23 DE MARÇO DE 2022
7ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: JANAINA PASCHOAL e TENENTE NASCIMENTO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - LECI BRANDÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Convoca os Srs. Deputados para sessões extraordinárias: a
primeira a realizar-se hoje às 16 horas e 30 minutos; e a segunda a realizar-se
hoje, dez minutos após o término da primeira.
4 - CORONEL TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - ADRIANA BORGO
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Endossa o pronunciamento da deputada Adriana Borgo.
7 - BRUNO GANEM
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - ALTAIR MORAES
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - TENENTE NASCIMENTO
Assume a Presidência.
11 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - LETICIA AGUIAR
Para comunicação, faz pronunciamento.
13 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - ENIO LULA TATTO
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
15 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, faz pronunciamento.
16 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
17 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
18 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO
Endossa a fala dos deputados Conte Lopes e Gil Diniz.
19 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, faz pronunciamento.
20 - EDNA MACEDO
Por cessão de tempo, faz pronunciamento.
21 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
22 - FREDERICO D'AVILA
Por inscrição, faz pronunciamento (aparteado pelo deputado
Conte Lopes).
23 - PROFESSORA BEBEL
Por cessão de tempo, faz pronunciamento.
24 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
25 - MAJOR MECCA
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
26 - CARLOS GIANNAZI
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
27 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
28 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de 24/03, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra sessões
extraordinárias a serem realizadas hoje, às 16 horas e 30 minutos; e a segunda
a realizar-se hoje, dez minutos após o término da primeira. Levanta a sessão.
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* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Janaina
Paschoal.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Boa tarde a
todos. Presente número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos.
Esta Presidência dispensa a leitura da
Ata da sessão anterior e recebe o Expediente. Imediatamente dou por aberto o
Pequeno Expediente e inicio a leitura da lista dos oradores inscritos.
Chamo à tribuna o deputado Gil Diniz.
(Pausa.) Deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. Não vou
fazer uso da palavra. Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Nobre deputada Leci
Brandão.
Vossa Excelência tem o prazo regimental
de cinco minutos.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público
das galerias, funcionários desta Casa, público que nos assiste pela nossa TV
Alesp. Presidente, ontem aconteceu aqui a votação do PLC 02, de 22, que tratava
única e exclusivamente sobre o aumento de 10% de vencimentos dos funcionários e
servidores públicos da Administração Direta.
Como eu estou
sendo cobrada por não ter me pronunciado nessa tribuna, eu quero dizer o
seguinte: primeiramente não se tratou de aumento, mas de correção dos
vencimentos. E também posso dizer de peito aberto que nem oportunismo, nem
hipocrisia fazem parte da minha história.
Portanto, não
me pronunciei ontem em favor dessa correção para os funcionários da
administração indireta, como é o caso dos trabalhadores da Fundação Casa, quero
frisar bem, Fundação Casa, porque a nossa posição é de que todos os
funcionários, absolutamente todos, deveriam ter o reajuste de pelo menos 20 por
cento.
A minha posição
não é de ocasião, a minha posição sempre foi pública, e eu defendo, e defenderei
sempre, os servidores públicos. Aliás, eu sempre defendi trabalhador ao longo
da minha vida.
Quero lembrar a
todos que na ocasião em que foi votado o PL 529, 529, de 2020, eu e o meu
partido, PCdoB, nos manifestamos e votamos contra essa proposta, que previa a
extinção de 10 instituições públicas. Acabava com empregos e aumentava a
contribuição da Previdência dos aposentados. Infelizmente nós fomos derrotados
nessa luta.
Hoje vai haver
o debate e votação do PLC 03, de 2022, que trata da carreira do Magistério. Eu
sou contra esse projeto. A Professora Bebel, inclusive, que é a pessoa que
lidera os professores aqui no estado de São Paulo, sabe disso, porque ele acaba
com a carreira dos educadores, e isso nós não podemos aceitar.
Então faço
questão de esclarecer aqui nesta tribuna, porque todo mundo sabe cobrar, mandar
e-mail, fazer isso, fazer aquilo. Eu só quero lembrar que no 529 eu estava aqui
presente, lutando contra aquele projeto.
Eu quero
aproveitar a ocasião, deputada Adriana Borgo, Vossa Excelência... Coronel
Telhada, preciso só me dirigir à deputada Adriana Borgo, por gentileza, só um
minutinho.
Vossa
Excelência, quando entrou nesta Casa, eu sempre vi V. Exa. defendendo os
policiais, defendendo todo tipo de trabalhador e trabalhadora que é ligada à questão
da polícia. Entretanto, ontem não vi um protagonismo, entre aspas, de V. Exa.
nos microfones desta Casa.
É por isso que
eu volto a dizer, oportunismo, hipocrisia não fazem parte da sua história, nem
da minha. Eu sei que V. Exa. sempre reuniu aqui os policiais, sempre foi uma
líder dessa turma toda.
Como esse é um
ano de eleição, eu já começo a perceber a diferença nos comportamentos de
alguns parlamentares. Eu digo isso com a maior tranquilidade, porque eu não
tenho medo de nada, e como dizem popularmente, rabo preso eu não tenho com
ninguém.
Então eu estou
deixando isso aqui muito claro, porque começa a cobrança, “ah, por que a
deputada Leci Brandão não falou dos funcionários?”, não sei o quê. Eu sempre
defendi funcionário, eu sempre defendi trabalhador.
Tem gente que
acha que funcionário da Assembleia Legislativa não é trabalhador, e é
trabalhador, todos são trabalhadores. Acho, sim, que todos mereciam aumento de
20%, essa é a minha opinião. Quanto à Fundação Casa, eu gostaria de dizer,
inclusive, que eu sou madrinha da garotada da Fundação Casa, coisa que pouca
gente sabe.
Apenas isso,
Sra. Presidente. Desculpe a minha declaração, é um pouco, sabe... É porque eu
não sou de fazer isso, mas quando você começa a ver uns assuntos que não têm
nada a ver com a sua história e com a sua personalidade, você tem que se
posicionar. E eu estou me posicionando hoje.
Deputada
Adriana Borgo, muito obrigada pela sua atenção.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sra. Deputada. Antes de seguir a lista dos oradores inscritos,
farei uma convocação.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos
termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma
sessão extraordinária, a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos ou dez
minutos após o término da presente sessão, em cumprimento ao interstício mínimo
previsto no § 3º, do Art. 100, do Regimento Interno, com a finalidade de ser
apreciada a seguinte Ordem do Dia:
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-
NR - A Ordem do Dia para a 5ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de
24/03/2022.
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* *
Seguindo com as convocações, nos termos
do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma segunda
sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da
primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte
Ordem do Dia:
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* *
-
NR - A Ordem do Dia para a 6ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de
24/03/2022.
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* *
Dando sequência à lista dos oradores
inscritos, chamo à tribuna o deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputada Analice
Fernandes. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Coronel
Telhada, que já está a postos. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco
minutos.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
A postos, presidente. Muito obrigado. Boa tarde a todos os deputados aqui.
Saúdo, em especial, a deputada Janaina Paschoal, que preside, a deputada
Adriana Borgo, também aqui presente, as Srs. e os Srs. Funcionários, nossos
policiais militares aqui sempre presentes, o público aqui presente e todos os
que nos assistem pela Rede Alesp.
Quero fazer
coro à deputada Leci Brandão, que acabou de sair daqui, fez um discurso duro no
sentido de que, muitas vezes, nós somos cobrados de coisas que nós estamos fazendo
há anos. As pessoas não acompanham o nosso trabalho e depois querem nos cobrar
o que nós estamos fazendo.
Por exemplo, eu
acho que receber e-mail, receber recado é muito bom, até receber, às vezes, uma
correção. A gente não é perfeito, erra. Quando as pessoas nos orientam, a gente
aceita essa orientação, mas eu recebi um e-mail de um colega, de um querido
amigo, Ronaldo Felix.
Ele fala o
seguinte no e-mail de ontem: “Boa noite” - foi ontem isso, não é - “Fiquei
triste em não falar e se posicionar acerca dos funcionários da Fundação Casa”.
Ou seja, ele não estava vendo, viu, deputados, a sessão ontem, porque todos nós
nos posicionamos, ontem, a respeito da Fundação Casa.
Ronaldo, você
não viu, então está cobrando de maneira irregular aqui. Não só falamos, como eu
fiz aqui a Emenda nº 10, colocando a Fundação Casa nesse ridículo reajuste de
20%, que esse reajuste foi ridículo, não é? Aliás, eu concordo aqui com a
deputada quando ela fala que é um absurdo somente uma parte do funcionalismo
receber o reajuste. Merecia todo o funcionalismo.
E nós não
fizemos só essa emenda aqui no PLC 02 quanto à Fundação Casa. Fizemos também a
Emenda nº 23 para os funcionários do Detran, também colocando nos 20%; a Emenda
nº 24; a Emenda nº 25, aumentando o auxílio-alimentação; a Emenda nº 56,
falando do pessoal da Arsesp também, que foi esquecido e está bem abaixo do
pessoal da Artesp.
Enfim, todo dia
nós estamos aqui não só trabalhando, como nos posicionando a respeito de vários
assuntos, principalmente a respeito do funcionalismo, porque não brigamos só
pela polícia, brigamos por todo o funcionalismo. Agora, as pessoas têm que
estar atentas ao nosso trabalho.
A pessoa não
acompanha o nosso trabalho, não acompanha a nossa luta diária e depois ainda
quer ficar triste com a gente, porque nós não fizemos aquilo que nós fizemos. É
difícil, gente, é difícil. Então, por favor, acompanhe o nosso trabalho, entre
na nossa página, acompanhe a nossa rede social.
Eu não estou
dizendo para não me cobrar nada, pelo amor de Deus, não é isso, cobre à
vontade. Mas quando cobrar, veja se realmente merece aquela cobrança, veja se
realmente aquilo já não foi feito, tá bom? Um abraço, Ronaldo Felix, desculpe
aqui até citar o seu nome, mas como é um caso concreto, nada melhor do que a
gente falar com coisa concreta, né?
Quero aqui
dizer que na segunda-feira eu não estive aqui na sessão plenária, porque estive
em um evento do pessoal da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo com os
veteranos. Eu tenho uma foto até aqui.
Então eu falo,
quando eu não estou aqui na sessão, eu estou trabalhando em outro lugar.
Segunda-feira nós estivemos no evento dos veteranos da Guarda Civil
Metropolitana.
Fui muito bem
recebido lá, muito bem, como sempre sou, pelos amigos da Guarda Civil
Metropolitana de São Paulo. Nessa foto, eu estou com a inspetora Elza Paulina,
que é a secretária municipal de Segurança Urbana, e o inspetor Agapito, que é o
comandante da Guarda Civil Metropolitana. Então, parabéns a todos os veteranos
da Guarda Civil Metropolitana, parabéns a esses homens e mulheres que
diariamente cuidam da cidade de São Paulo.
Uma triste
notícia a lamentar. O falecimento de mais um policial militar. Todo mundo
acompanhou na rede social esse menino, esse policial militar. Ele foi morto, há
uma filmagem, inclusive, ele é morto de uma forma covarde, como sempre,
criminoso atacando de uma maneira covarde.
Ele foi morto
na madrugada de segunda-feira, por volta da meia-noite e trinta, por criminosos
que o abordaram. Ele estava em uma motocicleta com a namorada, e os outros
criminosos também. É o soldado Luiz Henrique Soares da Silva, de 31 anos, mais
novo que o meu filho. Meu filho, que é o capitão Telhada, tem 35; a minha
filha, Juliana, também tem 31. Então, um menino praticamente.
Foi morto aqui
de maneira covarde. Ele é filho de policial militar também, então quero aqui
mandar meus sentimentos a toda a família do soldado Luiz Henrique Soares da
Silva, aos amigos da Polícia Militar, de todas as polícias, e dizer que nossa
situação está ruim, está difícil. A Polícia Militar está passando por uma fase
terrível.
A Segurança
Pública está passando por uma fase terrível, sem incentivo, sem salário. A
tropa está sem nenhum apoio para trabalhar realmente contra o crime organizado.
Nós temos aí muitas reclamações.
Hoje mesmo
consultei um boletim geral em Diário Oficial. Pediram para sair, deputadas, 116
policiais militares, inclusive dois primeiro-tenentes, ou seja, que já têm um
bom tempo de carreira.
Então, só para
terminar, essa é a realidade da nossa Segurança Pública, está horrível. E não é
culpa da polícia, tá? Não é culpa da polícia. Eu sempre sou obrigado a apontar
o dedo para o governo nesse caso, porque o único e exclusivo culpado nisso é o
governador de São Paulo, que não cumpriu suas promessas com a Polícia Militar.
E ao contrário,
acabou atrapalhando o serviço da polícia, porque tudo que ele falou na campanha
que ia melhorar a polícia, que ia aumentar o salário da polícia, que bandido
que puxasse a arma para polícia ia para o cemitério, é mentira.
Quem está indo
para o cemitério é a polícia, são policiais militares que estão morrendo, são
policiais militares que estão indo presos. A polícia está engessada, e o
governo não apoia a Polícia Militar, a Polícia Civil e toda a parte de
Segurança Pública do Estado de São Paulo. É vergonhosa a situação da Segurança
Pública no estado de São Paulo.
Para finalizar,
hoje é dia 23 de março. Nós temos dois municípios aniversariando. É o município
de Piquerobi e Viradouro. Então, um abraço a todos os amigos de Piquerobi e
Viradouro. Contem com o nosso trabalho na Assembleia Legislativa. Estou à
disposição de todos.
Obrigado
deputada, e um abraço a todos.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado.
Seguindo com a lista dos oradores
inscritos, chamo à tribuna o deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado
Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Deputado Conte
Lopes. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputada Marta Costa.
(Pausa.)
Deputado Professor Walter Vicioni.
(Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.)
Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira.
(Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.)
Deputada Carla Morando. (Pausa.)
Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputada
Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputada Maria
Lúcia Amary. (Pausa.)
Deputado Sargento Neri. (Pausa.)
Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor.
(Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.)
Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Maurici. (Pausa.)
Agora vou iniciar a leitura da lista
suplementar do Pequeno Expediente. Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputada
Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Sebastião
Santos. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary.
(Pausa.) Deputada Adriana Borgo. Vossa Excelência tem o prazo regimental de
cinco minutos.
A
SRA. ADRIANA BORGO - PTC -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos, a todas, Srs. Deputados, presentes
aqui na galeria, a todos os meus policiais civis e militares desta Casa, e
funcionários.
Primeiramente,
eu queria deixar os meus sentimentos ao coronel Sanchez, nosso comandante da
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em ocasião do falecimento do seu
pai, o senhor José Sanchez Félix. Que Deus conforte o coração de vocês nessa
hora tão difícil.
Ontem nós
aprovamos algumas emendas importantes para o Projeto 02. Entre elas, o fim dos
descontos da Dejep, da Delegada e da Dejem. Ou seja, não se cobra mais os
impostos tributários, aquilo que a gente descontava da Saúde, e nem imposto de
renda. Tá bom? Então, a partir desse mês agora, não desconta mais.
Outra coisa
importante. Na insalubridade dos ASPs, dos AEVPs, dos policiais militares, dos
policiais civis, o desconto que acontecia, na licença prêmio, passa a não
existir mais.
Porém, na
licença mais importante, que é a de saúde, ainda continuam os descontos. Uma
tarefa para os parlamentares que defendem a Segurança Pública, para que nós
possamos sanar essa injustiça.
Porque, tudo
bem, é muito bom, na licença prêmio, quando o policial está de férias, ele
receber esse carinho, esse afago, de não ter o desconto. Mas, quando ele está
doente, que é uma forma involuntária, e não é porque ele quer, é que ele mais
precisa que não seja descontado.
Então, assim
que sancionar a lei, nós vamos ver uma forma de poder resolver isso, e de sanar
essa coisa que acabou passando despercebida, inclusive, por muitos
parlamentares, inclusive eu.
Porque, na hora
da correria, quando eu acatei a emenda do deputado Olim, eu entendi que eram
todos. E ali a gente podia ter feito um ajuste. Mas vamos refazer isso aí.
Vamos precisar de todos os deputados.
Fundação Casa. A
Fundação Casa foi defendida pela grande maioria dos deputados porque a Fundação
Casa cuida dos nossos “de menor”, pequenininhos, aqueles folgados, que
desafiam, que matam, que roubam, pela certeza da impunidade. E ficaram de fora.
Nós fizemos um
manifesto, antes de ontem, em frente à Secretaria da Fundação Casa, pedindo
nada mais, nada menos, do que o aumento salarial da Segurança Pública em vinte
por cento. Foram ignorados.
E como se não
bastasse, agora, pelo novo regimento da Fundação Casa - e aqui eu não estou
querendo violar nenhum direito de menor, longe de mim, mas tudo tem o seu
limite -, eles não podem mais ser algemados. E têm acontecido recorrentes
ataques aos servidores, aos agentes da Fundação Casa. Gostaria que você
colocasse a foto, por favor, do Ariovaldo.
Nessa
madrugada, o agente da Fundação Casa - a mesma Fundação Casa à qual foi negado
aqui o reajuste salarial, tratados como dispensáveis - foi agredido por um
menor, maior que o meu esposo. E está entubado em estado grave.
Aconteceu
também nessa noite, nas unidades da Vila Maria, a mesma coisa. Porque eles não
podem mais ser contidos. Câmeras para todos os lados, não para proteger os
agentes, e sim para caguetar todas as ações mais duras ou necessárias ou
enérgicas desses profissionais.
Então, eu peço
a todos vocês aqui que se atentem à importância não só do reajuste salarial
também para essa categoria, que tem sofrido em todos os âmbitos, mas também por
ela ser um elo, um braço forte da Segurança Pública.
Então, fica
aqui o meu apelo, a minha solidariedade ao Ariovaldo, aos seus familiares e a
todos os agentes da Fundação Casa, que têm sofrido financeiramente e têm
sofrido perseguições quando se manifestam e cobram os seus direitos. E que têm
sido abandonados pelo poder público.
E que o
secretário coloque a mão na consciência, pois esses funcionários ainda são o
último elo entre o bem e o mal. E quando eles desistirem de cuidar desses “de
menor”, que - volto a repetir - têm certeza da impunidade, a coisa vai voltar
para a sociedade. E aí desgasta o governo, desgasta a sociedade e desgasta
principalmente esses funcionários.
Muito obrigada.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sra. Deputada, e eu me irmano no pleito trazido aqui por V. Exa.,
porque o caso dessa agressão chegou também ao meu gabinete. E os funcionários
da Fundação Casa precisam de reforço; não só desse reconhecimento salarial, mas
de reforço. São poucos funcionários, muitos internos.
Então, é desumano o que está
acontecendo nas unidades, que têm um trabalho de excelência. Eu mesma, há algum
tempo, visitei várias unidades. É um trabalho de excelência. Eles precisam
dessa atenção para seguir fazendo o seu trabalho. Então, faço minhas as suas
palavras.
Seguindo aqui com a lista dos oradores
inscritos, chamo à tribuna o deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Enio
Tatto. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Bruno Ganem. Vossa
Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. BRUNO GANEM - PODE -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Cumprimentar os parlamentares aqui
presentes em nome da presidente em exercício, Janaina Paschoal.
Quero falar
hoje sobre uma grande conquista que tivemos no município de Indaiatuba, uma
luta de pelo menos sete anos, que envolveu uma união de esforços das mais
diversas correntes políticas e técnicas.
Conseguimos
unir forças e trazer para o município de Indaiatuba a quimioterapia.
Quimioterapia que tanto fazia falta às pessoas que estão passando por
tratamento oncológico, que tinham que ir, principalmente, para Campinas, para a
Unicamp. E isso estava bastante desgastante, porque imagine: sair bem cedo e
voltar bem tarde, até para acompanhar os demais pacientes. Era muito
sofrimento.
E neste momento
conseguimos essa união de esforços, foi um trabalho que envolveu o Poder
Executivo municipal, o Poder Executivo estadual, o Ministério da Saúde. Eu
estive com o ministro da Saúde e a vereadora Ana Maria, que é a grande madrinha
de toda essa luta.
Mandar um
abraço para ela, inclusive. Ela que esteve comigo e com
o ministro Queiroga no ano passado, em julho de 2021, quando tratamos disso.
Estive também aqui na Secretaria Estadual de Saúde, e tivemos aí esse desfecho
extremamente positivo para a população de Indaiatuba, que com certeza vai
salvar vidas.
Claro que agora a gente tem uma luta seguinte, nunca acaba.
Os desafios nunca acabam, e o nosso próximo desafio é lutar pela radioterapia,
ou seja, oferecer um tratamento completo oncológico para as pessoas quando elas
mais necessitam.
É importante registrar que, para a quimioterapia funcionar,
teremos aí um investimento por parte do município, do estado e também do
governo federal, ou seja, uma união de esforços para salvar vidas. Eu quero
aqui registrar a minha satisfação e também cumprimentar a todos os que uniram
forças com a gente nessa conquista.
Quero falar aqui também em relação à causa animal. Nós
estamos vendo aí muitos avanços, sim, em relação à defesa dos animais aqui no
estado de São Paulo, com 130 clínicas veterinárias gratuitas que estão prestes
a sair do papel.
A gente está muito feliz, está acompanhando bastante esse
processo todo. Eu lembro a primeira vez que eu comentei sobre isso, os
primeiros ofícios que a gente mandou, e tivemos esse desfecho positivo, com o
projeto avançando bastante.
Também tivemos um avanço bastante significativo nas
castrações. Já temos aí mais de 100 mil castrações conquistadas em todo o
estado de São Paulo, seja diretamente, com emenda impositivas, seja
promovendo esses convênios.
É muito importante ter esses avanços em relação à defesa dos
animais. A causa animal é uma causa que toda a população abraçou. Por trás da
causa animal está o sentimento, a vontade da população de ter uma sociedade
mais humana, um mundo mais humano, com respeito à vida de uma maneira integral.
É importante, inclusive, a gente registrar que, apesar dos
avanços na legislação que defende esses animais, a gente ainda tem muito para
evoluir. Hoje, o que a gente percebe é que nós temos aí uma grande violência
acontecendo.
Quando existe o flagrante, a pessoa é presa. A gente já teve
vários casos em que a gente conseguiu todos os elementos e a prisão desses
criminosos, mas, na audiência de custódia, esses criminosos são soltos.
Tivemos um caso em Campo Limpo Paulista, recentemente,
inclusive, de um sujeito que cortou a unha de um cachorro, de uma cachorrinha,
e colocou na internet. Ele corta de uma maneira totalmente inadequada,
violenta. Ele avisa que o cachorro vai sofrer, e o cachorro sofre. É uma coisa,
assim, que não dá nem para a gente nominar.
Infelizmente, conseguimos, sim, que ele perdesse a guarda do
animal, mas ele não está preso por não ser flagrante. A gente pede leis mais
rígidas, prisão em regime fechado contra quem violenta os animais.
Para concluir a minha fala, eu quero cumprimentar o
município de Itupeva, que, segunda-feira, 21 de março, completou 57 anos. Quero
cumprimentar em nome do prefeito Marcão Marchi, também do vice-prefeito,
Alexandre Mustafa, e do meu amigo Jair Gomes, que é secretário de Mobilidade
Urbana e Meio Ambiente.
Quero cumprimentar também, com a anuência da nossa
presidente, para completar a minha fala, o município de Monte Mor, que
completou, vai completar 151 anos amanhã, quinta-feira, 24 de março.
Também cumprimentar o prefeito Edivaldo Brischi, também
Celsinho Rocha, Thiago de Souza, nossos amigos de Monte Mor. Também quero
cumprimentar um bairro extremamente importante de Indaiatuba, Morada do Sol,
que completou também o seu aniversário este mês.
Um grande abraço a todos.
Obrigado.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL -
PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo aqui com a lista dos oradores inscritos,
chamo à tribuna o nobre deputado Altair Moraes. Vossa Excelência tem o prazo
regimental de cinco minutos.
O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS -
Sra. Presidente, deputada Janaina Paschoal, minha amiga, Deus lhe abençoe. Fica
bem aí na Presidência, viu? Fica bem. Gil Diniz, Bruno Ganem.
Bom, hoje eu
não poderia deixar de falar de mais uma injustiça no esporte, mais uma covardia
das mulheres que se dizem feministas, as “feminazis”, aquelas que dizem que
“mexeu com uma, mexeu com todas”.
Mais uma vez,
vemos uma grande injustiça no esporte, lá nos Estados Unidos, com a Lia Thomas,
de 22 anos, homem, biologicamente falando, até um pouco antes da pandemia.
Pós-pandemia, se sentiu mulher, baixou para 10 nanomols de testosterona no
sangue, que é o que o COE exige, e agora está disputando campeonato feminino de
natação.
No ranking
masculino, era o número 462. No ranking feminino, agora como nadadora, primeiro
lugar, batendo todos os recordes que você possa imaginar, no feminino, ficando
sete segundos à frente da última nadadora, do segundo lugar.
A gente não vê
as feministas falando nada. A gente não vê ninguém defendendo o direito das
mulheres, até porque, torno a dizer, isso é questão de justiça no esporte.
Falei um milhão de vezes aqui: o meu projeto está parado, já passou em todas as
sessões, não querem colocar para pautar.
É uma questão
de justiça no esporte, porque o sexo biológico tem que ser mantido. Não tem
como, é impossível comparar a força de um homem com a de uma mulher. Está aí a
foto, está bem claro.
Quando era
homem, não ganhava porcaria nenhuma. “Ah, me tornei mulher, me tornei mulher,
sou mulher, sou mulher, vou ganhar tudo.” É fácil demais. Imagina o Mike Tyson
virando um lutador agora para lutar com mulher.
Outra coisa
muito interessante. Coloca a outra foto, por favor. Está ali. Olha a diferença.
Não sei se dá para ver. Olha o tamanhozinho da criança. “Ah, é mulher, não, é
mulher, é verdade, é mulher.” Acho que tem mais outra foto, não tem? Bateu
todos os recordes.
É incrível que
as pessoas não falem nada. As mulheres estão perdendo o seu espaço, o seu
direito de competir com igualdade. No esporte, meus amigos, existe peso, idade,
para que haja equidade na competição.
Nós já falamos
e vou falar novamente para as pessoas entenderem a diferença de um homem para
uma mulher, biologicamente falando. Eu não estou falando de identidade social,
não, até porque nunca vi RG competir.
O senhor já viu
um RG sair correndo, deputado? O senhor já viu, Bruno? A senhora já viu,
presidente, um RG nadando? Eu nunca vi um RG nadando. Um RG cortando no vôlei,
lutando.
Aí é identidade
social, a gente respeita, mas quando se fala em identidade biológica no
esporte, meu Deus do céu, a gente está falando de genética, a gente está
falando de fisiologia, a gente está falando de anatomia. Isso não muda. Simples
assim.
A pessoa pode
mudar o nome, pode se sentir um pedaço de pau... Até isso aqui. Isso aqui é o
quê? Álcool em gel, pronto. Eu sou um álcool em gel. Eu sou um álcool em gel.
Está bom, você pode ser um álcool em gel, problema seu. Agora, quando se fala
de competição, tem que haver equidade.
Aí me dizem
assim: “Ah, mas no comitê olímpico, no COE, eles aceitaram 10 nanomols”. Um
corpo humano não é feito só de testosterona. Meu Deus do céu. Temos fibras,
temos ossos. A densidade óssea do homem é muito maior que a de uma mulher. O
coração do homem é maior que o da mulher. Bombeia mais sangue.
Quando você faz
um exame de sangue, é simples, você vai ver que o homem tem mais glóbulos
vermelhos do que a mulher, ou seja, faz a transposição da célula de oxigênio
maior que a mulher. Por isso o homem tem mais força, tem mais resistência. Isso
é biológico, meu Deus do céu.
Até quando a
gente vai aceitar essa palhaçada contra as mulheres? Eu queria ver se essas
“feminazis” que ficam defendendo mulheres... “Ah, porque é direito da mulher, é
direito da mulher”. Eu queria ver se fosse uma filha dela, que ela pagasse para
ser uma competidora, que gastasse, que investisse, e ela perdesse sua vaga para
um homem. Perdeu a sua vaga para um homem biológico.
Então, essa
palhaçada tem que acabar. Bom, sabe o que acontece? Estão querendo fazer o
seguinte: desumanização. Você sabe o que é isso? É a negação da humanidade.
Simples assim.
Por causa do
gênero, por causa da opinião, da opção, vamos desumanizar. Não existe mais
humano. Não existe mais o fisiológico, o biológico, o genético, o anatômico.
Joga tudo no lixo, porque eu tenho uma opinião diferente.
Para concluir,
Sra. Presidente, vou falar bem claro aqui: nos Estados Unidos existem 50
estados. Dos 50 estados nos Estados Unidos, 30 estados não aceitam competições
com trans, sabe por quê? Porque entendem que é injusto.
E oito estados
já passaram a lei que não pode fazer essa competição. Só aqui no Brasil que
fica essa palhaçada. Então eu espero que aqui nesta Casa se coloque para votar
o nosso projeto, até porque é uma questão de justiça no esporte. As mulheres
têm que ser respeitadas e nós vamos lutar até o fim.
Obrigado, Sra.
Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós que
agradecemos, Sr. Deputado, e V. Exa. tem meu apoio nessa pauta, porque é uma
questão de justiça, justiça acima de tudo.
Sigo aqui com a lista dos oradores
inscritos chamando à tribuna o deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Nobre deputado
Gil Diniz, V. Exa. tem o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Presidente. Boa tarde a todos deputados
presentes aqui no Pequeno Expediente. Boa tarde aos nossos assessores, nossos
policiais militares e civis, público aqui na galeria e quem nos acompanha pela
Rede Alesp. Também faço minhas as palavras do deputado Altair Moraes. Tem o
nosso apoio nesse projeto, deputado.
Realmente é uma
questão de justiça, principalmente justiça com as mulheres, ao menos com as
mulheres biológicas. O que a gente tem visto é um falso moralismo até onde
muitos se deixam levar, silenciam, se acovardam por medo justamente de serem
identificados, Ganem, como preconceituosos, como transfóbicos, etc., quando no
mundo real nós vivemos justamente essa injustiça com as mulheres. Sobre esse
caso aqui, acompanhamos vários vídeos dessa competição.
Imagine para
aquela mulher biológica que chegou em segundo lugar. Preparou-se ali a sua vida
inteira, treinou, tem ali um time, talvez alguma universidade que ela
represente, o seu estado, a sua família, e naquele momento ali ela fica sete
segundos atrás de um homem biológico que recebe ali a medalha de ouro e fica em
primeiro lugar, batendo todos os recordes atrás de recordes. Se isso não for
uma injustiça não sei mais o que é. Então o seu projeto tem o nosso apoio aqui
nesta Casa.
O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Se me permite, deputado, só para
falar aqui...
O SR. GIL DINIZ - PL - Só no Grande eu posso, mas o
senhor volta para a tribuna aqui e a gente faz essa discussão. Mas, presidente,
eu subo aqui a esta tribuna, uso esses minutos que me restam só para vir a
público falar com o meu eleitor, o meu seguidor, que tem me cobrado quanto ao
processo de cassação do deputado Arthur do Val. Lembro aqui que nós estamos em
tramitação.
Estamos
cumprindo, Ganem, o prazo regimental. O processo está no Conselho de Ética com
a relatoria do deputado Delegado Olim, e nós esperamos um voto, obviamente,
pela cassação do deputado Arthur do Val. Não vamos deixar isso por baixo dos
panos. Não vamos esquecer. Vamos até o fim.
Então
aguardamos aí o relatório, no prazo regimental, do deputado Delegado Olim. Sei
que no Conselho de Ética, conversando com os deputados que fazem parte do
Conselho de Ética, nós já temos ali praticamente uma unanimidade, que é
praticamente a unanimidade, deputado Altair, deste plenário, pelo menos com
todos os deputados que eu converso.
Até discutia
ontem, deputado Nascimento, no Twitter, com o vice-governador, o candidato do
João Doria ao governo de São Paulo, o Rodrigo Garcia. Eu espero que ele não
trabalhe por debaixo dos panos para passar um pano para o deputado Arthur do
Val e evite a cassação.
Nós queremos a
cassação do deputado Arthur do Val. E protocolei hoje um pedido de CPI do MBL -
está publicado no Diário Oficial. Conseguimos as 32 assinaturas regimentais e
nós queremos investigar aqui o financiamento para aquela viagem ali dos dois
aloprados, Renan Santos e Arthur do Val, que dizem ter conseguido 280 mil
reais, Ganem, para fazer um trabalho humanitário, e nós vimos que de
humanitário não tinha absolutamente nada, inclusive, dizendo, abre aspas sobre
as mulheres refugiadas ucranianas: “são fáceis porque são pobres”.
Depois, quando
foi questionado, já aqui no Brasil, semana depois de retornar, ele repete,
dizendo que realmente disse que as mulheres ali naquele país, ou nos países
pobres, são mais acessíveis, seja lá o que isso signifique.
E está aqui,
afastado, licenciado do trabalho, não teve coragem, não teve a coragem de vir
aqui nesta tribuna olhar nos nossos olhos e discutir aqui nesta tribuna
justamente essas falas.
Então, estamos
prosseguindo, deputado Nascimento, para terminar, com o processo de cassação no
prazo regimental no Conselho de Ética. Esperamos, deputado Giannazi, cassar o
mandato desse parlamentar e, agora, com esse protocolo de CPI do MBL.
Então, já vou
colocar um projeto de resolução para tentar aplicar o Regimento e abrir a sexta
CPI, deputada Leticia Aguiar, para justamente investigar o financiamento desses
aloprados que, com a desculpa de fazer uma ajuda humanitária, cometeram
diversos crimes, e serão responsabilizados.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
*
* *
Assume a Presidência o Sr. Tenente
Nascimento.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Seguindo a
lista de oradores inscritos na lista suplementar, queremos chamar à tribuna o
deputado Carlos Giannazi. O deputado Giannazi tem o tempo regulamentar de cinco
minutos para o seu pronunciamento.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, quero dizer aqui da
nossa decepção com a não entrada dos três projetos de reajustes dos servidores
na comissão, agora, no Congresso de Comissões, que houve de manhã.
Nós tínhamos a
expectativa, e tinha sido combinado isso, inclusive no Colégio de Líderes, e
que nós teríamos o Congresso de Comissões do PLC, do Projeto da Defensoria
Pública, dos funcionários, dos servidores e dos defensores, do projeto dos
servidores do Tribunal de Contas e dos servidores da Alesp; e não houve esse
debate.
Nós temos que
aprovar em caráter de extrema urgência esses três projetos de lei, como nós
aprovamos ontem o PLC nº 2. Então queria registrar aqui a nossa insatisfação de
fazer essa exigência para que a Assembleia Legislativa, isso é possível, chame
ainda um Congresso de Comissões e paute esses três projetos, e que eles fiquem
liberados para a votação urgente aqui no plenário, na data de hoje ainda.
Quero ainda
dizer que ontem, Sr. Presidente, eu acionei a Procuradoria Geral da República,
PGR, para que haja uma profunda investigação nessas denúncias que estão sendo
feitas e vazadas através dos áudios no Ministério da Educação, no MEC, dando
conta de um verdadeiro saque, um verdadeiro assalto ao Fundo da Educação
Pública do Brasil.
É um assalto o
que está sendo feito, uma manipulação do Orçamento, lobbys e mais lobbys de
empresários do centrão. E agora piorou a situação: tem aí, me parece,
“pastores”, entre aspas, mercadores da fé, intermediando recursos da educação
pública, do FNDE. Gente, isso é um escândalo, é um absurdo.
E hoje saiu
mais uma notícia, mais um vazamento de que um desses pastores, não sei se é
pastor de verdade, se é cristão de verdade, porque “pastor”, porque o nome dele
é Arilton Moura.
Ele pediu para
o prefeito do município de Luís Domingues, que é um município do Maranhão, ele
pediu para o prefeito 15 mil reais de adiantamento e um quilo de ouro para
intermediar verba do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação junto ao
MEC.
É um escândalo
sem precedentes na história do Brasil com dinheiro da Educação envolvendo o
governo Bolsonaro. O ministro falou: “estou fazendo isso a mando, a pedido do
governo Bolsonaro. Só libero dinheiro para esses dois pastores.”
Então é
corrupção brava no Ministério da Educação, que é comandada por um pastor, minha
gente. Que absurdo, que pastor é esse? Onde está o Cristianismo? Deputado Enio
Tatto, V.Exa. que é um cristão, é um católico da Teologia da Libertação como
eu, nós praticamente fomos formados na Teologia da Libertação, na Capela do
Socorro, isso não é Cristianismo, é uma outra coisa, isso é máfia, é banditismo
sugando, assaltando, roubando dinheiro da educação pública.
Enquanto isso,
as nossas escolas públicas no Brasil abandonadas. Enquanto isso o governo
Bolsonaro vetou criminosamente, minha gente, a Internet gratuita nas escolas
públicas no Brasil, dizendo que não tinha dinheiro.
Está
massacrando as universidades federais, os institutos federais estão sendo
tratados a pão e água sem dinheiro. Reduziu, é o governo que mais reduziu
dinheiro do orçamento da educação pública, na educação infantil, no ensino fundamental,
no ensino médio, na educação de jovens e adultos, na educação de inclusão, e os
caras saqueando o dinheiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento.
Então, é no
mínimo... nós temos que ter a exoneração desse ministro, que está se
comportando... É tráfico de influência, minha gente, é improbidade
administrativa, é crime de responsabilidade, é agressão à ordem jurídica.
Os elementos
estão todos dados para que ele seja imediatamente exonerado do cargo e o presidente
seja responsabilizado, porque o ministro Milton Ribeiro disse que ele está
fazendo isso a mando do Bolsonaro. São palavras dele, é muito sério isso. Nós
não podemos tolerar que o dinheiro da educação seja utilizado como moeda de
troca.
Olha só, gente,
o pastor pediu para o prefeito de uma cidade do Maranhão um quilo de ouro para
intermediar dinheiro da educação. É o bezerro de ouro que está lá no Velho
Testamento, é um absurdo total.
Então, eu
acionei a PGR. Espero que o Ministério Público Federal, a PGR tome providências
imediatas, investigando e punindo com todo o rigor o ministro e todos os
envolvidos nesse crime contra a educação pública brasileira.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Seguindo a
lista de oradores inscritos, quero chamar ao plenário a deputada Janaina
Paschoal.
A SRA. LETICIA AGUIAR - PP - Pela
ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Pela ordem a
deputada Leticia Aguiar.
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PP - Uma comunicação, por gentileza.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - É regimental,
tem o seu tempo para fazer a sua comunicação.
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PP - PARA
COMUNICAÇÃO - Obrigada, Sr. Presidente. Deputada Janaina, cumprimento V.Exa.,
todos os deputados aqui presentes.
Quero aqui, de
forma especial, agradecer a visita, hoje aqui, do José Serrador Neto, que é
vice-presidente de Relações Institucionais da nossa querida Embraer; a Juliana
Vilano, que é gerente de Relações Institucionais da Embraer São Paulo.
Tivemos uma
reunião aqui hoje muito produtiva a respeito da lei de minha autoria. São José
dos Campos se tornou, agora, oficialmente, a Capital Estadual da Indústria
Aeroespacial, Capital do Avião, para que gente possa fomentar políticas
públicas, desenvolvimento e vocação para indústria aeroespacial brasileira.
A Embraer que é
patrimônio histórico do nosso Brasil, a terceira maior fabricante de aviões do
mundo. Esta importante empresa que gera empregos, que gera renda, que faz
história mundo afora através da formação dos engenheiros aeronáuticos formados
aqui no Brasil, em São José dos Campos, que é um solo fértil para esse setor,
para esse segmento.
E eu fico muito
feliz de recebê-los aqui e colocar o nosso trabalho à disposição, e que a gente
possa, cada vez mais, fomentar ações como essa, para que a gente possa, também,
trazer as crianças e os jovens para esse setor, despertar talentos e vocações,
porque assim a gente vai ter cada vez mais o Brasil, São José dos Campos e o
estado de São Paulo reconhecidos a nível internacional. Muito obrigada à
Embraer pela visita, essa grande empresa que é motivo de orgulho para todos
nós, brasileiros.
Obrigada, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Parabéns,
deputada Leticia Aguiar. Parabéns à Embraer, que se faz aqui representada.
Realmente, São José dos Campos representa um exemplo para todo o mundo.
Deputada Leticia Aguiar, com a palavra
para o seu pronunciamento, tempo regimental. (Pausa.) Deputada Janaina
Paschoal, com o seu tempo, para o seu pronunciamento.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr.
Presidente. Cumprimento todas as pessoas que nos acompanham, parlamentares
presentes aqui no plenário, V. Exa., os visitantes também. Eu queria iniciar
agradecendo aos funcionários, sempre.
Eu queria
iniciar agradecendo à Câmara Municipal de Jundiaí, na pessoa da Presidência,
Faouaz Taha, por duas moções de apoio, uma delas, a pedido do vereador Rogério
Ricardo da Silva, que também agradeço.
Um apoio ao meu
projeto 520, de 2021, que prevê a presença de pediatras em todas as unidades
básicas de Saúde, nas equipes de Saúde da Família, nas equipes que visitam as
escolas. Recebi, inclusive, sugestões de profissionais de Saúde no sentido de
incluirmos nesse projeto a necessidade de termos, sempre, pediatras presentes
nos prontos-socorros.
Então, é um
projeto muito importante para garantir a saúde das crianças que dependem do
SUS, porque quem tem condições de pagar consulta particular, ou tem convênio
médico, leva os seus filhos para pediatras.
No Sistema
Público de Saúde, muitas vezes, as crianças são vistas por clínicos gerais, por
médicos da Família, que são grandes profissionais, mas é muito diferente de ser
atendido por um pediatra, que é um profissional preparado para cuidar de
crianças. Então, eu agradeço aqui essa moção de apoio ao Projeto de lei nº 520,
de 2021, vereador Rogério Ricardo da Silva e todos os seus colegas que
corroboraram.
Agradeço,
também, à Câmara Municipal de Jundiaí, pela moção de apoio ao Projeto Coletivo
nº 668, de 2021, que é um projeto assinado por vários dos colegas presentes
aqui no plenário hoje, um projeto que proíbe exigir vacinação contra a Covid
para fins de trabalho, para fins de estudo, principalmente para fins de
tratamentos de saúde.
Por incrível
que pareça, no estado de São Paulo, as pessoas são perseguidas, discriminadas,
ou por não terem tomado a vacina contra a Covid, ou por não terem tomado todas
as doses. Algumas que confiaram no governador, tomaram a primeira e a segunda
doses da CoronaVac, são impedidas de entrar nas universidades, de entrar nos
seus trabalhos, porque não querem tomar a terceira dose de uma outra vacina, e
isso é um direito fundamental, que precisa ser respeitado.
Ainda hoje,
recebi e-mails de pais que vêm sendo notificados a vacinarem seus filhos
pequenos, sob pena de as crianças não entrarem nas escolas. Não existe lei, não
existe lei que dê fundamento jurídico para essa violência - a palavra é essa,
porque é mais do que uma arbitrariedade.
Então, eu
agradeço à Câmara Municipal de Jundiaí pela moção de apoio, à presidência da
Câmara e vou falar aqui o nome dos vereadores que assinaram a moção, mas sei
que todos corroboraram: vereador Adilson Roberto Pereira Junior; vereador
Antonio Carlos Albino; vereador Douglas Medeiros; vereador Leandro Palmarini;
vereador Madson Henrique; vereador Enivaldo Ramos de Freitas, o Val Freitas;
vereador Roberto Conde Andrade; e a presidência, Faouaz Taha.
Ainda, usando o
meu tempo regimental, Sr. Presidente, eu queria trazer aqui a público que eu
venho recebendo muitas reclamações, muitas, relativamente a hospitais
municipais na cidade de Diadema. São reclamações referentes ao Centro de
Especialidades Municipal, o Quarteirão da Saúde, e ao Hospital de Piraporinha.
Já entramos em contato
com a assessoria parlamentar na Secretaria da Saúde. Quero me colocar à
disposição, seja da municipalidade, seja da secretaria, seja do próprio
prefeito de Diadema, ou da Secretaria Municipal, para ir à cidade entender o
que está acontecendo.
É muito
importante que as autoridades de Diadema olhem pela saúde da população e ouçam,
porque as reclamações são muito diversas, das pessoas ficarem em filas na
chuva, das pessoas serem maltratadas, das pessoas não serem ouvidas e assim por
diante.
Então fica aqui
o pleito das autoridades de Diadema para que olhem e solucionem essas várias
queixas referentes ao Quarteirão da Saúde e ao Hospital de Piraporinha.
Também venho
recebendo algumas denúncias de mais de uma cidade relativas a hospitais, a
equipamentos de saúde, em que os profissionais assinariam o ponto e não
ficariam durante todo o expediente. Eu vou finalizar, Sr. Presidente. Trinta
segundos.
O problema é o
seguinte, essas denúncias chegam ou por e-mail, ou por WhatsApp, ou por
telefonema, mas elas chegam incompletas, elas chegam sem nenhum documento, elas
chegam, quando muito, com uma cópia de uma mensagem que alguém passou para
outro alguém.
Quando nós
pedimos para que seja oficializado algo que possa ser apresentado em uma
representação, em regra ou as pessoas, vamos dizer assim, não seguem, ou as
pessoas dizem que querem manter o anonimato. É muito difícil levar adiante
representações ou pedidos de investigação com mensagens superficiais.
“Eu quero me
reunir com a senhora, porque eu quero explicar para a senhora”. O que eu digo é
o seguinte, se vier, vai ter que pôr no papel e vai ter que assinar, porque nós
estamos em um ano eleitoral, todo parlamentar corre o risco, inclusive, de ser
usado.
Eu, como
profissional do direito, já fui muito mais, vamos dizer assim, inocente, no
sentido de eu ouvir o relato e levar o relato adiante no meu nome. Aí ninguém
aparece para dar depoimento, ninguém aparece para apresentar provas e a gente é
que acaba sofrendo, vamos dizer assim, uma inversão.
Então eu peço,
querem enviar denúncias, serão recebidas, mas eu peço que mande por e-mail, que
mande a documentação e que mande sabendo que eu vou precisar indicar como
testemunha, porque não tenho como tocar adiante uma representação sem nenhum
indício de prova, porque amanhã vão dizer que sou eu que estou perseguindo
alguém localmente, com algum interesse, eventualmente, até político eleitoral.
O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Para concluir, deputada.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Perdão, presidente, encerrei.
Muitíssimo obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Seguindo a
lista de oradores inscritos, queremos chamar para o seu pronunciamento o
deputado Enio Tatto. O deputado Enio Tatto tem o tempo regulamentar para o seu
pronunciamento.
O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
público que nos assiste e funcionários da Assembleia Legislativa.
O governador Doria, hoje, esteve em Francisco Morato inaugurando um “Bom
Prato”. Inclusive este deputado fez requerimento pedindo “Bom Prato” em
Francisco Morato, uma cidade populosa, dormitório, de pessoal que precisa
realmente e que deve ter muitos desempregados que necessitam de comida, do
marmitex do “Bom Prato”.
É um programa bom do Governo do Estado de São Paulo. Eu tenho pedido
“Bom Prato” para Parelheiros, para M’Boi Mirim, que já tem promessa e vai ser
inaugurado. Também tenho lutado muito para não deixar fechar o “Bom Prato” da
região do Grajaú.
Eu subo à tribuna porque o governador está muito desinformado ou mal
informado. Provavelmente a secretária da Assistência Social, Célia Parnes, não
o informou, ou ela está desinformada. Perguntado pelos jornalistas sobre o “Bom
Prato” do Grajaú ele deu uma informação totalmente fora. Parece que não falaram
a verdade para ele.
O “Bom Prato” do Grajaú foi fechado em junho do ano passado. Fizemos
bastantes manifestações lá para não deixar fechar, mas ele fechou para reforma,
porque o prédio realmente precisava de uma reforma.
E nós conseguimos, conversando inclusive com o ex-deputado Cauê Macris,
da Casa Civil, que eles fornecessem um marmitex, a comida para aquela
população, através de um caminhão, que está funcionando.
O único problema é que servia 1.500 marmitex na região do Grajaú, que é
populosa, e hoje está servindo apenas 300 a 400 almoços. Então muita gente fica
sem comida. Mas o que o governador falou hoje lá, é que vai voltar o Bom Prato
Grajaú, que está em reforma, e que dentro de um prazo de seis meses vai
entregar, de volta, o Bom Prato, para funcionar como era antes, servindo mais
de 1.500 marmitex.
Governador Doria, o senhor está muito desinformado ou estão informando
mal o senhor. O prédio está praticamente reformado. A única coisa que demorou,
por incompetência da Secretaria de Assistência Social, foi de mandar o projeto
para o proprietário. Como tem que ser a cozinha, a copa, enfim, esses detalhes.
E que eu peguei a informação hoje, com o proprietário, que foi mandado o
projeto há dois dias.
Então, agora, é simplesmente fazer a parte final do prédio. E dentro de
15 dias, no máximo um mês, estar em condições de voltar a funcionar, e atender
aquela população na região do Grajaú. Eles não têm noção do que significa a
região do Grajaú.
Eles queriam tirar o Bom Prato de lá e mandar para Cidade Dutra, que
recebeu uma nova unidade. Mas, tirar do Grajaú e mandar para a Cidade Dutra,
não dá para aceitar. Foi isso o que a gente fez, e mantivemos o Bom Prato no
Grajaú.
Grajaú, só para vocês terem uma ideia, para quem não conhece a região
sul da cidade de São Paulo, é tão populoso que chega a quase 500 mil
habitantes. Se o Grajaú fosse um município do estado de São Paulo, deputado
Giannazi, que conhece muito bem, e é de lá, seria o 12º município em termos
populacional. Só para vocês verem a dimensão.
Então, governador, lá só falta ter boa vontade, e voltar a fornecer a
quantidade de comida que precisa para aquela população. Porque tem muita gente
desempregada, muitos moradores de rua, aposentados, gente que trabalha com
aplicativo e não estão conseguindo fazer dinheiro para conseguir comer, e vão
se utilizar do Bom Prato do Grajaú. Então é urgente que volte o Bom Prato do
Grajaú, para funcionar integralmente.
Aliás, tem umas fotos para mostrar como está o prédio. Acho que dá para
colocar um vídeo, que teve uma reportagem, para a população perceber, e o
governador perceber também, que o que informaram para ele não é verdadeiro. Dá
para colocar o vídeo?
* * *
- É exibido vídeo.
* * *
Então, é isso. Foi feita a reforma, só faltava o projeto do governador,
da secretária, que mandou atrasado e, por isso, que não estava funcionando
direito, não voltou a funcionar em sua totalidade.
O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Para concluir, deputado.
O SR. ENIO LULA TATTO - PT – Concluindo: que volte o mais rápido possível. E lá
naquela região tem duas reivindicações grandes, deputado Carlos Giannazi: a
volta do Bom Prato e a reabertura do pronto-socorro do Hospital Regional do
Grajaú.
É um absurdo fechar um pronto-socorro daquele tamanho numa região tão
carente como é a região do Grajaú. Volto a dizer: se fosse o município de São
Paulo, o Grajaú seria o décimo segundo município do estado de São Paulo.
Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Esta
Presidência dá por encerrado o Pequeno Expediente. Abrimos agora o Grande
Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Pela ordem,
deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Fazer uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - É regimental.
Tem o tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA
COMUNICAÇÃO - Obrigado, Sr. Presidente. Primeiro, parabenizar o deputado Enio
Tatto por essa importante denúncia, mostrando o que é o governo Doria e como o
governo Doria trata a população, sobretudo as camadas populares e os pobres,
dando alimentação no meio da rua, sendo que o prédio já está pronto. Deputado
Enio Tatto, é uma vergonha esse governo Doria, que odeia os pobres, odeia as camadas
populares.
Quero, Sr.
Presidente, aqui rapidamente, na comunicação que estou fazendo, fazer um apelo
à Assembleia Legislativa, a todos os 94 deputados e deputadas, aos líderes
partidários, ao presidente da Assembleia, para que nós possamos, ainda hoje,
chamar um novo congresso de comissões para aprovar os três projetos de
servidores: da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas e da Assembleia
Legislativa. Ainda é possível, do ponto de vista regimental.
E em seguida,
na segunda extraordinária, que será feita à noite, aprovar esses três projetos;
até porque há consenso, não há nenhuma dissidência, não há críticas à aprovação
desses três projetos.
Nós podemos
fazer isso através de um acordo, de uma votação simbólica, porque é
inconcebível que a gente fique esperando se não há divergência. Os projetos
passam pelo congresso de comissões, e a gente aprova à noite.
Então, é um
apelo que eu estou fazendo aqui para que nós possamos aprovar os três projetos:
o dos servidores da Alesp, da Defensoria Pública e também do Tribunal de
Contas.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Seguindo a
lista de oradores inscritos no Grande Expediente, queremos chamar à tribuna o
Coronel Nishikawa. (Pausa.) Coronel Telhada. (Pausa.) Tenente Nascimento. Eu
passo.
Deputado Castello Branco. (Pausa.)
Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.)
Deputada Edna Macedo. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Conte
Lopes. O deputado Conte Lopes se dirige à tribuna; tem o tempo regulamentar,
para o seu pronunciamento, de 10 minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, povo que acompanha pela TV
Assembleia. Ontem, nesta Casa, o deputado do nosso partido PL, o Major Mecca, pediu
um minuto de silêncio pela morte de mais um policial militar morto por
bandidos, o que é comum em São Paulo. Não é comum mais a polícia trocar tiro e
matar bandido. É isso ou não é? O bandido matar o policial, matar o pai de
família, a dona de casa, virou normal.
Eu venho falar
aqui sobre pena de morte, porque sou favorável à pena de morte, a favor do Estado
e a pena de morte, hoje, Sr. Presidente, Srs. Deputados e aqueles que nos
acompanham na tribuna, graças a João Doria, que está indo embora, é para o
cidadão de bem.
Como é bom
Deus, não? Como as coisas são boas. Doria está indo embora. O que Doria fez
para São Paulo nesses três anos, o que fez para São Paulo? Não pelo PSDB, não,
que ele implodiu, mas para o povo de São Paulo. Então, vamos falar em polícia,
em Segurança Pública.
Eu vou fazer um
projeto aqui para o João Doria, para o general Campos, nosso secretário de
Segurança Pública, talvez boa pessoa, forte, elegante, boa gente, mas acho que
nunca viu um bandido na vida dele. Nunca viu, porque no quartel não se vê
bandido.
Se faz
continência, canta o hino, tudo bonitinho, mas bandido é outra coisa. Bandido
se mexe, bandido corre, bandido mata. Ele nunca viu. O coronel Camilo também,
que foi deputado nesta Casa e foi comandante-geral da Polícia Militar, também
segue mais ou menos uma filosofia dessas: “Vamos devagar”.
Tanto é que
eles criaram uma câmera no peito dos policiais de São Paulo. Não que eu seja
contra a câmera, não, mas a câmera é só para ferrar o policial.
Então, vou
fazer um projeto de lei para o Doria aplicar, para fazer com que os bandidos
também usem câmeras, Doria. Você que foi à televisão falar que bandido merece
tomar banho quente, que ele também é cidadão. Não é cidadão; cidadão é aquele
que vota, que tem capacidade de votar e ser votado.
Então, quem
sabe, Doria, Campos, quem sabe, Camilo, colocando uma câmera no peito de todos
os ladrões vá ser mais fácil para a sociedade, já que a polícia não pode agir.
E eu mostro o porquê.
Faz favor, você
que também foi vítima, Machado, que teve um irmão morto na mão de bandido.
Acabou de falar para mim que o Brasil é o único lugar em que o crime compensa e
que todo crime é uma maravilha porque ninguém descobre nada. Vamos lá.
* * *
-
É exibido o vídeo.
* * *
Olha essa ocorrência. O policial está em uma moto e
os bandidos chegam. Ele está com a namorada. Ele é enquadrado ali no canto, no
poste. Olha lá. Olha a namorada dele lá do outro lado.
Olha o pavor da moça enquanto eles dominam o
policial. Ninguém sente nada vendo isso aí? Nem o Doria, nem os deputados, que
ontem estavam em posição de sentido aqui? Ninguém sente nada, juram por Deus?
Vou ser honesto aqui mais uma vez. Toda vez que
aconteceu uma coisa dessas com policial civil ou militar, que morreu no meu
turno de serviço na polícia, eu nunca fui para casa, não. Nunca. Está lá no meu
livro, “Matar ou Morrer”, e está no livro do Caco Barcellos também. Só voltava
para casa quando o bandido vinha preso ou morto. Ele que escolhia.
Vejam como eles matam fácil. Veja aí, Doria. Veja,
coronel Camilo. Veja, general Campos, a nossa Segurança Pública. Vejam aí, nas
mãos dos bandidos. Olha como eles agem. E eu, que estou há trinta anos nesta
Casa - passei como vereador -, o que eu falo para o policial?
Deputada Janaina Paschoal, o que eu falo para o
policial? Para ele não usar arma mais? Para ele andar desarmado, para ele andar
sem documento nas ruas, como se bandido fosse? É bom para você, policial.
Quer um conselho de um velho capitão? Não use
documento, não use arma, não defenda ninguém também, fique na tua. Porque se você estiver armado e souberem que
você é policial, se tiver documento, você vai morrer. Você vai morrer, não
resta a menor dúvida.
E é melhor você morrer atirando, correndo, sei lá o
quê, do que morrer se entregando, pedindo pelo amor de Deus. Eles não dão
colher de chá para ninguém. Bandido não dá colher de chá para ninguém.
Infelizmente, não.
E o que a gente
fala? É o que eu pergunto ao Doria, pergunto ao coronel Camilo, meu amigo,
pergunto ao secretário: “Eu que comando”. Comanda o quê? Isso aí? Aí eu
pergunto: prenderam os bandidos? Não. Machado, prenderam quem bateu no teu
irmão? Não? Então é isso. Veio aqui o Doria quando mataram um soldado da Rota,
um cabo, dentro da casa dele.
E o general, na
frente de vários deputados - acho até que a deputada Monica estava lá -, falou
até para o Olim: “Nós vamos prender o bandido”. Prenderam nada até hoje. E o
que a gente fala para o policial como um velho capitão como eu? Isso aí para
ele se acovardar de ser policial? Para ele deixar a arma em casa e os
documentos?
Talvez ele
possa lhe reconhecer também, vai morrer da mesma forma. Porque, infelizmente,
você vive numa Terra que até na praia a gente tem que ir com revólver na
cintura, até para andar na praia. De herói? Não é de herói não. É para não
acontecer isso de ter que ficar pedindo pelo amor de Deus para bandido para não
morrer. É isso, para não ter que pedir e morrer assim mesmo.
Se pedisse e o
bandido aceitasse, mas não aceitam. Eles não aceitam, eles matam. Então esse é
o quadro da insegurança. E como dizia também o Major Mecca, aí mandaram uma
viatura para lá, um pelotão de Rota, todos policiais com uma câmera no peito.
Eu sou policial há mais de 50 anos. Entrei na polícia como soldado e vim parar
aqui porque combati o crime quando o Montoro foi governador.
O ex-presidente
Michel Temer foi secretário. Me tirou das ruas porque a gente combatia o crime.
Me puseram dentro do hospital militar para trabalhar. Aí dizia o Major Mecca:
“Manda o pelotão da Rota lá e todo mundo com uma câmera no peito”. Como é que
você faz um levantamento? Eu pergunto para o ouvinte: como é que você fala com
um bandido?
E pergunta:
“Você é bandido, eu sei que te conheço e eu sei que você sabe quem matou o
policial tal ou cidadão tal ou a dona de casa tal. Você vai ter que dar para
mim porque eu quero. Você vai dar para mim essa informação porque eu quero”.
Como que você
com uma câmera você grava isso falando com um cara? Ou vai falar no amor?
“Olha, eu sei que quando você morrer você vai para o inferno. Então você fale a
verdade. Fale a verdade para mim aqui”.
Então está aí,
essa é a colocação. Como se mata um policial nas ruas? O policial pedindo pelo
amor de Deus para não morrer e fica impune. E se calhar de ser preso vai ter
visita íntima, vai ter um salário de mil e seiscentos reais. Você não sabe?
Criaram desde o Fernando Henrique, sei lá que criou isso aí, um salário de
ladrão de mil e seiscentos reais.
Ele mata e o
governo dá um salário e o trabalhador ganha mil e duzentos reais. O que a gente
fala para a tropa? “Não use arma. Fique desarmado. Fique na sua casa
desarmado”.
Você vê o
cidadão ser atacado, o que eu falo? Para ele ser covarde? “Não vá. Não vão te
dar advogado, você vai ter que vender teu carro. Você vai parar na cadeia e sua
mulher vai ter que te visitar na cadeia com teus filhos e você vai estar preso
lá”.
Essa é a grande
verdade, porque ninguém dá valor ao policial. A palavra do policial não vale
nada. Do bandido vale; do policial não vale nada. Então essa é a grande
verdade. Eu não sei por que ninguém fica impressionado com a pena de morte nas
mãos dos bandidos. Repita para mim de novo, Machado.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Olhe lá como
nós estamos vivendo em São Paulo. O cara já chega, enquadra o cara, encosta lá.
Ele está armado, mas vão levar a arma dele. Não deu tempo de ele reagir. A
namorada dele vai para o outro lado, já está apavorada. Isso aqui é em São
Paulo, Doria.
E vão embora
tranquilos, sobem na moto sem novidade. Posso com meus 50 anos de polícia dar
um conselho a vocês, governadores de outros estados: não façam como o Doria,
que parou a Polícia, travou a Polícia, e jogou o povo na mão dos bandidos.
Não façam, não
criem essa câmera, que isso aí, não foi feito para proteger o policial, como é
em alguns lugares do mundo, não. É para colocar o policial na cadeia. Eu
pergunto: como é que você interroga um bandido para perguntar de outro, e você
com uma câmera no peito - terminou meu tempo?
Então fica aí a
colocação. Penas de morte nas ruas de São Paulo, e a vítima é um policial. A
gente não tem o que falar, não é? Sou idiota? Não. Matei bandido na minha casa
que foi me matar lá uma vez, foi no Natal, morreu lá, de coração parado.
Foi me matar
dentro de casa. Eu não consigo enxergar um troço desses como algo normal.
Homens da lei, o moço com a namorada ser morto pedindo pelo amor de Deus para
não morrer.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Seguindo a
lista de oradores inscritos, quero chamar à tribuna o deputado Agente Federal
Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, presidente.
Presidente, eu cedo parcialmente o meu tempo para a deputada Edna Macedo.
Enquanto ela se dirige à tribuna, fazer uma breve comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - É
regimental, deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL
- PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, só para dar parabéns à fala do deputado Conte
Lopes. São inadmissíveis essas imagens. Meus sentimentos aos familiares desse
policial militar e da família policial militar.
Lamentavelmente,
nós ainda vivemos sob o manto da criminalidade, da injustiça, e ainda vemos
aqui cenas como essa. O deputado Frederico d’Avila, que está aqui, que foi
vítima de um assalto à luz do dia.
Então,
presidente, só para dar parabéns ao discurso do deputado Conte Lopes, me
solidarizar com a família do policial e com toda a família policial militar.
Nós precisamos mudar o rumo do nosso estado, mudar a trajetória do nosso estado,
principalmente na Segurança Pública.
Antes a mãe
daqueles dois vagabundos ali chorando do que a mãe daquele policial militar
ali, vítima, mais uma vítima policial militar, lamentavelmente, presidente.
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Reiterando
aqui a fala do deputado Conte Lopes, ele me fez regressar em uma ocorrência em
82, aonde lá houve a morte de um oficial, tenente Rajer.
E o mesmo Conte Lopes que agiu
energicamente aonde houve a morte desse policial, mas foi lá e realmente a
pessoa não se entregou, e acabou vindo a morrer. Conte Lopes, realmente, é
lamentável.
Estou aqui com a voz embargada, porque
nós temos que fazer alguma coisa, sim. Não é possível admitirmos que um
policial suplique para que não venha a morre. Dando continuidade...
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para comunicação, com anuência da oradora.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - É
regimental, deputado d’Avila.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PL - PARA COMUNICAÇÃO -
Rapidamente aqui eu queria cumprimentar o deputado Conte Lopes pelo seu
pronunciamento. São muito tristes as cenas que nós vimos.
E dizer que me orgulho, desde o
primeiro voto que eu dei para o Conte Lopes, que fazia dobrada com o Cunha
Bueno - isso lá na década de 80, depois, 90 - sempre foi um orgulho para todos
nós.
E, como o senhor bem colocou aí na
época do deputado Conte Lopes, do senhor, não existia bandido famoso; ele
ficava famoso, a Polícia ia atrás. Infelizmente, hoje, o policial tem que andar
escondido.
Eu sei que a deputada Edna Macedo
também é uma entusiasta das forças de Segurança. Mas, se Deus quiser, faltam só
oito meses para que nós tenhamos um governador decente e que vai tirar essa
maldita câmera do peito dos policiais.
Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Com a
palavra a deputada Edna Macedo, cedido o seu tempo pelo deputado Gil Diniz.
A
SRA. EDNA MACEDO - REPUBLICANOS
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobres deputados, senhoras e
senhores, pessoas que nos assistem por meio da TV Alesp, muito obrigada,
deputado Gil Diniz por ceder alguns minutos do seu tempo.
E eu quero
mostrar aqui para o povo de São Paulo como é que pode um governador querer ser
presidente, se ele é um péssimo gestor de um Estado. Você imagina de 27 estados
do Brasil.
Para você ter
uma ideia, e para quem não acompanhou e não viu a reportagem, aqui eu vou
mandar para vocês: “Equipamentos usados por médicos legistas são abandonados em
IML de São Paulo. A equipe encontrou prédios danificados, outros inacabados e
muitos equipamentos estragando”.
Por gentileza,
Machado, você pode colocar na tela?
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Tem muito mais,
tem muito mais, vocês não têm noção, eu volto aqui depois para passar o resto
da matéria, porque isso aí é um terceiro episódio. São três matérias seguidas
que foram feitas através da TV Record e o repórter investigativo que procurou
ver como estavam sendo... trabalhando os IMLs.
Isso é uma
vergonha para o estado de São Paulo, um estado pungente, um estado de gente
trabalhadora, uma polícia que merece respeito. E é assim.
Deputado Conte
Lopes, receba aqui o meu apoio, e o senhor sabe muito bem o quanto eu defendo
também a Polícia Militar desse Estado, que isso é uma vergonha. Graças a Deus,
graças a Deus, porque Deus é tão bom que a partir do dia 2 ele pede
afastamento, porque ele não vai sair dos dois por cento.
Esses 2% aí
acho que é até para ajudar para ele não ficar tão triste, porque ele não se
elege mais nem a guarda de quarteirão, com todo respeito aos guardas de
quarteirões. Mas é uma vergonha para nós e para o nosso Estado.
Tem o meu apoio
a Polícia Militar, a Polícia Civil. Eu já falei com o secretário, general
Camilo, “ponha a Rota na rua, nós estamos inseguros”. Todos os dias são pessoas
assaltadas, pessoas mortas, pessoas sequestradas. É uma vergonha. Está pior que
o Rio de Janeiro, a cidade onde eu nasci, que hoje já não está mais assim.
Não adianta
falar “tenho 20 mil homens na rua”, porque quando a Rota vai para a rua há um
respeito. Você sabe muito bem como se respeita a Rota aqui em São Paulo. É uma
questão de respeito, não é para matar, nem para trucidar, nem para fazer nada
de errado, mas é para impor respeito, que não está tendo mais em lugar nenhum.
Então nós
estamos vivendo dias terríveis, horríveis mesmo, aqui em São Paulo, inseguros.
A gente não tem lugar, não tem sossego no shopping, nos mercados, na rua, por
onde quer que a gente anda está essa vergonha. Então eu faço aqui um apelo para
vocês, vamos bater e vamos falar, todo dia cobrar desse secretário.
Aliás, eu peço
até desculpas ao secretário, porque eu sei que ele não tem a autonomia que ele
gostaria de ter, Conte Lopes, infelizmente. Nenhum dos secretários de estado de
São Paulo tem autonomia para coisa nenhuma, essa é a grande verdade. São
figuras decorativas, porque quem manda é o calça apertada. E graças a Deus que
vai embora.
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Dando
prosseguimento, então, ainda dentro do seu tempo regulamentar, deputado Gil
Diniz, para concluir o seu pronunciamento.
Deputado Gil Diniz, para concluir então
dentro do seu tempo.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente, retornando aqui, acho que tenho uns três
minutos ainda para concluir o tempo regimental, só para repercutir um pouco a
nova filiação do PSB: Geraldo Alckmin.
E Geraldo
Alckmin chega ao PSB rasgando elogios ao ex-presidente e ex-presidiário Luiz
Inácio. O PT vai passar a campanha inteira e os seus aliados, obviamente, suas
linhas auxiliares, explicando Geraldo Alckmin na sua chapa.
Geraldo Alckmin
hoje, que disse, deputado Nascimento, que o Lula representa a encarnação da
democracia. O Lula representa a democracia. O que é isso, senhores? O que é
isso, companheiro?
Meu Deus do
céu, a que ponto nós chegamos na política nacional! Em 2018, deputado Conte,
Geraldo Alckmin chamava o Lula de bandido - e eu preciso concordar com o
ex-governador de São Paulo - e vice-versa.
Eu também
concordo nesse ponto com o Luiz Inácio. E agora os dois nessa chapa.
Inacreditável. Eu tenho certeza de que dentro do Partido dos Trabalhadores há
várias correntes, deputado Frederico d’Avila, que discordam dessa união.
Eu lembro a
vocês que a ex-presidente Dilma dizia que eles iam fazer o diabo para vencer as
eleições nacionais. E agora se unem com o santo da Odebrecht. Então é o Partido
dos Trabalhadores que vai, deputada Monica, do céu ao inferno em segundos. Em
segundos, deputado Nascimento. Vale tudo pelo poder.
Geraldo
Alckmin, que os próprios petistas aqui já pediram o afastamento, o impeachment,
que já o representaram no Ministério Público, que subiram à tribuna neste
mandato, nesta legislatura, para criticar o governo tucano. E agora vão subir
no palanque, vão subir no mesmo palanque, pedindo votos por São Paulo e pelo
Brasil.
Realmente, é
mais uma aula de política, mais uma aula do pior tipo de política que nós
podemos fazer no Brasil, mas será interessante petistas e tucanos. “Olha,
deputado, mas o Geraldo Alckmin não é mais tucano, ele está no PSB, ele saiu do
PSDB”.
O PSDB,
deputado Giannazi, está fazendo osmose, metástase, o câncer do PSDB,
obviamente, da social democracia agora no Partido Socialista Brasileiro e
cerrando fileiras ali dentro do Partido dos Trabalhadores. É o PSDB no seu
teatro das tesouras.
Você aí de
casa, assista “Brasil Paralelo”, esse teatro das tesouras, que você vai
entender, Rogério, o que nós estamos falando aqui. A máscara desses senhores
está caindo, deputada Edna. É incrível. Duas faces da mesma moeda. Irmãos
siameses, filhos paridos do mesmo parto.
E o Alckmin
disse isso: “Olha, social democracia surgiu com o socialismo”. Isso foi o
discurso dele. “Nós somos irmãos ideológicos, frutos da Revolução Francesa”. No
discurso do Alckmin hoje, dizendo que o Lula encarna a democracia.
Para finalizar, presidente, qual democracia é
essa? Da compra de votos no governo federal no esquema do mensalão? Ou com a
compra de votos na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo?
Os petistas
aprenderam com os tucanos aqui de São Paulo, deputado Conte Lopes. Essa é a
democracia que Geraldo Alckmin defende, do desarmamento civil, do verdadeiro
genocídio, como nós vimos aqui, dos policiais militares massacrados, dos
funcionários públicos, deputada Edna, massacrados. Trinta anos o PT vem a esta
tribuna criticar os governos tucanos: Covas, Alckmin, Serra, Doria.
E lembrando, a
gente precisa lembrar: o pai do João Doria se chama Geraldo Alckmin. Na
política, quem criou, quem trouxe Doria para a política e o bancou, botando um
racha ali no PSDB, foi Geraldo Alckmin, e isso a história não vai perdoar.
E hoje encerra
a fileira com Luiz Inácio Lula da Silva. Quem sabe o futuro dos dois seja,
realmente, um ao lado do outro. Só precisamos saber em qual presídio dentro do
território nacional.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Seguindo a
lista de oradores inscritos, queremos chamar à tribuna o deputado Jorge Lula do
Carmo. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz.
(Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputado
Frederico d’Avila tem o tempo regulamentar para o seu pronunciamento em dez
minutos.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Obrigado
a todos, presidente Tenente Nascimento, demais colegas. Queria aqui,
primeiramente, deputado Gil Diniz, você que está sempre conosco nas agendas com
o presidente Bolsonaro e o ministro Anderson Torres, parabenizar a Polícia
Rodoviária Federal pelo trabalho que ela vem fazendo nas rodovias federais e
nas fronteiras do Brasil que nós temos visto aí.
Aí, junto com a
Polícia Militar de Minas Gerais, fizeram uma operação apreendendo armas que
foram roubadas, Conte, de um caminhão da Taurus CBC. E aí vocês estão vendo
também cabos de equipamentos de irrigação que foram roubados também por
criminosos e que depois são vendidos em, como é que se chamam, ferros-velhos,
né, Conte?
Fazem a
receptação desse material e vendem para... Não sei quem compra. Como você diz,
para a polícia interrogar alguém hoje, está bastante difícil. Isso é lá na sua
região, viu, Conte, isso é lá em Avaré. Muito roubo de cabo elétrico, cabo de
equipamento de irrigação.
Como vocês
podem ver aí, o fio tem a grossura de um dedo, é um cabo bastante caro, e que
eles derretem naqueles tachos do ferro-velho e depois vendem o cobre, que está
com um valor bastante elevado. Então, propriedades rurais aí que tem sido
vilipendiadas, assaltadas, roubadas...
Teve um caso
ali perto de você também, ali na região de Itaí. Um produtor, semana passada,
ficou refém de bandidos por mais de quatro horas, ele com mais um funcionário,
enquanto fizeram um grande roubo lá na propriedade desse cidadão, que eu
conheço bastante bem.
Em breve,
estaremos lá, não é, Conte? Eu e você na cooperativa Holambra, em Paranapanema,
para discutir a questão de segurança com os produtores lá da região, que - você
já esteve comigo lá nos idos de 2006, 2007, por aí - e nós já demos uma
esparramada lá.
Vamos ver se a
gente consegue entender melhor as questões lá do pessoal e, na área do 53º
BPMI, a gente ter uma ação mais afetiva. Então, parabéns à Polícia Rodoviária
Federal pelas suas apreensões, pelo seu trabalho, e por tudo aquilo que vem
fazendo no Brasil ao longo desse tempo, e que não foi feito nos governos
anteriores.
O SR. CONTE LOPES - PL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Sr.
Deputado, obrigado pelo aparte. Vossa Excelência coloca muito bem o trabalho da
Polícia Rodoviária Federal. Infelizmente, a gente não tem visto muito isso da
Polícia Rodoviária Estadual, do governo de João Doria. Parece que estão só
fiscalizando. O importante agora é fiscalizar.
Vossa
Excelência coloca o outro problema, da insegurança no campo. Como Vossa
Excelência mesmo falou, quando V. Exa. era jovem, mais um produtor rural,
sempre na área, veio nos procurar nesta Casa, tendo em vista os assaltos.
Bandidos que
invadiam fazendas, chácaras, sítios, dominavam os proprietários, os moradores.
Amarravam durante a noite inteira. Levavam os tratores, os caminhões, os
insumos. Quando as pessoas conseguiam se soltar, o cara já estava no Paraná, já
estava em Minas Gerais, já havia sumido.
Inclusive, nós
fomos, pessoalmente, eu, como deputado, Vossa Excelência veio nos procurar,
pedindo um apoio, fomos falar com o governador, onde se reforçou e criou uma
patrulha rural. Melhorou muito a área.
Mas, da mesma
forma, o que nós estamos buscando hoje é a valorização do homem, nobre
deputado. É a valorização do homem. O homem tem que ter condição de trabalhar.
Ele tem que ter vontade de trabalhar. Ele tem que ter força para trabalhar.
Senão, não
adianta nada. Vamos ficar igual vigilante. Nem vamos falar de guardas
municipais, não. Vamos ficar igual vigilante. Não desmerecendo o vigilante,
mas, qual é a função do vigilante?
Ele fica de pé
num lugar, para que não haja um roubo naquela firma. Eu fui instrutor de
vigilante do Banco Itaú, de vários locais. Ele tem uma função. Não assaltando
onde ele está, tudo bem, se passou um ladrão do outro lado, roubou para lá. Não
pode roubar a empresa dele.
Então,
infelizmente, a nossa polícia está sendo colocada aí. Você aí, que está andando
com o Tarcísio de Freitas, com o próprio Jair Bolsonaro, nosso presidente, é importante
verificar isso. Entendeu? A pessoa saber o que está acontecendo em São Paulo.
Porque, é o que
nós colocamos, naquele terror daquele policial sendo assassinado, a deputada
Edna Macedo, falando, é verdade o que está acontecendo. Você não tem onde pedir
socorro. Então, na verdade, o que tem, é tudo consequência uma da outra. Espero
que se mude alguma coisa.
O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Exato. Também complementando,
Conte, a questão que nós vemos aí, da tão famigerada câmera que está colocada
no peito dos policiais, eu queria parabenizar o prefeito Heliton, de Itararé,
que tem uma Guarda Municipal exemplar. Inclusive, se você olhar uma viatura da
Guarda Municipal de Itararé, parece uma viatura daquelas da polícia americana.
Logicamente que
a Guarda Municipal, que não tem as amarras que hoje tem a PM, está fazendo um
belo trabalho lá em Itararé. Inclusive, combatendo o crime. O prefeito Heliton,
lá, dando força, respaldo jurídico para os guardas municipais trabalharem.
Parabéns, prefeito Heliton e à Guarda Municipal de Itararé.
Continuando
aqui, eu queria que o Machado abrisse as imagens. Isso aí, lá na nossa região,
na SP-258, deputado Gil Diniz. Deputado Giannazi também conhece a região,
porque é um dos poucos que vai para Itaoca. Você foi depois, mas, o deputado
Giannazi, eu sei que anda por lá. Isso aí é a SP-258, que o João Doria já fez
três eventos de duplicação dessa rodovia.
Três: um no
palácio, um lá na região, e outro foi feito em Tatuí, na concessionária, para
enganar os prefeitos. Enganar o prefeito de Capão Bonito, enganar o prefeito de
Itapeva, enganar o prefeito de Itaberá, enganar o prefeito de Taquarivaí,
enganar o prefeito de Itararé. Foram todos lá, ouvir mentira.
Esse é um
acidente com vítimas fatais, Conte, como você está vendo aí - um caminhão
carregado de tomate. Vítimas fatais no km 333 da Rodovia Francisco Alves
Negrão. Eu não sei, eu vou pedir até para a minha assessoria levantar a
quantidade, Professora Bebel, de pessoas que já morreram na SP-258 desde 2019
para cá.
A primeira
coisa que o governador João Doria fez quando foi para Capão Bonito na campanha
de 2018 foi dizer que era um absurdo que a 258 não tinha sido duplicada até
então e que a primeira coisa seria duplicar a 258. Acidentes como esse, Conte,
acontecem no km 333, no 278 e em diversos outros pontos; você conhece lá a
região também, a gente anda junto lá.
Você conhece
muito bem lá, os trevos são todos trevos em nível; são trevos onde os caminhões
grandes com posições atravessam a pista e acabam tendo colisão com veículos. E
esse aí, por acaso, foi numa ultrapassagem. Não sei de quem foi a
irresponsabilidade, se do caminhoneiro ou do motorista do automóvel. Mas temos
aí mais dois óbitos e diversos feridos nessa situação.
Um mês atrás,
se não me engano, quatro jovens, Conte, da cidade de Bom Sucesso de Itararé
vieram a óbito, também na SP-258, em outra localidade, graças ao não
comprometimento do Governo do Estado com a duplicação dessa importante rodovia
que liga São Paulo ao Paraná.
E por acaso o
governador Ratinho, a quem eu queria cumprimentar - um dos melhores
governadores do Brasil, hoje, é o governador Ratinho Júnior -, está vindo com a
duplicação do trecho que é a continuação da 258 na PR-151.
E aí ele vai
chegar, Conte, à divisa com o estado de São Paulo antes... Bom, São Paulo nem
começou. Na verdade, eu fui descobrir que o evento que fizeram lá para enganar
os prefeitos; enganou até o deputado Giriboni aqui.
Não era o
evento para fazer a duplicação da 258; era um evento para fazer o projeto
executivo da duplicação da 258. O projeto executivo deve demorar meio ano para
licitar. Depois vai ser licitado, depois demora um tempo para ser concluído; aí
sim é que vão fazer a obra.
Então, mais uma
vez, o sudoeste paulista não tendo a menor atenção do governo estadual. E
pessoas morrendo, ora por descaso na questão logística, ora pela questão do
combate à criminalidade, que o senhor e o Major Mecca conhecem muito bem.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Seguindo a
lista de oradores inscritos, queremos chamar à tribuna o deputado Roberto
Morais. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Paulo Lula
Fiorilo. (Pausa.) Deputado Daniel José. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas.
(Pausa.) Deputado Luiz Fernando, com cessão para a deputada Professora Bebel.
Deputada Professora Bebel se dirige à tribuna para o seu pronunciamento de 10
minutos.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente. Cumprimento a Mesa Diretora
dos trabalhos, assim como cumprimento também todos os assessores à minha
esquerda, à minha direita, Srs. e Sras. Deputadas, público presente neste
plenário. Eu subo a esta tribuna um pouco para demonstrar... Eu acho que a
gente está sempre indignado.
Indignado por
conta de que esse governo Doria, que, me desculpe, está indo para a tumba, com dois
por cento... Acho que devia fazer uma autocrítica da sua gestão e se perguntar
por que a população não o apoia para ser presidente da República Federativa do
Brasil.
Porque é muito
sério, simples assim: quem faz o que ele faz com a categoria dos profissionais
da educação do estado de São Paulo não pode ter o legado de
querer vir a ser presidente, porque eu fico preocupada, muito preocupada,
deputado Conte Lopes.
Eu não sei, não consigo entender. Veja bem, ontem, aqui
nesta Casa, nós votamos o PLC 2, dando reajustes - e eu acho justo - para a
polícia, pouco ainda, para os profissionais da Saúde, mas para os professores
não.
Os professores têm que obedecer a uma chantagem: ou aprova
essa falsa carreira, ou farsa de carreira, ou não tem 10%, e jogam nas nossas
costas. Se eu disser “não”, estou dizendo não aos 10%; se eu disser “sim”, eu
estou de acordo com a farsa da nova carreira.
É irrisório o número de professores e servidores da Educação
do quadro do QAE e do QSE que são favoráveis a essa carreira ou ao desmonte
dela. Eu estou aqui com o vice-presidente da Apeoesp. Eu sou presidenta, o
Fábio é vice, e ele sabe perfeitamente. Nós temos visitado, porque eu sou muito
cuidadosa, deputado Conte Lopes.
O senhor já me viu subir a esta tribuna com uma posição e
ser convencida e votar em outra posição, porque fui convencida, porque também
as bases disseram para mim: “Olha, deputada, não é bem assim”.
Estou me referindo ao 410, que é aquele que tratava da lei
fundiária. Eu votei favorável, desde que tirassem aquela emenda 4. Votei
favorável a essa lei. Pois bem, é com esse espírito que eu digo: está na mão
dos deputados e das deputadas.
Por favor, não deixem, não façam isso com os professores.
Não é verdade que isso é bom, porque, se fosse bom, não precisava impor 10%
dentro, simplesmente estaria uma coisa separada da outra.
São dois temas aqui. Um é o tema do reajuste, aqui dentro; o
outro é o tema da carreira. Mas alguém de nós, Fábio, foi lá pedir para ele
mexer na carreira? Não pedimos.
A gente pediu para melhorar, a gente pediu para implantar a
jornada do piso, nós pedimos para valorizar mais os profissionais do magistério,
da educação. Isso nós pedimos, é verdade, mas nós não fomos pedir para mexer na
carreira e nem nos pagar o subsídio.
É uma mudança estrutural na vida do professor. Por que é
estrutural? Tira uma forma de remuneração e muda para outra. Subsídio é para
quem tem cargo eletivo, é para quem está, em algum momento, em um determinado
cargo, então faz jus, está certo.
Eu tenho que ter subsídio, o prefeito tem que ter, cargo de
comando tem que ter, e por aí vai, mas servidores públicos têm que ter
carreira, não subsídio. Carreira, é disso que nós estamos falando, e carreira
pressupõe considerar um processo dentro dela.
Como negar um tempo de serviço? Acaba com o tempo de
serviço. Eles fazem uma confusão entre o rejuvenescimento de uma carreira e
tempo de serviço, deputada Monica. É isso que eles fazem.
Por que que não rejuvenesce? Não rejuvenesce porque tem uma
reforma da Previdência que está pondo que tem que ficar 40 anos lá na sala de
aula. Da forma como está, é isso. Então, não rejuvenesce por isso.
Não rejuvenesce também porque os salários são muito baixos,
e aí, se se aposenta, tem o confisco do aposentado. Então, não rejuvenesce. Se
a tentativa é rejuvenescer, ou dar uma agilidade à carreira, ou atrair - ele
fala - bons profissionais, AA...
Quem toca a escola pública no estado de São Paulo são esses profissionais que estão
aí e que bancam a escola pública e que merecem respeito. Quem é o Doria para
falar quem é mau e quem é ruim? Um funcionário. Faça ele a avaliação de
desempenho para ter reajuste. Faça ele. Agora vem impor só para nós,
professores?
Gente, nós
fazemos concurso público. Até o concurso público deturpa nessa porcaria dessa
farsa de nova carreira. Por quê? Você faz o concurso público... Nós tínhamos
acordo de que fizesse o curso de formação. Ah, mas não basta! Fica três anos na
sala de aula.
Se em três anos
não deu para ver a inaptidão de um profissional, é uma prova que vai ver,
deputada Monica? É uma provinha? Absurdo! Em três anos, nós acumulamos
conhecimento. O tempo é uma forma de agregar conhecimento e não de perder
conhecimento, como o governo tenta transparecer nessa carreira.
Mas ele não se
contenta: ele vai ao caput da Lei 444/85, a lei que é a Lei Áurea para nós.
Quem nos garantiu, com a luta do Magistério, foi o Franco Montoro. Pergunte aos
professores quem foi o melhor governador para eles.
Todos, em uma
só voz, independentemente de partido, eu inclusive, vão dizer: “Franco
Montoro”. Porque foi. Atendeu o clamor, atendeu as nossas reivindicações,
colocou formas claríssimas, por exemplo, de atribuição de aulas.
Mas o que o desdenhoso
faz? Vai lá e mexe na forma de atribuir as aulas, por jornada. Eu nunca vi
isso. Por jornada. Está bom, pode ser que, neste momento, quem tiver mais
jornada pegue mais.
Então vou pegar
64 para poder passar na frente da Monica, que tem 40. É isso mesmo? É esse o
elemento qualificador? Bom, eu posso enganar, eu pego 64, Monica, solto 24 e
fico com 40. Isso pode gerar até outras coisas. No desespero, é isso que pode
ocorrer.
Isso é
avassalador, porque hoje o que determina é o tempo de serviço e os títulos. É
isso. E concursos. Se você fizer concurso, computa. Isso não é bom para
classificar? Aí você vai ter as aulas para si atribuídas. Não é jornada.
Jornada, não. O que leva um professor a buscar muita jornada é a baixa
valorização.
Eu estou aqui e
estou recorrendo a todos os deputados. Nós, junto com a bancada de oposição e
junto com todos os companheiros que estão favoráveis, estamos organizando uma
emenda aglutinativa que pelo menos dê os dez por cento para os profissionais da
educação, porque não é justo ficar com zero. Não é justo. Quem tem que tomar
zero é o governador, não somos nós.
É com essas
palavras que eu peço, por favor, que assinem a nossa emenda aglutinativa e deem
apoio a ela.
Muito obrigada.
(Manifestação nas galerias.)
A
SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Pela ordem,
presidente. Gostaria de utilizar a palavra pelo art. 82 pela liderança da
Minoria.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - É regimental,
deputada. Tem o seu tempo regulamentar de cinco minutos.
A
SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - PELO ART. 82 - Primeiro dizer aos professores e professoras
e aos trabalhadores da educação que contem com o nosso apoio.
Já assinamos a
aglutinativa e vou sair do plenário agora, viu, Bebel, vou sair batendo de
porta em porta para que todos os parlamentares aqui... Sei que tem diversas
carreiras que vieram e originaram parlamentares aqui que são solidários aos
servidores públicos do estado e aos professores e professoras para a gente
conseguir derrotar essa “deforma”, a destruição do Magistério.
Então contem
com o nosso mandato. Vamos para a luta hoje para que tenha o piso salarial,
para que tenha aumento a uma categoria que precisa tanto, mas não vamos aceitar
essa “deforma” da carreira do Magistério.
Depois eu queria
dizer que hoje de manhã a gente esteve num ato de trabalhadores do TJ. E quando
a gente fala de Tribunal de Justiça, a população também pensa em privilégios,
mas o TJ é feito por assistentes sociais, por psicólogos, por oficiais de
justiça, gente que garante o acesso da justiça à comunidade mais pobre, que
teve junto com um conjunto de servidores do estado de São Paulo uma proposta de
aumento de salário que não cobre as perdas inflacionárias.
Então os
servidores públicos de todo o estado de modo geral estão acachapados pela
inflação e a gente sabe que os salários e os vencimentos não contemplam mais o
alto preço do mercado, da gasolina, da luz.
E o Governo do
Estado de São Paulo, que odeia os servidores públicos, faz essa medida
desesperada antes das eleições, mas não fornece aos servidores públicos o
aumento salarial real para que possa garantir a dignidade dos servidores e
servidoras que prestam serviço público no estado de São Paulo.
Por fim, queria
falar também que nesse momento que a gente está discutindo eleições, está todo
mundo se reorganizando, tem muita coisa mudando. Eu fiquei surpresa com a
mudança aqui no painel. Semana passada quando voltamos ao presencial muita
coisa mudou.
Todo mundo se
reposicionando e eu gostaria de dizer que a gente defende para o estado de São
Paulo sobretudo, que vem de décadas de um governo do PSDB que persegue os
servidores, que persegue os professores, que criou Ricardo Salles, que teve o
governador protagonista do assalto à merenda, a gente defende um programa para
mudar a vida das pessoas.
E esse programa
passa por melhores condições para servidores públicos e servidoras públicas;
passa pela valorização do que é o serviço público. Por isso a gente defende que
justamente como o companheiro Boulos retirou a candidatura ao Governo do Estado
de São Paulo legitimamente, deve ser um grande deputado federal, mas que o PSOL
apresente uma alternativa programática.
Que não tenha
medo de dizer o seu nome e as ideias que sempre defendeu. Por isso o PSOL tem a
alternativa do nome da vereadora de Campinas Mariana Conte, que quer se colocar
nessa disputa. Então as escolhas do Boulos a gente respeita muito, mas o PSOL
tem uma tarefa de fazer uma disputa que não tenha medo de tocar nos programas
mais essenciais.
E nesses
programas mais essenciais está também a reforma agrária e, infelizmente, a
gente está sendo procurado sucessivamente. Já é a segunda vez que há ameaças a
tiros em acampamentos no Pontal do Paranapanema, uma terra aqui no estado de
São Paulo que é fruto de reforma agrária popular, onde a gente tem a maior
parte dos assentamentos e acampamentos ainda vivos no estado de São Paulo.
Terra de
especulação imobiliária, terra de preservação ambiental, terra do Rio Paraná,
terra importante para os lutadores do Meio Ambiente, e as lideranças dos
movimentos de ocupação por moradia estão sendo ameaçadas a tiros nos seus
assentamentos.
Contra a
desorganização urbana, contra a inação de um Estado que não mediu seus
conflitos, o que a gente tem é guerra e morte. A Pastoral da Terra no ano
passado computou mais de 1.000% no crescimento das mortes por conflito armado
no campo. Não é bom para o fazendeiro; não é bom para o indígena; não é bom
para quem não tem casa e luta por terra para morar; não é bom para a
preservação das florestas.
A gente está
tentando levar o tema para a Secretaria de Segurança Pública. Estou há mais de
duas semanas insistindo com o secretário para a gente discutir as graves
ameaças que estão acontecendo no Pontal do Paranapanema e se a gente não agir
rápido na mediação desse conflito vai haver morte, mais mortes na conta da
gestão pública.
A mesma
situação se verifica em Iguape e lá o conflito é entre populares que precisam
de casa e indígenas que lutam pela demarcação de terras indígenas. Nenhum dos
dois lados está errado no caso de Iguape. O que falta é ação do poder público
para atender a população e evitar que a única política seja que vença quem
tiver mais poder de bala.
Porque,
infelizmente, o que a gente está ouvindo é: “Arme a população e deixe a população
que se mate”. A gente precisa proteger os lutadores do campo e da floresta.
Por isso eu
faço um apelo aqui na tribuna, para que o secretário de Segurança Pública nos
receba, e que leve em consideração mediar o conflito e se assegurar pela vida
dos acampados do Pontal do Paranapanema.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Seguindo os pronunciamentos, quero
indicar o deputado Major Mecca, pelo Art. 82, para o seu pronunciamento. Tem o
tempo regulamentar de cinco minutos.
O
SR. MAJOR MECCA - PL
- PELO ART. 82 - Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a todos os
que se encontram aqui no plenário acompanhando o nosso trabalho, cumprimento
todos os professores do estado de São Paulo, os senhores sabem que sempre têm o
nosso apoio, o nosso trabalho e esforço aqui dentro desta Casa.
A todos os que
estão nos acompanhando pela TV Alesp, pela rede social, hoje, pela manhã, eu
estava reunido no município de Guarulhos com alguns empresários, policiais. E a
gente sempre traz a discussão aqui dentro desta Casa, o prejuízo, a
desconstrução que o PSDB promoveu nos serviços públicos do estado de São Paulo.
Hoje virá à
tona aqui o PLC nº 03, que não atende aos anseios dos professores do estado de
São Paulo, e nós sabemos que o Governo do Estado de São Paulo tem o dom de
governar na contramão dos anseios do seu povo.
E esta Casa, infelizmente, acompanha o pensamento e o modus operandi desse desgovernador João Agripino Doria, do vice-governador Rodrigo Garcia, e de toda a equipe, que por 30 anos constrói miséria no nosso estado, um estado que é o 24
º estado mais
rico do planeta, deputado Gil Diniz, deputado Giannazi.
Olha, o 24º
estado mais rico do planeta, pagamos imposto sem tamanho - está o impostômetro
lá no centro da cidade -, são bilhões já recolhidos nos dois primeiros meses de
arrecadação em São Paulo, e não se tem retorno de nada em benefício da
população.
Você entra nas
escolas, as estruturas abandonadas, os professores ganhando um salário de
miséria. Ao menos, são ouvidos. Ao menos, são ouvidos, porque esta Casa
Parlamentar, esta Casa Legislativa, tinha obrigação.
Os deputados
aqui têm obrigação de representar policiais, professores, médicos, enfermeiros,
e vários outros profissionais que, principalmente durante a pandemia, mostraram
que a estrutura para que a sociedade consiga manter a sua rotina de trabalho e
rotina de vida precisa de um serviço público valorizado, bem equipado e
motivado.
Nós mostramos
isso, porque eu sou funcionário público há mais de 31 anos, e nós mostramos
isso única e exclusivamente pelos nossos esforços, apesar do governo que temos
no estado de São Paulo.
Muitas vezes,
funcionário público, professor, policial, comprando equipamento de proteção
individual com dinheiro do próprio bolso. E hoje, em Guarulhos, na reunião em
que eu estava - que eu citei no início da minha fala aqui -, todos eles
apavorados com o aumento da criminalidade no estado de São Paulo. A forma como
os bandidos tomaram conta do estado de São Paulo.
Ontem mesmo eu
fiz uso da palavra aqui no plenário, e falava da execução do soldado Soares, um
jovem policial militar de 31 anos que foi gravado, e a família ainda tem que
passar por esse constrangimento de ouvir o jovem policial militar clamar para
que não seja morto, executado por criminosos. E lá foram cinco tiros no peito
daquele policial.
E aqueles cinco
tiros tiraram a vida daquele policial, do soldado Soares, e tira a nossa
dignidade de todos nós policiais no estado de São Paulo, os policiais
militares, civis que aqui estão, os policiais penais e técnico-científicos,
porque nós estamos abandonados por esse desgoverno. Dentro das delegacias, dos
quartéis não há condições de trabalho dignas aos seres humanos que lá estão
defendendo o povo.
E nós não
deixaremos de trazer e denunciar na tribuna desta Casa, onde, eu repito aqui,
grande parte dos deputados que aqui estão tem responsabilidade da situação
precária que atravessa o povo do estado de São Paulo, cidadão de bem, todos nós
policiais, professores, médicos, enfermeiros.
Os senhores
têm, sim, responsabilidade pelas leis que são aprovadas aqui totalmente na
contramão ao anseio do povo do nosso Estado.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Pela ordem o deputado
Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Eu gostaria de
utilizar a tribuna pelo Art. 82 do Regimento Interno, pela liderança do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE -TENENTE NASCIMENTO - PL - É regimental. O
deputado Carlos Giannazi vai à tribuna, tem o tempo regulamentar de cinco
minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO
ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, de volta a esta
tribuna no dia de hoje, quero primeiro cumprimentar os nossos colegas,
servidores da Educação, na luta contra a farsa do novo plano de carreira.
Sr. Presidente,
eu queria ainda prestar o nosso total apoio, a nossa solidariedade aos
servidores públicos, sobretudo os servidores também da Educação do município de
Itanhaém, que estão em estado de greve, reivindicando reajuste salarial,
melhores condições de trabalho. Lá, por exemplo, eles estão reivindicando o que
nós estamos reivindicando aqui, a aplicação do piso nacional salarial de
33,24%, que não foi ainda efetivado no estado de São Paulo.
O governador
disse vai enviar um projeto, projeto, não, um decreto, ele vai publicar um
decreto implantando um abono complementar. Muito estranho isso. Eles também
reivindicam, Sr. Presidente, 20% de reajuste linear para todos os servidores, e
sobretudo, Sr. Presidente, há inclusão na carreira do Magistério das educadoras
de educação infantil das creches do município.
Então todo o
nosso apoio ao estado de greve e à mobilização. E faço um apelo ao prefeito
para que ele atenda às reivindicações para reposição das perdas inflacionárias
de todos os servidores e servidoras da cidade.
Quero ainda,
Sr. Presidente, dizer que eu estive agora pouco, acabei de chegar da Praça João
Mendes, participei da assembleia da campanha salarial dos servidores do
Judiciário, que também estão em estado de greve, porque o TJ está oferecendo
apenas 10% de reajuste salarial.
E os servidores
já estão, como eu disse, em estado de greve, mobilizados. Eles também, como
todos os servidores, tiveram perdas, estão com os salários arrochados e
defasados há muitos anos, Sr. Presidente. Estão reivindicando ali no mínimo 37%
de reajuste salarial.
Agora, o TJ não
está abrindo mão disso, por enquanto, mas o movimento continua. Porém ontem o
presidente do TJ esteve aqui na Assembleia Legislativa e protocolou um projeto
de lei, o PLC nº 11, de 2022, criando cargos, criando mais de 450 cargos, que
seria o 5º assistente, Sr. Presidente. Então, não é uma prioridade nesse
momento, na verdade, isso para ajudar os desembargadores.
Olha, a
prioridade é o reajuste, é a valorização dos servidores, não a criação de novos
cargos.
Sem contar,
ainda, que nós temos aqui o PLC nº 30, ainda de 2013, que foi um projeto de lei
encaminhado pelo próprio Tribunal de Justiça, reconhecendo uma dívida salarial
com os servidores. Olha só, o Tribunal de Justiça reconhece a dívida, encaminha
o projeto para a Assembleia Legislativa. Nós aprovamos esse PLC em todas as
comissões.
Eu pedi,
aprovei um requerimento de urgência para esse projeto. Foi aprovado no
plenário, o projeto está pronto para ser votado, mas até agora nada, e o
Tribunal de Justiça também não se manifesta pedindo para o presidente pautar o
projeto, mas a urgência eu aprovei. O projeto está pronto para ser votado e é
uma reivindicação do próprio Tribunal de Justiça, mas esse projeto é de 2013, é
uma dívida lá de trás.
Inclusive, Sr.
Presidente, se o TJ não atender às reivindicações dos servidores, nós vamos ter
que acionar o Conselho Nacional de Justiça, porque é uma dívida reconhecida
pelo TJ. Inclusive, o reconhecimento, a prova do reconhecimento é o envio do
projeto para a Assembleia Legislativa, que, repito, foi aprovado em todas as
comissões e já está em regime de urgência. Então, todo o nosso apoio e a nossa
solidariedade à luta pela reposição salarial, também, dos servidores do
Judiciário.
Aproveito
ainda, Sr. Presidente. Antes de concluir a minha intervenção aqui no Grande
Expediente, eu queria dizer o seguinte: fazer, novamente, o apelo que eu já fiz
aqui duas vezes, vou fazer pela terceira vez, para que nós possamos, ainda
hoje, realizar o congresso de comissões dos três projetos dos servidores - da
Defensoria Pública, do Tribunal de Contas e da própria Assembleia Legislativa -
e votar ainda hoje, na segunda sessão extraordinária. Isso é possível do ponto
de vista regimental.
Concluo a minha
intervenção, de fato, agora, dizendo, denunciando mais uma vez a farsa do PLC
nº 3, Sr. Presidente, que, se for aprovado, vai destruir a carreira do
Magistério. É um projeto marqueteiro, eleitoral, que vai prejudicar imensamente
não só os profissionais da educação, mas a educação pública do estado de São
Paulo. Mas nós voltaremos ao debate, às 16:30, sobre esse tema.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Havendo acordo, então,
entre as lideranças e não havendo mais nenhum parlamentar para fazer o uso da
tribuna, nós solicitamos a suspensão... Desculpe, o levantamento desta sessão.
Voltaremos às 16:30, daqui a pouco.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - PL - Sras. e Srs.
Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por
levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à
hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os, ainda, da sessão
extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos.
Está levantada a presente sessão.
*
* *
-
Levanta-se a sessão às 16 horas e 18 minutos.
* * *