12 DE ABRIL DE 2022
19ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: JANAINA PASCHOAL, GIL DINIZ, FREDERICO D'AVILA e
CONTE LOPES
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência e abre a sessão. Desconvoca sessão
extraordinária marcada para as 17 horas do dia de hoje.
2 - CORONEL NISHIKAWA
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - LECI BRANDÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
5 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - FREDERICO D'AVILA
Assume a Presidência. Registra a presença da dupla sertaneja
Mateus e Cristiano.
7 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência.
9 - FREDERICO D'AVILA
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, faz pronunciamento.
12 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
13 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - CONTE LOPES
Assume a Presidência.
GRANDE EXPEDIENTE
15 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
16 - GILMACI SANTOS
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
17 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, faz pronunciamento.
18 - CAIO FRANÇA
Para comunicação, faz pronunciamento.
19 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
20 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência.
21 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
22 - RAFAEL SILVA
Para comunicação, faz pronunciamento.
23 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Endossa o pronunciamento do deputado Rafael Silva.
24 - CONTE LOPES
Para comunicação, faz pronunciamento.
25 - CARLOS GIANNAZI
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
26 - ADRIANA BORGO
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
27 - CONTE LOPES
Para comunicação, faz pronunciamento.
28 - ADRIANA BORGO
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
29 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de 13/04, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Janaina
Paschoal.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Boa tarde a
todos. Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a
leitura da ata da sessão anterior e recebe o expediente.
Antes de iniciar o Pequeno Expediente,
esta Presidência, cumprindo decisão liminar, proferida no Agravo de Instrumento
nº 2054770-40.2022.8.26.0000, que se refere ao Projeto de Resolução nº 3, de
2022, desconvoca a sessão extraordinária que se realizaria na data de hoje, às
17 horas.
Para aqueles que nos acompanham, eu
traduzo. Hoje nós votaríamos a proposta da Comissão de Ética de sanção ao
deputado Frederico d’Avila. A defesa do deputado promoveu uma ação, junto ao
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, e conseguiu uma medida antecipada,
uma antecipação de tutela. Por isso, a sessão de julgamento, que ocorreria
hoje, não ocorrerá nesta data.
Inicio o Pequeno Expediente com a
leitura da lista de oradores inscritos. Chamo à tribuna o nobre deputado
Castello Branco. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Janaina
Paschoal na Presidência. Neste momento, não faço uso da palavra. Deputada Edna
Macedo. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.)
Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado
Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputada Marta
Costa. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Conte Lopes.
(Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. Vossa
Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CORONEL NISHIKAWA - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a
todos. Sra. Presidente, boa tarde, e a todas as assessorias parlamentares
presentes. Bom, hoje eu vou utilizar o Pequeno Expediente - ultimamente não
estou ocupando muito esta tribuna - para poder falar sobre a corporação a que
nós pertencemos e que tanto amamos.
Por uma dessas
mazelas da nossa vida, nós sempre somos criticados por pessoas que não conhecem
o nosso trabalho. Nós trabalhamos aqui com seriedade; não sou aquele crítico de
ninguém, absolutamente ninguém. Não faço críticas a colegas, mas infelizmente a
gente tem sofrido críticas injustas.
Nós fomos
homenageados em Santos, na sexta-feira passada, pelo Corpo de Bombeiros - 6o
GB, 6o Grupamento de Bombeiros. Daqui, foram homenageados: o
deputado Danilo Balas, o deputado Gil Diniz e a deputada federal Rosana Valle.
E eu também fui um dos homenageados. Eu gostaria, Machado, por gentileza, de
passar o vídeo que esclarece muitas coisas que nós fizemos em virtude da
votação de um projeto.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Bom, só para
complementar, presidente, dizendo que o Carlão Pignatari, o atual presidente,
foi fundamental para nos encaminhar. Eu acho que a gente não pode se furtar de
agradecer às pessoas que fizeram parte desse processo.
Com tudo isso,
o Corpo de Bombeiros hoje vai expandir para mais cidades. Agradeço a
todos a compreensão, e que todos entendam que o nosso trabalho aqui é voltado
institucionalmente.
Muito obrigado.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL -
PRTB -
Nós agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo aqui com a lista dos oradores
inscritos, chamo à tribuna a nobre deputada Leci Brandão, que terá o prazo
regimental de cinco minutos.
A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra.
Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, público
que nos assiste pela nossa querida TV Alesp, ontem nós recebemos no gabinete
estudantes de instituições de ensino que fazem parte do Grupo Ânima e
dirigentes também da União Nacional dos Estudantes e da União Estadual dos
Estudantes de São Paulo.
Nós conversamos inclusive sobre o aumento de 11% nas
mensalidades das escolas e das universidades, além da falta de aulas
presenciais. Eu acho que, nesse sentido, nosso mandato já apresentou quatro
projetos no sentido de amenizar essa situação dos estudantes. Além dos
estudantes, estão sofrendo com essa situação os professores, com salários
precarizados e falta de estrutura para o exercício dessa profissão.
Por isso, eu quero parabenizar o meu amigo e deputado Carlos
Giannazi, pessoa a quem eu respeito demais, pela audiência pública de ontem,
que debateu essa questão e apontou a necessidade de criação da CPI do Grupo
Ânima, para investigar essa questão. Parabéns, Giannazi, pela sua iniciativa.
Para finalizar, eu quero destacar que hoje o Conselho de
Ética desta Casa terá a oportunidade de dar uma resposta ao povo de são Paulo
sobre atos extremamente graves cometidos por um dos parlamentares.
As declarações feitas sobre as mulheres ucranianas devem ser
não apenas repudiadas, mas também seriamente punidas. Não se pode aceitar que
representantes eleitos incitem o abuso sexual sem que haja uma resposta
contundente.
O tipo de pensamento expressado pelo deputado é o que
fortalece o sofrimento e a dor de mulheres e crianças vítimas da violência de
gênero, do tráfico de pessoas e do chamado turismo sexual.
O que aconteceu não pode ser apagado com um simples pedido
de desculpas. Eu estou certa de que o Conselho de Ética desta Casa e os
parlamentares terão a seriedade e o compromisso para dar a resposta que o povo
de São Paulo precisa.
Nós não temos por norma, nem é exemplo nosso, ficar aqui
ofendendo colegas, falando palavras de baixo calão nesta tribuna, tendo um
comportamento que às vezes chega a ser indecente nesta Casa, como muita gente
sabe que tem hoje em dia.
Esta 19ª Legislatura na verdade às vezes nos envergonha,
porque ela é triste demais, é muita confusão. Mas esse caso em relação às
mulheres foi um caso grave, foi um caso que não pode ser esquecido, e não se
pode passar pano nessa situação.
A gente, do PCdoB, e nós, que somos mulheres... Embora eu
seja uma mulher negra, eu sou mulher e defendo todas as mulheres, todas e
quaisquer mulheres. Por isso, eu acho que o Conselho de Ética tem que tomar,
sim, uma atitude e uma atitude séria, uma atitude enérgica, uma atitude
legítima, para que a gente continue a ter honra na Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
*
* *
-
Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre deputada Leci Brandão.
Dando
início à Lista Suplementar, convido a fazer uso da palavra o nobre deputado
Ricardo Madalena. (Pausa.) Nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Nobre
Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Nobre deputado Frederico
d'Avila. (Pausa.) Nobre deputado Emidio de Souza. (Pausa.)
Nobre
deputada Professora Bebel. (Pausa.) Nobre deputado Edmir
Chedid. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Nobre deputada Carla
Morando. (Pausa.) Nobre deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Nobre deputada
Janaina Paschoal. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento as pessoas que nos acompanham, Sra.
Deputada presente no plenário, V. Exa., Sr. Presidente, Srs. Funcionários, eu
tenho vários temas a tratar, mas o primeiro deles é, na verdade, uma sequência
do assunto que eu venho visitando já há alguns dias aqui na Assembleia, que é a
situação das crianças que estão vivendo sozinhas nas ruas.
É óbvio que
crianças e adolescentes vivendo nas ruas nos preocupam a todos, mas aquelas
crianças e adolescentes que, pelo menos, estão na companhia de seus pais, ou
pelo menos da mãe, do pai, do avô ou de um tio preocupam, mas preocupam um
pouquinho menos, porque tem um adulto olhando por eles.
A minha
preocupação maior hoje é com as crianças e adolescentes que estão vivendo sós
nas ruas e, por isso, ficam mais suscetíveis a sofrerem todo tipo de abuso, de
exploração e de crimes.
Pois bem, eu
venho dizendo aqui que tenho feito visitas e reuniões com os atores
encarregados de interferir nessa situação, de reverter essa situação, e todos
dizem: “Doutora, tem que mudar o ECA, porque o ECA não permite que a gente leve
uma criança para um abrigo”.
Não estou
falando de Fundação Casa, de prisão, estou falando de abrigo, que eu fui
visitar. São casas como as nossas casas, entendeu? Com quarto, com sala, com
cozinha. Eles dizem assim: “Tem que mudar o ECA, doutora, porque a gente não
pode levar e, se a gente leva, essa criança pode sair a hora que quiser, 24
horas por dia”.
Pois bem, eu
digo, não tem isso no ECA, não tem isso em lei nenhuma. O que foi que eu
descobri pela mão de Deus? Que, na Câmara dos Vereadores, está para ser votado,
em segundo turno, um projeto de lei, que é o PL 253/21, no qual se cria a lei
que eles dizem que já existe.
Esses vários
agentes que, acredito, bem-intencionados, acham que já existe uma lei os
proibindo de levar uma criança para um abrigo ou de dizer: “Não, você não vai
voltar para a cracolândia, você não vai voltar para a rua, porque você vai para
a escola”. Esses assistentes sociais, conselheiros tutelares, precisam saber que
a Câmara dos Vereadores está para criar a tal lei que não existe, deputado Gil.
Leia o Projeto
253, de 2021, que já foi votado, aprovado em primeiro turno, está para ser
votado em segundo turno na Câmara de Vereadores aqui em São Paulo. O projeto
começa bonito, fala que é pela vida, pela saúde, pela dignidade, pela busca de
criação de vínculos com as crianças e adolescentes que estão em situação de
rua, só que, lá na frente no projeto, no Art. 23 está escrito assim: “O serviço
de acolhimento especializado para crianças e adolescentes em situação de rua
deverá ser executado observando”.
Aí vem os
princípios, inciso III “estes serviços não podem, de modo algum, se
constituírem em espaços de segregação ou isolamento”. Eu concordo. Na verdade,
tem que ser como residências para essas crianças poderem ir para a escola,
poderem fazer atividades esportivas, culturais. “Não devendo possuir natureza
de acolhimento compulsório”. Aqui é que está a armadilha. No meio de um monte
de princípios bonitos está escrito assim.
Se o assistente
social chegar ali na Praça da Sé, na Praça da República, no vão do Masp e falar
para uma criança de dez anos: “A gente quer levar você para uma casa ou para
achar sua família. Se você não vai para a sua família por qualquer razão, a
gente quer te colocar em um ambiente para você poder voltar a estudar.”
E a criança,
muitas vezes ameaçada por um adulto explorador que está escondido e que, nos
casos que estou acompanhando, não é parente, a criança vai dizer “Não quero ir”
e a assistente social, se essa porcaria de lei for aprovada, que não tem outro
adjetivo, vai ter que dizer “Tudo bem”. E a criança vai ficar ali para ser
violentada, utilizada como braço do crime.
Mas é pior,
deputada Leci. O inciso V diz assim: “Devem adotar normas de funcionamento
flexíveis, permitindo a entrada e a saída das crianças e adolescentes no
período de 24 horas”.
Que diabo é
isso aqui, Srs. Vereadores? Quer dizer então que se um filho dos senhores, com
12 anos de idade, disser que, às duas da manhã, vai para a Praça da Sé, os
senhores vão abrir a porta e dizer “Tudo bem, meu filho, minha filha”?
Vocês não têm
vergonha de propor e aprovar um texto desses? Não têm vergonha de dizer que as
crianças que estão em vulnerabilidade, que a segurança delas não importa? Que
com oito anos de idade uma delas pode sair para ir ao vão do Masp, de um
abrigo, para voltar para a cracolândia para ser estuprada? Vocês não têm
vergonha?
A minha revolta
é muito grande, presidente, porque eu fui à Secretaria de Assistência Social -
e fui muito bem recebida pelo Sr. Secretário, deputado e vereador Carlos
Bezerra - e a equipe dele dizia assim: “Doutora, a gente não pode tirar criança
da rua”. E eu dizia: “O ECA não diz isso”.
E ele calado,
aparentemente me dando razão, mas, ao lado de vários vereadores, ele assinou
esse projeto. Ele está por trás do projeto que quer criar a lei para a equipe
dele não poder acolher as crianças que estão no vão do Masp.
Só que a
dinheirama para as ONGs está saindo, para as entidades. “Doutora, a gente paga
hotel. Doutora, a gente paga abrigo. Eles não querem ir.” E ele está assinando
aqui a lei para os assistentes não poderem levar essas crianças. Quer deixar
criança na rua por quê? Quem é que está lucrando com criança na rua?
Eu vou apurar
essa desgraceira aqui. Eu já entrei em contato com o Ministério Público, que
não me retornou. Já entrei em contato com os conselhos tutelares. Eu quero
entender quem é que tem interesse em deixar crianças de oito, nove, dez anos na
rua para serem estupradas e usadas pelo crime.
Esse é o
primeiro tema, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Convido para
assumir os trabalhos o nobre deputado Frederico d’Avila.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Frederico
d’Avila.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Seguindo a
lista complementar de oradores, chamo agora o deputado Gil Diniz.
Enquanto o deputado Gil Diniz se dirige
à tribuna, eu queria registrar a presença da famosa dupla sertaneja Mateus e
Cristiano, da minha querida Taquarituba, que está ali na plateia. Muito
obrigado pela presença.
Muito obrigado por alegrar o coração de
todo o nosso interior do Brasil.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, nobre presidente Frederico d’Avila. Minha
saudação aos deputados presentes no Pequeno Expediente, deputado Carlos
Giannazi, deputada Leci Brandão, deputada Janaina Paschoal, que me antecedeu
aqui na tribuna.
Boa tarde aos
assessores, aos policiais militares e civis, ao público que nos assiste na
galeria. Sejam bem-vindos, a Casa é de vocês. Se são amigos do Frederico
d’Avila, são amigos nossos também.
Escuto aqui,
Fred, uma gritaria nos corredores da Assembleia. Os pelegos do Movimento Brasil
Livre resolveram conhecer a Assembleia de São Paulo. Alguns militantes são
lotados no gabinete do deputado Arthur do Val e hoje vieram fazer um oba-oba
nesta Casa de Leis.
Eu digo por
quê? Porque o deputado Arthur do Val tem um processo no Conselho de Ética e
estão colocados ali, deputado Frederico d'Avila, estão imputados ali vários
possíveis crimes que ele cometeu que quebram o decoro parlamentar.
O voto do
relator foi pela sua cassação, do Delegado Olim, e o Conselho de Ética agora
vai deliberar justamente pela cassação e virá depois para este plenário. O
deputado Arthur do Val, um artista - com todo respeito aos artistas -, um ator,
se fingindo de vítima agora deste Parlamento. Ele agora, deputado Giannazi, se
finge de vítima.
Ele está sendo
cassado - nas palavras dele - por ele ser quem ele é. Realmente, é por ele ser
quem ele é: um canalha, um covarde, um lixo humano. Está ameaçando agora os
deputados na rede social. Disse que tem áudios de deputados aqui, mas que ele é
muito ético e não colocaria esses áudios.
Fazendo
“lives”, deputado Frederico d'Avila, com seus amigos, parceiros, inclusive
parceiros em monetização. Sabe que a profissão dele não é deputado estadual? É
“youtuber”. Ele tira de vez em quando aqui um lazer nesta Casa de Leis,
inclusive lotando os militantes do Movimento Brasil Livre.
Para vocês
terem uma ideia, você que está em casa, neste ano de 2022 praticamente o
deputado Arthur do Val não fez nenhuma propositura, Frederico d'Avila, zero.
Indicação, deputado Giannazi, ao governador, nenhuma.
Requerimento de
informação, fiscalização no governo João Doria, no Rodrigo Garcia, amigo do
Arthur do Val, que dizem aqui pelos corredores que costurava um acordo que
acabou não dando certo para salvar o mandato do Arthur.
Mas ele fez,
Fred, alguma coisa. Estava conferindo o Diário Oficial, ele fez. Ele mesmo sem
trabalhar, mesmo sem vir para este Parlamento - ele disse que iria comparecer
hoje no Conselho de Ética - colocou mais um assessor em seu gabinete, mesmo sem
ele apresentar absolutamente nada desde dezembro.
Lotou mais um
no gabinete lá, deve estar trabalhando muito. Além disso, deputada Janaina
Paschoal, ele atribuiu mais 3,2 GEDs, Gratificação Especial de Desempenho, para
alguns funcionários. Olhe que coisa interessante.
É um cara que
prega, Rodrigo, o que não faz, porque ele diz que ele é austero, que ele não
gasta o dinheiro público, mas mesmo sem produzir absolutamente nada, sem
fiscalizar, sem fazer proposta legislativa, sem comparecer ao Parlamento -
obviamente, ele estava no “tour de blonde”, estava procurando loiras pela Europa
- ele dá mais de 18 mil reais, deputado Carlos Giannazi, aos seus funcionários.
Mas é um
mascarado! Aí depois vai para a rede social, para esse bando de pelego que está
aqui, acusar os deputados daquilo que ele faz, daquilo que ele é, só que não
tem como mentir para todo mundo o tempo inteiro.
E esse cidadão,
que tem a sua estatura moral menor que a sua estatura física, está respondendo
no Conselho de Ética. E quando vier aqui ao plenário vai ser cassado, queira o
governador Rodrigo Garcia ou não; queiram os seus amigos de bancada ou não;
queira o Sérgio Moro, o seu correligionário, deputada Janaina Paschoal, ou não.
O Moro que diz
que não estaria no mesmo palanque que o Arthur do Val, mas que está hoje na
mesma agremiação. Então eu vou sair agora, deputado Frederico d'Avila, e vou
comparecer ao Conselho de Ética.
Vou pedir ali o
meu tempo regimental e repetir essas palavras olhando nos olhos desse ser
repugnante que é o deputado Arthur do Val, uma farsa, um lixo humano, alguém
que não merece estar neste Legislativo e vai ser cassado.
Não adianta
fazer chantagem com os deputados, não adianta ameaçar os deputados dizendo -
hoje saiu uma matéria no “O Antagonista” - que se cair vai cair atirando, seja
lá o que isso signifique.
Mas, Arthur,
esse tiro aí mais uma vez é de festim. Justiça será feita, não só com o povo
ucraniano, com as mulheres ucranianas que você humilhou, que você cometeu
crime, sim, mas por todos os outros que nós elencamos ali no processo no
Conselho de Ética, Arthur do Val, que é reincidente no Conselho de Ética. Ele é
reincidente, não é a primeira punição que ele ali tem.
Então, hoje,
damos mais esse passo no processo de cassação de Arthur do Val, e vamos trazer
o processo aqui ao plenário e vamos cassá-lo. E convido também aqui esse covarde
a comparecer neste Parlamento para que a gente possa aqui discutir se é válido
ou não para ele, se a punibilidade dele, se a dosimetria da pena dele está
correta ou não.
É um covarde,
não apareceu aqui, mandou duas mulheres para defendê-lo, e está lá agora
chorando no Conselho de Ética. Vamos questionar tudo, inclusive o caráter desse
lixo humano.
Obrigado, Sra.
Presidente.
*
* *
-
Assume a Presidência a Sra. Janaina Paschoal.
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado.
Seguindo aqui com a lista dos oradores
inscritos, chamo à tribuna o deputado Frederico d’Avila, que terá o prazo
regimental de cinco minutos.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Srs.
Deputados, prezada presidente Janaina Paschoal; queria aqui, primeiramente,
mais uma vez agradecer a presença dos nossos amigos, a dupla famosa, a dupla
sertaneja Mateus e Cristiano, de Taquarituba, que está aqui hoje, sempre
alegrando o nosso interior com as suas canções, com as suas músicas, e o
sertanejo verdadeiro, nada dessas coisas que são aí passageiras, mas o
sertanejo verdadeiro. Parabéns ao Mateus e Cristiano, que estão aqui nos
visitando hoje.
Sra.
Presidente, hoje eu venho a esta tribuna com sentimento de justiça que foi
feito através de uma liminar concedida pelo desembargador Alves Braga Jr., que
verificou na ação que impetrei junto ao Tribunal de Justiça vários vícios no
processo que eu sofri junto ao Conselho de Ética desta Casa.
Então o
desembargador Alves Braga impediu a inclusão da matéria em pauta que diz
respeito à suspensão do mandato deste que vos fala, uma vez que foram
verificados pelo egrégio desembargador vários vícios, vários erros processuais
durante todo o procedimento na Comissão de Ética do meu caso.
Lembrando que
após os excessos aqui cometidos por mim, na sessão subsequente eu mesmo vim
aqui, nesta mesma tribuna, e fiz um discurso, li um discurso, publiquei as
mesmas palavras do discurso pedindo desculpas e perdão pelas palavras que aqui
proferi.
Mas quem diz
que gosta muito aí, tem gente que diz que gosta muito, o Conte Lopes, de rezar
o Pai Nosso, e uma das partes do Pai Nosso é perdoai aquele que nos ofende,
“perdoai aqueles que nos têm ofendido.” Mas eles perdoam só quem eles querem,
só quem eles desejam.
Então, aqui
nesta Casa não pode pedir perdão, Conte. O que pode aqui é ter nome, codinome,
na lista da Odebrecht. O que pode aqui é ser acusado de participar de máfia do
asfalto, máfia de ambulância, máfia de Santa Casa; tem loteador financiando
campanha, loteador que tem interesse comercial, obviamente, imobiliário
financiando campanha. Aí pode, aí pode.
Pode ter
integrantes do Conselho de Ética, que eram intrujos, intrujos na nossa bancada
eleita com a força do presidente Bolsonaro, da direita e dos valores
conservadores, intrujões que ali estavam e que traíram o presidente, traíram os
valores conservadores para depois se venderem ao governo.
Ou não sei
quais foram os predicados que o governo ofereceu para essas pessoas se mudarem
tão facilmente para o lado do governo e praticarem tudo exatamente o oposto
daquilo que foi pregado durante a campanha eleitoral pelo presidente Bolsonaro
e por aqueles que o acompanhavam.
Então me
estranha muito que vá para o Conselho de Ética um deputado por suas palavras -
por mais que tenham sido descabidas, ofensivas e que depois foram aqui
reparadas -, mas que possa fazer parte desta Casa, às vezes em cargos, em
postos até muito altos desta Casa gente, como eu disse, que tem nome, codinome
na lista da Odebrecht, acusados de fazer parte de máfia de ambulância, de
asfalto, outros integrantes que têm “N” acusações durante suas gestões à frente
de Executivo municipal.
É muito
estranho. Conflitos de interesses, a pessoa presidir a Casa aqui e o filho
trabalhava, determinada empresa que fornecia equipamentos para o governo.
Estranho, não é, Conte? Você que está aqui há mais de 30 anos. Então pode umas
coisas, e não pode outras. Não pode falar, mas pode mexer no caldeirão. Então
eu agradeço ao desembargador Alves Braga, que fez justiça.
Só para
finalizar, Sra. Presidente, eu vi a sua indignação aqui com a questão das
crianças no vão do Masp, mas isso aí é o reflexo dessas administrações que nós
vemos aqui, do PSDB.
Vai ficando tão
enraizado, tanto tempo enraizado, tanta coisa enraizada que a insensibilidade começa
a imperar no coração dessas pessoas. É praticamente como se aquelas cenas que a
senhora relatou aqui não existissem, eles não entram em contato com aquilo no
dia a dia.
O pessoal vive
muito na corte e pouco nas ruas. Inclusive, é difícil hoje alguém do PSDB sair
nas ruas para pedir voto, porque quando falam em PSDB é quase como se fosse uma
doença contagiosa, ninguém quer estar perto. Então fica difícil a gente
perceber, admitir que essas pessoas tenham qualquer tipo de sensibilidade e
compaixão para com outras pessoas.
Então fica aqui
o meu registro. Agradeço, mais uma vez, o senso justiça do desembargador Alves
Braga. Sempre estarei à disposição da Justiça e de todos aqueles eleitores e
aqueles que a mim questionarem atos, palavras.
Nunca
esconderei quando eu me arrependo, nunca deixarei de assumir quando eu erro e
nunca deixarei de dar uma resposta satisfatória à sociedade, afinal de contas,
eu não tenho nenhum rabo preso com ninguém, nem com lista de Odebrecht, nem com
máfia de perua, de ambulância, de asfalto, nem com nada disso, absolutamente
nada.
Obrigado, Sra.
Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo a lista dos oradores inscritos, chamo à
tribuna o Sr. Deputado Carlos Giannazi, que terá o prazo regimental de cinco
minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
público aqui presente e telespectador da TV Assembleia, em primeiro lugar eu
gostaria de manifestar o meu apoio à luta das educadoras, das professoras de
Educação Infantil da cidade de Aparecida, que não foram contempladas pelo
pagamento do piso nacional salarial, como determina a Lei 11.738, aprovada em
2008.
Essa lei, na
época, foi questionada no Supremo Tribunal Federal, por cinco estados. Mas o
Supremo decidiu que ela era, logicamente, constitucional. Inclusive, existe um
artigo, nessa lei, falando também da jornada do piso. Que um terço da jornada
do piso tem que ser destinada, exatamente, à hora de atividade, ao trabalho
extraescolar. Fora, na verdade, da sala de aula.
É uma lei
importante, uma conquista do Magistério público nacional. No entanto, muitos
prefeitos e muitos governadores ainda desrespeitam essa lei, dizendo que não
têm recursos financeiros.
Porém, eu
queria deixar claro que a Lei nº 11.738 obriga a União, obriga o governo
federal a suplementar, do ponto de vista orçamentário, esses municípios que não
têm condições.
Então os
prefeitos, ao invés de atacarem os professores, dizendo que não têm dinheiro,
que não vão pagar, que os professores estão pedindo algo impossível, eles
deveriam exigir que o governo federal fizesse a suplementação ao Orçamento da
Educação, como determina a Lei nº 11.738. É justamente isso que as nossas
colegas professoras de Educação infantil estão reivindicando em Aparecida: que
se pague a elas o piso nacional salarial.
Porque, na
prática, elas são professoras. Elas exercem a carreira docente. Elas foram
aprovadas em concurso público de provas e títulos. E elas têm formação, ou no
Magistério, ou em curso superior, por exemplo, no curso de Pedagogia.
Então elas têm
direito de receber. Elas são, na prática, professoras. Mesmo que não tenham
sido enquadradas com essa nomenclatura de professoras, mas elas têm o direito.
Eu queria
parabenizar a oposição sindical do município, o Demetrius, que é servidor
público, que me trouxe essa demanda, dizendo: “As nossas servidoras da Educação
infantil não estão recebendo, deputado Giannazi”.
Então, da
tribuna da Assembleia Legislativa, nós exigimos que ele cumpra a lei. Se ele
não tem condições, ele que cobre do governo federal. É o que determina a lei.
Aqui não posso
deixar de manifestar o meu repúdio ao projeto que foi aprovado ontem, na Câmara
dos Deputados, já em segunda votação. Infelizmente, já vai para sanção, me
parece. Sanção, não.
Promulgação,
porque é uma PEC, que perdoa prefeitos e governadores que não investiram os 25%
obrigatórios pela Constituição Federal, na área da Educação, nos anos de 2020 e
2021.
Eles foram
anistiados por não terem investido os mínimos percentuais nos seus municípios e
nos seus estados. A Constituição Federal obriga estados e municípios a
investirem, no mínimo, 25% do Orçamento em Educação, em manutenção e
desenvolvimento do ensino. Está lá na Constituição Federal.
A LDB, que
regulamenta a Constituição Federal, vai além, dizendo que é 25%, ou o que constar
na respectiva Lei Orgânica ou Constituição Estadual. Mas nunca menos de 25 por
cento. Nos anos de 2020 e 2021, prefeitos e governadores, muitos deles, não
investiram esses recursos. Com isso, a Educação perdeu muito.
Eles alegam que
era pandemia. Mas porque não investiram nos salários dos governadores, nas
reformas das escolas? Por que não investiram para adequar a rede pública de
ensino aos novos tempos, de pandemia e pós-pandemia, com ventilação, fazendo
reformas estruturais e arquitetônicas nas escolas, de tal forma que haja
garantia de ventilação e arejamento? Nada disso foi feito.
Os prefeitos e
governadores se omitiram. E a lei foi aprovada, perdoando, uma anistia. É algo
contra a Educação. Mas eu vou voltar à tribuna para falar das duas CPIs da
Educação. Da nossa, que já está sendo apresentada na Assembleia Legislativa. E
também a do Senado Federal.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado.
Seguindo com a lista dos oradores
inscritos, chamo à tribuna o nobre deputado Conte Lopes, que terá o prazo
regimental de cinco minutos.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PL -
Para uma comunicação, Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental,
deputado.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Só para
registrar, enquanto o deputado Conte se dirige à tribuna, que neste final de
semana estivemos nas cidades de Pompeia e Marília com o ex-ministro Tarcísio
Gomes de Freitas, num belíssimo evento organizado lá pelo Sr. Takashi Nishimura
e também pelos agregados do Congresso do Desenvolvimento da Alta Paulista.
Visitamos
Pompeia, depois fomos a Marília, fizemos lá uma palestra na Associação
Comercial; na verdade, quem fez foi o próprio ministro Tarcísio. E foi, para
variar, não é, Conte - você que está acompanhando, e a senhora também -, muito
aplaudido, muito aclamado.
Todos querem
ver o ministro Tarcísio, porque ele, Conte, como você sabe... Não é que ele só
faz: ele faz e entrega. Isso que é o mais importante; não é que está só
fazendo. Está fazendo e entregando.
Mostrou o que
ele fez ao longo dos seus três anos e três meses no Ministério da
Infraestrutura. E, por acaso, aquela região de Marília foi beneficiada com o
ramal ferroviário que foi reativado pelo ministro Tarcísio.
Então, queria
aqui mais uma vez registrar o belíssimo, o fantástico desempenho que a gente
tem encontrado no interior de São Paulo com o Tarcísio Gomes de Freitas.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - A palavra é de
Vossa Excelência.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, o que aconteceu com o
deputado Frederico d'Avila
aqui nesta Casa, passando pelo Código de Ética, sei lá o quê, não precisava ter
acontecido. Na verdade, Frederico d'Avila
foi vítima da insegurança do PSDB, da falta de polícia do PSDB. Essa é a
verdade.
O Frederico d'Avila, antes de fazer as suas
declarações, estava totalmente abalado emocionalmente quando ele falou comigo,
abrindo a camisa e mostrando marca de revólver que foi picotado no peito dele
por um ladrão.
E ele se
revoltou, porque o bispo lá não sei de onde, de Aparecida, falou que a pátria
não é armada, é amada, sei lá o quê e tal. E ele se revoltou, pelo que ele
passou com os filhos dele, criancinhas, e com a esposa. Foram atacados por
bandidos.
Ele foi
assaltado e quase morto, porque o cara picotou duas vezes; eu vi o peito dele.
Não sei se ele passou por exame de corpo de delito. Mas eu vi. Então, é um
homem que estava abalado. E como falou: pediu perdão, talvez a Igreja devesse
perdoar, porque ele pediu perdão aqui. Mas os deputados não perdoam. Não
perdoam a incompetência do PSDB na Segurança Pública também, não perdoam.
Agora mesmo eu
ouvi, na Rádio Bandeirantes, que a Secretaria de Segurança e o Comando da PM
estão defendendo as câmeras, dizendo o seguinte: “para você, povo de São
Paulo”.
É você que vai
morrer na mão de bandido, sendo assaltado; não é o policial, é você. Em 87% de
onde a Polícia Militar colocou as câmeras, acabou a violência policial. Não
houve mais enfrentamento, confronto com bandido.
Olha que
beleza. Eles puseram uma câmera para dominar o policial, para o policial não
reagir. Coronel Camilo, general Campos, Doria, Rodrigo Garcia, PSDB: eu
prefiro, se um dia eu estiver sendo sequestrado, num cativeiro, que venham
policiais valentes e enfrentem os bandidos, picotando o bandido de bala, a eles
não irem me salvar. Eu prefiro que vá um policial para mim, como eu salvei
muita gente. Eu quero essa polícia salvando gente, combatendo o crime.
Agora, é
evidente: vocês puseram o “big brother” no policial para ele não atirar, ele
não atira. E vocês se vangloriam disso e largam a população na mão do bandido.
Está aí: Frederico d'Avila
foi vítima disso, com a esposa e com os filhos. Vocês podem não gostar dele,
mas não vão gostar de duas criancinhas bonitinhas, uma menina e um menino?
Ele foi vítima
disso. Tanto é que o bandido que o atacou também atacou um delegado de polícia,
o Artur, que estava em um Porsche. Ele é amigo do Frederico. O Artur estava em
um Porsche. Porsche dele, ele não é ladrão, ele é empresário.
É delegado de
polícia, mas é empresário. Dono do quê? Do que ele é dono, Frederico?
Marfinite, então está aí. E matou o bandido esse delegado, o Artur. Matou o
bandido.
Então, em São
Paulo está isso aí, está um terror total. Agora vem a Polícia Militar falar
isso? Pelo amor... Vê o que está acontecendo em São Paulo, coloquem só um
pouquinho para nós. É o povo, tem que falar para o povo, não é para mim e nem
para o PM, é para o povo.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Isso, para
terminar, é área nobre de São Paulo, o que dirá da periferia, hein? O que está
acontecendo na periferia? Antigamente, a gente fazia isso era com os bandidos,
com as viaturas de Rota perseguindo bandido, cercando bandido. Hoje são os
bandidos que cercam e aterrorizam a população. Isso é um terror total. Não tem
um lugar pior do que São Paulo.
Parabéns,
Rodrigo Garcia, parabéns, Doria, parabéns, PSDB. Parabéns, general Campos,
coronel Camilo e companhia. E as câmeras também. Enquanto você morre na mão de
bandido, eles proíbem o policial de salvar a sua vida, porque eles querem um
policial tocando na banda de música.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo com a lista dos oradores inscritos, ainda
no Pequeno Expediente, chamo à tribuna o deputado Carlos Giannazi, que terá o
prazo regimental de cinco minutos. Acredito que seja o último orador do Pequeno
Expediente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, de volta à tribuna no dia de hoje,
Srs. Deputados e Sras. Deputadas, eu quero fazer aqui mais uma denúncia de
forçação de barra, de autoritarismo, de pressão para que escolas estaduais
façam a adesão, repito, forçada, a essa farsa da educação integral, que é o
famoso PEI, Programa de Ensino Integral, lançado pelo ex-governador Doria, por
essa gestão Doria/Rodrigo Garcia/Rossieli, que é uma verdadeira farsa.
O governo está
utilizando a escola PEI para fazer propaganda eleitoral, para ser uma espécie
de um cartão de apresentação, uma vitrine para dizer que o governador de São
Paulo, o Doria, implantou três mil escolas em todo o estado de São Paulo, só
que ninguém sabe em que condições elas foram implantadas e como elas funcionam.
Isso ele não coloca, logicamente.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Conte Lopes.
* * *
Então, tem
muito assédio, muita pressão em cima das escolas, muita manipulação dos
conselhos de escola, que nós já denunciamos exaustivamente aqui pela tribuna e
na Comissão de Educação.
Eu já acionei o
Ministério Público estadual, entrei inclusive com uma ação popular no Tribunal
de Justiça contra esse modelo de escola. Nós não somos contra a escola
integral. Somos a favor, mas não desse modelo, dessa farsa do
Doria/Rossieli/Rodrigo Garcia.
Olha, eu recebo
muitas denúncias, mas essa me deixou chocado, porque estão agora assediando
alunos do grêmio estudantil, de uma chapa do grêmio estudantil. Isso está
acontecendo exatamente no município de Ilha Comprida, que só tem uma escola
estadual.
Eles querem
transformar essa escola, na marra, em escola PEI, apenas para que o
ex-governador Doria utilize o atual governador Rodrigo Garcia em suas campanhas
eleitorais e mais ainda, logicamente, o ex-secretário Rossieli Soares, que me
parece que está em plena campanha com apoio dos dirigentes de ensino, fazendo
vídeos para ele, inclusive indo até a casa dele. Ele mesmo mostra isso, junto
com a atual secretária da Educação, que é o braço direito dele.
Bom, mas olha
só, em Ilha Comprida, eu me refiro à Escola Estadual Judith Sant’Anna Diegues.
Os alunos estão se mobilizando contra o PEI. Já tentaram implantar duas vezes,
mas a comunidade escolar rejeitou esse modelo e agora há denúncias de assédio.
Primeiro, uma
chapa do grêmio estudantil soltou material criticando o modelo. Só que houve um
assédio. Alguns servidores da escola, talvez ligados ao PSDB, fizeram pressão
para que eles mudassem o material.
Então, tenho
aqui a cópia que a comunidade escolar me enviou, do material do grêmio. O antes
e o depois. Ali tem o tema “Todos contra o PEI. Nós temos voz”. São alunos do ensino
médio fazendo a mobilização.
Depois de uma
pressão, de um assédio, eles foram obrigados a recuar. Eu tenho - eu fiquei
muito chocado, porque acho isso inconcebível - um áudio. Eu tenho vários áudios
que foram gravados pelos alunos de conversas feitas com essas pessoas, que não
vou citar o nome, porque quero que haja uma investigação primeiro, que a
diretoria de ensino de Miracatu faça uma investigação profunda, e a Seduc. Se
isso não for feito, vou acionar o Ministério Público, porque se trata, sim, de
uma ofensiva e, talvez, de assédio contra alunos do ensino médio.
É uma servidora
- não sei se é professora, o que é - se reunindo com os alunos e pedindo para
que eles tirem do material. Tenho aqui, vou colocar o áudio rapidamente, só
para ver se ele está legível.
* * *
- É reproduzido
o áudio.
* * *
É isso, os
alunos dizendo: “Essa é a nossa opinião, professora, a gente vai ter que mudar
de opinião agora?”.
Então, há uma
orientação, mas tenho aqui algo mais sério. Não sei se é professor, mas ele é
ligado, trabalha na prefeitura para o PSDB, e também tem áudios desse professor
que eu recebi e vamos pedir uma profunda investigação, se há realmente assédio
aos alunos do ensino médio para que eles recuem da posição de se colocarem
contra o PEI, porque é a única escola.
Eles querem
implantar, me parece, dois turnos de escola integral. O fato é que os alunos
que trabalham no período noturno ficarão sem escola e, no município, é a única
escola do ensino médio.
Por isso nós
afirmamos que esse modelo de escola é um modelo autoritário, porque é
implantado de cima para baixo, com muitas manipulações e, ao mesmo tempo, é um
projeto excludente, que exclui os alunos dessas escolas que se tornam PEI,
sobretudo alunos trabalhadores, sobretudo alunos de educação de jovens e
adultos.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Encerrado o
Pequeno Expediente, passamos ao Grande Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - O primeiro
orador inscrito é o nobre deputado Itamar Borges. (Pausa.) Nobre deputado
Coronel Nishikawa. (Pausa.) Nobre deputado Castello Branco. (Pausa.) Nobre
deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Nobre deputado Delegado
Olim. (Pausa.) Nobre deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Nobre deputada
Janaina Paschoal, V. Exa. tem o prazo regimental de dez minutos.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, presidente. Eu queria esclarecer porque
muitas pessoas ligam no gabinete, escrevem para o gabinete, seja para o meu
email, seja para o email dos assessores, pedindo para eu falar aqui na tribuna
sobre as instituições que estão exigindo a comprovação de vacinação contra a
Covid, seja para as pessoas trabalharem, para as pessoas estudarem, para as
pessoas exercerem seus direitos constitucionais como o acesso à Saúde.
Outro dia, por
exemplo, um senhor disse que não conseguiu entrar na sede do Conselho de
Psicologia e pediu para eu falar aqui na tribuna. Tem um senhor que escreve com
muita frequência falando sobre a Unesp de Ilha Solteira, que ele tem um filho
que passou em Engenharia que não consegue cursar porque estão exigindo o
passaporte da vacina.
Agora uma outra
senhora também professora, que até foi ao Ministério Público pedir providências
porque teve o seu salário cortado; ela mandou até cópia do seu holerite. E
situações como estas que eu mencionei são muito, muito frequentes.
E o que eu
tenho tentado explicar às pessoas é que eu menciono alguns casos aqui e não
menciono todos não por uma questão de preferência, mas porque o que eu tenho
tentado evidenciar é que esta é uma realidade hoje no estado de São Paulo e em
alguns outros estados da Federação.
Então a minha
crítica não é, por exemplo, à Unesp, ao campus da Unesp que fica lá em Ilha
Solteira ou à Escola Estadual Professor Odair Pacheco Pedroso, na qual essa
senhora que não tomou a vacina vem sendo barrada, ou às outras tantas
instituições, ao Conselho de Psicologia ou à Justiça do Trabalho, que outro dia
também um advogado reclamou.
A minha crítica
com fundamento jurídico e sanitário é a toda e qualquer instituição, em
especial pública, que discrimine pessoas por não terem tomado a vacina ou por
não terem tomado a terceira ou a quarta dose - e logo mais criarão outras
tantas doses -, porque a legislação vigente não permite essa discriminação.
Por isso propus
o Projeto nº 668, de 2021, que foi abraçado como prioritário pelo deputado
Douglas Garcia. Foi subscrito por vários colegas das mais diversas bancadas,
inclusive o deputado Conte, que hoje preside a sessão. Então essa luta já vem
desde o início dessa exigência autoritária, injustificada e injustificável de
comprovação de vacinação para exercício de direitos.
Hoje, inclusive,
recebi o vídeo de uma fala emocionada de um deputado estadual do Paraná. Ele
está cobrando promotoras de Justiça de Londrina, porque essas senhoras, na fala
do Sr. Deputado, teriam ameaçado uma família de tirar a guarda da criança se a
criança não fosse vacinada.
E a criança foi
vacinada no dia 4 e - obviamente, vão apurar as causas - veio a óbito no dia 8.
É um deputado estadual com um vídeo muito forte. Eu estou tentando entender os
detalhes que o deputado traz à tona.
Se conseguir
esses detalhes também me manifestarei, mas o ponto importante é o seguinte:
numa democracia nós não podemos constranger as pessoas a fazerem o que a lei
não determina e nem proibir as pessoas de fazerem o que a lei não proíbe. E os
abusos são diversos nessa seara.
Então, assim, eu quero pedir compreensão,
porque as denúncias são tantas, presidente, que eu não tenho como narrar aqui,
como citar todas as entidades que estão cometendo esses abusos. Eu,
reiteradamente, tenho me posicionado de maneira clara contra todas, todas as
iniciativas autoritárias neste sentido.
Gostaria também, por uma questão de
justiça, de me manifestar com relação às moções de repúdio, Moção nº 61, de
2022, e Moção nº 62, também de 2022, moções estas apresentadas pela deputada
Monica, do PSOL.
Ela externa aqui o seu repúdio ao prefeito
de Iguape e também ao presidente da Câmara Municipal de Iguape, e todos os seus
vereadores, alegando que teria, ela e os povos indígenas, sofrido algum tipo de
discriminação ou de restrição no uso de sua fala, sua liberdade de
manifestação.
E respeitosamente à nobre colega, eu
preciso me manifestar, porque isso não aconteceu. Eu estava presente, foi uma
audiência pública marcada com certa antecedência. Eu fui convidada por quê?
Porque os vereadores estiveram aqui no meu gabinete para trazer ofício pedindo
emenda, como normalmente acontece com todos nós.
Eles me presentearam com livro sobre a
cidade de Iguape, e eu comecei a folhear o livro quando surgiu a conversa - foi
aqui no meu gabinete - sobre essa, esse conflito que está travado na cidade
entre os povos, os povos que se apresentam como caiçaras e os povos indígenas,
muitos inclusive já reunidos até em famílias, em casais, com filhos, e tem ali
mais de um processo de demarcação de área, que invade a área urbana, que toma
residências de muitas famílias.
E eu falei: “meu Deus, se vocês forem
fazer uma discussão pública sobre isso eu quero participar”. Eles agendaram na
Câmara, eu fui convidada, eu já estava ali ao lado do prefeito, ao lado do
presidente da Câmara de Vereadores dos mais diversos partidos, de
representantes de todos os grupos.
Quando a deputada Monica chegou eu avisei
a quem estava ali presidindo a sessão, que a deputada estadual tinha chegado.
Imediatamente ela foi convidada a compor a Mesa, imediatamente ela compôs a
Mesa, inclusive eu ia me manifestar, eles passaram primeiro a palavra para a
deputada.
Ela falou, mas a colega estava na frente.
Então assim, tentaram dar a palavra para ela na frente. Quando terminou a
manifestação, eles tinham feito um café, convidaram a colega para o café; ela
recusou, ela recusou.
Então, assim, por uma questão de justiça,
porque quem lê isso aqui no Diário Oficial acha que uma deputada estadual foi
maltratada, foi discriminada. Isso não aconteceu, porque eu estava lá. É óbvio
que ela pode concordar ou divergir da posição do prefeito, da posição do
vereador, mas dizer que houve diferenciação no trato, isso não aconteceu.
Vários munícipes estavam presentes, vários
fizeram uso da palavra, um cacique falou pelos povos indígenas, mas aí representantes
do próprio PSOL, do Sime, que fizeram uso da palavra, quiseram se apresentar
como indígenas. E na verdade de povo indígena mesmo quem estava lá era o
cacique, que se manifestou.
Então, assim, eu quero só trazer esse
relato, esse testemunho para não parecer que houve algum tipo de discriminação
com relação à colega. A situação ali é difícil, nós estamos acompanhando, eu
oficiei a Funai, pedindo inclusive uma audiência com representante, porque tudo
está sendo feito de cima para baixo e aquelas pessoas ali convivem bem - a
verdade é essa - e autoridades estão, na verdade, impondo um conflito aos povos
ali, que no seu dia a dia convivem bem. Então fica aqui esse esclarecimento.
Cito também,
com relação ao primeiro tema, que a Universidade Federal de Viçosa fez uma
normativa, Resolução Consu nº 5, de sete abril, escrevendo aqui que os
funcionários não poderão exercer suas atividades laborais, devendo ser
descontada sua remuneração por ausência justificada se não tiverem a vacina
anti-Covid.
Esses aqui
colocaram no papel, os outros estão praticando mesmo sem deixar rastro, vamos
dizer assim.
Por hoje é
isso, Sr. Presidente.
Muito obrigada.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente. Eu gostaria de falar pelo Art. 82, pela liderança do
Republicanos.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Vossa
Excelência tem a palavra, tendo em vista que o nobre deputado Carlos Giannazi
permitiu.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, todos os que nos assistem pela TV Alesp, funcionárias, funcionários,
todos os aqui presentes e os que nos acompanham também nos seus gabinetes, eu
subo nesta tribuna nesta tarde para fazer um comunicado ao líder do Governo, à
Presidência efetiva desta Casa, aos membros da Mesa e aos demais deputados da
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Nós, durante...
Acho que não tem possibilidade de continuar, Sr. Presidente. Dá para continuar
mesmo com essa pequena...
Sr. Presidente,
nós, na eleição de 2018, formamos aliança junto ao PSDB, junto aos demais
partidos que elegeram até então o governador João Doria e o vice Rodrigo Garcia
para o mandato que estão cumprindo agora.
Firmamos, ficamos
nessa aliança até o momento, até três anos e três meses, sempre com lealdade,
com fidelidade, cumprindo aquilo que foi proposto diante da aliança que fizemos
para a eleição do então candidato João Doria.
Mas na
política, Sr. Presidente, tudo muda, as coisas sempre tomam caminhos
diferentes. Nós estamos aqui, nesta tarde, eu como líder do meu partido,
Republicanos, para anunciar ao líder do Governo, também aos demais, que a
partir de hoje nós, Republicanos, não somos mais, não é aquele aliado da base do
Governo, nós estamos nos tornando... os oito deputados aqui do Republicanos
estamos nos tornando independentes nesta Casa.
Independência
não quer dizer que estamos virando oposição, que vamos fazer oposição ferrenha
ao governo Rodrigo Garcia, não é isso. Nós estamos falando que acabou aquele
alinhamento natural que tínhamos até então por causa da aliança feita para a
eleição 2018.
Então o
Republicanos, a partir deste momento, Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, nesta Casa de Leis, aqui na Assembleia Legislativa, caminha de
maneira independente em relação ao Governo do Estado de São Paulo. Volto a
repetir, independência, deputado Caio, não quer dizer que nós estaremos aqui
fazendo oposição ao governo. Não.
Nós estaremos
aqui votando, sempre com responsabilidade, com coerência, aquilo que for bom
para o estado de São Paulo. Independente do governo que estiver, o Republicanos
sempre vai ter essa postura de votar ou rejeitar, votar aquilo que for bom para
o estado de São Paulo, para a população, e rejeitar aquilo que nós entendemos
que for ruim.
Então esse é o
comunicado que nós estamos fazendo neste momento, que, a partir deste instante,
a partir deste momento, o Republicanos se torna independente aqui na Assembleia
Legislativa.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem,
presidente. É possível uma comunicação antes de o deputado Giannazi subir à
tribuna?
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - O nobre
deputado Giannazi vai falar no Grande Expediente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Deputado Caio, eu vou
deixar sim, só queria fazer uma comunicação rapidamente, depois V. Exa. faz.
O
SR. CAIO FRANÇA - PSB - Claro.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
PARA COMUNICAÇÃO - Só aproveitando, o deputado Gilmaci Santos disse que o
partido dele agora saiu da base de sustentação do governo, gostaria de pedir
que agora V. Exa. liberasse o nosso PDL 22 da Comissão de Finanças, deputado,
já que V. Exa. não é mais da base do governo.
Porque a emenda
ao PDL 22, deputado Conte Lopes, estava paralisada até agora, e eu tenho
certeza de que era influência, a mão pesada, a mão de ferro do governo
controlando o deputado Gilmaci Santos.
Mas agora ele
disse que não é mais base de sustentação do governo, então espero que agora ele
recoloque novamente como primeiro item da pauta, como estava antes, a emenda ao
PDL 22, para que a emenda seja votada na Comissão de Finanças e, enfim, o PDL
fique liberado definitivamente para voltar ao plenário aqui da Assembleia
Legislativa.
Então, é uma
boa notícia, só espero que ele tenha essa sensibilidade, porque até então
ninguém estava entendo por que ele estava obstruindo e segurando por tanto
tempo essa emenda ao PDL 22, que acaba com o confisco dos aposentados e
pensionistas do nosso estado.
Então, é uma
boa notícia. Agora que ele realmente se comprometa e fique do lado dos
aposentados e pensionistas e não mais do lado do Doria e desse governo que tem
atacado imensamente os servidores e os aposentados e pensionistas.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Com a palavra,
o nobre deputado Caio França.
O
SR. CAIO FRANÇA - PSB - PARA
COMUNICAÇÃO - Presidente, nesse mesmo formato, quero aqui dizer que, com muito
orgulho, assumo a liderança do PSB aqui na Assembleia Legislativa. E, de
antemão, já reforço que a nossa postura aqui será de oposição ao governo do
Rodrigo Garcia.
Nosso partido,
que disputou as últimas eleições contra o João Doria, o Márcio França
praticamente dividiu o estado de São Paulo no segundo turno, e, por esse
motivo, e especialmente pela postura dessa dupla Doria-Garcia de retirar
direitos dos servidores, de reduzir os serviços, as pessoas que mais precisam,
de retirar direitos básicos dos mais humildes, como por exemplo o direito ao
transporte gratuito das pessoas que têm mais de 60 anos, coisas básicas que
foram motivos aqui neste plenário de grandes discussões, é que a nossa bancada,
é que o PSB fará aqui uma oposição.
Obviamente
propositiva e responsável em relação ao que está acontecendo, mas obviamente
que, pela minha postura ao longo desses três anos e meio, é óbvio que não
poderia ser diferente a minha fala aqui hoje. Mas eu, com muito orgulho, assumo
desde a semana passada a liderança do PSB.
Já tive aqui
projetos que votei junto com o governo, para poder contribuir no caso dos
empréstimos e de outros projetos que considerei importante, porque não quer
aqui atrapalhar o desenvolvimento do estado.
Mas, obviamente
que, durante as principais votações trazidas para cá pelo governo Doria-Garcia,
eu já tinha me manifestando contra, muitas vezes diferente de outros membros da
minha bancada. Mas agora eu reitero aqui, como líder do PSB, que o PSB está na
oposição do governo, que ainda é Doria-Garcia.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Continuando com
a lista dos deputados oradores inscritos, o nobre deputado Paulo Lula Fiorilo.
(Pausa.) Nobre deputado Major Mecca. (Pausa.) Nobre deputado Adalberto Freitas.
(Pausa.) Nobre deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Nobre deputado Carlos
Giannazi, V. Exa. tem o prazo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, gostaria
aqui de falar de duas CPIs importantes.
A primeira é a
que eu estou propondo, a partir de hoje aqui na Assembleia Legislativa, que é
uma CPI para investigar as instituições de ensino privado do estado de São
Paulo na área do ensino superior.
Nós já estamos
recebendo já há um bom tempo gravíssimas denúncias de muitas irregularidades em
relação a universidades, centros universitários e faculdades do sistema
privado, da área privada, logicamente, né? Inclusive, há anos que faço esse
tipo de denúncia aqui na Assembleia Legislativa.
Me lembro que
em 2008 ou 2009, se não me falha a memória, já tinha sido instalada. Houve já
uma CPI aqui com o mesmo propósito. Ela já existiu, mas faz muito tempo. Eu só
não me lembro se foi em 2008 ou 2009. Só que as coisas mudaram, e mudaram para
pior.
Mudaram para
pior no ensino privado de São Paulo. Já havia um slogan de que “Educação não é
mercadoria”, porque foi nisso que se transformou a Educação, no Brasil, nos
últimos anos. Começou lá com a ditadura militar, com o golpe de 64, quando
todos se lembram que a escola pública era boa.
* * *
- Assume
a Presidência a Sra. Janaina Paschoal.
* * *
Todos falam
desse momento, até nostálgico, no bom sentido. “Estudei em escola pública. Na
minha época, nos anos 60, a escola era boa.” Até os anos 60. Depois começou a
ter uma queda, nos anos 70, nos anos 80, justamente porque foram os militares
que destruíram a escola pública. Porque eles começaram o processo de
privatização e o esvaziamento do financiamento da escola pública.
Então a
ditadura militar começou esse projeto. Depois ele foi intensificado pelas
gestões do Sarney, do Collor, e sobretudo na era Fernando Henrique Cardoso. Foi
uma destruição total, mesmo, a precarização da escola pública, e a canalização
de mais recursos ainda para o financiamento do ensino privado no Brasil.
Isso prosseguiu
também nas gestões do PT, de Lula e de Dilma. Não houve alteração nesse
processo. Então o ensino superior é extremamente privatista. Só que agora
perdeu-se o controle, total. Porque agora nós temos, cada vez mais, as
faculdades particulares não têm mais donos.
Elas são
controladas por fundos de investimento. A pessoa está em Nova York, em outro
país, investindo aqui nesses fundos. São esses fundos que são gestores das
nossas universidades.
É um absurdo
total, porque é mais que mercadoria: virou negócio, virou investimento no
mercado financeiro, no mercado de ações. É disso que se trata agora,
infelizmente, o ensino superior no Brasil.
E ontem nós
realizamos uma grande audiência pública, aqui na Assembleia Legislativa, com os
alunos e professores da Universidade Anhembi-Morumbi, e alguns também da São
Judas. Porque essas duas universidades foram vendidas, recentemente, pelo menos
a Anhembi-Morumbi, para o grupo Ânima, que é um fundo de investimento. Vossa
Excelência pode comprar uma ação e ganhar um dinheiro em cima da Educação.
Virou isso, a
Educação: é mais que mercadoria. É um investimento para você ganhar um
dinheirinho a mais, investindo nas ações. Logicamente que daí não há nenhum
compromisso com a qualidade de ensino, com o pagamento dos professores. É o que
está acontecendo hoje, não só com a Anhembi-Morumbi.
A
Anhembi-Morumbi apareceu agora, mas outras universidades privadas passam pelo
mesmo processo. Então nós recebemos denúncias gravíssimas, de mudança da grade
horária, de aumento das mensalidades, de aulas online.
Estão dando 40
por cento. “Mas nós estamos seguindo a lei.” Mas não precisa. O MEC, a
legislação autoriza. Mas não significa que você tenha que dar quase metade da
carga horária em aulas online para os seus alunos.
Mas eu fiquei
chocado. Porque os relatos, feitos pelos alunos do curso de Medicina
Veterinária, são chocantes. Eles disseram o seguinte. “O nosso curso não vai
ter mais a disciplina de Anestesia, não vai ter mais Farmacologia.” Eu falei:
Mas como?”
Não vai mais
ter disciplinas importantes no currículo escolar, na grade curricular. Dá a
impressão que eles querem formar, não médicos veterinários, mas técnicos
veterinários.
Ou seja, é um
rebaixamento da formação dos nossos alunos, em vários cursos. Era uma das
principais reclamações dos alunos da Anhembi-Morumbi. Superlotação de salas,
mistura de salas. Tem aluno do primeiro ano estudando, com aluno do terceiro, a
mesma disciplina.
Tudo isso, para
economizar recursos, e canalizar, logicamente, o lucro para os investidores. É
isso que importa para um grupo de investimento. Um grupo de investimento não
tem interesse na qualidade de ensino.
Se um professor
tem mestrado, doutorado, pós-doc, isso não importa. O importante é que esse
professor tem que ganhar um salário que não seja muito alto. Porque é o lucro
que é o motor, é o móvel desses fundos de investimentos. É o caso da Anhembi
Morumbi e de outras.
Nós recebemos
denúncias em relação à FMU e várias outras. Então, o nosso pedido de CPI vem no
sentido de que a Assembleia Legislativa tem que atuar, porque o estado de São
Paulo é o estado que tem o maior número de universidades privadas da América
Latina. Elas estão dentro do nosso estado. Então a Alesp tem que dar uma
resposta.
Nós estamos
acionando o Ministério Público Federal e o MEC em relação a essas denúncias que
nós recebemos ontem aqui na nossa audiência pública. A Defensoria Pública
participou, com a sua representação, dessa audiência; também vai tomar
providências.
O Sinpro,
Sindicato dos Professores, participou também; e a Federação dos Professores do
Estado de São Paulo, das escolas particulares, através do seu presidente,
professor Celso Napolitano, que fez uma explanação muito importante sobre essa
privatização do ensino no Brasil, sobretudo aqui no estado de São Paulo.
Então eu peço
aqui, já de antemão, o apoio de todos os deputados e deputadas para que assinem
o nosso pedido de CPI para investigar as várias e gravíssimas irregularidades
nas universidades, faculdades e centros universitários privados do estado de
São Paulo. Essa é a primeira CPI de que eu queria falar.
A segunda CPI
que nós estamos apoiando, que nós queremos que seja aprovada imediatamente,
instalada no Senado Federal, é a CPI da Educação, porque o que está acontecendo
hoje no Ministério da Educação é algo sem precedentes. Nunca se roubou tanto o
dinheiro da Educação, nunca se fez tanta roubalheira e pilhagem com o dinheiro
da Educação como nesse governo Bolsonaro.
O governo
Bolsonaro transformou o MEC num verdadeiro balcão de negócios; todos os dias
nós assistimos às denúncias que são apresentadas pela grande imprensa. Qual foi
a de hoje? De que existe liberação para escolas “fake”.
O que é uma
escola “fake”? O governo federal, através do FNDE, que é o Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação, que é hoje coordenado pelo Marcelo Ponte...
Marcelo Ponte é um homem de confiança do ministro da Casa Civil do Bolsonaro,
do centrão, que é o Ciro Nogueira.
O que ele fez?
Ele liberou recursos para a construção de 52 escolas no Piauí, que é o estado
onde ele tem a sua base eleitoral. Só que no estado do Piauí tem 99 obras de
escolas públicas paralisadas, esqueletos, ruínas de escolas que tiveram o
início das construções, mas não foram terminadas.
Ou seja,
houvesse ali a eficiência, o respeito ao Art. 37 da Constituição Federal, que
trata dos princípios da Educação Nacional, ele teria primeiro construído essas
escolas, investido os recursos nas 99 obras paradas.
São várias as
denúncias: pagamento de propina com barra de ouro, com lingote de ouro, lá no
MEC, para liberar verbas; compra de bíblias com dinheiro da Educação, que foi
feita pelos pastores picaretas, mercadores da fé... Nem acredito que sejam
pastores que estejam fazendo isso, mas são os oportunistas, os falsos profetas.
A outra
denúncia, também gravíssima, é de que existem no Brasil 3.500 obras de escolas
paradas. Creches e escolas de ensino fundamental e médio paralisadas no Brasil.
E o governo liberou agora verbas para a construção de 2.000 novas escolas.
Liberou para o centrão, para atender a interesses regionais e eleitorais dos
membros do centrão.
Teve agora a
denúncia - para concluir, Sra. Presidente - do “kit robótica”, de que o governo
está enviando mais de 26 milhões de reais em “kit robótica” para escolas que
não têm nem internet nem água.
Elas não
funcionam direito, porque não têm água nem internet. Estão enviando esse “kit
robótica”, gastando 26 milhões. E os ônibus escolares, que foram a grande
denúncia agora; as denúncias de superfaturamento, a tentativa de
superfaturamento pelo governo federal, que virou o “bolsolão”.
É uma
verdadeira farra com o dinheiro público da Educação. Então nós queremos
manifestar aqui da Assembleia Legislativa o nosso total apoio à imediata
aprovação da CPI da Educação no Senado federal.
Era isso, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL -
PRTB -
Agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo aqui com a lista dos oradores inscritos no
Grande Expediente, chamo à tribuna a deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado
Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. Vossa Excelência tem o prazo
regimental de 10 minutos.
O SR. CONTE LOPES - PL -
Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas. Sra. Presidente, V. Exa. é
candidata ao Senado da República, bem pontuada inclusive nas pesquisas, e tem
competência para isso. É importante que nós tenhamos lá em Brasília pessoas
competentes, inclusive como V. Exa., que é professora de Direito.
Eu estava acompanhando ontem algumas coisas, a eleição na
França. A eleição na França, tão evoluída, da igualdade, das oportunidades, é
feita por cédulas. Veja bem, eu estou vendo televisão, todo mundo vendo. Na
França o Presidente é votado por cédula eleitoral. Eu posso dizer isso porque,
em 86, quando eu fui candidato, em 90, era assim, desta mesma forma e a gente
contava voto a voto. Doíam até os cotovelos da gente.
Tinha que ter gente em todo lugar para contar os votos que
você recebia, e demorava mesmo, como está demorando na França e demora em
outros países - uma semana, 15 dias -, mas você sabia quantos votos você tinha.
Podia ter algum trambique, mas você acompanhava onde você estava
tendo voto, porque pegavam uma urna, um juiz de Direito abria aquela urna na
frente dos fiscais e todo mundo acompanhava os votos que estavam ali dentro.
Estou dizendo que na França está acontecendo isso. Se a
gente falar isso hoje, é capaz até de prenderem a gente, né? Os ministros do
Supremo, que não receberam nenhum voto, nenhum voto. Vossa Excelência, como
futura senadora, deve analisar isso. Como é que o Sarney...
O Sarney é mais ou menos da idade do Lula, um pouco mais
velho que eu. Os dois são um pouco mais velhos que eu. Ele nomeou um Ministro
há 500 anos, que saiu agora. Quer dizer, é muito melhor você ir para o Supremo.
Você fica 30 anos lá sem ter um voto e dominando, decidindo sobre tudo da
Nação.
Ontem inclusive, assisti um vídeo, acho que é uma deputada
federal de São Paulo, Tabata Amaral, do PDT, em uma reunião, uma pesquisa, não
sei bem, e estavam os ministros do Supremo; o Ministro Barroso e ela falou:
“Desse jeito o Bolsonaro vai ganhar a eleição”. Aí o ministro falou: “Olha,
você não pode falar isso, que você está valorizando o inimigo”.
Eu pergunto a V. Exa., que é professora de Direito: quando
um Ministro chama o Bolsonaro de inimigo e ele vai para o Tribunal Superior
Eleitoral para decidir a eleição, é possível isso?
Porque eu fui julgado um monte de vezes, não por corrupção,
por tiroteio com bandidos, um monte de vezes. Se o juiz for amigo da gente ou
se pronunciou favorável à Polícia, ele se considera suspeito, ele não vai ser
julgado.
Eu tive um caso até em que eu fui julgado pelo Supremo como
deputado, alguns casos, nas minhas ocorrências de Rota, de tiroteio com
bandidos. Tiroteios até num caso em que um camarada baleou um investigador de
polícia, Roberto, matou um tenente do Tático Móvel, o tenente Rashi; baleou o
Coronel Gilson Lopes, que era tenente meu da Rota, eu era capitão; baleou o
Celso Vendramini. O cara fez uma desgraça total, um tal de Oseias.
Fui processado pela Cúria Metropolitana. O Dr. Greenhalgh
era o grande advogado, na época, do PT e foi advogado contra mim, me acusando.
Até por incrível que pareça, eu o salvei de águas bravias, passando de barco
pelo mar. O barco dele tinha dado problema, e eu, com um barquinho de 23 pés,
consegui tirar ele, a família e os amigos todos de lá.
Mas estou dizendo isso: veja bem, eu fui julgado no Supremo,
e um desembargador na época, Dr. Álvaro Lazzarini, como ele foi meu professor na Academia do Barro
Branco ele se alegou suspeito, ele não participou do julgamento, só porque ele
foi professor meu na Academia.
Fui absolvido
por unanimidade, tudo bem, mas é o que eu estou falando, pode o ministro
Barroso chamar o Bolsonaro de inimigo, se ele vai ser juiz no Tribunal Superior
Eleitoral?
É uma pergunta
deste deputado para V. Exa., que é professora de direito, sei lá se pode ou
não, não sei. É um negócio do outro mundo o que está acontecendo, então ficam
aí as minhas colocações.
Volto novamente
para São Paulo, vou continuar cobrando aqui de uma pesquisa que vi, colocações
da Polícia Militar de São Paulo, de que 87% dos policiais em quem eles
colocaram a câmera, o policial não é mais violento.
Aí eu pergunto,
o povo quer um policial que o defenda dos bandidos ou quer um policial
quietinho, paradinho, para não se envolver em ocorrência e nem ir para a
cadeia? Qual é a função do policial?
E vou cobrar
aqui, sim, de Rodrigo Garcia. Vou cobrar do Rodrigo Garcia. Vou cobrar. Ele é
governador, a nossa obrigação é cobrar. Ele vai manter essas câmeras? Ele vai
manter a estrutura da Segurança Pública? Vai deixar o povo à mercê dos
bandidos?
Porque, Rodrigo
Garcia e PSDB, sempre foi assim: ou a polícia caça o bandido ou o bandido caça
a população. Não resta a menor dúvida, é assim em qualquer lugar. Ou a polícia
tem condição de trabalho ou não tem jeito.
Agora, você
coloca uma câmera no peito de um policial, quantas ocorrências na polícia eu
peguei em que o cidadão parava a viatura, nobre deputada Janaina Paschoal, e
falava: “Olha, tem bandido em tal lugar”, “Tem refém em um cativeiro”, a gente
conversava e ia para o cativeiro, montava um esquema para se chegar lá.
Tinha tiroteio,
não tinha tiroteio, dependia, mas o cidadão procurava. Agora, qual cidadão,
hoje, vai denunciar para a polícia bandidos se o cidadão também será filmado?
E amanhã, nobre
deputada, grande professora de direito, Janaina Paschoal, futura senadora de
São Paulo, o juiz obriga que a pessoa que denunciou apareça nas imagens, como
já aconteceu.
Eu já
participei de ocorrência em que o advogado do bandido obrigou a testemunha, que
até aí não podia aparecer, aparecesse. E a testemunha foi falar na frente do
bandido. Ela estava preservada, só que o advogado brigou, brigou, brigou e
conseguiu.
Então eu
pergunto, quem, hoje, vai denunciar bandidos para a polícia com o policial com
uma câmera no peito. E é o que eu cobro do PSDB e cobro do Rodrigo Garcia, como
cobrei de Doria.
Doria está com
1% nas pesquisas e falando em terceira via. Foi lá na Bahia, só estava ele e
uma banda de música. Porque alugou a banda lá, só estava ele. Onde nasceu o avô
dele. Se onde nasceu o avô dele, ele não está com ninguém, acho que nem a Bia
está votando mais nele, não é? A Bia mesmo falou: “Não seja mais candidato,
saia disso aí”.
Está em 1% e eu
pergunto a Rodrigo Garcia e aos apoiadores do Rodrigo Garcia nesta Casa, do
PSDB, vai continuar essa política de Segurança Pública? Ninguém tem coragem de
mexer em câmeras ou de fazer o policial proteger a população?
E falo para a
população o terror em que estamos. Hoje mesmo um amigo, o Zezinho, cabeleireiro
lá na Vila Maria, disse: “Olha, Conte, eu já peguei 20 Ubers essa semana porque
estou com um problema e todo mundo fala no Tarcísio, esse candidato é bom,
hein?”. Então vejam bem, é o povo que está falando.
E o Tarcísio
colocou bem, a polícia do PSDB fez acordo com os bandidos. Quando ele fala
polícia não é o policial, o soldado, o investigador, é a cúpula da política que
fez acordo.
Fez acordo em
94, quando criou o PCC aqui em São Paulo, e fez em 2006, quando houve os
ataques do PCC em São Paulo. E agora foi o grande acordo feito por Doria e
Rodrigo Garcia, colocando câmera no peito dos policiais da Rota para que eles
não enfrentem o bandido.
E vem a PM e se
vangloria. Não estão dando tiro em mais nenhum bandido. Não tem mais entrevero.
É lógico que tem entrevero. Eu vou fazer um entrevero, vão me pegar atirando em
um bandido, não pegam o bandido atirando em mim e eu vou para a cadeia?
Respondi a
centenas de processos. Como é que você explica a um juiz que a minha câmera não
pegou o bandido atirando em mim, mas pegou o meu tiro e ele apareceu morto com
um tiro meu? Como é que eu explico para o promotor e para o juiz?
É melhor se
apresentar ao Romão para cumprir pena, porque se não pegam o bandido atirando
em mim, mas me pegam atirando no bandido, qual é a minha defesa? “In dubio pro
reo”. Aí não vai ter “in dubio” nunca, né? Tudo é do bandido. O que eu fiz é
sempre contra mim. Vai ser tudo usado contra mim.
E usaram, na
cara dura, em uma ocorrência em São José dos Campos, em que entregaram a fita
de um tiroteio dentro da lei para a Globo fazer uma baita de uma matéria contra
os policiais em uma ocorrência.
Obrigado, Sra.
Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado.
O
SR. RAFAEL SILVA - PSD - Pela ordem, Sra.
Presidente. Para um comunicado.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Deputado
Rafael Silva, a palavra é de Vossa Excelência. É sempre uma honra ter V. Exa.
aqui.
O
SR. RAFAEL SILVA - PSD -
PARA COMUNICAÇÃO - A alegria é minha, presidente.
Em política, a
palavra é muito importante. Aliás, deve ser muito importante ou deveria ser,
porque o político não assina uma nota promissória. Ele fala, se compromete, ele
trabalha, ele age.
Ali em Cajuru,
região de Ribeirão Preto, existe um trevo assassino. Muitas pessoas morreram
nesse trevo. Há muitos anos mantenho reuniões na Secretaria de Transportes e
com outras autoridades mais do DER e daí por diante.
Recentemente,
morreram duas pessoas: uma criancinha e um cidadão, um rapaz, pai dessa
criança. Esse rapaz é filho do ex-deputado Marcelino Romano Machado, deputado
federal que foi deputado estadual por muito tempo também. O netinho do
Marcelino também morreu.
Então, muitos
trabalhos, reuniões e conseguimos uma aprovação para se fazer aquele trevo, uma
aprovação depois de muito tempo, depois de muita gente morrer. Agora, surge de
paraquedas, e deve ser um paraquedas grande, porque o sujeito é meio forte, o
Arnaldo Jardim. Eu não quero citar nome, não, então só vou falar as iniciais:
deputado federal Arnaldo Jardim, que foi deputado estadual. Só as iniciais do
nome dele.
Aí ele faz
reuniões com um tal de Caram. Esqueci o primeiro nome, esqueci mesmo o primeiro
nome. Um tal de Caram. Aí não sei se o Arnaldo Jardim desceu de paraquedas, ele
gosta disso, sempre gostou, e aí, não sei por que motivo, alguns elementos do
governo... “Não, porque o Arnaldo Jardim...”
Para com isso,
gente, vamos ter dignidade. Na política, se você não tiver dignidade, você vai
sucumbir. O povo começa a saber das coisas. Paraquedista, pelo amor de Deus!
Pessoal do governo, vergonha na cara não custa nada, não, mas não se vende em
prateleira de supermercado.
Então, é melhor
que vocês se comportem, porque senão vou agir de outras formas também, viu?
Então, é bom se comportar. É bom, é bom. E lá era coisa séria. Morreram muitas
pessoas. De repente, aparece alguém mentindo para a população e outro tirando
proveito dessa situação. Não!
Rafael Silva,
jovem Rafael Silva, jovem. Essa juventude minha de muito tempo me deu uma
condição de não engolir sapo. Não vou. Então, deputado, trabalhe bastante.
Vocês têm muito dinheiro, têm muito poder. Trabalhe bastante, faça a sua
política, mas, por favor, respeite os limites.
O recado foi
dado.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem,
presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Só um
minutinho, deputado. Eu gostaria, com relação à fala do deputado Rafael Silva,
de externar a minha solidariedade à família que perdeu seus entes queridos e
dizer, deputado Rafael, que venho recebendo muitos relatos de atropelamentos em
várias cidades do estado de São Paulo. Jarinu, por exemplo. Amparo.
E quando nós entramos em contato com a
Secretaria - cumprimento V. Exa. por esse importante trabalho. Em regra, são
obras - eu não quero ofender ninguém -, mas são obras de maquiagem, de
embelezamento, colocação de placas. Nunca obras efetivas para evitar essas
mortes que são plenamente evitáveis.
Então fico aqui solidária a V. Exa.,
solidária a essas muitas famílias que vêm perdendo seus entes queridos
atropelados no estado mais rico da Federação e com um Orçamento bilionário que
foi autorizado por esta Casa.
Peço aqui sensibilidade para que as
obras deixem de ser obras de maquiagem, obras de embelezamento, e passem a ser
obras efetivas. Cumprimento V. Exa. pela fala. Deputado Giannazi, a palavra é
de V. Exa. para uma comunicação.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Eu gostaria de
utilizar a tribuna pelo Art. 82 do Regimento Interno.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não. Vossa
Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PL - Sra. Presidente, para
uma comunicação?
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não,
deputado Conte.
O
SR. CONTE LOPES - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Só
os meus pêsames à família do Marcelino Romando Machado, que foi deputado comigo
aqui nesta Casa. Obrigado.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO
ART. 82 - Sra. Presidente, Srs.
Deputados, Sras. Deputadas, o deputado Gilmaci Santos acabou de fazer uma
comunicação aqui. Utilizou a tribuna para dizer que o partido dele, o Partido
Republicanos, não é mais base de sustentação do governo.
Uma notícia
importante, deputado Conte Lopes, porque para nós o governo Doria/Rodrigo Garcia
tem obstruído a aprovação do nosso PDL 22/20, que acaba com o confisco dos
aposentados e pensionistas, que na prática revoga o Decreto nº 650, de 2021,
que foi publicado no auge da pandemia, em meados do ano de 2020, confiscando os
proventos e as aposentadorias de milhares e milhares de pessoas do estado que
ganham abaixo do teto do INSS.
Penalizando
pessoas sobretudo da terceira idade, que já tinham sido penalizadas por conta
da falta de paridade, da falta de reajuste salarial e depois foram penalizadas
ainda mais com o desconto do Iamspe. Foram penalizadas com o fim da isenção no
transporte público, no Metrô, na CPTM, nos ônibus da EMTU, e aqui, em São
Paulo, na capital, também pelos ônibus no transporte público com a gestão do
PSDB.
Foram vários
ataques ao pessoal da terceira idade, mas esse foi o mais profundo ataque já
feito em toda a história dos aposentados e pensionistas do estado de São Paulo.
E logo que esse decreto foi publicado, imediatamente eu apresentei o PDL 22.
Foi publicado logo em seguida, nos primeiros dias.
Ele tramitou e
ele foi aprovado em todas as comissões pertinentes, no congresso de comissões
com parecer favorável e ele veio ao plenário no dia 16 de dezembro de 2020. Ele
seria aprovado não fosse a obstrução do governo através de uma emenda de
plenário, que retirou o projeto da votação no dia 16.
Ou seja, então
esclarecer às pessoas que não acompanharam, não entendem a tramitação do
projeto, do PDL 22. Ele já está aprovado em regime de urgência no congresso de
comissões, ou seja, em todas as comissões; ele já entrou em plenário.
Eu já tinha
feito essa reivindicação e nós conseguimos, graças à mobilização dos
aposentados e pensionistas. O projeto veio ao plenário, repito, no dia 16 de
dezembro de 2020.
A emenda de
plenário virou, retirou na hora crucial da votação o projeto. Foi um golpe
regimental aqui do líder do Governo na época, o deputado Carlão Pignatari, hoje
o presidente aqui da Assembleia Legislativa.
O projeto foi
retirado e a emenda começou a tramitar pelas comissões. Demorou um tempão para
ser aprovado na Comissão de Constituição e Justiça porque tinha obstrução lá do
PSDB, logicamente, do governo.
Foi aprovada na
segunda, de Administração Pública - lá ela foi rápida - e agora ela está na
Comissão de Finanças, que é a última comissão, que tem que liberar a emenda
para que o PDL volte aqui ao plenário da Assembleia Legislativa, de onde ele
nunca deveria ter saído.
Acontece que há
uma obstrução agora na Comissão de Finanças, porque o governo está certamente
controlando a comissão, porque o deputado Gilmaci Santos, que é o presidente
dessa comissão, já tinha colocado como primeiro item da pauta assim que as
comissões voltaram a funcionar, deputado Conte Lopes.
Porém era o primeiro item da pauta, não
porque ele estava fazendo um favor, porque está em urgência. Quando está em
urgência é o primeiro item da pauta. E na reunião posterior, nessa daí não deu
quórum, houve o esvaziamento do quórum, na outra reunião ela já foi retirada.
Estranhamente o deputado Gilmar Santos
retirou e não colocou mais, não teve mais reunião, me parece, da Comissão de
Constituição e Justiça - ela estava, me parece, que esvaziada, por enquanto,
hoje, terça-feira era um dia de comissão, não há Comissão hoje de Finanças,
desculpa.
Enfim, o fato é que para que o PDL volte
ao plenário, há a necessidade urgente da liberação dessa emenda, que nem é o
PDL, a emenda ao PDL tem que ser aprovada na Comissão de Finanças.
E só tem uma saída, é o deputado Gilmaci
Santos colocar em votação. Não adianta, ele diz: “Ah, mas o Giannazi tem que
pedir um congresso de comissões”. Não há mais congresso de comissões.
Só há Comissão de Finanças agora, porque
ela já passou pelas outras duas comissões com pareceres favoráveis. Então só
tem essa comissão, não cabe mais nem congresso de comissões.
Então hoje ela está na Comissão, essa
emenda, na Comissão de Finanças e é lá que ela tem que ser aprovada para que o
PDL, daí sim, fique liberado. Daí ele vem para o plenário, até porque ele já
está em urgência, deputado Conte Lopes. Nem precisa aprovar mais regime de
urgência para o PDL 22, porque ele já está em urgência. Então não há
necessidade.
Então fica aqui o nosso pedido, nosso
apelo, agora que o partido do Gilmaci Santos não é mais base do governo, agora
que o partido não serve mais às maldades, aos ataques do governo estadual, do
governo Doria/Rossieli, que ele libere o projeto.
Muito obrigado, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL
- PRTB - Nós agradecemos.
A SRA. ADRIANA BORGO - PTC - Pela
ordem.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL
- PRTB - Pois não, deputada.
A SRA. ADRIANA BORGO - PTC - Sra.
Presidente, para falar pelo Art. 82.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL
- PRTB - Vossa Excelência tem a palavra pelo prazo regimental
de cinco minutos.
A SRA. ADRIANA BORGO -
PTC - PELO ART. 82 - Boa
tarde a todos, a todas, aos nossos profissionais da Segurança Pública presentes
aqui, a todos os nossos assessores; Sra. Presidente, deputado Conte Lopes e
todos os meus amigos parlamentares.
Eu venho mais uma vez a esta tribuna hoje
para falar e ressaltar mais uma vez a importância da nossa PEC 06, que refaz a
injustiça que os nossos policiais militares e civis sofreram e sofrem todos os
dias com as demissões injustas, mesmo quando são absolvidos na esfera criminal,
na esfera cível, e onde a nossa Constituição diz claramente que se absolvido
nessas duas esferas não podem ser demitidos e nem expulsos das instituições. E
não é isso que tem acontecido.
A Polícia Militar do Estado de São Paulo,
principalmente através da Via Rápida, deputado Conte Lopes, tem mandado embora
das fileiras não só das instituições, mas da sociedade como agente de
segurança, homens e mulheres que juraram proteger vidas com os sacrifícios de
suas próprias vidas.
Por motivos banais não tem respeitado a
Constituição, e é por isso que a PEC 06 vem cessar esse tipo de demissão e de
expulsão injusta, e também retratar, refazer todas as injustiças que esses
homens e mulheres sofreram quando foram demitidos, quando ganharam o famoso X
nas costas, quando perderam suas dignidades, apesar de nunca terem sido indignos.
Então a PEC 06, que tramita nesta Casa,
nós precisamos pautá-la para que seja, sim, refeita, cessada, e por uma questão
de justiça que os nossos profissionais de segurança pública sejam reintegrados.
Já passou da hora. É uma PEC que já passou pela CCJ aqui da Casa, já foi
aprovada, está para a Ordem do Dia.
Então nós, deputados que defendemos a
verdade, a justiça, nós, deputados que não queremos que o Estado use esses
homens e mulheres e depois descartem como lixo, como números, está na hora de
cobrarmos, de efetivamente colocarmos em pauta essa PEC e aprovarmos, e
refazer, sim, e trazer de volta a honradez, a esperança de dias melhores, e
esses profissionais de Segurança para o lugar de onde nunca eles deveriam ter
sido tirados e retirados.
São profissionais
que deram anos e anos de suas vidas, profissionais que estão na bica de
aposentar, 28, 29 anos, e são demitidos, justamente porque o governo os vê como
um peso para a Previdência Social, para a SPPrev. Está na hora de dar um basta,
está nas nossas mãos esse dever e esse compromisso como seres humanos.
Eu, como uma
esposa de um policial militar, como uma representante eleita pela família da
Segurança Pública, não posso deixar de vir aqui e alertar os meus colegas da
importância de colocarmos, pautarmos e votarmos favoravelmente a essa PEC.
Muito obrigada.
PEC 06 já, por uma questão de justiça.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Obrigada, Sra.
Deputada, que conta com o meu apoio na pauta.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Com relação à PEC colocada pela nobre deputada Adriana
Borgo, sempre defendendo a Polícia Militar, é bom colocar que esse artigo eu
coloquei na Constituição de 89, quando deputado aqui em 89, que o policial
militar, mesmo que fosse demitido e viesse a ser absolvido pela Justiça, que
ele voltasse à polícia.
Infelizmente,
mais um problema para V. Exa., criaram que se o policial for absolvido por
falta de provas ele não pode voltar. O Estado criou, a polícia criou, não sei
quem.
Quer dizer, a
pessoa inocente tem que provar que é inocente. Não conseguiram provar que ela
cometeu um crime, ou que, em um enfrentamento com o bandido, ela agiu certo,
então simplesmente usam isso. Como ele foi absolvido por falta de provas, coisa
assim, eles não reassumem o policial.
A
SRA. ADRIANA BORGO - PTC - Obrigada, deputado.
Sra. Presidente, havendo acordo entre lideranças, eu peço o levantamento da
presente sessão.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental.
Havendo acordo entre lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados
os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, sem Ordem do Dia.
Está levantada a presente sessão.
*
* *
- Levanta-se a sessão às 15 horas e 57
minutos.
*
* *