30 DE MAIO DE 2022

47ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: GIL DINIZ e MAJOR MECCA

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - GIL DINIZ

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CORONEL TELHADA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

3 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

4 - PRESIDENTE GIL DINIZ

Convoca os Srs. Deputados para uma sessão extraordinária, a realizar-se amanhã, às 16h30min; e uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se dez minutos após o término da primeira.

 

5 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência.

 

6 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

7 - JANAINA PASCHOAL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

8 - GIL DINIZ

Assume a Presidência. Endossa o pronunciamento da deputada Janaina Paschoal.

 

9 - MAJOR MECCA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

10 - ENIO LULA TATTO

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

11 - ENIO LULA TATTO

Para reclamação, faz pronunciamento.

 

GRANDE EXPEDIENTE

12 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

13 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, faz pronunciamento.

 

14 - CARLOS GIANNAZI

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

15 - PRESIDENTE GIL DINIZ

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 31/05, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gil Diniz.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Oradores inscritos no Pequeno Expediente: convido a fazer uso da tribuna o nobre deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) A nobre deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) A nobre deputada Leci Brandão. (Pausa.) O nobre deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) O nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) A nobre deputada Marta Costa. (Pausa.) O nobre deputado Coronel Telhada. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Boa tarde a todos. Boa tarde, presidente Gil Diniz, e a todos os funcionários e assessores aqui presentes, a todos os que nos assistem pela Rede Alesp, aos nossos e nossas policiais militares, sempre aqui presentes.

Quero começar minha fala aqui hoje, nesta segunda-feira, dia 30 de maio... Nós tivemos um fim de semana agitado, né? Acho que todos os deputados também estão trabalhando bastante aos finais de semana.

Então, eu quero começar aqui com o sábado passado. Nós tivemos, no dia 28, um evento com várias associações de veteranos das Forças Armadas, da Polícia Militar. E nós realizamos uma reunião ali no Palestra Gratuita, na Cruzeiro do Sul, e fizemos um evento em homenagem ao Dia da Infantaria. Então, compareceram vários presidentes de associações, vários membros de associações de veteranos.

Em especial, quero fazer um agradecimento ao meu amigo Gerotto, que é presidente da Associação dos Veteranos do Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, o Esquadrão Anhanguera, que esteve lá conosco. Também meu filho, capitão Telhada, esteve presente. Foi um evento com participação de muita gente. Muito obrigado a todos os que participaram.

Ainda, no domingo, nós estivemos, pela manhã, na cidade de Atibaia, participando do Primeiro Campeonato de Tiro dos Advogados da Região de Mogi das Cruzes, com vários amigos.

Quero mandar um abraço para o amigo Paulo Braga, para o Vilas Boas, para toda a turma que esteve conosco lá. E eu também estive lá com meu filho Capitão Telhada, meu chefe de gabinete, coronel José Paulo, e nosso amigo Tito.

E tiramos fotos com várias pessoas. Aí nessa foto, com um instrutor de tiro lá de Atibaia. Um abraço a todos os amigos e amigas do clube de tiro de Atibaia, um lugar muito atuante na prática do tiro desportivo e defensivo também. E tem nos ajudado grandemente.

E agora há pouco... Desci direto dessa reunião, inclusive, reunião presidida pelo nosso amigo, deputado Edmir Chedid. Hoje nós participamos do 5o Seminário Eleitoral, sobre as eleições de 2022.

Esse evento foi aqui no auditório Teotônio Vilela. Gil, prepara o lombo, viu, porque neste ano a campanha eleitoral vai ser muito complicada, não só para todos os candidatos, mas para os que participarão da campanha também. Pois a nossa legislação dificulta em muito o trabalho nas campanhas.

As pessoas acham: “não, mas tem que ser...”. Realmente, tem que ser uma coisa controlada, bem organizada. Mas o excesso de rigor nas eleições, nas campanhas, faz com que haja muito problema, fazendo com que a gente não consiga trabalhar, realmente, e levar o recado ao público. Isso é muito complicado, mas é a realidade; nós temos que enfrentar isso aí.

Esse final de semana, nós tivemos aí a chamada Virada Cultural. Eu não preciso falar que, para mim, essa Virada está dispensada. Eu não suporto essa Virada Cultural. Eu sei que muitos colegas que trabalham na área de atuação, de eventos, precisam disso para conseguir o seu ganha-pão, o seu trabalho.

É um trabalho valoroso, mas infelizmente a virada cultural, principalmente aqui na cidade de São Paulo, tem um viés de esquerda muito grande. Um viés, uma participação de artistas...

Eu não entendo. Eu sou muito burro, sabe; eu não entendo. O artista está lá para divertir o povo, para tirar, às vezes, o povo do seu dia a dia, dos seus problemas. Aí vêm uns artistas lá que vêm falar em política. Eu não entendo isso.

Eu não quero saber o que o artista pensa de “a”, “b” ou “c”; direita ou esquerda. Às vezes, eu gosto da música do cara, só isso. Mas eu chego e sou obrigado a ouvir umas idiotices. E nós tivemos um exemplo prático disso aí.

Machado, põe no ponto, por favor. Aí no centro de São Paulo, nós tivemos uma verdadeira batalha campal entre mendigos, entre “noias”, entre pessoas de má condição e até de má conduta. Joga no ar esse vídeo para mim?

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Dá uma olhada nisso, gente. Isso é Virada Cultural. Dá uma olhada nisso. Aí a pessoa vai reclamar: “Ai, a polícia me espancou, tomei porrada da Polícia Civil, tomei porrada da Polícia Militar”, mas dá uma olhada. Desculpa, mas isso aí é uma zona, gente, no sentido literal de bagunça. Olha que absurdo isso. Isso é uma virada cultural ou é uma guerra?

 Então o que acontece? Nós tiramos o policiamento dos locais onde o policiamento deveria estar trabalhando para ficar tomando conta de “noia” que está brigando na rua. Nós tiramos o policiamento para evitar roubo para ficar separando vagabundo, a realidade é essa.

Então é uma situação muito triste, mas eu não posso deixar de elogiar algumas pessoas que trabalharam, os policiais militares. Nós temos um vídeo. É vídeo ou é foto, Machado? É foto. Põe na tela toda, por favor. Nós temos essa foto de bombeiros ou bombeiras. São bombeiros voluntários, bombeiro civis. Nesta foto, você pode ver que as duas meninas estão carregando um cidadão que possivelmente passou mal ou foi espancado.

Eu não posso deixar de mandar um abraço para esse pessoal que fez esse trabalho, os nossos guardas civis metropolitanos, policiais militares, bombeiros civis e voluntários, enfim, todos os que trabalharam para melhor condição do evento. Infelizmente esse evento é sempre complicado, porque tem muito problema.

Para fechar, Sr. Presidente, eu quero passar um vídeo rapidamente. Esse vídeo viralizou, pus até em minha rede social, de um trabalho dos colegas da Guarda Municipal de Holambra. Põe no ponto, põe em tela cheia, por favor. Vejam só. Solta o vídeo, por favor.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Eles conseguiram abrir o guarda-volumes de uma agência bancária. Quem estava lá dentro? Um moleque se trancou dentro do guarda-volumes, gente! Molecada, né? Não dá nem para falar. Um entrou, e o outro trancou no guarda-volumes.

A Guarda Municipal, graças a Deus, lá de Holambra, um abraço a todos, conseguiu retirar o moleque lá de dentro são e salvo. Nem adianta dar bronca, moleque é isso aí. A gente já foi moleque, a gente sabe como é, mas graças a Deus está tudo bem, as crianças estão bem. Parabéns aos amigos da Guarda de Holambra.

Também quero lamentar a morte de mais um herói brasileiro, o veterano Argemiro de Toledo Filho, ex-combatente da Segunda Guerra Mundial. O Argemiro lutou na Itália em 44 e 45 e infelizmente faleceu aos 97 anos de idade ontem, domingo, dia 29 de maio, em Itapetininga, aqui no interior de São Paulo.

Então um abraço à família do Sr. Argemiro de Toledo Filho, que nasceu em Indaiatuba e também pertenceu à Força Expedicionária Brasileira, lutando pelo Brasil e pela liberdade no mundo com a Força Expedicionária Brasileira lá na Itália. Um abraço para a família do Sr. Argemiro de Toledo Filho, lembrando sempre aqui que meus heróis não morreram de overdose. Meus heróis são heróis de carne e osso que lutam pelo bem da sociedade.

Finalmente quero aqui cumprimentar. No dia 28 de maio, sábado, foi o aniversário da querida cidade de Valinhos. Um abraço aos amigos e amigas de Valinhos.

Ontem, domingo, dia 29 de maio, foi o dia de São Pedro do Turvo, o município de São Pedro do Turvo. Um abraço os amigos e amigas. E hoje, dia 30 de maio, segunda-feira, os aniversariantes são Palestina, Valparaíso e São Joaquim da Barra. Um abraço a todos os amigos dessas queridas cidades.

Obrigado, Sr. Presidente. Desculpe o tempo excedido.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre deputado Coronel Telhada. Seguindo a lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, convido a fazer uso da tribuna o nobre deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, eu venho a esta tribuna no dia de hoje para rebater e desmentir as mentiras que o governador Rodrigo/Doria...

Vou chamar de Rodrigo/Doria até o momento em que ele revogue o confisco das aposentadorias e pensões, porque até o momento ele está reproduzindo as mesmas práticas e as mesmas políticas do governador que ele apoiou, e que ele era vice, que era o Doria.

Então, ele continua atrelado à imagem, à figura do Doria e, sobretudo, às práticas do ex-governador Doria, que agora voltou para as águas da sua insignificância, voltou para o nada, pelo menos no mundo político.

Sr. Presidente, o governador, Rodrigo/Doria, deu uma entrevista recentemente em uma rádio em Araraquara, em uma dessas atividades eleitoreiras que ele vem fazendo, distribuindo tratores, ambulâncias, viaturas, emendas e tudo mais. Eu já denunciei aqui. Inclusive, presencialmente eu fui testemunha do que vem acontecendo em Presidente Prudente.

Eu filmei, fiz vídeos, conversei com prefeitos, com vereadores, já acionei o Ministério Público, inclusive. Montei uma espécie de dossiê, com todas as provas de que ele está utilizando a máquina pública para a campanha eleitoral.

Mas ele deu uma entrevista em Araraquara, em um desses encontros, mentindo abertamente, Sr. Presidente, sobre a questão dos aposentados e pensionistas. Então, eu quero primeiro mostrar o vídeo, para depois aqui fazer as considerações sobre o que ele fala.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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 Dá uma congelada, Machado, nessa parte do vídeo. Eu quero fazer um comentário aqui dizendo o seguinte: primeiramente, que a pessoa que está entrevistando o governador fala de 11 a 16 por cento. Na verdade, o desconto aqui em São Paulo é de 12 a 16 por cento.

O governador cita a Constituição Federal, a Emenda nº 103, que foi a reforma da Previdência do Bolsonaro, que autorizou os descontos. Ela não impõe, não é algo compulsório. Há uma autorização. Não significa que o Estado tenha que fazer, necessariamente, esse confisco, esse assalto a seus servidores.

Então, queria deixar isso claro, o primeiro ponto. E o segundo, deputado Gil Diniz, deputado Mecca, deputada Janaina, ele fala de uma dívida de um trilhão de reais. Isso dá quase quatro Orçamentos do estado de São Paulo.

Nosso Orçamento para 2022 é de 286 bilhões de reais. Ele fala de um trilhão. Talvez nem a dívida previdenciária de todo o Brasil chegue a esse valor. Tenho dúvidas em relação a isso.

Eu não sei de onde ele tirou esse número, de um trilhão. Ele é absurdo. Ele nunca foi apresentado a nós na Assembleia Legislativa, em nenhum debate, em nenhum momento a São Paulo Previdência falou desse déficit atuarial.

Aliás, aquele documento, aquela auditoria que foi apresentada para justificar o déficit, Sr. Presidente... e muito depois da publicação do decreto. Porque, quando o decreto foi publicado, não foi apresentado nenhum tipo de cálculo. Isso foi apresentado bem depois, porque nós colocamos essa questão.

Então, esse um trilhão não existe, Sr. Presidente. Isso é um absurdo. Só para terminar o vídeo, Sr. Presidente, pedindo aqui a paciência dos nossos colegas.   Continuando o vídeo, porque ele é curto.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Só mais um congelamento, para terminar, Sr. Presidente. Olha, não neutralizou nada, porque o desconto, como eu disse, ele deu um reajuste para a maioria dos servidores de 10%, mas no salário-base dos servidores. Quando tem esse reajuste, tem a incidência depois do desconto previdenciário, que come, que consome uma parte desse suposto reajuste. Olha só, não neutralizou absolutamente nada.

Ele usa uma figura de linguagem para tentar amenizar a maldade, sem contar que ele mesmo reconhece o processo inflacionário. Depois ele fala em 25% de inflação nos três últimos anos, sendo que só no atual mês em que estamos agora, entrando quase em junho, estamos com 12% de inflação.

Então, não houve a neutralização de absolutamente nada, nem para os servidores da ativa e muito menos para os aposentados e pensionistas.

Agora, a última parte do vídeo.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Olha, ele continua até o final do vídeo mentindo, Sr. Presidente, falando que, por conta do período eleitoral, dá a entender que não é possível revogar o Decreto nº 65.021. Isso não procede. Nós fizemos aqui uma consulta. A revogação do decreto pode ser feita a qualquer momento. Por isso, a nossa luta aqui na Assembleia Legislativa é pela aprovação imediata do PDL 22. Não tem nada a ver com período eleitoral a questão da revogação de um decreto do próprio governo.

Ele joga a culpa depois na economia, só que, antes disso, em vários momentos, esse governo fez propaganda dizendo que São Paulo não estava em crise, que São Paulo não é o Brasil, que São Paulo é o Brasil que deu certo. Essa foi a propaganda do governo o tempo todo, que aqui não tem crise econômica, que aumentou a arrecadação e aumentou bastante.

Estamos acompanhando a arrecadação do estado de São Paulo, que aumentou bastante, tanto é que o governo está investindo. Ele mesmo diz: “Estamos investindo mais de 40 bilhões de reais em compra de maquinários, investimentos”. Ele fala disso toda hora. Está dando 60 bilhões para os grandes grupos econômicos através das isenções fiscais, só no ano de 2022.

Por fim, ele fala ainda que valorizou os servidores públicos, Sr. Presidente. Olha que absurdo. Ele tirou as faltas abonadas dos servidores públicos, ele acabou com o reajuste do adicional de insalubridade dos servidores, aumentou a contribuição do Iamspe, confiscando também salários e aposentadorias. Eu ficaria aqui horas falando de todas as maldades desse governo contra os servidores.

Então, está aí a nossa posição crítica, desmentindo as palavras e afirmações feitas pelo governador Rodrigo/Doria.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre deputado Carlos Giannazi. Seguindo aqui a lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente. Antes, porém, convocação:

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se amanhã, às 16 horas e 30 minutos, ou dez minutos após o término da sessão ordinária, em cumprimento ao interstício mínimo previsto no § 3º do Art. 100 do Regimento Interno,  com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 17ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 31/05/2022.

 

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Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se amanhã, dez minutos após o término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 18ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 31/05/2022.

 

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Seguindo aqui a lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente... Vou usar a tribuna, Mecca. Você assume os trabalhos, por gentileza?

 

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- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

 

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O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Boa tarde a todos. Assumindo a Presidência dos trabalhos nesta tarde no Pequeno Expediente, dando continuidade à lista de oradores inscritos, chamamos o deputado Gil Diniz para uso da tribuna. Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, deputado Major Mecca, que preside o Pequeno Expediente. Boa tarde, deputada Janaina Paschoal. Boa tarde a todos os assessores, nossos policiais militares e civis, público que nos assiste pela Rede Alesp, ao deputado Carlos Giannazi, também presente aqui no Pequeno Expediente.

Presidente, hoje nós teremos a visita aqui do ministro Tarcísio de Freitas, que estará conosco na Assembleia Legislativa aqui ao lado do auditório numa Frente Parlamentar em Defesa dos Pequenos Agricultores Assentados. Logo mais, acho que dentro dos próximos minutos, ele chega aqui à Assembleia. Então dar as boas-vindas ao ministro Tarcísio.

Nesta Assembleia Legislativa, vários deputados já declararam apoio público à sua pré-candidatura - eu sou um desses. Todos aqui, a deputada Janaina Paschoal, o deputado Major Mecca, exceto o deputado Carlos Giannazi, que nós estamos tentando aqui o convencimento ainda.

Espero que até a eleição nós consigamos mudar aqui o seu posicionamento. Tarefa difícil nós sabemos, mas o não nós já temos. Presidente, venho aqui a esta tribuna hoje para dar parabéns aos nossos policiais militares e civis, que mais uma vez têm sido duramente criticados pela Rede Globo e por toda a grande imprensa.

Chamam, deputada Janaina Paschoal, de uma Virada Cultural no centro de São Paulo, agora estendida ali na periferia de São Paulo, com vários shows, centenas, milhares de pessoas pelas ruas. E parece que algumas câmeras ficaram em locais estratégicos, Mecca, para pegar o que nós sabemos que existe ali diariamente no centro de São Paulo: furtos, assaltos, violência como um todo.

E é engraçado que eles não culpam os bandidos, eles não culpam os criminosos. Eles culpam a nossa polícia pelos assaltos e furtos que teve ali. “Por que não agiram? Por que não fizeram nada?” Para quê? Para a manchete se tornar: “Violência, abuso policial”?

Eu vi, deputada Janaina Paschoal, ali - o Coronel Telhada passou agora pouco aqui na tribuna - dez, 15, 20 jovens descendo a porrada em um cidadão que estava ali assistindo ao show para levar o seu celular, a sua carteira. Como é que a polícia deve agir nesses momentos?

Porque, Mecca, se dá um “mão na cabeça”, se faz ali a revista pessoal, “Olha, revista pessoal não pode mais”; estão relativizando a questão da revista pessoal. Imagine só, era uma quadrilha organizada em assalto e furto de celulares. Vem o policial, Mecca, e dá ali uma bordoada num vagabundo, um tapa na orelha para imobilizá-lo: “Olha, violência policial”.

Se não faz nada é prevaricação; se faz é abuso de poder. Aí coloca uma câmera na farda do policial justamente para inibir. Então eu gostaria que esses especialistas explicassem para a nossa força de segurança como que faz, como que prende 15, 20, 30 infratores bandidos abaixo de 18 anos ali no centro de São Paulo.

Está difícil, deputada Janaina. A gente quer resolver uma situação, a gente quer resolver um problema, a gente quer dar segurança para a população, mas quem tem o poder de fazer nesse momento se acovarda. É inviável trabalhar como policial hoje nas ruas de São Paulo.

Fiquei com dó ali da população que teve o seu celular roubado, que tomou porrada, tapa na cara, chute na cabeça, Mecca, de vagabundo ali no centro, mas o que os nossos policiais podem fazer nesse momento? “Olha tem que agir com inteligência”. Que inteligência?

Porque falta inteligência para esse tipo de jornalista, que todo dia ataca as nossas polícias. Senhores, todos os dias os nossos policiais vêm sendo expostos na Rede Globo e na grande mídia como se fossem algozes.

Vossa Excelência passou mais de 30 anos na Polícia Militar, no enfrentamento, no dia a dia. Então eu dou parabéns aqui aos policiais militares que estiveram lá, aos policiais civis, à Guarda Civil Metropolitana, que todos os dias são achincalhadas.

Então já tem duas matérias prontas, Mecca: primeiro, para questionar a inércia da força policial. “Olha, por que deixaram tantos furtos, tantos assaltos, acontecerem?”, e, segundo, se tiver ali o emprego da força legítima, “olha, violência policial, olha, prenderam menores, olha, constrangeram ali menores de idade”, e tudo mais.

Então mais uma vez parabéns aos nossos policiais militares e civis, parabéns à Guarda Civil Metropolitana, que dentro das suas possibilidades deram ali o enfrentamento. E, prefeito, está na hora, hein, prefeito Ricardo Nunes, está na hora de tomar aí a frente e começar a defender a Guarda Civil Metropolitana.

Governador Rodrigo Garcia, secretário, o senhor é muito bom de discurso, secretário, é muito bom de contar a história, Mecca, da força de segurança de cem, duzentos, quinhentos anos atrás.

Agora, para defender a nossa tropa no dia a dia, nesse momento, é debaixo da escrivaninha, no gabinete. Pelo amor de Deus. Mais uma vez: parabéns aos nossos policiais militares e civis e à Guarda Civil Metropolitana, presidente.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Obrigado, deputado Gil Diniz. Dando continuidade à lista suplementar de deputados inscritos, chamo o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal, tem V. Exa. o tempo regimental para o uso da tribuna.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento todas as pessoas que nos acompanham, V. Exa., Sr. Presidente, colegas deputados, funcionários da Casa, eu inicio a manifestação nesta segunda-feira dando minha solidariedade, prestando as minhas homenagens às pessoas falecidas em Recife, no estado de Pernambuco, prestando a minha solidariedade às suas famílias.

Todos sabem que a minha família é de Pernambuco. O deputado Gil inclusive é nascido em Pernambuco. Então fica aqui, tenho certeza de que falo por todos os colegas. A nossa solidariedade.

O que está acontecendo lá realmente é muito triste, já são mais de 90 mortes de irmãos brasileiros, que estão enfrentando uma situação muito difícil. Eu tenho parentes lá, e realmente são muitos os desabrigados, então fica aqui a nossa solidariedade ao povo de Pernambuco, em especial, ao de Recife, que é onde o problema se mostra mais grave.

Neste final de semana eu recebi uma mensagem de um colega aqui da Casa, que eu vou preservar, mas preciso tratar do tema. O colega foi muito gentil porque me avisou, muito embora tenha me dado uma péssima notícia.

Disse o colega que vão começar, ele, outros deputados e membros da sociedade civil, uma campanha para que o governador vete o nosso projeto da adoção. Eu digo “nosso” porque muito embora eu tenha sigo a autora, eu seja a autora, na medida em que o projeto foi aprovado aqui na Casa em votação unânime, foi votação unânime, passa a ser nosso, passa a ser nosso.

Eis que no final de semana eu recebo a mensagem de um colega, que vão iniciar uma campanha pelo veto do projeto. Eu queria recuperar um pouquinho da memória aqui e lembrar todos os que nos acompanham que quando eu apresentei o projeto lá no início, eu propunha que as famílias habilitadas para adotar pudessem funcionar como famílias acolhedoras, que é um programa social em que a criança fica com essas famílias por um período determinado, e essas famílias sabem que não podem adotar.

Qual foi a ideia que eu tive quando concebi o projeto? No lugar dessa criança ir para uma família transitória, naqueles casos que já se sabe que a família biológica não tem condições de cuidar, coloca, meu Deus do céu, já no seio das famílias habilitadas para adoção, porque estas querem ser famílias para sempre, é o desejo de serem pais e mães.

Eu apresentei o projeto, não imaginava que haveria uma reação tão grande à utilização da terminologia “famílias acolhedoras”. Muitos colegas disseram que poderia ter confusão, eu expliquei que não via dessa forma, mas o que eu fiz, humildemente, como todo parlamentar deve ser?

As Casas Parlamentares, as Casas Legislativas são plurais. Nós temos que tentar construir um texto que atenda a coletividade. Eu mudei a redação para atender as pessoas que agora disseram que vão fazer uma campanha pelo veto, eu mudei a redação.

Eu tirei “famílias acolhedoras” e coloquei assim: “naquelas situações em que já fica evidente que a criança não conseguirá voltar para sua família biológica, desde logo, estas crianças poderão ser colocadas, as guardas dessas crianças poderão ser concedidas às famílias já habilitadas para adotar”.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.

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O que significa isso, gente? São situações reais. Muitas vezes a irmãzinha mais velha, as irmãzinhas já foram violentadas dentro de casa, e tem uma bebezinha. E acreditem os senhores ou não, a Defensoria recorre, recorre para devolver a criança para a família biológica.

Já se está vendo que não tem condição. Outras vezes tem mulheres assim muito, muito envolvidas com drogas. Eu acredito na recuperação, eu defendo a internação involuntária para o tratamento, que é o que as famílias querem, aliás, mas tem situações que as mulheres não têm condições.

Já têm quatro, cinco filhos abrigados, têm um bebê. Pois a Defensoria recorre, porque quer que o bebê fique com a mãe. Dizem que tem que tratar. Acho ótimo que trate, mas esse bebê vai esperar quantos anos dentro de um abrigo?

Então o que eu estou defendendo? Nestes casos, vamos dar guarda dessas criancinhas para as famílias habilitadas que já passaram por psicólogos, já passaram por sociólogos, são famílias que passaram por todos os crivos técnicos e querem ser pais e mães. Não é um serviço social, não é algo que tem remuneração.

Então, eu mudei a redação para atender a expectativa e o pleito dos deputados que estavam contrários. Pois agora que nós conseguimos aprovar, que o projeto está lá no Palácio aguardando sanção, e eu peço, não tenho vergonha de pedir, eu peço, eu imploro ao governador que sancione, porque não é para mim, é para as crianças invisíveis para o sistema, eles vão fazer uma campanha.

Eu queria entender o seguinte: na medida em que eu atendi o pleito, que não tem mais a expressão “famílias acolhedoras”, qual é o problema agora? Quem é que perde com crianças invisíveis ao sistema passando a ter visibilidade?

Quem é que perde? Quem é que deixa de lucrar com isso? É medo de perder os empregos? É medo de ter menos contratações em abrigos ou na condição dos serviços de famílias acolhedoras? Não vão perder, porque tem muitas crianças, e tem que fazer as triagens, e tem que fazer as entrevistas.

Então precisa abrir a cabeça, pelo amor de Deus, é desesperador, de verdade, pelo amor de Deus, para que nós possamos dar visibilidade para as crianças que estão envelhecendo nos abrigos.

Eu vou fechar, presidente, que eu sei que eu já extrapolei. Quando eu levanto esse tema as pessoas dizem: “A senhora está mentindo, não tem criança pequena em abrigo.”

Pode não ter na fila para adoção, porque quando eles liberam para adotar já são quatro, cinco, seis anos que a criança está esperando um processo que já se sabe como é que vai terminar, mas fora do sistema de adoção, em abrigos, nós temos quatro, cinco vezes o número de criança que está na fila para ser adotada, bebê de um, dois, três anos.

Quem é que ganha deixando aqueles bebês crescerem fora do seio de uma família? O que que tem por trás disso? Podem fazer campanha pelo veto? Podem, mas eu vou cobrar explicações. Eu quero saber quem é que está lucrando com tanta criança invisível para o sistema.

Todo mundo é livre para fazer campanha a favor de veto, a favor de sanção, mas eu não vou ficar calada, porque eu atendi ao pleito, eu mudei a redação. Foi votado aqui e aprovado unanimemente, agora vão fazer campanha?

É isso, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre deputada Janaina Paschoal. Vosso projeto, se eu não me engano, 755, de 2020, tem o nosso apoio e, se vão fazer campanha pelo veto, nós faremos campanha pela sanção desse projeto. Vossa Excelência, que atendeu à demanda dos deputados aqui; eu me lembro desse projeto, quando foi pautado.

Como eu disse, vamos fazer essa campanha pró-sanção. Nós esperamos a sensibilidade do Sr. Governador para sancionar esse projeto. Parabéns pela propositura. Com a palavra, o nobre deputado Major Mecca, seguindo a lista dos oradores inscritos no Pequeno Expediente.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados. A deputada Janaina Paschoal tem todo o nosso apoio, até mesmo porque nós acompanhamos a luta intensa e contínua dessa parlamentar em cima desse projeto, bem como outros. Conte com o nosso apoio, deputada.

O governador Rodrigo Garcia, o grande aliado e par do Sr. João Agripino Doria, já assume, em entrevistas, que o reajuste salarial dos policias no estado de São Paulo nem se aproximou da recomposição inflacionária. Então, ele sabe, é conhecedor de que a situação de miséria em que vivem os nossos policiais no estado de São Paulo ainda continua.

Na semana passada, eu estive num ato de fiscalização no centro da cidade, na 1ª e 2ª companhias do 7º Batalhão. Essa companhia, deputado Gil Diniz, fica na Praça Roosevelt; na verdade, duas companhias da Polícia Militar num mesmo corredor de uma instalação. É um único corredor que acolhe ali duas companhias da Polícia Militar. Olha o absurdo, 1ª e 2ª companhias do 7º Batalhão, na Praça Roosevelt.

Eu entrei no alojamento de cabos e soldados. Deputado Gil, que ambiente insalubre e indigno a um ser humano. Eu estive, no início do ano, na Alameda General Carneiro, na 4ª Companhia do 7º Batalhão, onde o alojamento fica embaixo de um viaduto, a companhia. O policial entra para se trocar, para fazer um descanso: rato passando pelo alojamento.

Nós cobramos aqui, porque o povo do estado de São Paulo está sofrendo nas mãos de criminosos e a malha protetora da sociedade, quem expõe a sua vida para defender o cidadão de bem, são os nossos soldados, é o policial que está na linha de frente, embarcado numa viatura de radiopatrulha.

Se expondo, trocando tiro, tirando turnos de 14, 20, 24 horas, se exaurindo física e psicologicamente para defender o povo de São Paulo e ter, como contrapartida, esse tipo de tratamento, Sr. Governador; sr. comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ronaldo; delegado-geral da Polícia Civil, Dr. Nico.

O Ronaldo e o Nico, eu conheço os dois. Eu não acredito que os senhores dão as costas para os policiais para passar a mão e acobertar os descasos deste governo do PSDB em relação à polícia.

Eu não acredito nisso, um general, secretário de Segurança Pública, que não fala pela sua tropa. Onde o senhor aprendeu isso, general Campos, virar as costas para a sua tropa? Vai na primeira e segunda companhia do sétimo. Ambiente insalubre para os nossos soldados.

E nós vamos passar as mãos na cabeça do Governo do Estado de São Paulo, desse Rodrigo Garcia, do senhor João Agripino Doria? Vai, comandante-geral, imagina o senhor o que o senhor Agripino Doria está fazendo agora com a Medalha Brigadeiro Tobias, que foi dada a ele? Consegue fazer ideia, Gil, do que o João Doria está fazendo agora com a medalha? Se ele já não jogou no lixo, porque não dá valor nenhum?

Como o Rodrigo Garcia também não dá valor algum aos nossos policiais do estado de São Paulo. E nós podemos continuar com o absurdo e um desrespeito como esse a homens e mulheres que derramam o seu sangue em solo paulista combatendo crime? Nós voltaremos aqui para continuar o nosso discurso e as nossas denúncias.

Está indo para a Secretaria de Segurança Pública, para o Comando Geral, mais um ofício, mais um requerimento de informação, mas parece que eles não veem. Está tudo bem.

Todo mundo puxando o saco do governador, dando medalha para o Rodrigo Garcia no pátio da Rota, deputado Enio Tatto, e assim segue o povo sem segurança, nas mãos de criminosos, e o policial abandonado neste Estado. Isso é crime contra a humanidade.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Muito obrigado, nobre deputado Major Mecca. Convido a fazer uso da tribuna o nobre deputado Enio Tatto. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Sr. Presidente, nobre deputado Gil Diniz que está presidindo a sessão, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público que nos assiste pela TV Alesp e pelas redes sociais. Queria cumprimentar o deputado Mecca também pelo seu pronunciamento.

Sr. Presidente, semana passada eu fiz um desabafo aqui sobre a situação da linha 9-Esmeralda, da CPTM, da região da Capela do Socorro, Grajaú, Parelheiros, Varginha. Acho que é a pior linha de trem - tanto de trem como de metrô - de toda a Região Metropolitana, de toda a capital de São Paulo, onde nós temos essas linhas, que são poucas. Vamos relembrar. Machado, você pode colocar o vídeo?

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Tá bom, é isso. Só relembrando. Mas, Sr. Presidente, eu subo a essa tribuna, poderia chegar aqui e falar que estou resolvendo o problema, que a empresa que ganhou a privatização e a CPTM resolveram.

Mas a população daquela região, hoje, foi pega de surpresa com mais uma notícia bombástica e péssima. Existia uma licitação para construir o terminal de ônibus e trem integrado, entre a SPTrans e a CPTM, lá na Estação Varginha.

Estava previsto para abrir os envelopes em março. Foi adiado para 2 de junho, que é quinta-feira próxima. Pois bem: no dia 28, sábado, saiu uma notícia, da CPTM, de que foi adiado, mais uma vez, por tempo indeterminado. Tempo indeterminado!

Ninguém consegue entender o que acontece com a Linha 9 - Esmeralda, com as obras, com a falta de planejamento, com a incompetência. Agora, de dois órgãos: um órgão da prefeitura, do Ricardo Nunes, o prefeito; outro órgão, do Rodrigo Garcia e Doria, que é a CPTM.

Então é um convênio para construir o terminal de interligação de trem e ônibus, e agora, mais uma vez, adiado. Adiado por tempo indeterminado. Aí, o que eu fiz, como deputado? Liguei para o presidente da CPTM, o senhor Pedro Moro. Primeiro, agradecer que ele me atendeu. Já é uma coisa nova. Poderia me dar uma reclamação, para completar.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - PARA RECLAMAÇÃO - O que ele me fala? “Deputado, houve uma majoração de preço. As ofertas, os envelopes, estão muito altos, e a gente vai rever todo o problema. E a gente vai abrir um prazo, que eu acho que em 30 dias... e a gente está fazendo, novamente, a abertura dos envelopes.”

Dá para acreditar nisso, mais uma vez? A população consegue acreditar em mais uma promessa, em mais um adiamento do Governo do Estado de São Paulo, a respeito das obras da CPTM, da Linha 9 - Esmeralda, que vai até Varginha? 

Eu coloquei aqui que demoraram 10 anos, sem exagero, para construírem dois quilômetros de trilho. Aí inauguraram a Estação Mendes - Vila Natal, em junho do ano passado, e falaram que ia funcionar integralmente a partir de dezembro. 

Nós estamos terminando o mês de maio, e está em caráter experimental. Aproveitei para fazer o mesmo pedido, para o presidente da CPTM, no dia de hoje, Pedro Moro. 

Depois de cinco meses, que era para estar funcionando em período integral, hoje ele me falou que, em meados de junho, começa a funcionar em período integral, como foi prometido. Agora, Sr. Presidente, tem como acreditar em alguma promessa do governo do PSDB? 

Tem como acreditar em algum planejamento do governo Doria/Rodrigo Garcia? Não dá. Aquela população não acredita em mais nada. Porque é muita mentira, é muita enganação. Fizeram uma grande festa, como eu falei na semana passada, para inaugurar a Estação Mendes - Vila Natal, depois de 10 anos. Fizeram promessas no palanque. Festejaram. 

E agora, a população daquela região sofrida, pobre, trabalhadora, que levanta às 3 ou 4 horas da manhã, para chegar ao trabalho, que chega às 10 ou 11 horas da noite em casa, por falta de transporte, é mais uma vez enganada pelo Governo do Estado de São Paulo. 

E agora, junto com o prefeito da cidade de São Paulo, que mora naquela região, que conhece aquela região. E o acordo é entre SPTrans e a CPTM, para construir esse terminal de ônibus do Varginha.

Infelizmente, é isso que a gente tem no estado de São Paulo, governando o estado de São Paulo e governando a prefeitura de São Paulo. Lamentavelmente, PSDB; lamentavelmente, Doria, Rodrigo Garcia, prefeito Ricardo Nunes, secretário de Transporte estadual, municipal, diretoria, presidência da CPTM. 

Mais uma vez vocês estão enganando a população da zona sul de São Paulo, em especial da Capela do Socorro, Grajaú, Varginha e Parelheiros. Vamos continuar cobrando, fiscalizando e obviamente começaremos a fazer manifestações, porque só na base da pressão dos movimentos sociais organizados, em especial do Transporte, a gente vai conseguir tirar essa Linha Esmeralda da CPTM, para que funcione e que tenhamos o terminal de ônibus e do trem para atender a toda aquela população sofrida. 

Era isso, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre deputado Enio Tatto. Encerrada a lista dos oradores do Pequeno Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Eu gostaria de utilizar a tribuna pelo Art. 82 do Regimento Interno, pela liderança do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - É regimental. Vossa Excelência tem o prazo de cinco minutos regimentais.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Antes, Sr. Presidente, queria me associar ao que disse o deputado Enio Tatto e parabenizá-lo pela luta que ele tem feito na Região da Capela do Socorro, e em toda a zona sul, para que nós tenhamos um transporte sobre trilhos que possa atender de fato à nossa população, tão maltratada nessa área e em tantas outras áreas sociais.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Tem a palavra o nobre deputado Carlos Giannazi, pela liderança do PSOL.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, de volta à tribuna no dia de hoje. Eu, na semana passada, apresentei aqui o vídeo relatando uma pesquisa feita nas redes sociais, mostrando claramente a força dos aposentados e pensionistas no nosso estado, que estão pressionando a Assembleia Legislativa e o Poder Executivo para que seja revogado imediatamente o confisco, o assalto, o roubo das aposentadorias.

Muitas pessoas me perguntaram, querendo saber a origem do vídeo: é do ICL, que é um instituto que pertence ao economista Eduardo Moreira. Eu vou mostrar de novo, Sr. Presidente, porque esse vídeo representa um aviso, um alerta aos deputados estaduais e também ao próprio governador Rodrigo/Doria.

Porque o mesmo fim que teve o ex-governador Doria, terão, com certeza, deputados e o próprio governador, caso não seja revogado o confisco das aposentadorias e pensões. Porque esse movimento já ganhou uma força incontrolável em todo o Estado.

Eu quero mostrar rapidamente o vídeo, um aviso aqui aos navegantes.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Olha, então está aqui, pessoal: é uma pesquisa, na verdade, é uma análise que já aparece... O que o Pedro Barciela, que é o analista das redes sociais, constatou, está sendo constatado por vários analistas, que é a força do movimento dos aposentados e pensionistas.

Quando eu falei que é um movimento incontrolável, é porque ele cresceu de tal forma e ganhou tanta capilaridade no estado, que em todos os lugares a que eu vou tem um movimento organizado através de movimento pela rede social ou mesmo presencial, além de todas as entidades do funcionalismo público - que são mais de 80 - que estão amplamente mobilizadas também.

Hoje todas elas, sem exceção, colocam na pauta o fim do confisco e sobretudo a aprovação imediata do PDL 22. Todas estão pautando essa discussão e essa questão.

Então é um aviso que é dado. Não sou eu que estou dando, a análise mostra claramente isso, que os aposentados primeiramente tiveram uma importância fundamental na derrota do Doria.

Vejam bem, eles aparecem como um fator importante na derrota, na desistência do Doria, e o mesmo fim que teve o governador Doria terão, com certeza, partidos, deputados e sobretudo o atual governador Rodrigo/Doria se o confisco não for revogado imediatamente.

Então esse é o aviso, é o sinal, tanto é que, imediatamente à desistência do Doria, o PDL foi aprovado na Comissão de Finanças, e agora ele está pronto para ser votado aqui no plenário. Não há nenhum óbice, nenhum empecilho, nenhum obstáculo regimental, jurídico ou técnico.

O PDL 22 já está em condições de pauta e em urgência. Ele já está em urgência, não precisa mais de congresso de comissões, de nada. É só o presidente pautar o PDL aqui no plenário, Sr. Presidente.

Tem mais uma notícia importante que eu queria passar aqui aos aposentados e pensionistas e aos deputados, para concluir, Sr. Presidente. Olha, para aprovar um PDL nós precisamos de maioria simples.

Isso significa, deputado Mecca, que nós precisamos de 48 deputados presentes aqui no plenário dando quórum, 48 presentes, e apenas 25 votos. Dos 48 deputados, se 25 deputados votarem a favor do PDL 22, nós já teremos a vitória.

Ou seja, nós temos mais de 25 votos a favor somando aqui todas as pessoas que já se manifestaram. Nós já fizemos as contas, nós temos mais de 30 votos, no mínimo. É muito mais do que isso, mas no mínimo nós já temos o número para aprovar o PDL 22/20, que coloca um fim definitivo no confisco, no assalto, no roubo que revoga o Decreto 65021, do ex-governador Doria/Rodrigo Garcia, que confisca as aposentadorias e pensões.

Então as condições estão todas dadas: 25 deputados votando a favor e 48 deputados presentes aqui na Assembleia Legislativa. Do ponto de vista regimental, as condições estão todas dadas, não há motivo mais.

Tem a pressão, o movimento é forte e está espalhado em todo o estado de São Paulo. Ninguém controla mais esse movimento, que está observando o comportamento de cada deputado e de cada deputada e também pressionando o governador.

 Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, não havendo mais nenhum orador inscrito, e havendo acordo entre as lideranças, eu solicito o levantamento desta sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - É regimental. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a presente sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 09 minutos.

 

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