27 DE MAIO DE 2022
46ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA, CARLOS GIANNAZI e GIL DINIZ
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - JANAINA PASCHOAL
Para comunicação, faz pronunciamento.
3 - LECI BRANDÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência.
6 - CORONEL TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
9 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Endossa o discurso do deputado Carlos Giannazi.
11 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência.
12 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
13 - GIL DINIZ
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
14 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de 30/05, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente na data de hoje, dia 27 de maio de 2022, uma
sexta-feira.
Iniciamos o Pequeno Expediente com os
seguintes oradores. Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Major Mecca.
(Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.)
Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Rodrigo Gambale. (Pausa.)
Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. Vossa
Excelência tem o tempo regimental.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - É apenas para uma
comunicação, presidente, enquanto a colega se dirige à tribuna.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pois não.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - PARA COMUNICAÇÃO - É
só para comunicar aos colegas presentes na Casa, aos funcionários, ao público
em geral que vai acontecer neste momento, no Paulo Kobayashi, vai começar agora
uma audiência pública sobre homeschooling, tanto para debater o projeto
federal, que já foi aprovado, mas que ainda está em trâmite, como o projeto em
trâmite aqui na Casa.
Mais uma audiência pública bastante
democrática, para ouvir quem é favorável e quem é contrário. Estão todos
convidados.
Aproveitando o tempo, ainda, da
comunicação, Excelência, só registrar que eu venho recebendo muitos e-mails de
estudantes das universidades públicas de São Paulo que estão sendo desligados,
não por notas baixas, não por ausências, mas por não desejarem tomar vacina
contra Covid ou as tais tantas doses que são impostas.
Então fica aqui mais uma vez o meu
protesto contra essa arbitrariedade, porque não tem previsão legal para jubilar
estudantes sérios por força de vacinação.
Eu agradeço e peço licença para poder
seguir para a audiência pública.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra.
Deputada.
Deputada Leci Brandão.
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Coronel Telhada, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, público que nos assiste pela TV Alesp.
Presidente, a
gente, quando tem qualquer reclamação sobre agentes do governo, seja ele
estadual, federal ou municipal, sempre vem a esta tribuna para reclamar. Mas hoje
eu tenho uma notícia, vou falar sobre uma pessoa de forma extremamente
positiva, que é a nossa secretária de Cultura da Prefeitura de São Paulo.
É uma moça que
tem buscado um diálogo com esse setor cultural, visando atender a população,
seja na área da política pública, cultural, ou no campo do entretenimento.
A Virada
Cultural neste ano terá um foco para atividades descentralizadas. A gente sabe
que a periferia, muitas vezes, não entra na lista para receber os grandes
eventos, então, este ano, a Secretaria vai atender bairros mais afastados da
região central, que tradicionalmente sempre foram beneficiados.
O pessoal acha
que quando você não apresenta um evento no centro da cidade não existe apoio
por parte do comércio, enfim, mas o que me chamou a atenção foi justamente
porque não será nessa coisa que o pessoal já está acostumado a assistir. Eles
vão fazer, como a própria secretária falou, o povo vai ter a cultura, os
eventos, perto da casa deles, não vão precisar se deslocar para vir ao centro
assistir as coisas.
Rapidamente,
vou citar aqui: zona sul tem Campo Limpo, Grajaú e M’Boi Mirim; zona leste tem
Itaquera, Cidade Tiradentes e São Miguel Paulista; zona norte tem o bairro do
Limão, Parada Inglesa e Freguesia do Ó e a zona oeste tem Butantã, Água Branca
e Lapa.
Eu vejo essa
iniciativa de forma muito positiva. Acho que é extremamente saudável não só
para quem executa, para os artistas, mas, principalmente, para quem recebe,
para quem vai receber essa cultura, essa arte. É tudo gratuito, todo mundo sabe
disso.
Portanto eu
gostaria de dar os parabéns, não é do meu partido, eu quero deixar bem claro
que aqui a gente não fala bem só de quem é do nosso partido, eu não sei nem
qual o partido em que ela está agora, é a Aline Torres, secretária de Cultura
da prefeitura de São Paulo.
Meus parabéns a
ela, mas a gente sabe que o histórico dela é o de uma pessoa que veio da
periferia, uma pessoa que sempre estudou em lugares mais simples, que teve uma
vida de muita dificuldade, de muito trabalho, mas que se destacou pelo seu
interesse, pela sua iniciativa em prol do povo, sem escolher razão social.
Eu acho que tem
que ser dessa forma que a gente tem que atuar. Quem está no poder,
principalmente o Poder Executivo - no caso a Prefeitura é Poder Executivo -
deve abrir chances para que todas as pessoas da cidade possam ter direito a
curtir uma cultura variada.
Os espetáculos
são de várias tendências musicais, achei isso muito bom, inclusive até vou
citar aqui a artista, que é trans agora, Gloria Groove, vai se apresentar na
zona leste, o local onde ela nasceu, onde ela foi criada. Acho isso fantástico,
vai ser o melhor show da vida dela, acredito que sim.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra.
Deputada.
Próximo deputado, deputado Delegado
Olim. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputada Edna Macedo. (Pausa.)
Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado
Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectador da TV Assembleia, nós estamos aqui em um grande movimento na
Assembleia Legislativa, junto com dezenas de deputados e deputadas para que o
nosso PDL 22 seja aprovado em caráter de extrema urgência.
O PDL 22 é o
projeto de decreto legislativo que acaba, que coloca um fim definitivo ao
confisco das aposentadorias e pensões. Eu digo confisco, é uma palavra leve, o
assalto, o roubo colocado em curso pelo ex-governador, Doria.
E assalto
apoiado, ainda, pelo atual governo, Rodrigo Garcia, que nós designamos como
governo Rodrigo Doria, porque o comportamento continua sendo o mesmo do
governo. O governo Rodrigo Garcia se comporta da mesma maneira e mantém as
políticas do ex-governador Doria, Sr. Presidente.
Mas já há uma
movimentação muito forte na Assembleia Legislativa por conta da aprovação do
PDL 22, que já foi aprovado em todas as comissões, inclusive com o parecer
favorável de Vossa Excelência.
O deputado
Coronel Telhada teve uma participação importante. Porque foi dele o parecer do
Congresso de Comissões, nos propiciando a vinda do projeto para o plenário.
O projeto foi
incluído na pauta, ele veio ao plenário no dia 16 de dezembro de 2020. Porém,
foi interceptado, foi golpeado com uma emenda de plenário, proposta pelo
próprio líder do Governo, na época, o deputado Carlão Pignatari.
Com o apoio de
19 deputados que assinaram, que foram cumplices da obstrução, a emenda voltou
para as comissões. O PDL, não. O PDL está pronto, esperando votação. Mas essa emenda
travou a tramitação do projeto. E ela foi aprovada depois, em todas as
comissões.
Houve muita
obstrução do Governo para que isso não ocorresse, em quase todas as comissões.
Principalmente na última, na de Finanças, que ela demorou mais tempo. Mas, enfim,
na última terça-feira, ela foi aprovada. Agora o PDL 22 está pronto, liberado
para votação. Não há mais nenhum óbice, nenhum tipo de barreira para que o
projeto não venha ao plenário.
Inclusive, ele
já está com Regime de Urgência. Basta o presidente pautar. Só isso. Não precisa
mais de Congresso de Comissões. Não precisa de mais nada. É só inclusão na
pauta.
Quem tem esse
poder hoje é o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Carlão
Pignatari, que é ligado ao governo Doria. Foi ligado ao governo Doria, é ligado
ao governo Rodrigo Garcia. Todos sabem disso.
Agora eu queria
trazer um fato importante, que eu já vinha falando aqui. Inclusive, na
terça-feira eu falei, e na quarta eu falei de novo. Hoje, o que eu falei foi
confirmado por uma declaração, hoje, num debate, no Instituto Eduardo Moreira.
Houve uma análise das redes sociais.
E o
especialista, fazendo análise das redes sociais, ele analisou a questão da
desistência da candidatura do Doria, o fracasso da candidatura do Doria. Ele
colocou algo que só confirmou o que eu estava dizendo, sobre a força dos
aposentados no estado de São Paulo.
A mobilização
dos aposentados e pensionistas, em todo o nosso Estado, que é uma mobilização
feita por muitos coletivos, que já estão espalhados pelo Estado, na Capital, no
interior paulista, na Baixada Santista, na Grande São Paulo. Eu disse, muitos
deputados me cobram, dizendo que estou dando o telefone dos deputados para o
movimento, que eu controlo o movimento.
Eu deixei claro
que não controlo movimento nenhum. Aliás, esse movimento dos aposentados e
pensionistas, ninguém controla. Nenhum partido político, nenhum deputado,
nenhuma entidade.
São coletivos
independentes, que se organizam e pressionam, em todas as regiões do Estado.
Pressionam deputados, os secretários do governo, o próprio governador, hoje, o
Rodrigo Garcia. O que foi colocado hoje mostra claramente um aviso, para todos
os deputados, sobre a força desse movimento.
Só queria, para
terminar o meu pronunciamento, colocar um segundo, praticamente, desse vídeo do
debate que teve, hoje pela manhã, do Instituto Eduardo Moreira.
* * *
- É exibido
vídeo.
* * *
Só essa parte
mesmo que eu queria destacar, mostrando claramente um pesquisador especialista
na análise das redes sociais. Ele mostra claramente a força dos aposentados e
pensionistas, a força política, a mobilização que é feita, que parece que é
invisível, mas não é. Eles estão aí, acompanhando o trabalho de todos os
deputados, dos 94 deputados e deputadas.
E, assim como
eles tiveram uma grande influência, inclusive, na desistência da candidatura do
Doria, eles terão na eleição de cada deputado e deputada da Assembleia
Legislativa.
Nós temos aqui
a obrigação de revogar esse confisco, porque foi a Assembleia Legislativa que
aprovou a reforma da Previdência, abrindo espaço para o confisco. Então, nós
temos uma oportunidade ímpar de revogar, de fazer justiça, de fazer uma
reparação com os aposentados e pensionistas.
As condições já
estão todas dadas. O PDL 22 é um instrumento legal que já está praticamente
pronto para ser votado. Só depende do interesse político do deputado Carlão e
da Assembleia Legislativa; de que os deputados pressionem.
Vários
deputados já vieram à tribuna se manifestar criticamente. Vejo aqui o deputado
Gil Diniz, que já, em vários momentos, fez pronunciamentos em apoio ao PDL; o
deputado Telhada, em vários momentos. E vários deputados têm se manifestado, de
vários partidos.
Só os do PSDB
que apoiam, mas não podem se expor ainda. Eles estão com medo, mas é melhor
eles perderem o medo, porque eles vão ter que optar entre o povo, entre os
aposentados e pensionistas, entre a população - ou esse governo que já está
indo para a beira do abismo. E um deputado não vai querer afundar junto com o
Doria e com o Rodrigo Garcia.
Então, vota já
PDL 22, pelo fim do confisco das aposentadorias e pensões. E depois, Sr.
Presidente, nós vamos exigir a devolução de tudo o que foi retirado dos aposentados
e pensionistas.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado,
deputado. Próximo deputado é o deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado
Coronel Telhada. Eu vou falar depois. Deputado Marcos Damasio. (Pausa.)
Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor.
(Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.)
Pela Lista Suplementar, deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Gil Diniz, o senhor pode assumir? Eu ia pedir
para o deputado Giannazi assumir, mas ele deve estar...
Espera um minutinho, Gil. Giannazi,
pode assumir, por gentileza? Eu falo, depois é o deputado Gil, depois eu acho
que o deputado Giannazi fará novamente uso da palavra. Então, neste momento, eu
passo a Presidência dos trabalhos ao Sr. Deputado Carlos Giannazi, autor do PDL
que está fazendo o maior sucesso aí fora e que nós vamos votar, se Deus quiser.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Carlos
Giannazi.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando
sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra o
deputado Coronel Telhada, que fez o parecer favorável ao nosso PDL 22.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
Boa tarde, presidente Giannazi, boa tarde, deputado Gil Diniz, às senhoras e
senhores assessores aqui, às senhoras e senhores policiais militares também,
que fazem a nossa guarda, a todos os que nos assistem pela Rede Alesp.
Realmente, eu e
o deputado Giannazi estamos aqui brincando um com o outro quanto ao PDL 22, mas
é uma realidade, né. O deputado Giannazi foi muito feliz quando fez esse PDL, e
tem o apoio maciço da Casa.
É como ele
falou: muitos deputados, presos ao governo devido a cargos etc., não assumem
publicamente, mas eu creio que a esmagadora maioria dos deputados aqui é
favorável a esse fim do confisco dos nossos aposentados.
E eu não só fui
o relator desse PDL lá no congresso de comissões, que, aliás, estava travado e
deu uma destravada... E nessa semana finalmente passou na Comissão de Finanças.
Nós estamos
aqui pedindo ao Sr. Presidente que traga ao plenário esse PDL 22. Eu queria
fazer um apelo. A gente critica muito o governador e tal; até normal, faz parte
do dia a dia parlamentar. Mas eu queria fazer um apelo ao governador Rodrigo
Garcia. Segundo se comenta, ele não é favorável ao modo de
trabalhar do ex-governador Doria.
Então que mostre isso, que traga esse PDL para esta Casa,
que autoriza os deputados do PSDB a estarem conosco nessa luta, para mostrar
que veio realmente preocupado com o funcionário público, com o povo de São
Paulo.
Eu sou publicamente... todo mundo sabe que eu faço campanha
para o Tarcísio de Freitas - não é novidade para ninguém - e continuarei
fazendo, com respeito a todos os demais pré-candidatos.
Mas fazemos este apelo ao Sr. Governador Rodrigo Garcia para
que a gente possa votar aqui o PDL 22 e acabar com esse sofrimento dos nossos
aposentados. Sr. Governador, o senhor faria um grande favor à população se
fizesse isso. Tenha a certeza de que seria bem quisto até por isso. Então, por
favor, nos ouça neste momento.
Pois bem, esta semana
houve uma ocorrência muito grave na área do 16º Batalhão: dois indivíduos foram
mortos a tiros de pistola e fuzil. Hoje estava até passando na televisão no
momento em que eu descia para o plenário, mas eu trouxe aqui uma imagem -
Wagner, está no ponto aí? - da reportagem com o meu filho, capitão Telhada, que
atendeu essa ocorrência, para vocês verem o grau de violência que estamos no
estado de São Paulo. Pode soltar, por gentileza.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Então vocês notem que essa é a realidade das ruas de São
Paulo. Nós estamos preocupados com a guerra da Ucrânia, Rússia, Oriente Médio,
mas aqui em São Paulo está igual, nós temos mortes diárias.
Eu, como pai, me preocupo pelo meu filho, o capitão Telhada,
me preocupo pelas pessoas na rua, me preocupo com a minha família, meus filhos,
meus netos, enfim, com toda a família.
Como policial militar, me preocupo muito mais, porque nós
temos a obrigação de dar segurança a esta população. Infelizmente essa segurança
não tem sido a contento, está falha. A Polícia Militar continua engessada.
A Polícia Militar está em uma situação que, quando vai
abordar um indivíduo e há um tiroteio, o policial sofre represália, o policial
é transferido. O policial, além de responder um processo - tem que vender o seu
carro, a sua casa para pagar advogado - ainda é punido, é transferido.
É muito, muito ruim a situação da polícia no estado de São
Paulo. É câmera filmando... Você não pode mostrar a cara do bandido, mas o
policial pode se expor 24 horas.
Eu falei: já que o governo acha tão boa a câmera, vamos
fazer o seguinte, coloque a câmera no governador, nos deputados, em todos os
secretários, nos juízes, nos promotores. Por que não? Não é um serviço público?
O gozado é que o bandido está andando na rua sem a maldita
tornozeleira, mas o policial está andando com uma câmera no peito. Isso quer
dizer que então o governo entende que o culpado pela insegurança é o policial,
porque ele não pode trabalhar, ele tem que ser filmado. É muito triste a
situação de São Paulo. Então, mais um apelo ao governador aqui.
O nosso pré-candidato ao governo de São Paulo, ministro
Tarcísio de Freitas, tem dito que ele vai apoiar a Segurança Pública forte e a
primeira coisa que ele vai fazer é tirar a famigerada câmera do peito dos
policiais.
Trinta milhões, deputado Giannazi, 30 milhões por mês são
gastos só para armazenar imagens que, na sua esmagadora maioria, não serão
usadas. Trinta milhões por mês. Faz a conta disso em um ano, quanto dinheiro
nós estamos desperdiçando com isso. Então é muito triste a Segurança Pública em
São Paulo.
Falando em Polícia Militar, quero passar outro vídeo. Pode
colocar o vídeo, por favor, Wagner?
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Pode tirar o som, por
favor, deixa o som comigo. Esse quartel é aquele quartel do Parque Dom Pedro.
Todos os senhores e as senhoras que passam pelo local já visualizaram o estado de abandono em que ele está.
Esse quartel
foi manicômio, foi igreja das Irmãs Carmelitas, foi batalhão do Exército, foi
hospício, foi colégio, foi batalhão da antiga guarda... Me fugiu o nome. Nos
anos 30, era o nome de uma outra tropa de Polícia que existia. Depois foi
quartel da Força Pública, voltou para a Polícia Militar, mas está em um
abandono terrível.
Olha só a
situação desse local, gente. E ele é tombado pelo Condephaat. O que eu acho
interessante é isso. Quando você quer reformar alguma coisa, o Condephaat vem
encher o saco, que não pode reformar.
Olha o estado
de abandono desse quartel. Esse é um quartel que tem quase 200 anos, se já não
tiver, 1864, tem mais de 200 anos esse quartel. Não, ainda não, cento e lá vai
pedrada anos.
Mas, enfim, é
um quartel histórico, tem que ser preservado, e, além disso, está tomado por
noias. Estão invadindo para usar droga aí dentro. Eu servi nesse quartel em
1992 e 93, quando era do 3º Batalhão de Choque, e esse vídeo aí é do youtuber
Douglas Nascimento, do canal “São Paulo Antiga”.
Eu tenho
recebido vários e-mails nesse sentido, do abandono desse quartel. Por exemplo,
aqui, o Luiz Rogério, que é nosso seguidor, também fala que ele passou lá no
batalhão e que o batalhão estava com as janelas fechadas, e que foram
arrancados todos aqueles tapumes e estão sendo invadidos.
Eu recebi a
notícia que entre hoje e amanhã, na semana que vem, está sendo aberta uma
licitação para se começar a fazer a manutenção das portas e janelas desse
quartel. Então, eu vou ficar atento a isso. Eu vou acompanhar.
Gostaria de um
incentivo do quartel nisso. Gostaria, presidente, por gentileza, que as minhas
notas taquigráficas quanto à reforma do quartel do Parque Dom Pedro fossem
encaminhadas ao Sr. Governador do Estado, e ao Sr. Presidente, Diretor - não
sei como chama - do Condephaat, para que fossem tomadas as medidas para que ele
seja restaurado.
Para fechar, Sr. Presidente, hoje, dia 27 de maio,
é Dia do Serviço de Saúde. Um abraço a todos os amigos. Não só os médicos e
enfermeiros, mas a todos que trabalham no serviço de saúde, atendentes,
médicos, enfermeiros, faxineiras, laboratórios, enfim, todos que cuidam das
pessoas nos serviços de saúde. Parabéns pelo seu dia, e muito obrigado pelo
serviço dos senhores e das senhoras.
E também, não
poderia ser diferente, é o Dia do Serviço de Saúde do Exército Brasileiro. Um
abraço a todos os amigos e amigas do serviço de saúde do Exército brasileiro.
Parabéns pelo trabalho.
Muito obrigado,
Sr. Presidente. Desculpe o tempo
excedido.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Nós vamos
fazer o encaminhamento de V. Exa. em relação às notas taquigráficas. Com a
palavra o deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde,
presidente Carlos Giannazi, boa tarde ao deputado Coronel Telhada, que me
antecedeu aqui na tribuna. Boa tarde aos assessores, aos policiais militares e
civis, público que nos assiste pela TV Alesp.
Presidente,
venho aqui à tribuna hoje repercutir um pouco da nossa audiência pública que
tivemos na noite de ontem, o deputado Tenente Nascimento que a convocou. Vários
deputados estiveram presentes. Nós trouxemos aqui, lotamos esta Assembleia
Legislativa de CACs, caçadores, colecionadores e atiradores.
Pessoas,
presidente, de bem, cidadãos comuns, que encontraram no desporto, na atividade
de atirador desportivo, um meio não só de se confraternizar com os amigos, com
a família, mas também de ter aí a sua arma, e ter o direito à legítima defesa.
Ontem foi um
dia histórico aqui para este Parlamento. Audiência pública, deputado Carlos
Giannazi, às 18 horas em uma quinta-feira. Eu disse: “olha, a gente vai ter
problema com o quórum, é difícil transitar por São Paulo nesse horário”. Mas,
ainda assim, a Assembleia estava lotada de CACs.
Então, meus
parabéns ao deputado Tenente Nascimento, a todos os parlamentares que
compareceram. Agradecer aqui ao Marcos Pollon, presidente do Proarmas, que
esteve conosco também, o Coronel Tadeu, deputado federal presente, Leticia
Aguiar, capitão Castello Branco, Douglas Garcia, Balas, Altair Moraes, Delegado
Olim.
Vários
deputados dando apoio a esse projeto que fala sobre a atividade de risco dos
atiradores desportivos. E só para vocês terem ideia, senhores, como essa
modalidade de esporte é referência aqui no Brasil, a primeira medalha de ouro
olímpica que o Brasil obteve foi nessa modalidade, no tiro desportivo, em 1920,
com o Guilherme Paraense; ganhou a nossa primeira medalha de ouro numa
Olimpíada.
Então o meu
apoio a esta categoria, aos CACs. Sou presidente da Frente Parlamentar em
Defesa dos CACs, tenho alguns projetos voltados a eles. Por exemplo, um que é
simbólico...
Mas nós
precisamos dessa mudança cultural; nós não podemos continuar criminalizando o
desporto, essa modalidade. Dia 3 de agosto, data em que o Guilherme Paraense
venceu a Olimpíada, em 1920, é o Dia do Atirador. Nós colocamos no calendário
oficial.
Há vários
outros projetos tramitando nesta Casa com essa temática. Eu sei que tem vários
deputados aqui também que são atiradores. Alguns preferem ficar mais tranquilos
ali, não se expor, mas vários outros já demonstraram interesse e têm aí o seu
CR, têm aí a sua arma de fogo, treinam em algum clube de tiro.
Então deixar
registrado mais uma vez o meu agradecimento a todos os desportistas que
estiveram aqui ontem: ao Newton Publio, do Black Beard, de Salto de Pirapora,
ali na região de Sorocaba, que esteve mais uma vez presente; dona Vera, do
Interarmas, Sr. Maurício e todos os outros que nos prestigiaram ontem com a sua
presença nesta Casa de Leis.
Então parabéns
aos CACs. Fizemos história ontem aqui e vamos dar prosseguimento nesse projeto,
que eu mesmo disse ao Tenente Nascimento na noite de ontem: para mim o
principal projeto desta legislatura, presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Eu gostaria de
chamar V. Exa. para presidir esta sessão.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre
deputado Carlos Giannazi. Já o convido a fazer uso da tribuna pelo tempo
regimental, pela Lista Suplementar de oradores.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Gil Diniz, há pouco eu estava
fazendo uma intervenção na tribuna falando da força do movimento dos
aposentados e pensionistas que, com certeza, foi determinante, deu uma grande
contribuição para o desgaste da imagem e da própria candidatura do
ex-governador Doria e ex-candidato também à Presidência da República, que
acabou de renunciar por conta do desgaste, porque ele não decolava nas
pesquisas e ele foi o confiscador do estado de São Paulo.
Ele tentou se
vender como o pai da vacina, mas ele foi o pai do confisco, porque o pai da
vacina foi o Instituto Butantan, que é uma instituição pública, centenária, que
inclusive antes da pandemia, em 2019, ele queria privatizar.
Ele estava
vendendo o Instituto Butantan e levou inclusive numa reunião com o Paulo Guedes
a venda através de vídeo institucional para Davos, naquele encontro - acho que
do G8 – econômico. Ele fez divulgação do Instituto Butantan para ser vendido e
privatizado.
Eu me lembro
que era um vídeo em inglês. Então ele confiscou aposentadorias, pensões,
salários de servidores. Foi o governador que mais atacou a população e
sobretudo os servidores e as servidoras do estado de São Paulo. E os aposentados
- como eu disse anteriormente, tenho dito já inúmeras vezes, inclusive no
plenário - têm uma força muito grande em todo o Estado.
Estão
organizados em coletivos que ninguém controla, porque deputados falam que eu
estou controlando, que o Giannazi influencia os movimentos. Eu já disse
inúmeras vezes que não, que esses movimentos têm autonomia, são independentes.
São vários
movimentos; não existe só um. São vários coletivos espalhados pelo estado e
eles estão com muita força sobretudo nas redes sociais, fiscalizando,
acompanhando e cobrando os deputados, os 94 deputados estaduais e o próprio
governador, agora, Rodrigo Doria.
Falei muito
sobre isso durante a semana, inclusive aqui na tribuna, sobre a força desse
movimento. Fomos agora contemplados com uma pesquisa, com a fala de um
pesquisador, que é o pesquisador Pedro Barciela.
Ele deu um
depoimento hoje nesta manhã. Quero colocar de novo aqui o vídeo, para que as
pessoas tenham clareza do que nós estamos dizendo, mostrando a força de
mobilização e de influência dos aposentados e pensionistas do estado de São
Paulo
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Então, olha,
gente, essa pesquisa é um aviso, é uma sinalização para todos os deputados aqui
da Assembleia Legislativa, mas sobretudo para aqueles da base governista. Se
não entenderam, acho que estão entendendo agora a força desse movimento.
O que essa
pesquisa mostra? Que o deputado ou a deputada que se colocar contra os
aposentados e pensionistas, que se colocar contra, que tentar obstruir a
aprovação do PDL nº 22, que já está pronto para ser votado, já está em regime
de Urgência, já pode ser pautado a qualquer momento pelo presidente da
Assembleia Legislativa.
O deputado que
ousar ficar do lado do governo Rodrigo Doria será liquidado, terá o mesmo fim
que o Doria, porque esse movimento é forte, organizado, unificado e ninguém o
segura mais. Não há controle sobre esse movimento dos aposentados e
pensionistas.
Então é urgente
a aprovação do PDL nº 22, é a nossa principal pauta, do meu mandato, e tenho certeza
de que será a principal pauta da Assembleia Legislativa. Sr. Presidente, para
concluir, quero manifestar o meu repúdio, novamente, e a minha indignação a um
projeto de lei que pode ser votado - espero que não - na semana que vem, na
próxima segunda-feira, na Câmara Municipal de Poá.
Deputado Gil
Diniz, uma prefeita, a prefeita da cidade de Poá, apresentou um projeto de lei,
olha, eu nunca vi nada igual, é a primeira vez eu vejo uma prefeita apresentar
um projeto dessa magnitude contra servidores públicos: contra as professoras,
contra os profissionais da Saúde, da Segurança. Nunca vi tanta maldade, minha
gente. Olha, o nome da prefeita é Marcia Teixeira Bin de Souza. Está aqui o
projeto dela, é o PL, Projeto de lei nº 64, de 2022.
Olha, esse
projeto dispõe sobre o vale-alimentação. A gente pensa: “Vai ter um reajuste do
vale-alimentação da cidade”. Não, deputado Gil Diniz. A prefeita vai reduzir o
valor do vale-alimentação dos servidores de Poá, que já é um valor extremamente
baixo. Ela vai reduzir ainda mais o valor. É um absurdo isso.
Olha, os
servidores estão mobilizados e também, logicamente, indignados. Eles têm todo o
nosso apoio. Eu já tinha feito um pronunciamento aqui, mas na próxima
segunda-feira, acho que dia 30, parece-me que será pautado o projeto - fui
informado.
Agora eu quero
avisar também à Câmara Municipal: o vereador que votar a favor desse projeto,
ele estará traindo o voto popular, traindo não só os servidores, mas traindo
toda a população, porque o servidor público é a professora, é a enfermeira, é a
guarda civil, enfim, são os profissionais, é o funcionalismo público que atende
a população lá na ponta, nas escola, no hospital, no posto de saúde, na assistência
social, na assistência psicológica, e todos esses servidores serão aqui, eu
digo que roubados, porque a Prefeitura vai tirar a alimentação desses
servidores que têm salários arrochados e defasados. É disso que se trata esse
PL 64.
Nunca vi nada
igual. É deprimente, Sr. Presidente, que uma prefeitura, ao invés de buscar
outras soluções, talvez reduzindo o número de cargos políticos, comissionados
dos partidos políticos ou que reveja a política de isenção fiscal, que
beneficia vários setores econômicos da cidade, que cobre com rigor a dívida
ativa das grandes empresas devedoras, que deram calote lá na dívida pública, do
erário de Poá, tem outras maneiras. Agora, atacar os servidores públicos
tirando a comida, a alimentação é um absurdo total.
Então todo nosso
repúdio à prefeita que encaminhou o projeto. E também eu faço um apelo à Câmara
Municipal, que fique do lado dos servidores e da população, porque um vereador
que fizer isso estará traindo, não só todos os servidores, mas traindo a
própria população.
Então todo o
nosso apoio à luta dos servidores e servidoras de Poá contra, sobretudo, esse
Projeto de lei 64, que reduz o valor do vale alimentação.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre
deputado Carlos Giannazi.
Convido V.Exa. para assumir os
trabalhos aqui no Pequeno Expediente para esse orador fazer uso da tribuna.
Nosso apoio também a vossa fala, um
absurdo. Como tem aquele ditado, Carlos Giannazi, não há nada que esteja ruim
que não possa vir a ficar pior, e parece que essa prefeita quer provar que esse
ditado é real.
Então nosso apoio aos funcionários
públicos de Poá, nosso repúdio a esse projeto.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Carlos
Giannazi.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Com a palavra o
nobre deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente.
Retorno aqui a
essa tribuna, como disse agora, nosso repúdio a esse projeto da Prefeitura de
Poá, nosso apoio aos funcionários públicos, nosso apoio, deputado Giannazi, a
vosso PDL, PDL 22.
Desde o início,
vários deputados aqui se manifestaram favoravelmente a esse projeto, muito
antes dessa mobilização nas redes sociais e nas ruas. Nas minhas publicações,
não tem uma publicação, deputado Giannazi, que eu não faça, independente do
tema, que não vá lá, aposentos, pensionistas, colocarem ali: “deputado, nós
esperamos o seu apoio a esse PDL”.
E tem sim o meu
apoio. Não é um apoio de ocasião, é um apoio real desde o início, desde que
V.Exa. começou essa mobilização, porque é uma questão, deputado Giannazi, de
justiça. Isso independe de bandeira partidária, de ideologia, de lado aqui no
plenário. Isso é uma causa de justiça aos nossos funcionários públicos no
estado de São Paulo.
Já disse aqui
dessa tribuna: tem parlamentares e o governo de São Paulo se mostrou, dessa
maneira, inimigos do funcionalismo. Parece que tiraram o funcionário público
para bode expiatório no Estado, e não é dessa maneira.
São homens e
mulheres que deram a vida pelo seu estado, pelo funcionalismo público, pela
sociedade paulista, e nesse momento que mais precisam, o que o Estado faz, o
que o governo faz? Retira ali parte dos seus salários, num momento, deputado
Giannazi, que esses aposentados mais precisam.
É ultrajante,
na minha modesta opinião, até, de certa maneira, criminosa essa retirada de
salário, de parte dos salários dos nossos aposentados e pensionistas.
Mas,
presidente, agora entrando mais uma pauta que nos distancia, retorno a essa
tribuna para falar sobre a minha visita, ontem, em Caieiras, mais uma visita
aos Arautos do Evangelho, a esse grupo, V. Exa. já falou algumas vezes aqui,
uma extensão ou uma subdivisão ali da TFP - Tradição, Família e Propriedade -
fundada pelo Dr. Plinio Corrêa de Oliveira. Visitei lá, ontem. Fui recebido,
novamente, pelo padre Manuel, pelo Sr. João, pelo Sr. Maurício. Fui muito bem
atendido, conheci um pouco mais da história, do trabalho dos Arautos do
Evangelho.
Presidente,
fiquei muito preocupado vendo algumas matérias, nos últimos dias, na grande
imprensa. Querem, vejam vocês, acabar com o sistema de ensino ali dos Arautos
do Evangelho. Ali é a Basílica Nossa Senhora do Rosário, uma basílica
belíssima.
Ao lado, do
lado esquerdo, tem os aposentos; são onde os jovens ali, os arautos, mantêm
residência. Ao lado direito, eles têm uma escola, uma escola regular de ensino
fundamental e ensino médio.
É uma escola,
senhores, que muitos aqui talvez não conheçam, ou conheçam por essas porcas
reportagens que passam diariamente aí no noticiário nacional. É uma escola
internacional; só ali em Caieiras, mais de 250 jovens de toda parte do Brasil,
de vários países do mundo.
Nesse ambiente,
jovens pobres, de classe média, ricos se encontram para estudar, para aprender,
para - por que não? - louvar a Deus, agradecer a Deus pelo dom da vida.
Eu fiquei
surpreso com uma liminar dada por uma juíza para que os estabelecimentos de
ensino fossem fechados. Essa liminar foi cassada precariamente, por enquanto.
A gente
acredita na justiça e, lendo aqui os Anais desta Casa, eu encontrei um
requerimento de informação da deputada Beth Sahão, de 2019, onde ela fazia
várias perguntas à Secretaria da Educação sobre o sistema de ensino dos Arautos
do Evangelho.
Ela perguntava
assim: “A secretaria tomou conhecimento acerca da metodologia de ensino que é
utilizada pelo Colégio Internacional Arautos do Evangelho?”; “Como é feito o
processo de supervisão de ensino pela Delegacia Regional de Ensino?”; “O senhor
pode esclarecer quais medidas estão sendo adotadas, ou adotará, pela Secretaria
da Educação em decorrência de denúncias tidas pelo colégio?”.
Presidente, só
para finalizar aqui, a Secretaria da Educação respondeu ao ofício e, entre
outras coisas que disse, responde assim: “Ao tomar conhecimento da denúncia, a
fim de apurar a consistência e procedência, o dirigente regional de ensino
determinou a averiguação sumária dos fatos. Para tanto, designou comissão
composta por duas supervisoras de ensino.
Em seus
trabalhos, a comissão realizou visitas ao colégio nos dias 16, 19 e 28/08 de
2019, colheu declarações de pais de alunos, alunos e funcionários dos colégios,
vistoriou as salas de aula e demais ambientes dos colégios e analisou os
documentos relativos à vida escolar dos alunos e os documentos necessários ao
funcionamento do estabelecimento de Ensino.
Nesse passo, a
comissão de supervisão...” - isso aqui, pessoal, a comissão de supervisão da
Secretaria de Ensino, da Diretoria Regional. Não tem nada a ver conosco aqui.
“Nesse passo, a comissão de supervisão atestou a regularidade do regimento
escolar, calendário de escola e eventos, horários de aulas das 08:30 às 13:50,
planos de aula homologados para o corrente ano e, ao final, manifestou-se no
sentido de que, de acordo com as visitas realizadas, a análise documental e
oitivas, as atividades pedagógicas e a rotina escolar, aparentemente, não
indicam irregularidades apontadas na denúncia”.
Então,
senhores, eu digo aqui a vocês: isso aqui se chama perseguição religiosa, isso
aqui se chama perseguição a um belo trabalho feito pelos Arautos do Evangelho,
não só nessa parte espiritual, levando o evangelho a todas as criaturas, um
mandato aí que Jesus Cristo deu a seus discípulos, a seus apóstolos.
Essa questão do
ensino, vocês imaginem se essa decisão dessa juíza fosse realizada e se
fechasse esse colégio em Caieiras, onde nós colocaríamos 250 jovens da escola
pública do estado de São Paulo? Imaginem só, os meninos dos Estados Unidos, da
Europa, da Ásia que estão lá iriam estudar aonde? Na escola pública em São
Mateus? No Aricanduva? Em Pirituba? No Campo Limpo Paulista?
Pelo amor de
Deus, senhores, vamos nos atentar que nesse processo todo as famílias não estão
sendo escutadas, os jovens não estão sendo ouvidos. É um trabalho de excelência
que os Arautos fazem nessa questão da educação, que militantes antirreligiosos
querem jogar na lata do lixo, e nós não vamos permitir. Nos próximos dias,
retornarei a esta tribuna trazendo vídeos, documentos, mostrando de quem está
partindo essa perseguição religiosa aos Arautos.
Então todo o
meu apoio a esse belo trabalho que eles fazem não só em Caieiras, mas por todo
o Brasil, e meu apoio às famílias, aos pais e às mães, aos jovens alunos que
estão ali.
Tive a
oportunidade de conhecer um, que é filho de nordestino, filho de pernambucano,
meus conterrâneos. Atesto a excelência do sistema de ensino desses meninos e
meninas, desses jovens ali no colégio. Eu faço um apelo: que a nossa Justiça
ouça pais, mães e alunos desse colégio, presidente.
Muito obrigado
pela tolerância.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Se houver acordo
entre as lideranças, peço o levantamento da presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Havendo, sim,
acordo entre as lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de segunda-feira, à hora
regimental, sem Ordem do Dia.
Está levantada a sessão.
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* *
- Levanta-se a sessão às 14 horas e 57
minutos.
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