, deputado Emidio. Sim, estou em
processo de conversão, mas, dentro da igreja católica, existe uma hierarquia e
eu prefiro acreditar no papa do que nas palavras do arcebispo.
O papa Pio XII
condena o comunismo, condena as doutrinas do comunismo. Vossa Excelência, junto
com o partido de V. Exa, assim como muitos outros partidos, infelizmente, que
existem no Brasil, apoia a depravação cultural anticristã, como por exemplo o
aborto.
Cristão que é
cristão não defende o aborto; cristão que é cristão não defende a ideologia de
gênero; cristão que é cristão não defende essa defesa ferrenha aos bandidos,
assim como muitos parlamentares do PT, do PSOL, do PCdoB fazem.
Muito pelo
contrário, vocês não são defensores dos cristãos; vocês não são representantes
dos cristãos. Vocês são “cristofóbicos”, vocês não suportam quando o
cristianismo, de certa forma - o verdadeiro cristianismo -, tenta fazer com que
os seus valores sejam representados dentro de Casas Legislativas. Vocês já
querem atacar, vocês já querem censurar, silenciar.
E é por isso
que vocês são as últimas pessoas do mundo a querer falar em nome dos cristãos.
Já deveriam ter sido excomungados há muito tempo, não fazem parte da tradição
da Santa Igreja Católica. Não fazem parte do cristianismo. Feministas, o
movimento feminista, o movimento negro: vocês espalham o ódio, o terror, e
estão bem longe de ter uma conduta cristã.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Douglas Garcia.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela
ordem, deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Para uma breve
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pois
não.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - PARA
COMUNICAÇÃO - Presidente, é incrível esse teatro do deputado Paulo Fiorilo, que
vem de uma derrota como se fosse uma vitória. E atribui essa derrota, essa
traição do PSDB com a bancada do PT - repito, maiores aliados neste Parlamento
-, como se fosse uma vitória deles e uma associação do PSDB conosco.
Nós sempre nos
colocamos contrários, desde o primeiro momento, a essa CPI da vergonha aqui
neste Parlamento. Quem fez o PT de meninos, neste Parlamento, se chama João
Doria, se chama Carlão Pignatari, que abraçaram aí...
Aí lá vêm os
deputados do PT e abraçam o governador, abraçam o presidente da Assembleia
Legislativa e saem espalhando para todas as emissoras, para toda a imprensa
nacional que vão fazer um circo, um picadeiro nesta Assembleia.
O PSDB, repito,
irmão siamês do PT, a outra face da mesma moeda, largou-os aqui ao léu,
deixou-os na mão. E não conseguiu, deputado Frederico d'Avila, aprovar nem a
urgência. Mas nem a urgência.
Depois de o
governador vir a público dizer que é favorável à CPI, que tinham que
investigar; depois de o presidente desta Casa dizer que é favorável e que tem
que investigar. Cadê? Não tem nem a bancada do PT aqui agora para votar. O que
aconteceu? Eles nem acreditam naquilo que eles pedem.
Então, é sim
uma derrota para o PT, mais uma. E agora é uma derrota para o PSDB também, que
contava ali nos dedos os votos do PT. Mais uma vez, presidente: sempre que
faltam votos para o PSDB nesta Casa, lá vem o PT e reforça essa votação. Dessa
vez, não deu, não. E vão ter que engolir essa vergonha no Parlamento da
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Muito
obrigado, deputado Gil Diniz.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - Para comunicação, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pois
não.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PSL - PARA
COMUNICAÇÃO - Eu queria aqui dizer
ao deputado Emidio, que citou a época do governo Lula, que abriu as fronteiras
para a China, porque ele soube... O Lula, podem falar tudo dele, todas as
características, mas burro politicamente ele não é. Senão, ele nem seria
presidente da república. Burro, ele não é.
Então, ele
colocou o Roberto Rodrigues como ministro da Agricultura. E ele, sim, foi o
grande arquiteto de toda essa abertura do agro brasileiro, fosse pequeno, médio
ou grande.
E parceiro
comercial, quem tem o estabelecimento, pode ser uma barbearia, uma farmácia, um
restaurante, uma loja de roupa, você não pergunta a opção política daquele
cliente que entra na porta para saber que partido, qual a ideologia dele, para
vender o seu produto ou serviço.
Então, se a
China tem lá o seu estilo de governo e ela quer fazer comércio conosco, que
faça. Assim como o regime militar fez comércio com a Tchecoslováquia, na época
comunista, porque fazia equipamentos de usinagem de metal.
O deputado
Barba deve saber muito bem que na indústria se usou muito equipamento da
Tchecoslováquia. Foi feito, comprado no regime militar. E a incompatibilidade
ideológica era enorme.
Então, queria
cumprimentar aqui. A gente tem que ser justo, sempre tem que ser justo. O
presidente Lula no seu primeiro mandato, em que pese toda a sua sorte de
corrupção que aconteceu depois - Petrobras, Angela Guadagnin rebolando no
Congresso Nacional, etc., André Vargas, Delúbio Soares, João Vaccari, conhecido
como “mochilinha” - não tem problema nenhum, mas ele colocou o Roberto
Rodrigues no Ministério da Agricultura, que nos quatro anos fez um belíssimo
trabalho e por isso nós temos que reconhecer.
O
SR. CONTE LOPES - PP - Para uma comunicação,
Sr. Presidente?
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS -
Pois não, deputado Conte Lopes.
O
SR. CONTE LOPES - PP - PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente, eu acho que até o seminarista Paulo Fiorilo pode ter sido enganado
ou se enganou. Não entendo o Barba, que foi um metalúrgico de guerra, acreditar
no Doria. O Doria traiu o Bolsonaro, traiu o Geraldo Alckmin que o criou. Não
ia trair o Paulo Fiorilo por quê, Sr. Presidente? Só essa a minha colocação.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Pela ordem,
presidente. A última comunicação. Eu prometo, presidente.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - O senhor me anote aí
uma comunicação por dois minutos.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Presidente, o Paulo
Fiorilo está interrompendo o meu tempo. Restabeleça o meu tempo, por gentileza.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Eu
queria restabelecer o tempo do deputado, por favor.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO -
PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, foi falado aqui pelo deputado Emidio essa
questão da crítica ao Agronegócio. Agronegócio que é a locomotiva da nossa
economia, que leva alimento mais barato para a nossa mesa.
O deputado
Frederico d'Avila colocou muito bem. Se o Agro parar de trabalhar por um ano,
este País - não só o País, boa parte do mundo - vai passar fome, escassez de
alimento. O Brasil é o celeiro do mundo, mas eles demonizam a atividade
produtiva. Nós entendemos bem.
Quando nós
chegamos aqui ao microfone e criticamos padres, bispos que usam sim do altar
para fazer política, para fazer demagogia, que usam as suas paróquias, que usam
os seus bispados ali, as suas dioceses, arquidioceses para pedir voto para o PT
e para o PSOL, ninguém fala absolutamente nada.
Esses padres,
esses bispos têm lado. Na próxima semana, presidente, prometo trazer aqui
vários vídeos, várias postagens desses padres, desses bispos militantes. Não
estou generalizando não. Tem muita gente boa na Igreja Católica. Tem muita, mas
muita gente boa, mas tem esses advogados aqui do lado do PT.
Olhe, dá uma
queimada no filme. Mas dá uma queimada no filme e denuncia e, na verdade,
reverbera e assino embaixo daquilo que nós sempre denunciamos: são padres
militantes, são bispos militantes que têm atividade político-partidária sim e
isso, presidente, nós precisamos trabalhar e discutir dentro da igreja, porque
o povo simples, o povo católico está cansado disso; o povo não quer isso.
Esses padres de
passeata pedindo voto para o PT e para o PSOL dentro das nossas paróquias. É
isso que nós sempre repudiamos. MST a gente não precisa nem falar. É um grupo
terrorista, um grupo invasor de terra como o Frederico colocou aqui que agora,
para finalizar, presidente, está invadindo terra.
Não está
matando não, Fred, os animais. Estão amputando os animais; estão quebrando a
perna de vaca, de boi, de bezerro para levar ao sofrimento, para o dono da
terra ver o sofrimento desses animais.
Cadê os grupos
dos direitos dos animais denunciando esses crimes contra esses animaizinhos ali
que, como eles dizem, têm pelo menos algum direito? Então a gente repudia sim
também a atividade criminosa desse grupo que nem personalidade jurídica tem.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Para um comunicado,
Sr. Presidente?
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS -
Para uma comunicação o deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, vou manter aqui a minha linha hoje porque o
debate na minha opinião tem uma importância grande. O bedel Gil Diniz é de uma
capacidade de criação de fake news. Eu vou colocar duas dele aqui agora.
Primeiro, diz
assim: “Aliança PT-PSDB”. O deputado Gil devia olhar a lista de votação. Quem
deu votos para aprovar o PLC ontem nos 50 votos que teve o governo nesta Casa?
Quem deu voto para aprovar o 529, que teve aqui 48 votos? É só olhar.
Está na cara a
aliança bolsodoria, na cara. Não quer aceitar, resiste, é um moicano, luta
sozinho, não tem problema. Agora, tripudiar a possibilidade de investigar os
atos praticados pela direção da Prevent Senior contra vidas de pessoas idosas e
pobres é inadmissível.
E aí, deputado
Conte, com quem eu dialogo sempre, tenho um grande respeito, porque tive a
oportunidade de ser vereador com o senhor, eu nunca acreditei no Doria. Fiz,
inclusive, um desafio ao deputado Gil Diniz: a cada ação que ele promoveu
contra o Doria, eu apresento duas - não uma, duas.
Sabe por quê?
Porque até agora o deputado Gil não apresentou uma. Então, assim, acho que a
gente tinha que parar de fake news nesse plenário. Aliás, assim, quem... Olha o
bedel, olha o bedel. Faz o seguinte, bedel: eu paro de falar, você fala. Claro
que não. Então, assim, queria dizer que é inadmissível a base do governo
recuar.
O Doria deve
ter os seus motivos. Quem sabe as comissões desta Casa não poderão trazer os
motivos aqui para o plenário, e aí o deputado Gil articular os votos dos
bolsonaristas contra o Doria.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente, desafio aqui a bancada do Partidos dos Trabalhadores a assinar o
meu requerimento de CPI para investigar as mortes nos hospitais públicos do
estado de São Paulo. Fica aqui o desafio à bancada do Partidos dos
Trabalhadores.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela
ordem, deputado.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT - PARA
COMUNICAÇÃO - Apenas para uma comunicação. Primeiro, é só o Gil Diniz mesmo
para achar que está barato, que o agronegócio produz alimento barato. Acho que
não sei há quanto tempo ele não vai a uma feira comprar alimento ou ao mercado
comprar qualquer coisa.
Os alimentos no
Brasil estão talvez na pior situação que nós já estivemos. Parece um escárnio
com as famílias brasileiras o que você fala aqui, deputado, sabe? O agronegócio
não produz alimento barato coisa nenhuma.
Aliás, o
agronegócio mais exporta do que produz para o mercado interno. É uma opção - e
não é ruim para o País, não estou reclamando. Agora, dizer que esse País sem
pequena agricultura não funcionaria, não funcionaria. Esse pequeno agricultor é
o que o governo federal Bolsonaro não apoia.
Apoia o agronegócio,
perdoa dívida, dívida com o Banco do Brasil não é paga, a bancada ruralista
trabalha nesse sentido. O pequeno, qual é o financiamento que tem o pequeno
agricultor? O Pronaf, que era o programa de financiamento para a pequena
agricultura, quase não financia mais nada. Este País tem um potencial que
precisa ser explorado.
Eu acho só que
aqui se falseia a discussão. Eu vi o deputado Douglas citando um documento do
papa Pio XII, que foi papa nos anos 30, quarenta. Depois dele, vieram outras
orientações, porque se você continuar voltando, Douglas, você vai chegar na
idade média onde a Igreja queimava, fazia a inquisição. Então, não adianta,
vamos trabalhar com o agora. Agora, se a Igreja só serve para dizer “amém”...
A Igreja é o
seguinte: se ela concordar com o que eu penso, está muito bom. Agora, o dia em
que ela falar alguma coisa que eu não penso, vou acusá-la de criminosa, vou
acusá-la de qualquer coisa, de comunista, de qualquer coisa. Respeite os
documentos da Igreja, respeite a hierarquia da Igreja.
Você não é
obrigado a concordar com tudo, como eu também não concordo. Mas respeite. A
Igreja tem um procedimento, não é uma igreja que nasceu ontem, é uma igreja de
mais de dois mil anos, sabe?
Teve os seus
fracionamentos, mas as igrejas cristãs... O Gil Diniz então fala: “Ah, tem
muito católico bom”. Dá a impressão de que a maioria não serve para nada. “Tem
alguns católicos bons, tem católico bom”, como se fosse exceção.
Deputado, eu
acho que, assim, apesar de vocês estarem querendo livrar a cara do deputado
Frederico d’Avila, mas vocês se traem toda hora, porque você continua falando
que a Igreja é isso, que a Igreja é aquilo. Faz campanha para o PT, onde que
faz campanha para o PT? Que história é essa? Isso não existe, e é uma falta de
respeito com as religiões do Brasil.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Cansou, Sr.
Presidente?
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pois
não, deputado Douglas.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - PARA
COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, de fato, a minha
religião é a religião cristã, mas a religião do deputado Emidio de Souza
começou com Karl Marx. Ele segue a religião do marxismo.
E eles querem
tentar desdenhar daquilo que eu acredito, da doutrina trazida pela Santa Igreja
Católica enquanto ele acredita em uma revolução de um homem biruta que trouxe
ao mundo assassinato em massa. Ele quer falar de mim, porém ele acredita em
algo completamente insano.
Ele defende uma
doutrina completamente anticristã. A minha religião é a cristã, mas a religião
que persegue os cristãos é o marxismo. Eu digo que não é uma corrente
ideológica.
É uma religião,
sim, porque são pessoas completamente, assim, você não vê por parte daqueles
que seguem Karl Marx, como o deputado Emidio aqui, porque para defender a
invasão de terras, para defender alienação da propriedade privada, para
defender o desarmamento, para defender outras coisas absurdas, como ele
defende, você precisa ser um seguidor de Karl Marx ferrenho, e ele aqui já
demonstrou que é.
Quer desdenhar
de mim, que acredito na santa Igreja Católica, mas, infelizmente, os textos que
ele segue, a doutrina que ele segue, aquilo que ele tenta trazer de política
para esta Assembleia Legislativa é muito mais do que obsoleto, é quase que
criminoso, é absurdo, é nojento, é anticristão. Isso, sim, precisa ser
criminalizado. Isso, sim, é uma antipolítica.
Vocês tanto que
gostam de falar de necropolítica, isso, sim, é a necropolítica na sua potência
máxima, defender uma doutrina assassina, genocida, anticristã, nojenta, que
precisa ser repudiada com todas as forças. Apenas para deixar isso registrado,
Sr. Presidente.
Muito obrigado.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PSL
- PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem, Sr. Presidente. Para comunicação, para
corrigir aqui o deputado Emidio.
A agricultura
familiar, agora, no Plano Safra, 2021-2022, recebeu 19% mais recursos do que no
ano anterior, aonde para o Pronaf, o deputado Emidio saiu, como diz na minha
região, vazado na quiçaça ali. Serão destinados 39 bilhões, 340 milhões de
reais para o Pronaf, com juros de 3 a 4,5%, deputado Douglas Garcia. Ou seja,
são juros negativos. Então esse valor de 39 bilhões de reais nem em Dilma,
Lula, Temer, nunca existiu esse valor para agricultura familiar.
O deputado
Emidio pode entender de Osasco, lá da região dele, mas não entende nada de
agricultura, muito menos de agricultura familiar. Mesmo porque se ele for na
região de Mogi, de Ibiúna, de Cotia, de Suzano, aonde está o cinturão verde de
São Paulo, e pegar os mapas eleitorais, ele vai ver que os pequenos produtores
de hortifrutigranjeiros votaram maciçamente em Jair Bolsonaro.
O agricultor é
irmanado entre si e vota em Jair Bolsonaro. Quem vota do PT e se diz agricultor
não produz absolutamente nada. Nada, nada, nada. O agricultor de verdade, ele
pode ter meio hectare, ou pode ter mil hectares, ele vota em Jair Bolsonaro,
basta pegar os mapas eleitorais.
E queria aqui
abraçar a ministra Tereza Cristina por todo o trabalho que ela faz em prol da
agricultura familiar. E se engana aqui o deputado Emidio quando fala que eu
defendo o agronegócio, porque o agronegócio é justamente o outro lado do
balcão, são as empresas de defensivos, de adubos, as trades, que estão do lado
de lá. Não que nós não precisemos dela. Eu defendo o agricultor, o produtor
rural, coisa que ele nem sabe o que é.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO
- PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, eu prometi que era a última. Mas a última
comunicação, presidente. Por gentileza.
Presidente,
Tereza Cristina, nossa ministra da Agricultura, postou uns dias atrás: foram
10,4 milhões em créditos de reforma agrária disponibilizados de 2019 a 2021.
Esses valores são assegurados às famílias assentadas no Estado, é maior que os
cinco anos anteriores. Ou seja, presidente, é o governo federal trabalhando aí
por essas famílias que produzem.
Deputado
Frederico d’Avila, o Emidio também citou o cinturão verde de São Paulo. Tem um
assentamento, muitos não conhecem, ali na região de Mogi das Cruzes, um
assentamento, deputado Maurici, onde muitas famílias ficaram fora da reforma
agrária. Fui lá visitá-los. Falei com o superintendente do Incra aqui, “nós
vamos colocar nesse assentamento no mínimo, no mínimo, mais cem famílias”.
O presidente
Jair Bolsonaro foi agora em Miracatu e entregou milhares de títulos de
propriedades a essas pessoas que ficavam reféns do MST, a verdade precisa ser
dita. Verdade precisa ser dita, o Frederico colocou aqui, presidente Altair
Moraes. Senhores de 90 anos que não tinham título de propriedade da terra, 80
anos aguardando esse título de propriedade, reféns do MST.
E a gente está
aqui trabalhando para impactar a vida do cidadão real, não é esse mundo
fictício que eles vendem aqui não, a gente está libertando dessas garras,
desses grilhões, dessa escravidão que esses movimentos criminosos faziam com o
povo trabalhador, esses idosos e idosas que aguardavam há mais de 30 anos o
título de propriedade.
Convido os
petistas a ir lá visitar o assentamento e conversar com o superintendente do
Incra para a gente beneficiar essas famílias, porque o mundo real em que nós
vivemos e trabalhamos para impactar a vida dessas famílias é diferente desse
mundo fictício que eles vendem todos os dias desta tribuna.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Para pedir o
levantamento da presente sessão, havendo acordo entre as lideranças.
O
SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS -
É regimental. Havendo acordo entre as lideranças, esta Presidência, antes de
dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de
amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje.
Está levantada a presente sessão.
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- Levanta-se a sessão às 17 horas e 26
minutos.
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