17 DE NOVEMBRO DE 2021
66ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA, DIRCEU DALBEN e CARLÃO
PIGNATARI
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão. Anuncia a visita do
deputado estadual do Ceará, Luiz Henrique, e acompanhantes.
2 - CARLOS GIANNAZI
Pede a aprovação do PDL 22/20, que suspende os descontos nos
salários de aposentados e pensionistas. Discorre a respeito do PLC 37/21, que
concede o abono-Fundeb aos servidores da Educação. Cita os diversos projetos
apresentados nesta Casa que restituem a isenção de IPVA às pessoas com
deficiência.
3 - DIRCEU DALBEN
Assume a Presidência.
4 - CORONEL TELHADA
Cumprimenta o deputado estadual do Ceará, Luiz Henrique, e
comitiva. Exibe informativo divulgado pela Polícia Militar alertando sobre
fraudes durante a Black Friday. Lamenta o falecimento do coronel da Polícia
Militar do Mato Grosso, Aluísio Metelo, por complicações da Covid-19. Celebra o
aniversário do município de Bálsamo. Informa ser o Dia Internacional dos
Estudantes. Tece críticas à atuação do governador João Doria. Discursa contra o
“passaporte de vacinação”. Reflete acerca das festas de carnaval, programadas
para 2022.
5 - PRESIDENTE DIRCEU DALBEN
Endossa a fala do deputado a respeito das festas de carnaval.
6 - VALERIA BOLSONARO
Questiona a realização de festas de carnaval em 2022. Comenta
a visita de fiscais do Tribunal de Contas do Estado a diversas escolas
públicas. Alega que muitos prédios não têm condições sanitárias para retorno às
aulas presenciais. Cita discurso do deputado Altair Moraes, no dia de ontem.
Discorre sobre o uso de linguagem neutra. Critica a instalação de banheiros
unissex.
7 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
8 - CARLOS GIANNAZI
Solicita a revisão e alteração da Portaria nº 18/21, que rege
a atribuição de aulas, da Resolução nº 107/21, que amplia a jornada de aulas, e
da Resolução nº 119/21, que altera o funcionamento dos CEEJAs. Tece críticas ao
secretário da Educação, Rossieli Soares. Pede a aprovação da PEC nº 1/21 ou da
PEC nº 4/21, que criam a Polícia Penal para os servidores do sistema prisional.
Clama por um Parlamento independente.
9 - CARLOS GIANNAZI
Solicita a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos,
por acordo de lideranças.
10 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Defere o pedido e suspende a sessão às 14h37min.
11 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI
Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h41min.
12 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, registra a presença das servidoras da
Fundação Casa. Solicita ajuda desta Casa para que a Portaria nº 367 seja
revogada. Esclarece que a mesma trata da transferência compulsória para
servidores da Fundação Casa para regiões distantes. Informa ter protocolado o
PDL 64, que revoga a citada portaria. Pede apoio a todos os parlamentares.
13 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI
Demostra seu apoio à causa.
14 - JANAINA PASCHOAL
Para comunicação, esclarece que os funcionários estão sendo
transferidos para diversas regiões do Estado. Ressalta que existe uma lista de
funcionários que se dispuseram a mudar de áreas, mas que não está sendo
seguida. Afirma que estas transferências afetam a saúde mental das famílias.
Demonstra seu apoio à causa.
15 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI
Informa que o secretário fará uma reunião sobre o assunto.
Lembra um servidor de sua região que está passando por este problema.
16 - ERICA MALUNGUINHO
Para questão de ordem, menciona a rejeição do PL 91/21, de
sua autoria, no congresso de comissões de 17/11. Informa que, de acordo com o
Regimento Interno, as comissões podem realizar reuniões conjuntas, sendo
presididas pelo presidente mais idoso. Afirma que o congresso de comissões em
questão foi presidido pelo deputado Gilmaci Santos, apesar do mais idoso ser o
deputado Emidio Lula de Souza. Questiona se o congresso de comissões realizado
hoje poderia ser considerado nulo, já que o Regimento não foi seguido.
17 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI
Informa que responderá em momento oportuno, após avaliação da
Procuradoria Jurídica.
18 - PROFESSORA BEBEL
Para questão de ordem, questiona a Presidência se é possível
remeter o projeto novamente para o colégio de líderes, para que seja aprovada a
sua urgência.
19 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI
Afirma que primeiro responderá a questão de ordem da deputada
Erica Malunguinho.
20 - PROFESSORA BEBEL
Para comunicação, solidariza-se com os trabalhadores da
Fundação Casa. Demonstra seu apoio à causa.
21 - PROFESSORA BEBEL
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
22 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI
Anota o pedido. Convoca os Srs. Deputados para uma sessão
extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão.
23 - TEONILIO BARBA LULA
Para questão de ordem, lembra que, no final do ano passado,
os deputados acordaram em não obstruir nenhum projeto em regime de urgência,
tanto nas comissões, como nos congressos. Ressalta que as obstruções seriam
realizadas em plenário. Considera uma injustiça o que foi feito hoje com a
deputada Erica Malunguinho. Pede que o acordo seja restabelecido. Faz apelo ao
presidente.
24 - MAJOR MECCA
Para comunicação, solidariza-se com a movimentação dos
agentes socioeducativos. Lembra ter protocolado nesta Casa uma CPI das
Movimentações na Polícia Militar. Considera que estas movimentações deveriam
ser fiscalizadas por esta Casa. Ressalta que as mesmas estão fora do regramento
estabelecido, em prejuízo dos operadores e de suas famílias. Lamenta que, além
do desgaste físico e psicológico, estão sofrendo com as transferências.
Demonstra seu apoio à causa. Coloca seu gabinete à disposição.
25 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI
Defere o pedido da deputada Professora Bebel. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do
Dia. Lembra a realização da sessão extraordinária, hoje, às 17 horas e 02
minutos. Levanta a sessão.
*
* *
- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o
número regimental de assinaturas de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a
leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente na data de hoje,
quarta-feira, dia 17 de novembro de 2021.
Antes de dar por iniciado aqui o
Pequeno Expediente, eu quero anunciar aos Srs. Deputados - e à Rede Alesp
também, que faça a devida captação de imagens -, nós estamos recebendo aqui
hoje a visita de um amigo, deputado estadual no estado do Ceará, também do
Partido Progressistas. É o apóstolo Luiz Henrique. Por gentileza, apóstolo.
Apóstolo Luiz Henrique, que está no seu
primeiro mandato. Ele é o quarto secretário da Mesa Diretora lá da Assembleia
Legislativa do Estado do Ceará. Também está no seu primeiro mandato. Obrigado,
deputado, pela presença do senhor.
Também quero fazer aqui constar que
está acompanhado da sua esposa, a senhora bispa Vanessa Lima. Muito obrigado,
Sra. Vanessa, pela presença da senhora. Também dos assessores Gino Flavio, o
Paulo Henrique - é meu xará também, é Paulo também -, o Ismael dos Santos, o
Lucas Rodrigues e a senhora Flavia Colasso.
Muito obrigado pela presença de todos
aqui. Em nome dos deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo,
sejam bem-vindos. Espero que aproveitem a estada e contem com esta Casa de
Leis. Mandem um abraço a todos os nossos amigos do estado do Ceará. Muito
obrigado pela presença, fiquem à vontade, por gentileza.
Vamos iniciar, portanto, o Pequeno
Expediente com os seguintes oradores inscritos: primeiro deputado é o deputado
Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputado Alex de
Madureira. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputada Leci Brandão.
(Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.)
Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputada Carla Morando.
(Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi, V. Exa.
tem o tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público
aqui presente, telespectador da TV Assembleia, hoje eu tenho aqui vários
assuntos para debater no plenário da Assembleia Legislativa, mas eu inicio
aqui, logicamente, retomando a nossa luta contra o confisco, contra o roubo,
contra o assalto das aposentadorias e pensões que o governador João “Pinóquio”
Doria impôs aos nossos servidores.
Milhares e
milhares de pessoas estão sendo prejudicadas em todo o Estado, e a Assembleia
Legislativa tem a obrigação de revogar esse confisco, de anular o confisco. Nós
temos o nosso PDL 22, que já está na última fase de votação, agora na Comissão
de Finanças, e ele tem que ser votado lá para que o PDL... Na verdade, é a
emenda de plenário que foi apresentada que está sendo debatida.
O PDL 22 já tem
parecer favorável de todas as comissões, mas essa emenda que travou a aprovação
do projeto tem que ser liberada imediatamente nessa comissão para que o projeto
volte onde ele estava, aqui nesse plenário, que ele foi retirado da pauta no
dia 16 de dezembro, quando entrava em votação. E aí o governo, através da sua
liderança, usou esse recurso regimental para retirar o projeto, porque sabia
que o projeto seria aprovado e o confisco seria revogado.
Mas nós temos
que fazer uma reparação em relação aos aposentados e pensionistas, porque a
Assembleia Legislativa foi cúmplice. Ela votou na Reforma da Previdência que
propiciou esse confisco, que tem prejudicado imensamente aposentados e
pensionistas, Sr. Presidente. Então, a nossa luta é pela imediata aprovação do
PDL nº 22.
Ao mesmo tempo,
nós estamos travando uma luta, Sr. Presidente, nobre deputado Coronel Telhada,
para que o PLC nº 37, que institui o abono do Fundeb, seja aprovado também em
caráter de extrema urgência.
Esse projeto é
muito mais fácil de ser votado, até porque é um projeto do próprio Executivo. O
Executivo foi obrigado a enviar o projeto por conta da legislação federal, da
Lei do Fundeb, da Constituição Federal, enfim, o projeto tem que ser aprovado.
Agora, o
governo está fazendo corpo mole, porque todos os 94 deputados e deputadas
votarão a favor do projeto, não há dúvidas em relação a isso. Só que o governo
não libera o projeto para que ele entre em votação e os profissionais da Educação
tenham acesso a esse abono do Fundeb, que não é favor nenhum. Não é mérito do
governo Doria. Isso faz parte da nova Lei do Fundeb, que foi aprovada
recentemente. Ela obriga o estado a pagar esse abono.
Nós
apresentamos emendas importantes incluindo também, por exemplo, os servidores
do quadro de apoio escolar, os servidores do QAE, do QSE. Esses servidores
devem ser incluídos porque são profissionais da Educação, como fez o estado de
Alagoas, o estado do Maranhão. Então, isso é possível de ser feito; por isso
apresentamos as emendas. Então, é urgente a aprovação do PLC nº 37.
Sr. Presidente,
por fim, eu gostaria ainda de... Vejo aqui a deputada Valeria Bolsonaro.
Deputada, a nossa luta em defesa da isenção do IPVA. Vossa Excelência
apresentou, inclusive, um PDL. O primeiro PDL apresentado é de V. Exa., e nós
fizemos um movimento, uma audiência, enfim, e agora a Comissão 48 apresentou
uma proposta que nós abraçamos, V. Exa., o deputado Balas, o deputado Major
Mecca, o Castello Branco.
Nós estamos
pedindo para que todos os deputados assinem esse novo PDL. Inclusive, já
enviamos para o e-mail institucional de todos os deputados. Amanhã temos que
protocolar, porque haverá uma reunião de líderes na segunda-feira e eles querem
levar já o PDL para os líderes. Então, é importante. Quem não assinou ainda e é
simpático a essa causa da isenção do IPVA para as pessoas com deficiência, é só
assinar no e-mail institucional.
Esse projeto é
coletivo, ele não tem um dono. Na verdade, é da Comissão 48. Então, é muito
importante que todos os 94 deputados e deputadas possam assinar e fortalecer
essa luta em defesa da isenção do IPVA para todas as pessoas com deficiência.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sr. Deputado. O próximo deputado é o deputado Professor Walter
Vicioni. (Pausa.) Deputado Emidio de Souza. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Conte Lopes.
(Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado
Caio França. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.)
Deputada Dra. Damaris Moura. (Pausa.)
Deputado Raul Marcelo. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputada
Professora Bebel. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado
Douglas Garcia. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba.
(Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge Lula do Carmo.
(Pausa.)
Pela lista suplementar, deputada Márcia
Lia. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos.
(Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado
Caio França. (Pausa.) Deputado Altair Moraes. (Pausa.) Deputada Carla Morando.
(Pausa.)
Deputado Dirceu Dalben. Fará uso da
palavra, deputado Dirceu Dalben? Não fará? Então eu solicito que algum dos
deputados assuma a Presidência para que eu faça uso da palavra. Quem pode ser?
O senhor mesmo, deputado Dirceu? Por gentileza, então, assuma a Presidência.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Dirceu Dalben.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - PL - Muito boa
tarde a todos e a todas. Assumindo a Presidência momentaneamente, já convido o
deputado Coronel Telhada para usar o tempo regimental na tribuna.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
Obrigado ao presidente. Saúdo todos os presentes aqui, todos os que nos
assistem pela Rede Alesp. Quero saudar aqui, em nome da soldado Bruna e da cabo
Bastos, a nossa Assessoria Policial Militar da Assembleia Legislativa. Saudar
também o deputado estadual Apóstolo Luiz Henrique, bem como sua comitiva, sua
esposa Vanessa e os demais assessores, do estado do Ceará. Estão visitando a
Assembleia hoje. Sejam bem-vindos; é um prazer recebê-los.
Sr. Presidente,
eu quero aqui fazer alguns alertas. O primeiro alerta é referente à Polícia
Militar. Ela faz um alerta à população, porque sempre que tem esse papo de
black friday... É um nome bonito em inglês, né. Mas acho que lá nos Estados
Unidos é uma vez por ano; aqui no Brasil, é toda semana essa tal de black
friday. E sempre que a população vai à black friday e vê que é uma “black fraude”,
o pessoal liga para a polícia, para a polícia tomar atitude.
Então, aqui tem
um informativo da Polícia Militar de São Paulo pedindo para as pessoas
verificarem, realmente, se a loja virtual é confiável e se existem canais de
atendimento ao cliente. No site, procure pelo CNPJ, endereço, telefone e
contato do SAC. Porque fraude é o que não falta na internet, infelizmente. Nós
temos muito problema de fraude.
Então, o
pessoal que se atente a isso antes de ficar passando o problema para a polícia,
porque a gente fala: a polícia está aí para atender todo mundo, mas nós, como
cidadãos, temos o dever, também, de ficar atentos para evitar esse tipo de
problema. A população tem que evitar o crime, para que ele não aconteça também.
É sempre aconselhável a prevenção, a atenção em todas as situações.
Também quero
fazer notório a todos os Srs. Deputados aqui o falecimento de um colega,
coronel da Polícia Militar do Mato Grosso. Ele faleceu hoje, quarta-feira. É o
coronel Aluísio Metelo, de 73 anos. Morreu por complicações causadas pela
Covid. Ele era natural do município de Cuiabá e ingressou, em 1969, na Polícia
Militar do Mato Grosso.
Foi
comandante-geral da Polícia Militar do Mato Grosso por dois anos, em 1995 e
1996, e também no estado era conhecido por ter sido o primeiro comandante do
Batalhão Ambiental do estado, que combate as queimadas no Pantanal, preservação
do Pantanal. Ele era uma pessoa muito conhecida. Foi também comandante-geral do
Corpo de Bombeiros Militar por cinco anos. Ele deixa cinco filhos. Eu quero
aqui deixar os nossos pêsames à família do coronel Aluísio Metelo; e não só à
sua família, mas a toda a Polícia Militar, queridos amigos do estado do Mato
Grosso.
Quero fazer
notório também que hoje, dia 17 de novembro, é o aniversário do município de
Bálsamo. Um abraço a todos os nossos amigos e amigas da querida cidade de
Bálsamo, que também aniversaria nesta data de hoje, dia 17 de novembro.
Bem como,
também na data de hoje, é comemorado o Dia Internacional dos Estudantes. A
todos nós que já fomos estudantes, alguns ainda são; mas agora nossos filhos,
nossos netos e os jovens, em geral, são estudantes. Um grande abraço nosso para
todos que trabalham, estudam para melhorar a sua vida e melhorar o nosso país.
Falando em
estudante, eu não posso deixar de falar também da área de Educação, que
infelizmente em São Paulo está deixando muito a desejar. Não só na Educação,
mas na Saúde e na Segurança Pública, nós temos um problema terrível aqui no
estado de São Paulo.
Os amigos sabem
que eu sou um contumaz crítico do nosso governador. Eu poupo, muitas vezes, o
resto do governo, porque eu acho que a figura do governador transparece bem a
megalomania que existe nesse cidadão, que acaba trazendo um desconforto muito
grande para todo o governo de São Paulo, prejudicando os nossos cidadãos, as
pessoas que habitam o estado de São Paulo.
Eu até
publiquei na minha rede social que alguns prefeitos já estão começando a dizer
que não trabalharão pelo carnaval. Eu falava com o deputado há pouco, ele falou
que lá no estado dele, ele está entrando com um projeto, também, para não haver
carnaval no Ceará. E eu acho um absurdo essa história de carnaval.
Eu mesmo fui
convidado para uma festa aí; não vou, porque a pessoa que me convidou falou que
vai ter que apresentar o comprovante de vacinação. Eu não vou apresentar
porcaria nenhuma, apesar de ter sido vacinado. Eu acho um absurdo ter que
apresentar comprovante para entrar nos lugares. Isso é anticonstitucional, fere
a Constituição Brasileira e a Constituição do Estado e simplesmente está sendo
feito.
Eu não vou por
causa disso, porque eu tenho a vacinação, mas eu não vou apresentar porcaria
nenhuma. Agora para eu ir a um evento ou a uma solenidade eu tenho que
apresentar comprovante, e para Carnaval, para um ficar sentando no colo do
outro, ficar se esfregando, ficar se agarrando, ficar se pegando nos camarotes
da vida está tudo liberado, não tem mais Covid.
Então
eu quero aqui dizer que nós precisamos saber de que lado nós estamos. Até ontem
não podia sair de casa, a economia a gente vê depois, dane-se a economia, agora
está todo mundo desesperado. Até ontem não podia andar sem máscara, não pode
entrar na Assembleia. Agora nós vamos estar em vésperas do réveillon, já pode
tudo. Carnaval é a festa da carne, a festa da desgraça, porque tudo pode, não
existem limites. Como é que fica?
Até
ontem o mundo parado, todo mundo desesperado. Agora mesmo anunciei um senhor de
73 anos, coronel lá da polícia do Mato Grosso, que morreu em consequência dessa
maldita Covid, e aqui em São Paulo nós falando em Carnaval?
O
prefeito de Sorocaba, o prefeito Manga já fez um ofício lá dizendo a todo mundo
que ele não vai aplicar um centavo do dinheiro público no Carnaval. Eu acho que
esse nosso governador, apesar do “megalomanismo” dele, deveria colocar a mão na
consciência e fazer a mesma coisa em todo o estado de São Paulo, bem como o
prefeito aqui da cidade de São Paulo também.
Não
é questão de saúde, de preservação de vidas? Deixa a economia para depois?
Então da noite para o dia, em um passe de mágica pode tudo? A gente sabe que
isso é um problema de economia, que existe um interesse financeiro por trás de
tudo isso e eu quero aqui, todo dia, me colocar contra esse tipo de atitude
aproveitadora por parte dos dirigentes de muitos municípios e, principalmente,
do estado de São Paulo, do governador megalomaníaco, ditador, João Doria.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - PL -
Convido a deputada Valeria Bolsonaro para o uso da tribuna pelo tempo
regimental e já repasso a Presidência para o deputado Coronel Telhada. E também
concordo plenamente com relação ao Carnaval, com a fala do deputado que usou a
tribuna.
A SRA. VALERIA
BOLSONARO - PRTB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Venho a esta tribuna hoje porque a
gente está passando por alguns problemas além desse que o deputado Coronel
Telhada falou, muito sério, porque o governador do estado de São Paulo é uma
pessoa tão preocupada com a ciência e com a vida e agora vai colocar todo mundo
para fazer um Carnaval contagiante.
Será
que é isso que ele quer? Para depois ficar falando aí que precisa gastar mais
dinheiro com vacina, porque vai ter mais gente contaminada e mais gente que vai
morrer. Quem sabe ele quer fazer esse tipo de coisa para comemorar depois todo
o trabalho dele, tão focado na vida e na ciência, não é? É um verdadeiro cara
de pau, isso é o que é esse governador do estado de São Paulo.
Mas,
enfim, deixando isso para lá, nós vivemos hoje alguns problemas sérios, não é?
As coisas estão sendo levadas de uma forma muito difícil. Ontem eu fiquei
sabendo aqui que no dia oito do onze o Tribunal de Contas foi fazer nas
escolas, tanto municipais quanto estaduais aqui do nosso estado, foram 486
escolas, uma diligência que foi feita nessas escolas para ver as condições que
essas escolas têm para que as aulas voltem.
Porque,
afinal de contas, tanto o governador do estado quanto o secretário de Educação
estão fazendo um showmício por dia, dizendo que as aulas estão voltando, que o
estado está totalmente preparado, que as condições sanitárias são as melhores
possíveis e imagináveis.
O
Tribunal de Contas foi fazer essa pequena fiscalização e, dentro dessa
fiscalização, dessa diligência, encontrou em várias escolas, em um número muito
grande de escolas, leite vencido, carne vencida, falta de álcool gel, falta de
distanciamento, falta de água na escola, ou seja, problemas básicos que impedem
os nossos alunos de voltarem para as salas de aula e terem o mínimo de condição
para que as aulas possam voltar.
Então
a gente percebe que o showmício que está sendo feito para a volta às aulas, e
eu quero deixar aqui que eu sou uma grande defensora da volta às aulas, mas a
gente precisa pelo menos de condição básica, condição sanitária para os nossos
alunos.
Ontem aqui o
deputado Altair Moraes fez uma denúncia muito grave, porque enquanto tem gente
preocupada em agredir, em ficar fazendo perseguição, mesmo a diretores de
escolas que são contra banheiros unissex dentro de suas escolas, que são contra
esse dialeto, porque não venha falar para mim que esse negócio de linguagem
neutra... não existe linguagem neutra, quem está montando isso está montando um
dialeto novo, que não existe na nossa língua portuguesa e que é absolutamente
excludente.
A professora
Cíntia Chagas deu várias entrevistas falando, e eu concordo com ela, porque eu
quero saber quem é que vai ensinar, por exemplo, um surdo, ou uma criança
disléxica, ou uma criança com TDAH, ou uma pessoa com deficiência de visão esse
dialeto que eles chamam de linguagem neutra.
Outra coisa que
ela falou, muito importante, que é bom ser frisado aqui, esse é um assunto
extremamente elitista, de uma minoria barulhenta, excludente, que não pensa em
nenhum momento na comunidade, e sim única e exclusivamente no seu umbigo. Então
nós vemos que ainda temos que evoluir muito na parte educacional do nosso
estado, do nosso País para que as pessoas possam pensar mais no todo, na
sociedade, do que no seu próprio umbigo.
Então a gente
tem aqui um trabalho muito grande, educacional e, principalmente, a base de
tudo, a parte sanitária, porque como professora de biologia dá para perceber
que esse pessoal que quer banheiro unissex tem que voltar para a sala de aula e
aprender toda a parte de anatomia e fisiologia humana para poder depois sentar
para ficar conversando sobre banalidades desse tipo.
Muito obrigada,
presidente.
*
* *
- Assume a
Presidência o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Parabéns, Sra.
Deputada. Muito obrigado. Deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência novamente
tem o tempo regimental de cinco minutos. Eu peço a V. Exa., após o término de
sua intervenção, se não houver mais nenhum deputado, que V. Exa. peça a
suspensão até as 16 e 30. Por gentileza.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre deputado Coronel Telhada, público
aqui presente, a Secretaria da Educação, a Seduc, através do secretário de
Educação Rossieli Soares, tem feito tantas maldades contra os profissionais da
Educação que todos os dias praticamente eu venho à tribuna fazer denúncias em
relação ao que ele tem feito.
Recentemente
foi publicada a Portaria nº 18, de atribuição de aulas, que piora ainda mais a
situação. A atribuição de aulas da rede estadual sempre foi complicada, todo ano,
Sr. Presidente, mas esse secretário consegue piorar ainda mais a situação. Como
se não bastasse essa Portaria nº 18, que é um verdadeiro ataque às professoras
e aos professores, ele também publicou uma resolução, a Resolução 107.
Essa resolução,
Sr. Presidente, que amplia a jornada de aulas, também é muito perversa porque
ela não leva em conta a jornada dos professores, sobretudo as professoras de
PEB I, que trabalham no ensino fundamental, na primeira etapa do ensino
fundamental.
E o secretário
parece que desconhece a realidade do Magistério. Acho que ele não sabe que uma
boa parte dos nossos profissionais da Educação, sobretudo professoras e
professores, acumulam cargos. Lecionam em duas redes de ensino, muitas vezes em
três.
Porque não é
possível, para uma professora, sobreviver na rede estadual com apenas um cargo,
uma jornada. É impossível, porque o salário mal chega ao piso nacional
salarial, que também é muito baixo.
Então
normalmente uma professora tem um acúmulo. Ela trabalha na rede estadual, na
rede municipal, ou ela trabalha em dois cargos na rede estadual, ou ela
trabalha na rede estadual e na rede particular, para que ela possa sobreviver,
seja professora ou professor.
Essa resolução
não leva em conta isso, prejudicando milhares e milhares de professoras.
Sobretudo as que lecionam nessa área do ensino fundamental, do primeiro ao
quinto ano. Essas serão as mais prejudicadas. Então tem que alterar essa
resolução, secretário Rossieli. Por que tanta maldade, tanto sadismo, tanta
perversidade contra os profissionais da Educação?
Nós exigimos
uma alteração, uma revisão imediata dessa Portaria nº 18, de atribuição de
aulas, porque vai instituir uma grande injustiça e um caos. Ela vai prejudicar
muitos professores e muitas professoras. E também a Resolução nº 107, que tem
que ser alterada imediatamente, levando em conta a realidade do Magistério.
Eu sei que isso
não conta para o secretário. O secretário não está nem aí para as professoras,
os professores, para os servidores do quadro de apoio escolar, que estão
recebendo um salário base de 1.056 reais.
Esse é o
salário de um agente de organização escolar do estado de São Paulo,
profissional da Educação importante, que abre e fecha as escolas, que cuida do
pagamento, da vida funcional de todos os professores, que cuida dos prontuários
dos alunos, que recebe a comunidade.
Esse
profissional da Educação tem um salário de 1.056 reais, mas isso também não
preocupa, me parece, esse secretário da Educação. E outras maldades. Também a
Resolução nº 119, que foi publicada agora, que desmonta o CEEJA, que é o Centro
de Educação de Jovens e Adultos. O CEEJA está sendo desmontado por conta dessa
Resolução 119. Então parece que esse secretário da Educação tem prazer, ele tem
um sadismo em prejudicar os profissionais da Educação. Dificilmente a gente tem
uma medida que beneficie todos os servidores.
Então nós
exigimos a alteração imediata da Portaria nº 18, que trata da atribuição de
aulas; da Resolução nº 107, que trata da ampliação da jornada de aulas para os
alunos - ela tem que ser alterada de tal forma que não prejudique os
professores -; e também a Resolução nº 119, do CEEJA, que é um verdadeiro
absurdo, que vai atacar pessoas que não tiveram acesso à Educação básica na
idade certa. Por algum motivo elas não conseguiram cursar. Estão voltando
agora, e serão prejudicadas.
Então eu queria
fazer essas considerações e esse apelo para que o secretário reveja todas essas
maldades que eu citei aqui, porque é um absurdo o que está acontecendo.
Sr. Presidente,
está encerrando a minha fala. Eu só queria fazer ainda a última intervenção. Eu
não posso esquecer de uma reivindicação muito importante, que V. Exa. Está
defendendo também, está engajado.
Que é a
aprovação das PECs 1 ou 4. Nós temos duas PECs, prontas para serem votadas a
qualquer momento, que regulamentam a legislação federal, que já foi aprovada há
mais de um ano, que institui, para os servidores do sistema prisional, a
Polícia Penal, que é um direito que eles têm.
As duas PECs já
foram aprovadas na Comissão de Constituição, Justiça e Redação. No entanto, até
agora, o governo, que na verdade é o governo que manda na Assembleia
Legislativa, ele não autorizou ainda a aprovação dessas duas PECs, mas a
Assembleia Legislativa tem autonomia, ela tem que se empoderar do seu papel de
independência e votar o que interessa à população, o que interessa para a
sociedade e, nesse caso, para os servidores, cumprindo. Aqui, é o cumprimento
da lei.
Já
foi aprovada a Polícia Penal em nível nacional. Já houve uma alteração da
Constituição Federal e, agora, cada estado tem que fazer o seu dever de casa,
aprovando a sua Polícia Penal. No entanto, a Assembleia Legislativa, até agora,
com duas PECs prontas para serem votadas - a número um e a número quatro -,
duas PECs paradas aqui e o Governo não toma nenhuma atitude.
Então,
eu faço um apelo aqui ao Colégio de Líderes, aos 94 deputados e deputadas, para
que nós possamos votar em caráter de extrema urgência as PECs. As duas, ou uma
delas. A PEC 1, a PEC 4, não importa; o importante é que nós possamos aprovar a
Polícia Penal no estado de São Paulo, que depois tem regulamentação, tem todo
um processo. Então, eu faço aqui este pedido e este apelo, Sr. Presidente. Isso
é muito importante.
Nós
tivemos, na semana passada aqui, uma audiência pública do Fórum Penitenciário
com vários servidores, de várias regiões do estado, do sistema prisional. Eles
estavam aqui fazendo essa reivindicação, que eu aqui expresso através deste
pronunciamento.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Havendo acordo então entre as lideranças, eu solicito o levantamento da sessão
até... A suspensão, na verdade, porque nós vamos ter ainda uma sessão
extraordinária, até as 16 horas e 30 minutos, é isso? Até as 16 horas e 30
minutos.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Ok,
Sr. Deputado. É regimental. Eu quero aqui cumprimentar as pessoas presentes
aqui no Plenário, também. Obrigado pela presença de todos, viu? É regimental o
pedido do Sr. Deputado. Então, nós vamos suspender a sessão até as 16 horas e
30 minutos.
Está suspensa a
sessão.
*
* *
- Suspensa às 14
horas e 37 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 41 minutos, sob a
Presidência do Sr. Carlão Pignatari.
*
* *
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, nós estamos recebendo hoje aqui a honrosa
presença das servidoras da Fundação Casa, que estão aqui pedindo socorro,
pedindo ajuda dos deputados e das deputadas para que seja revogada, em caráter
de extrema urgência, a Portaria 367, que foi inclusive publicada pela Fundação
Casa, que institui a transferência compulsória, obrigatória para centenas de
servidoras e servidores da Fundação Casa para regiões distantes.
É grave a
situação. São transferências desumanas. Uma pessoa, por exemplo, que trabalha
aqui em São Paulo é transferida para Franca, para Ribeirão Preto, para a
Baixada Santista.
Isso tem
causado grandes transtornos nas vidas dessas pessoas, inclusive são servidoras
e servidores que têm um salário de, no máximo, três mil reais, isso quando
chega a três mil reais. Então essas pessoas não têm condições de fazer esse
deslocamento, de alugar casas, essas pessoas têm famílias aqui, vidas, filhos
matriculados em escolas em São Paulo ou mesmo em outras regiões.
Então nós
apresentamos inclusive um PDL, o PDL 64, que revoga essa portaria. O Ministério
Público já foi acionado, mas é muito importante que a Assembleia Legislativa
possa dar a sua contribuição, impedindo que essa portaria desumana, autoritária
e perversa prejudique milhares, centenas, Sr. Presidente, de servidoras e
servidores que têm prestado um trabalho importante na Fundação Casa. Então fica
aqui o nosso apelo a todos os parlamentares.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obrigado,
deputado. Gostaria, se o senhor pudesse me enviar esse decreto, pode me enviar
no “Zap”, só para eu ver. É do secretário ou o que é? Obrigado.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL -
PARA COMUNICAÇÃO - Na esteira do que disse o colega, eu venho também prestar a
minha solidariedade aos funcionários, apoiar, presidente, porque eu já vinha
acompanhando um problema que ocorre no sistema penitenciário, de muitas
transferências, inclusive de funcionários casados, mandam um funcionário para
um lado do estado, o outro para o outro.
Isso passou a
acontecer também na Fundação Casa depois dessa nova normativa, sendo que existe
um banco, uma lista de funcionários que já se voluntariaram para mudar de área,
e essa lista não vem sendo nem observada.
As pessoas
estão mesmo, Excelência, sendo transferidas à revelia, o que prejudica muito
não só o trabalho, mas a família e a saúde mental e emocional desses
funcionários, dos seus filhos.
Então fica aqui
esse apoio a essa causa, que eu acredito, verdadeiramente, que é de todos nós.
Não tem por que, sendo que muitas vezes, presidente, existem funcionários
interessados na transferência. Infelizmente, parece que tem, vou utilizar uma
frase forte aqui, o gosto de fazer o contrário.
Então eu acho
que a gente pode atender as necessidades do Estado, tanto no sistema
penitenciário como no sistema de acolhimento, de internação dos adolescentes,
atender o interesse do Estado sem desrespeitar o interesse das famílias dos
trabalhadores.
É isso.
Obrigada, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Ótimo,
deputada Janaina. Eu gostaria até, eu acho que nós podemos, se for do
secretário Dr. Fernando José da Costa, de fazer uma reunião com a gente. Aí a
gente poderia falar sobre esse assunto. Eu tenho um caso na minha cidade, em
que aconteceu isso, em uma unidade de Fernandópolis, de Rio Preto, que também
tem o mesmo problema, que é casado, está trazendo um transtorno danado na vida
dele.
A
SRA. ERICA MALUNGUINHO - PSOL - PARA QUESTÃO DE ORDEM
- Quero apresentar a V. Exa., nos termos do Art. 68, do Regimento Interno, a
presente questão de ordem sobre o congresso de comissões que aconteceu nessa
data, dia 17.11.21, que rejeitou o PL 91, de 2021, de minha autoria.
O Art. 68 do
Regimento Interno desta Casa determina que as comissões poderão realizar
reuniões conjuntas, que serão presididas pelo presidente mais idoso. Ocorre,
Sr. Presidente, que o congresso de comissões em questão foi presidido pelo
deputado Gilmaci, e o deputado mais idoso do congresso é o deputado Emidio.
Desse modo, a Presidência do referido congresso deveria ser presidida pelo
Emidio, presidente da Comissão de Direitos Humanos.
Diante disso, questiono a Vossa
Excelência: o congresso de comissões realizado por esta Casa na data de hoje
foi presidido pelo presidente mais idoso? Caso não tenha sido, ocorreu a
nulidade do congresso? Caso verificada nulidade, é caso de nova realização?
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obrigado,
deputada Erica. Vou receber isso hoje e até amanhã vou pedir para que a
Procuradoria Jurídica e a Secretaria Geral Parlamentar... Acho que a senhora
tem razão. Mas deixa eu olhar juridicamente para a gente não cometer nenhum
equívoco nesse sentido.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PARA QUESTÃO DE ORDEM
- Na esteira do que apresentou a deputada Erica Malunguinho, não seria o caso
de nós remetermos já para o Colégio de Líderes e colocar de novo em urgência?
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deixa eu só
fazer a resposta amanhã. Se for o caso, não precisamos nem pôr no Colégio de
Líderes. Automaticamente, nós vamos pautar na primeira sessão. Vamos chamar um
congresso de comissões novo para repetir esse congresso, deputada. Pode ficar
tranquila com isso.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Serei bem rápida, que em seguida vou pedir o levantamento
dessa sessão. Mas também cumprimentar e nos solidarizar, nós, da bancada do
Partido dos Trabalhadores, com as trabalhadoras e os trabalhadores da Fundação
Casa.
Nós sabemos
perfeitamente da tarefa que desempenham e da importância. E até da necessidade
de ter um laço de afetividade com onde a gente trabalha. A gente sabe disso, o
Estado sempre faz essas coisas. Reorganização de escolas, reorganização do que
está acontecendo com vocês. Então têm a nossa solidariedade. Nós entendemos e
conhecemos isso, e sabemos da importância.
Então, todo o
apoio a essa causa. Não só o apoio, mas podem também contar com nosso mandato,
junto com o deputado Giannazi. Enfim, podemos juntos virar, junto com o
presidente da Alesp, que se mostrou afável a resolver esse problema. Tanto é
necessário isso que a questão do casamento era uma coisa que nos levava até a
remover imediatamente, quando a gente tinha alguém no serviço público. Hoje isso
parece ter sido secundarizado. Então podem contar com o nosso apoio também.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Em seguida, Sr.
Presidente, para pedir o levantamento desta sessão.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Um momentinho
só. Ela pediu o levantamento.
Havendo acordo de lideranças, nós vamos
levantar a sessão, mas antes vou dar a palavra para o senhor.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos
termos do Art. 100, inciso I do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma
sessão extraordinária, a realizar-se hoje, 10 minutos após o término da
presente sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia.
*
* *
-
NR - A Ordem do Dia para a 29ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de
18/11/2021.
*
* *
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT -
PARA QUESTÃO DE ORDEM - Sr. Presidente, é uma questão de ordem sobre o tema que
a deputada Erica Malunguinho apresentou.
O senhor lembra
que, no final do ano passado, nós fizemos um grande acordão. Qual era o acordo?
Que nós não obstruiríamos nenhum projeto no Regime de Urgência, nem nos
Congressos de Comissões, nem nas comissões, e que a obstrução seria no
plenário.
Que, no
plenário, todas as bancadas e qualquer deputado tinha o direito de obstruir.
Esse foi o acordo. A deputada Janaina não era líder, mas participava do
congresso. Esse era o acordo que nós fizemos no ano passado. O senhor era o
líder do Governo, eu era o líder da bancada, professora Bebel era a líder da
Minoria.
Então, é uma
injustiça o que fizeram hoje, no congresso de comissões, com a deputada. Eu
queria que reestabelecessem esse acordo, porque, se não for isso, todo mundo
tem o direito de começar a obstruir tudo desde a audiência e nós não vamos
andar aqui.
Então, estou
apelando para o bom senso, e o senhor tem tido muito bom senso para tratar
essas questões. Então, é um apelo que eu faço ao senhor, tá bom?
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obrigado,
deputado Teonilio.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não,
deputado Major Mecca.
O
SR. MAJOR MECCA - PSL – PARA
COMUNICAÇÃO - Gostaria de me
solidarizar com a questão das movimentações dos agentes socioeducativos.
Inclusive, eu tenho protocolada nesta Casa uma CPI das movimentações na Polícia
Militar, porque as transferências que ocorrem nas polícias, com os agentes
socioeducativos, são de extrema preocupação de todos nós. Deve ser um foco de
fiscalização desta Casa, porque essas movimentações estão sendo fora do
regramento estabelecido pelas leis e estão sendo sempre em prejuízo dos
operadores.
Isso prejudica
não só o agente socioeducativo, o policial militar, o policial civil, o
técnico-científico, o policial penal, mas toda a família envolvida nesse
processo. Além do desgaste físico e psicológico que esses trabalhadores vêm
sofrendo com a falta de efetivo, com as enormes cargas horárias trabalhadas,
ainda estão sofrendo com injustiças em relação a transferências e
movimentações.
Contem com o
nosso apoio na Assembleia Legislativa para que nós possamos exercer uma
fiscalização em cima desses mandatários que estão transferindo injustamente
esses profissionais. Então, o nosso gabinete está à disposição, bem como a
maioria destes deputados aqui nesta Casa. Contem com o nosso trabalho.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Havendo acordo
de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos,
convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem
Ordem do Dia, lembrando-os ainda da sessão extraordinária a realizar-se hoje,
dez minutos após o término da presente sessão.
*
* *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 52
minutos.
*
* *
- É inserido texto não lido em plenário.
*
* *
QUESTÃO DE
ORDEM
Senhor
Presidente,
Apresentamos a
Vossa Excelência, nos termos do artigo 68 do Regimento Interno, a presente
Questão de Ordem, sobre o Congresso de Comissões que aconteceu nesta data, dia
17/11/2021 que rejeitou o PL 91/2021 de minha autoria.
O artigo 68º do regimento interno desta casa determina que:
Artigo 68 - As Comissões poderão
realizar reuniões conjuntas, que serão presididas pelo Presidente mais idoso.
Ocorre,
Sr. Presidente, que o Congresso de Comissões em questão foi presidido pelo
Deputado Gilmaci.
O
Deputado mais idoso do Congresso é o Deputado Emídio.
Desse
modo, a Presidência do referido Congresso deveria ser do Deputado Emídio,
Presidente da Comissão de Direitos Humanos.
Diante
disto, questiona-se a Vossa Excelência:
1-
O
Congresso de Comissões realizado por esta casa na data de 17/11/2021 foi
presidido pelo Presidente mais idoso?
2-
Caso
não tenha sido, ocorreu nulidade do congresso? Caso verificada a nulidade, é
caso de nova realização?
São
estes os termos postos em questionamento.
Sala das Sessões, em 17/11/2021
a)
Deputada Erica Malunguinho
*
* *