17 DE MAIO DE 2022
39ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: JANAINA PASCHOAL, GIL DINIZ, PAULO LULA FIORILO,
MAJOR MECCA e CARLÃO PIGNATARI
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência e abre a sessão. Convoca os Srs.
Deputados para as seguintes reuniões conjuntas das comissões: Constituição,
Justiça e Redação; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Finanças,
Orçamento e Planejamento, a realizar-se em 18/05, às 11 horas, em ambiente
virtual; Constituição, Justiça e Redação; Saúde e Finanças, Orçamento e
Planejamento, a realizar-se em 18/05, às 11 horas, em ambiente virtual;
Atividades Econômicas e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se em 18/05,
às 11 horas, em ambiente virtual.
2 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - CORONEL TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
5 - DR. JORGE LULA DO CARMO
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - PAULO LULA FIORILO
Assume a Presidência e informa a presença de comitiva de
autoridades da Jordânia
8 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
9 - SEBASTIÃO SANTOS
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, faz pronunciamento.
11 - ALTAIR MORAES
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
13 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - SEBASTIÃO SANTOS
Por inscrição, faz pronunciamento.
15 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência e informa a presença do cônsul-geral da
Argentina.
16 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
17 - ENIO LULA TATTO
Por inscrição, faz pronunciamento.
18 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
19 - JANAINA PASCHOAL
Para comunicação, faz pronunciamento.
20 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Saúda a presença da ex-embaixatriz da Ucrânia.
21 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
22 - ALTAIR MORAES
Para comunicação, faz pronunciamento.
23 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
24 - TEONILIO BARBA LULA
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
25 - GILMACI SANTOS
Para comunicação, faz pronunciamento.
26 - TEONILIO BARBA LULA
Para comunicação, faz pronunciamento.
27 - MAJOR MECCA
Para comunicação, faz pronunciamento.
28 - ADRIANA BORGO
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
29 - MAJOR MECCA
Assume a Presidência.
30 - CAMPOS MACHADO
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
31 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
32 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI
Assume a Presidência. Encerra a sessão.
*
* *
- Assume a Presidência e abre a sessão
a Sra. Janaina Paschoal.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Boa tarde a
todos. Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a
leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.
Convocação. Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, nos termos do disposto no Art.18, Inciso III, alínea “d”, combinado
com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das
comissões de Constituição, Justiça e Redação; Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável, Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se
amanhã, às 11 horas da manhã, em ambiente virtual, com a finalidade de apreciar
o Projeto de lei nº 209, de 2022, de autoria do nobre deputado Jorge Wilson Xerife
do Consumidor.
Convocação. Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado
com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta da Comissão
de Constituição, Justiça e Redação, Comissão de Saúde, Comissão de Finanças,
Orçamento e Planejamento, a realizar-se amanhã, também às 11 horas da manhã, em
ambiente virtual, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 836, de
2021, de autoria do nobre deputado Ataide Teruel.
Convocação. Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado
com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta da Comissão
de Atividades Econômicas e da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a
realizar-se amanhã, também às 11 horas da manhã, em ambiente virtual, com a
finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 486, de 2021, de autoria da nobre
deputada Maria Lúcia Amary.
Feitas as convocações, dou por aberto o
Pequeno Expediente, iniciando a leitura da lista de oradores inscritos,
chamando à tribuna o nobre deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Itamar
Borges. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. Vossa
Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente deputada Janaina Paschoal. Boa
tarde, deputados presentes no Pequeno Expediente: Dr. Jorge do Carmo, deputado
Altair Moraes. Boa tarde a quem nos assiste pela galeria, nos assiste pela Rede
Alesp. Boa tarde aos nossos assessores, aos nossos policiais e civis.
Presidente,
subo a esta tribuna para fazer um chamamento aos nobres deputados. Que venham e
compareçam hoje, na nossa sessão extraordinária. Hoje está pautada a cassação
do ex-deputado Arthur do Val, que renunciou ao mandato, mas o seu processo de
cassação ainda está em trâmite neste Parlamento. Eu faço esse apelo aos meus
pares.
Já são 14 horas
e 13 minutos. Só temos 30 assinaturas, 30 deputados que assinaram o ponto. E
nós precisamos de 48 deputados votando “sim”. Então eu peço e faço esse apelo
aos deputados. Que compareçam à sessão extraordinária, não apenas para dar
quórum, mas para se fazer justiça nesse dia.
Hoje fui
surpreendido, na Comissão de Direitos Humanos. Agora sou membro. Voltei à
Comissão de Direitos Humanos. Tinha uma vaga, quando era do PSL. Fui expulso do
PSL, e perdi a minha vaga na Comissão de Direitos Humanos.
Tinha um
requerimento meu, na Comissão de Direitos Humanos, para convocar e ouvir o Sr.
Renan Santos, praticamente dono do Movimento Brasil Livre. Os termos do
requerimento eram esses aqui.
“Ao presidente
da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da
Participação e das Questões Sociais, deputado estadual Emidio de Souza.
Por meio do presente
ofício, venho, respeitosamente, à vossa presença, informar e requerer:
1- No último
dia 4 de março do corrente ano, Arthur Moledo do Val, membro desta Assembleia,
por meio de mensagem de conversa em grupo, do aplicativo WhatsApp, gravou
áudios tecendo comentários os mais machistas, sexistas, misóginos e
discriminatórios às mulheres ucranianas.
2- Em sua
viagem à Ucrânia, na companhia do amigo, e líder do Movimento Brasil Livre,
Renan Antônio Ferreira dos Santos, o parlamentar disse, em áudio, que Renan dos
Santos viajava frequentemente, para o leste europeu, para “pegar loiras”, o que
apelidou de “tour de blonde”, frisando que o amigo viajava todo ano e que
possui técnicas avançadas que possibilitam o contato íntimo com mulheres
daquela região.
3- As referidas
técnicas consistem na ida para as cidades mais pobres, sugerindo que, pela
condição social e econômica das mulheres daquela região, elas estariam mais
vulneráveis e suscetíveis às investidas de cunho sexual.
4- A prática ou
a incitação ao turismo sexual é totalmente desprezível, porque alimenta
diretamente uma indústria de crimes hediondos, como a exploração sexual,
aliciamento de menores e tráfico de mulheres, crianças e adolescentes.”
E sigo aqui,
presidente, solicitando que a comissão deliberasse pela convocação desse
cidadão para prestar os esclarecimentos denunciados pelo seu amigo de viagem.
E, para minha surpresa, uma deputada do PSDB pediu vistas, protelando a
deliberação na comissão.
Então, pedi
vistas em conjunto - justamente para quê? Para que volte o mais rápido possível
esse requerimento à Comissão de Direitos Humanos. Povo de São Paulo, já
protocolei a CPI do MBL para verificar, deputado Coronel Telhada, aquela
vaquinha, aquele financiamento pelo qual conseguiram 280 mil reais em tempo
recorde.
Diziam que era
para ajudar os ucranianos, e nós vimos, na prática, o que eles foram fazer
naquele país. Fiz esse requerimento para ouvir o Sr. Renan Santos, dono, líder
desse Movimento Brasil Livre, cidadão que tem portas abertas, tinha portas abertas
no gabinete do Arthur do Val nesta Casa. Direto, o encontrava aqui pelos
corredores.
Fui um dos
autores do pedido de cassação de Arthur do Val. Minha parte, povo de São Paulo,
eu estou fazendo. Mas eu peço aqui, faço um apelo também ao governador Rodrigo
Garcia, para que reveja as posições da bancada do PSDB, porque para mim é
inadmissível que, dentro de um requerimento para ouvir os esclarecimentos desse
cidadão, uma deputada do PSDB faça a obstrução e derrube a deliberação.
É óbvio que é
regimental, é direito do parlamentar fazer isso, mas confesso que fiquei
surpreso, para não falar outra coisa, com essa deliberação, hoje, na Comissão
de Direitos Humanos. Então, espero que brevemente esse requerimento volte à
pauta e que nós possamos convocar Renan dos Santos para prestar os devidos
esclarecimentos à Comissão de Direitos Humanos.
Mais uma vez,
faço o apelo aos nobres deputados para que compareçam a essa sessão
extraordinária na tarde de hoje para cassar o mandato de Arthur do Val e fazer
justiça ao povo sofrido da Ucrânia.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Peço a V. Exa. que assuma a Presidência dos
trabalhos. Imediatamente, chamo à tribuna o nobre deputado Coronel Telhada, que
terá o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
Prezado presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, assessores, funcionários
aqui na Casa, policiais militares aqui presentes, nas figuras da Raquel e da
França. Quero saudar a todos aqui e desejar uma ótima tarde a todos os que nos
assistem pela Rede Alesp.
Quero iniciar
aqui fazendo coro com o deputado Gil Diniz, que me precedeu, pedindo para que
todos compareçam hoje. Por enquanto, somente 31 deputados assinaram a lista.
Nós precisamos de pelo menos 48 aqui para que se tome uma providência, de uma
vez por todas, com a situação do ex-deputado Arthur do Val.
Como foi dito
aqui, uma situação inaceitável, tendo em vista que, inclusive, colocou o Brasil
numa situação muito crítica perante as outras nações aí, ao apoiar o turismo
sexual, ao falar mal de refugiados de guerra.
Uma situação
indesejada para qualquer brasileiro, muito mais ainda para um parlamentar
eleito pelo povo. É inadmissível, e esta Casa não pode ficar calada. E os
deputados têm que dar essa resposta à sociedade.
Pois bem, Sr.
Presidente, ontem nós estivemos na Apas - Associação Paulista de Supermercados
-, onde nós tivemos a oportunidade de acompanhar o nosso presidente, Jair
Bolsonaro, que esteve lá, participou.
Acompanhamos as
suas palavras, que a imprensa, para variar, está deturpando e falando besteira,
como sempre. A imprensa gosta de ver o circo pegar fogo; a realidade é essa.
Verdade é uma coisa que a gente quase não vê na imprensa, mas asneiras, a gente
vê constantemente.
Mas nós
estivemos lá, acompanhamos o presidente, que fez uma explanação franca da
situação atual do Brasil, pedindo, inclusive, apoio da população, nosso apoio,
para que a gente consiga reverter, de uma vez por todas, a situação deste país,
tão roubado e tão usado por políticos inescrupulosos. Nós temos a obrigação de
mudar este país.
Então, quero
aqui saudar a todos que estiveram conosco ontem na feira, na 36º Apas Show
2022, chamada “Além dos Alimentos”. É uma feira dos supermercados, exposição do
pessoal que trabalha com supermercados. Um abraço a todos aí, os organizadores
do evento. Parabéns, sucesso nas missões.
Cumprimentando
os supermercados também, que durante a pandemia não pararam, mantiveram a
população alimentada, o que é louvável também. Junto com o pessoal da Saúde,
com o pessoal da Segurança Pública, os supermercados se mantiveram firmes no
apoio à população.
Hoje pela manhã
estive no CPAI-1, em São José dos Campos, onde nós fomos prestigiar a passagem
de comando do Policiamento do Interior-1, na área do Vale do Paraíba. Assumiu o
Coronel Carlos Henrique Lucena Folha. O coronel Carlos Henrique Lucena Folha,
inclusive, foi meu aluno.
Eu era primeiro
tenente e dei aula para a turma dele no Barro Branco. Então, é um conhecido de
velha data. Parabéns, coronel Lucena. Deus abençoe o senhor e toda a tropa aí,
e que tenha uma missão profícua, e consiga realizar todos os seus intentos, e
cuidar da nossa população do Vale do Paraíba. Um abraço a todos.
Ontem nós
perdemos um policial muito querido na área oeste de São Paulo. Inclusive, a
Raquel trabalhava com ele - não é, Raquel? - era parceira desse policial. É o
cabo Luiz Fernando Rocha Medrado. O cabo Medrado estava indo cinco horas da
manhã para a Dejem, para trabalhar, quando ele foi atropelado por um indivíduo
embriagado.
Continua essa
maldição no Brasil. Eu acho interessante isso. Aqui, o deputado vai preso
porque falou, outro porque disse tal coisa no Facebook, mas assassino
embriagado, que dirige em carro embriagado, não é tomada providência.
O cara às vezes
vai preso, mas dali a dias está na rua e continua essa desgraça aqui no Brasil
de motorista embriagado e agora nós tivermos mais uma vítima, que é o cabo Luiz
Fernando Rocha Medrado, que foi atingido.
Ele estava de
motocicleta. Ele foi atingido por um Tiguan, de um indivíduo embriagado, no
cruzamento da Nossa Senhora da Assunção com a Rua José Alves Cunha Lima. Ele
chegou a ser socorrido mas infelizmente faleceu. Ele estava na Polícia Militar
desde 2010, servindo no 16º Batalhão, que é o Batalhão que o meu filho serve.
Também atuou no
23º Batalhão, lá na zona oeste também, e atualmente servia no CPM-5, era
policial militar há 12 anos e era um homem muito querido pelos colegas e pelos
superiores também.
Então, nossos
sentimentos à família do cabo Medrado, e aos colegas também, que sentem esse
triste passamento. Infelizmente, nós tivemos também hoje a morte de um
subtenente, um subtenente lá no estado do Pará.
É o subtenente
Sales, e a única informação que eu tenho ainda é que está havendo uma caçada de
homens e mulheres da Segurança lá no Pará. Hoje, o subtenente Sales foi morto a
tiros ao sair de casa, mas já esta semana nós tivemos outras mortes que
ocorreram no Pará.
Para vocês
terem uma ideia, na sexta-feira começou a operação “Impacto”. Toda a Segurança
Pública foi para a rua combater o crime organizado. Já na sexta-feira - só para
terminar, Sr. Presidente - um
policial militar no bairro de Tapanã, em Belém, e uma policial penal, no bairro
40 horas, também sofreram atentados a tiros, estão feridos e internados no
hospital.
No domingo, dia
15, o policial militar da reserva Raimundo Nonato Menezes Pereira, de 55 anos,
e um sobrinho dele, de 17 anos, o Leandro de Jesus Menezes, também foram mortos
por criminosos. Inclusive, a arma do policial não foi encontrada.
Também no dia
15, um outro agente de Segurança foi morto. Era uma agente penal; ela foi
baleada na cabeça no dia 15, está internada em estado grave, e eu não tenho o
nome dela divulgado.
Está essa
situação, gente, lá no Pará. Uma situação terrível, aliás, em todo o Brasil.
Nós precisamos mudar nossa legislação penal porque é uma situação muito
crítica.
Só para fechar,
Sr. Presidente, eu trouxe um
vídeo aqui que deu algum barulho. Pode colocar, Machado, por favor.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Esse vídeo aí,
o policial civil foi roubado por seis indivíduos de motocicleta e ele reagiu e
baleou dois indivíduos. Está metendo bala nos caras aí. Dá para você pôr de
novo, Machado? Só o comecinho, por favor. Ele reagiu. Olha as motos, uma, duas,
três motos, motos com dois indivíduos, e já vem e enquadra, e já quer dar tiro,
só que ele estava armado, e meteu bala nos vagabundos. Graças a Deus matou um.
Depois a
família foi fazer manifestação, que não era bandido, era um coitado. Isso aí
trabalhador não é. Não é estudante também, é ladrão. E ladrão, a melhor coisa é
ir para o saco mesmo porque fiquem vendo: ele corre, toma uma “jambrada”, vai
para o chão.
Que coisa
linda. Não foi nada, foi toque normal, valeu. Agora a população ainda vai...
População não, os parentes desse vagabundo ainda vão lá encher o saco e querer
fazer manifestação.
Parabéns à
Polícia Civil. Eu quero aqui, só para fechar, parabenizar o delegado Nico e
toda a Polícia Civil pela bela cana que eles deram ontem. Prenderam aquele
vagabundo do Cupertino que estava foragido faz tempo.
Parabéns ao
delegado-geral, Dr. Nico, nosso amigo. Parabéns aos colegas da Polícia Civil
também por essa bela cana, foi uma bela resposta da Polícia Civil. Continuem
firmes na missão e contem com a gente.
Muito obrigado,
presidente.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado,
nobre deputado Coronel Telhada. Seguindo a lista de oradores inscritos no
Pequeno Expediente, convido para fazer uso da tribuna o nobre deputado Agente
Federal Danilo Balas. (Pausa.) Nobre deputado Tenente Nascimento. (Pausa.)
Nobre deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Nobre deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Nobre deputada Janaina Paschoal. (Pausa.)
Perdão, só um momento. Perdão, Dr.
Jorge. O Dr. Jorge Lula do Carmo está presente no Pequeno Expediente. Convido a
fazer uso da tribuna pelo tempo regimental, Dr. Jorge. Minhas escusas aqui,
cerceando aqui a bancada de esquerda da palavra. Brincadeira, Dr. Jorge, me
desculpe.
Tem a palavra.
O
SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT – SEM REVISÃO DO ORADOR
- Não faz parte do seu perfil, deputado. Obrigado. Brincadeira, eu sei que
o senhor não me viu.
Sr. Presidente,
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público da TV Alesp, assessores aqui
presentes, policiais militares, Sr. Presidente, eu venho à tribuna hoje para
comemorar e falar da minha alegria em poder dizer: 34 anos do Sistema Único de
Saúde. O SUS, que foi criado pela nossa Constituição Federal em 1988, completa
hoje, 17 de maio de 2022, 34 anos.
Reza a nossa
Constituição em seu Art. 196: “A Saúde é direito de todos e dever do estado,
garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco
de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e
serviços para sua promoção, proteção e recuperação de todos os cidadãos
brasileiros”.
Esse é o Art.
196 da Constituição, que criou o Sistema Único de Saúde que é, para mim, na
minha opinião, o maior convênio de saúde pública do mundo. Do mundo, porque se
for nos estados Unidos não tem SUS. A dificuldade dos americanos é imensa em
relação à saúde pública, Sr. Presidente.
E eu quero
dizer que a Saúde, com a eficiência e com qualidade, é um direito de todos os
brasileiros e brasileiras. Por isso nós temos que comemorar. Imagine, Sr.
Presidente, o Brasil sem o SUS nessa pandemia.
Imagine quantas
pessoas, quantas mil pessoas teriam perdido suas vidas se não fosse o SUS, nós
perdemos mais de 600 mil pessoas, infelizmente, por erros na política, erros na
condução do nosso País, mas, se não fosse o SUS, certamente o prejuízo, a
quantidade de mortos seria muito maior.
Por isso, tenho
a alegria de dizer que o SUS é o melhor sistema de saúde do mundo e,
evidentemente, do Brasil. Por isso cada deputada e cada deputado... Eu tenho
feito isso, destinado impositivamente 50% das minhas emendas parlamentares para
a Saúde Pública.
E, na época da
pandemia, durante esse período que ainda não terminou, destinamos até mais de
50%, foram cerca de 10 milhões de reais destinados para a Saúde Pública do
nosso estado.
Por isso eu
quero agradecer ao povo brasileiro, agradecer aos parlamentares constituintes
que, à época, tiveram a iniciativa brilhante de criar o SUS e dizer parabéns a
todos os profissionais de Saúde e viva o SUS, que é o melhor sistema de saúde
do mundo.
Sr. Presidente,
quero também aproveitar a oportunidade para dizer que hoje é comemorado também
o Dia Internacional contra a Homofobia.
Nós temos visto
no Brasil e em nosso Estado, em especial, muitos problemas relacionados à
orientação sexual das pessoas. Por isso, às vezes, as pessoas, de forma
intolerante, acabam por não concordar, tratando com discriminação, com
preconceito, com ódio.
E e aí é
importante frisar que os seres humanos, cada um tem a sua orientação. Temos que
respeitar as pessoas e elas têm o dever, a obrigação, o direito de seguir a
orientação sexual que desejarem.
Por isso temos
que, cada vez mais, combater esse tipo de preconceito, de discriminação, que
ainda é muito gritante em nosso país, que ainda tem pessoas que não toleram o
direito ou a vontade ou a orientação do seu próximo.
Eu tenho me
deparado com muitas questões. O nosso mandato tem apoiado as pessoas, tem
combatido a homofobia e combatido essa transfobia que também vemos. E dizer que
essa é uma luta em que temos que combater cada vez mais a violência, o ódio e a
intolerância em nosso Estado e em nosso País.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado,
nobre deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. Agora seguindo a lista de oradores
inscritos no Pequeno Expediente, convido para fazer uso da tribuna o nobre
deputado Delegado Olim. (Pausa.) Nobre deputada Janaina Paschoal. Vossa
Excelência tem o tempo regimental.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Nossa, tomei um choque. É para ficar esperta.
Cumprimento todas as pessoas que nos acompanham - estou com medo de pegar no
microfone aqui -, V. Exa., Sr. Presidente, colegas deputados, funcionários aqui
presentes, meus sentimentos aos policiais militares pela perda do colega,
conforme antecipado pelo Coronel Telhada.
Eu queria
trazer a V. Exas. e ao público geral uma série de queixas que venho recebendo
de pessoas, funcionários públicos em especial, mas também pais, que estão se
sentido constrangidos, perseguidos, ainda por conta dessa questão da vacinação
tratada como compulsória.
Para que não
haja mal-entendido, quero deixar muito claro que não sou contra a vacinação,
não sou contra as vacinas contra a Covid-19, mas sigo contrária à imposição,
não só da vacinação contra a Covid, mas também das muitas doses.
Então, eu sigo
recebendo mensagens de professores, de policiais, de estudantes de
universidades, sobretudo as públicas, que vêm recebendo notificações para não
só se vacinarem, mas se vacinarem com a terceira, com a quarta dose, sob pena
de perderem seus empregos, sob pena de perderem as vagas nas universidades, tão
dificilmente conquistadas, profissionais da área de Segurança submetidos a
processos administrativos.
Bem
recentemente, eu recebi de um pai em pânico - a palavra é essa - uma petição do
Ministério Público, do promotor de Justiça, da Promotoria de Justiça de Santa
Cruz do Rio Pardo. Quero aqui dizer que tenho o maior respeito pelo Ministério
Público, pelo membro do Ministério Público que aqui se manifesta, mas eu sou
obrigada a criticar o que tem aqui neste documento.
O senhor
promotor pede para instaurar um procedimento administrativo para apurar se as
crianças foram vacinadas. Ele parte do pressuposto de que a vacinação de
crianças entre cinco e 11 anos é obrigatória, de que é dever dos pais vacinar.
Estou falando
da vacina contra a Covid, porque às vezes pegam uma frase da gente e vão dizer
que eu estou contra vacinar para prevenir sarampo, para prevenir pólio. Não
estou falando das doenças típicas de crianças, por favor, hein? Não estou
falando das vacinas que são aplicadas há décadas nas nossas crianças.
Eu estou
falando das vacinas contra Covid, que têm a sua importância sim - eu não nego -
mas são produtos ainda novos, ainda sendo observados pelas próprias indústrias
farmacêuticas, como está escrito nos estudos. Esse promotor de justiça pede
para instaurar esse procedimento, e ele vai além.
Ele manda
oficiar as secretarias de Saúde dos municípios para que informem os índices da
campanha de vacinação para crianças e adolescentes contra a Covid - e aqui me
preocupou demais - e a relação com o nome das crianças e adolescentes, seus
responsáveis e endereço domiciliar, indicando que não são vacinadas nos
municípios, se há campanha de vacinação para orientação e conscientização das
famílias e, ainda, para informar aos secretários que têm que intensificar essas
campanhas.
O promotor
segue: ele quer que se oficie aos diretores das escolas estaduais públicas e
particulares e ele quer que oficie aos conselhos tutelares para, dentro de suas
atribuições, orientarem pais e responsáveis sobre a segurança e proteção que a
vacinação propicia, advertindo esses pais das sanções legais cabíveis no caso
de omissão ou recusa.
E esse pai
desesperado mandou um documento para o gabinete mostrando que os responsáveis
pelas crianças vão ter que assumir um termo de responsabilidade, um Termo de
Assentimento Livre e Esclarecido. “Representante legal do menor de idade;
declaração do participante da vacinação: Eu, Fulano de Tal, declaro que
compreendi os aspectos relacionados à participação do menor sob minha
responsabilidade e autorizo sua vacinação”.
Então vejam os
senhores o que está acontecendo em Santa Cruz do Rio Pardo, mas não é só lá,
porque o promotor mandou oficiar aos secretários dos municípios adjacentes. Os
pais estão sendo chamados, estão sendo informados de que são obrigados a
vacinar, mas eles têm que assinar um termo de responsabilidade pela vacinação.
Então como que é isso?
Eles são
obrigados, mas têm que assumir um termo de responsabilidade? Quer dizer então
que se houver um efeito adverso esse termo vai dizer que a culpa é deles? Então
é muito grave o que está acontecendo.
Eu quero que as
vacinas sejam disponibilizadas, que as informações sejam disponibilizadas, que
os pais que desejam vacinar seus filhos - e eles são a esmagadora maioria -
possam vacinar seus filhos livremente, mas eu quero que os pais que ainda não
se sintam seguros tenham o direito de decidir.
Porque se
acontecer uma situação adversa, a farmacêutica não se responsabiliza, o
Ministério da Saúde não se responsabiliza, as secretarias de Saúde não se
responsabilizam e o Ministério Público não se responsabiliza. São eles que vão
ficar com a situação.
Então fica aqui
o meu apoio em prol da liberdade dos indivíduos decidirem se se vacinam ou não
contra a Covid-19, se tomam ou não as infinitas doses e se vacinam ou não os
seus filhos, crianças e adolescentes.
Obrigada,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Muito
obrigado, nobre deputada Janaina Paschoal. Convido a fazer uso da tribuna o
nobre deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Nobre deputado Adalberto Freitas.
(Pausa.) Pela lista suplementar, convido a fazer uso da tribuna o nobre
deputado Itamar Borges. (Pausa.) Nobre deputado Sargento Neri. (Pausa.) Nobre
deputado Sebastião Santos, V. Exa. tem o tempo regimental.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Paulo Lula
Fiorilo.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - PAULO LULA FIORILO - PT - Só antes do
deputado Sebastião, queria fazer um registro aqui rapidamente. A gente recebe
uma delegação da Jordânia com o embaixador Dr. Masadeh, com o senador Issa Murad
e com os representantes da Câmara do Comércio, o Dr. Jamal, que é o presidente,
Jamal.
Também temos aqui Mohamed Al Samad, que
é o empresário, e temos mais um representante da delegação. Agradeço a presença
de todos e devolvo a palavra ao orador, deputado Sebastião. (Palmas.)
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.
*
* *
O
SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
funcionários, pessoas que nos assistem pela TV Alesp, vou aguardar o presidente
sentar-se ali, é regimental. O meu tempo aí, por favor.
O que me traz
esta tarde a usar a tribuna e também as redes sociais da Alesp, TV Alesp, é
justamente para falar de um tema que está sendo debatido hoje no Brasil
inteiro, e esta semana, que é a questão do dia 18, quando falamos um pouco da
vida da Aracelis. Aracelis, que teve sua vida ceifada, tendo aí sido alvo de
sequestro, abuso e morte.
Muitas ações
estão sendo realizadas. Em algumas delas, a gente ouve falar “comemorar”:
“vamos comemorar o dia 18”; não, nós não temos que comemorar o dia dezoito. O
dia 18, o Brasil inteiro e o mundo inteiro precisam se envolver para apoiar a
criança e o adolescente.
Como
coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Conselho Tutelar e vendo da
dificuldade ainda que o Conselho Tutelar enfrenta no nosso Estado por falta de
equipamentos, por falta de ações, de salário, nós não valorizamos quem cuida
das nossas crianças, dos nossos adolescentes. Queremos uma política pública
eficiente.
Uma coisa não
condiz com a outra. Então esse mês é lembrado, no dia 18 de maio, o Dia
Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
No dia 18 de
maio, é realizada uma ação importantíssima, que é o Dia Nacional de Combate ao
Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, data oficializada pela
Lei nº 9.970, de 2000, em memória à menina Araceli Crespo, de oito anos de
idade, que foi sequestrada, violentada, assassinada, em 18 de maio de 1973.
A proposta do
dia 18 de maio destaca a data para se mobilizar. Cadê os youtubers, cadê os
influenciadores, que chegam a milhões e milhões de pessoas? Este era o momento
de nós vermos a página desses homens e mulheres que chegam a tantas pessoas, um
banner, um videozinho falando do Disque 100, explicando para o vizinho que uma
criança, quando está sendo agredida, pode passar, olhar, e não fazer nada.
Uma criança que
o professor viu que ficou diferente de um momento para o outro, ou ela não é
mais aquela criança que brinca, não é mais aquela criança que tem alegria, ela
fica triste na sala de aula, reprimida; muitas vezes essa criança está sendo
abusada dentro da sua casa, muitas vezes pelo próprio familiar.
Aí o professor
vê e não fala nada. Quantas foram as ações que fizemos pelo estado de São Paulo
junto com os conselheiros tutelares aqui do Estado, a quem eu quero agradecer e
parabenizar pelo trabalho, porque não é pelo salário, é um dom; porque quem
ganha 1.200 reais para ficar fazendo ações, muitas vezes recebendo lá na
periferia uma pessoa dizendo: “Eu vou lhe matar, eu vou lhe bater, eu vou
destruir a sua família”, agressões. Não.
Eu quero dizer
que muitas ações nós fizemos. Nós tivemos a oportunidade, em Nova Granada, ser
preso um pai que abusava de uma criança de um ano. Mas se nós não tivéssemos o
conselheiro tutelar lá para ir lá e dizer “você está preso”, ninguém tinha
feito. Recebi uma mensagem de uma pessoa...
Um momento, Sr.
Presidente, só para concluir a minha fala, dizendo o seguinte, que “a menina
era prostituta e que tinha pouca idade, mas que ela era uma pessoa do mal, que
ela era assim mesmo, que não tem jeito”.
Não tem jeito a
política pública que nós estamos convivendo dia a dia de ver as nossas crianças
sendo abusadas, as nossas crianças sendo humilhadas, as nossas crianças se
tornando um ponto para pedófilos.
Nós precisamos
é fazer uma mobilização. Eu queria convidar aí todos os influenciadores, os
youtubers para que amanhã pudessem entrar logo pela manhã alertando nosso País
do número que é crescente, o crescimento é absurdo. Foram quase 45 mil crianças
sendo abusadas por ano. Para com isso.
Pessoal, quero
convidar todos os deputados, as pessoas que nos ouvem, que nos assistem pela
Rede Alesp, todos os funcionários, vamos fazer uma mobilização amanhã, vamos
lembrar da Araceli, que era uma criança de oito anos, feliz da vida e que
alguém foi lá e sequestrou, abusou, para que depois não tenhamos também na
nossa família, ou no nosso bairro, na nossa cidade uma criança também abusada e
sendo morta.
Vamos colocar
na nossa rede social, Disque 100, vamos denunciar, no mínimo denunciar para que
seja feita uma ação muito grande no nosso País, nesse ano, para diminuir os
casos e colocar os pedófilos, os abusadores no lugar deles, que é na cadeia,
lugar de pessoa que não cuida de criança, que não cuida do adolescente.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre
deputado.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para fazer uma rápida
comunicação pela liderança do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - É regimental.
Antes, porém, só chamar o próximo
orador à tribuna, deputado Giannazi.
Próximo orador inscrito, deputado Olim.
(Pausa.) Nobre deputado Caio França. (Pausa.) Nobre deputado Jorge Wilson
Xerife do Consumidor. (Pausa.) Nobre deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Nobre
deputado Altair Moraes.
Vossa Excelência tem o tempo
regimental.
Enquanto o deputado Altair se dirige à
tribuna, comunicação do deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA
COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente.
Sr. Presidente,
nós estamos vivendo um verdadeiro escândalo, um escárnio, uma verdadeira
sabotagem aqui na Assembleia Legislativa, na Comissão de Finanças, patrocinada,
essa sabotagem, pelo governador Rodrigo Garcia/Doria, em relação à emenda ao
PDL nº 22.
Sr. Presidente,
desde o dia 22 de fevereiro que a comissão não tem dado quórum. Olha só, do dia
22 de fevereiro, até a data de hoje, a Comissão de Finanças está parada, está
paralisada porque o governo insiste em sabotar, em boicotar a aprovação da
emenda ao PDL 22, com medo que o PDL chegue aqui ao plenário, porque a hora que
chegar ao plenário tenho certeza de que o nosso PDL será aprovado e nós vamos
colocar fim definitivamente ao assalto, ao roubo, ao confisco das
aposentadorias e pensões. É disso que o governo tem medo. Então ele utiliza
todos os seus mecanismos para obstruir, para impedir o quórum na Comissão de
Finanças.
Então, hoje,
teve reunião da Comissão de Finanças, e mais uma vez não deu quórum, Sr.
Presidente. Eu quero aqui dizer, olha quem estava presente: o deputado Gilmaci
Santos, que está pautando agora o projeto, o deputado Enio Tatto, o deputado
Caio França, a deputada Damaris, o deputado Olim.
E quem esteve
ausente, quem participou, hoje, da sabotagem, do boicote a serviço do PSDB, a
serviço do governo Rodrigo Garcia contra os aposentados e pensionistas: o
deputado Adalberto Freitas, do PSDB; o deputado Alex de Madureira, do PL; o
deputado Reinaldo Alguz, da União, partido União; o deputado Dirceu Dalben, do
Cidadania e o deputado Marcio da Farmácia, do Podemos.
Esses ajudaram
a sabotar hoje, Sr. Presidente, não dando quórum. Era online a reunião, era só
entrar - do carro, da casa, do escritório, do gabinete, da rua, do restaurante,
de qualquer lugar - e dar quórum. Eu entrei e eu não era membro; se eu fosse
membro, daria quórum. Ficou faltando um.
Me parece que a
base do Governo está se revezando, cada dia entra um ou outro, mas, olha, é
grave. É uma sabotagem, é um escândalo, é um escárnio jamais visto em relação à
sabotagem de um projeto aqui na Assembleia Legislativa, Sr. Presidente, que, na
verdade, é uma sabotagem contra os aposentados e pensionistas do estado de São
Paulo que estão passando necessidade, que não estão mais conseguindo
sobreviver, não estão conseguindo mais comprar o remédio, fazer o tratamento
médico.
Enfim, Sr.
Presidente... então, queria fazer essa denúncia pública e fazer um apelo a esses
deputados que estão sabotando, que estão se associando a um governo que está
falindo, que está vivendo o seu ocaso, que é o governo do PSDB, com o qual eles
vão afundar junto porque os aposentados jamais vão esquecer o que os deputados
estão fazendo.
Para terminar,
Sr. Presidente, nós vamos continuar lutando porque desistir, jamais.
(Manifestação nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre
deputado Carlos Giannazi. O PDL 22 tem o nosso apoio. Com a palavra, o nobre
deputado Altair Moraes.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente. Quero
dizer ao deputado Carlos Giannazi que tem o meu apoio, também, pelo PL 22. Tem
nosso apoio, pode ter certeza disso. É justa, a luta é justa.
Sr. Presidente
e Srs. Deputados amigos que estão aqui, hoje, eu quero colocar um vídeo porque
parece que o pessoal da esquerda, o pessoal do PT, acha que todo mundo tem
amnésia coletiva, sabe?
Que todo mundo
é burro, todo mundo deixou de pensar, ninguém mais olha o passado. Acha que tem
um monte de idiota no Brasil - eu acho que é isso que o pessoal do PT acha -
mas vamos ver mais um engano, mais um engodo que esse pessoal faz.
Principalmente,
atenção povo cristão, católico, povo evangélico, pessoas que têm um
posicionamento de direita, conservador, mas, acima de tudo, que são religiosas,
como eu. Olhem a canalhice que esse pessoal está fazendo. Solta aí.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
É, isso aí é a
opinião de um canalha que se diz pastor, um vagabundo que diz que é pastor
porque, se o camarada conhece a palavra de Deus de verdade, ele jamais, em
tempo algum, vai aceitar essas pautas de costume que a esquerda coloca.
Aí, um
vagabundo desse, que se diz pastor, diz assim: “Olha, eu vou dar um conselho
para vocês: não batam muito nas pautas de costume, sabe? Legalização de
maconha, liberação de aborto, sabe? Essas pautas, não falem, porque senão o
pessoal vai saber”.
Canalha,
canalha se passando como pastor. Se fosse um verdadeiro homem de Deus, que conhecesse
a palavra, entenderia muito bem que nós somos totalmente contra essa porcaria,
mas o PT, como sempre, querendo esconder as garras. Eu não sei se a senhora já
teve... A senhora já teve um gatinho?
Gatinho, já
viram um gatinho siamês bonitinho? Sabe, o gatinho siamês é assim, deputado Gil
- eu tenho um, minha filha tem um: muito lindo, rapaz; bonitinho,
gordinho assim, todo “miau”. Anda todo bonitinho assim. Ilude, sabe? Se puxar
um pouquinho do pelo dele, “Shhhh”.
O PT é exatamente assim: mostra uma beleza, sabe? Uma
coisa suntuosa. Quem não conhece nada, diz: “Ah, coisa muito bacana, é muito
legal”. Isso é conversa para boi dormir, rapaz.
Você que é
cristão verdadeiro, verdadeiramente cristão, seja você cristão, evangélico ou
católico sabe muito bem que as pessoas que apoiam esse tipo de partido de
nojeira, de podridão, quando falam das pautas de costumes, você quer, “não, mas
tudo bem, eles são bons”. Bons uma porcaria, são enganadores, são vagabundos,
essa é a verdade.
E ainda pega um
canalha que se diz pastor e quer colocar esse tipo de coisa e dizer para eles
assim: “Não assumam as pautas de costume, não toquem nisso, não vamos tocar
nisso, porque o povo vai despertar e vai entender que nós somos, realmente,
contra o povo cristão, o povo evangélico, o povo católico”. Então, gente, por
favor, vamos acordar.
Outra coisa que
eu queria pontuar hoje é sobre as pesquisas. Eu acho que eu devo estar no país
das maravilhas ou eu sou muito doido, deputado Gil Diniz. Nós estamos aí com
camarada que tem 500% de aprovação – “não, ele tem 500% de aprovação”.
Aí o cara vai e
troca o marqueteiro de campanha dele. Já viu em time que se ganha mexer, Major
Mecca? Está ganhando, não se mexe. Concorda comigo? Em time que ganha não se
mexe.
Aí o cara está
com 500% de vantagem, na frente de todo mundo, do presidente Bolsonaro, aí ele
troca o marqueteiro, deputada Janaina - “Vamos trocar”. Trocar por que, porque
está ganhando? Sai na rua, meio gato pingado, faz uma “bicicletiata” que eu
nunca vi, uma verdadeira vergonha, aí vão falar do presidente Bolsonaro.
O camarada vai
à cidade de Exu. Conhece a cidade de Exu? Lá no interiorzinho de Pernambuco,
minha terra. Rapaz, se Bolsonaro aparecer três horas da manhã, da madrugada,
sem ninguém avisar, na cidade de Exu, vai ter uma multidão lá - “Mito, mito!”
Nunca vi um
negócio desses. Só quem é muito doido que não dá para enxergar. Ou eu sou
burro, ou eu sou doido para não entender a força que o presidente tem, e esse
pessoal do PT achando que todo mundo é idiota.
“Mas está nas
pesquisas, está maravilhoso, a coisa está muito boa. É primeiro lugar. Como
assim? Sinceramente, gente, vamos tratar o povo brasileiro com mais respeito.
Nem todo mundo
é idiota, como um dia já foi, infelizmente. Muitos já votaram no PT, porque eu
não conhecia essas garras que o PT tinha, mas hoje, com todas as pautas de
costume, com toda a canalhice, com todo o roubo já provado com o BNDES, Banco
do Brasil, Caixa Econômica, Petrobras, todos os diretores presos, e ainda tem
gente que não enxerga? Pelo amor de Deus!
Pode ser que
alguém não queira enxergar, mas é isso aqui, porque a grande maioria é
conservadora e está com o presidente Jair Messias Bolsonaro.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Muito
obrigado, nobre deputado Altair Moraes. Convido para fazer uso da tribuna o
nobre deputado Major Mecca. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. MAJOR MECCA - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,
senhores que estão nos acompanhando, que estão presentes na galeria e os que
nos acompanham pela rede social e pela TV Alesp.
Eu venho pela
milésima vez e voltarei quantas vezes forem necessárias para denunciar o
descaso do governo do PSDB e da esquerda, que caminha ao lado do PSDB no estado
de São Paulo. Na verdade, por todo o Brasil, mas aqui no estado de São Paulo a
coisa é calamitosa.
Na data de
ontem enterraram-se mais dois policiais militares, cabo Medrado e tenente
Diniz. Quando nós falamos aqui que a falta de política pública do PSDB está
matando os nossos policiais, o alto comando da Polícia, o secretário de
Segurança Pública, o Governo do Estado faz que não está ouvindo, finge que nada
está acontecendo, e o povo pagando com a sua vida nas mãos de bandidos.
Só agora, em
2022, na Polícia Militar, são 241 policiais militares que pediram licença sem
vencimento, 266 policiais militares que pediram exoneração, 16 policiais
militares que praticaram suicídio, e sete que foram assassinados.
Quinhentos e
trinta policiais militares a menos, no estado de São Paulo, de janeiro para cá.
O último batalhão que eu comandei tinha 338 policiais militares. Praticamente
dois batalhões da PM a menos, por conta do descaso desse governo do PSDB, do
senhor Rodrigo Garcia, do senhor Agripino Doria, do senhor Geraldo Alckmin, de
todo o PT, que engana o povo do estado de São Paulo.
Será que é essa
a política que nós queremos que continue no estado de São Paulo, que continue
no Brasil? Mentiras, desvios de dinheiro público, o povo perdendo o emprego.
Olha aqui na
galeria: funcionários públicos que perderam o seu emprego para um projeto do
governo que foi votado nesse plenário. Os senhores devem ter a votação, para
ver quem foram os deputados que votaram contra a população.
Quem foram os
deputados que votaram a favor de aumento de impostos? Quem são os deputados que
estão obstruindo o PDL 22, para que seja votado aqui, para que o deputado
mostre a sua cara? Do lado de quem ele está? Do povo, ou desses políticos
inescrupulosos que estão no governo? Do lado de quem que esses políticos estão?
Quando nós
falamos aqui, que o Governo do Estado de São Paulo está matando policiais, está
matando cidadãos de bem, que estão indo para debaixo da terra, ou estão
morrendo de fome, é porque nós conhecemos essa realidade pela constatação. Está
aí. É essa a política que os senhores querem, da hipocrisia, da roubalheira, do
político que se sustenta, neste plenário, por conta de cargos, de favorecimento
em emendas parlamentares voluntárias, para levar dinheiro para os seus
municípios?
Porque o
dinheiro do Orçamento, que nós votamos aqui, não chegou lá. Onde foi parar esse
dinheiro? Aí está lá, fazendo média com o povo, porque comprou um tomógrafo
para o hospital. E cadê o dinheiro do Orçamento, que não chegou lá no
município, para a compra desse tomógrafo?
Ou seja: a
enganação ao povo continua nesse Estado. Nós não podemos permitir que esse
estado de coisas continue no nosso Estado. Nós temos que mudar isso. Está em
nossas mãos, agora, nas eleições de 2022.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre
deputado Major Mecca. Encerrado o Pequeno Expediente, abro na sequência o nosso
Grande Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
*
* *
Convido a fazer uso da tribuna a nobre
deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Nobre deputada Janaina Paschoal. Vossa
Excelência tem o tempo regimental de 10 minutos.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Meu Deus, só eu tomo choque aqui? Que coisa incrível!
Sr. Presidente, eu queria falar de um tema que está atemorizando - acho que
essa é a palavra correta - a população que reside e trabalha no centro da
capital de São Paulo.
É um tema que
eu conheço bem, não só porque me dedico a ele, agora que estou deputada
estadual, mas porque me dediquei a ele a vida inteira. Seja na condição de
professora de Direito Penal, seja na condição de presidente do Conselho de
Entorpecentes.
É a questão da
drogadição, da ligação entre a drogadição, da ligação entre a drogadição,
muitas vezes, e o crime; a instrumentalização das pessoas que são dependentes
químicas; e as consequências que são trazidas para as suas próprias famílias,
para estas próprias pessoas e também para a sociedade.
Eu venho
acompanhando aqui, mediante o meu mandato, a situação da Cracolândia, que vem
piorando com o passar do tempo. Muitas vezes, quando eu me manifesto sobre esse
tema, quem é de fora de São Paulo acha que eu estou exagerando.
Mas eu recebo
muita gente dos outros estados, porque foram pessoas que acompanharam o
processo de impeachment, torceram, oraram; e quando elas vêm para São Paulo,
elas vêm me visitar.
E aí, quando
elas chegam aqui ao gabinete, elas dizem: “doutora, quando a senhora falava, eu
achava que a senhora estava exagerando, mas eu fui visitar o centro, eu me
assustei.
Eu fui tentar
participar ali de um evento na Sala São Paulo, eu não acreditei que na capital
mais rica da América Latina, num centro cultural, uma referência para o país,
as pessoas não consigam andar, as pessoas não consigam...”. Então, há muito
tempo eu me dedico a esse tema.
Eu tenho
trabalhado não só pelos usuários e dependentes que estão ali na Cracolândia, ao
defender, sim, o tratamento involuntário dessas pessoas. Não é o compulsório,
no sentido de passar um carrinho e carregar as pessoas à força, mas é o
involuntário: fazer o mapeamento de quem são essas pessoas, localizar essas
famílias, verificar de onde vêm essas pessoas.
Muitas vêm de
outras cidades, de outros estados. Muitas vêm das periferias aqui da capital,
têm casas próprias, têm famílias. Isso não é feito. Uma vez identificadas as
famílias, fazer um procedimento para essas pessoas serem tratadas.
Eu defendo isso
em prol dessas pessoas, em prol dessas famílias. Mas eu também preciso defender
- porque quem defende direitos fundamentais defende direitos fundamentais de
todos, não só de alguns - as famílias que moram naquela região.
As famílias que
tentam educar seus filhos, as famílias que não conseguem sair dos prédios em
que residem, porque tem usuário na porta, tem traficante na porta, tem
algazarra na porta, tem ameaça, tem barulho alto a noite inteira.
Eu recebi
delegações, aqui, de moradores da região da Cracolândia, de pessoas que têm os
seus estabelecimentos, que trabalham em pequenos estabelecimentos naquela
região; pessoas que têm medo de ir para o trabalho.
Para quem está
nos acompanhando ter ideia da gravidade da situação, o Hospital Pérola Byington
está sendo modificado: vai sair da Brigadeiro, que também é região central, e
vai passar para o coração da Cracolândia. Os funcionários estão com medo, os
pacientes, sobretudo mulheres. As pacientes e suas famílias estão com medo de
ir para aquela região.
Por quê? Porque
sabem do risco, sabem que serão abordadas, que serão vítimas de furtos, de
roubos, quiçá de latrocínios. Porque se trata de pessoas completamente
dominadas pela droga, instrumento dos traficantes, que, numa situação, para
conseguir um celular, para conseguir uma carteira, para conseguir um passe de
ônibus para trocar por droga, fazem qualquer coisa.
Então, eu venho
aqui publicamente, apesar de toda a pressão que eu sofro, dizer que eu
reconheço os direitos dos moradores e trabalhadores daquela área.
Teve uma
audiência pública aqui nesta Casa, presidida por um colega do PT em conjunto
com uma vereadora do PSOL. Eu fiz questão de participar, porque entendo que o
olhar divergente enriquece qualquer debate.
E um morador
daquela região heroicamente pediu a palavra. E relatou que muitas vezes os
dependentes químicos escalam os portões, intimidam as crianças que ali residem,
que não conseguem... e têm medo de ir para a escola.
E a vereadora
que estava presidindo pegou a palavra e falou: “o senhor tem razão, é uma
violência o que acontece naquela região: a violência da polícia contra os
dependentes químicos”.
Aí, com a graça
de Deus, eu estava na audiência e falei: “Sra. Presidente, com todo o respeito, não foi isso que ele falou.
Ele falou da violência dos dependentes contra os moradores.”
Ou esses
moradores não são cidadãos? Ou esses moradores não têm direitos fundamentais?
Eles pagam impostos, eles trabalham, eles têm seus filhos nas escolas públicas,
eles têm medo das suas filhas adolescentes voltando sozinhas serem vítimas de
um crime sexual.
Então, nós
temos que parar com hipocrisia, e nós temos que começar a falar claramente
sobre o que acontece no centro de São Paulo, porque as várias operações de
pirotecnia, e eu não estou aqui falando mal da Polícia, muito pelo contrário...
Mas essas várias operações de pirotecnia não estão solucionando o problema,
porque os formadores de opinião, apesar de todo o dinheiro que a Prefeitura, o
Estado e a União gastam para fins de tratamento, são contrários a tratar.
Quando algum
gestor ousa falar em tratamento involuntário, ousa colocar assistente social
para levar aquelas pessoas - que é o que as suas famílias querem - para
equipamentos de Saúde, alguém aciona o Ministério Público, quando não o próprio
Ministério Público. O Ministério Público precisa assumir. Por força de uma ação
que prevaleceu por anos, a Polícia Militar foi impedida de entrar naquela região.
Será que os
pagadores de impostos sabem que foi uma determinação judicial, para que a
prefeitura leve alimentação diária para os usuários no lugar onde eles compram
e usam drogas?
Eu desafio
qualquer médico que trate drogadição a vir aqui dizer se ele orienta uma
família a levar comida para o seu filho onde ele está comprando e usando a
droga. Toda a dinâmica é tirar a pessoa daquele ambiente.
Então, a
verdade é uma só. Não querem resolver a Cracolândia, não querem os moradores,
com essa operação que houve... Eu não estou dizendo que a Polícia não deva
prender, que a polícia não deva agir, muito pelo contrário, mas, com essa
operação que houve, espalharam os dependentes que estavam primeiro concentrados
ali na antiga Cracolândia, e depois na Praça Princesa Isabel, para outras ruas,
e os moradores, que estão aterrorizados, ligam para a Polícia, e ninguém manda
viatura.
Por quê? Porque
não podem fazer nada, porque o direito daqueles dependentes e dos traficantes é
maior do que o direitos das pessoas que moram ali, das crianças que moram ali.
Nós vamos ter
que sentar em torno de uma mesa, com pessoas dispostas e capazes de olhar para
os direitos dos policiais, os direitos dos guardas municipais, os direitos dos
funcionários da Saúde, os direitos dos dependentes, de seus familiares e,
principalmente, o direito de quem mora ali, que está refém, que está preso na
sua própria casa.
No ano passado,
eu fui falar com o secretário de Habitação, com o secretário da Segurança
estadual, municipal, secretário de Saúde, secretário de Educação, para tentar
solucionar pelo menos a situação das crianças que moram ali, que têm que ir...
Acreditem, colegas, elas vão correndo para a escola, porque têm medo. Como não
têm condição de ter uma perua, de ter alguém, elas vão correndo.
Alguém já foi
passear ali? É um filme de zumbi. É um filme de zumbi, e as crianças têm que
conviver com aquilo. A imprensa é contra a Cracolândia? Oficie a Prefeitura,
para saber o tanto de dinheiro que as ONGs que querem manter a Cracolândia ali,
o “Defende Craco”, “Mantenha o Craco”, sei lá o nome. Quanto é que ganha de
dinheiro? Quem paga? Quem financia, para entrar não sei quantas ações para não
tratar ninguém?
Chame a mãe do
craqueiro, para perguntar se ela quer que trate ou se ela quer que deixe na
sarjeta. Nós precisamos ter honestidade para enfrentar esse problema que, ouso
dizer, é um dos maiores neste País. E tende a aumentar.
Obrigada, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado,
nobre deputada Janaina Paschoal, já a convido a assumir os trabalhos aqui no
Grande Expediente.
Com a palavra a nobre deputada Damaris
Moura. (Pausa.) Nobre deputado Sebastião Santos. Vossa Excelência tem o tempo
regimental.
O
SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Sras. Deputadas,
Srs. Deputados, queria aqui fazer uma prestação de contas do nosso mandato.
As pessoas,
quando vão na minha página do Facebook, elas têm lá uma página de prestação de
contas e o primeiro item que a pessoa encontra lá: Deputado Estadual Sebastião
Santos e o meu WhatsApp. Por que isso?
Para que a
gente possa dialogar, possa mostrar para a população do estado de São Paulo...
Quero agradecer aos 509 municípios do estado de São Paulo que, pela segunda
vez, em uma segunda eleição, nós conseguimos ter a votação em 509 municípios.
É uma
responsabilidade muito grande e, com isso, procuramos deixar a público todas as
ações que foram feitas pelo estado de São Paulo, os atendimentos que realizamos
aqui nesta Casa nas audiências públicas, nas ações do governo, em muitos locais
do nosso estado.
Não importa se
é em Rosana ou se é lá em Borá, se é aqui em Rio Grande da Serra,
Paranapiacaba, não importa aonde, leste, oeste, norte e sul, temos o que falar
de ações realizadas em prol da população do estado de São Paulo.
Quando vou a
Barretos, temos ações ali. E aí eu tenho que agradecer ao Daesp, que pega um
aeroporto que tinha parte da sua pista com documentações ainda de uma pessoa
particular, de um sítio, o pedaço de um sítio da pessoa passava no meio da
pista do aeroporto, usada há anos.
E, quando
conseguimos trazer do município o aeroporto para o estado, o estado investe
oito milhões, reforma toda a pista do aeroporto, coloca os equipamentos,
reforma toda a sala ali para as pessoas utilizarem o aeroporto.
E, além disso,
conseguimos também convencer, com uma lei aprovada nesta Casa de apoio ao
combustível da aviação... E, para fazer um trabalho na questão do turismo,
conseguimos colocar uma linha regular. Uma linha regular que operou por anos
até a pandemia Barretos-Congonhas, Congonhas-Barretos.
Isso faz com
que o Brasil inteiro se ligue a uma ferramenta por meio da qual eu posso trazer
uma pessoa que está com câncer lá do Amazonas, vindo a Congonhas e de Congonhas
vai a Barretos fazer o seu tratamento, assim interligando vários pontos do
Estado.
Temos obras
pelo Estado inteiro ligadas à questão do esporte. O esporte que ajuda na Saúde,
que ajuda, como a deputada estava falando aqui, a ressocializar jovens que
estão no vício e que passam a ter uma outra opção, um apoio de um mestre, de
uma arte marcial, que leva a ele uma outra forma de vida.
E nós apoiamos
o esporte no estado de São Paulo. Em vários municípios conseguimos levar a
“areninha”, um equipamento muito bem planejado que hoje nós vemos os jovens
utilizarem, desde manhã até quase a madrugada, quando se desligam as luzes, um
equipamento diferenciado, uma quadra de society, uma quadra de basquete 3x3,
com iluminação de LED.
Futuramente,
não só terá iluminação de LED, mas terá placas fotovoltaicas para ter custo
zero também na questão da energia. A grama sintética, campos sintéticos,
academias ao ar livre em bairros, pistas de skate.
Nós tivemos uma
medalhista, uma skatista que honra o nosso país mostrando que o skate não é
aquele local apenas onde ficava no passado só o traficante, onde ficava o uso
de drogas, a venda de drogas. Não. Hoje o skatista é reconhecido.
Eu conheço
muitos jovens... fui a Jaboticabal, como também a Sertãozinho, Taquaritinga,
inaugurar algumas pistas de skate onde pude conviver com crianças de quatro,
cinco anos, usando um skate. E felizes. E também pessoas formadas, com nome
reconhecido nacionalmente e até mundialmente, que estavam lá dando aula e
praticando skate. Nós temos a preocupação de ter o centro de formação de várias
especialidades para poder formar jovens para o esporte.
Muitas cidades,
como Guaimbê, enviamos para lá 500 mil reais. Realizou-se uma obra que estava
ali e era sonho da população de revitalizar várias ruas. Com o valor de 500 mil
reais, deu para revitalizar muitas ruas, onde os carros precisavam passar a 20
quilômetros por hora porque não tinham como se locomover com uma velocidade
maior.
Também Euclides
da Cunha. Fizemos a principal via de Euclides da Cunha, que pega do início da
rotatória e vai até a prainha, obra essa que aconteceu depois de 22 anos.
Posso dizer de
Barretos também, a Avenida 25, que se tornou uma entrada da cidade, que chega à
Santa Casa, que chega ao centro da cidade. As pessoas estavam esperando a
retirada daqueles intertravados todos em desnível, não tinha uma galeria de
esgoto, não tinha água pluvial, não tinha nada.
Nós enviamos
para lá 700 mil reais. Depois de 40 anos, a população hoje tem dignidade. Obras
do estado de São Paulo, obras que realizamos nos loteamentos que estão sendo
regularizados pelo “Cidade Legal”, mas em que os municípios não podem aportar
recursos.
E aí entramos
para fazer o asfalto, a galeria, a rede de água, a rede de esgoto, guia e
sarjeta, para pessoas que foram, muitas vezes, enganadas por um loteador que
vendeu para elas um terreno em local irregular e que hoje está tendo dignidade.
Temos
trabalhado junto com as pessoas, lutando para que se reformem creches, se
reformem UBSs, levem o mínimo de equipamentos, como as ambulâncias que
entregamos agora. Foram 29 ambulâncias, isso colocando também um equipamento de
resgate para o Corpo de Bombeiros, um equipamento de transporte para as pessoas
que fazem hemodiálise, com as vans que, aí fora, na praça, custam mais de 300
mil reais e que o Governo do Estado conseguiu tirar o imposto do estado e pagar
150 mil no equipamento.
Então, tudo
isso que estamos fazendo em prol da população do estado de São Paulo, que nos
deu 75 mil votos, é para mostrar não só a prestação de contas dia a dia mas a
responsabilidade que temos de levar políticas públicas, levar condições do Governo
do Estado aos municípios, tantos aos pequenos como Borá, que é o menor, mas
aqui ao município de São Paulo, que é o maior.
É por isso que
não deixamos de viajar, todos os dias que possível estar debatendo com a
população e recebendo as orientações, como hoje pela manhã nós estávamos com os
ciclistas aqui nesta Casa, numa reunião da Frente Parlamentar em Defesa da
Mobilidade Cicloviária.
E um dos debate
é o seguinte: o direito de ir e vir está na Constituição, mas eu não posso
pegar minha bicicleta e ir daqui até Santos porque eu sou barrado, porque ela
tem um pedágio, mas aqui a Constituição não me fala que lá o pedágio pode excluir
o direito que é colocado na Carta Magna; mas eles o fazem. Então, Sra.
Presidente, muitas coisas nós estamos precisando mudar.
É como a
senhora falou, o direito de todos tem que ser igual, mas nosso Estado precisa
ter um olhar muito maior para toda a população. Não importa se o município tem
800 habitantes como Borá, ou como São Paulo, ou como Campinas, Jundiaí,
Guarulhos; não importa.
O que importa é
que o estado de São Paulo venha a fazer o melhor por esta população que aqui
está pagando imposto, que aqui está contribuindo para o crescimento desta
locomotiva, que mantém 16 estados da Federação com recursos que saem daqui das
empresas que estão gerando emprego aqui, mas gerando emprego lá também.
Obrigado, Sra.
Presidente.
*
* *
- Assume a Presidência a Sra. Janaina
Paschoal.
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. E eu quero anunciar aqui de forma muito entusiasmada
a honrosa presença do Exmo. Sr. Embaixador Dr. Luis María Kreckler, que também
é cônsul-geral da República da Argentina. Sinta-se acolhido aqui na nossa Casa,
que também é vossa. Obrigada.
Seguindo aqui com a leitura da lista
dos oradores inscritos no Grande Expediente, chamo à tribuna o nobre deputado
Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.) Deputado Luiz
Fernando. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo, que está aqui recebendo nossos
convidados. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni.
(Pausa.)
Deputado Delegado Olim. (Pausa.)
Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado
Emidio de Souza. (Pausa.) Deputado Castello Branco, que por permuta cede seu
tempo ao deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem o prazo regimental de dez
minutos.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, nobre deputada Janaina Paschoal. Cumprimento
aqui os deputados, cumprimento o cônsul-geral da Argentina que estava aqui
presente.
Deputada
Janaina, subo aqui à tribuna novamente apelando aos nossos pares que estejam
presentes agora na sessão extraordinária a realizar-se nesta tarde, onde vai
ser pautado, deputada Adriana Borgo, o projeto que visa à cassação do deputado
Arthur do Val.
Nosso quórum
por enquanto está com 44 deputados que assinaram a lista. Ou seja, nós ainda
não temos, deputada Janaina, nem 48 Sras. Deputadas e Srs. Deputados que
assinaram a lista.
Imaginem só,
nós precisamos de 48 votos “sim” para ter o mandato do deputado Arthur do Val
cassado, deputado Enio Tatto. Então faço esse apelo aqui - 45 com o deputado
Enio Tatto aqui. Já agradeço aqui a assinatura, o quórum do deputado Enio
Tatto. Então faço mais uma vez esse apelo.
Não vou me
prolongar muito aqui na tribuna, mas só para repercutir um pouco do que
aconteceu na semana passada na Academia Militar do Barro Branco, onde o
presidente Jair Messias Bolsonaro esteve presente na solenidade de entrega de
espadins aos jovens que adentraram ali os portões da Academia e farão do
serviço policial militar um sacerdócio, Borgo, e vão nos próximos anos ser os
novos oficiais da nossa Polícia Militar.
Eu espero que
esses jovens idealistas pensem na tropa, pensem principalmente nas praças, nos
soldados, nos cabos, nos sargentos, nos suboficiais. E peço também aos oficiais
que estão hoje na nossa Força Pública que pensem também, mudem o destino da
nossa Polícia Militar.
Presidente, vi
uma fala do ministro - aquele carequinha - Alexandre de Moraes dizendo que a
internet deu voz a muitos imbecis. Preciso concordar com ele. Conheci muitos
julgamentos daquela corte via internet, deputado Enio Tatto. Não os conhecia.
Fiquei sabendo inclusive de várias posições políticas, vindo as suas posições
da internet.
Parece que
aqueles togados juízes supremos não gostam de povo porque foi justamente a
internet, as redes sociais Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp que deram voz
à população comum, ao cidadão comum, que só pensa em trabalhar, levar o
alimento para a sua família e buscar aí a sua felicidade.
Mas parece que
esses juízes não gostam de povo e deixam o seu preconceito, fazem aí a publicidade
desse seu preconceito quando dizem justamente frases como essa, de que a
internet deu voz a muitos imbecis.
Presidente,
para fazer coro ao presidente Jair Messias Bolsonaro ontem, na Apas - nós
estivemos lá nessa feira dos supermercados - em que falou, entre outras coisas,
da questão dos combustíveis.
O governo
Bolsonaro, o presidente Bolsonaro zerou o imposto federal, por exemplo, no óleo
diesel. Aqui em São Paulo a alíquota de ICMS é mais de 13%; do etanol e da
gasolina, 25%; ou seja, você que está em casa, a cada mil reais que você gasta
de gasolina e de etanol, 250 reais vão para o cofre do governo estadual.
O governo
estadual é o maior sócio que um posto de gasolina poderia ter, Borgo. Então a
gente precisa repensar isso porque toda vez que aumenta na refinaria um litro
de etanol ou um litro de gasolina, o governo arrecada mais.
Há uma decisão
do ministro André Mendonça de congelar ali a tabela dos combustíveis. Eu já vi
que vários governadores disseram que vão recorrer. Então faço esse apelo aqui
aos governadores, ao Parlamento também. Nós podemos ao menos repercutir essas
questões. Eu sei que há o Confaz, eu sei que a decisão é do Executivo nessas
questões, foram eleitos para isso.
Mas não é
possível nesse momento de crise, crise mundial pós uma doença como essa,
Covid-19, uma guerra na Ucrânia, entre Rússia e Ucrânia, nós só pensarmos em
arrecadação. Então 25% é mais do que um imposto, senhores. Vinte e cinco por
cento de imposto ali no combustível, na gasolina, no etanol é extorsão.
Então o povo de
São Paulo tem sido extorquido aí pelo estado, por esse ente que não está
produzindo absolutamente nada, e ali na bomba de combustível é o maior sócio, é
quem consegue arrancar 25% daquele valor ali e, consequentemente, arrecada
ainda mais. E nós estamos num ano eleitoral onde vamos decidir o destino do
nosso estado, o destino do nosso País.
Vêm lá vários
governadores fazer aí as benesses, entregar veículo, deputado Giannazi, mandar
milhões e milhões para as prefeituras, acreditando que isso vai reverter em
votos. Mas estão fazendo isso ao suor, ao sangue do povo brasileiro. Vejam vocês
aqui essa questão do PDL nº 22, que tem nosso apoio, Giannazi, desde o início.
O governo, mais
uma vez com sua sanha arrecadatória, não pensando em absolutamente ninguém, não
pensa naquele idoso, naquele servidor público que deu a sua vida trabalhando no
serviço público e agora também é extorquido pelo estado. Então a gente precisa
repensar essa questão arrecadatória, que já passou de qualquer limite.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Recebo a informação de que a ex-embaixatriz da
Ucrânia também já está aqui na Casa para acompanhar a nossa sessão
extraordinária. Sigo aqui com a lista dos oradores inscritos chamando à tribuna
o nobre deputado Edmir Chedid. (Pausa.), Coronel Nishikawa. (Pausa.) Itamar
Borges. (Pausa.) Coronel Telhada. (Pausa.) Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Conte
Lopes. (Pausa.) Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Enio Tatto, que tem o
prazo regimental de dez minutos.
O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Sr. Presidente, deputada Janaina, Sras. Deputadas,
Srs. Deputados e público que nos assiste pela TV Alesp e pelas redes sociais.
Lamento também, como fez o deputado Carlos Giannazi, no dia de hoje, sobre a
reunião da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Assembleia
Legislativa, que mais uma vez não deu quórum.
Os aposentados e pensionistas do estado de São Paulo, todos com uma
expectativa enorme para que a gente pudesse votar o PDL 22, do deputado Carlos
Giannazi, para tentar revogar o maldito decreto do Doria/Rodrigo Garcia, que
confiscou os rendimentos de aposentados e pensionistas do estado de São Paulo.
É uma crueldade enorme. E mais uma vez não deu quórum. A gente percebe
os deputados que estavam lá: deputado Olim, deputado Caio França, deputado
Gilmaci, este deputado, Enio Tatto.
Eram esses, não é deputado Carlos Giannazi? E a Dra. Damaris estava
presente, mas a gente percebe que há toda uma manobra do governo do estado de
São Paulo e não sei mais quem, que quando um vai o outro falta. Então sempre
falta um deputado, e esse deputado é sempre da base do governo.
Mas não é só a Comissão de Finanças e Orçamento. A Casa está parada; as
principais comissões desta Casa não se reúnem há três, quatro meses, cinco
meses. Para você ter uma ideia, o desastre na linha do Metrô, na marginal
Tietê, teve diversos requerimentos convocando o secretário de Transporte e
diretores do Metrô.
Já se passaram três meses desse acidente, e não se consegue ouvi-los. E
o papel de fiscalizador da Assembleia Legislativa, do deputado? A gente fica
sem poder trabalhar, sem ouvir essas pessoas sobre as responsabilidades.
A Comissão de Saúde, eu mesmo tenho projeto lá, que está parado, que não
se vota, não se reúne, não dá quórum. A convocação de secretários, de
diretores, de presidentes de estatais, tudo parado. Por quê? Porque a Casa está
exatamente parada, paralisada. Eu não sei até quando vai dessa forma, com a
conivência da base governista desta Casa, e não se faz nada.
Então, está muito difícil de a gente exercer o papel de parlamentar
preocupado com a população, com as necessidades do povo. A gente quer ouvir o
secretário da Saúde, a gente quer ouvir o secretário de Transportes, pois tem
problemas todos os dias com o Metrô, com a CPTM, com a EMTU. A gente não
consegue convocar, porque há boicote.
A orientação do governo do estado de São Paulo é a seguinte: não vamos
deixar a Assembleia funcionar porque se o secretário for lá, se um diretor ou
presidente de estatal for lá, vai dar problema, vai repercutir. E os problemas
são diários, a todo instante, que são pauta de jornal, de redes sociais, de
televisão todos os dias.
Se você pegar o transporte, todos os dias é pauta do noticiário aqui no
estado de São Paulo, em função da ineficiência, dos problemas. Na área da
Saúde, então, os hospitais fechados, os prontos-socorros fechados, faltam
médico, profissionais da Saúde trabalhando sem condições.
É um colapso. Faltam remédios em todos os lugares, tanto no estado de
São Paulo como na prefeitura de São Paulo. Está muito difícil para a gente
trabalhar aqui na Assembleia Legislativa.
Mas eu desci aqui na tribuna, Sra. Presidente, porque ouvi o discurso, a
fala do deputado Altair, do Republicanos. Deputados que a gente tem um respeito
enorme, deputados trabalhadores, exercem seu mandato, mas quando chega a um ano
eleitoral a narrativa dos fatos acontece de uma forma que as pessoas imaginam
que a população, os eleitores são bobos, são retardados. O deputado aqui se
referia aos governos do PT, as pautas da esquerda, principalmente do PT.
Eu queria dizer ao deputado Altair, com todo respeito, que o PT está fazendo
42 anos de existência. Nós somos fundadores do PT; nós colocamos, mais uma vez,
o nome de Lula no meio dos nossos nomes. Nós estamos orgulhosos de sermos do
PT, de termos como líder o presidente Lula.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.
* * *
Tudo o que a gente defende está no estatuto do partido, está nos
programas do PT em cada eleição. A gente não esconde nada, nada, nada. A
população já sabe todos os temas, a população já sabe o que o PT pensa em todos
os aspectos porque a gente não esconde nada e a gente não é hipócrita. Está
aberto, a gente coloca claramente nos programas e, principalmente, na prática,
quando a governa.
Nos quatro governos presidenciais que nós tivemos, nos governos dos
estados, nas muitas prefeituras, fomos governo três vezes na prefeitura de São
Paulo, a população sabe muito bem como governamos.
A população não tem medo dos governos do PT porque já conhece e cada
governo do PT deixa uma marca positiva para a população. Isso a gente fala com
muita tranquilidade.
Tem aqueles que discordam, que divergem, que criticam, é normal. Nós
vivemos em um Estado democrático e nós defendemos a democracia. A gente não
precisa se esquivar de nada.
Aí eu diria, me relacionando ao deputado Altair, do Republicanos, que é
tão verdade que nos quatro governos do PT, os dois do Lula e um governo e meio
da presidenta Dilma, o Republicanos, da Igreja Universal, e seus os deputados,
participaram dos governos do PT, de todos.
Portanto, eles conhecem muito bem a forma do PT governar. E eles
ajudaram, inclusive, a governar e a conquistar grandes avanços na administração
do País, nas prefeituras, nos governos estaduais. Marcas enormes. Por quê?
Porque fizeram parte do governo.
Aqui em São Paulo, deputado Gil Diniz, nós tivemos o governo da
Erundina, não existia ainda o Republicanos, mas tivemos o governo do Haddad e
da Marta, e esse partido participou das duas administrações, ocupando cargos
importantes e nos ajudaram a fazer as duas melhores administrações do município
de São Paulo.
Portanto, é hipocrisia criticar governos do PT, porque eles fizeram
parte, nos ajudaram a governar e contribuíram com os nossos governos. O
problema agora, que é claro, é o seguinte: existe o Bolsonaro de um lado, e o
Republicanos faz parte do centrão e apoia o Bolsonaro, e tem o Lula do outro
lado.
Está polarizado, mas não adianta chegar no microfone e imaginar que a
população vai entender a fala deles, vai mudar de voto, vai deixar de votar no
PT, no Lula, por conta de um discurso que não é verdadeiro.
Se tem todos esses problemas no PT por que eles fizeram parte dos nossos
governos? E, olha, tenho certeza de que se o Lula ganhar provavelmente farão
parte do governo porque o Lula quer o bem do País, quer governar para melhorar
a vida do povo.
Hoje chegamos à conclusão de que nós temos que unir todos os setores
democráticos deste País para a gente derrotar o bolsonarismo. É um governo de
destruição, que ataca as instituições. O Bolsonaro, deputado Barba - é uma
verdade - ele perdeu a credibilidade. Não tem governo no Brasil.
Antigamente, quando o presidente falava alguma coisa absurda, a Bolsa
caía, o dólar subia. O pessoal do mercado está ignorando o governo Bolsonaro.
Ninguém mais acredita, ninguém mais liga para aquilo que ele fala.
Na verdade, está todo mundo esperando chegar dia 02 de outubro e dia 31
de dezembro de ter uma mudança. Porque foi um equívoco da Nação, dos eleitores
do Brasil, de ter o Bolsonaro como presidente da República. Então, é
isso.
Deputado Altair, com muito respeito, não pega esse discurso. Não pega,
porque, pelo que eu me lembre - e eu me lembro muito bem do governo Lula e
Dilma -, vocês fizeram parte do governo. Ajudaram, inclusive, o desenvolvimento
do País, geração de emprego, programas históricos no País.
E aqui na cidade de São Paulo, onde a gente mora, vocês fizeram parte
dos dois governos que foram os melhores de toda a história de São Paulo, que
foi o governo da Marta e foi o governo do Haddad.
Era isso, Sr. Presidente.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
nobre deputada Janaina Paschoal.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Eu gostaria de fazer
uma comunicação, Excelência.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - É regimental.
Antes, porém, convidar o deputado Carlos Giannazi a fazer uso da palavra. Vossa
Excelência tem o tempo regimental, Giannazi. Mas com a palavra, a nobre
deputada Janaina Paschoal.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu
gostaria de cumprimentar e anunciar a presença da excelentíssima senhora,
ex-embaixatriz da Ucrânia, Fabiana Tronenko, que muito nos honra com sua
presença na data de hoje. E anuncio também a presença de sua filha, senhorita
Mariana Tronenko, que é ucraniana.
A embaixatriz é
brasileira, mas sua filha é ucraniana. O esposo da embaixatriz, o pai da
Mariana, que é ucraniana, está na Ucrânia defendendo seu país. Já retornou? Ele
foi, mas já retornou. Então eu gostaria de anunciar a presença de ambas.
Na verdade,
estão aqui como uma forma de serem solidárias, como todos nós, às mulheres
ucranianas, aos refugiados ucranianos, que merecem e têm o maior respeito,
consideração e carinho dos brasileiros, desta Casa, dos deputados,
independentemente de questões ideológicas e partidárias. Sintam-se muito bem
acolhidas aqui.
Obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Minha saudação
à senhora Fabiana Tronenko, ex-embaixatriz da Ucrânia no Brasil, à Mariana
Tronenko também. Esta Casa é de vocês também. Minha solidariedade ao povo
ucraniano. Com a palavra, o nobre deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, quero também saudar a honrosa presença da
ex-embaixadora da Ucrânia aqui, Dra. Fabiana. Seja bem-vinda. Espero que hoje
nós tenhamos uma sessão histórica na Assembleia Legislativa votando
definitivamente a cassação do youtuber Mamãe Falei, que nem deputado ele era,
deputado Enio Tatto. Ele não tinha nenhuma contribuição a dar ao Parlamento
paulista.
Então, hoje a
Assembleia Legislativa pode fazer, de fato, história, expulsando, pedindo a
cassação definitiva do mandato. Ele já renunciou, mas para que haja a cassação
dos seus direitos políticos...
Quero
registrar, Sr. Presidente, a presença dos servidores do sistema prisional aqui,
sempre presentes, incansáveis, aqui no plenário e no acampamento que tem em
frente à Assembleia Legislativa, que já dura mais de um mês.
Um acampamento
importante chamando a atenção da população, dos deputados e também do
governador Rodrigo Doria - Rodrigo Doria, podemos usar. Foi sem querer, mas o
Rodrigo Garcia/João Doria - para aprovação do nosso PDL 22, para aprovação das
PECs 1 e 4, que criam a polícia penal - regulamentam, na verdade - no estado de
São Paulo. Pela chamada imediata dos aprovados nos concursos públicos.
Oito anos de
espera, concurso de 2014. É uma vergonha, isso aí é improbidade administrativa,
crime de responsabilidade o governo não fazer a chamada. Tem concurso de 2017,
2018 e nada de chamar os aprovados. E há vagas, muitas vagas.
O próprio
Tribunal de Contas tem denunciado exaustivamente, apontado isso quando aprova
as contas anualmente dos governadores do PSDB. Então, parabéns pela luta de
vocês, que também é a nossa luta.
E quero, Sr.
Presidente, mais uma vez aqui manifestar a nossa revolta, a nossa insatisfação
com o escárnio que foi hoje, com o escândalo, com a sabotagem do governador
Rodrigo Garcia / João Doria na Comissão de Finanças.
Eu nunca vi uma
sabotagem tão grande em cima de um projeto na Assembleia Legislativa. Desde o
dia 22 de fevereiro, que o Governo tem sabotado. A Comissão de Finanças não se
reúne, por falta de quórum, justamente porque o Governo controla a comissão.
A maioria da
comissão de Finanças é constituída pelos membros, pelos deputados e deputadas
do Governo. Então há uma alternância. Quando um vai, o outro não vai. Eles
combinam, logicamente, e não dão quórum.
Mais uma vez,
hoje, os aposentados e pensionistas do estado de São Paulo foram vítimas dessa
sabotagem, desse boicote da Comissão de Finanças. Agora, eu fico perplexo
porque o PSDB está afundando. O PSDB já era no estado de São Paulo. Está
vivendo o seu ocaso, o seu colapso, o seu fim. Eles estão divididos. O Alckmin
saiu. O Doria está sendo rejeitado por uma boa parte. Não há unidade.
E mais: o PSDB,
mesmo com toda a máquina, com todo o dinheiro, com a caneta na mão, com as
emendas parlamentares, com os cargos, não consegue decolar a candidatura do
Rodrigo Garcia, que é um aliado do Doria. O Doria é um espantalho de votos.
Ninguém quer mais o Doria.
O povo de São
Paulo sabe que Rodrigo Garcia é Doria. Não tem como dissociar, por mais que
eles escondam Doria. Como fez Bruno Covas na campanha municipal: escondeu Doria
o tempo todo. O Doria só apareceu no dia da eleição, após a vitória, que ele
foi lá para fazer o discurso. Mas eles esconderam o Doria.
O Doria é um
espantalho de votos. Não elege para mais nada neste País. E o Rodrigo Garcia
tenta escondê-lo. Mas todos sabem que Rodrigo Garcia é João Doria. É a mesma
coisa, não tem diferença.
O fato é que
esse governo, do Rodrigo Garcia, está sabotando, está boicotando a aprovação do
nosso PDL 22, que acaba, que coloca um fim no confisco, no assalto, no roubo
criminoso das aposentadorias e pensões dos nossos aposentados e pensionistas,
que já contribuíram com o Ipesp, lá atrás, e depois com a São Paulo
Previdência.
Lembro ainda
que há uma dívida histórica do governo estadual com o Ipesp. Quando foi
aprovada a Reforma da Previdência, nós fizemos um amplo debate aqui, em 2007,
aquela famigerada reforma do José Serra, quando nós denunciamos a dívida do
governo com o Ipesp.
Era uma dívida
aproximada, na época, de 100 bilhões de reais, que os governos tinham retirado
do Ipesp, da carteira previdenciária dos servidores públicos do estado de São
Paulo. Então os aposentados e pensionistas são credores, e não devedores. No
entanto, estão sendo confiscados, roubados e assaltados.
O nosso PDL 22,
que já foi aprovado em todas as comissões, já entrou em plenário, ele foi
colocado na pauta de votação, e entrou para votação no dia 16 de dezembro de
2020. O Governo articulou uma emenda de plenário, que foi apresentada pelo
ex-líder do Governo, hoje presidente, Carlão Pignatari.
Ele conseguiu
as 19 assinaturas, 19 cumplices assinaram a emenda de plenário. E o projeto foi
retirado exatamente aqui, do plenário, porque ele seria aprovado. Mesmo os
deputados da base não teriam coragem de votar contra o fim do confisco. Porque
se queimariam. Os aposentados estavam presentes, acompanhando pela TV Alesp,
pelas redes sociais. Então o Governo utilizou esse mecanismo, sabotando a
aprovação do projeto com a emenda.
A emenda foi
sendo obstruída, ao longo do tempo, nas comissões. Mas, com muita pressão dos
próprios aposentados e pensionistas, das entidades representativas do
funcionalismo público, o projeto chegou na última comissão.
O projeto não,
a emenda. Porque o PDL não está mais sendo debatido, porque ele já foi aprovado
nas comissões. É bom que as pessoas entendam isso. Ele já está pronto. Ele só
depende dessa trava, que é a Emenda nº 1. E agora, só falta a Comissão de
Finanças votar.
A emenda é do
ex-líder do governo. O parecer é de uma deputada do Governo - a Damaris Moura,
deputada do PSDB -, favorável, inclusive, à emenda. Agora vem a sabotagem. O
governo está sabotando, olha o que está acontecendo aqui. O governo Rodrigo
Garcia, o PSDB está sabotando a sua própria emenda; a emenda que foi
apresentada pelos tucanos, do governo, está sendo sabotada pelo próprio
governo.
É algo
estranho. Tudo isso para prejudicar os aposentados e pensionistas, para impedir
que os nossos aposentados possam sobreviver com dignidade. Tudo isso para tirar
o remédio dos aposentados, para tirar o tratamento médico dos aposentados,
tirar a comida, a sobrevivência e a dignidade.
Então, cada
deputado que não dá quórum na Comissão de Finanças está conspirando, está sendo
um aliado desse confisco e dessa retirada da dignidade dos aposentados e
pensionistas.
Quero, para
finalizar, dar aqui os nomes. Tem aquela música, deputada Monica, dos Titãs,
“Nome Aos Bois”, lembra? Uma música do grupo Titãs. É um ditado popular.
Então vou aqui
dar os nomes das pessoas que estavam presentes: deputado Enio Tatto, sempre presente,
sempre defendendo publicamente, em todos os momentos, a aprovação do PDL 22; o
deputado Gilmaci Santos, que pautou o projeto, estava presente; o deputado Caio
França; a deputada Damaris dessa vez apareceu no aplicativo; deputado Olim
também.
Estavam
ausentes, não deram presença: o deputado Adalberto Freitas, do PSDB; deputado
Alex de Madureira, do PL; deputado Reinaldo Alguz, da União; deputado Dirceu
Dalben, do Cidadania; e deputado Marcio da Farmácia, do Podemos.
Esses não
estavam presentes e a não presença deles prejudicou, está prejudicando
milhares, mais de 600 mil aposentados e pensionistas que estão sofrendo com
esse confisco, com esse assalto, com esse roubo.
Então, quero
dizer que V. Exas., que estão ajudando o governo nesse confisco, estão
escrevendo o nome de V. Exas. numa perversa história contra aposentados e
pensionistas. E vão afundar junto com esse governo, que está indo para o fundo
do poço, caindo no desfiladeiro e no abismo.
Mas faço um
apelo, Sr. Presidente, para que todos os deputados, na próxima reunião, venham,
deem quórum, liberem o projeto para que ele vá para votação em plenário para a
gente ver a hora da verdade. Na hora em que entrar aqui no plenário, eu quero
ver qual deputado ou deputada vai ter coragem de votar contra os aposentados e
pensionistas.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
nobre deputado Altair Moraes.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Para uma breve
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - É regimental.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Queria parabenizar a embaixatriz da
Ucrânia, que está aqui, a Sra. Fabiana, e sua filha Mariana. Que Deus abençoe
vocês. Me senti envergonhado com tudo o que aconteceu aqui; não coaduno com a
postura daquele canalha que falou de vocês.
Vocês têm todo
o nosso apoio. Muito obrigado pela presença de vocês. Vamos lutar para cassar.
Ele já renunciou, mas para tirar todos os direitos políticos desse canalha,
pelo que ele fez. Não é essa a postura dos homens desta Casa. Mil perdões.
Sr. Presidente,
rapidamente também, queria só dar uma direçãozinha ao nosso amigo Enio Tatto
porque eu acho que ele não ouviu bem o que a gente falou, né. Ele veio falando
de coisas do passado.
Eu acho que,
com todo o respeito que eu tenho ao Enio Tatto, com os seus cabelos brancos,
com um pouquinho mais de idade do que eu, acho que ele não ouviu bem o que a
gente falou.
Nós falamos
exatamente sobre usos e costumes. Um canalha que se diz pastor orientou o
pessoal do PT a não assumir os usos e costumes porque são contra a Bíblia. É
simples; é contra a direção cristã. E se você quiser que eu prove biblicamente,
eu provo. Você falou, Enio Tatto, sobre as diretrizes do PT.
Eu não estou
falando de diretrizes do PT; estou falando de diretrizes religiosas, daqueles
usos e costumes religiosos. Por isso que eu falei com católicos e evangélicos.
Se você quiser entrar nessa pauta comigo, a gente entra; não tem problema.
Então, eu só queria deixar isso bem claro.
E você também
disse, uma vez, que nós do Republicanos e de alguns outros partidos fizemos
parte do PT. É verdade, como uma grande população do Brasil também apoiou o PT.
Mas, depois que
descobriram a canalhice que o PT fez e a roubalheira que teve, deixaram de
apoiar. É só isso. Errar é humano, permanecer no erro é burrice. E uma coisa
que o povo brasileiro não é, é burro.
Obrigado, Sr.
Presidente.
A
SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
nobre deputada Monica Seixas.
A
SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Se não houver
mais inscritos, gostaria de usar a palavra pelo Art. 82, pela liderança do
PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - É regimental.
Encerrado o Grande Expediente. Deputada Monica Seixas, para falar pelo Art. 82.
Cinco minutos, deputada Monica Seixas.
A
SRA. MONICA DA MANTADATA ATIVISTA - PSOL - PELO ART. 82 - Obrigada. Bom,
primeiro eu quero começar saudando a embaixatriz e sua filha por estarem aqui
hoje, e lamentar o motivo de sua vinda. Nós, mulheres brasileiras, sentimos
muito.
Também quero
saudar as mulheres do “Coletivo Juntas”, mulheres feministas que estão aqui na
mesma luta, em solidariedade às mulheres ucranianas, mas também às mulheres
brasileiras, porque, nessa mesma fala, se houve misoginia às mulheres
ucranianas, é importante falar do racismo contra as mulheres brasileiras, porque
ele disse que nós não somos tão bonitas quanto as loiras ucranianas, por conta
da miscigenação de mulheres negras e indígenas aqui no Brasil.
Bom, eu espero
que hoje a Alesp casse o mandato do deputado Arthur Mamãe Falei, que renunciou.
Não vou aqui me solidarizar. Eu acho bem feito a quem votou no MBL esperando
uma renovação política e levou para casa agora um político de carreira, do DEM,
que vai assumir esse mandato, enquanto o Arthur, merecidamente, vai ter o seu
mandato cassado.
Nós estamos
agora com 49 presentes, quórum suficiente, se descerem todos os parlamentares
para votar esse projeto hoje. Espero que todos desçam. E é importante dizer que
aqui nesta Casa nada acontece por acaso.
Tudo acontece a
partir de muitos e muitos e muitos acordos nos bastidores, no Colégio de
Líderes, que deveria ser transmitido publicamente, mas não é, acontece a portas
fechadas.
Então, quem
faltar aqui hoje sabe muito bem o que está fazendo, porque está fazendo, como
assumidamente religiosos como o deputado Altair e o deputado Gil Diniz têm aqui
colocado a cara para defender o Frederico d’Avila, que ofendeu, segundo suas
palavras, parte dos fiéis da Igreja Católica e arcebispos da Igreja.
Bom, se não
vierem é porque estão defendendo, porque o governo não teve vontade de colocar
parlamentar aqui na bancada hoje para votar a cassação. Aí, de nada adianta
manifestar apoio público e não descer aqui para botar a cara para votar hoje.
Bom, outro
assunto que me traz à tribuna hoje é a solidariedade aos trabalhadores do
Imesp. Hoje, a gente ficou sabendo da demissão ilegal e arbitrária, que mais
uma vez nos coloca na diante situação, na prova de que não dá para acreditar em
conto da carochinha do governo Rodrigo Doria - agora eu vou usar, o Giannazi
errou, mas eu acho que a consígnia cai bem -, porque no projeto 529 foi
prometido que as empresas excluídas teriam seus servidores readaptados,
absorvidos pela administração, e eles foram, depois de um amplo projeto de
constrangimento, a fim de uma demissão voluntária, simplesmente demitidos pelo
WhatsApp. Pelo WhatsApp, 260 servidores do Imesp e os artigos da empresa
pública estão sendo colocados em leilão.
A extinção não
é só do serviço. O serviço deixa de existir e todo esse patrimônio do estado de
São Paulo está sendo vendido a preço de banana. Minha solidariedade aos
trabalhadores do Imesp. Contem com o nosso mandato. Vamos lutar ao lado dos
senhores.
Bom, eu queria
fazer aqui o apelo para que a gente consiga colocar parlamentares. Espero que
agora às quatro e meia, quando começa a sessão, os parlamentares que estejam em
seus gabinetes, escutem a população que está acompanhando e saibam que nós
temos número agora de presentes – 49 - o suficiente para votar e cassar.
Se não
aparecerem parlamentares é porque há vontade das bancadas de não colocar
parlamentar aqui. Mas, para além disso, a gente está com outro processo aqui
rolando, entre tantos, que é o do Frederico d’Avila, que chamou parte da Igreja
Católica de vagabundos, pedófilos etc., e anda me preocupando a escalada de
intolerância religiosa aqui nesta tribuna.
Eu tenho ficado
pouco. No início da minha jornada eu ficava mais aqui nesse período de palavra
livre, mas está ficando intragável, tamanho o ódio, apologia à pena de morte,
exibição de cadáveres. O Frederico d’Avila mesmo exibiu cadáveres da Ditadura
aqui nesse período do Pequeno Expediente em outro horário e perseguição às mais
diversas religiosidades.
Se a gente está
discutindo aqui que houve uma ofensa aos católicos, quero dizer, Altair, que
não deve ser tolerado chamar pastores por conta da sua orientação religiosa ou
seu posicionamento político igualmente de vagabundo, como estava acontecendo no
momento em que eu cheguei.
Eu, como
cristã, criada na igreja evangélica - e conheço outros tantos cristãos
progressistas, que acreditam que a verdadeira religiosidade é o amor - quero me
dirigir aos cristãos evangélicos e católicos que assistem essa sessão tão cheia
de ódio cotidianamente.
A religião de
Cristo e os ensinamentos de Cristo nos falam de amor, de cuidado, de afeto, tudo
o que está faltando na política, principalmente na política paulista. Subir
aqui para ficar discriminando fulano e beltrano, que não poderiam existir em
nome do seu dogma já aconteceu anteriormente na Idade Média e eu acho que a
gente não quer repetir.
Então viva a
liberdade religiosa, viva a liberdade de crença, e esta Casa está com um
problema absurdo de falta de decoro e de perseguição aqui no Pequeno
Expediente, o que é grave e tem inibido inclusive a minha presença aqui porque
o despejar do ódio aqui, que não tem nada a ver com o amor da religiosidade de
Cristo, está muito grande.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente, para usar o Art. 82 como vice-líder do PT.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - É regimental.
Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - E gostaria de emendar
mais dois minutos para uma comunicação, Sr. Presidente. Pode ser?
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Tudo bem.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT -
PELO ART. 82 - Sr. Presidente Gil Diniz, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, eu
venho a esta tribuna por alguns motivos. Quero resgatar, presidente, aqui, em
2019, o primeiro projeto encaminhado nesta Casa pelo governador João Doria. Foi
o Projeto 01, lembra disso?
O Projeto 01
tratava de extinção e junção de empresas. Tratava do quê? Da extinção da Dersa,
tratava da extinção da CPOS, tratava da extinção da Imesp, tratava da junção da
Prodesp e da Imesp e tratava da extinção da Codasp.
Esse era o
Projeto 01, que não conseguiram aprovar aqui, foi apresentado em janeiro,
quando o João Doria tomou posse. Venceu a antiga legislatura, entrou na nova e
não conseguiu aprovar. Só conseguiu aprovar em maio, quando apresentou uma
emenda substitutiva, chamada Emenda 18, para substituir o projeto.
O que fazia a
Emenda 18? Separou a Dersa, tirou fora das seis empresas, deixou a Dersa
isolada, juntou a Imesp e a Prodesp, dizendo que se tornariam uma única
empresa. Esse projeto, nós alertamos lá na época que esse projeto era para
fechar empresas e demitir trabalhadores.
Então, esse
projeto demitiu, no PDI, 223 trabalhadores, um projeto de demissão indicada, e
depois demitiu vários trabalhadores, 260 trabalhadores da Imprensa Oficial, da
Imesp. E agora mais ainda, não é?
Eles acabaram
de vez com a Imesp e estão colocando todos os equipamentos gráficos, todas as
máquinas modernas que rodavam não só o jornal da Imprensa Oficial do Estado de
São Paulo, mas rodava vários materiais didáticos, para escolas, materiais
pedagógicos que eram feitos com baixo custo.
E, por incrível
que pareça, agora esse maquinário está todo indo para leilão. Quero parabenizar
o sindicato dos jornalistas, dos gráficos e o sindicato da administração, que
ingressou com uma ação na Justiça para tentar reverter essas demissões que já
foram executadas.
E o incrível é
que, o ano de 2019, foi só projeto aqui de porrada na gente. Foi esse projeto,
o 01, depois veio o projeto dos precatórios, depois veio o projeto da reforma
da Previdência, depois veio o Projeto nº 529, a minirreforma administrativa.
Por que estou dizendo isso? Em função da fala do Altair Moraes.
Não a fala que
ele fez do pastor, porque na do pastor ele fez uma fala e botou uma pessoa
falando do pastor. Ele não apresentou quem é o pastor. Ele não apresentou o
pastor falando. Portanto, não sei nem se aquela matéria é verdadeira ou não.
Era a moça que estava aqui apresentando.
Mas ele fala
assim: “Deputado Carlos Giannazi, vamos estar com você na questão do PDL 22”.
Ele votou a favor da reforma da Previdência, que confiscou... Ele é da base de
apoio do governo do João Doria e do Rodrigo Garcia. Ele continua na base de
apoio.
Então, ele
votou a favor do 01, ajudou a fechar seis empresas, quatro ou cinco empresas do
estado de São Paulo, votou a favor dos precatórios, votou a favor da reforma da
Previdência e votou a favor do 529.
Como é que ele
vai votar a favor do PDL que acaba com o confisco dos aposentados? Vocês acham
que o “Rodrigo Doria” vai deixar? Não vai deixar. Ele tem que cumprir à risca
aquilo que o partido dele acordou, que é base de apoio do governo do João
Doria.
Então, eu
estava no meu gabinete e vi quando ele fez a fala e quando apresentou o vídeo.
Apresentou um vídeo de uma moça falando. Não consegui ver se era um jornal ou
não. Ele fala do pastor. Eu não sei quem é o pastor. Deveria ter dito o nome do
pastor.
Quando eu falo
de alguém aqui, eu digo o nome. Você me conhece, deputado Gil, eu sou assim.
Quando eu falar de alguém, eu digo o nome. E quando eu falar de vídeo, eu boto
o vídeo da pessoa.
Então, eu
queria ver o vídeo do pastor falando. Enquanto ele não apresentar o vídeo, o
que ele falou aqui é mentira. Se apresentar o vídeo, aí é verdade. Apresentar o
vídeo do pastor falando. Toda vez que você falar que alguém está dizendo alguma
coisa, vá e apresente.
Eu, aqui desta
tribuna, nunca fiz denúncia contra nenhum deputado. E olha que deputados são
denunciados nos jornais. Eu nunca fiz isso. Toda vez que surgir uma denúncia
contra um deputado, primeiro vamos aguardar as investigações e o que vai ser
apurado.
Se lá no final
for apurado que realmente ele é culpado, aí vamos fazer ação contra ele, vamos
pedir cassação do mandato, igual estamos pedindo a cassação dos direitos
políticos do Arthur do Val, porque ele já renunciou.
Como ele já
renunciou, não é mais cassar o mandato dele, mas a cassação dos direitos
políticos do Arthur do Val, em função do que ele fez, do que ele disse das
mulheres ucranianas.
Quero aqui
cumprimentar a embaixatriz, que está aqui, ela e sua filha, e dizer da nossa
solidariedade. Pedir desculpas às mulheres ucranianas em função do que aquele
canalha do Arthur do Val fez aqui desta tribuna, fez lá na Ucrânia.
E aqui desta
tribuna ele ofendeu os servidores públicos, inclusive vocês da polícia penal.
Vocês estão lembrados disso. O Jabá se lembra bem. Estávamos com este plenário
lotado aqui na reforma da Previdência quando ele chamou as trabalhadoras -
enfermeiras, professoras, agentes penitenciárias, o pessoal que está defendendo
a polícia penal, médicos, assistentes sociais... Ele os chamou de vagabundos e
vagabundas.
Foi nesse dia
que quase saí na porrada com ele aqui nesta tribuna, em função de ele ter
ofendido o funcionalismo público do estado de São Paulo. Nós não podemos
permitir que um deputado que foi eleito, seja pelo YouTube, pelo voto popular,
que ele aqui da tribuna queira ofender trabalhadores e trabalhadoras.
Naquele dia, o
presidente desta Casa foi muito conivente com ele, porque deveria ter
interrompido o microfone dele e não interrompeu, quando o Arthur estava
ofendendo.
Em outra vez,
ele ofendeu todos os deputados e deputadas, quando também nos chamou de
vagabundos. Eu fiz uma representação contra ele aqui no Conselho de Ética da
Casa, mas também no Ministério Público, porque ele monetizava o cargo de
deputado.
Ele, como
youtuber, monetizava o cargo de deputado. Tem uma ação minha contra ele, eu
como líder da bancada do Partido dos Trabalhadores, lá no Ministério Público do
Estado de São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente, pela compreensão e pela tolerância.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado,
nobre deputado Teonilio Barba.
A
SRA. ADRIANA BORGO - PTC - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Tem a palavra a
deputada Adriana Borgo.
A
SRA. ADRIANA BORGO - PTC - Para falar pelo Art.
82.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - É regimental.
Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo de cinco de minutos.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
deputado Gilmaci Santos.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Enquanto a
deputada se dirige à tribuna o senhor me dá uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - É regimental
uma comunicação.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado. Eu queria aqui, Sr.
Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, em primeiro lugar, saudar aqui a
embaixatriz da Ucrânia e sua filha. Sejam bem-vindas a esta Casa.
É uma alegria,
um prazer. Espero que hoje se concretize este projeto, este processo aqui,
esperando que os deputados desçam realmente para poderem votar e cumprir o que
lhes foi proposto.
Queria só falar
para o Teonilio Barba, um deputado que eu respeito muito, que em relação à fala
do deputado Altair Moraes, eu não vou entrar nessa polêmica, que é a fala dele
e ele assume o que ele fala, mas eu queria falar aqui a respeito do partido,
quando o senhor disse aqui que “o partido é base do governo”.
Fomos sim. Na
eleição do governador João Doria o Republicanos, na época PRB, foi o segundo
partido a assumir a aliança para eleger o então governador João Doria e o vice
Rodrigo Garcia.
Sim, fizemos
isso, permanecemos na base por três anos e três meses. Porém, acho que o senhor
não ouviu que há alguns dias atrás eu subi nesta tribuna e aqui informei a toda
esta Casa e ao presidente que o Republicanos a partir daquele momento não fazia
mais parte da base do governo João Doria e nem do Rodrigo Garcia, que nós
estávamos nos tornando nesta Casa um partido independente.
Não estávamos
caminhando pela fileira da oposição ferrenha nem radical, mas que nós estávamos
ali caminhando independentes a partir daquele momento. Então quando V. Exa.
fala que hoje ainda nós somos base do governo, V. Exa. comete um equívoco, um erro
que talvez não estava informado.
Então estou
informando V. Exa. e todos desta Casa mais uma vez que o Republicanos aqui, com
seus oito deputados nesta Casa, caminha sim de maneira independente em relação
ao governo Rodrigo Garcia. Obrigado, Sr. Presidente.
Obrigado,
senhoras e senhores.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para uma comunicação com anuência da deputada Adriana Borgo?
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Pela ordem. Com
anuência da deputada Adriana Borgo.
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - Mecca, deixe só 30
segundos. Posso?
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Tem anuência da
deputada Adriana Borgo?
O
SR. TEONILIO BARBA LULA - PT - PARA COMUNICAÇÃO -
Gilmaci, peço desculpa porque eu realmente não vi quando você fez essa fala em relação à independência do
Republicanos. Você sabe que se eu tivesse ouvido jamais falaria isso.
Agora, isso não apaga o que foi feito,
porque durante os três anos e três meses que vocês foram base, vocês votaram
todos os projetos aqui a favor do governador, que atacou duramente a classe
trabalhadora. E peço desculpa pessoalmente. Você sabe do respeito que eu tenho
não só por você, mas por todos os partidos nesta Casa, porque democracia se faz
com partidos. Os partidos é que são responsáveis pela democracia.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Com a palavra
para uma comunicação o deputado Major Mecca.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - PARA COMUNICAÇÃO -
Sr. Presidente, gostaria de, em nome
de todos os policiais do estado de São Paulo, de todos os cidadãos de bem,
cumprimentar a Sra. Embaixatriz Fabiana e sua filha.
Sejam muito bem-vindas a esta Casa de
Leis e aqui eu deixo e faço consignar o nosso respeito e a nossa solidariedade
a todas as mulheres ucranianas e a todas as mulheres do nosso País e do nosso
planeta. Que Deus as abençoe e as proteja sempre.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Com a palavra
pelo Art. 82, pela liderança do PTC, a nobre deputada Adriana Borgo.
A
SRA. ADRIANA BORGO - PTC - PELO
ART. 82 - Boa tarde a todos. Sra. Embaixatriz, meus cumprimentos. Obrigado pela
sua presença e tenha o total apoio das mulheres desta Casa. Eu estou vendo aqui
uma polêmica, deputada Janaina: muita gente falando, defendendo as suas
posições religiosas.
E aproveitando
esse ensejo, esse engajamento de falar sobre quem ataca quem, a gente se
esquece às vezes do mentor de tudo, do dono de tudo, o Rei do Universo, que é o
nosso Jesus. E os mandamentos do nosso Jesus são bem claros: lealdade, verdade
e amor.
Como que nós,
parlamentares, conseguimos vir aqui nesta Casa e brincar de fazer política
enquanto policiais injustiçados estão ali em cima brigando por uma PEC que não
só reintegra, mas também faz valer a cessação da injustiça de novos policiais
serem demitidos?
Como que a
gente pode falar de justiça aqui, falar de Deus, falar de amor, falar que é da
bancada evangélica, falar que gosta de servir o povo se faz oito anos que a
Polícia Penal está esperando a convocação e que a sociedade sofre por falta de
profissionais e eles por falta de emprego?
E como que a
gente pode falar de tantas outras coisas quando temos aí o Imesp e tantas
outras autarquias sendo afuniladas, como a Fundação Casa? Como é que a gente
pode falar de verdade se a gente não vive aqui?
Nós somos
eleitos para representar o povo, para fazer valer essas verdades. Muitas vezes,
nós, deputados, fingimos que falamos a verdade, fingimos que estamos fazendo
política.
Mas quando é na
hora de vir aqui para pautar os projetos importantes, que são do interesse do
povo, que não fui eu que inventei, que não foi o Campos Machado, que não foi a
senhora, ou que foi alguém que inventou... Veio do povo, veio da necessidade,
veio da dor. Veio, sim, de lágrimas, veio de lutas, e não é de agora, é de
tempos.
A gente finge
que tem amor, que a gente se importa. Mas na hora de fazer o nosso papel aqui,
a gente é omisso. Então isso não combina com discursos calorosos sobre Deus,
sobre amor, sobre quem está falando sobre o que, se nós não vivemos isso na
prática.
Só que nós,
deputados, que somos eleitos para representar o povo, nós temos uma
responsabilidade com Deus. Um dia nós vamos prestar contas de tudo isso, de
todas as vezes que nós criamos expectativas na população, de todas as vezes que
nós trouxemos eles aqui nessa tribuna, para lutar por direitos, sabendo que
aqui dentro da Casa a maioria não vai estar aqui para apoiar, não vai pôr em
pauta, não vai querer apoiar o projeto e fazer justiça.
Se tem ônus, se
não tem ônus, isso não é problema do deputado. Nosso papel é pôr em pauta e
votar e aprovar. Depois se entendam lá com o governador. Então eu venho
conclamar aqui hoje que os deputados parem de fingir, parem de falar que gostam
do povo, parem de usar a dor deles politicamente, principalmente em ano
eleitoral.
Eu venho aqui
pedir aos Srs. Deputados que tenham a decência de pautar os projetos, de forçar
para que as comissões sejam deliberadas, para que a gente possa pôr na Ordem do
Dia os projetos que já estão prontos para votos, e que até agora estão sendo
empurrados pela barriga, e iludindo, e mentindo para as pessoas que estão aqui
nos acompanhando, para os nossos aposentados da Polícia Militar, para os nossos
aposentados do estado de São Paulo, que precisam do PDL nº 2, que está passando
fome, que tem falta de remédios e de uma série de coisas.
Já pagam pela
Previdência, e continuam pagando, sendo que é só votar e voltar o fundo que
eles já contribuíram e já têm garantido para eles.
É tudo mentira,
vamos parar de mentir, vamos ser homens e mulheres comprometidas com a verdade,
porque é isso que Jesus espera da gente. Não é religiosidade, não é mimimi de
bancada alguma aqui, não.
Aqui Ele quer
verdade, e Ele vai cobrar da gente, por a gente ser omissa, e porque a gente
não tem vergonha na cara de vir aqui e coragem de pautar os projetos que estão
aqui que visam o povo.
Muito obrigada.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Major
Mecca.
*
* *
O
SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito
obrigado, deputada Adriana Borgo. Nossos policiais injustiçados do estado de
São Paulo têm o nosso apoio, por meio da PEC nº 06. Tem a palavra o deputado
Campos Machado.
O
SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE - Pelo Art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Tem V. Exa.
o tempo regimental para o uso da tribuna.
O
SR. CAMPOS MACHADO - AVANTE
- PELO ART. 82 - Meu caro Major Mecca, exemplo de policial militar, homem
correto, sério, honesto e profundamente leal aos seus princípios. Major Mecca,
a deputada Adriana Borgo tem toda a razão. Eu sou autor dessa PEC nº 06, eu
conheço esse caso profundamente.
É muito simples
explicar esse caso. Policiais civis e policiais militares que forem ser
processados no campo administrativo e no campo penal têm dois caminhos, dois
procedimentos. O procedimento administrativo é rápido, o lapso de tempo é
curto, e a punição sai em pouquíssimos meses.
Em
poucos meses se destrói a vida de um policial militar e civil, como se destrói
um pedaço de papel que se joga no chão.
Paralelamente
existe um outro processo, o penal, que é lento, a Justiça é lenta. Nós
precisamos de no mínimo dois a três mil juízes no Tribunal, é lenta, demora
cinco, seis, sete anos.
Então o
policial militar pode ser exonerado em 30 dias, e no processo ele pode ser
absolvido, ter o trânsito em julgado, e o que é que ele faz? Ele foi absolvido,
transitou em julgado a decisão, só teria um caminho, o mais justo, o mais
correto, deputado Conte Lopes, que é o seu retorno à Polícia Militar, porque a
decisão judiciária prevalece sobre a decisão administrativa.
Essa, deputado
Conte Lopes, é a PEC 06. Vossa Excelência que está aqui há anos, como eu, se
lembra que na Constituinte eu fiz inserir o Art. 151, que diz que a decisão
judicial está acima das decisões de outra ordem, Sr. Presidente.
Aqui ninguém
está defendendo o policial por defender, não. Nós temos que defender a justiça,
e justiça é o contrário do que está acontecendo. Um policial serve 10 anos, é
acusado injustamente; aí, em nome de uma revolta popular, ele é exonerado.
Corre o processo,
vê-se que a prova é forjada, ele é absolvido. E o que acontece, meu caro
deputado Conte Lopes? Nada, ele perde 10 anos da vida dele, e eu pergunto: quem
responde por isso?
O que essa PEC
06 quer, ela não é boazinha, não, ela é justa. Agora, é preciso ter coragem
para votar essa PEC, mas vai gastar muito dinheiro do Estado. Deputada Adriana
Borgo, que dinheiro do mundo pode sufocar uma injustiça, uma dor que invade a
alma, que destrói o coração e acaba com a família? Diz para mim.
Não querendo
atrapalhar os Srs. Deputados que estão no microfone à frente, eu queria fazer
um apelo: não fujam da responsabilidade. Vai onerar o Estado, e eu pergunto,
para terminar, presidente, eu pergunto: somos defensores da justiça ou da
injustiça? Fomos eleitos para quê? Para receber o salário?
Portanto, Sr.
Presidente, uma vez mais cumprimentá-lo. Aprendi a admirá-lo, deputado Major
Mecca, pouco importa o tempo; importa o respeito que tenho por Vossa
Excelência. Vossa Excelência é um homem de respeito.
E que a história
passa e o seu nome ficará gravado aqui nesta Casa por ser um homem correto,
decente e por empunhar a bandeira da lealdade aos seus princípios, aos seus
amigos, à PM e a Deus.
Parabéns.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Obrigado,
deputado Campos Machado. A recíproca é verdadeira, nosso respeito a Vossa
Excelência.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Uma breve comunicação,
presidente?
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Tem a palavra
para uma comunicação o deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO -
Presidente, só para fazer mais uma vez o apelo a todos os deputados que
compareçam aqui à sessão extraordinária. Hoje nós teremos a cassação do
deputado Arthur do Val, e quem não estiver presente nós vamos entender que está
favorável ao Arthur do Val e não quer cassá-lo.
Então, o meu apelo, mais uma vez, a
todos os deputados: que se façam presentes aqui, no plenário, para cassarmos o
deputado Arthur do Val. Muito obrigado, Sr. Presidente.
*
* *
-
Assume a Presidência o Sr. Carlão Pignatari.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Esgotado o
tempo da presente sessão, esta Presidência, antes de dar por encerrados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os, ainda, da sessão extraordinária a
realizar-se hoje, dez minutos após o encerramento da presente sessão.
*
* *
-
Encerra-se a sessão às 16 horas e 30 minutos.
*
* *