5 DE ABRIL DE 2022
15ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CARLOS GIANNAZI, CARLÃO PIGNATARI, PAULO LULA
FIORILO, JANAINA PASCHOAL, WELLINGTON MOURA e ADALBERTO FREITAS
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI
Convoca os Srs. Deputados para sessão extraordinária a
realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos ou dez minutos após o término da
presente sessão.
4 - PAULO LULA FIORILO
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI
Assume a Presidência. Informa o tempo de discussão da sessão
extraordinária de hoje. Comenta as implicações das mudanças de partidos nas
comissões.
6 - DR. JORGE LULA DO CARMO
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - PAULO LULA FIORILO
Assume a Presidência.
8 - CORONEL TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência.
10 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - DOUGLAS GARCIA
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - FREDERICO D'AVILA
Por inscrição, faz pronunciamento.
13 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
15 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
16 - FREDERICO D'AVILA
Por inscrição, faz pronunciamento (aparteado pelo deputado
Conte Lopes).
17 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
18 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, faz pronunciamento.
19 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento (aparteado pelos deputados
Conte Lopes e Adriana Borgo).
20 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI
Assume a Presidência.
21 - ISA PENNA
Para comunicação, faz pronunciamento.
22 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI
Desconvoca sessão extraordinária marcada para as 16 horas do
dia hoje.
23 - WELLINGTON MOURA
Para comunicação, faz pronunciamento.
24 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI
Convoca sessão extraordinária a realizar-se no dia 12/04, às
17 horas.
25 - CARLOS CEZAR
Para comunicação, faz pronunciamento.
26 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
27 - WELLINGTON MOURA
Assume a Presidência.
28 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, faz pronunciamento.
29 - CAIO FRANÇA
Para comunicação, faz pronunciamento.
30 - PRESIDENTE WELLINGTON MOURA
Registra a presença de Jory Oeiras, deputado estadual do
Amapá.
31 - ADRIANA BORGO
Para comunicação, faz pronunciamento.
32 - CARLOS GIANNAZI
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
33 - DOUGLAS GARCIA
Para comunicação, faz pronunciamento.
34 - MÁRCIA LULA LIA
Por acordo de lideranças, solicita a suspensão da sessão até
as 16 horas e 30 minutos.
35 - PRESIDENTE WELLINGTON MOURA
Defere o pedido e suspende a sessão às 16h12min.
ORDEM DO DIA
36 - ADALBERTO FREITAS
Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h33min. Encerra a
discussão, coloca em votação e declara aprovado requerimento de urgência ao PL
734/21. Convoca, para o dia 06/04, às 11 horas, reuniões conjuntas das
Comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Finanças, Orçamento e
Planejamento; e das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Saúde.
37 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, faz pronunciamento.
38 - ADRIANA BORGO
Para comunicação, faz pronunciamento.
39 - DR. JORGE LULA DO CARMO
Para comunicação, faz pronunciamento.
40 - DR. JORGE LULA DO CARMO
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
41 - PRESIDENTE ADALBERTO FREITAS
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de 06/04, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente.
Dando início à lista de oradores
inscritos, com a palavra o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Com a palavra o
deputado Enio Tatto. (Pausa.) Com a palavra a deputada Janaina Paschoal, que
fará uso regimental da tribuna.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento as pessoas que nos acompanham, V. Exa., Sr.
Presidente, os colegas deputados, os funcionários.
Toda
segunda-feira eu costumo noticiar o que acontece no Colégio de Líderes. Ontem
não noticiei porque não houve Colégio de Líderes, então estávamos todos pensando
que não haveria votações nesta semana.
Eu mesma
escrevi no grupo dos líderes que poderíamos pautar projetos de deputados; não
obtive resposta. E hoje fomos todos surpreendidos pela convocação de duas
sessões extraordinárias para votar a situação do deputado d’Avila, Frederico
d’Avila.
Todos nós
estamos acompanhando o caso desde a data dos fatos. Sabemos que houve uma
condenação na Comissão de Ética. O presidente tinha anunciado já alguns
Colégios atrás que estava para pautar, mas não sabíamos que seria pautado hoje.
Então fica aqui
esse anúncio de que, a princípio, hoje será votado o caso do deputado d’Avila.
Coincidência ou não, no mesmo dia em que estão sendo ouvidas, ou serão ouvidas
as testemunhas do caso do deputado Arthur.
Então os
próprios deputados foram surpreendidos, vamos dizer assim, com essa votação,
com os dois feitos acontecendo na mesma data. Só divulgo para fins de
transparência, deixando aqui um registro de incômodo mesmo, porque eu entendo
que os líderes precisam ser informados sobre o que vai acontecer na Casa. Pelo
menos sempre foi assim que aconteceu.
Queria também
explicar para as pessoas que estão se manifestando nas minhas redes, algumas de
forma crítica, contundente, que eu obviamente tenho conhecimento do número
enorme de pessoas que estão em situação de rua no estado de São Paulo, em São
Paulo, Capital.
Tenho
acompanhado toda a situação ali na região da Cracolândia, na Praça Princesa
Isabel, no Centro como um todo. Então a minha fala ontem e as minhas
manifestações nas redes sociais não têm nada a ver com a alegada, segundo as
pessoas que estão me criticando, ignorância relativamente ao que acontece na
nossa cidade e no nosso estado.
Só que o caso
das crianças e adolescentes que dormem ali no vão do Masp é diferente. Por quê?
Porque não é apenas uma situação de carência econômica, o que já é grave. É uma
situação de abandono.
Porque são
crianças que declararam, aos jornalistas que foram ali para entender o que
estava acontecendo. Foi uma matéria grande que saiu no jornal “O Estado de São
Paulo”, nesse final de semana. São crianças que decidiram não voltar para suas
casas.
São crianças
que têm famílias. Algumas alegam que sofrem violência. Outras, que a casa é
longe. Outras, que comem melhor ali. Então não é uma situação exclusivamente de
carência. É uma situação de abandono. É uma situação emergencial, de necessária
intervenção da assistência social.
Ontem, eu
tentei contato com a Secretaria de Desenvolvimento Social, estadual e
municipal. De maneira educada, eu pedi para falar com os chefes de gabinete.
Porque a gente antecipa o assunto, para ele levar ao secretário.
Eu poderia ter
pedido para falar com os senhores secretários. Só que eu pedi para falar com os
chefes. Só que os chefes de gabinete têm não sei quantas secretárias. E eu
precisei antecipar a pauta.
Então é
desesperador que eu precise telefonar e falar, para a secretária da secretária
do chefe de gabinete, qual é a pauta que eu quero tratar, de um assunto que
está nos principais jornais. E ninguém me retorna.
Aí eu pedi para
a assessora conversar no Conselho Tutelar. A assessora conversou, foi muito bem
atendida. Aí a pessoa, no conselho, disse: “não, mas é que as crianças não
querem ir para a Fundação Casa”. Jesus Cristo, quem foi que falou em Fundação
Casa, meu Pai?
Vossa
Excelência me dá dois minutos, só para eu completar o raciocínio, presidente?
Desde 1990, vigora no País o Estatuto da Criança e do Adolescente. Ele separa a
situação do adolescente que praticou um ato infracional, que vai ter todo um
processo, e aí sim, pode ir para a Fundação Casa, uma medida de internação, que
é uma medida mais drástica, da situação da proteção integral da criança.
Não pode um
prefeito, um governador, um secretário da Assistência Social, uma secretária,
entenderem ser normal 20, 30, 40 crianças dormindo no vão do Masp, morando na
rua, sem saber se está matriculado, sem saber se tem família.
Eu não estou
falando de ato infracional, de Fundação Casa. Estou falando de um grupo de
assistentes sociais, que têm que achar essas famílias, mapear, entender se é
uma questão social, uma questão econômica, uma questão de violência quiçá
sexual, e tomar as providências.
“Ah, mas na
praça Princesa Isabel está cheio de família.” Mas, pelo menos, ali as crianças
estão com os seus pais. Não é o caso. Será possível que esse povo não lê
jornal? Está no “Estadão”. Crianças de cinco, e adolescentes até 17 anos.
Não tem meia
dúzia de assistente social contratado por essas pastas? O Estatuto da Criança e
do Adolescente vigora desde 1990, meu Pai! Então estou pedindo para que o
reinado dos chefes de gabinete, que algum chefe de gabinete - que eu já deixei
30 recados - se digne a entrar em contato comigo.
Já passei o meu
celular. Porque eu quero saber quem é que está mapeando estas famílias, para
essas crianças serem encaminhadas, de volta para o seio da sua família, ou para
a família estendida. Ou para um abrigo, porque nós estamos falando do estado
mais rico da Federação.
Obrigada, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Antes de
chamar o próximo orador inscrito, nos termos do Art. 100, inciso I, do
Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a
realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos ou 10 minutos após o término da
presente sessão, em cumprimento ao interstício mínimo previsto no parágrafo
terceiro do Art. 100, do Regimento Interno, com a finalidade de ser apreciada a
seguinte Ordem do Dia:
*
* *
-
NR - A Ordem do Dia para a 09a Sessão Extraordinária foi publicada
no D.O. de 06/04/2022.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando
sequência, então, à lista de oradores inscritos, com a palavra o deputado Major
Mecca. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Frederico d'Avila. (Pausa.) Com a
palavra, o deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Com a palavra, o deputado
Tenente Nascimento. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Castello Branco.
(Pausa.) Com a palavra, o deputado Paulo Lula Fiorilo, que fará uso regimental
da tribuna.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
público que nos acompanha pela Rede Alesp. Vou aproveitar o Pequeno Expediente
de hoje para trazer um tema que está na ordem do dia, não só na cidade de São
Paulo, mas no estado e no Brasil, que é o déficit habitacional, que é muito,
muito grave.
Nós tivemos, no
final de semana agora, deputado Dr. Jorge, que acompanha essa questão do
movimento de moradia, a ocupação de prédios abandonados por movimentos de
moradia na cidade de São Paulo, feita por mulheres. As mulheres da Frente de
Luta por Moradia - FLM - e da Brigada Popular, que ocuparam prédios abandonados
que poderiam ser utilizados para moradia popular.
Aí é sempre
necessário se perguntar por que isso tem ocorrido, para quem desconhece as
causas dessa situação. Primeiro que o déficit acumulado na região metropolitana
de São Paulo, estimado pela Fundação João Pinheiro em 2019, era de 570 mil
unidades. Esse número é subestimado, sobretudo em relação à habitação precária.
Projeções da
Universidade Federal Fluminense mostram que, entre 2021 e 2030, a demanda
demográfica irá requerer 717 mil moradias. Se a gente observar os dados da
Fundação Getúlio Vargas, no estado, em 2019, era 1,8 milhão de déficit
habitacional. Nas condições atuais de renda, financiamento e custo de moradia,
as pessoas têm cada vez menos condições de adquirir uma moradia no mercado.
Se a gente
observar o que fizeram o Governo do Estado e o governo federal, nós vamos
perceber o quanto eles não contribuíram para equacionar esse déficit. No âmbito
do governo federal, a gente viu o desmonte do programa “Minha Casa, Minha
Vida”. E ele criou um outro programa chamado “Casa Verde e Amarela”, que
paralisou a produção de novas moradias destinadas aos mais pobres.
Aliás, tem
agora um processo licitatório, que ainda nem se concluiu, para o primeiro lote
de moradias. Nós estamos no final do mandato do presidente atual. No âmbito do
estado, no caso do João Doria, a Assembleia aprovou aqui, contra a posição do
PT, a extinção da CDHU. Não só a extinção da CDHU, mas da Sucen e de outras
autarquias - depois, se der tempo, ainda falo da Sucen -, na última reforma
administrativa, depois de anos de sucateamento da CDHU.
Não conseguiu,
no entanto, extingui-la de fato. E, contrariamente à sua política privatista, o
orçamento da empresa foi aumentado em 2021. Então, propuseram terminar com a
CDHU, e aumentaram o orçamento.
A gente foi dar
uma olhada na produção habitacional. Se a gente comparar, na média do governo
Doria, nos primeiros três anos, o governo entregou 496 moradias na média; foram
1.489 moradias. Um governo que deveria ter construído muito mais moradias
populares.
Se a gente
observar essa média, a gente vai olhar que o Governo do Estado, em 2021,
ampliou as receitas da CDHU para 2,22 milhões, tendo, nos anos anteriores, em
2018, 087; em 2019, 077; em 2020, 083; valores liquidados em bilhões. Bilhões.
É cada vez mais premente a necessidade da
construção de moradias populares. Por isso, eu tive a oportunidade de visitar
duas ocupações: uma na Vila Ema, na zona leste, e a outra aqui no Centro, na
Anália Rosa, Ana Rosa, desculpem, na Ana Rosa, ocupações realizadas por
mulheres. E aí, na ocupação da Frente, encaminharam uma carta, que eu passo a
ler:
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Carlão Pignatari.
* * *
“Ao Executivo, ao Legislativo e ao
Judiciário. Nós, mulheres sem teto, trabalhamos duro para o sustento dos nossos
filhos e de nós mesmas. Trabalhamos como cozinheiras, costureiras, garis,
domésticas, arrumadeiras, no serviço de limpeza, nos hospitais, comércios, nas
escolas, cuidadoras, motoristas, metalúrgicas, têxteis.
Estamos dando duro em uma infinidade de
produção e serviços para manter de pé toda a sociedade. Além disso, cuidamos de
nossas moradias, dos nossos idosos e criamos nossos filhos.
Com toda essa labuta diária que consome a
nossa vida, não somos reconhecidas, não somos valorizadas e, apesar desse
trabalho duro, enfrentamos dupla jornada de trabalho, desrespeito e longos
trajetos no transporte público.
Não ganhamos o suficiente para suprir as
nossas necessidades e dos nossos filhos. Sofremos a violência diária dos baixos
salários, insuficientes para as nossas necessidades e incompatíveis com a
importância do nosso trabalho. Executamos nossa função...”
O SR.
PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Para concluir, deputado.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT -
Eu vou concluir, deputado.
O SR.
PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB -
Já passou o tempo. O senhor pode concluir.
O SR. PAULO LULA FIORILO -
PT - É que eu não ouvi a...
O SR.
PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB -
Eu não toquei, porque eu sou uma pessoa diferente com o senhor.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT -
Deputado, muito obrigado. Eu estava aqui aguardando. Vou concluir, é só um
parágrafo. “E recebemos salários inferiores. Em qualquer desarranjo do sistema
capitalista, somos as primeiras a perder o emprego.
Frente a esse cenário catastrófico para as
nossas vidas e dos nossos filhos, resolvemos correr atrás dos nossos direitos.
Sabemos o nosso papel. A legislação sugere o nosso direito a uma moradia digna.
Por isso, ocupamos esses imóveis abandonados e sem função social para nossa
casa.
Pleiteamos a sua desapropriação sem
indenização ao injusto possuidor e adequá-la para moradia de nossas famílias.
No lugar de ratos, dengue, pulgas e todo tipo de pragas urbanas que trazem
doenças para a região, vamos limpar e colocar gente. Aceitamos o apoio da
vizinhança. Precisamos de móveis, utensílios domésticos, material de
construção, roupas e alimentos. Nenhuma mulher sem casa.”
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obrigado, deputado
Paulo Fiorilo. Para falar, deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Dr.
Jorge do Carmo.
Apenas
para título de informação - é bom que o deputado Frederico d'Avila está aqui -
a sessão de hoje na extra, para discutir, são 12 horas. Cada parlamentar terá
30 minutos, somente sobre o tema. Nós não temos hoje... É uma sessão diferente
das outras sessões nossas.
Então,
são 12 horas de discussão e 30 minutos cada um. No final, assim que encerrar a
discussão, se for hoje, amanhã ou depois, o advogado de defesa terá também o
tempo complementar para que possa fazer a defesa do deputado.
Apenas
para falar sobre as comissões, com essas alterações, até sexta-feira as
comissões estarão funcionando da maneira que está. A partir da semana que vem,
então, nós vamos montar as novas comissões com as vagas dos partidos que
diminuíram, que perderam. Está certo?
Como
houve essa fusão, então nós fizemos um questionamento à Procuradoria e à SGP
para ver se o deputado que estivesse na comissão A, com a janela, se ele pode
voltar para a comissão A ou se ele automaticamente tem que ir para outra. No
meu entendimento, ele pode voltar porque é permitida, a cada três anos, a
janela de mudança de partido. Então, apenas isso.
Com
a palavra a Dr. Jorge do Carmo.
O SR. DR. JORGE LULA DO
CARMO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR Obrigado, Sr.
Presidente. Boa tarde, Sras. Deputadas, Srs. Deputados; boa tarde,
público da TV Alesp, policiais aqui presentes, nossos assessores.
Sr. Presidente, eu venho a esta tribuna
para falar de um assunto que reputo muito importante. Eu milito muito na área
da Habitação, esta Casa sabe disso, as pessoas que me conhecem também.
Mas também atuamos muito fortemente na
área da Saúde, até porque a Saúde e o fortalecimento do SUS devem ser
prioridade de todo parlamentar. De toda a sociedade, em especial dos
parlamentares.
Sr. Presidente,
eu venho acompanhando na periferia, especialmente na periferia de São Paulo, a
questão das UBSs, das Unidades Básicas de Saúde, que sabemos que é um problema
seríssimo. É a porta de entrada, mas a gente sabe que tem muitas dificuldades,
exatamente pela falta de estrutura.
Eu vinha
conversando muito com o ex-secretário Edson Aparecido, secretário municipal de
Saúde de São Paulo, que deixou a pasta essa semana em razão, certamente, deve
disputar um novo desafio, mas eu vim para, primeiro, agradecer a ele, ao
secretário, que sempre atendeu a gente com maestria, com seriedade. As reuniões
que fizemos sempre foram reuniões bastante produtivas, com encaminhamentos
concretos.
Com a saída
dele eu fiquei um tanto preocupado, até porque recebi ligações das pessoas que,
junto comigo, acompanhavam essas demandas. Eu recebi ligações e tomei a
liberdade de ligar para ele ontem, preocupado com a descontinuidade do trabalho
que ele estava fazendo à frente da Secretaria Municipal de Saúde. Até porque
nós estávamos, e queremos dar continuidade, tratando da construção da Unidade
Básica de Saúde lá do Itaim Paulista, por nome de Santa Luzia.
Santa Luzia é
um espaço locado, essa UBS, e que precisa ser construído em um outro local, que
já tem o terreno definido. O Jardim Robru também, UBS Jardim Robru. O
secretário, conversando com ele ontem, disse que não haverá nenhuma descontinuidade.
Eu fiquei feliz em relação a isso, porque acho que é importante não haver
descontinuidade do trabalho que está sendo feito.
Falei também
para ele da UBS Jardim Bandeirantes, lá no Lageado, e ele havia assumido o
compromisso de colocar no Orçamento de 2022. Eu tenho pedido reuniões
exatamente para a gente tratar desse assunto.
A UBS do Jardim
Fontalis, lá na zona norte de São Paulo, na região, quase no extremo de São
Paulo com Mairiporã, e também a UBS do Jardim Vila Prudente II, a UBS Jardim
Vila Prudente II é a necessidade da construção de mais UBS.
O secretário
havia determinado que era para encontrar um espaço enquanto não se construía,
até porque o terreno indicado pertence à Cohab São Paulo e, enquanto não se
construía a UBS que era para locar um imóvel para se resolver essa demanda que
há na Vila Prudente.
Também, não
menos importante, a UBS do Jardim Vitória. A UBS do Jardim Vitória, na Cidade
Tiradentes, é uma UBS bastante precária, então pedimos ao secretário que
locasse outro imóvel.
Ele determinou
isso e também determinou a desapropriação, através do governo municipal, de um
terreno para construir essa UBS do Jardim Vitória, lá na Vila Iolanda, na
região do extremo da Cidade Tirantes com Ferraz de Vasconcelos.
Então, minha
preocupação era a de que não houvesse descontinuidade de todo esse trabalho que
a gente estava fazendo com o secretário Edson Aparecido. Ele me garantiu que
não haverá nenhuma descontinuidade e que em breve a gente estará marcando uma
reunião com o sucessor, que é o secretário adjunto que assumiu, para que a
gente dê continuidade a esse trabalho que eu reputo muito importante.
Por isso, quero
parabenizar o secretário que saiu, Edson Aparecido, pelo trabalho que fez e
também ter a certeza de que vamos dar continuidade, porque a administração não
pode parar. Sai o gestor, mas a gestão tem que continuar, por isso a Saúde,
como eu disse, deve ser prioridade de todo parlamentar e esse que vos fala não
é diferente.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Paulo Lula Fiorilo.
* * *
Por fim, Sr.
Presidente, quero dizer que ontem fui até a Câmara Municipal de Nazaré Paulista
participar da cerimônia de posse do vereador Joel de Almeida. Joel de Almeida
assumiu ontem para o quinto mandato, vereador naquela cidade em que eu tenho
tratado com ele, tenho destinado recursos, tenho uma relação muito próxima com
ele, com outros parlamentares e com o prefeito Murilo Pinheiro.
Então,
parabenizo o vereador Joel Pinheiro, que é um cara simples, mas bastante
comprometido com a cidade. Nosso mandato vai estar à disposição para apoiar a
gestão dele como vereador e também apoiar a gestão do prefeito, que tem sido um
parceiro da gente, no nosso mandato, tenho tratado de relações políticas com ele.
Nazaré Paulista
ganhou um vereador que é o companheiro, amigo, Joel de Almeida, para mais um
mandato, exercendo, assim, seu quinto mandato.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - PAULO LULA FIORILO - PT - Obrigado,
deputado Jorge do Carmo. O próximo deputado é o Ricardo Mellão. (Pausa.)
Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. Tem a palavra o
deputado Coronel Telhada pelo tempo regimental do Pequeno Expediente.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
Obrigado, presidente. Boa tarde a todos os deputados, Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, todos os que nos assistem pela Rede Alesp, todos os assessores e
funcionários, policiais militares aqui presentes, em nome do capitão Monteiro,
cumprimento todas as Sras. Policiais e Srs. Policiais aqui presentes.
Eu quero
iniciar, falando em Polícia Militar, lamentando a morte de mais um veterano da
Polícia Militar. Como nós temos dito diariamente, a Segurança Pública está em
uma situação terrível no estado de São Paulo. Lamento a morte do 3º Sargento
Jurandir Ribeiro da Silva.
O sargento
Jurandir já estava aposentado desde 2009 e ontem, segunda-feira, dia 4 de
abril, foi atacado em Itanhaém, no litoral de São Paulo. Foi abordado por dois
indivíduos em uma moto e alvejado com dois disparos de arma de fogo, sendo que
um desses disparos acertou a cabeça do sargento Jurandir, que chegou a ser
socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
É uma triste
realidade da Polícia Militar, da Polícia Civil, de todas as forças de segurança
de São Paulo. Aqui em São Paulo não é o bandido que é caçado. Quem é caçada é a
polícia porque isso foi o que permitiu o governo do PSDB ao longo desses anos.
O governo do PSDB não só deixou de apoiar as polícias, como ainda inverteu a
situação, dando força para os criminosos. Então, é uma realidade muito triste.
Inclusive,
nosso pré-candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, até falou
isso em uma entrevista outro dia, que o governo de São Paulo teria feito um
acordo com o crime organizado.
Tudo leva a
crer que sim, porque aqui em São Paulo o policial não pode trabalhar. Colocam
câmeras no policial, o policial que mata bandido é transferido, o policial que
tem ocorrência de resistência é punido.
O único lugar
do mundo em que se é punido por trabalhar é na Polícia Militar do Estado de São
Paulo. Aqui o bom policial é aquele que não faz nada, porque o patrulheiro, o
policial que vai para cima, o policial que troca tiros, ele é punido. Punido!
E o resultado é
esse: policiais militares mortos na ativa e até na reserva. Já praticamente há
13 anos aposentado, morto com um tiro na cabeça por dois indivíduos de
motocicleta. Essa é a triste realidade do estado de São Paulo, a Segurança
Pública está uma vergonha aqui.
Aproveito este
dia 5 de abril, terça-feira, para saudar o município de Mococa. É aniversário
daquele município. Um abraço aos amigos e amigas da querida cidade de Mococa.
Eu falava há
pouco da Segurança Pública, que está em uma situação terrível com o governo do
PSDB, o governo Doria, que saiu, mas deixou toda a herança desgraçada para nós
agora termos que administrar.
Estava lendo
aqui uma matéria que saiu na imprensa de que o governo de São Paulo renovou a
concessão de rodovias da CCR até 2037, uma renovação de 15 anos. Os carros vão
pagar até 15 reais nas praças de pedágio, ou seja, os pedágios já estão pelo
preço da morte, um absurdo o valor do pedágio, e o governador, ex-governador
Doria, ainda deixa essa herança maldita para o nosso povo.
No último dia
ele assina um contrato de 15 anos com as concessionárias, permitindo que as
concessionárias continuem fazendo o que querem fazer.
Para vocês
terem uma ideia, esse contrato, a concessão dele é até 31 de dezembro de 2037.
É um absurdo, pois uma das cláusulas desse contrato impossibilita a realização
de uma nova licitação com possíveis preços menores, como aconteceu na Dutra com
a própria CCR, ou seja, se aparecerem novas empresas do mesmo serviço, mas com
preços menores, o contrato não permite que seja feita nova licitação.
É um contrato
criminoso. Obriga o povo de São Paulo a pagar preços absurdos de pedágio e o
estado lucrar de uma maneira que vejo até como uma maneira suspeita. Quem vai
pagar esse lucro dessa empresa é o povo de São Paulo, não só nos pedágios, mas
no aumento da alimentação, no aumento de combustível, no aumento de todos os
itens necessários para a vida do cidadão paulistano.
* * *
- Assume a
Presidência a Sra. Janaina Paschoal.
* * *
É bem clara a
postura do governador Doria, que, se Deus quiser, não vai ser eleito nem para
síndico de prédio. É uma postura bem clara de que o povo que se exploda, o que
interessa é o dinheiro no bolso, não sei se da Lide ou do governo, mas o
problema é que ele quer dinheiro no bolso.
Agora o nosso
governador é o Rodrigo Garcia, vamos ver o que ele vai fazer para combater
isso, porque por enquanto, não se mostrou a que veio. Eu não quero ficar
criticando logo nos primeiros dias, mas quando a gente vê notícias dessas, que
policiais continuam sendo mortos, contratos hercúleos a favor de pedágios que
estão no preço da morte... Absurdo o preço dos pedágios e o número de praças de
pedágios no estado de São Paulo.
Então a gente
nota que o governo de São Paulo não trabalha para o governo de São Paulo. Nós
precisamos mudar essa triste realidade. E como nós vamos mudar essa realidade?
Trocando o PSDB do governo, porque não tem condições de continuar com um
governo que não cuida, não valoriza o povo de São Paulo.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Sigo aqui com a leitura da lista dos oradores
inscritos no Pequeno Expediente chamando à tribuna o nobre deputado Conte
Lopes. Vossa Excelência terá o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PL - Sra.
Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, voltamos a esta tribuna e,
obviamente, vou falar sobre a Segurança Pública de São Paulo, porque um dos
pré-candidatos, o Tarcísio de Freitas, teve coragem realmente de colocar o dedo
na ferida e está fazendo muita gente pular. Quem não sabe que houve acordos de
governos do PSDB com o crime organizado?
Eu sou
testemunha disso aqui. Em 1994 foi feita uma CPI nesta Casa sobre o crime
organizado. Eu era membro, o deputado Afanásio Jazadji era o presidente, quando
estava se criando o PCC, cujos presos haviam escrito um estatuto.
Qual foi a
grande discussão do Mário Covas e de seus secretários: Nagashi Furukawa, José
Afonso e outros? Que havia erros na gramática do estatuto a ponto de o deputado
Afanásio Jazadji perguntar a eles se eles estavam preocupados.
Aquilo lá era
um estatuto do crime; não era uma aula de gramática ou da língua portuguesa.
Isso aí quando se criou o PCC. E criou e nós fizemos na nossa CPI várias
determinações para enfrentar aquela época. Não fizeram nada no governo Mário
Covas.
Em 2006 houve
os ataques do PCC aqui em São Paulo. Atacaram policiais civis, militares,
bombeiros, mataram bombeiro dentro do quartel desarmado. O fez na época o
Geraldo Alckmin e o Cláudio Lembo?
Mandaram um
avião da Polícia Militar do Estado de São Paulo com o Nagashi Furukawa,
delegados da Polícia Civil, o coronel Brandão, e bandido matando todo mundo,
atirando em todo mundo. Eu participei de vários programas de televisão aquelas
noites. Em São Paulo não havia viva alma; a cidade estava limpa.
Parou escola,
parou trânsito, parou tudo. E o que fez o governo na época do PSDB, Geraldo
Alckmin, Cláudio Lembo e Saulo de Castro, secretário de Segurança Pública?
Marcaram uma reunião com quem?
Nada menos do
que com o grande bandido líder do PCC, Marcola, e mais sete membros do partido.
Uma reunião em Presidente... Fale que eu estou mentindo. Isso é acordo ou não é
acordo?
Por isso estou
cumprimentando o pré-candidato a governador Tarcísio de Freitas. Isso é acordo
ou não é acordo? Para não dizer que eu estou mentindo mais ainda, quem fez a
ligação e a reunião toda foi uma advogada chamada Iracema, que foi lá,
conversou com a cúpula do PCC junto com a polícia de São Paulo. Isso é acordo
ou não é acordo? Ou vai processar o Tarcísio de Freitas de estar mentindo?
Aí pediram que
o Marcola, nobre deputado Frederico d’Avila, grande defensor da Segurança
Pública de São Paulo, da polícia de São Paulo, pediram para o Marcola ligar
para as lideranças aqui fora para que parassem os ataques. O grande líder
Marcola, do PCC, dos bandidos, “não, senhor, eu não falo em celular”. Olha que
beleza, bem melhor que o governador do estado, tem mais força que o governador.
Aí deram
televisão, deram mulher para os caras - não sei se nas visitas íntimas se são
só as mulheres que eles têm mesmo ou se contratam outras mulheres para levar
lá, não sei -, abriram banho de sol para todo mundo. Foi acordo ou não foi
acordo? A partir daquele domingo cessou tudo, só que muitos policiais perderam
a vida.
Então faz muito
bem o Tarcísio de Freitas falar que, quando você faz acordo com o crime, você
cria força para o poder, cria poder, como tem poder em São Paulo hoje. Então eu
não sei o porquê.
Só para
terminar, Sr. Presidente, quando ele fala da câmera que colocaram no peito dos
policiais da Rota - a Rota é o termômetro da criminalidade em São Paulo, a Rota
é respeitada pela população e temida pelos bandidos, bandido morre de medo,
sabe que não tem acordo. Com a Rota não tem corrupção, é cassete e bala.
Então eles
meteram uma câmera no peito de cada policial para que ele não trabalhe. Só que
quando ele não trabalha, nobre presidente, quem vai sofrer é o povo, quem está
sofrendo nas ruas, nas mãos dos bandidos, é o povo, sendo atacado dia e noite,
matando a população. E os policiais, todos lá, assistindo, porque se ele der um
tiro, como falou também o Tarcísio de Freitas, ele vai parar na cadeia, porque
filmou ele atirando.
Nós vimos a
denúncia que eles fizeram, a corregedoria, o comando da PM entregando filmes de
um tiroteio normal, natural, em São José dos Campos, para a Globo transmitir no
“Fantástico” o “Show da Vida”.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Obrigada, Sr.
Deputado. Seguindo a lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna a nobre
deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. Vossa Excelência tem o
prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sra. Presidente.
Quero cumprimentar todos os deputados da Assembleia de São Paulo, todos os
servidores e o público que nos assiste através da rede Alesp.
Sra.
Presidente, eu quero aqui focar, pedir que a rede Alesp foque, infelizmente,
nesta matéria, que saiu no jornal “G1”, na região de Sorocaba e Jundiaí, que
diz o seguinte: “Após protestos de alunos, diretor de escola é afastado por
suspeita de transfobia contra estudante”. “Alunos fizeram uma manifestação na
manhã desta segunda-feira, na Escola Estadual Antônio Padilha, no centro de
Sorocaba”.
Nossa, você lê
uma matéria dessa e imagina que, meu Deus do céu, o que o diretor fez? O
diretor deve ter pegado a aluna transexual e descido a porrada nela. Ele
simplesmente agrediu, ele merece ser preso, ele merece a cadeia, ele é uma
pessoa violenta, agressiva, precisa imediatamente ser afastado.
Não, senhores,
não foi isso que aconteceu. Eu vou até ler o que está escrito na matéria,
porque eu simplesmente não quis acreditar. Segundo eles, uma aluna transexual
teria sido impedida de usar o banheiro feminino.
Quer dizer
então, o homem foi afastado das atribuições do cargo enquanto diretor
simplesmente porque o moleque quis usar o banheiro de menina. Foi isso que
aconteceu.
Estamos em
pleno século XXI, no ano de 2022, e eu tenho que subir nesta tribuna para
defender o diretor de uma escola do estado de São Paulo, dizer por que homem
não pode usar banheiro de mulher.
Chegamos na
época a ter que explicar que a grama é verde. “Ah, mas é porque a Secretaria de
Educação do estado de São Paulo não tem nenhuma diretriz com relação a isso”.
Mas sabe por que não tem diretriz? Porque aquilo que é óbvio, aquilo que é
evidente, não precisa nem provar, senhores. É evidente que esse tipo de coisa
não pode acontecer.
“Não, mas é que
aqui, olha, os estudantes, os alunos estão se manifestando a favor dessa
estudante transexual”. O estudante, aquele mesmo estudante que passa o dia se
formando na porcaria do canal do batedor de foca, o Felipe Neto.
O estudante que
tem como sua inspiração intelectual a Anitta. O estudante que nasceu em 2005,
dois mil e sei lá o quê, e acha que tem condições para poder debater um tema
tão sério e sensível.
Pergunte aos
pais desses estudantes o que eles acham da tentativa de se colocar um homem
para utilizar o banheiro feminino. Quem denunciou isso ao diretor foram duas
alunas que se sentiram incomodadas. E eu sou obrigado a aceitar uma coisa dessa
acontecendo nas escolas estaduais paulistas? Não, senhores.
Eu sou o novo
titular da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo e estou entrando com um requerimento na comissão para que a Diretoria de
Ensino daquela região venha explicar por que cometeu a ousadia de afastar o
diretor das suas atividades, porque agiu como qualquer ser humano agiria.
Porque agiu normalmente. Porque agiu de acordo com que os pais daqueles
estudantes agiriam.
Mas não. O que
nós estamos vendo acontecer nos dias de hoje é uma militância pequena, um grupo
pequeno de militantes escandalosos tirando os direitos das mulheres, arrancando
o direito das mulheres em nome de uma agenda nefasta, cruel, que não tem nenhum
tipo de embasamento científico, filosófico. Só se for embasamento ideológico e
uma podre de uma ideologia para querer acreditar em um negócio desses.
Fica aqui
registrado todo o meu apoio a esse diretor. O meu gabinete tomará todas as
providências para que não aconteça nenhuma injustiça com esse diretor. Nós
vamos tomar providência, sim, contra a Diretoria de Ensino, que resolveu
afastar o diretor, e eu quero que a Secretaria de Educação do estado de São
Paulo, antes de soltar uma nota bonitinha para a imprensa dizendo: “Ai, nós
somos contra a LGBTfobia”.
Ai, que coisa
maravilhosa, deu-me até vontade de chorar. Antes de ir lá lacrar na imprensa,
que pelo menos solte uma diretriz óbvia, né? Porque infelizmente chegamos a
este nível, de que o banheiro feminino é para o banheiro feminino, o banheiro
masculino é para o banheiro masculino, e o diretor daquela escola, de tão
sensato que é, havia até preparado um banheiro específico para o dito cujo lá
usar, para o ser humano usar.
Mas não,
sentiu-se ofendido. Quer dizer então que por causa da sua ofensa, as mulheres
têm que pagar o pato, as meninas têm que pagar o pato. Ah, faça-me o favor.
Para concluir,
Sra. Presidente, nós estamos em um estado de esquizofrenia completo e absoluto
acontecendo no Brasil.
Os pais dessa
escola, que procurem meu gabinete. Nós vamos lutar para que as crianças e
principalmente as meninas sejam defendidas.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Inicio agora a leitura da lista suplementar de
oradores inscritos no Pequeno Expediente chamando à tribuna o nobre deputado
Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputada Márcia Lia (Pausa.). Deputado Delegado
Olim. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila.
(Pausa.) Deputado Frederico, V. Exa. vai fazer uso da palavra? Então, V. Exa.
tem o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Sra.
Presidente, prezados colegas, venho a esta tribuna para dizer que no último fim
de semana estivemos na cidade de Ourinhos e Santa Cruz do Rio Pardo, na
companhia do ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas.
Fomos recebidos
lá por diversos produtores rurais, industriais, o presidente do sindicato
rural, senhor Brigadeiro, a família Quagliato, em peso, da Usina São Luiz.
Eu queria
frisar a fidalguia e a acolhida que nos foi dada pelo doutor Roque Quagliato,
pelo Carlos Porto, pela Beatriz Quagliato Porto, e por toda a família, além do
nosso amigo Kiko Quagliato, que é um dos expoentes da pecuária nacional.
Estivemos lá na
praça de Ourinhos. Depois andamos no calçadão. Depois tivemos uma reunião com
cavaleiros e muladeiros. Fizemos uma carreata com mais de 120 veículos e 80
animais, muitas motos, não pude contar quantas motos.
E terminamos no
recinto do Parque de Exposições de Ourinhos, onde nós falamos algumas palavras
para o público que se encontrava presente. Foi um verdadeiro sucesso, uma
agenda intensa.
Visitamos a
Santa Casa, almoçamos lá. Eu queria cumprimentar o Celso Zanotto, que é o
mantenedor da Santa Casa, e faz um belíssimo trabalho na Santa Casa de
Ourinhos. Vale a pena conhecer.
Fomos
surpreendidos, no domingo, com a pesquisa eleitoral da Paraná Pesquisas, que
mostra o ministro Tarcísio em segundo lugar na estimulada, porém em primeiro na
espontânea.
Ficamos muito
felizes com esse resultado. Então, creio que, após a convenção do Republicanos
e a convenção do PL, nós teremos um candidato já em segundo ou primeiro lugar,
muito bem posicionado, que sabe, conhece, já fez, tem obra para mostrar.
Conhece não só
o Brasil, mas também o estado de São Paulo. Afinal de contas, grande parte da
infraestrutura passa por São Paulo, e ele conhece bastante bem. Além disso,
vale lembrar que o ministro Tarcísio Gomes de Freitas morou, por sete meses,
morou não, serviu à Pátria por sete meses, na força de paz da ONU no Haiti.
Então esteve lá, junto com as forças internacionais, na força de pacificação do
Haiti.
Então ele
conhece o que é conflito, o que é pobreza, o que é miséria. Inclusive, usa essa
experiencia para entender melhor as questões relativas à Segurança Pública no
nosso estado. Que o senhor, como ninguém, conhece mais do que qualquer um.
Também queria
complementar que me espantou muito o fato de, hoje, sermos surpreendidos, o
senhor, eu, e tantos outros colegas desta Casa, ao descobrirmos que foi
colocada a pauta do projeto de resolução relativo à suspensão de mandato que
diz respeito à minha pessoa, naquele Conselho de Ética, que foi montado, foi
armado, foi concebido, de modo a me prejudicar, e onde a relatora é membro do
partido do coordenador político do presidente Lula.
A Rede
Sustentabilidade é o partido do senhor Randolfe Rodrigues, que é o coordenador
político do senhor Lula da Silva. E a deputada Marina Helou, logicamente, tem
relações íntimas com o senhor Randolfe Rodrigues, e com certeza vai votar no
PT. Ela fez tudo aquilo que ela gostaria de fazer no seu relatório, além das
duas inesperadas traições que eu tive.
Porque, uma
coisa é dizer que você não sabe o que vai fazer. Outra coisa, é você receber o
compromisso da pessoa, de modo tácito, de modo muito firme, e, chega na hora
“h”, a pessoa pula fora.
Mas é assim mesmo.
Como diz o meu avô, “toda boa ação será eventualmente punida”. E quem vai punir
agora, não sou eu. Quem vai punir agora são as forças celestiais. Porque nós
vamos ganhar no dia 2 de outubro. Quem ganha, outros perdem. Os que vão perder,
já começaram a chorar desde já.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, deputado.
Sigo com a lista, chamando à tribuna o
deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputada Adriana Borgo. (Pausa.) Deputado
Ricardo Mellão. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Carlos
Giannazi. Vossa Excelência tem o prazo
regimental de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
público aqui presente, telespectador da TV Assembleia. Primeiramente, eu quero
manifestar o meu total apoio e solidariedade aos servidores e servidoras de
Marília, que estão num movimento de greve, reivindicando melhores salários e
melhores condições de trabalho. Servidores que estão com os salários arrochados
e defasados.
E a prefeitura
tem que apresentar uma proposta de recuperação salarial para esses importantes
servidores e servidoras, que lutaram muito, sobretudo durante a pandemia;
trabalharam muito, e agora o prêmio que eles estão recebendo é o não reajuste,
praticamente.
Porque nós
temos uma inflação que está a mais de 10% ao mês. E nós tivemos o congelamento
dos anuênios, dos quinquênios, da evolução por tempo de trabalho. Então, fica
aqui o nosso total apoio às manifestações que estão sendo feitas, em Marília,
pelos servidores e servidoras daquela cidade.
Faço o mesmo
também, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, em relação aos servidores de Assis. A
cidade de Assis também está em greve, os servidores da Educação estão em greve,
os profissionais da Educação, também reivindicando melhores salários, melhores
condições de trabalho. Eles se encontram, também, com os salários arrochados e
defasados.
Então, aqui da
tribuna da Assembleia Legislativa, faço um apelo ao prefeito da cidade de Assis
para que atenda às reivindicações da categoria, dos nossos colegas e das nossas
colegas da Educação, que também foram vítimas da Lei no 173, do
congelamento da evolução funcional.
Então, eles
devem ser atendidos nas suas reivindicações salariais, na melhoria nas
condições de trabalho, na questão do vale-refeição e em tantas outras que
constam na pauta desses trabalhadores e dessas trabalhadoras.
Quero, ainda,
aproveitar a minha presença na tribuna no dia de hoje para manifestar o nosso
apoio aos alunos e professores da Universidade Anhembi Morumbi. Hoje, teve uma
grande manifestação lá no campus da Mooca; me parece que teve também uma aqui
na Rua do Ator, na Avenida Santo Amaro. E eles estão reivindicando a melhoria
da qualidade de ensino.
Eu já fiz
várias denúncias em relação a esses grupos econômicos. Essa faculdade, essa “universidade”
- entre aspas - estava nas mãos da Laureate, que vendeu para o grupo Ânima
agora, porque a Educação virou mercadoria no Brasil, virou negócio.
O fato é que os
alunos estão reivindicando, estão protestando e denunciando o aumento de 11,3%
em todas as mensalidades, aulas híbridas. Um absurdo; já acabou a pandemia,
então por que tem aula híbrida agora? Mistura de semestres, superlotações de
cursos, falta de pagamento de professores ou pagamentos que foram feitos de uma
forma irregular, boletos não entregues, bolsas que foram tiradas. Tem aqui
professores sendo mandados embora por justa causa. Não tem atendimento aos
alunos; tem mudança na grade horária.
Olha que
absurdo. Tudo isso acontecendo na Universidade Anhembi Morumbi. Nós vamos,
inclusive, na semana que vem, na segunda-feira, realizar uma audiência pública
aqui com os alunos e professores. Eu conversei há pouco com o professor Celso
Napolitano, que é o presidente da Federação dos Professores do Estado de São
Paulo. A situação lá é grave.
Eu queria só
mostrar só o vídeo, rapidamente, da manifestação que houve hoje de manhã lá no
campus da Mooca, e também prestar o nosso apoio aos alunos e professores.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Essa foi a
manifestação. Aqui é o vídeo dos alunos fazendo um protesto. Eles fizeram uma
grande manifestação, hoje, pelo menos em dois campi; aqui é o da Mooca,
protestando contra o aumento das mensalidades, a precarização do ensino, a
superlotação de aulas, o atraso no pagamento dos professores e tantas outras
denúncias que foram feitas.
Então fica aqui
o nosso total apoio a esse movimento importante em defesa da Educação, porque
Educação não é mercadoria. Nós vamos tomar providências, acionando o Ministério
Público Federal, porque é grave essa situação.
Repito que nós
já denunciamos em outros momentos em relação à Anhembi Morumbi, em relação à
FMU, à Uniesp e tantas outras.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos e sigo aqui com a lista, talvez para a última participação no
Pequeno Expediente, chamando o deputado Gil Diniz, que terá o prazo regimental
de cinco minutos.
Esclarecendo, a última participação
porque encerraremos o Pequeno Expediente, não de Vossa Excelência.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, nobre deputada Janaina Paschoal, que preside
os trabalhos no Pequeno Expediente. Meu boa-tarde, meu boa-tarde a todos os
deputados aqui, aos nossos assessores, aos policiais militares e civis, ao
público que nos assiste pela Rede Alesp.
Presidente,
estava acompanhando agora a reunião do Conselho de Ética que está acontecendo,
estão deliberando ali sobre a cassação do deputado Arthur do Val, hoje estão
ouvindo as testemunhas.
É até
engraçado, deputada Janaina, porque perguntam às testemunhas: “Mas o que você
tem a contribuir?”, “Não, é que eu sou amiga do deputado, sou amiga de 30
anos”. “Mas e o Arthur, como é?”, “Não, eu frequento a casa dele, ele frequenta
a minha”. Nada acrescentam.
O advogado está
protelando o processo de cassação do deputado Arthur do Val, não agregam
absolutamente nada. O advogado agora diz, deputado Maurici, que quer a prova
pericial das mensagens.
Ora, o deputado
Arthur do Val diz: “São meus os áudios, eu estou envergonhado, arrependido”.
Nunca mais apareceu para trabalhar, nunca trabalhou na verdade, não é? Três
anos aqui e nunca trabalhou, convenhamos, mas agora ele já pede suspenção ali e
tal e não acrescenta absolutamente nada, meu Deus do céu.
Aí perguntam:
“O áudio é dele?”, “Ah, eu não sei”, “Mas você conversou com ele?”,
“Conversei”, “Ele disse que era dele?”, “Não, ele disse que era dele”. Mas
assim, parece um “stand up comedy” ali, é bem o resumo do mandato desse cidadão
aqui nesta Casa.
E o advogado
arrolou dez testemunhas. E a maioria sequer veio para defender esse cidadão.
Então vou sair aqui do plenário, vou comparecer ao plenário onde está sendo
feita a reunião para acompanhar, se possível até participar e fazer ali algumas
perguntas, porque está sendo bizarro o que o advogado desse cidadão está
fazendo.
Faz parte ali
da linha de defesa que ele quer tomar, mas deixo aqui da tribuna o meu
protesto, porque o deputado Frederico d’Avila não teve o mesmo tratamento do
deputado Arthur do Val, deputada Janaina Paschoal. Não teve. Um processo célere
no Conselho de Ética, não teve ampla defesa, não teve, e estão fazendo isso
neste momento.
Hoje mesmo o
presidente desta Casa avisou aos pares que vai deliberar. Pela internet! Eu
fiquei sabendo pelas redes sociais. É uma falta de respeito com os nossos
pares, então eu peço aqui aos deputados que retirem a assinatura da sessão
extraordinária.
Nós precisamos
de 48 deputados para deliberar, para votar. Acho muito mais urgente, deputado
Giannazi, que nós deliberemos aqui o PDL 22, de V. Exa., é muito mais urgente
para este plenário.
Presidente
Carlão Pignatari, a quem respeito muito, me encontrei com ele ontem em Franca,
estava com o candidato do Doria lá, ao governo de São Paulo, ele e o líder, o
Camarinha, estavam em Franca com o Rodrigo Garcia.
Então, acho uma
falta de respeito avisar aos deputados pela internet que vai ser deliberado
algo nesse sentido, mas é prerrogativa do presidente. Esta Casa é
presidencialista, mas peço aos pares, principalmente à minha bancada do PL, que
retirem as assinaturas da lista de presença da sessão extraordinária aqui nesta
tarde.
É um apelo que
faço a V. Exas. e a todos os outros deputados que não sabiam e que foram pegos
de surpresa nesta manhã com essa deliberação. Não acho que é dessa maneira que
devemos agir. Deve, sim, vir para o Plenário; nós devemos, sim, deliberar sobre
essa matéria e sobre outras mais, mas não dessa maneira que está sendo feita
neste dia.
No mais, eu
espero que o Conselho de Ética delibere pela cassação do deputado Arthur do Val
e que este Plenário faça também a lição de casa, que é o que o povo de São
Paulo, o povo brasileiro e as mulheres ucranianas esperam também.
Lembrando,
deputada Janaina Paschoal, que não é apenas por aqueles áudios. Não é só isso.
Estão querendo colocar que o objeto da cassação, o motivo da cassação é apenas
aqueles áudios. Não é.
Há vários
pedidos de cassação desse deputado e uma série, um conjunto de fatos em que,
sim, no nosso entendimento, ele quebra o decoro parlamentar e deve sim ser
cassado por esta Casa Legislativa.
Então, mais uma
vez, o meu apelo aos deputados do meu partido e aos deputados amigos, aliados,
que se sentiram ofendidos hoje, nesta manhã, quando souberam que iriam
deliberar sobre esse assunto. Retirem as assinaturas da sessão extraordinária.
Sem 48 assinaturas, nós não podemos deliberar.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Eu que
agradeço, Sr. Deputado. Encerro agora o Pequeno Expediente e abro o Grande Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Iniciando a
lista dos oradores inscritos, já iniciamos com uma permuta entre o nobre
deputado Conte Lopes e o deputado Giannazi. Vossa Excelência estava inscrito e
passou o prazo para o deputado Giannazi, que tem agora dez minutos para o seu
pronunciamento.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado. Quero agradecer inicialmente ao
deputado Conte Lopes pela permuta, pela troca do tempo, porque vou me dirigir à
Comissão de Ética.
Eu queria,
primeiro, agradecer também o deputado Gil Diniz pela manifestação que fez em
defesa da nossa luta contra o confisco das aposentadorias e pensões. Vejo aqui
que, no plenário, todos os presentes são contra o confisco: o deputado Mecca, o
deputado d’Avila, o deputado Conte Lopes, a deputada Janaina, o deputado
Emidio.
Agora, por que
o PDL não vem ao plenário? Porque tem um boicote, uma sabotagem do governo. O
governo, com sua mão de ferro, controla todas as comissões da Assembleia
Legislativa. Ele controla todas as comissões, todas as CPIs, controla a pauta
de votação, inclusive.
O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Pela ordem, deputado Giannazi.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Só um minutinho, deputado. Então,
é um controle rigoroso aqui. É um absurdo que a Comissão de Finanças também
seja controlada e não paute a emenda do PDL, porque o PDL já foi aprovado no
congresso de comissões. Ele já entrou em votação no dia 16 de dezembro e foi
retirado através de um instrumento regimental, que foi a apresentação da
emenda.
A emenda já
passou por todas as comissões e está na Comissão de Finanças com parecer
favorável, inclusive, de uma deputada do PSDB, ligada ao governo, a deputada
Damaris Moura. No entanto, o deputado Gilmaci Santos está segurando o projeto.
É sabotagem da nossa luta contra o confisco das aposentadorias e pensões.
Mas eu gostaria
de dizer o seguinte, deputado, que eu estou chocado com as mentiras, com a
propaganda enganosa que o governo estadual está fazendo na área da Educação.
Tem um vídeo
que eu gostaria de mostrar do ex-secretário Rossieli Soares, que vou mostrar
agora. Esse pessoal perdeu a noção. Eles acham que as pessoas não têm senso
crítico, que as pessoas não pensam, mas vejam só esse vídeo do ex-secretário
Rossieli Soares, falando de uma afronta à legislação.
Eles afrontaram
a legislação, porque anunciaram, através de um decreto, o pagamento do piso
nacional salarial de uma forma ilegal, porque estão apresentando um abono complementar,
e não pode. A lei federal, a lei que instituiu o piso nacional salarial, a Lei
nº 11.738, de 2008, não fala em abono complementar.
Tem que ser o
salário cheio do piso nacional salarial, que hoje é de R$ 3.845,00. Esse é o
valor. O secretário da Educação apresentou a proposta. Para chegar nesse piso
ele chega através de abono complementar. Olhe só que absurdo isso. Então isso
já é ilegal.
É
inconstitucional porque afronta a lei federal, a lei do piso que eu acabei de
citar agora. Mas não contente com isso o governo queria dar um “passa-moleque”.
Eu acho que queria dar um calote nos professores, dizendo que esse reajuste
através do abono complementar seria feito de uma forma retroativa, mas a partir
do dia 1º de março - olhe só.
E não é, tem
que ser a partir do dia 1º de janeiro. Logo que essa informação foi ventilada,
nós reagimos e denunciamos.
O governo
percebeu que ele foi descoberto, que a mentira tem perna curta e ele teve que
recuar. E publicaram um outro decreto corrigindo, mas o próprio ex-secretário
reconhece que, na verdade, estava com péssimas intenções, porque a previsão que
eles fizeram era para o dia 1º de março e eu quero provar isso apresentando
aqui o vídeo do próprio ex-secretário da Educação.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Então olhe só
que absurdo. Então vejam só V. Exa, o secretário ainda se apresenta como o
paladino defensor da Educação, dos professores. Ia dar um calote nos
professores pagando de uma forma retroativa ao dia 1º de março.
Se não fosse a
nossa denúncia, os professores teriam uma perda de dois meses, mas aí teve que
recuar. Só que ele continua na ilegalidade. Continua porque não é através de
abono complementar; é através do aumento do salário base estadual.
É uma vergonha
o estado mais rico da Federação não pagar o piso. Nós já ingressamos com uma
representação inclusive no Ministério Público Estadual para que providências
sejam tomadas. Nós defendemos não um abono complementar, mas o piso cheio.
E também quero
aproveitar para denunciar mais um calote desse governo em relação aos
servidores do Quadro de Apoio Escolar, do QAE e do QSE. Esses servidores foram
mais uma vez enganados e golpeados, porque o governo se comprometeu. O líder do
Governo aqui da tribuna anunciou que haveria o pagamento de um abono Fundeb
também para o QAE e QSE.
O secretário da
Educação tem vídeos se comprometendo publicamente em pagar o abono para o QAE e
o QSE e até agora nada. O secretário foi embora e não pagou. Está pagando para
os professores. Tem que pagar na verdade, deveria ter feito isso antes. Porque
ele parcelou um dinheiro que já existia desde o ano passado, o dinheiro da
transferência do fundo.
Mas ele
utilizou, foi pagando em prestações por uma questão meramente eleitoral,
logicamente, e deixou de fora o QAE e o QSE mais uma vez. Isso é um absurdo
total. Então aqui da tribuna da Assembleia Legislativa nós exigimos que seja
pago o abono Fundeb para os servidores do QAE e do QSE.
E, por fim, eu
gostaria de fazer uma grave denúncia que nós recebemos do Diário PCD, do jornalista
Abrahão, que tem feito um trabalho importante de denúncia, de fiscalização e de
cobrança sobre a questão da isenção do IPVA para as pessoas com deficiência.
Nós aprovamos
uma lei no final do ano resolvendo parcialmente essa questão. Eu me refiro aqui
à Lei nº 17.473, aprovada aqui pela Assembleia Legislativa. Projeto que veio do
Executivo graças à pressão da Comissão 48.
Houve a
publicação de um decreto, o Decreto nº 66.470, suspendendo essas cobranças,
mas, no entanto, a Secretaria da Fazenda tem dificultado. A lei não está sendo
cumprida, nem a lei estadual, nem o decreto. Muitas pessoas estão sendo
obrigadas a pagar, estão sendo informadas de que vão pagar, não têm isenção.
Então, é um
desrespeito, é uma agressão a uma lei estadual e a um decreto, porque nós
conquistamos isso através da aprovação de uma lei - foi uma luta da Comissão 48
- e, no entanto, houve a suspensão, mas não o cancelamento, olha só. Então, nós
temos uma batalha aí pela frente ainda.
Então, nós
exigimos que o Governo tome as providências, que a Secretaria da Fazenda cumpra
a Lei estadual nº 17.473, de 2021, e também o Decreto nº 66.470, de 2022, que
regulamenta a lei estadual, e que seja garantida de fato, porque tem muita
gente pagando, muita gente que não está conseguindo essa isenção, mesmo com
a aprovação da lei e a publicação do
decreto.
Então, eu quero
parabenizar aqui o Diário PcD, que tem feito um trabalho importante de
denúncia. Inclusive, entregou um dossiê na mão do governador ontem, me parece
que em Franca, para que as medidas sejam tomadas, senão nós vamos
responsabilizar criminalmente a Secretaria da Fazenda pelo descumprimento de uma
lei e de um decreto.
Esse
descumprimento está prejudicando milhares de pessoas em todo o estado de São
Paulo, pessoas que já foram prejudicadas, tungadas aí pelo governo estadual,
pelo famigerado PL 529, que prejudicou tantas pessoas em todo o estado de São
Paulo.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Sigo aqui com a lista dos oradores inscritos,
chamando à tribuna o nobre deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado Emidio de Souza. (Pausa.) Deputada
Marta Costa. (Pausa.)
Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.)
Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado
Castello Branco. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Coronel
Telhada. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. Vossa Excelência tem o prazo
regimental de dez minutos.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PL -
Sra. Presidente, prezados colegas, venho aqui a esta tribuna, deputado Gil
Diniz, para fazer uma grave, não é nem denúncia, eu estou constatando uma
realidade: uma escola internacional aqui da Capital cuja mensalidade, Major
Mecca, supera os dez mil reais por mês, por aluno - ou seja, não é para
qualquer um -, chamou a candidata, ex-candidata a vice-presidente da República
na chapa do Sr. Guilherme Boulos, a Sônia Guajajara, para palestrar na escola.
Muito que bem,
até aí, sem problemas. O problema é que nunca chamam ninguém do outro lado, nem
do outro lado, nem do outro lado, só chamam de um lado. Ela fez as maiores
acusações e impropérios contra a agricultura, o agronegócio brasileiro, que é a
grande estrela da economia do nosso País. Falou todos aqueles impropérios que
nós já conhecemos, que não me cabe aqui repetir.
E o professor
da matéria - vou falar aqui com todas as letras, para que nunca mais ninguém se
esqueça: senhor Messias Basques, Messias Basques; depois eu vou trazer aqui o
áudio, que eu estou decupando ele ainda, porque é longo - ele humilhou, ele
diminuiu o aluno que fez um determinado questionamento, acompanhado de um
comentário, na escola.
O aluno é
membro de uma família que atua no ramo da agricultura, da pecuária e da
agroindústria e fez lá as suas afirmações e os seus comentários. O professor,
que se utilizou da sua formação acadêmica, dos seus diplomas e de toda a sua
formação ao longo da vida como antropólogo e coisa e tal, se utilizou disso
para diminuir, deputado Gil Diniz, um aluno de 17 anos de idade, no meio dos
colegas, mais de 200 alunos, afinal, eram quatro classes ali reunidas, para
diminuir o aluno perante os seus colegas e, também, perante a palestrante.
O que mais me
admira, deputado Gil Diniz, é que em uma escola em que as mensalidades
ultrapassam os dez mil reais por mês, nós tenhamos alunos que apoiam o esbulho
possessório, a invasão de terras, o fim da democracia no Brasil, acreditam que
agropecuária brasileira é uma atividade que chicoteia, escraviza, bota fogo,
mata índios e essas barbaridades que eles falam, afinal de contas, eu, nas
minhas andanças pelo Interior de São Paulo e do Brasil, jamais vi isso.
Deputado Conte
Lopes, além de deputado, policial, também é produtor rural ali em Avaré, tira
leite, faz lá sua silagem, alimenta as suas vacas, tira leite, vende o seu
leite para as cooperativas lácteas lá da região, para os laticínios, e sabe
muito bem como funciona a atividade rural no Brasil e no estado de São Paulo.
Então me admira
demais que em uma escola onde essas crianças estudam, esses jovens estudam, as
mensalidades absurdas, pode ter gente que ainda compactue com esse tipo de
ideologia como a do PSOL.
O SR. CONTE LOPES - PL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Pela
oportunidade, V. Exa. colocou muito bem sobre a agricultura. Enquanto o Doria e
vários prefeitos fecharam as cidades, foi a agricultura que segurou tudo,
porque era muito fácil falar “vá comprar nos supermercados”, nos grandes
supermercados, porque a quitandinha, a vendinha o Doria fechou também com os
prefeitos, só os supermercados ficaram.
Mas sem o
produtor rural lá, como V. Exa. falou, produzindo leite, produzindo arroz,
milho, produzindo soja, o que seria da população? Realmente, o agronegócio está
segurando tudo isso daí.
É
impressionante como tem cara que nunca plantou uma couve se acha no direito de
abrir o bico e falar besteira. Acorde às quatro horas da manhã e vá trabalhar
como o homem do campo trabalha. A gente só vê crítica.
Pelo amor de
Deus, o próprio presidente da República, ex-presidente Lula, falando agora,
atacando a médica, qual o nome mesmo?
O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Nise Yamaguchi. Segundo ele, a
japonesa.
O SR. CONTE LOPES - PL - A japonesa que não entende nada.
Eu estou achando... Depois mandando o pessoal do MST e da CUT atacar os
deputados. Eu estou achando, nobre deputado, que o ex-presidente está
precisando trocar de cuidadora. Ele não está tomando os remédios da forma
concreta.
Ontem estava
falando que vai fazer uma reunião com o Putin, com o cara da Ucrânia, com o
Biden, com todo mundo. Dentro de um bar, tomar uma cerveja, duas, três, tomar
toda a cerveja vai resolver o problema da guerra? Sei não, acho que o
presidente não está bem.
E agora
mandando o pessoal atacar os deputados, ir à casa dos deputados, procurar filho
de deputado, procurar mulher de deputado? Acho que está faltando algum
medicamento, tem que trocar de cuidador. A coisa está feia. Pelo amor de Deus,
que colocação é essa? A gente sabe que isso daí é muito ruim. Ele está
brincando, o negócio é grave.
Então o
agronegócio, V. Exa. está de parabéns, que é do agro, que segurou esse pepino
todo até agora.
O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Complementando a sua intervenção
agora, deputado Conte Lopes, vale lembrar que não fosse, deputado Mecca, o
decreto da ministra Tereza Cristina, nós teríamos estabelecimentos que dão
apoio à agricultura e à pecuária, como casas agropecuárias, lojas de peças,
concessionárias de máquinas e todos aqueles que dão apoio, oficinas que são
voltadas à atividade agrícola.
Se não fosse o
decreto da ministra Tereza Cristina nós teríamos tido aqui em São Paulo o
fechamento desses estabelecimentos por força da ação do governador do estado
que ora ocupava a cadeira de governador. Graças a Deus, não ocupa mais.
Mas, voltando a
essa questão, que eu coloquei aqui, do aluno da Escola Internacional, eu vou
fazer uma moção de repúdio, em face desse professor Messias Basques. Depois eu
fui avaliar o seu currículo.
Ele, na verdade
é mais um daqueles... Deputado Gil Diniz, o senhor esteve ao meu lado, na
Virgínia, na casa do professor Olavo. É mais um daqueles militantes que foram
concebidos nas universidades brasileiras, não a fim de transmitir conhecimento,
mas a fim de transmitir ideologia e doutrinação para as crianças.
Agora, é
inacreditável que alguém pague 10 ou 12 mil reais por mês para que seus filhos
sejam transformados em militantes. E os pais não percebem isso. Porque eu fui
ver o currículo do professor: ele trabalhou, por incrível que pareça, quem
acredita em pesquisas ainda, ele trabalhou inclusive no Ibope. Então a gente vê
como esses institutos de pesquisa são isentos, dá para acreditar em tudo o que
eles dizem.
Por isso, no
final das contas, o que a gente viu na eleição de 2018. O vexame foi tão grande
que eles só deram conta de corrigir a vitória do presidente Bolsonaro, faltando
dois dias para a eleição. Porque todas as manchetes diziam que ele perderia
para todos os candidatos que disputavam com ele o primeiro turno. Uma vergonha
absoluta.
Depois,
passagens por ONGs e outras entidades voltadas para esse tipo de pauta. Aí é
contratado por uma escola desse calibre para transformar os alunos em verdadeiros
militantes.
É uma vergonha.
E ainda o quê? Se não estou esquecido do meu curso de Direito, eu acho que ele
se enquadra no Art. 208 do Código Penal, que é o de causar constrangimento a
alguém.
Como é menor de
idade, eu acho que tem um agravante nessa questão. Subindo no gabinete, vou
verificar essa questão. Porque cabe, sim, uma denúncia deste professor, por
constranger um jovem de 17 anos, na frente de mais de 200 colegas, diminuindo e
humilhando esse jovem, na frente desses colegas, e também dessa senhora.
Eu queria
desafiar a escola a que chame, lá na escola, chame dom Bertrand, chame o
professor Luiz Carlos Molion, chame o Major Mecca, o deputado Conte, o senhor,
a professora Janaina. Chama um, chama o outro.
Que é essa
história, que só chama um lado? Chama um, chama o outro. De preferência, cara a
cara, face a face. Porque, do jeito que eles fizeram lá, fica muito fácil. Como
dizia Joseph Goebbels, quanto mais se repete uma mentira, mais se torna ela
verdade.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr.
Deputado.
Sigo com a lista dos oradores
inscritos, chamo à tribuna o nobre deputado Major Mecca.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Parabéns, deputado Frederico d’Avila, pela colocação. Realmente,
deputado Frederico, eu entendo que é sim um crime o que esse professor cometeu.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, no seu Art. 232, ele diz o seguinte.
“Submeter
criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a
constrangimento: Pena - detenção de seis meses a dois anos.”
Olha só o que o
professor falou para o aluno. Primeira coisa. A ex-candidata do PSOL, a
vice-presidente da República, foi dar uma palestra numa escola privada. A menor
mensalidade é de 10 mil reais, chega a 12 mil reais.
Só para vocês
situarem onde essa militante de extrema-esquerda, que prega contra os pais
desses adolescentes, estava ali palestrando. E colocou os seus motivos para ser
contra o agronegócio, para ser contra o empresariado, os produtores. Colocou as
suas pontuações.
Obviamente,
constrangendo e humilhando esses alunos. O aluno, de 16 ou 17 anos, pede a
palavra, até para dialogar com a militante de extrema esquerda, que estava ali
tentando doutrinar esses alunos, tentando roubar, furtar, invadir corações e
mentes dessa molecada.
E um rapaz vai
lá e coloca o seu ponto de vista, Mecca. Olha o que o professor diz a ele:
“quando você entender o que é ser uma pessoa deste tamanho, lembrará desse dia
com muita vergonha”. Porque o aluno ousou questioná-los.
Advertiu o
professor: “então, a minha recomendação é a seguinte: respeite-me, porque sou
doutor em antropologia. Não tenho opinião; sou especialista em Harvard. Isso é
ciência”.
Minha nossa
senhora. O cara dá uma carteirada, Mecca, no aluno, usa um argumento de
autoridade para humilhar um adolescente na frente de 200, 300 outros alunos.
Por quê? Porque ele ousou questionar, deputada Janaina Paschoal, os dogmas
dessa seita revolucionária que é o Partido do Socialismo e Liberdade.
Então, assino
contigo, Fred. Minha assessoria já está fazendo uma nota, mas abro mão; assino
contigo essa nota de repúdio. Vou representar esse militante travestido de
professor no Ministério Público, Promotoria da Infância e Juventude. Porque nós
não podemos aceitar mais esse tipo de crime contra os nossos adolescentes.
Muito obrigado,
senhora Janaina Paschoal.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PL - Pela ordem, Sra. Presidente. Para uma comunicação.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Só um
minutinho. O orador...
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PL - Com anuência.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - É
rapidinho, deputado Mecca. Eu queria convidar o deputado Conte Lopes, o
deputado Mecca e a professora Janaina a irem comigo e com o deputado Gil Diniz
para apresentar esta representação no Ministério Público. E todos aqueles
outros deputados que quiserem ir conosco. Porque isso aí é um verdadeiro
descalabro.
A coisa que
mais tem em São Paulo hoje, aqui na capital, deputado Conte, é rico bobo. O
rico bobo é aquele que paga uma fortuna para ter seus filhos transformados em
militantes: no Colégio Bandeirantes, no Colégio Santa Cruz. Eu estou nominando
aqui. Porque é caro, e o menino sai de lá militante. E esse aí sai militante em
inglês ainda; é rico bobo.
Então, o
professor Olavo de Carvalho falava muito que tem o idiota útil e o inocente
útil. O idiota útil é aquele que percebe e faz que não percebe; e o inocente
útil é aquele que não viu nada ainda. Ele é usado.
Então, por
exemplo, quantos desses 200, 300 jovens que lá estavam não têm a opinião
formada sobre essa questão e estão lá sendo impregnados por um elemento desse,
que foi lá com o propósito de encardir a mente desses alunos, transformar esses
alunos em futuros militantes?
Graças a Deus,
hoje em dia, com celular, com os meios de transmissão que nós temos...
A SRA. ISA PENNA - PCdoB - Pela ordem, presidente.
O SR. FREDERICO D'AVILA - PL - Eu
estou falando. Professora Janaina, presidente, eu tenho a palavra? Ok. É
impressionante que essas pessoas vão lá para incutir, para transformar jovens e
adolescentes em militantes do socialismo.
Obrigado, Sra.
Presidente.
A
SRA. ISA PENNA - PCdoB - Pela ordem,
presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não, Sra.
Deputada.
A
SRA. ISA PENNA - PCdoB - Ah, presidenta. Eu
queria pedir para falar pelo Art. 82.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós estamos
ainda no Grande Expediente. Depois da fala do deputado, V. Exa. pode se
manifestar.
A
SRA. ISA PENNA - PCdoB - Ah, tá bom. Perfeito.
O
SR. MAJOR MECCA - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nossos
policiais que estão aqui no plenário e todos os que nos acompanham pela TV
Alesp e pela rede social. Dentre todos esses problemas que são trazidos a esta
tribuna, que nós ouvimos do povo nas ruas, no estado de São Paulo, hoje nós
temos um problema gritante junto à nossa sociedade, que é a Segurança Pública.
Quando nós
ouvimos a manifestação do ex-ministro Tarcísio de Freitas em relação ao que
acontece no estado de São Paulo com as nossas polícias, que hoje são polícias
de governo, não são polícias de Estado.
Hoje, infelizmente, deputado Conte Lopes,
deputado Frederico d'Avila, a Polícia Militar, a Polícia Civil e a
Técnico-Científica são instituições manuseados pelo governo do PSDB.
Os nossos policiais hoje produzem
resultados ao povo de São Paulo graças ao seu idealismo, graças ao seu espírito
de luta e de dever ao povo do estado de São Paulo. Não é por conta do governo
que tem, é apesar do governo que tem.
Aquilo que o ex-ministro Tarcísio de
Freitas citou em relação ao trato que a política de governo do PSDB estabeleceu
em São Paulo para combater facções criminosas e até mesmo o Primeiro Comando da
Capital, essa política do governo permitiu que essa facção se tornasse hoje um
cartel, um cartel que ocupa todo o País, ocupa a América Latina e utiliza os
presídios do estado de São Paulo, deputado Gil Diniz, como um espaço de
recursos humanos, obtenção de mais soldados do crime, e utilizam também como
escritório do tráfico de drogas, escritório do tráfico de armas.
São Paulo, sendo o estado mais rico do
País, não tem uma política de Segurança Pública para combater facção criminosa,
porque todos nós sabemos aqui, deputado Conte Lopes, a farsa e a manobra de
propaganda que foi a criação dos Baeps. Retiraram os policiais da radiopatrulha
que atendiam o cidadão de bem no atendimento 190, retiraram.
Hoje você chega à companhia territorial de
um batalhão e tem três, quatro viaturas operando com um soldado extremamente
cansado física e psicologicamente. Porque hoje, no estado de São Paulo, os
nossos policiais, os nossos soldados são explorados pelo governo, não bastassem
as 16, 20 horas que eles puxam em um turno de serviço com mais de 10 Kg de
equipamento de proteção individual no corpo, atendendo uma ocorrência atrás da
outra, mal têm tempo de fazer uma refeição.
Quando chegam a uma delegacia, a Polícia Civil
também está sem efetivo e sucateada, tanto que as delegacias no estado inteiro
de São Paulo fecham no período noturno e fecham no final de semana por falta de
efetivo.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Um aparte, nobre deputado?
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Tem
um aparte, deputado.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Inclusive, aproveitando o pronunciamento de V.
Exa., quando o candidato Tarcísio de Freitas fala sobre a Polícia Civil
envelhecida, ele não está ofendendo a Polícia Civil, ele está dizendo que o
governo do PSDB não contratou mais policiais.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Carlão Pignatari.
* * *
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Exato.
O
SR. CONTE LOPES - PL - Essa
é a grande verdade. Eles têm um claro aí de 15 mil homens na Polícia Civil. Foi
essa a colocação do Tarcísio de Freitas.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - É
isso mesmo.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Ele não está ofendendo a polícia, ele simplesmente colocou a realidade, como
coloca a realidade da câmera no peito do policial militar, né? Da Rota,
principalmente.
O
SR. MAJOR MECCA - PL -
O senhor sabe, deputado Conte, que, quando eu fui eleito - eu era deputado
eleito naquele ínterim do primeiro para o segundo turno -, o então candidato
João Doria ligou no meu aparelho celular pedindo o meu apoio para o governo.
Ele me perguntou sobre os Baeps, e eu
falei a verdade para ele, o que o governo precisaria fazer para realmente
implantar batalhões que combatessem facções criminosas. Sabe o que ele fez?
“Muito obrigado, deputado”.
Desligou o telefone e viu que não tinha o
meu apoio para o propósito dele de implantação dos Baeps como manobra de
marketing no estado de São Paulo, porque quando o governo tem esse tipo de
atitude em relação à Segurança Pública, ele está condenando o trabalhador,
cidadão de bem, à morte, que é o que está acontecendo no estado de São Paulo.
Ele está
condenando os nossos patrulheiros à morte, como aconteceu com o soldado Soares
recentemente, um soldado de 31 anos de idade, saiu a gravação, ele pedindo pelo
amor de Deus para não ser executado. E foi morto com cinco tiros no peito por
criminosos.
A SRA. ADRIANA BORGO - PTC - Permite um aparte, Major Mecca?
O SR. MAJOR MECCA - PL - Pois não, deputada.
A SRA. ADRIANA BORGO - PTC - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR -
Complementando toda a verdade que o senhor está dizendo, eu preciso também
chamar a atenção, Major Mecca, dos maus comandantes que a Polícia Militar tem
hoje, da falta de coragem que o comando-geral tem hoje de peitar o governador e
dizer assim: “Não é justo o que você está fazendo”.
Nós imputamos a
culpa em quem é, que é João Doria, o mentor de tudo, mas os seus subordinados,
que representam o comando-geral da polícia e o comando-geral da Polícia Civil
estão vendidos e entregues quando o papel deles seria ser o elo das
necessidades da tropa e o governo.
Então, nós
precisamos, urgentemente, fazer um projeto, procurar qual a forma que nós temos
para criar a lista tríplice, para escolhermos o nosso comandante e o comandante
da Polícia Civil por uma lista vindo da tropa. Só assim ele vai ter o poder de
comando-geral, eles vão ter o poder de comandantes-gerais para não serem
subordinados.
E nós temos que
por um secretário de Segurança que entenda de Segurança, porque hoje quem
administra lá não é um general, mas sim o coronel Camilo, que já foi desta Casa
e abandonou e virou as costas para toda a Segurança Pública e para os
policiais.
É um absurdo,
desde as diretrizes aos projetos, às punições, ao regulamento disciplinar, ao
(Inaudível.) o que tem acontecido. Policiais sendo demitidos na boca de serem
aposentados. Isso tem que cessar.
Então, só para
deixar claro que João Doria é culpado e foi, mas os comandantes das
instituições também são omissos.
O SR. MAJOR MECCA - PL - E esses mesmos coronéis, deputada,
esses mesmos coronéis que se aliaram a essa política de governo do PSDB agora
vêm percorrer os corredores aqui porque não houve aumento do teto.
Por que esses
coronéis não se articularam com João Doria, que inclusive recebeu a Medalha
Brigadeiro Tobias? Esses coronéis que estão todos os dias, inclusive em fotos
abraçados com João Doria nas redes sociais. Eles podem, o coronel pode tirar
foto com o governador, com o PSDB, que acabou com as polícias do estado de São
Paulo. Eles podem tirar fotos abraçados.
E agora vêm
aqui nos corredores da Alesp falar sobre aumento de teto. Vai lá dentro do
Palácio procurar o governador, de quem o alto comando da PM puxa o saco em
prejuízo dos soldados da polícia.
Ontem eu estive
aqui nos Jardins e passei em frente à residência do ex-governador Doria, estão
lá postadas duas viaturas do Batalhão Territorial, viaturas de patrulhamento,
seis policiais militares fazendo segurança patrimonial do ex-governador.
Segurança patrimonial.
Qualquer
comandante que estacione uma viatura de patrulhamento indevidamente na frente
de qualquer comércio, de qualquer casa, ele responde um processo. E eu estou
entrando com uma ação popular, porque isso é ilegal, é improbidade
administrativa, ele é ex-governador. Já não deveria antes, muito menos agora,
como ex-governador, ter viatura de patrulhamento.
Só para
concluir, Sr. Presidente, o número de roubos ali na região da casa do João
Doria, em janeiro...
O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Para concluir, deputado. Já
terminou.
O SR. MAJOR MECCA - PL - Foram 142 roubos. Esse mês de
fevereiro passou para 166 roubos, 20% de aumento. Sabe por quê? Um dos motivos
é porque a viatura que tinha que estar patrulhando, defendendo o cidadão de
bem, está fazendo a segurança patrimonial do Sr. Agripino Doria.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
Nosso irmão,
cabo Natal, vereador de Nova Odessa. Minha continência, irmão.
A
SRA. ISA PENNA - PCdoB - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Um momento,
por favor. Nós temos...
A
SRA. ISA PENNA - PCdoB - Eu fui primeiro.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Nós temos
oradores inscritos no Grande Expediente. Cadê os oradores que estão inscritos?
O
SR. GIL DINIZ - PL - É a deputada Janaina
Paschoal, que iria me ceder o tempo dela. O Conte Lopes.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Teve a
permuta?
O
SR. GIL DINIZ - PL - Na verdade, ela vai
abrir mão do tempo dela para eu usar a tribuna.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sim, tem que
assinar então. Agora...
A
SRA. ISA PENNA - PCdoB - Pela ordem, eu fui
primeiro.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Só um momento. Ela
pode me ceder o tempo, presidente? Não é permuta, na verdade, porque não estou
inscrito, presidente. Acho que ela só vai abrir mão do tempo dela. É cessão de
tempo. É diferente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Não, aí temos
que chamar o deputado Reinaldo Alguz, o Agente Federal Danilo Balas, o Coronel
Nishikawa, o Adalberto Freitas, o Dr. Jorge.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Não.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Ah, já era o
tempo? Com a palavra a deputada Janaina Paschoal.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Eu cedo o tempo,
Excelência, para o colega Gil Diniz.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputado Gil
Diniz. Apenas para uma comunicação...
A
SRA. ISA PENNA - PCdoB - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Um momentinho
só, deputado Gil Diniz. Pois não, deputado Gil. Vai falando que nós já falamos.
A
SRA. ISA PENNA - PCdoB - Eu pedi a palavra,
presidente, entre uma fala e outra.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Mas tem
orador.
A
SRA. ISA PENNA - PCdoB - Mas eu pedi. Foi-me
dito que, assim que acabasse...
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - A senhora quer
fazer uma comunicação?
A
SRA. ISA PENNA - PCdoB - É, pelo Art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Não, pelo 82 é
só depois que terminarem os inscritos, deputada Isa Penna.
A
SRA. ISA PENNA - PCdoB - Então posso fazer uma
comunicação, presidente? É super-rápido.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não.
A
SRA. ISA PENNA - PCdoB -
PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, eu quero deixar expresso o meu [Expressão
suprimida.] e
repúdio a não só essa, mas a tudo que representa o deputado Frederico d’Avila.
Eu estava
olhando as redes sociais dele. O deputado fala claramente, no dia 31 de março,
que foi um dia horrível, um dia marcante, o dia do início de um período
totalitário, de torturas, de perseguição à democracia, e é exatamente isso que
ele representa.
No final das
contas, ele representa a ideologia supremacista. Ele vem aqui, já exibiu aqui
neste plenário uma foto de um cadáver de um militante que foi assassinado, o
famoso Marighella - aliás, Marighella presente! -, mas, quando a gente vai
olhar de perto, não passam de figuras tristes, figuras que nos inspiram, ou
pelo menos me inspira muita pena, porque são pessoas que perdem o contato e o
conhecimento da diversidade, da pluralidade do povo brasileiro e trocam isso
pelo ar e pela ideologia de superioridade, de eugenia.
Então, o
deputado, na minha opinião, tem práticas fascistas quando reivindica, por
exemplo, a ditadura militar. Ele tem práticas fascistas quando fala da tal da
ideologia de gênero, que é uma coisa que foi inventada.
O feminismo não
fala de ideologia de gênero. Basta procurar em qualquer rede social de qualquer
feminista ou em qualquer livro da Simone de Beuavoir ou Lélia Gonzalez. Ninguém
fala de ideologia de gênero.
Mas não me
espanta também olhar os números do deputado. O deputado teve uma campanha que
custou, no total, quatro milhões e 800 mil reais. Com todo esse dinheiro, não
conseguiu mais que 25 mil votos.
Deputado, para
usar como exemplo: é isso que o senhor representa. O senhor representa uma
mentira muito bem paga, mas que tem um limite e que vai para o esgoto, para a
lata de lixo da história.
Então, deixo
aqui todo o meu repúdio, a minha tristeza, a minha pena a essa figura triste,
pequena e fascista que é o deputado Frederico d’Avila, que perderá o mandato se
esta Casa ainda for fazer justiça.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - REPUBLICANOS - Questão de
ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Não, senhor.
Eu só quero que tirem a palavra “nojo” dos anais desta Casa.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - REPUBLICANOS - Era apenas
para pedir isso, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Por favor, só
peço para retirar isso. Só para retirar, deputada Isa.
Eu quero fazer uma comunicação, como
presidente, de que serão canceladas as duas extras de hoje e programadas para a
próxima terça-feira, às 16 horas e... Dez minutos, assim que terminar a sessão,
às 16 horas e 30 minutos, ou dez minutos após, e que não haverá Colégio de
Líderes.
Houve algumas... Já faz 15 dias que eu
informei que iríamos pautar na primeira semana de abril, mas alguns líderes,
vários líderes me ligaram hoje dizendo que não tinham a informação.
Então, estou avisando em plenário para
os deputados, para os líderes, que não haverá Colégio de Líderes segunda-feira.
É uma sessão que ela é 12 horas... Cada parlamentar tem 30 minutos para falar
apenas sobre o tema. Deixar muito claro que isso é claro. É uma sessão
diferente das outras sessões. Então eu gostaria do respeito de todos, porque se
não houver eu vou precisar à época cortar o microfone.
Então nós não podemos ter isso; falar
sobre o tema. Então estão canceladas as duas sessões extraordinárias de hoje e
programadas para a próxima terça-feira. São dez horas. Deverá entrar na
quarta-feira e assim sucessivamente até a gente decidir terminar essa
discussão.
O
SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - É sobre este
tema?
O
SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - É sobre este
tema.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não.
O
SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS – PARA
COMUNICAÇÃO - Foi convocado na semana que vem, nesse mesmo dia, o Conselho de
Ética para decidirmos sobre a questão do deputado Arthur do Val, o relator vai
apresentar.
Enquanto estiver acontecendo a
comissão, no caso o conselho, quando entrar na Ordem do Dia vai cair. Então é
possível ser na primeira extra ao invés de ser na Ordem do Dia, Sr. Presidente?
Porque senão vai prejudicar o conselho na semana que vem.
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - A primeira
extra agora nós podemos marcar, por exemplo, às 17 horas. Depois disso não.
Então vamos fazer o seguinte: a extra na terça-feira que vem, dia...
Sras. e Srs. Deputados, nos termos do
Art. 100, I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão
extraordinária, a realizar-se no dia 12 de abril, às 17 horas, em cumprimento
ao interstício mínimo previsto no § 3º, Art. 100, do Regimento Interno, com a
finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia: Projeto de resolução nº 3,
de 2022, de autoria do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, que decreta a
perda temporária do exercício de mandato do deputado Frederico d’Avila pelo
prazo de três meses.
Então muito claro, será na próxima
terça. Que não me venham dizendo que não foram avisados. Isso já faz um mês que
eu estou dizendo sobre isso, falando da primeira semana de abril, que,
infelizmente, eu não consegui fazer. É na próxima então. Uma sessão de 12 horas
para terminar a discussão e uma resolução do Conselho de Ética.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Sr. Presidente, apenas
para uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pois não,
deputado.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu quero apenas lamentar aqui a conduta de um
professor de uma rede particular aqui de São Paulo, cuja mensalidade é na casa
de dez mil reais, que teria humilhado um aluno apenas por discordar daquilo que
estava sendo ministrado.
É
impressionante que ainda em pleno século XXI alguém venha usar da arrogância
para falar dos seus diplomas, falar que é formado em Harvard e que um aluno não
pode ter uma opinião divergente. Foi uma situação extremamente constrangedora e
os pais estão pedindo punição deste professor, que a meu ver não educa ninguém
e apenas causa constrangimento.
Aliás, ele fere
o Estatuto da Criança e do Adolescente quando humilha alguém que, numa plateia
de mais de 300 pessoas, foi humilhado e execrado por esse professor, que se
usou da sua autoridade para se impor de forma ofensiva e até humilhante para
aquele adolescente que estava apenas discordando do seu posicionamento.
Eu quero aqui
lamentar e espero que esse professor chamado Messias Basques venha a ter todas
as correções que ele merece, seja do Ministério Público que cuida da criança,
infância e juventude, seja também dessa escola, que a meu ver parece ser uma
escola bastante requisitada, porque uma mensalidade de dez mil reais, isso é
preço de faculdade de Medicina.
Então fica aqui
o meu registro nesse sentido, Sr. Presidente. Obrigado, deputado Gil Diniz,
pela permissão de poder falar antes de Vossa Excelência.
O
SR. GIL GINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, nobre deputado. Subo aqui à tribuna, agradeço
ao presidente Carlão Pignatari. E peço também, deputado Carlão, presidente da
Assembleia, estava acompanhando o Conselho de Ética hoje pelas redes sociais e
tentei entrar pela TV Alesp e estava passando a sessão na Câmara dos
Vereadores.
Como
antecipamos a sessão aqui no plenário e eu sei que tem esse acordo da Rede
Alesp ou da Assembleia Legislativa com a Câmara Municipal, as sessões ficam uma
em cima da outra.
Então todos os
paulistas que quiseram acompanhar hoje pela TV Alesp não conseguiram, porque
estava sendo deliberada uma sessão na Câmara Municipal. Exatamente, estava
sendo apenas pelo YouTube.
Vamos tentar
pelo menos, presidente, se for possível, obviamente, fazer que a entrada da
programação da Rede Alesp seja justamente na entrada do Pequeno Expediente, já
que nós alteramos, antecipamos o horário. É só uma solicitação deste
parlamentar. Obrigado por mudar hoje justamente essa pauta, colocar para semana
que vem e atender o apelo desses deputados.
Presidente,
subo nesta tribuna também para me solidarizar com a Dra. Débora Faitarone,
deputado Conte Lopes. A Dra. Débora foi punida, deputado Frederico d’Avila,
pelo órgão superior do Tribunal de Justiça de São Paulo por, vejam o crime,
Mecca, olhem o crime da juíza, absolver policiais militares que, no estrito
cumprimento do dever legal, agiram em legítima defesa, e o vagabundo morreu.
Ela absolveu,
ela cometeu o crime, Mecca, de absolver policiais militares, e isso é
inadmissível para alguns aqui, no estado de São Paulo, e alguns aqui, no
Brasil.
Se ela tivesse
absolvido Fernandinho Beira-Mar não teria sido punida, deputado Gilmaci, e
levada à aposentadoria compulsória. Se ela estivesse no Superior Tribunal
Federal, no Supremo e tivesse colocado o André do Rap para fora da cadeia pela
porta da frente para fugir depois e ficar longe da Justiça, ela não teria sido
punida, deputado Conte Lopes.
Então minha
solidariedade aqui a essa juíza, que eu tive a honra e o orgulho de conhecer,
que preza pela boa Justiça, que segue o nosso ordenamento jurídico e que, por
isso, Mecca, hoje é punida com a aposentadoria compulsória, como se algo errado
tivesse sido feito.
Então falo aqui
para as nossas forças de Segurança, para os nossos policiais militares e civis
que essa juíza que absolveu policiais militares no estrito cumprimento do dever
legal hoje é punida no estado de São Paulo.
É um tapa na cara no povo de bem, é um tapa na
cara dos nossos policiais, é um tapa na cara nos nossos juízes que seguem a
Justiça, que não militam, Conte, contra homens da força de Segurança Pública,
contra este parlamento aqui.
Novamente,
parabéns, Dra. Débora. Saiu de cabeça erguida, não se curvou a esse sistema
cruel que quer nos subjugar a qualquer custo, não pediu bênção a ninguém, não
se dobrou a isso.
Então os meus
parabéns. Sai de cabeça erguida, o povo de São Paulo a aplaude, as nossas
forças de Segurança também. Vossa Excelência foi uma juíza justa no cumprimento
do seu dever. Meus parabéns!
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Wellington Moura.
* * *
Presidente, eu
fico surpreso, não tão surpreso, com a colocação da deputada Isa Penna. Há uma
discussão, há uma guerra de narrativas quando nós tratamos sobre o regime
militar, mas notem bem, ela veio ao microfone e chamou o deputado de fascista,
ela veio ao microfone e disse que tem nojo do deputado, ela veio ao microfone e
colocou aqui quanto ele gastou na campanha dele e quantos votos ele conseguiu.
Não sei se tem aí uma ilação de alguma maneira.
Eu não tenho
procuração para defender o deputado Frederico d’Avila, que é meu amigo. Então
já deixo aqui registrado que V. Exas. não me verão com outra postura que não
seja essa, de subir aqui e colocar a minha posição favorável a esse amigo que
tenho.
Mas olhem só
vocês os pesos e as medidas. O deputado federal Eduardo Bolsonaro fez uma
ironia, você goste ou não, com a militante de extrema esquerda Miriam Leitão,
deputado Douglas, que, no regime militar, estava filiada a um grupo revolucionário,
a um grupo terrorista. Cometeu, Mecca, vários crimes.
Aí o deputado
Eduardo Bolsonaro, ele vem na sua rede social, faz uma ironia - que você pode
gostar, você pode não gostar -, mas ele coloca: “Tenho pena da cobra”. “Meu
Deus, que absurdo, tem que ser cassado”, e os partidos se reúnem - os partidos,
obviamente, de extrema esquerda. E fazem nota de repúdio, e colocam no Conselho
de Ética, e querem a cassação do deputado.
Olha, é
difícil, é difícil fazer a boa política com juízes justos sendo aposentados
compulsoriamente, Mecca, com parlamentares conservadores que não têm o direito
de sequer fazer uma ironia contra aqueles que desejam a nossa morte. Contra
aqueles que nos esfaqueiam - e aqui não é figura de linguagem, não, é verdade,
Conte Lopes. Que tentam nos tirar a vida a todo momento.
Com aqueles que
fazem o rosto, o crânio do presidente Bolsonaro, e jogam futebol com ele. Você
já imaginou se fosse feita a mesma coisa com o Alexandre de Moraes, o que iria
acontecer, deputado Gilmaci? Armar a cadeia no outro dia. Está mandando prender
parlamentar. E dependendo do que vocês falem aqui na tribuna, é um risco de ir
preso, né, com esses ditadores de toga.
A esses, tudo
pode. Esses aí não têm problema nenhum de chamar, de ofender, de criminalizar
políticos a qualquer momento. E para finalizar, presidente, já foi dito aqui
hoje pelo deputado Frederico d’Avila, deputado Carlos Cezar colocou, já pontuei
também. Novamente... Fred, como é o nome do professor? Messias...
O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Basques.
O SR. GIL DINIZ - PL - Messias Basques, que não aceitou o
questionamento do aluno - lembre-se aqui, deputado Gilmaci, aluno devidamente
matriculado no colégio, com uma mensalidade mínima de dez mil reais. Uma
militante de extrema esquerda filiada ao PSOL foi lá dar uma palestra para
aterrorizar, para acabar, para denegrir a imagem do agronegócio.
E esse aluno,
Gilmaci, teve a ousadia de pedir a palavra, questionar e discordar. Um aluno
discordou do professor e dessa militante de extrema esquerda que foi candidata
a vice-presidente na chapa do Boulos.
E o professor
humilha publicamente, na frente de 300 alunos, dizendo que ele é doutor, ele é
antropólogo, ele é formado em Harvard, que esse adolescente vai ter vergonha
daqui a alguns anos desse posicionamento que ele tem.
Cadê o pai e a
mãe desse moleque? Mas se fosse meu filho, eu pegava esse professor na porrada.
Que vagabundo de professor, um militante travestido de professor, que humilha
adolescente em sala de aula na frente dos seus colegas, dos seus amigos.
Argumento de autoridade para humilhar adolescente que ousa questionar o
professor.
Dez mil reais.
Dez mil reais, senhores, a mensalidade desse colégio. Estão educando aqui a
elite de São Paulo, a elite brasileira, com esses revolucionários pedagógicos.
Esses que
querem fazer a revolução agora não mais com armas, né? Eles têm pavor de armas,
ui ui. Agora, é emboscando criança em sala de aula, não é trocando tiro ali,
frente a frente.
Como esse sem
vergonha aqui, teve outro professor em Piracicaba. Nós queremos implantar -
olhem o crime que nós queremos implantar na educação de São Paulo - uma escola
cívico-militar na cidade de Piracicaba. Olha que ousadia do nosso governo,
governo do presidente Bolsonaro, implantar uma escola cívico-militar em Piracicaba.
O professor,
mais um revolucionário ali com diploma de pedagogo, pega duas crianças, leva
para um restaurante, paga café, água, dá um presente ali para as crianças e
diz: “Vocês são a favor ou contra a escola cívico-militar?” Pô, a molecada não é
idiota, né? “Pô, a gente é contra”. Ele sabia o que esperar.
Aí fala o
seguinte: “E vocês, são Bolsonaro ou são Lula?”. A molecadinha, Mecca: “Nós
somos Lula. Nós somos Lula” fazendo o “L” do ex-presidiário, cachaceiro, que
disse, Conte, que vai fazer a paz agora tomando cerveja em um boteco. Mas é um
palhaço mesmo.
Então, deixo
aqui o meu repúdio a esses professores, a esses pedagogos, travestis, que
entram em sala de aula e emboscam nossas crianças. Atenção, pais: esses
revolucionários querem tomar os seus filhos, e não é de hoje.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Infelizmente
nós estamos esgotando o presente momento. Dezesseis horas em ponto. Então, nós
vamos entrar agora no Art. 82.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Primeiramente, eu queria saudar a todos os AEVPs que estão
aqui, conclamando a criação da Polícia Penal.
E que,
justamente, estão aqui com o seu pleito junto à Assembleia Legislativa. Recebi
ontem contato das lideranças. E cumprimento todos que estão aqui neste momento.
E digo que estamos juntos nessa empreitada, eu e a nossa bancada.
E,
complementando, enquanto eu estava visitando o Conselho de Ética, o deputado
Conte Lopes me disse que a deputada Isa Penna falou os maiores impropérios
contra mim.
Então, deputado
Gil Diniz, você viu que o professor da dita escola tem lado. E tem defensora.
Ela é defensora do professor da escola. E veio aqui defendê-lo, de forma
bastante incisiva.
Como diz o
nosso presidente Bolsonaro, esse pessoal, quando fala mal da gente, está nos
promovendo. Seria estranho se falassem bem de nós. Eu fico feliz que ela tenha
falado os maiores impropérios a meu respeito. Afinal de contas, se ela fala
isso, é porque estou agindo da maneira correta, estou na trajetória correta.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. CAIO FRANÇA - PSB - PARA
COMUNICAÇÃO - Eu gostaria também de registrar a presença da mobilização do
Sifuspesp, servidores da Secretaria da Administração Penitenciária, Secretaria
de Administração Penitenciária, dos AEVPs, agentes de escolta penitenciária.
Enfim, todas as
pessoas que trabalham muito dentro do sistema prisional do Estado de São Paulo.
Em nome do meu amigo Fábio Jabá, que está na luta pela regulamentação da
Polícia Penal, da qual sou signatário aqui.
São Paulo, é
bom deixar registrado, paga o 23º pior salário do Brasil. Então é justa essa reivindicação.
A categoria está indo em cada gabinete. Porque é importante que vocês possam
cobrar os parlamentares para se posicionar em relação ao tema.
Então eu quero
registrar a minha admiração e a minha parceria pela luta. Em nome do Fábio
Jabá, cumprimentar todos os demais colegas que vieram aqui, de diversas regiões
do estado de São Paulo, para poder manifestar de forma democrática.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE – WELLINGTON MOURA – REPUBLICANOS -
Obrigado. Antes de passar a palavra para o próximo deputado ou deputada, eu
gostaria só de registrar a presença... (Manifestação nas galerias.) Uma salva
de palmas para todos vocês, representantes. Sejam bem-vindos a esta Casa de
Leis.
Eu gostaria só de comunicar a todos os
deputados que nós estamos recebendo hoje o deputado estadual Jory Oeiras,
deputado estadual do Amapá, que está aqui presente, e é o 3º Secretário da Mesa
Diretora da Assembleia Legislativa do Amapá. Junto com ele, a sua esposa, o
Cesar Junior e o Geraldo Oliveira. Deputado, seja bem-vindo a esta Casa de
Leis. Vamos dar uma salva de palmas ao deputado. Veio conhecer a Assembleia
Legislativa. (Palmas.)
Já conhece a Assembleia, aliás. E veio
novamente para entender um pouco mais sobre o Regimento Interno do Estado de São
Paulo. Seja bem-vindo, deputado.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Eu quero usar a tribuna pelo Art. 82, do Regimento Interno.
O
SR. PRESIDENTE – WELLINGTON MOURA – REPUBLICANOS -
É regimental, deputado.
A
SRA. ADRIANA BORGO - PTC - PARA COMUNICAÇÃO -
Eu quero parabenizar todos os AEVPs 2014. Parabéns por vocês não desistirem.
Nós estamos, há anos, pedindo o chamamento desse concurso. Não só deles, mas
também da Polícia Civil, de toda a Polícia Penal. E também dizer que esses
meninos representam o elo entre o mal e o bem. Quem fica lá na muralha são os
ASPs. Quem fica levando preso são os AEVPs.
Nós precisamos de efetivo. Porque, além
de sobrecarregar, nós ainda temos a dificuldade de terem tirado esses homens e
mulheres, que prestaram concurso, que se esforçaram, que foram sim aprovados, e
que foram desprezados, mesmo tendo a necessidade da contratação.
Meu grande abraço, parabéns.
(Manifestação nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE – WELLINGTON MOURA – REPUBLICANOS -
Passo a palavra o deputado Carlos Giannazi, pelo Art. 82.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, servidores e
servidoras do sistema prisional, é uma honra receber vocês na Assembleia
Legislativa.
Vocês, que
estão em luta, em defesa de melhores salários, melhores condições de trabalho,
lutando contra as perseguições e o assédio que existe dentro do sistema
prisional, pela imediata chamada de todos os aprovados nos concursos públicos,
sobretudo esse AEVP, que foi feito em 2014. É um escândalo que até hoje,
deputados e deputadas, num concurso realizado em 2014 não tenha havido ainda o
chamamento dos aprovados. E outros concursos que estão parados na SAP.
Então, é muito
importante que o governo faça a chamada e que os deputados pressionem. Os
deputados que realmente têm compromisso com a categoria, com os servidores do
sistema prisional, têm que fazer pressão em cima do governo para que ele faça a
chamada imediata de todos os aprovados.
Dizer também
que a luta dos servidores do sistema prisional é uma luta primeiramente, hoje,
em defesa da regulamentação de uma lei já aprovada no Congresso Nacional.
É a polícia
penal, que o estado de São Paulo, o maior estado do Brasil, o mais rico, que
tem o maior sistema prisional da América Latina, não realizou ainda; não
aprovou a PEC da polícia penal. O governo nem encaminhou uma PEC para a
Assembleia Legislativa.
Mas nós
encaminhamos duas. Existem duas PECs tramitando aqui dentro da Assembleia
Legislativa: a PEC 01, que foi a nossa, que eu protocolei junto com os
servidores do fórum penitenciário; e uma outra, que eu assinei também, que é do
deputado Olim. Então, as condições já estão dadas, até porque as duas PECs já
estão prontas para serem votadas, já estão em condições de votação.
A luta dos
servidores também é pelo abono penitenciário, pela chamada, logicamente dos
aprovados, e sobretudo... E eu quero agradecer muito por vocês terem colocado
na pauta a aprovação do PDL 22, que acaba com o confisco das aposentadorias e
pensões.
É um verdadeiro
absurdo que esse projeto não tenha sido aprovado ainda. Há uma sabotagem, o
governo sabota o nosso PDL 22, que não é nosso PDL, na verdade; ele está
sabotando a luta contra o confisco das aposentadorias e pensões.
E mais uma vez,
aqui da tribuna, nós exigimos que a Comissão de Finanças libere o projeto
porque ele está na última comissão; só falta a liberação da emenda do PDL 22
para que o projeto venha ao plenário e seja votado.
Então, parabéns
pela mobilização. Vejo o Fábio Jabá, o presidente do sindicato, um dos grandes
líderes do movimento dos servidores. Parabéns, Fábio Jabá; parabéns a vocês que
foram aprovados e aprovadas no concurso. E nós faremos em breve, daqui a pouco,
uma audiência pública importante com vocês, dando voz e vez aos servidores do
sistema prisional.
E discordar
radicalmente do deputado Gil Diniz, que fez aqui uma intervenção defendendo o
Eduardo Bolsonaro, que fez apologia à tortura. A Miriam Leitão, de quem
discordo veemente do ponto de vista político, do ponto de vista das análises
políticas que ela faz, sempre discordei, tenho profundas discordâncias...
Mas o que o
deputado federal Eduardo Bolsonaro falou foi uma homenagem à tortura, uma
ironia com uma pessoa, uma jovem de 19 anos, grávida, que foi barbaramente
torturada durante a ditadura militar no Brasil.
Ela estava
grávida, foi colocada numa sala escura, nua, com uma cobra, uma jiboia. E ele
ironizou, falou que ficou com dó da cobra. Eu fico pensando, porque esse
pessoal que fala que defende o conservadorismo: “nós somos conservadores, somos
contra o aborto, defendemos o feto...”. Mas não estavam defendendo lá uma
mulher grávida, que poderia abortar, porque estava sendo torturada.
Um verdadeiro
absurdo. Nós defendemos a imediata punição do Eduardo Bolsonaro, porque ele
estava fazendo apologia à tortura. Isso é crime; ele tem que ser
responsabilizado por isso.
Em relação ao
professor - eu não vou ter mais tempo de falar -, também discordo veemente das
colocações feitas aqui contra um professor que estava promovendo um debate
sobre a questão indígena no Brasil.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Carlos Giannazi. (Manifestação nas galerias.)
Deputado Douglas Garcia.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - REPUBLICANOS - Uma
comunicação, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS -
Uma comunicação, deputado Douglas Garcia.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente.
Sr. Presidente,
eu gostaria de usar essa comunicação para manifestar o meu repúdio com o que
aconteceu na semana passada, na região central da cidade de São Paulo.
Um grupo
terrorista, evidentemente terrorista, um grupo de pessoas que estavam com armas
brancas, invadiram mercados no centro de São Paulo, lojas de supermercados,
tentando fazer com que a sua vontade política, que também não passa de
ideologismos baratos, fosse atendida e eles quiseram fazer isso na base da
violência, na base da agressão, e aconteceram aquelas cenas lamentáveis que
vimos aqui na semana passada.
Inclusive eu
até peguei aqui a razão social desse grupo, desses vários grupos que convocaram
esses atos antidemocráticos que aconteceram semana passada na cidade de São
Paulo e estou levando a conhecimento do Ministério Público do Estado de São
Paulo, para que tome providências severas contra esses grupos que acham que
podem promover o caos e o terrorismo aqui no nosso estado.
Já disse antes,
uma, duas, três vezes que a gente ia brigar contra esses grupos de
extrema-esquerda e novamente repito, vocês não passarão impunes.
Nós já pegamos
todas as informações necessárias, identificamos aqueles autores por convocar
esses atos antidemocráticos e estamos pedindo uma intervenção imediata do
Ministério Público do Estado de São Paulo para que aja no sentido de proteger
toda a população, porque quando um grupo ameaça invadir propriedades privadas
para que a sua vontade política seja atendida nós não estamos falando de
democracia, estamos falando de um grupo arruaceiro, clandestino, que precisa
ser combatido com a força do estado. E este estado não pode se silenciar diante
do que aconteceu.
Gostaria, Sr.
Presidente, nos poucos segundos que me faltam, de concordar com as palavras do
deputado estadual Gil Diniz com relação àquele professor que teve aquela
atitude nojenta de querer silenciar, censurar um aluno. Aquilo não foi um
debate, aquilo que ele tentou fazer foi uma humilhação completa e absoluta. Não
passa de um canalha que deveria ser afastado do Magistério.
Obrigado.
A
SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente, para pedir a suspensão desta sessão.
O
SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS -
Havendo acordo de lideranças, está suspensa a sessão até as 16 horas e 30
minutos.
*
* *
- Suspensa às 16 horas e 12 minutos, a
sessão é reaberta às 16 horas e 33 minutos, sob a Presidência do Sr. Adalberto
Freitas.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - PSDB - Ordem do Dia.
*
* *
- Passa-se à
ORDEM
DO DIA
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - PSDB - Há sobre a
mesa requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 734, de 2021, de autoria do
Tribunal de Justiça, que cria serventia extrajudicial na comarca de Artur
Nogueira.
Em discussão. Não havendo oradores
inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
Convocação. Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado
com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das
comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Finanças, Orçamento e
Planejamento, a realizar-se amanhã, às 11 horas, em ambiente virtual, com a
finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 734, de 2021, de autoria do Tribunal
de Justiça.
Convocação. Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado
com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das
comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Saúde, a realizar-se amanhã,
às 11 horas, em ambiente virtual, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei
nº 884, de 2021, de autoria do nobre deputado Marcio da Farmácia.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, gostaria de registrar, mais uma vez, a
presença dos servidores do sistema prisional, que, dentro de alguns instantes,
vão realizar uma audiência pública em defesa da Polícia Penal, em defesa da
aprovação da PEC 1, da PEC 4, que nós apresentamos. São PECs prontas para serem
votadas no plenário da Assembleia Legislativa.
Nós estamos
aqui, além do sindicato, que eu já citei, que é presidido pelo Jabá, temos o
Sindcop, de Bauru. É uma honra receber vocês. E o Sindasp também está presente.
É o Fórum Penitenciário. (Manifestação nas galerias.)
Toda unida, a
união sindical, em defesa da categoria. Parabéns pela mobilização de vocês.
Eles também estão defendendo o abono penitenciário, a chamada imediata de todos
os aprovados nos concursos públicos, e a aprovação imediata do PDL 22, nosso
PDL, que acaba com o confisco das aposentadorias e pensões.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
A
SRA. ADRIANA BORGO - PTC - PARA COMUNICAÇÃO -
Só para uma breve comunicação. Só para alertar que estou com o holerite aberto,
do meu esposo, sargento da Polícia Militar. Os inativos, os aposentados, os
veteranos, as pensionistas, não consta no holerite o reajuste salarial
retroativo.
Então nós esperamos que venha, em
dinheiro, agora no pagamento. E que depois seja feito o holerite. Porque, se
não, é mais uma mentira do governo João Doria. Então, só para alertar que vamos
contatar a SPPrev, para que nós tenhamos uma resposta. Por que não está, no
holerite deste mês, para os policiais aposentados e pensionistas, o reajuste
salarial?
Muito obrigada.
O
SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu quero cumprimentar
todas as deputadas e deputados.
E quero
comemorar a decisão do ministro do STF, Luiz Roberto Barroso. Que
sensivelmente, diferente do desgovernador, que agora não é mais governador, do
ex-governador João Agripino Doria, não teve coragem de sancionar o nosso
Projeto de lei nº 146, que foi apresentado por este deputado, pela deputada
Leci Brandão, e pelo deputado Maurici, aprovado nesta Casa.
Não teve
coragem de sancionar o projeto de lei que desautorizaria, ou seja, não
permitiria que despejos ou reintegrações de posse ou desocupações, ainda que
administrativas, ocorressem em período de pandemia, enquanto perdurar essa
pandemia. Lembrando que, a pandemia, pode parecer que amenizou, é verdade. Mas
não tem expectativa, dos efeitos dela, até aonde vão.
Infelizmente, o
governador do Estado de São Paulo, que era governador, vetou o nosso projeto.
Mas o ministro do STF, Luiz Roberto Barroso, sensivelmente, atendendo ao clamor
do movimento Despejo Zero, dos movimentos sociais, e também desta Casa, dos
deputados e deputadas que tiveram coragem de pedir, de insistir para que o
ministro do STF prorrogasse esse prazo, ele prorrogou o prazo por mais alguns
meses, até 30 de junho.
Isso é uma
decisão que deve ser comemorada pelos movimentos sociais. Então quero repudiar
a falta de sensibilidade do ex-governador João Agripino Doria. E comemorar, e
festejar, a decisão do ministro do STF, Luiz Roberto Barroso, por ter
suspendido cumprimento de ordem judicial, por mais um período, até 30 de junho
de 2022.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Havendo acordo de lideranças, peço para levantar a presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - ADALBERTO FREITAS - PSDB - Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje. Está levantada a sessão. Muito
obrigado.
*
* *
- Levanta-se a
sessão às 16 horas e 39 minutos.
*
* *