14 DE DEZEMBRO DE 2021

39ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

 

Presidência: CARLÃO PIGNATARI

 

RESUMO

 

ORDEM DO DIA

1 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Abre a sessão. Coloca em votação o PL 786/21, salvo emendas.

 

2 - JANAINA PASCHOAL

Solicita uma verificação de votação.

 

3 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

 

4 - JANAINA PASCHOAL

Declara obstrução do PSL ao processo de votação.

 

5 - VALERIA BOLSONARO

Declara obstrução do PRTB ao processo de votação.

 

6 - PROFESSORA BEBEL

Declara obstrução do PT ao processo de votação.

 

7 - SERGIO VICTOR

Declara obstrução do Novo ao processo de votação.

 

8 - RICARDO MADALENA

Declara obstrução do PL ao processo de votação.

 

9 - PROFESSOR WALTER VICIONI

Declara obstrução do MDB ao processo de votação.

 

10 - ANALICE FERNANDES

Declara obstrução do PSDB ao processo de votação.

 

11 - BRUNO GANEM

Declara obstrução do Podemos ao processo de votação.

 

12 - MILTON LEITE FILHO

Declara obstrução do DEM ao processo de votação.

 

13 - EDSON GIRIBONI

Declara obstrução do PV ao processo de votação.

 

14 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Registra as manifestações.

 

15 - BARROS MUNHOZ

Para comunicação, agradece a todos pela preocupação, em razão de acidente que sofreu no dia 13/12. Elogia o atendimento médico que recebeu. Declara seu orgulho de ser paulista.

 

16 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Faz comentário sobre o pronunciamento do deputado Barros Munhoz.

 

17 - ARTHUR DO VAL

Declara obstrução do Patriota ao processo de votação.

 

18 - CARLOS GIANNAZI

Declara obstrução do PSOL ao processo de votação.

 

19 - ALTAIR MORAES

Declara obstrução do Republicanos ao processo de votação.

 

20 - GIL DINIZ

Declara obstrução ao processo de votação.

 

21 - CARLOS CEZAR

Declara obstrução do PSB ao processo de votação.

 

22 - ALEXANDRE PEREIRA

Declara obstrução do SD ao processo de votação.

 

23 - ADRIANA BORGO

Declara obstrução do PROS ao processo de votação.

 

24 - ALEX DE MADUREIRA

Declara obstrução do PSD ao processo de votação.

 

25 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação do PL 786/21, salvo emendas. Coloca em votação e declara aprovada a emenda nº 1. Coloca em votação, englobadamente, e declara rejeitadas as demais emendas. Encerra a discussão do PLC 49/18. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de método de votação ao projeto. Coloca em votação e declara aprovado o PLC 49/18, salvo emendas. Coloca em votação, englobadamente, e declara rejeitadas as emendas. Coloca em discussão o PDL 84/21.

 

26 - PROFESSORA BEBEL

Para comunicação, agradece à Presidência por ter incluído o PLC 49/18 na Ordem do Dia desta sessão, e a seus pares pela aprovação da propositura.

 

27 - SERGIO VICTOR

Para comunicação, presta condolências à deputada Marina Helou, pelo falecimento de sua mãe. Pede a todos um minuto de silêncio.

 

28 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Faz coro à fala do deputado Sergio Victor.

 

29 - PAULO LULA FIORILO

Discute o PDL 84/21.

 

30 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Encerra a discussão e coloca em votação o PDL 84/21.

 

31 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA

Encaminha a votação do PDL 84/21, em nome do PSOL.

 

32 - VALERIA BOLSONARO

Encaminha a votação do PDL 84/21, em nome do PRTB.

 

33 - ENIO LULA TATTO

Encaminha a votação do PDL 84/21, em nome do PT.

 

34 - DR. JORGE LULA DO CARMO

Encaminha a votação do PDL 84/21, em nome da Minoria.

 

35 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Coloca em votação e declara aprovado o PDL 84/21.

 

36 - PROFESSORA BEBEL

Solicita uma verificação de votação.

 

37 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

 

38 - JANAINA PASCHOAL

Declara obstrução do PSL ao processo de votação.

 

39 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Registra a manifestação. Informa aos parlamentares que o deputado Coronel Telhada contraiu Covid-19 e, por isso, está de licença.

 

40 - PROFESSORA BEBEL

Declara obstrução do PT ao processo de votação.

 

41 - VALERIA BOLSONARO

Declara obstrução do PRTB ao processo de votação.

 

42 - MARTA COSTA

Declara obstrução do PSD ao processo de votação.

 

43 - PROFESSOR WALTER VICIONI

Declara obstrução do MDB ao processo de votação.

 

44 - CARLOS GIANNAZI

Declara obstrução do PSOL ao processo de votação.

 

45 - GIL DINIZ

Declara obstrução ao processo de votação.

 

46 - EDSON GIRIBONI

Declara obstrução do PV ao processo de votação.

 

47 - MILTON LEITE FILHO

Declara obstrução do DEM ao processo de votação.

 

48 - ANALICE FERNANDES

Declara obstrução do PSDB ao processo de votação.

 

49 - ALTAIR MORAES

Declara obstrução do Republicanos ao processo de votação.

 

50 - RICARDO MADALENA

Declara obstrução do PL ao processo de votação.

 

51 - ADRIANA BORGO

Declara obstrução do PROS ao processo de votação.

 

52 - SERGIO VICTOR

Declara obstrução do Novo ao processo de votação.

 

53 - MARCIO DA FARMÁCIA

Declara obstrução do Podemos ao processo de votação.

 

54 - DELEGADO OLIM

Declara obstrução do PP ao processo de votação.

 

55 - ALEXANDRE PEREIRA

Declara obstrução do SD ao processo de votação.

 

56 - CARLOS CEZAR

Declara obstrução do PSB ao processo de votação.

 

57 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Registra as manifestações.

 

58 - CAMPOS MACHADO

Para questão de ordem, faz pergunta sobre o processo de votação.

 

59 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Presta esclarecimentos ao deputado Campos Machado. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação do PDL 84/21. Convoca, para 15/12, às 10 horas, em ambiente virtual, reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação; e reuniões conjuntas das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Transportes e Comunicações e de Finanças, Orçamento e Planejamento; das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Finanças, Orçamento e Planejamento; das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais; e das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Administração Pública e Relações do Trabalho e de Finanças, Orçamento e Planejamento. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. Carlão Pignatari.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Ordem do Dia.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

                                                                

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Proposição em regime de urgência. Em votação. Projeto de lei nº 786, de 2021, de autoria do Sr. Governador. Em votação o projeto, salvo emendas. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputada Janaina.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Para pedir uma verificação de votação, Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É regimental. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico a partir deste momento, fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputada Janaina.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Para colocar o PSL em obstrução, Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PSL em obstrução.

 

A SRA. VALERIA BOLSONARO - PRTB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, deputada Valeria Bolsonaro.

 

A SRA. VALERIA BOLSONARO - PRTB - Colocar o PRTB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PRTB em obstrução.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, deputada Professora Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Para colocar a bancada do Partido dos Trabalhadores em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Partido dos Trabalhadores em obstrução.

 

O SR. SERGIO VICTOR - NOVO - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Sergio Victor.

 

O SR. SERGIO VICTOR - NOVO - Colocar o Novo em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - O Partido Novo em obstrução. Pois não, deputado Ricardo Madalena.

 

O SR. RICARDO MADALENA - PL - (Inaudível.)

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Partido Liberal em obstrução.

 

O SR. PROFESSOR WALTER VICIONI - MDB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Walter.

 

O SR. PROFESSOR WALTER VICIONI - MDB - Para colocar o MDB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - MDB em obstrução.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputada Analice Fernandes.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - PSDB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Colocar o PSDB em obstrução. Nós estamos aqui recebendo o Nicola Roque Junior, filho do deputado Roque Barbiere. Aqui, não é neto não, é filho mesmo, não é, Nicolinha?

É isso, deputado. Aqui, o Nicola Roque. Ele tem quatro anos, o Nicolinha. Aperta o botão aí pra ele. Tudo bem aí? Está tudo bem, Nicola. Olha lá, deputado Campos. Está procurando o deputado Campos Machado.

 

O SR. BRUNO GANEM - PODE - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Bruno Ganem.

 

O SR. BRUNO GANEM - PODE - Colocar o Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Podemos em obstrução. Deputado Barros Munhoz.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Para colocar o PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PSB em obstrução. O deputado Barros Munhoz, ontem, sofreu um acidente rodoviário e está novo aqui, em via... Sofreu um abalroamento por trás ontem, na Rodovia dos Bandeirantes, mas está muito bem.

 

O SR. MILTON LEITE FILHO - DEM - Graças a Deus, está bem.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputado Milton Leite Filho.

 

O SR. MILTON LEITE FILHO - DEM - Democratas em obstrução, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Democratas em obstrução.

O SR. EDSON GIRIBONI - PV - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Edson Giriboni.

 

O SR. EDSON GIRIBONI - PV - Colocar o PV em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PV em obstrução.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Presidente, posso fazer uma comunicação breve, Sr. Presidente?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Posso fazer uma comunicação neste intervalo?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pode, pode.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Então, Sr. Presidente, só pra agradecer sinceramente a todos aqueles que se preocuparam com o acidente que eu sofri ontem, que manifestaram solidariedade, e fazer um agradecimento especial, dizendo que me sinto muito orgulhoso de ser paulista, porque o atendimento que eu tive - ninguém sabia que eu era deputado, nem nada - foi fantástico, melhor do que em qualquer outro país do mundo, ou igual, pelo menos, aos dos melhores países do mundo, dos mais adiantados do mundo, tanto por parte da concessionária quanto por parte da Polícia Militar, da Polícia Civil, uma coisa impressionante.

Fui ser atendido num hospital municipal da grande e querida Jundiaí. Tomei a liberdade de falar com o prefeito Luiz Fernando, ele foi lá e, enquanto eu não fiquei em condições razoáveis de vida, ele não foi embora. Ele não foi embora.

Então, eu queria externar isso a vocês: a gente sofre, a gente apanha, a gente fica decepcionado, triste, mas, de vez em quando, a gente fortalece a crença em Deus e a crença neste País abençoado.

Então, presidente, muito obrigado. Obrigado a V. Exa., toda a atenção; obrigado ao Rodrigo, toda a consideração; pessoal do PSB, o pessoal da liderança, enfim...

Obrigado, meu Deus, por ser brasileiro, por ser paulista e por continuar mais um bom tempo, se Deus quiser, trabalhando pelo nosso povo e a nossa gente.

Grande abraço.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Antes de abrir os microfones, deputado Barros, eu liguei para o Luiz Fernando e aí, passou uns cinco, dez minutos, ele mandou uma mensagem: “Estou aqui com ele. Fica tranquilo, está tudo certo. Ele vai continuar dando muito trabalho para vocês aí, por muito tempo”.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Verdade.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Então, esse foi o comentário que o prefeito de Jundiaí fez no meu WhatsApp ontem.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSB - Você vê que ele me conhece. Obrigado. Obrigado, pessoal, obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É isso aí.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Arthur.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Patriota em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Patriota em obstrução.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PSOL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PSOL em obstrução.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, deputado Altair Moraes.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Republicanos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Republicanos em obstrução. Tendo transcorrido os quatro minutos...

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Pela ordem, presidente. Gil Diniz em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Gil Diniz em obstrução. Deputado Carlos Cezar. Pois não, deputado Carlos Cezar.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PSB - PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PSB em obstrução. Tendo transcorridos os quatro minutos, o sistema eletrônico ficará aberto para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas. Deputado Alexandre Pereira.

 

O SR. ALEXANDRE PEREIRA - SD - Solidariedade em obstrução, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Solidariedade em obstrução.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputada.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - Para colocar o PROS em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PROS em obstrução.

 

* * *

 

- Verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, está aberto o microfone para quem não conseguiu votar nos terminais eletrônicos. Mais algum deputado?

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presidente, eu votei no sistema eletrônico, não foi registrado.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Por enquanto, não, deputado.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Melhor verificar no sistema eletrônico.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Vamos verificar, sim.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputada Valeria, a senhora precisa votar, senão não dá para computar o voto.

Deputado Alex de Madureira.

 

O SR. ALEX DE MADUREIRA - PSD - Para colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Olim.

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o PP em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Não havendo mais deputados, vou proclamar o seu voto. Algum deputado gostaria de alterar o seu voto? Não havendo deputados para alterar o voto, vou proclamar seu voto. Votaram 67 deputados, 49 “sim”, 17 “não”, e este presidente. Aprovado. Quórum para aprovar o projeto, salvo emendas.

Em votação a Emenda n° 1 com parecer favorável no congresso de comissões. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação as demais emendas englobadamente, com parecer contrário no congresso de comissões. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

Item 2 - Discussão e votação do Projeto de lei n° 49, de 2018, de autoria da Defensoria Pública. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.

Há sobre a mesa um requerimento de método de votação de autoria do Sr. Deputado Vinícius Camarinha. Em votação o requerimento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação o Projeto, salvo emendas. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação as emendas englobadamente. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

Item 3 - Discussão e votação do Projeto de decreto legislativo n° 84, de 2021, de autoria da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento. Em discussão. Para discutir contra, o deputado Paulo Fiorilo.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, Professora Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Para uma comunicação rápida.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Primeiro agradecer. Hoje o senhor está cheio de agradecimentos. Mas por ter pautado esse PLC nº 48, isso tem um papel fundamental, que é a Defensoria Pública.

Enfim, uma militância exaustiva desses profissionais. Então, em nome da bancada do Partido dos Trabalhadores, cumprimento cada deputado e deputada que votou favoravelmente a esse PLC, sem nenhuma dúvida da importância que cumprem na Justiça Pública do Estado de São Paulo.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Com a palavra o deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. SERGIO VICTOR - NOVO - Com anuência do orador, posso só fazer uma comunicação, presidente?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Podemos fazer, sim.

 

O SR. SERGIO VICTOR - NOVO - PARA COMUNICAÇÃO - Infelizmente hoje recebemos uma triste notícia, do falecimento da mãe da nossa deputada, querida colega Marina Helou.

A sua mãe, chamada Marília Barbosa de Medeiros, faleceu ontem à noite. Queria pedir a todos os colegas aqui um minuto de silêncio em respeito à memória de sua mãe, em respeito à nossa colega, e desejar aí nossos sentimentos para a nossa grande amiga Marina Helou, pela sua perda. Que Deus conforte toda sua família.

Obrigado, presidente.

 

* * *

 

- É feito um minuto de silêncio.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Meus sentimentos também à família, acho que de todos os deputados e deputadas da Assembleia Legislativa, pela passagem da mãe da nossa querida deputada Marina Helou. A informação que eu tive é que ela estava bem doente. A gente nunca pode dizer isso, mas descansou aí pelo sofrimento que teve a família toda nestes últimos tempos.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Sr. Presidente, pela ordem, para uma comunicação, com anuência do orador.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Vamos começar os encaminhamentos; a hora que terminar, tem mais um, aí a gente passa à comunicação.

Para discutir, o deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente. Eu não tinha nenhum problema de ouvir o deputado Camarinha, mas a decisão do senhor aqui é soberana.

Nós vamos discutir agora um dos principais projetos que finaliza o exercício legislativo de 2021. Além das Contas do governador, a gente deve ter amanhã também o debate sobre o Orçamento de 2022.

As Contas do governador, toda a conta é apreciada pelo Plenário da Assembleia Legislativa, e nós avaliamos aqui se o governador cumpriu as normas legais na execução orçamentária.

Eu gostaria de apresentar aqui alguns aspectos que, na opinião da bancada do Partido dos Trabalhadores, o governador acabou não cumprindo todos os aspectos orçamentários, legais.

Por isso, votaremos contra à aprovação das Contas de 2020. Primeiro é importante ressaltar que 2020 foi um ano atípico, um ano de pandemia que trouxe uma crise sanitária, crise social, crise econômica.

Nós vivemos um período diferente de todos os outros que já tínhamos passado aqui no País e no Estado. É obvio que com uma grande diferença, porque nós temos um presidente da República que negou a pandemia, que negou e que nega a vacina e que, portanto, não contribuiu com aquilo que poderia ter sido uma recuperação mais rápida do ponto de vista econômico se tivesse apostado nas vacinas.

Mas é preciso lembrar que em abril do ano passado o governo Doria previa um rombo de 19,5 bilhões nas contas públicas, em 2020. Esse era o número mágico do governo, previsão que culminou em uma série de medidas de arrocho na administração pública, especialmente na contratação de funcionários, concessão de benefícios, como vale-transporte e refeição, e no contingenciamento de boa parte das despesas.

Contudo, a partir de julho de 2020, deputado Barba, a tendência de queda das receitas começou a se reverter e a economia mostrou sinais de recuperação, em especial no estado de São Paulo.

Do lado das despesas, contudo, não houve um aumento de ação no Estado. Vale lembrar que durante todo o ano de 2020 o estado de São Paulo não foi capaz de estabelecer um auxílio emergencial estadual que fizesse frente às necessidades da população paulista, um debate que a bancada do PT apresentou ao líder do Governo para que pudesse, com os recursos existentes, aprovar um auxílio emergencial.

O Bolsa do Povo só foi aprovado em 2021, depois de um ano de pandemia, e com valores que consideramos irrisórios. Essa conjunção de fatores resultou em um superávit orçamentário de 7,7 bilhões de reais. Aquilo que o governo dizia que ia ter de déficit, nós tivemos 7,7 de superávit.

O programa de auxílio ao enfrentamento da pandemia do governo federal repassou cerca de 9,8 bilhões ao Estado, frente a uma perda de receita de impostos - ICMS, IPVA, ITCMD, entre outros - de 4,8 bilhões, além da suspensão do pagamento da dívida com o Estado diante da União.

O que São Paulo fez com os recursos? Boa parte desses recursos foram para o caixa do Estado, visto que os recursos do caixa bruto subiram quase 12 bilhões. O Governo do Estado manteve boa parte do contingenciamento, e isso refletiu no resultado do superávit primário de 19,9 bilhões, quando a meta do governo era de 4,7 bilhões. Ou seja, ampliaram o arrocho na despesa em um ano de pandemia para aumentar o caixa e ter dinheiro para gastar nos anos seguintes, próximo ao processo eleitoral.

O que mais nos choca é que o governo aprovou, em um ano de pandemia, um projeto de lei de ajuste fiscal em 2020, o conhecido 529, para não dizer o perverso 529, alegando um déficit de 10 bilhões, mas encerrou o ano com um superávit orçamentário de 7,7 bilhões.

Na Saúde, área que deveria receber a maior atenção durante a pandemia, se aplicou 2,5 bilhões a mais do que o previsto inicialmente para o ano de 2020, sendo que 1,37 bilhões são de recursos federais e o resto do Tesouro do Estado, de modo que vemos que o governo paulista alocou recurso do Tesouro de 1,17 bilhões.

Porém, somente com a suspensão do pagamento da dívida interna, foram economizados quase 14 bilhões. Os recursos deveriam ter sido usados, preferencialmente, no combate à Covid-19, ou seja, nem 10% foram usados para essa finalidade.

Além da nossa crítica a escolhas alocativas do governo no ano de 2020, há outros destaques que merecem a atenção desta Casa antes de julgar regular ou irregular as contas de 2020. Destaco aqui que tanto a assessoria técnica e jurídica do Tribunal de Contas do Estado quanto o Ministério Público de Contas recomendaram a desaprovação das contas.

Por que eles recomendaram a desaprovação? No caso da assessoria técnica jurídica, por sua unanimidade de cálculo, pugnou pela emissão de parecer desfavorável, pois não verificou a aplicação do mínimo percentual de ensino em observância ao Art. 202 da Constituição, bem como vislumbrou a não aplicação de 100% dos recursos do Fundeb.

Isso é uma situação grave. A maneira como se concretizam os repasses às APMs via o programa de dinheiro direto à educação paulista permite o adiantamento constante de aplicação do numerário, o que em nada beneficia o ensino, seja no exercício do repasse ou posteriores.

Portanto, mantenho na análise das contas do exercício de 2020 o mesmo entendimento lançado em minhas manifestações sobre as contas de 2019, concluindo, na companhia da assessoria técnica, pela observância no limite mínimo de 25% previsto no Art. 212, porque os gastos com Educação caíram para 24.54 por cento. Portanto, o Governo do Estado não aplicou os 25% na Educação e não aplicou os 100% do Fundeb onde deveria aplicar.

Mais do que isso, quanto às renúncias de receitas, a chefia da TJ asseverou que não é possível identificar a contrapartida obtida com os benefícios fiscais outorgados, nem mesmo fazer uma estimativa cuja variância assegure a confiabilidade dos recursos ou dos resultados, no caso dos retornos, que a renúncia de tão expressiva receita proporcionaram à população em elementos palpáveis, a fim de se averiguar se, de fato, são favoráveis, do que eventual ingresso desse numerário nos cofres públicos, se sua dimensão se ajusta ao que é revertido em prol da população ou, ainda, se há superdimensionamento a demandar readequação dos atos normativos, valores e/ou percentuais correlatos.

Concluindo, ressalto que, embora se possa aventar que as tímidas ações adotadas para atender às recomendações dessa Corte demonstram, no menos, certo esforço da administração de se aprimorar nessa área, trata-se apenas de medidas circunstanciais, e os resultados efetivamente obtidos estão muito longe de atingir a finalidade precípua do regulamento jurídico da regência, fato que, sob minha ótica, enseja emissão de parecer desfavorável aos demonstrativos apresentados pelo governador do estado de São Paulo. Dois fatos gravíssimos.

Para além disso, o Tribunal aponta, e o Ministério Público reforça: a questão dos remanejamentos e transferência de transposições, o descumprimento do Art. 167, renúncia de receitas da concessão de benefícios fiscais relativos ao ICMS por decreto do governador, sem autorização do Poder Legislativo, a aplicação na manutenção e no desenvolvimento do ensino, de não aplicação no mínimo condicional; aplicou apenas 24.54. Da utilização do Fundeb.

Da não utilização dos 100% do Fundeb. Do descumprimento das recomendações determinadas e alertas de exercícios anteriores. Situação do exercício 2020: não atendido.

Dois. Que a concessão dos benefícios fiscais atendeu aos requisitos estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, inclusive no que tange aos quadros e anexos integrantes das peças orçamentárias, conforme estabelecido pelo Manual de Demonstrativos Fiscais do STM. Situação do exercício de 2020: não atendido. A LDO de 2021 não atendeu ao formato preconizado pelo MDF.

Melhorias de 2020 geraram mudanças no projeto de lei orçamentária de 22, a ser objeto das contas de 2021. Que a concessão dos benefícios fiscais se insere em política pública estratégica, de fomento, marcado pela racionalidade e por objetivos de ordem socioeconômicos bem definidos. Situação do exercício de 2020: não atendido. Não há relação explícita entre os benefícios concedidos e as políticas públicas com objetivos bem definidos.

Como é possível o Parlamento desconsiderar todas essas recomendações e aprovar as contas do governador nesta situação? O Governo do Estado tem sido negligente ao não cumprir as determinações realizadas, incidindo em uma série de erros que anualmente são apontados, e nós não podemos aceitar a aprovação das contas dessa maneira.

No caso específico da desoneração, cabe aqui uma observação. A bancada do PT apresentou uma proposta de CPI sobre benefícios fiscais. Durante 120 dias, a instalação, ou a eleição do presidente, foi engavetada. Agora, nós tivemos a CPI com a eleição do presidente e do vice iniciada com apenas 60 dias de prazo. É uma coisa inadmissível.

Há uma situação que o Tribunal de Contas aponta recorrentemente, que o governo não dá transparência aos dados. Aliás, eu e o deputado Barba fizemos uma ação pedindo essa transparência. Tivemos a liminar. O governo cassou a liminar dizendo que daria mais transparência. Não deu. Agora nós temos uma CPI e essa CPI pode ajudar a colocar luz nessa situação.

Infelizmente, parece que não há interesse por parte do governo em avançar nesse debate, um debate que poderia ajudar inclusive as próximas propostas orçamentárias, a fiscalização dos benefícios fiscais. O que é preciso responder, basicamente, nessa questão? Quatro itens.

Primeiro: quanto, de fato, o governo desonerou ao longo dos últimos 12 anos? Porque nós precisamos saber quanto deixou de entrar no caixa do governo que poderia ser aplicado, deputada Valeria, para Saúde, para Educação, para Assistência, para Transporte, para Moradia.

Dois: quais foram os critérios que o governo usou para poder indicar áreas e empresas beneficiadas pela desoneração? Três: quais empresas foram beneficiadas? E o mais importante: quais retornos o Estado teve dessas empresas que foram desoneradas?

Quero dizer aqui, de forma muito clara: a bancada do PT não é contra os incentivos fiscais. Aliás, eu me lembro aqui do debate feito pelo deputado Barba, quando líder da bancada, sobre a questão dos benefícios fiscais para a indústria automobilística. O PT não tem problema com relação a isso, o que nós precisamos é do segundo passo.

O governo precisa dar transparência, saber quem se beneficiou e se retornou algum tipo de benefício para o Estado. É base, isso. Não queremos mais nada. Isso cumpriria, com certeza, um aspecto apontado pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo Ministério Público de Contas, recorrentemente, para negar a aprovação das contas do governador.

Sei que o governo deve ter maioria para aprovar as suas contas, mas é preciso registrar os equívocos apontados pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo Ministério Público, em especial, deputada Bebel, líder da minha bancada, na Educação.

É inadmissível que o governo não tenha gasto, em 2020, 25% previsto na Constituição. É inadmissível que o Fundeb não tenha sido utilizado na sua integralidade, os 100 por cento.

E aí, é óbvio que o Tribunal de Contas do Estado indicou um voto favorável com restrições, como faz ao longo desses anos. Portanto, cabe a esta Casa decidir se as contas serão ou não aprovadas. A bancada do PT tem uma posição: votará contrária à aprovação das contas.

É preciso que se corrija os erros apontados para que a gente tenha, de fato, os recursos utilizados da melhor forma possível. Do jeito que está, nós vamos continuar patinando, por falta de transparência e pelo retorno necessário àquelas empresas que tiveram os seus benefícios, pela desoneração de ICMS e do IPVA.

Essa é a postura e a posição da bancada.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão.

Em votação. Nós temos dois encaminhamentos, deputado Enio. Deputada Monica da Bancada Ativista e deputada Valeria Bolsonaro, para fazer o encaminhamento da votação.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Pela bancada, eu queria fazer também o encaminhamento, com a anuência da minha líder.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Ótimo. Deputada Monica.

 

O SR. JOSÉ AMÉRICO LULA - PT - Sr. Presidente, pela ordem, rapidinho. Eu quero indicar o Dr. Jorge do Carmo para fazer o encaminhamento, pela Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Daqui a pouco. Deixe encaminhar a deputada Monica.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para encaminhar pela bancada do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obrigado, deputada Monica.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - É muito rápido. Nossa, difícil estar aqui de volta. Estranha a sensação. Para limpar a pauta rapidamente, porque a gente está votando contra as contas do Governo do Estado de São Paulo, cujo Orçamento, sistematicamente, ano após ano, a gente tem diversas críticas. Vem apontando a redução dos investimentos em políticas públicas de Assistência Social, e de atendimento à população mais vulnerável.

Então as contas não fecham, no sentido de que ela não é encaminhada para quem mais precisa. O deputado Paulo, que me antecedeu, citou diversos exemplos, mas eu queria aproveitar este espaço para duas coisas que não tive a oportunidade de falar antes, e não queria recorrer em comunicação, para não atrapalhar a pauta.

Primeiro, saudar os trabalhadores da Justiça, organizados em duas batalhas. Os oficiais de justiça, que conseguiram tirar de pauta. Ano que vem, a gente tem que abrir um franco debate sobre o acesso à Justiça e o plano de carreira de seus trabalhadores, para garantir a autonomia e a independência do Poder Judiciário.

Quero saudar a grande parceira do nosso mandato, grande parceira da população vulnerável, grande parceira da população pobre, que é a Defensoria Pública, que é uma instituição, para a gente, muito cara, que conta com o nosso mandato, porque a população mais vulnerável também conta sistematicamente com a Defensoria Pública, que aprovou aqui agora o PLC 49, de organização da Defensoria Pública e do plano de carreira dos seus servidores, também muito importante.

Por fim, eu queria trazer um outro tema que está circulando na Assembleia Legislativa, de mobilização popular. Eu acho muito bom quando os nossos movimentos servem à população. É a concessão do PETAR, do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira. Em 2016, esta Casa aprovou a concessão de 25 territórios de preservação ambiental. São 25 áreas espalhadas pelo Estado, entre elas, o PETAR.

É uma região que a gente sabe que tem comunidade tradicional indígena, quilombola e caiçara, que se desenvolve economicamente em harmonia com a preservação ambiental e que não está entendendo esse processo de consulta pública, mas que tem se manifestado, sistematicamente, contra a concessão.

Quero saudar o vereador Adilson, que deve ter passado pelos gabinetes dos senhores e passou pelo meu hoje, pedindo recursos, porque o que se espera para aquela região é investimento em infraestrutura. Estrada, iluminação, saneamento básico é o que falta para o governo instalar de fato uma parceria público-comunitária para o desenvolvimento da região.

Então, queria trazer esse debate aqui. Sei que tem deputados da região que têm apreço à região. Tem deputados ambientalistas aqui, que vão entender a necessidade de conservação, mas também de respeito às comunidades tradicionais.

Este é um final de ano... Ano que vem, semana que vem, ou ainda esta semana, a depender do caminhar aqui das coisas; estou sentindo, pelo clima, que está todo mundo querendo acelerar para a gente entrar em recesso logo.

Então, se a gente votar o Orçamento esta semana, que a gente consiga reverter, para que sistematicamente o governador João Doria não continue a entregar o patrimônio de São Paulo para a iniciativa privada e acachapar, e assolar a população mais vulnerável, porque, ano após ano, a gente fecha as contas percebendo que há desinvestimento no serviço e no atendimento público à população mais pobre.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obrigado. Para encaminhar, deputada. Não há oradores para encaminhar.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, deputado.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Para...

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - A deputada Valeria Bolsonaro está lá para encaminhar, ela estava inscrita para discutir. Eu fiz um acordo com ela e com a deputada Monica, para que retirasse e encaminhasse, aí depois o deputado Enio, e depois o deputado Jorge do Carmo.

 

A SRA. VALERIA BOLSONARO - PRTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Bom, eu venho aqui mais uma vez, porque, infelizmente, este governo não nos dá sossego. Eu falo que este governo é tão ruim, tão ruim este governo estadual que ele faz com que eu, Bolsonaro, concorde com o PT, Paulo Fiorilo, em grau, gênero e número.

Então, é um governo que realmente tem que ser estudado, porque infelizmente a gente tem que concordar com tudo o que o Paulo Fiorilo falou. É verdade. Não dá para a gente chegar aqui e aprovar as contas do governo do estado de São Paulo, sendo que o Ministério Público pediu a reprovação e o Tribunal de Contas aprova, com apenas 128 ressalvas.

Gente, pelo amor de Deus. Como é que algum documento, alguma coisa pode ser aprovada com 128 ressalvas? Que diacho de aprovação é essa? O que está aprovado nisso daí, se ele tem que fazer 128 consertos na conta que ele está apresentando aqui para esta Casa?

Eu sei que infelizmente muitos dos deputados vão concordar, vão deixar para lá e vão aprovar as Contas do Governo. Não é o meu caso. Já deixo aqui claro que vou votar contra, porque é um absurdo o que está se fazendo. Uma das coisas que chama muito a minha atenção é a parte da Educação, onde não foram colocados os devidos 25% na Educação.

Não foi investido esse valor na Educação, Educação esta que, principalmente nestes últimos dois anos, sofreu demais. Hoje está estampado em todos os jornais o quanto esse “fica em casa”, as crianças sendo alfabetizadas através do computador, as crianças que estão na periferia, as crianças mais vulneráveis, que nem computador tinham para poder fazer as aulas remotas, isso vai trazer um reflexo absurdo para o nosso país.

Daqui a quatro, cinco anos, nós vamos ver o quão deficientes estarão as nossas crianças na questão educacional, o quão deficitários estarão os nossos alunos que vão para as universidades, que vão para o Ensino Médio, porque o que fizeram com as nossas crianças foi um crime, de deixar as crianças praticamente dois anos sem aula presencial, sem aula decente.

Não existe metodologia que faça uma criança ser alfabetizada pelo computador. Não existe. Principalmente, nossas crianças deficientes, que já precisam de um atendimento mais rigoroso, mais próximo, estas então foram literalmente abandonadas pelo Governo do Estado de São Paulo.

Então, o deputado Fiorilo falou muito bem dos benefícios fiscais. Quantos benefícios fiscais foram concedidos para empresas que ninguém sabe? Não foi dado o impacto que isso vai causar, que causou no nosso estado, e, principalmente, como é que se pode dar benefício fiscal para empresas sem mostrar para a população o impacto que isso vai trazer de benefício e tirar das pessoas com deficiência, por exemplo, a isenção do IPVA?

Então, são incoerências que ocorrem aqui no Governo do Estado de São Paulo que, infelizmente, não dá para a gente aceitar. É intragável. Você não consegue aceitar. Você não consegue trabalhar com esse tipo... Não dá para digerir.

Eu não consigo digerir um governo que tira direitos de pessoas com deficiência, tira direitos de crianças e simplesmente distribui isenção fiscal para os filhos do rei. Aos filhos do rei, tudo: benefícios, todo mundo tem, aquilo não interessa, não tem transparência.

Nós deputados não ficamos sabendo o que acontece, por exemplo, com o dinheiro que o governo federal mandou para o estado de São Paulo. Onde está a transparência da aplicação desse dinheiro nos municípios do estado de São Paulo? Alguém aqui sabe? Eu não vi nenhum tipo de transparência na aplicabilidade dessa verba para as cidades, para os municípios do estado de São Paulo.

Muito pelo contrário:  passei por vários municípios do estado de São Paulo que não receberam sequer um real de verba do Governo do Estado. Receberam, sim, diretamente do governo federal, mas do Governo do Estado, não.

Hospitais de referência, hospitais públicos estaduais de referência que também não receberam dinheiro do Governo do Estado de São Paulo. Quer dizer, isso não interessa para ninguém, isso continua sem transparência e ninguém reclama e está tudo certo, como se nada tivesse acontecido.

Agora, são colocadas aqui as contas do Governo do Estado de São Paulo para serem aprovadas por 94 deputados, sendo que essas contas foram reprovadas pelo Ministério Público e o Tribunal de Contas simplesmente fez 128 ressalvas. Eu, como professora, se um aluno tem 128 erros na prova, ele com certeza não passará de ano. Não passará de ano com 128 ressalvas a serem feitas.

Então, eu deixo aqui essa reflexão para que os nobres pares reflitam e vejam se essa conta apresentada pelo Governo do Estado sem a menor transparência pode ser aprovada.

Obrigada, presidente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para encaminhar pela liderança do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Já tinha dois encaminhamentos pedidos, deputado. Tem o deputado Enio Tatto pela bancada, como a deputada Monica já encaminhou pela bancada do PSOL.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas e público que nos assiste, quem nos assiste pelas redes sociais.

Deputada Valeria, pela primeira vez, vou concordar com Vossa Excelência. E vou mais longe. Foram 128 ressalvas do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, mas vou mais longe: não são só as ressalvas de 2020 das contas do governador. 

Sou membro da Comissão de Finanças e Orçamento. Só não fui membro quando fui primeiro-secretário. Em todos os anos em que fui deputado aqui nesta Casa, quando a gente vai analisar e votar as contas do governo do PSDB, que sempre foram os mesmos - exceto pelos nove meses do Márcio França -, todas as vezes a gente vota o Orçamento com essas ressalvas. 

Deputado Barba, que já foi líder da bancada e membro da Comissão de Finanças e Orçamento, sabe como funciona. Deputada Valeria, o pior de tudo é que essas ressalvas se repetem todos os anos, as mesmas. Quantas vezes, quantos anos a gente discutiu aqui e denunciou que o governo do estado de São Paulo não aplica os 12% na Saúde, que é constitucional? 

Ele coloca que aplica os 30% na Educação; não aplica. Ele utiliza despesas que não podem ser lançadas nessas duas contas para chegar nesses índices. Mais uma vez o Tribunal de Contas reconhece, coloca como uma das ressalvas. Não aplica o dinheiro no Fundeb; é uma das ressalvas do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. 

Exagera no desconto de ICMS em diversas áreas e é chamada a atenção pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, mas não é apenas nessas contas de 2020. Todos os anos acontece isso. Será que não chegou o momento de a Assembleia Legislativa, que é um órgão fiscalizador, de a gente reprovar essas contas desse governo que não obedece às orientações constitucionais, aquilo que está na Constituição e aquilo que o próprio Tribunal de Contas coloca? 

Aí a gente começa a ficar com dúvida do Tribunal de Contas do Estado, porque é impossível todos os anos levantar os mesmos problemas e encaminhar para a Assembleia Legislativa. Só que usa apenas a palavra “ressalva”, que já virou uma palavra que não tem tanta importância para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. 

Quando chega aqui na Assembleia Legislativa, talvez a grande maioria coloque o seguinte: “Isso já teve nos anos passados e nós aprovamos”. Por isso que a bancada do PT nunca votou favorável a nenhuma conta do governo do PSDB nestes últimos 27 anos, nenhuma, porque não dá para admitir não aplicar o dinheiro necessário e constitucional na Saúde e na Educação. 

É um absurdo, você corta dinheiro de áreas importantíssimas. Tirar dinheiro, num ano de pandemia, num ano de aumento de pobreza por um governo federal incompetente, e aí o estado de São Paulo poderia fazer a diferença.

Num ano que teve superávit de 7,7 bilhões, ele tirou dinheiro da Assistência Social. Por conta disso, deixou de colocar dinheiro em programas que poderiam minimizar o grande problema que a população do estado de São Paulo sofreu. 

Deputado Barba, em plena pandemia, nós tivemos que fazer manifestações lá no Grajaú, na Belmira Marin, para não fechar o Bom Prato, sendo que os viadutos, os cruzamentos, estão cheios de moradores em situação de rua, e com um detalhe. Antigamente os moradores em situação de rua normalmente eram jovens com problemas de drogas, de álcool, idosos com problemas familiares, problemas de saúde. 

Hoje você vê famílias inteiras - marido, mulher, filhos, crianças, cachorro, todo mundo - morando debaixo do viaduto e na rua por conta dessa miséria que assola o País e o estado de São Paulo também. 

Falo isso porque o estado de São Paulo poderia ser diferente e não poderia tirar dinheiro de áreas sociais. Diminuir dinheiro, deputado Dr. Jorge, como a gente ouviu em todas as audiências públicas no estado de São Paulo para discutir Orçamento.

Não é na área de grandes rodovias, onde cobram pedágios e que as estradas são boas, mas naquelas estradas que o pequeno produtor precisa para escoar a produção, para vender a sua produção.

Quantos relatos nós ouvimos de pessoas que colheram, plantaram, colheram e perderam a mercadoria porque não tinham como escoar, vender? Isso não foi nem em um, nem em dois lugares: foi na grande maioria das audiências públicas por esse Estado afora. Eu me lembro em uma audiência pública, deputada Bebel, nossa líder, no Vale do Ribeira, que também tem problemas de estradas, e muito, para escoar produção. 

Mas lá tem um problema que se repetiu em outras regiões. As pessoas têm estrada para poder explorar o que é uma fonte de renda: o turismo. Para você visitar toda aquela região, precisa de estradas boas, porque, se um turista vai para lá e atola o carro, ele nunca mais vai voltar para lá e faz a propaganda negativa que lá não pode ser visitado porque não tem estradas. 

Então essa é a situação do governo do estado de São Paulo, e isso é colocado pelo Tribunal de Contas como ressalva. Agora, ressalva, deputado Campos Machado, todos os anos são as mesmas ressalvas, e a gente não toma uma decisão mais completa. 

Nós já temos um problema nesta Casa de que muitas dessas ressalvas aqui, inclusive, são dos investimentos. A questão do Metrô, a questão da CPTM, a questão do Rodoanel, e são sempre colocadas como ressalvas. 

A Assembleia Legislativa sempre arquiva ou não deixa criar CPIs para investigar os problemas que são denunciados pela população e pelos deputados desta Casa. 

Tanto é que há poucos dias foi enterrado o pedido de CPI da Dersa, que tinha as assinaturas completas, entrou na fila, mas, de repente, de uma hora para outra, simplesmente sumiu. Foi dada uma canetada e foi inviabilizada uma CPI que poderia investigar grandes escândalos, principalmente na área do Transporte, que era a CPI da Dersa. 

Então Srs. Deputados e Sras. Deputadas, não dá para votar favorável às contas do governador, porque é a 27ª conta que chega aqui na Assembleia Legislativa com análise do Tribunal de Contas; se repetem todos os anos os mesmos problemas e não se tomam providências. 

Simplesmente é aprovado por uma maioria e, ano que vem, quando a gente for analisar as contas de 2021, vocês podem ter certeza de que nós vamos subir aqui na tribuna e vamos fazer a mesma avaliação, com as mesmas ressalvas do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. 

Na verdade, o que nós precisamos no ano que vem é tirar esse governo incompetente, esse governo que não olha pelo lado social aqui no estado de São Paulo há 27 anos. Por isso, o voto da bancada do Partido dos Trabalhadores é contrário às contas de 2020 do governador Doria do estado de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obrigado. Para encaminhar pela liderança da Minoria, o deputado Dr. Jorge do Carmo.

 

O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, primeiro quero agradecer ao deputado José Américo, líder da Minoria, por ter me concedido encaminhar aqui pela liderança da Minoria. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, eu me inscrevi para encaminhar para falar sobre o PDL 84, de 2021. Só peço licença a V. Exas. para falar rapidamente de um outro assunto e já retomo aqui a questão das contas do governador.

Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, a gente tem visto aí o governador na contramão daquilo que o Brasil, em algumas questões, o Congresso Nacional aprovou.

Nós temos vários problemas de falta de moradia, de despejos administrativos e de reintegrações de posse. Nós temos diversos problemas que vêm acontecendo, e sabiamente o ministro do STF Luiz Roberto Barro suspendeu as ações de reintegrações, o cumprimento de ordens judiciais em ações de reintegração de posse.

Era até dezembro, 31 de dezembro, até 31 de março, por entender que, em tempos de pandemia, deputada líder, não é possível a gente ver as pessoas perderem as suas casas e não terem dinheiro para sequer pagar aluguel ou ir morar em qualquer outro lugar. Sequer para comida têm, que dirá para pagar aluguel ou para comprar uma moradia decente, uma moradia digna.

Por isso que o governador... E nós aprovamos um projeto aqui, o Projeto 146, e foi vetado. Foi aprovado por esta Casa e vetado pelo governador João Doria. Lá no Congresso Nacional, os deputados e deputadas aprovaram, o presidente Bolsonaro vetou, e os deputados derrubaram o veto. Ou seja, está valendo a lei que suspende as reintegrações de posse, o cumprimento de ordens judiciais.

Mas aqui, no estado de São Paulo, o governador João Agripino Doria, insensível, vetou o nosso projeto, projeto de autoria deste deputado, da deputada Leci Brandão e do deputado Maurici. E sinceramente acha que ele não tem nada a ver. Ontem mesmo, nós vimos, no SP 2, na TV Globo, pessoas no município de Itapevi, na região metropolitana, que estão perdendo as suas moradias exatamente porque não conseguem pagar aluguel.

Ou seja, em tempos de pandemia é preciso que o estado estenda a mão, e não coloque a força do estado para tirar as pessoas das suas moradias e perder aquilo que elas têm, muitas vezes, de mais sagrado, que é um teto para habitar sua família.

Por isso, Sr. Presidente, eu não poderia deixar de falar do meu repúdio a essa questão que está acontecendo no estado de São Paulo, por pura insensibilidade do governador João Agripino Doria.

Mas, Sr. Presidente, Sras. Deputadas, eu me inscrevi para fazer o encaminhamento sobre o PDL 84, de 2021, que versa sobre as contas do governador João Doria. Todas as pessoas que aqui vieram já mencionaram exatamente as atrocidades que têm nas contas. Não é possível, como foi falado aqui, que alguma conta seja aprovada com 128 ressalvas. É muita coisa; elas deveriam ser rejeitadas.

Então, as deputadas e deputados que forem votar a favor têm que ter isso em mente. É preciso corrigir, primeiro, essas ressalvas, para que nós possamos avaliar se elas deverão ser aprovadas ou não.

Vamos avaliar alguns casos. Na Secretaria de Logística e Transporte, 1,92 bilhão foi cortado do DRE; 1,9 bilhão. Nós não estamos falando de mil, estamos falando de bilhão, deputado Nishikawa. Cortes em áreas em que deveria ter investimento, e não o que está acontecendo.

Na Secretaria de Transportes Metropolitanos, nós temos também cortes de 192 milhões. Agora, esta semana nós estivemos na estação da CPTM de Guaianazes, da Linha 11-Coral, e lá não tem acessibilidade, não tem elevador, não tem escada rolante. As pessoas têm que subir a escada ou têm que dar uma volta ao mundo para acessar a plataforma da estação.

Se formos à Linha12-Safira, nós temos estações, por exemplo Aracaré, estação Engenheiro Manuel Feio, estação Itaquaquecetuba: faz vergonha dizer, deputado Barba, que uma estação daquela é no estado de São Paulo. Não tem nenhuma condição de acessibilidade, modernização ou segurança. Mas não, o governador, nessa secretaria, corta 192 milhões.

Na Educação, como também já foi mencionado aqui, corte de 73 milhões para as creches. Creche é necessário, o estado precisa promover a construção de creche para que a gente garanta que as mães possam ir trabalhar e deixar seus filhos num local seguro. E é Educação. Hoje nós chamamos as creches de CEI - Centro de Educação Infantil, ou seja, são os primeiros momentos em que as crianças poderão estar estudando. O cuidar e o educar. Nas Fatecs, nem se fala: 14,7 milhões de cortes. E por aí vai.

No Trabalho, a gente aprovou aqui nesta Casa o “Bolsa do Povo”, que é a condição para estender-se a mão para a população num momento difícil. Tem um vice-prefeito de Caiuá, município a mais de 600 quilômetros de São Paulo, dizendo que as pessoas estão lá, as pessoas do “Bolsa Trabalho”, há mais de dois meses sem receber o bolsa-trabalho, que é um dinheiro, um recurso, para que as pessoas sobrevivam num momento tão difícil.

Nós aprovamos aqui por unanimidade que o bolsa-trabalho é importante, mas se está fazendo o corte de 17,5 milhões, é por isso que não paga, é por isso que lá na ponta as pessoas acabam não recebendo. Se formos para a Saúde, ainda também temos cortes: 3,4% na assistência médica; 59 milhões na fabricação de remédios, e por aí vai; na Segurança Pública 2,2 bilhões.

Como é que nós vamos aprovar as contas do governador se, na verdade, a gente só vê cortes, só vê ressalvas, só vê problemas, só vê falta de transparência, só vê dificuldades que são colocadas, apontadas, inclusive pelo Tribunal de Contas do Estado? E vem aqui para a Assembleia Legislativa, para que nós chancelemos, para que nós homologuemos algo que, percebe-se, salta aos olhos, que não é transparente, que deixou de investir onde deveria investir.

Nós não podemos deixar de apontar esses erros e colocar mais ressalvas, e muito mais ressalvas, mais do que aquelas que foram apontadas. No desenvolvimento social, Viva Leite é um programa até de combate à fome e à miséria que nós estamos passando em tempo de pandemia, pois o governador... cortes, mais cortes, 20,8 milhões, 11% no programa Viva Leite. E aí vai na questão da vulnerabilidade social, na questão da habitação.

A gente teve aqui foi a autorização, evidentemente sem o nosso voto, sem o voto da bancada do Partido dos Trabalhadores, autorização para a extinção da CDHU. Na verdade, ao invés de se investir em uma empresa que constrói moradia para a população de baixa renda, não: a gente vê corte nos programas sociais, corte na questão da moradia, corte na questão do Cidade Legal.

Tem um programa do Governo do Estado, da Secretaria de Estado da Habitação, chama Cidade Legal. Olha que maravilha. Mas falta investimento, falta colocar recurso para que a cidade fique legal, porque a gente vai lá na cidade, seja no interior ou na Grande São Paulo, e eles falam: “Olha, eu quero regularizar, mas o Governo do Estado precisa ajudar”, porque o município não tem técnicos, não tem assessoria técnica para poder fazer com que esse programa funcione. E eu já destinei recursos das minhas emendas parlamentares para isso.

Então, Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, por essas e outras tantas razões é que eu votei lá na Comissão de Fiscalização e Controle, eu votei contrário à aprovação do PL nº 84, de 2021.

Nós também vamos votar contrário. Esta bancada do Partido dos Trabalhadores não pode chancelar, não pode concordar com as contas do governador que chegam aqui, e os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas, no afã, na pressa, de irmos embora...

Eu também quero descansar, todos nós queremos, mas não dá para a gente, a toque de caixa, aprovar as contas sabendo e chegando em casa com a consciência tranquila.

Temos que ter certeza de que vamos trabalhar aqui, chegar em casa e ninguém vai dizer: “Olha, você aprovou as contas do governador lá, com tudo aquilo que vocês falaram, com tudo aquilo que foi apontado pelo Tribunal de Contas. Como é que você consegue dormir com a sua consciência tranquila?”

Por isso, Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nós vamos votar contrário ao PDL nº 84 que tenta aqui aprovar as contas do Sr. Governador.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputada Professora Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Para pedir uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É regimental a verificação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico.

A partir deste momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, presidente. Para colocar o PSL em obstrução, Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - A deputada Janaina, líder do PSL, coloca o partido em obstrução.

Apenas para um comunicado, o deputado Coronel Telhada testou positivo Covid, está em casa até o dia 22, mas está com sintomas leves.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar a bancada do Partido dos Trabalhadores em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputada Professora Bebel, para colocar o Partido dos Trabalhadores em obstrução. Deputada Valeria Bolsonaro.

 

A SRA. VALERIA BOLSONARO - PRTB - Para colocar o PRTB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputada Valeria Bolsonaro coloca o PRTB em obstrução. Deputada Marta Costa.

 

A SRA. MARTA COSTA - PSD - Colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PSD em obstrução. Deputado Walter Vicioni.

 

O SR. PROFESSOR WALTER VICIONI - MDB - O MDB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - O MDB em obstrução. Deputado Sebastião Santos.

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - Para colocar o Republicanos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Republicanos em obstrução. Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PSOL em obstrução, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PSOL em obstrução. Deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obstrução, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obstrução do deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Presidente, só uma dúvida: já pode votar "não" neste momento? Só nos terminais?

 

O SR. EDSON GIRIBONI - PV - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, deputado Edson Giriboni.

 

O SR. EDSON GIRIBONI - PV - Para colocar o PV em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PV em obstrução.

 

O SR. MILTON LEITE FILHO - DEM - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Milton.

 

O SR. MILTON LEITE FILHO - DEM - Democratas em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Democratas em obstrução.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputada Analice Fernandes.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - PSDB em obstrução também.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - O Partido da Social Democracia em obstrução.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, Altair Moraes.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Para colocar o Republicanos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Republicanos em obstrução. Pela ordem, deputado Ricardo Madalena, líder do Partido Liberal.

 

O SR. RICARDO MADALENA - PL - Para pôr o PL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PL em obstrução. Deputada Adriana Borgo.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o PROS em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PROS em obstrução. Deputado Sergio Victor, por favor, abaixe um pouquinho esse microfone, porque senão... Isso.

 

 O SR. SERGIO VICTOR - NOVO - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Sergio Victor.

 

 O SR. SERGIO VICTOR - NOVO - Colocar o Novo em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Novo em obstrução.

Tendo transcorridos os quatro minutos, o sistema eletrônico ficará aberto para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados votem "sim", "não" ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Marcio da Farmácia.

 

O SR. MARCIO DA FARMÁCIA - PODE - Colocar o Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - O Podemos em obstrução.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados que não conseguiram registrar seus votos, estarão abertos os microfones para que votem “sim”, “não” ou “abstenção”.

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - Pela ordem, Sr. Presidente. Coloco o Progressistas em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Progressistas em obstrução.

 

O SR. ALEXANDRE PEREIRA - SD - Coloco o Solidariedade em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Solidariedade em obstrução.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente, coloco o PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Coloca o PSB em obstrução.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Campos.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - Sr. Presidente, são 48 votos “sim” ou...

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Maioria simples. Já estão aprovadas as contas.

 

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- Verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Algum deputado gostaria de alterar o seu voto? Não havendo alteração de voto, vamos proclamar o resultado: 48 votos “sim”, 25 votos “não”, mais este presidente, 69 votos totais, quórum que aprova o Decreto legislativo nº 84, de 2021.

Convocação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, § 5º, ambos do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça a realizar-se amanhã, às 10 horas, em ambiente virtual, com a finalidade de oferecer a redação final do Projeto de lei nº 786, de 2021.

Nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Transportes e Comunicação e de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se amanhã, às dez horas, em ambiente virtual, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 868, de 2021, de autoria do Sr. Governador.

Nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Finanças e Orçamento, amanhã, às dez horas da manhã, em ambiente virtual, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 864, de 2021, de autoria da Mesa, e o Projeto de lei 735, de 2021, de autoria do Tribunal de Justiça.

Nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Defesa dos Direitos das Pessoas a realizar-se amanhã, às dez horas, em ambiente virtual, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 807, de 2021, de autoria da nobre deputada Leci Brandão e do nobre deputado Milton Leite Filho.

Nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Administração Pública e Relações do Trabalho e de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se amanhã, às dez horas, em ambiente virtual, com a finalidade de apreciar os seguintes projetos de autoria do nobre cônsul do estado: Projeto de lei Complementar nº 4, de 2020; Projeto de lei Complementar nº 5, de 2020.

Esgotado o objeto da presente sessão, está encerrada esta sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 18 horas e 38 minutos.

 

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