23 DE MARÇO DE 2022
6ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: WELLINGTON MOURA
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - WELLINGTON MOURA
Assume a Presidência e abre a sessão. Encerra a discussão e coloca
em votação o PLC 10/22.
2 - EMIDIO LULA DE SOUZA
Encaminha a votação do PLC 10/22, em nome da Minoria.
3 - TEONILIO BARBA LULA
Encaminha a votação do PLC 10/22, em nome do PT.
4 - JANAINA PASCHOAL
Para comunicação, faz pronunciamento.
5 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA
Encaminha a votação do PLC 10/22, em nome do PSOL.
6 - PRESIDENTE WELLINGTON MOURA
Coloca em votação e declara aprovado o PLC 10/22, salvo
emendas. Coloca em votação e declara rejeitadas as emendas 1 a 8
englobadamente.
7 - MÁRCIA LULA LIA
Declara voto favorável às emendas do PT.
8 - PRESIDENTE WELLINGTON MOURA
Registra a manifestação. Encerra a discussão, coloca em
votação e declara aprovado o PL 97/22, salvo emendas. Coloca em votação e
declara rejeitadas as emendas 1 a 6.
9 - MÁRCIA LULA LIA
Declara voto favorável às emendas do PT.
10 - WELLINGTON MOURA
Registra a manifestação. Encerra a discussão, coloca em
votação e declara aprovado o PR 2/22, em 2º turno.
11 - MÁRCIA LULA LIA
Solicita a suspensão dos trabalhos por dois minutos, por
acordo de lideranças.
12 - PRESIDENTE WELLINGTON MOURA
Responde a deputada Monica da Mandata Ativista. Informa que
não houve alteração na forma de votação dos requerimentos de método em sessões
presenciais. Afirma que a alteração havia sido feita somente nas sessões
virtuais. Defere o pedido de suspensão da deputada Márcia Lula Lia.
13 - MÁRCIA LULA LIA
Retira o pedido de suspensão da sessão.
14 - RICARDO MELLÃO
Declara o voto contrário da bancada do Novo ao PL 97/22.
15 - PRESIDENTE WELLINGTON MOURA
Registra a manifestação. Encerra a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Wellington Moura.
*
* *
O SR. PRESIDENTE -
WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior.
Ordem
do Dia.
*
* *
-
Passa-se à
ORDEM
DO DIA
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS -
Discussão e votação adiada do Projeto de lei Complementar nº 10, de 2022, de
autoria do Sr. Governador.
Em discussão. Não havendo oradores
inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.
O
SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - Pela ordem,
Sr. Presidente. Eu quero indicar o deputado Emidio de Souza para encaminhar em
nome da liderança da Minoria.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS -
É regimental. Deputado Emidio de Souza tem o tempo de dez minutos para
encaminhar.
A
SRA. ISA PENNA - PCdoB - Pela ordem,
presidente. Para colocar o PCdoB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS -
Deputada, nós estamos ainda em encaminhamento.
A
SRA. ISA PENNA - PCdoB - Não é possível fazer
isso agora?
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS -
Não, só na hora da votação.
A
SRA. ISA PENNA - PCdoB - É que, na verdade,
presidente, este meu requerimento se refere à sessão anterior. Se for possível.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS -
Infelizmente, a sessão anterior já foi encerrada e nós estamos na segunda
sessão. Infelizmente não dá mais tempo, deputada. O deputado Carlos Giannazi
pôs, deputada Isa Penna. Ah, V. Exa. agora é do PCdoB. Infelizmente, não tem
como.
Deputado Emidio tem o tempo de dez
minutos.
O
SR. EMIDIO LULA DE SOUZA - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
público aqui presente, minha saudação aos servidores públicos, aos professores
especialmente, trabalhadores da Educação. Eu espero, sinceramente, que o
resultado da votação do método, ocorrido há pouco, se consolide, para mostrar
que o governo não tem voto suficiente para aprovar esse absurdo, essa
excrecência que é esse Projeto de lei 03.
Esse projeto,
deputada Bebel, nossa líder, nossa querida presidenta da Apeoesp, eu falava
ontem na comissão, para mim ele lembra aqueles jumbos que são aprovados no
Congresso Nacional, onde entra projeto para uma coisa e aí vem um monte de penduricalho
junto para prejudicar ou para beneficiar determinados setores.
É um projeto
que carece de sentido. Se ele tivesse um benefício real para a categoria, ele
não teria problema nenhum de a base do Governo votar separado, mas eles querem
juntar porque eles sabem que na discussão, separado, vai vir à tona o que causa
de prejuízo a médio e longo prazo para o professorado paulista.
Se fosse um bom
projeto, não precisava estar pendurado em lugar nenhum. Reajuste, reajuste;
carreira, carreira. Mas o fato de eles brigarem tanto, Barba, para manter esse
projeto junto significa que ele não é bom para a categoria.
Isso aqui fica
parecendo uma coisa, o seguinte, “você vai ter tal coisa, mas você vai ter uma
punição”. Seria como se alguém precisando muito de água falasse assim, alguém
chegasse para ele e falasse: “você vai ter água, mas você vai ter que tomar
veneno primeiro”.
É uma coisa
impressionante. E ele morrendo de sede, vai ter que tomar água, mesmo sabendo
que o veneno vai matá-lo depois. Então eu penso que é hora de a Assembleia
saber separar o joio do trigo. Essa não é uma questão de situação ou de
oposição.
Nós não podemos
tomar decisões, dentro desta Casa, sem medir as consequências que vai ter, para
centenas de milhares de servidores públicos. Já foi assim. Já foi assim na
questão da reforma da Previdência.
Quantos e
quantos protestaram dentro desta Casa, sabendo do prejuízo que significaria!
Mas a Casa, ainda que apertado, fez a mudança que prejudicou tanto os
servidores ativos quanto os inativos.
Então esta Casa
está diante de uma nova situação como essa. Uma situação onde um benefício que
é direito, que é o reajuste, muito abaixo do necessário, e muito abaixo dos 33%
que é direito, ainda, para conceder isso, quer o penduricalho da carreira, que
não teve discussão nenhuma. Uma carreira que, como todos sabem, precariza o
trabalho dos servidores da Educação.
Razão pela qual
nós somos a favor da separação. Espero que, quando esse projeto entrar
novamente em votação, a gente tenha condições de fazer esse debate, e separar
esses dois projetos.
Quero dizer,
também, que isso é a continuidade do que esse governo do João Doria e do
Rodrigo Garcia... Porque é uma dupla. Agora muda de cara, mas a política é a
mesma. Porque, quem governava de fato, até agora, e fez todo o pacote de
maldades, também é o Rodrigo Garcia, que está escondidinho.
Agora ele é
candidato, então ele quer fazer de conta que não tem nada a ver com o Doria.
Mas eles são carne e osso. Eles são banana do mesmo cacho. Eles não têm
diferença na hora de olhar o servidor com o desdém que eles olham.
Esse projeto é
a continuidade do desmonte, que é só o que esse governo sabe fazer, em todas as
áreas. Em absolutamente todas as áreas. Por isso que o nosso voto, mais uma
vez, nesse projeto, vai ser ao lado dos servidores. Vai ser ao lado dos
servidores da Educação.
Eu percebi o
sofrimento, agora há pouco, quem estava perto, viu a dor da Bebel. Não é
possível tanta sacanagem, mais uma vez, com o professor. Obrigado, Barba, pela
cortesia. Eu preciso muito de água, às vezes, para falar.
Então, Bebel,
você sabe que, às vezes, quando você tem um governante que só quer causar
prejuízo, o tempo todo, para o Estado, para setores, ou prioriza só um setor,
em detrimento de outro, quando você tem isso, um governo desse tipo, não tem
jeito. Você tem que trocar o governo. Você tem que não dar chance para o azar.
(Manifestação nas galerias.)
Eles mostraram
que são reincidentes, eles vão trabalhando, e é uma sequência. Desmonta o
Itesp, desmonta os serviços de parque do estado, privatiza tudo, privatiza o
Ginásio do Ibirapuera, o Zoológico, o Simba Safári. Só falta o Palácio dos
Bandeirantes eles venderem, também, para começar a despachar no meio da praça.
Porque é isso que o João Doria sabe fazer. É um caixeiro-viajante.
É um
caixeiro-viajante. A Educação, como ele não pode, simplesmente, privatizar, ele
vai esvaziando. Até chegar o ponto, quem sabe, preparar, para ele entregar para
o setor privado, que é o que ele gosta, de onde ele é.
Porque,
governador do estado, pra valer, a primeira coisa que ele tem que fazer é saber
de uma coisa: não existe serviço público de qualidade sem servidor valorizado.
(Manifestação nas galerias.)
Não existe
serviço público de qualidade quando você não atende aquele que presta o
serviço. As aulas, eu costumava dizer, quando eu era prefeito de Osasco, quando
eu ia para uma atividade de Educação, eu costumava dizer o seguinte: “Ter uma
escola é muito bom.
E a escola é
fundamental o prédio, o lugar onde ela está. Mas se, por acaso, não tiver uma
escola, você pode dar aula embaixo de um pé de árvore, você pode dar aula em
uma igreja, pode dar aula em qualquer lugar. Agora, se não tiver professor,
você pode ter o prédio mais bonito, que a aula não existe”. (Manifestação nas
galerias.)
Então, você
precisa... Eu vejo muita gente aqui defendendo a lógica do ensino privado.
Aliás, tem deputados aqui que acham que nada que é público serve. Isso inclui o
metrô, inclui hospital.
Eu quero saber
o seguinte: quando eles têm problema no coração, você sabe qual é o centro de
excelência no estado de São Paulo? É o InCor, o Instituto do Coração. Mas por
quê? Porque ao longo dos anos ele não sofreu a desvalorização que a Educação
está sofrendo, Bebel.
Você sabe,
porque você tem uma carreira longa na sala de aula; hoje sindicalista,
deputada, afastada, mas você sabe o que é a sala de aula. Você sabe quais são
os desafios. E o apelo que a Educação tem, hoje, para seduzir novas gerações a
se tornarem professores, professoras é cada vez menor.
Porque por mais
que você ame a Educação, vai chegar o momento em que você fala: “Não é
possível; eu gosto da Educação, mas eu preciso viver disso, eu preciso ter
direitos, eu preciso ter garantias, eu tenho família para sustentar, eu preciso
pensar no futuro”.
Mas com um
governo que joga os direitos pela janela, que rifa, a toda hora, uma categoria
de serviço público, depois outra categoria de serviço público, nós não vamos
ter Educação. Eles não desenharam um futuro para a Educação. Esse tem sido o
método utilizado pelo João Doria, pela dupla João Doria e Rodrigo Garcia.
Mas eu tenho
muita fé. Eu tenho fé porque não é uma categoria só. Os professores foram
humilhados, os trabalhadores da Saúde foram humilhados, os servidores da
Fundação Casa foram humilhados, os servidores das autarquias foram humilhados.
Todos.
E as Polícias
Militar, Civil e Científica, muito embora tenham escapado da reforma da
Previdência e de alguns outros ataques aqui, também vivem em situação de
penúria.
Então, nós
vamos trabalhar. Eu espero que os deputados, com essa folga de não ter entrado
em votação nesta sessão, entendam que esse projeto não pode ser feito dessa
forma. E acho que os professores, em todos os cantos deste estado...
Não há cidade,
dos 645 municípios, que não tenha escola. E essas cidades, muitas delas têm um
deputado. Então, é preciso conversar com os deputados lá também, na sua base.
Mostrar para ele que a professora que deu aula para ele não pode ter seus
direitos vilipendiados como agora. Muito obrigado a todos.
Obrigado,
presidente; obrigado, servidores.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS -
Pela ordem, deputada Márcia Lia.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Para indicar o
deputado Teonilio Barba para encaminhar pela liderança do Partido dos
Trabalhadores.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - É
regimental. Deputado Teonilio Barba tem o tempo de 10 minutos para encaminhar.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Wellington Moura, Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, público aqui presente, trabalhadores, funcionários públicos do
estado de São Paulo. Quero saudar a todos. Quero primeiro, presidente, iniciar
agradecendo, deputado Gil Diniz, a todos aqueles deputados que hoje, aqui, se
opuseram ao método de votação do governo do estado.
Aliás, o
deputado Vinícius Camarinha, líder do Governo, tentou chantagear os deputados,
dizendo que não existe nenhum outro projeto que discute os 10% aqui nesta Casa.
É que naquele
momento estava se discutindo o método, não estavam se discutindo os 10%.
Depois, no roteiro de votação é que a gente discute os 10%, é que discute o
plano de carreira. Então, primeiro desmontar isso.
Segunda coisa,
desmontar aqui a fala do deputado Daniel José, que quer falar de modernização e
não sabe do que está falando. Eu vivi 41 anos no setor privado. E lá você
discute plano de carreira, plano de cargos e salários. E você discute separado
do reajuste de data-base. A data-base do funcionalismo público no estado de São
Paulo é no mês de março.
Se quiser
discutir modernização da carreira, o que o líder do Governo tinha que ter
apresentado? Tinha que ter separado os 10% e discutido ontem no PL 02. Incorporava para os trabalhadores da Educação
os 10% e depois iria discutir só o plano de carreira dos professores, dos
trabalhadores da Educação, sejam eles supervisores, sejam eles diretores, sejam
eles professores do ensino médio.
Isso é discutir
modernização. Aplica primeiro o reajuste, separa o debate e aí discute o plano
de carreira, negociando com a entidade representativa da categoria, que é a
Apeoesp, liderada pelo companheiro Fábio, pela companheira Bebel, pelos vários
companheiros do movimento sindical, que é o maior sindicato da América Latina.
Portanto, o
governo João Doria... É por isso que ele não sai do traço na pesquisa para
presidente, aqui no estado de São Paulo. Foi o governo que mais mal cometeu, do
PSDB, em todos esses anos. Foi o governo que mais atacou o direito das trabalhadoras
e dos trabalhadores do setor público e privado. Não é só do setor público.
Abriu a caixa
de Pandora aqui dentro desta Casa, começando em 2019 com o Projeto 01, depois
os precatórios, depois a reforma da Previdência, depois o 529, depois o 26. É
por tudo isso que João Doria não consegue sair dos dois por cento.
E o João Doria
está nos fazendo um favor: ele está destruindo o PSDB aqui no estado de São
Paulo. O João Doria está destruindo o PSDB aqui no estado de São Paulo, com
todas as maldades que fez. Eu fico até com pena dos deputados que estão no
PSDB, porque não terão candidato a presidente para alavancar esse partido
deles. Se não tiver cuidado, vai se volatizar.
Tem um momento
de crescimento agora, deputada Maria Lúcia Amary, por conta da migração de
alguns deputados, mas será que vocês vão conseguir manter o tamanho dessa
bancada? Com esse candidato a presidente que vocês apresentaram, vai ser muito
difícil.
Ele não
consegue sair dos dois, três por cento na pesquisa de intenção de voto. Não consegue
e muitos de vocês, da base aliada, se não tiverem cuidado nesse momento das
votações, não serão reeleitos deputados estaduais e não serão reeleitos
deputados federais, porque vocês atacaram duramente as trabalhadoras e os
trabalhadores.
Olha o debate
feito aqui ontem. Ontem ficou de fora... A única fundação que entrou no debate
de ontem, do 02, foi a Fundação Paula Souza. Os institutos e as fundações
ficaram de fora.
O deputado
Vinícius Camarinha, durante o congresso de comissões, fez um debate dizendo que
o Haddad foi rejeitado na Prefeitura de São Paulo. É verdade que perdemos a
eleição lá atrás, com Haddad, para a reeleição à prefeitura, mas ele não tem
coragem de subir a esta tribuna para defender o governo João Doria.
E nem o Rodrigo
Garcia. Ele não subiu até agora. Queria pegar um aparte para justificar. Então,
não tem coragem de subir para fazer um encaminhamento para defender esse
governo do qual ele é líder.
Então, é esse o
momento que vivemos. Vivemos um momento nesta Casa em que, duramente, os
trabalhadores do estado de São Paulo, o funcionalismo público, os professores,
os policiais, o pessoal da Saúde...
Outro debate
que ficou faltando aqui ontem foi deixar claro que todo reajuste aplicado aqui
é sobre o salário-base. Eu peguei um companheiro da Saúde cuja composição
salarial era de 2.700 reais. Sabe qual era o salário-base dele? Quatrocentos
reais. Os 20% são em cima dos 400 reais. Ele vai ter 80 reais de reajuste. Não
é sobre todos os vencimentos.
Se fosse sobre
todos os vencimentos, iria falar: “Não, realmente está recompondo parte da
perda”. A depender da categoria, do teto da categoria, quando bate no teto às
vezes o reajuste vira 6,6%, 4,5%, 7,7 por cento. Foi isso que nós votamos aqui
ontem. Nós votamos a favor. Nós fizemos o debate para poder esclarecer o que
estava sendo discutido.
Não dá para o
governo ficar enganando. Desde o dia que ele anunciou, parece que o policial
ganha 3.000 reais e os 20% eram em cima dos 3.000 reais. Não é em cima dos
três, é em cima do salário base, Conte Lopes. E você sabe bem o que é isso,
porque o senhor é coronel da polícia, é do comando, sabe o que significa isso.
O salário é
composto por várias gratificações. Foi a saída encontrada aqui nos vários
estados brasileiros. Então o governador João Doria é isso, ele é isso. Ele é o
governador que mais atacou o direito do funcionalismo público no estado de São
Paulo. Confiscou salário dos aposentados na reforma da Previdência, Coronel
bombeiro Nishikawa, e nós aqui denunciamos o tempo todo.
No 529 nós denunciamos
aqui o tempo todo que estava tirando a isenção do IPVA para pessoas com
deficiência. Nós tivemos que votar um projeto às pressas em dezembro para
devolver esse direito e ele demorou dois, três meses para ser regulamentado
ainda. Teve gente que foi obrigada a pagar a primeira parcela e não terá a
devolução desta primeira parcela, do desconto da 1ª parcela. O Estado é isso.
Foi assim que
fizeram no projeto dos precatórios, quando esse seu governo João Doria, líder
Vinícius Camarinha, reduziu o precatório de 31.000 e uns quebrados para 11.000
reais. O maior calote dado no funcionalismo público no estado de São Paulo
naquela derrota que nós tivemos aqui dos precatórios. E a base não tem coragem
de subir aqui para defender esse governo.
Nós vamos governar
este estado de São Paulo com o Fernando Haddad e nós vamos subir aqui para
defender o nosso governo, porque é assim que a gente faz. Nós não temos
problema com isso. Esse governo do PSDB aqui no estado de São Paulo foi durante
os mais de 30 anos um massacre à classe trabalhadora. Nós vamos fazer esse
debate aqui no estado de São Paulo.
Nós vamos fazer
vários debates. Eu para encerrar, presidente, quero aqui manifestar o meu apoio
à FerroFrente, ao meu querido amigo e companheiro José Manoel Gonçalves, que é
presidente da FerroFrente, que conseguiu reabrir um debate sobre a Linha 17 do
Metrô e ele estava parado o processo na Justiça, deputada Janaina.
E ontem, esta
semana, saiu uma decisão onde a Justiça mandou ativar o processo e foi uma
vitória para ele, que é discutir o transporte sobre trilhos, que é o modal de
transporte mais barato, seja de passageiro, seja de produtos.
É importante o
setor sobre pneus, que faz todo o nosso modal de transporte hoje, o transporte
hídrico, mas também é importante recuperar o debate do transporte sobre
trilhos, que é uma maneira de baixar custos de produção, baratear o transporte
aqui no Brasil e no estado de São Paulo.
Obrigado pela
tolerância, presidente.
A
SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Pela
ordem, deputada Monica.
A
SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Gostaria de
encaminhar pela bancada do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - É
regimental. Vossa Excelência tem o tempo de dez minutos.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pela ordem,
presidente. Para uma breve comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Uma
comunicação. Tem anuência da deputada Monica só para fazer a comunicação?
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - PARA
COMUNICAÇÃO - Eu só estou com uma preocupação, presidente, porque na primeira
extra houve obstrução porque os colegas entendem - e eu acho justo - que eles
podem votar o aumento separadamente da nova carreira, porque todos são
favoráveis ao aumento e muitos são contrários a nova carreira, e eu apoio esse
direito do parlamentar.
Eu só estou um
pouco preocupada porque essa extra é referente ao abono e ao aumento do salário
mínimo no estado de São Paulo. Então eu só queria respeitosamente, lembrar aos
colegas que nós estamos agora debatendo dois PLs que eu considero muito
importantes.
É óbvio que
muitos de nós - eu inclusive apresentei emenda nesse sentido - preferiríamos
que o aumento fosse maior, porque são justamente os funcionários que ganham
menos no estado de São Paulo, mas eu tenho medo da gente não...
O SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Mas V. Exa. está me fazendo uma
pergunta?
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Não, não. Eu estou pedindo para os
colegas para que a gente...
O SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Aí tem que ser no encaminhamento,
deputada Janaina.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Não, eu digo, para que a gente
se atenha. Eu não quero obstruir, entendeu? Porque eu tenho medo de que a gente
obstrua um projeto importante.
O SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Mas a senhora está entrando em
uma discussão, aí não seria uma questão de ordem. A senhora teria que
encaminhar, e entrar nesse tema.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Não, sim. Sim. É só para chamar
a atenção nesse sentido.
Obrigada,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS -
Deputada Monica da Bancada Ativista.
A
SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Eu devo ser a última a falar, e não tem desacordo com aumento, ainda
que pequeno. Qualquer que seja o aumento a chegar na mão do trabalhador nessa
condição e nessa conjuntura vai ajudar. Ninguém tem desacordo, e eu acho que
não vai haver obstrução.
Eu só peço para
falar porque houve uma grande confusão na pauta anterior, e eu acho que os
trabalhadores da Educação que estão acompanhando a sessão talvez não tenham
entendido, assim como nós mesmos aqui no plenário ficamos numa confusão danada
de o que é que está acontecendo. Então vamos lá, agora, que eu estou
devidamente inscrita e o presidente não pode me dizer para não falar, eu vou
tentar falar.
É o seguinte, o
PLC nº 3 trata de duas temáticas diferentes: ele trata de um pequeno aumento
salarial para a categoria da Educação, que são os dez por cento; e uma reforma
administrativa que retira direitos dos trabalhadores da Educação no mesmo
projeto. Por isso, agora que chegou o projeto aqui, é possível que a gente
separe essas duas temáticas em método de votação.
O que a gente
estava votando aqui na sessão anterior eram três métodos de votação. O
primeiro, proposto pelo líder do Governo, Vinícius Camarinha, que diz: “vamos
votar o projeto como ele está”; e a essa, a instrução era “não votem” ou “votem
contrário”.
O segundo
método de votação, protocolado pela bancada do PT, diz: “vota-se o aumento
salarial primeiro, depois vota-se a mudança na carreira, e dá liberdade para os
deputados aprovarem um trecho do projeto e rejeitarem um outro trecho do projeto.
Corrigindo então o líder do Governo: é possível agora e aqui separar essas
matérias. A mesma coisa diz o rito de votação do PT.
Infelizmente,
nós estamos vindo de um trabalho virtual em que mudaram as regras do
Parlamento; e durante o trabalho virtual, quando tinha mais do que uma proposta
de roteiro de votação, cada parlamentar dizia qual escolhia. Numa votação,
chama o meu nome, “Monica”, eu digo, “eu quero o um, o dois ou o três”.
Aqui no
presencial, e a regra original da Alesp, você tem que votar primeiro o um; se
rejeitado, você vota o dois; se rejeitado, você vota o três, e essa era a minha
dúvida desde o começo, que eu estava perguntando para o presidente: “como é que
vai votar, como é que vai votar, como é que vai votar?”.
Sabe por que
não responderam a minha pergunta todas as vezes que eu perguntei? Porque eu
voltei a fazer conta e unificou, presidente. Se ontem a gente votou aumento
salarial para os policiais, hoje os parlamentares da Segurança Pública estão
com a gente a favor do professor, e nós somos a maioria.
Nós somos a
maioria que reconhece os trabalhadores da Educação, que reconhece o seu valor,
que quer também o aumento salarial para os professores da Educação sem a
chantagem de precarizar a carreira.
Então, não tem
alternativa. Agora, bem organizado, voltei aqui a fazer a minha lista. Ou a
gente separa, ou a gente separa, presidente. A gente quer separar as duas
temáticas. E é possível, viu, colegas?
Eu passei agora
de mesinha em mesinha fazendo continha de novo, como fazíamos no passado, e nós
somos a maioria. Agora, em vez de declarar voto, a gente vai votar valendo, e
vai derrotar o governador João Doria aqui na Assembleia Legislativa.
Então, semana
que vem eu vou distribuir o que os colegas disseram para mim no posicionamento
de votos, e aí quero recolocar para o líder do Governo que não retire o projeto
de pauta, e que tome essa derrota, porque mexeu com o professor, mexeu com a
gente, e a gente quer garantir o aumento salarial sem a destruição de carreiras
para os servidores.
Bom, agora que
eu falei e expliquei, peço desculpas para quem está ansioso em casa, não vai
mais votar essa temática hoje. A votação ficou adiada, o que significa que a
gente vai retomar na próxima semana, espero, se o governo, com medo de ser
derrotado aqui, não retirar o projeto de pauta. Então vamos seguir organizados
e em luta.
Obrigada a
todos os servidores em luta.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Em
discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação
o projeto, salvo emendas. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem
favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
Em votação, englobadamente, as emendas
1 a 8, com pareceres contrários do congresso de comissões. Os Srs. Deputados e
as Sras. Deputadas que forem contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Rejeitadas.
Discussão e votação adiada do Projeto
de lei 97, de 2022, de autoria do Sr. Governador. Em discussão.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Pela
ordem, deputada.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Quero votar
favoravelmente às emendas do Partido dos Trabalhadores.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Registrado.
Declarado cinco votos.
Em discussão. Não havendo oradores
inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o projeto salvo emendas. As
Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado.
Em votação as emendas 1 a 6 com
pareceres contrários dos congressos de comissões. As Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que forem contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Rejeitadas.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Pela
ordem, deputada.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Para votar
favoravelmente às emendas da bancada do Partido dos Trabalhadores.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Registrado,
deputada.
Discussão e votação 2º turno do Projeto
de resolução nº 2, de 2022, de autoria da Mesa.
Em discussão. Não havendo oradores
inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado
em 2º turno.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Sr. Presidente,
gostaria de solicitar dois minutos de suspensão para a gente fazer um diálogo
aqui.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Antes,
porém, só deixando registrado em relação à deputada Monica da Mandata Ativista,
que disse que em relação ao método, o método não mudou, continua o mesmo,
deputada. Em sistema virtual é que havia mudado.
Ele simplesmente continua da mesma
forma. A primeira pessoa a apresentar o método de votação na fila, então é o
primeiro método que vai ser votado. Uma vez rejeitado, o segundo partido ou
deputado que apresentar o método, passa a valer o segundo, mas tem que ser
rejeitado ou aprovado.
Suspenso o trabalho por dois minutos.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Não, eu quero retirar
o pedido de suspensão.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Quer
retirar, perfeito.
Discussão e votação adiada do Projeto
de lei...
Então, não havendo mais nada a
tratar... Um minuto, senhores.
Não havendo mais nada a tratar...
O
SR. RICARDO MELLÃO - NOVO - Pela ordem, pela
ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Pela
ordem, deputado.
O
SR. RICARDO MELLÃO - NOVO - Para declarar voto
contrário ao 97, da bancada do Novo.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Registrado.
Não havendo mais nada a tratar, estão
encerrados os trabalhos.
*
* *
- Encerra-se a sessão às 18 horas e 28
minutos.
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* *