31 DE MARÇO DE 2022
13ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA, FREDERICO D'AVILA, MAJOR MECCA
e GIL DINIZ
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - FREDERICO D'AVILA
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - FREDERICO D'AVILA
Assume a Presidência.
5 - CORONEL TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, faz pronunciamento.
7 - CORONEL TELHADA
Para comunicação, faz pronunciamento.
8 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - EDNA MACEDO
Para comunicação, faz pronunciamento.
10 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - MAJOR MECCA
Assume a Presidência.
12 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, faz pronunciamento.
13 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, faz pronunciamento.
14 - DR. JORGE LULA DO CARMO
Por inscrição, faz pronunciamento.
15 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
16 - FREDERICO D'AVILA
Por inscrição, faz pronunciamento.
17 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
18 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
19 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, faz pronunciamento.
20 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Parabeniza o delegado Artur Dian pela reação em tentativa de
assalto.
21 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
22 - FREDERICO D'AVILA
Assume a Presidência.
23 - MAJOR MECCA
Para comunicação, faz pronunciamento.
24 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
25 - GIL DINIZ
Solicita o levantamento da sessão.
26 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de 01/04, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus
iniciamos os nossos trabalhos.
Esta Presidência dispensa a leitura da
Ata da sessão anterior e recebe o Expediente na data de hoje, quinta-feira, dia
31 de março de 2022.
Vamos começar o Pequeno Expediente com
os seguintes oradores inscritos: deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Castello
Branco. (Pausa.) Deputado Professor Walter Vicioni. (Pausa.) Deputado Sebastião
Santos. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Rafael Silva.
(Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.)
Deputado Edmir Chedid. (Pausa.)
Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado
Major Mecca. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Sargento Neri.
(Pausa.)
Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.)
Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.)
Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado
Carlos Giannazi.
Vossa Excelência tem o tempo
regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador
da TV Assembleia; quero, da tribuna da Assembleia Legislativa, manifestar o meu
total apoio à luta e, sobretudo, à greve dos servidores e servidoras de
Piracicaba, que estão em estado de greve fazendo uma grande mobilização em
defesa de melhores salários, melhores condições de trabalho, com uma pauta
muito importante de valorização dos seus salários que estão já defasados e
arrochados há muitos anos.
No entanto, Sr.
Presidente, eu fiquei chocado aqui com as notícias que eu recebi dos
professores e das professoras e também do próprio Sindicato dos Servidores
Municipais de Piracicaba me informando que o prefeito da cidade entrou com uma
ação na Justiça - olha só que absurdo - pedindo o interdito proibitório, ou
seja, para impedir que haja uma manifestação amanhã, sexta-feira, às 8 horas da
manhã, na frente da prefeitura, na frente ali do centro cívico.
Olha que
absurdo que um prefeito tente impedir que servidores façam manifestações
públicas em defesa da sua categoria, de melhores salários e melhores condições
de trabalho.
É inacreditável
que no ano de 2022 isso esteja acontecendo no Brasil, ou seja, essa decisão do
prefeito de proibir é um atentado contra a democracia, contra a Constituição
Federal, contra, Sr. Presidente, tudo que nós aprovamos na Carta Magna de 88, a
livre manifestação. Ele quer impedir que as pessoas façam manifestações na
frente de prédios públicos da prefeitura. Olha que absurdo, a que ponto nós
chegamos.
E também li um
artigo, que me foi enviado pelos servidores de Piracicaba, onde o prefeito joga
a responsabilidade da crise, dos baixos salários, no próprio sindicato, dizendo
que o sindicato é o culpado, ou seja, em outras palavras, tentando criminalizar
o sindicato, que é um outro absurdo total.
Então, aqui da
tribuna, eu manifesto meu total apoio, a minha solidariedade a esse importante
movimento em defesa dos servidores, das servidoras e dos serviços públicos de
Piracicaba. E repudio veementemente essa intenção do prefeito de atentar contra
a livre manifestação dos servidores.
Quero ainda,
Sr. Presidente, aqui da tribuna, aproveitar o Pequeno Expediente para também
manifestar o meu total apoio e solidariedade ao movimento, à luta, também, dos
servidores e servidoras de São José dos Campos, que estão neste momento fazendo
manifestação, se preparando, na verdade, para uma grande manifestação na frente
da Câmara Municipal de São José dos Campos.
Lá, o prefeito
quer implantar uma reforma da Previdência que vai prejudicar os servidores e
servidoras, vai dificultar ainda mais o acesso das trabalhadoras e
trabalhadores à Previdência.
Um projeto
extremamente nefasto que está em curso hoje em São José dos Campos, na Câmara
Municipal. Talvez o projeto seja votado hoje. Ele foi pautado, então, há uma
grande manifestação.
Eu estive lá há
alguns dias atrás. Fui pessoalmente, conversei com alguns vereadores e
vereadoras que estão mobilizados contra essa proposta de reforma
previdenciária, que imita o que o Bolsonaro já fez, o que o Doria já fez aqui
em São Paulo, o que o prefeito Ricardo Nunes fez aqui, na Capital também, com o
Sampaprev, de atacar os direitos previdenciários, impondo ainda mais perdas e
confiscos a quem trabalha, a quem atende a população na ponta: as professoras,
professores, o Quadro de Apoio Escolar, o pessoal da Segurança Pública, o nosso
pessoal da Saúde, enfermeiras, médicos, as nossas assistentes sociais,
psicólogas.
São essas pessoas que serão penalizadas com
essa reforma da Previdência de São José dos Campos, por isso que, daqui também,
da tribuna da Assembleia Legislativa, eu quero hipotecar e me associar a essa
grande luta contra a reforma da Previdência.
Eu diria que é
a farsa da reforma da Previdência municipal de São José dos Campos. Ao atacar
os servidores e servidoras, o prefeito de São José dos Campos está atacando
toda a população da sua cidade.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado,
deputado. Próximo deputado, deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Edna
Macedo. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. Eu vou falar depois.
Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.)
Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Conte
Lopes. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila.
Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PL - Sr.
Presidente, deputado Coronel Telhada; meu amigo, deputado Major Mecca; deputado
Giannazi, deputado Altair Moraes.
Antes de
iniciar meu pronunciamento de hoje, minha reflexão de hoje, eu queria aqui
fazer registro da data de hoje, Coronel Telhada, 31 de março, aonde são 58 anos
da revolução libertadora de 1964, aonde, graças a Deus, as Forças Armadas,
unidas a governadores, imprensa, Judiciário, Sociedade Civil, solicitaram uma
ação efetiva das Forças Armadas contra o golpe que estava sendo preparado pela
então União Soviética aqui no Brasil e que pretendia instalar o regime, uma
ditadura comunista aqui no Brasil.
Então, nossas
alvíssaras aos 58 anos da revolução redentora de 1964, a quem eu cumprimento
todas as Forças Armadas. Na sequência, Sr. Presidente, hoje de manhã, todos nós
fomos pegos de surpresa com a notícia de que o governador João Doria, que
renunciaria ao cargo de governador de São Paulo no dia de hoje para concorrer a
presidente da República, desistiu de tal renúncia, desistiu de tal ato,
deixando, como diz no jargão popular, “com a broxa na mão”, deputado Giannazi,
o vice-governador, Rodrigo Garcia, que foi seu fiel escudeiro desde o primeiro
dia de governo.
Mudou de
partido, atravessou as prévias, fez com que o João Doria ganhasse as prévias, a
despeito do que dizem, que as prévias não foram tão prévias assim, inclusive
dizendo que a base partidária não queria esse resultado, queria outro
resultado.
Agora, o
governador João Doria conseguiu desagradar todo o seu partido, o PSDB do Pará,
o PSDB do Ceará, o PSDB de Minas Gerais, grande parte do PSDB aqui de São
Paulo, enfim, agora ele mostrou, deputado Altair, aquela fábula do sapo que
atravessa a lagoa com escorpião nas costas, ele não tem condições, ele não tem
como não agir de acordo com o seu instinto, Major Mecca, que é o instinto da
traição.
Então, mais um
que foi traído pelo Sr. João Doria. Primeiro, começou com o Geraldo Alckmin,
depois Márcio França, depois presidente Jair Bolsonaro e, agora, o Sr. Rodrigo
Garcia, vice-governador de São Paulo.
É
inacreditável, era previsível que alguma coisa ia acontecer, porque, como eu
disse, com a índole e a característica basilar desse senhor, que é trair, não
dá para acreditar em nada. Se ele falar que ele vai ao banheiro, ele sobe ali
no cafezinho; se ele falar que vai ao cafezinho, ele vai ao estacionamento.
Eu não sei como
ele conseguiu engabelar esta Assembleia Legislativa durante três anos e três
meses ininterruptamente, porque aqui foram passadas coisas inacreditáveis, como
o Projeto 529, que deu um cheque em branco para ele fazer o que ele bem
entendesse com as alíquotas do ICMS, tirou os benefícios do PCD, que comprava
veículos com os descontos de PCD, colocou impostos sobre HFs, que são
hortifrutigranjeiros, colocou imposto sobre fertilizantes, colocou impostos
sobre artigos médicos e insumos médicos durante o tempo de pandemia. É
inacreditável.
O presidente
Bolsonaro tirou imposto de mais de 600 itens, e ele conseguiu colocar impostos
sobre insumos, equipamentos e medicamentos. Aumentou impostos sobre
combustíveis, fez tudo isso com aval desta Casa e agora trai aquele que foi o
seu maior aliado. É inacreditável.
Mais
inacreditável ainda é que nós não vemos aqui ninguém do seu partido para
explicar à população paulista qual é o intuito desse movimento.
É
inacreditável, porém, eu que já havia alertado lá no final de 2019 esta Casa,
quando eu próprio fui traído por ele, dentro da minha pequenez, do meu mandato,
mas eu sabia que outros fatos como esse iriam acontecer. Agora, acontecem em
seu maior espectro.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado.
Solicito que V. Exa. assuma a Presidência dos trabalhos enquanto chamo os
demais deputados.
Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor.
(Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado Emidio de Souza. (Pausa.)
Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.)
Pela lista suplementar, deputado Enio
Tatto. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.)
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Frederico
d’Avila.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Dando
prosseguimento à lista suplementar de inscritos, chamo agora o deputado Coronel
Telhada.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
Muito obrigado. Dia 31 de março de 2022, quinta-feira. Trinta e um de março é
um dia importante para nós. Graças ao dia 31 de março de 64 este País não virou
uma Cuba.
Cuba em todos
os sentidos, não só o País, ia virar um lixo caso o comunismo tivesse sido
implantado aqui. Graças a Deus não foi e nós continuamos firmes aqui, lutando
pela democracia brasileira.
Na data de
hoje, na manhã de hoje todos nós fomos surpreendidos com a notícia de que o
ditador de São Paulo não largará o trono.
Não quer sair
da governança do estado. Isso não me causa nenhuma estranheza. Porque, desde o
começo, aliás, todo dia, nós temos vindo aqui, e falado que o Doria é um
mentiroso. Ele mentiu na campanha. Ele mentiu para todo mundo. Ele mente para a
base dele. Tem um monte de deputado que continua acreditando nesse governador
mentiroso, e ainda apoiando o governo dele.
O que acontece?
Disseram que vai ser anunciada, agora à tarde, realmente, oficialmente, a
renúncia dele. Eu tenho as minhas dúvidas, ainda. Porque, para mim, ele está
mentindo de novo. Para mim, está valorizando, para todo mundo ficar ligado no
movimento.
Mas, se isso
acontecer, de ele não sair do governo de São Paulo, eu acho é muito bom. Para
todo mundo que apoiou esse cidadão ver que, mais uma vez, ele mentiu. Mentiu
para o partido, mentiu para o Rodrigo, seu vice-governador, que estava apoiando
a campanha dele, em cima da possibilidade de assumir interinamente o governo.
Então, se isso
não acontecer, é um tapa na cara do PSDB. E merece, merece. É um tapa na cara
dos apoiadores do Doria, que merecem esse tapa na cara. Se acontecer de ele
ficar no governo, eu quero mais é que aconteça.
Porque nós
estamos apoiando o pré-candidato Tarcísio de Freitas. Isso vai arrebentar a
campanha do Rodrigo. E o Rodrigo vai ficar sem o apoio que esperava da máquina.
Porque ele ia usar a máquina, com certeza. E ia usar a máquina governamental
com toda a força na sua campanha.
Se ele não for
alçado ao cargo de governador de São Paulo, ele perde a máquina. E nós, que
somos apoiadores do Tarcísio, damos graças a Deus por isso. Porque é uma
desonestidade usar a máquina pública na campanha eleitoral. Tenho certeza que a
maioria dos deputados pensa assim.
Agora, o jornal
noticia que ele realmente está saindo. Vários jornais já mandaram: “Doria
cogita desistir da candidatura à Presidência, e seguir no governo”. Ele tem
mais é que desistir, porque ele sabe que não ganha nem para síndico de prédio.
Se ele ficar na campanha para candidato do Brasil, ele vai perder. Se ele
tentar a reeleição, ele perde mais ainda.
Porque ele fez
um governo totalmente para si, só nos seus interesses. Então, se ele ficar, nós
vamos ter que aguentar mais oito ou nove meses, com esse mentiroso no governo.
Só que esta Casa tem que entender que não tem mais como apoiar esse governador.
Outro jornal
fala o seguinte: “Aliados de Garcia ameaçam Doria com impeachment caso fique
governador”. Ou seja, agora a Casa vem falar em impeachment? Quando todos esses
deputados, que estão aqui hoje, que são contra...
Aliás, não
estou vendo um deputado defendendo o Doria. A gente não vê um deputado, nesta
Casa, do PSDB, levantar e defender o Doria. Todos os deputados que estão na
Assembleia hoje são críticos do governo Doria. Críticos veementes, porque sabem
que ele é um mentiroso.
E agora, a base
do governo, a base do Rodrigo, vem falar em impeachment? Se vier impeachment,
tenham certeza que seremos os primeiros a votar pelo impeachment desse traidor,
desse mentiroso, desse cidadão que não merece a consideração de nenhum paulista
ou paulistano.
Agora, eu me
assusto quando eu vejo, agora, os deputados quererem impeachment. Quando ele
arrebentou na pandemia, fez um monte de coisa indevida, usou dinheiro de uma
maneira escusa, nós entramos com impeachment.
Só nós, do PDO,
entramos com dois pedidos de impeachment, fora inúmeros outros que entraram. A
Casa fez vistas grossas, ouvidos de mercador. Agora falam em impeachment.
Se vier o
impeachment, tenham certeza, ele var ser “impeachmado”, porque ele merece. E
nós votaremos por esse impeachment, porque ele merece. Mas me assusta: somente
agora, isso. Quando nós denunciamos as canalhices que aconteceram no governo
Doria, ninguém quis pôr impeachment para votar.
Todo mundo
sentou em cima. A Presidência está sentada em cima desses impeachments. Então
aqui vai a minha fala de repúdio ao governador mentiroso de São Paulo. Ele
mentiu, o governo todo. E, novamente, hoje, ele mente. Ele mente se ele ficar
no governo.
Porque ele
mente para todos os seus seguidores e seus colaboradores. Se, no final da
tarde, ele disser que passa o governo, ele mente novamente. Porque ele mente,
mais uma vez, para a imprensa e para o povo. Ou seja, de um jeito ou de outro,
é um grande mentiroso. Não merece um pingo de consideração. Não merece um pingo
de consideração. Muito obrigado a todos.
Só para fechar
aqui, Sr. Presidente. Eu queria saudar os municípios aniversariantes, que são
os municípios de Borá - lá no final do estado, um município pequenininho; um
abraço a todos os queridos amigos de Borá - e também de Fartura. Aliás, é o que
nós queremos para o estado de São Paulo: fartura. Porque com esse governo Doria
está difícil.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PL - Pela ordem, deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Só para uma
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PL - Para uma comunicação. É regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA
COMUNICAÇÃO - Primeiro, me associar a tudo o que foi dito aqui em relação ao
Doria. A marca dele sempre foi a traição, não há dúvidas em relação a isso.
Mas dizer que
eu discordo de algumas intervenções que V. Exas. fizeram em relação à data de
hoje, dia 31 de março, que alguns comemoram como uma possível revolução, que na
verdade foi um golpe militar empresarial para que os capitalistas do Brasil
continuassem acumulando o seu capital.
Então, as
Forças Armadas foram instrumentalizadas pelo capital nacional e internacional,
porque percebiam que naquele momento as forças populares, as camadas populares
vinham se organizando e iriam ocupar espaços importantes.
O Brasil
caminhava, na verdade, para uma redemocratização. Aí o golpe vem nesse sentido.
Então, foi um golpe militar empresarial. Aliás, um golpe militar sanguinário,
que matou milhares de pessoas, torturou, implantou a tortura como uma política
de Estado, implantou a censura prévia nas artes, na imprensa brasileira. E
atrasou o relógio da história do Brasil pelo menos 50 anos para trás. Essa é a
grande verdade sobre 64, que nem foi no dia 31.
O golpe mesmo
se consolidou no dia primeiro de abril, porque no dia 31 as forças do general
Mourão estavam vindo de Minas Gerais; mas o golpe mesmo foi efetivado no dia
primeiro de abril, na data de amanhã.
Então, para
nós, não foi nada de revolução, luta contra comunismo, contra corrupção; isso
foi tudo mentira, é uma narrativa construída pelos militares dentro da famosa
ideologia de segurança nacional. Então, nós estamos aqui “descomemorando” o
golpe assassino e sanguinário dado pelos militares a serviço da exploração dos
trabalhadores.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PL - Seguindo a lista...
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PL - Pela ordem, deputado Coronel Telhada. É regimental.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
PARA COMUNICAÇÃO - Só dizer aqui que
isso é uma Casa democrática. As pessoas apresentam suas ideias, e a gente
respeita todas as ideias, do colega e de todos os demais.
Mas realmente o
senhor imagina: a esquerda, nos anos em que esteve aqui no poder, acabou com o
Brasil, acabou com as empresas. O país passa por uma situação terrível, hoje,
por causa de governos que se diziam amigos do povo, e na realidade eram
usuários do povo.
O senhor
imagina se nós tivéssemos implantado o comunismo no Brasil, onde nós estaríamos
hoje? Estaríamos no nível de um país como Cuba, talvez uma Venezuela, que está
sem papel higiênico. Papel higiênico é o mínimo.
Passando fome,
as pessoas fugindo. O comunismo é tão bom, a esquerda é tão boa que eu nunca vi
um cara fugir do Brasil para ir à Venezuela, fugir do Brasil para ir a Cuba. Só
se for bandido, né; aí ele foge.
Agora, o
pessoal dos países comunistas, dos países dominados pela esquerda, dos países
socialistas, vive fugindo para os países que eles chamam de capitalistas.
Então, graças a Deus, nós tivemos 31 de março de 64, que nos livrou da face do
terrível comunismo. Graças a Deus.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PL - Obrigado, deputado Coronel Telhada. Seguindo a Lista
Complementar, chamo agora o deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.)
Deputado Major Mecca. Tem cinco minutos regimentais.
O
SR. MAJOR MECCA - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,
nossos policiais que aqui estão e todos os que nos acompanham pela rede social
e pela TV Alesp.
Na data de
hoje, 31 de março, fica aqui o nosso respeito aos militares do nosso país, a
todos os policiais militares, policiais civis, a todos os integrantes das
Forças de Segurança do Brasil.
O nosso povo
deve muito a todos os senhores, a todas as senhoras integrantes das Forças Armadas
e das Forças de Segurança. E o povo sabe que pode contar com o nosso trabalho,
com a nossa coragem e com a nossa dedicação pelo povo do Brasil, pela nossa
soberania, pelo respeito, pela honestidade, por Deus, pela família, pela Pátria
e, principalmente, pela liberdade, que hoje está em jogo e está em risco no
nosso País, a nossa liberdade.
Nós vemos deputados, parlamentares que, pela Constituição
Federal, têm imunidade e podem falar em nome do seu povo, mas são punidos e
presos por pessoas que ocupam cargos no poder, na Suprema Corte do País, e se
sentem acima da Constituição Federal. Nós, parlamentares, não podemos permitir
que o desrespeito à Constituição, que o desrespeito às leis permaneça e
continue acontecendo no Brasil.
Deputado Frederico d'Avila, o senhor citava sobre o traidor
João Agripino Doria, atual governador do estado de São Paulo. Hoje, o João
Doria, na data de hoje, 31 de março, teve mais um gesto de traição aos
policiais do nosso estado de São Paulo.
Ele vetou as emendas do Projeto de lei Complementar 02. Ele
vetou, para que os nossos soldados, quando em licença-prêmio, não recebessem os
seus 800 reais de insalubridade.
Ele vetou, manteve a retirada dessa lei que ele aprovou com
a base do governo, com a base do PSDB aqui neste plenário, onde muitos
deputados desta Casa também traíram os policiais do estado de São Paulo, ao
lado do João Doria e ao lado do Rodrigo Garcia.
Hoje foi mais um exemplo, e está aí: não quer pagar os 800
reais de insalubridade, mas tem mais de oito milhões para gastar com bodycam no
peito do policial. Para quê? Para que o policial registre as humilhações que
atravessa no dia a dia aqui no estado de São Paulo?
Quem acompanha a rede social vê as humilhações que os nossos
soldados passam. Efetua a prisão de um bandido, e o bandido fala na cara do
ladrão: “Seu verme, dê graças a Deus que eu não te matei hoje, porque eu ia te
matar”. E xinga, ofende o policial, cospe no policial, dá tiro no policial.
Esse governo do PSDB, nos 30 anos em que está no poder,
retirou até a autoridade, a garantia jurídica que os nossos policiais tinham
nas ruas. Em 1831, quando a Polícia Militar foi criada, ao menos o soldado saía
na rua e era respeitado pela farda que ostentava.
Hoje nem esse respeito tem mais, porque esse governo
desconstruiu, um governo de mentiras, um governo de traição, de traição ao
povo, de traição aos integrantes das Forças de Segurança.
Eu repudio, em nome desses policiais, esse Governo do Estado
de São Paulo - João Doria, Rodrigo Garcia, secretário de Segurança Pública e
todo secretariado, todo, porque vocês trabalham contra o povo e contra os
policiais.
Digo contra o povo porque, quando você menospreza um
patrulheiro, você deixa um ladrão tomar conta do cenário, e quem paga é o
trabalhador, que hoje morre nas ruas por conta de um celular, morre na rua por
causa relógio.
E o governo não faz nada para olhar pelos seus soldados,
pelo contrário. O governador pegou o microfone, quando estava no palanque lá em
Taubaté, e chamou todos de vagabundos.
Eu subi aqui: “Vagabundo é o senhor, governador João Doria”, e eu repito aqui, como repeti naquele dia:
você não é um líder, ao menos é um estadista, e você nunca será, porque você é
um traidor das polícias e do povo do estado de São
Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Obrigado,
deputado Major Mecca.
A
SRA. EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - É regimental.
A
SRA. EDNA MACEDO - REPUBLICANOS -
PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, a máscara desse
governador, ou desgoverno, caiu. Mentiroso, cansei de dizer aqui nos meus
discursos que ele era um Pinóquio, do nariz grandão, mentiroso, um sujeito
traidor, fez o que fez. Quando o meu partido fez aliança para eleger esse
sujeito, eu disse para eles o seguinte: “Quem viver verá quem é esse João
Doria”, e não deu outra.
Eu não tenho
bola de cristal, e nem sou profeta do apocalipse, mas também disse que ele não
se elegeria mais a nada, nem a guarda de quarteirão, com todo o respeito aos
guardas de quarteirões.
Entendeu?
Porque a máscara dele caiu. Ele é o que vocês estão vendo aí. Ele sempre foi um
engodo. Engodo, entendeu? Graças a Deus que o reinado dele está chegando ao
fim.
Em todo
discurso é: “eu sou o governador de São Paulo”. Você não é nada,
cara, você está governador, por meses. Acabou. E nós não somos nada, nós
estamos deputados, nós não somos
deputados. Então, tem uma
diferença muito grande. Graças a Deus que esse estrumelo vai embora. Fica aqui
registrada a minha felicidade de estarem os dias contados para este grande
“gestor” ir embora.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Obrigado,
deputada Edna Macedo. Prosseguindo com a lista complementar, eu chamo agora o
deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde,
presidente, boa tarde a todos os deputados
presentes aqui no Pequeno Expediente, boa tarde aos assessores, policiais
militares e civis, ao público que nos assiste pela Rede Alesp.
Presidente,
iria começar a falar do governador João
Doria, do seu vice, Rodrigo Garcia, mas o deputado Carlos Giannazi citou
aqui a Revolução de 64, e eu gostaria de ler, a princípio, aqui, a nota para
boletim, a Ordem do Dia, na verdade, alusiva ao 31 de março, publicada pelo
general Braga Neto.
Para quem não
conhece o general Braga Neto, coronel Mecca, Major Mecca, como é conhecido aqui
na Assembleia, ele é ministro da Defesa. Saiu hoje, deputado Frederico d’Avila,
porque, provavelmente, vai ser candidato a vice-presidente da República. Então,
hoje ele é aqui o nosso pré-candidato à vice-presidência da República.
Ele diz o
seguinte: “O movimento de 31 de março de 64 é um marco histórico da evolução
política brasileira, pois refletiu os anseios e as aspirações da população à
época.
Analisar e
compreender um fato ocorrido há mais de meio século, com isenção e honestidade
de propósito, requer um aprofundamento sobre o que a sociedade vivenciava
naquele momento.
A história não
pode ser reescrita, em mero ato de revisionismo, sem a devida contextualização.
Neste ano, em que celebramos o bicentenário da Independência, com o lema
‘soberania é liberdade’, somos convidados a recordar feitos e eventos
importantes do processo de formação e de emancipação política do Brasil, que
levou à afirmação da nossa soberania, e à conformação das nossas fronteiras,
assim como a posterior adoção do modelo republicano, que consolidou a
nacionalidade brasileira.
O século XX foi
marcado pelo avanço de ideologias totalitárias...” O comunismo, o socialismo,
que muitos deputados nesta Casa
aqui defendem, coronel Mecca.
E continua, e
segue aqui a nota para boletim: “A população brasileira rechaçou os ideais
antidemocráticos da intentona comunista em 1935 e as forças nazifascistas foram
vencidas na segunda guerra mundial em 45, com a relevante participação e o
sacrifício de vidas de marinheiros, soldados e aviadores brasileiros nos campos
de batalha do Atlântico e na Europa.
Ao final da
guerra, a bipolarização global, que fez emergir a guerra fria, afetou todas as
regiões do globo, o que trouxe ao Brasil um cenário de incertezas, com grave
instabilidade política, econômica e social, comprometendo a paz nacional.
Em março de 64,
as famílias, as igrejas, os empresários, os políticos, a imprensa, a Ordem dos
Advogados do Brasil, as forças armadas e a sociedade em geral aliaram-se,
reagiram e mobilizaram-se nas ruas para reestabelecer a ordem e para impedir
que um regime totalitário fosse implantado no Brasil por grupos que pregavam
promessas falaciosas, que depois fracassou em várias partes do mundo.
Tudo isso pode
ser comprovado pelos registros dos principais veículos de comunicação do
período, deputado Frederico d’Avila. Só conferir as matérias daqueles dias, do
31 de março, dos dias que se seguiram.
Nos anos
seguintes ao 31 de março de 64, a sociedade brasileira conduziu um período de
estabilização, de segurança, de crescimento econômico e de amadurecimento
político, que resultou no reestabelecimento da paz no País, no fortalecimento
da democracia, na ascensão do Brasil no concerto das nações e na aprovação da
anistia ampla, geral e irrestrita pelo Congresso Nacional.
As instituições
também se fortaleceram e as forças armadas acompanharam essa evolução,
mantendo-se à altura da estatura geopolítica do País e observando estritamente
o regramento constitucional na defesa da nação e no serviço ao seu verdadeiro
soberano, o povo brasileiro.
Cinquenta e
oito anos passados, cabe-nos reconhecer o papel desempenhado por civis e por
militares que nos deixaram um legado de paz, de liberdade e de democracia,
valores esses inegociáveis, cuja preservação demanda de todos os brasileiros o
eterno compromisso com a lei, com a estabilidade institucional e com a vontade
popular.
Walter Souza
Braga Netto, ministro da defesa. Ex-ministro, porque agora é mais uma esperança
para nós, deputado Frederico d’Avila.
Para finalizar,
presidente, já que encerrou meu tempo, volto aqui a esta tribuna. O general
deixou claro, nós não podemos cometer esse anacronismo, deputado Frederico
d’Avila, de julgar os fatos ocorridos em 64 tentando fazer esse revisionismo
histórico, reescrever a história.
Ali a sociedade
civil e os militares se uniram para combater o perigo socialista, o perigo
comunista, como o Coronel Telhada colocou aqui. Povos, aqui na América do Sul, Venezuela,
Argentina sofrendo agora, o Chile vai sofrer amargamente pelas consequências
desse novo presidente que eles lá têm.
Então, viva ao
31 de março, viva ao povo brasileiro, viva aos nossos militares, que garantiram
a lei, a ordem, a estabilidade democrática que os comunistas há épocas queriam
subverter a nossa democracia.
E hoje esses
mesmos, ou, pelo menos, as crias desses de 64, desses socialistas, desses
comunistas, alguns hoje, alguns com toga, alguns em alguns tribunais
superiores, tentam vilipendiar a nossa democracia. Tentam rasgar a nossa
constituição, inclusive cerceando, prendendo, tirando do debate público
deputados eleitos pelo povo brasileiro.
Então, viva o
31 de março de 64, viva os nossos militares, viva o povo brasileiro e a nossa
democracia.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
*
* *
-
Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito
obrigado, deputado Gil Diniz.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Deixa só eu
chamar o próximo orador, deputado Frederico, dar sequência aqui à lista de
oradores inscritos neste Pequeno Expediente.
Chamo à tribuna o deputado Dr. Jorge do
Carmo. (Pausa.) Pode...
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - É regimental.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Só
para complementar o que disse o deputado Gil Diniz e a fala do deputado Coronel
Telhada, eu conheço prova viva, porque a família da minha mãe estava na antiga
Cortina de Ferro, de que todos depois da II Guerra Mundial tiveram que fugir
dos regimes socialistas instalados na Tchecoslováquia, Romênia e Hungria.
Todos, sem exceção. Não havia
autorização para você deixar esses países de ocupação soviética subjugados pela
União Soviética. Portanto, eu também, como disse o Coronel Telhada, nunca vi
ninguém pular o muro da Alemanha Ocidental para a Alemanha Oriental. Só o
contrário. Alguns deles fuzilados pelas tropas da Alemanha Oriental.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado,
deputado Frederico.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, pela
ordem. Posso fazer uma comunicação, com anuência do nosso líder da Minoria,
deputado Jorge do Carmo?
O
SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - Claro.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - É regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria só dizer que estou assistindo a uma distorção dos
fatos históricos, uma tentativa de reescrever a história.
Ouvi o deputado
Gil Diniz citando uma nota absurda de um general, ministro da Defesa, que está
envergonhando o Exército, inclusive. É uma vergonha essa nota. Eu já a
critiquei pela manhã porque, na verdade...
Entre os
deputados que estão aqui, acho que tirando o deputado Jorge do Carmo e eu,
todos aqui estão defendendo o golpe empresarial militar. Nós, não; nós somos
totalmente contra. Nós afirmamos que aquilo foi um golpe. Não foi uma
revolução, foi um golpe contra o Brasil, contra a democracia.
E lembrando: V.
Exas. falando tanto em ditadura do Supremo Tribunal Federal, olha, a ditadura
militar fechou a Assembleia Legislativa e cassou deputados desta Casa. O Caio Prado Júnior, um grande deputado, um
grande intelectual, foi cassado pelos militares aqui na Assembleia Legislativa.
Esta Casa foi fechada pelos atos institucionais, por um deles. O Congresso
Nacional foi fechado, parlamentares foram cassados, intelectuais foram mortos,
torturados no Brasil.
Não sei qual é
a comemoração feita por vocês. Privatizaram a Educação no Brasil, aumentaram
sobretudo a acumulação capitalista em cima dos salários dos trabalhadores no
famoso “milagre econômico” que beneficiou o grande empresariado e não o povo
brasileiro. Fora as pessoas que foram mortas, torturadas, que eu já falei.
Então, não se
tem nada para comemorar, só para se lamentar. Ditadura nunca mais neste País.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Com a palavra
o deputado Dr. Jorge do Carmo.
O
SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas,
Srs. Deputados, público da TV Alesp, Srs. Policiais aqui presentes, assessores
da Alesp, não poderíamos deixar de, em uma data em que a gente lembra com
tristeza o golpe militar de 1964... Vendo aqui colegas exaltando, falando da
maravilha que acham que foi, eu quero, com muita tristeza, lamentar, deputado
Carlos Giannazi.
Lamentar que
tanta gente morreu, que o Congresso foi fechado. A democracia foi banida do
nosso País por conta de um golpe que os militares implantaram em nosso País.
Lamento que deputados eleitos pelo povo no regime democrático...
Disputar a
eleição, as pessoas irem às urnas e elegerem um deputado ou uma deputada para
um Parlamento, o maior Parlamento da América Latina, que é o Parlamento do
estado de São Paulo, e alguém ter coragem de vir aqui exaltar o golpe de 64.
Foram muitas
pessoas mortas, foram muitas pessoas que pagaram com a vida, que sumiram e até
hoje a gente não sabe qual foi o resultado, onde foram parar. Famílias que
choram a democracia, que choram clamando pela democracia, que foram torturadas.
Podemos citar
aqui vários nomes, mas é lamentável que a gente veja, no século 21, alguém
exaltando a ditadura, até porque recentemente tentou-se dar um golpe, tentou-se
aí fazer de tudo para que voltasse o regime militar.
Mas eu quero
dizer, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, ditadura nunca mais. Nós queremos sim a
democracia, queremos que cada deputado e deputada aqui sejam eleitos de forma
democrática e que tenham a livre expressão aqui na tribuna ou em qualquer lugar
deste País.
Por isso eu
vejo o dia 31 de março como um dia da gente esquecer - se pudéssemos esquecer
-, porque foi muito triste para o Brasil a gente viver 20 anos de ditadura.
Graças a Deus a
partir de 1984 restabeleceu-se a democracia e hoje nós podemos livremente
escolher os nossos representantes, ir e vir, fazer tudo que nós queremos,
porque a democracia é o melhor regime do mundo. Viva a democracia! Ditadura
nunca mais!
Eu quero
aproveitar, Sr. Presidente, por falar em ditadura, falar também do ditador
paulista - ditador e traidor. Não poderíamos perder a oportunidade, deputados,
para falar... Olhe aqui, eu vejo com alegria essa festa que está fazendo hoje,
porque o PSDB, que criou o Doria, começou traindo o seu criador. Lembra do
Bolsodoria?
Em seguida,
traiu o Bolsonaro e hoje traiu o seu próprio vice-governador. E antes disso,
desde o primeiro dia, traiu o povo paulista e paulistano. Foi prefeito de São
Paulo, fez um estrago lá.
O “João
Trabalhador”, aquele que dizia que não era político, era gestor, fez um estrago
na cidade de São Paulo, deputado presidente Major Mecca, tanto é que perdeu a
eleição em São Paulo, perdeu a eleição na capital.
Quem ganhou a
eleição na capital foi o Márcio França quando disputou com ele para governador,
mas o povo paulista do interior, infelizmente, votou em massa nesse governador
que também traiu a confiança deles.
E aqui nesta
Casa a gente viu usando da nossa Casa democrática como se fosse um puxadinho do
Palácio dos Bandeirantes. A gente viu aprovar coisas horríveis aqui e nós
firmemente na oposição, firmemente defendendo o povo paulista.
Jamais
compactuamos com as práticas do governador aqui na Assembleia Legislativa, mas
deputadas e deputados aqui ficaram omissos; não tiveram coragem de virem nesta
tribuna defender. Projetos horrorosos para o povo paulista foram aprovados aqui
graças às práticas que a gente abomina.
Projetos que
prejudicaram o servidor paulista, prejudicaram todo o povo paulista e
paulistano. Eu vejo com alegria, lamentando, porque o povo precisa aprender a
escolher o seu governador, mas hoje nós estamos vendo aí o que o governador
João Doria está fazendo inclusive com o pupilo dele, que é o vice-governador
Rodrigo Garcia.
É esse
governador que o povo paulista não merece. Por isso no dia 2 de outubro o povo
paulista vai ter a oportunidade de garantir para o estado de São Paulo um
governador que respeite o povo paulista e que respeite o voto de cada cidadão e
cada cidadã.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado,
Sr. Deputado. Dando continuidade à lista suplementar, chamamos à tribuna o
deputado Conte Lopes. Tem V. Exa. cinco minutos regimentais.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, em março de 1964 eu tinha meus
16, 17 anos; eu era jovem. E não sou tão contra assim a ditadura militar porque
o jovem podia namorar, podia sair às ruas, podia ir ao cinema. E nós tivemos
aqui no Brasil em dois anos, por exemplo, em São Paulo, o “ditadoria”.
A Bia Pardi
falou que ele não vai ser mais candidato a nada, porque ela não quer, que o Doria seja mais candidato a nada. O
Doria sim implantou uma ditadura que não deixava ninguém sair de casa aqui.
Você não podia ir a uma praia, nobre deputado Carlos Giannazi, professor Carlos
Giannazi.
Eu mesmo fui
detido umas quatro vezes, de calção, andando de bicicleta, com revólver numa
bolsinha assim, que a gente anda feito idiota, não vai resolver nada, Major
Mecca.
Na praia, com
revólver, mas pelo menos você não fica gritando “pelo amor de Deus, não me
mata”, você usa aquela porcaria e se der para você se defender, está lá. Mas
vinha os guardas, Policiais, tudo correndo atrás da gente.
Isso é
ditadura. Quer mais ditadura do que essa do Doria, e de outros estados aí?
Prenderam mulheres na praça pública com apoio do Moro, que era ministro na
época, e o Bolsonaro sempre criticando, “pelo amor de Deus, que que é isso?”
Então, falar em
ditadura, ditadura é isso aí, é pior que a outra lá, mil vezes, pegando dona de
casa, o surfista. O cara numa onda, pegava o cara com a onda e tudo, com a
prancha e ia preso, mulher sendo detida.
Quer dizer,
quando se dá uma pseudo força, como deram para o Doria aqui, dá no que dá. E
hoje o Doria, deputado Frederico d’Avila, para sair do governo ele monta um
marketing, como ele fez, dois anos, três anos, com a mascarazinha, todo dia lá
na televisão. “Olha, nós vamos fazer uma vacina, uma vacina”, e ele pensou que
lá estava ganhando o povo.
Está certa a
Bia Doria, o cara com 1% vai ser candidato a quê? Vai ser candidato a quê? Tem
que ir embora mesmo. Agora, ninguém sabe o que ele vai fazer. Falam aí de
Bolsodoria? O Bolsonaro estava ferido lá no Rio de Janeiro.
Quando o Doria
e eu acompanhávamos a campanha, ele ligou 500 mil vezes para tentar ser
recebido pelo presidente. E não foi, mas assim mesmo ele usou, ele criou o
Bolsodoria. E no outro mês ele traiu.
Meu Deus do
céu, como ele traiu o Geraldo Alckmin. Geraldo Alckmin é o grande criador do
Doria, isso aí ele não pode negar, é amigo nosso, amigo do Frederico. Foi
padrinho de casamento do Frederico d’Avila, lá no Copacabana Palace Hotel. Eu
estava lá, coisa mais linda do mundo. Eu estava lá, fui lá.
Então é amigo
nosso. E eu falava para ele: “governador, vai dar errado isso aí, hein?” “Não,
não.” E deu no que deu. O cara entrou, traiu, acabou com o Geraldo Alckmin, que
agora já foi até para o PT. E eu dizia, tempos atrás para o pessoal do PSDB,
que nunca retrucou: o Doria vai implodir o PSDB. E está implodindo mesmo,
acabou o partido.
O partido foi
criado quando eu estava aqui, acho que na época do Montoro - se não me falha a
memória - ou do Quércia. Contra o Quércia criaram o PSDB, era um braço
diferente do PMDB, época do Quércia, Fleury, e criaram o PSDB. E o Doria
implodiu, acabou com o PSDB.
Agora, estamos
todos aguardando às quatro horas da tarde, porque ele vai fazer um
pronunciamento, como se artista fosse, ou algum líder político. Fala que você
vai ficar; você vai ficar, você vai se ferrar, você vai ferrar o Rodrigo
Garcia. Se você não ficar, você vai perder para presidente com seus 2%, que os
caras também não querem.
Não é que o
cara não quer Doria e Bia porque eles não gostam de você. Não é isso, é que
você vai como candidato a majoritário com 2%, você está arriscando a fazer, por
exemplo, em São Paulo um deputado federal e meio, porque 2% você faz um e meio,
porque normalmente o eleitor vota naquele que está para presidente, para
governador e depois vota na sequência.
Eu, que
disputei várias eleições, senti isso, sei a dificuldade que é quando você
disputa uma eleição quando você não tem um cargo majoritário que puxe voto. É
difícil, não para o PSOL e outros partidos aí, mas para o restante dos partidos
é difícil.
Então, fica aí,
não é que o pessoal não gosta, é uma questão de autodefesa. Quem vai escapar,
quem vai escapar? Essa é a grande verdade, porque com 2%, Doria, quem vai te
apoiar? Quem?
Vai juntar todo
mundo para te apoiar? Você implodiu e traiu todo mundo que se aproximou de
você. E está fazendo a mesma coisa agora com o vice, Rodrigo Garcia, que também
já se ferrou, já perdeu a eleição.
Pode ir embora,
Rodrigo, pega sua mala aí, que a essa hora, esse dia já acabou com você. Quem
vai disputar a eleição é Haddad, do PT, e Tarcísio, do Republicanos. Essa é a
eleição, vai disputar aí, acabou, não resta a menor dúvida.
Então parabéns,
Doria, mais uma vez, e parabéns, Bia, que já não quer que ele dispute a
eleição. Essa é a verdade.
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito
obrigado, deputado Conte Lopes.
Neste momento, encerramos o Pequeno
Expediente e abrimos o Grande Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Dando início à
lista de oradores inscritos, chamamos o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado
Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. Tem V. Exa. o tempo
regimental de dez minutos para uso da palavra.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PL -
Boa tarde, Sr. Presidente, queridos colegas. O Sr. Giannazi falou muito da
ditadura militar, só que não teve ditadura nenhuma, era regime militar, porque
dos 252 meses que durou o regime militar, apenas em 11 meses nós tivemos casas
legislativas fechadas, o resto estava tudo aberto, bipartidarismo, tinha o MDB
e a Arena. Então não tem ditadura militar nenhuma, absolutamente desconheço
essa situação.
Inclusive
tínhamos eleições para prefeito, eleições para vereadores, eleições que se
transcorreram ao longo desse período. Aí, no pacote de abril, teve um
fechamento de, acho que na época foram quatro meses, ou cinco meses, quando
foram colocados novos assentos na Câmara, mais uma cadeira de senador, e
voltaram as eleições normalmente em 78. Inclusive se elegeram vários deputados
aqui, em 74, 78, enfim.
Não aconteceu
absolutamente nada de ditadura militar, que ficou tudo fechado. Esta Casa não
ficou 21 anos fechada: 252 meses, 11 meses fechada. Fazendo uma conta rápida
aqui dá 5% do período.
Então era
necessário para a época, como disse o deputado Conte Lopes, uma vez que poderia
o Brasil se tornar uma Cuba, só que uma Cuba gigante, uma Cuba com 90 milhões
de habitantes naquela época.
Prosseguindo
aqui, o que disseram o deputado Conte Lopes, o deputado Gil Diniz, o deputado
Major Mecca, o que nós vimos agora é a implosão do PSDB pelo Sr. João Doria.
Ele conseguiu a
unanimidade de se inviabilizar dentro do próprio partido. Uma vez fazendo isso,
se viu acuado, sem nenhuma chance, não tem chance de reeleição, perde longe no
seu próprio estado, tem pífios um ou dois por cento. Um por cento, que eu vi
ontem em uma pesquisa contratada por um banco.
Ele tem um por
cento de intenção de voto a nível nacional, empatado com Janones, deputado
Janones, enfim, uma vergonha absoluta e com a pecha de traidor.
Agora chegou
aqui o deputado Caio França, que é filho de uma vítima dele. Então Geraldo
Alckmin, vítima um; Márcio França, vítima dois; Jair Bolsonaro, vítima três;
agora Rodrigo Garcia, seu vice-governador, secretário de Governo, é a quarta
vítima.
Esses que nós
conhecemos, porque aqui, nesta Casa, dos 94, tem várias vítimas dele, uma delas
sou eu. O povo de São Paulo é a maior vítima do embuste. O Conte e eu ficamos
muito irritados porque nós fomos enganados por ele, nós pedimos voto para ele,
isso que foi o pior, a gente se sentir enganado.
Imagina, ainda
mais o Conte, conversando com bandido durante 20 anos, sabendo se o cara está
mentindo ou não, foi enganado por um falastrão daquele lá. Agora ele joga por
terra a candidatura do seu sucessor, que haveria de ser o seu sucessor.
Colocou o
Rodrigo Garcia no PSDB, trouxe para dentro da sua agremiação partidária e
agora, imagina, deputado Gil Diniz, eu vi uma notícia hoje de manhã, Major
Mecca, dizendo o seguinte: João Doria disse que não sairá mais do governo, mas
vai apoiar Rodrigo Garcia.
Mas tudo que
ele não quer é ser apoiado pelo João Doria. Naquela época da masmorra, na época
medieval em que você andava arrastando uma bola de ferro no pé, a última coisa
que o Rodrigo Garcia quer é o apoio do João Doria aparecer com ele ao lado.
Então, o que
nós estamos vendo agora, povo de São Paulo? Você que está nos assistindo
através da TV Assembleia neste festivo 31 de março, Major Mecca, festivo 31 de
março, duplamente festivo. Primeiro, pelos 58 anos da nossa revolução redentora
de 31 de março de 1964. E depois, por cair a máscara do governador João Doria
perante toda a população paulista.
O que nós já
sabíamos aqui dentro desta Casa, agora ele manifestou para que não reste mais
nenhuma dúvida. Agora todo mundo tem a absoluta certeza do que ele é. O que
vários aqui já sabiam, o que vários aqui já tinham experimentado na pele
consigo próprio ou com sua agremiação partidária ou qualquer outro que também
tenha acreditado nas suas falácias.
Então, hoje,
duplamente, dupla comemoração, Major Mecca: João Doria rasgando a fantasia de
traidor e pelo nosso 31 de março. Fico aqui feliz porque ninguém gosta, como
bem disse aqui o deputado Conte Lopes, de andar ao lado de traidor.
Então, graças a
isso, nós temos aí o nosso ministro Tarcísio Gomes de Freitas, que deixará o
cargo nesta tarde, lá em Brasília, passando para o seu secretário executivo,
Dr. Marcelo Sampaio, e que já pontua como segundo lugar nas pesquisas, bem
longe do candidato do PSDB.
E, além de tudo
isso, nós temos aí os institutos de pesquisa, deputado Gil Diniz, não querendo
passar aquela vergonha que passaram em 2018, que fizeram a pesquisa se achegar,
né? Fizeram uma conta de chegar na pesquisa eleitoral, nos últimos dois dias da
eleição, que eles diziam que o presidente Bolsonaro perdia para todos os demais
candidatos.
Nós estamos
vendo os institutos de pesquisa, para não perderem a sua credibilidade, porque
o que eles dizem a gente sabe que é mentira pelo simples fato de andar nas
ruas.
Mas eles têm
que não passar aquela vergonha de 2018. Então, disse ali o colega deputado
Marcos Damasio, nosso decano aqui de PL, nós elegeremos o ministro Tarcísio e o
presidente Bolsonaro.
E digo mais: o
ministro Tarcísio provavelmente, Major Mecca... O senhor que está conosco, o
senhor e o deputado Gil Diniz, que estava conosco no centro de São Paulo, ali
na B3, por ocasião dos leilões do Ministério da Infraestrutura, vocês puderam
ver a população que estava ali no centro de São Paulo.
Provavelmente -
a gente não tem bola de cristal - o ministro Tarcísio será eleito no primeiro
turno, porque nós temos dois tipos de eleitor: aquele pessoal que vota na
esquerda, já vota na esquerda mesmo.
Esse aí não tem
conversão, salvação, esse aí, como diz, já está perdido. Agora, o alckimista
revoltado trabalha com mais afinco do que qualquer um, porque o alckimista não
vota no PT.
O Lula achou
que o Geraldo ia somar para a sua chapa, ele não soma, porque o eleitor do
Geraldo não vota no Lula. Salvo raríssimas exceções, acho que não dá nem, sei
lá, 2%, 3% do eleitor do Geraldo, dos 100%, eu acho que não vota 2 por cento.
Então, esse
alckimista arrependido, que é onde eu conheço melhor, que é do interior do
estado de São Paulo, onde ele sempre teve grandes votações, esse eleitor é o
que mais vai trabalhar pelo ministro Tarcísio Gomes de Freitas.
E também a
nossa tropa que defende o nosso presidente Jair Bolsonaro. Então, eu estou
feliz nesse 31 de março da nossa redentora revolução. Eu queria aqui fazer uma
homenagem sobre a memória do marechal Humberto Castello Branco, que foi o nosso
primeiro presidente do regime militar.
E dizer que
hoje estou triplamente feliz. Uma, pela data que nós estamos hoje. Segundo,
pelo senhor João Doria se autodesmascarar perante a população paulista. E por
nós já estarmos com o nosso pré-candidato, ministro Tarcísio, já em segundo
lugar nas pesquisas, com uma pontuação bastante significativa.
E vai mudar a
história do estado de São Paulo. Porque, disse aqui o deputado Conte Lopes,
desde a época do Quércia nós estamos com o mesmo grupo político, desde 1983.
O grupo
político do governador Montoro chegou no poder em 82, tomou posse em 83. Teve
uma dissidência em 87, que saiu o PSDB. Mas o grupo político é o mesmo. Nós
estamos há 40 anos com o mesmo grupo político.
Portanto, vai
ser uma notícia muito alvissareira, para o estado de São Paulo, que nós teremos
o nosso ministro Tarcísio como governador, e a reeleição do presidente
Bolsonaro.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
*
* *
-
Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre
deputado Frederico d’Avila.
Seguindo a lista de oradores inscritos
no Grande Expediente, convido a fazer uso da palavra o nobre deputado Caio
França. (Pausa.) Nobre deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Nobre deputado Alex
de Madureira. (Pausa.) Nobre deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Nobre deputado
Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Nobre deputado Sebastião Santos. (Pausa.)
Nobre deputada Carla Morando. (Pausa.) Nobre deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.)
Nobre deputada Adriana Borgo. (Pausa.)
Nobre deputado Carlos Cezar. (Pausa.)
Nobre deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Nobre deputada Professora Bebel.
(Pausa.) Nobre deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Nobre deputado Castello
Branco. (Pausa.) Nobre deputado Professor Walter Vicioni. (Pausa.)
Nobre deputado Paulo Lula Fiorilo.
(Pausa.) Nobre deputado Rafael Silva. (Pausa.) Nobre deputado Douglas Garcia.
(Pausa.) Nobre deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Nobre deputado Dr. Jorge
Lula do Carmo. (Pausa.) Nobre deputado Major Mecca. Vossa Excelência tem o
tempo regimental.
O
SR. MAJOR MECCA - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente deputado Gil Diniz, uma honra retornar a
esta tribuna. Deputado Frederico d’Avila, a todos que nos acompanham.
O que os
deputados, senadores, os políticos do Brasil, do estado de São Paulo, precisam
entender, é que o povo está cansado desses políticos que, em sua grande
maioria, tanto aqui nesta Casa, na Assembleia Legislativa de São Paulo, como em
Brasília, no Congresso Nacional, os políticos trabalham em benefício próprio.
Não trabalham para o povo.
Eles, na
verdade, em sua grande maioria, estão se lixando. Seja o policial, o professor,
o comerciante, o motorista de ônibus, de taxi, eles estão se lixando. Quanto
vocês ganham de salário, se vocês estão passando dificuldade, se vocês estão
com fome?
Eles estão
pouco ligando se o trabalhador pega ônibus lotado, trem lotado. Eles não estão
nem aí, porque eles trabalham em benefício próprio. Está aí um exemplo na data
de hoje.
Então quer
dizer agora, PSDB, senhor Rodrigo Garcia, vice-governador, que agora interessa
o impeachment do Doria? Agora interessa? Nós ingressamos, eu, o deputado Gil
Diniz, Frederico d’Avila, Valeria Bolsonaro, Agente Federal Danilo Balas,
Douglas Garcia, por três peças, nós protocolamos nesta Casa.
Nós citamos, em
uma das peças, a compra superfaturada de respiradores, que hoje é investigada
pela Polícia Federal, que já saiu aqui das fronteiras do estado de São Paulo.
Porque aqui, dentro do estado, não houve aprofundamento nas investigações. Sabe
por que, deputado Frederico d’Avila?
Por conta do
aparelhamento promovido pelo PSDB durante os 30 anos de governo - na verdade,
desgoverno - com o povo de São Paulo. Porque eu, durante 31 anos embarcando em
uma viatura da Polícia Militar com os meus irmãos policiais militares... Tem
dois ali: sargento Ormino, sargento Santos. Na verdade, o Santinho e o Ormino.
Fui estagiário deles.
E ali, dentro
daquela viatura, com esses meus irmãos, alguns dos quais integram meu gabinete
hoje - meu chefe de gabinete, o Niltinho, foi o sargento Nilton na Rota, no
Gate, no Coi -, junto com todos eles, eu aprendi o que é a verdadeira honra,
dignidade, respeito ao próximo.
Ao lado desses
homens, eu salvei muitas vidas; ao lado desses soldados, eu verdadeiramente
servi ao povo de São Paulo. Troquei tiro nas ruas com criminoso, com integrante
de facção criminosa.
Vi a maior
facção da América Latina, o PCC, tomar tamanho vultoso, seja no estado de São
Paulo, seja no Brasil, na América Latina, em todo o mundo. Resultado de uma
política, na verdade de uma ausência de política de Segurança Pública, que
acorrentou os policiais, desprestigiou os policiais.
Não deu
segurança jurídica a esses homens e mulheres no combate à criminalidade e na
defesa ao cidadão de bem. Então, todos nós somos vítimas desse desgoverno.
Vem falar do
quê, durante a pandemia? Os milhões que foram direcionados para a construção de
hospitais de campanha... Eu estive em hospital de campanha. Aqui do lado tinha
um, do lado da Assembleia Legislativa, aqui no Ibirapuera: 260 leitos. Nenhuma
das vezes em que eu entrei, tinha mais do que 100 leitos ocupados.
E você olhava
as pessoas que estavam ocupando os leitos, a pessoa sentada na cama ali jogando
no aparelho celular, aonde nos trouxe o tirocínio policial. Será que essa
pessoa tinha que realmente estar aqui?
A gente vê mais
de 60 milhões investidos num hospital de plástico, enquanto hospitais a cuja
construção o PSDB deu início lá em 2013, até o dia de hoje, 31 de março de
2022, não foram entregues.
E inúmeros
aditivos ao contrato. E toma-lhe dinheiro público, toma-lhe dinheiro dos nossos
impostos sendo desviado. Nós temos representações no Ministério Público em
relação a todas essas fiscalizações, todas elas.
O deputado
Carlos Giannazi, por quem eu tenho respeito, falou da Educação durante o
governo militar. Pergunte ao povo, pergunte ao cidadão nas ruas, aos
trabalhadores se eles não querem escola militar para os filhos.
Pergunte a
eles, deputado Gil Diniz, se eles não querem escola militar para as suas
crianças. Eles não querem o que eu recebi hoje. Deputado Carlos Giannazi acabou
de adentrar; eu tenho muito respeito por ele.
Eu recebi hoje,
no meu WhatsApp, uma gravação de um senhor - me passaram falando que é um
professor, mas nós vamos fazer o levantamento - com duas crianças, numa
doceria, pedindo guloseimas para as crianças. E pergunta para elas: “fala aí,
vocês querem escola militar?”.
E as duas
crianças, que acho que não têm nem 10 anos: “não, a gente não quer”. “Você quer
o presidente Jair Bolsonaro?”. E as crianças, de cabeça baixa: “não, a gente
não quer”. “Não, fala aí, fala aí”.
Não é isso que
nós, homens e mulheres de bem, queremos para os nossos filhos. Nós queremos uma
escola, sim, com professores valorizados. Porque o professor é uma categoria
que tem que ser altamente valorizada, pois transmite conhecimento a todos nós,
aos nossos filhos.
Mas nós
queremos, sim, que os nossos filhos tenham acesso à Educação, que aprendam
História, Geografia, Matemática, Língua Portuguesa, para que eles tenham
capacidade de discernimento de amanhã serem cidadãos livres, e fazer suas
escolhas.
Ter liberdade
de escolher, e não ser conduzido. Não ser conduzido, como já tem no brasão do
estado de São Paulo, “non ducor duco”, “não sou
conduzido, eu conduzo”. Não ser direcionado, dentro de uma sala de aula. Porque
o nosso povo, os pais não querem ideologia de gênero dentro da sala de aula.
Eles querem a
liberdade para educar seus filhos, mostrar, dentro do seio da família, o que
significa a honestidade e o respeito ao próximo. Respeito a todos, independentemente
de opção sexual, independente de raça, independente se é rico, se é pobre. Nós
devemos respeitar a todos, independentemente da sua religião.
Outro dia nós
vimos aí, acho que foi um vereador, não sei, acho que foi no Paraná, invadiu um
templo. Invadiu, agrediu, quebrou tudo. Aí está tudo bem, não é uma ofensa. O
povo não quer mais isso. O povo quer respeito, o povo quer liberdade para se
expressar, e falar aquilo que pensa.
Não é fazer,
como o governo do estado de São Paulo fez com os nossos policiais, fez
com a Polícia Militar, de proibi-los de fazer uma postagem e comentar nas redes
sociais.
Por quê? Os
nossos policiais são diferentes de todos os demais cidadãos brasileiros? E nos
incomodou, sim, deputado Frederico d’Avila. O comandante-geral da PM assinar
uma diretriz, se submeter a esse tipo de ordem.
Nós, militares,
que temos honra, dignidade, e somos forjados para estar à frente de uma tropa,
não podemos nos submeter a ditadores. Nós servimos ao povo, e não a ditadores.
Então, está aí.
O que o povo quer é liberdade. O povo quer políticos, quer governantes que os
respeitem.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre
deputado Major Mecca.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Para uma comunicação, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - É regimental.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Corroborando aqui
o que disse o deputado Major Mecca, nós estamos vendo o padecimento da
sociedade paulista.
O senhor também
deve ouvir nas suas andanças. O padecimento da sociedade paulista, da população
paulista, por conta das algemas - não é, Major Mecca? - que foram colocadas nas
Forças de Segurança pela atual administração. Com anuência, inclusive, de
ex-integrantes da Polícia Civil e Polícia Militar, que estão hoje na Secretaria
de Segurança Pública.
Eu queria aqui
parabenizar. Eu já fiz uma moção de aplauso, e queria parabenizar e agradecer,
por coincidência, meu amigo, deputado Dr. Arthur Jean Dauger, da Polícia Civil,
que conseguiu se esvair de uma situação, conseguiu se defender de uma situação
que ele seria roubado, à mão armada - por coincidência, pelo mesmo meliante que
me roubou no dia 12.10.2021.
Era exatamente
o mesmo meliante, cometendo exatamente o mesmo crime, o que nos deixa tristes.
Mesmo fazendo boletim de ocorrência, colocando a placa da moto para os policiais
irem atrás etc., nós vimos que o criminoso estava desde outubro nas ruas.
Mas, como sabe
bem o Major Mecca, e os policiais militares que estão aqui embaixo, e aqueles
que trabalhavam com o Major Mecca, que estão ali na galeria, sabem das
dificuldades que as duas polícias hoje têm de fazer o seu trabalho, que é
proteger a população paulista. A Civil com a sua investigação e a PM através da
segurança, do policiamento ostensivo.
E hoje, o
policial é escrachado, como disse aqui o Major Mecca, e morto, como mostrou
outro dia aqui o deputado Conte Lopes, que mostrou aqui no telão da Assembleia,
que foi morto implorando pela vida para um bandido. E isso acontece com
elementos das forças de segurança, imagine com a população comum.
O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Deputado Frederico, qual é o nome
do delegado?
O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Dr. Artur Dian, do GER.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Então nossos
parabéns ao Dr. Artur Dian por essa ocorrência exitosa, Major Mecca. Esse
ladrão não assalta mais ninguém, teve o que mereceu. Parabéns ao delegado.
Com a palavra o nobre deputado Luiz
Fernando. (Pausa.) Nobre deputado Sargento Neri. (Pausa.) Nobre deputado
Coronel Nishikawa. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência
tem o tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Gil Diniz, deputado d’Avila,
Major Mecca, telespectador da TV Assembleia, público aqui presente, Sr.
Presidente, eu quero dizer que, com essa crise do PSDB, com a possível, parece
que, desistência do governador Doria de disputar a Presidência e de abandonar o
Palácio dos Bandeirantes, isso gera uma crise sem precedentes no tucanato e
também aqui dentro da Assembleia Legislativa, sobretudo na base do Governo, que
vai derreter agora, neste momento.
Ela vai se
esfacelar completamente. Eu vejo como positivo, porque é o momento agora, mais
do que nunca, de aprovar, por exemplo, o PDL nº 22. É a nossa chance de acabar
definitivamente com o confisco dos aposentados e pensionistas. É um momento
importante e histórico.
E, ao mesmo
tempo, cobrar dos deputados e deputadas que votaram nesses projetos do Doria,
que se associaram a ele, que se filiaram a essa privataria tucana que tanto
prejudicou a população.
Como fica
agora, deputado Major Mecca, o deputado que votou naquele famigerado PL 529,
que aumentou os impostos, que confiscou salários de servidores através do
aumento da contribuição do Iamspe, que prejudicou as pessoas com deficiência na
questão da isenção do IPVA, na prática ele acabou, o Doria, com a isenção do
IPVA, e os deputados votaram com ele.
Como vai ficar
a consciência e a posição dos deputados da base do governo, que agora foram
traídos pelo governador? O governador abandonou a base dele de sustentação, que
tanto apoio deu a ele. Muitos falam: “Ah, o Doria traiu o Alckmin, está traindo
o Rodrigo Garcia”, mas ele está traindo vários deputados da sua base de
sustentação, deputado Major Mecca.
Como fica o
deputado que votou na reforma da Previdência? Na farsa da reforma da
Previdência, que confiscou as aposentadorias dos servidores da ativa e,
sobretudo, dos aposentados e pensionistas. E agora, deputados da base? Como V.
Exas. vão olhar para a população? Para os professores? Porque V. Exas. foram
abandonados agora pelo governador Doria.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Frederico d’Avila.
* * *
Vossas
Excelências se associaram a todas as maldades. Imagine, deputado Mecca, quem
votou agora na reforma administrativa, que ajudou o Doria a acabar com a falta
abonada dos servidores.
Olha só, o
Doria abandonou esses deputados e essas deputadas. Os deputados que votaram a
favor dessa farsa do novo plano de carreira, que vai destruir a carreira do
Magistério estadual a médio e a longo prazo.
Como vai ficar
isso e tantos outros? Aquele outro projeto dos precatórios, que prejudicou
também amplos setores da sociedade e servidores, onde ele diminuiu
drasticamente o pagamento de precatórios para os nossos servidores, que eram
dívidas de salário, inclusive.
Então, foram
tantas as maldades aprovadas pelo “desgovernador” Doria que agora nós vamos...
Eu proponho, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, que nós possamos agora, neste
momento em que a base do governo está esfacelada, derretendo... Opa, terminou a
energia. (Pausa.)
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Tivemos aqui uma queda de
energia, mas voltamos com toda a potência, deputado Giannazi.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Então vamos lá, continuando: eu proponho,
Srs. Deputados - está aqui o deputado Mecca, o deputado Gil Diniz, o deputado
d'Avila e outros que estão em seus gabinetes -, que nós possamos agora, já que
há crise, já que há um esfacelamento, que a base do governo está derretendo,
que possamos revogar todas as medidas, todos os projetos que foram aprovados,
começando pela reforma da Previdência.
Vamos revogar.
Nós podemos fazer isso votando outro projeto e, sobretudo, acabando com o
confisco das aposentadorias e pensões. Nós podemos votar, agora
definitivamente, o PDL 22, que é a nossa primeira prioridade. Nós podemos
revogar o PL 529, que extinguiu a Sucen, a Superintendência de Combate às
Endemias, que extinguiu a CDHU, que constrói casas para a população carente.
Podemos revogar
o PL 529, que aumentou o desconto nos salários de todos os servidores do estado
de São Paulo, em relação ao Iamspe. Esse PL 529 já virou lei. Na verdade, a lei
tem que ser revogada imediatamente, pois aumentou impostos... O 529 foi aquele
famoso “X-tudo” de maldades do governador Doria.
Então, esse
projeto se transformou em uma lei e essa lei tem que ser revogada
imediatamente, pois acabou também com os institutos de pesquisa, extinguiu
também o Instituto Florestal, o Instituto Geológico, o Instituto de Botânica,
em plena crise climática.
O Doria se diz
o homem da ciência, o pai da vacina, e não é. Ele é o pai do confisco. O pai da
ciência, o pai da vacina aqui em São Paulo foi o Instituto Butantan, que é um
órgão público que ele inclusive tentou vender em 2019.
Ele foi àquele
encontro em Davos com o Paulo Guedes e lá anunciou a venda do Instituto
Butantan. Ele ia privatizar. Aí veio a pandemia e ele recuou, logicamente, mas
o pai da vacina não foi o Doria, foi o Instituto Butantan, que é constituído
por servidores públicos concursados, pesquisadores de renome internacional. Não
tem nada a ver com o Doria.
O Doria se
apropriou de uma forma oportunista, como ele sempre fez. Ela pega as ondas, ele
vai de onda em onda. Se é o Bolsonaro que está dando certo, ele vai de Bolsodoria.
Se for o Lula, ele vai com o Lula. Se for o Alckmin, ele vai com o Alckmin. Ele
não tem nenhum tipo de coerência. Essa é a verdade em relação ao Doria. O fato
é que, enfim, temos que revogar a lei fruto do 529 e a reforma administrativa
também.
O deputado
Mecca estava falando também do adicional de insalubridade. Ele, na reforma
administrativa, retirou o reajuste para vários setores do funcionalismo, que
perderam o reajuste do adicional de insalubridade, sobretudo os servidores da
Segurança Pública, que V. Exa. representa muito bem e defende de forma ardorosa
aqui na Assembleia Legislativa, deputado Mecca.
E outros, como
faltas abonadas, faltas injustificadas. Esse projeto que já se transformou numa
lei também tem que ser revogado imediatamente. E, por fim, o último que ele
aprovou agora na terça-feira, que foi a farsa da reforma da carreira do
Magistério.
Esse tem que
ser revogado imediatamente, porque vai penalizar muitos servidores. Só a parte
do reajuste, logicamente, que nós não vamos revogar e muito menos a parte do
QAE e do QSE, mas o restante tem que ser revogado imediatamente. Então essa vai
ser a nossa luta caso se confirme, porque me parece que ele vai dar uma
entrevista coletiva agora às 16 horas.
Não sei se foi
um golpe, se ele quis dar um minigolpe como fez Jânio Quadros em 1961. Ele acha
que depois vai ter um movimento dizendo para ele: “Não, fique. Saia candidato a
presidente”, para pressionar o PSDB nacional. Pode ser, porque ele é
marqueteiro. A gente não pode se esquecer disso.
Ele é
especialista em marketing de quinta qualidade, mas é. Então nós vamos fazer um
movimento aqui pela revogação de todas as maldades do governo Doria contra a
população e contra os servidores públicos. E a primeira revogação que será
feita será a do confisco. Nós vamos aprovar o PDL 22, colocando fim definitivo
ao confisco das aposentadorias e pensões.
Era isso, Sr.
Presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Obrigado,
deputado Carlos Giannazi. Dando prosseguimento à lista de oradores, eu chamo
agora o deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada.
(Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputado Gil Diniz, tem V. Exa. o
tempo regimental de dez minutos.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Pela ordem, presidente.
Para uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Pela ordem,
deputado Major Mecca.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Só para deixar aqui
registrado o nosso apoio ao PDL 22, apresentado
pelo deputado Carlos Giannazi, onde o Sr. desgovernador João Doria, através de
decreto, aumentou a alíquota previdenciária de todos os aposentados no estado
de São Paulo.
Ou seja, ele
aumentou o imposto dos remédios, aumentou o preço dos remédios e aumentou a
alíquota previdenciária. O que aconteceu de fato com esses aposentados no nosso
estado de São Paulo, deputado Gil Diniz? Tiveram que pedir favor para
familiares, para filhos, porque a aposentadoria diminuiu e o remédio aumentou.
Tem aposentados
que gastam praticamente 100% da aposentadoria comprando remédios e o Sr.
Agripino fez isso com os aposentados no estado de São Paulo: diminuiu a
aposentadoria e aumentou o preço do remédio, infelizmente. Então tem todo o
nosso apoio ao PDL 22 para que esse decreto famigerado que aumentou a alíquota
previdenciária dos aposentados seja derrubado.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PL - Dando
prosseguimento, o deputado Gil Diniz tem dez minutos regimentais.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente Frederico d’Avila. Volto aqui a
esta tribuna para repercutir um pouco das notícias que saíram hoje aqui na
imprensa paulista, Major Mecca. Mas antes disso me lembrei agora...
O deputado
Rodrigo Moraes entrou aqui no plenário, conheci o pai dele, o ex-deputado
federal, o missionário José Olímpio, da Igreja Mundial, hoje vereador na cidade
de São Paulo, e lembrei deste salmo aqui: “Nenhum dos que acreditam em ti será
decepcionado; envergonhados ficarão aqueles que, sem motivo, agem como traidores”.
Salmo 25:3. Por que eu falo aqui, cito aqui o Texto Sagrado, Major Mecca?
É um texto que
fala sobre traição, sobre traidores, e nós poderíamos trocar essa palavra aqui
pelo nome do João Doria, o João Doria é um traidor. Está na essência desse
cidadão, desse ser, a traição. O deputado Frederico d’Avila colocou alguns
nomes aqui que ele já traiu e que nós conhecemos publicamente.
Mas imagine,
deputado Fred, quais que nós não conhecemos. Como que esse cara ascendeu, Major
Mecca, em sua vida privada? Como que ele atropelou, que ele iludiu, que ele
destratou, que ele humilhou, que ele traiu aliados?
O deputado
Frederico d'Avila esqueceu de um, o Matarazzo, Andrea Matarazzo. Sempre digo
aqui: o candidato natural do PSDB, em 2016, à Prefeitura de São Paulo era o
vereador, líder do PSDB na Câmara Municipal, Andrea Matarazzo, que foi traído
pelo João Doria, que foi traído dentro ali do PSDB, e João Doria tirou o
Matarazzo da disputa.
Nós sabemos,
Major Mecca, das graves denúncias que tem inclusive no MP sobre a fraude
naquela eleição intrapartidária, que é uma vergonha que aquilo ali não seja
devidamente investigado e que os responsáveis por aquele escândalo ali não
sejam devidamente responsabilizados. A fraude que aconteceu agora também, em
2022 - coloca aí 2021 - aquela eleição ao Doria sabotando aqui o Plenário. Vai
cair a energia novamente.
Vejam só, o
aplicativo lá travou na época da eleição quando ele venceu, usou a máquina do
governo do estado de São Paulo para vencer uma eleição intrapartidária, as
prévias da eleição. Traiu o seu padrinho político, Geraldo Alckmin. Geraldo
Alckmin entrou numa profunda depressão que teve que se unir agora com o Lula,
caiu no colo do Lula o Alckmin.
Traiu a tudo e
a todos, mas a principal vítima desse cidadão é o povo de São Paulo, primeiro o
povo paulistano, agora toda a população do estado de São Paulo. E agora ele
começa a armar para trair o Garcia, mas o Garcia é o mestre, é o professor de
política.
Se é da boa
política, não acho que seja, mas é um professor de política, inclusive foi o
único deputado que não era do PSDB que conseguiu quebrar uma hegemonia na
Presidência desta Casa, vencendo o candidato do PSDB por um voto.
A história
dessa eleição à Presidência da Assembleia Legislativa que o Garcia venceu daria
um livro, um documentário, uma novela. E hoje o Doria tenta fazer essa
movimentação, Garcia fazendo também, inclusive os jornais dizendo, publicando
que o Garcia já ameaçou: “se não sair vai tomar um impeachment”.
E chegaram a um
acordo, o “Antagonista” publica aqui que chegaram a um acordo. Acordo? Acordo?
Era o quê? Aquele tribunal do... vocês conhecem, tribunal aqui de um grupo de
São Paulo que gosta de fazer ali os seus justiçamentos; reuniram-se ali e
resolveram, parece que o Doria vai entregar o bastão.
Ontem, em
Taubaté, o governador foi lá fazer um evento, Mecca, e ele foi criticado por um
vereador, se não me engano o Alberto. Dá uma olhada aqui no que aconteceu ontem
em Taubaté, olha o nível de governador que nós temos.
* * *
- Exibido o
vídeo.
* * *
Colocou Jesus Cristo ali, Mecca. Olha o nível. Agora,
olha o nível de secretário que a gente tem, o Vinholi. Que vergonha do Vinholi,
mas que vergonha desse cidadão. O que é que ele merece, meu povo? O Vinholi
puxa a vaia, Fred: “Uuuhhh”. Meu Deus, Catanduva, região, pelo amor de Deus.
Que isso? Mas que lixo de governador que a gente tem.
Ele, para ofender, ele é muito fino, né? “Bobão”.
“Bobão”. É o governador João bobo, não é? Mas é um tremendo de um... “Calça
apertada” é pouco para ele. Mas o que, como pode, meu Deus do céu? Mas como que
pode? Quem governa São Paulo, povo paulista? Quem governa São Paulo? É o
Garcia, é o Doria, é o idiota do Vinholi.
Um deputado medíocre. Era suplente; alguém saiu, assumiu.
Medíocre. Foi tão medíocre, Fred, que não conseguiu voltar - com o mandato, não
conseguiu voltar. Família, tem uma história na política.
Não conseguiu voltar. Por acordos partidários, virou aí
um secretário biônico e ajuda o João Doria a destruir o estado de São Paulo, e
o papel dele é esse: puxar vaia, puxar aplauso. Medíocre, medíocre.
Agora, um dia depois de o Doria... Né? Ele fala para o
vereador: “Você é um cidadão de nada”. É assim que ele considera o povo de São
Paulo, é assim que ele considera os nossos professores, os nossos policias
militares, os nossos policiais civis: um nada. É assim que ele considera esta
Assembleia Legislativa: um nada.
Mas vejam vocês, senhores: desde o primeiro dia do nosso
mandato, nós subimos nesta tribuna para denunciar esse ser aqui, que falou,
Mecca, de família. Olha, os filhos, a família - ele, que tem aquele vídeo com
aquelas profissionais do sexo ali. Traiu a todos, traiu os filhos, traiu a
esposa, traiu os aliados e quer falar de filho, quer falar de família, quer
falar de oração.
Um ser abominável desses, que fechou as nossas igrejas,
que nos proibiu, Frederico d’Avila, de cultuar o nosso Deus, e agora colhe o
que plantou. Ninguém quer sair na foto desse lixo, desse verme, desse ser
abominável que é João Doria, nem o Rodrigo Garcia.
Essa manobra dele, ele sabe por que é que ele está
fazendo isso, porque ele sabe que o Garcia vai abandonar ele, que o Garcia vai
traí-lo. O Garcia, quando assumir o mandato, vai traí-lo, vai jogar uma pá de
cal na cova de João Doria, ele sabe disso.
Olha a movimentação do governador do Rio Grande do Sul -
saiu do cargo, está aquecendo para pegar a vaga para a presidência dentro do
PSDB. Ele colhe o que plantou e, obviamente, com essa briga no ninho tucano,
sempre eu vou torcer para a briga, Major Mecca, mas sempre, sempre.
Agora, João Doria, para você, isso é pouco. Você tem que
ser extinto da política. Essa tua trupe aí de Vinholi e outros tem que ser
excluída do debate público, porque você fez muito mal ao nosso povo de São
Paulo, ao povo brasileiro.
Garcia, deixo aqui, novamente, o convite a você: volte
aqui para o Parlamento, saia candidato a deputado estadual. Talvez você consiga
ser eleito deputado estadual, porque, como governador, esquece, está liquidado.
Assino embaixo do que o deputado Frederico d’Avila disse:
vai ser no primeiro turno. O ministro Tarcísio, nosso pré-candidato ao governo
do estado de São Paulo, está de vento em popa, Fred. Ninguém para o ministro
Tarcísio. Então, Garcia, Doria, tomem vergonha na cara, larguem o osso e
renunciem para o bem do povo de São Paulo.
Muito obrigado, deputado Frederico d’Avila, pela
tolerância.
O SR. GIL DINIZ - PL - Se houver acordo entre as lideranças,
levantar a presente sessão.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PL - Obrigado, deputado Gil Diniz. Havendo acordo
de lideranças, esta presidência, antes de dar por levantados os trabalhos,
convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem
Ordem do Dia.
Está
levantada a sessão.
*
* *
-
Levanta-se a sessão às 15 horas e 49 minutos.
*
* *