16 DE DEZEMBRO DE 2021

86ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: ARTHUR DO VAL, DOUGLAS GARCIA, GIL DINIZ, JANAINA PASCHOAL e CARLÃO PIGNATARI

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - ARTHUR DO VAL

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CARLOS GIANNAZI

Comenta a votação da Lei Orçamentária no dia de ontem. Lamenta aprovação da reforma da Previdência. Cita os descontos nos salários de aposentados e pensionistas. Discorre sobre a tramitação do PDL 22/20.

 

3 - JANAINA PASCHOAL

Comenta as votações desta semana. Reflete sobre o trabalho para o próximo ano. Solicita que os médicos notifiquem os efeitos adversos das vacinas. Reafirma seu apoio às medidas de prevenção contra a Covid-19.

 

4 - ADRIANA BORGO

Parabeniza a Polícia Militar de São Paulo pelo aniversário, celebrado ontem. Clama pela valorização da categoria. Comenta caso de ex-agente que vivia em situação de rua e fora resgatado por policiais. Parabeniza os envolvidos.

 

5 - CASTELLO BRANCO

Exibe slides sobre o Campo de Marte. Lembra história do aeroporto. Discorre sobre o acordo entre a prefeitura de São Paulo e o governo federal, envolvendo o lugar. Afirma que o tratado suspende projeto de criação de museu e parque no local.

 

6 - JANAINA PASCHOAL

Para comunicação, questiona a manutenção do aeroporto do Campo de Marte após acordo entre os governos federal e municipal. Discorre sobre a importância do local para a Segurança Pública.

 

7 - CASTELLO BRANCO

Para comunicação, afirma que o Parque de Material Aeronáutico de São Paulo será mantido e que necessita de pista de pouso. Alerta para os interesses imobiliários na região. Informa a criação de museu aeronáutico no local.

 

8 - GIL DINIZ

Demonstra sua preocupação com a não deliberação, hoje, do PL 668/21. Pede a presença dos colegas favoráveis ao texto. Questiona possível acordo entre os líderes de bancada.

 

9 - LETICIA AGUIAR

Reafirma apoio ao PL 668/21. Considera que os médicos devem ter autonomia para escolher os tratamentos de pacientes. Defende o tratamento precoce contra a Covid-19. Reflete sobre o ano legislativo. Tece elogios à atuação da deputada Janaina Paschoal.

 

10 - ADRIANA BORGO

Rebate áudios do coronel Nery, comandante regional da Polícia Militar de Campinas, ofendendo deputados. Critica a transferência de agentes sob a sua gestão.

 

11 - DOUGLAS GARCIA

Para comunicação, endossa discurso da deputada Adriana Borgo. Repudia o desdém do comandante pelos deputados. Pede que os pares compareçam à sessão de hoje para discussão do PL 668/21.

 

12 - PRESIDENTE ARTHUR DO VAL

Lembra que o governo precisa do quórum para aprovação da redação final do Orçamento.

 

13 - GIL DINIZ

Para comunicação, pede que deputados da base do governo formem o quórum necessário para debate do PL 668/21.

 

GRANDE EXPEDIENTE

14 - JANAINA PASCHOAL

Pelo art. 82, comenta a liberação da vacinação contra a Covid-19, em crianças. Afirma não existirem pesquisas suficientes para assegurar a segurança de tal procedimento. Critica a obrigatoriedade da vacinação. Discorre sobre a contaminação pela Covid-19 em presídios e na Fundação Casa, nesta sem relato de óbito. Relata caso de morte de adolescente 21 dias após ter recebido a segunda dose de vacina contra a Covid-19.

 

15 - DOUGLAS GARCIA

Assume a Presidência.

 

16 - CAIO FRANÇA

Para comunicação, mostra-se favorável ao passaporte da vacinação. Defende a inclusão, na pauta, de projeto de sua autoria, a respeito do uso medicinal de canabidiol.

 

17 - PRESIDENTE DOUGLAS GARCIA

Endossa o discurso do deputado Caio França.

 

18 - MAJOR MECCA

Demonstra apoio ao projeto que pretende vetar o passaporte de vacinação. Tece críticas ao governo estadual por medidas adotadas durante a pandemia de Covid-19. Afirma que a Segurança Pública do Estado passa por crise. Comenta mazelas vivenciadas por policiais militares (aparteado pela deputada Leticia Aguiar).

 

19 - CORONEL NISHIKAWA

Menciona o aniversário da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Discorre a respeito das diversas atribuições existentes na instituição. Tece elogios à categoria. Afirma que o governador João Doria fez promessas aos policiais militares e não as cumpriu. Clama por respeito aos veteranos.

 

20 - CARLOS GIANNAZI

Manifesta apoio aos pedidos dos profissionais da Educação do município de Cajamar, relacionados ao abono-Fundeb. Tece críticas ao Ministério da Educação. Critica o novo plano de carreira atribuído ao magistério, de iniciativa do governo estadual.

 

21 - GIL DINIZ

Assume a Presidência.

 

22 - ADRIANA BORGO

Reproduz e critica áudio de autoria do Coronel Nery, do CPI-2, de Campinas. Comenta dificuldades enfrentadas pelos policiais militares, inclusive quanto à liderança (aparteada pelo deputado Major Mecca).

 

23 - JANAINA PASCHOAL

Assume a Presidência.

 

24 - GIL DINIZ

Faz coro ao pronunciamento da deputada Adriana Borgo. Critica as ameaças de transferência compulsória de policiais militares, da região de Campinas. Tece críticas ao governo estadual. Clama por providências da Secretaria de Segurança Pública (aparteado pelos deputados Adriana Borgo e Sargento Neri).

 

25 - LECI BRANDÃO

Pelo art. 82, comemora a aprovação de projeto de sua autoria, que instaura o Dia da Favela. Reflete sobre os acontecimentos de 2021. Clama por calma nos discursos proferidos neste plenário. Comenta relação entre o PCdoB e o PSOL.

 

26 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, discorre a respeito do atraso no pagamento do abono-Fundeb, por prefeituras. Presta apoio ao pleito de agentes da Educação de São Roque.

 

27 - VALERIA BOLSONARO

Pelo art. 82, lamenta a não deliberação do seu projeto para alfabetização, em libras, de crianças surdas. Tece críticas às políticas de Educação adotadas pelo governo estadual. Defende portadores de necessidades especiais. Critica cortes orçamentários em programas para pessoas com deficiência física. Repudia a destinação de verbas para Publicidade. Cita o trabalho da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Moura.

 

28 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL

Endossa o discurso da deputada Valeria Bolsonaro.

 

29 - GIL DINIZ

Para comunicação, parabeniza a deputada Valeria Bolsonaro. Cita ações sociais da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Pede a presença dos pares para a votação do PL 668/21.

 

30 - RICARDO MELLÃO

Para comunicação, anuncia a presença de vereadores de Queluz.

 

31 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL

Cumprimenta os vereadores de Queluz.

 

32 - VINÍCIUS CAMARINHA

Pelo art. 82, rebate fala da deputada Valeria Bolsonaro. Lê e comenta parecer da Secretaria da Educação sobre a inclusão de pessoas com deficiência. Afirma investimentos na citada Pasta. Cita o novo plano de carreira dos professores.

 

33 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL

Solicita à plateia comportamento regimental.

 

34 - VALERIA BOLSONARO

Para comunicação, questiona os cortes no Orçamento de 2022 para a Rede Lucy Montoro e em políticas de Educação para pessoas com deficiência física. Discorre sobre a importância da inclusão, na infância. Pede a inserção de Libras no currículo escolar.

 

35 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL

Solicita à plateia comportamento regimental.

 

36 - VINÍCIUS CAMARINHA

Para comunicação, alega aumento no Orçamento para a Educação, em 2022. Afirma que o Programa de Educação Especial começara em 2021.

 

37 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, considera excludentes as escolas em tempo integral. Critica o novo plano de carreira dos professores, anunciado pelo governo estadual.

 

38 - GIL DINIZ

Para comunicação, defende o projeto da deputada Valeria Bolsonaro, em prol de crianças com deficiência auditiva. Afirma que o texto foi aprovado por todas as comissões.

 

ORDEM DO DIA

39 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Assume a Presidência.

 

40 - VINÍCIUS CAMARINHA

Solicita a suspensão da sessão por cinco minutos.

 

41 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h30min, reabrindo-a às 16h48min. Solicita à plateia comportamento regimental. Convoca os Srs. Deputados para duas sessões extraordinárias a serem realizadas hoje, a primeira dez minutos após o término desta sessão, e a segunda dez minutos após o término da primeira.

 

42 - JANAINA PASCHOAL

Para questão de ordem, afirma que em reunião do Colégio de Líderes não foram discutidos projetos pautados nas sessões extraordinárias convocadas.

 

43 - CAMPOS MACHADO

Para questão de ordem, afirma discordar da pauta da sessão extraordinária.

 

44 - VINÍCIUS CAMARINHA

Solicita a suspensão da sessão por cinco minutos, por acordo de lideranças.

 

45 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h53min, reabrindo-a às 16h53min.

 

46 - VINÍCIUS CAMARINHA

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

47 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 17/12, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término desta sessão. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Arthur do Val.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Presente o número regimental de Srs. Deputados e Sras. Deputadas, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Oradores inscritos para o Pequeno Expediente. Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Delegado Olim. (Pausa.) Enio Lula Tatto. (Pausa.) Coronel Nishikawa. (Pausa.) Professor Walter Vicioni. (Pausa.) Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Dra. Damaris Moura. (Pausa.) Edmir Chedid. (Pausa.) Leci Brandão. (Pausa.) Tenente Nascimento. (Pausa.) Sebastião Santos. (Pausa.) Rodrigo Gambale. (Pausa.) Carlos Giannazi. Tem o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, ontem foi praticamente votado o último projeto de lei do ano de 2021, que foi a lei orçamentária.

É lamentável, Sr. Presidente, que as dívidas continuam. As dívidas da Assembleia Legislativa com os aposentados e pensionistas, com os servidores, com os servidores do quadro de apoio escolar, com os servidores do Centro Paula Souza e mesmo com as pessoas com deficiência, quando eu me refiro aqui à questão da isenção do IPVA, e tantas outras dívidas que a Assembleia Legislativa tem.

Mas eu queria fazer um destaque muito especial para a nossa luta contra o confisco das aposentadorias e pensões, que foi, infelizmente, fruto da reforma da Previdência, que nós votamos contra quase que fisicamente aqui, porque teve a ocupação. Pela primeira vez na história da Assembleia Legislativa, a Tropa de Choque entrou dentro da Assembleia Legislativa e espancou professores. Nós temos as imagens.

Isso nunca tinha acontecido na história da Assembleia Legislativa, nem durante a ditadura militar isso aconteceu. Então foi uma reforma da Previdência extremamente autoritária, em que o presidente da Assembleia Legislativa na época, deputado Cauê Macris, usou o aparelho repressivo do Estado dentro da Assembleia Legislativa. Foi aprovado o projeto com a nossa obstrução, o nosso voto contrário.

Depois, em plena pandemia, em meados de 2020, no auge da pandemia, o Doria publicou um decreto, aí sim, confiscando aposentadorias e pensões de quem ganha abaixo do teto do INSS. Aí, Sr. Presidente, nós apresentamos imediatamente o PDL 22, que foi o primeiro projeto apresentado para revogar o Decreto 65.021, para revogar o confisco.

Graças à mobilização dos aposentados e pensionistas, das entidades representativas não só de aposentados e pensionistas, mas dos servidores em geral, nós conseguimos trazer o projeto para o plenário. O projeto foi aprovado no congresso de comissões com parecer favorável, inclusive, do deputado Coronel Telhada.

O projeto veio para o plenário, entrou em votação no dia 16 de dezembro. Estou aqui dando um realce para a data porque hoje é dia 16 de dezembro. Então, um ano atrás, o PDL 22 entrou em votação. O governo, com medo de perder a votação - o governo sabia que o PDL seria aprovado -, deu um golpe. O golpe foi a emenda de plenário, que fez com que na hora exata da aprovação o projeto voltasse novamente para as comissões.

Ou seja, o PDL já está aprovado, na verdade, nas comissões, com parecer favorável; agora a emenda teria que ser aprovada. Então ela foi também obstruída durante muito tempo pela própria base do Governo.

Ela ficou congelada na Comissão de Justiça durante um bom tempo, durante meses. Não fosse a mobilização, a pressão, ela não estaria andando. Nós denunciamos no plenário, exaustivamente, a situação dessa emenda.

Depois foi para a Comissão de Administração Pública e agora, recentemente, foi para a última comissão, terceira comissão, que é de Finanças. Já tem parecer favorável da deputada Damaris Moura, agora só falta a Comissão de Finanças se reunir e votar. Como o projeto está em urgência, ele é o primeiro da lista.

A próxima reunião que houver será, infelizmente, só no ano que vem, porque hoje, praticamente, é o último dia de funcionamento da Assembleia Legislativa, o Orçamento já foi votado, não haverá mais nenhuma comissão em andamento aqui funcionando.

Na primeira reunião, necessariamente, como o projeto está em urgência, ele é o primeiro da pauta e entra em votação. Aí sim ele fica liberado para voltar novamente para o plenário, de onde ele nunca deveria ter saído.

Eu queria fazer esse histórico para que as pessoas entendessem a luta dos aposentados e pensionistas. O PDL só prosperou por conta de toda essa mobilização. E nós não desistimos, nós voltaremos com força total na primeira semana de fevereiro, exigindo que a comissão coloque na pauta, porque tem que colocar agora. Legalmente falando, é o primeiro item praticamente, porque está em regime de urgência.

Que a Assembleia Legislativa dê uma resposta, porque ontem foi aprovado o Orçamento bilionário, quase 286 bilhões de reais. O estado de São Paulo não está em crise financeira ou fiscal, nós temos recursos aqui, então não há necessidade de confiscar aposentadorias e pensões.

Por isso que é muito importante a aprovação do PDL 22 e a derrubada definitiva do confisco, do roubo, do assalto às aposentadorias e pensões dos nossos servidores.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - O próximo orador inscrito é o deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento todas as pessoas que nos acompanham, os colegas deputados aqui presentes, os funcionários da Casa.

Pode ser que este seja o último plenário do ano. Hoje existe previsão de duas sessões extraordinárias para a votação de vários projetos de deputados. Segundo informou o presidente, talvez alguns vetos sejam pautados para análise do plenário e possível derrubada. Como ato final do ano legislativo, nós devemos apreciar a redação final do Orçamento. Uma vez votada a redação final, o plenário fecha.

Então pode ser que amanhã não tenhamos plenário. Sendo assim, é óbvio que eu estarei o dia todo, participarei das sessões, como de costume. Mas eu queria já deixar votos de feliz Natal para todos que nos acompanham, para todos que trabalharam conosco esse ano, que foi um ano difícil para todo mundo, votos de um ano novo próspero, um ano novo harmonioso.

Será um ano muito desafiador para todos nós. Que todos tenhamos, acima de tudo, serenidade para entender quais são os passos que precisam ser dados, porque, muitas vezes, os sinais estão ali e nós não percebemos. Então eu queria agradecer toda a parceria deste ano e desejar mesmo muita saúde, muita força, muita serenidade.

Eu queria fazer um pedido muito especial aos profissionais de Saúde, em especial aos médicos, a quem nós devemos render todas as homenagens, para os profissionais de Saúde, pelo embate e pelo combate a esse inimigo invisível que foi e é o coronavírus. Esse inimigo que desafiou o Brasil e desafiou o mundo. Até hoje não se sabe bem como lidar com ele.

Mas eu queria pedir aos médicos que sigam com compromisso com a vida. Seja prevenindo, seja tratando, atendendo ali no front, como têm estado desde o princípio, mas também notificando eventuais efeitos adversos das vacinas. Eu quero deixar muito claro, e quem me acompanha sabe, que eu nunca neguei a doença, muito pelo contrário. Adoeci, fui internada.

Eu nunca tive uma postura negacionista com relação às medidas preventivas. Nunca desmereci as vacinas, mas quem estuda Ciência, quem efetivamente faz Ciência sabe que todo fármaco pode ter efeitos adversos e que todas as vacinas, mesmo as que vêm sendo ministradas há décadas, têm efeitos adversos.

Normalmente, o que se diz - e eu convivo muito com profissionais da Saúde, de linhas ideológicas diversas, de linhas acadêmicas diversas - é que os benefícios da vacinação são muito superiores aos eventuais riscos.

Porém, todo profissional de Saúde sério sabe que é um dever notificar situações que podem caracterizar efeitos adversos. Por que é importante notificar? Para que essas situações sejam investigadas de maneira distanciada, de maneira não apaixonada.

E o que tem acontecido é que existe uma resistência muito grande, inclusive das equipes de profissionais de Saúde, em admitir que uma situação fática possa ser um efeito adverso da vacina.

É possível que a pessoa que se vacinou 20 dias depois, 30 dias depois, sofra um AVC, sofra um ataque cardíaco, tenha uma trombose, e isso não tenha nada a ver com a vacina? Claro que é. Qualquer um de nós, a qualquer momento, pode ter uma situação, mas existe uma resistência muito grande em considerar...

Eu fecho em um minuto, Excelência. Vossa Excelência me concede mais um minuto, presidente? Obrigada. Existe uma resistência muito grande em considerar a possibilidade de uma correlação.

E é dever do verdadeiro cientista, no mínimo, notificar. E a imprensa precisa aceitar, de uma vez por todas, que as próprias bulas das vacinas indicam tromboses, miocardites, pericardites como possíveis efeitos adversos. Não significa que ocorrerão.

Aliás, todos nós convivemos com amigos, parentes, a esmagadora maioria vacinados - a colega acabou de me dizer que tomou sua terceira dose -, e estão bem. Mas há casos em que, por coincidência ou não, a pessoa vacinou e teve um ataque cardíaco, vacinou e teve um AVC, vacinou e teve uma trombose na perna, no pulmão. Então, o que nós precisamos é ter a seriedade de reportar e investigar, e isso não está ocorrendo.

Então eu peço que os médicos do Brasil renovem o seu compromisso com a vida e façam a notificação do fato. Não precisa entrar no mérito, dizer é ou não é. Notifiquem as autoridades, Ministério da Saúde, Secretaria da Saúde, para que a investigação seja feita. E, na eventualidade de a equipe médica não notificar, é importante que a família faça essa notificação. Os links estão disponíveis nos sites do Ministério da Saúde e das Secretarias da Saúde.

É este o pedido que eu faço em prol da vida, em prol da saúde, como venho pedindo para que todos sigam tomando as medidas preventivas e de cautela.

Muitíssimo obrigada, Sr. Presidente.

 

SR. PRESIDENTE - ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba Lula. (Pausa.) Deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputada Adriana Borgo.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Ontem foi o dia, o aniversário da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Infelizmente, nós não pudemos nos expressar, por conta das votações da Casa, mas eu quero aqui parabenizar todos os policiais militares que representam a minha família, a família da Segurança Pública.

Parabéns por vocês existirem, por serem ainda o último elo que separa o bem do mal. A sociedade um dia vai entender isso, principalmente o governo, que deixa vocês sem desvalorização.

Eu gostaria que o pessoal soltasse a mídia, por gentileza. Eu gostaria de mostrar para vocês um fato que aconteceu e que chamou muito a atenção, a nossa atenção, pelo humanismo de um policial.

O cabo Moreira, do 19º Batalhão M, aqui da Capital, patrulhando, acabou se deparando com um senhor que estava em uma calçada, e ali, quando foi abordá-lo... Acho que a mídia precisa voltar ali. Tem o vídeo.

Quando ele abordou aquele senhor, ele acabou descobrindo que era um ex-policial militar que tinha sido, como tantos outros que nós defendemos aqui na Casa, demitido injustamente das fileiras da Instituição, mesmo sendo absolvido em todas as esferas. Um senhor já de idade. Aí estão as imagens.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

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Esse podia ser só mais um policial, mas nenhum policial é só mais um. São homens e mulheres que estão por trás de uma farda, que têm empatia pela vida humana. Nesse gesto representado pelo cabo Moreira, junto com toda a companhia, com o comando da sua companhia, do seu batalhão, ele conseguiu detectar uma pessoa que precisava de ajuda e que, por coincidência, era um policial demitido injustamente. Ele levou esse ex-policial para cortar o cabelo, para ter os primeiros cuidados e conseguiu alocá-lo em um lar de repouso. Hoje, o Sr. Adilson está lá.

Eu quero agradecer à Casa de Repouso São José, a todos os policiais do 19M. Quero dizer que o tenente-coronel Fábio, o aspirante Milton Rodrigues, o 2º sargento Eliandro Aparecido Negrini, o cabo-PM Moreira, o soldado Carlos Moraes de Oliveira e o soldado Leonardo de Oliveira Santos foram os responsáveis por essa vida, por terem enxergado além da aparência, além do trabalho.

Todos os dias nossos policiais dão a vida por quem nem conhecem. Eu só conheço Jesus que fez isso por eles. Eles fazem isso. Mesmo assim, o nosso Governo do Estado insiste em não valorizar, insiste em pagar o pior salário do Brasil, insiste em mentir, em continuar mentindo, insiste em punir, insiste em colocar micro câmeras para que eles sejam monitorados e não para protegê-los e os tiram das ruas quando se envolvem em ocorrências.

O maior índice de morte dentro da Polícia Militar é suicídio, não é em serviço. Tudo isso porque a nossa tropa não aguenta mais desvalorização, falta de salário, pressão interna e, principalmente, um olhar diferenciado da sociedade de bem. Então, meus parabéns ao cabo Moreira e a toda a equipe do 19 Batalhão. Muito obrigada por vocês existirem. Vocês fazem toda a diferença na minha vida e na vida das pessoas.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson. (Pausa.) Deputado Castello Branco.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Dezesseis de dezembro de 2021, quinta-feira, vamos tratar de um dos assuntos mais importantes.

Trata-se do Campo de Marte, um local polêmico, sério, de grandes conflitos e que tem uma história que precisava ser resolvida; talvez um dos problemas mais sérios do estado de São Paulo do ponto de vista de uso e ocupação do solo e um dos assuntos mais importantes para a cidade de São Paulo pela área de mais de cinco milhões de metros quadrados.

A área era alvo de especulação imobiliária e da vontade do governador em dar outra utilização àquele espaço. Felizmente, o governo do presidente Jair Messias Bolsonaro, de forma magistral, estratégica, diplomática e visionária como estadista, resolveu o problema. Na medida em que havia dívidas de ambos os lados, do município para a União e da União para o município, isso foi acertado, pacificando essa situação.

Eu, como piloto e me considerando representante do setor da aviação aqui na Assembleia Legislativa de São Paulo, desde o início do mandato, ou mesmo antes, já em 2016, nós alertávamos para o perigo da má utilização do Campo de Marte. Senão vejamos: o prefeito da capital paulista e o presidente Bolsonaro firmaram um acordo para encerrar uma disputa judicial sobre a área do aeroporto de Campo de Marte.

A cidade deixará de pagar uma dívida de 25 bilhões de reais para a União em troca da cessão de uma parte da sua área de 2,1 milhões de quilômetros quadrados, considerando que pelo menos o dobro disso já pertencia à União, onde está hoje o Parque Aeronáutico de Manutenção de Aeronaves, o Pama, vila militar e outras dependências federais.

Por ano, para você ter uma ideia, a prefeitura paga ao governo federal, apenas de juros, três bilhões de reais, o que dá em torno aí de 300 milhões de reais por mês para o pagamento dessas dívidas. Com o acordo, a capital do estado de São Paulo ganha fôlego financeiro, ganha capacidade de investimento e ao mesmo tempo tira de suas costas um enorme peso dessa dívida bilionária.

Serão mais recursos disponíveis para você, cidadão de São Paulo, para que a prefeitura, caso faça uma boa gestão - e assim esperamos que o faça - melhore o Transporte, melhore a Saúde, melhore a Educação, melhore a pavimentação, as calçadas. Enfim, a cidade de São Paulo tão judiada, tão feia ainda, precisa de muitos investimentos.

Estão aí os recursos que foram repassados de forma indireta, na medida em que não tem mais essa dívida. A dívida da cidade com a União é equivalente ao custeio da alimentação de todos os alunos da rede municipal por 25 anos. Daria ainda para pagar a operação e a manutenção de todos os 58 centros educacionais unificados por cerca de 50 anos.

Relembrando um pouco da história, o Campo de Marte pertenceu ao nosso querido José Bonifácio de Andrada e Silva, um dos patronos da independência do Brasil. O Solar dos Andradas, que era a casa dele, fica onde hoje é o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva. Tinha como o seu espaço abaixo parte da sua fazenda. Antes de morrer, ele deixa no seu inventário e doa para a então província de São Paulo aquela área. Pertenceu à província de São Paulo até que finda a Revolução de 1932.

Em face do conflito do Estado com a União, a União se apropria, porque dali saíam os aviões da força paulista. A União se apropria da área e passa lá ficar. O problema jurídico vem de 1958, e é um imbróglio jurídico de grande porte.

A área já foi ocupada pelo governo federal após a derrota de São Paulo, como eu já falei. O acordo já havia tramitado por diversas esferas administrativas, e faltava apenas a confirmação do Ministério da Fazenda, o que ocorreu nesta quarta-feira. Com o acordo, a capacidade de investimento de São Paulo melhora, como eu já disse.

Resumo e conclusão: foi um duro golpe para o governo do estado de São Paulo, para o Sr. Governador João Doria, graças a Deus. Fica suspenso o projeto encabeçado pelo governador que pretendia criar nesse local outras coisas que iriam se transformar em especulação imobiliária. Já em 2017, o então prefeito João Doria apresentou um projeto de parque.

Na verdade, ele queria pôr o aeroporto para fora, porque aí muda o gabarito de aproximação e se possibilita uma mudança no zoneamento do envoltório, o que possibilitaria a construção de prédios acima de 25 andares. Segundo contas das imobiliárias e do próprio Secovi, investimentos e resultado da ordem de mais de um trilhão de reais.

Com isso, acabou a farra do boi. Sem contar que queriam construir shopping center; iriam descaracterizar toda área, enfim. Várias associações do bairro estavam contra isso.

Consideramos uma grande vitória. O Campo de Marte continua um aeródromo. O Colégio Militar de São Paulo poderá ser ampliado. Uma série de outras melhorias poderão ser instaladas no local sem se afetar o que hoje ocorre. Parabéns ao governo Bolsonaro. Parabéns a esta solução pacífica e inteligente que pacifica e agrega valor à cidade de São Paulo.

Juntos somos sempre mais fortes.

 

O SR. PRESIDENTE - ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Deputado Caio França.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Tem a palavra.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Uma comunicação, Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Claro.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria aproveitar o ensejo que V. Exa., deputado Castello, faz essa apresentação para externar aqui uma preocupação que eu sigo tendo, mesmo com o acordo anunciado ontem.

Por óbvio o acordo foi uma boa notícia, mas não ficou claro, pelo menos para mim, nem por parte do governo federal, nem por parte do governo municipal - se eu entendi corretamente, o estadual não participou da tratativa -, se o aeroporto será mantido em funcionamento. Então, eu gostaria aqui de deixar a minha manifestação no sentido de que o aeroporto precisa ser mantido em funcionamento.

Eu ouvi o presidente falar num museu, numa escola militar. O terreno é grande o suficiente para comportar esse museu, a escola militar, mas o mais importante é o aeroporto.

Ter um aeroporto, em uma cidade como São Paulo, capaz de receber aeronaves pequenas é estratégico sob o ponto de vista da Segurança Pública. Eu sei que parece teoria da conspiração, mas nós não sabemos se amanhã seremos alvo de um ataque da criminalidade organizada interna, de grupos terroristas externos.

Um aeroporto é um bem em termos de ganhos, de valorização, mas, sobretudo, de segurança. Então, eu gostaria de ter essa certeza. Vossa Excelência, eu sei que pertence à aeronáutica; está afastado agora, mas pertence, sempre se pertence à aeronáutica. Eu gostaria de ter essa segurança, porque nenhum dos pronunciamentos foi claro nesse sentido, a meu ver, e eu busquei a informação em todas as notícias que foram veiculadas no dia de ontem e de hoje, pela manhã.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - Sr. Presidente, uma comunicação rápida, por favor.

 

O SR. PRESIDENTE - ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Claro, tem a palavra.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Complementando as informações da deputada Janaina Paschoal, evidentemente que, com a vitória jurídica do Campo de Marte, vai se fazer um novo planejamento, um novo projeto, mas é fato que permanece, no Campo de Marte, o Pama, o Parque Aeronáutico de Manutenção de Aeronaves.

O fato de o parque permanecer lá já caracteriza que vamos precisar de uma pista de pouso, e ela vai se manter. Além do mais, uma série de hangares são utilizados para forças operacionais, como, por exemplo, o Pelicano, da Polícia Civil, o Águia, da Polícia Militar, e outros hangares que se tornam quase impossíveis de saírem de lá.

Sem dúvida nenhuma, aeroportos são estratégicos, a exemplo de Nova Iorque, que tem outras opções de pouso. São Paulo não poderia ter perdido esse aeródromo. Houve uma pressão gigantesca para isso, mas de cunho imobiliário. Sem dúvida, interesse de especulação imobiliária e que agora se vai. Então, a pista deve ser mantida.

Não se anunciou em detalhes a utilização do terreno, mas tudo leva a crer que será muito bem-feita. Inclusive, há a possibilidade do museu aeronáutico tão sonhado, que o Brasil ainda não tem, um museu que comporte um dos maiores acervos do mundo, embora eu seja um dos incentivadores para que seja em São José dos Campos.

Eu sou um grande fã de São José dos Campos, porque eu acredito que, por ser a capital da aeronave e do avião, ele deveria ir para lá, mas é também uma opção. Já existe um bom acervo lá. Por tudo isso, São Paulo permanece com mais uma opção estratégica de aeroporto.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Deputado Emidio Lula de Souza. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente deputado Arthur do Val. Surpreso aqui com V. Exa. presidindo os trabalhos. Acho que é surpresa para os nossos pares também, mas seja bem-vindo aqui ao Pequeno Expediente. Boa tarde aos nossos assessores, aos policiais militares e civis, ao público que nos assiste pela Rede Alesp.

Presidente, eu vim à tribuna para mostrar a minha preocupação com a não deliberação dos projetos hoje. O quórum está extremamente baixo. Por mais que tenha 51 assinaturas ali, nós sabemos como o Governo conseguiu essas assinaturas. Não há 51 deputados na Assembleia de São Paulo hoje, então, qualquer pedido de verificação de presença, deputada Leticia Aguiar, vai derrubar a sessão.

O Projeto 668/2021, que proíbe o passaporte vacinal, é o último projeto a ser votado antes da redação final do Orçamento do governador João Doria. Então, me assusta aqui.

Eu não sei o que foi acordado entre os líderes, a maneira como foi feito esse acordo, mas qualquer verificação de presença - não precisa nem ser uma verificação de votação - derruba aqui, deputado Castello Branco, as deliberações.

Então, eu peço aos deputados que são favoráveis ao 668 que estejam aqui em Plenário: deem a sua presença para ter o quórum regimental. São 24 deputados. Para deliberar, nós precisamos de 48, com metade mais um votando “sim” ao projeto da deputada Janaina Paschoal, que tem a coautoria dos mais diversos parlamentares aqui, praticamente de todas as bancadas, tirando a bancada da extrema esquerda - PT, PSOL, o próprio PSDB.

Então, faço aqui esse coro para os deputados favoráveis à proibição do passaporte vacinal, à proibição dessa medida mais que autoritária de Doria, de vários prefeitos pelo estado de São Paulo e pelo Brasil, do próprio Supremo Tribunal Federal, que acha que pode legislar, que pode mandar em tudo aqui no país e aqui no estado de São Paulo. Então, faço aqui esse apelo, porque sei que não há 51 deputados hoje nesta Casa.

Não vai ser fácil; uma tarefa difícil, ainda mais pelo nosso projeto figurar na última posição. Estou verificando com a assessoria, acredito que vai entrar na sessão extraordinária. Mas, se tiver alguma manobra regimental, se for entrar aqui na Ordem do Dia, a gente vai ter que dar uma inversão de pauta para que o nosso projeto fique como primeiro item. Acho muito difícil, mais uma vez.

Então, você que nos acompanha pela Rede Alesp, entre em contato com o seu deputado, ligue, vá à rede social, mande e-mail, porque nós precisamos desses deputados aqui na Ordem do Dia e depois, quando encerrar, nas sessões extraordinárias. A gente não pode vender ilusão para a nossa população, nós não podemos ser como o PT aqui, que não apareceu na data de hoje: ser uma oposição de gogó, Castello Branco, ao governador João Doria.

Nós precisamos ser uma oposição real e realmente representar a nossa população, mostrar por que nós estamos aqui, realmente mostrar que queremos aprovar esse projeto, efetivamente, e não apenas, presidente, da boca para fora.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado José Américo. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PSL - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento a todos aqui presentes, todos que nos acompanham aqui na galeria e pela Rede Alesp.

Hoje, dia 16 de dezembro de 2021, quinta-feira, provavelmente é a última sessão plenária para que a gente possa falar e tratar de pautas importantes para o estado de São Paulo.

Uma das principais pautas do estado de São Paulo hoje é o passaporte sanitário. Essa propositura é de autoria da deputada Janaina Paschoal, nossa líder de bancada. Quero aqui parabenizá-la pela inciativa.

Eu sou uma das coautoras contra o passaporte sanitário e, assim como outros parlamentares aqui, estamos enfrentando uma batalha para conseguir pautar esse projeto aqui na Assembleia Legislativa.

Precisamos saber e conhecer quem verdadeiramente entende que a liberdade das pessoas está acima de tudo, que as pessoas devem decidir por si se querem ou não se vacinar.

A vacina está à disposição para todas as pessoas, graças ao governo Bolsonaro, que adquiriu vacinas suficientes para o Brasil inteiro, para os municípios e para os estados.

Mas é importante falar que o estado não pode intervir a ponto de impedir alguém de ir e vir, do direito constitucional, do seu direito à escolha. A pessoa tem que decidir se ela quer ou não se vacinar.

Agora, a pessoa não pode ter os seus direitos ceifados, por escolher não se vacinar, da mesma maneira como eu entendo que a pessoa que decidir se vacinar, que entende que será imunizada, também tem que ter o direito.

Assim como os médicos que têm que ter autonomia para diagnosticar os seus pacientes, para orientá-los a diversos tipos de tratamento, conforme a sua habilidade médica. Não podemos impedir que médicos atuem no tratamento precoce das pessoas, de qualquer enfermidade que seja.

Como dizem que somos negacionistas, se nós entendemos que o tratamento precoce pode salvar vidas, para qualquer enfermidade inclusive, para combater a Covid-19? Como podem dizer que somos negacionistas, se nós queremos dar a liberdade de escolha para as pessoas se vacinarem ou não?

Então, temos essa batalha hoje, neste dia. Durante toda esta semana tivemos dias difíceis, tentaram obstruir de todas as maneiras que o projeto viesse para plenário, para que fosse votado esse projeto contra o passaporte sanitário, do qual também sou coautora.

Espero que nesta quinta-feira, na sessão extraordinária, a gente consiga pautar, consiga ter quórum suficiente, como falaram aqui tantos outros deputados que são coautores e tem também enfrentado uma grande batalha para que o projeto seja pautado.

Quero dizer a vocês, que nos acompanham na Assembleia Legislativa e que nos acompanham pelas redes sociais que estamos fazendo o nosso papel, dando a você o direito de escolher se deve ou não se vacinar, e não ser impedido no seu direito constitucional, no seu direito de escolha, o seu direito à liberdade. O estado não pode estar acima do direito das pessoas.

Quero ainda aproveitar o meu tempo para agradecer todo este ano que passamos.

Estamos encerrando mais um ano legislativo, que foi um ano de batalhas, um ano difícil e desafiador, em que aprovamos projetos importantes que impactam a vida de milhares de brasileiros, de paulistas.

Utilizei tantas e tantas vezes esta Casa para deixar claro o meu posicionamento conservador, o meu posicionamento em defesa da vida.

Quero agradecer a todos os servidores da Casa, aos colegas parlamentares, todos os que estiveram conosco de alguma maneira, que ajudaram a chegar ao final desse ano, graças a Deus, vivos. Que a gente possa passar por mais essa batalha e enfrentar 2022 de cabeça erguida, com força, coragem e determinação.

De forma muito especial, quero agradecer de maneira simbólica a uma pessoa com a qual tive o prazer de conviver todo este ano de 2021, a minha líder de bancada, deputada Janaina Paschoal.

Que mulher brilhante, que mulher honrada, que mulher digna. Poucas pessoas conhecem a Janaina Paschoal como a gente, que tem a oportunidade e o prazer de conviver diariamente, que, além de muito trabalhadora, é uma mulher muito honrada, é uma mulher com valores e com princípios diferenciados. É uma mulher que representa brilhantemente o estado de São Paulo e o Brasil.

Janaina Paschoal, tenho uma imensa satisfação, um imenso orgulho de ombrear contigo essa missão. Você é uma professora e tem, de fato, ensinado a gente a legislar com extrema competência, com um brilhantismo único que lhe pertence. Essa sua essência, que poucas pessoas conhecem, é uma essência doce, amável, fraternal. Obrigada por ser essa grande irmã de Assembleia Legislativa.

Que Deus abençoe seus passos Brasil afora e que saiba que aqui você tem uma amiga, uma parlamentar sempre torcendo pelo seu sucesso e muito grata por ter aprendido e ter recebido tanta generosidade, porque a sua competência, a sua história, a história de Janaina Paschoal, para o Brasil e para o mundo, é realmente diferenciada.

Fica aqui o meu registro, os meus cumprimentos a você, nossa líder. Foi uma excelente líder durante este ano, muito competente, muito generosa e de uma docilidade única. Que Deus te abençoe, e parabéns.

Um feliz Natal a todos, um feliz Ano Novo. Que 2022 venha com mais vitória e bênçãos a todos.

Obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Deputada Adriana Borgo.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde de novo a todos. Eu assomo novamente à tribuna, e aqui, Gil Diniz, a gente vai do céu ao inferno muito rápido.

Acabei de mostrar uma história maravilhosa de um batalhão, de um policial, de um grupo de policiais que fazem a diferença. Nem sempre tudo são flores, e hoje eu não podia deixar de expressar aqui a minha indignação a um comandante, coronel Nery, do CPI2, de Campinas, que teve um problema lá na unidade com alguns policiais, que na verdade não se sabe quais.

Uma caguetagem lá de um sem-vergonha, de uma porcaria de um mala, e começou o inferno astral na vida daqueles policiais, 55 policiais transferidos.

E isso não terminou por ali, pelas transferências. Hoje recebi um áudio que rodou aí na internet. Como ele disse assim, “olha, pode chamar o deputado, pode chamar a deputada, e ‘piiii’”, um palavrão bem feio vindo da boca de um comando da Polícia Militar, então estou aqui hoje para falar com o senhor, coronel Neri, que o senhor não é Deus, para começar.

Se o senhor não tem uma equipe competente para apurar quais são os policiais envolvidos na ocorrência que o senhor está citando, então o senhor não seja covarde e não transfira quem não tem nada a ver com isso só porque o senhor manda, o senhor tem o (Inaudível.) e o senhor acha que pode. Porque, quando o senhor transfere um policial injustamente, o senhor está dizendo para ele que ele é incompetente.

Como o senhor disse: “agora eu não tenho mais obrigação de ser leal com vocês, vocês me traíram.” É muito pesado tudo isso, um comando de Polícia Militar que deveria, sim, dar o exemplo nas suas palavras e principalmente no trato com a sua tropa usar do seu poder para simplesmente fazer, punir policiais que, não todos, a maioria inocentes.

Então, eu deixo aqui o meu repúdio ao senhor, coronel Nery. Coloco-me à disposição, mano a mano para o senhor vir aqui falar comigo, ou vou até aí falar com o senhor.

São famílias que o senhor está destruindo, que o senhor está punindo. São comandantes, capitães, são tenentes que não têm nada a ver com a coisa que o senhor, para dar uma contrarresposta a essa imprensa imunda, que nunca fala a verdade, o senhor está fazendo essa arbitrariedade, essa falta de consideração com a tropa.

Então eu deixo aqui meu repúdio, e digo mais, que isso é muito comum em todas as unidades. É que o Conte não está aqui, não está o Telhada, não está o Sargento Neri. Qual é o comandante de verdade que foi da rua que não tem um T4 guardado, hein?

Hein, qual companhia? Você vai me dizer que a Rota não tem um T4 guardado, que o Choque não tem, que os batalhões não têm T4? Para quem não sabe o que é T4, são armamentos apreendidos que na hora certa são apresentados.

Então, fica aí, é muito comandante atrás de mesinha e não sabe nada de rua. Então, quando acontece uma ocorrência, vai para o lado da mídia, quer se respaldar, garantir as suas estrelas e não presta atenção no polícia que não tem nada a ver com isso.

Seja competente. Arrume um SJD, puna quem tiver que punir, a verdade. Se não tem provas, então engula e dói menos. Aceite que dói menos, não fique assim fazendo o quer, só porque você é comandante em relação aos nossos praças, porque eu tenho certeza de que aqui, dentro da instituição, tem muita gente boa.

Tem muita gente que não presta, mas a maioria cumpre com o seu dever de servir e proteger. Isso é uma injustiça. Roupa suja se lava em casa, não fique dando esporro em polícia, em companhia, não.

E ainda ameaça: “pode gravar e falar lá com a deputada, falar lá com o deputado”. Pois falaram, falaram. E agora, o que o senhor vai fazer? Eu estou sabendo, e aí? O que o senhor vai fazer?

Eu vou divulgar o seu áudio, porque um comandante que fala um palavrão daqueles ali se referindo a nós, parlamentares que estamos aqui, é ridículo, é muito mais feio do que os supostamente - os policiais que o senhor não sabe quem foram - fizeram.

Então, faça-me o favor. Muito obrigada.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Tem a palavra.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - Vossa Excelência me concede uma comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Claro.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - PTB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, apenas para corroborar com as palavras da deputada Adriana Borgo. Eu também ouvi o áudio desse comandante. Eu fiquei chocado, deputada Adriana Borgo, absurdo, absurdo.

Eu sei que o deputado Telhada já tomou algumas ações com relação a esse caso, mas agora a deputada Adriana Borgo também tomou essas ações. Só que eu gostaria de chamar a atenção para a parte que ele desdenha dos deputados da Assembleia de São Paulo. Ele desdenhou do poder que os deputados desta Assembleia têm com relação às instituições do Estado.

Então eu chamo a atenção dos deputados para mandar um questionamento a esse comandante. Com todo respeito aqui, eu sei que o alto comando da Polícia Militar, que os comandantes da Polícia Militar não refletem a opinião desse senhor aí específico. São pessoas competentes, bem diferentes daquilo ali que falou isso.

Mas eu gostaria de saber quantos deputados aqui são necessários para fazer esse comando entender que nós, como deputados, merecemos respeito, tanto como ele também merece respeito enquanto comandante da polícia militar, porém é uma via de mão dupla.

Se ele não sabe respeitar, também precisa arcar com suas palavras. Então faço questão de fazer com que os deputados, em conjunto, tomem ações, providências contra esse absurdo que aconteceu nesse batalhão.

E, Sr. Presidente, aproveitando esta comunicação, eu gostaria de fazer uma solicitação aos meus pares. Hoje à noite haverá votação de projetos de deputados e, logo após, a votação da redação final da LOA.

Eu solicito aos meus colegas que se façam presentes aqui. Eu respeitarei todos os projetos de deputados, não obstruirei os projetos de deputados. Acredito que ninguém vai obstruir os projetos iniciais de deputados.

O meu projeto vai ser o último a ser pautado. Sei que vai ter obstrução por parte do PT, por parte do PSOL, entretanto, presidente, eu solicito a ajuda dos meus colegas para a manutenção do quórum. A gente vai precisar de 24 deputados nesta Casa durante essa discussão, então peço aos colegas parlamentares que se façam presentes para ajudar ao menos essa matéria a ser discutida.

Eu sei que tem muito a se discutir a respeito desse projeto, tem seis horas de discussão pela frente desse projeto. Eu peço aos nobres deputados que me ajudem a, pelo menos, que a matéria seja discutida aqui e, posteriormente, votada, Sr. Presidente. Essa é a solicitação que eu faço.

 

O SR. PRESIDENTE - ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Sim. Deputada Janaina Paschoal.

O deputado Gil Diniz também falou sobre isso. A gente tem que lembrar que eles também, teoricamente, precisam de quórum para a redação final, e os nossos projetos estão antes. Então...

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem, presidente. Enquanto a Janaina se dirige à tribuna, uma breve comunicação. A base do governo precisa lembrar disso, precisa colocar o seu quórum aqui. Não é possível que vão tirar o quórum, vão deixar os projetos de deputados...

 

O SR. PRESIDENTE - ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - E achar que vai ficar tudo bem.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - E achar que vai ficar por aí mesmo. Faço esse apelo mais uma vez. Douglas Garcia falou agora, V. Exa. falou agora também, que a base do Governo coloque aqui quórum regimental para que essa sessão não caia por falta de quórum e que nós possamos deliberar, ao menos iniciando a discussão do 668.

Só para alertar, né? Já que o plenário aqui está vazio, que no momento oportuno os deputados apareçam. Sei que já tem muitos aí que já estão em clima de férias, de recesso parlamentar, mas não estamos. Se quiserem aprovar a redação final e não voltar aqui semana que vem, é bom colocar o quórum aqui, senão vão ter que cancelar suas viagens.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Por conta do horário, vou encerrar o Pequeno Expediente.

Declaro encerrado o Pequeno Expediente e aberto o Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Vou seguir a lista, mas a senhora é a primeira.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Eu peço para falar pelo 82, pela bancada do PSL.

 

O SR. PRESIDENTE - ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - É regimental.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PELO ART. 82 - Bom, acabei de ler aqui que a Anvisa autorizou a vacinação de crianças a partir dos cinco anos. No caso, foi uma solicitação feita pela Pfizer mas também existe um pedido do Instituto Butantan para que ocorra a vacinação com a Coronavac.

Nem com relação à Pfizer, nem com relação à Coronavac há estudos suficientes a indicar a segurança e a eficácia dessas vacinas em pessoas de tão tenra idade, em crianças tão pequenas. Não há. E eu estou acompanhando esse debate no Brasil e no mundo desde o momento em que a pandemia se iniciou.

Os estudos que há são realizados pelas próprias fabricantes. Não é possível que a imprensa tão crítica que nós temos não vislumbre indício de conflito de interesses, mas o ponto aqui não é criticar a autorização por parte da Anvisa ou criticar a autorização. Autorizar é diferente de obrigar.

O fato de a Anvisa autorizar a vacinação não significa obrigar a vacinação ou, pelo menos, não deveria significar, muito embora a dinâmica que o Brasil está encarando a vacinação é uma dinâmica de coação, de constrangimento, inclusive com relação aos adultos.

Eu convivo majoritariamente com famílias que não só desejam se vacinar, desejam vacinar seus filhos pequenos, desejam ter acesso a todas as doses, e eu respeito essa decisão familiar.

Mas existe uma minoria de famílias que não têm segurança ainda, seja relativamente à segurança, seja relativamente à eficácia, sobretudo seja relativamente à ponderação entre riscos e benefícios.

Então, o pedido que eu faço é que se respeite a decisão familiar. É assustador, porque a Anvisa acabou de autorizar, e uma série de veículos, muitos veículos já lançaram matérias no sentido de que o Ministério precisa requerer, o Ministério precisa solicitar, o Ministério precisa comprar.

A pergunta que eu faço é: quantas crianças sem comorbidade morreram por Covid? (Manifestação nas galerias.) Quantos adolescentes sem comorbidade morreram por Covid?

Qual é a justificativa, senão o desejo de vender das farmacêuticas, de submeter crianças pequenas e adolescentes, sobretudo sem comorbidades, aos riscos da vacina, e sempre há, para prevenir uma doença que não se desenvolve na forma grave nessa faixa etária?

Ontem, por uma ironia do destino, eu solicitei à assessoria que levantasse o número de presos contaminados e mortos por Covid. No meio do material que foi levantado, veio um quadro da contaminação e das mortes por Covid na Fundação Casa. Para quem não sabe, a Fundação Casa é a instituição que acolhe adolescentes que cometem atos infracionais.

Então lá nós temos, em regra, meninos e meninas entre 12 e 18 anos. Em alguns casos, até 21 anos. São jovens. Houve casos de contaminação? Houve. Nenhuma morte. “Ah, mas é porque foram vacinados”.

Nos outros universos de adultos presos, população que está em liberdade, houve mortes acima de 60, acima de 50, mas adolescentes e crianças não.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Douglas Garcia.

 

* * *

 

Então o pedido que eu faço não é de que essas vacinas não sejam disponibilizadas, mas para que sejam disponibilizadas para aquelas famílias que querem vacinar os seus filhos. Nós não podemos impor aos pais submeterem seus filhos a risco, presidente.

No meu gabinete, nós atendemos um caso de um pai cujo filho faleceu aos 14 anos, um menino esportista sem nenhuma comorbidade, 21 dias depois de tomar a segunda dose da vacina Pfizer. É possível afirmar que foi a vacina? Não é. Mas é possível infirmar? Também não é. É necessário investigar.

É direito do pai e da mãe decidir em conjunto com o seu filho, se for já um adolescente amadurecido, se correrá os riscos da vacinação ou se correrá os riscos da doença, que nessa faixa etária é menor.

Então fica aqui o pedido para que essa vacinação de crianças com cinco anos de idade não seja obrigatória, senão estaremos diante de um dos maiores crimes contra a humanidade que este País vai testemunhar.

Por ora é isso, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - Agradeço pelas palavras, deputada Janaina Paschoal.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, presidente. Para uma comunicação. É possível?

 

O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - Vossa Excelência tem a palavra para uma comunicação. Deixe-me só correr a lista para chamar os oradores.

Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Major Mecca. Vossa Excelência fará uso da palavra? Enquanto o senhor se encaminha, a palavra está com o deputado Caio França, para uma comunicação.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, para poder registrar aqui, como havia falado ontem a respeito do que nós discutimos sobre obstrução ou não em relação ao projeto, eu quero antecipadamente dizer que sou favorável ao passaporte da vacina. Inclusive, já alertei V. Exa. e conversei com outras pessoas, mas sou favorável.

Entendo que a vacina é um instrumento que vem para poder salvar vidas. Nós precisamos estimular que as pessoas possam se vacinar. Pensando nisso, retirei a minha assinatura da emenda aglutinativa, respeitando o que V. Exa. colocou em relação à obstrução de projetos.

Gostaria muito de poder votar esse projeto, discutir esse projeto como V. Exa. falou, mas quero, mais uma vez, falar a respeito do meu projeto de lei, o meu PL 1180, que está aqui desde 2019. Passou pelo Congresso de Comissões com pedido de verificação de votação. Nós ganhamos no voto para que a Cannabis medicinal possa estar incluída no SUS aqui em São Paulo.

Eu gostaria muito de ter esse projeto no plenário. Faço esse apelo porque, assim como V. Exa. está se sentindo um tanto quanto com dificuldade de poder ter o seu projeto votado, o meu, da mesma forma. E o meu não tem perspectiva. Então eu gostaria de fazer esse sinal de alerta.

Eu insisto: sou contra o projeto de lei de Vossa Excelência. Votarei contra e vou discutir contra, mas entendo que V. Exa. tem direito de poder colocá-lo para votar, assim como eu gostaria de ter o meu projeto de lei, que está desde 2019 tramitando nesta Casa, votado também.

Eu respeito quem votar contra, quem é contra que a Cannabis medicinal possa entrar no SUS, mas eu quero que a gente possa ter a possibilidade de discutir ele aqui e que cada um possa ter o seu discernimento em relação ao tema.

Eu já fiz audiência pública, trouxe médicos, trouxe familiares de pessoas que utilizam a Cannabis medicinal. Já disse que o Governo do Estado já compra esse medicamento, só que exige uma decisão judicial dessas pessoas.

Portanto, acho que é justo que a gente possa também fazer esse debate. Eu quero apenas fazer esse relato, reforçando que eu retirei a assinatura da emenda de plenário, assim como havia falado ontem para todos os colegas do plenário.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - Antes de passar a palavra para o deputado Major Mecca, quero agradecer ao deputado Caio França. Endosso as palavras de V. Exa. com relação ao seu projeto. Sou contra o projeto de Vossa Excelência, mas vou fazer todo meu esforço, enquanto líder do PTB, para que o projeto de V. Exa. seja pautado no plenário. Inclusive, fazendo um apelo no próprio Colégio de Líderes.

Com a palavra, o deputado Major Mecca. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, senhoras e senhores que estão na galeria, acompanhando os trabalhos parlamentares, Sr. Presidente, a todos que nos acompanham pela Rede Alesp, pela rede social, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, os nossos policiais militares que estão preservando e mantendo as condições para que nós possamos trabalhar com tranquilidade.

Hoje será trazido a este plenário o Projeto de lei nº 668, que proíbe a exigência do passaporte sanitário aqui no estado de São Paulo. É muito importante que nós, que apoiamos o projeto - eu sou coautor - nós valorizamos sim a vida, mas nós valorizamos também a liberdade das pessoas e das suas escolhas.

O Governo do Estado de São Paulo já deixou demonstrado que não tem habilidade alguma em preservar vidas, em cuidar das pessoas. Tanto que o estado de São Paulo lidera o ranking do número de pessoas mortas pela Covid-19 no Brasil.

O estado de São Paulo, em todas as confederações de Enfermagem e Medicina, sempre liderou o ranking de reclamação desses profissionais da Saúde na falta de equipamentos de proteção individual, sejam máscaras, aventais, óculos e outros equipamentos.

Então é muito importante que esta Casa ouça os anseios do povo do estado de São Paulo. É muito difícil, é triste nós vermos que, nas votações das leis, dos projetos de lei que são trazidos a este plenário, os deputados, em sua grande maioria, votam de acordo com a vontade do governo, de acordo com a vontade do senhor João Agripino Doria, que, eu repito, demonstrou uma inabilidade imensa no cuidado com as pessoas.

Ao longo da pandemia, medidas desastrosas foram adotadas. Nós exemplificamos aqui, como a manutenção de rodízio em dia par, em dia ímpar, menosprezando a realidade do transporte público, das condições precárias que os trabalhadores têm na ida e volta para o trabalho nos trens, no metrô, nos ônibus.

E esta Casa precisa abrir os olhos para a representatividade dos deputados. O parlamentar, ele demonstra, me desculpe, uma habilidade enorme, na época das eleições, para se aproximar do povo, abraçar o povo e dizer que está do lado das pessoas. No entanto, quando chega, ao longo do cumprimento do seu mandato, as pessoas que ele está mais distante são justamente o povo que o elegeu.

Então, nós esperamos, deputado Douglas Garcia, deputada Janaina Paschoal, deputado Gil, deputada Adriana Borgo, que hoje, durante a votação dos projetos de deputados, haja, sim, coerência, haja, sim, respeito aos projetos, e não se use de ferramentas para querer jogar adiante os anseios e as expectativas de grande parcela do povo do estado de São Paulo, porque nós sofremos muito com isso aqui dentro desta Casa.

Eu, como um dos representantes da Segurança Pública, no estado de São Paulo, que atravessa a maior crise já vivida na história deste Estado, o povo em um nível absurdo de sofrimento, nas mãos de criminosos.

Hoje nós tivemos mais dois policiais rodoviários atacados a tiros pelo crime. Estão em situação difícil no hospital. Trouxe aqui a situação dos policiais do 44º Batalhão, no município de Guarulhos. Só este ano, as equipes de Rádio-Patrulha daquele batalhão foram atacadas 17 vezes, a tiros, por criminosos. Viaturas sendo cercadas por criminosos.

E isso acontece na Capital, acontece no interior, com a ação de facções criminosas sitiando cidades, sitiando quartéis e delegacias, para a explosão de caixas eletrônicos.

Criminosos que hoje ostentam fuzis 762, carros blindados, coletes balísticos, granadas, artefatos explosivos, drones. Ou seja, o crime avançou na tecnologia, e o governo está sucateando e mantendo na miséria os nossos policiais.

Ontem, deputado Giannazi, em uma reunião na sede da Secretaria de Segurança Pública, eu cobrei do secretário e das cúpulas das Polícias que se empenhem na cobrança ao “desgovernador” João Doria de medidas que socorram os nossos policiais, os nossos soldados que estão passando fome, que estão tendo que pedir cestas básicas.

Ontem foi muito triste nós vermos um policial veterano dizer que teve que ir a uma escola pedir fraldas para o seu filho. É essa situação que atravessa o povo do nosso estado, que está tendo a sua liberdade cerceada, como foi a postura do governador do estado de São Paulo, que pretende ser presidente do Brasil. Olha que situação e a que ponto nós chegamos, de ter um sujeito como esse, João Doria, querendo ser presidente.

Meu Jesus amado, olhe pelo nosso país. Não permita que isso aconteça, pois já basta o que estamos vivendo no estado de São Paulo. Nós trazemos isso a esta tribuna porque o povo do Brasil tem que saber quem é João Agripino Doria, o governador que trouxe miséria para o estado de São Paulo. Convido qualquer um para percorrer as ruas da cidade de São Paulo, as ruas das cidades do interior, que estão tomadas por criminosos, e os nossos policiais acuados.

Nosso povo passando fome. O centro de São Paulo tomado por famílias cujos pais e mães de família perderam seus empregos, perderam a sua dignidade, estão morando nas ruas, tendo que viver de doação. Viver de doação! Um governo que não olha para as pessoas, um governo que olha para o seu umbigo e para o seu benefício pessoal, e daqueles que os cercam.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PSL - Concede um aparte, deputado?

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - Sim, deputada Leticia. Fique à vontade.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PSL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Só fazendo um aparte à sua fala, eu me recordo que há um tempo estávamos aqui no plenário conversando justamente sobre essa nossa luta, nossa batalha, nossa briga - não é, deputada Adriana? - pelo aumento dos salários dos nossos policiais militares do estado de São Paulo.

Eu me recordo muito bem de que estávamos conversando e falei: “Deputado Major Mecca, não é possível que ele não vai cumprir, porque ele falou diversas vezes que iria aumentar, sim, que a Polícia Militar do Estado de São Paulo seria uma das mais bem pagas do Brasil”. E o senhor me falou: “Deputada, ele não vai cumprir”.

De fato, é o que está se desenrolando. Infelizmente, não nos surpreende, vindo do governador João Doria. É uma grande decepção, de fato, para o Governo do Estado de São Paulo, mas seguimos aqui nessa batalha, utilizando a nossa fala, utilizando todas as ferramentas que nós temos - legislativas e regimentais - para tentar fazer com que ele cumpra, pelo menos, a palavra e faça esse justo reconhecimento salarial para os nossos policiais militares.

 

 O SR. MAJOR MECCA - PSL - É exatamente isso, deputada Leticia Aguiar. O povo de São Paulo e os nossos policiais estão cansados de mentiras e de enganações. Falsas promessas.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - Pela ordem, deputada Adriana Borgo.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - Gostaria de falar pelo Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - Deputada Adriana Borgo, como tem alguns deputados inscritos, vou passar para os deputados e, após encerrar o Grande Expediente... Vou passar para eles, porque, como eles já estavam inscritos, para conseguir respeitá-los.

Deputado Professor Walter Vicioni. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Edson Giriboni. (Pausa.) Rodrigo Moraes. (Pausa.) Roberto Morais. (Pausa.) Alex de Madureira. (Pausa.) Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. Vossa Excelência fará uso da palavra? (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba Lula. (Pausa.)

Deputado José Américo Lula. (Pausa.) Deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. Vossa Excelência fará uso da palavra? Vossa Excelência tem o tempo regimental de dez minutos.

Apenas para destacar, deputada Adriana Borgo, é porque, durante o Grande Expediente, ele só tem uma hora, já pelo Art. 82 pode-se falar a qualquer momento, durante o Grande Expediente e após o encerramento. Então, os colegas não seriam prejudicados, está bom?

O deputado Coronel Nishikawa tem a palavra.

 

O SR. CORONEL NISHIKAWA - PSL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente. Boa tarde a todos os colegas deputados, assessorias, assessoria militar, público presente no auditório.

Primeiramente, ontem eu já tinha falado sobre o aniversário da Polícia Militar, de 190 anos de serviços prestados a este estado. A Polícia Militar do Estado de São Paulo tem serviços diversificados para servir a população. Tem vários segmentos como Choque, Bombeiro, Polícia Rodoviária Ambiental e assim por diante.

Aqueles que se dedicam à farda se dedicam de uma forma como se estivessem realmente dedicando a alma, porque, quando nós vestimos a farda, nós somos alvos. Alvos de marginais, alvos de críticas, mas ninguém quer pôr a farda para receber esse tipo de crítica. É muito fácil de fora, quem não exerce a profissão, ficar criticando a atuação da Polícia Militar.

Lamento que hoje policiais militares estão fazendo uma “debandagem” pelo salário que recebem. Eu tenho visitado alguns quartéis, o pedido de baixa que há, pedido de afastamento que há é uma coisa absurda pelo valor de remuneração que recebem.

Muitos vão morar na periferia porque não têm condições de pagar um aluguel num local decente, e ainda eles não podem vir fardados de onde moram para o serviço, porque são alvos de bandidos.

Essa é a realidade. É uma vergonha nós termos que tirar a farda para ir ao nosso serviço. É como o médico que veste a sua roupa para poder ir trabalhar. O policial militar não pode mais fazer isso. É um absurdo a inversão de valores que está havendo.

O Sr. Governador prometeu no início da sua gestão, durante a campanha, que a Polícia Militar do Estado de São Paulo seria o segundo maior salário do País. Hoje nós estamos no primeiro, só que de baixo para cima, ou seja, também mal remunerados e insatisfeitos com a situação atual.

Então nós esperamos uma ação do governador. Eu tenho ouvido falar que ele irá anunciar aumento a partir de janeiro, porque foi anunciado 73% para os professores. E que não sejam subsídios; que sejam incorporados aos salários dos veteranos. Os veteranos são aqueles que até hoje levaram a instituição da forma como está. Sem os veteranos, não há nenhuma corporação, nenhuma entidade que sobreviva.

É como se a gente desprezasse os pais. Os pais nos educaram, os pais nos encaminharam para que tenhamos uma vida decente. Portanto, aqueles que lutaram, aqueles que estiveram na linha de frente e perduraram e fizeram perdurar a instituição até hoje são aqueles valorosos veteranos.

E hoje os que estão na ativa amanhã também serão veteranos como todos. Sem os veteranos não há presente. Sem o presente não há futuro. Portanto, valorizem os veteranos.

Nós estamos aqui e eu já falei aqui nesta tribuna que, quando nós nos deparamos com algum tipo de ocorrência, principalmente nós que somos bombeiros... Já parei em acidentes mesmo estando aposentado. Parei, verifiquei a necessidade de uma intervenção para poder socorrer. Já socorri pessoas mesmo aposentado. Não tem como nós fugirmos disso.

Nós prestamos um juramento quando nós entramos ou saímos da Academia da Polícia Militar, assim como todos os praças prestam juramento para que eles sirvam enquanto perdurarem a sua vida aqui nesta Terra.

Portanto, nós nunca vamos deixar de ser profissionais de Segurança Pública, de salvamento e combate ao incêndio. As forças policias, as forças de segurança do estado de São Paulo pedem socorro, principalmente os veteranos. Adriana Borgo mostrou aqui um vídeo de um veterano que estava como morador de rua.

É um absurdo. Nós precisamos sobreviver. Não é o fato de a gente estar aposentado que a gente deixa de comer, que a gente deixa de morar.

Isso é um resgate da dignidade daqueles que mantêm a instituição em pé como nós mantivemos. Tudo que existe hoje foi fruto de 190 anos atrás - ou 130 de 31. Está na canção da Polícia Militar. Vamos respeitar os veteranos. Os veteranos são aqueles que mantiveram a instituição como está, com dignidade, com hombridade, hierarquia e disciplina.

É isso. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DOUGLAS GARCIA - PTB - Continuando a lista dos oradores inscritos no Grande Expediente, eu gostaria de chamar para fazer uso da palavra o nobre deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Deputada Damaris Moura. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi, V. Exa. tem o tempo regimental de dez minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, em primeiro lugar, eu gostaria de manifestar o meu apoio à luta das professoras, dos professores, dos profissionais da Educação do município de Cajamar.

Eles estão lutando e exigindo transparência em relação ao Fundeb, em relação à nova lei do Fundeb, a Lei nº 14.113, a Emenda Constitucional nº 108 e à própria Constituição Federal, o Art. 212 - na verdade, traço “A” -, que agora incorporou de fato o Fundeb na Constituição Federal.

O fato é que a lei é muito clara: quando o governo - seja ele municipal ou estadual - não investe 70% em valorização dos profissionais da Educação, se ele não conseguir fazer esse investimento durante o ano, ele tem que pagar o abono, ele pode fazer um rateio, um abono. Foi o que o estado de São Paulo fez, teve que fazer na marra, porque a lei federal determina isso. Foi o que fez o estado do Maranhão, o estado do Acre e algumas capitais, como Belém fez isso.

Então, faz parte da legislação. Só que existem algumas prefeituras resistindo a esse fato. Eu estive agora em Iperó, em uma audiência com vereadores, com professores da rede municipal também - inclusive o prefeito participou de uma parte da reunião - e é um medo dos prefeitos.

Tem que fazer - deixo aqui a orientação. Se há sobra, se não houve o investimento e há sobra, tem que fazer o rateio, tem que pagar o abono Fundeb, está na lei. Qual é o problema? E tem que ter transparência.

Por isso que as professoras de Cajamar estão mobilizadas e exigindo duas coisas. Primeiramente, transparência nos dados, no investimento no fundo. Por isso que cada município tem o seu próprio conselho do Fundeb e esse conselho tem que fiscalizar, tem que abrir as contas, tem que ser muito transparente.

O prefeito tem que ser transparente. Agora, se não há transparência, se há irregularidades, aí tem que acionar o Ministério Público, o Tribunal de Contas, a Câmara Municipal tem que ser acionada também.

Mas primeiro então eu quero manifestar o meu apoio às professoras, aos professores e ao magistério de Cajamar, que é um movimento forte que se estabeleceu através de um coletivo e está exigindo transparência, gestão democrática dos recursos da Educação, seja em relação ao Fundeb, seja em relação, também, ao investimento da própria cidade, dos 25% que são obrigatórios, que é a porcentagem vinculada diretamente à Educação, como determina a Constituição Federal, a LDB e provavelmente a Lei Orgânica Municipal de Cajamar.

Então, faço um apelo ao prefeito para que atenda às reivindicações do magistério e abra as contas. Transparência total. O mesmo eu digo, Sr. Presidente, em relação às professoras e professores do município de Ilha Comprida, também, que estão fazendo esse debate, estão querendo transparência, estão querendo que o abono seja pago, que não haja desvio para outras finalidades, que se respeite a LDB, os Arts. 70 e 71, que são claros em relação ao que pode e ao que não pode ser investido na Educação. Tem muito desvio de finalidade do orçamento da Educação.

Então, as servidoras, as professoras e professores, os profissionais de Educação de Ilha Comprida também estão mobilizados, inclusive tendo uma reunião hoje, me parece, sobre esse tema. Eles entraram em contato com o nosso mandato. E tem outras prefeituras passando pelo mesmo problema: Taubaté, me parece. Há mobilizações municipais, porque me parece que os prefeitos estão receosos, até porque o MEC não orienta corretamente.

Esse Ministério da Educação, ninguém mais leva a sério; o Ministério da Educação é o destruidor da Educação nacional. Está destruindo o ProUni, o Inep, o Enem; está destruindo tudo esse Ministério da Educação.

Então, ninguém leva a sério as orientações desse ministério, não dá para acreditar muito. Nesse sentido, tem que ter uma orientação que seja feita corretamente, do ponto de vista da lei, do que está na legislação.

Agora, o estado de São Paulo está pagando o abono porque está cumprindo a lei; tem que cumprir. O estado de São Paulo, o governo Doria não está fazendo nenhum favor, está cumprindo a exigência constitucional da nova lei do Fundeb.

Só que ele vem manobrando esse abono para pagar tardiamente. Acho que ele vai deixar para o último dia de dezembro, porque nós já aprovamos o PLC 37, a lei já foi sancionada, mas o decreto regulamentando o pagamento não foi publicado ainda; olha que absurdo.

Isso é de propósito, o governo faz isso de uma forma deliberada, para pagar talvez no último dia, me parece. Um governo que ganha tempo para cumprir a sua obrigação constitucional.

E deixou de fora, ainda, aqui no Governo do Estado, os servidores do quadro de apoio escolar, por exemplo, que ficaram de fora, e o secretário da Educação se comprometeu a mandar um projeto, mas não mandou ainda. Talvez hoje seja praticamente o último dia de funcionamento da Assembleia Legislativa, e o projeto não chegou ainda à Assembleia.

Então, em relação ao abono, eu queria dizer isso: temos que cobrar os prefeitos, os conselhos municipais do Fundeb. Eles devem abrir as contas, a transparência tem que ser total. E debate com o magistério; os servidores da Educação que vão decidir o que será feito com as sobras do Fundeb. Isso é fundamental, isso é gestão democrática dos recursos públicos da Educação.

Por fim, Sr. Presidente, eu não posso deixar de manifestar a minha indignação e também, já aproveitando, fazer uma denúncia contra mais uma farsa do governo Doria na área da Educação.

Agora, no apagar das luzes de 2021, o governo anunciou um novo plano de carreira para o magistério, dizendo que o magistério estadual vai ter até 73% de aumento salarial. Ninguém acredita nisso, Doria. Pelo amor de Deus, todo mundo sabe que isso aí é uma farsa, que isso é um truque: 73% de aumento.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.

 

* * *

 

E disse, ainda, que iria encaminhar o projeto de lei para a Assembleia Legislativa em janeiro, para a Assembleia Legislativa aprovar. Em janeiro, a Assembleia Legislativa está de recesso parlamentar.

Então, até nisso... Eles podem até encaminhar, mas que eu saiba não foi chamada sessão extraordinária, não vai ter nada. O Parlamento brasileiro inteiro entra em recesso, todos os Parlamentos, praticamente, entram em recesso exatamente em janeiro. Não tem mais nada em janeiro.

Ele disse que iria, deputado Mecca, encaminhar o projeto aqui para a Assembleia Legislativa, em janeiro, do novo plano de carreira que não tem o apoio da categoria.

Como que apresenta um plano de carreira para o magistério sendo que o magistério não apoia esse plano? Um plano de carreira que vai acabar com a evolução funcional, com o quinquênio, com tudo, com a sexta parte. Toda a evolução funcional será prejudicada, podendo prejudicar até a estabilidade.

É um plano que cria uma carreira dentro de uma outra carreira, dividindo ainda mais a categoria. Ele já fez isso através do programa de ensino integral, ele já constrói uma outra carreira nessas escolas.

Então nós temos já praticamente duas carreiras. Ele vai criar uma terceira, que vai dividir completamente, sem contar a sopa de letrinhas, que estão dadas aí na rede estadual, professor categoria “O”, professor categoria “F”, categoria “L”, tem de tudo.

Professor é estável pela Constituição de 88, professor efetivo, concursado, tem de tudo. Então ele tenta dividir cada vez mais a categoria, e fazendo marketing, porque a eleição está aí. É um programa totalmente eleitoreiro, a gente sabe disso, que só vai beneficiar uma parte da rede, a outra parte será marginalizada.

Então são projetos autoritários, que vêm de cima para baixo, sem debate, com as entidades representativas do magistério, servidores da Educação. São projetos excludentes, eles excluem vários setores, em todos os níveis.

É o que vai acontecer, não tenho dúvidas, com esse novo, novo velho, plano de carreira, que na verdade é a destruição da carreira do magistério estadual. É disso que trata esse projeto. Mas a rede estadual vai reagir à altura.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, nobre deputado Carlos Giannazi. Com a palavra o nobre deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Nobre deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Nobre deputada Janaina Paschoal. Abre mão. Nobre deputado Conte Lopes. (Pausa.) Nobre deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Nobre deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Nobre deputada Adriana Borgo. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos novamente. Sr. Presidente, eu volto à tribuna porque agora há pouco eu me pronunciei a respeito de uma atitude que eu repudio de um comandante da Polícia Militar do CPI2, de Campinas.

Eu gostaria que a cabine soltasse o áudio para que ninguém achasse que eu estou aqui sendo injusta; eu, que sempre defendo os bons policiais e defendo a instituição da Polícia Militar.

 

* * *

 

- É reproduzido o áudio.

 

* * *

 

Bando. É assim que esse comandante se refere aos policiais militares da região de Campinas, dos quais eu conheço muitos, dos quais serviram junto com o meu esposo, com os quais eu convivi desde a minha mocidade, dentro da minha casa, com muitos deles. Quadrilheiros.

Ele não trabalha, ele não quer ninguém com menos de 10 meses no batalhão dele. Espere aí, a Polícia Militar, excelência em instituição, que treinou, que colocou esses meninos na rua, que deu um armamento, que deu poder de fé pública para eles, são desatestados por um comandante porque acha que um policial novo não serve para a instituição? Enfim, é muito triste tudo isso.

Eu deixo aqui toda a minha solidariedade aos policiais do 35, do 47, Vinhedo, Valinhos, Campinas, a todos vocês. Eu tenho orgulho de conhecê-los, eu tenho orgulho de fazer parte da família dos senhores, e nada muda o meu conceito pelos senhores.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - Um aparte rápido, deputada?

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - Pois não, Major Mecca.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Presidente, eu tenho 33 anos de Polícia. Sabe o que chama isso aí? Leão de pátio. Para lidar com os seus policiais, é o bicho, é bravo, xinga todo mundo, mas para combater o crime, para defender o seu soldado que está na rua derramando sangue e suor, aí é uma moça, é uma moça.

Para tratar com o governador, que está submetendo a nossa tropa à miséria, morrendo na mão de criminosos, aí para tratar com o governador é uma moça. Quando encontra o governador, “muito obrigado, governador, por tudo o que o senhor está falando”, esse desgovernador que não está fazendo nada pela Polícia.

Mas, para tratar o subordinado, é um leão, é bravo. “Manda para deputado.” Por quê? Porque acha que ele não responde pelos atos? Porque também tem sensação de impunidade?

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - Semideus.

 

O SR. MAJOR MECCA - PSL - É, ele se julga um deus. “Manda para quem quiser.” E tem que responder pela forma como tratou os seus subordinados, porque nós vivemos hoje nas Polícias em São Paulo, na Polícia Militar e na Polícia Civil, uma crise de liderança.

A tropa, seja praça ou seja oficial, não identifica um líder, alguém que esteja à frente brigando por ele, que fez um juramento de expor a própria vida para defender o cidadão de bem. Além de receber um salário de miséria, ainda tem que receber um tratamento desse dentro do quartel. É muito triste a gente ver isso.

Muito obrigado.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - Faço suas as minhas palavras, Major Mecca. E eu quero encerrar aqui a minha fala dizendo que nós já temos inimigos demais. Nosso inimigo é outro.

Quando nós buscamos direitos humanos para os profissionais de Segurança Pública, especialmente dos nossos policiais militares que não têm o direito de se expressar, nós encontramos as reticências de várias entidades de direitos humanos que não reconhecem o policial como um ser humano.

Mas, quando esse descaso vem de dentro da caserna, aí a coisa fica séria. Aí nós imaginamos o que é que todos os dias policiais são submetidos nas mãos de maus comandantes, de superiores que fazem com eles o que fizeram com eles, e isso vem vindo, vem vindo, vem vindo, e nós não conseguimos quebrar isso.

 

* * *

 

- Assume a Presidência a Sra. Janaina Paschoal.

 

* * *

 

Nós temos, hoje, policiais cansados, oprimidos, com problemas psicológicos, problemas financeiros. E não é só culpa do João Doria, é culpa também da, como diz o Major Mecca, gestão interna.

Nós não podemos fechar os olhos, porque essa instituição é magnífica, é grandiosa, e nós não podemos fingir que dentro da nossa casa não tem problema e que nós não podemos e não precisamos fazer uma limpeza.

Então, mais uma vez, o meu repúdio. Coronel Nery, o senhor não me representa, não pertence a minha família da Segurança Pública, da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Obrigada, Sra. Deputada. Seguindo aqui com a lista dos oradores inscritos no Grande Expediente, chamo à tribuna a nobre deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Emidio de Souza. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem o prazo regimental de dez minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sra. Presidente, subo à tribuna. Esse áudio que a deputada Adriana Borgo colocou aqui agora é de embrulhar o estômago. Que falta de respeito com o subordinado, que falta de respeito com um ser humano e que falta de respeito com este Parlamento.

Ele mandou gravar e gravaram. Ele mandou enviar aos deputados e foi enviado. E agora, deputada Janaina, ele vai ser representado. Nem sei quem é. Sei que é um coronel, Coronel Nery da CPI-2, Campinas ali. Vou representá-lo e convido os pares a assinarem comigo.

A Corregedoria não é dura quando pega um policial militar sem a cobertura na rua? Agora vamos ver se a Corregedoria vai de pronto lá falar com esse coronel. Eu representei a tenente-coronel Cristal quando ela desrespeitou um sargento, acho que na região de Marília. Sei que estão tentando inverter a situação em cima do sargento, infelizmente, mas essa não vai passar de jeito nenhum.

Que falta de compromisso com a coisa pública. E, pelo que parece ali no áudio, era com os oficiais. Geralmente a gente até houve sobre essa guerra interna praça/oficial, mas ali sobrou para todo mundo.

Então, se ele falta com o respeito até com os seus altos oficiais ali, com subcomandante, com tenente, com sargento, com cabo, com soldado, imagina quando um cidadão comum procura um coronel como esse.

Então vai ser representado, deixo aqui consignado da tribuna que vai responder. Já contrata aí... Disse também para mandar para advogado etc. Já contrata o advogado, e peço até que a Secretaria de Segurança Pública, o coronel Camilo, que passou por esta Casa, foi deputado estadual, comandante-geral, que de ofício já convoque esse coronel a, no mínimo, deputada Janaina Paschoal, se explicar.

Se tem alguém que tem que ser transferido é ele, porque não respeita ninguém. A Polícia Militar corta na carne, deputado Sargento Neri. A Polícia Militar que, na dúvida, pune. Não tem presunção de inocência, Major Mecca, já toma a canetada, um palmo no mapa. É incrível e surreal o que a gente escutou agora.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PROS - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Só um aparte, deputado. Nós acabamos de receber uma ligação do presidente da Comissão de Segurança Pública e nós vamos representar formalmente, vamos chamar ele aqui para ele dar explicações não só do palavreado dele, mas também por nos subestimar e, principalmente, por maltratar os policiais militares da região de Campinas.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Excelente. Não faço parte da comissão. Se for presencial, estarei aqui no dia. Eu tenho certeza de que outros policiais vão se sentir estimulados a nos informar sobre a conduta desse comandante.

Inadmissível, Sargento Neri. Inadmissível tratar um subordinado daquela maneira, generalizar como se todos ali fossem criminosos, e não só falando profissionalmente, mas como seres humanos, Mecca. Imagina o assédio moral.

Também nem sei se havia policiais femininas ali, nem sei, mas é triste, é desesperador, porque imagine o policial que ganha 2.500 reais por mês, tem um alvo nas costas, condição de trabalho precária, tem que ouvir um cidadão desses humilhá-lo ali. Já não basta o que a pasta, já não basta o que os tucanos fazem com os nossos policiais há mais de 30 anos?

Como o Mecca disse - como é, Mecca? -, leão de pátio. Quando vê o governador, “sim, senhor”, “não, senhor”, continência, sentido. Provavelmente ele estava naquela reunião fatídica em que o Doria chamou atenção ao vivo dos coronéis, e o coronel que estava fazendo a ata, no tablet ali, por que ele não foi tão voraz com o governador? Por que, quando o governador, secretário de Segurança Pública não está lá na região, ele não se dirige a ele com essas palavras?

Então vou representá-lo, vou assinar 12 representações aqui. Estarei presente quando for convocado, e vai ser convocado, para prestar esclarecimentos. O que puder ser feito por esses policiais será feito.

Quem tiver que ser punido por alguma transgressão lá que seja punido. A gente não está defendendo transgressão nenhuma, mas, se alguém ali rasgou o RD, olha, foi justamente o comandante.

Presidente, mais uma vez... Claro. Por gentileza.

 

O SR. SARGENTO NERI - SD - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Eu, este ano, completo 29 anos de Polícia Militar, ano que vem, 30 anos. Soldado, cabo, 3º, 2º e 1º sargento, operacional, trabalhando na rua a vida inteira.

Eu sempre vi os nossos comandantes estenderem as espadas para os políticos. Aí sai para a reserva, coloca a espada na parede e vira leão, vira guerreiro de WhatsApp. Aí critica o PSDB, critica o governador, mas na ativa eu nunca vi um comandante que estava insatisfeito deixar de apresentar à tropa um governador.

“Ah, mas está dentro da sua função”. Concordo, até porque eu entendo que a Polícia Militar é apolítica. Em muitos eventos que nós trabalhamos, e não foram poucos, seja da esquerda ou da direita, nós estávamos lá para proteger a pessoa, e não a ideologia. Por isso cumprimos o nosso papel.

Mas ver uma cena dessas com o coronel Nery - eu quero deixar bem claro que é Nery com “Y”, para não confundir, porque o meu é brasileiro e original - me deixa triste, porque esses dias eu fiz um discurso até cobrando o comandante-geral, com quem estive lá hoje.

Fiquei sabendo que as imagens não vazaram do comando da PM, então vou cobrar o Ministério Público, porque ele é o dono da ação penal, e o Judiciário é, sim, o detentor do processo, é ele quem cuida. Então alguém vazou as imagens da PM.

Mas, vindo de um comandante esses palavreados, dentro de uma sala, com a sua prerrogativa de coronel, é muito fácil. Eu falei para o Major Mecca, faltou alguém de brio para levantar e falar o que tinha que falar para esse comandante. É claro que ia dar problema para ele.

Mas a Polícia Militar não é meio de morte, nem meio de humilhação. Eu sempre falei isso para os nossos policiais. Muitas vezes eu vi o policial ser chamado a atenção, ele dava risadinha.

Eu falava para ele: nunca ria, você tem que olhar dentro dos olhos do comandante, mesmo você estando errado ou certo, e mostrar para ele que você é profissional e ele tem que lhe respeitar, mesmo que tiver que chamar a atenção.

Então tem aqui todo o meu apoio em qualquer representação. Já disse para o Major Mecca que o mais plausível seria representá-lo no Tribunal de Justiça Militar, no Ministério Público Militar, para que, realmente, apure, no mínimo, o abuso de poder que ele exerceu para com os subordinados.

Obrigado.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Obrigado, Sargento Neri, por esse aparte. Esse comandante, nós ouvimos, mas, se é uma regra nos nossos quarteis, a gente precisa corrigir isso.

Mas eu creio que não é, não vou generalizar aqui. Como eu disse, Polícia Militar corta na carne. Na dúvida, pune. A gente precisa fazer talvez não só pela Comissão de Segurança Pública, mas pela de Direitos Humanos também.

O policial tem o seu direito, que tem que ser garantido também. É um ser humano também, e tem que ser preservada essa garantia. Como eu disse, me embrulhou o estômago ouvir as palavras desse coronel.

Espero que providências sejam tomadas. Será tomada por este Parlamento, mas eu espero que, de ofício, a Secretaria da Segurança Pública já tome as devidas providências.

Para finalizar, deputada Janaina Paschoal, peço que envie as notas taquigráficas à Secretaria da Segurança Pública e ao Palácio dos Bandeirantes, para a Casa Militar. Espero que tomem as devidas providências, mas ouviremos esse leão de pátio aqui na Comissão de Segurança Pública.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós que agradecemos, Sr. Deputado. Solicito à assessoria que faça os encaminhamentos requeridos pelo orador na tribuna. Vossa Excelência tem a palavra.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Presidente, é pelo Art. 82 que eu peço a palavra. Obrigada.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Por favor. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos. É sempre uma honra ouvi-la nesta tribuna.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Presidente, eu posso tirar um pouquinho a máscara para poder falar? Porque eu não estou conseguindo respirar. Obrigada.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Claro, por favor.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - PELO ART. 82 - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, público que nos assiste, nós estivemos nos últimos dias ausentes deste plenário, mas não estivemos ausentes dos trabalhos do nosso mandato.

A nossa assessoria, que é bastante eficiente e compromissada com as coisas que a gente tem obrigação de fazer enquanto estiver neste Poder legislativo, tem me dado uma resposta muito positiva.

Porque nem sempre é a presença no plenário que significa dizer que as pessoas estão atuando. Você às vezes pode não estar aqui, mas estar atuando em outras frentes, em outras coisas.

Agradecer, primeiro, a todos os deputados e deputadas que votaram nos nossos projetos de lei. Nós tivemos, agora recentemente, mais um projeto aprovado, projeto esse que foi apresentado também com a participação e coautoria do deputado Milton Leite Filho. É, para mim, muita honra trazer, para a Assembleia Legislativa de São Paulo, o Dia da Favela.

Acho que o deputado Carlos Giannazi, que é um parceiro sempre presente, sempre atuante, embora de outro partido, mas é de partido de oposição, deve ter ficado contente também com esse resultado.

Nós, ontem, assistimos a algumas situações em que as pessoas estavam, sei lá, um pouco nervosas, e ficaram com excesso de palavras pesadas. É coisa que realmente me incomoda bastante.

Eu já disse que é preferível você ficar assistindo pela televisão do que estar aqui presente, vendo situações que nos incomodam muito, porque todos nós somos iguais, todos nós temos um compromisso de representar o povo de São Paulo.

Temos que ficar aqui, falando com veemência, sim, mas, dos problemas, das coisas, das situações que o povo nos traz, das demandas que chegam até os nossos gabinetes, até as nossas assessorias.

E uma coisa que eu gostaria até de pedir, já que nós estamos no final de tudo, é que houvesse mais calma, que as pessoas procurassem fazer uma reflexão.

Tivemos um ano muito difícil, muita gente perdeu familiares. Foi muita tristeza, muita coisa ruim que aconteceu. Então a gente tem que passar um pouco de borracha no que foi ruim e tentar chegar em 2022 com mais serenidade, com mais respeito um pelo outro, com mais solidariedade, e procurar trazer para esta Casa um ambiente de bastante cordialidade, até porque todos têm educação, todos têm formação.

Temos, sim, políticas, ideologias às vezes diferentes, mas todo mundo aqui tem o propósito de ajudar, de cumprir a sua missão, de poder dar uma resposta para sua população, para as pessoas que votaram na gente, que trouxeram a gente para cá, uma resposta positiva, uma resposta que traga confiança, que traga esperança, e que a gente possa continuar, porque o ano de 2022 vai ser um ano muito difícil também.

Vai ser um ano de reeleição, e eu já sei que vai pegar fogo esta Casa, mas a gente pode, cada um, buscar o seu caminho, mas respeitando, sobretudo, o caminho do outro.

Deputada Janaina, presidente desta sessão, queria dizer para V. Exa. que, embora, existam... Aconteceram projetos aqui assinados por V. Exa. que nem sempre a gente concordou, mas nunca tivemos nenhum propósito de ofender Vossa Excelência. Falo isso de propósito mesmo, porque ontem, já tinha um tempo que eu não vinha ao plenário, e eu pensei que estivesse tudo mais calmo aqui, e vi que não.

A confusão continua, e as pessoas continuam ficando, sei lá, se excedem na hora de querer defender o seu propósito, e não é por aí. Eu acho que não precisa acontecer isso. Que a gente continue com respeito recíproco, porque é uma Casa de Leis.

A gente aqui forma os projetos, as leis para o estado de São Paulo, cada vez mais, progredir. Quero agradecer a V. Exa. também pela cordialidade, pela forma respeitosa com que sempre nos tratou e a todas as deputadas e deputados desta Casa.

Falar com o deputado Carlos Giannazi, por exemplo, que a questão do PSOL, da federação, que eu sei que está acontecendo isso. Eu, particularmente, acho que o partido de V. Exa. é um partido que vai nos dar muita força, mas não sou eu que mando no meu partido, que é o PCdoB. Apenas faço questão de falar isso para Vossa Excelência. Por mim, Leci Brandão da Silva, estaria com o PSOL, junto, mas nem tudo a gente pode resolver.

Muito obrigada pela atenção, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós que agradecemos, e eu, pessoalmente, agradeço as palavras. A presença de V. Exa. aqui no plenário faz toda a diferença. Pode ter certeza de que a presença de V. Exa. representa harmonia nesta Casa. Muito obrigada pelas palavras, e votos de muitas felicidades e sucesso para Vossa Excelência.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Pois, não, deputado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para uma comunicação.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Pois não, V. Exa. tem o prazo de dois minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado. Eu estou aqui debatendo bastante a questão do abono Fundeb, não só em relação ao governo estadual, mas também em algumas prefeituras do interior paulista, da Grande São Paulo, da Baixada Santista, que não estão cumprindo a Lei Federal, não estão cumprindo o Art. 212-A, da Constituição Federal, a Emenda nº 108, da Constituição, a Lei nº 14.113.

Muitos prefeitos não estão respeitando a legislação, não estão respeitando a gestão democrática e estão criando óbices desnecessários para que não haja o pagamento do abono Fundeb. Tem várias manifestações no Estado, em várias prefeituras.

Você tem o caso de Cajamar, de Ilha Comprida, que eu estou acompanhando, e também quero destacar aqui a luta das professoras da rede municipal de São Roque, que estão nessa luta também, pressionando, debatendo, fazendo manifestações para que a prefeitura pague o abono Fundeb e respeite a legislação federal.

Ontem, inclusive, houve uma grande manifestação na frente da Prefeitura de São Roque, as professoras mobilizadas, exigindo o básico, o respeito à Lei Federal, à nova lei do Fundeb, respeito à gestão democrática da escola pública e dos recursos públicos. Porque o prefeito tem que chamar o Magistério, tem que chamar suas entidades representativas, os seus coletivos.

Às vezes não tem um sindicato, não tem uma associação, mas tem um coletivo, tem um grupo organizado.

O governo tem que criar, ao governo municipal, as condições para debater de uma forma aberta, de uma forma honesta, apresentando todos os dados, com transparência. Transparência é fundamental, e que ouça a voz do Magistério, de quem está no chão da sala de aula, de quem faz, de fato, a Educação Pública em cada cidade.

E aqui, no caso, é a cidade de São Roque. Então, todo o nosso apoio às profissionais de Educação de São Roque.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Corroboramos a fala de Vossa Excelência.

 

A SRA. VALERIA BOLSONARO - PRTB - Pela ordem, presidente. Para falar pelo Art. 82.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos, deputada Valeria Bolsonaro.

 

A SRA. VALERIA BOLSONARO - PRTB - PELO ART. 82 - Boa tarde a todos. Eu escutei suas palavras, querida deputada Leci Brandão. É difícil a gente conseguir ter o mínimo de confiança, um pouco de paz, quando a gente é passado para trás o tempo todo, quando a gente é tratado, é desrespeitado, quando tentam te enrolar, te passar para trás, te fazer literalmente de idiota.

Eu apresentei um projeto aqui nesta Casa que fala sobre libras, alfabetização de libras. As nossas crianças, que não têm nenhum problema cognitivo, nenhum, ficam fora da escola desde a educação infantil até o Fundamental II. Ficam fora da escola comum, da escola regular, tanto privada quanto pública.

Eu coloquei esse projeto porque trabalho com crianças com deficiência. Eu sei do desespero das famílias. E aí o governo vem me enrolando. O líder do Governo vem falando para mim: “Não, você precisa apresentar a lei que fala isso”.

O presidente do nosso país colocou a língua de libras na nossa LDB, que é a lei máxima da Educação. Então, a gente pode colocar isso no currículo. Mas aí ele vem: “Não, precisa disso, precisa daquilo”.

Eu fui apresentando toda documentação que ele me pediu. Hoje, ele vira para mim e fala que não vai pautar o meu projeto. Não vai pautar meu projeto. As crianças surdas vão continuar sem o direito de serem alfabetizadas, de irem para a escola, de perderem toda a janela de alfabetização, porque o governo não pode pautar esse projeto aqui porque todo mundo vai concordar e aí o governador vai rejeitar o meu projeto, vai vetar.

Sabe por que, deputada Leci, o governador vai rejeitar esse projeto? Porque ele está desenvolvendo lá um projeto para ele, um projeto eleitoreiro que ele colocou agora. A deputada Bebel falou ontem que ele vai fazer um aumento, vai dar um aumento de 75% para os professores, desde que os professores se enquadrem no que ele manda.

Então, os louros têm que ser para ele. Não interessa se as crianças vão ser prejudicadas por mais um ano, mais dois, mais três ou mais vinte, porque com certeza ele não tem um filho surdo. Só quem tem uma criança com deficiência, quem tem uma criança em casa, com deficiência, que não tem como ir para a escola e não é alfabetizada...

Quando ela chega ao Fundamental II, essa criança já perdeu toda essa janela de aprendizagem, e aí, para ela retomar tudo isso, tudo é muito mais difícil.

Mas, para o governo, para o líder do Governo, Vinícius Camarinha, e para o governador, para o secretário de Educação, para a secretária da Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência desse governo, danem-se as pessoas com deficiência.

Eles não estão preocupados com as pessoas com deficiência. Estão preocupados, sim, em colocar dinheiro no bolso porque, por exemplo, foi tirado da educação especial dinheiro para a LOA.

Major Mecca, no ano que vem, a previsão é de retirada de dinheiro da educação especial. O projeto Lucy Montoro - aquele projeto de reabilitação - também foi tirado dinheiro desse projeto de reabilitação das pessoas com deficiência e das pessoas acidentadas.

Então, esse é o governo João Agripino Doria, um governo que enrola as pessoas, que mente o tempo inteiro. Uma pessoa que não tem crédito nenhum. Enganou os policiais, enganou os professores, enganou a Saúde. Não repassou o dinheiro que o governo federal mandou para repassar para os municípios.

Quem foi aos municípios viu que o dinheiro do governo federal não foi repassado para muitos municípios, que ficaram à míngua. Para quê? Para ele colocar hoje mais de 115 milhões para a publicidade do governo dele. É com muita, mas é com muita tristeza que eu falo aqui que o meu projeto que beneficiaria as crianças surdas não será nem pautado, mas tudo bem.

Nós temos uma primeira-dama neste País que se incomoda com as pessoas com deficiência. Nós temos uma ministra de Direitos Humanos que se incomoda com as pessoas com deficiência e é para elas que eu vou apelar. E eu tenho certeza de que nós vamos conseguir trazer benefício para essas pessoas, porque se depender do governo Doria continuarão à margem da sociedade.

Muito obrigada, presidente.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Pela ordem, presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós que agradecemos, Sra. Deputada, e eu dou aqui o meu testemunho da luta da deputada Valeria em prol desta causa.

Nada justifica que a colega não tenha o seu projeto pautado. Todos os deputados tiveram esse direito respeitado. Então fica aqui a minha solidariedade à colega Valeria Bolsonaro. Pois não, Sr. Deputado.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Uma breve comunicação?

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Vossa Excelência tem a palavra por dois minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - PARA COMUNICAÇÃO - Só para parabenizar a deputada Valeria Bolsonaro por essa fala. Fazer coro aqui a vossas palavras em apoio ao projeto da deputada que não foi pautado.

Deputada Valeria, a senhora lembrou da primeira-dama. Dias atrás ela recebeu centenas de crianças no Palácio da Alvorada, o “Alvorada de Portas Abertas”, para presentear essas crianças. E a manchete foi: “Michelle Bolsonaro se fantasia de Branca de Neve”.

Não falaram que chamaram centenas de crianças da periferia de Brasília para homenageá-las, para que elas visitassem o Palácio, para que elas usassem ali as dependências. Não disseram na reportagem que os ministros ali cada um adotou uma criança e presentearam essas crianças.

Há dois dias, salvo engano, ela, que tem um trabalho social muito importante e não é de hoje... Antes mesmo de ela ser primeira-dama, ia aos hospitais. Na igreja dela, se fantasiavam de doutores da alegria e faziam a alegria da criançada ali nos leitos e tudo mais. E ela se fantasiou normalmente de doutora da alegria, foi à frente do Palácio da Alvorada com a campanha que começamos de doação de medula óssea. A gente sabe a dificuldade que é conseguir medula óssea neste País, e ela fantasiada ali de doutora da alegria.

Imagine uma primeira-dama na avenida pedindo, rogando, implorando por medula óssea. A manchete: “Michelle Bolsonaro se veste de palhaça”. Se isso não é uma falta de respeito...

Eles gostam de falar tanto de respeito às mulheres, mas parece que a primeira-dama não é uma mulher que mereça o devido respeito. E olhe que ela está fazendo um trabalho social, que ela está pensando no bem do próximo, não está pedindo nada para ela. Mas aí não é misoginia, aí não é machismo. Aí vale tudo quando se trata da primeira-dama.

E para finalizar, presidente, faço um apelo aos pares que estejam aqui em plenário, que deem quórum. O Projeto nº 668 é o Item 6 da pauta. A proibição do passaporte vacinal é o Item 6 da pauta e nós precisamos de quórum aqui: 24 presenciais, 48 para deliberar.

Então faço um apelo aqui aos deputados que querem a aprovação desse projeto: que façam o possível para que esse projeto seja aprovado aqui nesta tarde.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós agradecemos a sua...

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Pela ordem, presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Pois não, deputado.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Presidente, eu gostaria de encaminhar pelo Art. 82, pela liderança do Governo.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos, deputado.

 

O SR. RICARDO MELLÃO - NOVO - Pela ordem, presidente. Para uma comunicação?

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Vossa Excelência tem o prazo regimental de dois minutos. Pergunto se o orador na tribuna se opõe.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Não me oponho, Excelência.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Por favor, deputado.

 

O SR. RICARDO MELLÃO - NOVO - PARA COMUNICAÇÃO - Só para saudar e anunciar aqui a presença de dois vereadores lá de Queluz: o Zé da Farmácia e o Felipe do Queijo, que vieram aqui hoje nos visitar e nos honrar com a sua presença. Então muito obrigado pela visita. Obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Cumprimento os Srs. Vereadores. Agradeço a visita, que muito honra esta Casa. Deus abençoe Queluz e a Câmara dos Vereadores. Obrigada. Por favor, deputado.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - PELO ART. 82 - Sra. Presidente, deputada Janaina Paschoal, satisfação vê-la presidindo esta Casa. Srs. Colegas, deputados, deputadas, público que nos acompanha, eu gostaria de dizer aqui que eu tenho em mãos um parecer da Secretaria do Estado da Educação. Ouvi atentamente a fala da professora Valeria, deputada. Eu não quero politizar o assunto, então eu vou ler um documento técnico da Secretaria do Estado da Educação.

“Considerações preliminares acerca do atendimento aos estudantes com deficiência auditiva na rede pública estadual de Ensino”. Gostaria de que V. Exa. prestasse atenção, deputada Janaina. “Diante da perspectiva atual da inclusão escolar de todos os estudantes, sem exceção, a Secretaria da Educação - Seduc assegura a matrícula e a permanência dos discentes nas classes comuns de ensino regular.

Aos estudantes elegíveis de educação especial aos serviços, a Seduc disponibiliza todos os recursos e apoio necessários ao processo de ensino e aprendizagem. Garante-se, ainda, o atendimento educacional especializado, que é realizado no contraturno, por meio de um professor especializado.

Menciona-se ainda, no bojo das ações desenvolvidas pela Seduc, Secretaria do Estado da Educação, que, “reconhecendo a importância da articulação pedagógica entre o ensino regular e o AEE, o professor especializado que atua na sala de recursos também orienta os professores de classes comuns, reconhecendo a necessidade de acessibilidade curricular e de práticas pedagógicas inclusivas, conforme estabelecido na  Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.

Como mais um apoio aos estudantes surdos e com deficiência auditiva, os profissionais interlocutores de Libras auxiliam os alunos em sala de aula e demais espaços de aprendizagem da escola, de acordo com a Resolução SS nº 6.817, realizando a interlocução e a tradução de ensino da língua portuguesa a Libras e de Libras à língua portuguesa.

Mostra-se relevante que, desde setembro de 2021, vige, em âmbito da rede estadual, a Política de Educação Especial do Estado de São Paulo, que apresenta um conjunto de diretrizes que passam a conduzir todas as ações da Seduc em relação aos estudantes elegíveis aos serviços de educação especial.”

Excelência, com todo o respeito à deputada Valeria, o estado de São Paulo está investindo na Educação como nunca. Tem que melhorar, há que se fazer mais. Nós estamos tendo avanços significativos. Nós aprovamos o Orçamento ontem, em que aumentamos em 20% os recursos para a Educação; nós transformamos em mil... (Manifestação nas galerias.) Excelência.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Eu solicito aos visitantes, por favor... Senhores, por favor, vamos garantir a palavra ao deputado que está na tribuna. Senhores... Senhora, por favor. Eu peço, por favor, que o colega tenha a sua palavra assegurada na tribuna. Deputado.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Eu gostaria de dizer, presidente, que é um esforço gigantesco para a gente avançar nos temas da Educação. Em 2018, antes de este Governo tomar posse, existiam 360 escolas de tempo integral.

Passados três anos, nós temos 2.050 escolas de tempo integral. São números, são números: 2.050 escolas de tempo integral. Nós tínhamos 100 mil alunos, nobre deputada Leci Brandão, em ensino integral; passamos para um milhão de alunos em ensino integral.

Nós tínhamos uma zeladoria, nas escolas do Estado, péssima, péssima. Banheiros com goteira, sem condições de uso pelos alunos. Nós aprovamos, aqui nesta Casa, um projeto de lei enviado pelo Sr. Governador: PDDE - Programa Dinheiro Direto na Escola. Dos sete mil reais que as escolas tinham para a zeladoria, deputada Leci Brandão, nós passamos a fornecer às escolas do Estado 200 mil reais, melhorando a infraestrutura.

Seguimos avançando. O governador anunciou, ontem, o novo plano de carreira para os professores, o novo plano, e nós não vamos desistir de continuar perseguindo as melhores condições de ensino no Estado. Há 5.145 escolas no estado de São Paulo. Hoje, 2.050 são de tempo integral e, no contraturno, com curso técnico-profissionalizante do Paula Souza.

Então, nós estamos, Excelência, fazendo aquilo que é possível, valorizando os recursos para que sejam para a Educação. Então, eu gostaria, Excelência, de dizer aqui o que o estado já está realizando e nós vamos implementar novas ações para os alunos com deficiência.

Obrigado, Excelência.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Nós agradecemos, Sr. Deputado.

 

A SRA. VALERIA BOLSONARO - PRTB - Pela ordem. Só para uma comunicação.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Pois não, deputada.

 

A SRA. VALERIA BOLSONARO - PRTB - PARA COMUNICAÇÃO - Gostaria que o líder do Governo explicasse para mim por que houve uma queda de dois milhões na Educação especial para o ano que vem, na LOA.

E também gostaria que o líder do Governo explicasse por que a rede de reabilitação Lucy Montoro vai sofrer um corte de 62% e reduzir 11 milhões, no que foi previsto em 2020, para 4,5 milhões agora na peça de 2021.

O documento técnico que ele colocou não fala a idade das crianças, porque o estado de São Paulo não atende, na escola regular, a crianças do Fundamental I; crianças na alfabetização não são atendidas na escola regular do estado.

O senhor me perdoa, líder do Governo, mas eu sou professora. Eu estava dentro da sala de aula até 2019, e de lá para cá eu converso com muitos professores, e o desespero das famílias é que o município ainda consegue ajudar, mas o estado não tem nenhum tipo de trabalho com crianças surdas. Elas não vão para a escola.

E outra coisa, mais importante: não adianta ter uma intérprete de libras. A criança, quando precisa de inclusão, precisa conversar com os amiguinhos. Se os amiguinhos não sabem libras, eles não interagem com a criança, e a criança continua excluída dentro da sala de aula.

Ela só consegue conversar com o intérprete de libras. Isso, para mim, não é inclusão. Inclusão é quando a criança consegue trocar com o amiguinho, conversar com ele.

E quando o presidente do nosso país colocou o ensino de libras como a segunda língua oficial do país, na LDB, nada mais justo do que colocar dentro do currículo escolar, para que todos possam...

A primeira-dama, na semana passada, fez um agradecimento e prestou homenagem a um bombeiro que, num salvamento... Ele sabia libras e salvou a vida do surdo, que falou que não poderia tomar aquele medicamento, porque senão ele teria um choque anafilático. A sorte daquele ser humano surdo é que o bombeiro sabia libras, porque, senão, quem iria salvá-lo, ao invés de salvar, iria matá-lo.

Então, essa é a importância que o governo do estado de São Paulo nunca enxergou, infelizmente. Nada pessoal com você, Camarinha. Você sabe que eu não tenho problema nenhum, mas o governo que você representa, infelizmente, é muito decepcionante.

Obrigada. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Pela ordem, presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Pois não, deputado.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Para uma comunicação.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Vossa Excelência tem a palavra. Um minutinho, deputado.

Senhores, a causa que os traz hoje aqui é uma causa nobre. Eu aqui, na condição de presidente, nem posso me manifestar, mas eu agradeço o apoio dos senhores. Mas eu preciso garantir a palavra aos deputados. Então, eu peço encarecidamente que as manifestações por meio de faixas, placas - que são democráticas -, sejam feitas, mas que vossas senhorias garantam a fala dos deputados, por favor.

Pois não, deputado.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Excelência, para uma comunicação.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Vossa Excelência tem a palavra.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, Excelência, eu tenho reconhecimento de que há um debate político se avizinhando, nós temos um problema do fundo eleitoral, de características eleitorais.

Mas eu não posso deixar de apresentar os números reais e dizer aqui ao Parlamento de São Paulo que nós ampliamos os investimentos na Educação em 20%; nós votamos ontem o Orçamento. Em 20%, 43 bilhões de reais: o Orçamento do estado para Educação.

Não houve redução em política pública de assistência aos alunos com deficiência, em hipótese alguma. E nada pessoal com a nossa querida deputada Valeria Bolsonaro, mas V. Exa. saiu em 2019 da sala, esse programa começou em 21.

Está escrito aqui: o “Programa de Educação Especial aos Alunos”. E nós vamos implementar e ampliar, Excelência.

Então, em hipótese alguma São Paulo e o governo de São Paulo vão deixar nenhuma criança, sobretudo as especiais, para trás.

Muito obrigado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Pois não, deputado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para uma comunicação.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Vossa Excelência tem a palavra.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Também com todo o respeito que eu tenho ao deputado Camarinha, que tem uma tarefa muito difícil: defender o governo Doria, defender o secretário da Educação Rossieli Soares e defender as políticas marqueteiras de quinta qualidade desse governo.

O deputado Camarinha acabou de falar das escolas de educação integral, PEI. Essas escolas estão sendo utilizadas como propaganda eleitoral para o governo Doria. Elas são altamente autoritárias, são implantadas de cima para baixo e são excludentes. Eu acho que o deputado Camarinha não conhece uma escola, e eu falo aqui, deputado Camarinha, como diretor de escola.

Olha, uma escola que vira PEI, vou dar um exemplo aqui, deputado Nascimento. Uma escola com mil alunos que se transforma em escola de ensino integral, essa escola só vai atender 300 alunos. Os outros alunos serão distribuídos em outras escolas, em outras regiões, superlotando outras escolas.

Então é um projeto excludente porque ele exclui a maioria da comunidade escolar, ele só contempla um pequeno grupo. Além disso, ele também exclui professores, porque ele já cria uma carreira dentro da própria carreira do magistério, já dividindo o magistério.

Mas, não contente com isso, agora o governo anunciou uma tal de nova carreira para o magistério, que é outra farsa, outra marquetagem de quinta categoria, dizendo que os professores terão aumento de 73 por cento.

Ninguém acredita nisso, isso é marketing puro, nós sabemos. É mais uma divisão da carreira, é mais um ataque à carreira do magistério estadual, porque esses professores perderão direitos, perderão a evolução funcional, estabilidade.

Esse projeto é uma verdadeira farsa, e nós não vamos aceitar, tanto é que o governo ainda nem sabe como funciona a Assembleia Legislativa. Ele falou que vai enviar em janeiro, que vai ser aprovado em janeiro o projeto.

Em janeiro eu acho que nós estaremos em recesso, o Parlamento estará fechado, praticamente, para votação. Então é isso, o deputado Camarinha tem essa missão difícil de defender a marquetagem do governo Doria.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PP - Pela ordem, presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Pois não.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PP - Para falar pelo Art. 82.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Pela ordem presidente. Para uma breve comunicação.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PSL - Pois não, deputado, enquanto o colega vai à tribuna.

 

O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, realmente, o deputado Camarinha, hoje é um dia atípico. Hoje o Arthur do Val presidiu os trabalhos no Pequeno Expediente, nunca vi isso em três anos.

Hoje o Camarinha, líder do Governo, assomou à tribuna para explicar o porquê de um projeto de deputado não ser pautado. E o Camarinha sabe o respeito que eu tenho por ele. Realmente, o Giannazi colocou aqui: é uma tarefa inglória defender esse governo, é uma tarefa triste defender o governador João Doria nesse período.

Mas nós precisamos aqui deixar claro o que está acontecendo. O projeto da deputada Valeria Bolsonaro é um ótimo projeto, é um ótimo projeto. Se por um acaso tivesse que ser submetido a não deliberação, que já caísse na CCJ. Mas passou na comissão de constitucionalidade, passou nas outras comissões. Poderiam ter barrado no congresso de comissões ontem, e não fizeram.

Agora que está pronto para ser votado aqui, “olha, não pode, é inconstitucional”. Ora, ora. Esta Casa deliberou o projeto do deputado Arthur do Val, que nós sabemos que é inconstitucional, a queda da meia entrada. A gente nunca faz isso. Então vamos começar a barrar projeto na CCJ, não deixar tramitar.

Sabe o que está acontecendo? Você, que está aí em casa, a deputada Valeria Bolsonaro, que é muito atuante nessa pauta dos deficientes, que é muito atuante nessa pauta dos autistas, deputada Valeria Bolsonaro tomou para si essa responsabilidade, e está fazendo um trabalho muito bom, que tira a pauta de ex-deputados do PSDB; que tira a pauta, tira a bandeira de ex-deputados e secretários do governador João Doria.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Carlão Pignatari.

 

* * *

 

Então, na verdade é um boicote à deputada Valeria Bolsonaro para que o projeto dela não prospere e não seja aprovado. Para quê? Para que o Doria não tenha que se indispor com a sua base, com a sua secretária, e não tenha que vetar por pressão esse projeto, que é um ótimo projeto. Nós esperamos que o presidente chame aqui e paute esse projeto ainda hoje.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. RICARDO MELLÃO - NOVO - PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem, presidente. Só para uma breve comunicação para retificar, saudar novamente os vereadores de Queluz. Eu falei um nome errado, era o Paulinho do Queixo e o Zé da Farmácia. Muito obrigado, pela presença. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos passar à Ordem do Dia.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Ordem do Dia.

Nós vamos... Vinícius, você vai pedir...

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Vinícius.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Havendo acordo de líderes, suspender por cinco minutos para a gente organizar a pauta com Vossa Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Ok. É regimental.

Está suspensa a sessão por cinco minutos.

 

* * *

 

- Suspensa às 16 horas e 30 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 48 minutos, sob a Presidência do Sr. Carlão Pignatari.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Reaberta a sessão. (Manifestação nas galerias.)

Eu gostaria de pedir à nossa plateia. São sempre muito bem-vindos aqui, mas, por favor, se não tiver condição de fazer a sessão, nós vamos levantar e vamos embora. Tá certo?

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, 10 minutos após o término da presente sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Pela ordem, Sr. Presidente. Pedir uma suspensão dos trabalhos por cinco minutos, só para acertar um negócio com a Marina.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Nós temos 10 minutos para começar a extra.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - Eu vou protocolar um pedido de inversão de pauta.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Mas aí, a hora que começar a extra.

 

O SR. ARTHUR DO VAL - PATRIOTA - É nessa?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Não, não. Na hora que eu ler, nós temos10 minutos para começar a sessão, efetivamente.

 

* * *

 

- NR - A Ordem do Dia para a 42ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 17/12/2021.

 

* * *

 

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para a segunda sessão extraordinária a realizar-se hoje, 10 minutos após o término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia.

 

* * *

 

- NR - A Ordem do Dia para a 43ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 17/12/2021.

 

* * *

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Questão de ordem, presidente. Ontem foi chamado um Colégio de Líderes de emergência - vamos dizer assim - e foi deliberada uma pauta. É óbvio que V. Exa. tem a titularidade sobre a pauta, mas existem projetos que não foram debatidos entre os líderes.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É uma ordem cronológica.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Não, digo, vetos que foram pautados, que não foram debatidos.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Vetos?

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Sim.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Isso. Aí a senhora pode verificar o veto.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Mas a minha dúvida, Sr. Presidente, respeitosamente, é... Veja bem, se é chamada uma reunião para deliberar entre os líderes o que será pautado, e, em uma sessão com menos colegas, são pautados vetos que não foram deliberados entre os líderes, a minha pergunta é, com todo o respeito, se é admissível, porque houve uma reunião de mais de uma hora na Presidência.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Falando sobre projetos de deputados e vetos.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - E vetos também. Vossa Excelência enumerou três vetos, do deputado Balas, sobre transfusão de sangue.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Não sei o número.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Da deputada Bebel e do deputado Alex, que é a questão da Educação, e do deputado Neri, sobre policiais militares.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Eu também disse sobre o do Arthur e sobre o do Itamar Borges, se eu não estiver enganado.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - É. Ontem não houve o debate, com todo o respeito, sobre este veto, que é um veto polêmico.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - São polêmicos sim.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - É. Então, assim, eu estou só levantando a questão, Excelência, com muito respeito, porque, na medida em que uma reunião de líderes foi chamada, e houve uma deliberação, em termos da pauta, eu respeitosamente entendo que nós não poderíamos debater o que não foi ajustado entre os líderes.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputado Vinícius Camarinha, que é o líder do Governo.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Campos.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Sr. Presidente, desculpe. Estranhamente eu estou vendo vetos?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sim.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - Eu não concordei com vetos. Senão, eu tinha indicado um veto meu. Por exemplo, eu vejo que a deputada Valeria não tem o projeto dela. Bem, agora eu vejo que eu não tenho projeto. Não tenho veto. Eu tenho o quê? Quer que eu entregue a minha carteira de deputado? Isso não é correto, desculpe.

Eu não fiz acordo sobre vetos. Posso até concordar, mas eu não fiz acordo sobre vetos. Acho estranho eu chegar aqui e encontrar uma pauta carregada de vetos. Desculpe, Sr. Presidente, não foi esse o acordo feito ontem na sala de Vossa Excelência.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente. Havendo acordo de líderes, pedir a suspensão por cinco minutos, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É regimental, deputado.

 

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- Suspensa às 16 horas e 53 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 53 minutos, sob a Presidência do Sr. Carlão Pignatari.

 

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O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Pela ordem, presidente. Pedir o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, na hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando ainda da sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta presente sessão. Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 53 minutos.

 

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