28 DE MARÇO DE 2022
1ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AOS 80 ANOS DO SERVIÇO NACIONAL
DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
Presidência: PROFESSOR WALTER VICIONI
RESUMO
1 - PROFESSOR WALTER VICIONI
Assume a Presidência e abre a sessão. Anuncia a composição da
Mesa. Informa que a Presidência efetiva convocou a presente sessão solene para
"Homenagem aos 80 anos do Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial", por solicitação deste deputado, na direção dos trabalhos.
Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".
2 - RICARDO TERRA
Diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (Senai-SP), faz pronunciamento.
3 - ALINE CARDOSO
Secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo
da Prefeitura de São Paulo, faz pronunciamento.
4 - ITAMAR BORGES
Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo, faz pronunciamento.
5 - RICARDO MELLÃO
Deputado estadual, faz pronunciamento.
6 - TENENTE NASCIMENTO
Deputado estadual, faz pronunciamento.
7 - JANAINA PASCHOAL
Deputada estadual, faz pronunciamento.
8 - BARROS MUNHOZ
Deputado estadual, faz pronunciamento.
9 - PRESIDENTE PROFESSOR WALTER VICIONI
Presta homenagem ao Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial - Senai, com a concessão do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do
Estado de São Paulo.
10 - JOSUÉ GOMES DA SILVA
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
- Fiesp e do Conselho Regional do Senai-SP, faz pronunciamento.
11 - PRESIDENTE PROFESSOR WALTER VICIONI
Faz pronunciamento acerca do Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial - Senai. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.
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- Assume a
Presidência e abre a sessão o Sr. Professor Walter Vicioni.
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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCOS VINÍCIUS - Senhoras
e senhores, boa noite. Sejam todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo.
Esta sessão
solene tem por finalidade homenagear e outorgar o Colar de Honra ao Mérito
Legislativo do Estado de São Paulo à instituição Senai (Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial) e ao Departamento Regional do Senai de São Paulo.
Informamos que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp
e pelo canal Alesp no YouTube.
Convidamos para
a composição da Mesa Diretora o deputado estadual Professor Walter Vicioni.
(Palmas.) O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo,
Fiesp, e presidente do Conselho Regional do Senai de São Paulo, Josué Gomes da
Silva. (Palmas.) O deputado Itamar Borges, secretário de Estado da Agricultura e
Abastecimento, neste ato representando o governador João Doria. (Palmas.)
Rafael Cervone,
presidente do Ciesp. (Palmas.) Aline Cardoso, secretária municipal de
Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, neste ato representando o
prefeito de São Paulo, Sr. Ricardo Nunes. (Palmas.) Também compondo a Mesa, o
Sr. Ricardo Terra, diretor regional do Senai. (Palmas.)
Muito obrigado
a todos. Podem acomodar-se. Para a abertura oficial desta sessão solene, com a
palavra o deputado Professor Walter Vicioni.
O SR. PRESIDENTE - PROFESSOR WALTER VICIONI - MDB - Quero cumprimentar todas as autoridades aqui
presentes, meus colegas deputados e deputadas, secretários, professor Itamar e
todas as pessoas citadas pelo nosso mestre de cerimônias.
Sob
a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos nos termos regimentais. Esta
Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.
Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta sessão solene
atende a minha solicitação e tem a finalidade de homenagear e outorgar o Colar
de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo à instituição Senai e ao
Departamento Regional do Senai de São Paulo.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCOS VINÍCIUS - Obrigado,
deputado. Convido todos os presentes para, em posição de respeito, ouvirmos o
Hino Nacional Brasileiro pela Seção de Banda do Corpo Musical da nossa Polícia
Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do 1º sargento, PM Gleidson
Azevedo.
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* *
- É entoado o
Hino Nacional Brasileiro.
*
* *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCOS VINÍCIUS - Nossos
agradecimentos à Seção de Banda do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado
de São Paulo.
Iniciando as saudações pelas autoridades presentes,
vamos ouvir, neste momento, o Sr. Ricardo Terra, diretor regional do Senai São
Paulo.
O
SR. RICARDO TERRA - Boa noite a todos. Eu queria saudar o
nosso deputado Walter Vicioni e agradecer, Professor Walter, pela outorga do
Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo. Na sua pessoa,
cumprimentar todos os deputados desta Casa de Leis, o deputado Barros Munhoz e
também o nosso deputado e hoje secretário estadual da Agricultura e
Abastecimento Itamar Borges.
Gostaria de cumprimentar
especialmente o nosso presidente, Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, do
Ciesp, do Sesi e do Senai de São Paulo; nosso companheiro presidente do Ciesp,
Rafael Cervone; nossa secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e
Turismo do Município de São Paulo, Aline Cardoso, neste ato representando o
nosso prefeito de São Paulo. Aos senhores aqui presentes, empresários,
companheiros do Senai, alunos que aqui também estão presentes, agradecer a
todos vocês neste momento.
Eu vou me permitir fazer
um breve histórico da nossa instituição, e ela remonta ao final da década de
30, início dos anos 40, quando nós estávamos na última fase da Era Vargas, no
denominado Estado Novo. Esse momento da indústria e principalmente da história
do nosso País foi cercado de um momento de muita dificuldade.
A Segunda Guerra Mundial
estava em curso, e o governo brasileiro estabeleceu uma forte relação com o
setor industrial e intensificou uma política industrial para subsidiar,
substituir, na realidade, as importações. E aí vem um grande questionamento: e
o capital humano para resolver esse desafio?
Em 42, através de um
decreto organizado por dois brasileiros brilhantes, Roberto Simonsen, santista,
deputado federal, senador, empresário, presidente da Fiesp, do Ciesp e CNI,
junto com outro grande brasileiro, Roberto Mange, um suíço que se tornou
brasileiro, um experiente educador que tinha trilhado, na educação profissional
do Liceu de Artes e Ofícios aqui de São Paulo e na Escola Ferroviária, uma
brilhante atuação como dirigente e estrategista de Educação. Esses dois homens
criam um modelo de financiamento e governança. Em 1942, inicia-se o Senai.
Sob a liderança desse
grande educador, Roberto Mange, definem-se princípios e valores que perduram
até hoje: uma visão ampla da Educação, formar para a vida; um conceito
importante, educação inicial e continuada, prevendo que os trabalhadores precisariam
passar continuamente por programas de qualificação e requalificação; intensa
relação entre teoria e prática; padronização do ensino, para garantir a
qualidade em todas as localidades do estado de São Paulo; e um ponto
importante: adequar essa oferta à demanda da indústria do ponto de vista
qualitativo e quantitativo.
Mange tinha uma visão do
ser humano integrado, prezava pela educação física, além da educação
profissional, pela música, pela arte. Doze anos decorrentes dessa fundação, em
um seminário em 1954, no Hotel Quitandinha, em Petrópolis, Mange faz um balanço
dos 10 primeiros anos do Senai e estabelece um ponto de muita importância:
define o valor da crítica.
Naquele momento, o
dirigente do Senai se torna o maior crítico do Senai e diz o seguinte: “O
Senai, ao receber elogios e satisfazer-se com eles, toma uma atitude que impede
o progresso”.
Com essa afirmação, Mange
institui, na nossa organização, o conceito da melhoria continua e implanta
técnicas e métodos de avaliação de desempenho. Já em 1954, o Senai São Paulo dá
início ao atendimento de pessoas com deficiência, por meio de uma visita da
Helen Keller e (Inaudível.) professor Sandoval, um grande mestre, começa o
atendimento no Senai São Paulo, em 1954, incluindo cegos no setor produtivo
industrial paulista.
Os anos 70 são marcados
por crise política e econômica em nosso País. A era do petróleo e do aço avança
com as principais siderúrgicas em curso e as refinarias. Setores avançam
fortemente - têxtil, cerâmica, vestuário, gráfica, manufatura e petroquímico. O
Senai novamente se reinventa e, ao final desta década, amplia sua oferta
implantando um regime desdobrado, movimento esse que cria mais um período no
Senai, o período vespertino.
Os anos 70 são cercados
por um milagre econômico. A
indústria passa por uma grande modernização tecnológica e se internacionaliza.
Nesse momento o Senai de novo se reinventa, avança com os cursos técnicos,
treinamentos “in company”, centros de treinamentos em unidades móveis,
intensifica as relações internacionais.
E aqui, Professor Walter, fica um
destaque especial ao senhor. O senhor foi exemplo da condução de um grande
programa com o governo suíço através da Suisse Contact e implantou a Escola
Suíço-Brasileira, um modelo de transferência de tecnologia que passou a ser
para nós do Senai uma referência neste campo. Nos anos 80 o mundo se
digitaliza, começa o processo digital através dos microcomputadores.
O Senai avança novamente e se
reinventa. Entra na era das máquinas, CNC, dos CLPs, dos controladores
digitais, cria um grande programa de modernização tecnológica, amplia os seus
serviços tecnológicos, ou seja, transcende a Educação e percebe que esta
indústria que ganha complexidade, que ganha performance e globalização precisa
também de um ente importante: o serviço técnico e tecnológico.
O senhor, Professor Walter, na
Divisão de Currículos e Programas, sob a sua liderança, um programa
importantíssimo de educação nessa área também: o Peare, o Plano de Ensino e
Avaliação do Rendimento Escolar.
Nos anos 90 grandes
transformações na Educação: essa consolidação do Peare, que remodelou a nossa
educação e um grande esforço de treinamento e rever das nossas ofertas. Os anos
90 foram anos de muitos desafios no Senai. Os anos 2000, marcados por profundas
transformações.
Se implanta o novo modelo de
metodologia do Senai de educação profissional. Um modelo que se desenvolve
dentro da nossa estrutura com os nossos educadores, que cria o desenvolvimento
de competências, que trabalha com o protagonismo do nosso aluno e coloca o
docente na condição de mediador.
Esta, sem dúvida nenhuma, foi também
uma grande transformação, porque coloca a educação do Senai naquele período de
novo na vanguarda do seu tempo. Essa estrutura também traz profundas
modificações no campo da avaliação. Nós implantamos nesse período e tivemos a
coragem institucional de implantarmos o Provei, também na sua gestão, Professor
Walter.
Esse programa pressupõe a
avaliação de um ente externo da qualidade do aluno formando no Senai. De dois
em dois anos realizamos esses exames por terceiros, assegurando o alinhamento
da nossa formação ao mundo do trabalho. Há uma importante decisão tomada nesse
período também: a criação e a expansão da educação online.
A educação à distância no Senai
começa na década de 70 e com o grande acúmulo dessa experiência implantamos a
educação online nos anos 2000. Em 2010 nós tivemos uma grande reestruturação da
área tecnológica do Senai.
A indústria avança, se moderniza,
se globaliza ainda mais. Nesse período definimos foco nessas tecnologias,
cruzando tecnologias portadoras de futuro com janelas de oportunidade da
indústria brasileira.
E com essa orientação baseada nas
experiências nacionais e internacionais do nosso setor produtivo definimos
estratégias de estabelecimento de plataformas tecnológicas no Senai voltadas à
inovação.
Nesse mesmo período criamos um
grande programa de formação de docentes, o Proeducador, e por este programa já
passaram inúmeros docentes da casa, sempre colocando em destaque o protagonismo
desse ser importante na educação brasileira e do nosso Senai.
Mas nesses anos também vivemos
anos difíceis: crise econômica de 2014, pandemia de 2019/2020 e esses períodos
de crise foram períodos de muita aprendizagem. Porém, com esse corpo técnico
aqui representado por nossos dirigentes nós conseguimos manter os nossos
serviços e principalmente a saúde, a estabilidade da nossa organização.
O Senai move pessoas e pessoas
movem o Senai. Há um livro em homenagem ao nosso fundador Roberto Mange e o
título desse livro é “De Homens e Máquinas”. Nós temos que, neste momento, agradecer
ao Professor Walter. Agradecer porque são pessoas como o senhor, pessoas como
os educadores que estão aqui que fazem o Senai.
São pessoas como o nosso
presidente, como o nosso vice-presidente Rafael Cervone e vários dos
empresários que estão aqui presentes que fazem o Senai. São pessoas que se doam
voluntariamente a essa organização. E esse sonho, senhores, é um sonho coletivo
e principalmente é um sonho dos nossos alunos, os nossos queridos alunos que
procuram o Senai cada um com seu sonho.
O sonho de ser uma pessoa
pertencente a uma sociedade com protagonismo, de realizar os seus sonhos, de
ter uma família, constituir uma família, ter um lar e é assim que nós
trabalhamos todos os dias. Mange dizia que uma escola precisa ter alma e eu
tenho esse sentimento, Josué e todos os colaboradores empresários que
contribuem com o Senai, que uma escola precisa ter alma e o alimento da alma é
o amor.
O sentimento que eu tenho é que
cada um de vocês presentes neste ambiente, empresários, colaboradores do Senai,
alguns alunos, todos vocês têm amor pelo Senai. Senhores, a continuidade dessa
história é compromisso do presidente Josué.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCOS VINÍCIUS - Agradecemos
ao Sr. Ricardo Terra, nosso diretor regional do Senai São Paulo, por suas
palavras. Agradecer também e registrar as presenças dos deputados estaduais
desta Casa, Barros Munhoz; Janaina Paschoal; Paulo Schoueri, vice-presidente da
Fiesp; Francesconi Junior, 1º secretário da Fiesp e também vice-presidente do
Ciesp; Antônio Viola, conselheiro do Senai; Vagner Machado, conselheiro também
do Senai São Paulo; Sérgio Barbour, chefe de relações institucionais da Fiesp;
Carlos Isa, defensor público aqui da Alesp, representando o defensor
público-geral em exercício, Marcos Andrade, 1º diretor-secretário do Ciesp -
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo; e Alexandre Pflug, que é o
superintendente do Sesi São Paulo. Muito obrigado a todos.
Vamos ouvir a seguir palavras de
Aline Cardoso, secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e
Turismo, neste ato representando o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.
A SRA. ALINE CARDOSO - Boa noite, senhoras e senhores.
Um prazer estar aqui nesta segunda-feira nesta Casa tão importante, a
Assembleia Legislativa, Casa que durante 24 anos eu tive o privilégio de
frequentar como filha de um parlamentar e hoje com muito orgulho estou aqui
representando o prefeito Ricardo Nunes num evento muito, mas muito importante
na nossa visão.
Por isso o prefeito Ricardo Nunes
me encarregou de estar aqui, de trazer o abraço dele, pedindo desculpas por ele
mesmo pessoalmente não poder estar aqui, mas ele está na finalização do famoso
acordo do Campo de Marte, que vai trazer muitos investimentos para São Paulo.
Então realmente um momento muito importante.
Queria cumprimentar todos os
nossos colegas da Mesa. Deputado Walter Vicioni, parabéns pela iniciativa,
obrigada pelo convite. Presidente Josué Gomes, parabéns pela sua nomeação
relativamente recente. Já faz alguns meses, mas acho que é o primeiro evento
onde oficialmente nós estamos juntos. Cumprimentar nossos queridos companheiros
de longa data: Rafael Cervone; Ricardo Terra, com quem já estamos há alguns
anos lutando juntos.
E um destaque especial eu queria
dar para o deputado e secretário Itamar Borges, que tem sido também um grande
colega, um grande parlamentar, um grande homem público na defesa do
empreendedorismo, da atividade econômica, desde a Indústria até o Agronegócio,
passando pelo Serviço, pelo Comércio. Um homem que olha de uma maneira ampla
para todos os setores e todas as atividades.
Queria cumprimentar também todas
as outras autoridades, os deputados, os educadores, os gestores, todas as
pessoas que fizeram nesses 80 anos e que farão ainda em muitas décadas para
frente o Senai ser essa potência, os empresários, enfim, todos que estão aqui.
E queria só, Ricardo Terra,
corrigir uma coisinha que você falou, se me permite a ousadia. Você falou que
determinado público, os empresários, os educadores e tal, ama o Senai. Eu vou
ousar e sem medo de errar dizer o seguinte: o Brasil ama o Senai. (Palmas.) Não
errei, né?
Os números que a gente tem aqui -
a minha equipe me trouxe alguns dados, espero que não estejam errados, senão
vou passar vergonha, mas se não for isso deve ser perto disso - dizendo que
algo em torno de 80 milhões de profissionais já passaram pelo Senai.
Não sei se combinam 80 milhões
com 80 anos, não sei se tem essa média aí de um milhão por ano. Não sei se é
isso. É isso? Então o número está certo. Não dá para a gente não se orgulhar
disso. Eu acho que essa instituição faz parte da história do Brasil, faz parte
da história de todos nós.
E, sim, a gente tem que encher o
peito de orgulho e dizer que nós temos um Senai. Eu tive a oportunidade de
morar alguns anos na Europa, e a gente às vezes fala daquelas instituições do
sistema alemão de ensino técnico, disso e daquilo, e a gente pode bater no
peito e dizer que a gente também tem um Senai. Então, acho que realmente é um
motivo de muito orgulho para todos nós.
E eu já estava pensando, Terra,
antes de você falar, não sabia que você ia dizer tudo isso, mas foi ao encontro
do que eu estava pensando: o quanto ao longo dessas oito décadas a instituição
teve que se reinventar, se renovar, se transformar para atender a todas essas
revoluções pelas quais nós passamos nesses 80 anos; com transformações
tecnológicas, transformações comerciais; economia que fecha, economia que abre;
mundo que fica assim, mundo que fica assado; e sempre capaz de dar conta do
recado esteve o Senai.
Eu sou secretária do Trabalho da
cidade de São Paulo (e Desenvolvimento Econômico) há quase cinco anos. Quando
eu sentei na cadeira, a gente começou a falar para a prefeitura - era um tema
novo - porque a secretaria estava passando por um processo de fortalecimento, a
gente começou a falar do futuro do trabalho. E eu acho muito importante - fui
chamada até já para evento internacional para falar sobre estratégia de futuro
do trabalho de um município.
Só que muito antes da prefeitura
pensar no futuro do trabalho, vocês já estavam pensando. Faz 80 anos que vocês
pensam no futuro do trabalho. A gente está aqui falando de indústria 4.0, a
gente está falando de robótica, de automação, de inteligência artificial - até
de metaverso a gente está falando! Mas talvez isso seja até menos
revolucionário e menos transformador do que muita coisa que aconteceu nesses 80
anos.
Passar do analógico para o
digital foi uma revolução muito mais complexa do que passar agora do smartphone
para o metaverso. E vocês estavam lá, ensinando o nosso povo a lidar com isso.
E vocês estavam lá, pensando no futuro do trabalho. E aí o futuro chegava e
pensava em mais futuro e mais futuro e mais futuro.
A indústria brasileira passou
pelos desafios que nós todos sabemos que passou e continua passando. E vocês
tão lá: fazendo o nosso povo dar conta. Não deixando a peteca cair. Garantindo
a competitividade da indústria através dos profissionais qualificados.
Então, sim, o Brasil ama o Senai.
E tem que amar cada vez mais, porque é disso que a gente precisa.
E aí eu queria contar aqui - vou
fazer um “causosinho” pessoal, bem pequenininho - aí a moça é secretária do
Trabalho da cidade de São Paulo, tem família, não é? - porque político também é
gente, eu sei que às vezes vocês acham que não, mas, sim, a gente é gente.
A gente tem família, a gente tem
desemprego na família, a gente tem perrengue na família. E aí o meu irmão - um
dos meus irmãos - estava morando em Goiás, trabalhando na indústria
automobilística em Anápolis. E aí pandemia, sabe como é que é, muda tudo, tal,
muda de vida e vem para São Paulo.
E, claro, vem conversar com a
irmã, que é secretária do Trabalho em São Paulo. E que qualifica - não tanto
quanto o Sebrae - mas a gente tem aí umas 200 mil pessoas por ano que a gente
qualifica na cidade de São Paulo.
E aí a gente começa a conversar e
eu falo para ele: não, porque você precisa se atualizar, você precisa fazer um
curso, você quer que sua irmã te ajude? Porque eu conheço todas as instituições
de qualificação.
As que fazem FIC, as
universitárias, e tal, eu estou aqui para te ajudar. “Aline, não inventa moda,
eu quero fazer Senai.” Ué?! Calei a boca e falei: você está certinho, vai para
o Senai!
Então é isso, não é? Todo mundo ama, todo mundo admira e acho que
mais do que nunca, a gente precisa. A gente vive um momento tão difícil. Estou
lá, no meu trabalho, a gente atende no CAT, que é o Centro de Apoio ao
Trabalhador e ao Empreendedor na cidade de São Paulo.
Um milhão de atendimentos por
ano! Um milhão de pessoas que vêm pedir emprego! Eu nem vou dar as estatísticas
para vocês da qualificação das pessoas porque vocês sabem.
Só que a coisa está ficando cada
vez mais complicada, cada vez mais difícil. Então, essas pessoas que estão
ficando para trás precisam cada vez mais de nós. Porque o atraso dessas pessoas
na sua qualificação, ou a exclusão dessas pessoas do mercado de trabalho, é um
problema de todos nós.
O desalento é um problema de
todos nós. Os jovens que não conseguem seu primeiro emprego e que estão
desanimados para ir buscar porque isso, porque aquilo, é um problema de todos
nós.
Então, eu acho que em mais uma
fase de transformação - agora social, além da tecnológica - eu tenho certeza
que o Senai vai continuar fazendo a sua parte e junto com muitos atores,
inclusive com a prefeitura de São Paulo, continuar dando a sua expressiva
contribuição para o desenvolvimento desse país.
E que a gente possa cada vez mais
inserir nossa população, trabalhar pela inclusão social, trabalhar pela
competitividade, trabalhar pela sustentabilidade.
E que fique aqui um registro, que
eu sempre deixo um registro. Eu achei que eu ia fazer o meu registro em função
das mulheres, porque afinal de contas ainda é março. E tem muita mulher no
Senai também. Eu acho que eu vou pedir uma salva de palmas para as mulheres
também aqui. Vamos lá! (Palmas.)
Então, no fim eu vou deixar dois
registros. Um em favor das mulheres e o último para dizer o seguinte: uma vez
um colega meu secretário - cada um cuida da sua pasta, mas todo mundo gosta de
opinar uns nas dos outros - falou: “São Paulo, a cidade de São Paulo, não tem
nada a ver com a indústria, a cidade de São Paulo é comércio, é serviços e
tal”.
Aí eu só tirei um papelzinho com
a minha estatística e mostrei. A cidade de São Paulo ainda tem 400 mil empregos
relacionados à indústria. E a gente não vai abrir mão disso. E a gente quer
continuar tendo essa atividade econômica fundamental para a cidade de São
Paulo. E gerar muitos empregos, além de não perder os que a gente têm.
Então, saibam vocês que São Paulo
também, a cidade de São Paulo também, está na defesa da indústria e dos
trabalhadores.
Obrigado. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCOS VINÍCIUS - Obrigado à
secretária Aline Cardoso por suas palavras. Saudar também o nobre deputado
desta Casa Ricardo Mellão. Muito obrigado pela presença.
Vamos ouvir a seguir o deputado
Itamar Borges, secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento, nesta
sessão solene representando o governador João Doria.
O
SR. ITAMAR BORGES
- Boa noite. Muito bom retornar a esta Casa, de onde me licenciei há dez meses
quando assumi a Secretaria de Agricultura e Abastecimento. É muito bom vir aqui
no dia a dia e vir aqui hoje e ver quanta qualidade, quanta contribuição este
amigo, deputado Walter Vicioni, trouxe para esta Casa nos mais diversos
segmentos: Educação - tanto formação profissional como universitária, como técnico
e como universitário - e também a sua experiência em inovação, além, claro, da
sua trajetória de interiorano que é.
Parabéns,
Professor Walter Vicioni. Parabéns pelo deputado que é, que se tornou. Parabéns
pela marca que constrói nessa Casa através do seu mandato. Eu não tenho dúvida
que esta Casa, ou o parlamento federal, tendo você lá ou aqui, terá com certeza
muito, mas muito mesmo, a receber da sua inteligência, da sua trajetória, da
sua experiência e da sua história.
Obrigado por
fazer o que está fazendo pela Assembleia Legislativa, se somando a todos os
nossos colegas. (Palmas.)
E me permitam
saudar aqui, e com certeza ele vai deixar a sua mensagem, eu comecei o dia
ouvindo hoje a mensagem desse eterno presidente desta Casa, o Barros Munhoz.
Meu professor, meu amigo querido e que também faz a diferença.
Quando eu
cheguei nesta Casa o Barros era presidente. E aprendi muito, Barros, com a sua
gestão e com a sua competente história de tantos mandatos: de prefeito, de
parlamentar, de ministro, de secretário de Estado. E você continua nos
ensinando, como hoje de manhã foi da mesma forma.
Vejo o
Ricardo Mellão também, jovem revelação, e que também tem dado uma importante
contribuição aqui nesta Casa. Amigo do empreendedorismo e de tantas lutas e
projetos que assinamos juntos nesta Casa.
E a campeã de
votos, a nossa Janaina Paschoal, essa guerreira. E também trouxe muito de
ensinamento para nós. Como aprendemos com você, Janaina. Como é gostoso
conviver com alguém que viveu uma trajetória tão diferente e que veio aqui com
uma aclamação da população e fez e faz um belo trabalho.
Eu não tenho
dúvida de que o destino que você procurar, como o Mellão e como o Barros, será
abençoado por Deus e estará nos representando muito bem.
Eu trago aqui
um abraço, uma palavra do governador João Doria e do vice-governador Rodrigo
Garcia, que nutrem um respeito e uma admiração muito grande à
sua figura, José Gomes, à sua pessoa, e à sua missão à frente dessa importante
instituição, que é a nossa Fiesp, o nosso Sesi, o nosso Senai. Você chega dando
sequência à gestão do Paulo.
Eu não tenho dúvida de que você vem não
só dar sequência, mas vem avançar ainda mais com a sua trajetória - sua e da
sua família - que com certeza tem uma marca na indústria deste País e também do
nosso estado.
Você, que eu brincava agora a pouco,
mineiro, mas já há quatro décadas paulista, paulistano, que aqui tem dedicado a
sua gestão, os negócios da família e hoje empresta o seu tempo para liderar
essa que é a mais importante das instituições da indústria deste País.
Eu ouvindo a Aline falando aqui me remete
um pouco do que tenho vivido percorrendo o interior do estado. Em dez meses,
rodei 150 quilômetros, visitei todas as regiões mais de uma vez - isso ficando
três dias ou quatro aqui em São Paulo.
E uma coisa que se percebe nesse
momento de pandemia, nesse momento em que o planeta travou em alguns aspectos,
é o quanto o Brasil está pagando caro por ter, em alguns aspectos,
desindustrializado.
Em especial, em ter achado bom e barato
buscar os serviços ou os préstimos, por exemplo, de um grande parceiro e importante
parceiro, da China e de tantos outros países, e hoje ser dependente de insumos
dos mais simples. Temos que entrar em uma fila de um ano para poder receber um
trator, para poder receber um equipamento, porque dependemos da importação
desses itens, desses insumos.
Eu acredito que essa lição coincide com
a sua missão, Josué. Essa lição que estamos tendo agora coincide com a sua
missão, que é de reerguer, retomar a indústria em São Paulo e no Brasil.
Eu não tenho dúvida de que isso vai
mostrar para nós que às vezes o custo Brasil, que muitas vezes é o responsável
por muitas saídas, vale a pena para não passarmos por situações como algumas
pelas quais estamos passando.
Focado na homenagem de hoje dos 80 anos
do nosso Senai, focado na presença de tantos educadores, técnicos,
profissionais que aqui estão presentes. E também a presença de seus diretores:
Ricardo Terra, Rafael Cervone e a tantos outros, como o meu amigo Barbour, que
se fazem presentes nesta noite.
O Senai tem uma história, mas já que eu
comecei falando dele, eu não posso deixar de remeter parte da história do Senai
para ele. Professor Walter Vicioni foi diretor do Senai, concomitantemente
superintendente do Sesi, por 15 anos. Teve a sua vida na instituição por 50
anos ajudando a construir essa história.
É inegável a contribuição, a
transformação, a revolução e os avanços que o Senai ganhou nesses 15 anos com a
contribuição dele e, claro, ninguém faz nada sozinho, somado com a colaboração
de todos os senhores aqui e de muitos que não estão.
Olhar para o Senai é remeter, por
exemplo, à indústria 4.0. É remeter à inovação, à tecnologia. É remeter à
inovação através das pessoas, muitas dessas lá no chão da fábrica.
Olhar para o Senai e para a indústria
4.0 é olhar para a integração que nós temos da indústria com o agro, por
exemplo, que é dele que vem muitos dos insumos para a indústria. E assim
sucessivamente.
Então, esta Casa, que é a Casa do Povo
de São Paulo, a maior da América Latina, faz uma justiça muito grande, que só
resta parabenizar a iniciativa do Professor Walter Vicioni e o apoio dos
deputados para que pudessem estar aqui hoje prestando essa homenagem, a começar
o nosso presidente Carlão e os colegas que aqui estão.
Mas também é fazer o reconhecimento
desta Casa a essa história, que tem uma grande contribuição para o
desenvolvimento da indústria, da tecnologia e do ensino profissionalizante aqui
no Brasil e aqui em São Paulo, em especial.
Portanto, eu quero dizer, Josué Gomes,
que, ao receber essa homenagem, Colar de Honra ao Mérito Legislativo, esta Casa
entrega e você recebe, e a sua equipe recebe, algo que a Aline disse aqui
representando o nosso prefeito, a nossa secretária de Desenvolvimento Econômico
desse município, Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, e que agregou a
Agricultura, porque nós temos aqui na Capital - e eu não sabia, aprendi quando
assumi a secretaria - a agricultura urbana em muito da zona sul e aqui na zona
norte do estado de São Paulo. Muitos produtores de agricultura urbana que
fizeram com que ela trouxesse uma política importante para esses produtores.
Mas voltando... E para concluir aqui a
minha participação, já pedindo desculpas, justificando, eu tenho um outro
compromisso às 19 horas, que eu também vou representar. Eu pedi permissão ao
Josué, peço desculpas e peço licença ao Josué, ao Walter e a todos que aqui
estão.
Deixo aqui o meu cumprimento, o meu
agradecimento e os parabéns a essa instituição, que eu tanto vivi há 11 anos,
Josué, indo para o 12º ano. Eu presido nesta Casa, com o apoio do Barros
Munhoz, desde quando ele me concedeu a primeira oportunidade, eu presido nesta
Casa a Comissão de Atividades Econômicas. É a comissão que engloba agricultura,
turismo, comércio e indústria.
Foi nessa comissão que eu aprendi o
valor de muitas instituições, mas a Fiesp, onde eu convivia quase que
semanalmente, aqui na comissão e lá participando, o quanto ela faz a diferença
na vida da economia de São Paulo e do Brasil.
Portanto, parabéns por esse muito pouco
perto daquilo que o Senai merece, mas é o máximo que esta Casa pode oferecer.
Portanto, é o reconhecimento máximo desta Casa a essa instituição que faz o
máximo por São Paulo e pelo Brasil. Parabéns. (Palmas.)
O SR. MESTRE
DE CERIMÔNIAS - MARCOS VINÍCIUS - Também
agradecer ao deputado desta Casa, Tenente Nascimento. Muito obrigado pela
presença. E agradecer também por suas palavras o deputado Itamar Borges,
secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, representando o governador
João Doria, que neste momento irá para outros compromissos da sua agenda no dia
de hoje. Muito obrigado.
Vamos agora iniciar as saudações pelos
parlamentares aqui presentes. Inicialmente, chamamos o deputado estadual
Ricardo Mellão. Por favor.
O
SR. RICARDO MELLÃO - NOVO - Boa noite a todos.
Queria saudar primeiramente a Mesa, em nome do presidente da Fiesp Josué Gomes,
o meu xará, Ricardo Terra aí, representando Sesi, Rafael Cervone, minha amiga
secretária, Aline Cardoso. Já trabalhamos juntos na prefeitura, ela continua lá
e eu vim para cá.
O meu querido amigo, o deputado Walter
Vicioni. Aliás, deixar os meus parabéns por essa homenagem mais do que
merecida. Queria saudar também a presença dos meus colegas, deputado Barros
Munhoz, deputado Tenente Nascimento e deputada Janaina Paschoal.
Bom, em primeiro lugar, entendo que
nada mais importante do que homenagear uma instituição que, como o Terra
mencionou, surgiu lá em 1942 com uma nobre missão, a missão de formar quadros,
mão-de-obra para uma indústria que ainda era incipiente no Brasil, começava a
surgir.
Era o desafio de um Brasil que saía de
uma estrutura agrária e passava a ter indústria, passava a se inserir no mundo.
E uma escola, que durante os seus 80 anos, formando mais de 80 milhões de
jovens, deu oportunidades não apenas para o Brasil crescer, para a nossa
indústria, sobretudo aqui em São Paulo, e em outros locais do País também, se
tornar forte, se tornar competitiva em termos mundiais, mas também deu
oportunidades para que jovens de baixa renda pudessem encontrar um trabalho,
pudessem incrementar a sua renda.
O Senai fez um serviço social
extremamente importante, dando aquilo que traz mais dignidade para o ser
humano, que é o trabalho, aquele que eu considero o maior e melhor programa
social existente. Não é à toa que o Senai, depois de 80 anos completados aqui,
hoje é a quinta maior instituição de ensino profissional do mundo, a maior da
América Latina.
Sete em cada dez alunos que saem do
Senai conseguem empregos. Isso, mesmo durante o período de pandemia, segundo os
dados mais recentes. Ou seja, é gerando mão de obra, gerando progresso, gerando
desenvolvimento.
Inclusive, constar, quando nós falamos
desse período difícil que nós passamos, que foi o da pandemia, acho importante
registrar o importante trabalho social que o Senai prestou para a própria
sociedade, não só ajudando, junto com outras empresas, a consertar 2 mil e 500
respiradores mecânicos, que salvaram vidas, tanto para hospitais públicos como
privados, mas também o Senai contribuiu para que outros cursos fossem dados
nesse período tão difícil.
Foram mais de um milhão e meio de
matrículas gratuitas em cursos de educação técnica e profissional, para
contribuir com a continuidade da formação e qualificação do trabalhador
brasileiro durante esse período.
Então é com muito orgulho que estou
presente para, primeiro, agradecer o papel que o Senai desempenhou pelo País, o
papel que o Senai desempenhou pelo meu estado, São Paulo, que eu tenho muito
orgulho, que tanto contribuiu para o País e para o mundo.
E contribui para que os jovens, futuras
mãos de obra, diante dos desafios que se encontram hoje no mundo, estejam
preparados para lidar com a indústria 4.0, metaverso, e uma série de outros
desafios na área tecnológica e também industrial que nós iremos enfrentar.
Então, mais uma vez, queria deixar aqui
o meu orgulho de estar presente nesse evento e poder homenagear essa
instituição, que é uma referência mundial em termos de educação
profissionalizante.
Muito obrigado a todos. (Palmas.)
O SR. MESTRE
DE CERIMÔNIAS - MARCOS VINÍCIUS - Agradecemos ao
deputado Ricardo Mellão por suas palavras. Vamos ouvir, a seguir, as palavras
do deputado Tenente Nascimento. Por gentileza.
O
SR. TENENTE NASCIMENTO - PL - Boa noite a todos e
a todos que estão nos acompanhando também pela Rede Alesp. Quero cumprimentar o
presidente que está presidindo essa honrosa homenagem, Walter Vicioni, o qual
teve a felicidade de propor tão importante honraria.
Quero também cumprimentar o Josué
Gomes, com o qual nós estivemos recentemente na Fiesp, onde preside com
galhardia e com vigor entusiasmante, para que realmente possamos dar
prosseguimento ao que é a Fiesp, ao que é o Senai.
Nobres deputados aqui, deputado Barros
Munhoz, deputado Mellão, deputada e professora Janaina Paschoal - é professora,
tem a ver, Senai, ensino, e professora - e toda a Mesa, eu os cumprimento.
Estive aqui já com a grande Aline
Cardoso, que acompanhei aqui por muitos anos, nesta Casa. E hoje a felicidade
de ver você aqui. Cumprimento todas as mulheres neste plenário.
Quero dizer da felicidade de 80 anos de
Senai. Eu tenho a dizer a vocês, aos senhores que nesses 80 anos, eu tive a
felicidade, quando da nossa mais tenra idade, o meu irmão mais velho, na época,
nos anos 60, com 14 anos de idade, ele entrou em uma empresa, Busing do Brasil
- não sei é do conhecimento de alguns aqui, fazia motores para caminhão.
Conseguiu entrar nessa empresa. Lá, ele foi escolhido, entre os jovens, para ir
para o Senai.
Quando nós recebemos a notícia, meus
pais, oriundos do Nordeste, eu, bem garoto ainda, tinha meus seis para sete
anos, vejam só, foi uma alegria imensa. Ele foi para o Senai.
Ali, ele fez o curso de ajustador
mecânico. Então, para nós, que iniciávamos a vida, um jovem, já fazer o curso
de ajustador mecânico foi um grande encaminhamento.
Porque o meu irmão mais velho,
juntamente com o meu pai, foram os que nos deram as diretrizes de como seguir
na vida futura. Então eu venho agradecer ao Senai, porque nós fomos
presenteados com o Senai.
Assim como milhões de jovens, milhões
de pessoas em alguns países. Eu vi, e eu posso até fazer uma leitura aqui: 523
unidades operacionais, 465 unidades móveis, sendo dois barcos escola, 26
institutos de inovação, 62 institutos de tecnologia e mais de 4 mil 749
municípios nos últimos três anos.
Eu quero dizer a vocês do bem que foi
feito à minha família. Nós somos gratos, Josué. Nós somos gratos a Deus por
isso. E gratos a Deus, e parabenizamos. Não poderia ser melhor honraria.
Porque, após esse curso, eu vou dizer
aqui da minha família, o meu irmão deu sequência, foi para o Exército. No
Exército, ele foi destacado para a mecânica, na época. Fez os cursos, se
graduou, foi para a Polícia Militar, na sequência também. Por causa dessa
função especializada, alcançou várias graduações dentro da Polícia Militar.
Posteriormente, alcançou a auditoria federal.
Eu procurei seguir os passos dele,
sempre caminhando dentro daquilo que foi ensinado por um garoto de 14 anos, no
Senai. Eu quero dizer aos senhores: parabéns. Porque eu e a minha família, eu
tenho testemunho a dar, do que foi um benefício para um jovem, que abençoou uma
família inteira.
E agradecemos aos milhões de
brasileiros, aqueles todos que passaram pelo Senai, essa instituição séria.
Então hoje estamos homenageando, e não poderia ser diferente.
Mas quero dizer a todos vocês o nosso
muito obrigado. Que Deus abençoe a instituição, que Deus abençoe a todos vocês.
(Palmas.)
O SR. MESTRE
DE CERIMÔNIAS - MARCOS VINÍCIUS - Muito obrigado,
deputado Tenente Nascimento. Obrigado. A seguir, ouviremos a nobre deputada
desta Casa, Janaina Paschoal. Por favor. (Palmas.)
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Boa noite a todos.
Cumprimento todos os presentes. Não vou nomear todos os presentes, todas as
autoridades. Sintam-se igualmente abraçados, igualmente queridos. É muito
emocionante poder estar aqui, porque, como bem disse o colega que me antecedeu,
o Senai marca a vida de cada uma das famílias, neste País e neste estado.
Eu tenho certeza que cada um aqui se
sente um pouquinho emocionado, lembrando de um tio, lembrando de um amigo
querido, que teve a sua vida transformada por algum período, em que pôde
compartilhar desses 80 anos.
Então é muito emocionante, a palavra é
essa. Eu poderia nomear várias pessoas muito amadas, algumas que já partiram,
que puderam subir alguns degraus por força do trabalho no Senai.
E a importância do Senai, não digo
nesses 80 anos, mas vamos trabalhar com os próximos oito, ou os próximos 16, ou
os próximos 80, é conseguir duas coisas muito valiosas: dar dignidade para os
indivíduos, dar esperança, dar concretude aos sonhos, trazer um caminho e
trazer desenvolvimento.
Eu me surpreendi na condição, eu estou
deputada, sou advogada, professora de direito, mas estou deputada e visito
muitas cidades, e eu me surpreendi, senhores, ao constatar que em muitas
cidades nós temos indústrias, mas nós não conseguimos ter pessoas capacitadas
naquela localidade para ocupar as vagas.
Eu acredito que os colegas que estão
aqui já vivenciaram isso. Nós chegamos a uma cidade pequena, média ou grande, o
vereador que nos recebe, o prefeito diz assim, “doutora, chegou uma indústria
aqui na cidade, abriram-se não sei quantas vagas, e o nosso povo não consegue
preenchê-las”.
Nós estamos literalmente, a palavra é
inadequada, mas importando mão de obra. Isso está acontecendo nos dias de hoje
no estado de São Paulo, que é o estado mais rico da Federação.
Então nós temos que olhar para esses 80
anos de realizações, e eu parabenizo cada um que está aqui, cada um que
colaborou, na pessoa do colega Vicioni, com quem pude participar esses meses.
É uma honra poder ter ladeado Vossa
Excelência. Cumprimento-o pela organização deste evento justo, mas é importante
que nós pensemos como multiplicar o que foi alcançado nesses 80 anos para o
presente e para os próximos anos, porque o Brasil precisa, São Paulo precisa.
Eu queria aqui, destoando um pouquinho
dos colegas que me antecederam, pedir que nós não nos percamos na tecnologia e
na modernidade. Por que eu digo isso? Porque muitas vezes nós pensamos na
empresa, na indústria 4.0, no 5G, nas startups, na tecnologia, na internet, e
nós esquecemos que faltam pessoas muitas vezes capacitadas para fazer o básico.
O básico foi abandonado no âmbito industrial e no âmbito dos serviços.
Muitas vezes soa elitista querer
desenvolver um curso técnico mais concreto, para formar pessoas que tenham
condições de desempenhar as atividades mais simples, mas que são simples e
muito importantes.
Nós entramos em uma dinâmica de que só
é louvável aquela atividade que tenha a ver com tecnologia, aquela atividade
que é reverenciada por sua modernidade, mas nós precisamos de pessoas capazes
de fazer aquelas atividades que ainda existem.
Hoje, o que nós temos? Nós temos um
corpo enorme de pessoas sem atividades, nós temos vagas, por incrível que
pareça nós temos vagas, nós temos necessidade de determinadas atividades, e nós
não conseguimos, muitas vezes, por preconceito, preparar os indivíduos para
ocuparem os espaços que estão aí.
Então o que eu peço, e fiquei feliz de
ouvir o Sr. Ricardo, que foi o primeiro, quando ele disse que os senhores estão
cuidando, foi o que eu entendi, de reconhecer as expertises daqueles
trabalhadores que já têm, reconhecer, vamos dizer assim, referendar.
É muito importante buscar na realidade
pessoas que já têm condições pela sua vivência de desempenhar as atividades e
trazer para dentro dessas instituições, para poder levar a essas pessoas o
reconhecimento formal da sua expertise.
Não sei se eu estou conseguindo ser
clara. Muitas vezes nós temos pessoas que sabem fazer no dia a dia, mas não são
valorizadas porque não têm o título, porque não têm o diploma, porque não têm a
formalidade, e muitas vezes precisam apenas de uma atualização.
Então o que eu venho pedir não é para
esquecer da tecnologia, da startup, da 4.0, do 5G, não. Todas essas inovações
são importantes, mas nós não podemos inovar partindo do nada, nós não podemos.
Eu sinto hoje o jovem querendo sempre o tecnológico, e ele se esquece da base.
Para ter inovação tem que ter base.
Então eu venho aqui hoje comemorar esse
aniversário tão precioso, tão querido para todos nós, cumprimentar cada um dos
senhores pela participação que têm nesta festa, mas pedir também, porque eu sei
que todos aqui estão trabalhando no dia a dia, participam da Fiesp, do Senai,
das muitas entidades, mas são também formadores de opinião, são pessoas que
podem refletir sobre o que eu estou falando e, quem sabe, propagar essa ideia
de que nós temos que inovar, temos que progredir, temos que buscar o que tem de
mais moderno sim, mas sem tirar o pé do chão, porque quando a gente tira o pé
do chão perde material humano, perde experiência, perde oportunidade para cada
cidadão e para a nossa sociedade tão carente de ver as pessoas participando
efetivamente.
Nós não queremos ter que dar bolsa, nós
não queremos ter que socorrer, muito embora muitas vezes seja necessário, nós
queremos pessoas que estejam preparadas para produzir, para alavancar este
estado e esta Nação em que eu tanto acredito.
Então eu fico, assim, muito emocionada,
eu acho que as pessoas mais sensíveis devem entender a harmonia, a boa áurea
que tem nessa cerimônia, porque eu acho que nós estamos aqui reunidos com
esperança de preparar não só os nossos jovens, os pais e as mães de famílias,
as pessoas maduras também - por que não? - a se desenvolverem, preparar essas
pessoas para ocuparem as vagas que há e para terem expertise de desenvolverem
mais espaço, não só para si, mas também para os outros.
Eu tenho insistido bastante nisso,
inclusive dentro da universidade. Quando a gente coloca a cabeça só no que está
à frente, acaba não valorizando o que está no presente, não resgatando o que
está no passado.
Então eu acho que o nosso desafio, para
o Senai dos próximos oito anos, vamos trabalhar com desafios mais próximos, é
juntar o tecnológico, a modernidade, o futuro, vamos dizer assim, com o que nós
já temos, buscar esses talentos, melhorar esses talentos, aproveitar essas
pessoas e quebrar o preconceito, o preconceito de que só tem valor quem fez o
curso universitário, o preconceito de que só tem valor quem tem pós, quem tem
mestrado, quem tem doutoramento, desconsiderando a relevância para a sociedade
dos saberes mais simples, das atividades mais simples.
De certa forma, é uma igualdade de
reconhecimento para as muitas atividades que são importantes para a nossa
sociedade. Eu quero muito poder visitar os cursos, conhecer ainda mais, porque
conheço muito como cidadã, acompanhando pessoas próximas, mas eu quero poder
participar, quem sabe, dessa maior concretude, porque eu sinto muita falta
disso, inclusive em cursos técnicos na área de serviços.
Muitas vezes a gente se perde buscando
algo que seja glamouroso, perde a oportunidade de valorizar o que está ali,
mais próximo, e ocupar, não vou falar mão de obra, o recurso humano que a gente
já tem.
Muitíssimo obrigada, Deus abençoe. Que
venham mais 80 anos de sucesso e realização. Obrigada. (Palmas.)
O SR. MESTRE
DE CERIMÔNIAS - MARCOS VINÍCIUS - Agradecemos por
suas palavras, nobre deputada Janaina Paschoal. A seguir, encerrando as
saudações pelos parlamentares aqui presentes, vamos ouvir as palavras do
deputado estadual Barros Munhoz.
O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Boa
noite a todas e a todos. O meu compromisso é só às 21 horas e 30 minutos, então
vou ter bastante tempo para falar à vontade. Eu quero saudar aqui os dirigentes
da Fiesp, do Sesi e do Senai; quero saudar o Ricardo Terra, quero saudar o
Rafael Cervone.
Quero saudar
essa moça extraordinária, que tem a puxar: Celino Cardoso, nosso inesquecível
companheiro nesta Casa, que brilhou aqui e honrou, dignificou os seus mandatos.
E tem uma filha maravilhosa; ouço falar maravilhas da sua capacidade, da sua
disposição para o trabalho.
Hoje eu constatei
que é verdade. Quero fazer uma saudação aos companheiros, também, de todos
vocês, na pessoa do meu querido amigo Sérgio Barbour e da minha querida amiga
Alexandrina.
O Sérgio é de
uma equipe de pessoas fantástica, que é o grupo do nosso querido amigo
secretário de Esportes Caio Pompeu de Toledo. Ele formou um time que só tinha
gente boa, um dos quais o Sergio Barbour, que é o diretor de relações
institucionais da Fiesp. E a Alexandrina, que foi uma das grandes juristas da
Assembleia Legislativa de São Paulo e agora presta seu trabalho lá.
Saudar o nosso
querido colega que teve a feliz iniciativa de promover essa homenagem ao Senai,
o Walter Vicioni, e também a todos os colegas que aqui se pronunciaram: o
Nascimento, o Ricardo Mellão, o Itamar Borges e essa nossa querida colega, de
uma capacidade extraordinária, de uma dedicação extraordinária, de uma
integridade extraordinária.
Outro dia, ela
estava sentada nesta mesa. Eu disse: fico feliz de vê-la sentada aqui na mesa
da Presidência, porque eu acredito, sinceramente, que um dia eu vou vê-la
sentada na cadeira de presidente da República. Janaina Paschoal.
Meu caro
presidente Josué, olha, eu tenho tanto a falar, tanta coisa para pôr para fora
num momento como este, em que está havendo esta oportunidade fantástica, pela
presença de vocês.
Mas eu vou dar
um puxão de orelha em todos os colegas que não vieram aqui hoje, porque esta
Casa devia estar com no mínimo 80 dos 94 deputados hoje, porque nós temos muito
a agradecer a vocês. O Brasil tem muito a agradecer a vocês, São Paulo tem
muito a agradecer a vocês.
Política é uma
sórdida profissão, principalmente quando é feita para enriquecimento ilícito,
satisfação de vaidade e outros sentimentos menores. Mas é a mais nobre das
artes, a arte de servir, a arte de ajudar no desenvolvimento da sua cidade, no
crescimento do seu povo, da sua gente. De lutar pelo bem-estar da sua
população. E, nesse sentido, é fundamental a integração da política com a
iniciativa privada.
Eu tive a
felicidade de... Quando comecei a faculdade de direito, há muito tempo, em
1963, eu tinha que trabalhar. E fui trabalhar na Bombril, razão pela qual eu
tenho 1.001 utilidades.
Mas lá eu
aprendi, com o Sr. Roberto Sampaio Ferreira, que era um gênio empresarial, a
trabalhar. Pena que só tenha herdado dele os defeitos, que não eram muitos, mas
eram graves.
E não herdei a
sua sagacidade, a sua competência. Bombril foi uma empresa fantástica; era a
mais líquida do Brasil. Grandes multinacionais tentaram derrubar a Bombril e
acabaram se dando mal.
E aí eu cunhei
o meu caminho, a minha trilha. Depois, acabei entrando na política, me
dedicando à política. Toda a família do meu pai foi política, desde a Espanha
até chegar aqui ao Brasil; no Paraná principalmente.
Houve uma época
em que o governador do estado, o presidente do Tribunal de Justiça e o
presidente da Assembleia Legislativa do Paraná tinham o sobrenome Munhoz. Eram
todos bisnetos de Caetano José Munhoz.
Então, eu tenho
na alma a política. E exatamente por isso, eu quero dizer o seguinte, de
coração: é duro ter dedicado 46 anos da minha vida à política, porque de 76
para cá eu dediquei 100% da minha vida à política, e viver o que nós estamos
vivendo. É uma tragédia. E não é de agora: não é o governo Bolsonaro, não é o
governo Lula, não é o governo Dilma, não é o governo Fernando Henrique. Não. É
de 60 anos para cá.
Estão aí os
dados mostrando: o Brasil é bom em tudo o que é ruim. Corrupção, o Brasil está
lá em primeiro, segundo ou terceiro lugar. Doenças graves, Brasil está lá,
último lugar. Outro dia eu li sobre renda per capita: é 100o a 84o
colocado. Acho que estava atrás da Guiné, de Gana e por aí afora.
Por que eu
estou dizendo isto numa solenidade que presta uma homenagem a uma instituição
seríssima como o Senai, comandada pelo presidente da Fiesp, coadjuvado pelo
presidente do Ciesp e todos vocês?
Por que estou
falando isto aqui agora? Porque é o desencaminhamento da atividade política que
gera isso. Poucas coisas funcionam realmente bem, como precisavam funcionar no
nosso País. Quando existe isso, há quem queira destruir. Pouca gente quer
ajudar e empurrar para frente.
Quando eu vejo
campanha para cortar os recursos do sistema “S”, eu falo: “mas que barbaridade,
meu Deus do céu”. Tanta coisa para fazer, num país onde as pessoas estão
virando maltrapilhas, num país onde dá uma tristeza imensa andar nas ruas das
principais cidades.
É triste eu
passar pela Praça da Sé hoje. Agora melhoraram o Pátio do Colégio. Mas é uma
agressão a todos nós, é uma diminuição de todos nós. E de repente querem mexer
no que está certo, no que vai bem.
Mas eu tive a
felicidade de ser escolhido pelo presidente da Petrobras, Hélio Beltrão, chefe
do escritório da Petrobras em São Paulo, o maior escritório da Petrobras no
mundo, que tem o movimento de compras da ordem de 75 bilhões de reais por ano.
Por que eu sei desse número? Porque é exatamente o orçamento de São Paulo, viu
Aline. O orçamento de São Paulo é igual ao do escritório da Petrobras em São
Paulo.
E o Beltrão me
disse: “eu escolhi você para chefe do escritório, porque você tem experiência
administrativa, empresarial e política”. E aí, quando eu fui escolhido
secretário da Agricultura de São Paulo, meu primeiro pronunciamento foi na
Fiesp.
Era o Carlos
Eduardo Moreira Ferreira. Falou: “mas o que o secretário da Agricultura veio
fazer aqui? E outra coisa: você não é agrônomo, você não é veterinário, não é
zootecnista, o que você está fazendo como secretário da Agricultura?”.
Falei: “bom, em
primeiro lugar, porque eu não gosto de falar ‘agrobusiness’, eu gosto de falar
‘agronegócio’”. Naquele tempo, quase ninguém falava “agronegócio”. Estou
falando de 1992, 1991, mais ou menos. “E mais: sem agro, não tem negócio. A
indústria se movimenta muito e, em grande parte, através da agricultura. Então,
o que nós precisamos é unir os nossos esforços. Vamos trabalhar a agricultura e
a indústria unidas”.
E foi o que
tentamos fazer. Isso me levou até a, saindo de Itapira, filho do Caetano e da
dona Vilma, chegar a ministro da Agricultura, Abastecimento e Reforma Agrária
do Brasil. Era chique. Eu descia do avião da FAB, e tinha o corneteiro lá. E eu
descia do avião, no cortejo, com a corneta do corneteiro.
Então, essa
brincadeira que eu faço é para dizer o seguinte, minha gente: vocês são a
última esperança. (Palmas.) A classe política está desesperançada, está
desacreditada.
Eu, quando
vejo, Josué, você fazer o que você fez - seguindo o exemplo do senhor seu pai,
você veio dirigir uma entidade séria e trabalhosa, abrindo mão dos seus
afazeres, dos seus compromissos profissionais, pessoais, familiares, abrindo
mão do seu tempo -, eu fortaleço um pouco a minha esperança e eu acho que tem
solução. Eu acho que nós precisamos enveredar por um caminho melhor.
Eu tenho muito
orgulho do Senai, muito orgulho do Sesi. Eu sou de Itapira - lá, sempre teve
unidade do Sesi, sempre teve unidade do Senai. Ou melhor, do Senai não; do
Senai tem em Mogi Guaçu, que é a nossa regional. Só tem um problema meu no
relacionamento com o Sesi e com o Senai - lá sempre teve Sesi também -: é
quando chega a época de arrumar vaga para o pessoal, aí eu fico louco. Todo
mundo quer estudar no Senai, todo mundo quer estudar no Senai.
Então, minha
gente, eu fui falando assim um pouco com o coração, fui desabafando um pouco,
porque é duro, não é? Você dedicar 46 anos da sua vida a uma atividade que não
deu certo.
A minha geração
falhou. A geração anterior à minha também falou, e a geração anterior à
anterior à minha também falhou. Vocês são a esperança de que as próximas
gerações não falhem.
Não há ensino
melhor no Brasil do que o ensino do Senai. Nós temos aqui o Centro Paula Souza,
em São Paulo, as Etecs e as Fatecs. A nossa rede estadual é melhor do que a de
quase todos os estados do Brasil, mas está longe, muito longe de chegar perto
de um ensino como é o do Senai.
Vamos preservar
o que é nosso, vamos preservar o que deu certo. Vamos torcer para que o deu
certo dê ainda mais certo. Vamos homenagear o Senai, dedicando a ele tudo
aquilo que nós pudermos - na política, defendendo os seus valores, o seu
caminho e os benefícios incomensuráveis que ele produz para o nosso povo e para
a nossa gente.
Parabéns,
Walter, pela homenagem justa. Parabéns, Josué. Deus ilumine o seu caminho e de
todo o nosso querido Senai. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCOS VINÍCIUS - Obrigado
ao deputado Barros Munhoz, encerrando aqui as saudações pelos parlamentares
presentes nesta sessão solene. Muito obrigado. Agradecer, também, aos que o
antecederam: Tenente Nascimento, Ricardo Mellão e Janaina Paschoal. Muito
obrigado. Também agradecer as palavras das autoridades que compõem a nossa
Mesa.
Nós
iniciaremos, agora, a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo. É a mais
alta honraria conferida pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Foi
criado em 2015 e é concedido a pessoas naturais ou jurídicas, brasileiras ou
estrangeiras, civis ou militares, que tenham atuado de maneira a contribuir
para o desenvolvimento social, cultural e econômico de nosso estado, como forma
de prestar-lhes, pública e solenemente, uma justa homenagem.
O Senai já
nasceu moderno. A instituição foi criada em 1942, pensando no futuro para o
novo momento que o Brasil iria viver: a era industrial. Naquele tempo, seus
fundadores vislumbraram que, para a industrialização do País, fazia-se
necessária a formação de pessoas. Há 80 anos, com essa missão, fundou-se o
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, a escola da indústria brasileira.
Com o passar
dos anos, novos desafios se apresentaram e o Senai, sempre com protagonismo,
reinventou-se para atender às demandas do setor industrial. Hoje, além de qualificar
pessoas, o Senai, através de pesquisadores, também atua levando inovação e
tecnologia às empresas com uma ampla rede de plataformas tecnológicas.
Os dados
atestam a qualidade das ações: 92% das empresas preferem formandos do Senai e
sete em cada dez ex-alunos de cursos técnicos estão empregados um ano após a
conclusão.
Em São Paulo,
hoje, o Senai realiza mais de um milhão de matrículas anualmente, através de 92
unidades fixas e 78 móveis. Olhando para o futuro, há certeza de que o trabalho
feito até aqui deve ser ampliado. Educação, tecnologia e inovação de alto
impacto e com olhar humanizado será sempre a marca registrada da escola da
indústria.
Por essa razão,
chamamos aqui à frente, neste momento, aquele que representa nesta noite a
instituição homenageada, Sr. Milton Gava, assessor da Diretoria Regional e
colaborador da instituição há 52 anos, para que receba o Colar de Honra ao
Mérito Legislativo do Estado de São Paulo em nome da instituição. Por
gentileza, dirija-se ao palco, Sr. Milton Gava. (Palmas.) Sendo agraciado,
neste momento, pelo nobre deputado desta Casa, Professor Walter Vicioni, com o
Colar, o Sr. Milton Gava.
*
* *
- É feita a
outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.
*
* *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCOS VINÍCIUS - Parabéns.
Neste ato, representando o nosso Senai São Paulo, na presença de todos os
colegas nesta Casa Legislativa. Parabéns, mais uma vez, ao homenageado neste
momento, Sr. Milton Gava. (Palmas.) Presidente Josué Gomes da Silva, também
conosco aqui à frente, por favor. Vamos a um registro com as autoridades que
compõem a Mesa, por favor.
Agraciado,
neste momento, com o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São
Paulo, representando o nosso Senai, Sr. Milton Gava. Mais uma vez, parabéns.
Muito obrigado.
(Palmas.) Com a palavra, neste momento, representando a instituição outorgada,
o Sr. Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp e do Conselho Regional do Senai
São Paulo. (Palmas.)
O SR. JOSUÉ GOMES DA SILVA -
Excelentíssimo deputado estadual Professor Walter Vicioni; Exma. secretária
municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Aline Cardoso; meus
colegas, Rafael Cervone, Ricardo Terra; Exmos. Deputados estaduais Barros
Munhoz, Janaina Paschoal, Ricardo Mellão, Tenente Nascimento.
Demais
deputados estaduais, presidentes de sindicatos aqui presentes, conselheiros,
diretores e colaboradores do Senai e o nosso querido Milton Gava, que recebeu,
em nome de todos os educadores e todos os colaboradores do Senai, essa
justíssima homenagem que a Assembleia Legislativa faz a essa instituição
admirável, que completa 80 anos.
Coube a um
mineiro, que já mora em São Paulo há 34 anos, como eu tenho 58, moro em São
Paulo já há 50% mais do que morei em Minas Gerais. Aliás, em Minas Gerais eu
morei até menos do que isso, porque, dos 24 anos anteriores, eu morei dois nos
Estados Unidos e 22 em Minas Gerais, mas (Inaudível.) é um mineiro, devido às
circunstâncias, estar presidindo a Fiesp e, portanto, o Conselho Regional do
Senai para receber e agradecer, em nome dessa admirável instituição, esta
homenagem justíssima que a Assembleia Legislativa de São Paulo e, portanto, que
o povo de São Paulo faz ao Senai.
Nós, mineiros,
aprendemos desde cedo que São Paulo é a locomotiva do Brasil, e esta
locomotiva, graças à pujança da indústria de transformação em São Paulo, deve
muito a essa instituição espetacular, que vem lado a lado com a
industrialização deste estado maravilhoso, que é o estado de São Paulo, o meu
estado de coração, fazendo com que a indústria cresça em São Paulo, se
modernize em São Paulo e continue gerando emprego e renda.
Na verdade, eu
tenho que ser sincero com vocês, que apesar desta força inacreditável do Senai,
dos nossos educadores super dedicados, ainda assim a indústria de transformação
tem sofrido no Brasil e em São Paulo.
Já ostentamos
mais de 25% do Produto Interno Bruto nacional e hoje temos, representamos, um
pouco mais de 11% do Produto Interno Bruto, apesar de todo esforço de uma
instituição como o Senai.
O que é preciso
fazer para reverter esse quadro - e por que precisamos reverter esse quadro -
que faz com que a indústria de transformação esteja nas últimas quatro décadas
encolhendo? E com isso também inibe o crescimento nacional.
É preciso que
se diga da importância da indústria de transformação, afinal, é ela a que
oferece, em média, os melhores salários. É ela que é a portadora de futuro
porque é a que mais inova.
É ela que tem o
maior multiplicador econômico dentre todas as atividades econômicas do País,
com mais de 2,15, contra o agronegócio - que nós todos admiramos - que
representa um multiplicador de 1,65.
Como é que
nós vamos conseguir recuperar a indústria de transformação? Só vamos conseguir
recuperar a indústria de transformação, deputado, inovando e aumentando a
produtividade. E para isto é fundamental instituições de ensino da qualidade do
Senai e, eu também não posso deixar de mencionar, do Sesi-SP.
Como o
deputado Barros Munhoz destacou, são instituições admiráveis, que merecem o
respeito de toda a sociedade. E eu falo isso tendo chegado agora na Fiesp, há
três meses.
Então, não
estou defendendo um trabalho que me cabe. Estou defendendo todos os meus
antecessores, que construíram essa instituição admirável. A começar pelo nosso
querido deputado Walter Vicioni, que é há 48 anos uma pessoa que se dedica ao
Senai de São Paulo e a quem nós devemos muito e temos muito a que agradecer.
Mas, como a
deputada Janaina nos desafiou, e ela tem razão, é preciso nós fazermos mais. É
preciso educarmos ainda mais do que o um milhão de alunos, entre cursos de
curta duração e longa duração, que o Senai se dedica.
É preciso
educarmos mais do que os 97 mil alunos que o Sesi, hoje, deputada, forma entre
os cursos de Ensino Fundamental I, Fundamental II e Ensino Médio.
Por maior que
seja a nossa organização, é preciso estar de mãos dadas com a educação pública
do nosso País para podermos, aí sim, atingirmos milhões e milhões de jovens e
crianças. (Palmas.)
Só em São
Paulo são mais - ou cerca de - seis milhões de alunos no ensino público do
estado. E como que nossas organizações podem ajudar? Podem ajudar com didática.
Podem ajudar
com laboratórios, especialmente agora que o Ensino Médio, a reforma do Ensino
Médio entrou em vigor. E nós temos que valorizar o itinerário
técnico-profissionalizante, o itinerário vocacional.
E o Senai tem
amplas condições de ajudar as escolas estaduais a darem aos seus alunos a
capacidade de formação no ensino técnico-profissionalizante independente de
depois eles escolherem uma carreira superior.
É preciso que
os Sesi estejam de mãos dadas com todas as escolas públicas municipais, e
algumas estaduais, no Ensino Fundamental I e no Fundamental II. E é por isso
mesmo que eu gostaria muito de continuar contando com o apoio da Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo.
Desta Casa,
que é a mais importante das casas legislativas do Brasil, numa parceria, numa
parceria apartidária, que nós estaremos propondo ao governo do nosso estado, a
todas as prefeituras do nosso estado, em prol da melhoria da qualidade da
educação pública de São Paulo.
Para que nós
possamos levar não só aos um milhão de alunos que o Senai forma, que são
privilegiados - a gente reconhece - aos 97 mil alunos do Sesi, mas a todos os
seis milhões de alunos do estado de São Paulo, das escolas públicas,
especialmente nesse período do pós-pandemia que, infelizmente, fez com que, por
dois anos, nossas crianças estivessem afastadas das escolas.
De maneira
que eu tenho absoluta segurança que o Sesi e o Senai de São Paulo poderão
contar com o apoio desta Casa Legislativa nessa parceria para que a gente tenha
uma meta.
Que pode
parecer uma meta simples, mas para todos os educadores com quem a gente
conversa, é uma meta audaciosa. Para nós conquistarmos, entre cinco e dez anos,
indicadores de qualidade do ensino público de São Paulo superiores ao do Chile,
que hoje ostenta os melhores indicadores na América Latina.
Esse é o
desafio, deputada Janaina, que nós estamos nos colocando. E é esse desafio que
eu gostaria de contar com a parceria desta nobre Casa Legislativa para que a
gente possa alcançar.
Levar a
qualidade do Sesi do Senai, educação de qualidade, educação que garante
empregabilidade, que garante condições de trabalho a todos os alunos que saem
dali formados.
Aqueles casos
- aquele caso - bonito, emocionante contado pelo deputado Nascimento, Tenente
Nascimento, é o que acontece com todas as famílias que conseguem colocar os
seus alunos no Sesi ou no Senai. Eu recebo vídeos de crianças emocionadas
quando conseguem ser admitidas nos cursos do Sesi e do Senai.
E eu acho que
a gente tem que conseguir fazer com que todo o ensino público de São Paulo - e,
aí sim, não vamos ter mais problema de vagas, sem que pessoas capacitadas
possam ocupá-las - transformar todo o ensino público de São Paulo na mesma
qualidade que o Sesi e Senai podem oferecer. E eu tenho absoluta segurança que
nós poderemos contar com o apoio dessa nobre Casa.
Para
concluir, eu digo que essa homenagem que o Professor Walter nos faz, na verdade
nós é que deveríamos fazer a ele. O Senai deve muito a este… (Palmas.) a este
brasileiro, a este paulista, que me contou a sua história.
Desde quando
morava próximo de uma linha de ferro e, a partir dali, se entusiasmou com a
escola do Senai, entrou no curso do Senai, se formou na escola do Senai. E dali
passou a ser, depois, um professor - pela sua vocação humanitária - e chegou a
ser o nosso diretor-geral do Sesi e do Senai durante décadas.
Portanto, o
sucesso do Sesi e do Senai São Paulo deve muito a esse nobre deputado que hoje
nos faz essa homenagem singela. Mas ele merece grande parte dessa homenagem.
Muito
obrigado, Professor! (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - MARCOS VINÍCIUS - Agradecemos
ao presidente da nossa Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - Fiesp,
Josué Gomes da Silva, e a seguir ouviremos palavras, encerrando essa
sessão solene, do deputado estadual Professor Walter Vicioni.
Por favor.
O
SR. PRESIDENTE - PROFESSOR WALTER VICIONI - MDB - Cumprimento o Dr. Josué Gomes da
Silva, presidente da Fiesp, presidente do Conselho Regional do Senai e do Sesi
e vice-presidente também do Ciesp.
Quero
cumprimentar Rafael Cervone, presidente do Ciesp - Centro das Indústrias do
Estado de São Paulo, a quem eu quero cumprimentar hoje, pela data de hoje, 28
de março, o Ciesp completa 94 anos de existência. (Palmas.)
Eu li hoje o
seu artigo no jornal “Folha de São Paulo”. Por isso que eu estou lembrado
disso. E fico muito feliz. O Ciesp é o braço direito, é o braço, digamos, civil
da indústria brasileira. Nosso braço civil.
Queria
cumprimentar o nosso deputado Barros Munhoz; a deputada Janaina Paschoal;
Ricardo Mellão, que esteve conosco; Tenente Nascimento, que também esteve
conosco; deputado Itamar Borges, também esteve conosco.
Eu ia pedir
ao deputado Barros Munhoz que, no lugar de puxar a orelha dos deputados que não
vieram, que o senhor também puxasse daqueles que vieram e já foram. Isso.
Queria cumprimentar Aline Cardoso,
secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, do Trabalho e Turismo,
representando o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes; um cumprimento especial
ao meu amigo, e hoje diretor do Senai, Ricardo Terra; Milton Gava, com quem eu
tenho a honra de ter trabalhado em 1970, lá em Santo André.
Embora eu tenha começado em Campinas,
um dia eu precisei fazer um estágio lá em Santo André e foi com o Gava, foi com
Milton Gava, meu grande amigo. Aliás, o filho do Gava estudou no Senai, e eu
sempre valorizei muito as pessoas que têm essa ousadia de colocar o filho na própria
instituição.
É porque, de fato, acredita que essa é
a instituição verdadeira. É uma decisão de pai, da família, e isso é muito
importante. No Sesi acontece isso, em todos os lugares. A minha neta nasceu
agora, dia 25 de março, a Cecília. Nasceu holandesa, lamentavelmente, mas vai
voltar para o Brasil, espero.
Queria cumprimentar o presidente de
sindicatos, conselheiros, diretores e colaboradores do Senai, meus amigos, sem
os quais, sem vocês eu não estaria aqui. E eu acredito, presidente Josué, que o
que o Senai tem de bom, o que faz essa coisa do Senai é o seu quadro, são os
instrutores do Senai, essas pessoas que têm na alma a arte do ofício, mesmo das
corporações, é isso.
Parabéns para vocês que estão aqui, os
nossos diretores e tal. Também queria cumprimentar o nosso superintendente do
Sesi, Alexandre Pflug, que aqui está prestigiando essa festa do Senai.
Sr. Presidente, Josué Gomes da Silva,
presidente da Fiesp, dos conselhos regionais Sesi/Senai, eu quero desde logo
não só cumprimentá-lo em nome de todos os deputados estaduais da maior
Assembleia Legislativa do Brasil, mas colocar em relevo neste ato de outorga do
Colar de Honra de Mérito Legislativo pelos 80 anos do serviço nacional de
aprendizagem industrial, dizer e reafirmar que o senhor nos dá a primeira
lição.
O verdadeiro sábio é humilde, e o nosso
presidente, ao escolher o funcionário em exercício mais antigo da casa,
professor Milton Gava, para receber essa honraria em nome do Senai fica claro e
deixa claro para todos nós a valorização do seu quadro social, constituído por
pessoas que fazem o fazer do Senai. Muito obrigado.
Agindo assim com tamanha simplicidade,
concluo que o nosso presidente assume as suas responsabilidades na Fiesp, nos
conselhos da casa sem arrogância, sem prepotência ou soberba.
Hoje e sempre, o senhor nos coloca no
mesmo nível de dignidade, de cordialidade, respeito, simplicidade e
honestidade, e isso, presidente, é característica única das pessoas que têm
brilho próprio. O senhor tem o seu próprio brilho para ser o que queremos que
seja, e o que o senhor disse aqui, contribuir para que o Brasil possa ter uma
educação de qualidade para todos.
Já dizia Paideia, lá de trás, que a
melhor educação para os melhores é a educação para todos. É isso. E Montesquieu
também dizia que um regime republicano só é possível com uma escola
republicana, ou seja, uma escola boa para todos.
Então é por isso que nós do Sesi e do
Senai queremos que o senhor seja o fazedor do amanhã. Nós temos plena confiança
de que o senhor tem todas as condições para fazer o amanhã do estado de São
Paulo e do Brasil por meio dessas entidades do Sesi e do Senai.
Em outubro de 1827, o baiano Antônio
Ferreira França, deputado do Império, em defesa de uma formação de caráter
prático/profissional, afirmava: “Não quero que o mestre ensine ou aponte o que
é uma linha.
Quero que tome o compasso, descreva um
triângulo sobre a linha; isso não é nada, e é a coisa mais fácil possível.
Quero que mostre, quero que o mestre prove o que ensina, que os meninos
aprendam como um carpinteiro ou um pedreiro”.
Expresso essa fala do deputado baiano
do Império, a valorização e o reconhecimento do aprender fazendo, uma marca que
dentre outras irá caracterizar o Senai desde o seu nascimento, em 1942, 22 de
janeiro. E São Paulo foi o seu berço, visto que suas atividades primeiras
começaram neste estado.
Raras as instituições que sobrevivem
para comemorar 80 anos de existência, raríssimas, e o Senai, junto com o seu
irmão mais novo, o Sesi, que comemorará 76 anos no corrente ano, esperamos
fazer o dos 80 do Sesi também, foram instituições, entidades feitas para durar,
e vão durar certamente.
Fruto da visão do empresariado
brasileiro e paulista, homens que, tendo uma ideia, ousaram empreendê-la,
idealizando uma arquitetura legal e muito original expressa no seu regimento,
propicia a base institucional flexível para que, ao longo do tempo, o Senai e o
Sesi possam responder adequadamente as demandas da indústria e da sociedade
brasileira a cada nova etapa do contexto e do desenvolvimento nacional.
Há quem já tenha dito que o Sesi e o
Senai constituem a cooperativa educacional da indústria. Há quem diga que são
concretizações da própria responsabilidade social da indústria, e há os que
afirmam que a idealização e a concretização dessas instituições estão longe de
terem sido atos de precipitação.
Ao contrário, foram as resultantes de
uma longa sucessão de eventos, que teve início com a necessidade concreta de
preparação de mão de obra, de recursos humanos, e que acreditava que não são
recursos humanos; é que os humanos têm recurso, que as pessoas têm recurso. E,
acreditando nisso, nasceu para qualificar para o setor industrial, e que baseou
o seu trabalho metodológico e sofisticado e encontrou dentro da própria
indústria a fórmula institucional que lhe garantia financiamento, objetividade
e flexibilidade.
Com efeito, o Senai não nasceu para
manter escolas, o seu regimento não traz isso. Isso eu acho que é uma coisa
maravilhosa. O Senai nasceu para manter curso de aprendizagem industrial, e de
forma tão flexível que poderia, presidente, enquanto local, poderia desenvolver
esses cursos, e na escola, na empresa, ou em formas mistas.
Nós começamos com os chamados cursos
sanduíches, em que o nosso aluno ficava seis meses na empresa e seis meses no
Senai, em forma alternada. Temos as unidades móveis que podem ir a essas
cidadezinhas pequenas, visitadas pela nossa nobre deputada Janaina, levar a
escola móvel para formação nos lugares onde há necessidade.
Eu chamo a atenção para essa
flexibilidade do Senai, e era, para a época, uma coisa extraordinária. Nós
estamos falando de 42. O regimento nosso, o primeiro regimento, porque depois
vieram outros, mostrava uma visão também futurística que o comprometia com o
princípio da educação permanente.
Está no nosso primeiro regimento isso,
que incluía nos seus objetivos e usava a expressão formação continuada para os
trabalhadores da indústria. Isso em 1942, janeiro de 1942. E a expressão era
formação continuada. Hoje a gente fala muito em formação continuada.
Lamentavelmente, depois outros vieram,
continua o objetivo de assegurar a formação para os trabalhadores que estão na
indústria, mas a expressão formação continuada aqui era tão inovadora para a
época, nunca usaram, estava no nosso regimento.
Somente na década de 70, eu quero
lembrar isso, eu acho que vocês se lembram que a Unesco organizou uma comissão
que foi presidida pelo Edgar Faure. Ela foi encarregada, essa comissão da
Unesco, de definir rumos a seguir pela Educação, e apresentava o relatório que
chamava “Aprender a ser” - o último relatório é “Um tesouro a descobrir”, mas
esse, de 70, era “Aprender a ser” -, enfatizando a Educação como um processo
contínuo de mudança, que leva em conta as condições necessárias de ser no
mundo.
Ele tinha esse
objetivo, e o Senai já estava em 42, antecipava em 30 anos essa ideia de uma
Educação, de que não existe uma escola única e para sempre. É preciso promover
repetidas voltas à escola, e o Senai desenvolveu, desde então, também, uma
coisa que eu quero chamar atenção para isso. O que eu já nomeei... Eu tenho
mania de dar nome nas coisas, e aí eu nomeei esse “core business” do Senai de
engenharia pedagógica.
Mas o que
pedagogia tem a ver com engenharia? Mas o Senai desenvolveu a capacidade de
transformar uma demanda que lhe é dirigida em objetivos de ensino e desenvolver
ações de formação profissional.
Isso é o que
nós sabemos fazer e fazemos muito bem, seja por longo período, cursos de longa
duração, seja de curta duração. Ou seja, nós, do Senai - me permita falar “nós”
- somos engenheiros pedagógicos. Nós somos capazes de organizar o que hoje se
chama de formação sob medida.
É isso. Está
nesta Casa. São valores que nós nunca podemos perder. O regimento ainda afirma,
isso em 42, quando o Brasil começava a dar os primeiros passos na
industrialização, e quando as pessoas que vinham, vinham do campo para estudar
no Senai.
Nós
desenvolvemos lá uma grande metodologia, aprender fazendo, e tudo isso, mas o
Senai, estava no seu objetivo a cooperação com o desenvolvimento industrial,
por meio de ações no âmbito da inovação e da tecnologia. Estava lá em 42,
gente.
Então, eu quero
dizer o seguinte, que o Senai, valendo-se dessa maleável estrutura legal,
também atuando para desenvolvimento industrial, inovação e tecnologia, ele
precisa também, e o nosso presidente falou isso com muita assertividade, ele
precisa também subir o morro.
Quem me dizia
isso era um outro mineiro, chamado Claudio Moura Castro. O Claudio Moura
Castro, quando assumiu o Senai, bateu nas minhas costas e falou: “Walter,
precisa subir o morro”, no significado de que a gente precisa atender outras
populações, que estão no morro.
Portanto, estão
no que a gente chama de comunidade, ou nas favelas etc., e eu tenho certeza que
o nosso presidente, fazedor do amanhã que é, vai levar em conta essa grande
tarefa de levar o Senai onde for necessário.
Então, o Senai,
outro destaque, está situado entre o poder público, que o criou e fiscaliza,
porque nós fomos criados por um decreto lei, e as entidades representativas das
indústrias que o administram.
O poder público
criou, mas quem administra é a indústria. Então, o Senai se constitui
legalmente como uma entidade jurídica de direito privado, mas que cumpre uma
expressiva e significativa finalidade pública, e dela não pode se afastar.
Temos que
continuar, e o nosso presidente acaba de dar uma grande meta para todos nós,
que é, exatamente, colaborar com a Educação brasileira, que, para mim,
presidente Josué, não está mais em crise, ela está morrendo. Já não é crise.
Eu perdi a
palavra aqui, talvez seja por causa da idade. Até o final, quem sabe eu lembro.
Ela está em decadência, lembrei. Se a gente olhar hoje para a Educação
brasileira, os resultados que em pouco tempo São Paulo mostrou, ela está em
decadência, e a Educação brasileira não pode ser objeto de resposta política.
Eu sempre digo
isso. Ela tem que ser resultado de uma vontade política. A resposta política se
liga a governo, enquanto que a Educação, um país precisa ser transformado pela
Educação, e é por meio dela, tem que ser por uma vontade política, que liga não
ao governo, liga a estado, a formação do Brasil. Então, nós não podemos ficar
dando resposta política, como foi dada: “faz isso, faz aquilo”.
O Ensino Médio,
eu gosto da legislação que trata do Ensino Médio, é muito boa, mas foi uma
resposta política. Não vai acontecer nada. É uma oportunidade para o Senai, mas
está muito difícil que ela venha a acontecer, porque não é uma vontade.
Eu acho que a
Educação MEC no Brasil ou fecha ou muda de finalidade, e o MEC e a Educação
para mim são tão importantes, presidente Josué, que ela deveria ter a autonomia
do Banco Central. Você entende?
Enfim, temos
essa possibilidade de continuar com política pública. Por isso que eu acho que
ela tem que ser um órgão de estado, e não de governo. Fugi aqui do meu... Eu
queria também chamar atenção para um fato muito importante, que marca os
valores do Senai.
Incontestavelmente
formando o trabalhador, o Senai forma para o exercício da cidadania, conferindo
aos indivíduos a identidade social para que, por meio do trabalho, possam
contribuir para o desenvolvimento da nação e usufruir os direitos de cidadãos
plenos.
Eu me lembro,
assistindo ao filme Central do Brasil, percebe-se, lá no fundo da alma do
brasileiro, o valor que ele dá à profissão. O menino - seu xará, Josué - na
obstinada procura pelo pai, falava com orgulho que seu pai fazia telhado, casa,
escada, cadeira, mesa, cama, e dizia “meu pai é carpinteiro”, e insiste em
dizer que o pai dele era carpinteiro.
Reveja o filme e preste atenção nesse momento.
Isso mostra a importância que o brasileiro dá à profissão. O orgulho
profissional é expresso nessa identidade social, então o Senai confere aos
indivíduos uma identidade profissional como identidade social: “eu sou
ferramenteiro”, “eu sou instrutor”, “eu sou marceneiro”, “eu sou pedreiro”.
Gente, é
impagável um negócio desse tipo. É uma maravilha, e tem gente que quer acabar
com ela, que quer acabar com as instituições, retirando recursos daqui, e tal.
Então, essas pessoas não sabem o que o Brasil precisa.
Eu até escrevi
uma carta, não faz muito tempo, para o ministro da Economia, dizendo para ele
lá, até olhei... Foi um tema assim, alguém, uma vez, disse assim: “Não sei o
que, é a economia”. Eu disse: “Ô ministro, é o Senai, é a formação
profissional”. Porque é inacreditável esse tipo de coisa.
Então, além da
identidade social e profissional, eu preciso destacar a construção também do
etos profissional, por meio da criação de uma cultura singular, que incentiva a
valorização do trabalho bem feito, o amor ao trabalho, e a reprodução desses
valores nas gerações sucessivas, e isso tudo constitui a base da formação dos
nossos docentes. Para nós, presidente, quase certo é errado. E não é isso
mesmo? Tenho certeza absoluta.
Eu, por
exemplo, tenho uma casa em um condomínio. Tive um problema de telefonia, na
época era Telesp, chamei a assistência deles, e o menino que foi lá, o rapaz
disse, depois que olhou tudo: “O problema é do poste para dentro. Então não é
mais com a Telesp, é com você”. E eu falei: “Poxa, como é que eu vou fazer
isso? É uma casa de fim de semana. Como é que eu faço tal?”.
Ele falou: “Eu
posso fazer no meu dia de folga”. Então, eu chamei que ele fosse no dia de
folga. A fiação saía do poste e ia para o poste de entrada da minha casa. Quer
era um pouco mais baixo que a casa, e era tudo subterrâneo.
Ele foi lá, no
dia, tentou passar o fio não conseguia, insistia, não conseguia, e eu, já
exasperado, disse para ele: “Olha, vai por cima, puxa o fio aqui, vai na casa,
entra pelo telhado e tal. Isso não dá certo?”.
Ele falou: “Dá
certo, mas é feio. Eu não faço isso”. E não fez. Fui obrigado a pedir a ele:
“Vamos fazer então como deve ser feito”, mas perguntei para ele: “Onde você
estudou?”. Ele me falou: “Estudei no Senai de Ribeirão Preto. Fiz eletricidade
no Senai de Ribeirão Preto”. E ele, por acaso, é primo do Valdeir, do nosso
coordenador. Eu não sabia nada disso.
Também quanto ao próprio Steve Jobs,
criador da Apple...
A
SRA. - Ele fez Senai também?
O
SR. PRESIDENTE - PROFESSOR WALTER VICIONI - MDB -
Não, não fez, mas o pai dele deve ter feito, porque o Steve Jobs conta na sua
biografia que o pai estava fazendo um armário de garagem.
O pai tinha essa habilidade, estava
fazendo um armário e dando um capricho fora de série no armário. Ele falou:
“Mas, pai, essa parte vai ficar virada para a parede”. E o pai respondeu: “Mas
eu sei se ela está feia ou bonita”.
É isso que o Senai faz. Os valores,
esses fatos, como esse do Steve Jobs, como desse menino e tantos outros que a
gente não chega nem a saber, em termos de valores, ressaltam a
responsabilidade, ressaltam o compromisso com aquilo que se faz. Não basta
fazer bem feito, fazer com diligência. É preciso buscar o belo, fazer bonito.
Em última análise, no Senai se tem compromisso com a ética e com a estética.
Senhores e senhoras, meus colegas da
Assembleia, fazer história como estamos fazendo aqui hoje, nesses 80 anos de
Senai, é, de alguma forma, corroborar uma verdade consabida.
O que hoje é de certo modo, ontem foi
de modo diferente. E o novo não deve aspirar à permanência, mas fazer-se germe
do futuro. Então, passado, presente e futuro se sucedem. Não deixam de
vincular-se, de interdepender-se. O que eu quero dizer é que tradição e
progresso não são inimigas e no Senai não podem ser.
Então, nascido o Senai, empresários e
dirigentes até iluminados - eu acredito que iluminados por Deus - educaram o
Senai, no bom sentido etimológico da palavra, no sentido de prepará-lo para
crescer e aperfeiçoar. E servir. Nós somos um serviço.
Aperfeiçoar-se é tender ao melhor e,
portanto, fazer diferente sem deixar de ser o que era. Manter as tradições. Por
isso o Senai atual continua sendo o Senai, como o Ricardo disse, do Roberto
Mange, fiel aos propósitos do fundador e à missão que a indústria lhe confiou
de servi-la, servindo de instrumento de Educação e aperfeiçoamento do
trabalhador brasileiro. E isso é observar a tradição.
E também o Senai procura novos meios
para atender reclamos de renovação tecnológica da indústria e isso é curvar-se
ao progresso. Pena que a Janaina não está aí, porque não é só as coisas para
ela, nós convivemos tradição com modernidade.
Então, sob a inspiração permanente
daqueles que construíram o seu fazer, o Senai se renova, perseverando, fiel aos
princípios que fundamentaram sua criação e suas ações inovadoras alicerçadas em
valores duradouros.
Para terminar, presidente, eu queria
usar as palavras do Paulo Ernesto Tolle. Ele não sucedeu o Roberto Mange, mas,
quando o fez, o fez com uma galhardia extrema, tanto que essa escola que o
Terra disse que eu ajudei a montar com os suíços, com a Swisscontact, uma
escola Senai de mecânica de precisão, a gente foi mais ou menos como a Embraer,
não é?
A Embraer, a tentativa de fabricar
avião no Brasil quando o Brasil não fabricava nem bicicleta. Era uma ousadia.
Então, nós aqui montamos uma escola de mecânica fina, de mecânica de precisão,
quando a gente ainda não tinha essa fabricação de instrumentos, essas coisas
todas que o nosso presidente quer retomar com a indústria de transformação,
incentivando, e com mão de obra de qualidade.
E o pessoal me dizia: “Por que mecânica
de precisão? Qual a diferença da mecânica de precisão da outra mecânica?
Afinal, tudo se mede com paquímetro, a questão de uma medida de precisão...”.
E a resposta dos suíços, que eu aprendi
com eles, era: “Não, mecânica de precisão é estado de espírito”. Foi lá que eu
ouvi essa expressão “Almost right is wrong”. “Quase certo é errado”.
Então, é fazer bem feito. Isso que é
mecânica de precisão, porque o relógio tem menos precisão do que o eixo de um
caminhão, mas o conjunto do relógio é mais preciso que o conjunto de marcha, de
troca de... Então, é estado de espírito, é fazer bem. O Senai sabe isso. O
Senai é mecânica de precisão, é mecânica fina.
Aí eu queria falar sobre o Paulo Tolle,
que foi uma pessoa que ficou 20 anos na administração do Senai, fez muita coisa
e ele dizia o seguinte, presidente Josué:
“Reconhecemos no Senai que a Educação
não é panaceia para os males que crescentemente abalam a estrutura da sociedade
brasileira. Sabemos que a escola, no torvelino das mudanças sociais a que não
pode ser infensa, não está imune às agitações extraclasse e às discussões de
todos os matizes sobre o trabalho do homem em uma civilização técnica.
Nesse contexto amplo, sem fugir à reflexão
sobre os problemas e as opções propostas a sua solução, a presença do Senai se
nota não pela oratória vazia, mas pela construção sem alarde.
Constrói o Senai educando para o
trabalho. Este, por sua vez, considerado meio de construção da sociedade humana.
É pelo trabalho. Educa procurando estimular o aluno à curiosidade que leva à
vontade de aprender e à posição de compreender.
O aprendizado há de ser contínuo para
permitir a adaptação às mutáveis condições do mercado de trabalho. Assim, bem
servindo ao educando, está o Senai bem servindo à indústria e à sociedade, que
não ignora ser a Educação um dos fatores preponderantes do equilíbrio social e
do crescimento do país.”
Então, Sr. Presidente, é com muito
orgulho que fiz essa proposição para a entidade Senai e, como o senhor bem
disse, é o reconhecimento da sociedade paulista e brasileira.
Muito obrigado por ter aceitado esse
convite. Nós esperamos realmente que o senhor nos ajude a construir no estado
de São Paulo e no Brasil o amanhã, porque temos direito de ser felizes,
acreditando que a melhor educação para alguns é a melhor educação para todos.
Eu tenho certeza de que o Senai e o Sesi, na sua gestão, farão grande
diferença.
O mestre de cerimônias iria anunciar
que eu deveria encerrar a reunião.
Então, meus amigos, muito obrigado.
Estou muito feliz de ter encontrado
vocês e quero dizer que, esgotado o objeto da presente sessão, eu agradeço às
autoridades, a minha equipe, aos funcionários do serviço de Som, de
Taquigrafia, da fotografia, do serviço de Atas, do Cerimonial, da Secretaria
Geral Parlamentar, da Imprensa da Casa, da TV Alesp e das assessorias Policiais
Militar e Civil, bem como a todos que, com as suas presenças, colaboraram para
o pleno êxito dessa entidade.
Está encerrada esta solenidade. Vai ter
um café, um coquetel para os que quiserem.
Muito obrigado, presidente. (Palmas.)
* * *
- Encerra-se a sessão às 20 horas e 31 minutos.
* * *