31 DE MARÇO DE 2022

13ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA, FREDERICO D'AVILA, MAJOR MECCA e GIL DINIZ

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

3 - FREDERICO D'AVILA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

4 - FREDERICO D'AVILA

Assume a Presidência.

 

5 - CORONEL TELHADA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

6 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

7 - CORONEL TELHADA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

8 - MAJOR MECCA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

9 - EDNA MACEDO

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

10 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

11 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência.

 

12 - FREDERICO D'AVILA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

13 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

14 - DR. JORGE LULA DO CARMO

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

15 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

GRANDE EXPEDIENTE

16 - FREDERICO D'AVILA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

17 - GIL DINIZ

Assume a Presidência.

 

18 - MAJOR MECCA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

19 - FREDERICO D'AVILA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

20 - PRESIDENTE GIL DINIZ

Parabeniza o delegado Artur Dian pela reação em tentativa de assalto.

 

21 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

22 - FREDERICO D'AVILA

Assume a Presidência.

 

23 - MAJOR MECCA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

24 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

25 - GIL DINIZ

Solicita o levantamento da sessão.

 

26 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 01/04, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos.

Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o Expediente na data de hoje, quinta-feira, dia 31 de março de 2022.

Vamos começar o Pequeno Expediente com os seguintes oradores inscritos: deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Professor Walter Vicioni. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.)

Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.)

Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.

Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Assembleia; quero, da tribuna da Assembleia Legislativa, manifestar o meu total apoio à luta e, sobretudo, à greve dos servidores e servidoras de Piracicaba, que estão em estado de greve fazendo uma grande mobilização em defesa de melhores salários, melhores condições de trabalho, com uma pauta muito importante de valorização dos seus salários que estão já defasados e arrochados há muitos anos.

No entanto, Sr. Presidente, eu fiquei chocado aqui com as notícias que eu recebi dos professores e das professoras e também do próprio Sindicato dos Servidores Municipais de Piracicaba me informando que o prefeito da cidade entrou com uma ação na Justiça - olha só que absurdo - pedindo o interdito proibitório, ou seja, para impedir que haja uma manifestação amanhã, sexta-feira, às 8 horas da manhã, na frente da prefeitura, na frente ali do centro cívico.

Olha que absurdo que um prefeito tente impedir que servidores façam manifestações públicas em defesa da sua categoria, de melhores salários e melhores condições de trabalho.

É inacreditável que no ano de 2022 isso esteja acontecendo no Brasil, ou seja, essa decisão do prefeito de proibir é um atentado contra a democracia, contra a Constituição Federal, contra, Sr. Presidente, tudo que nós aprovamos na Carta Magna de 88, a livre manifestação. Ele quer impedir que as pessoas façam manifestações na frente de prédios públicos da prefeitura. Olha que absurdo, a que ponto nós chegamos.

E também li um artigo, que me foi enviado pelos servidores de Piracicaba, onde o prefeito joga a responsabilidade da crise, dos baixos salários, no próprio sindicato, dizendo que o sindicato é o culpado, ou seja, em outras palavras, tentando criminalizar o sindicato, que é um outro absurdo total.

Então, aqui da tribuna, eu manifesto meu total apoio, a minha solidariedade a esse importante movimento em defesa dos servidores, das servidoras e dos serviços públicos de Piracicaba. E repudio veementemente essa intenção do prefeito de atentar contra a livre manifestação dos servidores.

Quero ainda, Sr. Presidente, aqui da tribuna, aproveitar o Pequeno Expediente para também manifestar o meu total apoio e solidariedade ao movimento, à luta, também, dos servidores e servidoras de São José dos Campos, que estão neste momento fazendo manifestação, se preparando, na verdade, para uma grande manifestação na frente da Câmara Municipal de São José dos Campos.

Lá, o prefeito quer implantar uma reforma da Previdência que vai prejudicar os servidores e servidoras, vai dificultar ainda mais o acesso das trabalhadoras e trabalhadores à Previdência.

Um projeto extremamente nefasto que está em curso hoje em São José dos Campos, na Câmara Municipal. Talvez o projeto seja votado hoje. Ele foi pautado, então, há uma grande manifestação.

Eu estive lá há alguns dias atrás. Fui pessoalmente, conversei com alguns vereadores e vereadoras que estão mobilizados contra essa proposta de reforma previdenciária, que imita o que o Bolsonaro já fez, o que o Doria já fez aqui em São Paulo, o que o prefeito Ricardo Nunes fez aqui, na Capital também, com o Sampaprev, de atacar os direitos previdenciários, impondo ainda mais perdas e confiscos a quem trabalha, a quem atende a população na ponta: as professoras, professores, o Quadro de Apoio Escolar, o pessoal da Segurança Pública, o nosso pessoal da Saúde, enfermeiras, médicos, as nossas assistentes sociais, psicólogas.

 São essas pessoas que serão penalizadas com essa reforma da Previdência de São José dos Campos, por isso que, daqui também, da tribuna da Assembleia Legislativa, eu quero hipotecar e me associar a essa grande luta contra a reforma da Previdência.

Eu diria que é a farsa da reforma da Previdência municipal de São José dos Campos. Ao atacar os servidores e servidoras, o prefeito de São José dos Campos está atacando toda a população da sua cidade.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado. Próximo deputado, deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Edna Macedo. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. Eu vou falar depois.

Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. FREDERICO D'AVILA - PL - Sr. Presidente, deputado Coronel Telhada; meu amigo, deputado Major Mecca; deputado Giannazi, deputado Altair Moraes.

Antes de iniciar meu pronunciamento de hoje, minha reflexão de hoje, eu queria aqui fazer registro da data de hoje, Coronel Telhada, 31 de março, aonde são 58 anos da revolução libertadora de 1964, aonde, graças a Deus, as Forças Armadas, unidas a governadores, imprensa, Judiciário, Sociedade Civil, solicitaram uma ação efetiva das Forças Armadas contra o golpe que estava sendo preparado pela então União Soviética aqui no Brasil e que pretendia instalar o regime, uma ditadura comunista aqui no Brasil.

Então, nossas alvíssaras aos 58 anos da revolução redentora de 1964, a quem eu cumprimento todas as Forças Armadas. Na sequência, Sr. Presidente, hoje de manhã, todos nós fomos pegos de surpresa com a notícia de que o governador João Doria, que renunciaria ao cargo de governador de São Paulo no dia de hoje para concorrer a presidente da República, desistiu de tal renúncia, desistiu de tal ato, deixando, como diz no jargão popular, “com a broxa na mão”, deputado Giannazi, o vice-governador, Rodrigo Garcia, que foi seu fiel escudeiro desde o primeiro dia de governo.

Mudou de partido, atravessou as prévias, fez com que o João Doria ganhasse as prévias, a despeito do que dizem, que as prévias não foram tão prévias assim, inclusive dizendo que a base partidária não queria esse resultado, queria outro resultado.

Agora, o governador João Doria conseguiu desagradar todo o seu partido, o PSDB do Pará, o PSDB do Ceará, o PSDB de Minas Gerais, grande parte do PSDB aqui de São Paulo, enfim, agora ele mostrou, deputado Altair, aquela fábula do sapo que atravessa a lagoa com escorpião nas costas, ele não tem condições, ele não tem como não agir de acordo com o seu instinto, Major Mecca, que é o instinto da traição.

Então, mais um que foi traído pelo Sr. João Doria. Primeiro, começou com o Geraldo Alckmin, depois Márcio França, depois presidente Jair Bolsonaro e, agora, o Sr. Rodrigo Garcia, vice-governador de São Paulo.

É inacreditável, era previsível que alguma coisa ia acontecer, porque, como eu disse, com a índole e a característica basilar desse senhor, que é trair, não dá para acreditar em nada. Se ele falar que ele vai ao banheiro, ele sobe ali no cafezinho; se ele falar que vai ao cafezinho, ele vai ao estacionamento.

Eu não sei como ele conseguiu engabelar esta Assembleia Legislativa durante três anos e três meses ininterruptamente, porque aqui foram passadas coisas inacreditáveis, como o Projeto 529, que deu um cheque em branco para ele fazer o que ele bem entendesse com as alíquotas do ICMS, tirou os benefícios do PCD, que comprava veículos com os descontos de PCD, colocou impostos sobre HFs, que são hortifrutigranjeiros, colocou imposto sobre fertilizantes, colocou impostos sobre artigos médicos e insumos médicos durante o tempo de pandemia. É inacreditável.

O presidente Bolsonaro tirou imposto de mais de 600 itens, e ele conseguiu colocar impostos sobre insumos, equipamentos e medicamentos. Aumentou impostos sobre combustíveis, fez tudo isso com aval desta Casa e agora trai aquele que foi o seu maior aliado. É inacreditável.

Mais inacreditável ainda é que nós não vemos aqui ninguém do seu partido para explicar à população paulista qual é o intuito desse movimento.

É inacreditável, porém, eu que já havia alertado lá no final de 2019 esta Casa, quando eu próprio fui traído por ele, dentro da minha pequenez, do meu mandato, mas eu sabia que outros fatos como esse iriam acontecer. Agora, acontecem em seu maior espectro.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado. Solicito que V. Exa. assuma a Presidência dos trabalhos enquanto chamo os demais deputados.

Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado Emidio de Souza. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.)

Pela lista suplementar, deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.)

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Frederico d’Avila.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Dando prosseguimento à lista suplementar de inscritos, chamo agora o deputado Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado. Dia 31 de março de 2022, quinta-feira. Trinta e um de março é um dia importante para nós. Graças ao dia 31 de março de 64 este País não virou uma Cuba.

Cuba em todos os sentidos, não só o País, ia virar um lixo caso o comunismo tivesse sido implantado aqui. Graças a Deus não foi e nós continuamos firmes aqui, lutando pela democracia brasileira.

Na data de hoje, na manhã de hoje todos nós fomos surpreendidos com a notícia de que o ditador de São Paulo não largará o trono.

Não quer sair da governança do estado. Isso não me causa nenhuma estranheza. Porque, desde o começo, aliás, todo dia, nós temos vindo aqui, e falado que o Doria é um mentiroso. Ele mentiu na campanha. Ele mentiu para todo mundo. Ele mente para a base dele. Tem um monte de deputado que continua acreditando nesse governador mentiroso, e ainda apoiando o governo dele.

O que acontece? Disseram que vai ser anunciada, agora à tarde, realmente, oficialmente, a renúncia dele. Eu tenho as minhas dúvidas, ainda. Porque, para mim, ele está mentindo de novo. Para mim, está valorizando, para todo mundo ficar ligado no movimento.

Mas, se isso acontecer, de ele não sair do governo de São Paulo, eu acho é muito bom. Para todo mundo que apoiou esse cidadão ver que, mais uma vez, ele mentiu. Mentiu para o partido, mentiu para o Rodrigo, seu vice-governador, que estava apoiando a campanha dele, em cima da possibilidade de assumir interinamente o governo.

Então, se isso não acontecer, é um tapa na cara do PSDB. E merece, merece. É um tapa na cara dos apoiadores do Doria, que merecem esse tapa na cara. Se acontecer de ele ficar no governo, eu quero mais é que aconteça.

Porque nós estamos apoiando o pré-candidato Tarcísio de Freitas. Isso vai arrebentar a campanha do Rodrigo. E o Rodrigo vai ficar sem o apoio que esperava da máquina. Porque ele ia usar a máquina, com certeza. E ia usar a máquina governamental com toda a força na sua campanha.

Se ele não for alçado ao cargo de governador de São Paulo, ele perde a máquina. E nós, que somos apoiadores do Tarcísio, damos graças a Deus por isso. Porque é uma desonestidade usar a máquina pública na campanha eleitoral. Tenho certeza que a maioria dos deputados pensa assim.

Agora, o jornal noticia que ele realmente está saindo. Vários jornais já mandaram: “Doria cogita desistir da candidatura à Presidência, e seguir no governo”. Ele tem mais é que desistir, porque ele sabe que não ganha nem para síndico de prédio. Se ele ficar na campanha para candidato do Brasil, ele vai perder. Se ele tentar a reeleição, ele perde mais ainda.

Porque ele fez um governo totalmente para si, só nos seus interesses. Então, se ele ficar, nós vamos ter que aguentar mais oito ou nove meses, com esse mentiroso no governo. Só que esta Casa tem que entender que não tem mais como apoiar esse governador.

Outro jornal fala o seguinte: “Aliados de Garcia ameaçam Doria com impeachment caso fique governador”. Ou seja, agora a Casa vem falar em impeachment? Quando todos esses deputados, que estão aqui hoje, que são contra...

Aliás, não estou vendo um deputado defendendo o Doria. A gente não vê um deputado, nesta Casa, do PSDB, levantar e defender o Doria. Todos os deputados que estão na Assembleia hoje são críticos do governo Doria. Críticos veementes, porque sabem que ele é um mentiroso.

E agora, a base do governo, a base do Rodrigo, vem falar em impeachment? Se vier impeachment, tenham certeza que seremos os primeiros a votar pelo impeachment desse traidor, desse mentiroso, desse cidadão que não merece a consideração de nenhum paulista ou paulistano.

Agora, eu me assusto quando eu vejo, agora, os deputados quererem impeachment. Quando ele arrebentou na pandemia, fez um monte de coisa indevida, usou dinheiro de uma maneira escusa, nós entramos com impeachment.

Só nós, do PDO, entramos com dois pedidos de impeachment, fora inúmeros outros que entraram. A Casa fez vistas grossas, ouvidos de mercador. Agora falam em impeachment.

Se vier o impeachment, tenham certeza, ele var ser “impeachmado”, porque ele merece. E nós votaremos por esse impeachment, porque ele merece. Mas me assusta: somente agora, isso. Quando nós denunciamos as canalhices que aconteceram no governo Doria, ninguém quis pôr impeachment para votar.

Todo mundo sentou em cima. A Presidência está sentada em cima desses impeachments. Então aqui vai a minha fala de repúdio ao governador mentiroso de São Paulo. Ele mentiu, o governo todo. E, novamente, hoje, ele mente. Ele mente se ele ficar no governo.

Porque ele mente para todos os seus seguidores e seus colaboradores. Se, no final da tarde, ele disser que passa o governo, ele mente novamente. Porque ele mente, mais uma vez, para a imprensa e para o povo. Ou seja, de um jeito ou de outro, é um grande mentiroso. Não merece um pingo de consideração. Não merece um pingo de consideração. Muito obrigado a todos.

Só para fechar aqui, Sr. Presidente. Eu queria saudar os municípios aniversariantes, que são os municípios de Borá - lá no final do estado, um município pequenininho; um abraço a todos os queridos amigos de Borá - e também de Fartura. Aliás, é o que nós queremos para o estado de São Paulo: fartura. Porque com esse governo Doria está difícil.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PL - Pela ordem, deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Só para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PL - Para uma comunicação. É regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Primeiro, me associar a tudo o que foi dito aqui em relação ao Doria. A marca dele sempre foi a traição, não há dúvidas em relação a isso.

Mas dizer que eu discordo de algumas intervenções que V. Exas. fizeram em relação à data de hoje, dia 31 de março, que alguns comemoram como uma possível revolução, que na verdade foi um golpe militar empresarial para que os capitalistas do Brasil continuassem acumulando o seu capital.

Então, as Forças Armadas foram instrumentalizadas pelo capital nacional e internacional, porque percebiam que naquele momento as forças populares, as camadas populares vinham se organizando e iriam ocupar espaços importantes.

O Brasil caminhava, na verdade, para uma redemocratização. Aí o golpe vem nesse sentido. Então, foi um golpe militar empresarial. Aliás, um golpe militar sanguinário, que matou milhares de pessoas, torturou, implantou a tortura como uma política de Estado, implantou a censura prévia nas artes, na imprensa brasileira. E atrasou o relógio da história do Brasil pelo menos 50 anos para trás. Essa é a grande verdade sobre 64, que nem foi no dia 31.

O golpe mesmo se consolidou no dia primeiro de abril, porque no dia 31 as forças do general Mourão estavam vindo de Minas Gerais; mas o golpe mesmo foi efetivado no dia primeiro de abril, na data de amanhã.

Então, para nós, não foi nada de revolução, luta contra comunismo, contra corrupção; isso foi tudo mentira, é uma narrativa construída pelos militares dentro da famosa ideologia de segurança nacional. Então, nós estamos aqui “descomemorando” o golpe assassino e sanguinário dado pelos militares a serviço da exploração dos trabalhadores.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PL - Seguindo a lista...

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PL - Pela ordem, deputado Coronel Telhada. É regimental.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - PARA COMUNICAÇÃO - Só dizer aqui que isso é uma Casa democrática. As pessoas apresentam suas ideias, e a gente respeita todas as ideias, do colega e de todos os demais.

Mas realmente o senhor imagina: a esquerda, nos anos em que esteve aqui no poder, acabou com o Brasil, acabou com as empresas. O país passa por uma situação terrível, hoje, por causa de governos que se diziam amigos do povo, e na realidade eram usuários do povo.

O senhor imagina se nós tivéssemos implantado o comunismo no Brasil, onde nós estaríamos hoje? Estaríamos no nível de um país como Cuba, talvez uma Venezuela, que está sem papel higiênico. Papel higiênico é o mínimo.

Passando fome, as pessoas fugindo. O comunismo é tão bom, a esquerda é tão boa que eu nunca vi um cara fugir do Brasil para ir à Venezuela, fugir do Brasil para ir a Cuba. Só se for bandido, né; aí ele foge.

Agora, o pessoal dos países comunistas, dos países dominados pela esquerda, dos países socialistas, vive fugindo para os países que eles chamam de capitalistas. Então, graças a Deus, nós tivemos 31 de março de 64, que nos livrou da face do terrível comunismo. Graças a Deus.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PL - Obrigado, deputado Coronel Telhada. Seguindo a Lista Complementar, chamo agora o deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Major Mecca. Tem cinco minutos regimentais.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nossos policiais que aqui estão e todos os que nos acompanham pela rede social e pela TV Alesp.

Na data de hoje, 31 de março, fica aqui o nosso respeito aos militares do nosso país, a todos os policiais militares, policiais civis, a todos os integrantes das Forças de Segurança do Brasil.

O nosso povo deve muito a todos os senhores, a todas as senhoras integrantes das Forças Armadas e das Forças de Segurança. E o povo sabe que pode contar com o nosso trabalho, com a nossa coragem e com a nossa dedicação pelo povo do Brasil, pela nossa soberania, pelo respeito, pela honestidade, por Deus, pela família, pela Pátria e, principalmente, pela liberdade, que hoje está em jogo e está em risco no nosso País, a nossa liberdade.

Nós vemos deputados, parlamentares que, pela Constituição Federal, têm imunidade e podem falar em nome do seu povo, mas são punidos e presos por pessoas que ocupam cargos no poder, na Suprema Corte do País, e se sentem acima da Constituição Federal. Nós, parlamentares, não podemos permitir que o desrespeito à Constituição, que o desrespeito às leis permaneça e continue acontecendo no Brasil.

Deputado Frederico d'Avila, o senhor citava sobre o traidor João Agripino Doria, atual governador do estado de São Paulo. Hoje, o João Doria, na data de hoje, 31 de março, teve mais um gesto de traição aos policiais do nosso estado de São Paulo.

Ele vetou as emendas do Projeto de lei Complementar 02. Ele vetou, para que os nossos soldados, quando em licença-prêmio, não recebessem os seus 800 reais de insalubridade.

Ele vetou, manteve a retirada dessa lei que ele aprovou com a base do governo, com a base do PSDB aqui neste plenário, onde muitos deputados desta Casa também traíram os policiais do estado de São Paulo, ao lado do João Doria e ao lado do Rodrigo Garcia.

Hoje foi mais um exemplo, e está aí: não quer pagar os 800 reais de insalubridade, mas tem mais de oito milhões para gastar com bodycam no peito do policial. Para quê? Para que o policial registre as humilhações que atravessa no dia a dia aqui no estado de São Paulo?

Quem acompanha a rede social vê as humilhações que os nossos soldados passam. Efetua a prisão de um bandido, e o bandido fala na cara do ladrão: “Seu verme, dê graças a Deus que eu não te matei hoje, porque eu ia te matar”. E xinga, ofende o policial, cospe no policial, dá tiro no policial.

Esse governo do PSDB, nos 30 anos em que está no poder, retirou até a autoridade, a garantia jurídica que os nossos policiais tinham nas ruas. Em 1831, quando a Polícia Militar foi criada, ao menos o soldado saía na rua e era respeitado pela farda que ostentava.

Hoje nem esse respeito tem mais, porque esse governo desconstruiu, um governo de mentiras, um governo de traição, de traição ao povo, de traição aos integrantes das Forças de Segurança.

Eu repudio, em nome desses policiais, esse Governo do Estado de São Paulo - João Doria, Rodrigo Garcia, secretário de Segurança Pública e todo secretariado, todo, porque vocês trabalham contra o povo e contra os policiais.

Digo contra o povo porque, quando você menospreza um patrulheiro, você deixa um ladrão tomar conta do cenário, e quem paga é o trabalhador, que hoje morre nas ruas por conta de um celular, morre na rua por causa relógio.

E o governo não faz nada para olhar pelos seus soldados, pelo contrário. O governador pegou o microfone, quando estava no palanque lá em Taubaté, e chamou todos de vagabundos.

Eu subi aqui: “Vagabundo é o senhor, governador João Doria”, e eu repito aqui, como repeti naquele dia: você não é um líder, ao menos é um estadista, e você nunca será, porque você é um traidor das polícias e do povo do estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Obrigado, deputado Major Mecca.

 

A SRA. EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - É regimental.

 

A SRA. EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, a máscara desse governador, ou desgoverno, caiu. Mentiroso, cansei de dizer aqui nos meus discursos que ele era um Pinóquio, do nariz grandão, mentiroso, um sujeito traidor, fez o que fez. Quando o meu partido fez aliança para eleger esse sujeito, eu disse para eles o seguinte: “Quem viver verá quem é esse João Doria”, e não deu outra.

Eu não tenho bola de cristal, e nem sou profeta do apocalipse, mas também disse que ele não se elegeria mais a nada, nem a guarda de quarteirão, com todo o respeito aos guardas de quarteirões.

Entendeu? Porque a máscara dele caiu. Ele é o que vocês estão vendo aí. Ele sempre foi um engodo. Engodo, entendeu? Graças a Deus que o reinado dele está chegando ao fim.

Em todo discurso é: “eu sou o governador de São Paulo”. Você não é nada, cara, você está governador, por meses. Acabou. E nós não somos nada, nós estamos deputados, nós não somos deputados. Então, tem uma diferença muito grande. Graças a Deus que esse estrumelo vai embora. Fica aqui registrada a minha felicidade de estarem os dias contados para este grande “gestor” ir embora.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Obrigado, deputada Edna Macedo. Prosseguindo com a lista complementar, eu chamo agora o deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, boa tarde a todos os deputados presentes aqui no Pequeno Expediente, boa tarde aos assessores, policiais militares e civis, ao público que nos assiste pela Rede Alesp.

Presidente, iria começar a falar do governador João Doria, do seu vice, Rodrigo Garcia, mas o deputado Carlos Giannazi citou aqui a Revolução de 64, e eu gostaria de ler, a princípio, aqui, a nota para boletim, a Ordem do Dia, na verdade, alusiva ao 31 de março, publicada pelo general Braga Neto.

Para quem não conhece o general Braga Neto, coronel Mecca, Major Mecca, como é conhecido aqui na Assembleia, ele é ministro da Defesa. Saiu hoje, deputado Frederico d’Avila, porque, provavelmente, vai ser candidato a vice-presidente da República. Então, hoje ele é aqui o nosso pré-candidato à vice-presidência da República.

Ele diz o seguinte: “O movimento de 31 de março de 64 é um marco histórico da evolução política brasileira, pois refletiu os anseios e as aspirações da população à época.

Analisar e compreender um fato ocorrido há mais de meio século, com isenção e honestidade de propósito, requer um aprofundamento sobre o que a sociedade vivenciava naquele momento.

A história não pode ser reescrita, em mero ato de revisionismo, sem a devida contextualização. Neste ano, em que celebramos o bicentenário da Independência, com o lema ‘soberania é liberdade’, somos convidados a recordar feitos e eventos importantes do processo de formação e de emancipação política do Brasil, que levou à afirmação da nossa soberania, e à conformação das nossas fronteiras, assim como a posterior adoção do modelo republicano, que consolidou a nacionalidade brasileira.

O século XX foi marcado pelo avanço de ideologias totalitárias...” O comunismo, o socialismo, que muitos deputados nesta Casa aqui defendem, coronel Mecca.

E continua, e segue aqui a nota para boletim: “A população brasileira rechaçou os ideais antidemocráticos da intentona comunista em 1935 e as forças nazifascistas foram vencidas na segunda guerra mundial em 45, com a relevante participação e o sacrifício de vidas de marinheiros, soldados e aviadores brasileiros nos campos de batalha do Atlântico e na Europa.

Ao final da guerra, a bipolarização global, que fez emergir a guerra fria, afetou todas as regiões do globo, o que trouxe ao Brasil um cenário de incertezas, com grave instabilidade política, econômica e social, comprometendo a paz nacional.

Em março de 64, as famílias, as igrejas, os empresários, os políticos, a imprensa, a Ordem dos Advogados do Brasil, as forças armadas e a sociedade em geral aliaram-se, reagiram e mobilizaram-se nas ruas para reestabelecer a ordem e para impedir que um regime totalitário fosse implantado no Brasil por grupos que pregavam promessas falaciosas, que depois fracassou em várias partes do mundo.

Tudo isso pode ser comprovado pelos registros dos principais veículos de comunicação do período, deputado Frederico d’Avila. Só conferir as matérias daqueles dias, do 31 de março, dos dias que se seguiram.

Nos anos seguintes ao 31 de março de 64, a sociedade brasileira conduziu um período de estabilização, de segurança, de crescimento econômico e de amadurecimento político, que resultou no reestabelecimento da paz no País, no fortalecimento da democracia, na ascensão do Brasil no concerto das nações e na aprovação da anistia ampla, geral e irrestrita pelo Congresso Nacional.

As instituições também se fortaleceram e as forças armadas acompanharam essa evolução, mantendo-se à altura da estatura geopolítica do País e observando estritamente o regramento constitucional na defesa da nação e no serviço ao seu verdadeiro soberano, o povo brasileiro.

Cinquenta e oito anos passados, cabe-nos reconhecer o papel desempenhado por civis e por militares que nos deixaram um legado de paz, de liberdade e de democracia, valores esses inegociáveis, cuja preservação demanda de todos os brasileiros o eterno compromisso com a lei, com a estabilidade institucional e com a vontade popular.

Walter Souza Braga Netto, ministro da defesa. Ex-ministro, porque agora é mais uma esperança para nós, deputado Frederico d’Avila.

Para finalizar, presidente, já que encerrou meu tempo, volto aqui a esta tribuna. O general deixou claro, nós não podemos cometer esse anacronismo, deputado Frederico d’Avila, de julgar os fatos ocorridos em 64 tentando fazer esse revisionismo histórico, reescrever a história.

Ali a sociedade civil e os militares se uniram para combater o perigo socialista, o perigo comunista, como o Coronel Telhada colocou aqui. Povos, aqui na América do Sul, Venezuela, Argentina sofrendo agora, o Chile vai sofrer amargamente pelas consequências desse novo presidente que eles lá têm.

Então, viva ao 31 de março, viva ao povo brasileiro, viva aos nossos militares, que garantiram a lei, a ordem, a estabilidade democrática que os comunistas há épocas queriam subverter a nossa democracia.

E hoje esses mesmos, ou, pelo menos, as crias desses de 64, desses socialistas, desses comunistas, alguns hoje, alguns com toga, alguns em alguns tribunais superiores, tentam vilipendiar a nossa democracia. Tentam rasgar a nossa constituição, inclusive cerceando, prendendo, tirando do debate público deputados eleitos pelo povo brasileiro.

Então, viva o 31 de março de 64, viva os nossos militares, viva o povo brasileiro e a nossa democracia.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Gil Diniz.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Deixa só eu chamar o próximo orador, deputado Frederico, dar sequência aqui à lista de oradores inscritos neste Pequeno Expediente.

Chamo à tribuna o deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Pode...

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - É regimental.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Só para complementar o que disse o deputado Gil Diniz e a fala do deputado Coronel Telhada, eu conheço prova viva, porque a família da minha mãe estava na antiga Cortina de Ferro, de que todos depois da II Guerra Mundial tiveram que fugir dos regimes socialistas instalados na Tchecoslováquia, Romênia e Hungria.

Todos, sem exceção. Não havia autorização para você deixar esses países de ocupação soviética subjugados pela União Soviética. Portanto, eu também, como disse o Coronel Telhada, nunca vi ninguém pular o muro da Alemanha Ocidental para a Alemanha Oriental. Só o contrário. Alguns deles fuzilados pelas tropas da Alemanha Oriental.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Frederico.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, pela ordem. Posso fazer uma comunicação, com anuência do nosso líder da Minoria, deputado Jorge do Carmo?

 

O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - Claro.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - É regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria só dizer que estou assistindo a uma distorção dos fatos históricos, uma tentativa de reescrever a história.

Ouvi o deputado Gil Diniz citando uma nota absurda de um general, ministro da Defesa, que está envergonhando o Exército, inclusive. É uma vergonha essa nota. Eu já a critiquei pela manhã porque, na verdade...

Entre os deputados que estão aqui, acho que tirando o deputado Jorge do Carmo e eu, todos aqui estão defendendo o golpe empresarial militar. Nós, não; nós somos totalmente contra. Nós afirmamos que aquilo foi um golpe. Não foi uma revolução, foi um golpe contra o Brasil, contra a democracia.

E lembrando: V. Exas. falando tanto em ditadura do Supremo Tribunal Federal, olha, a ditadura militar fechou a Assembleia Legislativa e cassou deputados desta Casa.  O Caio Prado Júnior, um grande deputado, um grande intelectual, foi cassado pelos militares aqui na Assembleia Legislativa. Esta Casa foi fechada pelos atos institucionais, por um deles. O Congresso Nacional foi fechado, parlamentares foram cassados, intelectuais foram mortos, torturados no Brasil.

Não sei qual é a comemoração feita por vocês. Privatizaram a Educação no Brasil, aumentaram sobretudo a acumulação capitalista em cima dos salários dos trabalhadores no famoso “milagre econômico” que beneficiou o grande empresariado e não o povo brasileiro. Fora as pessoas que foram mortas, torturadas, que eu já falei.

Então, não se tem nada para comemorar, só para se lamentar. Ditadura nunca mais neste País.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Com a palavra o deputado Dr. Jorge do Carmo.

 

O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público da TV Alesp, Srs. Policiais aqui presentes, assessores da Alesp, não poderíamos deixar de, em uma data em que a gente lembra com tristeza o golpe militar de 1964... Vendo aqui colegas exaltando, falando da maravilha que acham que foi, eu quero, com muita tristeza, lamentar, deputado Carlos Giannazi.

Lamentar que tanta gente morreu, que o Congresso foi fechado. A democracia foi banida do nosso País por conta de um golpe que os militares implantaram em nosso País. Lamento que deputados eleitos pelo povo no regime democrático...

Disputar a eleição, as pessoas irem às urnas e elegerem um deputado ou uma deputada para um Parlamento, o maior Parlamento da América Latina, que é o Parlamento do estado de São Paulo, e alguém ter coragem de vir aqui exaltar o golpe de 64.

Foram muitas pessoas mortas, foram muitas pessoas que pagaram com a vida, que sumiram e até hoje a gente não sabe qual foi o resultado, onde foram parar. Famílias que choram a democracia, que choram clamando pela democracia, que foram torturadas.

Podemos citar aqui vários nomes, mas é lamentável que a gente veja, no século 21, alguém exaltando a ditadura, até porque recentemente tentou-se dar um golpe, tentou-se aí fazer de tudo para que voltasse o regime militar.

Mas eu quero dizer, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, ditadura nunca mais. Nós queremos sim a democracia, queremos que cada deputado e deputada aqui sejam eleitos de forma democrática e que tenham a livre expressão aqui na tribuna ou em qualquer lugar deste País.

Por isso eu vejo o dia 31 de março como um dia da gente esquecer - se pudéssemos esquecer -, porque foi muito triste para o Brasil a gente viver 20 anos de ditadura.

Graças a Deus a partir de 1984 restabeleceu-se a democracia e hoje nós podemos livremente escolher os nossos representantes, ir e vir, fazer tudo que nós queremos, porque a democracia é o melhor regime do mundo. Viva a democracia! Ditadura nunca mais!

Eu quero aproveitar, Sr. Presidente, por falar em ditadura, falar também do ditador paulista - ditador e traidor. Não poderíamos perder a oportunidade, deputados, para falar... Olhe aqui, eu vejo com alegria essa festa que está fazendo hoje, porque o PSDB, que criou o Doria, começou traindo o seu criador. Lembra do Bolsodoria?

Em seguida, traiu o Bolsonaro e hoje traiu o seu próprio vice-governador. E antes disso, desde o primeiro dia, traiu o povo paulista e paulistano. Foi prefeito de São Paulo, fez um estrago lá.

O “João Trabalhador”, aquele que dizia que não era político, era gestor, fez um estrago na cidade de São Paulo, deputado presidente Major Mecca, tanto é que perdeu a eleição em São Paulo, perdeu a eleição na capital.

Quem ganhou a eleição na capital foi o Márcio França quando disputou com ele para governador, mas o povo paulista do interior, infelizmente, votou em massa nesse governador que também traiu a confiança deles.

E aqui nesta Casa a gente viu usando da nossa Casa democrática como se fosse um puxadinho do Palácio dos Bandeirantes. A gente viu aprovar coisas horríveis aqui e nós firmemente na oposição, firmemente defendendo o povo paulista.

Jamais compactuamos com as práticas do governador aqui na Assembleia Legislativa, mas deputadas e deputados aqui ficaram omissos; não tiveram coragem de virem nesta tribuna defender. Projetos horrorosos para o povo paulista foram aprovados aqui graças às práticas que a gente abomina.

Projetos que prejudicaram o servidor paulista, prejudicaram todo o povo paulista e paulistano. Eu vejo com alegria, lamentando, porque o povo precisa aprender a escolher o seu governador, mas hoje nós estamos vendo aí o que o governador João Doria está fazendo inclusive com o pupilo dele, que é o vice-governador Rodrigo Garcia.

É esse governador que o povo paulista não merece. Por isso no dia 2 de outubro o povo paulista vai ter a oportunidade de garantir para o estado de São Paulo um governador que respeite o povo paulista e que respeite o voto de cada cidadão e cada cidadã.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, Sr. Deputado. Dando continuidade à lista suplementar, chamamos à tribuna o deputado Conte Lopes. Tem V. Exa. cinco minutos regimentais.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, em março de 1964 eu tinha meus 16, 17 anos; eu era jovem. E não sou tão contra assim a ditadura militar porque o jovem podia namorar, podia sair às ruas, podia ir ao cinema. E nós tivemos aqui no Brasil em dois anos, por exemplo, em São Paulo, o “ditadoria”.

A Bia Pardi falou que ele não vai ser mais candidato a nada, porque ela não quer,  que o Doria seja mais candidato a nada. O Doria sim implantou uma ditadura que não deixava ninguém sair de casa aqui. Você não podia ir a uma praia, nobre deputado Carlos Giannazi, professor Carlos Giannazi.

Eu mesmo fui detido umas quatro vezes, de calção, andando de bicicleta, com revólver numa bolsinha assim, que a gente anda feito idiota, não vai resolver nada, Major Mecca.

Na praia, com revólver, mas pelo menos você não fica gritando “pelo amor de Deus, não me mata”, você usa aquela porcaria e se der para você se defender, está lá. Mas vinha os guardas, Policiais, tudo correndo atrás da gente. 

Isso é ditadura. Quer mais ditadura do que essa do Doria, e de outros estados aí? Prenderam mulheres na praça pública com apoio do Moro, que era ministro na época, e o Bolsonaro sempre criticando, “pelo amor de Deus, que que é isso?”

Então, falar em ditadura, ditadura é isso aí, é pior que a outra lá, mil vezes, pegando dona de casa, o surfista. O cara numa onda, pegava o cara com a onda e tudo, com a prancha e ia preso, mulher sendo detida.

Quer dizer, quando se dá uma pseudo força, como deram para o Doria aqui, dá no que dá. E hoje o Doria, deputado Frederico d’Avila, para sair do governo ele monta um marketing, como ele fez, dois anos, três anos, com a mascarazinha, todo dia lá na televisão. “Olha, nós vamos fazer uma vacina, uma vacina”, e ele pensou que lá estava ganhando o povo.

Está certa a Bia Doria, o cara com 1% vai ser candidato a quê? Vai ser candidato a quê? Tem que ir embora mesmo. Agora, ninguém sabe o que ele vai fazer. Falam aí de Bolsodoria? O Bolsonaro estava ferido lá no Rio de Janeiro.

Quando o Doria e eu acompanhávamos a campanha, ele ligou 500 mil vezes para tentar ser recebido pelo presidente. E não foi, mas assim mesmo ele usou, ele criou o Bolsodoria. E no outro mês ele traiu.

Meu Deus do céu, como ele traiu o Geraldo Alckmin. Geraldo Alckmin é o grande criador do Doria, isso aí ele não pode negar, é amigo nosso, amigo do Frederico. Foi padrinho de casamento do Frederico d’Avila, lá no Copacabana Palace Hotel. Eu estava lá, coisa mais linda do mundo. Eu estava lá, fui lá.

Então é amigo nosso. E eu falava para ele: “governador, vai dar errado isso aí, hein?” “Não, não.” E deu no que deu. O cara entrou, traiu, acabou com o Geraldo Alckmin, que agora já foi até para o PT. E eu dizia, tempos atrás para o pessoal do PSDB, que nunca retrucou: o Doria vai implodir o PSDB. E está implodindo mesmo, acabou o partido.

O partido foi criado quando eu estava aqui, acho que na época do Montoro - se não me falha a memória - ou do Quércia. Contra o Quércia criaram o PSDB, era um braço diferente do PMDB, época do Quércia, Fleury, e criaram o PSDB. E o Doria implodiu, acabou com o PSDB.

Agora, estamos todos aguardando às quatro horas da tarde, porque ele vai fazer um pronunciamento, como se artista fosse, ou algum líder político. Fala que você vai ficar; você vai ficar, você vai se ferrar, você vai ferrar o Rodrigo Garcia. Se você não ficar, você vai perder para presidente com seus 2%, que os caras também não querem.

Não é que o cara não quer Doria e Bia porque eles não gostam de você. Não é isso, é que você vai como candidato a majoritário com 2%, você está arriscando a fazer, por exemplo, em São Paulo um deputado federal e meio, porque 2% você faz um e meio, porque normalmente o eleitor vota naquele que está para presidente, para governador e depois vota na sequência.

Eu, que disputei várias eleições, senti isso, sei a dificuldade que é quando você disputa uma eleição quando você não tem um cargo majoritário que puxe voto. É difícil, não para o PSOL e outros partidos aí, mas para o restante dos partidos é difícil.

Então, fica aí, não é que o pessoal não gosta, é uma questão de autodefesa. Quem vai escapar, quem vai escapar? Essa é a grande verdade, porque com 2%, Doria, quem vai te apoiar? Quem?

Vai juntar todo mundo para te apoiar? Você implodiu e traiu todo mundo que se aproximou de você. E está fazendo a mesma coisa agora com o vice, Rodrigo Garcia, que também já se ferrou, já perdeu a eleição.

Pode ir embora, Rodrigo, pega sua mala aí, que a essa hora, esse dia já acabou com você. Quem vai disputar a eleição é Haddad, do PT, e Tarcísio, do Republicanos. Essa é a eleição, vai disputar aí, acabou, não resta a menor dúvida.

Então parabéns, Doria, mais uma vez, e parabéns, Bia, que já não quer que ele dispute a eleição. Essa é a verdade.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Conte Lopes.

Neste momento, encerramos o Pequeno Expediente e abrimos o Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Dando início à lista de oradores inscritos, chamamos o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. Tem V. Exa. o tempo regimental de dez minutos para uso da palavra.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Boa tarde, Sr. Presidente, queridos colegas. O Sr. Giannazi falou muito da ditadura militar, só que não teve ditadura nenhuma, era regime militar, porque dos 252 meses que durou o regime militar, apenas em 11 meses nós tivemos casas legislativas fechadas, o resto estava tudo aberto, bipartidarismo, tinha o MDB e a Arena. Então não tem ditadura militar nenhuma, absolutamente desconheço essa situação.

Inclusive tínhamos eleições para prefeito, eleições para vereadores, eleições que se transcorreram ao longo desse período. Aí, no pacote de abril, teve um fechamento de, acho que na época foram quatro meses, ou cinco meses, quando foram colocados novos assentos na Câmara, mais uma cadeira de senador, e voltaram as eleições normalmente em 78. Inclusive se elegeram vários deputados aqui, em 74, 78, enfim.

Não aconteceu absolutamente nada de ditadura militar, que ficou tudo fechado. Esta Casa não ficou 21 anos fechada: 252 meses, 11 meses fechada. Fazendo uma conta rápida aqui dá 5% do período.

Então era necessário para a época, como disse o deputado Conte Lopes, uma vez que poderia o Brasil se tornar uma Cuba, só que uma Cuba gigante, uma Cuba com 90 milhões de habitantes naquela época.

Prosseguindo aqui, o que disseram o deputado Conte Lopes, o deputado Gil Diniz, o deputado Major Mecca, o que nós vimos agora é a implosão do PSDB pelo Sr. João Doria.

Ele conseguiu a unanimidade de se inviabilizar dentro do próprio partido. Uma vez fazendo isso, se viu acuado, sem nenhuma chance, não tem chance de reeleição, perde longe no seu próprio estado, tem pífios um ou dois por cento. Um por cento, que eu vi ontem em uma pesquisa contratada por um banco.

Ele tem um por cento de intenção de voto a nível nacional, empatado com Janones, deputado Janones, enfim, uma vergonha absoluta e com a pecha de traidor.

Agora chegou aqui o deputado Caio França, que é filho de uma vítima dele. Então Geraldo Alckmin, vítima um; Márcio França, vítima dois; Jair Bolsonaro, vítima três; agora Rodrigo Garcia, seu vice-governador, secretário de Governo, é a quarta vítima.

Esses que nós conhecemos, porque aqui, nesta Casa, dos 94, tem várias vítimas dele, uma delas sou eu. O povo de São Paulo é a maior vítima do embuste. O Conte e eu ficamos muito irritados porque nós fomos enganados por ele, nós pedimos voto para ele, isso que foi o pior, a gente se sentir enganado.

Imagina, ainda mais o Conte, conversando com bandido durante 20 anos, sabendo se o cara está mentindo ou não, foi enganado por um falastrão daquele lá. Agora ele joga por terra a candidatura do seu sucessor, que haveria de ser o seu sucessor.

Colocou o Rodrigo Garcia no PSDB, trouxe para dentro da sua agremiação partidária e agora, imagina, deputado Gil Diniz, eu vi uma notícia hoje de manhã, Major Mecca, dizendo o seguinte: João Doria disse que não sairá mais do governo, mas vai apoiar Rodrigo Garcia.

Mas tudo que ele não quer é ser apoiado pelo João Doria. Naquela época da masmorra, na época medieval em que você andava arrastando uma bola de ferro no pé, a última coisa que o Rodrigo Garcia quer é o apoio do João Doria aparecer com ele ao lado.

Então, o que nós estamos vendo agora, povo de São Paulo? Você que está nos assistindo através da TV Assembleia neste festivo 31 de março, Major Mecca, festivo 31 de março, duplamente festivo. Primeiro, pelos 58 anos da nossa revolução redentora de 31 de março de 1964. E depois, por cair a máscara do governador João Doria perante toda a população paulista.

O que nós já sabíamos aqui dentro desta Casa, agora ele manifestou para que não reste mais nenhuma dúvida. Agora todo mundo tem a absoluta certeza do que ele é. O que vários aqui já sabiam, o que vários aqui já tinham experimentado na pele consigo próprio ou com sua agremiação partidária ou qualquer outro que também tenha acreditado nas suas falácias.

Então, hoje, duplamente, dupla comemoração, Major Mecca: João Doria rasgando a fantasia de traidor e pelo nosso 31 de março. Fico aqui feliz porque ninguém gosta, como bem disse aqui o deputado Conte Lopes, de andar ao lado de traidor.

Então, graças a isso, nós temos aí o nosso ministro Tarcísio Gomes de Freitas, que deixará o cargo nesta tarde, lá em Brasília, passando para o seu secretário executivo, Dr. Marcelo Sampaio, e que já pontua como segundo lugar nas pesquisas, bem longe do candidato do PSDB.

E, além de tudo isso, nós temos aí os institutos de pesquisa, deputado Gil Diniz, não querendo passar aquela vergonha que passaram em 2018, que fizeram a pesquisa se achegar, né? Fizeram uma conta de chegar na pesquisa eleitoral, nos últimos dois dias da eleição, que eles diziam que o presidente Bolsonaro perdia para todos os demais candidatos.

Nós estamos vendo os institutos de pesquisa, para não perderem a sua credibilidade, porque o que eles dizem a gente sabe que é mentira pelo simples fato de andar nas ruas.

Mas eles têm que não passar aquela vergonha de 2018. Então, disse ali o colega deputado Marcos Damasio, nosso decano aqui de PL, nós elegeremos o ministro Tarcísio e o presidente Bolsonaro.

E digo mais: o ministro Tarcísio provavelmente, Major Mecca... O senhor que está conosco, o senhor e o deputado Gil Diniz, que estava conosco no centro de São Paulo, ali na B3, por ocasião dos leilões do Ministério da Infraestrutura, vocês puderam ver a população que estava ali no centro de São Paulo.

Provavelmente - a gente não tem bola de cristal - o ministro Tarcísio será eleito no primeiro turno, porque nós temos dois tipos de eleitor: aquele pessoal que vota na esquerda, já vota na esquerda mesmo.

Esse aí não tem conversão, salvação, esse aí, como diz, já está perdido. Agora, o alckimista revoltado trabalha com mais afinco do que qualquer um, porque o alckimista não vota no PT.

O Lula achou que o Geraldo ia somar para a sua chapa, ele não soma, porque o eleitor do Geraldo não vota no Lula. Salvo raríssimas exceções, acho que não dá nem, sei lá, 2%, 3% do eleitor do Geraldo, dos 100%, eu acho que não vota 2 por cento.

Então, esse alckimista arrependido, que é onde eu conheço melhor, que é do interior do estado de São Paulo, onde ele sempre teve grandes votações, esse eleitor é o que mais vai trabalhar pelo ministro Tarcísio Gomes de Freitas.

E também a nossa tropa que defende o nosso presidente Jair Bolsonaro. Então, eu estou feliz nesse 31 de março da nossa redentora revolução. Eu queria aqui fazer uma homenagem sobre a memória do marechal Humberto Castello Branco, que foi o nosso primeiro presidente do regime militar.

E dizer que hoje estou triplamente feliz. Uma, pela data que nós estamos hoje. Segundo, pelo senhor João Doria se autodesmascarar perante a população paulista. E por nós já estarmos com o nosso pré-candidato, ministro Tarcísio, já em segundo lugar nas pesquisas, com uma pontuação bastante significativa.

E vai mudar a história do estado de São Paulo. Porque, disse aqui o deputado Conte Lopes, desde a época do Quércia nós estamos com o mesmo grupo político, desde 1983.

O grupo político do governador Montoro chegou no poder em 82, tomou posse em 83. Teve uma dissidência em 87, que saiu o PSDB. Mas o grupo político é o mesmo. Nós estamos há 40 anos com o mesmo grupo político.

Portanto, vai ser uma notícia muito alvissareira, para o estado de São Paulo, que nós teremos o nosso ministro Tarcísio como governador, e a reeleição do presidente Bolsonaro.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre deputado Frederico d’Avila.

Seguindo a lista de oradores inscritos no Grande Expediente, convido a fazer uso da palavra o nobre deputado Caio França. (Pausa.) Nobre deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Nobre deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Nobre deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Nobre deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Nobre deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Nobre deputada Carla Morando. (Pausa.) Nobre deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Nobre deputada Adriana Borgo. (Pausa.)

Nobre deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Nobre deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Nobre deputada Professora Bebel. (Pausa.) Nobre deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Nobre deputado Castello Branco. (Pausa.) Nobre deputado Professor Walter Vicioni. (Pausa.)

Nobre deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Nobre deputado Rafael Silva. (Pausa.) Nobre deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Nobre deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Nobre deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Nobre deputado Major Mecca. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente deputado Gil Diniz, uma honra retornar a esta tribuna. Deputado Frederico d’Avila, a todos que nos acompanham.

O que os deputados, senadores, os políticos do Brasil, do estado de São Paulo, precisam entender, é que o povo está cansado desses políticos que, em sua grande maioria, tanto aqui nesta Casa, na Assembleia Legislativa de São Paulo, como em Brasília, no Congresso Nacional, os políticos trabalham em benefício próprio. Não trabalham para o povo.

Eles, na verdade, em sua grande maioria, estão se lixando. Seja o policial, o professor, o comerciante, o motorista de ônibus, de taxi, eles estão se lixando. Quanto vocês ganham de salário, se vocês estão passando dificuldade, se vocês estão com fome?

Eles estão pouco ligando se o trabalhador pega ônibus lotado, trem lotado. Eles não estão nem aí, porque eles trabalham em benefício próprio. Está aí um exemplo na data de hoje.

Então quer dizer agora, PSDB, senhor Rodrigo Garcia, vice-governador, que agora interessa o impeachment do Doria? Agora interessa? Nós ingressamos, eu, o deputado Gil Diniz, Frederico d’Avila, Valeria Bolsonaro, Agente Federal Danilo Balas, Douglas Garcia, por três peças, nós protocolamos nesta Casa.

Nós citamos, em uma das peças, a compra superfaturada de respiradores, que hoje é investigada pela Polícia Federal, que já saiu aqui das fronteiras do estado de São Paulo. Porque aqui, dentro do estado, não houve aprofundamento nas investigações. Sabe por que, deputado Frederico d’Avila?

Por conta do aparelhamento promovido pelo PSDB durante os 30 anos de governo - na verdade, desgoverno - com o povo de São Paulo. Porque eu, durante 31 anos embarcando em uma viatura da Polícia Militar com os meus irmãos policiais militares... Tem dois ali: sargento Ormino, sargento Santos. Na verdade, o Santinho e o Ormino. Fui estagiário deles.

E ali, dentro daquela viatura, com esses meus irmãos, alguns dos quais integram meu gabinete hoje - meu chefe de gabinete, o Niltinho, foi o sargento Nilton na Rota, no Gate, no Coi -, junto com todos eles, eu aprendi o que é a verdadeira honra, dignidade, respeito ao próximo.

Ao lado desses homens, eu salvei muitas vidas; ao lado desses soldados, eu verdadeiramente servi ao povo de São Paulo. Troquei tiro nas ruas com criminoso, com integrante de facção criminosa.

Vi a maior facção da América Latina, o PCC, tomar tamanho vultoso, seja no estado de São Paulo, seja no Brasil, na América Latina, em todo o mundo. Resultado de uma política, na verdade de uma ausência de política de Segurança Pública, que acorrentou os policiais, desprestigiou os policiais.

Não deu segurança jurídica a esses homens e mulheres no combate à criminalidade e na defesa ao cidadão de bem. Então, todos nós somos vítimas desse desgoverno.

Vem falar do quê, durante a pandemia? Os milhões que foram direcionados para a construção de hospitais de campanha... Eu estive em hospital de campanha. Aqui do lado tinha um, do lado da Assembleia Legislativa, aqui no Ibirapuera: 260 leitos. Nenhuma das vezes em que eu entrei, tinha mais do que 100 leitos ocupados.

E você olhava as pessoas que estavam ocupando os leitos, a pessoa sentada na cama ali jogando no aparelho celular, aonde nos trouxe o tirocínio policial. Será que essa pessoa tinha que realmente estar aqui?

A gente vê mais de 60 milhões investidos num hospital de plástico, enquanto hospitais a cuja construção o PSDB deu início lá em 2013, até o dia de hoje, 31 de março de 2022, não foram entregues.

E inúmeros aditivos ao contrato. E toma-lhe dinheiro público, toma-lhe dinheiro dos nossos impostos sendo desviado. Nós temos representações no Ministério Público em relação a todas essas fiscalizações, todas elas.

O deputado Carlos Giannazi, por quem eu tenho respeito, falou da Educação durante o governo militar. Pergunte ao povo, pergunte ao cidadão nas ruas, aos trabalhadores se eles não querem escola militar para os filhos.

Pergunte a eles, deputado Gil Diniz, se eles não querem escola militar para as suas crianças. Eles não querem o que eu recebi hoje. Deputado Carlos Giannazi acabou de adentrar; eu tenho muito respeito por ele.

Eu recebi hoje, no meu WhatsApp, uma gravação de um senhor - me passaram falando que é um professor, mas nós vamos fazer o levantamento - com duas crianças, numa doceria, pedindo guloseimas para as crianças. E pergunta para elas: “fala aí, vocês querem escola militar?”.

E as duas crianças, que acho que não têm nem 10 anos: “não, a gente não quer”. “Você quer o presidente Jair Bolsonaro?”. E as crianças, de cabeça baixa: “não, a gente não quer”. “Não, fala aí, fala aí”.

Não é isso que nós, homens e mulheres de bem, queremos para os nossos filhos. Nós queremos uma escola, sim, com professores valorizados. Porque o professor é uma categoria que tem que ser altamente valorizada, pois transmite conhecimento a todos nós, aos nossos filhos.

Mas nós queremos, sim, que os nossos filhos tenham acesso à Educação, que aprendam História, Geografia, Matemática, Língua Portuguesa, para que eles tenham capacidade de discernimento de amanhã serem cidadãos livres, e fazer suas escolhas.

Ter liberdade de escolher, e não ser conduzido. Não ser conduzido, como já tem no brasão do estado de São Paulo, “non ducor duco”, “não sou conduzido, eu conduzo”. Não ser direcionado, dentro de uma sala de aula. Porque o nosso povo, os pais não querem ideologia de gênero dentro da sala de aula.

Eles querem a liberdade para educar seus filhos, mostrar, dentro do seio da família, o que significa a honestidade e o respeito ao próximo. Respeito a todos, independentemente de opção sexual, independente de raça, independente se é rico, se é pobre. Nós devemos respeitar a todos, independentemente da sua religião.

Outro dia nós vimos aí, acho que foi um vereador, não sei, acho que foi no Paraná, invadiu um templo. Invadiu, agrediu, quebrou tudo. Aí está tudo bem, não é uma ofensa. O povo não quer mais isso. O povo quer respeito, o povo quer liberdade para se expressar, e falar aquilo que pensa.

Não é fazer, como o governo do estado de São Paulo fez com os nossos policiais, fez com a Polícia Militar, de proibi-los de fazer uma postagem e comentar nas redes sociais.

Por quê? Os nossos policiais são diferentes de todos os demais cidadãos brasileiros? E nos incomodou, sim, deputado Frederico d’Avila. O comandante-geral da PM assinar uma diretriz, se submeter a esse tipo de ordem.

Nós, militares, que temos honra, dignidade, e somos forjados para estar à frente de uma tropa, não podemos nos submeter a ditadores. Nós servimos ao povo, e não a ditadores.

Então, está aí. O que o povo quer é liberdade. O povo quer políticos, quer governantes que os respeitem.    

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre deputado Major Mecca.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Para uma comunicação, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - É regimental.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Corroborando aqui o que disse o deputado Major Mecca, nós estamos vendo o padecimento da sociedade paulista.

O senhor também deve ouvir nas suas andanças. O padecimento da sociedade paulista, da população paulista, por conta das algemas - não é, Major Mecca? - que foram colocadas nas Forças de Segurança pela atual administração. Com anuência, inclusive, de ex-integrantes da Polícia Civil e Polícia Militar, que estão hoje na Secretaria de Segurança Pública.

Eu queria aqui parabenizar. Eu já fiz uma moção de aplauso, e queria parabenizar e agradecer, por coincidência, meu amigo, deputado Dr. Arthur Jean Dauger, da Polícia Civil, que conseguiu se esvair de uma situação, conseguiu se defender de uma situação que ele seria roubado, à mão armada - por coincidência, pelo mesmo meliante que me roubou no dia 12.10.2021.

Era exatamente o mesmo meliante, cometendo exatamente o mesmo crime, o que nos deixa tristes. Mesmo fazendo boletim de ocorrência, colocando a placa da moto para os policiais irem atrás etc., nós vimos que o criminoso estava desde outubro nas ruas.

Mas, como sabe bem o Major Mecca, e os policiais militares que estão aqui embaixo, e aqueles que trabalhavam com o Major Mecca, que estão ali na galeria, sabem das dificuldades que as duas polícias hoje têm de fazer o seu trabalho, que é proteger a população paulista. A Civil com a sua investigação e a PM através da segurança, do policiamento ostensivo.

E hoje, o policial é escrachado, como disse aqui o Major Mecca, e morto, como mostrou outro dia aqui o deputado Conte Lopes, que mostrou aqui no telão da Assembleia, que foi morto implorando pela vida para um bandido. E isso acontece com elementos das forças de segurança, imagine com a população comum.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Deputado Frederico, qual é o nome do delegado?

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Dr. Artur Dian, do GER.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Então nossos parabéns ao Dr. Artur Dian por essa ocorrência exitosa, Major Mecca. Esse ladrão não assalta mais ninguém, teve o que mereceu. Parabéns ao delegado.

Com a palavra o nobre deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Nobre deputado Sargento Neri. (Pausa.) Nobre deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Gil Diniz, deputado d’Avila, Major Mecca, telespectador da TV Assembleia, público aqui presente, Sr. Presidente, eu quero dizer que, com essa crise do PSDB, com a possível, parece que, desistência do governador Doria de disputar a Presidência e de abandonar o Palácio dos Bandeirantes, isso gera uma crise sem precedentes no tucanato e também aqui dentro da Assembleia Legislativa, sobretudo na base do Governo, que vai derreter agora, neste momento.

Ela vai se esfacelar completamente. Eu vejo como positivo, porque é o momento agora, mais do que nunca, de aprovar, por exemplo, o PDL nº 22. É a nossa chance de acabar definitivamente com o confisco dos aposentados e pensionistas. É um momento importante e histórico.

E, ao mesmo tempo, cobrar dos deputados e deputadas que votaram nesses projetos do Doria, que se associaram a ele, que se filiaram a essa privataria tucana que tanto prejudicou a população.

Como fica agora, deputado Major Mecca, o deputado que votou naquele famigerado PL 529, que aumentou os impostos, que confiscou salários de servidores através do aumento da contribuição do Iamspe, que prejudicou as pessoas com deficiência na questão da isenção do IPVA, na prática ele acabou, o Doria, com a isenção do IPVA, e os deputados votaram com ele.

Como vai ficar a consciência e a posição dos deputados da base do governo, que agora foram traídos pelo governador? O governador abandonou a base dele de sustentação, que tanto apoio deu a ele. Muitos falam: “Ah, o Doria traiu o Alckmin, está traindo o Rodrigo Garcia”, mas ele está traindo vários deputados da sua base de sustentação, deputado Major Mecca.

Como fica o deputado que votou na reforma da Previdência? Na farsa da reforma da Previdência, que confiscou as aposentadorias dos servidores da ativa e, sobretudo, dos aposentados e pensionistas. E agora, deputados da base? Como V. Exas. vão olhar para a população? Para os professores? Porque V. Exas. foram abandonados agora pelo governador Doria.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Frederico d’Avila.

 

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Vossas Excelências se associaram a todas as maldades. Imagine, deputado Mecca, quem votou agora na reforma administrativa, que ajudou o Doria a acabar com a falta abonada dos servidores.

Olha só, o Doria abandonou esses deputados e essas deputadas. Os deputados que votaram a favor dessa farsa do novo plano de carreira, que vai destruir a carreira do Magistério estadual a médio e a longo prazo.

Como vai ficar isso e tantos outros? Aquele outro projeto dos precatórios, que prejudicou também amplos setores da sociedade e servidores, onde ele diminuiu drasticamente o pagamento de precatórios para os nossos servidores, que eram dívidas de salário, inclusive.

Então, foram tantas as maldades aprovadas pelo “desgovernador” Doria que agora nós vamos... Eu proponho, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, que nós possamos agora, neste momento em que a base do governo está esfacelada, derretendo... Opa, terminou a energia. (Pausa.)

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Tivemos aqui uma queda de energia, mas voltamos com toda a potência, deputado Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Então vamos lá, continuando: eu proponho, Srs. Deputados - está aqui o deputado Mecca, o deputado Gil Diniz, o deputado d'Avila e outros que estão em seus gabinetes -, que nós possamos agora, já que há crise, já que há um esfacelamento, que a base do governo está derretendo, que possamos revogar todas as medidas, todos os projetos que foram aprovados, começando pela reforma da Previdência.

Vamos revogar. Nós podemos fazer isso votando outro projeto e, sobretudo, acabando com o confisco das aposentadorias e pensões. Nós podemos votar, agora definitivamente, o PDL 22, que é a nossa primeira prioridade. Nós podemos revogar o PL 529, que extinguiu a Sucen, a Superintendência de Combate às Endemias, que extinguiu a CDHU, que constrói casas para a população carente.

Podemos revogar o PL 529, que aumentou o desconto nos salários de todos os servidores do estado de São Paulo, em relação ao Iamspe. Esse PL 529 já virou lei. Na verdade, a lei tem que ser revogada imediatamente, pois aumentou impostos... O 529 foi aquele famoso “X-tudo” de maldades do governador Doria.

Então, esse projeto se transformou em uma lei e essa lei tem que ser revogada imediatamente, pois acabou também com os institutos de pesquisa, extinguiu também o Instituto Florestal, o Instituto Geológico, o Instituto de Botânica, em plena crise climática.

O Doria se diz o homem da ciência, o pai da vacina, e não é. Ele é o pai do confisco. O pai da ciência, o pai da vacina aqui em São Paulo foi o Instituto Butantan, que é um órgão público que ele inclusive tentou vender em 2019.

Ele foi àquele encontro em Davos com o Paulo Guedes e lá anunciou a venda do Instituto Butantan. Ele ia privatizar. Aí veio a pandemia e ele recuou, logicamente, mas o pai da vacina não foi o Doria, foi o Instituto Butantan, que é constituído por servidores públicos concursados, pesquisadores de renome internacional. Não tem nada a ver com o Doria.

O Doria se apropriou de uma forma oportunista, como ele sempre fez. Ela pega as ondas, ele vai de onda em onda. Se é o Bolsonaro que está dando certo, ele vai de Bolsodoria. Se for o Lula, ele vai com o Lula. Se for o Alckmin, ele vai com o Alckmin. Ele não tem nenhum tipo de coerência. Essa é a verdade em relação ao Doria. O fato é que, enfim, temos que revogar a lei fruto do 529 e a reforma administrativa também.

O deputado Mecca estava falando também do adicional de insalubridade. Ele, na reforma administrativa, retirou o reajuste para vários setores do funcionalismo, que perderam o reajuste do adicional de insalubridade, sobretudo os servidores da Segurança Pública, que V. Exa. representa muito bem e defende de forma ardorosa aqui na Assembleia Legislativa, deputado Mecca.

E outros, como faltas abonadas, faltas injustificadas. Esse projeto que já se transformou numa lei também tem que ser revogado imediatamente. E, por fim, o último que ele aprovou agora na terça-feira, que foi a farsa da reforma da carreira do Magistério.

Esse tem que ser revogado imediatamente, porque vai penalizar muitos servidores. Só a parte do reajuste, logicamente, que nós não vamos revogar e muito menos a parte do QAE e do QSE, mas o restante tem que ser revogado imediatamente. Então essa vai ser a nossa luta caso se confirme, porque me parece que ele vai dar uma entrevista coletiva agora às 16 horas.

Não sei se foi um golpe, se ele quis dar um minigolpe como fez Jânio Quadros em 1961. Ele acha que depois vai ter um movimento dizendo para ele: “Não, fique. Saia candidato a presidente”, para pressionar o PSDB nacional. Pode ser, porque ele é marqueteiro. A gente não pode se esquecer disso.

Ele é especialista em marketing de quinta qualidade, mas é. Então nós vamos fazer um movimento aqui pela revogação de todas as maldades do governo Doria contra a população e contra os servidores públicos. E a primeira revogação que será feita será a do confisco. Nós vamos aprovar o PDL 22, colocando fim definitivo ao confisco das aposentadorias e pensões.

Era isso, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Obrigado, deputado Carlos Giannazi. Dando prosseguimento à lista de oradores, eu chamo agora o deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputado Gil Diniz, tem V. Exa. o tempo regimental de dez minutos.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - Pela ordem, presidente. Para uma comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Pela ordem, deputado Major Mecca.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Só para deixar aqui registrado o nosso apoio ao PDL 22, apresentado pelo deputado Carlos Giannazi, onde o Sr. desgovernador João Doria, através de decreto, aumentou a alíquota previdenciária de todos os aposentados no estado de São Paulo.

Ou seja, ele aumentou o imposto dos remédios, aumentou o preço dos remédios e aumentou a alíquota previdenciária. O que aconteceu de fato com esses aposentados no nosso estado de São Paulo, deputado Gil Diniz? Tiveram que pedir favor para familiares, para filhos, porque a aposentadoria diminuiu e o remédio aumentou.

Tem aposentados que gastam praticamente 100% da aposentadoria comprando remédios e o Sr. Agripino fez isso com os aposentados no estado de São Paulo: diminuiu a aposentadoria e aumentou o preço do remédio, infelizmente. Então tem todo o nosso apoio ao PDL 22 para que esse decreto famigerado que aumentou a alíquota previdenciária dos aposentados seja derrubado.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PL - Dando prosseguimento, o deputado Gil Diniz tem dez minutos regimentais.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente Frederico d’Avila. Volto aqui a esta tribuna para repercutir um pouco das notícias que saíram hoje aqui na imprensa paulista, Major Mecca. Mas antes disso me lembrei agora...

O deputado Rodrigo Moraes entrou aqui no plenário, conheci o pai dele, o ex-deputado federal, o missionário José Olímpio, da Igreja Mundial, hoje vereador na cidade de São Paulo, e lembrei deste salmo aqui: “Nenhum dos que acreditam em ti será decepcionado; envergonhados ficarão aqueles que, sem motivo, agem como traidores”. Salmo 25:3. Por que eu falo aqui, cito aqui o Texto Sagrado, Major Mecca?

É um texto que fala sobre traição, sobre traidores, e nós poderíamos trocar essa palavra aqui pelo nome do João Doria, o João Doria é um traidor. Está na essência desse cidadão, desse ser, a traição. O deputado Frederico d’Avila colocou alguns nomes aqui que ele já traiu e que nós conhecemos publicamente.

Mas imagine, deputado Fred, quais que nós não conhecemos. Como que esse cara ascendeu, Major Mecca, em sua vida privada? Como que ele atropelou, que ele iludiu, que ele destratou, que ele humilhou, que ele traiu aliados?

O deputado Frederico d'Avila esqueceu de um, o Matarazzo, Andrea Matarazzo. Sempre digo aqui: o candidato natural do PSDB, em 2016, à Prefeitura de São Paulo era o vereador, líder do PSDB na Câmara Municipal, Andrea Matarazzo, que foi traído pelo João Doria, que foi traído dentro ali do PSDB, e João Doria tirou o Matarazzo da disputa.

Nós sabemos, Major Mecca, das graves denúncias que tem inclusive no MP sobre a fraude naquela eleição intrapartidária, que é uma vergonha que aquilo ali não seja devidamente investigado e que os responsáveis por aquele escândalo ali não sejam devidamente responsabilizados. A fraude que aconteceu agora também, em 2022 - coloca aí 2021 - aquela eleição ao Doria sabotando aqui o Plenário. Vai cair a energia novamente.

Vejam só, o aplicativo lá travou na época da eleição quando ele venceu, usou a máquina do governo do estado de São Paulo para vencer uma eleição intrapartidária, as prévias da eleição. Traiu o seu padrinho político, Geraldo Alckmin. Geraldo Alckmin entrou numa profunda depressão que teve que se unir agora com o Lula, caiu no colo do Lula o Alckmin.

Traiu a tudo e a todos, mas a principal vítima desse cidadão é o povo de São Paulo, primeiro o povo paulistano, agora toda a população do estado de São Paulo. E agora ele começa a armar para trair o Garcia, mas o Garcia é o mestre, é o professor de política.

Se é da boa política, não acho que seja, mas é um professor de política, inclusive foi o único deputado que não era do PSDB que conseguiu quebrar uma hegemonia na Presidência desta Casa, vencendo o candidato do PSDB por um voto.

A história dessa eleição à Presidência da Assembleia Legislativa que o Garcia venceu daria um livro, um documentário, uma novela. E hoje o Doria tenta fazer essa movimentação, Garcia fazendo também, inclusive os jornais dizendo, publicando que o Garcia já ameaçou: “se não sair vai tomar um impeachment”.

E chegaram a um acordo, o “Antagonista” publica aqui que chegaram a um acordo. Acordo? Acordo? Era o quê? Aquele tribunal do... vocês conhecem, tribunal aqui de um grupo de São Paulo que gosta de fazer ali os seus justiçamentos; reuniram-se ali e resolveram, parece que o Doria vai entregar o bastão.

Ontem, em Taubaté, o governador foi lá fazer um evento, Mecca, e ele foi criticado por um vereador, se não me engano o Alberto. Dá uma olhada aqui no que aconteceu ontem em Taubaté, olha o nível de governador que nós temos.

 

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- Exibido o vídeo.

 

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Colocou Jesus Cristo ali, Mecca. Olha o nível. Agora, olha o nível de secretário que a gente tem, o Vinholi. Que vergonha do Vinholi, mas que vergonha desse cidadão. O que é que ele merece, meu povo? O Vinholi puxa a vaia, Fred: “Uuuhhh”. Meu Deus, Catanduva, região, pelo amor de Deus. Que isso? Mas que lixo de governador que a gente tem.

Ele, para ofender, ele é muito fino, né? “Bobão”. “Bobão”. É o governador João bobo, não é? Mas é um tremendo de um... “Calça apertada” é pouco para ele. Mas o que, como pode, meu Deus do céu? Mas como que pode? Quem governa São Paulo, povo paulista? Quem governa São Paulo? É o Garcia, é o Doria, é o idiota do Vinholi.

Um deputado medíocre. Era suplente; alguém saiu, assumiu. Medíocre. Foi tão medíocre, Fred, que não conseguiu voltar - com o mandato, não conseguiu voltar. Família, tem uma história na política.

Não conseguiu voltar. Por acordos partidários, virou aí um secretário biônico e ajuda o João Doria a destruir o estado de São Paulo, e o papel dele é esse: puxar vaia, puxar aplauso. Medíocre, medíocre.

Agora, um dia depois de o Doria... Né? Ele fala para o vereador: “Você é um cidadão de nada”. É assim que ele considera o povo de São Paulo, é assim que ele considera os nossos professores, os nossos policias militares, os nossos policiais civis: um nada. É assim que ele considera esta Assembleia Legislativa: um nada.

Mas vejam vocês, senhores: desde o primeiro dia do nosso mandato, nós subimos nesta tribuna para denunciar esse ser aqui, que falou, Mecca, de família. Olha, os filhos, a família - ele, que tem aquele vídeo com aquelas profissionais do sexo ali. Traiu a todos, traiu os filhos, traiu a esposa, traiu os aliados e quer falar de filho, quer falar de família, quer falar de oração.

Um ser abominável desses, que fechou as nossas igrejas, que nos proibiu, Frederico d’Avila, de cultuar o nosso Deus, e agora colhe o que plantou. Ninguém quer sair na foto desse lixo, desse verme, desse ser abominável que é João Doria, nem o Rodrigo Garcia.

Essa manobra dele, ele sabe por que é que ele está fazendo isso, porque ele sabe que o Garcia vai abandonar ele, que o Garcia vai traí-lo. O Garcia, quando assumir o mandato, vai traí-lo, vai jogar uma pá de cal na cova de João Doria, ele sabe disso.

Olha a movimentação do governador do Rio Grande do Sul - saiu do cargo, está aquecendo para pegar a vaga para a presidência dentro do PSDB. Ele colhe o que plantou e, obviamente, com essa briga no ninho tucano, sempre eu vou torcer para a briga, Major Mecca, mas sempre, sempre.

Agora, João Doria, para você, isso é pouco. Você tem que ser extinto da política. Essa tua trupe aí de Vinholi e outros tem que ser excluída do debate público, porque você fez muito mal ao nosso povo de São Paulo, ao povo brasileiro.

Garcia, deixo aqui, novamente, o convite a você: volte aqui para o Parlamento, saia candidato a deputado estadual. Talvez você consiga ser eleito deputado estadual, porque, como governador, esquece, está liquidado.

Assino embaixo do que o deputado Frederico d’Avila disse: vai ser no primeiro turno. O ministro Tarcísio, nosso pré-candidato ao governo do estado de São Paulo, está de vento em popa, Fred. Ninguém para o ministro Tarcísio. Então, Garcia, Doria, tomem vergonha na cara, larguem o osso e renunciem para o bem do povo de São Paulo.

Muito obrigado, deputado Frederico d’Avila, pela tolerância.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Se houver acordo entre as lideranças, levantar a presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PL - Obrigado, deputado Gil Diniz. Havendo acordo de lideranças, esta presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 49 minutos.

 

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