4 DE ABRIL DE 2022
14ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA e JANAINA PASCHOAL
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência.
3 - CORONEL TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
5 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - JANAINA PASCHOAL
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
9 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Anota o pedido.
10 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Defere o pedido da deputada Janaina Paschoal. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária de 05/04, à hora regimental, com Ordem do
Dia. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos.
Esta Presidência dispensa a leitura da
Ata da sessão anterior e recebe o expediente na data de hoje, segunda-feira,
dia 4 de abril de 2022. Vamos começar, portanto, o Pequeno Expediente com os
seguintes oradores inscritos.
Eu vou pedir para a deputada já me
render para que eu possa fazer uso da palavra, porque eu sou o primeiro a fazer
uso da palavra; eu vou falar duas vezes. O primeiro deputado é o deputado Paulo
Fiorilo. (Pausa.)
Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado
Castello Branco. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) E eu solicito
que a Sra. Deputada Janaina Paschoal assuma a Presidência dos trabalhos para
que eu faça uso da palavra.
*
* *
- Assume a Presidência a Sra. Janaina
Paschoal.
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Honrosamente
assumo aqui a Presidência dos trabalhos, chamando à tribuna o nobre deputado
Coronel Telhada, que terá o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sra. Deputada. Hoje, segunda-feira, dia 4 de
abril de 2022, eu quero iniciar aqui a minha fala.
Antes de tudo,
estamos no Parlamento paulista, eu não posso deixar de cumprimentar aqui os
palmeirenses pela vitória ontem no jogo contra o São Paulo. Eu quero deixar bem
claro que eu sou são-paulino, então, não foi um resultado muito satisfatório
para nós, mas com certeza foi um belo resultado para o Palmeiras. Parabéns a
todos aí. O que vale é o esporte, o que vale é a disputa. Parabéns para o time
campeão.
Pois bem, hoje,
segunda-feira, eu já estive, iniciando o dia aí, já apoiando, já participando
do evento com o nosso pré-candidato a governador, Tarcísio de Freitas. Nós
estivemos aqui no Tatuapé, na sede da Igreja Assembleia de Deus, Ministério do
Belém, onde eu fui recebido lá pelo querido amigo, pastor José Wellington, a
quem eu quero mandar um abraço.
Pastor José
Wellington, uma grande figura dos evangélicos brasileiros, me recebeu junto com
a sua filha, nossa querida amiga aqui também, a deputada Marta Costa, mais o
deputado federal Paulo Freire também.
Estivemos todos
juntos lá com o nosso querido amigo, pré-candidato a governador de São Paulo, o
Tarcísio de Freitas, o qual nós estamos acompanhando e vamos apoiar na sua
campanha - quando vai começar agora para valer, no meio do ano - para
governador do estado de São Paulo.
Nós precisamos
mudar a triste realidade do estado, precisamos de uma pessoa competente,
honesta e que não seja comprometida com nenhum lado aí, para que possa fazer um
excelente governo em nosso estado.
Parabéns à
deputada Marta Costa, ao nosso sempre pastor José Wellington, presidente da
Assembleia de Deus, e a todos os queridos amigos que nos receberam muito bem
lá, com muito carinho, na Assembleia de Deus ali no bairro do Tatuapé. Muito
obrigado a todos.
Venho aqui com
tristeza a lamentar a morte de mais um herói brasileiro, mais um herói febiano,
mais um dos nossos guerreiros que, em 44 e 45, estiveram na Itália lutando
contra as forças do nazifascismo.
Faleceu, neste
final de semana, o ex-combatente Ernesto de Lorenzi Canevi, veterano da Segunda
Guerra Mundial. Ele pertencia à nossa Artilharia e quem informou a morte dele
foi o comandante do 28º Grupo de Artilharia de Campanha. Faleceu no dia 2 de
abril de 2022, no último sábado - aliás, o dia do aniversário... Quando a minha
mãe completou 81 anos.
Então, nossos
sentimentos à família do veterano Ernesto de Lorenzi Canevi, que nasceu em
1921, portanto, estaria praticamente quase completando 101 anos de vida. Mais
um dos nossos heróis que nos deixam, e eu quero sempre lembrar aqui a todos que
os meus heróis não morreram de overdose.
Sexta-feira nós
não tivemos o plenário aqui, porque faltaram assinaturas dos deputados. Eu fui
um dos que faltaram, porque, eu já havia comunicado, estaria em Sorocaba, em
missões no interior de São Paulo.
Uma pena não
ter tido quórum para que houvesse a sessão. Mas eu aqui também quero trazer a
satisfação de todos aqui que nós tivemos na última sexta-feira, dia 1º de abril
- e, por ser 1º de abril, não é mentira, é verdade.
Nós estivemos
participando lá com os veteranos da Polícia Militar, logo cedo, de uma reunião
a respeito das nossas associações de saúde, as nossas APAS. Eu participei da
37ª Endapas - Encontro Anual das Associações Policiais de Assistência à Saúde,
a convite do meu querido amigo coronel Silvério, também de outros oficiais que
estavam lá comandando a reunião. Nós estivemos lá com outros deputados, foi
muito bom estar com os veteranos da Polícia Militar lá na cidade de Sorocaba.
Em seguida, nós
nos deslocamos até a sede do Comando de Policiamento do Interior 7, lá em
Sorocaba também, onde participamos de solenidade em homenagem a veteranos da
Polícia Militar e a policiais militares que se destacaram.
Nesta foto, eu
estou com a família do subtenente Amaral, que foi condecorado com a Láurea de
Mérito Pessoal em 1º grau, que está aí no peito dele, junto com a sua família. Quero
parabenizar todos aí que participaram da sessão, em especial o coronel Simeira,
comandante do CPI-7, que está realizando um ótimo serviço.
E mandar um
abraço a todos os amigos de Sorocaba, em especial ao nosso amigo Décio
Clementino, radialista lá em Sorocaba, que está sempre prestigiando a Polícia
Militar nos seus programas de rádio de madrugada. Todo dia ele começa por volta
de quatro horas da manhã e às sextas sempre faz uma homenagem à nossa querida
Polícia Militar.
Saindo do
CPI-7, nós nos deslocamos até o BOS, o Banco de Olhos de Sorocaba, Hospital de
Olhos de Sorocaba, para onde nós estamos mandando também emenda parlamentar.
Fui conhecer um trabalho maravilhoso que o Banco de Olhos de Sorocaba realiza.
Estivemos lá
com o amigo Edil de Souza, que é superintendente do Banco de Olhos de Sorocaba,
que nos explicou o trabalho. São várias operações feitas anualmente.
Concito os
amigos deputados que não conhecem esse belo trabalho feito pelo Banco de Olhos
que conheçam o Banco de Olhos de Sorocaba e contribuam também com as suas
emendas parlamentares para cuidar daquele hospital que trabalha com
praticamente, salvo engano, 48 municípios da região, um trabalho excelente.
Sra.
Presidente, eu vou continuar. Estamos só nós dois aqui, então acho que nós
estamos com tempo hábil hoje.
Eu queria aqui
dizer de uma matéria que está rolando hoje na rede social dizendo o seguinte -
ponha a matéria, por favor -, “Doria apela: ‘Para derrotar Bolsonaro, eu sento
até com Lula’”. Eu levantei essa matéria, essa matéria não é propriamente de
hoje, salvo engano, o meu assessor de imprensa, o Davi, me falou que essa
matéria é de um ano atrás, quando um deputado fez essa declaração, dizendo que
o Doria havia dito isso.
Não me causa
estranheza, eu não esperava outra atitude do cidadão que, graças a Deus,
louvado seja Deus, deixou o governo de São Paulo. Quero aqui felicitar o nosso
novo governador, o Rodrigo, para que ele tenha um ótimo governo, que pelo menos
tente resgatar o estado de São Paulo da desgraça em que o governador Doria,
ex-governador, graças a Deus, deixou no estado de São Paulo.
Se Deus quiser,
esse cara não vai ser eleito para síndico de prédio, nem para ser chefe de
turma serviria, em um quartel da Polícia Militar, quanto mais para ser
governador. Se Deus quiser nós não teremos mais esse cidadão na vida pública
brasileira. Espero que seja extirpado.
Então quero
desejar aqui ao nosso governador Rodrigo sucesso na missão. Eu sou do tipo que
torço para o governo dar certo. Não é porque eu não apoio o governador, porque
não é do meu partido, que eu vou torcer para o governo dar errado, ao
contrário, nós queremos um governador que trabalhe pela população de São Paulo
e faça com que o estado de São Paulo sempre se desenvolva mais e possa trazer
benefícios para todos os cidadãos.
Então o Doria
se juntar ao Lula, que ele criticou tanto, para mim não é novidade, para mim
vai ser uma coisa normal, porque isso é bem do caráter dele mesmo. Aliás, ele
mentiu até o último dia.
Quinta-feira
passada todo mundo o viu mentindo para a imprensa, o viu mentindo para todo
mundo que ele não ia sair do cargo, que ele ia ficar. Mais uma mentira, como eu
disse aqui nesta tribuna, mais uma mentira desse governador que foi uma mentira
eterna durante o Governo do Estado de São Paulo.
Quero concitar
o governador Rodrigo, que ele abra os olhos para a Segurança Pública. A Segurança
Pública no estado de São Paulo está uma desgraça. As mulheres, os trabalhadores
estão sendo roubados na rua, pessoas têm morrido diariamente.
Esse lugar aqui
está pior do que a guerra que está havendo lá na Ucrânia. Está pior que na
Ucrânia. Os caras estão preocupados com a Ucrânia, nós devíamos é estar
preocupados com o estado de São Paulo, porque aqui em São Paulo a Segurança
está horrível.
É necessário
que a Segurança Pública retome as suas funções de combater o crime e combater
com força. Combater eu só vejo de uma maneira, de enfrentamento. Não existe
combater passando a mão na cabeça de ladrão. Quem tentou combater passando a
mão na cabeça de ladrão o estado acabou virando uma desgraça, e é o que está
acontecendo agora.
Para finalizar,
Sra. Presidente, eu queria parabenizar os municípios aniversariantes. No dia
primeiro de abril, sexta-feira, nós tivemos o município de Arealva e de São
Miguel Arcanjo. No sábado, dia dois de abril, Alumínio, Capão Bonito, Cotia,
Pacaembu, Pongaí, Suzano, Ubirajara e Vinhedo. Ontem, domingo, dia três de
abril, foram os municípios de Planalto, Reginópolis, Cerquilho e Jacareí.
E hoje, nesta
segunda-feira, dia quatro de abril, também o Dia do Jipeiro, dia do 4x4, hoje
fazem aniversário os seguintes municípios: Alfredo Marcondes, Aramina,
Cruzália, Itajobi, Jaci e Marília.
Então, um
abraço a todos os amigos e as amigas desses municípios. Contem com o nosso
trabalho aqui na Assembleia Legislativa. Estamos à disposição de todos os
senhores e as senhoras.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos
o Sr. Deputado. Peço a V. Exa que, se possível, assuma a Presidência dos
trabalhos. Eu chamo à tribuna o deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputado
Major Mecca. (Pausa.) Transfiro a Presidência ao deputado Coronel Telhada,
agradecendo.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Coronel
Telhada.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Próxima
deputada é a deputada Janaina Paschoal. Convido V. Exa. para que faça uso da
palavra pelo tempo regimental.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento todas as pessoas que nos acompanham, V. Exa.,
Sr. Presidente, colega deputado aqui presente, Conte Lopes, os funcionários.
Vou falar de alguns temas, Excelência.
O primeiro
deles, abordei nas minhas redes sociais nesse final de semana. Estou aqui com
pelo menos dois casos concretos de funcionários e estudantes de universidades
públicas no estado de São Paulo que estão sendo constrangidos a se vacinarem
apesar de terem apresentado documentação médica contraindicando.
Um dos casos
aqui é um professor, que não é médico, avaliou a documentação apresentada por
uma outra professora, documentação essa que não indicava a vacinação, e esse
professor - ele é do departamento de filosofia, mas ele é da área de física,
então é uma pessoa obviamente respeitável na sua expertise, mas não é um
médico. Ele analisou a documentação apresentada pela professora e a indeferiu.
Os termos do
indeferimento são os seguintes: “A requerente apresenta um atestado onde são
listadas oito situações clínicas, todas elas não contraindicando a vacinação” -
que não é o que está escrito no atestado. “Nos antecedentes familiares, há
menção de que avós tiveram ou morreram de doenças cardiovasculares, fato que é
verídico para mais da metade da população brasileira.
A solicitação
da não vacinação está indeferida. Importante ressaltar que os Médicos pela
Vida, onde a médica atestante declara que realiza atendimento presencial e
teleatendimento...”. Bom, ele começa aqui desmerecendo a médica que deu a
documentação e o grupo que ela integra ou o grupo do qual ela participou.
“A senhora
deverá se imunizar imediatamente sob o risco de sanções administrativas
apresentando-nos o comprovante da primeira dose até o dia 31 de março para
poder frequentar o campus dessa universidade.
Apenas após a
comprovação do seu esquema vacinal completo, que deverá ser concluído até o dia
02 de maio, por enquanto as aulas de sua responsabilidade serão ministradas por
um docente substituto, e a senhora deverá fazer um planejamento de reposição
das suas aulas”.
O atestado
médico, que foi contraindicado por um professor que não é médico, diz o
seguinte - e aqui é uma médica que assinou, pôs seu CRN, pôs seu currículo -,
escreve a médica: “A paciente é portadora de miomas uterinos, cistos ovarianos,
cistos mamários, possui hemangiomas hepáticos, com risco aumentado para o
desenvolvimento de neoplasias.
Além de
neoplasias ginecológicas, alguns estudos com receptoras de referidas vem
demonstrando aumento de número de casos de todos os tumores ginecológicos em
cerca de 20 vezes ou mais quando comparado com a base...”. Aí ela segue
explicando essa questão.
Aí ela fala: “A
paciente é portadora de síndrome metabólica, e a Anvisa destaca em uma de suas
resoluções que, por serem ainda substâncias experimentais, há dados limitados
sobre a segurança e a efetividade nesses casos.
A paciente é
portadora de doença vascular periférica, e essas substâncias possuem em sua
constituição a proteína spike, altamente relacionada à ocorrência de
ocorrências de fenômenos trombóticos e tromboembólicos”, e assim
sucessivamente.
Esse é o caso
de uma professora. Aqui é o caso de uma funcionária, técnica em arquivo, da
Unifesp. Aqui é da USP, aqui é da Unifesp. Ela relata que é portadora de
deficiência hereditária de fatores de coagulação, com mutação no gene da
protrombina. O que significa que corre risco de ter um quadro de trombose,
tromboembolismo venoso, trombocitopenia, e doenças coronarianas.
Ela apresenta
documentação médica, os comprovantes de seu estado. E também, de maneira
absolutamente arbitraria e aleatória, a instituição rejeita a documentação
médica, sem uma análise de um profissional capacitado para tanto. Até agora,
falei como deputada.
Daqui os
próximos segundos, eu falo como advogada. As autoridades que estão ameaçando...
Porque os professores e funcionários das universidades estão sendo ameaçados de
demissão, de punição, de suspensão de salário, de lançamento de faltas não
justificadas.
Essas
autoridades, que estão ameaçando essas pessoas, constrangendo-as a se vacinarem
contra a orientação de seus médicos, poderão ser responsabilizadas cível e
criminalmente por eventuais efeitos adversos.
Porque a pessoa
precisa trabalhar, precisa sobreviver, precisa sustentar seus filhos. Está
apresentando uma documentação médica, dizendo “não se vacine”. O superior está
dizendo “se vacine, sob pena de demissão”. Estou com os documentos aqui. Esses
são apenas dois casos. Tenho vários.
Se uma pessoa dessa
tomar a vacina, tiver uma trombose, tiver que amputar uma perna, um braço, ou
sofrer um mal maior, as autoridades que as estão constrangendo a vacinar
poderão responder cível e criminalmente. Eu não compreendo como o jurídico
dessas instituições já não orientou esses reitores, pró-reitores, diretores e
dirigentes em geral. É muito grave o que está acontecendo no Estado de São
Paulo.
Até a semana
passada, nós tínhamos um governador. Hoje, temos outro. Não importam as
questões partidárias. O governador anterior não era formado em Direito, até
onde eu sei. O doutor Rodrigo Garcia é formado em Direito? Presidente, o senhor
sabe dizer? Eu acredito que seja. O doutor Rodrigo Garcia, o governador, é
formado em Direito? Ele é bacharel, se eu não me engano.
Tem que saber
que, quando uma autoridade determina que uma pessoa descumpra ordem do seu
médico, está se responsabilizando, está se colocando na condição de garantidor.
Então esses são apenas dois dos muitos casos.
Eu tenho a
documentação. Qualquer colega que tenha dúvida... Aqui no Colégio de Líderes -
eu ainda tenho que ouvir que isso não acontece no estado de São Paulo -,
qualquer colega que tenha dúvidas, eu tenho a documentação. Estou autorizada a
demonstrar, pelo menos nesses dois casos.
Por ora é isso,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sra. Deputada. Próximo deputado, deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.)
Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa.
(Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.)
Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.)
Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado
Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. Vossa Excelência tem o tempo
regimental de cinco minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, eu queria cumprimentar a
coragem do pré-candidato Tarcísio de Freitas, falando a respeito de Segurança
Pública. Por favor, Machado.
* * *
- É exibido
vídeo.
* * *
Bem colocado aí
pelo pré-candidato ao governo de São Paulo. Em 94, quando se criou o PCC, eu já
era deputado meio antigo aqui nesta Casa. E foi feita uma CPI, nesta Casa,
sobre o PCC.
Está certo o
pré-candidato Tarcísio, muito certo. Foi feita uma CPI nesta Casa, e eu me
lembro de alguns companheiros: o presidente era o Afanásio Jazadji; Rosmary
Corrêa era membro, eu era membro. O Elói Pietá, Erasmo Dias.
E por anos nós
ficamos levantando a criação do PCC, já com Marcola e companhia bela. Pedimos
algumas providências, porque... Inclusive, o PCC fez um estatuto naquela época,
que, quando foi lido na CPI desta Casa, o Mário Covas, governador pelo PSDB, e
seus secretários de Segurança e de Assuntos Penitenciários foram irônicos,
dizendo...
Sabe qual o
grande problema que eles viram no estatuto do PCC? Pergunte ao ex-deputado
Afanásio Jazadji. “Olha aqui, tem até erros de português.” Afanásio Jazadji,
jornalista muito conhecido. Vocês querem o quê? Vocês querem um professor de
português ou vocês estão falando de crime, de uma quadrilha?
Então, veja,
desde aquela época já fazia acordo com os bandidos. E vamos continuar. Estou
aqui falando. E nessa época, inclusive, nós estávamos ameaçados de morte.
Vários
deputados: eu, Afanásio, Erasmo e outros, fomos ameaçados de morte pelos
bandidos, pelo PCC. Tanto é que a corregedoria, na época, o comando, o
secretário me concedeu uma escolta para andar comigo. Eu não quis a escolta,
não quis que ficasse comigo, e foi dada ao deputado Afanásio Jazadji. E ficou
com ele a escolta.
Para ver que já
havia ameaças de vida a quem combatia o crime aqui nesta Casa. E aí nós chegamos
em 2006, quando ocorreram os ataques dos bandidos a vários policiais civis e
militares, em casa, dentro de quartéis, policiais do Bombeiro mortos em
serviço.
E houve uma
guerra aqui em São Paulo. Eu cheguei a participar, numa noite só, de vários
programas de televisão; não havia uma viva alma em São Paulo. Acabaram as
aulas, não havia aula. Parou o trânsito, parou São Paulo; os bandidos pararam
São Paulo.
E está certo,
novamente, Tarcísio de Freitas. Foi mandado, no domingo, para Presidente
Bernardes um coronel da PM chamado Brandão, um delegado, o secretário de
Administração, que era o Nagashi Furukawa. Uma advogada, Iracema, para
conversar com Marcola e mais sete membros do PCC.
E fizeram uma
grande reunião e um acordo: que os bandidos dessem uma maneirada, para que a
polícia também desse uma maneirada. Isso aí é um acordo ou não é? Não é a polícia que fez acordo com o crime,
não; foi o governo que fez acordo com o crime. Foram os governantes que fizeram
acordo com o crime.
E para
desafiar: se Rodrigo Garcia quer mudar - foi colega meu aqui nesta Casa -,
Rodrigo Garcia, agora mesmo, assine um documento e tire do peito dos policiais
da Rota, pelo menos, as câmeras que você pôs, que vocês puseram, que o Doria
pôs, para que bandido não morresse mais em São Paulo. Só morre a
população, como dizia o comandante da Rota Coronel Telhada. Só morre cidadão de
bem, dona de casa, pai de família.
Vamos lá, Rodrigo Garcia, é uma hora. Tome uma atitude, ou
vai continuar com esses coronéis que criaram essa porcaria dessa câmera para
não combater o crime? Vai para o segundo vídeo, para a gente terminar, Machado?
O homem veio de fora entende mais do que todos nós aqui.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Então, o que o candidato Tarcísio Freitas está falando, ele
não está criticando a polícia por não combater o crime. Ele está criticando os
políticos que criaram uma câmera e colocaram nos policiais da Rota e em outros
policiais, Baep e companhia, para não combater o crime, porque na verdade é
isso.
Eu sou filmado atirando no bandido, mas a minha câmera não
confirma se o bandido está atirando em mim, e eu vou cair na mão do promotor
público e do juiz, e daí? Saio? Vou para a cadeia? Eu estou falando em nome da
sociedade. Povo de São Paulo, analise isso.
Para terminar, fica o meu desafio ao Rodrigo Garcia, que
recém assumiu como governador: retire as câmeras, Rodrigo, que Doria criou,
porque quem criou a câmera foi o Doria e você.
Tenha coragem e retire, para que a polícia possa combater o
crime. Cidadão, não entre no grupo que é para o policial não fazer coisa
errada. A Rota nunca fez coisa errada. Não tem casos de corrupção na Rota. Eu
cheguei lá em 74, não tem um caso de corrupção, pelo contrário: é combater
firme bandido, criminosos, bandidos perigosos.
Então, tire pelo menos isso, Rodrigo. Comece bem, sob pena
de você sofrer as consequências e ficar com 1% igual ao Doria, chorando. Tem
que chorar mais, Doria. Vai chorar muito mais ainda. Você foi uma desgraça para
São Paulo, para o Brasil e para o mundo.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP
- Obrigado, deputado.
Se não tirar a câmera dos PMs, que ponha em todo mundo, nos juízes, nos
promotores, no governador, nos políticos. Todo mundo poderia usar a câmera, né?
Por que só a PM?
Vamos
lá. O próximo deputado é o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputado Marcos Damasio. (Pausa.)
Deputado Emidio de Souza. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado
Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado
Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Delegado
Olim. (Pausa.)
Pela
Lista Suplementar, deputado Ricardo
Madalena. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.)
Deputado
Castello Branco. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Ricardo Mellão. (Pausa.) Deputado Coronel
Telhada. Não farei uso da palavra. Deputada Janaina Paschoal. Vossa Excelência
tem o tempo regimental.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada,
Sr. Presidente. Na manhã de hoje, eu atendi uma comitiva formada pelo
presidente, superintendente e diretora de Assuntos Institucionais da Casa de
David. Eles vieram aqui à Assembleia. Eu já conheço o trabalho da Casa de
David, até porque minha avó foi voluntária na Casa de David, minha vó Anita, já
falecida, que Deus a tenha.
Então, eu já conheço a seriedade do trabalho, já pude enviar
emenda para a Casa de David, mas eu estava muito preocupada, porque eu tinha
ouvido uma história de que a Casa de David iria fechar.
Por isso, entrei em contato, para entender o que está
acontecendo. Eles vieram aqui gentilmente explicar que, na verdade, existem
duas unidades da Casa de David: a tradicional, aqui em São Paulo, e a mais
nova, que funciona em Atibaia.
Esta Casa mais
nova, ela atende pessoas com autismo, e os diretores que me visitaram hoje
explicaram que a Casa está deficitária porque, desde o momento em que foi
aberta, o valor que é repassado por interno é exatamente o mesmo.
Eles falaram
algo em torno de 6 mil reais mensalmente por cada interno, sendo que
instituições privadas na mesma cidade recebem quase 14 mil reais por pessoa que
vive dentro daquela instituição, então que a casa está muito deficitária e que
eles precisariam de um apoio maior. Hoje eles atendem 80 pessoas.
Foi uma reunião
bastante longa, eu me comprometi a auxiliar, imediatamente já entrei em contato
com a Secretaria da Saúde, pedi para falar com o chefe de gabinete, porque, segundo
esses senhores que vieram ao gabinete hoje, quem visitou a instituição e
levantou toda a parte jurídica foi o chefe de gabinete da Secretaria da Saúde.
O intuito dos
dirigentes, até para poderem continuar com esse trabalho, além de ter um
repasse maior por parte da Secretaria, porque hoje eles só atendem o público
com verbas públicas, eles não atendem convênio, eles não atendem particular,
então eles dependem de doações das emendas parlamentares e dos repasses da
Secretaria da Saúde. O intuito deles, além de melhorar esses repasses, é
diversificar a origem dos recursos.
Quem sabe,
atendendo particular também, atendendo convênio também, para que esses
dinheiros, vamos dizer assim, de origem privada, possam ser utilizados na
manutenção do trabalho prestado às pessoas que não têm condições de pagar.
Um pouquinho
parecido com o modelo da AACD, poucas pessoas sabem, mas a AACD atende
particular, atende convênio e atende SUS. E o que ganha no particular ajuda a
seguir com o atendimento público.
Eu aproveitei
para debater com eles um tema que eu já venho acompanhando desde o início do
nosso mandato, em 2019, que é uma ação civil pública que foi promovida e foi
ganha, vamos dizer assim, para que o estado pague essa internação, esses
cuidados para as pessoas com autismo.
Eu lembro que
no início do nosso mandato eu recebi aqui a Dra. Alessandra, que era presidente
do Conselho Estadual de Saúde, ela me trouxe cópias da ação e um ponto que eu
identifiquei naquele momento e confirmei com eles na reunião de hoje foi o
seguinte, muitas vezes as famílias que lançam mão dessas ações, ou que
posteriormente vêm ingressar nas ações já ganhas, são famílias que têm
recursos. São famílias que poderiam pagar o serviço prestado, se não
totalmente, ao menos parcialmente.
E, justamente
aquelas famílias mais carentes, até por falta de orientação, por falta de
condições de contratar um profissional, e a Defensoria também fica
sobrecarregada, essas famílias acabam não conseguindo esse acesso.
Então, o que eu
disse a eles e vou dizer à Secretaria da Saúde, falo aqui publicamente, é que,
para que a Casa possa continuar funcionando, temos que fazer uma reformulação
do sistema vigente.
Eles já
gostariam de abrir esse leque de atendimentos, de transformar a casa de
internação para um atendimento durante o dia, porque as famílias também
precisam se responsabilizar pelos seus parentes e, sobretudo, identificar
aquelas famílias que têm condições de pagar pelo serviço para que os recursos
públicos sejam efetivamente destinados para quem não tem essa condição.
Infelizmente
tem havido, vamos dizer assim, talvez por, com todo respeito, um
desconhecimento do Poder Judiciário ou entendimento de que o estado tem o
dever, sempre, de fazer frente a essas despesas, o Poder Judiciário acaba
criando uma iniquidade, porque quem tem esse serviço prestado e pago é
justamente quem não tem necessidade, ou algumas pessoas que não têm necessidade
desse atendimento, ou do pagamento desse serviço.
Então, quero
aqui dizer publicamente que apoio a Casa de David, apoio que eles sigam
trabalhando aqui em São Paulo e em Atibaia e me voluntario a acompanhar essa
reformulação para melhor atender a quem realmente carece desse atendimento.
Sr. Presidente,
eu teria mais um tema a abordar, mas não sei se posso.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Fique à vontade.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Posso?
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pode.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nos jornais deste final de
semana, houve uma notícia que me preocupou muito. Crianças e adolescentes,
algumas na faixa dos cinco anos de idade, estariam morando no vão do Masp. Já
não são mais famílias, são crianças que estariam morando sozinhas no vão do
Masp.
Qualquer um que
passe por aquela região vai constatar que tem muitas crianças vendendo bala,
vendendo chiclete, vendendo pano de prato, mas o que me chamou muito a atenção
na matéria é que já não são mais crianças que, por exemplo, vão à escola e depois
vão acompanhar os pais na venda de alguma coisinha, ou o contrário.
São crianças
que desistiram de voltar para casa. Vão para fazer as suas vendas, para ficarem
por ali e não querem mais voltar para casa, ou porque têm muita carência
econômica, ou porque moram muito longe e ali naquela região elas têm alguma
assistência em termos de alimentação, ou porque quando voltam para casa
apanham, são maltratadas. Então, a matéria me preocupou demais.
Consta da
matéria - eu não tenho certeza se foi no Estadão ou na Folha, acho que foi no
Estadão - que o Ministério Público já acionou a prefeitura para que alguma
medida seja tomada, o Conselho Tutelar e assim por diante.
Eu já estou
tentando fazer contato na Secretaria de Desenvolvimento Social aqui de São Paulo
que, se não me engano, é comandada pelo ex-deputado estadual Bezerra, porque eu
entendo que essas crianças não podem ficar na rua.
Aí não é uma
questão de liberdade ou não liberdade, é uma questão de segurança para essas
crianças. Se uma criança dessas for estuprada, se for assassinada, se for
espancada, como é que fica o estado, como é que ficam os governantes?
Então, entendo
que isso é um tema de primeira prioridade. Tem que ir um grupo de assistentes
sociais, de psicólogos, para entender onde moram essas crianças, quem são os
responsáveis por eles, se existem esses responsáveis e, se não identificarem
uma família para se responsabilizar, elas têm que ser encaminhadas
imediatamente para um abrigo.
Na matéria se
diz o seguinte, que as crianças estão fazendo um rodízio: enquanto a maioria dorme, duas ficam ali de
guarda para nenhum adulto chegar perto das outras e fazer um mal. Isso não pode
ser noticiado com tranquilidade na capital mais rica da federação.
Então, estou
aqui também anunciando que vou entrar em contato com o secretário e entendo que
tem que ter medidas imediatas. Não dá para a gente entrar assim em uma situação
de romantismo de “Não, olha, vamos tentar...” É o seguinte: ou acha a família
para responsabilizar ou tem que colocar em um abrigo. Criança não pode dormir
no meio da rua e a gente achar que isso é natural.
É isso, Sr.
Presidente.
Havendo acordo
de lideranças... Ah, não, o deputado vai falar. Posso pedir? Eu peço o
levantamento da presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra.
Deputada. Como a senhora é líder, o pedido tem que partir da senhora, mas o
deputado Conte Lopes falou comigo e solicitou novamente a palavra.
Esta é uma Casa democrática, não é,
Conte? Estamos aqui para falar, por isso tem o Parlamento. Então, V. Exa. tem o tempo regimental. Obrigado, deputada
Janaina.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Obrigado, Sr. Presidente. Eu queria voltar a esta tribuna para retificar a
minha colocação. O nome do secretário do PSDB que fez esse acordo com o PCC foi
o Nagashi Furukawa. Eu errei o nome, pus o nome do nosso amigo Coronel
Nishikawa, mas foi o Nagashi Furukawa.
Foi ele que foi
até Presidente Bernardes junto com o coronel Brandão, da Polícia Militar, com
delegados também, com a Dra. Iracema, que era advogada do PCC e fez uma grande
reunião com o Marcola e mais sete líderes do PCC.
Inclusive,
pediram para que o Marcola, através do celular, falasse com as ruas, com seus
liderados nas ruas, para mandar parar o ataque aos policiais civis, militares,
inclusive a homens do Corpo de Bombeiros que foram mortos e desarmados na
época, em 2006.
Esse foi o
acordo. Então está certo sim o pré-candidato Tarcísio de Freitas; foi feito o
acordo com o crime organizado. E quando você faz acordo, a partir daí o crime domina,
como dominou.
Quantos anos
faz isso aí, né? Há quantos anos que aconteceu isso? E o crime só cresceu.
Então foi feito sim. E quando pediram para que Marcola falasse com seus
liderados nas ruas, Marcola simplesmente falou: “Não, doutora e representantes
do governo do PSDB, eu não falo no celular”. Olhe que beleza que é o Marcola.
Bem mais digno que muitos membros da política aí; não é burro.
Vai falar que é
ele que está comandando tudo? É lógico que ele não falou, né? Então veja que o
que nós estamos falando é verdade. Então não sei por que tem gente surpresa que
o Tarcísio falou que ia vir um acordo. Dra. Janaina, como se fala? É um acordo
tácito? Não é escrito; é um acordo tácito. É isso?
É um acordo
tácito: “Vocês parem de atacar lá que nós deixamos vocês à vontade. Vocês vão
ter visita íntima, vão ter televisão na cadeia - teve todo um acordinho. Vocês
vão voltar a ter televisão na cadeia, visita íntima, vão tomar sol”. Foi feito
esse acordo. É acordo ou não é? Por que tem gente surpresa com o acordo que foi
feito?
Eu estava aqui,
estava vivo, como estava vivo quando criou o PCC também. Eu estava vivo na CPI
aqui na época de Mário Covas e estou vivo hoje quando colocam uma câmera no
peito dos policiais da Rota, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, que é
conhecida pelo povo de São Paulo com a expressão de Paulo Maluf há 200 anos:
“Vamos pôr a Rota na rua”, porque o povo confia no trabalho da Rota.
Me fale alguém
aí que teve algum parente morto pela Rota errado ou que a Rota tomou dinheiro.
Fale, fale. A gente põe a cara à prêmio aqui, fale. “Quando o Doria pôs é para
não combater o crime mesmo. É para que não haja enfrentamento aos bandidos”. Aí
vem a Globo: “Diminuiu a letalidade policial”. É lógico. Quem é o cara que vai
sair na rua caçando bandido com uma câmera no peito?
Quem vai fazer
isso aí? É o que eu falei. Se atira num carro roubado, a câmera pega você
atirando, mas não pega quando o bandido atirou em você. E aí, como você explica
para o promotor público, para o juiz? Como que você explica que você reagiu a
uma injusta agressão?
E eu respondi
dezenas e dezenas de processos, inclusive como deputado, quando troquei tiro
com bandidos como deputado. E também fui lá para o pleno: 25 desembargadores
julgando a gente. Cada um pensa uma coisa e você vai lá para ser julgado por
homicídio, troca de tiro com bandido, sem advogado, porque o estado não paga
mais.
No meu tempo
ainda pagava e o Doria prometeu para mim, para o Coronel Telhada, que ele ia
pôr os melhores advogados. Os melhores advogados iam ser para os policiais.
Quando tivesse algum problema os melhores escritórios de advocacia de São Paulo
iriam defender os policiais.
Depois vai lá:
“Preso tomando banho frio? Que absurdo. Não tem banho quente agora não? Todos
presos são cidadãos também e vão tomar banho quente”. Doria, bandido não é
cidadão. Bandido é bandido. Cidadão é aquele que tem o direito de votar e ser
votado. Essa é a definição, mas fique aí... Que houve acordo, houve. Parabéns,
Tarcísio de Freitas, e vou só para terminar...
O Rodrigo
Garcia, que foi presidente desta Casa, foi deputado, que fez uma baita de uma
chapa um tempão aí: “Garcia estadual, Kassab federal”, na televisão. Tinha
musiquinha, tudo certinho. Rodrigo, é hora de tomar uma decisão: ou você tira
as câmeras da frente dos policiais ou você também não vai sair dos dois por
cento, certo? É olho no olho. Eu sempre falei com você olho no olho.
Quando eu falei
para você que eu não ia votar em você, eu não votei. Outros falaram que iam
votar e depois não votaram; e outros falaram que ia votar no outro e não
votaram. Eu não, eu sempre fui claro e cristalino, certo? Então fica aí o
desafio. É agora.
Porque essas
câmeras são uma desgraça para o povo de São Paulo. Não é para o policial não; é
para o povo de São Paulo. Quando vocês travam a Rota, a Rota é o termômetro da
criminalidade em São Paulo. Vocês travando a Rota, vocês facilitam a vida dos
bandidos. É isso que vocês fizeram.
Então, Rodrigo
Garcia, está aí o desafio, está aí o desafio e é agora. Dá uma ordem aí, dá uma
ordem. Acorda o general Campos e o coronel Camilo, acorda. Acorda, ou você
também vai ficar com a sua secretaria só de derrotados, igual o Doria fez?
Vai continuar a
mesma coisa? Na Segurança Pública, vai continuar a mesma coisa? Porque de
segurança a gente conhece e o Doria prometeu para mim, para o Coronel Telhada,
que é o grande presidente da sessão, para o deputado Olim que nós iríamos ser
ouvidos na área de Segurança Pública. Nunca fomos. Eu, pelo menos, nunca fui
ouvido em nada, acho que os outros Deputados também não foram.
Então, está aí.
Então, fica aí o pepino para você, Rodrigo Garcia: você quer mudar, comece a
mudar a polícia e arranque essas câmeras, porque, como falou Tarcísio de
Freitas, “Como é que uma tropa de guerra e luta vai estar com uma câmera no
peito para combater crime?”. Vocês não querem que ele trabalhe, então ele não
trabalha.
Quantas
ocorrências eu peguei que era o povo que me parava nas ruas com a minha
viatura, e o Coronel Telhada também, e dizia: “Olha, tem bandido ali. Eu estou
sabendo de uma quadrilha de bandido em tal lugar”.
Hoje eu
pergunto: qual é o cidadão que para uma viatura de polícia para denunciar? Qual
é a diretora de escola, ou funcionária de uma escola, que vai falar para o
policial que vai à escola que tem um traficante que mora em tal lugar, ou está
traficando em tal lugar? Para ela morrer no outro dia? Para ela ser morta no
outro dia?
Então, Rodrigo
Garcia, está aí a minha experiência de policial. Se você quiser tomar atitude,
muda todo mundo que está aí, ou você realmente vai ficar com o 1% do Doria e
depois vai ficar chorando. Vai ficar chorando.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr.
Deputado. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a
sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com o remanescente da Ordem do
Dia da última quarta-feira. Muito obrigado a todos.
Está levantada a sessão.
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Levanta-se a sessão às 15 horas e 02 minutos.
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