29 DE NOVEMBRO DE 2021

73ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA e JANAINA PASCHOAL

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - JANAINA PASCHOAL

Discorre sobre a reunião do Colégio de Líderes desta manhã. Informa os projetos a serem votados nesta semana. Comenta audiência pública, organizada pelo deputado Douglas Garcia, para debater a exigência do passaporte da vacina. Destaca o PL 668/21.

 

3 - CARLOS GIANNAZI

Lamenta a demora para pautar o PLC 37/21 neste Parlamento. Pede a inclusão de todos os setores da Educação no texto. Apoia o PDL 22/20.

 

4 - JANAINA PASCHOAL

Assume a Presidência.

 

5 - CORONEL TELHADA

Informa a presença do deputado federal Eduardo Bolsonaro neste plenário. Menciona presença em eventos durante o final de semana. Lamenta a morte do policial militar Juliano Ritter durante ação, em São Vicente. Tece críticas ao governador João Doria. Rebate reportagem do Jornal da Região sobre transferência de 52 agentes de Segurança. Destaca anúncio do cancelamento do Réveillon em Salvador. Pede o cancelamento do Carnaval de São Paulo. Alerta para a nova cepa do coronavírus. Cumprimenta os municípios aniversariantes.

 

6 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL

Cumprimenta o deputado federal Eduardo Bolsonaro.

 

7 - GIL DINIZ

Agradece ao deputado federal Eduardo Bolsonaro pelo apoio político. Discorre sobre seu processo de eleição.

 

8 - ALTAIR MORAES

Cumprimenta o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Rebate postagem do ator Paulo Betti sobre discurso do goleiro Weverton, do Palmeiras. Considera intolerância religiosa. Pede mais respeito.

 

9 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL

Faz eco à fala do deputado Altair Moraes.

 

10 - CONTE LOPES

Saúda o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Exibe e comenta reportagem exibida no "Fantástico" sobre execução de criminosos em São José dos Campos. Considera correta a atuação dos agentes. Repudia a instalação de câmeras nas fardas dos policiais. Tece críticas às políticas de Segurança do governador João Doria.

 

11 - CARLOS GIANNAZI

Registra o recebimento de relatos de desmaios por fome em filas de UBSs. Critica o aumento de IPTU em São Paulo. Lembra aprovação de aumento salarial para o prefeito e cargos de confiança. Cita os descontos nos pagamentos de aposentados e pensionistas do Estado. Clama por políticas de reparação.

 

GRANDE EXPEDIENTE

12 - CONTE LOPES

Pelo art. 82, discorre sobre ocorrência em São José dos Campos. Questiona o depoimento do coronel Glauco em reportagem do "Fantástico". Critica o uso de câmeras nos uniformes dos policiais. Cita casos de assassinatos de policiais em serviço. Comenta promessas de campanha do governador que não foram cumpridas. Repudia a transferência de agentes.

 

13 - CORONEL TELHADA

Para comunicação, endossa fala do deputado Conte Lopes. Defende os policiais envolvidos na ocorrência de São José dos Campos. Repudia falas do coronel Glauco em reportagem. Critica transferência de policiais envolvidos em casos com mortes.

 

14 - CORONEL TELHADA

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

15 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 30/11, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente nesta data, segunda-feira, dia 29 de novembro. Acabando o mês, praticamente, 29 de novembro de 2021.

Iniciamos o Pequeno Expediente com os seguintes deputados inscritos: deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. Fará o uso da palavra? Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento todos que nos acompanham; V. Exa., Sr. Presidente; os colegas deputados, os funcionários da Casa.

Hoje, pela manhã, tivemos o Colégio de Líderes e já houve a definição dos projetos que serão votados nesta semana. Para além de alguns projetos de deputados e de urgências que serão debatidas no horário da Ordem do Dia, nós teremos o Projeto nº 410, que é o que trata dos loteamentos.

Houve um acordo no sentido de cindir a votação, para possibilitar que os deputados que são favoráveis ao projeto como apresentado votem “sim” e depois votem “não” nas outras partes, porque houve acréscimos ao projeto original, inclusive o Art. 4º, que foi e ainda é objeto de uma emenda aglutinativa, já subscrita por vários colegas. Nós estamos retirando, propondo a retirada desse Art. 4º. De todo modo, a votação vai ser parcelada, vamos dizer assim.

Além disso, vai ter a votação do PL 637, de 2021, ou pelo menos o início da discussão, que altera o recolhimento do ICMS. Hoje, nós recebemos um técnico para tratar do projeto, porque eu e, se eu não estou equivocada, a bancada do Novo havíamos levantado o risco de aumento de tributos.

Porém, o que o técnico explicou é que os tributos já são pagos, mas é necessário ter uma legislação estadual prevendo que o recolhimento será feito para São Paulo, porque, se houver aprovação de uma lei federal sem aprovação da lei estadual, São Paulo vai perder arrecadação.

Então, houve essa explicação por parte do técnico. A princípio, os líderes se convenceram, mas a discussão será feita amanhã. Além disso, finalmente vai ser pautado o PL 37/21, que trata do abono do Fundeb para os professores.

No Colégio de Líderes, pelo menos, eu não entendi que tenha havido uma definição quanto ao acolhimento das emendas, mas o importante é que o projeto será pautado.

Todos nós que apresentamos emendas abrangendo outros quadros da Educação nesse benefício, que é justo, que é devido, que é esperado, todos nós trabalharemos para que haja esse acolhimento. O importante é que o projeto finalmente vai ser pautado, atendendo a pedidos das mais diversas bancadas.

Raras vezes nós vemos tanta convergência em torno de um projeto como houve em torno desse. Tem também alguns projetos do Tribunal de Justiça prevendo a instalação de serventias, que serão debatidos também nesta semana.

Dentre os projetos de deputados previstos para debate, pelo menos para início de discussão, está o meu projeto, que acelera o processo de adoção, desburocratiza o processo de destituição do poder familiar - naqueles casos de crianças vítimas de violência, vítimas de abuso, que a família biológica já declarou que não quer ficar com a criança e, muitas vezes, em virtude de ideologia ou de uma insistência, de um excessivo formalismo, a Defensoria Pública interpõe recursos, e recursos, e recursos.

Então, dentre os projetos, esse, a princípio, será debatido nesta semana. Havia objeção de algumas bancadas com relação à redação do Art. 1º, ...mas eu acatei as sugestões, alterei a redação. Então, a princípio, não há mais do que reclamar quanto a esse projeto que só vai favorecer as crianças que estão invisíveis ao sistema nacional de adoção e às famílias que já estão habilitadas para adotar. Então, com relação à semana, a princípio é isso.

Eu queria mencionar que, na semana passada, na verdade na sexta-feira à noite, houve uma audiência pública aqui na Casa, promovida pelo deputado Douglas Garcia, para debater essa exigência que eu considero autoritária - e sei que V. Exa. também; somos signatários do PL 668 -, para debater o PL que proíbe o passaporte da vacina como exigência para poder trabalhar, exigência para poder estudar.

Reiterando que ninguém aqui é contra vacina, muito pelo contrário; praticamente todos os signatários estão vacinados, vacinaram seus familiares. Mas é um reconhecimento ao princípio democrático de que cada cidadão decide por si e que os pais devem decidir pelos seus filhos.

O deputado Douglas, hoje, pediu também urgência com relação a esse projeto. E o presidente disse que ele seria pautado para discussão, porque é um projeto que aqui na Casa é polêmico; o próprio presidente já disse que é contrário, mas pelo menos terá o espírito democrático de pautar. É isso que nós estamos pedindo.

Obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra. Deputada. Inclusive, eu não estive presente na audiência pública porque eu estava em missão na cidade de Itu. Quando eu cheguei, às 21 horas, praticamente era o encerramento já.

Próxima deputada, deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Falarei posteriormente. Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia, após muita demora, após muito tempo, o PLC parado, engavetado, congelado na Comissão de Constituição e Justiça, Sr. Presidente.

O PLC 37 é aquele PLC que trata do abono Fundeb. Ele chegou à Assembleia Legislativa no dia 16 de outubro, entrou na Comissão de Justiça no dia 22. Deveria estar já analisado e votado no dia 25, mas até agora, Sr. Presidente, o projeto não teve andamento, não teve relator, não teve parecer. Teve uma emenda que, na verdade, não atende à reivindicação principal que nós estamos fazendo, incluindo todos os profissionais da Educação no Fundeb.

A emenda é uma emenda alterando o texto, na verdade, do projeto. Pega uma carona no PLC 37 para corrigir um erro de outro PLC, o 26, que, na verdade, foi um cavalo, como se diz, do secretário Rossieli, porque, em vez de ele ter apresentado outro PLC para melhorar de fato e valorizar a carreira do QAE e do QSE, ele pegou carona no PLC 26; ele ali apresentou uma emenda aditiva. É de carona em carona - para ver o desprezo que ele tem pelo QAE e pelo QSE.

Mas enfim, a emenda foi apresentada. E o fato é que o projeto não anda; só agora, Sr. Presidente, depois de muita pressão, muita reivindicação, o Colégio de Líderes deliberou que o projeto será votado na próxima quarta-feira, na primeira sessão extraordinária. O PLC 37, que estabelece o abono Fundeb.

Mas nós queremos exigir que, além da votação, haja a inclusão dos outros segmentos dos profissionais da Educação, como determina a própria lei. A LDB, hoje, já reconhece o Quadro de Apoio Escolar como profissional da Educação.

Todos são educadores e educadoras; as pessoas que trabalham nas escolas. Isso é uma lei de 2008, inclusive, Sr. Presidente. E a lei do Fundeb determina isso também. Já tem estado incluindo: o Maranhão incluiu, o estado de Alagoas.

Então, não há nenhum problema legal; basta o interesse político do governo em de fato valorizar também o QAE e o QSE. Então, é muito importante que o projeto seja votado em caráter de extrema urgência e que essas emendas sejam incorporadas ao PLC. Nós queremos votar imediatamente esse projeto.

Eu queria também, Sr. Presidente, manifestar aqui, mais uma vez, manifestar não, pedir o apoio de todos os deputados e deputadas para que a gente não encerre o ano legislativo, parece que vai encerrar lá pelo dia 17, após a aprovação do orçamento, que a gente possa pagar uma dívida com os aposentados e pensionistas votando, definitivamente, o PDL nº 22, o Projeto de Decreto Legislativo nº 22.

Só falta agora a votação do parecer da deputada do PSDB, Damaris Moura. Ela vai entregar um parecer na Comissão de Finanças, e aí o projeto está liberado para voltar a onde ele sempre esteve, aqui dentro deste plenário. Dia 16 de dezembro de 2020 o projeto entrou em votação, estava já em debate, em votação, mas houve uma intercepção por conta de uma emenda que o governo apresentou através do deputado Carlão Pignatari, e o projeto voltou às comissões.

Mas repito que o projeto em si já foi aprovado nas comissões, tem parecer favorável inclusive de V. Exa., deputado Coronel Telhada, que cumpriu um papel importante para que o projeto fosse, exatamente, para o plenário.

Agora, deputado Coronel Telhada, a gente tem que liberar a emenda, aquela emenda que foi apresentada e que, na verdade, era um recurso de obstrução ao projeto. O governo sabia que o projeto seria aprovado naquele dia, porque eu tenho certeza de que nenhum deputado iria votar contra os aposentados e pensionistas naquele momento.

Então a única forma de o governo resolver isso foi interceptando o projeto, mas agora isso chega ao fim com a aprovação definitiva na Comissão de Finanças, quando o parecer será votado e, não importa o resultado, o fato é que o projeto fica liberado e não haverá mais nenhum empecilho, apenas o interesse da Assembleia Legislativa, sobretudo da Presidência, de pautar o projeto no plenário.

Que a Assembleia Legislativa faça justiça, faça uma reparação com os aposentados e pensionistas que continuam sofrendo, Sr. Presidente, passando necessidade, tendo dificuldades de sobrevivência no estado de São Paulo.

Faço novamente esse apelo a todos os deputados e deputadas, aos líderes partidários, ao líder do Governo e ao presidente Carlão Pignatari.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado. Próximo deputado, deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.)

Pela Lista Suplementar, deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)

Solicito a algum dos deputados, alguém que possa assumir os trabalhos para que eu possa fazer uso da palavra, por gentileza.

 

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- Assume a Presidência a Sra. Janaina Paschoal.

 

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A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Honrosamente assumo à Presidência da presente sessão e imediatamente chamo à tribuna o nobre deputado Coronel Telhada, que terá o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado. Quero cumprimentar todos que nos assistem pela Rede Alesp, cumprimentar a Sra. Deputada e o Sr. Deputado presentes nesta sessão, todos os assessores e funcionários. Cumprimento as policiais militares aqui presentes, a cabo Bruna e a cabo Meloni, que sempre representam diariamente a nossa Polícia Militar.

Cumprimento aqui o deputado federal, nosso amigo, Eduardo Bolsonaro, que neste momento ingressa no plenário com o deputado Gil Diniz. Deputado Bolsonaro, seja bem-vindo, é um prazer revê-lo. A Casa é do senhor, fique à vontade.

Pois bem, eu quero aqui começar a minha intervenção de hoje comentando... Neste momento o deputado Eduardo Bolsonaro na tela aí, obrigado, deputado, pela presença do senhor aqui. É um prazer vê-lo, viu?

Sexta-feira, ou melhor, quinta-feira passada, no dia 25, eu estive na cidade de Pinhalzinho, onde participei de um evento de valorização dos policiais militares, policiais civis e guardas municipais daquele município. Esse evento foi protagonizado pelo nosso amigo, vereador Tenente Jesuel. Tenente Jesuel, desde que ele está como vereador, foi presidente da Câmara, ele criou esse evento de valorização dos policiais da cidade.

Quero aqui parabenizar todos os policiais que foram homenageados. Foi uma escrivã da Polícia Civil, um soldado da PM e um guarda municipal. Parabenizar o Tenente Jesuel e os demais vereadores de Pinhalzinho, também propor aos demais municípios que criem os seus eventos de premiação para os policiais que assim a mereçam.

Sexta-feira passada, dia 26, eu não estive presente no plenário pois eu estava na cidade de Itu, onde participei do 1º Campeonato Nacional de Grupos Táticos e Romu. Esse evento é protagonizado pelo nosso amigo comandante Braga e toda a sua equipe. Meus parabéns pelo trabalho executado. Nestas fotos, nós estamos com o comandante Braga e mais alguns guardas municipais.

O evento foi realizado lá na Armalite, ali na região de Itu. Um abraço a todos os amigos de Itu e a todos os nossos irmãos e irmãs guardas municipais do estado de São Paulo que participaram ou que não participaram, mas estão diariamente nas ruas de São Paulo protegendo a nossa população, junto com a Polícia Militar e a Polícia Civil.

Sábado, dia 27, eu também estive no 16º Batalhão, onde foi feita pelo comandante, tenente-coronel Pimentel, a festa em comemoração ao Dia das Crianças. O evento foi um pouco atrasado até devido à pandemia e tudo, mas foi realizado. Aí eu estou junto com o meu filho, capitão Telhada, e com o meu neto Cássio. Nós participamos do evento.

Apesar do sol intenso, foi um evento que contou com a participação de muitos policiais militares com as suas famílias. Então parabéns ao tenente-coronel Pimentel e a toda a sua equipe, oficiais e praças do 16º Batalhão, que organizou esse evento, que foi de grande sucesso.

Temos aqui a lamentar a morte de mais um policial militar neste final de semana, lá na área do 39º BPM/I, em São Vicente, o policial militar Juliano Ritter, um jovem ainda, 31 anos, que foi morto por criminosos.

Ele estava a serviço junto a uma base quando criminosos efetuaram disparos contra ele, contra a policial feminina que estava com ele. Essa policial feminina chegou a revidar os disparos, mas os criminosos fugiram.

O policial militar Juliano Ritter, de 31 anos, foi ferido por um disparo de arma de fogo na cabeça e, infelizmente, apesar de socorrido, não resistiu aos ferimentos e faleceu. Os criminosos fugiram em direção à Favela México 70, que é bem conhecida na região.

Então aqui vai o nosso alerta. Continuam morrendo policiais militares de folga, a serviço, e nada é feito pelo governador do Estado. O “calça apertada” só pensa na campanha para presidente, o estado que se dane.

Graças a Deus ele até ganhou, graças a Deus, assim ele sai do estado de São Paulo. Quem sabe, se Deus quiser, melhora um pouquinho a situação do estado de São Paulo, principalmente em relação à Segurança Pública, que está uma desgraça.

E está uma desgraça por causa de alguns colegas nossos que, infelizmente, fazem o jogo de inimigo. Eu não sei se vocês viram uma matéria do “Jornal da Região”. Ponha para mim, por favor.

Esse “Jornal da Região” é da região de Campinas, ou melhor, da região de Campinas, mas especificamente da cidade de Jundiaí. Está aí, põe a matéria para mim, por favor, Machado.

O “Jornal da Região” fala o seguinte: PM transfere de uma vez 52 policiais do 1º BAEP. E o jornal dá até uma notícia positiva, só para complementar, Sra. Presidente: o comando-geral da Polícia Militar decidiu transferir de uma só vez pelo menos 52 policiais que atuavam no 1º BAEP, em Campinas. Alguns deles foram transferidos para Jundiaí.

Eles dão a notícia como se fosse uma coisa satisfatória. Essa notícia é mentirosa, “Jornal da Região”. Os senhores foram enganados pelo comando da região, da Polícia Militar aí, o coronel Nery.

Esse coronel não só tem atrapalhado a vida dos policiais, como ele não gosta de policial que trabalha. Policial que mata bandido na ocorrência é punido pelo coronel Nery.

O exemplo é essa movimentação de 52 policiais militares que foram transferidos por motivo de ocorrência. Isso é uma punição que esses policiais estão sofrendo. Não é readequação.

Não é para levar experiência para outra cidade, como o jornal quer dizer. De jeito nenhum. Isso é punição. Punição para policiais militares que trabalham e estão sendo punidos por trabalharem, oficiais e praças.

Eu quero dizer que já entrei em contato com o coronel Alencar, comandante da Polícia Militar; coronel Camilo, que é secretário adjunto de Segurança Pública. Já estão analisando essa situação e me disseram que me darão uma resposta posteriormente, pois o que estão fazendo com esses policiais militares é crime. Estão atrapalhando a vida desses policiais, simplesmente, porque eles trabalham.

Para fechar, só quero deixar bem claro que, segundo consta aí, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, anunciou o cancelamento da festa de Réveillon, porque ele diz: “Nós não realizaremos, acima de tudo, diante do que estamos vendo.

Ainda não é o momento de colocar em risco tudo o que construímos até aqui”. Vai o nosso alerta, senhores prefeitos do estado de São Paulo, quanto ao Carnaval. O Carnaval vai retomar a situação da pandemia no Brasil.

Nós temos tido notícia no exterior, na África, de uma nova cepa que está trazendo o terror às populações de outros países. Aqui, no Brasil, nós falamos em Carnaval. Primeiro fechou tudo, atrapalhou a vida do trabalhador, destruiu empresas, acabou com a vida do cidadão. “A Economia que se dane, depois a gente vê.” E agora, simplesmente, que a doença ainda prossegue, se fala em Carnaval e Réveillon. Ou seja, está o nosso alerta bem claro contra tudo isso.

Para fechar, quero deixar o meu abraço para os seguintes municípios aniversariantes. No dia 26 de novembro, sexta-feira, foi o município de Tremembé. No dia 27 de novembro, no sábado, foram os municípios de Tabapuã e Vargem Grande Paulista. No dia 28, ontem, domingo, o município de Franca. Finalmente, hoje, no dia 29 de novembro, segunda-feira, os municípios de Promissão e Mirante do Paranapanema.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Imediatamente chamo à tribuna o deputado Gil Diniz, que terá o prazo regimental de cinco minutos. E cumprimento e agradeço a visita do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que muito honra esta Casa com sua presença nesta data.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente Janaina Paschoal. Cumprimento todos os deputados presentes no Pequeno Expediente. Cumprimento os nossos assessores, os nossos policiais militares e civis, o público que nos assiste pela Rede Alesp.

Presidente, só subi a esta tribuna para saudar o meu amigo e líder político, deputado federal, deputado Eduardo Bolsonaro, que nos visita nesta tarde. Agradecer pela parceria, Eduardo. Agradecer pelo meu mandato neste Parlamento. Tenho uma dívida de gratidão.

Costumo dizer aos pares que lealdade e gratidão são sentimentos imprescritíveis. Sou muito grato a V. Exa., por ter me dado a oportunidade de trabalhar, em seu gabinete, como assessor parlamentar, no seu primeiro mandato. E por ter me dado a oportunidade de servir ao povo de São Paulo neste Parlamento, saindo candidato a deputado estadual.

Todos os dias, nesta tribuna, eu tento honrar esse mandato, essa confiança que me foi dada por V. Exa., por vossa família. E o seu pai, principalmente, o nosso presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, que me fez conquistar esse posto com a quinta maior votação do estado de São Paulo: 214 mil e 37 votos.

Então, um carteiro da periferia de São Paulo, morador de São Mateus, um retirante nordestino, com essa oportunidade de ter essa experiencia política, num dos gabinetes mais atuantes do Congresso Nacional.

E agora, aqui na maior assembleia legislativa da América Latina. Então, o meu muito obrigado ao deputado Eduardo Bolsonaro, ao seu pai, a toda a sua família, por essa oportunidade e, principalmente, pela amizade, pelo carinho e pelo respeito com que me tratam.

O deputado Eduardo Bolsonaro tem aqui um aliado, um escudeiro. Todos os dias vou subir aqui a esta tribuna para honrar cada voto me dado pelo povo de São Paulo, graças, justamente, à confiança depositada na família Bolsonaro, no Eduardo Bolsonaro, o deputado federal mais votado da história do País, o deputado federal com o maior número de votos: um milhão e 800 mil votos. Então, o meu muito obrigado. Lealdade e gratidão sempre.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo com a lista suplementar de oradores inscritos, chamo à tribuna o nobre deputado Altair Moraes, que terá o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Sra. Presidente, Srs. Deputados, cumprimento o deputado Eduardo Bolsonaro, nosso amigo que está aqui. Eduardo, um abraço, seja bem-vindo mais uma vez.

Então, gente, vim hoje falar uma coisa muito séria, como religioso que sou, pastor, não posso negar: a fala do ilustríssimo Paulo Betti. Que coisa bacana, que coisa legal ele falou, sem intolerância religiosa nenhuma, respeitando. Esse pessoal respeita demais. Palmas para vocês, Paulo Betti e toda essa “esquerdalha” nojenta que vem se posicionando.

Eu vou colocar aqui pra vocês um vídeo com a fala do jogador do Palmeiras que foi criticada pelo Paulo Betti. Eu não sou palmeirense, não; na verdade, não vou ficar calado, sou timão, fazer o quê? Mas o Palmeiras ganhou, né? Tem que respeitar, fazer o quê? Mas o camarada comparar o jogador Weverton com o assassino do goleiro Bruno, isso é uma canalhice, pessoal.

Vamos ver a fala, por favor, do jogador Weverton, glorificando o Deus em que ele crê, em que eu creio, e o desrespeito desse camarada Paulo Betti. Coloca a fala do jogador, por favor.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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É isso aí. Louvado seja Deus. É uma pena que foi para o Palmeiras, mas tudo bem, eu respeito os palmeirenses. Louvado seja Deus. Ele é da minha igreja, é membro da minha igreja, é membro da nossa igreja, o Weverton. Aí vem os intolerantes. O que nós falamos, eles são contra. E vem esse camarada, o Paulo Betti, e fala essa atrocidade. Coloca aí para as pessoas verem, por favor. Vamos lá:

“O discurso do goleiro do Palmeiras depois do jogo, aquela falação sobre Deus quando deveria estar comemorando, aquela cena dele rezando antes de começar o jogo me fez lembrar do goleiro Bruno, que rezava no Maraca e depois ia matar a moça e jogar para os cães. Explica muito o Brasil.”

Na minha opinião, o que explica muito o Brasil são pessoas como você. O que explica muito o Brasil, Paulo Betti e esses esquerdopatas doentes, esses malucos que ficam criticando a liberdade religiosa das pessoas, o que explica muito o Brasil são esses anos em que a esquerda tomou conta da gente - da gente não, do Brasil - e infelizmente colocou na mente de muita gente esse tipo de pensamento de intolerância.

E vocês querem respeito. Respeite a liberdade religiosa. Como cristão, como pastor e como parlamentar, o meu repúdio contra essa fala podre e nojenta. E ainda é covarde, porque tirou o post do ar. Seja homem para assumir o que fala. Se falou, deixa lá. Por que você tirou? Mas estamos de olho.

Está aqui a minha nota de repúdio em relação a essa porcaria que você falou. Louvado seja Deus pela vitória do Palmeiras. Louvado seja Deus por tudo nesta vida. Sempre louvar ao Senhor em qualquer situação, em qualquer hipótese, em qualquer momento: na dificuldade, nas adversidades, na glória. O nome do Senhor tem que louvado a todo tempo e em todo lugar.

Obrigado a todos.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Faço minhas as palavras de V. Exa., deputado Altair. Seguindo aqui com a lista suplementar dos oradores inscritos, chamo à tribuna o nobre deputado Conte Lopes, que terá o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CONTE LOPES - PP - Sra. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, queria cumprimentar aqui o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do nosso presidente Jair Messias Bolsonaro, e queria falar sobre o “Fantástico” da Globo, de ontem.

A Globo queria atacar covardemente PMs ou queria atacar o presidente da República? Qual é o objetivo da Globo numa matéria como essa? Que covardia, que imbecilidade! E a PM apoia alguns coronéis.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Análise da Globo, tudo análise da Globo. Olhe os tiros, estamos ouvindo tudo e o cara pôs o braço para cobrir a câmera. Quem é essa porcaria? Quem que é esse cara para dar entrevista? Quem é esse senhor para dar entrevista para a Globo? Ele fala em nome da Polícia Militar?

Ele não é da Polícia Militar mais e não responde por nada. Corregedoria a gente sabe o que é, sempre contra. Não faz nada de importante, mas é contra quem trabalha.  Os demais governadores, não deveriam colocar câmera, no policial, pois isso acaba com o seu estado como o Doria acabou. Parabéns, promotor Luiz Fernando.

A Corregedoria ataca e o promotor defende. Olhe o que fala o coronel da PM aposentado, na reserva. Quem é esse cara? Agora, como a Globo foi achar o coronel Glauco?

Vamos lá, coloque o Glauco para mim, por favor. Quem é Glauco? Coronel Glauco foi candidato, teve seis mil votos. O Eduardo Bolsonaro teve quase dois milhões de votos; ele teve 6.626. E ele falando sobre o presidente? Coloque a matéria dele aí.

Só ele que ataca na Polícia Militar... Quer dizer, veja bem, a Globo monta uma matéria  como essa aí e vai chamar uma pessoa qualquer  para fazer análise do que aconteceu. Monta a história, talvez em cima do Bolsonaro, do que aconteceu no Rio. Mas o que esses coitados desses PMs estavam fazendo? Estavam apenas trabalhando.

Ô comando da PM, acorda Doria, o senhor, já está indo embora. Não tem mal que não termine, mas você vai embora, acabou. Você destruiu a PM. E volto a repetir, essas porcarias dessas imagens aí, eu estou revoltado, nem dormi essa noite. Isso é um absurdo, isso é uma covardia.

Os homens trabalhando, defendendo a sociedade, arriscando a vida, perseguindo carro com ladrão, com bandido armado. Dos  cinco assaltantes, um morreu. E a polícia é errada ainda, os policiais são errados ainda?

O que vocês querem? O que vocês querem, comando da PM? Acorda, acorda, comando da PM. Vai acabar em março, hein? Se não acabar em março, daqui a uns tempos, acaba também, fica tranquilo.

Olha, o Doria é o único cara que é uma unanimidade, porque tem gente que não gosta do Lula, tem gente que não gosta do Lula; tem gente que não gosta do Bolsonaro, mas tem gente que gosta do Bolsonaro; mas do Doria, ninguém gosta. Do Doria, ninguém gosta.

Pelo amor de Deus, isso é uma covardia. Fazer isso com homens trabalhando, defendendo a sociedade. Isso deixa a gente amargurado, a gente que trabalha na Polícia há mais de 50 anos, fazer isso. E a Corregedoria da Polícia Militar com essa câmera idiota, porque a câmera serve para isso, para você ferrar o polícia. Você quer denunciar, a câmera serve.

Para mim, por exemplo, não teve nada de errado aí. O que morreu com a mão na cabeça já estava baleado. Pôs a mão na cabeça, já estava baleado, depois ele caiu,  não é igual filme de mocinho, não, porque eu já participei de 500 tiroteios, como está aqui Mecca, Telhada e outros. Você não dá um tiro e o cara caiu duro, morto, não. Tem vezes que ele demora um dia para morrer, duas, três ou quatro horas.

Então, não teve nada de errado. Os policiais estavam trabalhando, combatendo o crime, perseguido pela Corregedoria da Polícia Militar e pela Globo, pela Globo lixo. Veja aí, povo de São Paulo. É o que vocês querem? Atacar os policiais, que trabalham, que te defendem, defendem sua família?

Os bandidos tinham atacado um mercadinho, com colete à prova de balas e armados. E atacaram uma mulher, um casal, uma mulher com filho no colo. Se isso está errado, o que a polícia tem que fazer? Cruzar os braços e deixar os bandidos tomarem conta? Fora os policiais que morreram nesse final de semana, civil, militar, atacados por bandidos.

Obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós que agradecemos, Sr. Deputado. Importantíssimo ponto que V. Exa. levanta. Seguindo aqui com a lista suplementar de oradores inscritos, chamo à tribuna o deputado Carlos Giannazi, que terá o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia, hoje nós estamos lendo na grande imprensa algumas matérias dando conta de que pessoas estão desmaiando nas filas das UBSs da cidade de São Paulo, porque as pessoas estão com fome.

As pessoas estão indo atrás de consultas médicas, porque elas não conseguem se alimentar mais e elas não estão pedindo remédios nas filas das UBSs, dos postos de saúde, mas pedindo comida. Isso mostra a situação de calamidade pública que nós estamos vivendo hoje na cidade de São Paulo, no Estado e também no Brasil.

Mas o caso mais dramático é o da cidade de São Paulo, porque se a cidade mais rica do Brasil e da América Latina está vivendo esse drama de fome... As pessoas estão dependendo, para se alimentar, de doações, da xepa, do lixo. As pessoas estão comendo osso, pé de galinha... Essa é a situação hoje do povo brasileiro e de uma boa parte da periferia da cidade de São Paulo.

Ao mesmo tempo, a prefeitura de São Paulo, por exemplo - eu estou pegando o exemplo de São Paulo porque é a cidade que tem o maior Orçamento da Federação. Enquanto nós temos essa situação de calamidade pública na periferia - as pessoas desmaiando com fome nos postos de saúde, nas UBSs -, o prefeito Ricardo Nunes tem em caixa 28 bilhões de reais.

E não só isso, como ele também, em vez de investir em renda emergencial municipal para socorrer as pessoas, pelo menos nessa questão da fome, aumentou IPTU, agora, da cidade de São Paulo. Aumentou IPTU para os mais pobres agora; toda imprensa deu isso.

E ele está usando um eufemismo, dizendo que não foi um aumento, foi apenas uma correção pela inflação. Mas ele não corrigiu os salários dos servidores pela inflação; ao contrário, confiscou as aposentadorias e pensões dos servidores municipais. Foi isso que ele fez.

E, em contrapartida ainda, aprovou um projeto, agora recentemente, na Câmara Municipal, dando aumento para os cargos políticos, para os cargos de confiança da administração municipal, para os subprefeitos.

Sem contar que a Câmara já tinha aprovado um projeto, também, da administração municipal, dando aumento para o próprio prefeito. O prefeito vai ter aumento agora, no dia primeiro de janeiro, de 46 por cento. E juntamente com os seus secretários.

Isso é um verdadeiro escárnio: aumento para o prefeito, aumento para os subprefeitos, aumento para os secretários, aumento para os cargos de confiança, e confisco das aposentadorias dos servidores municipais, aumento do IPTU.

Porque na prática é isso que vai acontecer, sobretudo para os mais pobres, para os imóveis da periferia. Sem contar que essa administração extinguiu a gratuidade do transporte público para os idosos de 60 a 64 anos. E muitos outros ataques à periferia.

O fato é que tem 28 bilhões em caixa a prefeitura de São Paulo. E a crítica também vai para o governo estadual, que não criou renda emergencial no estado mais rico da Federação, porque em muitas cidades do interior, nas periferias das cidades do interior, a situação também é de miséria social, aumentando o número de pessoas morando nas ruas. Famílias e mais famílias não conseguem mais pagar o aluguel, estão morando em praças, em ruas, em calçadas. Essa é a situação.

E o Orçamento Público aumentou agora para 286 bilhões de reais; essa é a previsão para o ano que vem. É a lei que nós estamos debatendo agora, a Lei Orçamentária.

O fato é que nós estamos vivendo uma insegurança alimentar na cidade de São Paulo e em todo o Estado, e não há investimento. O governo federal lavou as mãos há muito tempo em relação a isso.

Aliás, ele causa essa crise econômica, esse caos econômico e a miséria social. Agora, a prefeitura de São Paulo tinha que reagir a isso. Em vez de aumentar o IPTU da cidade de São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes deveria ter uma política para socorrer a população que está morrendo de fome, recorrendo aos hospitais para ter... O remédio que as pessoas estão pedindo, deputado Telhada, é a comida, não é o remédio. Olha o absurdo em que nós estamos vivendo.

Então, faço aqui um apelo ao prefeito Ricardo Nunes, que aumentou o IPTU. Seja pela inflação ou qualquer outro índice, é aumento. Então, tem que socorrer as pessoas na periferia, que estão morrendo. A cidade de São Paulo tem dinheiro, tem recursos. O mesmo eu gostaria de dizer ao governador Doria. Tomara que ele vá embora.

Ainda bem que ele ganhou mesmo a prévia, e tomara que ele seja derrotado. E vai ser, porque ele não tem apoio nem em São Paulo. E aí ele não tem volta mais, nem para o Governo do Estado, nem para a prefeitura, muito menos para a presidência da República.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Dou por encerrado o Pequeno Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Indago se algum colega vai querer fazer uso da palavra no Grande Expediente.

 

O SR. CONTE LOPES - PP - No Grande Expediente, estou inscrito? Eu falo pelo 82 ou no Grande Expediente, Sra. Presidente?

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - A decisão é de Vossa Excelência.

 

O SR. CONTE LOPES - PP - Com anuência do líder, falar pelo 82.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Pois não, V. Exa. tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CONTE LOPES - PP - PELO ART. 82 - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, a gente volta a esta tribuna. É realmente revoltante, covardia o que estão fazendo com a polícia de São Paulo. Estou nela há mais de 50 anos, então, posso falar. Entrei na Polícia Militar como soldado, em 67.

Coronéis atacando soldado e promotor defendendo, uma ocorrência em São José dos Campos. Os policiais agiram certo, combateram bandidos que atacaram uma família. Prenderam, recuperaram material, apreenderam armas, e são atacados pela Corregedoria, por um coronel lá que inventou essas câmeras.

Que Deus tire essas câmeras. Você, governador João Doria, não pegue essa porcaria. Como eu falei aqui, serve para você usar como você quiser. Se o promotor quiser ferrar o policial, ele usa a câmera para ferrar. “Olha aí, o cara caído, já estava caído, ele atirou”. Vai ser sempre assim.

E a defesa vai fazer sua defesa: “Não, ele caiu, já estava baleado quando caiu”. Só serve para isso. Mas, não, a câmera foi usada, não é que é ruim, não. Mas foi usada só para ferrar o PM, por homens que nunca trabalharam na rua, que nunca trocaram tiros com bandidos, Coronel Telhada, nunca subiram numa viatura, e muitos, estão aí comandando um monte de coisas. Essa é a grande verdade. Covardia.

Policial ontem me dizia, Coronel Telhada, nós acompanhamos, foi morto em serviço, na Imigrantes. Tomou um tiro na nuca. O bandido chegou lá, deu um tiro, fugiu, entrou na favela.

Estava vendo que era uma policial feminina e entrou na favela e foi embora. Estão matando policiais assim. Escrivães de polícia, mesma coisa, foi morto, aqui em Freguesia do Ó, o Paulo.

Então, é comum isso aí, matar policial. E a cúpula da PM não mexe uma palha. O secretário, pelo amor de Deus, isso é general de Exército. Saudades do coronel Erasmo Dias, porque, quando acontecia isso com PM, Erasmo Dias apoiava a gente nas ruas, para caçar os bandidos.

E o bandido vinha. Vinha, nem que viesse embaixo da saia da mãe dele, mas ele vinha. Se vinha em pé ou deitado, era problema dele, mas, que vinha, vinha. Agora, viver uma situação dessa que a gente está vivendo? Está executando policial de serviço?

Então, está aí. Estão expondo, deixando policial morrer. Eu não aceito isso, me dói no coração isso aí. Se é bom para todo mundo, para mim não é. Para mim não é. Ver um bandido dar um tiro na nuca de um policial em serviço e sair correndo como se não acontecesse nada?

E ninguém faz nada? E querem prender o policial de São José dos Campos, que está trocando tiro com bandido, perseguindo bandido, depois de assalto. O que vocês querem da polícia?

Então, sejam homens, sejam machos, e mandem a polícia parar,  Ô, Doria, mande a polícia parar, você vai acabar com a polícia, Doria. Você prometeu tanto para mim, para o Telhada, para o Olim, numa reunião: “não, a polícia vai ser a melhor, bandido comigo é no cemitério”.

Pelo amor de Deus! Isso aí é um negócio que magoa, não dá para entender. O homem está trabalhando, o cara não está de fogo, nada de churrasco, não. O cara está dentro de uma viatura, gente.

O promotor público defende a ação dos policiais, o juiz defende, e o comando, aqueles que deveriam estar junto, deveriam estar apoiando, sentadão, numa baita de uma poltrona, com ar condicionado, criticando.

E o outro coronel, um tal de Glauco, foi candidato e teve seis mil votos. Ninguém sabe que a Globo foi buscar o pai dele para retirar a ocorrência. Por que foi buscar ele? Tem mais de mil, como falou o Alckmin, de coronel aposentado. Por que foi buscar ele? Porque ele criticou Bolsonaro? Porque ele é contra o Bolsonaro, é isso? É uma jogada política?

E para atingir o Bolsonaro, você ataca um coitado de um soldado, um sargento, que está defendendo a sociedade? Ah, não dá para aguentar um troço desses não. Pelo amor de Nossa Senhora Aparecida, não dá. Honestamente, eu não aceito uma covardia dessas.

Em secretaria o Coronel Camilo, Deus me livre e guarde, meu irmão. Secretário Campos, general, Deus me livre e guarde. O que vocês estão fazendo é covardia. O que a corregedoria está fazendo, transferindo, como disse o Coronel Telhada, homens que trocaram tiros com bandidos e que combatem o crime, é muita covardia.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem, Sra. Presidente, uma comunicação. Eu queria aqui, Sra. Presidente, corroborar as palavras do deputado capitão Conte Lopes sobre a total covardia que estão fazendo com a Polícia Militar no caso dos policiais de São José dos Campos, acusando os policiais sem qualquer prova cabal.

Pior, essa acusação vinda de coronéis da Polícia Militar, pessoas que eu até conheço, fizeram academia comigo. Coronel Glauco, uma pessoa que eu tinha até em estima, mas, em uma atitude covarde e impensada, para se promover, porque, como ele falou, ele foi candidato a deputado e nunca conseguiu nada, então começa com essa covardia contra a tropa da Polícia Militar, contra os verdadeiros homens e mulheres que trabalham contra o maldito crime em São Paulo.

Atitudes covardes como a desse coronel, que criticam a polícia sem nunca ter sentado a bunda na viatura, porque um cara desses nunca sentou em uma viatura, viu, Conte?

A mesma coisa esse coronel de Campinas, esse coronel Nery, que é um covarde, se esconde atrás das estrelas dele para atrapalhar a vida de homens e mulheres que estão patrulhando e cuidando da região de Campinas.

Esses policiais estão sendo transferidos porque trabalharam e mataram ladrão em ocorrência. Quando o policial morre, fica todo mundo chorando em volta do caixão fingindo, falando que estão com dó do coitado do menino de 31 anos, mas, quando o policial mata, esses covardes desses oficiais pegam e começam a punir a tropa, transferindo, tirando da rua.

Então hoje eu já falei com o coronel Camilo, viu, Conte? Falei sobre isso. Tenho áudios desse coronel falando absurdos contra os oficiais, chamando os oficiais de nomes absurdos, e, se não for tomada nenhuma providência, eu vou trazer esses áudios ao plenário e farei ciência para que todos ouçam o que um comandante da Polícia Militar de um CPI da região de Campinas fala para a sua tropa e para os seus oficiais.

O nível da Polícia Militar está baixíssimo. Falei com o coronel Alencar sobre isso também, o coronel Alencar falou que vai tomar providências e eu estou aguardando, porque nós não podemos continuar assim. Por incrível que pareça, aqui na Assembleia nós estamos vendo os deputados que são policiais militares falando mal da polícia.

O pessoal da esquerda está gostando, porque está tudo... A PM arrebentada, os caras batem palma para quem faz isso. Agora, nós que somos patrulheiros, a vida toda trabalhamos na rua e defendemos a tropa, não podemos nos acovardar e ficar calados com uma situação dessa.

Fica aqui o nosso repúdio a todos esses oficiais covardes, que se escondem atrás das suas estrelas para atrapalhar a vida de um profissional de Segurança Pública. Nós estaremos atentos e estaremos aqui todo dia falando dessas pessoas e mostrando o que eles estão fazendo com a polícia. Não passarão ilesos, tenha certeza disso.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Sra. Presidente, aproveitando, eu solicito, havendo acordo de lideranças, o levantamento dos presentes trabalhos.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - É regimental, Sr. Deputado.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esta Presidência, cumprindo determinação constitucional, adita à Ordem do Dia com os seguintes projetos de lei vetados: PL 300, de 2020 e PL 98, de 2021.

Havendo acordo de líderes, antes de dar por levantados os trabalhos, convoco V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de quarta-feira mais os aditamentos ora anunciados.

Desejando uma excelente tarde a todos, até amanhã, está levantada a presente sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 59 minutos.

           

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