8 DE DEZEMBRO DE 2021

80ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: PAULO LULA FIORILO, CORONEL TELHADA, GIL DINIZ e TENENTE NASCIMENTO

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - PAULO LULA FIORILO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CORONEL TELHADA

Lamenta a morte do policial militar Rogério da Silva Brandão, no Rio de Janeiro, e do policial Francisco Silva, em Pernambuco. Menciona as datas comemorativas do dia. Critica a libertação de possível membro do PCC.

 

3 - LETICIA AGUIAR

Parabeniza o presidente Jair Bolsonaro pelo prêmio de personalidade do ano, da revista Time. Discorre a respeito da aprovação do Projeto Infância Protegida, na cidade de Reginópolis. Menciona intenções de instalação de escola civil militar na cidade citada. Cumprimenta os ministros Damares Alves e Marcos Pontes, por entrega de novos carros ao Conselho Tutelar. Endossa a fala do deputado Coronel Telhada a respeito do assassinato de policiais no Estado.

 

4 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

5 - PAULO LULA FIORILO

Discorre sobre a precarização dos serviços do Iamspe. Critica a contratação de enfermeiros temporários ao invés da convocação de enfermeiros em situação de anuência.

 

6 - GIL DINIZ

Menciona sua presença no programa Pânico, na Jovem Pan. Parabeniza o presidente Jair Bolsonaro pelo prêmio de personalidade do ano, da revista Time. Comenta a história de vida do presidente da República. Critica a vacinação de crianças contra a Covid-19. Mostra-se contrário a instauração do "passaporte de vacinação". Defende o cancelamento das festas de Carnaval.

 

7 - JANAINA PASCHOAL

Critica a necessidade de comprovação da vacinação para entrada em diversos locais. Questiona a eficácia e segurança da aplicação de vacinas contra a Covid-19 em crianças. Menciona casos de possíveis reações graves que acometeram bebês, após tomarem vacina contra a Covid-19, por erro médico.

 

8 - GIL DINIZ

Assume a Presidência.

 

9 - MAJOR MECCA

Critica quantia a ser utilizada para decoração natalina do Palácio dos Bandeirantes. Afirma que o governo estadual não é transparente na divulgação dos orçamentos. Tece críticas ao governador João Doria.

 

GRANDE EXPEDIENTE

10 - JANAINA PASCHOAL

Pelo art. 82, discorre sobre o trabalho parlamentar. Comenta o envio de emendas parlamentares a cidades do interior. Reafirma os compromissos do seu mandato. Repudia as notícias falsas a seu respeito. Cita momentos da carreira universitária.

 

11 - JANAINA PASCHOAL

Solicita a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.

 

12 - PRESIDENTE GIL DINIZ

Defere o pedido e suspende a sessão às 15h09min.

 

ORDEM DO DIA

13 - TENENTE NASCIMENTO

Assume a Presidência a reabre a sessão às 16h45min. Encerra a discussão e coloca em votação requerimento de urgência ao PL 771/21.

 

14 - TEONILIO BARBA LULA

Encaminha a votação do requerimento de urgência ao PL 771/21, em nome do PT.

 

15 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO

Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de urgência ao PL 771/21.

 

16 - DOUGLAS GARCIA

Declara voto contrário ao requerimento de urgência ao PL 771/21.

 

17 - JANAINA PASCHOAL

Declara voto contrário ao requerimento de urgência ao PL 771/21.

 

18 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO

Registra as manifestações. Coloca em votação, separadamente, e declara aprovados requerimentos, dos deputados Gil Diniz e Frederico d'Avila, de constituição de comissão de representação com a finalidade de participar do "Brasil Profundo: A Redescoberta de Quem Somos - Edição Mato Grosso", a realizar-se nos dias 10 e 11/12, em Cuiabá-MT. Convoca, para 9/12, às 11 horas, reuniões conjuntas das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Administração Pública e Relações do Trabalho e de Finanças, Orçamento e Planejamento; das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Finanças, Orçamento e Planejamento; e das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Saúde e de Finanças, Orçamento e Planejamento.

 

19 - DOUGLAS GARCIA

Para comunicação, repudia intenção do governador João Doria de vacinar crianças contra a Covid-19. Solicita à Anvisa que não defira o pedido do governo paulista nesse sentido. Defende o PL 668/21, que proíbe a exigência de "passaporte de vacinação".

 

20 - DOUGLAS GARCIA

Solicita o levantamento dos trabalhos, por acordo de lideranças.

 

21 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 9/12, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Paulo Lula Fiorilo.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - PAULO LULA FIORILO - PT - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Iniciamos agora, então, o Pequeno Expediente. A primeira oradora é a deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Professor Walter Vicioni. (Pausa.) Dra. Damaris Moura. (Pausa.) Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputada Janaina. (Pausa.) Deputado Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputada Edna Macedo. (Pausa.)

Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Frederico d'Avila. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.)

Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Está aqui, mas... Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Está registrada a presença do senhor, mas vai fazer uso da palavra? Perfeito. Então tem a palavra, pelo tempo regimental, Coronel Telhada. Sempre às ordens.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, presidente Paulo Fiorilo. Quero saudar todos, deputadas e deputados presentes e todos que nos assistem pela Rede Alesp. Saudar aqui os policiais militares da Assistência Policial Militar, em nome de quem sempre saúdo a nossa Polícia Militar.

Sr. Presidente, eu quero aqui começar, infelizmente, trazendo já más notícias sobre a Segurança Pública, porque, não bastasse o descaso do governo de São Paulo com a nossa Segurança Pública, em todo o Brasil nós temos aí problemas de policiais sendo mortos diariamente pelo crime.

Nós temos esse primeiro policial, que foi morto em Anchieta, no Rio de Janeiro. É o subtenente do 41º Batalhão lá de Irajá. Ele foi morto nesta quarta-feira, dia 8, durante um patrulhamento na Avenida Nazaré, em Anchieta. Ele é o Rogério da Silva Brandão, de 58 anos, e foi baleado na cabeça e socorrido no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo.

Então é mais um caso de que ninguém vai se preocupar, porque eles estão preocupados se o vagabundo foi algemado na motocicleta, né? Ele teve que correr atrás da motocicleta. Oh, que crime grave, que tortura. Mas policial morrendo todo dia, tiro na cabeça, é de menos importância.

O subtenente Rogério da Silva Brandão estava há 26 anos na corporação e deixou esposa e dois filhos. Então essa é a realidade. Lá no Rio de Janeiro, neste ano, são 72 agentes da Segurança Pública assassinados. Destes 72, 53 são policiais militares. Infelizmente, as nossas condolências à família do subtenente Rogério e à Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Temos a lamentar também a morte de um cabo lá em Pernambuco, o cabo da Polícia Militar Francisco Silva, conhecido como cabo Francisquinho, lá na cidade de São José de Belmonte, no sertão de Pernambuco. Ele foi morto ontem, terça-feira, quando dois homens armados em uma moto atiraram contra o cabo Francisco Silva, que era muito conhecido na cidade. Infelizmente ele não resistiu e faleceu.

Essa é a nossa triste realidade. Aqui em São Paulo, policiais sendo atacados por criminosos e baleados, por todo o Brasil, policiais sendo assassinados, mortos, mas a preocupação do nosso governo é ficar ampliando aí os museus LGBT, museu de favela, museu de índio. Essa é a preocupação. Não é pagar bem o funcionalismo, a Saúde, a Educação, a Segurança, não, não. É ficar fazendo mise en scène para falar que está fazendo alguma coisa. A covardia do governo de São Paulo é espantosa e vergonhosa.

Hoje nós temos aqui vários municípios aniversariando também, dia 8 de dezembro. Nós temos os municípios de Caconde, Campinas, Diadema, Dracena, Guararapes, Guarulhos, Jandira, Mariápolis, Mauá, Mendonça, Nova Castilho, Palmares Paulista, Parapuã, Pereiras e Votorantim.

Quero mandar um abraço a todos os amigos e as amigas desses municípios. Em especial, quero mandar um abraço para o município de Guarulhos, que é logo aqui ao lado de São Paulo, onde nós temos vários colaboradores, vários amigos.

Servi duas vezes no município de Guarulhos, no ano de 2003 e 2006 e 2007, aí no CPA/M-7, junto ao 15º Batalhão. Mandar um abraço a todos os nossos amigos e amigas da querida cidade de Guarulhos por mais um aniversário na data de hoje e mandar um abraço para o meu amigo Marcão também, Marcos Vinícius - o Marcão Amaral, como é chamado lá -, um abraço ao Marcão e a todos os amigos e amigas da querida cidade de Guarulhos.

Hoje também, Sr. Presidente, dia 8 de dezembro, é o Dia da Justiça. Olha só que interessante, Dia da Justiça. Interessante, né? A justiça que não existe no País. É uma justiça temerosa, é uma justiça irreal.

Eu falo isso porque vocês lembram que nós passamos aqui, esta semana, o vídeo daqueles policiais sendo atacados lá na zona norte, no 18o Batalhão. Depois, também, outro policial sendo atacado em outra região.

Pois bem, isso foi no domingo. E já na segunda-feira, a Justiça - essa chamada Justiça, que aliás faz aniversário hoje - liberou o vagabundo que atacou aqueles dois policiais. Ele foi preso no domingo, e na segunda-feira ele já estava em liberdade. Então, essa é a Justiça no Brasil: aos bandidos, tudo; aos policiais, nada.

Se fosse um policial que tivesse alguma falha, com certeza estaria recolhido, preso. Se fosse um policial que tivesse atacado um vagabundo daquele jeito, com certeza o policial estaria preso no Romão Gomes hoje. Mas não, o tal de Cleyton, esse vagabundo de 40 anos, membro do PCC - Primeiro Comando da Capital -, está aqui no jornal e também tem várias passagens pela Justiça: foi acusado de roubar um rádio também.

Então, ele não só é do PCC, como tem várias passagens pela Justiça por outros crimes. Esse é o indivíduo que foi preso pela Polícia Militar no domingo e na segunda-feira já estava em liberdade, já foi liberado pela Justiça. Porque, para a Justiça, atacar um policial é um crime de somenos importância. Para a Justiça, matar, traficar, roubar é de menos importância. O que não pode é mexer com vagabundo; aí você está ferrado.

Se você falar mal de vagabundo, mexer com vagabundo ou criticar alguma autoridade lá do STF, aí você está enrolado. Mas matar policial você pode; atacar policial você pode; traficar você pode.

Porque no dia seguinte, no próprio Fórum Criminal da Barra Funda, o Cleyton foi colocado em liberdade pela audiência de custódia. Então, essa é a nossa triste realidade brasileira, a Justiça que não existe. Uma vergonha a Justiça brasileira; é uma vergonha o governo de São Paulo.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - PAULO LULA FIORILO - PT - Obrigado, deputado Coronel Telhada. Seguindo a lista do Pequeno Expediente, deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.)

Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. Tem a senhora a palavra pelo tempo regimental.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PSL - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento V. Exa., cumprimento os parlamentares presentes, servidores e todos os que nos assistem pela Rede Alesp, esse canal de comunicação que leva informação daqui da Assembleia Legislativa a toda a população do estado de São Paulo e do Brasil.

Quero iniciar a minha fala parabenizando o nosso presidente Jair Messias Bolsonaro pelo prêmio de personalidade do ano de 2021, escolhido pela revista “Time”.

Parabéns ao nosso presidente, que tem enfrentado muitos desafios, muitas dificuldades em comandar este país, em governar esta grande nação que é o nosso Brasil.

Com uma equipe qualificada, com empenho e com os valores tão bem enraizados, valores da família, valores cristãos, valores conservadores, ele tem feito um belíssimo trabalho; não à toa foi escolhido Personalidade do Ano pela revista “Time”. Parabéns ao nosso presidente e a todo o governo Bolsonaro.

Quero aqui também, de forma especial, falar com o povo de Reginópolis, onde estive recentemente, que acabou de passar por eleições suplementares. O então presidente da Câmara, o vereador Ronaldo, nosso candidato a prefeito na cidade, foi eleito neste domingo.

Parabéns ao prefeito Ronaldo Correa. Que Deus abençoe você nessa missão de cuidar de uma cidade, de cuidar de pessoas, de exercer um trabalho digno e humano para essas pessoas que depositaram em você esse voto de confiança.

Tenho certeza de que Reginópolis está em boas mãos. Conte com esta deputada, que foi aí fazer campanha contigo, está aqui na Assembleia Legislativa para ser parceira de Reginópolis.

De forma especial, também quero mandar um abraço aos vereadores Leonardo e Ednelson, nossos amigos do município de Reginópolis. Temos trabalhado em conjunto, e esse trabalho já está trazendo resultados.

Eles apresentaram, na Câmara Municipal, um projeto que é de minha autoria,  o Projeto Infância Protegida, que proíbe o uso de recursos públicos para eventos que possam promover sexualização e erotização de crianças.

Assim, protegemos a nossa infância e a nossa juventude, e também destinamos recursos para projetos culturais que, de fato, sejam importantes para a população,  prestigiando também os artistas locais e regionais.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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Então, parabéns a toda a Câmara Municipal de Reginópolis, que aprovou em unanimidade o Projeto Infância Protegida na cidade. E agora, também com o nosso prefeito Ronaldo devidamente eleito pelo povo, ele certamente irá sancionar e será lei no município de Reginópolis. Parabéns, muito orgulho desse trabalho que vocês estão realizando. Contem com esta deputada e com toda a nossa equipe.

Lembrando também que o prefeito Ronaldo já inicou uma conversa para a escola cívico-militar no município de Reginópolis. Também em conversa com o Ministério da Educação, vamos integrar essas forças para, muito em breve, poder levar essa conquista também para o município.

Quero dizer, presidente, que no domingo, aqui na Assembleia Legislativa, nós tivemos um evento importante, contando com dois ministros do Estado: a nossa querida, amada ministra Damares Alves, ministra dos Direitos Humanos, da Família e da Mulher, e também o nosso competente, querido, carismático ministro Marcos Pontes, nosso astronauta brasileiro, que tem inclusive uma ligação muito especial com a minha cidade de São José dos Campos.

Nós estivemos com eles aqui na Assembleia Legislativa, na entrega de diversos carros para os conselhos tutelares. Carros novos para que os conselhos tutelares possam trabalhar com mais efetividade no combate à violência contra as nossas crianças, mulheres e famílias.

Na ocasião, também foi entregue uma Van dos Direitos, que é uma van que vai circular todo o estado de São Paulo em diversos municípios, especialmente naqueles municípios mais vulneráveis, mais carentes, em comunidades que muitas vezes não têm acesso a tratamento digno de atendimento para emitir um documento, para uma orientação a respeito de aposentadoria ou como consumidor.

Uma van que vai circular o estado, prestando atendimento jurídico para a população mais vulnerável. Parabéns a todos os envolvidos, todo o Ministério dos Direitos Humanos, o Ministério da Ciência e Tecnologia e o governo federal. É um trabalho integrado com o governo federal, o Estado e os municípios que também estão abraçando essa causa.

Quero mandar um beijo especial para a secretária nacional da família, a Angela Gandra, uma mulher incrível. Angela, estamos juntas nessa missão para espalhar o Programa Famílias Fortes por todo o estado de São Paulo, por todos os 645 municípios.

Que os prefeitos, os vereadores abracem essa causa do Programa Famílias Fortes, porque, se tivermos famílias fortes, estruturadas, teremos uma juventude melhor, mais sadia. Deixaremos um legado melhor para o nosso País.

Por fim, quero reforçar que o presidente citou sobre o que os policiais enfrentaram no último domingo aqui em São Paulo, quando foram atacados. Triste, lamentável ver cenas como essas. É revoltante ver que nada acontece com os criminosos que atacam os policiais de forma tão injusta.

Vale destacar que eu sou autora de um projeto de lei que insitui o Programa Fluxo Zero. O Caminhão Tempestade para, justamente, combater essas badernas, algazarras, aglomerações, bagunças que importunam as pessoas de bem.

O Poder Público precisa dar um recado muito claro para quem incomoda o cidadão de bem e ainda põe em risco a vida do policial. O policial não pode ser o primeiro escudo diante dessas situações. O Caminhão Tempestade ali resolveria aquela aglomeração e não colocaria em risco os nossos agentes policiais.

Quero dizer a vocês que acompanham o nosso trabalho que acessem também o nosso site, o nosso portal de notícias www.aquietrabalho.com. Lá vocês podem acompanhar projetos de lei importantes como esse, o Fluxo Zero – Caminhão Tempestade e também tantos outros, todas as nossas vistorias e fiscalizações pelo estado de São Paulo afora.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra. Deputada. Próximo deputado, deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado José Américo. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.)

Pela Lista Suplementar, deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, aqueles que nos acompanham pela Rede Alesp, assessorias aqui nas bancadas, eu, neste último final de semana, fiz uma viagem pelas regiões de Araçatuba. Visitei várias cidades ali, como Birigui, Avanhandava, Cafelândia e, na região de Jales, Aspásia, Santana da Ponte Pensa e Santa Salete.

É interessante porque, conversando com os funcionários públicos, com os servidores, a grande preocupação deles foi a lei, aprovada aqui, que aumentou o desconto dos inativos e, por outro lado, o atendimento ao Iamspe inexiste.

Estivemos lá conversando em Penápolis, e o pessoal falou que a situação da região é grave, porque diminui o número de convênios, o que dificulta o atendimento àqueles que dependem da saúde do Iamspe.

Infelizmente a gente percebe que a situação previdenciária do estado vai continuar arrochando os trabalhadores, ou por conta do aumento das alíquotas, ou por conta do aumento da idade, e não resolveu o problema efetivo da previdência.

Aqui eu acho que é uma pista interessante. Eu recebi de um companheiro, o Nilson Passos, dizendo o seguinte: que o governador Doria não vem respeitando os concursos homologados e, principalmente, os profissionais que já assinaram a anuência. São 195 enfermeiros que já assinaram essa anuência para contemplar 28 hospitais estaduais, e o Doria não libera nomeações.

E pior, lançou um edital ontem para contratar enfermeiros temporários, mas e os que já assinaram para repor vacâncias desde 2018? Esse é o governador Doria, que acaba não contratando os servidores concursados, que podem ser efetivados, que já tiveram, inclusive, a anuência, o concurso homologado, o que poderia ajudar a evitar o déficit.

Uma das questões que nós temos colocado nesse debate é a importância de aumentar o número de concursados. Nós temos defasagem na Saúde, na Educação, na Segurança Pública, na Assistência Social, e o governo, muitas vezes, opta pela terceirização, no caso da Saúde, fazendo com que a arrecadação para o instituto da Previdência diminua.

Ao diminuir, o governador manda para cá projetos de lei para aumentar a alíquota, para cobrar de inativos, o que, na realidade, não resolve o problema e acaba sufocando os trabalhadores que prestaram o serviço ao longo dos anos, aqueles que estão na ativa e não têm atendimento adequado do Iamspe.

Esse governo é uma piada. E vou insistir aqui: continuar tentando resolver o problema do caixa da Previdência com reforma é um equívoco, reforma que aumenta alíquota, que taxa inativos. Daqui a pouco não tem mais ninguém para taxar, e o rombo vai continuar. Na minha opinião, uma das formas era contratar.

Então, eu queria deixar aqui esse alerta, mais um, porque não é só esse caso, a gente tem vários outros casos de concursos homologados em que os servidores não são chamados e que existe aí um buraco enorme. Esse caso específico dos enfermeiros é muito grave.

O deputado Gil Diniz, que está aqui no plenário, conhece o Hospital de São Mateus. O problema lá, deputado Gil, não é só de emenda, o problema lá é de estrutura, de funcionário, não é? O teto outro dia caiu e quase acerta um paciente que estava na maca, você tem a ausência de profissionais.

Ali havia inclusive um debate de transferir para o município. Talvez pudesse ser até a saída, não a terceirização, mas a transferência para o ente municipal, até porque o Hospital de São Mateus, para quem conhece aquela região, é um hospital importante, para uma região densamente povoada, que precisa de atendimento.

Enquanto o governador continuar com essa política de não contratar, de terceirizar, sofre a população que precisa de atendimento, no caso da Saúde. E tem enfermeiros, 195, que poderiam ter sido contratados, e não foram.

Então quero deixar aqui o meu repúdio a essa atitude. Nós vamos questionar o secretário da Saúde, pedindo explicações para que a gente possa ter, de fato, os concursados assumindo as suas funções.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado. O próximo deputado é o deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente. Boa tarde aos deputados presentes aqui no Pequeno Expediente, deputado Paulo Fiorilo, aos nossos assessores, policiais militares e civis, ao público que nos assiste pela rede Alesp.

Presidente, chego agora da “Jovem Pan”. Estive hoje no “Pânico” repercutindo um pouco do nosso trabalho, a nossa atuação parlamentar aqui na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, falando também das ações do governo federal por São Paulo e pelo Brasil.

E hoje vi que a deputada Leticia Aguiar já comentou. A rede social ontem parou por conta da eleição do presidente Bolsonaro como personalidade do ano pela revista “Time”. A gente sabe que a grande mídia tem um viés extremamente de esquerda, mas a votação lá foi popular. Então, pelo voto popular, teve ele essa eleição, eleito personalidade do ano. Então parabéns ao presidente Jair Messias Bolsonaro pelo que é, pela pessoa que é, pela trajetória de vida, pelo seu histórico pessoal.

Só lembrando, Coronel Telhada, fala-se tanto do Luiz Inácio, aquele sindicalista que cortou o próprio dedo para ascender politicamente, falam muito da trajetória de vida dele, mas se esquecem de contar, de falar da trajetória de vida do presidente Bolsonaro. Para quem não conhece, ele nasceu em uma cidade do interior paulista chamada Glicério.

O pai dele era dentista prático, aquele dentista que, antigamente, não tinha formação acadêmica, mas entendia na prática do ofício. E viajava pelas cidades do interior.

Morou ali na região de Campinas, o presidente foi registrado, depois se mudaram para a região do Vale do Ribeira. Moraram em várias cidades ali, a maior parte do tempo em Eldorado paulista.

Então o presidente, de uma família de italianos, descendente de uma família de italianos, uma família numerosa, uma família pobre, cresceu na região mais pobre do estado de São Paulo.

Por mérito próprio, estudando em escola pública, sempre em escola pública, passou na preparatória de cadetes do Exército, depois fez outro concurso extremamente concorrido como o da preparatória, passou na Aman, Academia Militar das Agulhas Negras.

Foi declarado aspirante a oficial, terminou a sua carreira como capitão do Exército, entrou para a política. Foi eleito, primeiro, vereador, depois disputou consecutivamente várias eleições, sempre eleito e reeleito deputado federal, invicto, nunca perdeu uma eleição.

Então a história de uma família de imigrantes italianos, de uma família humilde, de uma família pobre é a história de um menino pobre do interior paulista que ascendeu socialmente por seu mérito e chegou à Presidência da República. Então, mais uma vez, parabéns ao presidente Jair Messias Bolsonaro.

Presidente, para finalizar esse tempo que me resta, vindo aqui para a Assembleia de São Paulo me resumiram a comitiva do governador, deputada Janaina Paschoal. Eu fiquei preocupado.

Está dizendo que vai separar 12 milhões de vacinas para crianças de três a onze anos. A gente sabe, Coronel Telhada, que no Butantan estão paradas ali cerca de 15 milhões de doses, que provavelmente não vão ter destino, porque há outras vacinas sendo disponibilizadas também.

E o governador agora quer aplicar nas crianças. Depois que conseguir aplicar nas crianças, vai passar para pet, provavelmente. Vai querer vender vacina para aplicar em gato, cachorro, periquito, passarinho?

Porque fica cada vez mais claro que o intuito do governador é só vender vacina. Não é a Saúde, coisa nenhuma, da nossa população. É só vender vacina. O governador é um lobista da Big Pharma. Nós temos um lobista destas empresas no Palácio dos Bandeirantes.

Vai pedir autorização à Anvisa. Eu espero seriedade nessa determinação da Anvisa. E o nosso repúdio ao governador, que diz que também está avaliando a obrigatoriedade do passaporte vacinal aqui em São Paulo, para todos os lugares. Diz que vai cancelar o Natal e o Ano-Novo. O Natal, uma festa religiosa, ele gosta de cancelar, como cancelou a nossa Páscoa no ano passado.

Para finalizar, a gente sempre solicita que se cancele o Carnaval. Ele não tem coragem de chegar e falar: “O Carnaval está cancelado. Não vai ter um real de dinheiro público nessas festas. Nós não vamos permitir”.

Provavelmente, porque já fechou contratos com várias cervejarias, tem seus compromissos da Lide. O governador tem os seus grandes parceiros, os seus grandes contratos, e é um lobista.

Então eu repudio o que o governo tem feito, agora querendo vacinar criança a partir de três anos de idade. Mais uma vez: não está pensando em Saúde coisa nenhuma. Está pensando, estritamente, em vender vacina, porque é um lobista do regime comunista chinês e das suas empresas.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. A próxima deputada é a deputada Janaina Paschoal.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento as pessoas que nos acompanham, V. Exa. Sr. Presidente, colegas deputados, funcionários desta Casa. Eu iria abordar um outro tema, mas, haja vista a fala do colega Gil, que me antecedeu, eu vou novamente tratar da questão do passaporte da vacina e da vacinação de crianças.

Deixando muito claro que eu não corroboro com muitos dos argumentos das pessoas que são contrárias ao passaporte da vacina. Entendo que algumas ideias são excessivas, são exageradas.

Mas não me parece adequado que nós possamos impedir um cidadão de entrar num hospital para fazer um procedimento porque não se vacinou. Ou um estudante - como agora a Unicamp, a USP, a Unesp -, de participar das aulas presenciais porque não se vacinou.

Porque, cientificamente falando, essa exigência, essa imposição, ela não tem lógica. Quando começou a luta pela vacina, se falava em vacinar 70% da população. Nós já estamos muito além, em especial aqui no estado de São Paulo, sobretudo na Capital. E querem impor 100% de vacinação. Então é uma medida de autoritarismo pelo autoritarismo.

O nosso ponto de convergência é que as vacinas estão sendo disponibilizadas. As informações também estão: favoráveis, contrárias. Eu gostaria que houvesse maior qualidade nas informações. Sou muito sincera.

Cada cidadão, cada família, vai decidir. Não tem sentido as pessoas sendo demitidas, com justa causa, por não quererem se vacinar. Nós estamos falando de um direito individual. Então esse é um aspecto.

Outro aspecto, que me parece ainda mais relevante, é o da vacinação das crianças. Eu estou acompanhando essa pandemia desde antes dela chegar aqui. Pela imprensa internacional, pelos textos que foram sendo publicados.

A verdade é que não há estudos categóricos nem sobre a segurança nem sobre a eficácia destas vacinas em crianças. Na verdade, Não há nem com relação aos adolescentes, quem dirá em crianças.

Os poucos estudos que há, foram desenvolvidos pelas próprias empresas que vendem o produto. Meu Deus do Céu, será que ninguém percebe que existe um conflito de interesses?

E eu estou muito preocupada, porque antes havia a discussão sobre a vacinação de adolescentes entre 12 e 18 anos. Agora, já se fala em bebês. Começaram a falar de cinco a doze. Agora, já não, é bebê.

E nós tivemos um caso aqui em São Paulo, no interior do Estado, na cidade de Sorocaba, de uma enfermeira. Coitada, eu tenho até pena. Ela cometeu um grave erro, que, com certeza, terá consequências jurídicas. Então, eu não quero aqui, meu Deus, ser descortês com a enfermeira que deve estar passando o momento mais difícil da vida dela, mas ela errou na hora de aplicar a vacina das crianças. No lugar de aplicar aquelas vacinas típicas dessa primeira infância, ela aplicou a vacina anti-Covid.

No caso, foi a Coronavac, mas poderia ter sido qualquer outra. As crianças foram hospitalizadas. Em um primeiro momento, para observação. Hoje, infelizmente, tem uma notícia, porque os meios de comunicação estão abafando, no sentido de que duas crianças estão em estado grave.

Um bebezinho está tendo convulsões. Convulsão atrás de convulsão. E mesmo a única matéria que foi veiculada diz o quê? “Ah, estão investigando se tem conexão...”. Meu Deus do Céu.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.

 

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Então, o mínimo que a gente pede é seriedade. Não se fala tanto de amor à ciência? Já que aconteceu esse caso terrível desse erro, vamos observar o que está acontecendo com essas crianças.

Ou vão querer dizer que os efeitos graves nesses pequenos bebês são coincidência? Não podem ser levados em consideração, proporcionalmente? Porque é isso que dizem.

Quando uma pessoa tem um efeito grave à vacina, adverso grave, uma morte, o que dizem? “Ah não, mas proporcionalmente os benefícios da vacina são muito maiores”.

Mas será que é justo utilizar esse raciocínio quando nós estamos tratando de crianças? E eu volto a dizer, crianças não são impactadas pela Covid com a mesma gravidade que são os adultos, sobretudo os mais maduros.

É justo instrumentalizar esses bebês, para não sei qual finalidade? A meu ver, é para vender. Infelizmente, eu concordo, deputado. A meu ver, é para vender. Mas as pessoas bem-intencionadas, inclusive da minha família...

Eu tenho parentes que têm filhos pequenos e estão esperando para vacinar seus filhos. E eu o que que digo? Eu respeito. Eu respeito, como também tem que ser respeitado o casal que não quer vacinar o seu bebê.

 Esse lobby desgraçado, porque não tem outra terminologia, quer criar uma situação para que os pais que querem vacinar tenham liberdade de decisão, mas os que não querem, não.

Então, o que eu peço é honestidade. Crianças na cidade de Sorocaba que foram vacinadas por equívoco estão passando muito mal. A Anvisa vai fechar os olhos para isso? Os artistas, os políticos, os formadores de opinião vão fechar? Isso é fato. Não se pode fechar os olhos para fatos.

Então, os excessos de quem demoniza vacinas - infelizmente, eu digo isso, eu sei que tem gente que fica brava - estão prejudicando uma causa nobre, uma causa da maior seriedade.

Quando o cidadão vem com argumento maluco para cima de mim, eu procuro me distanciar, porque contamina minha luta, que é uma luta correta, é uma luta em prol da ciência, porque a ciência não negligencia fatos.

Então, nós vivemos, sim, um momento de gravidade e de seriedade, e, nesse aspecto, com todas as divergências que eu tenho a ele, e muita gente acha que estou puxando o saco para poder ter apoio.

Eu não sou pau mandado de ninguém, mas, nesse aspecto, o presidente tem sido, sim, um grande lutador. Eu sou justa. Eu reconheço. Da mesma maneira que subo aqui para falar quando discordo, quando vejo que ele está certo, eu reconheço. Hoje, nós devemos a ele o fato de as pessoas não estarem sendo vacinadas à força.

Então, é muito sério. Vamos observar esse caso de Sorocaba com olhar científico, com honestidade e consciência. O que é contra a ciência é eleger verdades absolutas e querer impor, sem discussão.

Obrigada, presidente. Desculpe o excesso aqui.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, nobre deputada Janaina Paschoal. Se a justiça dos homens não agir, deputado Nascimento, da divina esse pessoal não escapa.

O que estão fazendo é anticientífico, estão violando um direito humano básico. Estão colocando vidas em risco. “Ah, o evento adverso é mínimo; proporcionalmente é insignificante.” Fala para uma mãe que perdeu o filho que a vida do filho dela era insignificante. Não se justifica.

Com a palavra, o nobre deputado Major Mecca. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

 O SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todos os funcionários que nos dão suporte no nosso trabalho, nossos policiais que estão aqui zelando por todos.

Gostaria de mostrar aos Srs. Deputados um exemplo da importância da fiscalização às ações do governador e do Governo do Estado de São Paulo, o que o governo está fazendo.

Nós estamos preparando um requerimento de informação para uma publicação do Diário Oficial de hoje. Coloca na tela, por favor, para que todos vocês que nos acompanham pela Rede Alesp, pela rede social, tomem conhecimento.

Está no Diário Oficial de hoje, olha só. Um estrato de proposta de doação. Qual é o objeto? O Governo do Estado quer fazer a instalação temporária de árvore natalina com 15 metros de altura, seis metros de diâmetro, para ornamentar a área externa do Palácio dos Bandeirantes para as festividades de final de ano. O valor da árvore de Natal, valor da instalação, manutenção, desmontagem e retirada dos materiais: 420 mil reais.

Nós trabalhamos intensivamente, arduamente, percorrendo hospitais, escolas, quartéis, delegacias. As paredes, teto de hospital caindo em cima de paciente, teto de delegacia caindo em cima de viatura, e nós constatamos no Diário Oficial 420 mil reais por uma árvore de Natal.

Outro dia, enviamos um requerimento de informação que o governo não respondeu ainda. A água mineral que vai no jatinho do governador, que nós pagamos, que a gente sai agora ou pede na internet uma garrafa de água e paga um real, o governo paga 11 reais na garrafinha de água mineral.

É só você pedir agora. Se você entrar na internet, você paga e eles entregam a água aqui para você, na porta, por um real. O governo paga onze. O governador tem que comer um “amendoinzinho” quando ele está no jatinho.

Aí você pede na internet e vem por três reais. Ele paga não sei quanto, cinco, seis vezes mais, e nós não temos a resposta desses requerimentos de informação, ou seja, no estado de São Paulo não tem transparência em nada.

O Orçamento, que ultrapassa os 350 bilhões de reais, não chega nos hospitais, não chega nas delegacias, nas escolas, nos quartéis, na Infraestrutura, no Saneamento Básico. Ninguém sabe onde está. E está aqui mais uma prova no Diário Oficial de hoje: “Quatrocentos e vinte mil reais para uma árvore de Natal no Palácio dos Bandeirantes”. Tenha a santa paciência, desgovernador João Doria. O povo está passando fome.

Você, com a política de “fecha tudo e a Economia a gente vê depois”, nós estamos colhendo um fruto extremamente árduo para o povo do estado de São Paulo, com microempresas, pequenas empresas falidas, fechadas, alto desemprego, que você provocou com medidas totalmente afastadas de critérios técnicos. E agora me aparece com árvore de Natal de 420 mil reais.

Mas vocês sabem por quê, Srs. Deputados, que o governador faz isso? Porque não é dinheiro dele. Ele não tem a mínima noção do que é capaz de se fazer com 400 mil reais para se ajudar o ser humano. Acha que um homem desse tem condições morais, tem condições técnicas para estar à frente de uma nação como o Brasil? Não tem. Nunca foi um líder; nunca será.

É um péssimo gestor, um mentiroso, que até o presente momento nós não descobrimos com o que esse sujeito está preocupado. O nosso estado lidera o número de mortes no País.

As federações de Enfermagem têm o estado de São Paulo como o primeiro do ranking em falta de equipamentos de proteção individual aqui no nosso Estado para proporcionar condições de trabalho aos médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem.

E aonde está indo o dinheiro dos nossos impostos? Para onde está indo esse dinheiro? Muito difícil alcançarmos essa resposta considerando que os pedidos de impeachment protocolados nesta Casa foram monocraticamente arquivados pelo presidente da Assembleia. Os pedidos de investigação do Orçamento empenhado na crise sanitária não vão adiante.

Então nós chegamos a uma conclusão de que essa situação no estado de São Paulo tem que acabar. O PSDB tem que ser expurgado da política do estado de São Paulo, porque esse desrespeito, esse tamanho desrespeito pelo povo do nosso Estado é inadmissível.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, nobre deputado Major Mecca. Encerrada a lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Tem a palavra.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Eu queria falar pelo PSL, pelo Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - É regimental. Vossa Excelência tem a palavra.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PELO ART. 82 - Obrigada. Eu volto à tribuna para - é interessante - falar como é difícil ser parlamentar. Como é difícil e, sei lá, às vezes eu acho que a gente falar a verdade - sempre eu acho -, mas abrir um pouco o coração é importante.

Tem hora que dá vontade de largar mão, porque a gente se mata para fazer a coisa correta. A gente se mata para estudar os projetos, para defender os bons projetos. Todos os deputados aqui são testemunhas, sejam os da esquerda, os da direita, os do centro, os independentes, de que eu me dedico a cada projeto, de que eu sempre estou disposta a ouvir um colega com as suas considerações.

Vou até os colegas, recebo quem quer ir no meu gabinete, ouço, procuro ler os e-mails, atender. Recebo vereadores, prefeitos, vice-prefeitos, representantes da sociedade civil, a semana inteira.

É óbvio que tem que ter uma agenda, tem que ter uma organização. É difícil. São 645 municípios e eu tive a honra... Não fico falando isso, porque eu acho que é pedantismo, né? Eu acho ridículo, mas eu preciso falar para explicar: eu tive a honra de ser a primeira, ou a segunda, em alguns lugares a terceira mais votada, porque, se não fosse assim, eu não teria a votação que eu tive.

Só que tem um dilema grande, porque eu não aguento mais, primeiro, ligarem no gabinete. Chega gente no gabinete: “Onde está essa mulher?”; “Ela está no Plenário”; “Como assim não está no gabinete para atender a gente?”.

Primeiro, eu não tenho condições de estar em três lugares ao mesmo tempo. Como se não bastasse, eu acredito que seja pela proximidade das eleições, todo santo dia tem uma mentira a meu respeito nos jornais do interior.

“Janaina isso, Janaina nunca veio aqui, Janaina não sabe onde fica a cidade A, Janaina não sabe onde fica a cidade B.” A última beira o surreal: o jornal de São José do Rio Preto disse que eu teria exigido imagens de drones - é tão ridículo - para aceitar ir na cidade, por questões de segurança.

Que a pessoa que diz que me convidou - que eu não sei nem quem é esse ser humano, está lá o nome da pessoa - mandou para o meu gabinete imagens de drones, a meu pedido, para garantir que o lugar era seguro. É o auge da xaropada.

Agora, tem gente que lê e acredita. Aí o povo diz: “Janaina, processa”. Eu já não tenho tempo para dar conta das expectativas todas, como é que eu vou ainda processar esse povo que mente? Eu entrego para Deus.

Agora, eu tenho que explicar para as pessoas: eu não quero ofender ninguém, mas essa mentalidade de que o deputado tem que ir... Com todo o respeito, é importante.

Esses momentos na vida das pessoas são importantes, mas tem que ir aos velórios, tem que ir aos enterros, tem que ir às posses, tem que ir às formaturas... Que horas que esse deputado vai trabalhar? Jesus Cristo.

Quando fui eleita, começaram. É convite para café da manhã, convite para almoço, convite para jantar, convite para chá da tarde... Eu falei: “Gente, chega, eu não vou em nenhum”, porque entendo que fui eleita para trabalhar, e trabalho de deputado é propor projeto, estudar projeto, melhorar projeto e, principalmente, barrar projeto.

Ou os senhores acham que foi fácil eu, sozinha, com a ajuda de colegas, mas com o poder de líder, obstruir um projeto grande, de interesse do Governo? Não é fácil, gente.

Ontem a gente teve que se juntar aqui para impedir mais uma liberação bilionária, entendeu? Agora, como eu sou líder, eu é que tenho que pedir a obstrução. A CPI... Não é fácil, gente. Vocês acham o quê? “Não, ela vai ficar passeando nas praças das cidades, vai ficar fazendo bonito em solenidade.” Eu não penteio nem o cabelo para não perder tempo. Então, gente, é isso aí, é o que eu sou. É o que eu sou.

“Janaina foi a votada que nunca mandou um tostão para a cidade”. O que eu tenho de emendas impositivas são cinco milhões e pouco; este ano, acho que vão ser seis milhões. Eu não aceito as voluntárias, que são as não previstas em lei, porque senão eu não tenho liberdade de votar como eu entendo que devo.

Então, o eleitor tem que decidir se ele quer um parlamentar independente, que concorda com o que é bom e discorda do que é ruim, e aí ele não vai ter dinheiro para mandar, ou se ele quer um parlamentar pau-mandado, seja do presidente, seja do governador, seja do prefeito, porque é a dinâmica, né?

E aí vai ter dinheiro. Essa discussão do Orçamento secreto é tudo a mesma coisa, gente. É igual no federal, no estadual, no municipal, não tem diferença. A escolha é: quer um parlamentar independente? Porque as duas coisas é impossível de ter; desculpa eu falar isso aí.

Então, a população, na hora de votar, tem que saber o que quer e entender o que aquele candidato pode oferecer. Na minha concepção, essa dinâmica de deputado que parece Papai Noel de shopping, que está em tudo, não dá certo, porque ou o cara trabalha, ou o cara tem tudo. E às vezes os meus colegas ficam numa situação... Porque, se não vai, o povo cobra.

Outro dia, ligaram - vou fechar, presidente - no meu gabinete para dizer que era um absurdo eu ter votado “sim” na CCJ a um projeto de denominação, que não se perde tempo com isso, que isso é um absurdo.

Eu confesso a vocês, como cidadã, que eu acho esses projetos todos ridículos. Essa coisa de “dia disso”, “dia daquilo”, “semana disso” - eu detesto isso tudo. Agora, meu Deus do céu, o povo pede, o deputado faz.

Como é que eu chego para o meu colega e falo: “eu acho isso ridículo, vou votar ‘não’”?. “Mas doutora, o povo pede”. E o povo pede mesmo, porque eu não aguento tanta xaropada de solicitação. Gente, chega. Entendeu?

O meu trabalho aqui é técnico, é um trabalho sério, transparente, honesto, de ouvir com serenidade todas as opiniões. Se está bom, ótimo; se não está, problema de quem acha que a gente tem que viver nesse clientelismo.

Eu respeito a democracia, mas, para que não fiquem dúvidas, eu nunca solicitei imagem de drone nenhum, eu nunca mandei gente para fazer avaliação de segurança antes.

Conheço pessoas muito menos ameaçadas do que eu que mandam. Eu nunca mandei. Entendeu? As pessoas que dizem que me convidaram e que eu fui fresca, não sei o quê, sequer entraram em contato comigo. Quem tiver dúvida sobre isso, eu estou à disposição para esclarecer. Aliás, imprensa também eu nunca me nego a atender.

E é isso. É o que eu sou, uma criatura que não perde tempo nem penteando o cabelo. Eu dedico todo o meu tempo ao trabalho. Festividades, o deputado que entende que é trabalho, eu respeito.

Eu acho que é perda de tempo. Vou me lascar por isso? Talvez. Na vida universitária, eu me lasquei, porque eu dava todas as minhas aulas, eu chegava cedo, eu saía tarde, eu atendia aluno às vezes até meia-noite, mas eu não aparecia, eu não fazia social. Eu me lasquei. Posso me lascar na política? Posso. Sinal de burrice fazer tudo igual de novo? Talvez. Entendeu? Mas é o que eu sou.

É isso. Obrigada, Sr. Presidente.

 

  A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Havendo acordo de lideranças, eu peço a suspensão da presente sessão até as 16 horas e 30 minutos, Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - É regimental. Os trabalhos estão suspensos até as 16 horas e 30 minutos.

 

* * *

 

- Suspensa às 15 horas e 09 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 45 minutos, sob a Presidência do Sr. Tenente Nascimento.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PP - Há sobre a mesa requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 771, de 2021, de autoria do nobre deputado Mauro Bragato.

Em discussão.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente, para encaminhar em nome da bancada do PT, como vice-líder.

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PP - Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para encaminhar em nome da bancada do PT, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PP - É regimental, tem o tempo regulamentar, deputado Teonilio Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente, peço licença para tirar a máscara, aqui estamos a uma distância bastante razoável.

Quero cumprimentar o presidente, cumprimentar as deputadas e os deputados aqui presentes. Presidente, eu volto a esta tribuna novamente para retomar um debate feito por mim aqui ontem, que é sobre a CPI da Dersa. O presidente desta Casa, deputado Carlão Pignatari, mandou arquivar a CPI para a qual nós coletamos 33 assinaturas lá em 2019.

Tivemos que montar um plantão aqui na fila, deputada Janaina, porque, como eles sabem onde vai colocar o local, eles se organizam primeiro e colocam gente, ficam revezando.

Nós tivemos que montar um turno de 32 pessoas para ficarem se revezando e poder protocolar. Mesmo assim, eles chegaram na nossa frente e protocolaram cinco CPIs deles para discutir no ano de 19, no ano de 20 e, na segunda etapa, nossa CPI da Dersa entrou. Aliás, são duas CPIs da Dersa que nós coletamos assinaturas aqui.

E por que nós apresentamos? Porque no estado de São Paulo, toda vez que quer se debater qualquer escândalo, qualquer problema sobre o “trensalão”, sobre o “metrolão”, sobre transporte aqui no estado de São Paulo nesta Casa, nunca se conseguiu instalar uma CPI para discutir isso.

Segundo os comentários - eu não estava aqui na época -, a Comissão de Transportes aqui da Casa, a presidência era mais disputada do que a presidência da Assembleia.

Então, significa que pode ter muita coisa estranha nesse meio. E o nome do Paulo Preto muito envolvido na questão da Dersa, na questão do Rodoanel, envolvendo os nomes dos governadores do PSDB: José Serra, Geraldo Alckmin e outros.

E nos causou muita estranheza: o deputado Carlão não chamou nenhuma conversa para discutir o motivo pelo qual ele mandou arquivar a CPI da Dersa. Nos causa muita estranheza, porque o atual vice-governador do BolsoDoria, Rodrigo Garcia, também presidiu a Comissão de Transportes. Será que o deputado Carlão Pignatari tomou essa decisão por ele ou é uma ordem do Palácio dos Bandeirantes? Pode ser uma ordem do Palácio dos Bandeirantes. Tem problema de superfaturamento em todas as obras, não é?

Ontem nós debatemos aqui a questão do empréstimo. O governo conseguiu mobilizar, não conseguiu botar quórum. A bancada do PT é favorável, não votou a favor porque a obrigação de dar quórum é do governo, não é da nossa bancada. Apesar de sermos favoráveis ao projeto, eles que têm que colocar 48 votos aqui. Estranhamente sumiu, deputada Marta Costa, teve apenas 32 votos.

Então tem muita coisa estranha acontecendo nesta Casa, e essa, da CPI da Dersa, nós não vamos deixar barato. Nós vamos para o Ministério Público, nós vamos para o Tribunal de Justiça, nós vamos fazer denúncia na imprensa, porque esse debate nos interessa agora em 2022, mas não é só em 2022, ele nos interessa desde 2019.

O primeiro projeto que o governador João Doria mandou para esta Casa, o projeto 01, que tratava de privatizações, quem é que estava lá dentro para ser extinta? Exatamente a empresa chamada Dersa, que é uma empresa importante para as cidades menores, para as médias também, porque não conseguem ter orçamento e dar conta de trabalhar com viadutos, pontes, estradas principais e vicinais.

Então, a Dersa cumpria essa tarefa muito bem e tem expertise no assunto. Mesmo assim, foi fechada essa empresa, os trabalhadores dela foram demitidos. Então nós vamos, daqui para frente, deixar esse debate da Dersa na Ordem do Dia. A atitude do presidente desta Casa foi uma atitude intransigente, foi uma atitude autoritária, deputado coronel Conte Lopes. Qual é o problema de se investigar a Dersa?

Se o governo do PSDB, que para mim é o partido mais corrupto do Brasil, e não é só para mim, é só acompanhar as matérias dos jornais. O problema é que eles têm uma blindagem aqui em São Paulo, tem uma generosidade do Tribunal de Contas, uma generosidade do Ministério Público, uma generosidade do Tribunal de Justiça.

Não sei por que os tribunais de São Paulo não permitem que os governos do PSDB sejam investigados no estado de São Paulo. Na hora que investigar e puxar a pena da galinha, vão sair várias galinhas. Então tem muito debate a ser feito em cima dessa questão.

Por outro lado, semana passada, segunda-feira, eu estive visitando o Porto de Santos, e agora eu me dirijo a vocês, bolsonaristas. O estado de São Paulo, coronel Conte Lopes, estava dando uma olhada muito rápida em uma matéria do “El País”, o Brasil, de 2013 a 2019, 2020, perdeu 28.700 indústrias aqui no Brasil.

O Brasil corre risco de virar só uma grande fazenda, uma coisa defendida lá em 1943, 45, no Tratado de Bretton Woods, tratado pela Cepal, Comissão de Estudos para a América Latina, cujos grandes líderes eram Raúl Prebisch, argentino; Celso Furtado, brasileiro; Maria da Conceição Tavares; João Manuel de Mello Neto.

Depois João Manuel de Mello Neto rompe com os cepalinos porque identifica que o País não podia ficar só sendo, a América Latina não podia ficar sendo só um pulmão para abastecer o mundo, precisava se industrializar, precisava gerar indústria, gerar valor agregado.

Nós extraímos petróleo, exportamos petróleo bruto, e o mesmo petróleo que a gente exporta bruto a gente compra refinado. Se a gente fizesse refinaria, geraria empregos, geraria valor agregado, nós poderíamos exportar para outros países da América Latina, África do Sul, vários outros.

Então o Brasil hoje, com o seu presidente, você é um bolsonarista, ele quer transformar o Porto de Santos, que é um dos maiores do mundo, o maior da América Latina, quer transformar para transportar só grãos - soja, milho, cana-de-açúcar. Isso é um crime com a cidade de Santos, isso é um crime com o estado de São Paulo, isso é um crime com o Brasil.

Isso é apostar cada vez na desindustrialização, isso é só atender o agronegócio, que paga pouco imposto neste País, um dos setores, coronel Conte Lopes, o senhor já foi deputado aqui antes, outras vezes, que menos imposto paga neste Brasil, setor empresarial, é exatamente o agronegócio.

Na agricultura então não paga nada, é só você olhar os relatórios da Comissão de Finanças, quando o secretário vem aqui, quanto que se arrecada da agricultura no estado de São Paulo, não se arrecada nada.

Onde é que você faz arrecadação de impostos? É exatamente onde você tem valor agregado, onde você tem a industrialização. No Porto de Santos nós exportamos carros, importamos carro, exportamos peças, importamos peça, importamos CKD.

A Ford, quando estava no Brasil, exportava CKD para a Venezuela. CKD é o carro embalado em caixas. Vai tudo prontinho, chegando lá, é só remontar. É uma maneira mais fácil de transportar.

Uma das preocupações lá, eu estive lá com o meu amigo presidente do Settaport, o Chico Nogueira, para quem quero mandar um abraço. Ele me levou para conhecer o Porto de Santos, por dentro do canal. É gigantesco. Qual é o discurso que eles usam?

Que precisa modernizar o porto. Você vai lá, o porto é todo automatizado. Para cada equipamento, tem um operador numa ponte rolante, para carga e descarga. Tudo automatizado, e apenas o estivador embaixo, no cargueiro.

Não é nada daquele porto de 30 anos atrás, que você ia lá e tinha bastante gente, igual tinha na Volkswagen, igual tinha em outras empresas. Então esse é mais um crime que esse governo bolsonarista que está aí quer cometer contra os trabalhadores, contra o estado de São Paulo e contra o Porto de Santos.

Muito obrigado pela tolerância, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PP - Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Pela ordem, Sr. Presidente. Para declarar o meu voto contrário.

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PP - Declaração de voto contrário do deputado Douglas Garcia.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Presidente, também declaro o meu voto contrário, Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PP - Declaração de voto contrário da deputada Janaina Paschoal.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Sempre respeitando o nobre deputado autor, que merece todo o nosso respeito e admiração, mas é pelo mérito.

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PP - Há sobre a mesa requerimento do nobre deputado Gil Diniz, com o número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35 do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de representação, com a finalidade de participar do Brasil Profundo - a Redescoberta de Quem Somos - Edição Mato Grosso, a realizar-se nos dias 10 e 11 de dezembro do corrente ano, em Cuiabá, Mato Grosso, com ônus para este Poder, via verba de gabinete do parlamentar.

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Há sobre a mesa requerimento do nobre deputado Frederico d’Avila, com o número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35 do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de representação, com a finalidade de participar do Brasil Profundo - a Redescoberta de Quem Somos - Edição Mato Grosso, a realizar-se nos dias 10 e 11 de dezembro do corrente ano, em Cuiabá, Mato Grosso, com ônus para este Poder, via verba de gabinete do parlamentar.

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Convocação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Administração Pública e Relações do Trabalho, Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se amanhã, às 11 horas, em ambiente virtual, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei Complementar nº 46, de 2021, de autoria do nobre deputado Delegado Olim.

Convocação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se amanhã, às 11 horas, em ambiente virtual, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 771, de 2021, de autoria do nobre deputado Mauro Bragato.

Convocação. Nos termos do dispositivo do Art. 18, Inciso III, Alínea “d” combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Saúde, e Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se amanhã, às 11 horas, em ambiente virtual, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 668, de 2021, de autoria do nobre deputado Douglas Garcia.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Pela ordem, Sr. Presidente. 

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PP - Pela ordem deputado Douglas.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Vossa Excelência me permite uma comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PP - É regimental. Tem o seu tempo regulamentar.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente. Eu faço esta comunicação nesta Assembleia, no dia de hoje, para repudiar as palavras do governador do estado de São Paulo na sua rede social dizendo: “É urgente imunizarmos nossas crianças.

O governo de São Paulo reservou 12 milhões de doses de Coronavac para aplicação em crianças de três a onze anos. O Instituto Butantan enviará novo pedido de liberação à Anvisa.”

Sr. Presidente, eu solicito aqui publicamente à Anvisa que não defira o pedido feito pelo governador João Doria. É um absurdo. Inadmissível. Na bula de todas as vacinas está escrito que, a longo prazo, os efeitos colaterais da vacina são desconhecidos. Em todas as bulas.

Os casos de miocardite em crianças e adolescentes aumentaram 16 vezes após a vacina, e isso é comprovado. Eu tenho como provar. Estudos mostram isso.

Sr. Presidente, o que está acontecendo é um verdadeiro absurdo. O governador João Doria não pode forçar os pais a vacinarem as crianças, principalmente por ser um grupo que está completamente fora daquilo que é considerado grupo de risco. O governador do estado não pode transformar as nossas crianças em ratos de laboratório, em cobaias da OMS.

Pai, mãe, você que é contra essa imposição trazida pelo governador do estado de São Paulo, amanhã, se Deus quiser, nós votaremos aqui o PL nº 668, o PL Bruno Graf, que proíbe o passaporte sanitário no estado de São Paulo.

E nós vamos lutar. Nós vamos lutar pelo direito de as pessoas poderem escolher se querem ou não ser vacinadas, principalmente as nossas crianças. Principalmente as nossas crianças.

Nós vamos lutar com todas as forças possíveis dentro do Legislativo Paulista, no Poder Judiciário. Vamos convocar audiências públicas, mais audiências públicas para falar sobre este tema, e, publicamente, Sr. Presidente, eu solicito que as notas taquigráficas desta minha comunicação sejam encaminhadas à Anvisa, para que não conceda ao governador do estado de São Paulo essa insanidade de querer transformar as nossas crianças em ratos de laboratório, cobaias da OMS.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Pela ordem, Sr. Presidente. Havendo acordo de lideranças, eu gostaria de solicitar o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PP - Antes, porém, pedimos à Taquigrafia que encaminhe as notas taquigráficas à Anvisa, a pedido do deputado Douglas Garcia.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a presente sessão. Boa tarde a todos, Deus abençoe.

 

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- Levanta-se a sessão às 17 horas e quatro minutos.

 

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