2 DE MAIO DE 2022
29ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA, CARLOS GIANNAZI, GIL DINIZ e
FREDERICO D'AVILA
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência.
4 - CORONEL TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
7 - DOUGLAS GARCIA
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
9 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - ADALBERTO FREITAS
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
13 - FREDERICO D'AVILA
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, faz pronunciamento.
15 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
16 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
17 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
18 - DOUGLAS GARCIA
Por inscrição, faz pronunciamento.
19 - FREDERICO D'AVILA
Assume a Presidência.
20 - GIL DINIZ
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
21 - CONTE LOPES
Para comunicação, faz pronunciamento.
22 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA
Faz pronunciamento.
23 - DOUGLAS GARCIA
Para comunicação, faz pronunciamento.
24 - MAJOR MECCA
Para comunicação, faz pronunciamento.
25 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
26 - GIL DINIZ
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
27 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA
Faz pronunciamento. Defere o pedido. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária de 03/05, à hora regimental, com Ordem do
Dia. Levanta a sessão.
*
* *
- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o
número regimental de assinaturas de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a
leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente na data de hoje, dia 2
de maio de 2022, uma segunda-feira.
Iniciamos o Pequeno Expediente com os
seguintes oradores inscritos: deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputada Leticia
Aguiar. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Conte Lopes.
(Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado
Carlos Giannazi, V. Exa. tem o tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectador da TV Assembleia, há muito que eu venho denunciando
exaustivamente a implantação autoritária e excludente desse famigerado e
farsesco Programa de Ensino Integral, que o ex-governador Doria começou a
implantar na sua gestão juntamente com o ex-secretário Rossieli.
Um projeto além
de autoritário e excludente - excludente no sentido que ele exclui os alunos da
escola -, ele reduz o número de matrículas nas escolas que são transformadas em
PEI, sobrecarregando outras escolas.
Além disso, o
projeto também é extremamente eleitoreiro. Não é à toa que o governador, antes
de sair do cargo, juntamente com o ex-secretário Rossieli, disse que até o
final do ano o Estado teria 3 mil escolas PEI.
Eu já acionei o
Ministério Público e o Tribunal de Contas. Entrei com uma ação popular no
Tribunal de Justiça. Eu tomei várias medidas, do ponto de vista legal. Tenho
denunciado exaustivamente, pela tribuna da Alesp.
Já levei o caso
para a Comissão de Educação. No entanto, o governo continua. Mesmo o governo
Rodrigo Garcia/Doria continua assediando as escolas, pressionando as escolas a
aderir a esse famigerado programa, que já se mostrou um programa excludente.
Recentemente, a
própria “Folha de S. Paulo” publicou matérias, mostrando os efeitos perversos
desse projeto, no sentido de que muitas crianças, já no ensino fundamental, não
estão mais tendo vagas nas escolas, por conta desse programa PEI.
Mas eu estive,
sábado, com os professores, com a comunidade escolar, sobretudo, da Escola João
Baptista, em Itapecerica da Serra. É uma escola central. Essa escola já teve
três tentativas de implantação de PEI.
A escola
resistiu, porque a comunidade escolar sabe que, se ela for transformada em PEI,
haverá exclusão de centenas de alunos, e vai diminuir o atendimento da demanda
escolar.
Mesmo assim, o
governo faz uma nova ofensiva, tentando implantar o PEI, numa escola da área
central, que é a única escola que tem o período noturno. É a única escola que
tem EJA. É a única escola que atende o ensino médio no período noturno, que
atende os alunos trabalhadores.
Porque a escola
PEI exclui sistematicamente. É grave a situação dessa escola. As 10 escolas da
área central da cidade não têm mais o período noturno, porque todas foram
transformadas em PEI. Aí os alunos dessas escolas são matriculados na Escola
João Baptista.
Essa escola perdeu salas. Ela teve que
desativar salas pedagógicas. A biblioteca foi desativada. A sala de vídeo foi
desativada. Até a sala da coordenação pedagógica foi desativada. É o desmonte
dos espaços pedagógicos, muito importantes para a realização do processo de
ensino e aprendizagem do nosso aluno.
Sem contar que,
nos dois últimos anos, por conta da implantação autoritária desse projeto na
região, 50 professores efetivos concursados foram transferidos, “ex officio”,
para a Escola João Baptista. Professores que têm acúmulo de cargo na própria
rede estadual, e na rede municipal de São Paulo.
Então, Sr.
Presidente, é muito grave a situação lá. Além disso, tem ainda uma fila de
espera, já de 250 alunos, querendo uma vaga na escola, também no período
noturno. Então não tem mais vagas nas outras escolas. Repito: o projeto PEI é
um projeto excludente. Ele exclui os alunos. E os efeitos perversos já começam
a aparecer.
Então faço uma
exigência, para que a Diretoria de Ensino de Itapecerica da Serra não
transforme a Escola João Baptista numa escola PEI, porque ela vai intensificar
ainda mais a exclusão de centenas de alunos, jovens e adultos, que querem
estudar no período noturno, e que têm esse direito.
E também à
Seduc, que tome essas providências, Sr. Presidente. Também vou levar esse caso
para o Ministério Público estadual. Estou recebendo várias reclamações de
implantação do modelo PEI em escolas da rede estadual. Repito: é um processo de
imposição, Sr. Presidente.
Eles não estão
respeitando mais nem a consulta, nem a opinião da comunidade escolar. É puro
marketing, esse projeto. Esse projeto tenta promover a eleição do Doria e do
Rossieli. E agora, também do Rodrigo Garcia, aqui no estado de São Paulo. Então
é um projeto autoritário, excludente e eleitoreiro.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr.
Deputado. Solicito que V. Exa. assuma a Presidência dos trabalhos, para que eu
possa fazer uso da palavra. Por gentileza.
*
* *
-
Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando
sequência à lista de oradores inscritos, com a palavra a deputada Janaina
Paschoal. (Pausa.) Com a palavra o deputado Coronel Telhada, que fará uso
regimental da tribuna.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP - Obrigado,
presidente. Boa tarde, presidente, boa tarde, deputado Douglas, boa tarde a
todos os assessores e funcionários que estão presentes aqui na Assembleia
Legislativa, aos policiais militares, aos policiais civis aqui presentes, a
todos os que nos assistem pela Rede Alesp. O nosso boa-tarde hoje, neste
plenário, no dia dois de maio de 2022, uma segunda-feira.
Eu quero
iniciar aqui com uma notícia que rodou no WhatsApp neste final de semana, da
prisão de um vereador de São Paulo, devido a ele ter desacatado policiais
militares num evento na zona sul. Tem o vídeo aí? Por favor, Machado, coloca no
ponto. Pode soltar, por favor.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Pode voltar
para mim. Vereador, pensa antes de falar besteira, pô. Você é um vereador, você
tem que ser uma pessoa mais inteligente; você não pode ser burro assim. A
Polícia Militar está cumprindo a sua obrigação, os policiais que estavam lá
estavam cumprindo a obrigação. Ninguém faz ou deixa de fazer um show porque
quer. Nós, policiais militares, cumprimos a lei. Então, não seja burro.
Foi preso, e
com toda razão. Tem que responder pela burrice que fez. Está nervosinho, está
bravo? Com todo o seu direito. Mas vá lá e discuta, faça o seu discurso dentro
da legalidade. O que a Polícia Militar tem a ver se o show foi suspenso, foi
cancelado ou não? A Polícia Militar vai cumprir a ordem, doa a quem doer.
Então, o vereador do MDB...
O nome dele é
Marcelo Messias, não o conheço. Mas começou com o pé esquerdo, né vereador.
Pensa antes de falar besteira. Parabéns ao capitão da Polícia Militar que
coordenou a prisão do vereador, parabéns aos policiais militares. É isso mesmo:
falou o que quer, vai ouvir o que não quer. Simples assim. Respeito, educação e
cordialidade cabem em qualquer lugar.
Nós, aqui,
quando estamos no plenário, na tribuna, às vezes até nos exaltamos. Eu sou uma
pessoa que procura manter sempre a tranquilidade, evitar ofender as pessoas,
mesmo quando eu não gosto, mesmo criminosos que a gente vem aqui às vezes
denunciar; a gente procura ser comedido nas palavras.
Agora, o cara
vai lá, na frente do povo, querer insuflar a multidão contra a PM. Ganhou o que
queria: cana dura. Quem sabe fica esperto. Começa a aprender a trabalhar,
vereador; começou mal.
Quero aqui
lamentar a morte de um servidor da Fundação Casa. Os servidores mais
desvalorizados do estado, junto com a Educação e com a Saúde, são os da
Segurança Pública, e em especial a Fundação Casa, que nem entra pela Segurança
Pública, não entra pela Secretaria da Educação. Estão num limbo aí, ganhando um
salário maldito e ainda morrendo na mão de menor bandido.
É o caso do
Arnaldo Campos Garcia, de 63 anos. Ele trabalhava na unidade Nova Aroeira. Ele
ficou um mês internado. Ele trabalhava na Fundação Casa há 22 anos. Arnaldo
Campos Garcia, de 63 anos, foi agredido em 21 de março, durante uma rebelião.
Ele e o Osvaldino, que é outro servidor, foram espancados por... A imprensa põe
“adolescentes”. Adolescentes que são bandidos, são criminosos.
Maurício, eu
fico irritado quando eu vejo chamar bandido de adolescente. Adolescente é trabalhador,
estudante. Bandido é bandido. Então, esse cidadão de 63 anos foi morto,
espancado.
E agora, José,
quem vai chorar por ele? Ninguém. Se fosse um bandido, “ah, fulano,
inesquecível, vamos fazer passeata, vamos queimar pneu”. Mas de um trabalhador
da Fundação Casa, ninguém se lembra.
Então, aqui os
nossos sinceros pêsames à família do Arnaldo
Campos Garcia, de 63 anos, e aos amigos e amigas da Fundação Casa.
Por favor, eu queria até pedir que a
nossa assessoria, Sr. Presidente, encaminhe este apelo à responsável pela
Fundação Casa, para que dê atenção aos funcionários. A situação deles está
terrível. Eles estão ganhando um salário ridículo, vergonhoso, para cuidar de
bandido, para ser ofendido todo dia, para ser humilhado, para ser morto, como
se fosse...
Acho que nem cachorro é morto assim. Se
um cachorro morrer assim, a população se revolta, mas um servidor da Fundação
Casa ninguém se preocupa. A situação da sociedade brasileira é muito triste, é
muito triste.
Quero lamentar a morte também de um
veterano, de um verdadeiro herói brasileiro que faleceu antes de ontem, salvo
engano. É o segundo tenente da Marinha Arthur Carlos Pfutzenreuter. Nossa, o
nome dele é difícil. Arthur Carlos Pfutzenreuter. Ele é ex-combatente da
Marinha de guerra do Brasil e faleceu. Então nossos sentimentos a esse herói
brasileiro e à sua família.
Eu sempre digo: os meus heróis nunca
morreram de overdose. Os meus heróis são dignos, não são drogados, não são
cachaceiros, não ficam em putaria. Meus heróis são dignos de serem chamados de
heróis, e aí está o caso do Sr. Arthur Carlos Pfutzenreuter, um herói
brasileiro que lutou pelo Brasil na Segunda Guerra Mundial.
Hoje também, dia 2 de maio, só para
lembrar, é o Dia Nacional do Ex-combatente. Toda a glória aos nossos heróis
ex-combatentes do Brasil. E hoje, aqui em São Paulo, nós temos dois municípios
aniversariando: o município de Guapiara e o município de Macaubal.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI -
PSOL -
Dando sequência à lista de oradores inscritos, com a palavra o deputado Gil
Diniz, que fará uso da palavra.
O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa
tarde, presidente Carlos Giannazi. Boa tarde, deputados presentes aqui no
Pequeno Expediente, deputado Altair, deputado Douglas, deputado Coronel
Telhada, deputada Janaina Paschoal. Boa tarde ao público aqui na galeria, a
quem nos assiste pela Rede Alesp, aos nossos assessores também, aos policiais
militares e civis.
Presidente, subo a esta tribuna aqui
para justificar aos meus pares, deputada Janaina, que fui acusado de fechar o
Museu da Diversidade Sexual. Olha que coisa. Seria... Douglas, eu tenho um PDL,
um projeto de decreto legislativo para fechar aquela sala de exposições. Aquilo
ali não é e não vai ser um museu. Quem conhece a Praça da República, o museu
ali, a sala de exposições no Metrô República, sabe que aquilo ali não é um
museu.
Olha só, Coronel Telhada, o que
aconteceu. O Sá Leitão, secretário do Rodrigo Garcia, que eu vou solicitar que
venha a esta Casa prestar esclarecimentos - já passou da hora -, fez um
contrato com uma OS no valor de 30 milhões de reais para manter e ampliar
aquela sala de exposições que o Governo do Estado de São Paulo chama de museu.
Não é.
Essa sala de exposições, “museu”, era
mantida, Coronel Telhada, com cerca de um milhão de reais por ano. Agora serão
no mínimo cinco milhões. Ampliaram consideravelmente essa quantia, e, ao final
do contrato, seriam mais de 30 milhões de reais. Eu repito aqui para você,
pagador de imposto no estado de São Paulo: 30 milhões de reais para essa sala
de exposições que eles chamam de museu.
A entidade, deputada Janaina,
contratada foi a Odeon, uma entidade, uma OS que já tem problemas no Teatro
Municipal aqui na capital, que foi questionada. Mais de 600 mil reais causaram
a reprovação das contas dessa OS, e a mesma OS, deputado Douglas, foi
contratada no estado do Rio de Janeiro quando o Sá Leitão era secretário.
Olha que coincidência. Deve ser muito
boa essa OS no
gerenciamento de museus, salas de exposição. O que eu fiz, como parlamentar?
Entrei com uma ação popular, deputado Telhada, acionei os meios democráticos
que nós temos.
Entrei com uma
ação popular e o promotor deu a meu favor. Disse que, realmente, tinha coisa
estranha naquele contrato. Pediu para que o juiz me desse a liminar.
E a juíza deu,
a magistrada deu a liminar. Eu estou sendo acusado... Aqui é o museu se
explicando: “o museu da diversidade sexual está fechado por uma decisão
judicial”. Mentirosos, canalhas. Não é
verdade. Vocês mentem.
Eles não estão
fechados por causa de uma decisão judicial? A decisão judicial, Janaina, foi
para que não houvesse o repasse do valor. Se o governo de São Paulo quisesse
essa sala de exposição aberta, a exposição das drag queens aberta no sábado,
eles tinham os meios de abrir aquela sala, aquele espaço. Não quiseram e querem
me usar como bode expiatório. Podem usar tranquilamente, não tem problema.
Como eu disse
tem um PDL para fechar aquela sala de exposições. Se querem fazer um museu, que
façam, mas digam para o povo de São Paulo. Mostrem aqui, claramente, para o
povo de São Paulo.
Já foram
repassados, Telhada, mais de cinco milhões para essa OS, antes da liminar. Ou
seja, tinha o dinheiro e, mesmo que a OS não pudesse gerenciar, o governo
poderia como gerenciava antes da contratação da OS, meu Deus!
Então, fica um
bando de aloprados, idiotas úteis, fazendo manifestação contra o Gil Diniz. E,
ótimo, façam. Venham na Assembleia, façam. Venham aqui no Plenário e façam
também.
Mas, na
verdade, quem fechou a sala de exposições, chamada de museu, foi o governo do
estado de São Paulo. Aí eu faço a pergunta aqui para o governador Rodrigo
Garcia. E aí, Garcia, V. Exa. vai abrir o museu LGBT, o museu da diversidade,
ou não?
O senhor
precisa escolher se quer esse museu aberto ou quer continuar indo nas nossas
igrejas pedindo oração, pedindo benção, ajoelhando, dizendo que é católico, que
é muito pio e tudo o mais, enquanto o governo de São Paulo mente para vocês.
Mente, Coronel
Telhada, para a comunidade LGBT. Eu, pelo menos, deixo claras, Janaina, as
minhas posições e faço isso à luz do dia para todo mundo ver o que eu estou
fazendo, mas a realidade é que eu consegui derrubar o repasse de 30 milhões
para essa sala de exposições.
Eu não fechei
absolutamente nada, por enquanto, mas peço aqui o apoio dos pares para que essa
sala de exposições seja fechada e se o governo do estado de São Paulo, Rodrigo
Garcia, João Doria e “tutti quanti”, quiserem fazer um museu LGBT, que venham a
público e façam isso de propaganda política partidária porque não vão usar este
deputado aqui para justificar o fechamento dessa sala de exposições, tida como
Museu da Diversidade Sexual.
Tenho muito
orgulho, Coronel Telhada, de ter conseguido essa liminar e derrubado aí esse
repasse de 30 milhões de reais para a sala de exposição chamada Museu da
Diversidade.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito bom,
deputado Gil Diniz. Parabéns. Zelar pelo dinheiro público é uma das obrigações
de nós, deputados.
Enquanto isso nós temos lá o quartel do
Parque Dom Pedro, antigo quartel do Exército, depois da Polícia, totalmente
abandonado, tomado por drogados, há anos aguardando uma restauração e o estado
não se apresenta nessa tão importante necessidade da cultura brasileira.
Próximo deputado, deputado Castello Branco.
(Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. O senhor vai falar depois? Tá bom. Pela
lista suplementar, deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Castello Branco.
(Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa.
(Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Eu e o Giannazi
passamos para depois. Deputado Douglas Garcia.
Enquanto o deputado Douglas Garcia se
desloca para fazer uso da palavra, eu solicitaria que algum colega assumisse a
Presidência. Gil? Porque eu tenho uma reunião agora, às 15 horas, no Comando
Militar do Sudeste.
Então, eu passo a Presidência da Casa,
da sessão. Da Casa não, né, Gil? Só da sessão. Ainda não. Passo a Presidência
da sessão para o deputado Gil Diniz, e o Deputado Douglas Garcia tem o tempo
regimental. À vontade, deputado.
* * *
-
Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.
* * *
O
SR. DOUGLAS GARCIA - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr.
Presidente. Quero aqui cumprimentar o nobre deputado Coronel Telhada, o
deputado Gil Diniz, a deputada Janaina Paschoal, o deputado Adalberto Freitas,
deputado Conte Lopes, deputado Mecca e deputado Carlos Giannazi, não esqueci de
ninguém. Cumprimentar a todos os servidores desta Assembleia Legislativa e
também reforçar e parabenizar a atuação do deputado Gil Diniz.
Muito obrigado,
presidente, pela sua atuação nessa ação judicial muito bem-sucedida que impediu
o repasse desse valor absurdo a esse Museu da Diversidade Sexual, um museu que
sequer deveria existir. Isso é um absurdo.
Eu vivo dizendo
que a militância LGBT resume a condição homossexual, resume a pessoa
homossexual a isso, a absolutamente mais nada. Tudo o que é questão política,
ela quer apenas resumir a pessoa de orientação sexual homossexual a sua
sexualidade, ela não explora outro assunto, não vê questão cultural, não vê
questão filosófica, ela apenas explora a sua sexualidade, trata como se fosse
um objeto, e isso é vergonhoso, principalmente para mim.
Então, quero
parabenizar o deputado Gil Diniz por essa atuação brilhante. Concordo em
gênero, número e grau que esse Museu da Diversidade Sexual deve ser extinto,
principalmente por um PDL aqui nesta Casa, um projeto de decreto legislativo.
Pode contar com meu total apoio para que se torne uma realidade.
Sr. Presidente,
subo a esta tribuna para denunciar mais um descaso do governo do PSDB, que
começou com o governo Doria e agora continua com o governo Rodrigo Garcia.
Infelizmente, o Hospital de Câncer de Ribeirão Preto vem enfrentando problemas
para o recebimento de emendas parlamentares. Esses problemas vêm desde 2021.
Todo mundo sabe
que o PSDB é péssimo em gestão, só que isso beira a crueldade. Beira, não, isso
aqui é a essência máxima da crueldade: deixar de repassar verbas impositivas
dos deputados por indicação aos hospitais filantrópicos é uma crueldade sem
tamanho e isso vem acontecendo em muitas instituições beneficentes, em muitas
instituições filantrópicas, como já denunciei desta tribuna aqui, na semana
retrasada.
Agora venho
aqui novamente, uma outra cidade, uma cidade importante do estado de São Paulo,
que é a cidade de Ribeirão Preto, que está sofrendo com a falta de repasses de
verbas por parte do governo Rodrigo Garcia.
Eles inclusive
chegaram a escrever: “Infelizmente, a fundação” - que é o Hospital de Câncer de
Ribeirão Preto - “vem lutando com as emendas. Algumas delas corrigimos pelo
menos 14 vezes.
Iniciamos as
emendas e tivemos diversas orientações e seguimos todas elas. Tivemos
orientação de usar a mesma meta para todos os itens contemplados. Depois,
tivemos a orientação de usar metas diferentes.
Fomos
orientados a só usar emendas em serviços em que temos convênio com a DRS, mesmo
o hospital sendo filantrópico, o que nos levou a uma dúvida: entidades que não
prestam serviços conveniados com o estado não podem receber emendas por não
terem serviço pactuado?
Tentamos por
diversos dias uma reunião para maiores orientações, pois aparentemente estava
tendo uma falta de entendimento de ambas as partes. Foi-nos enviado um
documento, uma espécie de manual, e tentamos segui-lo à risca. Porém, mesmo
seguindo à risca, não foi avaliado a contento.
Nossa
secretária chegou a ouvir que a entidade não pode viver de emendas. Entendemos
claramente isso, tanto que, em 27 anos de existência, apenas nos últimos anos
temos tido emendas impositivas indicadas pelos parlamentares.”
Olha que
absurdo: a secretária do hospital ouviu, por parte do governo do estado, que o
hospital não pode viver de emendas. Isso é óbvio, nenhuma instituição no estado
de São Paulo que cuida da área da Saúde depende única e exclusivamente das
emendas vindas pelo estado, porque o estado é absolutamente ineficiente,
principalmente se tratando da gestão Doria, que sempre foi uma gestão que
sucateou os hospitais, tanto os hospitais públicos quanto os hospitais
filantrópicos, principalmente os hospitais filantrópicos.
O Hospital de
Câncer de Ribeirão Preto, ele presta atendimento para Ribeirão e mais outras 27
cidades da região metropolitana. Essa entidade também atua nas áreas de
pesquisa, prevenção e assistência do câncer. É uma fundação que existe há mais
de 27 anos e conta com a ajuda da comunidade local e de iniciativas privadas
para manter todos os serviços para os pacientes.
Para os
senhores terem uma ideia, a quantidade de habitantes que atinge o trabalho
desse hospital é de cerca de um milhão, 750 mil e 29 habitantes. Desde outubro
de 2021, o hospital vem sofrendo problemas com o recebimento de emendas: 800
mil reais em emendas travadas desde o ano de 2021.
Enquanto o
Hospital de Câncer de Ribeirão Preto está sem receber emendas desde 2021, está
aqui, como foi dito pelo deputado Gil Diniz, o secretário do governo do PSDB
correndo atrás para encher... Deus me livre, eu já ia quebrar o decoro aqui de
um jeito que vocês não imaginam. Para encher o Museu da Diversidade de
dinheiro. Trinta milhões de reais.
Olha só que
absurdo, na área da Saúde está faltando dinheiro, enquanto eles querem se
preocupar em enviar dinheiro para Museu da Diversidade, para cuidar das
questões mais identitárias.
Oh, que
bonitinho, olha só, é uma gênero fluido. Vamos cuidar dele, ele precisa de
ajuda, porque tem que ter visibilidade. Enquanto a pessoa está sofrendo com
câncer, morrendo na cidade de Ribeirão Preto, a prioridade do Governo do Estado
é o Museu da Diversidade sexual. Pelo amor de Deus.
Sr. Presidente,
eu solicito que as notas taquigráficas do meu discurso sejam encaminhadas para
a Secretaria de Saúde e para a Promotoria de Saúde do estado de São Paulo;
qualquer Promotoria de Justiça de Saúde; para o Ministério Público,
especificamente falando, porque aí eles fazem os encaminhamentos devidos,
porque isso não pode permanecer como está.
Ou esse
hospital passa a receber essas emendas que estão travadas desde 2021, ou eu vou
dormir na porta do Ministério Público até que algum promotor de Justiça da área
da Saúde acorde para a vida e venha a acionar o quanto antes a Justiça para que
o Governo do Estado pague aquilo que lhe é devido, pare de ficar dando atenção
àquilo que é supérfluo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre
deputado. É regimental a vossa solicitação. O seu discurso será encaminhado.
Dando sequência à lista suplementar de oradores inscritos no Pequeno
Expediente, convido a fazer uso da tribuna a nobre deputada Janaina Paschoal.
Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento V. Exa., os
colegas presentes, as pessoas que nos acompanham, os funcionários da Casa. Tem
vários temas a abordar.
Inicio por uma
demanda que recebi quando fui visitar a Guarda Municipal de Guarulhos, no
sentido de criarmos um Projeto de lei para fazer a identificação dos fios
vendidos para os diversos adquirentes no estado de São Paulo.
Cheguei a falar
aqui na tribuna, havia colegas da área de Segurança. Pois bem, o falecido e
saudoso Major Olimpio já fez isso: conseguiu aprovar nesta Casa o Projeto nº
79, de 2009.
Esse projeto
foi convolado na Lei nº 15.139, de 2013; porém, o então governador Geraldo
Alckmin vetou justamente os dispositivos que garantiriam a identificação da
origem do fio.
Eu pedi para
levantar a razão do veto, e aquela razão simbólica de que não tem competência,
que a Casa não tem competência, o que é uma grande mentira, porque nós temos
muitas competências previstas nas constituições, tanto federal, como estadual,
e o Poder Executivo insiste em nos subtrair essa competência.
Então eu estou
trazendo essa informação porque, como na semana passada voltando da visita eu
até convoquei, convidei, os colegas a fazermos uma força-tarefa, apresentarmos
algum projeto no mesmo sentido, o falecido Major Olimpio fez, conseguiu aprovar
nesta Casa. Ou seja, esta Casa fez o seu papel, e o governador, que hoje quer
ser vice-presidente, vetou.
E os problemas
oriundos desse veto são inúmeros, como apontei na semana passada, porque as
escolas não podem funcionar por falta de energia, os hospitais, idem. E até as
vacinas estragam porque eles subtraem os fios e as UBSs e os postos de Saúde
ficam sem força, com todas as consequências para a população. Foi feito, e
graças ao governador Geraldo Alckmin, hoje nós não temos uma lei conforme
solicitado pela Guarda Municipal de Guarulhos.
Queria trazer
também para reflexão um problema que um cidadão de São Paulo levantou. Eu
confesso que só depois desse relato foi que eu lembrei de outras situações com
que eu já tinha tido contato, ou por familiares, ou por amigos; esse cidadão
viaja com sua mãe, que já tem Alzheimer, e apenas ele, um filho, e a mãe.
Quando ele para
na estrada, que a mãe quer usar o banheiro, ele tem uma situação complicada,
porque ele não pode entrar no banheiro feminino e tem resistência para sua mãe
entrar com ele no banheiro masculino.
Eu até respondi para ele; num primeiro
momento, eu não vejo assim muito espaço para um projeto de lei. Talvez, talvez
pudéssemos avaliar, mas me parece que é importante dar visibilidade para essa
questão, porque o Alzheimer é um mal que vem acometendo mais e mais cidadãos,
sobretudo com o aumento da expectativa de vida.
Interessante que algo bom, que é o aumento
da expectativa de vida, venha com algo ruim, que é o aumento também da
incidência de Alzheimer. Então mais e mais famílias vão enfrentar esse desafio
de ter os seus pais, os seus avós acometidos por esse mal, a dificuldade de o
indivíduo cuidar de si, e muitas vezes o parente, que nem sempre é do mesmo
sexo, do mesmo gênero, como prefiram, entrar num banheiro para atender um pai,
uma mãe acometido por Alzheimer.
Então venho a público pedir pelo menos
sensibilidade dos dirigentes de restaurantes, de lanchonetes, de comércio, no
geral, para essa situação que me foi trazida por um cidadão de São Paulo. Mas
depois refletindo eu me lembrei de outros casos que poderiam se aplicar aqui.
Um outro tema relevante é mais uma
denúncia de concurso público impedindo pessoas não vacinadas, ou sem as 422
doses, de participarem dos certames. Desta vez é a Prefeitura de Arujá, que
colocou no Edital nº 1, de 2022, como requisito, a vacinação. Muitas pessoas
reclamando, seja desse concurso, seja de outros concursos, e é imperioso dizer
que não existe previsão legal para esta imposição.
Os outros temas eu vou me inscrever
novamente, Sr. Presidente.
Muito obrigada.
O SR.
PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Muito obrigado, nobre deputada Janaina
Paschoal.
Convido
a fazer uso da tribuna o nobre deputado Adalberto Freitas.
Vossa
Excelência tem o tempo regimental.
O SR. ADALBERTO FREITAS -
PSDB - Boa tarde a todos.
Cumprimento nosso presidente, Gil Diniz, que está presidindo esta sessão,
demais deputados aqui presentes, pessoal da PM, da Polícia Militar, gloriosa
Polícia Militar, que está aqui nos guarnecendo, e também o pessoal da nossa
Polícia Civil, e o pessoal que está nos assistindo em casa.
Quero deixar aqui registrado mais uma vez,
que eu faço sempre, dando aí uma satisfação para a sociedade, que me elegeu,
sobre as ações do nosso mandato. Então eu gostaria de pedir a gentileza do
Machado também, agradeço a ele e ao pessoal da técnica, que no dia 19 de abril
eu tive o prazer de conhecer um projeto muito importante, ali na Vila Clara,
onde o nosso deputado Douglas Garcia, que está aqui, é daquela região.
Lá é realmente uma região com muitas
comunidades, e eu fui conhecer um trabalho desenvolvido lá pelo projeto Nova
Aliança Futebol Infantil Gratuito, lá no Jabaquara, zona sul.
Estive lá, é um trabalho social fantástico
oferecido para as crianças da comunidade, feito pela Associação Arrastão, com
apoio de uma ONG chamada Acisa, uma ONG que está sempre nos ajudando.
Além de acompanhar as atividades
esportivas que as crianças praticam no local, presenciei a entrega de ovos de
Páscoa, em uma ação promovida pela Associação Arrastão, que era da região, e
pela Acisa, que é a associação que também está nos ajudando.
Agradeço o presidente da Associação
Arrastão, Sr. Nelson Rodrigues Adão, e o diretor, Sr. Luiz Oliveira, que também
é da associação lá da região que chama Fumaça, pela recepção, e os parabenizo
pelo excelente trabalho, porque nós sabemos que essa questão de futebol,
principalmente na periferia, a gente tira muita criança aí do crime, de um
caminho que não é bom. Então, parabéns a todos os envolvidos aí nessa ação.
Como eu estava na zona sul, no Jabaquara,
aproveitei e fui até visitar a subprefeitura com algumas demandas que nós
tínhamos lá na subprefeitura.
Inclusive,
parabenizo o subprefeito, o Sr. Leonardo Gazillo Silva. Na oportunidade,
tratamos sobre assuntos e demandas pertinentes à localidade e falamos sobre as
possibilidades de ver um trabalho na área de esporte para aquela região.
Agradeço a recepção e parabenizado o trabalho da equipe da subprefeitura do
Jabaquara; tem feito um bom trabalho lá.
Também voltado
a futebol, no domingo, dia 24 de abril, estive no Campo de Futebol do Pilão, no
Jardim Apurá, que é na região da Pedreira da zona sul de São Paulo, prestigiando
o futebol de várzea que acontece nas periferias.
É bom salientar
que a Lei nº 17.464, de nossa autoria, de 4 de dezembro de 2021, reconhece o
dia 30 de junho como a data oficial a ser comemorado o dia do futebol de várzea
em todo o estado de São Paulo.
Eu, como
morador da zona sul, joguei futebol de várzea durante muitos anos, então eu
faço questão de estar sempre aí ajudando esses times de futebol de várzea, para
poder desenvolver cada vez mais nas comunidades.
Deixo
registradas as minhas saudações aos queridos amigos, Sr. Gão, Sr. Brinquinho e
Sr. Drogba, que são conhecidos pela liderança que exercem no Jardim Apurá.
O senhor
desculpe os apelidos, é que, quando você fala de várzea, futebol, não tem nome,
é apelido. É “Brinquinho”, é não sei o quê. Faz parte, né? Então, está bom. A
gente acaba aproveitando e sociabilizando com esse pessoal todo.
Agora, eu
gostaria de, também, assim como foi passado aqui o vídeo, o Coronel Telhada,
sobre um episódio que aconteceu no sábado, um desentendimento de um vereador,
Marcelo Messias, sobre um show que aconteceria lá na zona sul de São Paulo, no
Jardim Myrna. Eu gostaria que passasse o primeiro vídeo, que é o ato da prisão
do vereador Marcelo.
*
* *
- É exibido o vídeo.
*
* *
Se puder colocar, Machado, o outro vídeo, por favor.
Presidente, só mais um minutinho aí, por favor.
*
* *
- É exibido o vídeo.
*
* *
Bom, o vereador Marcelo Messias é um amigo meu de bairro,
de muitos anos. Conheço ele desde antes de ser vereador e a gente sabe que
houve um desentendimento entre um show que ia acontecer e, por algum motivo,
houve um desentendimento com a Polícia Militar.
Nós sabemos que, às vezes, existem na Polícia Militar
alguns colegas lá, sabe... Eu prezo muito pela Polícia Militar, mas a gente
sabe que tem alguns colegas que, às vezes, acabam extrapolando um pouquinho a
questão, tanto é que, se não, não teríamos aí o Presídio Militar Romão Gomes.
A gente sabe que tem policial bom, tem o policial ruim e
tem os que se excedem. Eu, na realidade, por conhecer ele e por conhecer
também... Fui até a delegacia e fiquei até duas horas da manhã, ajudei a
resolver a situação lá, junto ao delegado, porque achei que houve
desentendimento. Nós conseguimos aí resolver da melhor forma possível. Saímos
de lá, o vereador está na casa dele.
Quero deixar aqui que o vereador é uma pessoa íntegra.
Obviamente, pode ter sido algum desentendimento ali, mas houve um excesso. É
difícil você ver um camarada no chão e a polícia lá, em cima dele, o cara dando
uma gravata - até gravata foi dada nele. Então, eu acho que houve um pouco de
exagero, que será apurado.
Não estou querendo dizer nada contra a Polícia Militar,
que eu prezo muito. O pessoal sabe o carinho que eu tenho pela Polícia Militar,
mas eu acho que deve ser apurado.
Algum fato aí de algum excesso que houve deve ser apurado
e as pessoas para as quais, realmente, houve excesso, eu acho que deveria ser
apurado e deveria dar, no caso, a disciplina merecida.
Então, vereador
Marcelo Messias, conte comigo aqui, na Assembleia Legislativa. Estaremos
acompanhando todo esse processo até o final.
Muito obrigado,
presidente.
Obrigado a
todos.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado,
nobre deputado Adalberto Freitas. Convido a fazer uso da palavra o nobre
deputado Major Mecca. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nossos irmãos
policiais presentes, nossos irmãos que estão nos acompanhando da Assembleia
Legislativa, nossos irmãos da rede social e da TV Alesp.
Parabéns aos
policiais militares que prenderam o vereador. Autoridade é para ser respeitada.
Policial não pode ser chamado de canalha, tem que impor a força da lei porque é
cabido aos policiais o uso da força, a lei assim determina. Não é à toa que o
estado de São Paulo está a bagunça que está nas mãos de bandidos, de
criminosos.
Todos nós
acompanhamos na semana passada a ocorrência que aconteceu no bairro do
Jabaquara com o jovem Renan, de 20 anos, mais uma vítima do crime. Jovem de 20
anos, de mãos dadas com a sua namorada, executado, morto com quatro tiros por
conta de um aparelho celular.
Por Deus,
quantas vezes nós precisamos vir a esta tribuna e denunciar a postura desumana
e criminosa desse PSDB, desse governo do Agripino Doria, desse governo do
Rodrigo Garcia? Porque não adianta querer se descolar agora não.
Deputado Conte
Lopes, não adianta querer se descolar, deputado Gil, agora um quer falar que
não conhece o outro. Não é, deputado Douglas? E todos nós sabemos, deputada
Janaina, que está presente aqui e sabe do que nós estamos falando, esses
senhores sempre abandonaram os policiais nas ruas de São Paulo.
Ladrões em cima
de motos, como aquele que matou o jovem Renan, tem milhares percorrendo agora
as ruas do nosso estado. Se um policial, embarcado em uma radiopatrulha, fizer
um acompanhamento e se envolver em um acidente, sabe o que eles, o governo de
São Paulo, o Sr. Rodrigo Garcia, junto com o comando da PM, que também se aliou
ao governo e é tão covarde quanto o governo, sabe o que acontece com o soldado?
Fica preso. Se se envolver em um acidente e bater a viatura, ele tem que pagar
a viatura.
Se ele trocar
tiro com um criminoso como aquele, vai aparecer os Direitos Humanos, vai
aparecer um vereador como esse aí, lá no extremo da zona sul, para falar que o
bandido de 23 anos era um jovem trabalhador. Já tinha mais de dez passagens
aquele bandido, que tirou a vida de um jovem. E não querem ficar com a
responsabilidade, com o peso, com o sangue nas mãos das vítimas mortas pelo
crime no estado de São Paulo.
Governo
canalha, vocês são canalhas, vocês condenaram o povo honesto e trabalhador, o
povo de São Paulo, a ser morto nas mãos de criminosos porque para o crime
existe a pena de morte, o crime estabeleceu a pena de morte ao cidadão
trabalhador e aos policiais.
E como se
resolve um problema desse, com esse desgoverno do PSDB? Se um policial abordar
uma moto com um bandido desse, nem pátio para que essa moto seja recolhida tem
disponível hoje em São Paulo.
Os senhores
sabiam disso, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, que têm a missão constitucional
de fiscalizar o governo e não fiscalizam? Não fiscalizam. O governo em São
Paulo faz o que quer.
E não adianta a
gente entrar com ação na Justiça, representação no Ministério Público, pedido
de CPI nesta Casa, porque o aparelhamento imposto pelo PSDB, inclusive no Poder
Legislativo, gerou a impunidade para esses gestores incompetentes e criminosos.
Vocês
assistiram, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, os que não estão aqui, que estão
em seus gabinetes, à mãe e ao pai daquele jovem chorando a perda do filho de 20
anos? Que fique na consciência de vocês esse peso. Vocês sempre desprestigiaram
a polícia. Soldados altamente desmotivados, como que irão consertar uma
situação como essa?
O governo do
Rodrigo Garcia está afim, deputado Conte, de fazer um barulho, uma algazarra,
até as eleições, para que ele possa ganhar votos e dizer que deu uma consertada
na Segurança Pública. Só manobra de marketing.
Nada para
resolver o problema das polícias e botar o polícia para combater o crime,
trocar tiro com o ladrão, acabar com transferência, acabar com movimentação,
pegar os recursos humanos da PM e fazer um mutirão para o policial trabalhar
perto da casa dele.
Prender ladrão,
se precisar, dar mata-leão em vereador, tem que dar sim, porque o polícia tem
que ser respeitado, não pode ser desacatado. Ou a lei não é para todos? Já não
basta neste País que a Constituição não é para todo mundo? Para alguns, ela é
diferente.
Haja santa
paciência. Que Deus ilumine o nosso povo e nos dê força para trabalhar contra
esse autoritarismo e esse descaso, principalmente aqui no governo do estado de
São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado,
deputado Major Mecca. Convido a fazer uso da tribuna o nobre deputado Conte
Lopes. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, também é evidente que o
policial que vai prender o vereador ou sei lá quem chama o policial de canalha,
para essa pessoa ser algemada ela tem que ser dominada, né?
Se o policial
não for dominar a pessoa dando um golpe e algemando, o cara não deixa algemar.
Primeiro ponto. Segundo: queria cumprimentar aqui o nosso investigador
Maurício, Dr. Helder, os companheiros da Polícia Civil. Maurício, que estava
com a família ontem comemorando o Dia do Trabalho na Paulista e também, é
evidente, defendendo os policiais que foram ofendidos pelo presidente Lula.
O Lula quer
fechar os clubes de tiro: “Vão fechar os clubes de tiro”. O Lula está com
problema, dose de medicamento, está com problema. E depois fala que ele não
gosta de polícia. Perdoe-me, ex-presidente Lula, você não gosta de polícia,
porque todo presidiário e ex-presidiário não gosta de polícia, Maurício. Não
gosta.
Investigador
Maurício, vossa excelência, que está na polícia há muitos anos, Dr. Helder,
algum presidiário ou ex-presidiário gosta de policial? Então está certo o Lula
não gostar de nós da polícia.
Não resta a
mesma dúvida, não vou criticá-lo, é um direito dele. Agora vou falar um pouco
também do problema da Segurança Pública de São Paulo. Eu era vereador em São
Paulo.
Quando eu
estava no PP, o Partido resolveu apoiar o Márcio França. Fizemos reunião com o
Márcio França, uma beleza. Fomos para o palanque com Márcio França. Eu estava
no palanque, algumas vezes, com o Márcio França.
Mas depois o
PP, que é presidido, na cidade de São Paulo, pelo deputado Olim, e em nível
federal, pelo Guilherme Mussi, resolveu mudar do Márcio França para o Doria. Eu
não decidi nada. Fui lá de novo, no almoço com Doria. Vejam bem o que é o
Doria.
Fui no almoço
com o Doria. Eles é que decidiram. Eu sou membro do partido. Vou disputar a
eleição. Se eu não aceitar a decisão do partido, nem meu nome entra na
televisão, nem em lugar nenhum.
Então fui lá. O
Doria fez um almoço bonito para nós, e falou: “Doutor Eder e Mauricio, na
Segurança Pública, vocês, do PP, vão falar e vão mandar”. Testemunhas: Olim,
Coronel Telhada, o Mussi.
O Derrite acho
que estava junto também, se não me falha a memória. Então, a partir daí,
passamos a apoiar o Doria. O partido decidiu, vamos apoiar o Doria. Sou um
homem de partido. Se o partido decidiu, eu vou. Certo ou errado, eu vou: é
minha obrigação.
E tudo bem,
vamos apoiar o Doria. Doria prometeu que ia dar o melhor salário do Brasil para
a Polícia. Todos nós ficamos felizes. Foi ele que falou, não fui eu. Foi ele
que falou. Vamos ser ouvidos na Segurança Pública.
Numa reunião
que houve aqui, que ele brigou com o Major Mecca, iam mudar o comando da
Polícia Militar, na Rota, e iam pôr um comandante que não entendia nada de
Rota, de Polícia, de nada. Era um cara extremamente de uma religião. Mas ele só
era da religião.
Eu, acreditando
que o Doria era meu amigo, até me aproximei do Doria. Falei: “Governador, vão
pôr no comando da Rota uma pessoa que não é do ramo”. “Não me fala isso, isso
não é problema meu.”
Aqui em cima,
na frente de todos os deputados, no meu ouvido. “Isso não é problema meu, não
sou eu que decido.” A partir de então, tchau Doria. Não tem mais nada a ver comigo.
Doria, você
está com 1% porque você é traidor. Você traiu Geraldo Alckmin. Você traiu
Bolsonaro. E traiu um monte de gente, inclusive a mim. Você me traiu. Por isso
que eu te cobro. Te cobro, como cobro do Rodrigo Garcia, do PSDB.
E eu provo que
vocês estão errados e que podiam usar, pelo menos, a Rota para ganhar voto e
sair dos 1% que estão. Mostra para mim e mostra para o povo o que aconteceu com
relação à Rota, que o povo confia para defender a população.
*
* *
- É exibido o vídeo.
*
* *
Então está aí.
É o povo gritando “Rota na rua”. Não sou eu não. É o povo que está gritando
porque confia na Rota. Porque sabe que a Rota é amada pela população e odiada
pelos bandidos. Mas nem Rodrigo Garcia nem o Doria sabem disso. Nem o Comando
da PM sabe disso.
Nem o Comando,
nem o secretário de Segurança Pública. Como ele falou um dia, para mim: “Não
vamos prender os caras que atacaram os soldados da Rota, em Santos.”
Mataram o
soldado dentro de casa. “Quem comanda a Polícia sou eu.” Comandar a Polícia no
pátio, qualquer um comanda, general. Isso aí é fácil. Quero ver comandar a
Polícia na rua, combater o crime.
Então fica aí a
colocação. Vejam o bandido que matou o garoto. Foi preso mais de 10 vezes. Ele
foi se entregar, não foi preso. É bom colocar aqui. Ele se entregou porque sabe
que a nossa lei é fajuta.
Talvez, ele já
deixou a mãe com a moto. “Olha, vou ficar dois anos aí. Na primeira saidinha
que tiver, no Dia dos Pais ou das Mães, algum juiz assina, eu venho para a rua
e deixo a moto para eu voltar a assaltar.” De uma coisa eu tenho certeza: se
tivesse cruzado com a Rota nessas 10 cadeias, o Renan talvez estivesse vivo.
Comigo, estaria.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado,
nobre deputado Conte Lopes.
* * *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Encerrado o
Pequeno Expediente, abrindo o Grande Expediente, convido, para fazer uso da
tribuna, por permuta com o Coronel Nishikawa, o nobre deputado Frederico d'Avila.
Vossa Excelência tem o tempo regimental de 10 minutos.
O
SR. FREDERICO D'AVILA - PL - Sr. Presidente,
deputado Gil Diniz, prezados colegas. Como disse o deputado Conte Lopes ontem,
que estava me acompanhando na Paulista, e também o deputado Gil Diniz...
Encontrei depois o deputado Mecca
lá. Como diz o jargão popular, uma imagem vale mais do que mil palavras. Então,
nós vimos a quantidade de pessoas que estavam na Avenida Paulista no dia de
ontem.
Eu cheguei lá por volta de 13
horas, saí por volta de 16 horas e 30 minutos. E ainda continuou chegando
gente. O caminhão onde nós estávamos tinha os deputados Conte, Gil, eu, Mecca,
o organizador - queria fazer menção aqui ao Tomé Abduch. E agradecer pelo seu
espírito patriótico de sempre, sua iniciativa de sempre promover movimentos em
prol da democracia, em prol da liberdade.
Afinal de contas, democracia hoje
em dia tem uma interpretação, deputado Douglas Garcia, muito subjetiva. Porque
democracia, segundo uns aí, é o que eles acham que é o certo.
Então, fica numa interpretação
absolutamente subjetiva. Enquanto que liberdade, no meu entender pelo menos, é
quando você faz algo sem agredir ou sem ofender o direito do outro.
O direito do outro, não como nós
temos visto aqui: alguns juízes, principalmente da Corte Suprema, interpretando
a lei ao seu bel-prazer, desde a sua perspectiva de vida.
E eu vi hoje pela manhã um tweet
da professora Janaina a respeito desse editorial do “Estado de S. Paulo” - “O
Papel do Supremo na Democracia”. Olha, eu li, reli. Quando a professora Janaina
posta as coisas, eu sei que é para prestar atenção, principalmente quando diz
respeito a aspectos jurídicos. Aí depois o segundo editorial é “Novo Extremismo
de Direita Veio para Ficar”.
Bom, eu quero dizer o seguinte.
Deputado Gil, até peguei sua caneta agora para grifar. O artigo do “Estadão”
diz que “o STF está sob ataque. Os cidadãos precisam entender o que está em
jogo quando isso acontece, porque defender a instituição é o mesmo que defender
a liberdade e a paz social”.
Aí depois eles fazem uma menção
aqui ao presidente Floriano Peixoto, o segundo presidente da república. E
depois eles dizem aqui que o marechal Floriano Peixoto, que era conhecido como
marechal de ferro, tinha pouco apreço pela democracia e pela tripartição dos
Poderes.
Aí diz o seguinte: “hoje em dia, o
Supremo é atacado por meio de ameaças explícitas ou veladas a seus ministros,
servidores e familiares; depredações de suas dependências físicas; ou pelo
descumprimento puro e simples de suas decisões”.
Eu quero saber onde teve
depredação de residência ou de bens dos ministros do Supremo por parte dos
apoiadores da direita, dos conservadores, do presidente Bolsonaro.
O que eu lembro é que, quando da
ocasião em que se estava julgando o impeachment da presidente Dilma Rousseff, e
aí foi julgado, quem foi depredar a fachada, a frente do prédio da ministra
Carmen Lúcia, foi justamente o MST, o PT, toda essa turma que é acostumada a depredar prédios
públicos, privados.
Eu desconheço, queria saber. O ministro Alexandre de Moraes
mora perto aqui do Clube Pinheiros. Nunca vi ninguém depredando ali. Desconheço
também qualquer tipo de depredação por parte de conservadores, bolsonaristas,
direitistas, quem quer que seja, de ministros do Supremo, ataque a familiares,
ataques pessoais, como está dizendo aqui, ataques físicos.
E quero dizer o seguinte: o jornal “O Estado de S. Paulo”,
por quem eu tinha muito respeito - inclusive era leitor contumaz de “O Estado
de S. Paulo”, assinante, contribuía com cartas ao leitor -, não me engana mais.
Já diminuiu o tamanho porque está à beira da falência. Teve
que cortar papel porque não aguenta pagar nem o custeio das suas atividades.
Virou, professora Janaina, um tabloide, um tabloide a favor do establishment,
daquilo que existe de mais arraigado.
E eles falando aqui do marechal Floriano Peixoto estão
querendo, como diz o ditado popular, “tirar o bumbum da seringa”, porque eles
foram os maiores insufladores...
Quando o jornal se chamava “A Província de São Paulo”, eles
foram os maiores insufladores, deputado Conte Lopes, os maiores conspiradores
contra a Monarquia e a favor da República.
Foram os golpistas do 15 de novembro de 1889 que depuseram
Sua Majestade Imperial Dom Pedro Segundo e que, depois, mudaram para “O Estado
de S. Paulo”, porque era “A Província de São Paulo.
Quem se lembra da história - não é essa história que contam
nas nossas aulas de história -, a derrubada do Império pelos republicanos não
se deu por virtudes, se deu por vícios, por privilégios que tinha a elite
cafeeira com o fim da escravidão no dia 13 de maio de 1888, assinado pela
princesa Isabel.
Eles não queriam pagar salário, eles não queriam ter mão de
obra que não fosse a mão de obra escrava, e “O Estado de S. Paulo”, que era “A
Província de São Paulo”, ajudou a derrubar o Império.
Dom Pedro Segundo, à época em que foi derrubado, gozava de
mais de 70% da aprovação popular, fato esse que levou com que as forças
republicanas o mandassem para o exílio, porque, se ele aqui ficasse, eles
tinham medo de Dom Pedro Segundo liderar uma contrarrevolução contra os
republicanos, o que aconteceu poucos anos depois, com até o próprio Rui Barbosa
dizendo que tinha se arrependido de apoiar a República.
Então “O Estado de S.
Paulo” é um jornal golpista, que não quer respeitar a vontade da população. A
vontade da população, deputado Conte, o senhor que estava ontem na Paulista, é
aquilo ali.
O presidente da República é a expressão máxima da vontade
popular, e ele não diminuiu durante a pandemia. O deputado Gil e eu algumas
vezes estivemos em Brasília quando houve manifestações, normalmente em finais
de semana, lá em Brasília em favor do presidente da República. Continua a mesma
coisa, e agora, pelo que nós temos visto, está crescendo.
A data do 1º de Maio foi sempre uma data cooptada, deputado
Douglas, por sindicato, partido comunista, partido socialista, PCO, PCdoB, PCB,
PDT, todas essas tranqueiras.
Pela primeira vez nós vimos um 1º de Maio com o verde e
amarelo de pessoas, professora Janaina, que trabalham. Porque qual é a disputa
hoje? É quem trabalha contra quem não trabalha.
Esse pessoal que veste vermelho não trabalha. Eles não
gostam de trabalhar, Conte Lopes, não gostam. É como o senhor falou: bandido
não gosta de polícia. Esquerdista não gosta de trabalho, gosta de se escorar em
algum emprego vantajoso, em alguma estrutura sindical, alguma estrutura pública
em que eles vão subindo na carreira e não precisam fazer nada.
Tinha aquela época, o Major Mecca deve se lembrar, porque
estava na polícia ainda, acho que até a Rota foi lá pegar o pessoal. Tinha uma
máfia que punha o dedo de gel, uma máfia de médicos que punha o dedo de gel
para dar presença no serviço de Saúde lá em Sorocaba. Até a Rota foi convocada,
deputado Gil Diniz, para pegar uma quadrilha.
Então, é
inacreditável, e, graças a Deus... Isso aqui tem que tirar o chapéu para o
governo do então presidente Temer, que acabou com a contribuição sindical
obrigatória. Porque eu também nunca ouvi falar em contribuição obrigatória.
Se é obrigatória,
não é contribuição, é imposto. Você é compelido a pagar. Então,
acabou o “mortadelódromo” que tinha lá, acabou aquele negócio de kit passeata,
porque eles davam o kit passeata, ônibus.
Acabou, não tem
mais, Conte. Todo mundo foi lá ontem. Você viu. Foram com o próprio carro, com
a própria moto, de bicicleta, foram a pé, vieram de longe, vieram de várias
localidades do Estado.
Eu vou te falar,
ainda. Inclusive, o Conte Lopes, se fosse do tempo de revelar filme, e ele
tivesse uma reveladora de filme, ele ia ganhar muito dinheiro, porque a
quantidade de fotos que tiraram com esse homem, pelo amor de Deus. O homem é um
popstar.
Eu queria dizer
aqui que é vergonhoso um jornal, que passa de 100 anos, se prestar a um papelão
de escrever esses dois editoriais aqui, esculhambando o governo, quer
dizer, e o presidente Bolsonaro, que estão esculhambando, na verdade, a vontade
popular.
É essa a história,
e eles querem manter o establishment. Eu lembro muito bem, finalizando aqui, Sr. Presidente, quando eu era
assinante, era Banco do Brasil, Caixa Econômica, Petrobras. Era tudo quanto é
anúncio de governo federal que enchia as burras desse pessoal.
Esse pessoal aqui,
se você der uma enxada, uma foice, um trator para trabalhar, morre de fome no
dia seguinte. Eles não sabem viver de absolutamente nada, a não ser se enfiar
em uma redação, tomar um litro de café por dia, fumar três carteiras de
cigarro, quando não é outro tipo de cigarro, para escrever um monte de porcaria
contra o que a população pensa, e contra o que a população deseja.
Afinal de contas,
já elegeram o Lula, já elegeram a Dilma, e agora elegeram o Bolsonaro, e
pronto, e tem que aceitar, e vai se eleger no primeiro turno. Então, estado de São Paulo, isso só está servindo, como se diz na
minha terra, para acender fogão a lenha.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, obrigado
nobre deputado Frederico d’Avila. Convido para fazer uso da tribuna o nobre deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Nobre deputada Janaina Paschoal. Vossa Excelência tem o
tempo regimental de dez minutos.
Enquanto a oradora se dirige à
tribuna, preciso dar meu testemunho, deputado Frederico d’Avila, Major Mecca.
Realmente, o Conte Lopes é um deputado popstar. Somando todas as fotos, Douglas, que nós
tiramos ontem na Paulista, não dá metade do que ele tirou. Graças ao trabalho,
Conte. Graças a seu trabalho, reconhecido aí pela nossa população. Meus
parabéns.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Uma comunicação, Sr. Presidente, com anuência.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Se o orador
permitir.
O
SR. FREDERICO D’AVILA - PL - PARA COMUNICAÇÃO
- Não, 20 segundos. Ontem me
perguntaram várias vezes se eu era filho do Conte Lopes. Aí eu falei assim:
“mas você gosta dele, ou não gosta? Então eu sou”.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Com a palavra a
nobre deputada Janaina Paschoal.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada,
presidente. Alguns temas, seguindo aqui com a manifestação anterior. Eu não sei
se os colegas vão se recordar, mas, no início do nosso mandato, houve uma
matéria no “Fantástico”, referente ao tratamento dispensado, às dificuldades
enfrentadas pelas mulheres trans presas.
Achou um tema
digno, um tema nobre. Até a colega Malunguinho tem um projeto de lei em trâmite
aqui na Casa. Divergimos de alguns pontos, mas o tema é nobre.
O que chamou
atenção nessa matéria - e eu me manifestei aqui - foi que o “Fantástico”
apresentou uma das presas como uma vítima da sociedade, como uma pessoa muito
doce, muito vulnerável, e acabou até estimulando muitas pessoas a enviarem
cartas para essa presa.
Entretanto, o
“Fantástico” não mencionou o crime pelo qual a presa, essa pessoa estava
detida. Não só não mencionou. Quando fez referência aos motivos pelos
quais essas mulheres trans, em sua maioria, estariam presas, falou de pequenos
tráficos, pequenos crimes patrimoniais, e eu sei que a maioria tem a ver com
tráfico mesmo de entorpecentes e
crimes patrimoniais, mas aquela presa em especial, que virou a estrela
A família dessa
criança, ao assistir o programa, se indignou, de maneira correta, de maneira
justa, e entendeu que trouxeram à tona todo o sofrimento pelo qual eles
passaram e não só trouxeram à tona todo esse sofrimento, como, vamos dizer
assim, endeusaram a algoz do seu filho.
Então, quero
deixar muito claro aqui que não estou generalizando, não estou falando das
pessoas trans de maneira geral, nem das pessoas presas, independentemente de
seu gênero e orientação sexual de maneira geral.
Estou falando
de um caso concreto, de uma matéria jornalística que, a pretexto de levantar as
dificuldades enfrentadas pelas pessoas trans no sistema prisional - e o tema,
como eu disse, é nobre -, vitimizou a pessoa que matou, depois de violentar,
uma criança.
O genitor da
criança morta entrou com uma ação indenizatória em face da Rede Globo. Eu tive
acesso ao acórdão que julgou essa ação. Então, quero aqui, antes de seguir com
a minha análise, abrir um parêntese, porque ontem, nas manifestações, quaisquer
críticas às muitas decisões do Supremo Tribunal Federal foram consideradas
ataques, e o próprio presidente da República foi acusado de atacar o Supremo,
sendo que ele não fez uso da palavra.
As placas que
eu li, as falas que eu ouvi, algumas mais entusiasmadas do que as outras,
também não fizeram ataques, nem ao Supremo como instituição, nem aos Srs.
Ministros, mas questionaram algumas decisões.
Então, antes de
seguir, quero deixar muito claro que não estou atacando o Tribunal de Justiça,
não estou atacando o desembargador que relatou esse caso, mas estou
respeitosamente criticando, porque a decisão é de indignar.
A decisão é
denegatória de indenização para esse pai. A decisão diz o seguinte, que o caso
da criança morta, violentada e morta, não foi externado, não foi objeto da
reportagem, de forma que não trouxe à tona o sofrimento novamente da família, o
que não justificaria indenizar.
Até aqui, se
ainda que o objetivo era falar do sofrimento das pessoas trans, mas parte... É
tão triste. Parte daí para praticamente culpar o pai, que é condenado a pagar
custas e honorários advocatícios, e não na porcentagem mínima de 10%, mas de
15%.
Então, é como
se esse pai, que já perdeu um filho violentado, assassinado, que teve que
assistir a um programa, o mais assistido do final de semana, que é o
“Fantástico”, que ainda é um programa muito assistido, endeusando quem violentou
e matou seu filho, esse pai busca
justiça e é condenado.
Vejam os
senhores, eu costumo respeitar divergências. Na eventualidade de o magistrado
dizer o seguinte: “Olha, existe uma liberdade jornalística, uma liberdade de
expressão, de manifestação, então não vou dar provimento ao pleito desse pai”.
Eu poderia
divergir, mas eu até respeitaria, mas inverter a situação? Condenar uma pessoa
humilde que já enterrou um filho vítima da maior violência a ainda pagar para a
Rede Globo é assustador.
Nenhuma razão
assiste ao autor, em que pese o esmero com que prolatada a sentença. A sentença
de primeira instância foi a favor do pai. O que ele pleiteia é um verdadeiro
revide a uma das entrevistadas, a detenta trans Suzy. Se a reportagem tivesse
feito menção ao crime, ao filho do autor, morto pela transexual, aí, sim, teria
atingido a intimidade do autor.
Mas mostrar as
péssimas condições carcerárias em que inseridas as detentas trans, o
preconceito com elas, mediante entrevistas, exibição das condições em que reclusas,
o excesso da população carcerária, a exposição dos seus sofrimentos não é
imoral, nem, muito menos, ilegal. É, na verdade, lícito.
Se fossem os
réus obrigados, vejam essa parte, se fossem os réus obrigados a veicular o
crime cometido pelas entrevistadas, como quer o autor, em especial o cometido
pela trans Suzy, a finalidade da reportagem de denúncia de uma grave situação
carcerária vivida pelas detentas trans perderia o foco, e se tornaria uma
odiosa execração pública, daquelas que já estão a pagar pelos seus crimes,
daquelas que já perderam o seu direito de ir e vir, e que teriam direito,
enquanto presas, a um tratamento mais humano. Este enfoque não se evidenciaria.
Então que o
Fantástico tivesse buscado uma presa trans que tivesse efetivamente praticado
os crimes que foram veiculados, crimes sem violência, sem grave ameaça, crimes
que não envolviam o estupro e a morte de uma criança, porque o que queria aqui
o magistrado? Que o povo ficasse com pena de quem não merece pena nenhuma. Pena
merece o pai que ele condenou.
A emissora ré
não é obrigada a traçar as suas reportagens sobre as péssimas condições dos
presídios tendo que mostrar os crimes praticados pelas detentas; mas também não
pode enganar a população.
Porque quando
mostra uma coitadinha de que todo mundo ficou com pena a ponto de enviar
cartinha, inclusive, criança, presidente, que eu lembro bem. Está enganando a
população.
Mostrar
detentas trans de forma a gerar o sentimento de solidariedade e compaixão para
que a reportagem cale fundo nas autoridades responsáveis pelo sistema
penitenciário pode não agradar àqueles que um dia se viram feridos pelas
pessoas encarceradas, mas é lícito, e não tem o condão de gerar dano moral.
E por aí vai.
Dá-se provimento ao recurso da Rede Globo, prejudicado o apelo do autor,
condenando-se o autor nas custas e despesas processuais, bem como a pagar os
honorários dos advogados da Rede Globo, fixados em 15% do valor da causa.
Então é o
seguinte: eu quero aqui dizer que esta minha manifestação não é um ataque ao Tribunal
de Justiça, não é um ataque ao Sr. Desembargador, Dr. Rui Cascaldi, que foi o
relator; não é um ataque à câmara que o desembargador compõe, mas é um pedido
de reflexão, é um pedido de análise, de recuperação do justo.
É justo que um
programa largamente assistido pela população brasileira endeuse a pessoa
agressora e culpe a família da vítima que vai buscar reparação para além da
família da vítima.
É justo que a
população receba uma informação distorcida? Por que não entrevistaram as
mulheres trans que eventualmente furtaram, que eventualmente, por força de uma
dependência química, praticaram pequenos tráficos.
Eu até tenho um
projeto aqui para tratar pessoas que entram no crime por causa de droga. Por
que foram buscar? Uma que matou, uma que estuprou e a apresentaram como
coitadinha. Isso é má-fé. Tinha que condenar, sim, por má-fé, inclusive, porque
isso não é jornalismo. Jornalismo lida com fatos e lida com a verdade, não
criando condições para o povo ter pena de quem não merece ter, e culpando as
verdadeiras vítimas da história.
É isso, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Muito
obrigado, deputada Janaina Paschoal.
Faço
minhas as vossas palavras, e minha solidariedade a esse pai, a essa família que
teve aí a sua criança, seu ente querido, Conte Lopes, estuprado e assassinado
por esse vagabundo, que foi praticamente santificado ali nessa reportagem,
nesse programa na Rede Globo.
Seguindo
aqui a lista de oradores, convido a fazer uso da palavra o nobre deputado
Sebastião Santos. (Pausa.) Nobre
deputado Sargento Neri. (Pausa.) Nobre deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Nobre
deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi.
Vossa
Excelência tem o tempo regimental de 10 minutos.
O SR. CARLOS GIANNAZI -
PSOL - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV
Assembleia; quero saudar e anunciar aqui a honrosa presença novamente e sempre
dos servidores do sistema prisional, das pessoas que também foram aprovadas nos
concursos da Secretaria, de SAP.
Tem concurso de 2014, que não houve
chamada ainda, de 2017, 2018. O governo estadual está cometendo crime de
improbidade administrativa, porque ele não está respeitando a legislação que
foi aprovada aqui, inclusive no plenário da Assembleia Legislativa.
Nós aprovamos esses três concursos,
inclusive com dotação orçamentária. Existem vagas e o governo não chama. Mas
além dessa reivindicação, da reivindicação, da aprovação das PECs 1 e 4, do
abono penitenciário, os servidores do sistema prisional estão na luta pela
aprovação imediata, Sr. Presidente, do PDL 22, que acaba com o confisco das
aposentadorias e pensões do estado de São Paulo.
Eu até agora estava procurando aqui com a
nossa assessoria informações sobre a realização ou não amanhã da reunião da
Comissão de Finanças, e até agora nada. Há muito tempo que não há reunião,
sessão da reunião de Finanças para deliberar os projetos, para aprovar ou não
os projetos que estão represados.
Tem centenas de projetos represados na
Comissão de Finanças. Eu acho que eles não estão chamando essa reunião
justamente porque eles estão com medo do PDL 22, porque o PDL, como está em
regime de urgência, ele será o 1º item da pauta, será sempre, em toda reunião
que houver, o 1º item da pauta.
Ele já esteve numa das pautas, mas depois
disso não deu quórum, e depois disso o presidente da Comissão não chamou mais
nenhuma reunião da Comissão de Finanças. O que nós temos são as audiências
públicas pelo Estado para debater o Orçamento, mas aí é uma outra coisa.
Mesmo assim nós estamos cobrando nessas
audiências a aprovação do PDL 22. Mas aqui na Assembleia Legislativa a comissão
já não se reúne há um bom tempo. Tinha questionado isso no Colégio de Líderes,
o presidente falou que isso já tinha sido superado agora, porque tratava-se da
acomodação dos deputados nos novos partidos, por conta da questão eleitoral,
mas agora isso já está resolvido. Não há motivo algum para que não haja mais as
reuniões, as audiências ou as sessões da Comissão de Finanças.
Então faço um apelo aqui ao deputado
Gilmaci Santos, que é o presidente, para que ele chame amanhã a reunião de
Finanças e paute imediatamente o PDL 22, que já estava na pauta e foi retirado,
porque ninguém aguenta mais tanto confisco de aposentadorias e pensões.
Nós estamos vivendo uma crise econômica
sem precedentes, uma alta inflação, o dólar nas alturas, a gasolina a sete,
oito reais, o gás, bujão de gás, a R$ 130,00. A população não consegue mais
sobreviver, muito menos o aposentado e o pensionista, porque eles só estão
perdendo, só têm perdido, e esse confisco foi decisivo para empobrecer e
prejudicar ainda mais os nossos aposentados e pensionistas, que já contribuíram
com o sistema previdenciário do Estado de São Paulo durante 30, 40 anos. Eles
são credores, na verdade, do Estado, da São Paulo Previdência. Há uma dívida
não paga.
Eu me lembro de
que, em 2007, quando foi aprovada a famigerada reforma da Previdência aqui no
plenário, que nós votamos contra e obstruímos, nós levantamos a dívida e o
Governo reconheceu que havia uma dívida de, no mínimo, na época, 80 bilhões de
reais que o Estado estava devendo para a Previdência, para a carteira do Ipesp,
que era a carteira da época. Até hoje, essa dívida não foi paga.
Então, não tem
déficit atuarial nenhum. O que tem é uma divida do Estado com os aposentados e
pensionistas e com todos os servidores do Estado, e o Estado tem que pagar essa
dívida. Ele inventou o déficit atuarial, pegando carona na reforma da
Previdência do Bolsonaro, em 2020, que autoriza, aquela reforma federal
autoriza os entes federativos a confiscar aposentadorias e pensões de quem
ganha abaixo do teto.
Porém, a lei
não obriga. Faz quem quer, e o Doria fez; o Ricardo Nunes fez aqui em São
Paulo, vários prefeitos estão fazendo e vários governadores. Logicamente, se
foi aberta a porteira do confisco pelo Bolsonaro, o Doria logicamente que vai
confiscar, porque o Doria é o inimigo dos servidores públicos, é o inimigo dos
aposentados.
Aliás, o PSDB,
como um todo, é inimigo dos aposentados e pensionistas e dos servidores, porque
sempre colocou em prática, em curso no estado a política de ódio aos servidores
de todas as categorias profissionais.
Essa é a
história do “tucanato” no estado de São Paulo: fez do estado de São Paulo o
grande laboratório das terceirizações, das privatizações, do desmonte do
patrimônio público - até mesmo das florestas e dos parques - e de ódio, de
retirada de direitos dos servidores e servidoras do estado de São Paulo.
Então, a nossa
luta aqui continua pela imediata aprovação do PDL 22, que tem que ser liberado
pela Comissão de Finanças para entrar no plenário. Eu deixo claro aqui que é o
meu projeto prioritário.
Sempre foi,
tanto é que eu não aprovei nenhum projeto ainda nesta legislatura, porque o PDL
22 trava, inclusive, a minha pauta, né? Eu só vou aprovar projeto depois do PDL
22, então, eu estou indo aqui para o sacrifício em nome da aprovação do PDL 22.
Quero, ainda, antes
de concluir aqui a minha intervenção no Grande Expediente, Sr. Presidente,
dizer que, na cidade de Assis, aqui do interior paulista, nós temos lá um
fenômeno que é a perseguição continuada do prefeito da cidade, que é o prefeito
do PDT, o prefeito José Fernandes. Esse projeto tem perseguido - também, ele é
do PDT, mas parece que é “tucano”, porque ele gosta de perseguir servidores
públicos, sobretudo da Educação.
A prefeitura,
primeiramente, impediu, criminalizou o direito de greve e de manifestação dos
servidores da Educação. Primeiro que o prefeito não paga o piso nacional
salarial na cidade de Assis, então, os servidores da Educação, o magistério,
começaram a se movimentar, fazendo manifestações, greve.
Aí, o prefeito
criminalizou, entrou na Justiça proibindo que os servidores da Educação
pudessem se manifestar em espaços públicos e - pasmem, V. Exas. - o Tribunal de
Justiça deu uma liminar para o prefeito.
Aliás, isso
está acontecendo em várias prefeituras: os servidores se movimentam, entram em
greve; os prefeitos acionam a Justiça e a Justiça fica do lado do opressor, do
Governo, não fica do lado dos trabalhadores, do magistério, dos servidores em
geral.
Isso não é só
com a Educação, é com vários setores do funcionalismo público em várias prefeituras.
Em Araraquara, por exemplo, o prefeito entrou com uma liminar contra a greve;
em Piracicaba, o prefeito fez o mesmo; em Mogi-Mirim aconteceu a mesma coisa, o
prefeito entrou com ação. Em vários municípios.
Nós estamos
mapeando isso, porque o nosso mandato criou um observatório do piso nacional
salarial para que as prefeituras paguem o piso nacional salarial. Mas o que eu
quero dizer, para concluir, é que prefeito, além de não pagar o piso, proíbe,
criminaliza a luta do Magistério e dos servidores da Educação de Assis.
Agora, para
piorar, para fechar com chave de ouro essa perseguição continuada à Educação,
ao Magistério, o prefeito está descontando os dias parados para penalizar, para
assediar ainda mais os...
Ele não abriu
negociação, porque quando tem uma greve o que acontece, após o término da
greve, isso acontece em qualquer lugar, tem a negociação dos dias parados,
reposição dos dias parados. É assim que funciona.
Acho que o
prefeito lá, como não deve ser democrático, ele não conhece, ele descontou até
o sábado, foram cinco dias de greve, ele descontou seis, inclusive o sábado.
Isso mostra a
perversidade, é um prefeito contra a Educação, é um prefeito contra o
Magistério. Então quero deixar o meu total repúdio a essa atitude do prefeito e
manifestar a minha total solidariedade e apoio ao Magistério e a todos os
servidores da Prefeitura de Assis.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado,
nobre deputado. Convido para fazer uso da tribuna o nobre deputado Tenente
Nascimento. (Pausa.) Nobre deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Nobre
deputado Major Mecca. Vossa Excelência tem o tempo regimental de dez minutos.
O
SR. MAJOR MECCA - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Retornando a esta
tribuna, nós somos sempre incansáveis, como fui nos meus 31 anos de serviços
prestados na Polícia Militar. Quem defendeu o povo, quem defendeu cidadão de
bem, que trabalha, são os nossos policiais.
A faixa que tem
ali com o pessoal que prestou concurso para agente de segurança penitenciária e
agente de escolta: oito anos de espera, chega de humilhação, governador,
nomeação já!
Está aí, esse
foi um dos fatores que gerou a falência da Segurança Pública. Os policiais
penais não têm efetivo suficiente para prestar o serviço que deveriam prestar à
altura do povo de São Paulo. Mais de 170 presídios, tem presídio que tem mais
de dois mil presos e dois agentes de segurança penitenciária. À noite, quatro.
Isso é
informação que vem dos policiais penais, que nós, deputados, temos a obrigação
de ouvi-los, trazer a voz deles a esta tribuna e cobrar o presidente da
Assembleia Legislativa, cobrar o líder do Governo para que esses homens e
mulheres sejam convocados, porque eles prestaram concurso, foram aprovados em
todas as etapas, e estão aí, oito anos esperando.
Isso é um ato
de improbidade administrativa, mas, no estado de São Paulo, o governo faz o que
quer, deputado Frederico d’Avila, Conte Lopes, deputado Gil, o governador faz o
que quer.
E chamo atenção
aqui, este final de semana o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidiário,
citou que o presidente Bolsonaro não gosta de gente, gosta de policial. Ou
seja, policial não é gente. Pessoal, ouça uma coisa: vocês que estão ouvindo na
rede social, a boca fala o que o coração sente.
A esquerda, que
é inclusive o PSDB, nunca gostou de policiais. Eles nunca respeitaram os
policiais. Eles sempre humilharam os policiais, porque quem é o vice do pré-candidato
Lula é o senhor Geraldo Alckmin. É o vice do Lula.
O senhor
Geraldo Alckmin é aquele que, por sua vez, trouxe o Agripino Doria para a
política. Que na semana passada o seu Agripino Doria estava elogiando o Lula
nas mídias, nas redes sociais, elogiando o Lula. O senhor Agripino Doria, que
tinha como vice o Rodrigo Garcia, que hoje é o atual governador.
Então, povo do
estado de São Paulo, vocês que estão nos acompanhando: nós temos a obrigação de
dizer aqui nesta tribuna o que vocês sentem em seus corações. Vocês, o povo,
querem.
Como o Conte
mostrou aqui, o povo na Avenida Paulista gritando o nome da Rota. Quando eu
cumprimentei de cima do caminhão os policiais militares, os policiais do estado
de São Paulo, a Paulista se inflamou em aplausos aos policiais do estado de São
Paulo.
Porque o povo
nos respeita, mas o governo não nos respeita. Inclusive - todo mundo sabe disso
- nos corredores do Palácio dos Bandeirantes, o palácio do ódio, onde se
constroem decretos para prejudicar a população, construiu-se um projeto de lei
para aumentar os impostos no estado de São Paulo. Projeto de lei esse apoiado
pela base do governo aqui nesta Casa.
E olhe,
população, preste atenção nos deputados que votaram e votam junto com o governo
para aumentar impostos, para diminuir o salário dos policiais. Porque
diminuíram aqui no PLC 26. Tiraram a insalubridade da licença-prêmio do soldado
que ganha um salário de três. Tiraram mil.
Aí o soldado,
quando pega uma licença-prêmio para prestar assistência à família dele, levar o
pai ao médico, fazer um tratamento, de dia ele leva o pai ao médico e à noite
ele faz bico para poder complementar a perda que teve no salário.
Que foi
retirada pelo PSDB, que foi retirada pelo Rodrigo Garcia, que uma vez falou em
rede de rádio que nós ficamos cinco anos sentados esperando um quinquênio.
Ficamos 20 anos sentados espetando uma sexta parte.
E eu falei para
ele: senhor vice-governador - que hoje é o governador Rodrigo Garcia -, venha
comigo ficar um dia dentro de uma viatura fazendo o policiamento que você vai
ver o que é ficar cinco anos sentado para adquirir uma licença-prêmio, um
quinquênio. Um dia, não precisa ser cinco anos, um dia.
Olhe lá se você
não sair de dentro da viatura no final do turno defecado, com traumas por tudo
que vive um policial nas ruas de São Paulo, combatendo criminoso que vocês
privilegiam. Combatendo os criminosos que vocês levam para dentro do Palácio
dos Bandeirantes, porque foi o que vocês fizeram quando houve aquela ocorrência
no Paraisópolis.
Um pancadão
organizado por criminosos empunhando fuzil, pistolas. E o povo de bem de dentro
do Paraisópolis, com mais de 400, 500 chamadas no 190, pedindo uma viatura para
acabar com aquele absurdo.
Morador dizendo
que não suportava mais o cheiro de maconha dentro de casa, que não podia entrar
e nem sair, não tinha condições nem de socorrer um familiar, porque
...há mais de
24 horas, as ruas estavam fechadas pelo crime.
E, quando uma
viatura se deslocou, que foi recebida a garrafadas, tiros, os policiais se
defenderam. E aquelas mais de 2 mil pessoas, que correram, porque criminosos
começaram a dar tiros, em um evento que não foi organizado...
Juntou o poder
público. Um evento clandestino, foi o que aconteceu no fundão da zona sul,
sábado, para um vereador que quis colocar a população contra a Polícia. O
evento não tinha documento, como que vai acontecer o evento?
Os
organizadores se comprometeram em fazer a documentação adequada, não fizeram.
Então não pode ocorrer o evento. Aí o evento, promovido por criminosos, teve o
tumulto.
Não havia via
de fuga suficiente para o número de pessoas. Nove jovens morreram pisoteados. O
governo colocou a culpa em quem? Nos policiais militares. Afastou os policiais
militares das ruas. Prejudicou os policiais militares e os seus familiares.
Abriu a porta
do Palácio dos Bandeirantes para ouvir bandido. O policial, ele não quis ouvir.
O Sr. Agripino Doria, o Sr. Rodrigo Garcia, não quiseram ouvir os policiais.
Inclusive, no
outro final de semana, que eu fui lá, sabe qual era a ordem para os nossos
policiais? Viatura estacionada. E, se tomar tiro na viatura, não é para sair do
local. É para pedir apoio pelo rádio. Pasmem!
Se eu fosse
coronel, e fosse comandante, olhar para esse governador: “Essa ordem, o senhor
vai dar no quinto não sei de onde. Porque, aqui, quem manda na Polícia sou eu,
o comandante.
E polícia meu
não vai tomar tiro. Não vai morrer para agradar você e a sua política suja,
criminosa, que defende ladrão”. Se atirar na viatura, vai tomar tiro. Quem dá
tiro para matar, tem que tomar tiro para morrer. É assim que polícia trabalha
na rua.
Para defender o
cidadão de bem, tem que ser forte, corajoso, e combater o crime à altura.
Quisera Deus permitir que nós mudemos esse cenário para o próximo ano. Todos
vocês fiquem alertas.
Povo, olhe em
quem vota, realmente. Como foi falado, estudem o histórico de quem vocês vão
votar. Porque tem uns aí, que eu vou falar para você: não têm história, têm
ficha policial.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre deputado. Convido a fazer uso da
palavra o nobre deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Nobre deputada Carla
Morando. (Pausa.) Nobre deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Por permuta com o
nobre deputado Carlos Cezar, nobre deputado Douglas Garcia. Vossa Excelência
tem o tempo regimental.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente. Quero
cumprimentar novamente os meus pares. Antes de entrar no tema específico, eu
gostaria de coadunar com as palavras que foram ditas, tanto pelo deputado Major
Mecca, como também pelo deputado Coronel Telhada, com relação ao vereador que
foi levado pela Polícia Militar. Não lembro o nome da cidade. Foi aqui na
Capital? Foi aqui na Capital. Perfeito.
Então, meus
parabéns à Polícia Militar do Estado de São Paulo. Aqui eu faço uma sugestão.
Porque eu mesmo vou seguir esse caso de perto. Mas faço uma sugestão, aos meus
colegas, para que façam o acompanhamento deste caso, junto aos policiais
militares.
Porque, apesar
de eu ter um respeito gigantesco pelo deputado Adalberto Freitas, ele disse que
irá acompanhar para que a justiça seja feita para o amigo dele, o vereador que
foi apreendido.
Então nós
precisamos cuidar deste caso, acompanhando de perto, para que a justiça seja
feita com relação à ofensa que foi feita aos policiais militares, e nenhum
deles fique injustiçado por parte desse procedimento que se encaminhará. Então,
se ele vai cuidar do lado de lá, cuidemos nós do lado de cá.
*
* *
- Assume
a Presidência o Sr. Frederico d’Avila.
*
* *
Também gostaria
de coadunar das palavras da deputada Janaina Paschoal, no caso da transexual
Suzy. Vocês lembram do caso da Suzy? Pois é, a Suzy, fui eu que vim à tribuna
da Assembleia, para falar, para desmascarar esse absurdo, esse assassino cruel
e nojento, que estuprou uma criança.
E,
infelizmente, foi endeusado pela “Rede Globo”. Fui o primeiro, subi aqui e
falei sobre isso. No dia seguinte, foi um alvoroço total, a imprensa correndo
para lá e para cá para ver se era isso mesmo, se a história era essa mesma.
E de fato a
“Rede Globo” cometeu uma das maiores burrices da vida dela e deve pagar essa
indenização. Aliás, burrice não porque burrice a gente comete quando é algo que
não vale a intenção da própria pessoa.
Mas aqui eles
fizeram de mal mesmo, foi de um absurdo sem tamanho, de uma crueldade sem
tamanho. E precisa pagar por isso, sim. A deputada Janaina Paschoal está
absolutamente coberta de razão e a Justiça, infelizmente, neste caso
específico, errou, errou feio.
E eu espero que
essa família recorra da decisão do Tribunal de Justiça, para que venha a vencer
essa indenização e a “Rede Globo” venha a ser culpada, responsabilizada pelo
que aconteceu a essa família.
E senhores,
gostaria de lamentar... É triste essa situação. Eu pouco falo sobre isso porque
acho que, nas três últimas vezes em que falei sobre isso, foi uma representação
diferente no Conselho de Ética desta Assembleia.
Mas eu não
posso deixar de falar sobre o caso deste homem, deste funcionário, deste
servidor, deste pai de família que foi assassinado dentro da Fundação Casa. Ele
foi espancado na Fundação Casa. Um homem de 63 anos de idade, que foi espancado
por menores infratores, de acordo com o que precisa ser dito.
Tem que ser
falado assim, de acordo com o pessoal dos direitos humanos. Você não pode
chamar de bandido, não pode chamar daquilo que eles realmente são. É “menores
infratores”. O cara foi violentado de uma maneira absurda. Ficou internado no
hospital.
Eu até tenho
aqui as datas de quando isso aconteceu: dia 21 de março foi a data da agressão.
Ele ficou internado durante todo esse tempo, e veio a falecer no dia 30 de
abril de 2022. Após essa agressão covarde que foi feita ao Sr. Arnaldo Campos
Garcia, de 63 anos, no dia 20 de abril ele ainda estava vivo.
Eu enviei um
requerimento de informação à Secretaria de Segurança Pública, à secretaria que
cuida da questão da Fundação Casa no estado de São Paulo, ao governo do estado,
questionando a respeito de quais são as medidas que o governo do estado tem
tomado para garantir a segurança dos agentes da Fundação Casa.
Porque a gente
sabe muito bem que se infelizmente abrir a boca para falar qualquer coisa ou
para agir contra esses menores infratores, aparecem os direitos humanos,
aparece o pessoal da Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos, aparece o
pessoal da Defensoria Pública.
Defensoria
Pública, meu Deus. Parece que, sem falar especificamente do caso da Defensoria
que trabalha de forma excelente aqui na Assembleia Legislativa, mas alguns
defensores públicos da área de direitos humanos acampam ao redor da Assembleia,
acampam ao redor das instituições para defender aquilo que não presta.
E a gente sabe
muito bem que se algum agente que trabalha nesse sistema da Fundação Casa fizer
qualquer coisa que seja contra esses menores infratores, você vai ter, da noite
para o dia, tudo quanto é instituição funcionando perfeitamente bem para poder
defendê-los.
Agora, minha
pergunta é: quando é que o Conselho dos Direitos da Pessoa Humana do Estado de
São Paulo, o Condep - eu já cansei de dizer que o Condep não presta para
absolutamente nada, é a coisa mais inútil que existe na Secretaria de Justiça -
vai se movimentar para ajudar a família do Sr. Arnaldo Campos Garcia, que está
sentindo a falta absurda desse pai de família?
Quando é que o
Condep vai se movimentar para atender às demandas daquela família, para prestar
um apoio psicológico, social, assistencial, o que seja, para essa família?
Porque quando é
para defender esse bando de marginal, aí aparecem Condep, Promotoria de Justiça
dos Direitos Humanos, Defensoria Pública do Estado de São Paulo, aparece tudo.
Está entendendo? Mas quando é para socorrer aqueles que realmente necessitam,
aí todo mundo some.
Senhores, o que
aconteceu na Fundação Casa é um verdadeiro absurdo. Eu espero que o estado seja
responsabilizado. Mais uma vida foi ceifada, mais uma vida foi tirada.
E o estado
precisa se responsabilizar. A família do Sr. Arnaldo Campos Garcia pode contar
com meu total apoio. E nós vamos trabalhar para que cada um daqueles nojentos
que estão lá na Fundação Casa, que fazem esse tipo de coisa, seja
responsabilizado também, porque não é possível isso daí virar uma conduta
comum, algo corriqueiro dentro da instituição, dentro da Febem.
É inadmissível, senhores.
Ah, e mais, o que me causou também uma revolta gigantesca...
Eu eu não consegui acreditar quando eu li esse requerimento de informação. Isto
daqui foi pouco antes de esse fato horroroso ter acontecido. Isto daqui foi no
dia 22 de maio de 2022.
Eu recebi uma resposta do requerimento de informação aqui do
Governo do Estado por parte - vou até ler aqui o nome da pessoa, Ana Lúcia da
Costa Negreiros, respondendo pela chefia de gabinete da Fundação Casa.
Algumas pessoas vieram questionar, nobres deputados, por que
os agentes da Fundação Casa não estavam mais utilizando a farda, eles não
podiam mais utilizar a farda.
Eu questionei: o uso da farda padrão formal que os agentes
utilizam nas unidades foi proibido? Se sim, quais foram os motivos específicos,
os dados oficiais e estatísticos que fundamentam e justificam essa decisão?
Sabe o que foi que eles me responderam? Eles me disseram que
foi retirado o uso da farda por parte dos agentes que trabalham na Fundação
Casa por causa da inviolabilidade da integridade psíquica e moral da criança e
do adolescente.
O uso da farda por parte dos agentes que trabalham na
Fundação Casa estava violando a integridade psíquica dos adolescentes, esses
mesmos demônios que mataram um homem que trabalhava na Fundação Casa. “Ai, está
violando a integridade psíquica.”
O ser humano, antes de chegar à Fundação Casa, estava usando
droga, se entupindo de farinha, pedra, maconha, matando, roubando, fazendo o
inferno, matando como gente grande, mas precisa responder como se não tivesse
noção nenhuma dos seus atos. “Olha só como eles são. Ai, meu Deus, que dó. Não
pode usar farda perto deles, porque você acaba violando a condição psíquica das
crianças”.
O ECA é uma desgraça. O ECA tem que acabar para ontem. O
Estatuto da Criança e do Adolescente é uma desgraça, estraga por completo todo
o procedimento de Justiça deste país.
O delinquente que fez isso com esse pai de família existe e
está solto nas ruas graças às nossas leis, e uma delas, a primordial, é o ECA,
o Estatuto da Criança e do Adolescente, que está protegendo inclusive aqueles
mesmos nojentos que estão lá na Fundação Casa e acabaram de matar um pai de
família.
E agora, vamos fazer
o que para essa família? O estado vai demorar séculos para pagar qualquer tipo
de indenização. Quiçá o filho do neto do homem que veio a falecer vai receber
um precatório, agora que o João Doria saiu dando calote em absolutamente todo
mundo do governo do estado.
E aí, como é que vai ficar? Como é que vai ficar a situação
das promotorias de Justiça, de direitos humanos, que não falaram um “a” até
agora? Eu exijo que o Condepe preste para alguma coisa, porque aquilo
virou um cabidão, porque o Condepe não faz nada.
Então, Sr. Presidente, para concluir, eu gostaria que as
notas taquigráficas do meu discurso fossem encaminhadas para a Secretaria de
Justiça e que o Condepe se manifestasse com relação a isso.
E eu, por Deus, vou acampar na porta do Ministério Público -
já que vão acampar para tudo quanto é tipo de assunto - até que ele se
manifeste com relação aos direitos dessa família, porque eles precisam ser
indenizados pelo estado. O estado tem que se responsabilizar diante dessa falta
grave que foi cometida.
E que esses vagabundos que estão lá na Febem que venham
responder de acordo com a lei, e não essa lei que a gente tem hoje, mas de
acordo com a lei divina, se Deus quiser. Porque, se for de acordo com a lei
divina, senhores, eles merecem muito mais do que apenas a prisão.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA -
PL - Obrigado,
deputado Douglas Garcia. Aproveitando para dizer que, no início do meu mandato,
eu propus a extinção do Condepe e da Ouvidoria das polícias, que não servem
para absolutamente nada a não ser defender criminoso.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA -
PL - Pela
ordem, deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pelo Art. 82, usar a tribuna pela liderança do PL.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA -
PL - Pelo
Art. 82, tem cinco minutos Vossa Excelência.
O SR. GIL DINIZ - PL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente,
volto a esta tribuna, agora pelo Art. 82. Saudar aqui os profissionais da SAP, que têm todo o nosso
apoio. Contem conosco aqui.
Somos poucos,
mas, se Deus quiser, no próximo ano esta bancada vai estar ampliada, Major
Mecca, Conte, deputado Douglas, deputado Frederico d’Avila, e, se Deus quiser,
a gente vai mudar o rumo, a trajetória do nosso estado de São Paulo. Então,
contem sempre conosco.
O
deputado Conte Lopes, como eu disse, ontem, na Paulista, parecia um popstar.
Por onde ia, Mecca, tirava foto com todo mundo. Eu me lembro, deputado
Frederico d’Avila, de que, em 2016 - te mandei a foto, Conte...
Eu
encontrei V. Exa. na Paulista. Jamais imaginava que um dia seria deputado.
Estava lá com a minha mochilinha da Jornada Mundial da Juventude, era campanha
eleitoral, e eu encontrei o então candidato, Conte Lopes, ali na Paulista, e
pedi para tirar uma foto que eu guardo com muito orgulho até hoje. Ele segue
nos liderando aqui neste Parlamento, e nos ajuda demais.
Presidente,
o povo de São Paulo deu um recado ali nas ruas, mais uma vez, e os eleitores do
descondenado deram um recado também, Conte. Tem imagem, Machado, de ontem,
alguma coisa nesse sentido?
Eu
falei com a galera aqui. Essa aqui é a imagem do cidadão que foi preso, se é
que dá para a gente chamar esse cara de cidadão. Põe, por favor, só para a
gente ter uma ideia, e eu explico depois porque eu apoio o presidente e não
apoio o descondenado.
*
* *
- É exibido o
vídeo.
*
* *
Pode tirar. Vejam, é contra esse grupo que nós
estamos lutando aqui. Nós temos, de um lado, o presidente Bolsonaro, Conte, e
do outro lado nós temos o descondenado, o ex-presidente Lula, que justifica,
Mecca, um assalto a celular.
Coitadinhos,
são violentados pela Polícia. Olhem só, nós temos o descondenado elogiado pelo
ex-governador João Doria, que diz que o Lula tem um passado, que tem que ser
respeitado, que quer a abertura de diálogo com esse grupo político.
São
aqueles diálogos cabulosos que nós conhecemos. Um integrante do PCC diz ali em
uma conversa, em uma escuta, que ele tinha diálogos com grupos políticos. Veja
só contra o que nós lutamos, Douglas. É uma luta do bem contra o mal, de
pessoas que justificam a violência, o assassinato.
A
deputada Janaina Paschoal colocou aqui o culto à bandidolatria, quando o
magistrado vem e condena um pai que perdeu o seu filho, estuprado, assassinado,
nas mãos daquele canalha que foi santificado pela TV Globo.
Que
crianças, Mecca, mandavam cartinhas para aquele transexual ali na cadeia, dando
até o endereço da criança. Ou vocês acham que não chegou o endereço ali da
criança?
Meu
Deus do céu, onde a gente vai parar? É contra isso aqui que a gente luta. Tem
mais um vídeo, Machado, por favor? Só tinha esse? Eu ia passar aquele vídeo
onde o presidente Lula diz que Bolsonaro não gosta de gente, gosta de Polícia.
Então,
vocês, vejam aí aquele vereador. Nem sei quem é, mas não duvido que ele apoiou
João Doria. Porque, para atacar a nossa Polícia da maneira que esses lixos atacam,
só pode ser parceiro de pessoas como Doria e Lula.
E
onde é que a gente vai parar, Douglas, com esse culto à bandidolatria, com
bandidos sendo exaltados em horário nobre na TV, com juízes condenando pais que
perderam seus filhos, e exaltando aí a condição, a conduta, a opção sexual de
um criminoso. Onde é que a gente vai parar?
Por
isso, Conte, é que nós estamos vendo aí o resultado da população se
manifestando. O Haddad não só está estagnado. Hoje saiu uma pesquisa. Está ali
estagnado, 28%, 29 por cento. O Tarcísio já está em empate técnico, na pesquisa
ali, espontânea, Douglas, e, logo, logo, vai passar.
Para finalizar,
presidente. E o governador Rodrigo Garcia, que tem toda a máquina do estado na
mão e está jogando dinheiro para as prefeituras comprarem maquinário,
funcionalismo e tudo mais, não consegue passar de dois dígitos.
Está perdendo
para a margem de erro. Tem uma bancada de deputados aqui na mão, que controlou
com mão de ferro durante esse mandato, e não consegue passar de dois dígitos.
Então, é a luta
do bem contra o mal. Ninguém aqui quer pregar santidade, mas vocês estão vendo
de que lado cada um está. Eu estou do lado do ministro Tarcísio, capitão do
Exército, que está junto do presidente Bolsonaro.
Haddad está
junto do descondenado Luiz Inácio, que está com a sua parceria. João Doria,
Rodrigo Garcia. E o Conte lembrava: na política não tem “novo” coisa nenhuma. O
Garcia está na política desde a década de noventa. Muitos não o conhecem, mas,
com toda a certeza, já fez muito mal para o nosso estado de São Paulo.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Obrigado,
deputado Gil Diniz.
O
SR. CONTE LOPES - PL - Para uma comunicação,
Sr. Presidente?
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Comunicação,
deputado Conte Lopes.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Primeiro, queria agradecer a V. Exa., na Presidência, que me
citou, e ao nobre deputado Gil Diniz também, pelo reconhecimento da população e
do nosso trabalho em defesa da população, nosso trabalho na polícia em defesa
da população.
É bom colocar
aqui que, quando a população grita “Rota na Rua”, a população está elogiando
todos os policiais. Ela quer a polícia, quer a Polícia Militar, a Polícia
Civil, a Rocam. A população não sabe todas as siglas que, na polícia, existem.
A Rota realmente representa a polícia combatendo o crime.
Um vagabundo
desses, que o Major Mecca coloca, se apresentando espontaneamente, porque esse
desgraçado sabe que, daqui a dois ou três anos, a Justiça esquece que ele
existe e vai colocá-lo na rua e ele vai matar de novo.
As câmeras que
puseram na Polícia Militar, principalmente na Rota também, no Baep, na Força
Tática, eu pergunto: foi um acordo do PSDB de João Doria e Rodrigo
Garcia com o crime? tipo: “Estou filmando vocês e estou controlando o meu
policial, que está filmando vocês e vice-versa. Vocês não façam nada com o meu
policial que eu não faço nada com vocês”.
Quem vai se
ferrar é a população. É por isso que o povo grita: “Rota na rua, pelo amor de
Deus, Rota na rua”, porque a população está com medo. O PSDB do Geraldo Alckmin
também, desde a nossa época.
Um dia ele
falou para nós dois e eu senti uma dor muito profunda no coração naquele dia,
quando você falou para ele de Rota, a gente estava conversando até para criar o
Baep, e ele falou assim para você, na minha frente, para o senhor, para V.
Exa., deputado: “Frederico, a gente precisa tomar cuidado com esses caras,
senão eles podem matar os filhos da gente”.
Lembra disso?
Eu senti quando ele falou isso. Veja que colocação do governador para nós dois.
“Esses policiais vão matar os nossos filhos.” Falou para você na minha frente.
Eu estava do
lado, sentado. Esse é Geraldo Alckmin e foi esse que criou o João Doria, esse
que está levando o Rodrigo Garcia para o PSDB, para votar nele, para ficar essa
política de segurança.
Um bandidinho
desses, desgraçado, fazendo média, matando criança. Então, fica aí.
Infelizmente é tudo igual. Fizeram acordo com o crime?: “Não mexe com a gente,
deixa a gente traficar e assaltar à vontade que a Rota está travada, a Polícia
Civil está travada, o Baep parou”.
É isso que eles
querem, eles querem parar a polícia. Agora, talvez, vão fazer uma média, porque
a polícia é isso aí, ela serve de papel higiênico. A partir de agora, com o
novo comandante, com o novo delegado-geral, vai todo mundo para a rua. Aí chega
no dia 15, se ganha a eleição, já vêm os Direitos Humanos, “vamos fazer uma
reunião aqui, que não é nada disso”.
Então,
infelizmente é isso. Usam a polícia como se fosse papel higiênico. Me perdoe, mas
nessa colocação aí nós estávamos juntos. Eu nunca falei com V. Exa. sobre essa
colocação do Alckmin, que nós nunca saímos na rua para matar filho de ninguém.
Ele perdeu o filho até de outra forma, em um acidente de helicóptero, e um
policial morreu para salvar o filho dele em um assalto e V. Exa. sabe disso.
Mas eu estava
lá aquele dia quando ele falou: “nós temos que tomar cuidado com esses caras,
que eles vão matar nossos filhos”. Se ele pensa que a gente sai matando filho
dos outros aí, ele é doido.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Aproveitando
a colocação do deputado Conte Lopes, eu queria dizer que na ocasião em que
morreu o policial que estava com o filho dele, o outro policial, que foi
alvejado e ficou por 32 dias no HM, o sargento Júnior, trabalha hoje comigo,
era o motorista do Tomás, que Deus o tenha, e foi alvejado por uma ponto
quarenta, Major Mecca, aqui na altura da cervical, na base do crânio, e ficou
paralisado no HM por 17 dias nos membros, e ficou 32 dias no HM. Foi um milagre
ele ter se recuperado.
Então no fim o que a gente aprende
dessa lição? Que a Polícia não matou ninguém errado. Quem foi alvejado foi a
equipe que estava com o Tomás na frente da casa da namorada em uma região nobre
aqui perto, na Vila Mariana. Um policial morreu, e o outro, que trabalha comigo
até hoje, foi alvejado na altura da cervical, e poderia ter ficado paraplégico.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente. Para uma comunicação.
O
SR. CONTE LOPES - PL - Salvaram o filho do
Geraldo Alckmin e a namorada.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Salvaram
porque ele já tinha entrado no prédio. Mas pela ordem, deputado Douglas Garcia.
Para comunicação.
O
SR. DOUGLAS GARCIA - REPUBLICANOS
- PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, tendo em
vista o assassinato cruel do Sr. Arnaldo Garcia, que foi brutalmente agredido
por aqueles vermes de menor da Fundação Casa e veio a falecer recentemente, e
tendo em vista a completa inércia por parte dos órgãos de direitos humanos, da
Promotoria de Direitos Humanos, das diversas promotorias de direitos humanos do
Ministério Público do Estado de São Paulo, e também da Defensoria Pública do
Estado de São Paulo, eu entrarei com requerimento na Comissão de Direitos
Humanos desta Casa, convite também para a Comissão de Segurança Pública com
cópia, para que venham apresentar a esta Assembleia Legislativa todas as
atividades por parte dos órgãos de direitos humanos.
Aqui eu digo,
tanto das instituições do estado como as instituições privadas, como as ONGs,
estão tomando para cuidar dos agentes de Segurança Pública e também das
famílias vítimas de violência que ocorrem em todo o estado de São Paulo, porque
a responsabilidade é deles.
É absolutamente
deles. Eles são culpados pela morte, todo santo dia, de pessoas que são
covardemente assassinadas no nosso estado de São Paulo. Eles são culpados pelo
assassinato cruel daquele jovem, o Renan, que veio a falecer graças àquele
bandido nojento do Axel - que apodreça na cadeia -, pelo assassinato do Sr.
Arnaldo Garcia, pelo assassinato de muitos jovens, de muitas pessoas que todo
santo dia estão sofrendo na mão da bandidagem nesse estado.
Os núcleos de
direitos humanos, a Promotoria de Justiça de Direitos Humanos, a galera da
Defensoria Pública militante, o Condepe, todos eles são responsáveis por isso e
devem tomar atitudes que de fato venham a efetivar a segurança dessas pessoas e
uma contraprestação do estado, seja psicológica, seja assistencial, o que vier;
mas precisa vir uma contraprestação do estado, para que essas pessoas não sejam
abandonadas, como infelizmente estão sendo, Sr. Presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Obrigado,
deputado Douglas Garcia.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Pela ordem,
deputado Major Mecca, para uma comunicação.
O
SR. MAJOR MECCA - PL
- PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, hoje é dia 2 de maio de 2022. O Governo do
Estado de São Paulo não pagou até o presente momento a bonificação dos
policiais do nosso estado, que está atrasada desde 1º de janeiro de 2021.
Então fica aqui
a minha indignação, a cobrança deste parlamento ao Governo do Estado de São
Paulo, que mal cumpre com a sua obrigação. Ou seja, não faz nem a lição de
casa.
Isso é uma
demonstração forte de incompetência, de irresponsabilidade, de desrespeito à
dignidade de homens e mulheres que arriscam as suas vidas defendendo o povo de
São Paulo.
Desgovernador
Rodrigo Garcia, porque tenho que chamá-lo dessa forma, como chamava o
desgovernador João Agripino Doria. Há mais de um ano, quase um ano e meio que
os policiais do estado de São Paulo estão sem receber a sua bonificação.
Estamos
aguardando, porque, segundo indicação do governo, seria no máximo até o início
de abril. Foi para o final de abril, nós já estamos em maio, já estamos em
maio.
E quero fazer uma observação aqui,
presidente, deputado Frederico d’Avila. O senhor citou o HPM, hospital que o
governo do PSDB abandonou, que mal tem a consciência de que um policial
precisa, no momento em que está doente, que precisa de assistência médica, ele
também precisa fazê-lo com segurança.
O policial não pode entrar para tomar soro
em qualquer hospital e fazê-lo do lado de um criminoso que ele prendeu a um,
dois, três meses atrás. O policial precisa de dignidade e segurança quando está
doente, ele e seus familiares, porque ele presta um serviço essencial para a
população, onde ele arrisca a própria vida, onde ele arrisca a sua segurança
pessoal e da sua família.
Será que esse desgoverno não enxerga o que
está fazendo com os policiais em São Paulo? O Hospital da Polícia Militar está
abandonado. Quando comandei o 4º Baep, o sargento Otaga foi baleado, e graças
ao atendimento que nós tivemos no Santa Marcelina, ele se recuperou. E nós não
tínhamos condições de removê-lo ao HPM, porque o HPM não tinha estrutura de
recepcionar um policial com ferimento a tiro.
Olha só o descaso desse governo do PSDB
com os policiais.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA
- PL - Obrigado, Deputado Major Mecca.
O SR. GIL DINIZ - PL - Pela
ordem, presidente. Uma breve comunicação?
O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA
- PL - Pois não.
O SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, o Major
Mecca acabou de citar o Otaga, o Otaga, Mecca, que foi preso por causa de uma
ocorrência onde ele prendeu o vagabundo, e o rapaz, o ladrão, Conte, caiu da
bicicleta. E chegando no DP, disse que foi torturado.
Olha só a inversão nessa pauta de direitos
humanos que nós temos, o vagabundo roubando, deputado Frederico d'Avila, foi
preso (Inaudível.) um herói de Polícia Militar, um professor de Polícia
Militar.
Eu era assessor do deputado Eduardo
Bolsonaro quando essa ocorrência chegou até nós. Então a gente precisa repensar
essa questão do Condepe, que hoje no estado de São Paulo só defende marginal.
Essa é a realidade, essa é a prova.
Esta Casa tem uma Comissão Direitos
Humanos. Meu líder, nosso líder, deputado Madalena, me perguntou, me questionou
agora há pouco qual a comissão que eu gostaria de ir.
Falei, deputado Conte Lopes, Comissão de
Direitos Humanos, porque muita coisa passa por essa comissão, e nós precisamos
pensar no cidadão de bem sofrendo na mão desses criminosos.
Essas pessoas, sim, merecem que o seu
direito humano, a sua dignidade humana seja respeitada, não estuprador de
criança, assassino de criança, não esse marginal, esse verme, como esse Acxel
aqui, que matou um jovem de 20 anos, cinco minutos lá de casa, Conte.
Ele narra naquele vídeo: “Olha, eu passei
ali na Pedro Bueno”, cinco minutos de casa. Podia ser meu enteado, podia ser
meu filho, um absurdo o que está acontecendo aqui no estado de São Paulo, e com
decisões judiciais, com uma ode à bandidolatria, onde o bandido é tratado como
vítima da sociedade. Não é.
E a gente vai vir aqui nesses microfones
denunciar o que o estado de São Paulo vem fazendo, amarrando, Conte, a mão dos
nossos policiais, humilhando os nossos policiais, colocando ali uma câmera no
peito desses policiais, como se esses policiais já começassem o trabalho em
suspeição. Mas aonde?
Eu queria que colocassem câmeras, Conte,
no peito de líderes das facções criminosas, líderes condenados por vários
homicídios, por tráfico nacional e internacional. Queria ver, porque muitos dos
crimes que acontecem aqui são coordenados de onde eles estão.
Então a gente precisa mudar, dar um 180
graus nessa política de direitos humanos. O primeiro passo é extinguir
justamente a ouvidoria, como V. Exa., que é coautor do projeto, extinguir o
Condepe. Acho que o presidente do Condepe foi pego justamente ali, em
flagrante, com os seus amigos bandidos.
Então, quando nós vimos aqui, estamos aqui
na tribuna denunciando o que esse grupo político - repito: PSDB, João Doria,
Rodrigo Garcia - está fazendo há mais de 30 anos no estado de São Paulo, não é
brincadeira.
A população nas
ruas de São Paulo sofre com isso diariamente. Vossa Excelência aqui sofreu, há
pouco tempo, um assalto à luz do dia. A próxima vítima pode ser eu, pode ser
qualquer deputado aqui. Até quando nós vamos permitir que o povo sofra dessa
maneira tendo os meios necessários para acabar com isso?
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Havendo acordo entre
as lideranças, pedir o levantamento da presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PL - Pois não. Antes
de levantar a sessão, eu queria dizer aqui que eu me orgulho muito de ter... Na
época, nem conhecia o Major Mecca, ainda era o capitão Mecca, e recebi uma
ligação do então secretário Antonio Ferreira Pinto, que trabalhava no Palácio.
Ele falou assim: “Fred, eu preciso que
você me ajude aí com um oficial da Rota, que ele entrou numa ocorrência lá e
estão querendo transferir ele”. Eu fui lá e falamos.
Tivemos momentos de glória, deputado
Conte, na época ainda do Geraldo Alckmin, que foi quando o Dr. Ferreira Pinto
foi secretário de Segurança. Nós tivemos lá o Coronel Telhada na frente da
Rota, o Mello Araújo, o Madia.
Foi uma época aí de que até o Major
Mecca participou, mas fiquei orgulhoso de poder ajudar o então capitão Mecca e
o então tenente Derrite, que também, por conta de duas ocorrências, por duas
vezes foi cogitada a sua transferência. Então, eu fico feliz de poder ter
ajudado esses oficiais a terem ficado lá no batalhão e poderem ajudar mais
pessoas.
Se Deus quiser e um dia eu chegar à
Câmara Federal, vocês podem cobrar meu comprometimento, que nós temos que, aos
modos de Singapura, instituir a pena de morte, porque só assim nós vamos
conseguir conquistar o respeito, porque essas pessoas vão saber que, se elas
enfrentarem a lei...
Fazer o que a professora Janaina contou
aqui, onde foi endeusado, foi idolatrado um criminoso pela TV Globo: um tipo
desse, se fosse em Singapura, teria sido fuzilado e, depois, teriam cobrado da
família a munição.
Então, aproveitando este momento,
homenageio a toda a Polícia Militar, e dias melhores virão. Se Deus quiser, nós
teremos dias melhores no ano de 2023.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, dita a
Ordem do Dia com o Projeto de lei Complementar nº 2, de 2022, e o Projeto de
lei Complementar nº 3, de 2022, vetados, havendo acordo de lideranças, esta
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a
sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia da
última terça-feira.
Está levantada a presente sessão.
* * *
-
Levanta-se a sessão às 16 horas e 23 minutos.
* * *