9 DE MAIO DE 2022

34ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA, MAJOR MECCA, LETICIA AGUIAR, CONTE LOPES e ALEX DE MADUREIRA

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão. Convoca, para amanhã, às 11 horas e 30 minutos, reuniões conjuntas das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Transportes e Comunicações e de Finanças, Orçamento e Planejamento; de Constituição, Justiça e Redação, de Saúde e de Finanças, Orçamento e Planejamento; de Constituição, Justiça e Redação, de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Finanças, Orçamento e Planejamento.

 

2 - MAJOR MECCA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

3 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Convoca, para amanhã, às 11 horas e 30 minutos, reuniões conjuntas das comissões de Atividades Econômicas e de Finanças, Orçamento e Planejamento.

 

4 - JANAINA PASCHOAL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

5 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Convoca sessão extraordinária, para amanhã, às 16 horas e 30 minutos.

 

6 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

7 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência. Convoca uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se amanhã, 10 minutos após o término da primeira.

 

8 - CORONEL TELHADA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

9 - FREDERICO D'AVILA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

10 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

11 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

12 - LETICIA AGUIAR

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

13 - MAJOR MECCA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

GRANDE EXPEDIENTE

14 - LETICIA AGUIAR

Assume a Presidência.

 

15 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

16 - FREDERICO D'AVILA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

17 - CORONEL TELHADA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

18 - FREDERICO D'AVILA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

19 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento (aparteado pelo deputado Frederico d'Avila).

 

20 - FREDERICO D'AVILA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

21 - PRESIDENTE LETICIA AGUIAR

Comunica a presença do atleta Maurício Souza.

 

22 - GIL DINIZ

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

23 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

24 - CONTE LOPES

Assume a Presidência.

 

25 - MAJOR MECCA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

26 - GIL DINIZ

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

27 - LETICIA AGUIAR

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

28 - ALEX DE MADUREIRA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

29 - ALEX DE MADUREIRA

Assume a Presidência.

 

30 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

31- CONTE LOPES

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

32 - PRESIDENTE ALEX DE MADUREIRA

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 09/05, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

 O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Boa tarde a todos. Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente na data de hoje, dia nove de maio de 2022, uma segunda-feira.

Antes de iniciar a sessão ordinária, eu queria fazer duas convocações. Primeira convocação: Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Transportes e Comunicações, e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se amanhã, dia 10 de maio, às 11 horas, em ambiente virtual, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei no 148, de 2022, de autoria do Sr. Governador.

Também uma convocação: Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Saúde, e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se amanhã, dia 10 de maio, às 11 horas, em ambiente virtual, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei no 836, de 2021, de autoria do nobre deputado Ataide Teruel.

Posteriormente, eu lerei as demais convocações.

Vamos abrir o Pequeno Expediente com os seguintes deputados inscritos: deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Major Mecca.

Enquanto o Major Mecca se desloca para a tribuna, farei mais uma convocação: Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se amanhã, dia 10 de maio, às 11 horas, em ambiente virtual, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei no 209, de 2022, de autoria do nobre deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor.

Com a palavra, o deputado Major Mecca.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente. Sras. e Srs. Deputados, todos que nos acompanham aqui na galeria, você que acompanha nosso trabalho pela Rede Alesp e pelas redes sociais. Nós, nos últimos três anos, somos contundentes nesta tribuna, somos contundentes, através de documentos, em cobrar o governo do estado de São Paulo em relação à exploração da mão de obra policial no nosso estado.

Isso é um problema gravíssimo, que ocorre no estado de São Paulo há mais de 30 anos, promovido pelo PSDB. E continua nesse governo do Rodrigo Garcia, que sempre fez dupla com Doria, nos últimos três anos, e agora usa dos mesmos argumentos para enganar a população fazendo marketing, explorando a mão de obra policial para querer transmitir ao povo a sensação de segurança.

Estamos acompanhando isso. Isso nos traz uma enorme preocupação. A primeira delas é em relação à bonificação, ao pagamento da bonificação dos policiais, que não foram pagas, estão atrasadas há um ano e meio. Há um ano e meio está atrasado o pagamento das bonificações dos policiais no estado de São Paulo. E o governo com superávit, com dinheiro no caixa: mais de 50 bilhões. E não paga a bonificação dos policiais.

Nós mostramos insistentemente a falta de empatia, deputado Giannazi, do governo do estado de São Paulo, principalmente do governador - agora o Rodrigo Garcia - que não tem a nobreza de se colocar no lugar das pessoas para produzir políticas públicas que realmente ajudem essas pessoas.

Imaginem os senhores o que foi o Dia das Mães da mãe do jovem Renan, de 20 anos, que foi morto por um bandido com quatro tiros no peito por conta de um aparelho celular. Imagina o que foi o Dia das Mães dessa família.

Esse ocorrido tem um culpado: é o Governo do Estado de São Paulo, o governador Rodrigo Garcia, o ex-governador João Doria e todos os demais governadores do PSDB que destruíram a polícia do estado de São Paulo.

Na última reunião que tive na Secretaria de Segurança Pública, eu falei para o coronel Camilo... Estava ao lado dele - e ouviu - o coronel Mauro, que é chefe de gabinete do Secretário de Segurança Pública.

Eu falei para eles a seguinte coisa: “Coronel, eu fui seu comandado e lhe devo lealdade, então eu tenho que vir aqui falar a verdade ao senhor. O senhor sabe qual é a leitura que a nossa tropa faz...”

E quando digo “a nossa tropa” são praças e oficiais. “Sabe qual é a leitura que eles fazem dos coronéis da PM assumindo cargos no governo do PSDB? É que os senhores estão vendendo a nossa instituição em troca de um cargo. Essa é a leitura que todos fazem.”

Ou não foi essa a leitura, Coronel Telhada, que toda a polícia fez quando, na última sexta-feira, leu a nomeação do coronel Alencar assumindo como superintendente do serviço funerário da cidade de São Paulo?

A revolta, a indignação dos nossos policiais é tamanha que estão todos sem entender o que está acontecendo, ou melhor, não se conformam em já ter feito a leitura e entendido o que está acontecendo.

O comando da Polícia Militar, o comando da Polícia Civil, um não leva ao conhecimento do governador os problemas por que os nossos policiais estão passando porque policiais estão consertando viaturas com dinheiro do próprio bolso, comprando pastilha de freio, comprando disco de freio.

Quando ele faz um acompanhamento, que não é acompanhamento, é perseguição a um criminoso, quando ele faz uma perseguição e ele bate a viatura, ele conserta a viatura com dinheiro do próprio bolso.

O policial está estafado física e psicologicamente de tanto fazer bico. Aí vem o governo agora para dizer que vai revolucionar a segurança, vai comprar a folga do policial, afundando-o ainda mais em uma condição desesperadora de stress. Tivemos hoje, novamente, mais um suicídio na Polícia Militar.

Ou esses comandantes estão trocando realmente cargos para ficarem calados e manipularem os policiais da forma que o governo quer. Ou é uma coisa ou é outra. Isso precisa ter um ponto final no nosso Estado.

Na última sexta-feira, no 2º Batalhão de Choque, falei ao coronel Ronaldo, comandante-geral, ao coronel Nery, subcomandante, e ao coronel Camilo: “Que Deus abençoe o comando de vocês, mas eu tenho a fé e a esperança de que, a partir de 2023, a Polícia Militar do Estado de São Paulo voltará a ser a força pública, uma polícia que trabalha para o povo e não para governantes desonestos que usam os nossos policiais”.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Deputado. O próximo deputado é o deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal.

Enquanto a deputada se desloca para a tribuna, quero fazer mais uma convocação: Srs. Deputados, Sras. Deputadas, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Atividades Econômicas, Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se amanhã, às 11 horas, em ambiente virtual, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 486, de 2021, de autoria da nobre deputada Maria Lúcia Amary.

Tem a palavra a deputada Janaina Paschoal.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento todas as pessoas que nos acompanham, V. Exa., Sr. Presidente, colegas deputados aqui presentes, os funcionários da Casa. Eu queria tratar de vários temas muito rápidos.

O primeiro é que hoje, pela manhã, na liderança do PRTB, foi recebida uma comitiva para falar em nome dos escreventes aprovados nos concursos do Tribunal de Justiça. Existem mais de 900 pessoas aprovadas. Este concurso, como outros concursos, também foi impactado pela pandemia, pelas suspensões, houve também prorrogação de prazos para convocação. O fato é que há mais de 900 pessoas aprovadas.

Segundo essa comitiva, existe um compromisso do Sr. Presidente de chamar algo em torno de 500 pessoas. Primeiramente, se falou até junho, depois, se falou até outubro.

Então eu venho aqui, sei que outros colegas também têm pedido. Eu mesma já expedi vários ofícios. Já até fiz emendas, quando era líder do PSL, subscrita praticamente pela bancada inteira, enviando recursos para a convocação desses aprovados.

Então fica aqui o pleito respeitoso para com o Sr. Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para que convoque esses aprovados.

Aliás, eu sou bastante defensora de se aproveitarem os concursos já realizados antes de se abrirem novos concursos, seja pelas expectativas dos aprovados, pela frustração daqueles que conseguiram ser aprovados, e aí não são chamados, e já vem um outro concurso sendo realizado; os gastos públicos também feitos nesses certames.

Então fica aqui um pleito respeitoso para que realmente o TJ procure fazer os esforços para convocar esses aprovados. Nós sabemos que a Justiça precisa dessa força de trabalho.

Muitas vezes são esses funcionários que fazem os processos, vamos dizer assim, tramitarem na ponta. Sabemos que precisamos muito de funcionários nas varas da criança e do adolescente, na vara da infância, nos processos de adoção, que ficaram muito represados nessa pandemia. Então fica aqui um pleito bastante respeitoso nesse sentido, o meu apoio aos aprovados para o concurso do TJ.

Eu queria também fazer um pedido, um alerta. Tem acontecido algo intrigante. Na verdade, já acontecia, mas tem acontecido com mais frequência. Pessoas, ou vão no gabinete, ou ligam no gabinete, dizendo que têm horário agendado comigo, e sempre dão o nome de alguém que teria agendado, que seria meu conhecido, que seria uma pessoa próxima a mim.

E, assim, 95% dos casos eu não sei nem quem é a pessoa que diz que tem agendado o horário, nem quem é a pessoa que disse que agendou.

Nós encontramos muitas pessoas, acabamos conhecendo muita gente, na nossa vida mesmo, no nosso dia a dia, em eventos, ainda mais agora, que as restrições da pandemia estão sendo cessadas, os eventos já começaram a voltar, as posses, e assim por diante.

Então nós encontramos e conhecemos muita gente, batemos foto com muita gente. Eu sou uma pessoa que não nega fotos. Se eu estou na fila do supermercado, pedem para tirar foto comigo, eu tiro foto.

Então, por que eu estou fazendo esse alerta? Porque eu tenho um pouco de medo de, eventualmente, pessoas mal-intencionadas pegarem uma fotografia e dizerem: “olha, eu posso fazer agenda, eu tenho esse poder, eu te levo lá, você vai ser recebido”, e assim por diante.

Então em regra, eu peço para as pessoas mandarem um email aqui para o gabinete, adiantarem a pauta de que querem tratar, quem, ou que setor, elas representam.

Aliás, eu recebi alguns emails de pessoas que diziam assim, “olha, votei em você, quero ir aí tratar de um assunto”. É muito complicado, gente, tendo votado, não tendo votado, é muito complicado receber todos os cidadãos.

Então, por favor, se querem pedir uma reunião, antecipem a pauta, qual é o assunto, se possível, detalhem. Todos nós temos excelentes ideias.

Por óbvio, eu quero ouvir as ideias de todos, porém eu não tenho como fazer reunião com todo mundo que quer apresentar uma ideia.

Então, se puder encaminhar um projeto antes, encaminhar algo um pouco mais elaborado, muitas vezes eu peço para falar com algum assessor, a pessoa se ofende. Então estou aqui assim humildemente explicando que a gente procura estabelecer um trâmite, procura atender todo mundo, mas que ninguém está autorizado a falar em meu nome.

Eu tenho um gabinete muito enxuto, os nomes de todos os funcionários estão no site da Assembleia, é fácil checar. Então qualquer outra pessoa que esteja falando em meu nome, saiba que está desautorizada.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigada, Sra. Deputada.

Próximo deputado, deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.)

Pela lista suplementar, deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.

Vossa Excelência tem o tempo regimental.

Enquanto se desloca para a tribuna, quero fazer mais uma convocação: Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I do Regimento Interno, convoco V.Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se amanhã, às 16 horas e 30 minutos, ou 10 minutos após o término da sessão ordinária, em cumprimento ao interstício mínimo previsto no § 3º do Art. 100 do Regimento Interno, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

* * *

 

- NR - A Ordem do Dia para a 10ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 10/05/2022.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Com a palavra o deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, na última sexta-feira eu estive na audiência pública na Câmara Municipal de Boituva da Comissão de Finanças, que trata da questão hoje do Orçamento para 2023.

E tive contato ali com comunidades escolares de algumas escolas estaduais, professores, sobretudo, e eu fiquei praticamente chocado por três motivos: o primeiro porque havia uma preocupação muito grande - inclusive que foi manifestada na audiência pública - em relação às vagas no Ensino Médio, porque nós fomos informados que duas escolas, as duas únicas escolas de Boituva, duas escolas estaduais, estavam indicadas para serem transformadas em PEI.

Isso significa, na prática, que nós vamos ter a redução do número de vagas nessas escolas, porque uma escola PEI de tempo integral reduz drasticamente o atendimento da demanda escolar.

Fomos também surpreendidos com a notícia de que há uma escola em construção desde 2013, no Jardim Paraíso, em Boituva, uma escola, uma construção abandonada, uma construção que já virou ruína, como diria o Caetano Veloso naquela música “Fora da Ordem".

Essa escola no Jardim Paraíso é uma escola do PSDB que está parada, está abandonada no Jardim Paraíso desde 2013. Olha só que absurdo, que improbidade administrativa, que vergonha. Essa escola do PSDB é uma construção que já virou ruína.

E a comunidade desse bairro Jardim Paraíso é deslocada para outras escolas, ou seja, o Estado paga transporte escolar, ou seja, tem custo aí, um gasto desnecessário, porque se a escola já estivesse construída nada disso estaria acontecendo.

Então vai ter falta de vagas no Ensino Médio, tem uma escola abandonada, desde 2013 que essa escola está nessa situação, e até agora absolutamente nada.

E, por fim, Sr. Presidente, eu visitei a escola, a Escola Estadual Alferes Mário Pedro Vercellino, que é uma dessas que está sendo indicada para ser PEI. E eu recebi várias denúncias nessa escola, foi a mais chocante para mim, de que a direção da escola persegue professoras, professores, que há assédio moral, até mesmo assédio sexual, constrangimento gerado pela direção da escola, pelo diretor da escola, que inclusive já está sendo averiguado.

Foi aberta uma sindicância, uma averiguação preliminar pela Diretoria de Ensino de Itu por assédio, inclusive sexual. Tive acesso ao boletim... tem um boletim de ocorrência, inclusive de uma professora. É grave a situação lá, mas tem outras denúncias também. Eu conversei com professoras e professores que fizeram esse relato extremamente preocupante.

Agora, se existe uma denúncia grave como essa, de uma direção que persegue a esse nível os professores, que torna o ambiente da escola tóxico - fui informado de que dez professores já foram embora da escola, porque não aguentam a direção tóxica da escola -, o mínimo que a Seduc tem que fazer é afastar esse diretor.

Fazer a apuração, mas ele tem que ficar afastado da escola até que isso se resolva, porque é um absurdo, Sr. Presidente, que, com denúncias, com boletim de ocorrência de assédio sexual, outras denúncias de assédio moral, a Seduc não tome uma providência de afastar ex officio.

Ela pode fazer isso, a diretoria de ensino. Inclusive, eu fiz esse pedido à dirigente de Ensino de Itu, porque a situação lá é muito grave. As pessoas estão com síndrome do pânico, as pessoas não estão conseguindo mais trabalhar nessa escola. Repito: o nome da escola é Escola Estadual Alferes Mário Pedro Vercellino.

Então, nós queremos exigir que as providências sejam tomadas imediatamente contra essa situação, aí os professores querem, logicamente, que o diretor seja afastado até que se resolva essa situação.

Repito: a diretoria de ensino pode afastar ex officio, porque as denúncias são sérias e nós não podemos tolerar essa situação.

Nós vamos acompanhar a situação dessa escola aqui e, se for o caso, nós vamos acionar a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, acionar a Comissão de Direitos Humanos contra esse tipo de perseguição, contra o assédio, e que a secretaria tome as providências necessárias, sobretudo afastando o diretor da escola, mas depois eu volto, Sr. Presidente, para continuar falando sobre o que mais eu encontrei em Boituva.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado. Eu solicitaria que algum dos deputados, por gentileza, assumisse a Presidência para que eu possa fazer o uso da palavra. Por gentileza. Major Mecca vai assumir para que eu faça uso da palavra.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

 

* * *

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Uma boa tarde a todos. Assumindo os trabalhos, na sequência dos oradores inscritos neste Pequeno Expediente, chamamos, na lista suplementar, o deputado Coronel Telhada. Antes de o senhor fazer o uso da palavra, farei aqui uma convocação.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se amanhã, dez minutos após o término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

* * *

 

- NR - A Ordem do Dia para a 10 a Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 11/05/2022.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Tem V. Exa., deputado Coronel Telhada, cinco minutos regimentais.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Presidente. Uma boa tarde a todos os policiais militares aqui presentes, aos assessores, funcionários, aos Srs. Deputados e Sras. Deputadas presentes, também a todos que nos assistem pela Rede Alesp.

Quero iniciar aqui, Sr. Presidente, informando que, sexta-feira última, eu não estive aqui na sessão, pois eu me desloquei até a cidade de Lorena, onde fui participar do velório da mãe de um dos meus assessores, a mãe do sargento Rodolfo.

Por esse motivo, eu não estava presente, mas quero aqui dizer que, na última quinta-feira, aqui na Câmara Municipal, participei de um evento em homenagem a personalidades que se destacaram nas suas atividades.

No dia 5 de maio, na quinta-feira última, nós estivemos lá, onde nós participamos de uma entrega de condecorações. Várias pessoas foram homenageadas, e quero eu ressaltar a figura da GCM Monteiro, que é meu sobrinho e também foi homenageado nessa data com uma condecoração entregue pelo meu amigo, subprefeito de Pirituba/Jaraguá, o sargento Ligieri.

Então parabéns, não só ao guarda civil Monteiro, mas a todos que foram homenageados na referida data. Como eu disse, na sexta-feira estive na cidade de Lorena. Eu servi em Lorena em 1983, 1984, fui promovido a tenente naquela cidade. Tenho um grande carinho por aquela região.

Eu aproveitei, como eu fui ao funeral da mãe do sargento Rodolfo, aproveitei depois e passei na sede do 23º Batalhão de Polícia Militar do Interior, onde eu estive conversando com o tenente-coronel Marcos, comandante do Batalhão, que me recebeu.

Tomamos um café, cumprimentamos toda a tropa. Então quero publicar a nossa visita ao 23º BPMI em Lorena, mandar um abraço ao tenente-coronel Marcos e a todos os homens e mulheres do 23º Batalhão de Polícia Militar do Interior. Um grande abraço, um bom serviço a todos.

Também, na sexta-feira à noite, nós estivemos aqui próximo, em São Caetano do Sul, onde nós participamos de uma reunião com o nosso pré-candidato ao governo de São Paulo, o ministro Tarcísio de Freitas. Participamos dessa reunião junto com o pessoal da Associação Comercial de São Caetano do Sul. Foi um sucesso.

O Major Mecca estava comigo. Estava o Major Mecca, o deputado Frederico d’Avila aqui presente. Também estivemos lá. Muita gente compareceu ao evento, foi um evento de grande sucesso. Nosso pré-governador mostrou para o que veio, a sua inteligência, a sua maneira de trabalhar, cativando as pessoas presentes.

No sábado pela manhã, eu estive no 8º Batalhão de Polícia do Exército, onde nós participamos também de um evento das Associações de Veteranos das Forças Armadas, veteranos em geral, e nós participamos junto com o meu amigo Giroto, que é nosso amigo, nosso apoiador.

Participamos da entrega da Moeda do Jubileu de Prata do Esquadrão Anhanguera. Quero agradecer ao tenente-coronel Inácio, comandante do 8º Batalhão de Polícia do Exército, pelo apoio à organização e também parabenizar a todos que foram homenageados e estiveram presentes naquele evento.

Hoje pela manhã foi comemorado aqui ao lado da Assembleia Legislativa, na Praça Carlos Gardel, acho que a esmagadora maioria das pessoas não sabe, mas ao lado da Assembleia Legislativa, na Praça Carlos Gardel, nós temos um monumento em homenagem aos mortos da Força Expedicionária Brasileira. Hoje foi realizado, às dez horas da manhã, um evento em comemoração ao Dia da Vitória.

Ontem, dia oito de maio, além do Dia das Mães, foi comemorado o Dia da Vitória na Europa, onde as forças nazifascistas se renderam aos aliados. O Brasil participou disso intensamente, inclusive aprisionando uma divisão inteira de infantaria alemã.

Nós estivemos lá junto com o comandante militar do Sudeste, nosso general Tomás, e também com várias autoridades, em especial um veterano da Força Expedicionária Brasileira vivo aos 102 anos de idade, o Sr. Orlando Donadio. Com 102 anos de idade, herói brasileiro que esteve conosco e pôde ser homenageado inclusive durante a solenidade.

Eu sempre digo aqui e sempre repetirei, os meus heróis não morreram de overdose, os meus heróis são homens e mulheres que lutam pela sociedade e pela família, pelo bem-estar da sociedade.

Eu quero, para terminar, Sr. Presidente, narrar uma ocorrência muito triste, muito complicada. Eu vou começar uma série de fatos, de exposições, Srs. Deputados, dizendo das vítimas da Justiça, porque nós sempre lembramos as vítimas dos bandidos, dos criminosos, mas nós estamos, ultimamente, não sei se os senhores perceberam, tendo vítimas da Justiça, pessoas que estão morrendo nas mãos de criminosos por culpa da Justiça.

É o caso dessa jovem de 30 anos que foi morta pelo ex-companheiro. O que acontece? Essa mulher foi morta a facadas pelo ex-companheiro lá em Minas Gerais, em Belo Horizonte, na Grande BH. Foi na última quarta-feira, dia quatro de maio. O nome dela, só para terminar, Sr. Presidente, é Jéssica Dantas.

Ela foi agredida pelo ex-companheiro e foi ao distrito registrar ocorrência. O indivíduo foi preso, autuado em flagrante. Teve a prisão ratificada pela Polícia Civil. Ele foi, olhe só, gente, preste atenção no que o Brasil se tornou, ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde recebeu tornozeleira eletrônica.

Ele cometeu um crime, no mesmo dia ele foi para o sistema prisional, tornozeleira eletrônica. Horas após colocar o equipamento, ele deixou a prisão. O que aconteceu? No dia seguinte, o indivíduo voltou lá e deu 19 facadas nessa mulher. Nove facadas foram no rosto. Dezenove facadas, nove facadas no rosto.

A vítima foi socorrida pela Polícia Militar, respirava com dificuldade ainda. Chegou a ser socorrida na UPA Petrolândia, mas não resistiu. Os vizinhos já diziam aos PMs que as brigas eram constantes ali no local. Com a chegada da polícia, o indivíduo tentou fugir do local do crime pulando muros e telhados de casas vizinhas, porém foi preso.

E ele confessou o crime. E sabe o que ele disse? Que ele não imaginava que a jovem ia morrer, porque, para ele, vaso ruim não quebra. Então ele ainda desdenhou da morte da mulher. A faca utilizada no crime foi apreendida. E agora o Tribunal de Justiça...

Eu entendo que a Justiça brasileira é culpada por esse homicídio. Não é só o indivíduo que matou a jovem, não. Esse indivíduo matou a jovem porque a Justiça permitiu. Se tivesse sido feita a justiça e ele tivesse ficado recolhido, preso, essa jovem estaria viva ainda hoje. Mas não.

O juiz liberou e ainda foi procurado para explicar por que o suspeito foi solto horas antes de cometer o crime, e o Tribunal de Justiça disse que não havia periculosidade concreta para justificar a manutenção da prisão.

Agora tem uma periculosidade concreta. Ele deu 19 facadas na mulher, nove facadas no rosto. Parabéns, Justiça brasileira. O excelentíssimo juiz de direito acabou de auxiliar em um assassinato. Essa é a triste realidade.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Dando sequência aos oradores inscritos no Pequeno Expediente, chamamos o deputado Frederico d’Avila. Tem V. Exa. cinco minutos regimentais.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Sr. Presidente, prezados colegas, eu queria aqui, antes de iniciar a minha fala, agradecer a presença aqui do Claudio Oliveira Junior e do Ari Albuquerque.

O Claudio Oliveira Junior, do Sindiveg e Sindag, e o Ari Albuquerque, da CropLife Brasil. E também aqui o Fabio Caji do Sindiveg, esse sim do Sindiveg. Nós vamos aqui hoje à tarde tratar da questão...

Impressionante, né? Os partidos de esquerda querem acabar com os empregos na agricultura brasileira impedindo a aviação agrícola e a aplicação mais moderna que se tem, que é com drones, onde a gente usa o produto exatamente na área que precisa, exatamente no local onde tem a praga ou a doença.

Então, aqui agradecer a presença do Junior, do Ari e do Fabio. Sindiveg, Sindag e CropLife Brasil aqui representados na Assembleia Legislativa de São Paulo. Queria aproveitar aqui, deputado Conte Lopes, o senhor que também é produtor rural lá na região de Avaré, para que também nos apoie.

Porque, afinal de contas, como é que a gente pode aceitar que partidos de esquerda que dizem defender os trabalhadores querem extinguir essa atividade, que é tão importante para o produtor rural?

E não tem essa história de que é só para grandes produtores rurais. Você sabe muito bem que a aviação agrícola é usada em várias das atividades, inclusive da (Inaudível.).

E hoje em dia, com a aplicação por drones, onde ela é feita efetivamente no local da praga ou doença, professora Janaina, é feita com a dose menor possível só no local onde existe a praga ou doença.

E rapidamente você tem o deslocamento ali do drone com pequena quantidade de defensivo também de água fazendo a aplicação praticamente cirúrgica sobre as plantas que precisam desse tratamento. Então, aqui os nossos cumprimentos ao Sindag, CropLife Brasil e Sindiveg.

Bom, como bem disse aqui mais cedo o deputado Coronel Telhada nesta tribuna, estivemos na sexta-feira, Coronel Telhada, eu e Major Mecca, em São Caetano do Sul em um evento da associação comercial daquele município. Foi um verdadeiro sucesso, Major Mecca, o senhor que estava lá do início ao fim, estivemos juntos lá.

Salão lotado. O salão eu acho que dava aqui umas três, quatro vezes aqui o tamanho da Assembleia Legislativa, lotado. O pré-candidato Tarcísio Gomes de Freitas aplaudido várias vezes. E depois nós saímos de lá por volta das nove e pouco, não é, Major Mecca? O Coronel Telhada também.

E depois o ministro me contou que foi dormir às duas horas da manhã, porque ficou lá, tirando foto, até meia-noite e 40, conversando com as pessoas e tirando foto com todos.

No sábado à noite, eu convidei o ministro para jantar. Só ele, estava sem a esposa aqui em São Paulo. Nós fomos a um restaurante. Assim que nós adentramos o restaurante, o ministro foi aplaudido de pé por todos os clientes que estavam no restaurante.

Enquanto nós aguardávamos a mesa, no tempo que ficamos aguardando a mesa, várias pessoas pedindo para tirar foto com o ministro Tarcísio. Ao final do jantar, os funcionários do salão, os garçons, ajudante de garçom, “maître”, etc, pediram para tirar foto. E pediram, por gentileza, para que o ministro Tarcísio fosse até a cozinha. E, na cozinha, é aclamado.

O mais interessante, como bem sabe o deputado Conte Lopes, na maioria dos restaurantes, em São Paulo, os funcionários dos restaurantes são do Nordeste: Ceará, Piauí, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia.

A realidade não foi diferente no sábado. Não tinha nenhum paulista lá, só imigrantes do Nordeste. Todos lá, falando. “Eu sou da Bahia, de tal lugar. O senhor fez uma rotatória em tal lugar.” “Eu sou de Alagoas, em tal lugar. O senhor fez uma obra perto da casa do meu pai, assim e assado.” “Eu sou do Ceará, em tal lugar, e o senhor asfaltou aquela estrada de tal lugar.” “Eu sou de Pedro II, Piauí, e o senhor fez a pavimentação da estrada tal, do lugar tal até o lugar tal.” E assim sucessivamente.

Então, o que nós vimos na Agrishow, Major Mecca, o senhor, que estava lá conosco, que aconteceu exatamente a mesma coisa. Só que a gente via lá muita gente de Rondônia, Mato Grosso, Goiás, falando exatamente em relação a isso, nós vimos agora no sábado. Então o ministro Tarcísio vem crescendo. O pessoal do Palácio dos Bandeirantes está desesperado.

A cada dia mais, temos apoiamentos e mais pessoas apoiando o ministro Tarcísio Gomes de Freitas como pré-candidato a governador de São Paulo. Então eu fico muito feliz com essas andanças. A simplicidade do ministro é contagiante. Sua esposa, que também é nordestina, do Rio Grande do Norte, também é uma pessoa extremamente afável.

Como o Major Mecca e o deputado Coronel Telhada puderam ver na nossa visita à Associação Comercial, na sexta-feira pela noite, esses apoiamentos cada vez estão maiores, mais ostensivos, e com mais pessoas aguerridas nessa pré-campanha.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado. Próximo deputado é o deputado capitão Conte Lopes. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados.

Também esse final de semana, Rose Garcia esteve na região de Avaré, onde tenho uma pequena propriedade, como falou o deputado Frederico d’Avila. E também estava fazendo festa lá. Porque tem os dois lados da história.

O nosso time trabalha para o nosso time. Mas ninguém ganhou a eleição até agora. Nem o PT ganhou, nem nós ganhamos. Nem o Carlos Giannazi ganhou a eleição, com o PT, nem nós.

Então é bom a gente trabalhar. Acho que devia até haver mais reuniões, para se tomar decisões. Porque, às vezes, fica uma coisa de briga entre nós mesmos. No final das contas, é no dia 2 de outubro que se ganha a eleição. Nós estávamos discutindo, outro dia, com os deputados, até com o Caio Franca. “Conte Lopes, o que você acha? Eu acho que o PT ganha.” Eu falei: “Eleição se ganha no dia”.

Eu lembro, numa eleição, que eu era deputado aqui, que a Luiza Erundina saiu candidata a prefeita, disputando com o Paulo Maluf. Na sexta-feira, o Maluf tinha até montado o secretariado. Estava tudo certo. No domingo, o povo votou na Erundina. Então a eleição se ganha no dia. Mas tem que se somar a tudo isso.

É lógico, quando a gente está aqui, somamos o nosso time. Quando o Lula vai falar, leva o time dele. Então a gente tem que saber jogar. Então, ficarmos nos digladiando, vai de mal a pior. Eles vão fazer isso. Tanto é que, durante os 600 dias que o Lula estava preso, os deputados do PT usavam o nome do Lula aqui, defendendo o Lula.

Nós fazemos o contrário: nós atacamos até quem não devia ser atacado, né. Tanto é que nós, a própria Polícia Militar, os caras xingam a gente por xingar, Major Mecca. Xinga o Telhada, xinga a mim. Não tem por quê, mas xinga. Só uma pequena colocação.

Mas eu queria voltar à “Operação Sufoco”, do Rodrigo Garcia, porque, volto a repetir: Rodrigo Garcia trocou o auxiliar técnico do time quando o time estava ruim na Segurança Pública. Estava ruim, ele trocou o auxiliar técnico.

Porque ele não trocou o secretário da Segurança, não trocou nenhum dos secretários adjuntos, nem da Polícia Militar nem da Polícia Civil. E trocou o coronel da Polícia Militar, Alencar, que já arrumou um emprego também, já foi nomeado para trabalhar na funerária. Não tenho nada contra; vai ser diretor da funerária.

Então, foi feito um acordo. E tirou o Ruy Ferraz, que era um grande delegado, e colocou o Nico que também é um excelente delegado. O Ruy Ferraz que até enfrentou bandidos, foi atacado por bandidos nesse final de semana, baleou um deles.

Então, veja como a “Operação Sufoco”, Rodrigo Garcia, está para a população de São Paulo: o delegado-geral foi atacado por bandidos. A “Operação Sufoco” não está funcionando. Veja o que aconteceu na zona leste de São Paulo nesta madrugada: um enfermeiro, olha lá o coitado...

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

 

Olha como os bandidos agem em São Paulo. É em todo lugar, toda hora. Alguns são vistos, porque tem câmera. Outros não. O moço sai para trabalhar, ou está chegando, o enfermeiro, a vítima, olha lá. Todo dia, toda hora, olha lá. Ele tenta abrir o carro lá, olha. Acabou. Está morto. Tranquilamente, os bandidos fugiram. Isso foi na região da Mooca.

E na Ermelino Matarazzo, um estudante, esperando abrir os portões para entrar na escola, foi atacado por dois bandidos e também foi baleado na porta da escola. Então veja: o delegado-geral Ruy Ferraz é atacado por bandidos, um enfermeiro é assassinado, e o estudante na porta da escola. Os bandidos estão rodando por aí à vontade.

Nós temos que diferenciar bem o trabalho da Polícia Civil, que não vai mudar o trabalho... O da Polícia Civil é trabalho de investigação. O problema está na Polícia Militar, que não consegue trabalhar com essas câmeras. E vou dizer mais: não é que eu sou favorável ou contra as câmeras, não é nada disso. É que fizeram errado, foi um “big brother” em cima do policial, para o policial não trabalhar.

Cadê a Rota, cadê as perseguições da Rota, os tiroteios da Rota, cadê? Mas quem que vai lá perseguir alguém, para ir para a cadeia? Ninguém é idiota. É para não trabalhar, então ninguém trabalha.

E o povo está aí morrendo na mão de bandido. Está aí: o delegado-geral foi atacado por bandidos, chegou a balear um bandido. O outro, o enfermeiro, é morto na Mooca. O estudante é baleado na porta da escola.

É sufoco para quem a operação, Rodrigo Garcia? Para a população? Então vai continuar, porque enquanto vocês se acovardarem e não tomarem a atitude coerente, obviamente travando a polícia...

Vou repetir uma coisa, Rodrigo Garcia, que você foi meu companheiro aqui. Olha aqui, anota: ou você põe a polícia para caçar bandido ou o bandido caça a população. Bandido só conhece uma lei: cacete e bala. Outra, ele não conhece.

Esse negócio de ficar vistoriando o cara com entregador de pizza; isso não adianta nada. Primeiro que o entregador de pizza que for honesto vai parar; e o que não for, que for ladrão, vai fugir, não vai esperar três viaturas esperarem-no passar lá no meio, para ele ser preso. É uma questão de lógica, de inteligência.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado. A próxima deputada é a Sra. Deputada Leticia Aguiar. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PP - Boa tarde. Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento a todos os colegas aqui presentes, a todos, também, que nos acompanham aqui na galeria e pela Rede Alesp de comunicação.

Gostaria de aproveitar minha vinda à tribuna hoje, nesta segunda-feira, dia nove de maio, para avisar ao povo de Taubaté que a Carreta da Mamografia vai chegar à cidade.

Nós já publicamos em nossas redes sociais, esse é um pedido antigo nosso. Fizemos esse pedido já em 2019, mas, por conta da pandemia, por conta desse período em que tivemos a pandemia, esses serviços foram parados. Então, a Carreta da Mamografia deixou de funcionar por praticamente dois anos.

Agora, com a retomada da carreta, o município de Taubaté vai recebê-la. É uma indicação que fizemos em 2019. Será do dia 31 de maio até o dia 10 de junho. É muito importante a você, que é de Taubaté, do Vale do Paraíba, que divulgue, que incentive as mulheres, as suas esposas, namoradas, mães, avós, a procurarem esse atendimento que vai acontecer ali no Parque Central de Taubaté.

O atendimento é gratuito, é simples, é rápido e não precisa de prescrição médica para mulheres acima de 50 anos. É tudo muito tranquilo.

É importantíssimo nós, como mulheres, estimularmos outras mulheres a diagnosticarem precocemente o câncer de mama, que, infelizmente, é um dos que mais mata mulheres no mundo. Então, a prevenção é fundamental. Taubaté irá receber do dia 31 de maio ao dia 10 de junho.

Bom, aproveito a oportunidade também para parabenizar mais uma vez a Guarda Civil Municipal de São José dos Campos, uma polícia municipal muito atuante, que tem feito um belo trabalho no município de São José dos Campos; eu que trabalhei com esses guerreiros na Guarda Municipal.

Também publicamos em nossas redes sociais que mais uma missão foi realizada com muito sucesso, com muito êxito: conseguiram prender um criminoso que roubou um veículo na zona sul de São José dos Campos. Conseguiram prendê-lo e trazer para a pessoa o seu veículo de volta. Então, parabéns! A Guarda Municipal tem feito um trabalho importantíssimo.

Quero também mandar um abraço ao nosso querido amigo, vereador de Santa Mercedes, o Robinho Fiscal, que acaba de aprovar o projeto “Infância Protegida”. Esse projeto é um projeto de minha autoria aqui na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo que proíbe o uso de recursos públicos para financiar eventos que possam promover a sexualização ou erotização de crianças e adolescentes.

A gente tem conseguido multiplicar esse projeto por diversos municípios. O Robinho Fiscal, vereador de Santa Mercedes, aprovou esse projeto em Santa Mercedes. Parabéns, mais uma vitória. É um legado que vamos deixando de proteção à infância e ao adolescente.

Quero também agradecer, pois, na sexta-feira, estivemos na região de Ribeirão Preto. Fizemos um encontro regional ali com vários municípios da região para fazer a prestação de contas do nosso trabalho, a destinação de mais de sete milhões de reais para aquela região, para diversos setores, especialmente o setor da saúde, de projetos sociais e também da Segurança Pública.

Na oportunidade, estivemos ali com o nosso amigo Diego e tantos outros. Nesse encontro, pude receber também outros pedidos, outras demandas de outros municípios, para que a gente possa, aos poucos, levar esses investimentos para áreas muitas vezes esquecidas ou municípios, aqueles menores, que não têm o atendimento adequado, que muitos projetos sociais também não recebem recursos para poder entregar o serviço para a população. Esses projetos são de suma importância.

Então, foi um encontro muito bacana. Quando terminou já era mais de onze da noite, na sexta-feira, mas foi extremamente produtivo, porque ouvindo as pessoas é que a gente consegue ter mais eficiência no nosso mandato.

E também nesta semana nós estivemos em Piquete, na cidade de Piquete, também fiscalizando recursos de minha autoria para infraestrutura, para drenagem, no bairro de Santa Isabel, de Piquete. Estivemos com o vereador Matheus e o Rafael, que nos receberam muito bem.

Também ali, além de fiscalizar recursos de minha autoria, também fomos apoiar um projeto turístico religioso muito importante para aquela região, que é inclusive um projeto de lei de minha autoria aqui nesta Casa, que é o Caminho Passos de Padre Léo. O Padre Léo foi um grande homem, evangelizador de nosso tempo, que é de Minas Gerais, mas fez um grande caminho ali na região do Vale do Paraíba, em Cachoeira Paulista, em Lorena, em Piquete. Então, é uma região que tem muito latente o turismo religioso.

Acho que nós, como representantes das pessoas e dessa região do Vale do Paraíba e do Vale Histórico, temos que estimular políticas para incentivar o turismo religioso, não apenas pela história, pelo legado deixado por Padre Léo, mas também temos que, com isso, contribuir para o desenvolvimento social, para a geração de emprego, de renda, para estimular o pequeno artesão, ou até mesmo grandes empresas de hotelaria para aquela região que é tão procurada também pelo turismo religioso.

Então quero agradecer a todos de Piquete, que nos receberam muitíssimo bem. Conte com o trabalho desta deputada. O nosso objetivo é unir forças para o desenvolvimento de toda a região do Vale histórico, para o desenvolvimento do turismo religioso, do turismo da fé e, claro, com isso também deixar um legado de história em prol da evangelização, que é tão importante para o nosso estado de São Paulo.

Obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra. Deputada. Antes de chamar o próximo deputado, minha assessoria solicita que seja feita uma retificação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esta Presidência retifica as convocações das reuniões conjuntas de Comissões convocadas para amanhã para fazer constar seu horário de início às 11 horas e 30 minutos, ficando mantidos os demais termos. Muito obrigado.

O próximo deputado inscrito é o deputado Major Mecca. Vossa Excelência tem o tempo de quatro minutos, tendo em vista o encerramento desta sessão.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, retornando a esta tribuna, como disse o Sr. Deputado Frederico d’Avila, o Conte Lopes, é uma satisfação muito grande nós participarmos de evento ao lado do ministro Tarcísio de Freitas, do presidente Jair Bolsonaro, porque o povo já entendeu que tanto o nosso eterno ministro Tarcísio como o presidente Jair Bolsonaro são homens públicos compromissados com a verdade, que têm como missão ajudar ao próximo, têm como missão servir, e não ser servido.

E a prova disso é quando nós acompanhamos aí a reunião no Dia dos Trabalhadores que o PT fez na Praça Charles Muller, que reuniu lá um minguado de pessoas, promoveu um show com a cantora Daniela Mercury pago com dinheiro público. Olha que vergonha, um evento que fizeram para promover campanha antecipada com dinheiro público. Então o povo já enxergou o que realmente está acontecendo nesse País e o povo quer, o povo apoia a mudança.

O povo, hoje, acompanha o que está acontecendo. O povo sabe que o aumento da inflação foi no mundo inteiro. Em todos os países do planeta aumentou-se a inflação. O povo sabe que a maior dificuldade que nós enfrentamos hoje no estado de São Paulo foi produzida pelo governo do estado, pelo Sr. Agripino Doria, que implementou uma política de “vamos fechar tudo, a economia a gente vê depois”, e faliu inúmeras empresas.

Não conseguiu estabelecer critérios para medidas de proteção à população que segurasse o número de mortes aqui no estado de São Paulo pela Covid-19; tanto que o estado de São Paulo figurou como o estado com maior número de mortes no Brasil.

O estado mais rico, o estado que deveria apresentar a estrutura para proteger e defender a nossa população, mas não foi assim: utilizou de palanque político uma crise sanitária mundial.

E o povo sabe disso, o povo já conseguiu tirar a radiografia desses atuais políticos que persistem em se manter no poder. A prova aqui no estado de São Paulo está na sucessão de mentiras promovidas pelo PSDB, por esse governo do Rodrigo Garcia, que é continuidade do governo do Sr. Agripino Doria. Quando eu cobrei aqui a bonificação, o pagamento da bonificação, saibam os senhores que no final do ano passado o que nós tivemos como resposta do governo do Estado em relação ao pagamento dessa bonificação é que todos os meses de 2022, a partir do mês de janeiro as bonificações seriam pagas, todos os atrasados, mensalmente.

Estão sendo pagos? Não estão. Sabe por quê? Porque o governo mente para o seu povo, o governo mente para os policiais, o governo mente para nós deputados aqui na Assembleia Legislativa.

E o povo já enxergou isso, e o povo não quer mais isso, porque o povo está pagando com a sua própria vida, vide o que acontece em relação à Segurança Pública do estado de São Paulo, um estado entregue nas mãos do crime.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado.

Nesse momento encerramos o Pequeno Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

 * * *

 

  O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Eu vou passar a Presidência à Sra. Deputada Leticia Aguiar, que prosseguirá abrindo o Grande Expediente.

Muito obrigado a todos.

Por favor, deputada.

 

* * *

 

- Assume a Presidência a Sra. Leticia Aguiar.

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PP - Boa tarde. Cumprimento a todos.

Dando sequência aos oradores inscritos no Grande Expediente, dou aberto o Grande Expediente, dia 9 de maio de 2022, e chamo os inscritos para fazerem uso da palavra: deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.)

Tem o senhor o tempo regimental de 10 minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PP - Pela ordem, Sr. Deputado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Enquanto o deputado Gil Diniz se dirige à tribuna, eu posso fazer uma comunicação?

 

A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PP - É regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - É uma comunicação muito importante, deputado Gil Diniz, deputada Leticia, deputados e deputadas, que é por conta da reunião da Comissão de Finanças que ocorrerá amanhã, às 13 horas e 30 minutos.

E o nosso PDL nº 22 é o primeiro item da pauta. Então é muito importante. O deputado Gilmaci Santos chamou a reunião, pautou o nosso PDL 22 porque ele está em regime de urgência, então logo a emenda ao PDL 22 é o primeiro item da pauta. Agora, é muito importante que haja quórum amanhã nessa reunião de Finanças.

Então fica aqui o nosso apelo para que os deputados e deputadas que compõem a Comissão de Finanças estejam presentes. É uma reunião on-line, o deputado pode entrar de qualquer lugar, de casa, aqui da Alesp, do carro, de onde ele estiver.

É importante o quórum e a votação imediata dessa emenda, que vai destravar, vai liberar o PDL 22 para que ele venha ao plenário, onde ele já esteve em votação, até porque ele já foi aprovado por todas as comissões. Ele tem um parecer favorável. Mas essa emenda serviu apenas para obstruir a votação em plenário.

Então amanhã vai ser uma data histórica na Comissão de Finanças e na Assembleia Legislativa. Então eu peço aqui, faço um apelo, eu rogo aos deputados e deputadas membros da Comissão para que compareçam à reunião da Comissão de Finanças.

Muito obrigado, deputado Gil Diniz, deputada Leticia Aguiar.

 

A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PP - Obrigada, Sr. Deputado.

Reforçando mais uma vez também, sou favorável ao PDL 22, é importantíssimo, tem o nosso apoio e tomara que a gente consiga o quórum necessário para o quanto antes trazer esse projeto para aprovação deste plenário, que tem que ser sempre soberano.

Obrigada, Sr. Deputado.

 

O SR. FREDERICO D'AVILA - PL - Para uma comunicação, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PP - É regimental.

 

O SR. FREDERICO D'AVILA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Com anuência do deputado Gil Diniz.

Eu estou lendo aqui no jornal “O Estado de S.Paulo” dizendo que o ex-ministro Alexandre Padilha tem feito incursões à Faria Lima, ou seja, o mercado financeiro, dizendo que a versão do Lula é paz e amor 2.0.

Isso ele falou que assistiram na sua fala no último dia 28 de abril, no Itaú BBA. Então se é 2.0, deputado Gil Diniz, eu já vou lembrar o que que é. Se o 1.0 era o que eu vou falar, imagina o que é 2.0: eram juros exorbitantes e dólar apreciado.

O que acontecia? Massacre à indústria nacional, massacre aos empregos no Brasil, e a retirada da competitividade do Brasil, dos produtos brasileiros, no mercado externo.

Esses banqueiros, não quero aqui generalizar, mas esses banqueiros gostam muito de juros altos, porque ganham muito nas costas da população, e de câmbio apreciado, porque, na conversão para com o dólar, o dinheiro vale mais.

O que é que acontece? Vai gerar emprego no Paraguai, vai gerar emprego na Colômbia, vai gerar emprego no México, nos Estados Unidos, na China, na Tailândia e tirar empregos aqui do nosso Brasil.

Chega de Estado rentista. Ficaram 24 anos vivendo às custas de emprestar dinheiro para o Governo com taxas de juros exorbitantes - na época do Sr. Fernando Henrique Cardoso, chegou a 45% a taxa de juros. Não é possível que nós continuemos a querer que esse Estado de rentismo volte ao Brasil.

Obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PP - Obrigada, Sr. Deputado.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PP - Pela ordem.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Com a anuência do deputado Gil, fazer uma comunicação.

 

A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PP - É regimental.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado. Na semana passada, já foi dito aqui: o Governo lançou a Operação Sufoco. Eu acho que o nome é em homenagem à Polícia Militar, porque a Polícia Militar está num sufoco desgraçado.

Agora, eles alegam que estão dobrando o efetivo da polícia; é mentira, porque nós sabemos que isso é uma mentira. Eles estão colocando policiais na hora de folga para trabalhar na Dejem e, mesmo assim, eu não sei se os senhores estão sabendo, está faltando policial, porque o pessoal não está querendo trabalhar na hora de folga.

Outra coisa é uma realidade: a Polícia Militar tem centenas, quiçá milhares, de homens e mulheres afastados das ruas por causa de ocorrência. Tem policiais há mais de dois anos afastados da rua que foram absolvidos; já foram absolvidos, não há nada contra os policiais e eles estão afastados da rua. Por quê? Porque mataram o bandido. Aí, vem o governador, na hipocrisia, falar que quem puxar a arma para a polícia vai para o cemitério. Hipocrisia e mentira.

Então, nós aqui queremos uma postura do Sr. Governador, uma postura séria com relação ao trabalho policial, porque a polícia continua engessada. O subcomandante que foi colocado, não o conheço, mas lembro que, lá em Campinas, ele puniu transferindo dezenas, centenas de oficiais e praças. Por quê? Porque trabalhavam e matavam o bandido, entendeu?

Tanto não tinha nada contra os policias que eles estão trabalhando em outros batalhões. Simplesmente punição. Então, o que a gente nota é que o governo do Rodrigo Garcia é uma continuação do governo Doria. Ou ele dá um giro de praticamente 180º nisso ou não vai mudar nada.

A Segurança Pública continua uma comédia em São Paulo: é bandido trabalhando e policiais presos, engessados. Gasta-se mais de 30 milhões por mês só para arquivar as imagens das câmeras, das fatídicas câmeras em policiais militares.

Trinta milhões por mês e, no entanto, mais de 300 mil, quase 400 mil, presos condenados soltos na rua sem tornozeleira, porque não tem dinheiro para a tornozeleira. Para pôr câmera no policial tem; para pôr tornozeleira no bandido, não.

Ou seja, o Governo PSDB prefere vigiar, tomar conta e proibir a polícia de trabalhar do que vigiar os bandidos, criminosos condenados que estão na rua. Essa é a triste realidade. Infelizmente, a gente é obrigado a pensar: será que não tem um acordo no meio disso? Será que não tem um acordo no meio disso, trabalhar a favor do crime e contra a polícia? Eu espero que não, mas fica a dúvida aí.

Obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PP - Obrigada, Sr. Deputado.

 

O SR. FREDERICO D'AVILA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Com a anuência do orador, Sra. Presidente, uma comunicação. Isso aí que o Coronel Telhada falou, eu fiz uma conta rápida aqui: 30 milhões de reais, deputado Gil Diniz, nos 81 mil policiais militares que tem hoje no estado, dá R$ 370,00 por mês para cada policial. Eu acho que seria melhor empregado do que para ficar arquivando imagem.

Segundo, que é o que a gente viu na Agrishow - o Major Mecca estava conosco lá, deputado Gil Diniz também estava: agora tem uma tal “segurança no campo”, que foi uma caminhonete aí distribuída a rodo pela Secretaria de Agricultura que tem um cadeado na porta. Só se for para prender o proprietário rural dentro da propriedade, né, Conte, aquele cadeado?

Aí, perguntado quem ia conduzir aquelas viaturas, o atual governador, o Rodrigo Garcia - que eu até conheço, tenho respeito por ele, não é um parlapatão que nem o anterior -, disse que quem vai pilotar aquelas viaturas são policias militares no dia de folga, na Dejem. Agora, se não tem efetivo nem para o trabalho normal, quiçá para a Dejem.

Sexta-feira, eu pedi para o meu gabinete levantar o efetivo da PM atual e eu descobri que o efetivo da PM atual é o mesmo de 1996, ou seja, nós regredimos, deputado Gil Diniz, no efetivo policial.

Então querem colocar o policial para trabalhar amarrado com essa câmera no pescoço e depois querem que ele dirija a caminhonete lá da.. foi dada a rodo, da Secretaria da Agricultura, não sei com que arma, com que combustível, quem vai pagar isso, com efetivo da Dejem.

Não tem um batalhão, uma companhia, um pelotão no Estado que não esteja com claro de policial. Todos têm claro de policial, então eu não entendo qual é a lógica. Como o senhor bem disse, eu não consigo entender matematicamente como vai ser resolvido esse problema.

Obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PP - Sr. Deputado Gil Diniz tem o seu tempo regimental de dez minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente, deputada Leticia Aguiar, que preside o Grande Expediente. Boa tarde aos deputados presentes, deputado Frederico d’Avila, deputado Major Mecca, deputado Conte Lopes, deputado Coronel Telhada, deputado Giannazi. Boa tarde aos assessores, aos policiais militares e civis, ao público aqui na galeria e a quem nos assiste pela Rede Alesp.

Coronel Telhada, passei pela Baixada Santista, litoral sul também. São três viaturas para fazer ronda em cinco cidades: Peruíbe, Itanhaém, Pedro de Toledo, Itariri e, se eu não me engano, Mongaguá também. Três viaturas, Conte. Realmente está um sufoco, colocaram muito bem o nome dessa operação.

Você imagina o policial trabalhar 12 horas, deputado Frederico d’Avila, depois ter que trabalhar, Mecca, vender a sua folga. Seria o horário de descanso, de lazer, de estar com a sua família, e tem que vender a sua folga, porque nós temos um salário horrível aqui em São Paulo e os policiais precisam, para sobreviver, acabar se submetendo a isso. A gente precisa mudar essa realidade.

Senhores, venho a esta tribuna hoje porque falta dinheiro para a Segurança Pública em São Paulo? Falta. Falta dinheiro para a Educação? Falta. Para a Saúde? Também.

Mas para o gabinete do ódio do governador Rodrigo Garcia não falta, Mecca. Olha só, recebi uma mensagem - e nos acusam de ter gabinete do ódio - Telhada, e quem assinava a mensagem era o Rodrigo Garcia, governador de São Paulo.

Você aí, paulista, que não tem o número do governador, anote aí: (11) 96030-2198. Com certeza, não é dele, deve ser de um robô que está ali, Giannazi, trabalhando a todo vapor para mandar mensagens em massa para paulista, aleatoriamente.

E mandaram para mim, mandaram justamente para mim, elogiando, Conte, o trabalho do governador, dizendo que está investindo em Osasco não sei quantos milhões, que vão começar um baita de um trabalho, Leticia, em Osasco e em outras regiões também.

Tenho certeza de que é disparo em massa, porque o governador, convenhamos, não ia perder o tempo dele mandando uma mensagem para mim, obviamente. Mas não é só isso não, não para nisso não.

Vou pedir aqui encarecidamente, tirando o Giannazi, que é oposição tanto ao governo estadual quanto ao governo federal, aos deputados aqui, Leticia, Frederico, Mecca, Conte, Telhada, vocês que apoiam o ministro Tarcísio ao governo do estado de São Paulo, verifiquem as suas redes sociais.

Olhem só vocês, eu acompanho o deputado Caio França, filho do ex-governador Márcio França. Vai apoiar o Tarcísio? Não vai. E ontem, Fred, ele postou uma foto com um cara chamado Botelho. É um advogado, militante, esquerdista, não tem problema. Os robôs do Rodrigo Garcia erraram a postagem e começaram a atacar o Caio França e esse advogado.

Olhe os comentários, Leticia, desses robôs: “O cara mora no Rio de Janeiro, quer governar São Paulo?” Nessa postagem aqui. Você que está em casa, dê uma conferida, entre rapidinho aí que o Garcia vai mandar apagar, mas a gente arquivou tudo, obviamente. Eu vou fazer uma denúncia no TSE, no Ministério Público Eleitoral, em tudo quanto é tipo de instância.

Dê uma olhada aqui, olhe a Neuze. Tem o perfil da Neuze aqui? Dê uma olhada se tem. A Helena, vamos colocar a Helena. A Helena tem 31 anos, é do signo de escorpião, mora em Campinas e é contabilista. Ela tem 12 publicações, ela fez todas essas postagens no mesmo dia, Telhada. Agora dê uma olhada no outro perfil, a Neuze tem irmã gêmea. Mecca, ela tem irmã gêmea.

Só vieram esses dois perfis? Mas tem mais um com outro nome, com as mesmas fotos, da mesma maneira. São trigêmeas, Telhada. Esse aqui é um dos perfis, Mecca, que eu quis mostrar para os senhores.

Mas nas nossas publicações, Conte, tem milhares de perfis dessa mesma maneira, Mecca, nos atacando, inflando ali uma suposta aversão ao Tarcísio, querendo promover o Rodrigo Garcia.

Tem perfil que é bizarro, Conte, que fala assim: “Não é possível que esse carioca venha governar o nosso estado de São Paulo”. Aí você entra no perfil do cara e está lá: Rio de Janeiro.

O bot, o robô, é do Rio de Janeiro. Aí tem outro que diz assim: “Olha, esse carioca é um forasteiro aqui em São Paulo. Nós precisamos votar em um paulistano, que é o Rodrigo Garcia”.

O Garcia não é paulistano. Ele pode ser paulista, um péssimo paulista, mas ele não é paulistano. Ô bot, ou você que cuida do gabinete do ódio aí do Rodrigo Garcia, acho que ele nasceu em Tanabi. Então, quem nasce em Tanabi, não é paulistano, oras. 

Faço aqui um apelo a todos os deputados: vão ficar atentos, porque esses milhões de reais que o PSDB assaltou do povo de São Paulo está sendo usado para esse tipo de coisa aqui, para ataque, Mecca, a adversário.

Eu olhei as suas publicações, estão lotadas de robôs nas publicações. Coronel Telhada, milhares de robôs nas suas publicações. Conte, Fred, Leticia, podem conferir. Mas é insano isso. Isso não pode acontecer com os deputados aqui. Eles erraram ontem, foram atacar o Caio França. Estão tão descontrolados esses bots.

Aí é padrão João Doria, né? É o Doria que gosta de fazer esse tipo de coisa. Mas o Garcia, Giannazi, quer copiá-lo. Por isso que não sai dos 2% e perde para a margem de erro.

Vou denunciar no Tribunal Superior Eleitoral, vou denunciar no Ministério Público Eleitoral. Peço aqui que esta Casa tome as devidas providências, porque não é possível que o Palácio dos Bandeirantes esteja atacando deputados dessa maneira.

Isso não pode acontecer, Conte, mas não pode acontecer. Vão vocês aqui e criam uma conta aleatória, Leticia, e se identificarem que essa conta aleatória saiu do IP do seu gabinete, mas é busca e apreensão, é matéria na imprensa.

Não é possível que nenhum jornalista já não levantou isso, já viram isso. Mas essa imprensa pelega, paga pelo suor do trabalhador do estado de São Paulo, não fala absolutamente nada.

Então é só dar uma olhada. Dá uma conferida aí. Coronel Telhada postou lá com o Tarcísio: tem bot atacando o Telhada. Frederico postou ali um apoio ao Tarcísio: tem robô inflando ali a publicação do Frederico, criticando Tarcísio e elogiando Rodrigo Garcia. Mas é bizarro isso aqui.

Para vocês terem uma ideia: Marco Vinholi recebia os pichadores que saíam, Telhada, pelas ruas de São Paulo, nos muros, pichando lá: “Bolsonaro genocida”. Chegou aqui para nós, Mecca, que esses senhores, essas pessoas ligadas ao PCdoB, paravam os seus carros no Palácio dos Bandeirantes. Os carros dormiam dentro do Palácio, Conte. Então, isso é inadmissível, senhores.

Até quando esta Casa, a Presidência desta Casa, vai permitir que o Palácio dos Bandeirantes mande aqui e ataque esses deputados? Isso sim é um ataque a uma instituição.

Isso sim é um ataque à democracia. Dinheiro público, dinheiro do pagador de imposto sendo usado para atacar parlamentares que são inimigos ou adversários políticos do senhor governador. Garcia, tome vergonha na sua cara. Quer um aparte, Fred? Por gentileza.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Quero só complementar o que você está dizendo, Gil, que minha assessoria identificou esses bots no final de semana, justamente no evento que nós comparecemos lá em São Caetano do Sul. E aí os bots colocavam dados com percentuais, diminuiu em tanto, aumentou em tanto na área da Saúde, da Educação.

Eu falei: nossa, mas que pessoal bem embasado. Será que é alguém que trabalha na Secretaria de Planejamento, Secretaria de Saúde? Não. Aí eu fui ver e era fulana de tal, tipo esse perfil, Boa Vista, Roraima.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Exatamente.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Imperatriz, no Maranhão. João Pessoa, na Paraíba. Ou seja, nem esse cuidado eles têm para fazer essa questão. E agora você mostrou aí que a fulana tem trigêmeas, né? Então são três perfis com as mesmas fotos. É inacreditável que eles consigam se denunciar de maneira tão ridícula como essa.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Exatamente, Fred. Tem mais um perfil aqui. Olha esse cidadão, Rafaell5240: “Procurem no Google o significado da palavra ‘fidelidade’ e depois ‘conveniência’. Quem sabe você não aprende o que é melhor para a população”.

E tem o mesmo perfil repetido. “Surff”, com 2 efes, 379. Aí você vai olhar o perfil do cara, e é a mesma coisa: 31 anos, signo de Aquário, é de Maceió, e é bombeiro civil.

Aí você olha: é de Goiás, é de Minas Gerais, é do Espírito Santo, só não é uma pessoa real, de carne e osso. É um robô atacando esses parlamentares que fazem oposição ao governador Rodrigo Garcia aqui no estado de São Paulo.

Garcia, vou entrar com um pedido de impedimento a Vossa Excelência. Porque V. Exa. está usando dinheiro público, recurso público, para fazer ataque a esta instituição, que é a Casa do povo paulista, a Casa do povo de São Paulo, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Vossa Excelência é um pelego de João Doria, que agora quer desvincular a imagem, obviamente, porque sabe que Doria é um peso morto, uma âncora no teu pé. Alexandre de Moraes é outro peso morto, outra âncora, no teu outro pé. Não vai passar batido. Vamos tomar as devidas providências. Palhaço, ridículo, medíocre. Mais um governador medíocre no Palácio dos Bandeirantes.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PP - Muito obrigada, Sr. Deputado. Seguindo a ordem dos oradores inscritos, chamo à tribuna o deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Tem o senhor o tempo regimental de 10 minutos.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem, Sra. Presidente. Enquanto o deputado Giannazi se dirige lá, eu queria agradecer a presença do nosso atleta Maurício Souza, e pedir aplauso ao Maurício. (Palmas.) É mais uma vítima da persecução da imprensa marrom brasileira.

Bem-vindo à Assembleia Legislativa de São Paulo.

 

A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PP - O Maurício está nos visitando. Agradeço a disponibilidade em vir hoje a nosso convite.

Obrigada pela sua presença. Conte conosco. Vou pedir para o deputado Frederico d’Avila, por gentileza, assumir a Presidência em meu lugar.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem, Sra. Presidente. Uma breve comunicação. Só para saudar o nosso amigo Maurício, grande jogador de vôlei. Grande não só no tamanho, mas também no caráter, na hombridade, nos valores que carrega.

Seja muito bem-vindo à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Torço muito por V. Exa., pré-candidato por Minas Gerais. Então seja muito bem-vindo. Conte conosco, com o nosso pequeno esforço, pequeno trabalho. Esta Casa também é tua e do povo de Minas Gerais.

Muito obrigado, Sra. Presidente. 

 

A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PP - Obrigado, deputado Gil Diniz. Só, antes do deputado Carlos Giannazi, deputado Conte Lopes, o senhor pode assumir a Presidência no meu local? Porque vou fazer uso da palavra na sequência. Obrigada. Sr. Deputado Carlos Giannazi, tem o senhor o tempo regimental de 10 minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente Leticia Aguiar, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia.

Quero manifestar o meu total apoio aos servidores e servidoras da cidade de Carapicuíba, os servidores da Educação, o Magistério municipal dessa cidade, que estão fazendo um movimento importante em defesa do piso nacional salarial.

A Prefeitura de Carapicuíba não está pagando o piso nacional do Magistério, estipulado, que é obrigatório, pela Lei nº 11.738, lei aprovada em 2008, confirmada, inclusive, pelo Supremo Tribunal Federal. No entanto, a prefeitura não está pagando o piso para os nossos profissionais da educação de Carapicuíba.

Mas a questão não é só essa, Srs. Deputados e Sras. Deputadas. É que os trabalhadores da Educação, o Magistério municipal, está mobilizado. Tentou fazer uma caminhada, uma greve.

Porém, o prefeito criminalizou o movimento do Magistério municipal, entrando com uma ação. Aliás, duas. Uma, contra o pagamento do piso. E uma outra, contra uma caminhada que seria realizada pelo Magistério municipal, para reivindicar, exatamente, o cumprimento do piso nacional salarial.

É um absurdo total como estão criminalizando, inclusive, movimentos de servidores municipais no estado de São Paulo. Mas eu quero deixar o nosso repúdio ao prefeito da cidade.

Porque, além de não pagar o piso, não cumprir a lei, ele ainda criminaliza, aciona a Justiça contra a movimentação democrática - e, inclusive, ordeira - dos servidores da Educação. Ele criminalizou, entrou com duas ações contra a Apeoesp, inclusive, que está auxiliando, lutando em defesa dos servidores da cidade de Carapicuíba.

Então, fica aqui nosso repúdio ao prefeito. Que ele pague o piso, porque é obrigatório. Se ele não tem recursos, ele pode requisitar do governo federal, como está na lei. A lei tem um artigo que diz que o governo federal tem que suplementar as verbas dos municípios que não conseguem pagar o piso nacional salarial.

Agora, o prefeito não pode ser covarde e atacar o magistério; tem que brigar com o governo federal, o governo Bolsonaro, ir lá no MEC e pedir os recursos. Está na lei, tanto é que o presidente assinou o reajuste. Foi obrigado, logicamente, não fez porque queria, mas teve que assinar. Então, a lei tem que ser cumprida. Todo o nosso apoio aos servidores da Educação de Carapicuíba.

Sr. Presidente, o mesmo acontece com os servidores de Piracicaba. O município de Piracicaba fez uma importante greve do dia primeiro ao dia sete de abril. Eu estive lá, inclusive, no dia primeiro, quando teve o início da greve. Eu estive lá apoiando a greve, a movimentação das professoras, dos servidores, em geral, da cidade de Piracicaba.

E lá também o prefeito tentou impedir, acionou a Justiça, criminalizou o movimento, tentou desqualificar a luta em defesa de melhores salários, melhores condições de trabalho.

E também a luta era pelo pagamento do piso nacional salarial para setores do magistério. Porém, a greve lá também foi judicializada; o prefeito acionou a Justiça, até mesmo tentando impedir que houvesse manifestação na frente de equipamentos públicos.

O fato é que agora foi publicada a lei com o reajuste salarial que não é o reajuste do piso nacional salarial. A Câmara Municipal apresentou uma emenda a esse projeto de lei do Executivo incluindo a compensação das faltas da greve, porque sempre que tem uma greve, quando ela termina, tem uma negociação, é feita a reposição, a compensação, para que não haja desconto dos dias parados.

É algo que acontece em qualquer lugar do Brasil quando tem uma greve. Lá, não: lá o prefeito descontou e ainda proibiu, vetou essa emenda que foi apresentada pela Câmara Municipal de Piracicaba, impedindo que haja a compensação, Sr. Presidente, das faltas da greve, que foi do dia primeiro ao dia sete de abril.

Um absurdo isso; é uma perseguição continuada e perversa contra o magistério de Piracicaba. Então, quero repudiar essa atitude; já repudiei em outros momentos, inclusive quando estive presente em Piracicaba, essa ação do prefeito. E manifestar o nosso apoio, aqui, à luta dos servidores e servidoras de Piracicaba.

Quero ainda, Sr. Presidente, tratar de um assunto muito importante. Hoje eu visitei algumas escolas aqui em São Paulo que estão sendo indicadas para serem transformadas em PEI, que é o famoso Programa de Ensino Integral do governo estadual, que é uma verdadeira farsa. Nós defendemos a... Eu sou diretor, um professor de escola. Nós defendemos a escola de tempo integral; ela é importante.

Mas esse modelo do PSDB é uma verdadeira farsa, é um projeto eleitoreiro, autoritário e altamente excludente, porque uma escola que vira PEI nos moldes que o PSDB apresentou em São Paulo exclui mais da metade da comunidade escolar, ou seja, dos seus alunos. Uma escola com 1.000 alunos que vira PEI vai atender a 300 ou 400 alunos; os outros 600 serão matriculados em outras escolas, muitas vezes distantes.

Eu já acionei o Ministério Público, já entrei com uma ação popular no Tribunal de Justiça contra essa implantação. O fato é que o governo Doria está em campanha eleitoral; o ex-governador Doria, que implantou o projeto.

O atual governador também, Rodrigo Garcia, e o ex-secretário Rossieli Sores: estão usando a escola PEI para propaganda eleitoral. Por isso o programa é apenas eleitoreiro, mas ele vai excluir e prejudicar milhares e milhares de crianças, adolescentes e adultos na rede estadual. Nós já estamos vendo e acompanhando os efeitos perversos dessa proposta.

Então, agora, eles querem implantar até o final do ano o PEI em três mil escolas. Das cinco mil escolas, três mil escolas vão virar PEI, segundo o governo. Estão forçando a barra para que as escolas aceitem, estão fazendo uma consulta pró-forma, mas impondo, manipulando muitas vezes a comunidade escolar para que ela aceite a implantação desse modelo de escola, apenas para ter, depois, um saldo eleitoral.

O ex-governador Doria vai dizer: “Eu implantei a escola integral no meu estado, em três mil escolas”. Mas ele não vai falar das consequências, dos efeitos perversos da introdução desse modelo.

Então, queria fazer essa denúncia e dizer que vamos continuar conversando com o Ministério Público estadual para que providências sejam tomadas e também o Tribunal de Justiça, porque temos lá uma ação popular.

Por fim, Sr. Presidente, quero mais uma vez fazer um apelo, que já fiz há pouco em uma comunicação, para que amanhã, às treze e trinta, haja quórum na Comissão de Finanças para aprovar a emenda ao nosso PDL nº 22, que acaba com o confisco das aposentadorias e pensões de milhares e milhares de pessoas que já contribuíram com a Previdência do estado, ou com o Ipesp, ou com a São Paulo Previdência.

Então, amanhã tem que dar quórum na Comissão de Finanças, às treze e trinta, para que a emenda que travou, que impediu a aprovação do nosso PDL no plenário seja aprovada e o PDL possa ser pautado e votado no plenário.

Porque a Assembleia Legislativa tem uma dívida, ela tem que fazer uma reparação, porque foi ela que aprovou a reforma da Previdência do Doria contra os servidores. E ela autorizou também esse confisco das aposentadorias e pensões.

Então, é urgente que a Assembleia Legislativa derrube imediatamente esse confisco que está tirando o remédio, a sobrevivência, o alimento de milhares e milhares de pessoas que já serviram ao estado, que já deram a sua contribuição para a construção do estado de São Paulo e, sobretudo, para o atendimento da população, seja na área da Educação, seja na área da Saúde Pública, da Segurança Pública, da Assistência Social e de tantas outras áreas importantes e estratégicas para o estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Conte Lopes.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Continuando a lista dos deputados inscritos, nobre deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Nobre deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Nobre deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Nobre deputado Castello Branco. (Pausa.) Nobre deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Nobre deputado Major Mecca.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - Presidente, vou fazer uma comunicação, se o senhor me permitir.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Vossa Excelência não vai usar...

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - Abro mão, abro mão. Uma comunicação será suficiente.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Por gentileza.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Antes de tudo, cumprimentar o nosso grande atleta e patriota Maurício Souza. Meu irmão, minha continência. Major Mecca, deputado estadual, 31 anos servindo ao povo de São Paulo. Você é muito bem-vindo à nossa Assembleia Legislativa. Temos orgulho de você, tanto como atleta, como grande patriota, defendendo as cores da nossa bandeira. Que Deus o abençoe imensamente, você e sua família.

Eu queria fazer uma observação aqui de uma fala do atual governador Rodrigo Garcia no G1. Parece até um déjà-vu. Ele repete as falas que o Agripino Doria fez anteriormente. Ele falou o seguinte: “Se tiver que morrer, que morra o bandido e não o policial”.

Bom, primeiro, graças a Deus, pelo menos isso vocês pensam, mas, na verdade, governador Rodrigo Garcia, os senhores precisam tomar consciência de que a morte de policiais no estado de São Paulo, a morte de civis inocentes, como o jovem Renan, que eu citei há pouco na tribuna, deve-se à ausência de políticas públicas, que você, governador, que os governadores que te antecederam, o Sr. Agripino Doria, de quem você era vice e governava junto com ele, deixaram de fazer aqui em São Paulo.

Vocês abandonaram a Polícia, vocês abandonaram os policiais. Agora, com essa política reforçada sua aí, que vai comprar o horário de folga do trabalhador policial, tem coerência esse seu discurso?

O trabalhador no momento do seu descanso, você o coloca para carregar pedra? Isso é desumano. O seu governo e o governo do PSDB têm que ser extirpados da política do estado de São Paulo.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Continuando com a lista dos oradores inscritos para o Grande Expediente, nobre deputado Caio França. (Pausa.) Nobre deputada Leci Brandão. (Pausa.) Nobre deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.)

Nobre deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Nobre deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Nobre deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Nobre deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Nobre deputada Leticia Aguiar. Vossa Excelência tem o prazo regimental de dez minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem, presidente. Enquanto a oradora se dirige à tribuna, só complementar aqui a minha breve comunicação. Só dar um testemunho, presidente. Estava eu com a minha mãe recebendo uma tia minha de Serra Talhada, Pernambuco, a tia Madalena. Nós estávamos em Aparecida. Passando ali, Leticia, num teleférico, eu vi o Maurício Souza em Aparecida. Foi lá na casa da Mãe Maria, Nossa Senhora Aparecida, fazer ali as suas orações.

O Maurício a princípio ali não me conheceu, o que eu achei muito positivo, porque o carinho com que ele tratou a minha mãe, o respeito com que ele tratou a minha tia e a sua amiga, que estavam ali, Maurício, vindas de Pernambuco, vindas em romaria de Serra Talhada, Pernambuco, quase três mil quilômetros; mas pode ter certeza que elas, assim como eu, jamais vamos nos esquecer do carinho, do respeito com que você ali as tratou.

E depois lembrou de mim, e elas até hoje falam disso. Então, além de ser conhecido, obviamente nacionalmente pelo atleta que você é, nosso pré-candidato a deputado federal em Minas Gerais, pode ter certeza que numa cidadezinha do sertão pernambucano tem ali a tia Madalena falando ali na sua paróquia do carinho, do respeito e da consideração com que você tratou aquelas pessoas que estavam em romaria.

Nós te agradecemos, o Mecca colocou aqui, pelo patriotismo. Você, como um excelente atleta que o Brasil levou a nossa cor, o nosso verde-amarelo para o mundo; mas naquele momento quando ninguém te via ali, onde ninguém iria fazer um vídeo, uma imagem, você tratou minha mãe, dona Nena, a minha tia e as amigas dela ali com todo o carinho, respeito e consideração.

Então deixo aqui esse meu testemunho: vi, presenciei, e o meu respeito por você aumentou ainda mais.

O meu muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Tem a palavra a nobre deputada Leticia Aguiar, por dez minutos.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PP - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento os colegas aqui presentes, cumprimento a todos os que nos acompanham pela galeria e pela Rede Alesp de comunicação.

Hoje é mais um dia feliz aqui na Assembleia Legislativa. Quero compartilhar com vocês a visita que estou recebendo aqui do nosso sempre campeão olímpico Maurício Souza.

Peço que a técnica mostre aí, divida a tela entre mim e ele para mostrá-lo aqui, que está nos visitando nessa data de hoje, à Assembleia Legislativa, Maurício Souza, campeão do Brasil, campeão olímpico de vôlei, foi o nosso atleta de vôlei.

Parabéns, Maurício, pela sua trajetória no esporte, parabéns pelo brilhante trabalho que você fez, carregando o Brasil mundo afora. E parabéns pela sua coragem de se posicionar.

E é disso que eu quero falar aqui hoje um pouco. A coragem de se posicionar, muitas vezes, tem custado caro para muitas pessoas.

Veja, esta deputada tem plena autonomia de trabalho nesta Casa, ou deveria ter. Eu indiquei alguns nomes importantes para receberem o Colar de Honra ao Mérito Legislativo, que é a maior honraria que esta Casa pode conceder a diversas personalidades indicadas pelos deputados aqui desta Casa.

Eu fiz a indicação de nomes importantes: o Tutinha, da Jovem Pan, fiz a indicação do padre Antônio Maria, fiz a indicação do Dr. Agostinho, que é um médico que faz um trabalho incrível ali em Marília, e fiz também a indicação do Maurício Souza, que está aqui conosco. Eu peço que a Técnica mostre aqui.

O Maurício Souza foi indicado por mim para receber o Colar de Honra ao Mérito Legislativo pelo seu histórico no esporte, pelo brilhante trabalho que fez levando a bandeira do Brasil mundo afora, e pela coragem de se posicionar em defesa das nossas crianças, pela proteção da infância que acima de tudo tem que estar em primeiro lugar.

Portanto, Maurício, esta deputada, usando a atribuição que lhe compete, reconhece aqui nesta tribuna da Assembleia Legislativa todo seu valor como atleta, como campeão olímpico de vôlei, e como cidadão brasileiro pela coragem de se posicionar contra a ideologia de gênero que vem sorrateiramente sendo implantada por governo de esquerda.

Mas nós conservadores, defensores da família, defensores da vida, defensores de uma infância devidamente protegida, apaixonados por este país, não iremos desistir de apoiar as nossas crianças e não vai ser deputado nenhum que vai calar a minha voz, jamais.

Portanto, Maurício Souza, hoje você está recebendo o reconhecimento desta deputada, Leticia Aguiar, que tem muito orgulho de carregar nesse coração verde-amarelo a honra de lhe entregar um reconhecimento pela sua postura, coragem e determinação.

Siga firme nessa missão, que nós, pessoas de bem, patriotas, estamos contigo. Obrigada pela presença.

E continuando, fica aqui o meu apelo a você que acompanha o nosso trabalho, você que acompanha as redes sociais do nosso presidente Jair Bolsonaro, que acompanha as redes sociais do nosso Tarcísio de Freitas, do nosso Maurício e tantos outros, todos nós estamos nos posicionando em defesa desses valores, desses princípios.

Não dá mais para ser morno, não dá mais para ser em cima do muro. É necessário se posicionar, é necessário se colocar à disposição, como tantos e tantos estão fazendo, e nós precisamos, é claro, ocupar os espaços também dentro da política.

Eu fui eleita com os valores conservadores; são esses valores que levo para dentro do meu gabinete, do meu mandato, dentro das proposituras que apresento.

Inclusive já conversei com o Maurício sobre o projeto de minha autoria, o Infância Protegida, que proíbe o financiamento com dinheiro público para eventos que promovam sexualização de crianças e adolescentes.

Chega de ver dinheiro do pagador de imposto, ou seja, o seu dinheiro, financiando filme que vai erotizar criança. Chega de ver o seu dinheiro do pagador de imposto financiando evento que vai colocar homem nu para ser tocado por criança. Chega! Nós não iremos mais aceitar isso calados e nem de braços cruzados.

Nós todos estamos juntos com o nosso presidente Jair Bolsonaro, o primeiro presidente verdadeiramente cristão deste país, o presidente que reza pelo seu povo, um presidente que tem enfrentado duras batalhas até quase com a própria vida para representar essa nação e para mudar a história.

Nós, conservadores, temos a missão, presidente, de estar contigo nesse legado de apoio, de suporte. O senhor não está sozinho, e acima de tudo nós temos um Deus maravilhoso que está conosco nos dando alicerce, dando-nos chão para que cada passo dado seja guiado por Ele.

Muito obrigada a todos que estão acompanhando essa batalha, essa guerra que nós enfrentamos aqui dentro da Assembleia Legislativa, simplesmente para reconhecer uma pessoa que defende a criança. Mas nós não iremos desistir, porque, como eu disse, Deus está nos conduzindo e nos guiando sempre para a vitória.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Está de parabéns também o Maurício Souza aí, pré-candidato em Minas Gerais e pelas colocações, hoje, na televisão. Realmente eu vi até algumas críticas dos jornalistas, mas a gente precisa de outras pessoas para o povo poder escolher.

Não é todo mundo bandido que está em Brasília ou aqui. Então, na verdade, se as pessoas boas não vierem para a política, obviamente ficarão só os maus.

Então, meus cumprimentos pela coragem. E (Inaudível.) V. Exa. vai representar o povo de Minas e o povo do Brasil lá no Congresso Nacional, que é muito importante. Parabéns, boa sorte na campanha, como teve no esporte.

Meus cumprimentos.

 

O SR. ALEX DE MADUREIRA - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Pela ordem, senhor.

 

O SR. ALEX DE MADUREIRA - PL - Queria fazer uma breve comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Vossa Excelência tem o prazo regimental.

 

O SR. ALEX DE MADUREIRA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, neste final de semana na minha cidade, em Piracicaba, nós tivemos, infelizmente, um episódio muito triste. Piracicaba, para quem não conhece, o nome da cidade é em tupi-guarani; significa “Lugar onde o peixe para”.

“Lugar onde peixe para”, presidente, quer dizer lugar onde ele para ali para desova. Sobe as pedras do rio e chega até o ponto, na chamada piracema, onde faz a sua desova ali para a procriação dos peixes.

Mas essa triste notícia é porque nós tivemos uma grande mortandade de peixes ali, em alguns trechos do rio, peixes de várias espécies, e sábado e domingo foi identificado isso.

Nós comunicamos lá às autoridades locais e, hoje, junto a um grupo que nós temos ali, chamado SOS Rio Piracicaba, nós estamos oficiando os órgãos responsáveis, tanto o Ares PCJ, que é um agência reguladora das bacias ali que envolvem a Bacia do Rio Piracicaba, como também a Cetesb e a Secretaria de Infraestrutura do Estado de São Paulo para que encontrem os responsáveis, se houverem, se existirem responsáveis por essa mortandade de peixes que está acontecendo ali no Rio Piracicaba.

Mas são milhares de peixes, presidente. Então, a nossa atuação parlamentar na cidade e na região é de representar, como temos obrigação de fazer aqui na Assembleia Legislativa de São Paulo, não só esse grupo que protege e defende ali a bacia do rio, mas também toda a população do rio que corta a nossa querida cidade de Piracicaba.

Obrigado, presidente.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Alex de Madureira.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PL - Assumindo aqui a Presidência, quero chamar aqui para a sua fala, seguindo a lista dos oradores, o nosso querido amigo deputado Conte Lopes. Tem o tempo regimental.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sr. Presidente Alex de Madureira, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, volto a esta tribuna, porque queria falar um pouco a respeito do ex-presidente Lula.

Lula, que foi contrário a policiais. Disse ele que Bolsonaro gosta de policiais, mas não gosta de gente, mas eu pude ver, na última semana - sexta-feira, se não me falha a memória - que o Lula também gosta de policiais.

Estava ele em Campinas, quando foi vaiado por alguns oponentes políticos, porque o Lula faz campanha, desde 86, né? É um homem já antigo na política também.

Então, vocês têm gente a favor e tem gente contra. Em Campinas, ele foi  muito bem recebido na Unicamp, recebeu aplausos e depois foi andar pela rua lá.

Diz o Haddad, ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que seis pessoas o cumprimentaram ali num percurso em que ele andou, ao contrário de Bolsonaro, que é carregado pelo povo, mas diz Haddad que seis pessoas o cumprimentaram.

Mas, depois, chegaram algumas pessoas e xingaram, o que é natural na política: quem é a favor bate palmas, quem é contra vaia. Esse é o jogo da política, ou então não se envolva, mas o Lula sabe disso muito mais do que eu, é lógico.

Só que, na hora em que ele foi vaiado, algumas pessoas, que estavam fazendo a segurança dele, acredito que eram policias e que ele deve gostar também, como o Bolsonaro, dos policiais que andam com ele. Esses policiais estavam com armas, inclusive de grosso calibre, para atacar as tiazinhas e os tiozinhos.

Veja, Lula, então, não é dia de você falar que você é contra os clubes de tiro, porque, às vezes, a arma tem que ser usada. Não sei se precisava para aquilo, não é? Até falo, porque, em várias campanhas que fizemos juntos aí, fomos também xingados, recebemos ovos. É da vida, mas os caras com fuzil lá, protegendo o Lula por causa de umas vaias que ele recebeu.

Só estou contestando esse problema, não é só o Bolsonaro que gosta de policial e precisa de policial, a sociedade toda precisa de policial, para lhe dar segurança - é um trabalho essencial -, como o Lula também precisa de segurança para andar pelas ruas. Tanto é que estava com homens armados com fuzis, armas de grosso calibre.

Não sei se precisava daquilo, nunca vi. Acompanhei Maluf, acompanhei Quércia, acompanhei mesmo o Lula em campanha política, vários e vários políticos, mas nunca vi ninguém com um fuzil daquele para contestar o adversário político.

Mas ficam aí as colocações, que não é só acabando com clube de tiro, que vocês também precisam de gente com armas, inclusive para protegê-los contra as tias do “Zap”. Então fica aí a colocação.

Estou falando porque às vezes o Lula fala umas coisas meio errôneas, ele se perde, talvez um pouco seja pelo tempo. A gente vai ficando velho e vai perdendo um pouco a noção. E ele tem perdido muito a noção.

Ele perde a noção quando ele fala “nós não podemos deixar que a polícia pegue meninos de 15, 16 anos que roubam celular e depois são presos pela polícia, judiados pela polícia”. Lula, você está fazendo apologia ao crime, você está favorecendo bandidos a matar os outros, como estão matando diariamente.

O Renan, um garoto de 20 anos, foi morto ao lado da namorada. Esta manhã mesmo foram roubar na zona leste de São Paulo um coitado de um enfermeiro. Foram roubar o celular do enfermeiro. Dá para você colocar para mim, Machado, o que aconteceu com o enfermeiro? Então, Lula, não pode falar essas coisas.

Olhe lá, coitado do enfermeiro está saindo com o carro, ou está chegando, não sei, mas está ali, seis horas da manhã, na zona leste de São Paulo, na Mooca. Olhe os ladrões como chegam tranquilos. Entendeu, Lula? Lula e Rodrigo Garcia também. Dominam a pessoa. Seis horas, sem reação nenhuma. Veja bem, pronto, acabou a vida do rapaz, foi morto. E eles fogem tranquilamente.

Aí vem o Rodrigo Garcia gritar não sei o quê. Está aí, Lula, para roubar um celular, eles matam. Um garoto foi baleado na zona leste hoje de manhã, em Ermínio Matarazzo, quando ia entrar em uma escola estadual. Foram roubar o celular dele, Lula, e deram um tiro no garoto, está no hospital.

Então veja bem a situação. Um candidato à Presidência da República com a força do Lula, que foi presidente duas vezes, elegeu a Dilma, que era um poste, ele elegeu duas vezes a Dilma, então ele não pode falar essas coisas, que os bandidos acham que tem razão mesmo. “Vou roubar um celular, o presidente falou que pode roubar celular e sair matando os outros por aí”.

São alguns erros que o Lula está cometendo, não sei por quê. Eu acho que o problema talvez seja dose de medicamento que a cuidadora está dando errado. Sei que ele vai casar, tal. Depois de certa idade, casar também é um problema, às vezes a pessoa fica falando essas coisas.

Fala contra a polícia, não gosta de polícia, mas está com polícia na rua, dando segurança para ele. É contra arma de fogo, vai acabar com os clubes de tiro, mas os caras estão lá com um fuzil desse tamanho, e não é para combater terrorista não, é a tiazinha do “Zap” que está xingando. Não são os terroristas, não tinha ninguém com fuzil do outro lado, metralhadora. Eles estavam lá.

Também não sou contra, só estou dizendo, Lula, que você precisa de polícia. Tanto o Bolsonaro precisa, para segurança, como ele. Como o povo também precisa, não é só o governo falar que vai fazer uma operação sufoco que os bandidos vão parar. Parece brincadeira, piada.

Somente quis fazer essa colocação, porque, às vezes, se colocam as coisas erradas. Quando ele vem a público falando que pode roubar celular, o ladrão entende o contrário. Se eu posso roubar um celular, se a pessoa der risada para mim, não gostou, eu mato e acabou, vou embora.

Então são certas coisas que o Lula não deveria falar, que também não gosta da polícia, não deveria falar, porque ele está com policiais dando segurança. Veja bem, ele ficou 600 dias, quase, preso e tinha segurança da Polícia Federal.

Deve ser da federal que estava lá com ele, porque para andar com fuzil daquele na rua tem que ter porte de arma, tem que ser polícia, não é qualquer um. Está na televisão, está em todos os jornais, é só olhar.

Então, deve ser policial. Acredito eu, né? Não é cara do PCC. Cara do PCC não faz segurança de presidente, né? Então, veja, mesmo ele ficando 600 dias preso na cadeia, ele manteve a segurança.

Não é crítica destrutiva, eu estou falando do valor da polícia, do trabalho da polícia. Não é que ele fala que não gosta da polícia e o Bolsonaro gosta. Tanto é que ele está com policiais dando segurança para ele.

Essas são minhas colocações.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sr. Presidente, solicito a V. Exa. o levantamento dos trabalhos, por gentileza.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX DE MADUREIRA - PL - Obrigado, deputado Conte Lopes. Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Está levantada a presente sessão.

 

* * *

 

- Levanta-se a sessão às 15 horas e 55 minutos.

 

* * *