30 DE NOVEMBRO DE 2021
34ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: ANDRÉ DO PRADO
Secretaria: DRA. DAMARIS MOURA e CARLA MORANDO
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - ANDRÉ DO PRADO
Assume a Presidência e abre a sessão. Coloca em votação o PL
410/21. Coloca em votação requerimento, do deputado Vinicius Camarinha, de
método de votação ao PL 410/21.
2 - JANAINA PASCHOAL
Para questão de ordem, faz questionamentos sobre o
requerimento do método de votação do projeto, apresentado pelo deputado
Vinicius Camarinha.
3 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Informa que esclarecerá as dúvidas da deputada em seguida.
4 - JANAINA PASCHOAL
Faz novos questionamentos sobre o método de votação do
projeto.
5 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Suspende a sessão por dois minutos, por conveniência da ordem
às 17h46min; reabrindo-a às 17h49min.
6 - PROFESSORA BEBEL
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao
PL 410/21, em nome do PT.
7 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra a presença do deputado federal Guilherme Mussi.
8 - CARLOS GIANNAZI
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao
PL 410/21, em nome do PSOL.
9 - DR. JORGE LULA DO CARMO
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao
PL 410/21, em nome da Minoria.
10 - DOUGLAS GARCIA
Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao
PL 410/21, em nome do PTB.
11 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Solicita respeito ao orador na tribuna.
12 - PROFESSORA BEBEL
Solicita uma verificação de presença.
13 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de
verificação de presença, que interrompe quando constatado quórum. Convoca os
Srs. Deputados para uma segunda sessão extraordinária, a ser realizada hoje,
dez minutos após o término desta sessão. Solicita respeito ao orador na
tribuna.
14 - ANALICE FERNANDES
Para questão de ordem, lamenta a falta de respeito do
deputado Douglas Garcia com os presentes nas galerias. Solicita que o presidente
impeça o orador de agredi-las.
15 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Suspende a sessão por cinco minutos, por conveniência da
ordem às 18h33min; reabrindo-a às 18h36min. Pede a compreensão e respeito dos
presentes nas galerias.
16 - MÁRCIA LULA LIA
Para comunicação, discorda das falas proferidas pelo deputado
Douglas Garcia contra o movimento dos sem-terra. Considera o movimento digno.
Ressalta seu orgulho pelos presentes.
17 - RAUL MARCELO
Para questão de ordem, solicita a retirada de diversos termos
do pronunciamento do deputado Douglas Garcia.
18 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Informa que avaliará a solicitação do deputado.
19 - GILMACI SANTOS
Para questão de ordem, questiona a Presidência se é
regimental que os deputados falem virados de costas para o presidente.
20 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Diz que não é regimental.
21 - PROFESSORA BEBEL
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
22 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Indefere o pedido em razão da falta de consenso dos líderes.
Coloca em votação o requerimento de método de votação ao PL 410/21.
23 - CAMPOS MACHADO
Solicita a suspensão da sessão por dois minutos, por acordo
de lideranças.
24 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido e suspende a sessão às 18h49min; reabrindo-a
às 18h51min.
25 - ALTAIR MORAES
Para comunicação, diz que, apesar de não ter sido comunicado
do acordo, concorda com o mesmo. Pede respeito para todas as bancadas.
26 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Convoca os Srs. Deputados para reuniões conjuntas das
Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Defesa dos Direitos das Mulheres
e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se amanhã, às 11 horas; e
Constituição, Justiça e Redação, Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e
Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se amanhã, às 11 horas. Lembra a
realização da segunda sessão extraordinária, hoje, às 19 horas e 03 minutos.
Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. André do Prado.
*
* *
O SR. PRESIDENTE -
ANDRÉ DO PRADO - PL - Presente o número
regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior.
Ordem
do Dia.
*
* *
-
Passa-se à
ORDEM
DO DIA
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Projeto de lei
nº 410, de 2021, de autoria do Sr. Governador. Há sobre a mesa, de acordo com o
Colégio de Líderes, um requerimento de roteiro para a votação deste projeto.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente, eu quero encaminhar o requerimento.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental,
antes, porém, nobre deputada, eu vou ler o requerimento e, logo em seguida, V.
Exa. poderá fazer o encaminhamento.
“Sr. Presidente, requeiro, nos termos
regimentais, que a votação do Projeto de lei nº 410, de 2021, constante da
presente Ordem do Dia, se processe na seguinte conformidade:
1 - Projeto de lei salvo emendas,
subemendas e substitutivo;
2 - Substitutivo de nº 1;
3 - Subemenda de emendas de nº 1, 61,
62, 65, 76 e 78, apresentada no parecer do relator especial em substituição ao
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação;
4 - Emenda apresentada no parecer do
relator especial em substituição ao da Comissão de Constituição, Justiça e
Redação;
5 - Demais emendas englobadamente. Sala
das sessões, deputado Vinícius Camarinha, líder do Governo.”
Dando sequência, então...
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA QUESTÃO DE ORDEM
- Excelência, eu fiquei em dúvida com o método, só para resgatar o que foi
discutido no Colégio, o Item 1 seria o projeto como chegou à Casa, o Item 2
seria o parecer do deputado Bragato. Esse substitutivo que V. Exa. indicou como
Item 2 é de quem?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É o
substitutivo apresentado na fase de pauta.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - É autoria de quem?
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Sim, mas autoria de
quem, Excelência?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Um minutinho
só, que a gente vai levantar nos autos.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Eu peço desculpas,
não é para perturbar não, é porque...
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - E
responderemos logo em seguida para V. Exa., deputada Janaina.
Então, dando sequência, a gente vai dar
encaminhamento com a nobre deputada Professora Bebel.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Uma única dúvida,
Excelência, ainda para tentar sanar, o Item 3 é que é o parecer do colega
Bragato? (Vozes fora do microfone.) É o Item 4. O que é o Item 3? São as
emendas?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Eu gostaria,
como presidente, de pedir a suspensão por dois minutos para nós tirarmos todas
as dúvidas e esclarecermos todas as dúvidas da nobre deputada.
Está suspensa por dois minutos.
*
* *
- Suspensa às 17 horas e 46 minutos, a
sessão é reaberta às 17 horas e 49 minutos, sob a Presidência do Sr. André do
Prado.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Eximidas todas
as dúvidas com relação ao roteiro, passo a palavra, então, à nobre deputada
Professora Bebel para encaminhar sob a liderança do PT.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa noite, Sr. Presidente. Cumprimento também a Mesa
Diretora de trabalhos. Cumprimento toda a assessoria à minha esquerda, à minha
direita, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público presente, guerreiros e
guerreiras que garantem a comida na mesa dos brasileiros e brasileiras,
sobretudo aqui no estado de São Paulo. Cumprimento também todos que nos ouvem e
nos assistem através da Rede Alesp.
Há uma
necessidade muito importante de tornar público o que significa esse PL 410. Tão
somente para explicar para o plenário: eu ainda estou na fase de encaminhar um
requerimento. É isso que estou fazendo.
Depois vem o
Projeto de lei 410, salvo as emendas; um Substitutivo que é o nº 1, que é da
nossa bancada do Partido dos Trabalhadores, que fazia o contraponto, que faz o
contraponto contra o PL 410; as Subemendas nº 1, 61 e 62; a emenda, essa é o
jabuti, essa emenda que é um projeto de lei que danificou, tornou muito pior o
410; e as demais emendas, englobadamente, dos Srs. Deputados e Sras. Deputadas.
Senhores, eu
chamo a atenção para o seguinte: nós estamos, há um bom tempo, debatendo esse
PL 410. E muitos, muitos mesmo, eu até entendo. Dizem “olha, mas é o sonho que
a gente tem, de ter um título, e ter uma terra como nossa”. Porém, os
requisitos dados, não é “a terra é nossa”. Não é que a terra é de vocês. Vocês
têm muita clareza disso que eu estou falando.
É que, na
verdade, vão passar a pagar uma terra que já é de vocês, porque lá vocês
plantaram, vocês construíram, e são terras públicas. E, por ser pública, tem
que estar destinada ao movimento. Não vou falar o Movimento Sem Terra, mas a
todos os que se dedicam à agricultura.
Então é uma
injustiça muito grande esse 410. É a institucionalização... Até tivemos uma
divergência, no Colégio de Líderes, com o deputado Vinicius Camarinha. Eu dizia
o seguinte: “É a institucionalização da grilagem”. Ele discordou. Eu continuo
afirmando que sim. Por quê? Eu não posso garantir para o futuro, não tem como
eu garantir um futuro que não é certo para aqueles que lá estão.
O certo é para
quem já tem condições, já podem comprar as terras e podem fazer dessas terras
como suas, que são os latifundiários, aqueles que, de certa maneira, já estão e
já se apropriaram de grande parte dessa terra. Então é a regulamentação da
grilagem. Não tem outro nome. Nós não temos como dizer que é diferente.
O difícil é que
a gente tentou toda forma de conversa. Por exemplo, a concessão real do direito
do uso da terra. Isso é o ideal. Que fosse por adesão, como o Davi, que esteve
comigo, junto com o líder do Governo, logo no início da discussão deste PL. Nós
chegamos a apresentar uma possibilidade de que fosse por adesão, e não por
imposição, porque é incerto. Isso não é reforma agrária.
Reforma agrária
é o que foi feito - e aí tem que remeter à história e dar o devido mérito - no
governo Montoro. Ali foi. Foi a democratização da terra no campo, do plantio,
enfim, para que pudesse, de certa forma, os trabalhadores rurais poderem
garantir a comida na mesa do povo brasileiro, porque é isso.
Se acaba, se
nós não tivermos uma reforma agrária radical, de conjunto, garantindo que, de
fato, se garanta a possibilidade de que os assentados lá possam ficar, lá
possam plantar, eu acredito que qualquer tentativa como essa do 410 é
lamentável.
Então, tivemos
um debate, contamos com lideranças, inclusive, com as duas visões. Cito o
Lafaiete, uma fala bastante precisa e, claro, respeitando o ponto de vista
dele, o Delvek. Enfim, andando por onde a gente anda, mas, da forma como está,
lamentavelmente não tem como dar um “sim”.
Tem que votar
“não”, não tem como (Manifestação nas galerias.), e aí é um “não” não de
coração, não por desrespeito àqueles que acreditam. É porque, neste momento, as
lideranças cumprem um papel, e é um papel difícil, porque o assentado quer a
terra. Essa é a contradição, mas quem está na análise, as lideranças sabem o
que está por detrás - falo isto como líder sindical.
Quantas vezes,
quantas vezes eu sou pega na contradição? Quantas vezes eu tive que alertar
para a minha base que aquilo não era bom? Aí passa, aí ela cai em si, ela fala:
“Puxa, a POF estava certa”.
É isso que a
gente está tentando. A gente quer avançar nas negociações. Eu pedi para o líder
do Governo: “Tire mais uma vez a pauta e vamos negociar. Ponha os dois lados,
vamos ver como é que a gente avança”.
Mas o Art. 4º,
Lafaiete, como também o Walter, como também a Adriana, o Delvek, é avassalador.
É avassalador e não há boa vontade de dizer “Vou retirar isso daí”.
Não há, então
não tem como dar “sim”. Então, nós temos aqui esta questão, que é esse PL, e
quero deixar a posição da bancada do Partido dos Trabalhadores de votar “não” a
esse PL 410. (Manifestação nas galerias.)
Estou em um
minuto para dizer o seguinte: está havendo uma reintegração de posse criminosa
no acampamento, deputado Giannazi, Marielle Vive. Eu estive lá, sábado; é
injusto.
Eu pedi a ajuda
da deputada Marta Costa para que nós possamos conversar com a prefeita de
Valinhos para que a gente possa discutir essa reintegração de posse, porque que
natal terão essas crianças? Que ano novo terão os assentados, na sua totalidade?
Para onde irão se tiver reintegração de posse?
Marielle vive,
Marielle fica. (Manifestação nas galerias.) Não à reintegração de posse, e que
todos os assentados e assentadas tenham a dignidade de ter a terra para
plantar, porque esse é um direito e é garantir a comida na mesa das
trabalhadoras e dos trabalhadores da terra. Marielle fica.
Um forte
abraço. Muito obrigada.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para encaminhar pela
liderança do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental,
tem a palavra Vossa Excelência. Antes, porém, também agradecer a presença do
nobre deputado federal Guilherme Mussi, presente na Casa. Nossa deputada Monica
também. É uma honra a presença de todos vocês aqui. Com a palavra o deputado
Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectador da TV Assembleia, quero cumprimentar todos os integrantes do MST,
todos os integrantes aqui presentes dos assentamentos do estado de São Paulo,
defensores da reforma agrária, e dizer que é inacreditável que a Assembleia
Legislativa esteja votando esse PL, esse Projeto de lei nº 410, que é um projeto que representa a
“privataria” tucana do governo do PSDB, do governo Doria.
É inacreditável
que até mesmo os assentamentos estejam sendo privatizados pelo governo Doria.
Nada escapa da privatização. Nada escapa da “privataria” tucana do Doria. Se as
gestões anteriores já faziam isso de uma forma muito rápida e acelerada, a
situação só piorou na gestão Doria, tanto é que o governo Doria iniciou a sua
gestão e apresentou o primeiro projeto de lei, que foi o PL 01, já privatizando
várias instituições públicas, já desmontando o estado.
Na verdade, o
Doria é o vendilhão do estado de São Paulo. Ele desmonta as instituições
públicas. Tudo o que funciona bem é destruído pelo governo Doria e agora ele
ataca os assentamentos, tentando privatizar, tentando desarticular os
assentamentos através do PL 410, que é um projeto que, na verdade, sinaliza
para a entrega dos títulos aos assentamentos, mas tem várias armadilhas nesse
projeto, tem vários artigos que são inconstitucionais, inclusive.
Temos notas
técnicas. Por exemplo, tem nota técnica do Ministério Público contra esse
projeto, da OAB, de juristas, de professores da Unesp, da USP, da Unicamp. Várias notas técnicas foram apresentadas em
relação à inconstitucionalidade do projeto, mas, sobretudo, o quanto ele vai
prejudicar não só os assentamentos, mas todo o estado de São Paulo será
prejudicado caso ele seja aprovado, porque haverá o esvaziamento, haverá, na
verdade...
Na prática, é
um incentivo à venda desses assentamentos. É isso que vai acontecer. O
agronegócio vai comprar muitos desses assentamentos, logicamente. Haverá a
destruição de uma política agrária, de assentamentos, que conquistamos desde
1985 com a aprovação aqui no plenário da Assembleia Legislativa da Lei nº
4.957, ainda na gestão do ex-governador Franco Montoro.
Então, se hoje
nós temos assentamentos no estado de São Paulo, foi graças à luta histórica do
Movimento dos Sem Terra do nosso estado. (Manifestação nas galerias.) Essa
política de assentamentos está sendo destruída agora pelo Projeto 410.
Com isso, toda
a população será penalizada, porque vocês são os responsáveis, hoje, no estado
de São Paulo, pela segurança alimentar do nosso estado. São vocês, assentados,
é o MST, são vocês que estão produzindo a comida para a mesa do povo do estado
de São Paulo, alimentação saudável, sem agrotóxico. Toda a população vai pagar
caro caso esse PL seja aprovado.
O PL 410, do
jeito que chegou à Assembleia Legislativa, já era péssimo. Nós já votaríamos
contra ele em qualquer situação. Agora, com a emenda apresentada, o Art. 4º,
escancarou de vez que, além de privatizar, além de o governo destruir toda a
política agrária do estado de São Paulo, a política de assentamentos, o governo
vai beneficiar os grandes empresários, os grandes latifundiários.
Esses não
ocuparam, esses invadiram as terras devolutas do estado de São Paulo, os grandes grileiros, latifundiários, exploradores, esse
pessoal do Agronegócio que não produz alimentos para a população. Esse pessoal
do Agronegócio está produzindo poeira no estado de São Paulo; estão destruindo
as terras.
Eu
faço um apelo a todos os deputados e deputadas, sobretudo os deputados do
interior paulista. O que nós estamos assistindo, gente? Tempestades de areia em
várias regiões do estado e essas tempestades têm a ver com a monocultura, com a
destruição do solo do estado de São Paulo, porque o Agronegócio produz produtos
alimentícios para exportação e não para alimentar a população, e destrói a
terra.
Então
você que é deputado do interior, quando a sua cidade estiver sofrendo uma
tempestade de areia, se V. Exa. votar a favor saiba que V. Exa. está
contribuindo para a sua cidade engolir poeira. Por isso que é importante
derrotar esse projeto. Repito: o projeto destrói os nossos assentamentos.
Esses
assentamentos vão se tornar mercadorias. Haverá um estímulo à venda; ofertas
serão feitas aos assentados. Então nós vamos perder muitos assentamentos. Essa
é a grande verdade. Haverá uma “uberização” desses assentamentos. Nós vamos
perder os assentamentos do estado de São Paulo e eles serão transformados em
condomínios, em chácaras de lazer, em áreas de lazer e também em unidades do
Agronegócio.
Mas
além disso tem esse artigo, essa proposta que foi apresentada aqui na
Assembleia Legislativa pelo PSDB inclusive, que vai legalizar a grilagem, vai
legalizar a invasão de terras pelos grandes latifundiários do estado de São
Paulo que invadiram e continuam invadindo as terras do povo do nosso estado.
Por
isso que, logicamente, nós somos totalmente contra o PL 410 e faço um apelo
para que todos os deputados e deputadas votem contra esse projeto. Não
contribuam com a “privataria” tucana do Doria. O Doria vai embora, minha gente.
No ano que vem o Doria é candidato a presidente e vai embora. Tomara que perca
a eleição, logicamente. Então no ano que vem não tem mais Doria.
Nem
vale a pena um deputado deixar a sua digital nesse PL 410. E nós temos já
pesquisas e cálculos dizendo que mais de um milhão de hectares serão entregues
de graça praticamente para esses grandes grupos econômicos do estado de São
Paulo. Grupos econômicos inclusive que recebem dinheiro do Estado, recebem
isenções fiscais, esses grupos do Agronegócio.
Nós
denunciamos exaustivamente já, inclusive dando nome aos bois de todos esses
grupos do Agronegócio, os grandes frigoríficos que já são beneficiados com as
isenções fiscais do nosso Estado.
Então
é importante deixar claro isso para terminar aqui a minha intervenção: nós
somos totalmente contra o projeto. O PSOL vai votar contra, está em obstrução a
esse projeto, porque ele destrói a política agrária de assentamentos; ele
destrói praticamente a Lei nº 4.957, de 1985.
Ele
privatiza os assentamentos; ele transforma os assentamentos em mercadorias e ao
mesmo tempo “anistia”, entre aspas; ele vai institucionalizar a grilagem no
estado de São Paulo. Grilagem, repito, pelos grandes latifundiários, os grandes
fazendeiros que invadiram as terras devolutas. E ainda esse projeto, repito,
coloca em risco a segurança alimentar de todo o estado de São Paulo.
Então,
deputado, deputada, quem tem compromisso aqui com a mesa do povo de São Paulo,
com o que a gente se alimenta, vote contra o PL 410.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO
PRADO - PL - Dando sequência…
O SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Pela ordem, presidente.
Só uma dúvida.
O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT -
Pela ordem, Sr. Presidente. Eu queria indicar Jorge do Carmo para falar pela
Minoria.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Deputado Jorge do Carmo pode se encaminhar para a
tribuna. Antes, porém, deputado Arthur do Val.
O
SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Só uma dúvida,
presidente. Quantos itens nós temos?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Nós temos cinco
itens na pauta.
O
SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - E cabe encaminhamento?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sim.
O
SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Obrigado, só isso.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dando
sequência, deputado Jorge do Carmo para encaminhar em nome da Minoria.
O
SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente. Boa
tarde, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, boa noite já quase. Sr. Presidente,
quero cumprimentar aqui todo o movimento, os representantes do Movimento dos
Trabalhadores Sem Terra, que vieram em massa aqui hoje nos acompanhar nesse
plenário.
Dizer para
vocês que nós estamos aqui para defender aquilo que é justo, que é correto, e
defender sempre a luta dos trabalhadores sem terra no estado de São Paulo.
(Manifestação nas galerias.)
Sr. Presidente,
eu, em toda a minha militância, em toda a minha trajetória, sempre fui um
defensor da posse, da propriedade da terra, da democratização, da valorização
das terras públicas; e que elas produzam, realmente, para atender as
necessidades dos trabalhadores, que precisam tanto dessa terra.
Quero saudar,
dizer que o saudoso governador Franco Montoro foi muito feliz quando, naquele
momento, aprovou, nesta Casa, uma lei com esse espírito, com esse escopo.
No entanto, a
gente tem que compreender que as coisas evoluem, os trabalhadores têm sua
evolução também, e que nós não podemos, aqui, deixar de debater esse assunto
que é tão espinhoso, que é tão grandioso. Porque às vezes as pessoas pensam
assim: “olha, você é a favor ou contra dar propriedade?”.
Deputada Márcia
Lia, quem é contra a propriedade, quem é contra as pessoas terem o direito à
sua propriedade, à sua segurança jurídica? Jamais nós, deputados do PT, podemos
ser contra.
O que nós não
podemos concordar é que os trabalhadores, os assentamentos, os assentados, as pessoas
que talvez ainda não tenham compreendido os jabutis, as cascas de banana que
tem nesse projeto de lei... Nós não podemos deixar de dialogar.
E é por isso
que nós já, por diversas vezes a nossa líder, deputada Professora Bebel, já
pediu o adiamento da votação, para que nós pudéssemos conversar com os
representantes do MST, para que nós pudéssemos conversar com os assentados,
para que a gente tivesse a oportunidade de explicar para eles qual é a
importância desse projeto de lei.
Porque senão
fica aquilo: você, do ponto de vista ideológico, tem que ser contra, porque nós
somos a favor da democratização da terra, nós somos a favor de que as pessoas
possam ter a subsistência da sua terra. Nós somos a favor disso.
Agora, da forma
como esse projeto está aqui... E aí podemos nos direcionar à emenda jabuti, que
é o Art. 4o: nós não podemos ser a favor, gente, da regularização da
grilagem. Jamais o Partido dos Trabalhadores, aqui, será a favor da
regularização da grilagem. (Manifestação nas galerias.) Porque nós somos
favoráveis é à pacificação no campo, e não à violência.
Nós não
queremos que a pessoa tenha hoje a propriedade e perca amanhã; nós queremos que
ela tenha, sim, a propriedade, mas que tenha também o fomento do estado.
O estado não
pode ser opressor. Quando as pessoas falam que o Itesp na verdade é mais
fiscalizador do que fomentador de políticas públicas, é porque nós estamos no
governo Doria, deputado Barba. Nós não estamos num governo democrático.
E quando nós
não estamos num governo democrático... Não estou falando do funcionário, estou
falando da orientação. (Manifestação nas galerias.) Não é o servidor público;
quanto ao servidor público, nós sempre fomos favoráveis aos direitos. Agora, a
orientação do governo João Agripino Doria sempre foi opressora, de oprimir o
trabalhador; e põe os funcionários do estado para fazer isso.
Nós jamais
vamos defender esse tipo de coisa. Nós queremos o Itesp democrático, aquele que
orienta, aquele que instrui, deputado Caio França. Nós queremos um Itesp que
seja realmente um parceiro das pessoas, do assentamento e dos assentados.
Por isso é que
nós aqui estamos, construindo, ainda, alternativas, porque nós teríamos -
estava falando agora com o deputado Barba - tranquilamente condições de votar a
favor desse projeto se tivessem incorporadas, se fosse possível incorporar
algumas coisas que nós somos a favor e que vocês também são favoráveis.
Em conversas
que nós tivemos com os representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra,
é possível, se a gente tiver alternativa desse projeto para melhorar ele, para
atender aos anseios de vocês, a gente seria, sim, favorável, mas, da maneira
como ele está colocado aqui, é impossível a gente votar favorável.
Por isso este
Parlamento aqui não é um puxadinho do Palácio dos Bandeirantes. Este Parlamento
aqui é para discutir os projetos, é para dialogar, é para a gente poder ter a
oportunidade de melhorar o projeto e de acrescentar emendas. Tem 78 emendas,
salvo melhor juízo, que não foram - nenhuma - incorporadas.
Por exemplo, a
CDRU, que é a Concessão do Direito Real de Uso, poderia ser uma alternativa,
como disse a deputada líder, Bebel. Poderia ser uma alternativa, ser uma
adesão, e as pessoas fazerem a opção, o que não pode é a imposição. O que está
sendo colocado aqui, deputada líder, é ou tudo ou nada. Ou vocês votam do jeito
que está ou a gente não abre sessão nenhuma.
E nós não
estamos aqui para sermos subservientes do governo, nós estamos aqui para
melhorar o projeto, para discutir o projeto. Os deputados do Partido dos
Trabalhadores e os outros que estão aqui e que, tenho certeza, também estarão
nessa mesma toada e nessa mesma caminhada, não estão aqui para dizer “sim”
simplesmente do jeito que o projeto vem.
Aí a gente quer
discutir qual a alternativa, e o governo diz “não, eu só aceito isso se você
aceitar aquilo”. Como é que nós vamos aceitar o Art. 4º desse projeto, que é a
regularização da grilagem? Ou seja, a terra de vocês pode ser vendida para
qualquer pessoa, para o fazendeiro que queira tirar vocês de lá, era para ser
vendida...Não pode.
Nós não podemos
concordar com isso, porque a propriedade é um direito sagrado e constitucional,
mas a luta de vocês é de anos pela democracia da terra, é de anos em defesa do
direito dos trabalhadores para que a gente não tenha, aqui em São Paulo, a
violência no campo, como já tivemos e como ainda podemos ter.
É por isso,
companheiras e companheiros, que nós não viemos aqui, não estamos aqui para
dizer “sim” ao que o governo quer, mas, sim, discutir, apresentar sugestões,
dialogar com o governo chamar o líder do Governo e falar “Vamos pensar em uma
forma de contemplar”, porque a gente também pode dizer “vamos votar ‘sim’, mas
se for para atender aos anseios dos assentados e da liderança do Movimento dos
Trabalhadores Sem Terra, não para atender aos anseios do governo”.
Então eu quero
que vocês tenham muito claro, nós não podemos deixar de explicar e de debater
quantos dias ou quantas horas forem necessárias para que a gente melhore esse
projeto.
Quando um
projeto vem para esta Casa não é simplesmente para a gente carimbar e o governo
sancionar, pelo contrário, é para discutir, é para apresentar alternativas, é
para apresentar emendas e sugestões para que ele possa ser melhorado, para que,
de fato, atenda ao anseio das pessoas, porque o projeto é para melhorar a vida
de vocês, não é para melhorar o governo, é para melhorar vocês, a vida de
vocês, o trabalho e a luta dos trabalhadores.
Por isso,
gente, nós estamos tentando aqui de todas as formas melhorar esse projeto.
Melhorar. A alternativa aqui da questão da CDRU, que é a concessão do direito
real de uso, pode ser uma alternativa.
E, se retirar o
jabuti do Art. 4º, a gente vai conversar com vocês, quem sabe a gente mude de
opinião. Mas hoje, do jeito que está, deputada líder, você já disse, nós vamos
seguir a orientação da bancada, que é não concordar com a forma como ele está
posto aqui.
Então, quero
dizer para vocês que essa é a luta, é para isso que nós somos deputados, é para
isso que vocês elegeram os deputados aqui. Não dá para a gente ficar aqui
simplesmente para dizer sim àquilo que o governo quer.
Quero
aproveitar a oportunidade para saudar todas as famílias, todos os assentamentos
que pelo estado afora temos. Eu cheguei a conversar com diversos e eu vi
realmente que, se você conversa com o assentado, ele quer o título, ele quer a
propriedade, só que ele não está entendendo que o que está sendo colocado não é
a favor dele, é contra ele.
É papel da
liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e é papel do deputado, da
deputada, conversar, convencer e explicar quais são os prós e os contras. Por
isso a gente tem que ter essa grandeza.
A vinda de
vocês aqui é muito importante para que a gente tenha o respaldo e vocês saibam
a dificuldade que tem aqui, porque aqui a grande maioria está para dizer “sim”
para o governo.
O projeto pode
ser ruim como for, não importa, nem vem aqui discutir, nem vem aqui debater,
simplesmente é para dizer “amém”, dizer “sim”. Nós não estamos aqui para dizer
“amém” para o governo, nós estamos aqui para dizer que se o projeto for bom,
nós vamos votar “sim”, se o projeto for ruim nós vamos votar “não”.
Viva a luta dos
trabalhadores! (Palmas.)
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para encaminhar em nome da bancada do PTB.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem a palavra
Vossa Excelência.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito
obrigado, Sr. Presidente. Quero lhe agradecer pela palavra e cumprimentar todos
os deputados da Assembleia de São Paulo e, novamente, o público aqui que nos
assiste.
Sr. Presidente, eu quero
cumprimentar especialmente o assentamento Gleba XV de Novembro. É isso mesmo?
Encontraram-me no corredor da Assembleia, me explicaram direitinho do que se
trata o Projeto 410, tintim por tintim, e me convenceram. Então eu gostaria de
anunciar o meu voto favorável ao PL 410 em decorrência da atuação dos senhores.
(Manifestação nas galerias.)
Apesar da má-educação daqueles que
estão ao lado de vocês, eu gostaria de declarar o meu voto favorável a esse
projeto de lei, porque eu acredito que existam sim assentamentos sérios no
nosso Brasil e no estado de São Paulo, a exemplo dos senhores, diferente do
MST, bem diferente do MST.
Diferente dos senhores, o MST não
passa de um movimento [Expressão
suprimida.], o MST não passa de um movimento
agressivo, o MST não passa de um movimento radical... (Manifestação nas
galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Peço silêncio, por favor, para garantir a palavra do orador.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Não passa de
um movimento radical, que invade patrimônio... (Manifestação nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Se vocês não pararem, eu vou ter que pedir a todos, por favor, para o bom
andamento da Casa, vamos respeitar o orador na tribuna para que nós não
tenhamos que cumprir o Regimento caso vocês... (Manifestação nas galerias.)
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Por favor, pessoal. Pela ordem a deputada Bebel.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Para pedir uma
verificação de presença.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
É regimental o pedido de Vossa Excelência.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Sr.
Presidente, eu pediria que o senhor chamasse atenção. Estou sendo... Falta com
respeito ao deputado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Dra. Damaris, juntamente com a deputada Carla Morando, para fazer a chamada,
verificação. (Manifestação nas galerias.)
Por favor, deputada. Por enquanto
não posso dar a palavra, não estamos em sessão por causa da verificação, mas
logo em seguida darei a palavra a V. Exa. com o maior prazer.
*
* *
- Verificação de presença.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Constatado
o quórum. Antes, porém, de devolver a palavra ao nobre deputado Douglas Garcia,
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, Inciso I, do
Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma segunda sessão extraordinária a
realizar-se hoje, dez minutos após o término da primeira sessão extraordinária,
com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:
*
* *
-
NR - A Ordem do Dia para a 35º Sessão Extraordinária foi publicada no D. O. de
01/12/2021.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dando
sequência, devolvo a palavra pelo tempo restante de oito minutos e trinta e
oito ao nobre deputado Douglas.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Muito obrigado,
Sr. Presidente. Sr. Presidente, como eu dizia, existem, sim, assentamentos que devem
ser respeitados. Não é o caso do MST, que já mostrou aqui que são um bando de
delinquentes, pessoas que não têm educação para se comportarem em uma Casa
Legislativa.
Sr. Presidente, a minha fala aqui
nesse sentindo é para rebater isso sim, porque é inadmissível a existência de
um movimento que defenda esse terrorismo por parte dessa instituição [Expressão suprimida.]
que invade...
A
SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Pela
ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por
favor, deputado Douglas. Eu quero que preserve o tempo do deputado Douglas.
Deputado Douglas, eu gostaria de preservar o tempo de V. Exa. e eu gostaria de
pedir ao público, mais uma vez, vou pedir silêncio, porque é regimental a
palavra do orador na tribuna.
Caso isso não ocorra, eu terei que
realmente olhar o Regimento desta Casa - coisa que não gostaria de fazer - e
pedir aos senhores para se retirarem. Não quero fazer isso, porém o respeito à
palavra do orador é regimental.
Então, eu peço a todos vocês que
respeitem o orador na tribuna.
A
SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Uma
questão de ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Antes,
porém, de devolver a palavra ao deputado Douglas, a nobre deputada Analice tem
uma questão de ordem. Com a palavra, deputada.
A
SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - PARA
QUESTÃO DE ORDEM - Presidente, é lamentável nós estarmos no plenário ouvindo o
orador com todo o respeito e ele não se prestar a dar respeito às pessoas que
lutam...
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - É lamentável
invadir a casa alheia, deputada. É lamentável invadir a propriedade alheia.
A
SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - É
verdade, que lutam. Não é justo chamar, presidente...
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - É lamentável [Expressão suprimida.], como
os casos de [Expressão
suprimida.] relatados por militantes do MST. É
isso que é lamentável, deputada Analice.
A
SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Presidente,
uma questão de ordem. É regimental, presidente, é regimental. Ele não pode
desacatar as pessoas e chamá-las de terroristas.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Lamentável é o [Expressão suprimida.] que esse movimento faz em muitos campos por
aí, isso é lamentável.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada
Analice, qual é a questão de ordem de Vossa Excelência?
A
SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Que
V. Exa. não permita o orador de agredir as pessoas que estão no plenário.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - A senhora vai
me censurar? A senhora vai me censurar? A líder do PSDB aqui na Assembleia
Legislativa quer me censurar, é isso?
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para
manter a ordem, está suspensa a sessão por cinco minutos.
*
* *
- Suspensa às 18 horas e 33
minutos, a sessão é reaberta às 18 horas e 36 minutos, sob a Presidência do Sr.
André do Prado.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Reaberta a sessão. Solicito, Sras. e Srs. Deputados, para o bom andamento da
discussão e dos encaminhamentos desta pauta, que possamos ter equilíbrio para que
possamos discutir esse projeto dentro de uma serenidade.
Uns contra, outros a favor, mas
com serenidade. Também peço ao público compreensão para que as coisas caminhem,
a compreensão de todos vocês e que respeitem o orador na tribuna, está bom?
Então, dando sequência agora, com
a palavra o deputado Douglas Garcia.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Muito
obrigado, Sr. Presidente. Vou seguir a orientação de V. Exa. e ser o mais
respeitoso possível aqui no plenário da Assembleia Legislativa.
Agora, o que não posso deixar é de
falar a verdade. Infelizmente, aqui falando de forma genérica, existem
movimentos ditos sociais que invadem patrimônio privado, que cometem tudo
quanto é tipo de atrocidade, que simplesmente quebram tudo, destroem, matam -
matam mesmo! - gados.
Inclusive, existem matérias de
jornais relatando [Expressão
suprimida.] por parte desses próprios movimentos - agora a
gente não pode falar, senão acabam se ofendendo -, por parte desses próprios
movimentos [Expressão
suprimida.], sim, que existem não só no estado
de São Paulo, como no nosso Brasil, que são verdadeiros delinquentes.
Comportam-se como verdadeiros delinquentes.
Esta Assembleia Legislativa, sendo
a maior Assembleia Legislativa da América Latina, não pode, de forma alguma,
receber esse tipo de movimento, permitir essas manifestações acontecendo aqui
na galeria, e deixar passar barato como se fosse uma coisa comum.
Essas pessoas precisam receber
desta Casa de Leis aquilo que elas merecem: o desprezo completo e absoluto por
parte das autoridades civis aqui presentes.
Que se comportem como aqueles
assentamentos que realmente têm legitimidade, como esse assentamento aqui
presente, que conversa com os deputados, que dialoga com os deputados, que não
chegam aqui fazendo furdunço, que não chegam aqui fazendo chafurdaria, que
querem ficar fazendo gritinho na galeria e atrapalhando deputado de falar.
Isso não é maneira de se
comportar. Comportem-se feito gente, não se comportem feito um animal.
Comportem-se feito pessoas comportadas e não, infelizmente, da forma que têm
trazido aqui esses ditos movimentos sociais.
É muito interessante, sim, ver
alguns parlamentares aqui defendendo esse tipo de movimento social, quando, no
próprio governo do PT, nos 14 anos de PT no poder, 14 anos, sinceramente, a
reforma agrária e as pautas desses movimentos não avançaram. Mesmo assim, eles
continuam sendo militância do PT. Para quê? Para poder continuar promovendo
esse terrorismo no campo.
É isso que eles querem. Única e
exclusivamente isso, fazendo com que as pessoas passem pelo terror que é ter
esses movimentos, hoje em dia, em pé. Esses movimentos precisam ser
criminalizados. Criminalizados, é essa a palavra correta: criminalizados por
parte do Ministério Público, por parte do Tribunal de Justiça, por parte desta
Assembleia Legislativa.
Todas as instituições sérias
precisam tratar esses movimentos como eles realmente devem ser tratados: [Expressão suprimida.], [Expressão
suprimida.], delinquentes, pessoas da pior
estirpe, da pior espécie, que invadem patrimônio privado, que cometem tudo
quanto é tipo de atrocidade e acham que têm o direito de vir a esta Assembleia
Legislativa falar o que bem entenderem, gritar o que bem quiserem, e
simplesmente atrapalhar o desenvolvimento dos trabalhos desta Casa de Leis.
Já disse e repito: votarei
favorável, sim, ao PL 410, e estarei aqui; quando ver o voto número 48 sendo
computado no painel, vou sorrir alegremente enquanto esses movimentos que
trazem a tristeza, o desespero para o povo, sentem na pele aquilo que é ter um desespero
de ver alguma coisa que você não quer acontecendo diante dos seus olhos e você
não poder fazer absolutamente nada, porque é isso que vocês fazem com aquelas
pessoas que hoje possuem um patrimônio privado.
Essas pessoas se sentem impotentes
diante da ameaça da violência, diante da agressão com que vocês as tratam. É
por isso que eu defendo, sim, a legítima defesa ao
homem do campo, para que ele possa se defender desses movimentos [Expressão suprimida.], para que ele possa, sim,
portar em sua casa uma arma de fogo capaz de fazer com que esses delinquentes
fujam, capaz de fazer com que esses delinquentes não cheguem perto da
residência.
Porque eu nunca vi
movimento social tipo aqueles que, batendo no peito, “vamos lá invadir; vamos
lá tomar o que é nosso; vamos lá fazer pipipipópópó”, essa agenda marxista [Expressão suprimida.] trazida por essa ideologia nefasta. Eu nunca vi esses “bambambã”
quererem invadir um patrimônio, quererem invadir uma casa, quererem invadir uma
propriedade privada onde o homem possui armamento suficiente para mandar vocês
pro inferno. Eu nunca vi.
Então eu defendo sim
que o homem do campo tenha armamento adequado para se defender desses
movimentos [Expressão
suprimida.] que querem espalhar o
caos e a desordem no estado de São Paulo e no nosso Brasil. Porque movimento,
senhores, quando tem uma pauta específica, ela vem e simplesmente vai; vocês
não.
Vocês simplesmente
incentivam a pobreza, incentivam a miséria, incentivam a fome, incentivam a
destruição, incentivam a invasão a patrimônios privados. Vocês incentivam
aquilo que há de pior na política brasileira. É uma militância nefasta. É uma
militância [Expressão
suprimida.], que precisa ser
combatida a todo custo.
E foi me dada sim
autoridade por parte do Legislativo, por parte dos paulistas para falar, porque
a maior parte da população brasileira repudia as ações desse movimento [Expressão suprimida.], porque a maior parte da população brasileira não aceita as ações
desse movimento baixo, vil, delinquente.
Foi me dada autoridade
sim, por parte daqueles que me elegeram, de vir aqui e dizer que os senhores
merecem sim um esquecimento público, merecem sim ser extintos da vida pública e
esse movimento extirpado, simplesmente extirpado da sociedade, criminalizado,
preso, porque os senhores não passam de [Expressão suprimida.] violentos, agressivos. São
pessoas que precisam o quanto antes encontrar a porta de uma cadeia, entrar lá
dentro e não sair nunca mais.
A SRA. ANALICE
FERNANDES - PSDB - Presidente, mais uma
vez, questão de ordem.
O SR.
DOUGLAS GARCIA - PTB - Deputada Analice
Fernandes, por gentileza, respeite o meu tempo.
A SRA.
ANALICE FERNANDES - PSDB -
Artigo 18, letra “j”.
O SR.
DOUGLAS GARCIA - PTB - Sr. Presidente, eu
peço que a líder do PSDB aqui na Assembleia de São Paulo respeite o meu tempo.
(Vozes sobrepostas.)
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Analice, deixe
só o nosso orador terminar. Está em discussão. Um minuto, por favor.
A SRA.
ANALICE FERNANDES - PSDB - Artigo 18, letra “j”, está escrito que o presidente
pode convidar a retirar… (Vozes sobrepostas.)
O SR.
DOUGLAS GARCIA - PTB - A senhora poderia, por
gentileza, respeitar o meu tempo? (Vozes sobrepostas.)
A SRA.
MÁRCIA LULA LIA - PT - Ele está sendo
desrespeitoso com as pessoas.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada.
O SR.
DOUGLAS GARCIA - PTB - PT e PSDB juntinhos
para defender aquilo que não presta. É isso que a sociedade brasileira...
(Vozes sobrepostas.)
A SRA.
MÁRCIA LULA LIA - PT - Ele está sendo
desrespeitoso com as pessoas.
O SR.
GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Elas estão cortando a fala do deputado na tribuna, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por favor, deputado
Douglas. Continue com a palavra.
O SR.
DOUGLAS GARCIA - PTB - Muito obrigado, Sr.
Presidente. É isso que a população paulista queria ver: o PT e o PSDB
juntinhos defendendo aquilo que não presta, como sempre foi. Ou vocês que são
militantes do PT não sabiam que foi graças a eles que o PSDB levou a
Presidência da Assembleia Legislativa?
E é graças a eles que
esse projeto está sendo pautado aqui e vai ser aprovado, porque quando do
momento que o PSDB sempre precisou eles estavam lá para poder apoiar, para
poder dar voto. Agora, quando é para trazer o caos e a desordem aqui para o
nosso estado de São Paulo, eles imediatamente se unem.
A SRA.
ANALICE FERNANDES - PSDB - Presidente,
é lamentável...
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Analice, ele
está com a palavra. Vossa Excelência não pode interromper. Ele está fazendo um
encaminhamento, deputada Analice, por favor.
A SRA.
ANALICE FERNANDES - PSDB - Ele
está desrespeitando, presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - No momento oportuno,
você vai poder rebater, mas ele está com a palavra neste momento fazendo o
encaminhamento. Não tem aparte.
O SR.
DOUGLAS GARCIA - PTB - Muito obrigado, Sr.
Presidente. Nunca um deputado aqui na Assembleia de São Paulo foi tão
desrespeitado por parte das duas bancadas juntas, está entendendo? Vindo aqui
juntinhas para querer atrapalhar o deputado falar porque eu estou falando a
verdade e a verdade maior e absoluta é essa.
Não fosse o PSDB, esse
movimento nefasto que invade propriedade privada não teria existido. Não fosse
toda a política nefasta que os tucanos trouxeram para o estado de São Paulo,
isso jamais que teria acontecido, o Brasil não estaria nesse estado.
Foi o PSDB que deu
força a esses movimentos existirem e agora o PT está aí juntinho com o PSDB
para impedir que eu diga a verdade. Eles não aceitam a verdade e a verdade é
essa. Os senhores serão dizimados da vida pública. Saiam fora da vida pública
porque a população paulista, a população brasileira, não os suporta.
A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT
- Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada
Márcia Lia.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Para um comunicado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem V. Exa.
dois minutos para fazer uma comunicação.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Eu
quero comunicar a esta Casa que é extremamente desrespeitoso. Nós, da bancada
do Partido dos Trabalhadores, e algumas pessoas da bancada do Partido Social
Democrático Brasileiro, na pessoa da Analice Fernandes, discordamos das falas
agressivas, violentas, desnecessárias que foram proferidas neste momento contra
o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. (Manifestação nas galerias.)
Movimento digno, movimento de pessoas
que lutam, que trabalham, que plantam, que põem comida na nossa mesa. E nós
temos orgulho de cada um de vocês. Contem conosco. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. RAUL MARCELO - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Raul Marcelo.
O
SR. RAUL MARCELO - PSOL - Eu gostaria de
solicitar a retirada, das notas taquigráficas, do termo “terroristas”, que foi
utilizado pelo deputado que usou a palavra, “nojentos”, “sujos” e “criminosos”.
São cidadãos brasileiros que estão aqui acompanhando a reunião nesta noite na
Assembleia Legislativa. (Manifestação nas galerias.)
Então, solicito a retirada desses
termos. Ah, “estupradores” também foi usado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Esta
Presidência vai avaliar todos os termos que V. Exa. colocou e encaminhará,
tomará a decisão.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Questão de
ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Questão de
ordem, deputado Gilmaci Santos.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA QUESTÃO DE
ORDEM - A minha questão de ordem,
presidente, é a seguinte: quando o deputado vem ao microfone de aparte, ele não
tem que falar voltado para a Mesa?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sim.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É regimental
que o deputado fale de costas para o presidente?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não, é
regimental olhar para a Presidência.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Então, por
favor, presidente, faça cumprir o Regimento da próxima vez que um deputado ou
deputada vier falar aqui no microfone de aparte. Infelizmente, a deputada que
estava aqui virou as costas para V. Exa. e para a Mesa, para falar com as pessoas
que estão na galeria.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Vossa
Excelência tem razão. Na oportunidade, tomarei essa atitude.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem. Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada
Professora Bebel.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Eu, falando aqui...
Por favor.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por favor,
pessoal, vamos acalmar os ânimos.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
Professora Bebel.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Nós conversamos com as
lideranças e, por acordo, queremos levantar esta sessão, parar essa discussão e
tentar uma negociação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental. Gostaria
de saber se todos os líderes de partidos comungam da mesma ideia de haver
acordo para levantamento da sessão.
O
SR. SARGENTO NERI - SD - Pela ordem, Sr.
Presidente. Qual é o motivo, presidente? Qual é a proposta?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para tentar um
acordo sobre esse projeto.
O
SR. SARGENTO NERI - SD - Mas qual é o acordo?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Levantamento da
sessão.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Você levanta, depois
tenta.
O
SR. SARGENTO NERI - SD - Não, vamos prorrogar,
vamos continuar.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo
consenso, então, temos que dar sequência à nossa sessão. Não havendo mais
oradores... Em votação.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Para indicar a
deputada Márcia Lia para encaminhar pela bancada do Partido dos Trabalhadores.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Você, deputada
Bebel, já encaminhou pelo Partido dos Trabalhadores.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Ah não, desculpa.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Já encaminhou
pela Minoria e pelo PT.
O
SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT - Eu queria indicar... É
isso, então eu vou indicar depois.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o
requerimento.
O
SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Campos Machado.
O
SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - Presidente, na
tentativa de fazer um acordo, eu queria que V. Exa. suspendesse os trabalhos
por dois minutos.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Há acordo para
a suspensão de dois minutos? Havendo acordo, estão suspensos por dois minutos
os nossos trabalhos. (Manifestação nas galerias.)
*
* *
- Suspensa às 18 horas e 49 minutos, a
sessão é reaberta às 18 horas e 51 minutos, sob a Presidência do Sr. André do
Prado.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Reaberta a
sessão.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
Professora Bebel.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Havendo acordo das
lideranças, nós estamos pedindo o levantamento da sessão, para buscar uma ...
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Altair.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Eu não
participei dessa conversa, não estou sabendo desse acordo.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL – O Republicanos
ainda não concorda com o acordo de levantamento, então, está suspensa por mais
um minuto, para conversar com os republicanos.
*
* *
- Suspensa às 18 horas e 49 minutos, a
sessão é reaberta às 18 horas e 51 minutos, sob a Presidência do Sr. André do
Prado.
*
* *
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Reaberta agora, de
fato, com o acordo de todos. Estou com moral...
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Mais alguém
quer se manifestar, que não está de acordo?
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Sr. Presidente,
pela ordem.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Fale agora, ou
cale-se para sempre.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Só deixar
claro. Falei porque não fui comunicado, como líder do Republicanos. Eles
fizeram acordo entre eles e não me comunicaram.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Certo.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Eu sou a favor
do acordo, mas eu quero o respeito de todas as bancadas.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Está certo, ele está
certo.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Entendeu? Por
isso que eu falei. Mas tem o meu apoio, Bebel.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Agora, com o
apoio do Republicanos também, e de todas as bancadas e partidos, antes de dar
por levantada a sessão, convoco as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados, nos
termos do Art.18, Inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do
Regimento Interno, para uma reunião conjunta das comissões de Constituição,
Justiça e Redação; Defesa e Direitos das Mulheres; Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se amanhã, às 11
horas, em ambiente virtual, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº
530, de 2021, de autoria do nobre deputado Professor Kenny.
Também convoco as Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados, nos termos do exposto no Art. 18, Inciso III, alínea “d”,
combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, para reunião conjunta das
comissões de Constituição, Justiça e Redação; Defesa de Direitos da Pessoa
Humana; Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, também a realizar-se
amanhã, às 11 horas, em ambiente virtual, com a finalidade de apreciar o
Projeto de lei nº 755, de 2020, de autoria da nobre deputada Janaina Paschoal.
Havendo acordo de líderes, está
levantada a presente sessão, lembrando a todos que daqui a 10 minutos teremos a
segunda sessão extraordinária.
Está levantada a sessão.
*
* *
-
Levanta-se a sessão às 18 horas e 53 minutos.
*
* *