29 DE MARÇO DE 2022

7ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

 

Presidência: CARLÃO PIGNATARI, GILMACI SANTOS e ADALBERTO FREITAS

 

RESUMO

 

ORDEM DO DIA

1 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Abre a sessão. Coloca em votação o requerimento de método de votação ao PLC 03/22.

 

2 - PROFESSORA BEBEL

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

3 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

4 - VINÍCIUS CAMARINHA

Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PLC 03/22, em nome do Governo.

 

5 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Solicita à plateia o comportamento regimental.

 

6 - PROFESSORA BEBEL

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

7 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Solicita à plateia o comportamento regimental.

 

8 - VINÍCIUS CAMARINHA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

9 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Solicita à plateia o comportamento regimental.

 

10 - PROFESSORA BEBEL

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

11 - TEONILIO BARBA LULA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

12 - GILMACI SANTOS

Assume a Presidência.

 

13 - GIL DINIZ

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

14 - CARLOS GIANNAZI

Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PLC 03/22, em nome do PSOL.

 

15 - PROFESSORA BEBEL

Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PLC 03/22, em nome do PT.

 

16 - DANIEL JOSÉ

Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PLC 03/22, em nome do Novo.

 

17 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Assume a Presidência.

 

18 - CAIO FRANÇA

Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PLC 03/22, em nome do PSB.

 

19 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Anuncia a visita de autoridades de Itapeva.

 

20 - BARROS MUNHOZ

Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PLC 03/22, em nome do PSDB.

 

21 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de método de votação ao PLC 03/22.

 

22 - MÁRCIA LULA LIA

Solicita verificação de votação.

 

23 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

 

24 - CARLOS GIANNAZI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSOL.

 

25 - ANALICE FERNANDES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSDB.

 

26 - MÁRCIA LULA LIA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PT.

 

27 - ADRIANA BORGO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PTC.

 

28 - MARTA COSTA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.

 

29 - CAMPOS MACHADO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Avante.

 

30 - ALTAIR MORAES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.

 

31 - DELEGADO OLIM

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP.

 

32 - JANAINA PASCHOAL

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PRTB.

 

33 - CAIO FRANÇA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.

 

34 - TENENTE NASCIMENTO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.

 

35 - MILTON LEITE FILHO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.

 

36 - SARGENTO NERI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Patriota.

 

37 - MARCIO NAKASHIMA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.

 

38 - BRUNO GANEM

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.

 

39 - MARINA HELOU

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Rede.

 

40 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Anuncia o resultado da verificação de votação, que aprova o requerimento de método de votação ao PLC 03/22. Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de votação nominal.

 

41 - CAIO FRANÇA

Solicita verificação de votação.

 

42 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

 

43 - CARLOS GIANNAZI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSOL.

 

44 - TEONILIO BARBA LULA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PT.

 

45 - CAMPOS MACHADO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Avante.

 

46 - ADRIANA BORGO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PTC.

 

47 - RICARDO MADALENA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.

 

48 - CAIO FRANÇA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.

 

49 - GILMACI SANTOS

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.

 

50 - JANAINA PASCHOAL

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PRTB.

 

51 - MARTA COSTA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.

 

52 - ANALICE FERNANDES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSDB.

 

53 - MILTON LEITE FILHO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.

 

54 - DELEGADO OLIM

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP.

 

55 - MARINA HELOU

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Rede.

 

56 - SARGENTO NERI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Patriota.

 

57 - BRUNO GANEM

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.

 

58 - MARCIO NAKASHIMA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.

 

59 - VINÍCIUS CAMARINHA

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

 

60 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Dá resposta à questão de ordem. Informa o resultado da verificação de votação, que aprova o requerimento de votação nominal. Coloca em votação nominal e declara aprovado o PLC 03/22, salvo mensagem aditiva do Sr. Governador, substitutivo, emendas e subemendas.

 

61 - CARLOS GIANNAZI

Solicita verificação de votação.

 

62 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Defere o pedido. Determina que seja feita a verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

 

63 - JANAINA PASCHOAL

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

 

64 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Dá resposta à questão de ordem.

 

65 - GILMACI SANTOS

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.

 

66 - CAMPOS MACHADO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Avante.

 

67 - MILTON LEITE FILHO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.

 

68 - SARGENTO NERI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Patriota.

 

69 - RICARDO MADALENA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.

 

70 - MARCIO NAKASHIMA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.

 

71 - MARTA COSTA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.

 

72 - CARLOS GIANNAZI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSOL.

 

73 - DELEGADO OLIM

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP.

 

74 - MÁRCIA LULA LIA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PT.

 

75 - CEZAR

Declara obstrução ao processo de votação.

 

76 - ADRIANA BORGO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PTC.

 

77 - BRUNO GANEM

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.

 

78 - CAIO FRANÇA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.

 

79 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Informa o resultado da verificação de votação, que aprova o PLC 03/22, salvo mensagem aditiva do Sr. Governador, substitutivo, emendas e subemendas, restando prejudicado o substitutivo 1. Coloca em votação nominal a mensagem aditiva do Sr. Governador.

 

80 - CAIO FRANÇA

Encaminha a votação da mensagem aditiva do Sr. Governador, em nome do PSB.

 

81 - ADALBERTO FREITAS

Assume a Presidência. Solicita à plateia o comportamento regimental.

 

82 - ANALICE FERNANDES

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

83 - CAIO FRANÇA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

84 - GIL DINIZ

Encaminha a votação da mensagem aditiva do Sr. Governador, em nome do PL.

 

85 - PRESIDENTE ADALBERTO FREITAS

Convoca sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término desta sessão.

 

86 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA

Encaminha a votação da mensagem aditiva do Sr. Governador, em nome do PSOL.

 

87 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Assume a Presidência. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término desta sessão. Encerra a sessão.

 

 

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. Carlão Pignatari.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Aberta a sessão extraordinária. Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Votação do Projeto de lei Complementar no 03, de 2022, de autoria do Sr. Governador. Em votação adiada o requerimento de método de votação apresentado pelo Sr. Líder do Governo, deputado Vinícius Camarinha.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Eu gostaria de retirar o roteiro de votação meu, pessoal, e colocar, junto com a... Retira o seu... Nós queremos retirar, para colocar um outro roteiro conjunto da bancada do PT com a bancada do PSOL. É isso.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É regimental. Está retirado.

Deputado Vinícius Camarinha, pois não.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Pela ordem, presidente. Eu passo a vez à deputada Monica, presidente.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Como vice-líder da bancada do PSOL, a gente também retira o item protocolado em número 3 e reprotocola um rito de votação em conjunto com a bancada do PT.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É regimental. Está retirado o método de votação do PSOL e do PT, para apresentação de um novo método de votação. (Manifestação nas galerias.)

Deputado Vinícius.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Presidente, eu gostaria de consultar V. Exa. se este é o momento oportuno para encaminhar o roteiro. E eu gostaria de fazê-lo em nome da liderança do Governo.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Exatamente. É regimental. Para encaminhar em nome da liderança do Governo, deputado Vinícius Camarinha.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Carlão Pignatari, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, público que nos acompanha das galerias; minha saudação a todos. Presidente, hoje nós retomamos a discussão do PLC 03, do plano de carreira da Educação.

Eu gostaria de fazer aqui, deste plenário, deputado Campos Machado, algumas observações pertinentes e importantes para este Parlamento. Porque nós, agora, enquanto representantes do povo, vamos decidir definitivamente aquilo que o governo mandou para nós.

Eu inicio minha fala aqui, deputado Gilmaci, dizendo da impossibilidade técnica de nós separarmos o projeto ora aqui no... (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputado Vinícius... Segura o tempo do deputado Vinícius Camarinha. Atenção: deputado Vinícius, está preservado o seu tempo. Eu gostaria... Alô, atenção. Eu gostaria de pedir ao plenário...

Vocês são sempre bem-vindos aqui na Assembleia, mas eu acho que no mínimo respeitar o orador que está na tribuna. Eu gostaria de pedir... (Manifestação nas galerias.) Por favor, não façam isso.

Vocês são professores, bem-educados. Gostaria de pedir um momento só de cada um. Eu acho que cada deputado tem o direito de se manifestar a favor, contra, da maneira como achar melhor. E o nosso dever é ouvir cada um. Então, eu gostaria de pedir, por favor, um pouco de compreensão das pessoas, que são sempre bem-vindas aqui na galeria.

Retorno a palavra ao deputado Vinícius Camarinha. 

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSBD - Presidente eu tenho a convicção de que se este Plenário estiver ocupado de professores, nós vamos ser respeitados aqui, porque essa é a orientação que os professores... (Manifestação nas galerias.) Gostaria de ter a palavra presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Por favor. Por favor, acalmem-se. Por favor. Com a palavra o orador.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSBD - Então, presidente, retomando, gostaria de deixar claro a este Plenário, presidente, que não existe a possibilidade técnica de nós desmembrarmos o projeto porque o plano de carreira compõe um dos seus artigos, o aumento, deputado Campos Machado dos nossos professores aposentados, de tal maneira que, se o Parlamento rejeitar o plano de carreira e aprovar o aumento dos aposentados, é impossível sancionar um artigo apenas. É impossível destacar um artigo e nós votarmos o projeto em separado. Não se separa o corpo do projeto de um artigo.

Para a gente deixar bem claro aqui que não adianta nós apresentarmos um método de votação diferente do que o governo mandou a esta Casa, presidente. Feitas essas considerações, presidente, eu gostaria de dizer ao Plenário, aos Srs. Deputados e Deputadas que estão aqui conosco, deputado Conte Lopes, alguns benefícios do novo plano de carreira. (Manifestação nas galerias.)

Primeiro, deputado Giriboni, o plano de carreira é voluntário. Nós não vamos obrigar ninguém, o governo não vai obrigar ninguém a aderir ao plano de carreira. As pessoas vão ter a opção de permanecer na carreira antiga, com os seus direitos, com quinquênio, com seus benefícios, e ainda, deputada Patricia Bezerra, vão receber os dez por cento.

E ainda vão receber os dez por cento.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSBD - Consta neste projeto, Sr. Presidente, um item fundamental, fundamental, e eu quero fazer um apelo a este Plenário, Coronel Nishikawa. Os nossos aposentados estão há dez anos sem nenhum tipo de reajuste.

Há dez anos sem nenhum tipo de reajuste, e nós estamos concedendo o reajuste neste projeto que ora vamos votar, e aqui eu quero que nós, deputados, coloquemos a mão na consciência, se nós vamos rejeitar o aumento aos nossos professores aposentados. (Manifestação nas galerias.)

Nós não temos a faculdade, a opção... 

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputado Vinícius, eu gostaria de pedir novamente a vocês que tenham um pouco de paciência. Nós temos um orador na tribuna. Eu gostaria... Somente isso. Um momento, por favor. Devolvo a palavra ao deputado Vinícius Camarinha.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSBD - Então, presidente, os nossos aposentados terão, depois de dez anos, os 10% de reajuste, e é importante, no momento difícil que o Brasil está vivendo, nós não negarmos aos aposentados esses dez por cento.

Ainda assim, presidente, aqueles que optarem pela nova carreira, deputado Castello Branco, vão passar o piso nacional, que é 3.800, para cinco mil. Esse é o piso da nova carreira. Me parece, presidente... (Manifestação nas galerias.) Presidente eu gostaria de ter a palavra e preservar o meu tempo.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Preservar o tempo... e quero pedir a compreensão, por favor, somente isso. Vamos ter um pouco de paciência, porque assim acaba rápido isso.

Eu gostaria de pedir à Professora Bebel, ao Teonilio Barba, que nos ajudem, para que possamos ouvir o orador, senão cada vez... Pode, pode sim, Professora Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT – PARA COMUNICAÇÃO - Eu me dirijo ao público, tem de todas as partes do funcionalismo público, para que a gente ouça os oradores. Depois expressem suas opiniões após as falas. Está bom assim? Tudo bem?

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Exatamente, vamos ouvir o orador, após o orador cada um faça o seu movimento que achar necessário. Devolvo a palavra ao deputado Vinícius Camarinha.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Portanto, presidente, o avanço é significativo.

Srs. Parlamentares, o professor que optar por essa carreira, deputado Altair, ele passa para 5 mil reais e, se for em escola de tempo integral, passa para 7 mil reais. Está no projeto, presidente, está escrito no projeto. Está escrito no projeto, basta os senhores consultarem, está escrito no projeto.

Outro avanço significativo, Sr. Presidente, nós ampliamos o teto da carreira, que era 8 mil reais, nós passamos para 13 mil reais o teto da carreira dos professores, de tal maneira que o professor, cumprindo os requisitos, poderá chegar a 13 mil reais. (Manifestação nas galerias.)

Nós criamos também, deputado Paulo Correa, um item que era um desafio, professores que tinham que dar aula em lugares distantes, que tinham que dar aula em lugares com alto índice de criminalidade, o projeto contempla, presidente, para esses professores, uma gratificação salarial a mais de até 1.300 reais como uma compensação a esses profissionais que estão em área de risco, que era inclusive um pleito da categoria de anos. E o projeto também contempla, Sr. Presidente.

Também, presidente, a criação de gratificação para professores formadores que atuam nas diretorias de ensino, a possibilidade de que os agentes de organização escolar façam a progressão a qualquer curso, não apenas em áreas pedagógicas.

Aqui é um item importante, deputado Paulo Correa, os agentes de organização escolar estão pleiteando para nós, parlamentares, deputado Ataide Teruel, que nós aprovemos a carreira, porque eles são os funcionários que menos ganham. E agora nós estamos fazendo a correção. Esses profissionais passarão de 1.300 a 2.500 reais.

A incorporação, Sr. Presidente, de 1.171 reais no salário de todos os servidores titulares de cargos que possuem gratificação de gestão educacional, aumento da possibilidade de pagamento de local de localidade de exercício para profissionais que precisem pagar pedágio e estejam em distâncias consideráveis.

Presidente, eu faço só um apelo a esse plenário, presidente, ainda que achem o projeto ruim, ainda que achem o projeto inapropriado, não aderem. Não aderem. Vamos conceder os 10% aos senhores que optarem na carreira atual, vamos conceder os 10% para os nossos profissionais aposentados da Educação.

Não é possível, presidente, que esse parlamento vai negar aos nossos aposentados os 10%, porque não há outro caminho. (Manifestação nas galerias.)

Não há outro caminho, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Preservo a... Por favor... Deputado Vinícius, vamos esperar fazer silêncio, aí nós continuamos.

As pessoas, eu aprendi que quando um fala, o outro, no mínimo, tem que ouvir. Acho que não é isso que está acontecendo aqui hoje na Assembleia. As pessoas que não quiserem ouvir, fiquem lá fora. Depois voltam, na hora em que ele terminar. Não há problema nisso, mas eu gostaria de preservar o direito do orador, favorável ou contra o projeto.

Por favor, devolvo a palavra ao deputado Vinícius Camarinha.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Presidente, o bom senso deve parar este Parlamento, presidente. Deputado Madalena, deputado Thiago Auricchio, o projeto é optativo. O projeto é optativo. Já para os aposentados, para os agentes de organização escolar, não é optativo. Ou eles recebem os 10% ou nós enterramos os 10% dos aposentados, dos agentes de organização escolar e dos atuais professores que também estão aguardando.

Eu sei, presidente, que é momento eleitoral. Sei que [Expressão suprimida.] precisa fazer seu movimento. (Manifestação nas galerias.) Eu sei! Eu sei, presidente. Eu compreendo, mas esse não é o momento, presidente. (Manifestação nas galerias.). Gostaria que preservasse o meu tempo, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Gostaria de pedir para preservar o tempo e devolver o tempo ao deputado Vinícius e ter um momento aqui... Por favor, deputado Vinícius.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Presidente, eu gostaria de pedir aos deputados independentes, aos deputados da bancada do PSL, do União Brasil, aos deputados que não têm compromisso partidário, para que façam uma profunda reflexão, presidente. Não é hora de rivalidade, de revanchismo. (Manifestação nas galerias.)

Deputada Janaina Paschoal, há dez anos que nossos professores aposentados buscam reajuste. Há dez anos. Nós temos a oportunidade de concedê-lo a eles sem entrar em uma agenda sindical e partidária.

Obrigado, presidente. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, presidente. Para encaminhar pela bancada do PSOL. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Por favor. Um momentinho só, deputado Giannazi. Eu gostaria... (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Pela ordem, presidente. Aqui não tem professor, presidente. Aqui não tem professor. Aqui tem filiado do PT e da Apeoesp. Aqui não tem professor, presidente.

Me desculpe. Nós devemos respeito ao Parlamento, presidente. Nós temos mandato, nós representamos o povo e aqui exigimos isso, presidente. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Eu gostaria...

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Se nós consultarmos a carteira de trabalho aqui, é filiação partidária, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Eu gostaria de pedir...

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Professor não se comporta dessa maneira, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela última vez, ou nós vamos respeitar os parlamentares e vamos ouvir, ou vamos, infelizmente, ter que pedir para esvaziar a nossa galeria. Por favor, vai acontecer isso, Professora Bebel. Vai acontecer. Vai acontecer isso se não houver respeito pelos parlamentares desta Casa.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Então, por favor...

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Não é possível isso. Por favor, eu estou falando. Não é possível falta de respeito com nenhum dos parlamentares desta Casa. Nenhum.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Posso falar mais uma vez?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Eu gostaria de pedir, pela última vez, silêncio na galeria, ou vamos ter que suspender, derrubar a sessão e acabar com isso. Não é possível termos desrespeito com nenhum parlamentar, nem do Governo, nem contra o Governo. Não é possível que a gente faça isso. Por favor a todos. Vocês têm o direito...

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Assim que eu terminar de falar. Eu posso? Assim que eu terminar eu vou fazer a palavra para a senhora, mas eu gostaria aqui de, no mínimo, respeito com os parlamentares desta Casa. Por favor, deputada Professora Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Eu vou mais uma vez... Eu sei que esse pessoal, claro, diverge. A divergência ela é salutar, Sr. Presidente...

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É da democracia a divergência, mas com respeito.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - É da democracia. Não, presidente, o senhor também pediu para eu ficar quieta. Eu fiquei quando o senhor falou.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Não pedi para a senhora ficar quieta. Só pedi para eu terminar de falar.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Tudo bem, só fizemos um trocadilho. Mas eu vou pedir o seguinte: Eu acho que nós temos que ouvir. Nós vamos ouvir, mas também tirar o direito deles exporem quando...

Poxa, foram ditas coisas ali que não têm nada a ver. O que tem a ver a presidente da Apeoesp com a deputada Bebel? Aqui eu sou deputada, presidente, só isso. Então quem provoca é quem vai para a tribuna. Só isso.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Inclusive, deputada Bebel, eu quero que retire...

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Então eu vou pedir o seguinte: eu quero que retire... Isso que eu vim pedir.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Eu vou pedir para retirar das notas taquigráficas a palavra “presidente da Apeoesp”, que não é justa.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Eu vou pedir para os meus companheiros que estão no plenário, até para que a gente tenha clareza do que é que está acontecendo aqui, para ter um encaminhamento. Eu acho impossível... Às vezes as pessoas se indignam e não têm uma posição.

Eu já vi tantas coisas, no meio de votação o líder tentar falar. Já vi tanta coisa, entendeu? Mas concordo, eu vou conversar com a liderança que está lá junto com as lideranças. Eles vão ajudando, está bom?

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Eu gostaria apenas de pedir para retirar das notas taquigráficas a palavra “presidente da Apeoesp”, porque nós não podemos confundir a presidente da Apeoesp com a deputada estadual Professora Bebel. Apenas isso.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Teonilio.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Só para colaborar com a Professora Bebel. Também eu como sindicalista, que sou igual a Professora Bebel, pedir aos nossos trabalhadores da Educação para a gente aguardar todos os encaminhamentos. O que está acontecendo aqui hoje? Vocês não perceberam ainda.

O governo começou a encaminhar através do líder porque eles não têm voto para aprovar o 03. Então eles estão tentando ganhar tempo; é isso que eles vão fazer. Então precisamos entender isso, deixar os oradores falarem que são contra ou a favor e no final nós faremos as nossas manifestações. Então um pedido ao plenário.

Muito obrigado, presidente.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Gilmaci Santos.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Para encaminhar pela liderança do PSOL, o deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, presidente. Uma breve comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Com a anuência do orador, por favor.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Só complementando aqui o que o deputado Teonilio Barba falou. Toda vez que a galeria se manifesta e o governo trava ali o cronômetro, o governo ganha mais tempo para trazer mais deputados para tentar votar contra vocês.

Então só tomem esse cuidado, porque às vezes a provocação que o governo faz contra vocês é justamente para eles ganharem tempo e vencerem a votação. Então só tomem cuidado com essa provocação.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputado Gil Diniz, V. Exa. está encaminhando ou não?

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Não, estou fazendo uma comunicação. Posso terminar, presidente?

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pode.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Então eu agradeço aqui a compreensão da galeria, presidente, e vamos tocar essa votação.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Com a palavra o deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, profissionais da Educação aqui presentes, é uma honra receber vocês na Casa do Povo, na Casa da Cidadania, e gostaria de dizer que é muito importante a manifestação pública dos servidores aqui vaiando ou aplaudindo e o parlamentar tem que ser acostumar com vaias e com aplausos, faz parte.

Eu já inúmeras vezes fui vaiado aqui. Me lembro quando nós aprovamos aquele projeto... Nós votamos a favor na verdade, mas tinha aqui um grupo financiado pela Souza Cruz a favor do cigarro. Eu fui vaiado aqui exaustivamente, mas continuei aqui falando na tribuna e aceitei as vaias.

Então, deputados e deputadas, deputado que tem medo de vaia não deveria estar aqui nesta Casa de Leis, e não há desrespeito nenhum. Aqui são todos profissionais da Educação.

 Hoje eu fiquei perplexo com a intervenção do líder do Governo, que até então nunca veio defender esse projeto na tribuna, mas me parece que hoje a base do governo está desesperada.

Agora, eu fiquei mais perplexo e chocado em ver aqui o líder do Governo, o deputado Vinícius Camarinha, aqui na tribuna defendendo os aposentados e pensionistas, minha gente. Eu nunca vi isso.

Ele, que votou a favor do confisco das aposentadorias e pensões. (Manifestação nas galerias.) Ele, que ajuda e mobiliza toda a base do governo para obstruir o nosso PDL nº 22, que é um projeto que revoga, que acaba com o confisco das aposentadorias e pensões.

Agora todos estão preocupados com os aposentados e pensionistas aqui na Assembleia Legislativa da base do governo. Do nada eles começam a se preocupar para aprovar o projeto. Eu quero dizer o seguinte, pessoal: esse projeto vai destruir a carreira do magistério.

Essa é a verdade. Esse projeto foi endereçado para minar a nossa carreira, uma carreira construída com muita luta em todo o estado de São Paulo, principalmente desde 1985, na gestão Montoro, através da Lei Complementar nº 444, de 1985. E essa Lei está sendo atacada há muitos anos pelos sucessivos governos do PSDB. E esse projeto faz parte desse processo de destruição da carreira.

O projeto tem várias armadilhas, várias contradições. É um projeto que tem 102 artigos. Olha, ele falou aqui - o líder do Governo, o Camarinha - da escola PEI, que o professor da escola PEI vai ganhar agora sete mil reais. Olha, nesse projeto, minha gente, tem o Art. 51; se vocês lerem, deputados, prestem atenção aqui no Art. 51 do PLC nº 3. Esse PLC é considerado hoje o AI-5 da Educação.

Nem mesmo o nosso Estatuto do Funcionalismo, que foi aprovado em 68, no auge da ditadura militar, no ano da promulgação do AI-5, é tão autoritário quanto o Art. 51, que foi levantado aqui pelo... quem nos chamou a atenção foi o Chico Poli, o presidente da Udemo, que nos chamou a atenção. Ele diz o seguinte para o professor da escola PEI - olha o que vai acontecer com esse professor, minha gente, que pode até ganhar os sete mil reais.

Mas, se ele hoje já não tem nenhum tipo de garantia de permanecer na escola, porque o professor de PEI é vítima de perseguição, de assédio moral, de instabilidade; muitos professores estão fazendo tratamento psiquiátrico, porque é difícil hoje trabalhar em escola PEI, porque é um outro sistema dentro do próprio Estatuto do Magistério. É como se fosse uma carreira à parte. Mas olha como isso vai piorar para os professores da escola PEI.

O que diz, Art. 51: “A permanência dos integrantes do quadro do magistério nas escolas estaduais do PEI, Programa de Ensino Integral, será disciplinada em regulamento próprio e está condicionada ao cumprimento dos seguintes requisitos...”. Daí, entre eles, tem aqui o inciso I, inciso II; mas no inciso II tem algo aqui assustador, que eu digo que é um dos instrumentos mais autoritários dos últimos tempos no campo da Educação.

Olha o que diz o parágrafo primeiro do inciso II do Art. 51: “É permitida, no interesse da administração escolar, a imediata cessação da atuação do docente nas escolas PEI”.

A qualquer momento você, professor de escola PEI, você pode ser agora, se esse projeto for aprovado, você pode ser demitido dessa escola. Nem vai precisar mais da avaliação, nem de perseguição, nem de assédio, nem nada. A direção da escola pode simplesmente te eliminar, de acordo com o interesse da administração escolar.

É isso que vai acontecer se o projeto for aprovado com os professores do PEI. Então tem vários artigos aqui autoritários, contraditórios. Muitos deles ainda serão regulamentados, caso o projeto seja aprovado. Os professores serão vítimas de avaliações subjetivas, personalistas, para evoluir na carreira.

Enfim, são várias as contradições, que nós já apresentamos aqui exaustivamente, em vários debates, em vários pronunciamentos. As entidades representativas já soltaram materiais explicando. Esse projeto é o projeto fake news, minha gente, e o secretário da Educação, Rossieli Soares, tem feito inclusive posts mentirosos para tentar induzir um segmento da rede e aprovar o projeto.

Eu só quero deixar claro aqui que nós apresentamos, estamos defendendo aqui um roteiro de tal forma que a gente preserve o reajuste dos professores, do Magistério, dos aposentados e pensionistas.

É isso que nós estamos defendendo no nosso roteiro de votação, e também que seja retirada para votação em separado, para que seja aprovada a parte dos servidores do QAE e do QSE. Esse nós defendemos.

Então nós temos aqui dois itens que nós vamos defender. Por isso que o debate agora... nós não estamos ainda debatendo o projeto em si, mas o roteiro de votação para salvar o reajuste para todos os professores e professoras da Rede Estadual, e também aprovar a parte do QAE e do QSE. É isso que nós estamos falando aqui.

O líder do governo falou que não é possível, mas, olha, o secretário da Educação, vocês podem entrar nas redes sociais dele, eu fiz uma indagação a ele, recentemente, tem o vídeo, está na rede social dele, e na minha também, eu perguntei, eu falei porque esse era o projeto da chantagem, que ele estava chantageando, porque esse reajuste de 10%, deputada Márcia Lia, deveria estar no PLC 2 e não nesse PLC 3, porque era uma armadilha, era uma chantagem.

Ele me respondeu o seguinte - aqui é o dele, é o post dele, não é meu...O que está na legenda aqui? “Reajuste de 10% aos professores não depende da aprovação do projeto de lei da nova carreira”.

O secretário Rossieli dizendo que não depende. Ele disse: “Olha, vocês da Assembleia Legislativa podem rejeitar todos os artigos e apenas aprovarem o artigo que... dos 10 por cento. E é isso que nós estamos fazendo exatamente, acrescentando o QAE e o QSE. Esse é o roteiro que nós estamos defendendo, queria deixar claro.

E tem muita mentira aqui nos posts do Rossieli, inclusive que aparece aqui o logo dele. Deveria aparecer Seduc, mas como me parece, deputado Campos Machado, que ele está em plena campanha eleitoral, ele já está trabalhando o logo, que, olha, cuidado, deputados da base do governo, porque o Rossieli está entrando na base de vocês, vai pegar os votos de vocês, viu? Cuidado, hein? Cuidado, base do governo. (Manifestação nas galerias.)

Inclusive, só para concluir, Sr. Presidente, ainda tem um tempinho aqui, na semana passada, minha gente, teve a votação, só que o governo não deu número. Eles tinham que ter 48 votos; eles só tinham 27.

Então a própria base do governo sabotou o Rossieli aqui porque eles estão com medo do Rossieli papar os votos da base deles nas regiões. Eles só colocaram 27. Mesmo que nós votássemos, aqui da oposição, a oposição de esquerda na Alesp é representada por 15 deputados: 10 do PT, 02 do PCdoB, agora, e 03 do PSOL.

Somos 15, e mesmo que nós votássemos, não dariam os 48 votos. Então, na semana passada, a própria base do governo sabotou a votação, porque eles não se entenderam aí, tem uma briga lá entre eles.

Mas é isso. Nós vamos ao longo do dia aqui, das intervenções, mostrar todas as contradições do PLC nº 3, que é a farsa da reforma da carreira do Magistério. Então faço um apelo: deputados, não deixem as digitais de vocês na destruição da maior carreira do Magistério da América Latina, que é a de São Paulo.

Muito obrigado.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, deputada Márcia Lia.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Para indicar a deputada Professora Bebel para encaminhar pela liderança do Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É regimental. Tem a deputada Professora Bebel para encaminhar pela liderança do PT.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT -  SEM REVISÃO DO ORADOR  - Boa tarde, Sr. Presidente, cumprimento toda a assessoria à minha esquerda, à minha direita, cumprimento também a Mesa Diretora de trabalhos, Srs. e Sras. Deputadas e Deputados, e também todos que nos assistem, ouvem através da Rede Alesp, assim como esse aguerrido público que está aqui presente desde às nove horas da manhã e ficaram quatro horas para poder estar aqui na fila, porque senão entraria a claquete do Sr. Rossieli Soares.

Eu chamo a atenção para o seguinte: vocês viram apelação aqui. Apelação aqui em torno dos 10% é um absurdo, é um absurdo, e chama a atenção para o quê? Se é verdade que o governo está preocupado com aposentados e pensionistas, acabe com o confisco dos aposentados e pensionistas, simples assim. (Manifestação nas galerias.) Ele não está preocupado com coisa nenhuma, agora apela para os aposentados e pensionistas.

Mas eu quero me ater ao ponto da carreira, e aqui não é a presidenta da Apeoesp, eu sou presidenta da porta para fora, deputado Vinícius Camarinha, aqui eu sou tão deputada quanto o senhor, e o senhor me respeite como tal. (Manifestação nas galerias.)

Mas, de qualquer maneira, eu chamo atenção para o seguinte, o central nessa carreira não é porque é contra ou a favor ao PLC tal e tal, é porque há um desmonte frontal, deixa de ter carreira. Servidores públicos, os profissionais de Educação, deixarão de ter carreira, essa é que é a questão, e passarão a ter salário por subsídio.

Ele citou números aqui inverídicos, digo quais. Deputada Marta Costa, ele fala o seguinte, vai chegar a 13 mil reais. Não é verdade. Nós fizemos um exercício, nós temos o Dieese, o Dieese tem know-how nessa questão.

Pegamos a atual carreira, para quem está no final, e tentamos encaixá-la. Sabe o que aconteceu, deputado? Não vai para além do nível VI. Portanto, ninguém chega ao nível XV, como ele disse aqui, para ganhar 13 mil reais. Isso não é verdade.

A outra questão que eu acho que é importante também colocar é a questão referente à preocupação dos Srs. e Sras. Deputadas no que diz respeito ao roteiro. Gente do céu, quando a gente vota um roteiro, vai o roteiro e o anexo daquilo que foi votado, então não é verdade que vai ficar.

Se a gente votou 10%, vai o anexo junto com 10 por cento. Se nós votarmos a tabela do QAE, QSE, que tem a tabela lá junto, vai para o anexo. Os anexos estão juntos naquele calhamaço que nós lemos, todos nós lemos. Então vir aqui dizer que não dá para desmembrar é uma inverdade. Dá para desmembrar, dá para sair daqui de cabeça erguida.

Agora vou chamar atenção para o seguinte. Eu, quando conversei, estou orgulhosa da bancada da qual faço parte, eu disse: “Se desmembrar, beleza para nós; se não desmembrar, e é legal que a gente não vote da mesma forma, porque a nossa categoria não se vende por 10%, nós não nos vendemos por isso.”. (Manifestação nas galerias.)

Quer apelar para os aposentados e pensionistas? Pergunte para eles se vai recompor toda a perda que eles tiveram agora. Se não tiver uma ação nossa aqui, da Casa, que não é de um deputado ou uma deputada, esta Casa pode fazer um PLC acabando com o confisco de aposentados e pensionistas e votar unificadamente. É isso que nós temos que fazer, porque, veja bem, olha aqui a guerra de posições.  (Manifestação nas galerias.)

Então, por essa razão é que eu quero dizer para os senhores e as senhoras: nós não aceitaremos chantagem. Nós, na verdade, precisamos ter 33,2% para fazer jus à nossa luta e àquilo a que a gente tem direito. A gente não quer ficar vivendo de gratificação, a gente quer qualidade de vida. Então ninguém vai chegar ao último nível da carreira.

Tranquilizo: eu jamais, a nossa bancada jamais orientaria um roteiro de votação que vai dizer que o anexo não vai junto, deputada Marta. Vai sim, porque na medida que vota “sim” aos 10% o anexo tem que caminhar junto. Votou “sim”, eu vou votar “não” ao PLC 3, mas se votar “sim” ao PLC 3, o anexo vai junto. Votou “sim” ao QAE, QSE e agentes de organização escolar, a tabela vai junto. Então não podemos cair nessa enganação de jogo de palavras e também botar a faca no nosso pescoço.

Eu tenho conversado com deputados e deputadas e estão dizendo para mim assim: “Deputada, eles estão querendo dizer que nós não queremos aprovar”. Não, não são os senhores que não querem aprovar, é o governo que quer fazer passar goela abaixo esse pacotão para poder descaracterizar, na verdade, um plano de carreira.

Porque não é nova carreira, é desmonte de uma carreira e transformar, na verdade, em subsídio. Só mais um alerta: os professores precários, categoria “O”, não sairão da faixa um, porque se não tem concurso, não tem carreira para eles. Então, essa é a questão. Isso tem que ser desmistificado.

Está dizendo que eles vão ganhar, não vão ganhar nada. “Ah, vão ganhar cinco mil”. Demonstro nesta tribuna e já demonstrei: nós temos o desconto do imposto de renda. Nós vamos sair de 15% e vai pular para 27,5%. Portanto, o desconto que nós vamos ter e o que nós vamos pôr aqui no bolso está abaixo do piso salarial profissional nacional, outro grande engodo que esse governo faz.

Então, eu quero tranquilizar e dizer o seguinte: pedir, por favor, ninguém está aqui discutindo o mérito, se querem votar no PLC 3, mas a separação, nós gostaríamos, porque é uma questão de justiça. Por que não se colocou os 10% no PLC 2? Colocasse lá. Não.

Por que essa chantagem? Para o Rossieli fazer a festinha que ele está aguardando lá no Memorial da América Latina, convocando diretores e supervisores com dinheiro público para fazer política, tá certo? Eu posso fazer isso, ter o público aqui, porque, como bem disse aí o líder do Governo, eu represento uma entidade, mas não pego dinheiro público.

Eu pego o dinheiro que a categoria paga. Portanto, na luta eu tenho que usar para a luta, é isso que eu tenho feito. Agora, o senhor Rossieli vai ter que explicar muita coisa, as vans de chapa branca, tudo que está lá no Memorial da América Latina, para dizer que está discutindo trilhas.

Trilhas do quê? É matilha, nós estamos no mato? O que que há? Então, eu acho que é necessário, e vou terminar a minha fala dizendo para vocês o seguinte: é muito importante que nós saiamos daqui no mínimo com nosso roteiro aprovado. Aprovado o nosso roteiro com os destaques, beleza, porque as tabelas vão todas juntas com destaques.

Isso não existe. O que o deputado disse aqui, na verdade, é isso. E outra coisa também: a luta aí... Por exemplo, os aposentados. Falou tanto, tanto, tanto de aposentado, cadê um PL, por exemplo, para tratar aí do Iamspe dos aposentados?

E eles pagam 3% e não 2% como nós pagamos. Eu já estou pagando, alias. Bem, com isso eu termino dizendo para vocês: muita luta, muita galhardia, firmeza e vamos sair daqui com a vitória.

Um forte abraço e muito obrigada. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. RICARDO MELLÃO - NOVO - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, deputado Mellão.

 

O SR. RICARDO MELLÃO - NOVO - Queria indicar o deputado Daniel José para encaminhar pela bancada do Novo.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É regimental. Tem o deputado Daniel José o tempo regimental para encaminhar pela bancada do Novo.

 

O SR. DANIEL JOSÉ - NOVO - Boa tarde, presidente. Boa tarde a todos que estão presentes aqui na Assembleia, colegas deputados, assessorias, o pessoal da imprensa, todos que estão presentes nas galerias. É muito importante a participação de todos em um momento tão importante e tão crucial para a educação de São Paulo.

Quero agradecer ao Ricardo Mellão pela gentileza de me indicar aqui para encaminhar e defender esse projeto tecnicamente que, na minha visão, diante de tudo aquilo que tenho estudado e visto, é o projeto mais importante da história da Educação de São Paulo.

A gente tem a chance, colegas deputados, de aprovar um projeto que vai gerar um legado muito positivo para milhões e milhões de jovens ao redor do estado. Alunos do ensino básico, de todas as etapas, que vão ter muito mais oportunidades de estudar e construir um futuro melhor.

A gente sabe que a Educação é a chave para mudar o País. Eu não estaria aqui se não fosse a Educação que eu tive a oportunidade de ter lá atrás. Mesmo vindo de uma família tipicamente brasileira, filho mais novo de 11 irmãos. Minha mãe era diarista. Mas entendia o valor da Educação. E, entendendo o valor da Educação, sempre incentivou que eu estudasse o máximo que eu pudesse.

Por isso eu estou aqui, hoje, representando os paulistas, e defendendo essa pauta, de uma maneira muito técnica, de uma maneira muito clara e transparente. Com a perspectiva daquilo que é melhor para quem estuda, para quem se prepara para o futuro.

E parte disso é também trabalhar para que os professores tenham condições melhores de desempenhar a sua função, e cumprir a sua missão. Porque a gente sabe que a Educação é muito mais que um trabalho: é uma missão.

Eu respeito muito isso, e admiro muito isso, nas centenas de milhares de professores ao redor do estado. Esse projeto tem pontos muito interessantes, que eu quero debater nos argumentos, na parte técnica.

Se alguém vai falar mal de mim, ou alguma coisa assim, é claramente um desvio de atenção. É claramente a ausência de argumentos técnicos para defender o projeto, e falar sobre o porquê ele é bom ou ruim.

Em primeiro lugar, esse projeto é opcional. Os atuais professores, inclusive os que estão presentes, representando as bandeiras do sindicato, de candidatos da esquerda, e de partidos políticos da esquerda - é legítimo que assim seja feito - não necessariamente vão querer aderir à nova carreira. E tudo bem, não é obrigatório. Tudo bem, não tem problema.

Então esse é o primeiro ponto, muito importante: não existe uma imposição, sobre os atuais professores, para a adesão a esse projeto, ou não.

O segundo ponto é que ele reorganiza a carreira dos professores, que hoje é extremamente complexa. A Secretaria de Educação tem mais de 300 comandos diferentes na hora de elaborar o holerite de um profissional. Isso é uma loucura. A carreira é totalmente desorganizada. Ela não alia a evolução na qualidade do ensino à evolução na carreira dos profissionais que estão dentro de sala de aula, o que não faz sentido.

Então, estão propondo uma carreira muito mais simples, com 15 etapas, muito mais bem organizadas, onde a evolução acontece conforme a Educação evolui. Nada mais adequado que isso.

Uns não vão querer, porque vão chamar de meritocracia. Outros não vão querer porque não querem ser avaliados por desempenho. Querem evoluir, sim, na carreira por tempo. Mas isso, na minha leitura, é um descompromisso com a qualidade do serviço entregue.

Qualquer profissional, seja ele do setor privado ou do setor público, deve ser medido com a capacidade daquilo que entrega, com quanto ele entrega valor naquilo que faz. No caso do professor, é crucial que seja avaliada, sim, a qualidade do seu trabalho, e do ensino que está sendo transmitido para os alunos. E, portanto, a qualidade da aprendizagem dos alunos.

Então é muito importante que a carreira simplificada, organizada, seja implementada, com uma base salarial nunca vista antes em São Paulo, com salários que passam de 5 mil reais por mês, inicialmente. Isso é um salário maior do que 90% da população brasileira. É o que a gente quer, é o ideal? Não, a gente quer mais. Óbvio que a gente quer mais.

A gente quer que os professores ensinem, e tenham condições de fazer o seu trabalho da melhor forma possível. Mas a gente ainda não chegou lá. A gente está caminhando para isso. Uma etapa importante, para conseguir fazer com que os professores tenham condições de trabalho cada vez melhores, é justamente organizar a carreira. E não, deixar a bagunça que é hoje, um caos completo.

E é uma nova carreira que tem elementos muito importantes e muito justos. Existe o acréscimo de vulnerabilidade escolar. Isso é importantíssimo para que todos tenham incentivo de ir trabalhar nas escolas de maior vulnerabilidade. Quem não quer isso?

É muito importante que os profissionais que hoje preferem estar nas escolas, nos centros expandidos, nas regiões mais nobres, tenham incentivo também para estar na periferia, para estar onde mais precisa. E o PLC 03 resolve esse problema. É extremamente importante que esse projeto seja aprovado.

Como eu disse no início da minha fala, esse é o projeto mais importante da história da Educação de São Paulo. E não é nenhum exagero. Eu costumo falar sempre que, para melhorar a Educação, não existe uma bala de prata, não existe uma solução única que resolva todos os problemas; e não existe mesmo.

Mas existem alguns pontos que são nevrálgicos, que, se a gente conseguir melhorar o resultado, tanto em qualidade de vida para o professor, que é muito importante, quanto em qualidade de aprendizagem dos alunos, que vão ter um futuro melhor, aumente muito...

E se tem um dos pontos nevrálgicos que tem maior impacto, é este: é organizar e alinhar os incentivos da categoria e da carreira de quem está em sala de aula, que desempenha esse papel tão importante para a sociedade.

Eu respeito muito a opinião de quem pensa diferente, mas eu realmente não consigo entender como não defender esse projeto tecnicamente. Se você parte da perspectiva de uma busca por melhora de condições de trabalho para os professores, se você parte da perspectiva de uma busca pela melhoria da qualidade do ensino neste estado, não existe outra opção que não seja aprovar o PLC 03.

Isso é importantíssimo. Existem, como eu disse, alguns projetos com uma capacidade muito grande de impactar a vida dos milhões e milhões de alunos e das centenas de milhares de professores do estado. Esse é o mais importante. Se a gente não conseguir aprovar esse projeto aqui na Assembleia, vai ser um dia muito triste para esta Assembleia Legislativa, que supostamente deveria representar o interesse de quem mais precisa.

Eu nunca vi uma manifestação, meus amigos, meus colegas, de crianças de sete anos reclamando que não conseguem aprender a ler e escrever. Infelizmente, o elo mais fraco da corrente são os alunos. Infelizmente, as famílias vivem situações de vulnerabilidade e de luta, de ter que buscar sobrevivência todos os dias, e não podem despender de uma tarde para estar aqui defendendo esse projeto.

E eu tenho certeza de que se todas as famílias de São Paulo pudessem ler o projeto, entender do que se trata tecnicamente e entender o impacto que isso tem para a Educação dos seus filhos, todos eles, se pudessem, estariam aqui defendendo o PLC 03. Com toda certeza.

E eu respeito, mais uma vez... Eu vi que o pessoal aqui nas galerias está fazendo manifestações contrárias, falando em voz alta, com gestos algumas vezes até agressivos. Eu entendo que vocês não concordem com o projeto; eu entendo que vocês representam uma agenda política que muitas vezes é mais partidária do que só política e que não estão aqui para defender os interesses dos alunos. Mas se tem alguém que está aqui para defender os interesses dos alunos são todos aqueles que votarem a favor desse projeto.

Quem vota contra o PLC 03 vota contra a Educação de São Paulo. Quem vota contra o PLC 03 não pode falar, nunca mais, que defende a Educação. Pode falar que defende os interesses específicos de algum tipo de valor que existe na carreira tradicional, na carreira atual, que é a evolução por tempo, ao invés do trabalho entregue.

E esse tipo de valor que não corresponde ao Estado moderno, ao que a gente quer ver no Brasil. A gente quer um Brasil que entregue serviços públicos de qualidade, sobretudo a Educação, que, como eu disse já, é o mais importante de todos.

Se não fosse a Educação, eu não estaria aqui. A minha origem é a origem tipicamente brasileira. E se eu desafiei as probabilidades e hoje estou aqui nesta tribuna, representando os milhões e milhões de alunos do estado de São Paulo, é porque eu tive, contra todas as probabilidades, o acesso à Educação. E eu tive, nos meus pais, o exemplo de que a Educação é central na vida de uma pessoa.

Portanto, para concluir, presidente... (Manifestação nas galerias.) Eu peço o respeito de todos os que estão na galeria. É fundamental que haja o respeito, porque é um debate democrático e que assim deveria ser.

Mas infelizmente o nível de capital humano no País ainda não avançou muito, e a gente ainda tem esse tipo de desrespeito, sobretudo vindo de representantes da Educação, o que não deveria acontecer.

Mas, para concluir, presidente, eu queria fazer um pedido sincero a todos os colegas presentes, que estão nos gabinetes, que estão aqui no plenário, a votarem favoravelmente ao PLC 03.

É um projeto fundamental, é o eixo estruturante de uma nova Educação no estado de São Paulo, uma Educação que se preocupa com resultado, que se preocupa com a aprendizagem e se que preocupa também com a qualidade de vida de quem está ali, na sala de aula, ensinando e participando da comunidade escolar.

Muito obrigado, presidente, e obrigado a todos os colegas. (Manifestação nas galerias.)

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Carlão Pignatari.

 

* * *

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Caio França.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Para encaminhar, presidente, pela bancada do PSB.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É regimental. Para encaminhar pelo PSB, deputado Caio França.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Senhoras e senhores, está aqui em discussão o projeto de lei que o governo diz que reorganiza a carreira dos professores e injustamente vincula o reajuste dos professores.

Eu queria inicialmente aqui, presidente, dizer que já há na mesa, na atual condição, primeiro um roteiro do governo que não permite a separação do reajuste e da carreira.

Mas nós protocolamos aqui um roteiro que permite, sim, a separação do reajuste de 10% com relação à carreira, que obviamente teria que ter tido muito mais tempo para ser discutido. (Manifestação nas galerias.)

Então, quero dizer aqui que não é verdade que nós não podemos separar uma coisa da outra. É claro que nós podemos. Inclusive, é uma falta de sensibilidade você... Por que ele não colocou os professores junto com os outros servidores que na semana passada nós votamos aqui? Por que não? (Manifestação nas galerias.)

Com o governador é assim: ele fala uma coisa, anuncia para a imprensa e para o povo que está dando um grande reajuste, mas, no fundo, nós sabemos que o que ele quer é destruir a carreira dos professores de São Paulo.

E vou dizer mais: tem gente aqui que daqui a pouco vai inventar um novo profissional para dar aula. Parece que dá para fazer Educação sem professor na escola. Pelo amor de Deus! (Manifestação nas galerias.)

O governador João Doria, ao longo destes últimos anos, já demonstrou que não tem nenhum apreço pelo serviço público e pelos servidores. Não teve um projeto nesta Casa de Leis encaminhado por ele em benefício do servidor público, não teve um.

Se tiver algum, alguém com capacidade cognitiva que possa falar qual foi o projeto. Ele só fez aqui a mudança na Previdência, pior que a do Bolsonaro. Pior que a do Bolsonaro. (Manifestação nas galerias.)

Olha, lá na Câmara Federal, não sei se vocês sabem, mas foram 12 audiências públicas discutindo com as categorias. Sabem quantas nós fizemos aqui na Assembleia? Nenhuma. Nenhuma.

O presidente, à época, não sei se vocês vão lembrar, inverteu, sem avisar ninguém, e convocou sessão para as 8 horas da manhã, sendo que o combinado é sempre depois do expediente, para que os servidores possam participar. Uma vergonha tremenda. Horrível a maneira, a postura deles em relação ao servidor público.

Mas, não sei se todos lembram, na disputa de 2018, o mesmo João Doria falou que não mexeria na Previdência dos servidores públicos, e lá veio ele e mexeu de novo. Vejam, é muita cara de pau do governador em ter a capacidade de poder desdizer, se é que existe essa palavra, tudo o que ele falou na campanha eleitoral.

Ele deveria ser cobrado de tudo que prometeu.  E, se ele não for cobrado pela Justiça, que as urnas possam mostrar o tamanho do João Doria na próxima eleição presidencial.

Presidente, que saudade. Eu não sei se todos vão lembrar aqui, mas o secretário de estado anterior ao Rossieli foi o João Cury, que não é do mesmo partido que o meu. Foi escolhido, à época, pelo governador Márcio França, e atendeu todos os servidores, os sindicatos representativos. Que saudade do João Cury.

Olha, eu disse aqui na última sessão e repito. O último projeto votado por esta Casa em benefício dos professores foi quando o Márcio França foi governador do Estado. Foi quando foi contabilizada a licença médica para a aposentadoria dos professores. Foi ele quem deu.

Foi ele, à época também, que permitiu que os professores readaptados tivessem uma aposentadoria especial, e foi ele, à época, que foi no Supremo Tribunal Federal, com a Apeoesp, as outras entidades, pedir o reajuste, porque era um ano eleitoral, os oito meses que ele ficou à frente do governo.

Então, senhores, acho que este é o momento de mostrar, e eu falo aqui com o peito aberto, com o coração tranquilo, com a consciência tranquila, porque eu votei contra a reforma da Previdência do Doria. Eu votei contra o PL 529. Eu votei contra os projetos que retiraram direitos dos servidores públicos, ao longo desses quatro anos.

Então, eu não tenho nenhum pudor em vir aqui e falar as verdades do governador João Doria. Só que eu conheço como é que funciona a política. Os mesmos que votam os projetos aqui não têm condições de, na rua, defender a João Doria, porque sabem que não tem um cidadão, em sã consciência, com capacidade de fazer a sua defesa nas ruas. Faz nos bastidores, ali, em conchavos políticos, mas, na real mesmo, não têm coragem de fazer, porque sabem que ele prejudicou todo mundo.

Então, meus amigos, para reforçar o que eu já disse aqui.  É possível, sim, separar o reajuste desse desmonte que está sendo apresentado aqui. Então, para vocês que estão nos acompanhando aqui pelas galerias, mas para outros milhares que talvez vão assistir esses debates depois, em vídeos de WhatsApp. Não se deixem enganar. São dois roteiros apresentados. O primeiro roteiro é do governo, que coloca tudo no mesmo bolo, e aí sim não tem condição de separar uma coisa da outra.

É simples. Basta derrotar o roteiro apresentado pelo governo. Na sequência, entra o roteiro que nós apresentamos, separando o reajuste da carreira. Então, vamos fazer o seguinte. Na hora em que mostrar ali... A Assembleia tem um momento que é lindo, que é a hora que é a transparência, a hora que eu voto pinga lá. Muita gente que fala: “tô contigo, tamo junto”, chega ali na hora e vota com o governo, e tem vergonha de se expor aqui. Porque todo mundo conhece um professor. Não é possível.

Não é possível que seja tão benéfico para carreira e não tenha um único professor defendendo essa pauta. Como é que pode isso? (Manifestação nas galerias.) Eu quero pedir aqui aos colegas, e até acho que faltou sensibilidade do seguinte. Vejam só. Esse governo está acabando, não é? O governo do João Doria está acabando. Já acabou, praticamente.

 Poxa, o cidadão quer discutir a carreira dos próximos anos, faltando alguns meses para acabar o seu governo? Deixa isso para um próximo governador, com o peito aberto, de cabeça erguida, discutir com os professores. (Manifestação nas galerias.)

Agora, terminando... Sabe aquele negócio, assim: “o último que ficar apaga a luz”? “Não, pera aí, vou mandar um negócio discutindo a história dos professores”.   Pelo amor de Deus, não tem cabimento. Por que ele não fez isso no primeiro ano do mandato dele?

O Rossieli é secretário desde o início. Saiu do Temer e veio para cá para poder ser secretário de estado, assim como outros, teve um que veio de Goiás, outro veio não sei de onde, vejo o Rossieli, por que no primeiro dia não discutiu a carreira?

Agora não, nos últimos meses, no apagar das luzes, ele manda um projeto como esse. E, para piorar, coloca os professores em uma situação de vulnerabilidade, dizendo o seguinte: “se não aprovar a carreira não tem os 10%”.

Olha, pelo amor de Deus, nós temos que ter grandeza aqui e mostrar que a Assembleia tem capacidade, mostrar que a Assembleia é independente e falar: “Governador, desculpa, mas não dá para o senhor, que está saindo do cargo mais uma vez, que não vai completar mais uma vez o que o senhor prometeu para as pessoas, de concluir o seu mandato, agora o senhor quer mandar um projeto de discussão de carreira”.

Vamos votar o reajuste dos professores e aí, depois, um novo governo, com uma nova Assembleia, terá condições de, com os professores, com o tempo, discutir uma nova carreira. Agora, no finalzinho não. (Manifestação nas galerias.)

Eu quero, para complementar a minha fala, cumprimentar os professores que ao longo desses anos todos, ao longo das dificuldades impostas pela pandemia, pela falta de estrutura das escolas estaduais, pela falta de condições que as salas de aula nos impõe, são guerreiros e estão ali para poder dar aprendizagem para as pessoas que mais precisam, porque é muito fácil falar em meritocracia, mas nós vamos esperar quantos outros Daniel José nascerem?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Para concluir, deputado.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Para concluir, presidente. Só para terminar igual ao outro parlamentar.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Para concluir. A mesma coisa, deputado. Aqui todos têm o mesmo direito, só para concluir.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Perfeito. Olha, nós não podemos esperar que outros parlamentares como o Daniel José, que pela sua capacidade conseguiu chegar aonde chegou, mas quantos outros nós vamos ter que esperar para ver?

A gente quer que as pessoas tenham a mesma oportunidade de ensino e sem professor não se faz uma boa Educação, não dá para discutir a carreira sem ter o acordo dos profissionais da Educação.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Para concluir, deputado. Por favor.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - É isso, presidente. Vamos votar contra o roteiro apresentado e a favor da separação.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obrigado.

Pois não, deputada Carla.

 

A SRA. CARLA MORANDO - PSDB - Peço para encaminhar pela bancada o deputado Barros Munhoz

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputado Barros Munhoz. Antes, eu gostaria de cumprimentar o vereador da cidade de Itapeva, Laercio Lopes, que está aqui nos visitando, e os gestores do Grupo Salva-Vidas, Valdiclei e Daniele Zacarias. Sejam bem-vindos à Assembleia Legislativa de São Paulo. A convite do deputado Carlos Cezar.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, colaboradores da Assembleia, senhores da imprensa e público que nos honra com sua presença no dia de hoje.

Eu gostaria de dizer, em primeiro lugar, que essa discussão, deste momento, é totalmente inócua, totalmente inadequada. Foi apresentado um roteiro que colocou em primeiro lugar o projeto, depois foram apresentados dois outros roteiros, que também apresentaram em primeiro lugar o projeto.

Por quê? Porque o Art. 19 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo determina que assim seja. Só na hipótese de uma emenda assinada por 63 deputados pode haver uma outra ordem, caso contrário, com base no Art. 19, ou melhor, 209 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, tem que ser o projeto o primeiro item a ser votado.

Então é só isso. É só isso. Agora, indiscutivelmente é uma questão bastante difícil, principalmente para nós deputados que não somos educadores, que não somos experts em Educação. Principalmente para nós que não conhecemos como conhece tão bem todos aqueles que militam na Educação.

E, como a nossa querida deputada, que eu faço questão de homenagear, combativa, discordando dela ou concordando com ela, já discordamos e concordamos em várias oportunidades, a gente tem que respeitá-la, a nobre deputada, colega, da qual me orgulho muito de ser colega, a Bebel. (Manifestação nas galerias.)

O que eu quero dizer é o seguinte, minha gente: aqui é uma pesquisa feita por instituições sérias sobre a situação da Educação nos diversos países do mundo. Por item, aqui tem o item “leitura”.

São 76 países pesquisados. A República Dominicana é o 76º país. O Chile está em 43º, Uruguai em 48º, a Costa Rica em 49º e o México em 53º. O Brasil está em um triste e lamentável 57º lugar.

Em matéria de ciências, são 78 países. Sessenta e seis é o lugar do Brasil. O Chile está em 45; 54, o Uruguai; 57, o México; 60, a Costa Rica e 62, a Colômbia. E agora o mais triste, o mais dolorido, sobre matemática: 78 países. O 78º continua sendo a República Dominicana. Uruguai, 1; Chile, 2; México, 3. Na ordem: 58, 59 e 61. Costa Rica, 63º; Peru, 64º; Colômbia, 69º. Brasil, 70º.

Essa é a triste realidade da Educação no nosso país, minha gente. Então, não vou aqui defender o projeto ou criticar o projeto. Eu vou dizer que é imperioso que haja uma modificação substancial na Educação do nosso país. Esses números não mentem e todo mundo sabe que são verdadeiros.

Eu entendo que houve um esforço do governo. Não estou querendo dizer que é certo, que é verdade, que ninguém tem razão ao querer votar de forma diferente, de não querer a carreira. Eu não vou dizer isso em hipótese alguma.

Eu vou dizer que nós, da bancada do PSDB, para a qual voltei recentemente - e agradeço a acolhida que lá tive da minha querida líder Analice Fernandes e de todas as colegas e os colegas de partido -, nós discutimos.

Nós procuramos ouvir. Eu, especificamente, fui ouvir o pessoal da base. Obviamente, o que eu constatei é aquilo que todo mundo sabe: está muito dividida a opinião a respeito desse projeto.

Eu quero dizer o seguinte: se, por ventura, não fosse optativa, certamente a nossa posição, no PSDB, seria outra, não é, minha líder? Certamente seria outra. É que há uma opção. Se a pessoa não quiser fazer parte da carreira, ela opta por não fazer parte da carreira.

Isso também é definido por um artigo extremamente importante, que é o Art. 8º das Disposições Transitórias. É o seguinte: “Podem não aderir à carreira...” Ou melhor, é o Art. 8º das Disposições Transitórias do projeto. “Podem não aderir à carreira e receber o reajuste”. Então, estamos tratando aqui de um reajuste de 10%, estamos tratando de um reajuste de 10% para as aposentadas e aposentados.

Eu quero fazer um apelo. Nossa bancada... Quero dizer claramente: nossa bancada vai votar a favor do projeto com a consciência tranquila de que está votando pela Educação de São Paulo. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Em votação adiada o requerimento de método de votação apresentado pelo líder do Governo, deputado Vinícius Camarinha.

Em votação. As Sras. e os Srs. Deputados que estiverem de acordo, permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputada Márcia Lia.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Para pedir uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É regimental. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. A partir deste momento estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Quero colocar a bancada do PSOL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PSOL em obstrução.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputada Analice Fernandes.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - PSDB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PSDB em obstrução.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputada Márcia Lia.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - PT em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - O Partido dos Trabalhadores está em obstrução.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PTC - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PTC - Colocar o Agir em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PTC em obstrução, deputada. Só para entender, deputada, não foi homologado o nome.

 

A SRA. MARTA COSTA - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputada Marta Costa.

 

A SRA. MARTA COSTA - PSD - PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PSD em obstrução.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Campos Machado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - Avante em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Avante em obstrução.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Republicanos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Republicanos em obstrução.

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Delegado Olim.

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - Progressistas em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Progressistas em obstrução.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputada.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - PRTB em obstrução, Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PRTB em obstrução.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Vinícius.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Orientação de votação é possível fazer agora?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pode.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - A liderança de governo orienta a base a votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Ok.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Caio França.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Para colocar o PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PSB em obstrução.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Tenente Nascimento.

 

O SR. TENENTE NASCIMENTO - PL - Com anuência do líder, para colocar o PL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Com anuência do líder para colocar em obstrução o Partido Liberal.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para pedir para as bancadas que conversaram conosco para votarem contra.

 

O SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Milton.

 

O SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - União Brasil em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - União Brasil em obstrução.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. E só quando tiver os 48 votados, depois a gente vota.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, presidente. São 48 votos que precisam para...

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Maioria simples.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Maioria simples? Só para orientar aqui os parlamentares a deixarem em obstrução e só votarem...

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Não, o senhor não vai orientar nada aos deputados. Já foi orientada a bancada (Inaudível.)

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Se o governo atingir 48 votos “sim”, presidente. Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Isso, parabéns. Pela liderança do Partido Liberal.

 

O SR. SARGENTO NERI - PATRI - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Sargento Neri.

 

O SR. SARGENTO NERI - PATRI - Colocar o Patriota em obstrução.

           

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Patriota em obstrução. Fazer hoje apenas uma comunicação. O deputado Rogério Nogueira é aniversariante do dia, está aqui. Parabéns, Rogério. Muita saúde, muita paz ao deputado Rogério Nogueira.

 

O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Marcio.

 

O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Para colocar o PDT em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PDT em obstrução.

 

O SR. BRUNO GANEM - PODE - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Bruno Ganem.

 

O SR. BRUNO GANEM - PODE - Para colocar o Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Podemos em obstrução. Tendo transcorrido os quatro minutos, o sistema eletrônico ficará aberto para que as Sras. Deputadas votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas.

 

A SRA. MARINA HELOU - REDE - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputada Marina Helou.

 

A SRA. MARINA HELOU - REDE - Para colocar a Rede em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI – PSDB Rede em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Estão abertos os microfones para quem não conseguiu votar no sistema eletrônico.

 

O SR. ROBERTO MORAIS - CIDADANIA - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Roberto Morais.

 

O SR. ROBERTO MORAIS - CIDADANIA - Votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Votar “sim” o deputado Roberto Morais.

 

O SR. ROQUE BARBIERE - AVANTE - Para votar “sim”.

 

O SR. MAURO BRAGATO - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Eu voto “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Votar “sim”.

 

A SRA. MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Para votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obrigado.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Eu gostaria que V. Exa. esclarecesse o Plenário.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Está em processo de votação. Está em processo de votação.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - É sobre a votação, presidente.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Está em processo de votação. Está em processo de votação.

 

O SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Sr. Presidente, eu quero votar “sim”, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obrigado, deputado Wellington Moura.

 

O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - PSDB - Pela ordem, presidente. Eu votei no painel, e deu confirmação de “sim”, mas não está aparecendo. Eu gostaria de votar.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Está lá, sim.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É só votar. Vote no microfone, então, por favor.

 

O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - PSDB - Está bem. Voto “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Aqui está azul. No meu ele está como ele não votou. É isso.

 

O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - PSDB - Então, para votar “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Vamos proclamar o resultado: 77 Sras. e Srs. Deputados votaram, 47 votaram "sim", 29 votaram "não", quórum que aprova o método de votação do deputado líder do governo, Vinícius Camarinha, ficando prejudicados os demais métodos.

Item 1 -

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Gostaria de pedir uma verificação nominal, presidente, para que V.Exa. tenha oportunidade de votar, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Nesse momento eu vou colocar em votação.

Em votação.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Sr. Presidente, cabe encaminhamento, presidente, da votação?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Não cabe encaminhamento.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Nesse momento não cabe, presidente?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Nesse momento não.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Cabe uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Cabe a verificação.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Então, uma verificação de votação dá a possibilidade de o senhor votar.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sim, exatamente isso.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Então, é um pedido de verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Em votação o pedido de votação nominal. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo, permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, deputado Caio França.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Para uma verificação de votação, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É regimental. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. 

A partir deste momento, fazemos soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Vinícius.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Orientação de votação, presidente: para os deputados da base que são a favor dos professores aposentados, votem “sim” para que V. Exa. possa ter o direito de votar, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obrigado, deputado.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Para uma orientação, também: para ficar claro, esta votação é para que o presidente possa votar.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Ou não.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - O Governo está no limite, no limite com relação aos votos. Portanto, é fundamental que quem é contra o projeto espere o Governo colocar 48 votos antes de se posicionar. Quem votar contra antes está ajudando o Governo, o Governo. É isso, presidente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, Carlos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para colocar a bancada do PSOL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PSOL em obstrução.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Como vice-líder, botar a bancada do PT em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Com a anuência da deputada Márcia Lia, o deputado coloca o Partido dos Trabalhadores em obstrução.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Campos.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - Para colocar o Avante em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Avante em obstrução.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PTC - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputada Adriana Borgo.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PTC - Para colocar o PTC em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PTC em obstrução.

 

O SR. RICARDO MADALENA - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Ricardo Madalena.

 

O SR. RICARDO MADALENA - PL - PL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Partido Liberal em obstrução.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Caio França.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PSB em obstrução.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Gilmaci.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Republicanos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Republicanos em obstrução.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputada.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Para colocar o PRTB em obstrução, Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PRTB em obstrução.

 

A SRA. MARTA COSTA - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputada Marta Costa.

 

A SRA. MARTA COSTA - PSD - PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PSD em obstrução. Pedir para um deputado que abaixe o microfone. Pois não, deputada Analice Fernandes.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Para colocar, também, o PSDB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PSDB em obstrução. Isso, agora vira para cima o microfone. Isso, não precisa mexer. (Inaudível.).

 

O SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado.

 

O SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - União Brasil em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - A União Brasil em obstrução.

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - União Brasil? Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Olim.

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - Colocar o Progressistas em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Progressistas em obstrução. Para que as mulheres possam votar sem ficar na ponta do pé, como aconteceu até agora.

 

A SRA. MARINA HELOU - REDE - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputada Marina Helou.

 

A SRA. MARINA HELOU - REDE - Colocar o Rede em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Rede em obstrução.

 

O SR. SARGENTO NERI - PATRI - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não.

 

O SR. SARGENTO NERI - PATRI - Colocar o Patriota em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputado Sargento Neri coloca o Patriota em obstrução.

 

O SR. BRUNO GANEM - PODE - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Bruno Ganem.

 

O SR. BRUNO GANEM - PODE - Para colocar o Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Podemos em obstrução.

 

O SR. BRUNO GANEM - PODE - Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Tendo transcorrido os quatro minutos, o sistema eletrônico ficará aberto para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados votem “sim”, “não” ou registrem abstenção nos terminais dispostos em suas mesas. Estão abertos os terminais.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para orientar a nossa bancada de que nós só poderemos votar após os 48 votos da bancada que é favorável ao projeto.

 

O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Pela ordem, presidente. Para colocar o PDT em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputado Marcio Nakashima coloca o PDT em obstrução.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Presidente, sobre o método de votação. Qual é o quórum de votação para o requerimento que eu apresentei, presidente?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Maioria simples. Quarenta e oito votantes, maioria simples. Dizer aos deputados que a partir deste momento nós teremos quatro votações, todas elas, se for aprovado nominal, todas elas terão que ser nominais.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - E o que nós estamos votando é para que V. Exa. tenha o direito de votar, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Vinícius.

 

O SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Sr. Presidente, foi ele que pediu votação nominal, presidente.

 

* * *

 

- Verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Não havendo alteração de voto, está encerrada a votação. Vou passar a proclamar o resultado: 49 deputados votantes, 46 votaram “sim”, dois votaram “não”, quórum que aprova a votação nominal.

Item 1. Em votação, o projeto, salvo Mensagem Aditiva, Substitutivo, emendas, e subemendas. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo, permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Quero indicar a deputada Monica Seixas para encaminhar, em nome da liderança do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Já passou o momento.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Verificação de votação, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Não, não. Não tem verificação. São nominais, todos são nominais.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. A partir deste momento, fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

Não é mais necessário pedir votação nominal, porque todas as votações são nominais, daqui até o encerramento. Então não é necessário mais que alguém peça verificação.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - PARA QUESTÃO DE ORDEM - É só uma dúvida. Porque eu vi um colega pedir para encaminhar. Mas V. Exa. já estava em procedimento de votação. Estamos avaliando o mérito agora?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - O mérito do projeto. Quem votar “sim”, aprova o aumento e aprova a carreira dos professores. Quem votar “não”, vota contra o aumento e também vota contra o mérito.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, presidente. Já é o momento de colocar as bancadas em obstrução?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Exatamente.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Então, Republicanos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Republicanos em obstrução.

Com a palavra, deputado Campos Machado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - Para colocar o Avante em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Avante em obstrução.

 

O SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - Pela ordem, Sr. Presidente. União Brasil em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - União Brasil em obstrução.

 

O SR. SARGENTO NERI - PATRI - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o Patriota em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Patriota em obstrução.

 

O SR. RICARDO MADALENA - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. PL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Partido Liberal em obstrução.

 

O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Pela ordem, Sr. Presidente. PDT em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PDT em obstrução.

 

A SRA. MARTA COSTA - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PSD em obstrução.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente. É possível proceder orientação de votação, presidente?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, já foi feito.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Esclarecer o plenário que adentramos o mérito do projeto. Estamos dando autorização de reajuste para os professores de carreira, professores aposentados, agentes de organização escolar e a opção do novo plano de carreira. É uma responsabilidade imensa. Eu peço, para a base, para que nós possamos votar “sim”, Sr. Presidente. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar a bancada do PSOL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PSOL em obstrução.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - E dizer, Sr. Presidente, que o deputado Camarinha não está dizendo a verdade.

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - Pela ordem, Sr. Presidente. Botar o Progressistas em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Progressistas em obstrução.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para botar o Partido dos Trabalhadores em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Partido dos Trabalhadores em obstrução.

 

O SR. CEZAR - SEM PARTIDO - Em obstrução, eu. Estou sem partido, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputado Cezar em obstrução.

 

A SRA. ADRIANA BORGO - PTC - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o PTC em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PTC em obstrução. Tendo transcorrido os quatro minutos, o sistema eletrônico ficará aberto para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas.

 

O SR. BRUNO GANEM - PODE - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Bruno Ganem.

 

O SR. BRUNO GANEM - PODE - Colocar o Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Podemos em obstrução.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, presidente. PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - PSB em obstrução.

Estão abertos os microfones para que se vote “sim”, “não” ou “abstenção”.

Deputado Vinícius.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É sobre a votação?

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - É sobre o método de votação, presidente. (Vozes sobrepostas.)

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Está em processo de votação.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Eu preciso saber, presidente, o quórum de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - Mais algum deputado gostaria de... Não havendo deputados, algum deputado gostaria de alterar o seu voto?

 

* * *

 

- Verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - Não havendo deputados para alterar o seu voto, passamos a proclamar o resultado: total de 50 Sras. Deputadas e Srs. Deputados, 49 votaram “sim”, um votou “não”, quórum que aprova o projeto salvo emendas, mensagem aditiva, substitutivos, emendas e subemendas. Aprovado o projeto... (Vozes sobrepostas.) Deixe-me terminar a votação. Ficando aprovado o projeto e prejudicado o substitutivo.

 

* * *

 

- Em atendimento ao Art. 203, § 6º, do Regimento Interno, o relatório de votação nominal está publicado no portal da Alesp, no endereço eletrônico https://www.al.sp.gov.br/alesp/votacoes-no-plenario/.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - Item 3 do método de votação.

 

O SR. RICARDO MADALENA - PL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não.

 

O SR. RICARDO MADALENA - PL - Posso encaminhar o deputado Gil Diniz, pela bancada do PL?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Agora ainda não. Quando puser em votação, pode. Agora ainda não. Eu vou dar tempo, tranquilo, para encaminhar.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Para encaminhar também, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Não, não está em votação ainda. Item 3 - Método de votação. Em votação a mensagem aditiva do Sr. Governador.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não, deputado Caio França.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Para encaminhar, em nome da bancada do PSB.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Para encaminhar, em nome da bancada do PSB.

 

O SR. RICARDO MADALENA - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para encaminhar o deputado Gil Diniz, em nome da bancada do PL.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Após o deputado Caio França.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Se o senhor permitir...

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - O deputado Caio França pediu primeiro pela liderança do PSB.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Então eu vou falar, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É a ordem. (Manifestação nas galerias.) Por favor, Sras. Deputadas, nós temos um orador na tribuna. Com a palavra o deputado Caio França, para encaminhar pela bancada do Partido Socialista Brasileiro.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Adalberto Freitas.

 

* * *

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Com muito orgulho do PSB, presidente, aqui encaminhando em nome da bancada. Mais uma vez, uma demonstração de total desrespeito desta Casa com os servidores públicos, com os servidores.

E aí, me permitam aqui, mas chega a ser deplorável os parlamentares que não têm coragem de se posicionar a favor do projeto, e, para defender o governo, votam contra antes do tempo.

Eu digo, nós temos que ter, pelo menos na política, e na vida... Não é, presidente? Porque coragem é um adjetivo, é um predicado que não é só na política. É na vida da gente.

Tem que ter coragem para poder defender o que acredita. (Manifestação nas galerias.) Então, presidente, eu quero aqui lembrar que nós temos ainda alguns itens. (Manifestação nas galerias.) Presidente, eu vou pedir a ajuda de Vossa Excelência, senão...

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Por favor, nós estamos com um orador na tribuna. Vamos respeitar, por favor.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Bom, presidente, o microfone está muito baixo aqui em relação ao do senhor. Eu não consigo falar. Então, presidente, eu gostaria aqui, incialmente...

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Caio. Vossa Excelência me dá um...

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Não tem aparte, deputada Bebel.

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Não cabe aparte.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Presidente, então para poder fazer aqui a minha fala. Primeiro, dizer da vergonha dos parlamentares que, antes do governo colocar 48 votos “sim”, não têm nem a coragem de se posicionarem a favor do projeto. É uma vergonha, porque na política, volto a falar, como na vida, a coragem, deputado Barba, é um predicado que não pode faltar.

Se você defende o projeto, defenda ele de verdade, mas não no submundo da política. Defenda na cara e na coragem. Coloque o voto “sim” lá. Porque quem votou “não” antes do governo colocar 48, ajudou o governo, mas tinha vergonha de poder fazê-lo.

E aí, presidente, eu volto a falar aqui. É triste que a Assembleia, o presidente da Casa ajude dessa forma. Precisa esperar o presidente chegar. Se fosse o contrário, ele já tinha encerrado a votação.

Alguém duvida disso? É claro que não. Aqui é assim. Por isso que é triste ver esta Casa se sujeitar a todo e qualquer projeto do João Doria, sem ter condição de colocar uma emenda.

Nós estamos falando da carreira dos professores. São mais de 300 mil pessoas, entre mulheres e homens, que se dedicaram, prestaram concurso público. Não são indicados, igual ao Rossieli, que vai passar, que está passando já. Está de saída.

São profissionais que prestaram concurso, passaram e estão lá na sala de aula. No meu caso, lá na Baixada Santista, muitas delas nas periferias das cidades. No Vale do Ribeira, nos quilombos.

Vejam só, nós votamos aqui, mais uma vez, para tirar direito dos servidores. E quando falam que todos eles têm a opção de escolher entre a carreira ou não é mentira. É mentira.

E quando falam que o salário vai ser de cinco mil e poucos reais é mentira também deles. É mentira. Assim como, ao longo do tempo, foi através das mentiras que ele venceu a eleição em 2018 e, através das mentiras, ele sobrevive no mandato do ponto de vista político.

Agora, precisa terminar essa votação aqui ainda. Tem mais alguns itens. Se a Assembleia tiver coragem de poder não colocar aqui os 48 votos a gente deixa esse projeto pendurado aqui, porque o governador não pode sancionar antes de a gente concluir a votação.

Então, a sugestão aos deputados que votaram “não” querendo votar “sim”, mas com vergonha de votar “sim”, agora é a hora de pelo menos vocês mudarem o voto. Votem “sim” no começo da votação.

Quando eu falo de coragem é porque para mim esse predicado, deputado Emidio, é o principal de todos eles, porque sem a coragem qualquer outro adjetivo não se sobrepõe. Quem não tem coragem de defender o que pensa não merece a posição que ocupa aqui. A Assembleia é um lugar de posicionamento, posicionamento.

Quem não quiser se posicionar que vá para outra função, às vezes de assessoramento nesta Casa, sei lá, mas parlamentar tem que ter posicionamento. Quem votou “sim”, eu estou do lado contrário, mas eu respeito, ainda que pense totalmente diferente.

Agora, nós perdemos aqui o roteiro, o método e, depois, o primeiro item, por conta de colegas que, para ajudar o governo, mas sem coragem de mostrar a sua opinião, votaram “não” para votar “sim”.

O deputado Rafael Silva pediu que eu trouxesse aqui a mensagem, está tentando chegar, teve que passar por uma situação pessoal, é contra o projeto, pediu que eu trouxesse essa mensagem. Deputado Rafael Silva, da bancada do PSB.

Mas, presidente, eu sinto dizer isso, que eu participo da legislatura que só tirou direito dos servidores. Não teve uma vez que esta Casa de Leis se reuniu para poder falar: “Olha, temos um projeto que defende alguma categoria”. Não teve uma.

O governador João Doria e os aliados enxergaram no servidor público o problema central da máquina pública. A quantidade de comissionados, isso não está em jogo, isso não representa nada. A publicidade e a propaganda que ele faz e anualmente aumenta, isso é irrisório, nisso não precisa mexer.

As desonerações, as isenções fiscais que ele deu para diversos setores, irrisório. Os grandes que devem para o estado é besteira, o problema central são os professores da rede pública. Esse é o problema do estado.

Fala a verdade, é de uma falta de sensibilidade completa do governador João Doria e eu já disse aqui... (Manifestação nas galerias.)

Presidente, só para preservar o meu tempo.

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Por favor, pessoal, vamos preservar o tempo do orador e peço a gentileza de ter um pouco mais de controle.

Está preservado o seu tempo, deputado Caio França.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Ok. Presidente, para concluir da minha parte e para lembrar os colegas deputados e os professores que nos acompanham aqui: o secretário Rossieli faz visitas mensais às diretorias de ensino. As pessoas que estão no entorno dele, a mesma coisa. Vejam só: ele tem a capacidade de dizer que está melhorando a carreira dos professores e não consegue juntar dez professores que defendam o projeto dele. Como é que o projeto é bom se a categoria não o defende?

E aí, presidente, de verdade, o governador João Doria, eu já disse e repito: não precisamos nem gastar energia com ele. Esse já foi, já passou. Quem representa esse projeto atualmente tem nome e sobrenome: é o Rodrigo Garcia.

O Rodrigo representa o Doria na eleição estadual. Ele é a pessoa que vai ter que defender o que o Doria fez ao longo do tempo. Eu aposto que ele vai tentar esconder, porque não tem um cidadão que não seja os secretários de estado que defenda o João Doria. Ninguém.

Sabe do que sofre o governador João Doria? Quem disse isso foi o Aécio Neves, que nem é uma pessoa tão boa assim para a gente poder trazer de exemplo, mas eu gostei do que ele falou: que o João Doria sofre do que tem de pior na política, que é o CCC - Conselho de Cargo Comissionado.

Todo final do dia, o João Doria pergunta e as pessoas falam: “Olha, governador, a sua fala hoje foi maravilhosa. Essa sua gravata está perfeita. Que terno bem posicionado. O senhor é realmente genial”. Ele vive em um mundo da lua, completamente no mundo da lua.

Ele chegou a perguntar, não sei se vocês lembram... Ele estava, se não me engano, na Paraíba, fazendo uma conversa de pré-campanha e ele falou...

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Para concluir, deputado.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Para concluir, presidente. “Eu fui para Dubai, semana passada. Vocês todos aqui conhecem Dubai?” Como assim, governador? Dubai? Quem conhece Dubai, governador?

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Olha o tempo, presidente. O tempo.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - O senhor está no mundo da lua! O senhor está vivendo em outro mundo.

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Deputado Caio França, para concluir que o deputado Gil pediu a palavra também.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Sem problemas, presidente. O mesmo tempo que o deputado Carlão Pignatari estava dando.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Para uma comunicação, presidente.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Presidente, para eu concluir a minha fala. Posso concluir, presidente?

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Para concluir, por favor.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Então, para concluir: o governador João Doria, que mais uma vez não vai terminar o cargo para o qual disputou a eleição em 2018, agora apresenta o pupilo dele, Rodrigo Garcia. Quem vai julgar isso tudo aqui é o povo do estado de São Paulo. Vamos ter consciência, gente. Tudo o que ele falou na campanha, ele não cumpriu no mandato.

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Para concluir, obrigado.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Para uma comunicação, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Antes, porém, para encaminhar pela liderança do PL, o deputado Gil Diniz.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Para uma comunicação, presidente, rapidamente.

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Pois não, tem dois minutos.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, é lamentável assistir e ouvir o querido colega, com todo o respeito, Caio França, usar a tribuna para falar nesses termos com esta Casa.

O deputado Márcio França quase afundou o estado de São Paulo. Graças a Deus e ao povo paulista que ele não chegou a ser governador do estado. O que deve indignar esse deputado é ver que o estado de São Paulo, agora, está em boas mãos. O estado de São Paulo tem dado sinais positivos. É uma vergonha ver um deputado falar dessa maneira.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Presidente. Pela ordem, presidente. A deputada Analice...

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Quase afundou o estado de São Paulo. Quase afundou.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - É uma comunicação, presidente. Nós vamos entrar em um debate, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Com a palavra o deputado Gil Diniz.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Não, só um minuto, presidente. Vossa Excelência tem que saber o seguinte: se a deputada quer fazer discurso, ela sobe à tribuna e faz a defesa do João Doria.

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - A palavra está com o deputado Gil Diniz.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Eu faço discurso, eu faço discurso, sim.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Vá para a tribuna, deputada Analice, e defenda o João Doria.

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - O deputado Gil Diniz está com a palavra.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Não, senhor, é uma vergonha o que você está fazendo.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Vá até a tribuna e defenda o governo João Doria.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Isso que está acontecendo nunca aconteceu.

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Cortem o microfone, por favor.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Presidente, presidente...

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Cortem o microfone de aparte, por favor.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Nunca aconteceu (Inaudível.) desgoverno. Uma vergonha.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - A deputada Analice...

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Com a palavra o deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Subo a esta tribuna e já adianto: a maioria ou a totalidade dos professores aqui jamais votaria em mim. Vocês têm uma linha ideológica que eu respeito. Eu sou um deputado bolsonarista e estou aqui graças ao presidente Jair Messias Bolsonaro; e sempre deixei claro. Tentei costurar aqui, Márcia, um acordo para que desse para rejeitar o método do governo e aprovar o método que vocês apresentaram.

O governo mais uma vez, numa atitude de prepotência e arrogância não aceitou, Mecca, absolutamente nada. Simplesmente começou a costurar, deputado Frederico d'Avila, como sempre faz. E para minha surpresa, deputados que eu acreditava que votariam conosco ao menos, Mecca, no método, Lia, de votação, deram quórum para o governo, Barba.

E pior ainda, senhores, professores e quem nos assiste pela Rede Alesp, votando “não” para enganar o eleitor, para que no final, deputado Enio, deputado Tenente Nascimento... E vou começar a expor.

Estou hoje no PL. Respeito a bancada, já tinha uma linha, só que eu também tenho a minha linha e respeito quem já estava no partido. Para mim antiguidade é posto. Mas começar um processo dentro do novo partido com essa postura, começamos mal. Quer votar “sim”? Vote “sim”. Coloque a digital, deixe registrado.

Não adianta vir falar para mim depois que não entendeu, que não conversou comigo. Deputado, que diz ser contra o governo, chegar no momento e votar favorável - que o presidente da Assembleia vote numa votação nominal-, deputado Enio, está de brincadeira, né? Sendo que o próprio governo já tinha votos; nós sabíamos.

Mas qual que é essa costura que o governo faz? O que o governo tem com esses deputados? Eu fico me perguntando. Então, doravante, vou subir aqui a esta tribuna para expor esses deputados, para expor para a minha base, que esses deputados que estão aqui na mesma coluna que eu, mas que eu estou longe deles.

Não adianta tirar foto com o presidente Bolsonaro, com o ministro Tarcísio para posar, deputado Conte, de bolsonarista e chegar aqui e só ajudar o João Doria, só ajudar o Rodrigo Garcia. Só um [Expressão suprimida.] aqui no funcionário público, na [Expressão suprimida.], desde o primeiro dia aqui nesta Assembleia. Pelo amor de Deus!  Então vamos tirar a maquiagem e ser sinceros.

Como eu disse aqui para os professores - vocês aqui não sabem - eu fui carteiro. Como aluno de último ano, Barba, eu entrei na sala de aula como da categoria “O”. Saía correndo dos Correios, como aluno do último ano em História, para entrar e pegar algumas aulas ali quando o professor se afastava, quando tinham ali algumas aulas.

Entrei na sala de aula, senti um pouco do drama que vocês sentem. Senti um pouco da precarização que o PSDB faz em São Paulo há 30 anos; e não só com os senhores não. É com a nossa Polícia Militar, com a nossa Polícia Civil. Aí chega neste momento, numa votação simples de um método de votação e deputado - ponha muitas aspas nisso - bolsonarista dando voto para o governo para aprovar método de votação.

E olhe só, se até votasse “sim” quando o governo tivesse quórum, quando a base do governo colocasse quórum, aí sim o deputado vem e se manifesta. Não quero dizer aqui como cada um deve votar - mal toco o meu mandato -, mas se votou antes do governo dar quórum, Luiz Fernando, é porque é base do governo.

Então deixe claro que é base do governo; deixe claro que é João Doria; deixe claro que é Rodrigo Garcia, porque não vai subir no mesmo palanque que eu votando aqui e ferrando a minha vida. Não vai! Não vai!

Então já estou falando aqui de antemão. Agradeço aqui e respeito a Liderança do PL. Obrigado, deputado Ricardo Madalena, mas para esses deputados que sobem no palanque com o presidente, tiram foto com o ministro Tarcísio, se dizem... (Vozes fora do microfone.) Exatamente, deputado Mecca.

Então vamos começar a colocar na rede social, vamos começar a subir no palanque e falar: “votou com o Rodrigo Garcia, votou com o João Doria”. Olha, está lá no espelho de votação, vocês vão ver o meu voto lá, vai estar semelhante ao do cara que votou com o Doria, porque tem aqui os prazos regimentais para votar.

Esses deputados se utilizam disso, às vezes, até da própria inocência, às vezes, da ignorância de quem não conhece o Regimento, e passa batido. Então não vou aceitar isso, não.

E alerto aqui os meus pares, não só nessa questão. Você que está em casa está nos acompanhando, né? Como eu disse, funcionário público em São Paulo foi tirado para bode expiatório.

Parece que o problema de São Paulo se chama funcionário público, policial militar, policial civil, professor. Mas o câncer do estado de São Paulo se chama PSDB, PSDB, e está fazendo metástase, viu? Está fazendo metástase. Está partindo para outros partidos. Cuidado.

Aqui neste Parlamento tem um deputado ali chamado Arthur, não vem para este Parlamento desde que fez aquela viagem aloprada para a Ucrânia, aquele [Expressão suprimida.], que não respeita as mulheres, não respeita este Parlamento. Pegou licença, deu câimbra, Mecca, deu câimbra, não pôde mais vir aqui no plenário, Chedid. Está com vergonha. E eu espero que seja cassado.

Hoje, parece que entrou numa agremiação partidária. Olha, é difícil entender o porquê de um partido aceitar um lixo como aquele em seus quadros partidários. Agora, o que nós vamos subir até a tribuna e denunciar também, se for o caso, é a manobra para salvar o mandato desse lixo, desse ser humano lixo, que é o deputado Arthur do Val. Então nós vamos subir aqui também para falar sobre isso.

Eu me manifestei nas redes sociais dias atrás, Mecca, sobre uma possível costura do João Doria, do vice-governador, que é candidato ao governo, para tentar colocar panos quentes.

Nós não vamos permitir. Os deputados que querem salvar o mandato dele, que subam aqui e defendam o mandato do Arthur do Val, que defendam o MBL, que digam, Conte, que concordam com aquelas palavras desse ser abominável, que, “olha, não é para tanto; olha, veja bem”. Mas nós não vamos permitir que isso saia impune, e que esse deputado, com articulação do Governo ou não, se mantenha aqui nesta Casa de Leis.

Então eu digo aqui para vocês: neste momento fico aqui prestando atenção em todas as movimentações, em todas as articulações. Mas confio, deputado Campos Machado, no Conselho de Ética, que é justo, sempre foi justo. Deputada Maria Lúcia Amary presidindo o Conselho de Ética, vários parlamentares aqui que têm uma história nesta Casa e estão ali no Conselho de Ética, deputado Olim, que está relatando que vai dar esse voto: espero que o voto conclusivo seja pela cassação desse cidadão.

O MBL, para finalizar, deputado Douglas Garcia, não está preocupado com a Assembleia Legislativa, não; não está preocupado com leis, não. Está preocupado com a folha de pagamento do Movimento Brasil Livre, porque eles se alimentam deste Parlamento aqui para manter o movimento, para manter o movimento.

É um guarda-roupas ali, de tanto cabide de emprego que tem para esses militantes travestidos de assessores, que atacam diariamente os deputados desta Casa nas redes sociais.

Então, presidente, para finalizar, só deixando clara a minha posição pela cassação do deputado Arthur do Val. E, novamente, a esses deputados que se dizem apoiadores do presidente Bolsonaro, que estão ali com o ministro Tarcísio. Nós vamos aqui subir a esta tribuna e expor...

 Obrigado Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Para concluir, deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Pela ordem, deputada Monica.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Para encaminhar pela bancada do PSOL .

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Presidente, enquanto... Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Regimental. Antes, porém, quero fazer a seguinte convocação: Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I do Regimento Interno, convoco V.Exas. para uma segunda sessão extraordinária a realizar-se hoje 10 minutos após o término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

* * *

 

- NR - a Ordem do Dia para a ... Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 30/03/2022.

 

* * *

 

Com a palavra a deputada Monica da Mandata Ativista.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Pela ordem.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - Sr. Presidente, eu apenas queria que suprimisse do pronunciamento do meu grande amigo Gil Diniz a expressão que ele usou. Por favor, Sr. Presidente.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Pela ordem, presidente. Para uma comunicação, presidente.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Faltam 10 minutos para acabar a sessão, então eu não dou anuência, não.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSDB - Presidente, para uma comunicação.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Eu não dou anuência, não, presidente.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - Eu posso terminar, deputado?

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - O orador na tribuna não deu anuência.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Obrigada, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Com a palavra a deputada Monica.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Monica, você me permite só um segundo?

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Você vai retirar, claro.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Presidente, pela ordem. Só para... Seguindo aqui a orientação do deputado Campos Machado, só para retirar das notas taquigráficas as palavras de baixo calão que eu acabei proferindo aqui, indignado, da tribuna da Assembleia Legislativa.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - UNIÃO - Esta Presidência determina a retirada das notas.

Obrigado, deputado Gil Diniz. Obrigado, deputado Campos Machado.

Com a palavra a deputada Monica da Mandata Ativista.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Não dei anuência porque faltam 10 minutos para acabar a sessão e o Camarinha ficou falando durante o rito de votação, ficou falando em momento que não era para votar, ofendeu a Bebel, gritou com uma companheira. Então já falou demais por hoje. Agora, o Gil para retirar uma palavra feia, eu dei permissão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Carlão Pignatari.

 

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Quero começar dialogando com o final da fala do Gil, que eu acho importante também, que é sobre essa Casa, essa Legislatura que muito me envergonha, que teve diversas passagens que nos envergonham a todos: violência generalizada, ofensa aos servidores públicos em outra votação aqui, que foram chamados de vagabundos, assédio aqui no plenário, e agora essa fala.

Eu só quero lembrar que está na mão do PSDB também a votação no Conselho de Ética do Arthur. Os jornais estão me perguntando, estão perguntando para todos nós qual a expectativa.

Há rumores, pelos corredores da Alesp, que o Palácio do Governo quer que se determine um relator que salve o Arthur, mas no Conselho de Ética a posição da maioria dos deputados é pela cassação, que se destaque um relator a favor, porque pelos corredores os rumores é que se destaque um relator que tope peitar a difícil tarefa de livrar o Arthur. É isso que está rolando aí na rádio peão.

Vou até dizer, e aí eu gostaria muito que ele viesse aqui e dissesse que eu estou falando errado, se eu estiver mentindo ele pode vir aqui falar. Dizem que é o Olim, pronto, falei.

Aí, Olim, pode vir aqui dizer “a Monica está errada, não sou eu, não vou fazer isso, não sou relator, eu sou relator e não vou livrar o Arthur.” Está tudo bem se ele vier aqui falar isso, só queria dizer que é essa fofoca que está rolando.

Depois eu queria dizer que Doria é inimigo da Educação, sim. A plaquinha foi retirada aí, gente que ficou desde as nove horas da manhã sem poder ir ao banheiro, sem poder comer, e etc.

Disseram que estava ofendendo vereador, o governador; ofensa é retirar direito dos trabalhadores da Educação; ofensa é chamar os trabalhadores da Educação de mal-educados; ofensa é tentar criminalizar quem luta pelos seus direitos. Agora, dizer que inimigo da Educação é inimigo da Educação não é ofensa, é verdade.

Doria não é só inimigo da Educação como é inimigo dos servidores públicos. Desde que assumiu o governo do estado de São Paulo todos os projetos que passaram por aqui tratam da retirada de direitos dos servidores públicos.

Doria tem horror ao serviço público, porque também não gosta de pobre. Eu vivo falando, quem atende o pobre no estado de São Paulo, a população mais necessitada são os professores, são os trabalhadores da Saúde, são as assistentes sociais, são as pouquíssimas psicólogas, são os trabalhadores do serviço público que garantem um bom funcionamento.

Essa foi uma votação bastante complexa, com desinformação, dizendo que a gente não podia separar o que a gente trabalhou ativamente para separar, para separar os dois ritos, para conseguir separar a reforma da carreira, do aumento de salário.

Mais uma vez, aumento de salário é justo para os servidores da Educação. Está atrasado, inclusive, deveria ter saído antes, mas a reforma da carreira retira direitos de professores e professoras, poucos direitos trabalhistas adquiridos. O mais grave é tirar o salário. Uma palavrinha nesse projeto, é uma grave ofensa, troca vencimento, que significa salário e todos os seus direitos, como aposentadoria, por exemplo, por subsídio.

Trabalhadores da Educação deixarão de ter salário e passarão a receber comissão. Isso não computa para aposentadoria, isso retira direitos trabalhistas, nesse falso aumento de salário, que, como bem demonstrou a Apeoesp, não vai cair na conta no final do mês.

É uma retirada de direitos, além de uma retirada de rendimentos dos trabalhadores da Educação, por isso a gente não votou aqui no mérito, a gente ficou na obstrução.

Eu gostaria que a gente tivesse conseguido separar, mas como já disseram os meus colegas, tem gente que ficou com a gente dizendo que era contra, mas na hora votou, e agora a gente está no último item dessa votação ainda, está no PLC 3 ainda e faltam quatro minutos para o fim dessa sessão.

Camarinha ficou hercúleo aqui, teve que botar o presidente para votar, teve que ficar falando e enrolando a plateia para dar tempo de os amiguinhos chegarem, o PSDB se organizar, tudo isso para retirar direito de professor, professora e trabalhadores da Educação.

Infelizmente, agora a gente não está em condições de separar o projeto, mas a gente pode ainda deter a reforma do Magistério, porque a gente está na votação dos itens finais. (Pausa.)

Está tudo bem, presidente. Está tudo bem, presidente. Na sequência, a gente deve votar o aumento de salário de outras carreiras, como a galera da Defensoria Pública, que também está esperando.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlão Pignatari.

 

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Mas hoje a gente viu que quem manda na Assembleia Legislativa são forças que a gente não enxerga aqui. Desde cedo, ontem, eu conversando com a Márcia Lia, conversando com a Bebel, pensando no melhor rito de votação, pensando em como garantir o aumento de salário, pensando em como derrotar o plano de carreira, liga para um, liga para outro, que se compromete, mas chega aqui e a gente é surpreendido de todos os lados.

Gente pinga, vota e a gente nem vê de onde veio e para onde vai, o que importa é fazer a vontade do governador João Doria, o que importa é aprovar aqui a plataforma eleitoral do secretário de Educação Rossieli, que, inclusive, ainda não respondeu a gente sobre a falta de vagas nas escolas estaduais.

Esse é um problema muito grave, das muitas e muitas mudanças que estão acontecendo. A nossa estimativa, conversando com pais, estudantes, professores, é que cerca de 14 mil alunos do ensino médio não estejam conseguindo vaga próximo à sua casa ou em horário compatível com o seu horário de trabalho.

Por quê? As PEIs, as escolas de período integral do governador João Doria, expulsou os estudantes dos seus bairros. Você vai a qualquer escola pública agora você vê filas de pais e estudantes tentando se readequar a essa realidade.

A gente perguntou ao Rossieli quantas salas foram fechadas no último período e ele respondeu que entre 2019 e 2020, não respondeu o número de 2021, em que o problema se agrava, cerca de quatro mil salas de aula foram fechadas no estado de São Paulo, antes da maior mudança, que foi em 2021, durante a pandemia e a instalação da PEI, já eram menos quatro mil salas de aulas disponíveis aos estudantes do estado de São Paulo. Para onde foram esses estudantes?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputada Monica, preservando os seus dois minutos de tempo, está encerrada a presente sessão. Lembrando a todos os deputados e as deputadas que, daqui a dez minutos, nós teremos a segunda extraordinária e a palavra volta à deputada Monica Seixas por dois minutos.

 

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- Encerra-se a sessão às 19 horas.

 

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