8 DE NOVEMBRO DE 2021

10ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO ANIVERSÁRIO DO DIA DO VETERANO MILITAR DAS FORÇAS ARMADAS BRASILEIRAS E DAS FORÇAS AUXILIARES

 

Presidência: CORONEL TELHADA

 

RESUMO

 

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - JOSÉ PAULO

Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa.

 

3 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Informa que a Presidência efetiva convocou a presente sessão solene em "Homenagem ao Dia do Veterano Militar das Forças Armadas e das Forças Auxiliares", por solicitação deste deputado, na direção dos trabalhos. Convida o público para entoar, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro", reproduzido pelo Serviço de Audiofonia desta Casa.

 

4 - JOSÉ PAULO

Mestre de cerimônias, anuncia um toque de silêncio em memória de todos os integrantes das Forças Armadas e de Segurança que morreram no cumprimento do dever, bem como dos que faleceram em virtude da Covid-19. Anuncia a exibição de vídeo institucional sobre as comemorações anteriores do Dia do Veterano Militar das Forças Armadas Brasileiras e das Forças Auxiliares.

 

5 - ENRICO PRIMO SUPPINI

Primeiro-tenente da Polícia do Exército e presidente do Conave Regional São Paulo - Conselho Nacional das Associações de Veteranos das Forças Armadas e Forças Auxiliares, discorre sobre a importância da presente comemoração. Ressalta que os veteranos dedicaram sua vida ao Brasil.

 

6 - JOSÉ PAULO

Mestre de cerimônias, lê a justificativa do PL 620/18, de autoria do deputado Coronel Telhada, que deu origem à Lei 17.095/19, que instituiu o Dia do Veterano Militar das Forças Armadas Brasileiras e das Forças Auxiliares.

 

7 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Discorre sobre a homenagem que será feita em seguida.

 

8 - JOSÉ PAULO

Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de diplomas a autoridades representativas dos veteranos das Forças Armadas e das Forças Auxiliares.

 

9 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Agradece a todos pela presença nesta solenidade.

 

10 - RAFAEL HENRIQUE CANO TELHADA

Capitão PM e comandante da Força Tática do 10º BPM, reflete sobre a necessidade de ouvir os ensinamentos dos mais velhos e valorizá-los. Afirma que isso também se aplica aos veteranos da Forças Armadas e Forças Auxiliares.

 

11 - EDINALDO RUI DA SILVA

Terceiro-sargento da Polícia do Exército e presidente da Associação dos Veteranos da Polícia do Exército - Avpe, tece considerações sobre o papel de ensino e exemplo dos veteranos em relação aos combatentes da ativa. Agradece ao deputado Coronel Telhada pela criação do Dia do Veterano Militar das Forças Armadas Brasileiras e das Forças Auxiliares.

 

12 - JOSÉ PAULO

Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de certificados a diversas associações de veteranos das Forças Armadas e das Forças Auxiliares.

 

13 - JOSÉ CARLOS GEROTTO ALVES

Presidente da Associação dos Veteranos do Esquadrão Anhanguera, comenta a atuação dos veteranos das Forças Armadas e das Forças Auxiliares em ações de caráter filantrópico.

 

14 - WILSON CABRERA CAMARGO

Vice-presidente da Associação dos Veteranos do 2º Batalhão de Polícia do Exército - Batalhão General Ventura, enfatiza a importância da comemoração do Dia do Veterano Militar das Forças Armadas Brasileiras e das Forças Auxiliares.

 

15 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Agradece a todos pela presença. Explica por que propôs a criação do Dia do Veterano Militar das Forças Armadas Brasileiras e das Forças Auxiliares. Declara que todos os veteranos dedicaram sua vida à pátria. Destaca a necessidade de preservar a memória da história militar brasileira. Lamenta que, a seu ver, muitos veteranos da Força Expedicionária Brasileira não tenham sido reconhecidos pela sociedade brasileira. Afirma que essa situação vem, gradualmente, mudando. Presta homenagem a assessores seus que são, também, veteranos das Forças Armadas e das Forças Auxiliares. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Boa noite a todos. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Nos termos regimentais desta Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Comunicamos aos presentes, que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela Tv Alesp - como os Srs. podem ver, aqui nos monitores presentes - e pelo canal da Alesp no YouTube, ou seja, posteriormente, quem tiver desejo de rever esta sessão no YouTube da Assembleia Legislativa, estará à disposição para todos.

Neste momento, eu convido a todos os presentes - aqueles que tiverem condições físicas ficam em pé, em posição de respeito; aqueles que não tiverem permaneçam sentados, mas todos em posição de respeito. Cantaremos o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JOSÉ PAULO - Toque de Silêncio. Em memória a todos os combatentes tombados no cumprimento do dever ou em razão do serviço, bem como a todos os integrantes das Forças Armadas e de Segurança que tombaram em virtude da Covid-19, ouviremos agora o Toque de Silêncio.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Um minutinho, por gentileza. Um minutinho, por gentileza, um minutinho. O Toque de Silêncio todos deverão ouvir em pé, em posição de sentido, por gentileza.

 

* * *

 

- É executado o Toque de Silêncio.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - À vontade.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JOSÉ PAULO - Neste momento, as telas mostrarão um vídeo profissional dos eventos realizados nos anos anteriores.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JOSÉ PAULO - Chamamos para fazer uso da palavra neste momento o Sr. Primeiro-Tenente R/2 da Polícia do Exército Enrico Primo Suppini, presidente da Conav Regional São Paulo, Conselho Nacional das Associações de Veteranos das Forças Armadas e Forças Auxiliares.

 

O SR. ENRICO PRIMO SUPPINI - Prezadas senhoras e senhores, Sr. Deputado Coronel Telhada, pessoa na qual cumprimento as demais autoridades civis e militares. Irmãos de armas, de fardas, estamos mais uma vez reunidos num ato solene, sendo este o nosso terceiro encontro de veteranos das Forças Armadas e Forças Auxiliares para comemorar o nosso dia: dia 11 de novembro, Dia do Veterano.

Apenas para recordar que, de acordo com o dicionário, o termo “veterano” é comumente utilizado para designar alguém experiente, especificamente no meio militar. A palavra também tem a conotação de uma pessoa de notório saber. Como todos já sabem, em nossa formação fomos dotados com as noções de civismo e patriotismo, engrandecendo o nosso amor à Pátria.

Forjamos nossa índole, desenvolvemos inúmeros sentimentos que ampliaram em muito o nosso caráter, a nossa fibra. Aguçamos os nossos sentimentos, tais como: palavra, moral, espírito de corpo e tantos outros. Todos esses sentimentos passaram a fazer parte do nosso sangue, de nossa alma.

Fazemos parte de um seleto grupo e essa imensa honra será para sempre o nosso oxigênio. Hoje, mesmo que visivelmente em trajes civis, jamais deixamos de estar vestindo nossas fardas. Para muitos passamos a servir de exemplo, ou ser respeitados pela forma que somos ou agimos.

Na ativa ou na reserva, uma vida dedicada ao Brasil. Portanto, é com extrema satisfação que estamos aqui para comemorar e exaltar o nosso dia: o Dia do Veterano das Forças Armadas e Forças Auxiliares.

Obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JOSÉ PAULO - Para estarmos aqui neste dia, foi feito o Projeto de lei nº 620, em 2018. Como justificativa desse projeto foram apresentados os seguintes argumentos.

O Dia dos Veteranos celebra o serviço de todos os veteranos militares “a priori” dos Estados Unidos da América, enquanto o Memorial Day honra aqueles que morreram no serviço militar.

Também não deve ser confundido com o Dia das Forças Armadas, uma pequena lembrança dos Estados Unidos que também ocorre em maio, o que honra especificamente aqueles que atualmente servem no exército dos Estados Unidos. Neste ano completam-se 103 anos do término da Primeira Guerra Mundial.

Às 11 horas, de 11 de novembro, de 1918, encerrou-se a Primeira Grande Guerra Mundial, que foi de 1914 a 1918. Após anos de mortes e destruições em inúmeros países, a data ficou conhecida como o Dia do Armistício.

Para nós, na América, as reflexões do Dia do Armistício estarão sempre cheias de orgulho solene no heroísmo daqueles que morreram no serviço do País e com gratidão pela vitória.

O Congresso dos Estados Unidos aprovou uma resolução em 4 de junho de 1926, proclamações anuais que exigiam a observância do 11 de novembro com cerimônias apropriadas.

Foi aprovado em 13 de maio de 1938 que o dia 11 de novembro de cada ano seria feriado legal: “um dia para se dedicar à causa da paz mundial celebrado e conhecido como o Dia do Armistício”.

Em 1945, o veterano da Segunda Guerra Mundial Raymond Weeks, de Birmingham, Alabama, teve a ideia de expandir o Dia do Armistício para comemorar todos os veteranos, não apenas aqueles que morreram na Primeira Guerra Mundial. Weeks liderou uma delegação ao general Dwight Eisenhower que apoiou a ideia do Dia Nacional dos Veteranos.

Weeks liderou a primeira celebração nacional em 1947 no Alabama, até a sua morte em 1985. O Congresso americano alterou o projeto de lei em 1º de junho de 1954, substituindo “armistício” por “veteranos”, e tem sido conhecido como Dia dos Veteranos desde então.

O Brasil participou efetivamente da Primeira e da Segunda Guerra Mundial, portanto, nada mais justificável do que termos essa data também como referência. Pouco conhecida, quando não completamente esquecida, é a participação do Brasil no maior conflito bélico do século XX e, por que não dizer, da humanidade, que envolveu nações dos cinco continentes e assistiu a combates se desenvolvendo de norte a sul e de leste a oeste.

Combatendo nas areias do Saara, nas gélidas águas do Atlântico Norte, nas paradisíacas praias do Pacífico ou nas paisagens europeias tão conhecidas, a guerra estendeu-se de 1º de setembro de 1939, com a invasão da Polônia por forças nazistas, iniciando-se como mais um conflito tipicamente europeu e alcançando em pouco tempo a África, a Ásia e, por fim, as Américas, findando apenas em 1945, após dois bombardeios atômicos contra cidades japonesas.

Desde o começo de 1941, o Brasil já assumia uma postura cada vez mais favorável aos norte-americanos, situação que se tornou escancarada após o ataque japonês em Pearl Harbor.

Enquanto a Alemanha declarava guerra aos Estados Unidos, nos dias finais daquele ano, unidades de patrulha e soldados americanos chegavam ao Brasil e daqui operaram com pleno consentimento do governo.

O Brasil fazia uma decisão a qual seria ratificada na terceira conferência de consulta, realizada em janeiro de 1942 e que, no dia 28, resultou no rompimento de relações diplomáticas das repúblicas americanas com os países do Eixo.

A guerra chegava ao continente e, a partir de fevereiro, os alemães enviaram seus U-Boats contra o litoral americano, dando início a uma campanha que até agosto daquele ano vitimou inúmeros mercantes brasileiros.

Desde o dia 2 de julho de 1944, quando o primeiro escalão da FEB seguiu em direção à Itália, os expedicionários brasileiros combateram durante sete meses e 19 dias na Itália, tendo iniciado sua campanha em 16 de setembro, quando um batalhão do 6º Regimento de Infantaria iniciou sua marcha na frente do Rio Serchio em uma ação que resultou na conquista de Camaiore.

A FEB lutou em duas frentes: a primeira no Rio Serchio, no outono de 1944, e a segunda e mais difícil, a do Rio Reno, na Itália, não Alemanha, no norte de Pistoia, na Cordilheira dos Apeninos. Nesse teatro de operações, partindo do quartel general de Porretta Terme, a FEB conquistou o Monte Castello em 22 de fevereiro e Montese em 14 de abril.

A campanha brasileira na Itália concluiu-se a dois de maio de 1945, quando foi declarado o cessar-fogo no front italiano. De um total de 25.445 soldados enviados ao front, o Brasil contabilizou 443 baixas e cerca de três mil feridos.

Sobre a composição da tropa, que consistiu em uma divisão de infantaria expedicionária, 98% dos oficiais eram militares de carreira, enquanto, entre os praças, 49% eram civis que foram recrutados para a luta. Nada mais justo do que termos no Brasil e também no estado de São Paulo, que é a locomotiva deste país, o Dia do Veterano Militar. (Palmas.)

Neste momento, faremos homenagens às autoridades presentes, solicitando aos Srs. Homenageados que se dirijam à frente do plenário para receberem a referida homenagem. Antes das homenagens, o Coronel Telhada.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Vamos dar uma pequena alteração no nosso cerimonial. Aliás, eu adoro fazer isso, mudar o que já está... Nós tínhamos aqui uma relação de várias autoridades convidadas. Acho que o coronel José Paulo já tem os que foram confirmados que estão presentes.

Nossa equipe de organização enviou convites para as Forças Armadas, para o Exército, para a Marinha, para a Aeronáutica, para a Polícia Militar e Guarda Municipal. Então, todos foram devidamente convidados. Então, acho que foi confirmado ao cerimonial se já temos representações dessas pessoas.

Queria perguntar aqui, pode ter passado despercebido: temos algum oficial general presente aqui que não foi citado? Algum oficial general que não foi citado? Não?

Então, neste momento, como o coronel falou, faremos uma homenagem às pessoas que foram convidadas e que têm uma representação forte no meio dos veteranos militares.

Por gentileza, prossiga.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JOSÉ PAULO - Chamamos a Sra. Lucia Quaresma Brant Correia, da Força Expedicionária Brasileira, e o Sr. Enrico Primo Suppini, diretor-executivo da Conave Regional de São Paulo.

 

* * *

 

- São entregues as homenagens.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JOSÉ PAULO - O deputado Coronel Telhada reassume os trabalhos.

 

  O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Antes de nós prosseguirmos com a entrega dos certificados as associações, eu quero, aqui, agradecer a presença de todos.

  No final eu farei uso da palavra definitivo, mas, a princípio, agradecer a presença de todos que deixaram as suas famílias, seus afazeres em plena segunda-feira à noite para estarem conosco aqui. 

  Ontem, com alguns colegas, estivemos no Pacaembu em pleno domingo, também muito obrigado os que estiveram lá também.

  Agradecer ao tenente da PE - deixa eu pôr os meus óculos - é Eurico ou Enrico? Enrico. Eu estou sem óculos, é complicado, né? Enrico Primo Supini, obrigado Supini. Parabéns pelo comandamento ontem lá no Pacaembu. 

  Agradecer a Lúcia Quaresma Brande Correa, nossa amiga de tantos anos também sempre conosco. Ontem esteve conosco lá no Pacaembu. A sua mãe está melhor? manda um beijo para ela. 

  Quero, aqui, mandar também um abraço para o Wilson Cabreira Camargo, que representa a vice-presidência da Associação dos Veteranos do 2º Batalhão de Polícia do Exército, Batalhão General Ventura. Está presente? Aonde? Olha o Camargão. Obrigada, Camargo. Obrigado pela presença.

  Também eu vi o Baraldi aí no grupo da AgroBand. Soube que você assumiu a presidência da AgroBand novamente. Que bom. Legal.

  Essa pandemia, ela nos afastou muito, né? Acabou que a gente não teve evento e muitos problemas. A gente acabou se afastando. Muitos perdemos contato, apesar da rede social, então, entendam essa nossa solenidade como uma retomada das nossas missões.

  E, como eu disse, ao final, eu farei uso da palavra. Então, eu queria... Tenente Aquino. Levanta, Aquino, por favor. Presidente da Abore, também uma associação de grande importância, a Associação Brasileira dos Oficiais da Reserva, não é isso? Nosso Exército Brasileiro. Obrigado, Aquino, pela presença. 

  Desculpe, é que eu não aqui o nome de todo mundo, mas eu queria citar aqui nominalmente a todos. Várias associações, o pessoal do BG. Inclusive, perguntei do Cruz porque o Cruz esteve doente. Fiquei sabendo que está se reestabelecendo. 

  O pessoal da FAB, o pessoal... Enfim, de todas as associações. Eu não vou lembrar o nome de todas, mas nós chamaremos daqui a pouco as associações presentes e faremos a entrega de um certificado.

  Eu acho que os senhores também receberam - se não receberam, vão receber - um adesivo do nosso terceiro evento. 

  A Mesa, eu chamei aqui o Capitão Telhada, não por ser o meu filho, mas por ser o oficial da ativa de mais alta patente aqui presente. Capitão Telhada é comandante da Força Tática do 16º e também, com todo o respeito as demais associações, pedi a presença do Rui, do Giroto e do Nei, que desde do início são nossos batalhadores. Não só por esse evento, mas pela própria lei, que foi um pedido que eles nos trouxeram. 

  Nós trabalhamos essa lei e hoje é uma realidade. Inclusive outros estados, não vou dizer "nos copiaram" porque não é copiar, mas baseado no nosso trabalho, acabaram fazendo as suas leis também do Dia dos Veteranos. No final falarei sobre esse dia. 

  Mas eu queria, neste momento, abrir a palavra para que fizesse a sua saudação em primeiro lugar o capitão Rafael Telhada, do 16º Batalhão. Que se deslocasse, por gentileza, até a tribuna. 

  Pode tirar a máscara quando for falar, por favor, para que a gente possa ver o seu rosto e daquele que está usando a palavra. Fique à vontade. 

 

  O SR. RAFAEL HENRIQUE CANO TELHADA - Muito obrigado pela palavra, excelentíssimo deputado estadual Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada, meu pai. Muito obrigado pela oportunidade. 

  Os senhores responsáveis por esse evento, componentes da Mesa, o senhor Rui, o Giroto, o Nei. Uma excelente noite em nome de quem cumprimento todos os demais presidentes de associações presentes nesta bela solenidade. 

  Todas as prezadas e prezados senhores e senhoras aqui presentes. A minha equipe, também, de Força Tática presente aqui, muito obrigado. A todos, uma boa noite.

  Eu falarei poucas palavras. Um dia, eu aprendia ouvir os mais velhos e, quando eu entrei na Polícia Militar, com 17 anos, em 2004 - estamos indo para 18 anos nisso aí - eu transportei esse ensinamento que eu tive para a minha carreira.

  De ouvir os mais velhos, e não só ouvi-los, mas de respeitá-los, de segui-los e de valorizá-los. E o mais velho, hoje, eu transporto para o veterano, que é aquela pessoa mais experiente, que já vivenciou o que muitas vezes estamos vivendo hoje.

  Aquilo que, muitas vezes, não vemos saída, um veterano, com uma conversa, com uma frase, uma palavra, muitas vezes, nos esclarece e nos abre um horizonte de opções que nós temos para dar resoluções àquelas dificuldades do dia a dia, dificuldades da carreira, da vida pessoal e etc. 

  Com essa pessoa que me ensinou a ouvir os mais velhos foi justamente o meu pai e a minha mãe, aqui presentes. Que me ensinou a respeitar e a dar crédito nas palavras daquele que já tem um pouquinho mais de cabelo branco.

  Inclusive, hoje, eu tenho, né? Já estamos caminhando na carreira e eu devo muito a policiais militares que trabalharam ao meu lado, que patrulharam noites e dias me dando conselhos, conversando. Que hoje já, um dia já estiveram nas fileiras da ativa e hoje estão reformados, estão na reserva. 

  Mas eu devo muito a esses policiais que ombrearam comigo o combate ao crime no dia a dia e que me ensinaram muito. Um dia, todos nós seremos veteranos, então eu só tenho a dizer nesta noite um muito obrigado a cada um dos senhores que dedicaram o seu suor, a sua saúde, o seu trabalho e muitos dedicaram a própria vida e entregaram ela em prol de uma causa maior, a causa pública, a defesa da nossa bandeira e a defesa da nossa pátria.

  Então, o meu muito obrigado pelo trabalho que os senhores fizeram e pelo trabalho que os senhores fazem no dia de hoje. Podem contar com o nosso trabalho, com o meu trabalho, hoje, com a Polícia Militar, com o 16º Batalhão, que é o lugar que eu atuo, atualmente comandando a Companhia de Força Tática.

Os senhores podem ter certeza de que nada será esquecido e de que os senhores têm um lugar especial nos quartéis da Polícia Militar a que chegarem. Serão muito bem recebidos, sempre com muito respeito, sempre com muita gratidão. A minha mais sincera continência.

Um boa noite a todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Agradeço as palavras do capitão Telhada. Não é porque é meu filho, mas vocês viram que não é fraco, não. Obrigado, filho.

Eu queria, antes de passar a palavra para a próxima pessoa, fazer também presente aqui, em nome da minha esposa Ivânia... Levanta, por favor. Saudar todas as mães presentes aqui, esposas, senhoras presentes. (Palmas.)

Ela que é mulher, mãe, sogra, cunhada. E, nossa, quase toda a família é militar; ela sabe bem o que sofre a mulher de militar. Então, é uma guerreira também. Obrigado por tudo o que você tem feito, viu, Ivânia, por nós, eu e o Rafa, e por toda a nossa família também. Você é um exemplo para todos nós. Muito obrigado pela presença. 

Eu quero, agora... Como é que é? E vó também. Não sei, talvez seja vó de militar um dia, né? É, nós estamos indo para o quarto neto já. Se Deus quiser, em maio nascerá nosso quarto neto. 

Eu quero aqui abrir a palavra para o Edinaldo Rui da Silva. Rosinei Pereira Rosa abriu mão do uso da palavra, e o Gerotto fará uso da palavra depois de nós entregarmos certificados. Então, neste momento, Edinaldo Rui da Silva, para as suas considerações. 

 

O SR. EDINALDO RUI DA SILVA - Eu quero, nesta noite, cumprimentar a Mesa na pessoa do Exmo. Deputado Estadual Coronel Telhada. Cumprimentar o capitão Telhada; o José Gerotto, presidente do Esquadrão Anhanguera; e o Nei, representando a Asreb.

Cumprimentar as demais autoridades civis e militares aqui presentes, todas as associações e todos os veteranos, e as esposas, mães e netas que aqui estão. Uma boa noite a todos. 

Nós, quando falamos e refletimos sobre o papel do veterano, principalmente para aqueles que, quando vão visitar um quartel, quando adentram o batalhão, o portão das armas, nós vemos que os que hoje ali estão dando continuidade àquela bandeira, àquela missão de continuar, de preservar a tradição militar, nós observamos, hoje, que muitos deles nos respeitam, valorizam e querem ouvir de nós aquilo que nós fizemos no passado ou a glória da missão cumprida na nossa época. 

Eu estava, recentemente, conversando com a senhora Lúcia, filha de um febiano. E ficar ali cinco minutos ouvindo-a contar a história do seu pai, de como foi a missão de ir para a guerra quando ela ainda era pequena, de acompanhar nas tradições da Feb.

E assim como os demais que aqui estão, compartilhando a sua missão, a sua trajetória. Muitos de nós fomos para missões de paz na ONU; muitos de nós estivemos em missões reais, tanto no âmbito das Forças Armadas - Marinha, Exército e Aeronáutica -, como também quem pertence às Forças Auxiliares.

Como o Vespasiano, nosso colega, presidente da associação, que, além de ter servido na Força Aérea, também hoje é um veterano da Polícia Militar. Então, nós observamos que ser veterano é um papel importante para a geração presente, a geração, hoje, que não conhece, infelizmente, não sabe o que é respeitar, não sabe o que é ouvir, esperar, aguardar ser chamado.

E dessa forma a gente poder, então, dar o nosso exemplo, dar a nossa história, contribuir com a sociedade presente. Essa lei, a 17.095, de autoria do deputado Coronel Telhada, quando veio ao nosso encontro... Quem frequenta os quartéis sabe muito bem que nós fomos recebidos após essa lei, nós fomos recebidos de outra maneira. Tanto o pessoal da Aeronáutica, quanto da Marinha e do Exército, comenta que todas as vezes, quando a gente vai a uma autoridade militar comentar sobre a lei, ele diz: “estou ciente, sei da lei, conheço a lei, e aqui vocês sempre serão muito bem-vindos”. 

Então, dessa forma, eu quero concluir a minha fala agradecendo, em especial, ao deputado Coronel Telhada, autor da lei. Quero agradecer a todos os integrantes do gabinete do Coronel Telhada, que sempre receberam muito bem os veteranos, principalmente a Cláudia.

Às vezes a gente a chama umas 10 vezes por dia. Eu sei que às vezes ela fica um pouquinho, meio... Mas ela é uma excelente pessoa, todo o pessoal do gabinete do deputado Coronel Telhada está de parabéns. Coronel José Paulo, que sempre nos recebeu muito bem.

E quero aqui expressar a minha gratidão, mais uma vez, coronel, à lei que o senhor nos trouxe como um refrigério, para que nós, veteranos, pudéssemos ser reconhecidos.

Hoje, o veterano, quando vai a qualquer instituição, antes de ele falar a palavra “veterano”, ele cita a Lei no 17.095. E quanto a isso nós não podemos ser ingratos e não reconhecer o trabalho feito pelo senhor. Muito obrigado, deputado Coronel Telhada. Muito obrigado pela presença de todos. Deus abençoe a todos.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado. Eu agradeço as palavras do Rui, agradeço de coração; muito obrigado pelo apoio e por esse reconhecimento também. A gente fez com o maior carinho. Lógico, vocês três têm um peso importante nessa lei; tenham certeza disso. 

Vamos agora entregar os certificados, é isso, coronel José Paulo? Então, por gentileza, prossiga. 

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNICAS - JOSÉ PAULO - Chamaremos agora os representantes das seguintes associações para receber certificado: Conselho Nacional das Associações de Veteranos das Forças Armadas e Forças Auxiliares. Associação Brasileira de Oficiais da Reserva, Abore. Associação Amigos Grupo Bandeirante. Anjos Parceiros da Vida. Associação dos Reservistas do Exército - Vale do Paraíba. Associação dos Sargentos da Reserva do Exército Brasileiro, núcleo São Paulo. Associação dos Veteranos do 2º Batalhão de Guardas. (Palmas.)

 

* * *

 

- São entregues os certificados.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNICAS - JOSÉ PAULO - Pedimos a todos que retornem aos seus lugares para continuarmos com a cerimônia. Chamamos, para ocupar lugar de destaque, o representante da Associação dos Veteranos de Cavalaria Mecanizado do Esquadrão Anhanguera.

 

O SR. JOSÉ CARLOS GEROTTO ALVES - Quem vai receber do Esquadrão Anhanguera vai ser o Parker. O Parker.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JOSÉ PAULO - Parker.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Por favor.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - JOSÉ PAULO - Representante da Associação dos Veteranos do Exército de Engenharia de Combate. Representante da Associação dos Veteranos e Reservistas das Forças Armadas, Forças Auxiliares e Bombeiros. Associação dos Veteranos da Polícia do Exército de São Paulo.

Clube dos Veteranos do Exército. Grupo de veteranos Somos Todos Um. Instituto João de Barro de Responsabilidade Social. E o representante da Sociedade Amigos da 2ª Divisão do Exército.

 

* * *

 

- São entregues os certificados.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Solicito que retornem aos seus locais, por gentileza, para que nós possamos prosseguir na solenidade. Solicito, por gentileza, que retornem aos seus locais.

Antes de prosseguir, antes de prosseguir, eu quero aqui fazer uma pergunta, até por que sempre em solenidade, ao vivo, sempre acontece uma falha, alguma coisa. Alguma associação não foi chamada aqui presente? Rádio 97 FM, quem é?

Então, por gentileza. Claudia, veja se nós temos certificado, por gentileza? Então aguarda, já faremos essa entrega. Mais alguém? Mais alguém? Veja com a Claudia, por gentileza? Já acertamos isso já, não há problema algum. Ao vivo tem dessas coisas. Carmen, por gentileza.

Enquanto nós estamos averiguando essas duas associações que acabaram escapando aqui do nosso Cerimonial, eu peço que já se prepare para fazer as suas palavras, a sua intervenção, o nosso amigo soldado José Carlos Girotto Alves, do 11º Esquadrão, na Anhanguera, presidente da Associação de Veteranos de Cavalaria, Esquadrão Anhanguera. Por favor, Girotto, faça uso da tribuna. Enquanto isso, a nossa assessoria está lá confirmando. Por favor.

Com a palavra o amigo soldado Girotto.

 

O SR. JOSÉ CARLOS GEROTTO ALVES - Senhores, boa noite. É uma alegria imensa estar aqui pela terceira vez consecutiva, vendo os senhores aqui em plena segunda-feira, oito horas da noite. Essa história começou em 2019 naquele primeiro evento; em 2020 foi no obelisco; esse ano foi no Pacaembu e também aqui na Alesp.

Bem, em 2019 ninguém imaginaria que no ano seguinte nós iríamos passar por uma catástrofe mundial, que foi a Covid-19. Muitos, mas muitos veteranos, amigos nossos, familiares, se foram, mas aqueles que permaneceram não esmoreceram, pegaram a sua farda, pegaram as suas associações, se uniram, fizeram a sua parte.

As Forças Armadas criaram a Operação Covid-19, Marinha, Exército, Aeronáutica, mas os veteranos também dessas unidades, que ali serviram, fizeram sua parte. De que maneira?

Arrecadando cestas básicas, ajudando a Cruz Vermelha. Para quem participou em 2020 da Cruz Vermelha, o (Inaudível.) que não pode deixar mentir, o que eles iam levar para fazer em duas semanas, conseguimos ajudar para fazer isso em dois dias.

Então eu quero dar os parabéns aos veteranos das Forças Armadas, que fizeram sim a sua parte nesses dois anos. E eu sei, se for preciso, nós iremos estar a postos para ajudar quando for preciso. Então o meu muito obrigado por vocês virem hoje. Sim, podem contar conosco, seremos sempre atentos.

Meu muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Gerotto. Eu quero aqui, neste momento, conceder a palavra ao Sr. Wilson Cabrera Camargo, vice-presidente da Associação dos Veteranos do 2º Batalhão de Polícia do Exército, Batalhão General Ventura. Por favor, Camargo.

Enquanto o Camargo se dirige à tribuna, eu quero chamar à frente, por favor, o representante da rádio "Energia FM", por gentileza, e, também, o representante da Associação dos Veteranos do Exército Brasileiro de Campinas. O senhor fique aqui, por gentileza. Como vai? Tudo bem? Muito obrigado. De frente para o público, por favor. O senhor aqui, por favor.

Eu solicito aos veteranos Nei e Gerotto que façam a entrega dos certificados.

 

* * *

 

- São entregues os certificados.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado. Agradeço aos dois. Como eu disse aqui, a gente aqui, ao vivo, não tem essas coisas, a gente não pode deixar de esquecer de ninguém, então obrigado pela presença dos dois colegas. Neste momento, o amigo Camargo fará uso da palavra. Fique à vontade.

 

O SR. WILSON CABRERA CAMARGO - Boa noite a todos. Boa noite, Coronel, boa noite aos presentes. Fui pego meio de surpresa, no improviso, mas quero, de coração, agradecer a todos, a presença dos seus familiares também, dos meus familiares, da minha esposa, das minhas netas, da minha filha, que está aqui.

Pegaram-me meio de surpresa, estou meio sem palavras, mas o Dia dos Veteranos é um dia muito importante, porque os mais novos desconhecem hoje essa data e os nossos feitos. Então, para preservar isso pelas próximas gerações, nós temos que manter viva e acesa essa chama. Agradeço a todos, muito obrigado. Desculpem o mau jeito aqui, eu não tenho o dom da palavra como o nosso tenente Enrico e os demais.

Muito obrigado a todos. Boa noite. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito bem. Nós estamos...

Obrigado, viu, Camargo? Ficou sem jeito, ficou sem graça? (Vozes fora do microfone.) Mas fez bem. Obrigado, viu?

Estamos praticamente com uma hora de solenidade e eu quero aqui fazer uso das palavras finais. Quero agradecer aqui a presença de todos os senhores e senhoras, quero agradecer, em nome do Rui, do Gerotto e do Nei, em nomes deles três, saudar a todos os senhores e senhoras presidentes de associações e veteranos aqui presentes.

Quero agradecer, também, por disporem desse tempo para se deslocarem até a Assembleia, em uma segunda-feira à noite.

Nós tínhamos um rol de muitos convidados, a equipe fez questão de convidar todos os comandantes, mas não se sintam desmerecidos ou desmotivados. Nós estamos fazendo história, nós estamos mudando a história.

Para se mudar a história a gente apanha, a gente é caluniado, a gente é xingado, a gente é desvalorizado, mas como nós somos teimosos nós vamos continuar e vamos mudar a história.

Quando chegou a ideia de nós fazermos uma lei para o Dia do Veterano nós ouvimos um monte de absurdo. "Imagine, ao invés de dar aumento para a polícia, fica criando o Dia do Veterano". Quem me dera ter o poder de poder dar aumento para a polícia ou para todo o funcionalismo, que merece realmente um salário muito mais digno.

Mas, dentro das nossas limitações, nós valorizamos não só os nossos policiais militares, policiais civis, Polícia Técnico Científica, o pessoal da SAP, as guardas municipais, mas também as Forças Armadas e todos os veteranos dessas organizações, que um dia se sacrificaram, saíram de casa, foram servir em outras cidades, em outros estados, puxaram hora à noite em guarita, entraram na lama, sofreram, choraram na sua guarita, muitas vezes, se lembrando da família, da namorada, se feriram e foram vitoriosos e serviram a sua pátria.

Hoje, já de cabelos brancos, como o meu filho disse, estão aqui comemorando o tempo que passaram a serviço da pátria. Eu servi durante 33 anos a Polícia Militar, entrei com 17 anos e me aposentei com 50.

Agora, dia 18, completarei dez anos de aposentado. Digo para todo mundo, não é da boca para fora, seu tivesse a oportunidade de voltar amanhã e patrulhar em uma barca de Rota, ou de Força Tática, ou de Tático Móvel, ou de Rádio Patrulha, porque eu fui patrulheiro a vida toda, eu faria isso com o maior entusiasmo e com a maior alegria, porque a gente ama o que a gente faz.

Quando foi lido pelo coronel José Paulo o histórico do porquê da criação dessa lei, foram citados aqui exemplos da Primeira Guerra Mundial, que foi de 1914 a 1918, e da Segunda Guerra, que foi de 1939 a 1945.

Hoje, praticamente a esmagadora maioria já está falecida. Nós temos alguns veteranos ainda, da II Guerra, vivos, mas com 98, 99, 100, 102, 103 anos de idade sem condições até de saúde de se locomoverem. E como eles estão nessas condições, cabe a nós, que somos militar de alma, preservarmos a história militar brasileira, dentro das nossas respectivas organizações.

Eu estou aqui com a minha boina preta, porque a última unidade que eu comandei na Polícia Militar foram as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar. Fiz questão de colocar algumas condecorações em respeito aos senhores e senhoras para dizer da importância dessa solenidade.

Hoje nós estamos praticamente aqui quase em 100 pessoas. Quem sabe ano que vem estejamos em 200, 300, 400. Ano retrasado foi muito mais; em 2019, em 450 pessoas nós estávamos.

Agora, essa solenidade, nós estamos saindo de uma pandemia. Para quem não sabe, até quinta, sexta-feira - não é coronel Zé Paulo? - nós estávamos com um número limitado de pessoas.

Nós nem trouxemos a banda para não atrapalhar as pessoas que viriam, porque não tinha vaga. E de repente, graças a Deus, de última hora, foi aberto o número, mas nós acabamos ficando com um número pequeno de pessoas até pela situação de pós-pandemia.

Temos uma missão pela frente, a missão de preservar a história militar brasileira. Eu tenho escrito alguns livros a respeito, inclusive sobre a Força Expedicionária Brasileira, que é um dos meus temas preferidos, adoro o tema Força Expedicionária. Escrevi um livro sobre a Rota também. Isso para quê? Para me promover?

De maneira alguma; para manter viva a história desses homens, homens e mulheres que muitos deram, onde muitos deram a sua vida por simplesmente amar a pátria. Não é por salário, porque o nosso salário sempre foi insignificante. Não é por reconhecimento, porque nós nunca tivemos.

Só reportando um pouquinho, algum já ouviu falar no tenente Apolo, da Força Expedicionária Brasileira? Para quem não sabe, o tenente Apolo, não lembro de que batalhão, era um batalhão de infantaria, ele foi o tenente mais condecorado da Força Expedicionária Brasileira.

E ele recebeu uma condecoração que chama Cruz de Serviços Extintos. É uma condecoração americana por bravura. Se não me engano, não vou dizer que foi o único, mas como oficial talvez tenha sido o único oficial da Força Expedicionária Brasileira que recebeu essa alta condecoração.

Acima dessa condecoração, só está a Medalha de Valor Americano, aquela mais alta condecoração que eles usam. Como eu estou usando a minha ordem do mérito militar, eles usam a Medalha de Valor Americano.

Abaixo dessa medalha, vem a Cruz de Serviços Distintos, e esse tenente era o único tenente. Quando ele faleceu, há 10, 20, 30 anos, eu não recordo a data de momento, deveria ter estudado isso, para vocês terem uma ideia não tinha quase ninguém no enterro, no funeral do tenente Apolo, mas tinha uma comissão do Exército Americano.

Por quê? Por ele ser detentor daquela condecoração. No mundo todo, quando falece um veterano, o Exército Americano manda uma representação no funeral. E aquele oficial americano que estava lá se espantou quando não viu ninguém das Forças Armadas Brasileiras, e pouquíssimos veteranos. E perguntou: “o que está acontecendo aqui?”

Essa é a nossa triste realidade. Para quem não sabe, a Força Expedicionária Brasileira foi destituída na Itália. Quando eles chegaram ao Brasil, eles já estavam desempregados, os que eram civis.

Para quem não sabe, a condecoração, a medalha de campanha da Força Expedicionária Brasileira foi entregue, em sua esmagadora maioria, na fila do rancho, quando eles voltaram da guerra. Muitas condecorações os veteranos receberam depois de dois, três, quatro anos que voltaram da guerra, e muitos nem foram reconhecidos. Nós temos aí inúmeros.

Eu lembro, quando eu era criança, de veteranos caídos na sarjeta com problemas psicológicos, problema de embriaguez, pedindo esmola. Eu estava até lendo, outro dia, a história de um veterano lembrando que encontrou outro veterano no centro de São Paulo balançando as medalhas, pedindo esmola para poder comer.

Ninguém gosta de falar disso, mas é a realidade, esse é o valor que, infelizmente, a sociedade, a nossa sociedade dá para aquelas pessoas que se dedicam em arriscar a sua vida pela sociedade brasileira, e muitos morreram.

Isso está mudando, está mudando, e nós fazemos parte dessa mudança. É por isso que no meu mandato, além das inúmeras obrigações que eu tenho, eu procuro valorizar, e muito, os veteranos de todas as armas e de todas as forças: municipais, estaduais e federais.

Eu queria aqui, em nome dessa valorização, fazer uma homenagem para a minha equipe, que eu não fiz até hoje, já estou no segundo mandato. Eu não sei ano que vem o que vem na campanha, quais são as pretensões do ano que vem, temos uma campanha ano que vem e não sabemos se ficaremos estadual ou federal, mas tenho certeza de que onde eu estiver estarei lutando por essa causa.

Eu queria aqui chamar os meus assessores que são veteranos, começando pelo coronel Zé Paulo, coronel da minha turma, de 1983, oficial de Rota, hoje meu chefe de gabinete (Palmas.); quero chamar o tenente Fracaz, que foi sargento de cavalaria, estava sempre comigo na Rota (Palmas.); temos ocorrência inclusive juntos na zona sul de quando eu era major e ele era sargento, lá na zona sul; quero chamar a sargento Cláudia (Palmas.).

A sargento Cláudia, para quem não sabe, foi minha soldado no Copom, ela é minha secretária e minha secretária até hoje, cuida de mim até hoje com a devida licença da minha esposa, é lógico; chamar a sargento Márcia, que também foi minha (Palmas.) soldado no Copom.

Esse foi o primeiro evento que ela fez praticamente sozinha, para ela foi novidade também, sei que ela está sem dormir há uma semana, que ela ficou apavorada a semana toda com medo.

Eu falei: calma, vai dar tudo certo, é tranquilo, mas; quero chamar também o inspetor Coutinho, que é meu amigo de infância (Palmas.). O inspetor Coutinho é inspetor da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo; quero chamar o tenente Roberto (Palmas.). O tenente Roberto é tenente da Polícia Militar também, está conosco desde o começo; quero chamar a sargento Nilce (Palmas.). A sargento Nilce também conheço há muitos anos, cuida da região de Sorocaba e Tatuí no interior, é sargento da Polícia Militar; quero chamar também o Sheron.

O Sheron, para quem não sabe é soldado veterano do Exército. (Palmas.) Ele fala que tem muito elogio, eu sinceramente desconfio. Mas enfim, Sheron serviu no 5º PI, lá em Lorena, e, apesar de ter sido uma época difícil para ele, hoje ele tem saudades, né? É assim, né: quando está servindo, fica dando problema, depois fica com saudade, né? Mas foi um bom soldado e está aqui conosco.

Esqueci de alguém, não, né? Cadê o Gomes? O sargento Gomes, por favor. (Palmas.) Não é esquecer, é que é tanta gente que às vezes passa batido. O sargento Gomes foi meu motorista, foi soldado e cabo motorista meu no 4º Batalhão.

Quando ele foi baleado, eu socorri o Gomes. Depois eu fui... Eu fui baleado primeiro, não é, Gomes? Eu fui baleado primeiro, o Gomes me socorreu, aí, para não ficar barato, quando ele foi baleado, eu o socorri também.

Tivemos inúmeras ocorrências juntos e estamos juntos até hoje. Obrigado, Gomes, pelo trabalho. Tem o sargento Volpato, que não está presenta também, mas é nosso... Ah, o Coutinho também foi. Atuamos lá no 20º GAC, pertence à Globan lá junto com Baraldi. E tem o sargento Volpato, que não está aqui presente hoje também, mas é veterano. Serviu comigo no 4º Batalhão e na Rota.

Esqueci de alguém, Zé? Em nome desses companheiros aqui do meu mandato, eles não sabiam que eu iria chama-los aqui, mas como é o Dia do Veterano, eu fiz questão de chama-los também como agradecimento a vocês todos pelo serviço como veteranos que são, da responsabilidade que têm de representar o nome do deputado Coronel Telhada nas missões diárias. Muito obrigado, uma salva de palmas para esses veteranos também. (Palmas.)

Muito obrigado a todos. O que é? Quer que eu tire uma foto com eles? Então vamos lá. Muito obrigado. Eu peço que retomem os seus lugares para que a gente possa encerrar, por favor. Não posso deixar de agradecer também ao restante da equipe, ao Davi, à Carla, à Melina, aos demais companheiros da equipe que sempre estão conosco aqui.

Esqueci de alguém da equipe? Não, né? A Carmem, o Pacheco, que estão lá no fundo, obrigado. A Cris, obrigado a todos, viu? Obrigado a todos. Vocês não são veteranos militares, mas se sintam elogiados também.

Pessoal, é isso. Mais uma vez, agradecer a presença de todos, agradecer aos colegas que estiveram aqui à frente o tempo todo com os estandartes e com a bandeira nacional. Eu queria que a equipe da Rede Alesp, por gentileza, os filmasse, para que... Uma salva de palmas aos nossos estandartes também. (Palmas.)

Enfim, procurei lembrar de todos, se houve alguma falha, eu peço que me desculpem. Tenho certeza de que o nosso mandato faz as coisas de coração e por reconhecimento mesmo.

Eu tenho uma tristeza muito grande, porque infelizmente dentro da Polícia Militar nós temos um problema sério: nós servimos 30, 32, 33 anos - está aqui o nosso colega que está com um braçal da PE, que é tenente da PM também, trabalhamos na CPE 2º juntos.

Nosso colega que foi do Choque também, que é PM também, sabem dessa dificuldade. (Palmas.) Nós trabalhamos 30 anos juntos, e para você levar o pessoal para um churrasco, é uma dificuldade. Então vocês que valorizam o nosso veterano, continuem assim. Vamos nos agregar cada vez mais.

Vamos trabalhar juntos, vamos trocar informações. Nós temos aí anotado hoje o cadastro de todos vocês. Manteremos contatos, faremos novos eventos - tenho certeza de que cada vez abrilhantando mais - e melhorando mais essa força que o veterano merece, não só nas nossas associações, mas, como foi dito aqui pelo Rui, nos quarteis militares também, que sejam bem recebidos, valorizados, pois nós temos história.

Nós não inventamos histórias, nós temos história. Então parabéns a todos. Agradeço mais uma vez ao Nei, ao Gerotto, ao Rui, ao meu filho, capitão Telhada, pela presença também, que veio direto do quartel com sua tropa. Muito obrigado pela presença.

A toda a minha equipe pelo apoio, aqui a equipe da Assembleia Legislativa, e a todos os senhores e as senhoras que aqui compareceram e nos deram o prazer de passar alguns momentos agradáveis conosco, e conhecer a nossa Casa, ter o prazer de estar junto aqui na Rede Alesp. Agradeço à equipe da Rede Alesp. Vamos lá para o finalmente. Pois bem, vamos encerrar oficialmente a sessão.

Esgotado o objeto da presente sessão, eu agradeço às autoridades aqui presentes, a toda a minha equipe, aos funcionários do serviço de som - muito obrigado -, ao pessoal da taquigrafia, da fotografia, do serviço de atas, do cerimonial, obrigado, viu? Aline, né? Obrigado, Aline, pelo apoio.

Da Secretaria Geral Parlamentar, da imprensa da Casa, da TV Alesp e das assessorias Policial Militar e Policial Civil, bem como a todos os senhores e as senhoras, que, com suas presenças, colaboraram para o pleno êxito desta solenidade. Se Deus quiser, ano que vem estaremos juntos novamente, e nos encontramos nos vários eventos que vamos promover junto aos quarteis, junto às associações.

Lembrem-se: vamos nos unir, não dispersem, não se separem, estejamos juntos, porque se nós estivermos sempre juntos, seremos sempre mais fortes. Muito obrigado a todos e Deus abençoe.

Está encerrada esta sessão. (Palmas.)

 

* * *

 

- Encerra-se a sessão às 21 horas e 18 minutos.

 

* * *