3 DE DEZEMBRO DE 2021
77ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: JANAINA PASCHOAL
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Lembra que hoje é comemorado o Dia Internacional da Pessoa
com Deficiência. Critica o fim da isenção do IPVA para pessoas portadoras de
deficiência. Comenta o PDL 85/21. Defende a instauração de regime de urgência
para votação do projeto citado. Critica a isenção fiscal concedida a locadoras
de automóveis. Discorre a respeito da Lei Orçamentária Anual, de 2022.
3 - CORONEL TELHADA
Exibe imagens de participação em evento de comemoração ao
Primeiro Contingente do Exército Brasileiro, em Osasco. Menciona as datas
comemorativas do dia. Destaca que hoje é comemorado o Dia Internacional da
Pessoa com Deficiência. Tece críticas ao governo estadual. Solicita o aumento
das verbas orçamentárias enviadas à Segurança Pública.
4 - GIL DINIZ
Mostra apoio ao projeto que pretende proibir o
"passaporte da vacinação". Diz que a população não é alertada a
respeito de possíveis efeitos colaterais das vacinas contra a Covid-19.
Mostra-se contrário à vacinação obrigatória.
5 - CARLOS GIANNAZI
Critica a precarização da Famema - Faculdade de Medicina de
Marília. Diz que seis professores da instituição foram demitidos. Menciona a
Lei 12.188/06, a favor do financiamento da entidade. Defende a estadualização e
sua absorção pela Unesp. Destaca a importância do Hospital das Clínicas para a
citada cidade. Defende a contratação de professores e a readmissão dos
demitidos.
6 - CARLOS GIANNAZI
Afirma que o advogado Alexandre Mendel fora impedido de
participar de reunião de comissão de educadoras infantis, em Vinhedo. Informa
denúncias de pessoas com dificuldades de obtenção de seus diplomas de
Pedagogia, por omissão da faculdade Facel - Faculdade de Administração,
Ciências, Educação e Letras, no Paraná. Diz que acionará o Ministério da
Educação a respeito do acontecido.
7 - GIL DINIZ
Tece críticas ao governador João Doria. Menciona visita ao
Vale do Paraíba, em Guaratinguetá, ao Rio de Janeiro e a Rezende, juntamente
com o presidente Jair Bolsonaro, em eventos militares. Lamenta o falecimento de
dois militares da Força Aérea Brasileira. Transmite condolências aos familiares
enlutados. Relata presença na filiação do Presidente Jair Bolsonaro no PL.
8 - ADALBERTO FREITAS
Menciona comemoração do Dia Internacional da Pessoa Portadora
de Deficiência. Lembra do Dia Mundial de Combate à Aids, ocorrido no dia 01/12.
Discorre a respeito da queda no número de mortes pela doença, em São Paulo.
Defende a distribuição gratuita de medicamentos para portadores do vírus HIV.
9 - CARLOS GIANNAZI
Defende a aprovação do PDL 22/20. Solicita o apoio dos demais
deputados para aprovação do projeto citado. Defende a aprovação do PL 652/21,
que pretende prorrogar o prazo de convocação dos aprovados em concursos
públicos.
10 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
11 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária do dia 06 de dezembro, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a
sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Janaina
Paschoal.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Boa tarde a
todos. Presente o número regimental
de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os
nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior
e recebe o expediente.
Imediatamente, dou por aberto o Pequeno
Expediente e inicio a leitura dos oradores inscritos. Deputado Dr. Jorge do
Carmo. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Frederico d'Avila. (Pausa.)
Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Adalberto
Freitas. (Pausa.)
Deputado Coronel Telhada. (Pausa.)
Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputada
Janaina Paschoal. Sigo na Presidência, não farei uso da palavra. Deputado
Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, telespectador da TV Assembleia, hoje é
o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.
Na verdade, da
luta das pessoas com deficiência, que lutam por acessibilidade, por inclusão,
por políticas públicas nessa área, em todo o mundo, e sobretudo aqui em São
Paulo.
Em São Paulo,
não tem como falar do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência sem falar
desse ataque que o governo Doria fez às pessoas com deficiência, retirando a
isenção do IPVA para uma boa parte, para a maioria das pessoas com deficiência.
Isso através da
aprovação do PL 529; posteriormente, com a sanção da lei; e depois ainda com a
publicação de um decreto do “desgovernador” Doria. Olha só, atacando pessoas
com deficiência, impedindo que elas tivessem uma conquista histórica, que era
exatamente a isenção do IPVA.
Mas como a
luta, a resistência... Já dizia Michel Foucault, onde há injustiça, onde há
opressão, sempre haverá luta e resistência. E é isso que está acontecendo.
Por isso que
nós temos o movimento, Comissão 48, que é uma comissão constituída por pessoas
altamente qualificadas, preparadas do ponto de vista técnico, jurídico e
político, e de organização também da sociedade civil, fazendo propostas,
pressionando o governo a voltar atrás desse decreto, dessa proposta do fim da
isenção.
Nós apresentamos,
coletivamente, com vários deputados, com 31 deputados e deputadas, o PDL nº 85
para resolver definitivamente essa situação. Esse PDL foi formulado, repito,
sempre digo isso, pela Comissão 48, e é um projeto abraçado, um PDL abraçado
por mais de 31 parlamentares da Assembleia Legislativa. Alguns não tiveram
oportunidade de assinar a tempo, mas estão apoiando e podem, posteriormente,
assinar.
Hoje,
inclusive, foi publicado no Diário Oficial o pedido que nós fizemos de urgência
para que o PDL seja pautado com urgência e que ele entre em votação ainda em
dezembro, antes do recesso parlamentar.
E dizer que não
há nenhum motivo para que o governo continue insistindo nesse ataque à
dignidade humana das pessoas com deficiência, até porque nós estamos agora
debatendo o Orçamento.
Eu fico
perplexo com a política de desoneração fiscal, de transferência de dinheiro
público para os grandes grupos econômicos do estado de São Paulo. Isso vai
aumentar ainda mais para quase 60 bilhões de reais para o ano que vem.
É a previsão
orçamentária que está sendo debatida na LO, na Lei Orçamentária para 2022.
Tenho denunciado exaustivamente e vou continuar denunciando até que isso seja
retirado, esse item seja retirado da Lei Orçamentária.
Eu me refiro
aqui à isenção que o governo Doria está dando agora, na verdade a redução de 4
para 1% de isenção para as locadoras, para os empresários donos de locadoras de
automóveis do estado de São Paulo.
Ou seja, eles
terão um benefício, nós estávamos fazendo os cálculos, de mais de 260 milhões
de reais do erário, dos nossos impostos. Enquanto isso, as pessoas com
deficiência perderam a isenção, e o governo não sinaliza.
O deputado
Camarinha disse que estaria marcando uma reunião com o governo, parece que o
deputado Mauro Bragato também, mas nada se consolidou até agora, só conversa,
por enquanto.
Nós queremos
algo concreto. Disseram-me também, a liderança do Governo disse que o governo
apresentaria uma proposta, mas até agora não chegou nada aqui na Assembleia
Legislativa.
Por isso que
nós insistimos nessa pauta, na emergência, na urgência de que o PDL 85 seja
aprovado em caráter de extrema urgência. A urgência nós já pedimos, foi
publicada hoje no Diário Oficial. Espero que o Colégio de Líderes, na próxima
segunda-feira, delibere e aprove a urgência do projeto e a sua imediata
aprovação em Plenário.
Espero que
todos os líderes tenham essa ciência, porque como que um governo dá isenção do
IPVA, reduz de 4 para 1%, entrega 260 milhões de mão beijada para locadoras de
automóveis e massacra as pessoas com deficiência? É de uma incoerência sem
precedentes, ou também transfere milhões de reais para empresas aéreas.
Está lá no
Orçamento, as empresas aéreas continuarão tendo desconto na compra do querosene
aqui no estado de São Paulo, sem que São Paulo receba nada em troca. Então,
para as empresas aéreas tudo, para os PCDs nada.
Esse é o
tratamento desumano que o governo Doria, o desgoverno Doria tem dado,
infelizmente, não só aos PCDs, mas aos aposentados e pensionistas e outros
segmentos importantes da sociedade.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo aqui com a lista dos oradores inscritos,
chamo à tribuna o deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando.
(Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.)
Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputada
Isa Penna. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Douglas
Garcia. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Gil Diniz.
(Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do
Consumidor. (Pausa.)
Encerrada a lista oficial, inicio a
leitura da Lista Suplementar de oradores inscritos no Pequeno Expediente,
chamando à tribuna a nobre deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Jorge
Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Maurici. (Pausa.) Deputado
Coronel Telhada, V. Exa. tem o prazo
regimental de cinco minutos.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
Obrigado, Sra. Presidente. Quero saudar aqui todos os presentes, Srs.
Deputados, Sras. Deputadas, assessores e funcionários da Assembleia
Legislativa, os nossos policiais militares aqui, sempre presentes. Saúdo todos
que nos assistem pela Rede Alesp.
Sra. Presidente,
quero só fazer ciência à Casa que nesta manhã de sexta-feira, hoje, dia 3 de
dezembro de 2021, eu estive em Osasco, no quartel do 2º Batalhão de Polícia do
Exército, onde participamos de um evento comemorativo de uma solenidade militar
em comemoração ao 1º contingente do Exército Brasileiro que pertenceu às Forças
de Paz, em 1957, lá no Canal de Suez.
Inclusive, foi
feita uma moeda comemorativa, que eu recebi das mãos do Coronel Zary,
comandante do 2º Batalhão de Polícia do Exército, e acabei também sendo,
gentilmente, condecorado com a medalha dos 75 anos da vitória da Força
Expedicionária Brasileira, nos campos da Itália.
Quero agradecer
aqui ao coronel Zary, ao tenente-coronel Eronides e a todos os oficiais e
praças do 2º Batalhão de Polícia do Exército, que têm feito um trabalho muito
bacana junto ao Exército Brasileiro.
Mandar um
abraço aos amigos também, o Alfredo Duarte, o Marcelo Tibúrcio, que estão
sempre conosco nesses eventos, participando e abrilhantado todos esses eventos.
Também quero dar
ciência à Casa que hoje, dia 3 de dezembro, é o dia do município de Iguape, que
comemora hoje mais uma data de sua emancipação, de sua criação. Então, um
abraço a todos os amigos e amigas de Iguape.
Também quero
cumprimentar aqui os nossos colegas delegados de polícia, da Polícia Civil, que
hoje, dia 3 de dezembro também é o Dia do Delegado de Polícia. Já mandei um
abraço para vários amigos.
Então, um
abraço especial para os três delegados desta Casa, o Delegado Olim, a Delegada
Graciela e o Delegado Bruno Lima. Parabéns aos três colegas delegados de
Polícia, da Polícia Civil, deputados nesta Casa.
E, finalmente,
quero lembrar a todos que hoje é o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.
É comemorado internacionalmente o Dia da Pessoa com Deficiência. A gente não
pode deixar de falar, deputada, que, enquanto a gente comemora o Dia
Internacional da Pessoa com Deficiência, o nosso governador tira os direitos da
pessoa com deficiência. Interessante.
Interessante. O
mundo todo preocupado com as pessoas com deficiência, procurando ajudar na
melhor maneira possível a mobilidade dessas pessoas, e aqui em São Paulo o
governador João Doria tira os direitos do PCD, através de projetos e uma outra
série de situações que têm ocorrido. Ou seja, deputado Giannazi, o Doria, não é
que ele não gosta só de funcionário público, ele não gosta de ninguém.
Ele não gosta
de pessoas com deficiência. Ele odeia funcionário. Polícia Militar, então...
não é verdade? Ele não pode ver um policial. Professor, ele gosta um pouquinho
ainda, viu?
Mas Polícia
Militar, Polícia Civil, pessoal da Secretaria de Segurança Pública e da SAP,
ele não gosta. E ele deixa isso bem claro, porque só arrebenta os salários, não
ajuda esses homens e mulheres.
Aliás, mentiu
na campanha. Ele falou que ia se preocupar com a nossa classe e, ao contrário,
só tem arrebentado. É triste, porque a gente, quando tem um governador desse
naipe, fica até desanimado. A gente vem todo dia aqui, batalhar, pedir, e nada
é feito. É muito triste. E mais uma vez sou obrigado a falar com o governador,
para que ele cumpra sua promessa.
Até fiz uma
emenda para nosso orçamento, de 3,6 bilhões, para se fazer uma adaptação, para
se mandar 3,6 bilhões para a Secretaria de Segurança Pública, a fim de que
possa pagar, realmente, um aumento, um reajuste para os homens e mulheres da
Segurança Pública e da Secretaria de Administração Penitenciária, porque ele já
está terminando, graças a Deus.
Ele foi
escolhido pelo PSDB para ser o candidato ao governo federal, então, ele já está
saindo do governo de São Paulo, graças a Deus. Eu espero que ele vá o mais
rápido possível.
Mas fica a
proposta para o novo governador, que é o Rodrigo Garcia, para que ele faça esse
reajuste na lei do orçamento e possa, realmente, sim, dar um reajuste para a
Polícia Militar, um reajuste real, porque até agora de tudo o que foi
prometido, nada foi cumprido.
É uma pena,
porque isso deixa bem claro para toda a população quem é essa pessoa que hoje,
infelizmente, está no governo de São Paulo. É triste, mas é a triste realidade
do estado de São Paulo.
Quero saudar
aqui o meu amigo João, que estava desesperado para voltar aqui à Assembleia.
Está feliz, João? Está feliz? Ali, mostra o João, não sei se dá para mostrar a
câmera, está lá atrás, de camisa amarela, feliz.
Ele perguntava:
“Quando vai abrir a Assembleia, deputado?” todo dia. Eu falei calma, vai abrir.
E é deficiente também, tem um problema no braço, então é mais um dos esquecidos
do governo Doria. Não são só os policiais, o senhor também é, viu? Obrigado pela
presença, João.
Obrigado, Sra.
Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Dando seguimento aqui à Lista Suplementar de
oradores inscritos, chamo à tribuna o nobre deputado Gil Diniz. Terá o prazo
regimental de cinco minutos.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, deputada Janaina Paschoal; boa
tarde, deputados presentes aqui no Pequeno Expediente, deputado Carlos
Giannazi, deputado Coronel Telhada. Boa tarde a nossos assessores, policiais
militares e civis, público que nos acompanha aqui da galeria e pela Rede Alesp.
Sr. Presidente,
ontem eu fiz uma comunicação, hoje subo aqui à tribuna novamente para reiterar
o meu pedido à Casa, Presidência, Colégio de Líderes para que paute o nosso
projeto, feito por V. Exa., assinado por vários coautores, sou um deles, que
proíbe o passaporte vacinal no estado de São Paulo.
Simplesmente
absurdo, disse aqui dias atrás que a escola do meu filho está exigindo, para
que eu participe da pequena formatura que vão fazer, só para a gente ver o
nível de onde as coisas estão chegando.
Hoje havia
confirmado minha presença de Jaguariúna, me convidaram, mandaram um e-mail
dizendo: “Estamos convidando o deputado Gil Diniz”. Eu sou apoiador de rodeios,
vaquejadas e toda a atividade equestre, me convidaram.
Confirmei
presença e estava pronto para ir ao rodeio de Jaguariúna, só que lá eu preciso,
para entrar, das duas vacinas. Então, entendi que eu fui desconvidado a
participar do evento.
Então é mais
uma das situações ridículas e constrangedoras que nós estamos vendo pelo estado
de São Paulo. Se fosse só isso, estaria até bem, mas o que vemos no dia a dia
são funcionários públicos e de empresas privadas sendo perseguidos por aqueles
que por ventura não querem se inocular com essa substância experimental.
Estou entrando
também com um projeto de lei, deputada Janaina Paschoal, Coronel Telhada,
deputado Giannazi, exigindo que o governo estadual, nas propagandas de
vacinação, explique os riscos para nossa população, porque, quando passa uma
propaganda na TV de aspirina, tem ali uma tarjinha dizendo que há alguns
riscos, que tendo sintomas deve procurar o médico.
Nesse caso da
vacinação, o governo se omite, deputada Janaina Paschoal, não fala absolutamente
nada. Só fala do pró, mas não fala do contra também. Olha, mas se falar dos
contras, desses eventos adversos, a população vai ser desestimulada à
vacinação. Olha, cada um aqui tem o direito de se vacinar se quiser ou não, mas
precisa ter claro ali os benefícios e os riscos também.
A gente não
pode, o pessoal fala tanto, hoje eu vi que no Senado Federal passou um projeto
em uma das comissões proibindo refrigerante em escola infantil. A justificativa
é que tem muito açúcar e pode prejudicar a vida da criança, mas, poxa, uma
vacina experimental feita a toque de caixa, vacinando milhões de pessoas dessa
maneira, novas cepas aí saindo, ninguém fala.
Os governantes,
prefeitos, governadores, não falam dos riscos que essa vacina pode provocar.
Então acredito que é urgente e necessário. Peço aqui a colaboração dos nossos
pares para que se paute esse projeto aqui em plenário, para que nós possamos
discutir o mérito e aprovar, para que essas situações vergonhosas que nós
estamos vendo por São Paulo e pelo Brasil não ocorram mais.
Neste minuto
que me resta, deputada Janaina Paschoal, peço aqui à deputada Carla Morando,
que eu vi, não estava aqui presente, mas vi que ela pediu verificação e se
posicionou contrária ao projeto.
Mas, meu Deus
do céu, por que ser contrária a um projeto tão simples, já que quem quer se
vacinar é só ir a um posto de saúde, a vacina está lá disponível, o Estado tem
dado essas vacinas? Ninguém que queira hoje se vacinar não vai deixar de
encontrar essa vacina em um posto de Saúde.
Agora, nós não
podemos obrigar qualquer cidadão, principalmente adolescentes e crianças, a
tomar essas vacinas experimentais. Então acredito mais no convencimento do que
na obrigatoriedade, nesse autoritarismo de governadores e prefeitos que querem
a todo custo nos impor esse tipo de constrangimento, que eu não tenho dúvida
nenhuma de que seja ilegal.
A história está
registrando aqui aqueles que defendem a liberdade e esses projetos de ditadores
que querem nos inocular com essa substância experimental.
Muito obrigado,
Sra. Janaina Paschoal.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. O próximo orador inscrito é o nobre deputado Carlos
Giannazi, que terá o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectador da TV Assembleia, de volta à tribuna hoje queria fazer novamente
uma cobrança e uma denúncia em relação ao que vem já acontecendo há um bom
tempo à Faculdade de Medicina de Marília.
Inclusive eu já
fiz várias cobranças, várias denúncias aqui pela tribuna, já realizei
audiências públicas, já acionei o Ministério Público, o Tribunal de Contas, as
comissões pertinentes ao tema da Assembleia Legislativa, mas o problema se
arrasta. A irresponsabilidade do poder público vem se arrastando.
Agora, já no
final do ano, praticamente, do ano letivo, do ano acadêmico, a Famema está
demitindo seis professores da área da medicina, Sra. Presidente. Seis
professores estão sendo demitidos, professores extremamente qualificados,
preparados, com mestrado, com doutorado, são pesquisadores também. Eles estão
sendo demitidos porque a Famema não resolve uma questão histórica.
A Assembleia
Legislativa já tinha aprovado em 2006 a Lei 12.188, para resolver o problema da
Famema, incluindo a Famema em uma das três universidades do estado de São
Paulo, Unesp, Unicamp e USP, para que ela tivesse um financiamento adequado,
porque daí a Famema teria, logicamente, acesso à cota-parte do ICMS, aqueles
9,57% que financiam as universidades estaduais, mas até agora isso não
aconteceu.
A Famema foi
estadualizada do ponto de vista da lei, mas isso não foi executado ainda, isso
não vem funcionando. Então há uma confusão jurídica, porque tem uma autarquia,
que é do Hospital das Clínicas, tem duas fundações lá, a Fumes e a Famar. É uma
confusão geral isso daí, até para a gente entender é difícil.
O fato é que a
saída seria isso, que ela fosse, de fato, estadualizada e absorvida pela, no
caso seria melhor a Unesp, porque tem um campus da área da Saúde em Marília da
Unesp, mas nada disso é resolvido, não há interesse, me parece, do governo
estadual, por mais que a gente denuncie aqui.
O fato é que
seis professores estão sendo demitidos. Isso vai prejudicar a residência
médica, vai prejudicar a pesquisa, vai prejudicar o ensino e a extensão, que
são funções importantes, é um verdadeiro tripé da universidade, do ensino
superior.
Então haverá um
grande prejuízo para a população também, porque o Hospital das Clínicas, que é
utilizado pela Famema, atende a população de mais de 62 municípios da região de
Marilia.
Então nós
exigimos providências imediatas. Primeiro, para que esses professores sejam
readmitidos. E que a Famema contrate novos profissionais da Educação. Porque,
recentemente, em setembro, nós já tínhamos denunciado a falta de concurso
público para a contratação de mais professores em várias áreas.
Citei
um rol de áreas que estão sem professores para a formação dos alunos. A Famema
é uma faculdade importante de Medicina, do estado de São Paulo e do Brasil. Tem
um projeto pedagógico pioneiro, diferente.
Já
fui até lá, visitei mais de uma vez. Realizamos audiências públicas aqui na
Assembleia Legislativa. Então nós já estamos tomando providências em relação a
isso, convocando o diretor da Famema nas comissões pertinentes, e tomando
outras providências importantes.
Mas
agora nós exigimos que a Famema readmita, em caráter de extrema urgência, os
seis professores. Porque haverá um prejuízo acadêmico, haverá um prejuízo na
pesquisa e na residência dos alunos que estão no Hospital das Clínicas.
É
um retrocesso para a Medicina. Então é muito importante que haja,
imediatamente, a readmissão desses professores, desses profissionais da Saúde,
da Educação, do ensino superior da Famema.
E
que o Estado cumpra o seu papel aqui. Que é simples: cumprindo a Lei nº 12.188,
de 2006. O governo está fora da lei. Nós vamos acionar novamente o Estado, no
MP, no Tribunal de Contas do Estado, em relação a isso.
Nós
queremos um financiamento adequado para a Famema, que tem prédios alugados. Nem
tem sede própria, uma faculdade importante como essa. Então faço esse pedido.
Gostaria
ainda, Sra. Presidente, de me inscrever novamente. Alguém vai falar?
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL -
(Voz fora do microfone.) Tem mais um colega que vai fazer uso da palavra.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Eu me inscrevo da tribuna.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL -
Então ele retira a assinatura, V. Exa. fala, e depois ele assina novamente.
O SR. CARLOS GIANNAZI
- PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, deputado Gil Diniz. Eu queria também,
ainda, falar, aproveitando a oportunidade de estar ainda no Pequeno Expediente,
fazendo uso da tribuna, para fazer uma grave denúncia contra a Prefeitura de
Vinhedo, que ontem cometeu um verdadeiro atentado à advocacia, ao direito de um
advogado acompanhar uma comissão de trabalhadoras, de profissionais da Educação,
de educadoras de Educação infantil, numa reunião.
O
advogado que eu me refiro é o doutor Alexandre Mendel, um jurista especializado
na área da Educação, na área trabalhista. Ele estava acompanhando essas
educadoras e foi impedido de entrar numa reunião para dar o suporte jurídico
para as educadoras de Educação de Vinhedo, que estavam debatendo uma pauta
importante, de questões funcionais, sobretudo do enquadramento na carreira do
Magistério.
É
uma reivindicação importante, que as educadoras de Vinhedo têm organizado,
inclusive, uma luta estadual e nacional. No entanto, o advogado e jurista
Alexandre Mendel foi impedido de entrar. É um absurdo. Isso é uma afronta ao
Estatuto da própria OAB, à liberdade de expressão. Enfim, tem várias agressões
à Constituição Federal.
Então
quero fazer essa crítica pública à Prefeitura de Vinhedo, que impediu que um
advogado extremamente qualificado e preparado fosse impedido de acompanhar. Ele
estava assessorando as educadoras, uma comissão de educadoras e trabalhadoras
da Educação infantil. Isso é deplorável que esteja acontecendo.
Qual
é o medo que a Prefeitura de Vinhedo tem, de que um advogado acompanhe uma
reunião, dando uma assistência para as educadoras de Educação infantil? Esse é
um ato totalmente autoritário, que a gente tem que repudiar veementemente.
Quero
ainda, aproveitando, a oportunidade, dizer que estou recebendo muitas denúncias
no nosso gabinete. As pessoas estão vindo aqui na Assembleia Legislativa, pelo WhatsApp, pelas redes sociais,
pessoas que cursaram uma licenciatura em pedagogia, na faculdade, na Facel, que
é essa Faculdade de Administração, Ciências, Educação e Letras, cuja
mantenedora é a Associação Educacional das Igrejas Evangélicas, a Assembleia de
Deus, do estado do Paraná.
As pessoas cursaram,
e me parece que é ligada a esse grupo Unicesp, e está uma confusão esse negócio
aqui... grupo Unicesp, Facel. O fato é que as pessoas não estão conseguindo ter
acesso ao seu certificado, ao seu diploma, e elas não conseguem nem reivindicar
mais isso, porque o espaço físico, onde elas poderiam estar reclamando e
cobrando, foi fechado.
Esta faculdade
não tem o espaço físico, a única forma de comunicação, segundo o que me
trouxeram aqui as professoras, é através do WhatsApp, através de redes sociais,
de e-mail, enfim, dessas formas de redes sociais. Não tem contato físico com a
faculdade, com a administração, com a secretaria da faculdade, e não há uma
resposta concreta sobre os diplomas.
As pessoas já
se formaram há dois anos, e nada. Nada. Disseram que iam certificar, ou ir em
uma outra faculdade que não deu certo, estavam tentando uma outra, mas não há
nada de concreto, e essas professoras estão sendo prejudicadas, porque estão
deixando de ter oportunidades, de prestar concurso público, de exercer cargos
de gestão, de direção, de supervisão, de coordenação pedagógica, na rede.
Então,
inclusive, eu vou acionar, aqui, o Ministério da Educação, o MEC tem que atuar
em relação a isso, tem que fiscalizar, e também, aqui, o Conselho Estadual de
Educação, para ver se tem autorização, como que está a situação dessa Facel, me
parece que é lá em Osasco.
O grupo, esse
grupo, que eu não entendo, que são duas, não é? Grupo Unicesp, que é uma... E a
Facel é do Paraná. Um grupo do Paraná, que estranho, oferecendo curso aqui em São
Paulo dessa maneira.
Eu estou muito
preocupado. Mas nós vamos acionar o Ministério da Educação, o Conselho de
Educação, e, se nada for feito, em breve, nós vamos acionar o Ministério
Público Federal, inclusive. Federal, para fazer uma investigação neste caso
gravíssimo.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós
agradecemos, senhor deputado, e chamo à tribuna o nobre deputado Gil Diniz, que
terá o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Volto à
tribuna, presidente Janaina Paschoal, deputado Giannazi, brincava aqui comigo,
que o Coronel Telhada disse que o Doria não gosta de ninguém, mas deve gostar
muito da minha pessoa, eu que sempre o elogio aqui nos trabalhos.
Acho que é uma
frase do Márcio França, Giannazi, o Márcio França disse que o Lula, muita gente
não gosta, mas tem quem goste; o Bolsonaro, muita gente gosta, mas têm aqueles
que não gostam também; mas o Doria é unanimidade. Nem dentro do PSDB a galera
gosta dele. Aturam, aturam. E está destruindo o PSDB.
O que a
política, as CPIs, aqui mesmo neste Parlamento, da merenda, por exemplo, não
conseguiram fazer com o PSDB, o Doria está fazendo, implodindo o ninho tucano
por dentro. E, na briga dos tucanos, eu torço sempre para a briga.
Mas venho aqui
a esta tribuna só para falar para o meu eleitor, para o meu seguidor. Estive
ausente alguns dias aqui no Plenário. Fui à Brasília, mas, antes disso, estive
com o presidente Bolsonaro, na região do Vale do Paraíba e Guaratinguetá, na
última sexta-feira, escola de especialistas, onde muitos agentes da Aeronáutica
são formados.
De lá, nós
fomos para o Rio de Janeiro, para a Brigada Paraquedista. O presidente foi
paraquedista, mestre de salto, por bons anos ficou ali. Uma formatura também de
76 anos da Brigada Paraquedista no Rio de Janeiro.
Voltamos, fomos
até Resende, já próximo à divisa com São Paulo: formatura também militar,
Academia Militar das Agulhas Negras, onde são formados os oficiais do Exército
Brasileiro. Foi fantástica aquela solenidade.
Eu, que sempre
acompanhei o presidente quando era deputado federal, nesse período em que
trabalho com ele, volto como deputado estadual, e o antes deputado federal,
como presidente.
Uma cerimônia
ainda mais bonita, porque o presidente foi aluno naquela escola. É um
presidente que tem em seu histórico o militarismo, então tem aquela salva de
tiro de canhões, a cavalaria o recebendo. O presidente é formado e forjado
naquela academia militar, a Aman, Academia Militar das Agulhas Negras.
Infelizmente -
eu estava comentando com a deputada Janaina Paschoal -, aconteceu um acidente
nesse trajeto que fizemos. Dois militares acabaram falecendo, dois militares da
Força Aérea Brasileira acabaram falecendo, infelizmente, um cabo e um soldado.
Havia um sargento também na viatura que está hospitalizado, mas já não corre
risco de morte.
Então, deixo
também a minha solidariedade aos familiares. O presidente saiu de Resende, iria
voar por São José dos Campos, mas fez questão de comparecer ao velório, ao
sepultamento e prestar in loco a solidariedade à família desses militares que
estavam na missão ali no Vale do Paraíba, em Resende, no Rio de Janeiro. Então,
minha solidariedade aos familiares desses dois militares da Força Aérea Brasileira.
Nesta semana,
já no início da semana, estive em Brasília para a filiação do presidente
Bolsonaro ao PL. Agora está filiado e, provavelmente, nos próximos dias, eu
venha a me filiar também. Não vou ficar mais com a legenda “Sem Partido”. Agora
nós provavelmente encontraremos essa casa para disputar as próximas eleições.
Cumpri agenda
também com o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Estive no Palácio do Planalto
na quarta-feira e fui muito bem recebido, como sempre sou. Então, agradeço aqui
a equipe do presidente, agradeço o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que
esteve neste plenário na segunda-feira prestigiando o nosso trabalho.
Dou este
parecer aos meus seguidores, que já estavam me cobrando, deputada Janaina
Paschoal, o porquê de eu não estar aqui na tribuna ou no plenário nas votações.
Deixo aqui explicado, porque estávamos trabalhando, não estávamos a turismo,
como alguns gostam de fazer.
Tem deputado
aqui que prega de econômico, diz que não gasta nada. Se você for à liderança do
partido dele, deve estar fechada a esta hora. Hoje comentaram: “Estou ligando
lá, são 11 da manhã e ninguém atende o telefone no gabinete do deputado”. Vocês
devem saber de quem estou falando, é aquele deputado que não é muito afeito ao
trabalho.
Muito obrigado,
deputada Janaina Paschoal.
Deixo aqui
registrada essa minha agenda durante esta semana.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo com a lista dos oradores inscritos, chamo à
tribuna o nobre deputado Adalberto Freitas, que terá o prazo regimental de
cinco minutos.
O
SR. ADALBERTO FREITAS - PSL -
Boa tarde, presidente. Parabenizo a senhora, deputada Janaina Paschoal, pela
condução dos trabalhos na Presidência. O deputado Gil Diniz está presente no
plenário, meu amigo deputado Carlos Giannazi também está aqui.
Também
cumprimento os assessores que estão em ambos os lados e a nossa gloriosa
Polícia Militar, que está aqui representada e nos guarnecendo aqui. Cumprimento
também o pessoal que está aqui nos assistindo e também nos assistindo em casa.
Só quero hoje
deixar um registro: uma das bandeiras do nosso mandato são as pessoas com
deficiência. Hoje é o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Então, quero
deixar aqui registrado que é um dia de conscientização, um dia de luta, para
que a gente possa fazer cada vez mais políticas públicas para que as pessoas
com deficiência tenham os seus anseios, tenham as suas demandas atendidas pelo
Poder Público.
Quero deixar
aqui registrado, mando um grande abraço para um grande amigo meu, que é o Dr.
José Francisco Vidotto, que é meu chefe de gabinete, que é o único chefe de
gabinete cadeirante de todo o Brasil.
Uma pessoa que
eu conheço há mais de 20 anos, um excelente profissional. Tem desenvolvido um
trabalho extremamente importante no nosso gabinete, voltado para as pessoas com
deficiência.
Eu vejo alguns
deputados aqui - não gosto de criticar ninguém - da Casa que falam que
trabalham com pessoas com deficiência, mas você vai no gabinete e não tem uma
pessoa com deficiência. Mas faz parte, cada um tem o seu trabalho, e com isso
nós vamos avançando.
Quero também
aqui deixar registrado que no dia 1º de dezembro foi o Dia Internacional da
Luta Contra a Aids, e o mês de dezembro é considerado também o mês de combate a
Aids, que é extremamente importante. São Paulo registrou uma queda superior a
42% nos casos e mortes por Aids na década.
A Secretaria de
Estado da Saúde, a qual eu mando um grande abraço para o nosso secretário Jean
Gorinchteyn pelo trabalho que tem feito junto a Secretaria de Saúde, um trabalho
excepcional, esplêndido, no combate ao coronavírus.
Divulgou dados
inéditos que mostram que em São Paulo há queda de 45% na taxa de mortalidade
por Aids e de 42% na incidência de casos de doenças nos últimos dez anos no
estado de São Paulo.
Esses índices
refletem a melhoria na estratégia de prevenção e assistência da rede pública no
combate a saúde neste período. A queda de óbitos está relacionada
principalmente ao acesso e tratamento antirretroviral disponível gratuito na
rede SUS.
O estado de São
Paulo intensifica ações especiais de testagem no decorrer do mês de Dezembro
Vermelho, que é o mês de conscientização da luta contra a Aids. É possível
também realizar testes durante o ano todo nas Unidades Básicas de Saúde.
Então era isso
que eu gostaria de apresentar. Agradeço à presidente pela condução dos
trabalhos.
Muito obrigado.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós que
agradecemos, Sr. Deputado. E aqui, seguindo com a lista dos oradores inscritos,
chamo à tribuna o deputado Carlos Giannazi, que terá o prazo regimental de
cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, eu quero reforçar o
nosso pedido, o nosso apelo para que o PDL 22, Projeto de decreto legislativo
nº 22, de 2020, seja votado em caráter de extrema urgência. O PDL que trata do
fim do confisco, do roubo, do assalto aos aposentados e pensionistas.
Esse roubo e
esse assalto é feito a partir da reforma da Previdência estadual e a partir do
Decreto nº 65.021 publicado em seguida, em 2020, no auge da pandemia. E esse
confisco está prejudicando a vida de milhares e milhares de pessoas em todo o
estado: aposentados, pensionistas, que estão perdendo uma boa parte dos seus
proventos por conta desse ataque do governo Doria aos aposentados e
pensionistas.
E a situação é
tão grave que mais de 250 Câmaras Municipais de várias regiões do estado
aprovaram moções de apoio ao nosso PDL 22, que, repito, representa o fim do
confisco das aposentadorias e pensões. Mais de 250 cidades debateram nas suas
Câmaras Municipais e aprovaram. Então teve debate lá para aprovar uma moção de
apoio ao PDL 22.
Essas moções
chegaram todas aqui na Presidência da Assembleia Legislativa. Estão todas já no
sistema; qualquer pessoa pode pesquisar. E elas continuam chegando, porque as
Câmaras continuam aprovando essas moções graças a um trabalho importante de
conscientização feito pela Apampesp, pela Apoema e várias outras entidades à
frente de entidades de servidores coordenadas pelo José Gozze.
Então é um
amplo movimento em todo o estado, já consciente da situação. É um movimento que
tem muita capilaridade em várias regiões. Não é qualquer coisa que um PDL, um
projeto tenha mais de 250 moções de apoio.
Ou seja, na
prática, o que os vereadores e a sociedade estão dizendo? “Olha, nós somos
contra o confisco das aposentadorias e pensões”. Então, isso deveria pelo menos
sensibilizar os deputados.
Você tem 250,
quase um terço, praticamente, das prefeituras, das cidades se manifestando. Tem
pequenas cidades, médias cidades e grandes cidades que aprovaram essas moções.
Agora é
importante que a Assembleia Legislativa faça essa reparação, porque, como ela
foi corresponsável, ela aprovou a reforma da Previdência, então ela tem
responsabilidade agora em resolver essa situação colocando um fim a esse
confisco.
Então faço um
apelo aos 94 deputados e deputadas, aos líderes partidários, ao presidente da
Assembleia Legislativa, ao líder do Governo. Neste momento, um apelo especial à
deputada do PSDB, Damaris Moura, relatora da emenda de plenário ao PDL 22 na
Comissão de Finanças, que ela entregue com celeridade e rapidez esse parecer
até a próxima reunião da Comissão de Finanças, para que o parecer seja votado e
o projeto fique, enfim, em condições de vir para o plenário novamente, de onde
nunca deveria ter saído. Vamos aprovar o PDL 22, vamos colocar fim
definitivamente a esse confisco.
Por fim, queria
aqui também pedir o apoio à aprovação, em caráter de extrema urgência, do
PDL... Do PDL não, do PL - aí é o Projeto de lei nº 652 - que prorroga os
prazos dos concursos públicos feitos no estado de São Paulo.
Eu apresentei
no ano passado, logo no início da pandemia, para que as pessoas que tinham sido
aprovadas nos mais variados concursos no estado de São Paulo, não só para o
Executivo, para a Secretaria da Educação, SAP, Segurança Pública, Saúde, mas,
sobretudo, também para as pessoas que foram aprovadas nos concursos do Tribunal
de Justiça - nós temos os casos dos escreventes, dos assistentes sociais, dos
psicólogos -, do Ministério Público e da Defensoria Pública, para que essas
pessoas não fossem prejudicadas, porque elas estudaram, se sacrificaram, elas
passaram, foram aprovadas.
A Assembleia
Legislativa aprovou todos esses concursos. Cada um deles teve uma lei
específica que aprovou destinando já a dotação orçamentária. Agora, não tem
sentido perder isso por uma questão burocrática.
É só aprovar o
PL que eu apresentei, o 652, que a gente resolve imediatamente. Já está em
urgência, pedi urgência no Colégio de Líderes, espero que, na segunda-feira, o
Colégio tenha essa sensibilidade, defenda os aprovados nos concursos públicos,
que podem ser chamados imediatamente.
Agora, se não
aprovarem o 652, muitos concursos estarão caducando agora no dia 31 de dezembro
e essas pessoas perderão... É uma injustiça muito grande a essas pessoas que se
sacrificaram, fizeram esforços, né? Para o estado também, porque houve a
aprovação de lei, reserva de dotação orçamentária, houve também um custo para a
realização desses concursos.
Então, todos
perdem se o PL 652 não for aprovado. Seria uma irresponsabilidade muito grande
da Assembleia Legislativa e do próprio Executivo não prorrogar os prazos desses
concursos.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Não havendo mais
nenhum orador inscrito e havendo também acordo entre as lideranças, eu solicito
o levantamento desta sessão.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - É regimental,
Sr. Deputado. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças,
esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas.
para a sessão ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia.
Desejando um final de semana harmonioso a todos, está levantada a presente
sessão. Muito obrigada.
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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 50
minutos.
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