24 DE MAIO DE 2022

43ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: JANAINA PASCHOAL

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - JANAINA PASCHOAL

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

3 - CORONEL TELHADA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

4 - SEBASTIÃO SANTOS

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

5 - ALTAIR MORAES

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

6 - LETICIA AGUIAR

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

7 - LECI BRANDÃO

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

8 - WELLINGTON MOURA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

9 - WELLINGTON MOURA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

10 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

11 - CAIO FRANÇA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

GRANDE EXPEDIENTE

12 - GIL DINIZ

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

13 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA

Pelo art. 82, faz pronunciamento.

 

14 - WELLINGTON MOURA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

15 - MONICA DA MANDATA ATIVISTA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

16 - GIL DINIZ

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

17 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 25/05, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Janaina Paschoal.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Boa tarde a todos. Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Imediatamente dou por aberto o Pequeno Expediente iniciando a chamada da lista dos oradores inscritos, chamando à tribuna o nobre deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputada Edna Macedo. (Pausa.)

Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Gil Diniz, V. Exa. tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, deputada Janaina Paschoal. Boa tarde aos nossos assessores, nossos policiais militares e civis, público aqui da galeria, nosso público também que nos assiste pela Rede Alesp. Presidente, venho aqui a esta tribuna hoje para agradecer ao prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga.

Estivemos ontem na cidade em um evento do Republicanos. O presidente nacional do Republicanos estava lá também, o deputado federal Márcio Pereira, e vários outros deputados inclusive desta Casa aqui: Danilo Balas, Coronel Telhada, Major Mecca, deputado Douglas Garcia, e o ilustre convidado, o nosso sempre ministro Tarcísio Gomes de Freitas.

O local, deputada Janaina Paschoal, ficou pequeno para tanta gente. Filas e filas do lado de fora, do povo de Sorocaba e região, tentando adentrar ali ao local. Dificilmente vi algo parecido na política, e já participei de algumas pré-campanhas e posteriormente campanhas.

Tem algo novo acontecendo aqui em São Paulo, graças a Deus e graças à vontade do povo, que, repito, está de saco cheio deste tipo política que nós temos aqui no estado de São Paulo. Ontem, o ex-governador João Doria fez mais um favor à Nação. O primeiro favor foi sair do cargo, ponto para o João Doria.

E ontem mais um favor, desistindo de uma candidatura natimorta, que só servia ali aos seus interesses. Mas nós precisamos lembrar: João Doria está bem representado no Palácio dos Bandeirantes com o seu parceiro Rodrigo Garcia, que assumiu o cargo quando o João Doria renunciou.

Então vamos lá, povo de São Paulo, prestar atenção nessa figura pitoresca da política paulista que é Rodrigo Garcia; como o deputado Giannazi colocou aqui dessa tribuna dias atrás: Rodrigo Doria.

A gente não pode esquecer tudo o que aconteceu aqui no estado de São Paulo durante não só a gestão João Doria, mas durante toda a gestão tucana, praticamente, nos últimos 30 anos.

O que eu vi ontem em Sorocaba será o que dará o tom da pré-campanha e da campanha. O ministro Tarcísio sendo abraçado pela nossa população. Realmente fiquei impressionado com o que vi.

Tenho viajado com o ministro pelo interior de São Paulo, aqui também na região metropolitana; mas ontem foi algo fora do normal. Então parabéns ao prefeito Rodrigo Manga, à sua esposa, ao ex-secretário de Saúde do município, Dr. Vinícius, e toda a população de Sorocaba e região.

Lembro aqui mais uma vez: política, além dessa parte do corpo a corpo, deputado Altair, que chega aqui ao plenário, é matemática também. Vossa Excelência me alertava: João Doria venceu no segundo turno com menos de 11 milhões de votos, dez milhões e 600 mil, deputado Altair? Dez milhões e 600 mil, deputada Janaina Paschoal. Major Olimpio, senador, teve mais de 9 milhões de votos, deputado Altair.

No primeiro turno João Doria não conseguiu sete milhões de votos, deputada Janaina. O presidente Bolsonaro, que é aliado de primeira hora do ministro Tarcísio, fez no primeiro turno, deputado Altair, mais de 12 milhões de votos no estado de São Paulo. Se essa votação se repetir e houver essa transmissão de votos ao ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas, vai ser no primeiro turno, e acabou.

Essa onda que tomou conta de São Paulo não é de hoje. Em 2018, senhores, nós não tivemos aqui em São Paulo uma plataforma, um palanque político, para disputa do governo estadual. E o João Doria só venceu porque inventou o Bolsodoria, se não teria perdido para o Márcio França. A diferença no segundo turno foi mínima.

Mas dessa vez São Paulo, deputado Altair, tem uma opção, pré-candidato pelo Republicanos. Eu não tenho dúvida nenhuma de que nós teremos êxito dessa vez, e o povo de São Paulo não pode abrir mão de um quadro político como o ministro Tarcísio Gomes de Freitas.

Então parabéns ao Republicanos em nome do presidente nacional, deputado federal Marcos Pereira, Rodrigo Manga, prefeito de Sorocaba, pela organização do evento na noite de ontem, algo espetacular, Coronel Telhada, V. Exa., que estava lá comigo. Ontem foi fora do comum e será o tom para os próximos meses.

Muito obrigado, Sra. Presidente, deputada Janaina Paschoal.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo com a lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna o deputado Douglas Garcia. (Pausa.)

Encerrando a lista principal, inicio a leitura da lista suplementar chamando à tribuna o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra. Presidente. Boa tarde, Srs. Deputados, assessores e funcionários aqui presentes, as nossas policiais militares aqui também presentes, obrigado pelo trabalho das senhoras; a todos que nos assistem pela Rede Alesp, hoje, terça-feira, dia 24 de maio de 2022.

Eu quero começar aqui saudando mais uma vez o nosso pré-candidato ao governo do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Nós estivemos ontem, eu, o deputado Gil Diniz aqui presente, mais o deputado Douglas Garcia, o deputado Mecca, o deputado Danilo Balas - também esteve ao meu lado, inclusive.

Se eu esqueci de algum me perdoe. Nós estivemos ontem no evento do Republicanos, ontem, em Sorocaba, muito cheio, muito lotado, e um acolhimento ao nosso pré-candidato Tarcísio de Freitas.

Eu quero agradecer a todos pelo comparecimento, parabenizar a organização do evento e dizer que nós estamos fortes na campanha, e dizer que a campanha nem começou, nós estamos em pré-campanha, mas estamos fortes acompanhando, e se Deus quiser, com o apoio de todos, teremos um novo governo em São Paulo.

Vamos partir para uma nova missão e colocar o estado de São Paulo novamente aonde ele precisava sempre estar, que é à frente do nosso país e cuidando da nossa população. Então parabéns a todos que participaram da organização ontem do evento em Sorocaba.

Sra. Presidente, eu quero aqui falar da morte de um policial militar lá no estado de Minas Gerais, uma ocorrência muito triste, onde faleceu em serviço o policial militar, que estava inclusive trabalhando à paisana, ele era do serviço reservado. É o soldado Gustavo Henrique de Arruda.

Eu tenho um vídeo aqui, não é Machado? É um vídeo aqui de 20 segundos. Ele é esse policial que está de jaqueta preta. Pode colocar o vídeo, são imagens fortes, mas pode colocar, por favor.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

Esse aí de branco é um bandido. Ele vai atrás do bandido, quando eles já têm um entrevero, os dois caem lá baleados, e ele está aqui, e vem um vagabundo de costas, nas costas do policial e acaba matando o policial.

Ele já está baleado, e aí ele, infelizmente, é ferido mortalmente e acaba falecendo, o policial Gustavo Henrique de Arruda. Tem uma foto dele, não é Machado? Coloca a foto, por gentileza. Um jovem policial morto ontem, em Minas Gerais, lá em Ipatinga. Ele trabalhava no serviço reservado, como eu falei, infelizmente morreu nessa ocorrência.

Nossos sentimentos à Polícia de Minas Gerais e a toda a família do soldado Gustavo Henrique de Arruda.

Não só no estado de Minas Gerais, mas no Rio de Janeiro também nós tivemos a morte de um policial num acidente gravíssimo. Eles estavam indo para uma ocorrência e o motorista da viatura foi desviar de uma bicicleta. Observem esse acidente, a pancada que ele dá.

Pode soltar, Machado. Eles estavam... a viatura vem e no acidente acontece uma pancada terrível. Olha só a porrada que ele deu, e vocês vão ver daqui a pouco o motociclista, o ciclista passando lá. Ele desviou desse... Para não matar o ciclista, ele se matou, e o ciclista não parou nem para socorrer. Isso é bem a realidade do policial militar.

Nesse acidente, o cabo da Polícia Militar, Celso Nascimento Furtado, de 42 anos, acabou falecendo em virtude desse grave acidente. Ele deixou esposa e filhos, e o que estava ao lado dele, o colega de equipe dele, o sargento, ficou ferido, foi socorrido e está em observação, mas infelizmente o cabo Celso faleceu.

Também faleceu numa ocorrência, lá no Rio Grande do Sul, lá no Rio Grande do Sul. O policial militar estava trabalhando e acabou sendo morto numa ocorrência. É o Vinícius Reinaldo Albrecht, de 37 anos.

Ele era natural de Jacutinga e estava na Polícia, na Brigada Militar desde 2009. Era casado e tinha dois filhos. Infelizmente faleceu também num tiroteio, numa ocorrência. Três policiais aí que deixam a sua vida trabalhando pela sociedade, trabalhando pela população. Infelizmente não são valorizados.

Ontem até o Tarcísio, durante a sua fala, apresentou o nosso amigo sargento Praxedes, citou o nome do sargento Praxedes, que é um guerreiro da Polícia Militar, que é cadeirante hoje, baleado numa ocorrência.

Como nós temos mais de cinco, seis mil policiais militares em situação muito vulnerável, devido à deficiência física, o sargento Praxedes faz parte da APMDFESP e foi citado. Essa é a realidade triste da Polícia Militar.

Hoje, dia 24 de maio, para quem não sabe, é o Dia da Infantaria, é comemorado o Dia da Infantaria. Um abraço a todos os amigos e amigas da nossa infantaria, do Exército brasileiro.

Também hoje é o Dia do Policial Civil Aposentado.

Então, um abraço a todos. Nós temos aqui o policial... Como é o nome do senhor mesmo? O Paulo. O que vendeu a C15? Vendeu a C15, o Paulo. Nem vi, porque estou sem os óculos. Desculpe, Paulo. O nosso amigo Paulo, que ainda não é aposentado, mas hoje é o Dia do Policial Civil Aposentado, dia 24 de maio. Um abraço, em nome do Paulo, a todos os amigos policiais civis.

Também é o dia da cidade de Nova Odessa. Hoje, é o aniversário de Nova Odessa. Um abraço a todos os amigos e amigas da querida cidade de Nova Odessa.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo aqui com a lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna o nobre deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Altair Moraes. (Pausa.) Sebastião vai falar? Vossa Excelência vai... Perdão, eu não o vi.

É que eu fico aqui num pedaço do plenário em que, às vezes, a gente não tem a visão. Deputado Sebastião Santos terá o prazo regimental de cinco minutos. Perdão, deputado Sebastião.

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Deputada Dra. Janaina Paschoal, Srs. Deputados, pessoas que nos visitam hoje aqui na nossa Casa de Leis, srs. funcionários, pessoas que nos assistem pela TV Alesp. Sra. Deputada, nós estamos trabalhando pelo estado de São Paulo já há quase 23 anos e a nossa preocupação, justamente, é realizar ações que venham a trazer, realmente, um benefício para a população.

Eu vou começar a minha fala aqui dizendo da importância do que acontecerá no dia 02 de junho, agora, na Câmara Municipal de Mirassol. Nós teremos lá uma reunião - e acontecerá em mais duas outras cidades, Bady Bassitt e, também, Cedral - onde estará entrando em pauta a discussão do EIA/Rima para que possamos ter a variante ou, como as pessoas chamam ali em Rio Preto, também em Mirassol e em Cedral, o contorno retirando a ferrovia de dentro da área urbana ali das cidades de Mirassol, de Rio Preto e de Cedral.

Essa ferrovia já foi alvo de muitos problemas, mas, no passado, foi muito importante para a cidade, mas a cidade evoluiu, cresceu. Hoje, aquele local poderia ser usado por um VLT, por um trem de superfície, mas nós temos lá, de meia em meia hora, infelizmente, nesse trajeto aí, trens com 200 vagões.

Aí, vem o transtorno, vêm os acidentes, igual aconteceu já no passado. Nós tivemos oito mortes ali, nós tivemos vários descarrilamentos. Nós temos um problema sério, porque nós temos lá, dentro de Rio Preto, um local que estoca combustível.

Então, hoje, é necessária uma obra para poder não acontecer como ali. Nós estamos mostrando a foto do Jardim Conceição, ali, onde eu estive, em Rio Preto. Cinco minutos após esse acidente, eu estava em frente com a máquina fotográfica, com a minha assessora, ela tirando fotos e as pessoas pegavam partes dos pedaços dos corpos que sobraram e traziam para dentro das ambulâncias. Nós vimos, nessa ambulância que está ali, uma pessoa falecer na nossa frente, infelizmente.

Mas começamos um trabalho: fomos para a praça, fizemos lá uma barraca, colocamos as faixas. As pessoas aderiram; nós conseguimos 40 mil assinaturas, das quais dez nós levamos... Dez mil assinaturas nós levamos lá para o DNIT. Então, isso aí é a nossa assessoria lá na praça, pegando as assinaturas da população para sensibilizar o governo federal.

Entregamos as assinaturas e começou-se todo um trabalho. Foi-se para um projeto executivo. Depois, foi-se para a demarcação, e nós acompanhamos tudo isso acontecendo. Estamos acompanhando de perto.

Agora, dia dois, eu quero convidar a população. Essa é uma das reuniões que fizemos com a pessoa responsável do DNIT, lá em Brasília. Então toda a história vai acontecendo e hoje a população ouve, por parte do governo federal, por parte também do estado de São Paulo, que vai realizar essa importante reunião do EIA/Rima, porque serão retirados partes de árvores, vai se passar próximo a córregos, nascentes.

Então nós vamos estar lá na quinta-feira próxima discutindo um pouquinho para que essa retirada, trazendo o contorno, que é um sonho da população de qualquer cidade em que passa a rodovia por dentro da sua área urbana, e que é um sonho do rio-pretense, do mirassolense e, também, das pessoas que moram em Cedral.

O que nos deixa feliz? É que mesmo já fazendo tantos anos, Sra. Deputada, nós estamos vendo que aquilo que foi concedido pelo governo federal está trazendo resultado favorável à população. Esse é um dos marcos que nós vimos, acompanhamos com as pessoas, com os donos dos sítios em Mirassol.

Para finalizar, nós queríamos convidar a população, os líderes, os vereadores, os prefeitos, o Ministério Público, o juiz de meio ambiente para estarem conosco lá discutindo esse EIA/Rima que será trazido para que nós possamos, em breve - disseram que agora, no início de 2023 - já teremos o início das obras e, com isso, daqui a três anos, a retirada dos trens que passam por dentro da área urbana, mas para benefício da população fica toda aquela área para construir um VLT ou um trem de superfície para chegar nos bairros rapidamente.

Então, Sra. Deputada, são acontecimentos que estão beneficiando a população por causa da venda de um local, de uma área que era tida como resto, eram trilhos, eram dormentes sem manutenção, era uma necessidade muito grande, e que hoje está melhorando e ajudando a população.

Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado, pela importante informação. Mais uma vez peço desculpas por não ter visto V. Exa. nesta parte que fica escondida para quem preside a sessão.

Seguindo a lista dos oradores inscritos, chamo à tribuna o nobre deputado Altair Moraes, que tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Sra. Presidente, Srs. Deputados da Casa, funcionários, pessoal da nossa segurança, policial militar, civil, estamos aqui.

É rápido o que eu vou falar, é só meditação. Parece, deputado Gil Diniz, que nessa pré-campanha de governo o pessoal que está contra o nosso pré-candidato Tarcísio de Freitas está falando, deputado Sebastião, com criança. Eles deveriam saber que criança não vota. Deputada Janaina, me ajude, criança não vota. Ou vota? A partir de 16 anos, aí ok.

Porque o desgaste para o nosso pré-candidato Tarcísio de Freitas tem sido o seguinte, olha se não é para criança: para que time ele torce? Pelo amor de Deus, meu Deus do céu! Eu não estou falando para criança não, gente, é feio. Isso é feio, deputado Sebastião. É feio, deputada Janaina. Está bom, me diga para qual time ele torce. Parece que estou no Nordeste, em um show de piada. Não é possível!

O outro, deputado Gil, diz assim. “Você conhece isso?” “Conheço.” “Você conhece aquilo?” “Conheço.” “Não é paulista.” Eu não sou paulista e sou deputado aqui. Deputado Gil Diniz é pernambucano igual a mim, por isso que a gente é bonito desse jeito, e estamos aqui. “Mas não é daqui.” Meu Deus do céu, a gente está em São Paulo, rapaz.

Aí tem gente falando um monte de bobagem: “Ai, porque não é paulista”. Tá bom. A maior colônia japonesa está em São Paulo; italiana, está em São Paulo; os nordestinos, porque São Paulo foi constituída por nordestino.

Aí vem o camarada e contesta o que estou falando. Pelo amor de Deus! Vocês aí, que estão do outro lado, e são contra o pré-candidato Tarcísio: Vão procurar alguma coisa mais forte para falar, gente. Que desgaste bobo. Que coisa para criança, rapaz.

Estou preocupado agora. Agora, estou preocupado. Sabe qual é a minha preocupação? É que vão dizer assim: “Não pode votar no Tarcísio porque ele não tem olho verde”.

Ele não tem olho verde, não vota. Não pode. “O Tarcísio podia ser um pouco mais escuro, um pouco mais de cor.” Igual a mim, queimadinho. Tem que ser assim. Se não for assim, não pode ser. Então vamos parar com isso, gente. Meu Deus do céu.

Vamos fazer uma campanha mais adulta. Se você não tem o que falar, do caráter do camarada, do trabalho que ele tem, da capacidade que ele tem, não me venha tratar como criança. Eu acho que o povo paulista é muito inteligente.

O povo paulista já entendeu o que está acontecendo. O povo paulista já entendeu que o nosso pré-candidato tem todas as condições de ser um grande governador. O povo já entendeu isso. Mas aí vem com esse tipo de desgaste: qual é time que torce, porque não-sei-quê.

Ah, não! Vocês estão trabalhando para criança. Não é possível. Mas olha: se não tem o que falar de ruim, então fica caladinho. É melhor, é mais bonito, meu filho. Deu para entender?

Torno a dizer, prestem atenção: criança não vota. A eleição é para adulto, não é para criança. Então, meus queridos amigos que estão aqui, deixando muito claro: o pré-candidato Tarcísio de Freitas, em minha opinião, é o melhor, sim, para o estado de São Paulo.

Outra coisa, deputado Gil Diniz. O senhor, que é muito amigo do nosso grande presidente, Jair Messias Bolsonaro, o qual tem todo o meu apoio também... Assim, um camarada, para ser presidente da República, ele teria que ter 26 vidas, mais uma, porque é o Distrito Federal. São 26 estados, mais um. Ele tinha que nascer 27 vezes, meu irmão.

Porque o cara é eleito: “Ah, mas ele não mora no Acre, não pode ser presidente”. Como assim, não mora no Acre? “Ah, mas ele não mora em Pernambuco. Não pode ser presidente, porque ele vai dominar toda a Federação”.

Quem foi o cabeça inteligente que falou isso? Que tem que morar no lugar, que tem que ser do lugar, se conhece bem a estrutura? É questão de administração. É questão de gestão. E isso, o Tarcísio de Freitas sabe fazer, mas muito bem, meu irmão. Então, por favor, vamos trabalhar para adultos, porque torno a dizer: criança não vota.

Obrigado, senhores.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado.

Chamo à tribuna agora a nobre deputada Leticia Aguiar, que terá o prazo regimental de cinco minutos.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PP - Boa tarde, Sra. Presidente. Boa tarde a todos que estão presentes neste plenário hoje. Boa tarde a todos os colegas. Boa tarde a todos que nos assistem pela Rede Alesp.

Quero retomar um assunto que eu entendo ser de suma importância. Porque, quando falamos de política, falamos de bem-estar, de saúde e da vida das pessoas. Eu apresentei um projeto nesta Casa, que torna a atividade física como atividade essencial.

Vocês sabem que nós passamos agora, recentemente, por uma pandemia. Foi algo devastador, uma pandemia que trouxe diversos problemas para o cenário mundial. Um desses problemas afetou diretamente, claro, a saúde das pessoas.

Infelizmente, a gente viu que diversos serviços foram impedidos de serem realizados. Um deles foi justamente as academias, os ambientes que são feitos para a atividade física.

Eu apresentei um projeto, justamente para que torne a atividade física essencial ao cidadão de bem, porque eu entendo que a atividade física é saúde, é promoção de saúde. Muitas pessoas, inclusive, têm recomendação médica, tratamento médico, realizar atividade física para se curar de alguma enfermidade.

Também a gente sabe que o sedentarismo é uma das grandes comorbidades que inclusive agravam situações de risco como a própria Covid-19. Então, vejam a importância de a gente promover saúde através da atividade física.

Eu estive, na semana passada, em Taubaté, junto com amigos educadores físicos. Quero aqui mandar um abraço ao Elvis, da Academia Fênix. Nós tivemos uma reunião muito importante debatendo novamente esse tema. Ele me pediu, em nome de tantos outros educadores físicos, falando, ressaltando, enaltecendo a importância de que a gente continue a pautar esse projeto e que a atividade física seja atividade essencial.

Que a gente consiga, juntos, aprovar isso como atividade essencial, para que, em qualquer outra situação que a gente venha a passar, de qualquer outro tipo de pandemia de saúde, as atividades físicas possam ser realizadas, porque são promotoras de saúde.

Então, utilizo hoje este plenário, para mais uma vez, destacar a importância de a gente cuidar da saúde das pessoas, do tratamento precoce das pessoas, e isso também passa pela promoção da saúde através da atividade física. Que a gente possa batalhar em conjunto pela atividade física essencial para as pessoas.

Aproveito a oportunidade também de dizer que nesta semana teremos duas audiências públicas de suma importância para você que acompanha o nosso trabalho pelas redes sociais.

Nós vamos ter uma audiência pública para falar de um projeto do qual eu sou coautora, para a gente conseguir regulamentar, legalizar o porte de arma para os atiradores esportivos, para os CACs. Você que é CAC, que assim como eu, é atirador esportivo, sabe a importância de a gente ter uma legislação correta a respeito disso.

A gente sabe que os CACs são visados, então é necessário que eles possam ter o acesso ao porte de arma. Nós faremos uma audiência pública aqui na Assembleia Legislativa no dia 26 de maio, às 18 horas.

Todos estão convidados para que a gente possa debater. Esse encontro vai ser muito importante para que a gente possa mostrar também aos demais parlamentares desta Casa a importância desse projeto e que a gente consiga aprová-lo em conjunto com a Assembleia Legislativa de São Paulo.

Também teremos, na sexta-feira, outra audiência pública a respeito do homeschooling, projeto do qual eu sou coautora também. A importância do homeschooling, que foi aprovado no Congresso Nacional, para que os pais educadores possam ter direito a ensinar os seus filhos dentro de casa, devidamente formados, qualificados para poder prestar esse ensino de qualidade para os seus filhos e que não sejam criminalizados por isso.

Então, a audiência pública também vai debater a questão do homeschooling. Estão todos vocês convidados. Acompanhem pelas nossas redes sociais e também pelo nosso site aquietrabalho.com. Lá você vai poder acompanhar a tramitação de todas as nossas proposituras e participar conosco, porque esta Casa é a casa de todas as pessoas. Vamos juntos trabalhar em prol daquilo que a gente acredita.

Obrigada, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Eu que agradeço, Sra. Deputada, e me uno a V. Exa. nessa pauta da promoção de saúde pela atividade física; saúde física, saúde mental e - por que não - saúde espiritual também a partir da atividade física.

Imediatamente chamo à tribuna a nobre deputada Leci Brandão, que está muito bonita hoje, toda de branco. Tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Exma. Sra. Presidente deputada Janaina, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, público que nos assiste pela nossa querida TV Alesp, primeiramente, eu queria agradecer sinceramente a todas as pessoas, todos os colegas parlamentares que se manifestaram e me desejaram restabelecimento.

Graças a Deus, nossa saúde está plena. Foi apenas um forte resfriado que a gente teve, mas está tudo tranquilo, as coisas estão bem. A gente está de volta, porque a gente gosta muito de trabalhar e sente falta de vir a esta Casa.

Eu queria aproveitar, Sra. Presidente, para fazer apenas uma reflexão, porque, quando a gente está fora da Assembleia e vai a outros lugares e fica ouvindo comentários e assistindo a programas de TV, está acontecendo uma coisa muito ruim em relação à Assembleia Legislativa. As pessoas estão pensando que aqui a gente só briga, que aqui só tem inimizades, só tem ofensas, enfim.

É importante - eu vou dizer isso para os nossos queridos amigos, colegas, enfim - que todo mundo aqui tem projetos de lei, todo mundo aqui tem boas iniciativas, tem preocupações com o povo do estado de São Paulo. Seria bom que nós pudéssemos aproveitar o Pequeno Expediente, o Grande, enfim, para falar sobre os projetos, sobre as coisas que as pessoas fazem.

Tem tanta coisa boa, tem tanta competência, tem tanta gente de qualidade, sabe, aqui nesta Casa. São 94 pessoas que têm condições. Elas foram eleitas de forma legítima e democrática pelo povo de São Paulo, e a gente precisava mudar um pouquinho esse temperamento, esse clima que está na Casa, que parece que existe uma insegurança aqui, e não é bem assim.

Não é bem assim. Eu acho que aqui tem muita gente que se respeita, que tem a preocupação de fazer o bem, que respeita religião, respeita gênero, respeita tudo. Existe o respeito em primeiro lugar, e eu quero aproveitar que eu estou voltando hoje com saúde, desejando saúde para todo mundo que está aqui, e dizer que vamos nos preocupar com os nossos projetos, com as coisas boas que a gente faz.

Aqui não é uma Casa de desordem, não é uma Casa que só tem gente que quer fazer pânico, que quer fazer preocupação. Não é bem assim. Porque está todo mundo falando mal da Assembleia Legislativa como um todo, e não é isso. A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo é um lugar de respeito, é um plenário. São pessoas formadas, são pessoas aí muito inteligentes, de muita qualidade, enfim.

Eu, por exemplo, não tenho nem metade da sabedoria que todo mundo tem aqui. Eu não tenho nem diploma de universidade, mas procuro respeitar todos os colegas, todas as colegas.

Portanto, fica aqui a minha opinião. Não tenho nada contra ninguém, até porque enquanto eu for respeitada eu vou respeitar todo mundo. Sempre respeitei todas as pessoas.

Apenas isso que eu queria falar, Sra. Presidente.

Muito obrigada.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos. E também me uno a V. Exa. nesse pedido, de que possamos produzir, e não só trabalhar para resolver conflitos internos.

Eu sigo aqui com a lista dos oradores inscritos, chamando à tribuna o nobre deputado Wellington Moura. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos, boa tarde, Sra. Presidente, prezados deputados, cidadãos presentes na galeria, e aqueles que nos assistem também pela TV Assembleia. Quero me dirigir neste discurso em plenário, na data de hoje, à nobre deputada Monica da Bancada Ativista.

Na última quarta-feira, em minha comunicação no plenário, utilizei o termo “cabresto”, e tal palavra foi interpretada muito negativamente pela deputada Monica, o que a fez representar contra mim no Conselho de Ética, e me acusar de ter sido racista e também machista.

É a primeira vez, nestes meus dois mandatos, que recebo uma representação formal no Conselho de Ética, e espero que seja a última vez também, mas vou me explicar a respeito com o máximo de transparência e trazendo a verdade de todos os fatos.

Muitas vezes, no calor de uma discussão no plenário, não há tempo suficiente para medir as palavras exatas que devem fazer parte ou não do nosso discurso. Quis usar a palavra “cabresto” no sentido do dicionário.

Qualquer um pode pesquisar, que “cabresto”, sendo algo que controla, e a fala que perturba a ordem dos trabalhos da sessão Legislativa. Foi naquele momento.

Nesse sentido, deputada, colocar cabresto em sua fala tem essa conotação. Inicialmente, a de fazer cumprir isso aqui, o Regimento Interno da Assembleia Legislativa, enquanto eu estiver no exercício de presidente. E não faz sentido algum eu ser apresentado como racista ou como machista, como está sendo alegado pela deputada Monica.

Minha avó, de descendência africana, era negra. Eu digo “vó” porque ela já faleceu. Meu pai é baiano e minha mãe é mineira. Sou pastor, e sou pastor com muito orgulho, há mais de 25 anos, e sempre atuei em projetos que ajudam milhares de pessoas em situação de rua, em presídios, na Fundação Casa, em visitas a pessoas doentes em hospitais e na luta também pela proteção dos direitos da criança e do adolescente e no combate à violência contra a mulher.

Inclusive, na igreja da qual faço parte, a grande parte dos fiéis é de origem negra e, em meu gabinete, a maioria dos assessores são mulheres, grande parte de ascendência negra.

Então, como eu poderia me dirigir desta forma a uma mulher? Neste caso, não há fundamento de eu ser considerado racista e muito menos machista, como representado pela deputada Monica, possuindo tais contatos com mulheres e negros em minha vida, deputada.

Por isso, reafirmo novamente que, em hipótese alguma, eu quis cometer nenhuma forma de injúria racial ou machista contra a deputada Monica ou qualquer outra pessoa que se sentiu ofendida com as minhas palavras.

Acima de deputado estadual sou pastor, sou homem de Deus e defensor dos valores cristãos. Não tenho nenhuma intenção de criar conflito com V. Exa., deputada Monica. Não tenho nenhuma desavença pessoal com V. Exa. e nem com qualquer outro deputado aqui desta Casa.

Pensamos de forma diferente um do outro, e isso é absolutamente normal na democracia que hoje estamos vivendo no nosso País. Apenas precisamos de que o respeito seja mútuo.

Assim, se V. Exa. tiver qualquer crítica em relação a minha conduta ou no exercício de minhas funções parlamentares, pode sempre me procurar ou me ligar, as portas sempre estarão abertas ao diálogo com V. Exa., como já ocorreu em outras situações nas quais V. Exa. foi me procurar para pedir meu apoio e eu fiz questão de atendê-la com toda a cordialidade.

Por questão de justiça, com exceção da palavra “cabresto”, a qual já foi retirada dos registros desta Casa pelo presidente Carlão Pignatari, eu, deputado Wellington Moura, enquanto no exercício da Presidência dos trabalhos em plenário, sempre serei regimentalista.

Obedecerei este Regimento que me foi entregue quando tomei posse como deputado e utilizarei de todas as ferramentas previstas no Regimento para garantir o bom andamento dos trabalhos e da discussão e votação de projetos de lei de interesse do povo paulista, mesmo que tiver que tirar a palavra de qualquer deputada ou deputado eventualmente que estiver perturbando a ordem em plenário. Será sempre respeitado este Regimento, o Regimento Interno da Assembleia.

Portanto, deputada Monica, peço desculpas e, como cristão, peço também perdão a V. Exa., a você e a todas as pessoas que se sentiram ofendidas por qualquer excesso que cometi ao utilizar a expressão “cabresto”, palavra com a possibilidade de ter o sentido totalmente diferente do que gostaria de direcionar a V. Exa. naquele momento de forma diferente ao meu entendimento, que foi no sentido de tentar te orientar a sua fala no momento impróprio, segundo o Regimento Interno aqui da Assembleia Legislativa.

Claro que eu vou apresentar a minha defesa prévia ao Conselho de Ética no prazo regimental e detalharei ainda mais os motivos da minha defesa para a apreciação dos nobres deputados e deputadas no sentido de provar cabalmente a minha não intencionalidade em fazer qualquer ato de injúria racial ou machismo contra a deputada.

Muito obrigado, Sra. Presidente e todos os deputados.

Que Deus abençoe a todos.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Sempre louvável o ato de pedir perdão, de pedir desculpas. É disso que esta Casa precisa, de reconciliação.

Sigo com a lista dos oradores inscritos, chamando novamente à tribuna o nobre deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

 O SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Só uma comunicação, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não, deputado.

 

O SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Eu tentei procurar a deputada por WhatsApp, tentei procurar a deputada via o seu gabinete, que está fechado, não tem nenhum funcionário, mandei mensagem também para ela para tentar, antes de vir aqui ao plenário, porque eu gostaria muito de ter conversado com ela pessoalmente, olho no olho, coisa que eu sempre faço com todos os deputados. Infelizmente não consegui.

Quero apenas deixar registrado isso também porque eu gostaria muito de ter falado tudo que eu falei aqui na frente da deputada. Porém, ela não está presente neste momento, mas no momento oportuno acredito que ela poderá ouvir, seja pela TV Assembleia ou de alguma forma, de algum canal de comunicação, toda a minha fala em defesa da mulher e em respeito a ela também.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Obrigada, deputado. Vossa Excelência tem a palavra, deputado Gil.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente Janaina Paschoal. Retorno aqui a esta tribuna motivado pelo Altair Moraes, que veio aqui e teceu algumas críticas sobre a campanha do ex-governador Márcio França e também do governador Rodrigo Garcia. Márcio França, um político experiente, deputada Janaina Paschoal, disse que vai questionar ao Tarcísio num debate para qual time que o Tarcísio torce aqui em São Paulo.

Deve ser muito produtivo para o povo paulista saber qual o time do coração do ministro Tarcísio. E realmente se é essa a linha de crítica que os adversários do Tarcísio vão fazer, reafirmo aqui: o Tarcísio vai vencer no primeiro turno.

E a gente precisa lembrar - o deputado Caio França estava aqui agora há pouco - que foi o Márcio França que proibiu a caça, o manejo de javalis e javaporcos pelo estado de São Paulo e praticamente estava levando à falência o Agronegócio no estado de São Paulo.

Proibiu, deputada Janaina. Imagine um porco de 150, 200 quilos. O caçador não podia fazer ali o manejo, tirar aqueles porcos ali de plantações, ou seja, inviabilizando o Agronegócio em São Paulo. Fez um grande evento no Palácio dos Bandeirantes, levou lá os ditos protetores, que não entendem absolutamente nada desse sentido.

Mas hoje deve ser muito importante para o Márcio França, além de cantar a internacional-socialista muito bem como ele faz ao lado da comunada inteira, perguntar ao ministro Tarcísio o seu time de coração aqui em São Paulo. Mas é essa linha, deputada Janaina, que está sendo tomada pelos adversários do Tarcísio.

Olhe a campanha publicitária que o governador Rodrigo Garcia, que foi deputado nesta Casa, presidente desta Assembleia Legislativa. Olhe a peça de propaganda e marketing que eles estão fazendo:

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

 Minha Nossa Senhora! Mas é tão ridículo esse tipo de propaganda, porque o Garcia tem que ter um amigo para dar um toque nele, falar: “Governador, isso é bizarro. O senhor está gastando o seu tempo. O senhor está pagando para isso?”. Provavelmente deve ser fundo partidário, não é possível.

Aquele mesmo fundo partidário que pagaram as prévias do PSDB. Milhões e milhões no aplicativo, milhões e milhões para levar a tucanada para fazer as prévias, escolher o João Doria e agora rasgaram o dinheiro, deputada Janaina Paschoal. E o Garcia, como eu disse, político experiente do PSDB, era do DEM, foi presidente desta Assembleia Legislativa, ganhou por um voto do PSDB.

Eles gostam de um dar golpe no outro ali. É incrível essa sina do PSDB. Ele está preocupado se é biscoito ou se é bolacha; se é sinal ou farol. Pelo amor de Deus, Garcia. Garcia, eu não sou seu amigo, mas se eu puder te dar esse toque, pare que está feio, irmão. Está saindo de Fusca, Janaina, no final de semana, para falar que ele é um paulista raiz, que ele anda nas rodovias de São Paulo.

Tem outro: “Qual a maior rodovia em São Paulo?”. Aí ele diz: “É a Anhanguera”. Vou te dar um toque, Garcia. Tem deputado aqui na Assembleia que quer mudar o nome da Anhanguera, quer mudar os símbolos que nós temos, os Bandeirantes e tudo mais.

Meu Deus do céu, que ridículo isso! E é esse tipo de gente que quer ganhar do Tarcísio? Eu faço uma pergunta para o povo de São Paulo: qual é o pior partido que governou este Estado? PSDB, não tenho dúvida.

Qual é o pior governador que nós já tivemos? É Serra, PSDB, é Doria, PSDB, ou agora o Garcia fazendo chicana aqui, tirando onda de governador. Aproveita, Garcia, aproveita que até 31 de dezembro você está garantido nesse cargo aí.

Só até 31 de dezembro, porque se continuar com esse tipo de propaganda, se continuar com esse tipo de crítica ao ministro Tarcísio, mas não vai dar certo, mas não vão conseguir absolutamente nada.

Então espero que possamos, os candidatos, ou pré-candidatos que possam fazer uma discussão em um nível um pouquinho maior, porque não é camisa de clube, não é biscoito ou bolacha, sinal ou faroleiro, que vai mudar a real política no estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, presidente. É possível uma comunicação?

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - PARA COMUNICAÇÃO - Ok. Primeiro, eu ouvi aqui atentamente as palavras do meu amigo Gil Diniz. Muito me estranha um bolsonarista falar de time de futebol. O Bolsonaro é o tempo inteiro querendo mostrar que é do time “A”, time “B”, vai em um estádio e vai no outro. E agora aqui, o Gil Diniz, numa piada, numa brincadeira que o Márcio França, falando sobre o Tarcísio, sobre qual time ele torce.

Mas eu acho que tem outras perguntas muito mais importantes para o ministro Tarcísio responder, obviamente, do que qual time ele torce. Por exemplo, se ele acredita ou não na vacina, porque o presidente Bolsonaro não acredita na vacina, não se vacinou e inclusive estimulou que as pessoas duvidassem da vacina.

O Tarcísio precisa saber. Precisamos saber qual é a opinião do Tarcísio em relação a isso. Tem outras coisas: São Paulo é o Estado que menos teve investimento do Governo Federal em relação à pasta que o Tarcísio administrou ao longo dos anos.

Então acho que o deputado Gil Diniz, que eu respeito muito, é meu amigo e, enfim, merece todos os louros relacionados ao Bolsonaro, porque ele desde o início fez a defesa dele, e em qualquer circunstância, Bolsonaro fale o que falar, eu nem sei o que ele vai falar daqui para a frente, mas o que ele falar o Gil arrumará motivo para defende-lo. Isso por um lado é bonito, mas por outro chega a ser até meio maluco, porque às vezes as pessoas mais próximas, nós precisamos ter a capacidade de poder questionar.

Eu não vejo nenhum problema em questionar pessoas que muitas vezes eu admiro. Então a questão que foi falada aqui, que o Márcio França vai perguntar, acho que foi só uma questão mais de brincadeira que o Márcio França falou.

Obviamente, no mínimo é estranho que um carioca venha administrar o estado de São Paulo. Mas é claro que se o povo de São Paulo assim entender, nós vamos respeitar. É só para deixar isso muito claro, foi apenas uma posição pontual.

Em relação ao javaporco, de que o deputado Gil falou, é importante lembrar que foi aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa esse projeto de lei que o Márcio França apenas sancionou, proibindo, à época, a caça indiscriminada de um animal e não o controle populacional do javaporco.

Então é muito diferente uma coisa da outra. O que acontecia é que tinha algumas pessoas que brincavam de caçar animal torturando, muitas vezes, o animal e colocando isso na internet. O deputado Gil não era deputado, então talvez por isso ele desconhece da real proposta que foi aprovada aqui na Assembleia. Estou aqui à disposição para poder conversar com o deputado Gil aqui num aparte do plenário. Ele falou, eu voltei aqui.

Obrigado, presidente.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Presidente, gostaria que a discussão fosse feita na tribuna. Se o Caio França quisesse, a gente poderia usar até o Grande Expediente, eu cedo o tempo.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Veja, eu estou aqui à disposição de Vossas Excelências.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Eu também. A gente está aqui no microfone de aparte. Até peço a V. Exa. uma comunicação.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Então vamos fazer o seguinte. Um minuto. Eu dou por encerrado o Pequeno Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Indago a V. Exas. se farão uso da palavra no Grande Expediente. Deixe-me ver se ambos estão inscritos. Deputado Gil Diniz está inscrito no Grande Expediente, o deputado Caio, não, mas pode pedir o 82 se entender que é o caso.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Não, mas eu posso, presidente, eu posso até ceder o tempo de algum deputado da bancada se o nobre deputado Caio França quiser usar os dez minutos do Grande Expediente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - O deputado Conte é do PL, não é?

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Não, o Conte é do PL, o Frederico é do PL.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Mas primeiro eu quero saber se o deputado quer.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Presidente, eu queria saber só se o deputado que está inscrito é da parte do PL que apoia o Tarcísio ou que apoia o governador Rodrigo?

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Tem de tudo, tem de tudo, Caio.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Inclusive no próprio Partido Liberal, que o deputado Gil faz parte, há uma divisão clara de uma parte que defende o Rodrigo Garcia, outra parte que defende o ministro Tarcísio.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Vossa Excelência está na comunicação, ou quer discutir...

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Essa é uma questão que eles vão ter que resolver.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Vamos lá, só um minutinho.

Ambos terão direito à fala...

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Presidente, estou satisfeito aqui com a minha fala, só fiz aqui questão de poder rebater o que o deputado Gil falou, mas respeito o deputado Gil. É uma pessoa que costuma estar sempre na tribuna. Então, sempre que estiver e eu estiver atento vou voltar aqui, mas sem dúvida o deputado Gil tem muitas outras coisas para poder falar a respeito do ministro Tarcísio, do governador Rodrigo. Então eu me dou por satisfeito aqui.

Eu agradeço a gentileza de Vossa Excelência.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Obrigada, deputado.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Já gastou mais dois minutos, já dariam quase cinco minutos aqui.

Uma comunicação.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não. Vossa Excelência tem a comunicação. Pois não.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Só respondendo aqui ao nobre deputado Caio França sobre a questão do PL também. São várias indagações aí, então fica difícil aqui responder a todas.

Tem a parte do PL que é Rodrigo Garcia, tem a parte do PL que é Tarcísio. Nenhum é picolé de chuchu, Geraldo Alckmin e Lula, como eles tentam esconder.

O deputado Caio pergunta sobre a questão da vacina. O Tarcísio é mais do que claro, quanto a isso, deputada Janaina Paschoal. Ele é favorável à vacina, ele se vacinou. O que ele é contrário é à obrigatoriedade da vacinação.

Ele já deixou muito claro, e dizendo que nesse ponto ele discorda do presidente. Já deixou... Ele já respondeu isso 10, 15, 20, 30, 50 vezes, mas eles acreditam que isso vai servir de propaganda eleitoral para dizer que: “Olha, o Tarcísio, ele está se escondendo.”

Não, o Tarcísio está dizendo “eu sou candidato, ou pré-candidato do Bolsonaro”. O Márcio França que não sabe de quem que ele é o candidato, se é do picolé de chuchu, Geraldo Alckmin, se é do Luiz Inácio, sabe-se lá de quem.

Tem várias outras questões que nós poderíamos discutir aqui dessa tribuna que ele levanta o questionamento, a indagação, que nós poderíamos discutir com tempo, não em breves comunicações.

Então fico aqui à disposição do deputado Caio França, filho do ex-governador Márcio França. Acho que a gente pode fazer um debate com nível um pouquinho maior. Obviamente eu sou muito crítico e realmente... aos meus adversários, críticas duras, muitas vezes ácidas, às vezes passo do ponto, e me desculpo quando passo desse ponto. Agora, a gente pode fazer aqui a discussão.

O deputado continua nessa de time: “Olha, o presidente foi no Santos.” O deputado Caio França é conselheiro do Santos e estava lá, me viu lá ao lado do presidente, eu que sou são-paulino, não tem problema nenhum.

O que eu disse e repito é que é um debate muito raso um ex-governador, um governador e questionar o seu adversário publicamente: “Olha, qual clube que ele torce?”, achando que isso é uma crítica. “Olha, um carioca vai governar São Paulo?”

Eu acho que eles não sabem, mas o deputado federal mais votado na história do país foi o Eduardo Bolsonaro com um milhão e 800 mil votos é fluminense, nasceu na cidade de Resende. Mas eles esqueceram desses detalhes.

Mas a gente vai ter meses aqui, meses para discutir dessa tribuna, ou desse microfone de apartes essas questões caras ao povo de São Paulo. Para eles bolacha, biscoito, camisa de clube; para nós as questões que realmente importam, esse grupo político que acabou ou tentou acabar com o nosso estado. São Paulo é o que é apesar desse grupo, presidente.

Muito obrigado.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Pela ordem, presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não, deputada.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Gostaria de usar a palavra pelo Art. 82 pela liderança do PSOL.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Vossa Excelência tem a palavra pelo prazo regimental de cinco minutos.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - PELO ART. 82 - Primeiro eu quero saudar e me solidarizar aos hercúleos servidores públicos que têm o estômago saudável de ficar aguentando esse Pequeno Expediente, que ficam firmemente me prestando solidariedade ao mesmo tempo que pedem para votar o PDL 22, esse sim duramente injustiçado por esta Casa aqui. Como eu dizia semana passada, não produz nada além de ter que dar conta da sua própria falta de decoro e do grau de violência aqui instalada.

Bom, estava na rua agora me somando a centenas de milhares de pessoas que pedem a cassação do vereador Camilo Cristófaro por uma fala racista. E aí fui citada aqui, a sessão ainda não começou, daqui a pouco a gente vai falar do caso do Frederico d'Avila, esse que muitas e muitas vezes eu vim a esse microfone buscar a solidariedade dos colegas por conta de ações violentas que ultrapassam muito o limite do que é considerado disputa política ou democrática, como a invasão do meu gabinete, como falas misóginas sobre mim, sobre me acusar de crimes aqui, como me chamar de maconheira, drogada e outras várias coisas que acontecem, além da violência contra as minhas servidoras e funcionárias do meu gabinete.

Wellington disse que, a fim de transparência, ele ia contar o que realmente aconteceu. O que realmente aconteceu é que nós, mulheres que adentramos este parlamento a poucas e duras penas, estamos sendo torturadas por lutarmos contra a violência contra a mulher, todas elas.

Eu posso dizer nome de colegas e comentários que fazem acerca do corpo. Deputada Maria Lúcia Amary, presidente do Conselho de Ética, que trabalho duro, ela quantas vezes é interrompida, humilhada, quantas vezes um deputado homem não teve que reafirmar uma ordem dela como presidente porque não a deixam falar.

O senhor mesmo, Wellington Moura. Posso demonstrar zilhões de vídeos como esse, em que o Regimento foi desrespeitado na presença da presidente do Conselho de Ética Maria Lúcia Amary.

O que aconteceu no dia da cassação do Arthur do Val é uma pequena fração do que acontece entre a gente nos corredores, e não é de hoje. O que vazou no microfone não mostrou coisas pelas quais o senhor não se desculpa, como o círculo de homens ao final daquela sessão em torno de mim, todos gritando que iam fazer o que, me cassar, me colocar no Conselho de Ética? O senhor disse o quê? “Vai tomar a sua tarja preta?” O senhor não se desculpa por isso.

O senhor disse que vai usar o Regimento contra mim todas as vezes que for necessário, de forma justa, mas leia no Regimento o que significa questão de ordem. Questão de ordem tem hierarquia e significa que eu ia apontar que alguma coisa estava fugindo da ordem naquela fala.

O senhor disse que vai interromper, que não é machista, que é regimentalista, que não é racista, que não é machista, mas todas as vezes que a fala de violência contra uma mulher aqui, contra alguém de um escopo ideológico diferente, a Presidência deveria ser usada para estancar a violência, e não promover a violência.

Tentar me explicar o Regimento é também uma atitude machista, tal qual quando eu grito “machista” e o senhor dizer “vou cassar o seu mandato”. Foi essa a ameaça.

E eu quero agradecer a todas as mulheres, centenas, milhares, que naquela sessão eu saí deste plenário chorando, me considerava cassada pela promessa que eles fizeram, porque eu gritei “machistas, machistas, machistas”, e as mulheres estão me salvando e me segurando pelas ruas, porque não há malabarismo que faça as pessoas acreditarem que não há violência naquela fala que foi ao microfone.

E só pela fala que foi ao microfone o senhor pede desculpa. Eu não perdoo. Eu não perdoo a humilhação, eu não perdoo a violência, eu não perdoo a agressão e eu não perdoo o senhor zombar da minha condição de adoecimento mental. Eu tomo tarja preta, como eu repeti aquele dia para o senhor, por causa de senhores como o senhor.

Não quero que me ligue, não quero que vá ao meu gabinete, porque o senhor só vai conversar comigo no Conselho de Ética, respeitando a deputada Maria Lúcia Amary, que é presidente, e na Justiça.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Obrigada, deputada.

 

O SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não.

 

O SR. WELLINGTON MOURA - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Escutei claramente todas as palavras. Fiz questão de sair do meu gabinete e vir de encontro à deputada para ouvir o discurso dela olhando para ela com todo o respeito que tenho pela deputada e por todos os deputados.

Se a deputada não me perdoa, eu não tenho o que fazer. Pedi perdão a ela. Se V. Exa. não quer perdoar, aí não tenho mais nada a fazer.

Porém, quero deixar sempre claro: a questão de ordem, quando qualquer deputado faz, nunca pode fazer ao orador que está na tribuna, ele sempre tem que fazer ao presidente ou à presidenta, que neste momento está presidindo. Então, no momento em que a deputada fez a questão de ordem, não foi a mim, não foi ao presidente, foi simplesmente ao deputado.

Naquele momento em que ela foi ao deputado, infelizmente, eu tive, como presidente naquele momento, que intervir e impedir que a deputada continuasse interferindo na fala do deputado Douglas Garcia no momento.

Então, deixo registrado que, infelizmente, a deputada não possa me perdoar, mas, novamente, peço perdão. Espero que o dom do arrependimento possa entrar no coração de V. Exa. em relação a minha pessoa.

Mais uma vez digo: não sou machista, não sou feminista, não sou uma pessoa que nem V. Exa. me colocou. Agora, não tenho como não deixar de me defender. Vou me defender, porque eu vou defender todos os deputados. Quando eu estiver ali como presidente, farei o meu papel como presidente. Vou defender a fala de todos os deputados que estiverem na tribuna para falar.

E em todo momento que eu falei a palavra “cabresto”, nunca foi no contexto como V. Exa. disse, que é para amarrar o animal, é uma corda que se coloca no cavalo, não, de forma nenhuma.

Foi apenas para impedir que tumultuasse a sessão naquele momento que, infelizmente, aconteceu, mas agora vamos fazer a nossa parte e o nosso papel também, que é nos defender junto ao Conselho de Ética.

Tenho certeza de que os deputados que estão no Conselho de Ética irão analisar os processos, vão analisar o meu discurso, vão analisar a minha defesa e tudo que a deputada também está apresentando contra mim, e farão juízo a meu respeito.

 Obrigado, presidente.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - Eu vou fazer a última comunicação a respeito.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não.

 

A SRA. MONICA DA MANDATA ATIVISTA - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigada, Janaina. Deputado, quando o senhor for apresentar a sua defesa, o senhor vai revisitar a sessão e aí o senhor vai ver bem explicitamente que eu falo: “Questão de ordem, presidente. Questão de ordem, presidente. Presidente, está havendo um discurso de ódio. Questão de ordem, presidente”, e o senhor diz: “Está atrapalhando a sessão, corta o microfone dela”.

Isso também tem uma palavra no movimento feminista, que é tentar manipular a situação para fazer a vítima passar de mentirosa. Mas ainda bem que as câmeras pegaram também isso. Não tem como dizer que eu estava me referindo ao Douglas. Eu estava me referindo ao senhor.

Eu disse: “Presidente, questão de ordem. Presidente, questão de ordem”. Eu gostaria muitíssimo de que o senhor anexasse o vídeo, porque vai ser muito legal ver o senhor revisitando a cena e refletindo a que tipo de escuta o senhor faz quando uma mulher fala.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Obrigada, deputada.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não, deputado.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Presidente, se houver acordo entre as lideranças, levantar... É levantar ou suspender, Caio? Levantar a presente sessão.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Só indago se o deputado Nascimento vai fazer uso da palavra. Não. Então, é regimental, deputado Gil.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Obrigado, presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os nossos trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os ainda da sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos. Está levantada a presente sessão. Até logo mais na extraordinária.

Muito obrigada.

 

* * *

 

- Levanta-se a sessão às 15 horas e 13 minutos.

 

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