21 DE MARÇO DE 2022

5ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: JANAINA PASCHOAL e CONTE LOPES

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - JANAINA PASCHOAL

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - LECI BRANDÃO

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

3 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

4 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

5 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

6 - LETICIA AGUIAR

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

7 - CONTE LOPES

Assume a Presidência.

 

8 - JANAINA PASCHOAL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

9 - PRESIDENTE CONTE LOPES

Convoca as Comissões de Constituição, Justiça e Redação; Administração Pública e Relações do Trabalho; e Finanças, Orçamento e Planejamento, para uma reunião conjunta, a realizar-se amanhã, às 10 horas.

 

10 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

11 - JANAINA PASCHOAL

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

12 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

13 - JANAINA PASCHOAL

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

14 - PRESIDENTE CONTE LOPES

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 22/03, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Janaina Paschoal.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Boa tarde a todos. Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior recebendo o expediente.

Imediatamente, dou por aberto o Pequeno Expediente e começo a leitura da lista dos oradores inscritos, chamando à tribuna o nobre deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Roberto Engler. (Pausa.)

Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. Não vou fazer uso da palavra. Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Excelentíssima Sra. Deputada Leci Brandão. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, público que nos assiste pela nossa querida TV Alesp.

Presidente, eu fiz questão de vir a esta tribuna hoje. Porque para nós, que somos da população negra, é um dia muito importante. É o Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial, que a ONU determinou o dia 21 de março para discutir essas coisas.

Como nós temos observado que, nos últimos tempos, a questão do preconceito, principalmente preconceito racial, ele ainda continua ocupando os espaços da mídia, e ainda continua sendo motivo de conversas e discussões acaloradas na sociedade brasileira, a gente tem que chegar aqui. E explicar para as pessoas que é inadmissível que, nos dias de hoje, que nós estamos com tantos problemas no mundo, as pessoas ainda veem atitudes, ações, e questões, inclusive de Segurança Pública, em que a população negra é muito prejudicada.

Está sempre sendo evidenciada nessas questões, que são questões ruins. Então a gente aproveita também para fazer um cumprimento para uma coordenação do Governo do Estado de São Paulo, que é a da Equidade Racial, que é dirigida pelo nosso querido Ivan Lima.

Ele é o secretário do Centro de Equidade Racial. Tem feito uma série de ações, tentando não só mostrar a questão da igualdade, que é fundamental, mas, principalmente, fortalecendo as entidades que são ligadas à população negra.

A gente sabe que o Estado vai lançar um programa, um projeto voltado para essa população. E a gente não pode deixar passar. Tem que falar, tem que registrar.

Aproveito também para, nesses poucos minutos... No próximo dia 25, o PCdoB, Partido Comunista do Brasil, completará 100 anos de existência. É muito importante. Porque, um partido que consegue chegar até os 100 anos, é porque tem que ter muita resistência, muita coisa forte, muitas lutas, clandestinidade.

Tudo aconteceu com o PCdoB. Eu estou nele há apenas 12 anos. Mas, nesse pouco tempo que estou lá, aprendi muita coisa. Contribuí de forma muito respeitosa, de forma ampla, ao partido. E sempre digo a eles o seguinte: quando existe qualquer problema, eu me dirijo aos dirigentes, aos camaradas, mas não vou para os jornais para falar contra o partido, de forma alguma

Quero aproveitar a presença do deputado Carlos Giannazi, no nosso plenário, para dizer a ele que nós estamos totalmente favoráveis à retirada daquele PL, que está para ser votado na Casa, quanto à questão do reajuste dos professores. A gente sabe que, ali, existe muita coisa que está oculta. E que os professores não estão querendo que isso venha para ser votado daquele jeito.

Temos que respeitar, que dar atenção especial. Eu acho que, embora não seja professora... Na condição de artista, fiz uma música, para os professores, chamada “Anjo da Guarda”, em que eu digo que eles são os defensores das crianças e dos jovens do nosso país. Portanto, os meus parabéns, inclusive, aos professores do estado de São Paulo, que estão aí lutando duramente para que essas coisas aconteçam de boa forma.

No mais, eu termino, Sra. Presidente, mais uma vez cumprimentando a nova colega Isa Penna, que era do PSOL e agora foi filiada ao PCdoB. Na semana passada, nós fizemos um pequeno ato solene aqui para essa entrada dela. Dizer que a gente a recebe com muito carinho; e eu, especialmente, não tenho absolutamente nada contra. Muito pelo contrário, eu acho que é mais uma mulher que vai ingressar às fileiras do PCdoB e uma pessoa que vai me ajudar bastante, diante da qualidade dela, da sabedoria que ela tem e da alegria que ela tem também.

Muito obrigada, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sra. Deputada, unindo forças contra todo e qualquer tipo de discriminação, porque realmente não é concebível que no século XXI ainda estejamos discutindo esta pauta. Já deveríamos ter ultrapassado esta fase.

Seguindo com a lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna o deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.)

Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.)

Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia. Nós estamos vivendo uma verdadeira crise na Educação do estado de São Paulo. Porque tem muito marketing em cima do que acontece, mas a realidade da rede estadual é de sucateamento, de abandono e de crise.

Eu queria primeiro destacar que na sexta-feira saiu uma matéria na “Folha de S. Paulo” fazendo uma denúncia gravíssima, que nós já tínhamos repercutido aqui na Assembleia Legislativa. Eu me refiro aqui à falta de material didático. A Secretaria Estadual da Educação ainda não entregou o material didático para milhares de crianças da rede estadual. Milhares e milhares de crianças não têm ainda o material escolar.

E a Secretaria da Educação disse que vai entregar até o final do bimestre, até o final de abril. Mas as aulas já começaram no dia dois de fevereiro. Então, esse secretário da Educação Rossieli fala tanto que tem que recuperar a aprendizagem dos alunos, que o aluno é centro, que tinham que voltar as aulas a todo custo, mesmo no meio da pandemia.

Mas qual é a preocupação dele? Como que uma Secretaria da Educação não faz um planejamento para que todos os alunos tenham o material escolar no início do ano letivo? A Secretaria ficou todo esse tempo sem fazer um planejamento adequado. Então, eu quero questionar aqui e repudiar esse atraso. Milhares de crianças estão sendo prejudicadas em todo o estado de São Paulo.

Eu quero, ainda sobre a crise na Educação, destacar aqui a situação do CEEJA Mons. Cícero de Alvarenga. Lá os professores não estão recebendo salários. Fomos informados de que houve um erro da Secretaria da Fazenda, e não haverá folha suplementar.

Os professores que vivem do salário não terão os seus salários; agora em março ninguém sabe se haverá salário também em abril. Isso é uma afronta à dignidade humana dos nossos professores que trabalham no CEEJA lá de Taubaté.

E recebo a informação de que outros CEEJAs também estão passando pela mesma situação. Então, faço aqui da tribuna a exigência para que a Secretaria da Fazenda e a Seduc, para que as duas secretarias resolvam essa situação e rodem uma folha suplementar regularizando a situação desses professores, que não podem ficar sem os seus respectivos salários.

Quero ainda dizer que, neste final de semana, mais uma escola foi vítima de vandalismo, de assalto, de falta de segurança, porque o estado não tem um programa de segurança nas escolas. Eu me refiro aqui à Escola Estadual Leonor Quadros, que fica no Jardim Miriam, na Diretoria Sul 1. Eu tenho aqui inclusive as fotos que a comunidade escolar me mandou.

Entraram nessa escola e roubaram cinco aparelhos de TV das salas de aula. Essa quadra está desativada há mais de três anos, deputada Leci Brandão. Há três anos a quadra está desativada, olha que absurdo.

Os alunos estão fazendo aulas de educação física em uma mini quadra improvisada e descoberta. Esta daí, que está coberta, parece que está tudo enferrujado. A comunidade falou que ela está desativada, não tem aulas de educação física. Uma escola aqui na Capital, a poucos quilômetros da Assembleia Legislativa.

E onde está o secretário da Educação? Onde está o Rossieli Soares? Está fazendo, me parece, a sua propaganda. Parece que ele vai ser candidato, então ele está só surfando na rede estadual, instrumentalizando a rede estadual. Essas são as denúncias que estamos recebendo aqui. Eu vi agora que hoje pela manhã ele estava em uma escola em São Vicente. Enquanto tudo isso está acontecendo, onde estava o secretário? Eu vou mostrar o vídeo aqui para vocês.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

Olhem o secretário em uma escola lá em São Vicente. Tudo bem, ele está fazendo parece que uma homenagem, em uma escola, à esposa dele. Nada contra, é importante, deputada Leci Brandão, V. Exa. que é uma das maiores cantoras e artistas deste Brasil, mas, gente, as escolas estão caindo aos pedaços, há crise na Educação.

Este não é o momento de fazer homenagem para a esposa em uma escola que não tem nenhum problema. Ele justifica dizendo que o governo tem uma preocupação com a música nas escolas. Não tem nenhum programa de música nas escolas da rede estadual.

E ele termina com a logo dele. Eu queria, Machado, colocar de novo a logo dele. É sempre assim. Ele deveria terminar os vídeos com a logo da Secretaria Estadual de Educação, da Seduc, mas ali fica claro para todos nós que há fortes indícios de instrumentalização da máquina pública da rede estadual.

Olha só o que aparece: “Rossieli”. Se ele for realmente candidato a deputado estadual ou federal, isso fica caracterizado para nós como utilização da máquina do Estado, das nossas escolas. É o tempo todo esse “Rossieli”. Então, isso é grave, nós não vamos permitir que isso aconteça.

Secretário, vamos trabalhar. Secretário, vamos reformar as escolas. Vossa Excelência tem que resolver a questão das escolas de lata do estado de São Paulo, das escolas sucateadas, degradadas, e nada disso foi feito, secretário. Tem que trabalhar. Campanha é depois, quando começar a campanha, mas não pode instrumentalizar dessa maneira a máquina.

Por fim, queria só dizer que eu recebi também agora das escolas uma portaria aqui do chefe de gabinete convocando diretorias de ensino. Na verdade, diz assim: 10 representantes da diretoria de ensino, sendo um dirigente de ensino e adicionais nove profissionais, podendo estes serem pertencentes à diretoria de ensino ou gestores de escolas, para uma reunião no dia 22.

É uma reunião de trabalho no Palácio dos Bandeirantes - que estranho -, das 11 às 14 horas, uma reunião que vai envolver quase mil pessoas da Secretaria da Educação de todo o estado de São Paulo no Palácio dos Bandeirantes. Que reunião estranha será essa, deputada Leci Brandão?

Era isso.

Muito obrigado, presidente.

 

 A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos. Eu peço a V. Exa. que, se possível, siga na tribuna, porque eu vou chamar o deputado Gil Diniz e o próximo já é o deputado Carlos Giannazi.

Não sei se o deputado Freitas vai fazer uso da palavra. Não? Então chamo novamente à tribuna o deputado Carlos Giannazi, que tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Bom, de volta à tribuna no dia de hoje, eu queria - são vários os assuntos - primeiramente continuar apelando à Assembleia Legislativa para que possamos votar em caráter de extrema urgência o nosso PDL 22, que revoga o confisco das aposentadorias e pensões, um confisco que foi imposto pelo governador Doria, que aprovou a Reforma da Previdência e editou o Decreto nº 65.021.

Logo que ele editou esse decreto, eu apresentei o PDL 21, que já foi aprovado em todas as comissões permanentes da Assembleia Legislativa com parecer favorável. Foi apresentada uma emenda de plenário para retirá-lo, como uma forma regimental de obstrução desse projeto pelo líder do Governo da época, o deputado Carlão Pignatari.

A emenda já foi, já passou praticamente em todas as comissões e está na última comissão, que é a Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa. Já tem parecer favorável e ele já entrou na pauta da Comissão de Finanças, mas, estranhamente, foi retirado.

Ele foi colocado pelo presidente dessa comissão, que é o deputado Gilmaci Santos, mas foi retirado depois, esse item, pelo próprio deputado. Como era o primeiro item, porque está em regime de urgência, o projeto não foi ainda votado na Comissão de Finanças.

Então, primeiro a gente tem que resolver isso. Não há necessidade nem de um congresso de comissões, só falta essa comissão resolver, que é a Comissão de Finanças. O deputado Gilmaci Santos tem dito, em alguns momentos, que depende do deputado Giannazi pedir para pautar, mas, se ele não liberar na comissão, não pauta.

Tem que chamar um congresso de comissões. O congresso de comissões é só com a Comissão de Finanças. Não tem outra comissão. Então, está nas mãos da Comissão de Finanças e nas mãos, sobretudo, do deputado Gilmaci Santos, pautar esse projeto para que ele fique livre.

Aí sim a luta será para que ele venha ao plenário da Assembleia Legislativa. Essa é a nossa luta prioritária aqui: fazer justiça em relação aos aposentados e pensionistas que foram golpeados, tungados pelo governador Doria, que graças a Deus vai embora.

Parece que ele vai renunciar agora no dia 31. Estamos fazendo a contagem regressiva para a saída desse “desgovernador” Doria, que tentou se vender como o “pai da vacina”, mas foi o “pai do confisco”.

Confiscou aposentadorias, pensões, confiscou a Previdência dos servidores da ativa, confiscou o fim da isenção do IPVA para as pessoas com deficiência, confiscou o fim da gratuidade nas passagens do transporte público do estado de São Paulo. Fez verdadeiros ataques aos servidores, acabou com as faltas abonadas dos servidores, enfim, só ataques. Então, a aprovação do PDL 22 é o projeto prioritário para todos nós.

Por fim, quero registrar que nós estamos defendendo a aprovação imediata de todos os projetos que foram apresentados de reajuste salarial, como o PLC nº 2, Projeto de lei Complementar nº 2, que trata do reajuste dos servidores para quase todos os servidores, mas registrando que ficaram de fora vários segmentos, como os servidores do Itesp, da Fundação Casa, do Procon.

Os pesquisadores científicos ficaram de fora - um absurdo! -, os servidores do Instituto Florestal, da Fundação Florestal, de vários segmentos do funcionalismo público.

Apresentei várias emendas incluindo todos esses segmentos e nivelando em 20% para todos os servidores do estado de São Paulo. E também apresentamos uma emenda trazendo o reajuste, que está de forma inadequada no PLC 03, da farsa do novo plano de carreira, trouxemos para esse projeto, PLC 02, porque é ele que trata da questão do reajuste.

Plano de carreira é uma coisa, reajuste é outra totalmente diferente, mas o Doria quis criar uma armadilha, criar uma chantagem para nós que somos contra essa farsa da nova carreira.

Ele introduziu o reajuste do Magistério no outro projeto, de 10 por cento, mas apresentamos uma emenda retirando do PLC 03 e trazendo o reajuste de 33,24% para todos os servidores da Educação, inclusive também o QAE e o QSE, todos no PLC 2, Magistério, e que esse reajuste seja extensivo a todos aposentados e pensionistas.

Essa é a nossa luta. Queremos aprovar o projeto da Defensoria, do TCE, da Alesp; que todos tenham 20 por cento. E faço um apelo também ao TJ para que dê, no mínimo, os 20% ou o que eles estão reivindicando, que é o correto, 37% também. Então essa vai ser a nossa luta aqui amanhã e quarta-feira na Assembleia Legislativa.

 Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo aqui com a lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna o nobre deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Chamo à tribuna o nobre deputado Conte Lopes. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, volto a esta tribuna a respeito dos aumentos dos funcionários. Evidentemente, nós somos favoráveis como sempre fomos. Sou funcionário público desde 1967, mais de 50 anos. Faz tempo, né? Então é óbvio que eu não voto contra o funcionalismo público.

Pelo contrário, tudo que for favorável eu voto. Tanto é que briguei com o João Doria, quando vereador também na Câmara Municipal, porque ele queria que eu votasse contra o funcionalismo público. Eu não votei e da mesma forma aqui não voto contra o funcionalismo público. Que ele arrume outros candidatos, outros políticos que queiram votar.

E por falar em João Doria, que coisa interessante o João Doria na televisão. Ele pensa que é apresentador de televisão. Ele se esqueceu que é governador de São Paulo, porque ele tem que tomar atitudes como governador, tomar decisões.

E na última semana, quando ele foi à televisão para acabar com o uso da máscara, que coisa bonita fez o João Doria, né? Ele começou a falar: “Vamos retirar a máscara”, e retira. Eu acho que ele pensa que ele é artista; ele confundiu as coisas.

Ele trabalhou tanto tempo na televisão que ele confundiu as coisas. Talvez seja por isso as colocações dele nas pesquisas; o povo não acredita naquilo. Aquela retirada da máscara é mais falsa do que uma nota de três reais; é muito mais falsa do que aquilo. O povo não acredita mais.

Mas será que ele não tem ninguém que lhe dê assistência, não é verdade? Está certo que ele está cercado de políticos derrotados, alguns até que ele foi buscar em outros estados, como o Rodrigo Maia, um outro que ele foi buscar lá em Goiás, que estava até condenado; a Polícia Federal prendeu, depois voltou de novo com ele a ser secretário. Uns negócios meio estranhos.

Então, sei lá, mas será que ninguém fala para ele isso aí? Parece que ele acha bonito aquilo, porque apresentar televisão é uma coisa. É o que a gente fala sempre aqui. O Datena é um grande apresentador de televisão. Eu falo porque participei de vários programas de televisão. De quantos programas eu participei! Ratinho, Datena e outros.

A beleza ali o que é? É dar audiência. Me recordo até que em algumas ocasiões do Programa do Ratinho com vários debates, quando o programa passava a Globo entrava aquela música do Ayrton Senna: “Passou a Globo!”. Aquele é o momento. Acabou aquilo vai todo mundo embora; o problema é a audiência. Não se cria nada e o político tem que apresentar alguma coisa, alguma solução.

Então o João Doria ficou só na apresentação. Ele é o gestor da apresentação. Talvez isso lhe mostre o seu um por cento, dois por cento nas pesquisas, porque nem o próprio PSDB o quer mais. É importante colocar: o João Doria implodiu o PSDB. Ele acabou com o Geraldo Alckmin, que o indicou.

Quem segurou a barra do Doria foi o Geraldo Alckmin na época em que a gente estava lá como vereador também. Achei até estranho, porque tinha o Andrea Matarazzo, um homem capaz, inteligente, probo, honesto, que iria ser o candidato, mas, não, o Geraldo Alckmin comprou a briga do Doria contra tudo e contra todos, não sei por quê. Não sei por quê, mas ele comprou, e lançou o João Doria.

Em um ano, João Doria traiu Geraldo Alckmin, traiu Bolsonaro, traiu todo mundo. Implodiu o PSDB, que quando foi criado, em 87, 88, eu estava aqui nesta Casa ainda, quando criaram o PSDB; ou 90, época do Quércia, que era um grupo que não queria acompanhar o Quércia, nem Fleury, e criaram o PSDB.

Ele conseguiu em um ano ou dois implodir o PSDB. João Doria conseguiu implodir, como implodiu a própria Polícia de São Paulo criando uma câmera, criando um big brother na Polícia, onde o policial, se ele foi falar com alguém, está gravando. Se alguém for parar uma viatura para falar: “olha, tem bandido naquela casa”, ele está sendo gravado, e evidentemente pode aparecer a pessoa falando, vai aparecer, e aquela pessoa acaba sendo morta. Não é que a gente é contra a câmera, coisa honesta. Não. É que não se usa aquilo lá só para prejudicar o policial. Essa é a grande verdade.

Então, está aí, parabéns ao João Doria pela retirada de máscara. Muito lindo, muito bonito mesmo.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Imediatamente chamo à tribuna nobre deputada Leticia Aguiar, que terá o prazo regimental de cinco minutos.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PP - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sra. Presidente, cumprimento V. Exa., cumprimento todos os que acompanham os trabalhos hoje nesta segunda-feira, dia 21 de março de 2022, aniversário do nosso querido presidente Jair Bolsonaro.

Ficam aqui registradas as minhas felicitações. Que Deus abençoe muito o nosso presidente, a sua vida, a sua missão na condução do nosso País, essa missão árdua, difícil, de estar comandando o Brasil, esse País com tantas vertentes, um País tão plural, tão democrático e tão importante para o mundo.

Parabéns, Jair Bolsonaro, que Deus o abençoe com muita saúde, sucesso, e conte aqui com o nosso trabalho na Assembleia Legislativa de São Paulo. Quero também relembrar que hoje seria aniversário do nosso grande ídolo, herói, Ayrton Senna.

Fica aqui também o meu registro a este grande homem, ícone, um herói nacional do nosso Brasil, que nós temos muito orgulho de divulgar Brasil afora o nome do nosso saudoso Ayrton Senna do Brasil.

Bom, presidente, eu gostaria de falar a respeito de uma agenda importante que fiz em Brasília na última semana, onde estive no Ministério da Casa Civil, onde estive no Ministério dos Direitos Humanos, levando uma pauta que nos últimos dias dessa semana, está muito latente, que é o combate à pedofilia, erotização sexual de crianças e adolescentes, vide aí esse filme do Danilo Gentili e Fábio Porchat, que foi aí amplamente divulgado, inclusive, também, nas nossas redes sociais, esse absurdo que ocorreu, que está aí, estava disponível para crianças a partir de 14 anos de idade.

Nós fizemos diversas ações para impedir que esse filme fique disponível dentro de uma plataforma que é acessada por menores de idade. O Ministério da Justiça também fez a sua parte, está combatendo, e novas ações vão acontecer diante desse cenário.

Mas o que eu quero dizer a vocês é que aqui na Assembleia Legislativa existe um projeto de minha autoria, o Projeto Infância Protegida, que proíbe a utilização de recursos públicos para eventos culturais que possam promover sexualização ou erotização de crianças e adolescentes.

Esse filme foi cooptado também com recursos públicos, foram mais de três milhões de reais que foram disponibilizados na época do governo Dilma, do governo do PT, para produzir esse tipo de material absurdo, que fere diretamente as crianças e os valores da família.

Então o projeto que existe aqui na Casa, Assembleia Legislativa, o Infância Protegida, vai completamente contra esse tipo de investimento de dinheiro público, seu dinheiro. O dinheiro do pagador de imposto não pode ser utilizado em eventos que possam promover, sexualizar, erotizar crianças e adolescentes. Essa é a nossa briga aqui.

E quando eu estive em Brasília, nesses últimos dias, estive com o secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, nosso querido amigo Maurício. Tivemos uma reunião importantíssima sobre o Infância Protegida, do qual nós já estamos ampliando a nível federal.

O Ministério de Direitos Humanos tem feito também esse trabalho em proteção às crianças, e muito em breve aqui na Assembleia Legislativa, agora em maio, nós teremos um grande encontro com a Secretaria Nacional dos Direitos da Criança para a gente promover o Infância Protegida, para que a gente também possa levar para os municípios, a vocês vereadores, prefeitos, diversos programas que existem no governo federal para a promoção da proteção da criança e do adolescente.

Às vezes vocês não sabem, não têm o conhecimento de tantos e tantos programas que o governo Bolsonaro tem feito em prol da família, em prol das crianças. Então essa é a oportunidade desse evento que nós iremos organizar aqui.

Eu, que sou presidente da Frente Parlamentar de Combate à Pedofilia, Combate à Violência Doméstica, será de extrema importância para o estado de São Paulo para que a gente possa levar até os municípios, aos conselheiros tutelares todo esse trabalho que o governo federal e aqui a Assembleia Legislativa estão fazendo em conjunto para proteção das nossas crianças e dos nossos adolescentes.

Combate à pedofilia é papel de cada um de nós, parlamentares, é papel de cada pai, de cada mãe, de cada agente público, cada agente político, porque proteção das nossas crianças tem que estar acima de tudo.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Conte Lopes.

 

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O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Próximo orador inscrito, nobre deputada Janaina Paschoal. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente.

Cumprimento V.Exa., as deputadas presentes no plenário, os deputados - tem colega aqui também -, as pessoas que nos acompanham, os srs. funcionários; inicialmente noticiar que, no Colégio de Líderes de hoje, ficou deliberado que todos os projetos que preveem reajustes para as mais diversas categorias serão pautados e, de acordo com o que foi dialogado no Colégio, serão votados nesta semana.

Se serão aprovados ou não dependerá da votação, mas serão pautados. Amanhã teremos alguns, na quarta-feira outros, mas a ideia é votar todos esses projetos dos reajustes nesta semana.

E os congressos de comissões para deliberar sobre as várias emendas que foram apresentadas pelos mais diversos deputados de todas as bancadas ocorrerão amanhã, às 10 da manhã, e quarta-feira, também às 10 da manhã. Então, como uma atitude de transparência para a população poder acompanhar os nossos trabalhos.

Queria noticiar também que na sexta-feira estive na cidade de Iguape, onde ocorreu uma audiência pública para tratar de um processo antigo que aflige a região. Diz respeito à demarcação de terras indígenas.

Essa audiência pública congregou representantes de vários setores da sociedade local, prefeito, todos os vereadores da Câmara e também alguns representantes das cidades vizinhas, porque a terra que se pretende demarcar acaba abarcando mais do que uma cidade.

Ela, inclusive, atinge áreas urbanas e moradias de várias famílias, de todos os níveis, vamos dizer assim, econômicos, porque infelizmente quando nós debatemos essa matéria cria-se o factoide de que tem uma oposição entre pessoas ricas e as comunidades indígenas, que seriam pobres.

Mas ali nós vimos, com muita clareza, que também aqueles que serão impactados por essa demarcação são pessoas simples, são pessoas humildes que estão lá há mais de século com as suas respectivas famílias.

Então eu assumi o compromisso lá, e torno público aqui, que vou oficiar a Funai para poder compreender por que é que os agentes daquela comunidade não são ouvidos. Segundo prefeitos, vereadores, representantes ali da população, eles encaminham documentação para a Funai, é como se nada fosse lido.

Então eu vou oficiar, e já falo aqui publicamente, porque quem sabe alguém da Funai já se antecipa e encaminha algum esclarecimento. Eles disseram que tudo está acontecendo à revelia da população. Os indígenas se dão bem com os caiçaras, mas eles não conseguem dirimir esse conflito.

Para os senhores terem uma ideia, havia ali um morador que quer fazer reforma na sua casa e não pode, porque como está na área a ser demarcada isso pode ser interpretado como má-fé da parte dele. Então é uma situação muito grave, preocupando a população de Iguape e região.

Pois bem, queria também noticiar, segunda-feira é, na verdade, mais uma prestação de contas, eu queria noticiar que venho recebendo vários ofícios de pessoas cobrando alguma atitude diante da delação, a colaboração premiada que foi feita no Ministério Público de São Paulo denunciando uma série de atos de corrupção referentes à Ecovias.

Por que eu não falei sobre isso? Porque eu não tive acesso a esse documento. Então, da mesma maneira que me comprometo publicamente a oficiar a Funai, vou oficiar o Ministério Público para solicitar esse depoimento que vem sendo comentado na imprensa, mas que eu não tive acesso, que eu saiba não veio aqui para a Casa.

Então eu vou oficiar solicitando acesso a essa colaboração, até para que eu tenha condições de falar alguma coisa, porque o que eu tenho visto são notinhas nos jornais, sem maiores elementos sobre quem participou, deixou de participar, qual teria sido essa tal participação.

Queria também aproveitar esta oportunidade para solicitar aos reitores das universidades públicas do estado de São Paulo que tenham, com todo o respeito, ponderação, moderação no tratamento, não só para com os funcionários, mas principalmente para com os alunos e suas famílias.

Muitos estudantes da USP, da Unesp, da Unicamp têm tentado fazer contato com o setor de saúde das universidades para entregar os seus atestados de saúde, apresentar exames a evidenciar que eles não podem receber a vacina contra Covid ou a terceira dose de uma vacina diferente da que já tomaram, e essas famílias estão tendo dificuldade até mesmo para entregar os documentos.

E nós vivemos uma situação muito caótica, porque cada autoridade quer baixar a sua própria norma, de forma que cada reitor baixou o seu código, sua legislação a respeito do enfrentamento à Covid-19.

O governador derrubou o uso de máscaras na maior parte dos locais, mas nas universidades elas são exigidas, inclusive nas áreas livres, então isso gera uma contradição, uma insegurança jurídica muito grande.

Eu peço aos senhores reitores que tenham um pouco mais de moderação no tratamento dessa questão, ouçam as famílias, ouçam os funcionários, porque muita gente tem alergia sim, muita gente tem doença autoimune que pode ser agravada ou acordada, vamos dizer assim, pelas vacinas.

Isso já está nas bulas, está nas pesquisas, tem casos, inclusive, em outros países já documentados, casos ocorridos no próprio Brasil, sob investigação, então por que tratar esses funcionários e esses estudantes dessa forma? Só o que nós estamos pedindo é moderação, racionalidade, nada além disso.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Convocação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação; de Administração Pública e Relações do Trabalho; de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se amanhã, às dez horas da manhã, em ambiente virtual, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei Complementar nº 2, de 2022, que é o aumento do funcionalismo; Projeto de lei nº 27, de 2022; Projeto de lei nº 97, de 2022; Projeto de lei Complementar nº 10, de 2022; Projeto de lei Complementar nº 3, de 2022. Está feita a convocação.

Próximo deputado inscrito é o nobre deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, Sr. Presidente Conte Lopes.

Na semana passada eu estive em São José dos Campos, acompanhando a luta, e apoiando, logicamente, a luta das servidoras e dos servidores municipais contra a reforma da previdência municipal. Que é uma cópia do que foi aprovado, aqui na Assembleia Legislativa, do projeto do Doria. E é cópia também do projeto do Bolsonaro.

Mais ainda: é um projeto semelhante ao aprovado aqui na Capital, o Sampaprev 2. Enfim, é a mesma ladainha da Reforma da Previdência, confiscando aposentadorias, confiscando pensões, dificultando o acesso de servidores e servidoras à aposentadoria, elevando a idade mínima, aumentando a contribuição. É o mesmo projeto de lei.

Além disso, os servidores estavam em luta, na semana passada também, pela manutenção do gatilho salarial. Eles conseguiram, através de muita luta, que houvesse um gatilho que corrigisse a inflação do período. É uma conquista histórica importante dos servidores de São José dos Campos. É um gatilho que não está sendo cumprido.

Agora os servidores lá, através de uma ampla mobilização, liderada pelo sindicato... Quero destacar a participação da Jéssica, que é diretora do sindicato, e do professor Daniel.

Inclusive, nós fizemos uma live para dar apoio a esse movimento. Eles conseguiram, depois, com a mobilização dentro da Câmara Municipal, com a participação destacada das duas vereadoras, combativas, a Amélia Naomi, e da Juliana.

Elas ajudaram bastante na mobilização, dentro do plenário, na articulação, para que o projeto fosse retirado. Ele foi retirado da pauta, graças à mobilização feita pelos servidores, que fizeram uma ampla mobilização, e essas duas vereadoras, que fizeram a articulação, a vereadora Amélia e a vereadora Juliana.

Então eu quero parabenizar os servidores, que conseguiram uma vitória provisória. Mas a luta lá continua, contra a famigerada reforma da previdência municipal de São José dos Campos.

Quero também dizer que começou, a partir de sábado, praticamente um confisco, também das aposentadorias e pensões, dos servidores do município de São Paulo. Como eu disse, foi aprovado o projeto Sampaprev 2, cópia também do projeto do Doria. Ele começou a valer já no sábado. Sábado, foram publicados dois decretos, atacando os servidores e as servidoras do Município de São Paulo.

É o mesmo confisco que está sendo imposto, no estado de São Paulo, aos servidores, por conta do Decreto nº 65.021. Nós estamos lutando para aprovar o PDL 22, para revogá-lo.

Está sendo também implantado na Prefeitura de São Paulo. Porém, eu quero destacar que foram apresentados dois PDLs, o PDL 17 e o PDL 18. Porque lá são dois decretos confiscatórios, que atacam os servidores. Então, já foram publicados dois PDLs, de imediato, o 17 e o 18, revogando os dois decretos confiscatórios do prefeito Ricardo Nunes.

Esses dois PDLs foram apresentados pelo vereador Celso Giannazi, do PSOL. A luta lá é também para revogar esse confisco, como nós estamos fazendo na Assembleia Legislativa. Porque esses decretos impõem o confisco das aposentadorias, para quem tem pensão e para os servidores da ativa também.

Vai reduzir a pensão pela metade. Vai elevar a idade mínima de aposentadoria das servidoras, de 55 para 62. As mulheres serão as mais afetadas por essa nefasta reforma do Sampaprev, por esses decretos que eu citei aqui. Os homens vão ter que trabalhar cinco a mais, e as mulheres, sete anos a mais, por conta do Sampaprev.

Então quero parabenizar aqui o vereador Celso Giannazi por ter apresentado de imediato os dois primeiros PDLs que revogam esses dois decretos do Sampaprev, para revogar, para anular exatamente, Sr. Presidente, esse confisco também no município de São Paulo.

Por fim, Sr. Presidente, eu queria anunciar que eu apresentei um requerimento para que nós possamos instituir, implantar, na verdade, na Assembleia Legislativa, a CPI da farra dos pedágios, porque essa situação já é grave, histórica aqui no estado de São Paulo.

A última investigação que houve aqui foi em 1999 sobre a farra dos pedágios, as denúncias de corrupção, superfaturamento, pagamentos de propinas etc. Noventa e nove. De lá para cá não teve mais investigação, a Assembleia se curvou aos interesses, talvez, das concessionárias, dos grupos econômicos, nem investigou mais.

Só que agora tem uma denúncia gravíssima, com delação premiada no Ministério Público Estadual envolvendo o alto escalão do governo, envolvendo a Assembleia Legislativa, envolvendo a Câmara Municipal de São Paulo.

É grave a denúncia com delação premiada homologada pelo Ministério Público. A Assembleia Legislativa tem que investigar não só esse caso, que é grave, mas outros casos, dos contratos dessas concessionárias.

Há uma verdadeira farra dos pedágios no estado de São Paulo, o Estado que mais tem pedágio no Brasil, talvez em toda a América Latina, e também tem os pedágios mais caros do País, Sr. Presidente.

Então a Alesp tem que investigar com lupa todos esses contratos. Tem várias denúncias, é o tempo todo. Olha, se houve essa denúncia na Ecovias, nós temos outras concessionárias em todo o estado de São Paulo, nós queremos fazer uma devassa em todos esses contratos e a Assembleia Legislativa tem que cumprir o seu papel de investigar.

Então nós já apresentamos requerimentos. Espero, peço o apoio de todos os deputados e deputadas para que assinem esse requerimento e para que possamos implantar, instalar uma CPI para investigar todos esses casos de corrupção, pagamento de propina, montagem de cartel, são várias as denúncias, os altos preços dos pedágios em várias regiões do estado.

Para agravar a situação, o Doria ainda está instalando mais de 1.200 quilômetros de pedágios no estado de São Paulo na gestão dele, que vai de Piracicaba até Pindorama, até a divisa do Estado. Mil e duzentos quilômetros, deputado Conte Lopes, de pedágios que serão instalados, estão sendo instalados já, na verdade, nesse trajeto que eu citei.

Então eu peço o apoio, para finalizar, de todos os deputados e deputadas para que a gente possa fazer uma devassa, uma investigação profunda nos contratos, nos preços e nas denúncias que nós recebemos. A nossa CPI é contra a farra dos pedágios no estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - PARA COMUNICAÇÃO - Só para comunicar que eu já assinei o requerimento de V. Exa., porque independentemente do resultado das investigações eu entendo que a Casa precisa dar uma resposta para a população. O que nós não podemos é ficar calados diante da gravidade que aparentemente têm as denúncias.

Como eu disse, eu vou oficiar o Ministério Público, porque enquanto não temos CPI precisamos buscar elementos para buscar acesso à integra desse depoimento, mas na medida em que V. Exa. solicitou a instalação de uma CPI, eu já assinei, acabei de dar o de acordo aqui e considero importante a Casa trazer essa satisfação.

Então é isso.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Este presidente aqui faz questão de assinar a CPI de Vossa Excelência.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu quero, primeiramente, agradecer o apoio da deputada Janaina Paschoal, o apoio de V. Exa. também. É muito importante a Assembleia investigar, porque o custo de vida tem aumentado muito em São Paulo também por conta dos altos preços dos pedágios. Então é muito importante.

Nós não podemos tolerar essa farra histórica dos pedágios, essa “privataria tucana”. Então muito obrigado, deputada Janaina Paschoal, deputado Conte Lopes, pelo apoio. Espero que os outros deputados façam o mesmo, assinando sem medo de investigar.

Muito obrigado.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pela ordem, presidente. Havendo acordo de lideranças, Excelência, eu peço o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - É regimental. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia da última terça-feira.

Está levantada a presente sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 55 minutos.

 

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