6 DE JUNHO DE 2022

52ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA e EDNA MACEDO

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão. Convoca os Srs. Deputados para uma sessão extraordinária, a realizar-se amanhã, às 16h30min; e uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se dez minutos após o término da primeira.

 

2 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

3 - EDNA MACEDO

Assume a Presidência.

 

4 - CORONEL TELHADA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

5 - PRESIDENTE EDNA MACEDO

Demonstra os seus sentimentos ao deputado Edmir Chedid, por conta do falecimento de seu pai.

 

6 - MAJOR MECCA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

7 - PRESIDENTE EDNA MACEDO

Endossa o pronunciamento do deputado Major Mecca.

 

8 - JANAINA PASCHOAL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

9 - MAURICI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

10 - JANAINA PASCHOAL

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

11 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

12 - MAJOR MECCA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

13 - MAURICI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

14 - JANAINA PASCHOAL

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

15 - MAURICI

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

16 - PRESIDENTE EDNA MACEDO

Endossa o pronunciamento dos deputados Maurici e Janaina Paschoal.

 

GRANDE EXPEDIENTE

17 - RICARDO MELLÃO

Pelo art. 82, faz pronunciamento.

 

18 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, faz pronunciamento.

 

19 - CARLOS GIANNAZI

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

20 - EDNA MACEDO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 07/06, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente na data de hoje, segunda-feira, dia 6 de junho de 2022.

Antes de abrir o Pequeno Expediente, quero fazer as seguintes convocações. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se amanhã, às 16 horas e 30 minutos, ou 10 minutos após o término da sessão ordinária, em cumprimento ao interstício mínimo previsto no § 3º do Art. 100 do Regimento Interno, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 19ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 07/06/2022.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma segunda sessão extraordinária a realizar-se amanhã, 10 minutos após o término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 20ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 07/06/2022.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pequeno Expediente. Oradores inscritos. Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. Falarei posteriormente.

Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputada Dra. Damaris Moura. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público presente, telespectador da TV Assembleia, no sábado foi publicada uma matéria na “Folha de S. Paulo” falando de uma nota técnica muito importante que foi produzida pela REPU, que é a Rede Escola Pública e Universidade.

A nota técnica se chama: “Novo ensino médio e indução de desigualdades escolares na Rede Estadual de Ensino”. Um trabalho muito bem construído por professores universitários das nossas universidades públicas aqui do estado de São Paulo, sobretudo as universidades federais, os institutos de pesquisa e o Instituto Federal de Educação, Sr. Presidente.

E eu fiquei chocado, primeiro, com a realidade da análise, mostrando o que claramente nós já estávamos vendo. Mas é muito pior do que nós imaginávamos essa situação da implantação autoritária desse suposto novo Ensino Médio, que está causando, Sr. Presidente, um processo terrível de exclusão da Educação no Ensino Médio.

A nota técnica, essa nota técnica da Rede Escola Pública Universitária é assinada por pesquisadores da Universidade Federal do ABC, Unifesp e Instituto Federal de Ensino de São Paulo, e mostra que o novo Ensino Médio, ao contrário do que promete, limita as escolhas dos estudantes e piora as condições de escolarização dos que mais necessitam de uma escola de qualidade.

O novo estudo, primeiro do país a testar a promessa da livre escolha a partir dos dados oficiais, comparou as escolhas dos estudantes, registradas por meio de questionário. Então, Sr. Presidente, o que está acontecendo é que nós estamos tendo falta de professores na rede estadual, e não é qualquer falta, é uma falta massificada. O estudo mostra claramente que a gente está com mais de 22% de falta de professores. Os alunos não estão tendo aulas por conta dessa implantação.

Inclusive, tem uma matéria que me preocupou mais ainda, porque mostra a negligência, a irresponsabilidade e a improbidade do governador Rodrigo/Doria com a Educação. Vejam só a entrevista que ele dá, quando ele é questionado. Até mesmo os jornalistas ficam chocados com a resposta do Rodrigo/Doria. Eu queria colocar rapidamente, Sr. Presidente.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Então, o que é mais inacreditável, Sra. Presidente Edna Macedo, deputado Coronel Telhada, é que o governador naturaliza a falta de aulas na rede estadual de ensino para uma parte significativa dos nossos alunos que estão matriculados nas escolas públicas.

E ainda faz propaganda de um outro projeto falido, que começou já também mantendo a exclusão. Um projeto autoritário, um projeto eleitoreiro, que é o projeto de PEI, a farsa da escola de tempo integral, que está devastando a rede estadual, e vai promover uma das maiores exclusões da história do estado de São Paulo, Sra. Presidente.

É grave a situação. Agora, é criminosa essa fala do governador Rodrigo/Doria, tentando minimizar, tentando naturalizar a falta de aulas no Ensino Médio. Então, a pesquisa feita, a nota técnica da REPU só mostra o fracasso, a mentira e a farsa que é também esse novo Ensino Médio. Isso não funciona, ele só sendo implantado de uma forma irresponsável só, para inglês ver, como também PEI.

 E ele ainda citou uma outra questão: ele fala da nova carreira, que é outra farsa que está destruindo a carreira do Magistério, que transforma o salário do professor em subsídio, retirando o direito de o professor ter a evolução por tempo de serviço, o professor que entrar nessa carreira. Então, são várias mentiras, vários ataques: o novo ensino médio, o PEI e a nova carreira, que ele naturaliza como uma coisa boa.

 

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- Assume a Presidência a Sra. Edna Macedo.

 

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Então, quero aqui, através, sobretudo, dessa pesquisa que está no site da REPU, qualquer pessoa pode pesquisar e analisar, assim como outras pesquisas feitas, outras notas técnicas, textos e provocações da REPU, que nos mostram o outro lado da rede, coisas que muitas vezes a imprensa não divulga, que divulgou e o próprio jornalista ficou indignado, ficou chocado com os dados.

Um governador que naturaliza, que diz que não é bem assim, mas, sobretudo, essa pesquisa mostra o fracasso desse modelo de Educação do PSDB aqui em São Paulo. O novo ensino médio é uma farsa. O PEI mais ainda; tem várias escolas sendo forçadas a aderir a esse modelo e a exclusão só vai aumentar. Já está aumentando e nós denunciamos.

Quero informar que hoje já ingressei com uma representação no Ministério Público Estadual denunciando a falta de aulas no ensino médio no estado de São Paulo, responsabilizando criminalmente o governador do Estado e a secretaria da Educação por esse ataque à Educação Estadual, sobretudo aos alunos do ensino médio, que estão sendo privados de ter acesso às aulas. Vinte e dois por cento de aulas não dadas. É grave isso.

Então, o Ministério Público tem que agir, o Geduc, imediatamente, abrindo uma investigação e responsabilizando criminalmente, como determina a lei, o governador do estado e a Secretaria da Educação.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Seguindo a ordem dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra o nobre deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Nobre deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.)

Na lista suplementar, nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Nobre deputado Maurici. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Nobre deputado Coronel Telhada. Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sra. Presidente. Srs. Deputados, assessores, funcionários aqui presentes, Sras. e Srs. Policiais Militares aqui também, diariamente em nossa segurança, todos os que nos assistem pela Rede Alesp em São Paulo e no interior nesta data, segunda-feira, dia 6 de junho de 2022, quero começar com uma boa notícia.

Hoje saiu no jornal que a Prefeitura de São Paulo adotou a internação involuntária para o tratamento do usuário de crack. Quero parabenizar o prefeito. Até que enfim alguém está tomando uma atitude de homem mesmo, tomando uma atitude correta pela população de usuários da cracolândia e pela população de São Paulo também.

A Prefeitura começou a autorizar a internação involuntária como uma das alternativas do tratamento dos usuários de crack. Isso é permitido por uma lei que foi sancionada em 2019. Para que haja essa internação, é necessária a autorização de algum familiar ou então a assinatura de um médico, para que o usuário seja internado contra a própria vontade.

Puxa vida, até que enfim estou vendo uma pequena luz no fim do túnel para a situação das cracolândias, e principalmente da cracolândia aqui em São Paulo. Espero que haja essa internação involuntária.

Lembro aqui, mais uma vez, da Fazenda São Roque, lá no Juqueri, lá em Franco da Rocha. A Fazenda São Roque está praticamente sendo saqueada, porque todos os móveis, todas as coisas que estão lá estão sendo levadas e ninguém sabe para onde.

Eu já fiz um pedido ao secretário de Saúde, um pedido de informações, mas ele não me retornou até o momento. Eu quero aqui dizer da necessidade de utilizarmos a Fazenda São Roque em prol dessas pessoas que estão na rua entregues ao vício.

Precisamos, sim, cuidar dessas pessoas, precisamos cuidar dos cidadãos também que moram na região, que moram na cidade de São Paulo. Parabéns ao prefeito de São Paulo. Sexta-feira, dia 3 de junho, eu não fiz aqui o Pequeno Expediente pois estávamos na Festa da Espada, lá no Barro Branco, onde foram formados mais oficiais da Polícia Militar.

Aqueles alunos se formaram aspirantes e agora estarão trabalhando nas ruas de São Paulo. Nas fotos aí estamos na solenidade com alguns amigos, pessoas que estavam conosco. Parabéns a esses guerreiros que, diariamente, agora combaterão o crime nas ruas de São Paulo. Que Deus os abençoe e cuide desses novos aspirantes que terão uma bela carreira.

Também quero falar da fatalidade aqui da morte de mais um policial militar, o soldado Felipe Souza Pires de Castro. Jovem ainda, 29 anos, e faleceu quando estava em deslocamento numa rodovia de São Paulo. Havia deixado São Carlos e estava em direção a Porto Ferreira quando acabou sofrendo um acidente com a motocicleta que ele pilotava.

O policial Castro era de Porto Ferreira e trabalhava no 49º BPM/M, o 49º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, que é aqui na zona oeste, aqui em Pirituba. Então os nossos sentimentos à família do soldado Felipe Souza Pires de Castro, lá da cidade de Porto Ferreira.

Também aqui quero deixar minhas condolências à querida amiga Renata Abreu. Na sexta-feira, nós recebemos a notícia que o Sr. José de Abreu, pai da nossa querida amiga deputada federal Renata Abreu, faleceu aos 77 anos de idade. Ele é o fundador da Rádio Atual, em 1990, e também fundou junto com a esposa, Cristina de Abreu, o Centro de Tradições Nordestinas.

O Sr. José de Abreu era um ícone aqui para os nordestinos em São Paulo e a sua perda será sentida com toda certeza. Ele deixa as filhas Renata Abreu e Christiane Abreu, e também quatro netos. Era o presidente de honra do Partido Podemos, do qual a Renata Abreu é presidente.

Então um abraço, querida amiga Renata Abreu. Nossos sentimentos a você e a toda sua família, e continue contando conosco aqui na Assembleia Legislativa.

Para fechar, Sra. Presidente, hoje, dia 6 de junho, é o Dia D. Há 78 anos, vários homens neste momento estavam mortos nas praias da Normandia em combate com os nazistas. Milhares de americanos faleceram neste dia e desembarcaram nas praias da costa da Normandia.

Ali foi quando começou realmente a derrocada nazista, onde houve realmente uma invasão forte da França e o fim da Alemanha estava próximo um ano depois. Então os nossos heróis não morreram de overdose. Glória aos nossos heróis e não devemos jamais esquecer desses homens e mulheres que fizeram a diferença na nossa história.

Dia 4 de junho, no último sábado, foi aniversário da querida cidade de Porangaba e hoje, dia 6 de junho, é o aniversário da cidade de Osvaldo Cruz. Um abraço a todos amigos e amigas dessas cidades.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Eu gostaria de registrar aqui também as minhas condolências ao nobre deputado Edmir Chedid, que perdeu o seu pai, Jesus Chedid, prefeito de Bragança Paulista. Receba os nossos pêsames, os nossos sentimentos. Com a palavra o nobre deputado Major Mecca.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sra. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nossos irmãos policiais que nos dão suporte para que este plenário possa acontecer, todos que nos acompanham pela rede social e pela TV Alesp.

Mais uma vez eu quero chamar atenção dos deputados desta Casa em relação ao que nós estamos acompanhando na Segurança Pública. E eu sou persistente nesse tema porque quando nós falamos de Segurança Pública, nós estamos falando em preservação de vidas.

A vida dos senhores que estão nos assistindo, a vida de todas as senhoras e senhores que estão aqui porque só vieram trabalhar hoje, e seja qual for o profissional, só saiu de dentro da sua casa porque havia um soldado da Polícia Militar patrulhando as ruas de São Paulo. Caso contrário, nem de dentro de casa teria saído para trabalhar, se não fosse por um policial a postos cuidando do nosso Estado.

Retomo a esta tribuna para chamar a atenção em relação ao abandono desses homens e mulheres no estado de São Paulo. Semana passada eu fiz uma fiscalização em companhias da Polícia Militar, mais especificamente na zona leste, mas já me certifiquei que isso está acontecendo em vários batalhões no estado de São Paulo, onde os nossos soldados não têm colete balístico para trabalhar.

O policial chega na companhia para assumir o serviço e pega o colete de outro policial, deputada Edna Macedo, que já foi usado por 15 ou 16 horas, para que ele possa colocar aquele colete e tirar mais 15, 16, 20, ou sabe lá Deus quantas horas em um turno de serviço.

É um desrespeito sem tamanho com a nossa tropa, que na verdade já acontece há mais de 30 anos por esse desgoverno do PSDB, e continua com o Sr. Rodrigo Garcia dando continuidade ao Sr. João Agripino Doria.

O Sr. Rodrigo Garcia, que está explorando a imagem da Polícia Militar e os resultados produzidos pelos nossos policiais militares, civis, técnicos-científicos e policiais penais para que ele possa dar um plus na Segurança Pública e conseguir votos no dia 2 de outubro, achando que vai se reeleger governador do estado de São Paulo.

Se o nosso povo tiver um mínimo de consciência - e já tem -, não vota mais em PSDB, porque acabou com a Segurança Pública, acabou com a Educação, acabou com a Saúde.

O nosso estado de São Paulo, o estado mais rico do Brasil, não tem infraestrutura, não tem saneamento básico. É só andar pelas ruas do nosso Estado que se vê a situação em que se encontra a cidade de São Paulo e o estado de São Paulo.

Do dia primeiro de janeiro, deputada Edna Macedo, eu quero trazer aos senhores para conhecimento de todos: nós tivemos, do dia primeiro de janeiro até agora, 608 policiais militares que deixaram as fileiras da corporação. Seiscentos e oito policiais, efetivo equivalente a dois batalhões.

 

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- É exibida imagem.

 

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Está na tela aí para que todos possam ver. O último batalhão que eu comandei, o 4º Baep, eu tinha um efetivo de 318 policiais. São dois batalhões a menos cuidando da nossa cidade. Sabe o porquê disso daí?

Está aí, olha: 304 policiais militares pediram licença sem vencimento. Ou seja, 304 policiais militares se afastaram para que possam exercer outras atividades, pois não suportam mais o descaso e o abandono. Não têm nem colete balístico para trabalhar.

Duzentos e oitenta PMs pediram exoneração, 280, um batalhão de policiais pediu para ir embora, não querem mais nem saber da Polícia, não suportam mais o estresse a que é submetido e a exploração da mão de obra policial no estado de São Paulo.

Dezessete PMs praticaram suicídio, e sete PMs foram assassinados. Ou seja, 608 PMs a menos nas ruas de São Paulo do dia primeiro de janeiro para cá. Não podemos admitir um descaso desses com as polícias do Estado, porque quem paga a conta, na ponta da linha, é o cidadão de bem que está morrendo, perdendo a vida por um aparelho celular, por um veículo, por uma aliança.

Cidadão de bem, trabalhador está sendo assassinado por conta da aliança que não sai do dedo, ou seja, nós não temos, hoje, no estado de São Paulo, viaturas fazendo policiamento ostensivo, até mesmo porque nessa gana de fazer propaganda, o governo comprou viatura e não tem policial para colocar na viatura.

Em uma das minhas fiscalizações, eu trouxe ao conhecimento das senhoras e senhores aqui: na praça Roosevelt - 1ª e 2ª Companhia do 7º -, 30 viaturas da Polícia Militar no pátio, porque não tem efetivo para ocupar essas viaturas. Nas delegacias, não é nada diferente.

Só para finalizar, Sra. Presidente, nas delegacias é fila de viaturas para apresentar flagrante, e o flagrante demora oito, 10 horas porque não tem delegado, não tem escrivão, não tem investigador para atender ocorrência.

As delegacias, na sua grande parte, fecham no período da noite e final de semana, porque não tem efetivo. Nunca se passou uma vergonha tão grande no estado de São Paulo. A Polícia Militar, com 191 anos de existência, nunca passou tanta vergonha na sua história.

Muito obrigado, Sra. Presidente, pela tolerância.

 

 A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - É lamentável, nobre deputado Major Mecca, a situação das Polícias Civil e Militar no nosso Estado, infelizmente. Mas isso está por pouco tempo, isso vai mudar, eu tenho certeza.

Seguindo a ordem dos oradores inscritos na Lista Suplementar, com a palavra a nobre deputada Janaina Paschoal.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sra. Presidente. Cumprimento os colegas presentes, os funcionários da Casa, as pessoas que nos acompanham. Estou um pouco sem voz, mas não é Covid. Fiz teste ontem, deu negativo, é só um resfriado mesmo por causa da mudança do clima.

Eu tenho recebido muitas pessoas no gabinete. Algumas pessoas pedem para serem recebidas, outras aparecem de surpresa, mas são pessoas que estão muito tensas, algumas até se emocionam demais, algumas efetivamente choram com medo do processo eleitoral que o país vai atravessar este ano.

Algumas pessoas, assim, estão muito convictas de que vai ter fraude, de que as pesquisas são fraudadas e o que é que vai acontecer, como reagir diante do resultado. E eu tenho tentado acalmar as pessoas, porque percebo que o medo, o sofrimento é real para essas pessoas.

Eu tenho tentado acalmá-las, dizendo o seguinte: eu, muito antes de pensar em me candidatar, eu já defendia o voto impresso, por entender que é mais seguro ter ali o voto materializado, corporificado para que nós pudéssemos contar, por entender que em muitos outros países esse é o sistema.

Todos sabemos que houve uma votação no Congresso, antes desta última, e a esmagadora maioria aprovou essa sistemática, tanto parlamentares de direita como de esquerda.

Alguns que naquele primeiro momento votaram pelo voto impresso, voltaram atrás agora mais recentemente, numa atitude, vamos dizer assim, de fazer oposição ao presidente Bolsonaro, que acabou virando ícone desta causa.

Então, eu quero deixar bem claro que eu sempre fui favorável ao voto impresso não por desconfiar do processo, mas como maior, vamos dizer assim, como uma garantia de maior segurança.

Eu penso que segurança nunca é demais em todas as searas. Não obstante eu sempre tenha defendido voto impresso, eu fico muito preocupada com o crescimento desse sentimento das pessoas.

Lógico que as que vêm me procurar são uma fração das que estão com esse sentimento, então, eu imagino que sejam muitas pessoas; muitas pessoas se sentindo inseguras, muitas pessoas com medo do futuro. É natural que isso aconteça num ano eleitoral, né?

A vida é insegura, a vida é incerta para todos nós. Mas eu queria, para tranquilizar um pouquinho essas pessoas, até para ver se a gente abaixa essa temperatura, lembrar que todos nós que aqui estamos, da esquerda e da direita, fomos eleitos por este sistema. O presidente Bolsonaro foi eleito por este sistema, os presidentes anteriores foram eleitos por este sistema.

Então, eu acredito que não haja motivos para as pessoas se desesperarem, para as pessoas se emocionarem como estão se emocionando, algumas até falando sobre ideias, vamos dizer assim, extremas, de lado a lado. Então, o que é que eu pediria para todos os cidadãos, neste momento? Que procurem manter a calma, que procurem manter o comedimento.

Não digo ter uma confiança cega nas instituições, mas o País tem instituições fortes. É óbvio que nós temos que observar, que fiscalizar sempre - esse é o nosso papel aqui, como deputados, mas, independentemente de sermos deputados, como cidadãos -, mas é importante ter um pouco de calma, até para que nós não criemos um clima ruim no próprio País.

Para aqueles que são apoiadores do presidente Bolsonaro, eu peço calma redobrada. Por quê? Porque determinados discursos findam por corroborar alguns estigmas que jogam sobre eles. Então, para que fortalecer esses estigmas? Eu acho que é hora de ter tranquilidade.

Defendo que as pessoas têm direito de manifestar a sua opinião, de manifestar o seu olhar crítico, de defender, serem favoráveis ou contrárias ao voto impresso e a quaisquer outras questões, mas é importante manter a calma, porque não acho que seja o momento de discursos radicais, de discursos muito emocionados. Isso não vai ajudar nem o presidente, nem o Governo e, sobretudo, o País.

Então, é um pedido que eu faço, porque muitas pessoas têm me procurado e eu fico um pouco preocupada com esse excesso de emoção, esse excesso de medo. Não consigo ver motivo para isso.

Obrigada, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Com a palavra, o nobre deputado Ricardo Mellão. (Pausa.) Com a palavra, o nobre deputado Maurici.

 

O SR. MAURICI - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimentar a Sra. Presidenta, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, os trabalhadores e trabalhadoras que nos acompanham aqui neste Pequeno e Grande Expediente e todas as pessoas que nos acompanham aqui pela TV Alesp. Eu vim hoje, Sra. Presidenta, falar um pouquinho para os deputados, deputadas e para todas as pessoas sobre um recanto lá da minha cidade.

Eu sou de Franco da Rocha e lá existe uma região conhecida como Fazenda São Roque. Sra. Presidenta, é uma região de 280 alqueires de terra. Desde muitos anos, lá funciona um núcleo pioneiro, chamado socioterápico pioneiro, que se dedica à saúde mental de pessoas, em especial, acometidas de vícios de bebida.

Essa área é uma área muito bonita. Com o tempo, no entanto, o governo do estado acabou dando vários outros destinos a ela. Lá funcionou, durante muito tempo, por exemplo, a Aldeia da Esperança, um convênio do governo do estado - se eu não me engano, do governador Orestes Quércia - com uma entidade israelense, que construiu lá residências para idosos daquela comunidade.

Num certo momento, o governo do estado construiu lá um presídio. Temos lá também um presídio e temos também um acampamento dos Trabalhadores Sem Terra. A área foi passada para o Itesp, um pedaço da área, e nós temos lá esse acampamento hoje. É uma área muito bonita. Ela faz divisa com duas rodovias muito importantes para aquela região.

Uma é a Edgar Máximo Zambotto, que liga o município de Cajamar ao município de Campo Limpo Paulista. É um acesso importante para Jundiaí, para Várzea Paulista, para Jarinu, para Franco da Rocha e Francisco Morato também, Caieiras, porque ela cruza com a Rodovia Tancredo Neves, que também faz divisa com a fazenda São Roque. Também é um eixo muito importante de mobilidade urbana naquela região.

A Fazenda São Roque está sofrendo hoje um problema, porque ela está sendo, enquanto instituição de Saúde, desativada pelo governo do estado. Não vou entrar no mérito do porquê o governo do estado está fazendo isso, mas eu sei que nós temos lá...eu acho que 22 famílias que moram naquela área.

Nós temos lá 198 funcionários. Desses 198 funcionários, 95 são de Franco da Rocha; 21, de Caieiras; 13, de Francisco Morato; 10, de Campo Limpo Paulista; 23, de Jundiaí; 27, de São Paulo; um, de Ibiúna; um, de Sorocaba; dois, de Jarinu; três, de Cajamar; um, de Santana de Parnaíba e um, de Mairiporã.

Esses funcionários estão em um drama, porque de um lado eles dizem que estão sendo pressionados pelo governo para pedirem transferência para outras unidades do governo de Saúde, do governo do estado, e as unidades que são oferecidas para eles são unidades na Capital, bastante distantes daquele lugar. De outro lado, não tem nada escrito que diga que eles têm que ser transferidos.

Eles gostariam de ou negociar a transferência deles, por exemplo, para serem absorvidos pelas prefeituras de Franco da Rocha, de Francisco Morato, ou até pela penitenciaria que fica ali próximo, que é próprio do estado. Ou que fosse colocado em um papel que eles têm que se transferir, porque daí eles entram com mandado de segurança na justiça.

Nós todos sabemos que Estatuto do Funcionalismo não permite que o funcionário seja transferido compulsoriamente 120 dias antes das eleições e 90 dias depois. Mas nem uma coisa nem outra está de verdade acontecendo, e eles estão vivendo muito esse drama.

Eu tenho tentado conversar com a Secretaria de Saúde no sentido de facilitar essa transferência e essa acomodação, porque a rede de Saúde em todo o Brasil, no estado de São Paulo não é diferente, naquela sub-região norte da Grande São Paulo, que é a região mais pobre da Grande São Paulo, também não é diferente. Então, os serviços de Saúde precisam de funcionários.

E são enfermeiros, técnicos, auxiliares de enfermagem, funcionários administrativos, escriturários, controladores de acesso, enfim, gente trabalhadora e que teria muita utilidade nos serviços de Saúde e em outros serviços nas prefeituras, sem que fosse necessário constrangê-los com essa situação de transferência compulsória como está acontecendo.

O meu tempo vai acabar agora, Sra. Presidenta, eu vou terminar a minha fala no Grande Expediente. Obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Com a palavra, o nobre deputado Carlos Giannazi.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pela ordem, presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Pela ordem, nobre deputada.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Enquanto o colega se dirige à tribuna, V. Exa. me permite uma comunicação?

 

A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Sim, com certeza.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria me unir ao deputado Maurici. Inclusive, semana passada falei sobre esse tema na tribuna, fui apoiada pelo deputado Coronel Telhada também.

É muito grave o que está acontecendo lá na Fazenda São Roque, em Franco da Rocha, não só em razão dessa transferência estranha dos funcionários - muitos têm mandado e-mails reclamando -, mas também porque não tem clareza sobre o que eles vão fazer daquele espaço.

E nós temos uma carência enorme de equipamentos para tratar pessoas que estão dependentes das drogas, pessoas que estão completamente submissas à drogadição. Então, é interessante, porque são vários colegas levantando essa pauta.

Eu quero aqui apoiar o colega nessa necessidade de o governo ter um pouco mais de transparência, não só sobre o destino dos funcionários, mas sobre o destino dos pacientes e em especial daquela área, que não pode ser objeto de exploração imobiliária, porque é uma área preparada para receber pacientes.

Obrigada, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Por nada, nobre deputada Janaina. Com a palavra, o deputado Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, nobre deputada Edna Macedo. Srs. Deputados e Sras. Deputadas, público aqui presente e telespectador da TV Assembleia. Tenho aqui uma boa notícia para a luta dos aposentados e pensionistas do estado de São Paulo.

A boa notícia é que agora a Assembleia Legislativa tem um exemplo a seguir, e o governador Rodrigo/Doria também. Eu me refiro aqui a um projeto que foi aprovado na semana passada na Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe.

O estado de Sergipe revogou o confisco, o roubo, o assalto aos aposentados e pensionistas daquele estado. Teve uma votação na Assembleia Legislativa, e o confisco foi revogado, deputado Mecca. O estado de Sergipe, que tem o orçamento de apenas 12 bilhões de reais.

O nosso aqui, do estado de São Paulo, neste ano gira em torno de 286 bilhões. Falando em bilhões, não em milhões; “b” de bilhões. E o estado de Sergipe, que é um estado pobre do nordeste e só tem 12 bilhões de reais, revogou o confisco.

Eu trouxe aqui a sessão do confisco, só para que V. Exas. vejam. Talvez a Assembleia Legislativa acorde, porque o estado de Sergipe o fez.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Então, é isso. Olha, a Assembleia Legislativa de Sergipe, deputado Maurici, aprovou. Um estado pobre, com apenas 12 bilhões de orçamento. E o estado não quebrou, não aconteceu nada com o estado.

Agora, o estado mais rico da América Latina, que é o nosso estado de São Paulo, que tem o maior orçamento de sua história, não está revogando; continua confiscando, assaltando, roubando a vida e a dignidade de milhares e milhares de aposentados e pensionistas.

O estado de Sergipe já fez. No ano passado, o estado de Alagoas fez também a revogação do confisco. A lei foi aprovada na Assembleia Legislativa, e o estado de Alagoas tem o mesmo orçamento, é muito próximo de 12 bilhões também de reais. O estado do Ceará, que tem um orçamento de 28 milhões de reais, nunca confiscou. Fez uma reforma da Previdência, mas não confiscou os aposentados e pensionistas.

Estou dizendo isso para ver como São Paulo é cruel com seus aposentados e pensionistas, deputada Edna Macedo. Que crueldade, que perversidade é essa? Agora nós temos, para terminar, Sra. Presidente, a chance histórica de aprovar o PDL 22, que já está pronto para ser votado.

Não precisa passar por nenhuma comissão nem congresso de comissões, já está em regime de urgência. Nem precisa aprovar a urgência, porque ele está em urgência desde 2020, quando entrou no plenário.

A gente só precisa de 48 deputados presentes, deputados e deputadas presentes, e, desses 48, deputado Mecca, só 25 votos. Não é possível, está fácil de aprovar o projeto: 25 deputados podem acabar com o confisco das aposentadorias e pensões, desde que o presidente da Assembleia Legislativa faça a convocação, coloque na pauta.

É simples assim, e que o Rodrigo/Doria autorize, porque quem manda aqui na Presidência, quem manda na Assembleia Legislativa é o Rodrigo/Doria, é o Palácio dos Bandeirantes.

Então faço mais um apelo aqui para que amanhã a gente possa incluir esse projeto na pauta do dia e votar, seguindo o exemplo de Sergipe e de Alagoas.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - Pela ordem, Sra. Presidente, para uma comunicação.

 

A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Tem V. Exa. a palavra.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado. Deputado Giannazi, só para o senhor ter uma ideia, o estado de São Paulo tem quatro vezes mais o orçamento do estado do Sergipe nos cofres, sobrando, guardado lá. Mais de 50 bi de superávit no estado de São Paulo, e o governador insiste nesse confisco dos aposentados e das pensionistas no estado de São Paulo.

Eu sou funcionário público há 34 anos, policial militar. Nós sabemos o sacrifício que esses aposentados e pensionistas estão fazendo para sobreviver.

Nós temos que diariamente fazer vaquinhas, comprar cesta básica, remédios para dar suporte a esses policiais, professores e vários segmentos de funcionários públicos que a vida inteira, no estado de São Paulo, trabalharam tirando dinheiro do bolso para comprar papel sulfite, para comprar tinta para impressora, porque o estado nunca permitiu que o dinheiro dos nossos impostos chegasse à ponta da linha.

E nós sabemos aonde vai parar dinheiro, porque, se não chega à ponta da linha em retorno de prestação de serviço para o cidadão, é porque se esvai no ralo da corrupção, em contratos superfaturados que nós sabemos e já denunciamos que existem no governo do estado de São Paulo. E daí por diante esses absurdos, sem ao menos serem fiscalizados e investigados por esta Assembleia Legislativa.

Os deputados têm a missão constitucional de fiscalizar, mas, como o senhor disse, esta Casa é altamente emparelhada. Quem manda aqui é o governador, é o PSDB que determina tudo como acontece aqui dentro, e o povo morrendo à míngua nas ruas do nosso Estado, infelizmente.

Mas nós não vamos abandonar esta trincheira, deputado Giannazi, e nós vamos trabalhar para que o PDL 22 e outros projetos de lei em favor do povo sejam aprovados nesta Casa.

Muito obrigado.

 

 A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Com a palavra o nobre deputado Maurici.

 

O SR. MAURICI - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidenta, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, eu quero prosseguir a minha fala falando ainda sobre Franco da Rocha, mas falando sobre o Hospital do Juqueri. O antigo Hospital do Juqueri é uma área de 1.400 alqueires de terra onde, durante mais de 100 anos, funcionou um hospital psiquiátrico.

Hoje não tem mais o hospital psiquiátrico. Hoje tem um parque estadual importante, a única reserva de cerrado aqui na área da grande São Paulo, que ano passado sofreu lamentavelmente um incêndio.

Tem uma área no município de Caieiras, pequena, e uma área no município de Franco da Rocha que serve de habitação, e tem um conjunto arquitetônico de meados do século XIX, final do século XIX, de concepção e autoria do arquiteto Ramos de Azevedo, que está um tanto abandonado, uma parte sofreu um incêndio também, e que a Prefeitura de Franco da Rocha tem feito um esforço para restaurar aqueles edifícios, porque entende que, assim como o parque é uma reserva biológica, é um patrimônio do nosso município, também entende que esse conjunto arquitetônico é um patrimônio que precisa ser restaurado.

Já existe lá o Museu Osório César, que reúne milhares de peças de arteterapia. Tem uma coleção muito importante, que já viajou muito o mundo inteiro, e que eu convido os senhores e senhoras a visitarem um dia.

A Prefeitura já conseguiu a cessão, por parte do Estado, de alguns dos prédios. Já está restaurando um, onde deve funcionar a Secretaria de Educação, e vai começar o restauro de outros dois, onde deve funcionar o Paço Municipal e devem funcionar outras secretarias da Prefeitura Municipal.

É um trabalho importante, um exercício que a Prefeitura vem fazendo, e que o município espera que aquela área seja uma redenção do ponto de vista cultural, que ali possa ser instalada uma universidade, um Instituto Técnico Federal, que possa ser uma área de pesquisa, para desenvolver uma cadeia de pesquisa e de produção na área de farmacêutica e química. Enfim, que possa significar empregos e geração de renda para o município.

É o caso do Juqueri, e é o caso da Fazenda São Roque. A Fazenda São Roque tem que ceder um pedaço da área dela - não grande, pequeno - para a duplicação da Rodovia Tancredo Neves e da Máximo Zambotto, porque é fundamental para o tráfego na região, e as prefeituras do entorno estão muito empenhadas nisso.

No caso da Fazenda São Roque, vários deputados e deputadas, como disse a deputada Janaina Paschoal, são solidários a meu pleito, e eu queria pedir encarecidamente a eles que se juntassem mesmo, de verdade. Nós precisamos, de um lado, ou abrir com o estado a negociação para isso, ou fazer o estado dizer claramente o que quer fazer com aqueles funcionários, para que eles possam então defender os seus direitos.

Agora, eu não vou entrar aqui no mérito da questão de tratamento de Saúde, deputada Janaina, se ele deve ser feito de forma compulsória ou não. Eu tenho a minha vida, grande parte dela ligada à luta antimanicomial. Então, não é uma coisa que eu acredite, mas eu não sou do ramo, eu não tenho muito conhecimento para opinar sobre isso.

Agora, o que eu acho é o seguinte. Tem um corredor de logística sendo criado naquela região. Ele depende da duplicação das duas rodovias. Ele pode significar, nos próximos 20 anos, a abertura de 15, 20 mil oportunidades de emprego para cidades como Francisco Morato, que não têm mais um metro quadrado para a construção ou implantação de indústrias ou de qualquer atividade econômica que signifique geração de renda para aquela cidade.

Ela pode significar a redenção de municípios pobres. Sub-Região Norte da Grande São Paulo, a mais pobre da região metropolitana. Então, nós temos que pensar se aqueles moradores dessas cidades... A deputada Janaina, por exemplo, teve mais de 60 mil votos naquela região. Ela sabe bem a importância que tem, e o quanto ela é querida ali.

O que eu lhe peço, deputada, à senhora e a todos os demais? Que nos ajudem, discutindo com a população de Franco da Rocha, Morato, Caieiras, Campo Limpo, Várzea, Cajamar, Jundiaí, Jarinu, se é isso que eles querem daquela área.

Se eles querem trocar a possibilidade de criação de 20 mil empregos, pela internação compulsória das pessoas, que estão incomodando as pessoas de bem aqui na Capital, porque o estado não é capaz de oferecer a elas políticas públicas para resolver a questão, porque o estado trata aquilo como um simples caso de Polícia, e não é caso de Polícia.

É também, porque tráfico de drogas é caso de Polícia, e criminalidade é caso de Polícia, mas milhares de pessoas dependentes de drogas não é caso de Polícia. Pessoalmente, nem acho que seja caso de internação compulsória.

No caso do Juqueri, mesma coisa. Aliás, mais ainda. Franco da Rocha tem uma população de dez mil encarcerados, entre dez e onze mil pessoas encarceradas. Outro dia, teve um deslizamento de terra lá. Morreram 20 pessoas. Até agora, o governo do estado, ou o governo federal, não colocaram um único real para resolver aquela situação, para ajudar a minimizar o sofrimento daquelas pessoas e das outras que ainda estão sob risco.

Não sei quantos deputados e deputadas encaminharam emendas voluntárias ou impositivas para ajudar as prefeituras do entorno a lidarem com a situação. Será que a única coisa que a gente consegue imaginar é colocar mais população encarcerada - porque é disso que se trata - nas regiões que podem significar a redenção econômica e social daqueles municípios?

O Coronel Telhada, por exemplo, teve lá 3.500 votos. Ele conhece muito bem a região. Temos muitos amigos comuns ali, mas ele não pode dizer aqui que tem que colocar o pessoal da cracolândia no antigo manicômio judiciário. Ele sabe muito bem que ali é uma instituição penal de regime semiaberto. É vestir um santo para desvestir o outro.

Outro dia, ele próprio e outros deputados ficaram muito bravos com o presidente Lula, que pediu que as pessoas fossem até as casas deles - do deputado, da deputada - para cobrar uma posição.

Como é que os 200 mil habitantes de Franco da Rocha devem reagir quando a gente sugere aqui que se mande para lá 30 mil pacientes de saúde mental, em um lugar que pode significar a redenção, a geração de trabalho e renda para eles? Devem também empunhar revólver, gravar vídeos e colocar na internet? Não.

Então, para encerrar, Sra. Presidenta, eu peço o apoio, mas o apoio efetivo dos deputados e deputadas, daqueles que, como nós - Major Mecca, deputado Giannazi, deputada Janaina -, são de oposição a esse governo que está aí.

E peço também a solidariedade daqueles que são a favor, daqueles que vivem pendurados no governador Rodrigo Garcia em cada inauguração que existe e que poderiam falar no ouvido dele: “Olha, tem uma situação fácil de resolver, dentro da lei. Para que criar mais desgaste para o governo?” Enfim, se cada um de nós nos limitarmos a nos informarmos melhor sobre cada situação antes de nos pronunciarmos, ajuda muito.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Vossa Excelência permite uma comunicação?

 

A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Deputada.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - PARA COMUNICAÇÃO - Deputado Maurici, nós poderíamos, haja vista que V. Exa. disse e me parece muito interessante, talvez organizar uma audiência pública, seja presencial lá na região, seja presencial aqui, seja virtual, para ouvir a população, porque todas as pessoas que me escreveram falam no sentido de manter a instituição para a finalidade de tratamento de saúde. Eu realmente estava com esse olhar, mas nada impede que nós possamos debater.

No início do mandato, havia vários caminhos para a questão do Minhocão. Eu tinha uma opinião, mas havia grupos com outras opiniões. Eu fiz uma audiência pública aqui, foi muito interessante. Se V. Exa. entender cabível, poderíamos fazer esse diálogo. Acho que é saudável, é justo.

 

O SR. MAURICI - PT - A Sra. Presidenta me permite uma comunicação?

 

A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Estamos terminando o Pequeno Expediente, mas tem V. Exa. a palavra.

 

O SR. MAURICI - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Eu agradeço mais uma vez a sua iniciativa, deputada. Acho muito razoável que a gente o faça. Eu, de minha parte, estou tentando negociar, nos escalões intermediários do governo do estado, uma situação fácil de resolver. As prefeituras têm interesse em absorver essa mão de obra. É muito simples resolver, são todos estatutários, não têm os impedimentos da lei de CLT.

Com relação à área, eu acho que pode ser debatido, sim, mas estamos no final do governo. Acho que, quando a senhora se tornar senadora, se Deus quiser e o povo assim desejar, e eu, o Major Mecca, o deputado Mellão e o deputado Giannazi nos tornarmos deputados estaduais novamente - e a Sra. Presidenta também -, nós poderemos discutir sobre isso. Vou ficar muito feliz.

Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Esta Presidência também está disposta, deputado Maurici, a apoiá-lo nessa luta junto com a deputada Janaina. Agora vamos passar aos oradores do Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Oradores inscritos para o Grande Expediente: com a palavra o nobre deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Com a palavra, nobre deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Nobre deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Nobre deputado Castello Branco. (Pausa.) Nobre deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Nobre deputada Dra. Damaris Moura. (Pausa.) Nobre deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Nobre deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Nobre deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.)

 

O SR. RICARDO MELLÃO - NOVO - Pela ordem, presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Pela ordem. Com a palavra o deputado Mellão.

 

O SR. RICARDO MELLÃO - NOVO - Gostaria de falar pelo Art. 82.

 

A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - É regimental. Tem a palavra Vossa Excelência.

 

O SR. RICARDO MELLÃO - NOVO - PELO ART. 82 - Srs. Deputados, Sras. Deputadas aqui presentes, servidores da Casa, eu gostaria de compartilhar com vocês uma - eu diria - denúncia que chegou até mim, que, aliás, me surpreendeu muito positivamente pelo engajamento daqueles que me enviaram, que foram os próprios alunos de uma escola estadual que me marcaram pelo Instagram e houve uma mobilização muito grande ali que eu achei muito bacana.

Iniciativas como essa são iniciativas de cidadania. Os alunos tomando a consciência de que a sua escola estava num estado extremamente precário, que, segundo eles, não recebia verbas do Estado desde 2015, fizeram um apelo, inclusive compartilharam imagens, me procuraram; vários mandaram mensagens individuais para mim.

São os alunos da Escola Sebastião Oliveira Gusmão, que fica no bairro do Morro Doce, lá no distrito Anhanguera, zona oeste de São Paulo. Melhor do que eu falar qual é a condição da escola é mostrar um vídeo de uma aluna de lá, ela mesmo mostrando. Fizeram um Instagram e estão inclusive convocando uma manifestação para o dia 17 de junho, às 7 horas da manhã, ali na frente.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

Deu para perceber no próprio depoimento da aluna da escola a situação precária que ali se encontra.

Eu me comprometi e até, deputado Giannazi, que eu sei que é bastante atuante, apesar de sermos de vertentes diferenciadas, mas vejo você bastante atuante aqui nas denúncias sobre escolas que estão em situação precária, entre outros deputados que estão aqui também, se quiserem se engajar nessa pauta eu acho que é uma participação muito importante que nós poderíamos ter aqui no sentido de conversar com a Secretaria de Educação.

E aí eu me permito, peço um favor, Sra. Presidente, se puder encaminhar as notas taquigráficas deste discurso para a Diretoria de Ensino Norte 1 do Estado de São Paulo.

Eu não consegui saber aqui qual o nome do diretor ou diretora responsável. Já estou enviando um requerimento de informações também e me comprometi com os alunos de lá visitar pessoalmente para ver a situação da escola, possivelmente ainda esta semana.

Então gostaria de deixar este registro. Fazer esse apelo também ao secretário da Educação que está entrando agora, a toda a secretaria envolvida aí diretamente com essa escola, para poder nos responder o que está acontecendo lá, sendo que foi aprovado o projeto aqui que destinou recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação justamente para a reforma, obras referentes a essas escolas.

Eu não entendi por que lá está nessa situação precária ainda, já que anunciaram que a partir de agora essas escolas teriam recursos mais do que suficientes para poder fazer essas reformas necessárias.

Então eu gostaria de ter informações, estou compartilhando aqui a situação, e pretendo avançar muito mais no sentido de encontrar uma solução que seja melhor para todos ali, e que os alunos possam ter o ambiente adequado para aprender, com um mínimo de estrutura, com banheiros funcionando, com salas de aula com as janelas arrumadas, e não daquele jeito ali, quebradas, ainda mais agora no inverno, imaginem a tortura que deve ser ter aula em um ambiente daqueles.

Então fica aqui o meu registro.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Por nada, deputado. A sua palavra será encaminha à Diretoria de Ensino Norte 1, está bom?

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sra. Presidente. Eu gostaria de utilizar a tribuna pelo Art. 82 do Regimento Interno.

 

A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - É regimental. Pois não.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, de volta à tribuna hoje, quero me associar à denúncia feita pelo deputado Mellão, Ricardo Mellão, que é grave.

Agora, deputado Mellão, essa é a realidade de uma boa parte das escolas da rede estadual. O resto é só propaganda: PEI, novo ensino médio, nova carreira, isso é tudo mentira, isso é uma verdadeira farsa. Essa é a realidade da rede estadual, que V. Exa. acabou de denunciar, exatamente neste momento. Tem todo o nosso apoio.

Tem que acionar a FDE e a Secretaria de Educação, o secretário de Educação e o Ministério Público também, porque é negligência da Secretaria da Educação deixar uma escola abandonada dessa maneira. Parabéns pela denúncia que V. Exa. trouxe à tribuna.

Gostaria, Sra. Presidente Edna Macedo, de também fazer uma denúncia gravíssima aqui.

O governo estadual, além de ter extinguido a Sucen, a Superintendência de Combate às Endemias do Estado de São Paulo, fez isso em plena pandemia, no auge da pandemia, no PL nº 529, essa superintendência importante e estratégica no combate às endemias do nosso estado foi literalmente extinta pelo ex-governador Doria/Rodrigo Garcia. O governo extinguiu a Sucen, que combate a dengue, a malária, e tantas outras doenças aqui no estado de São Paulo.

Não bastasse isso, que já é grave, até porque nós estamos tendo uma nova epidemia de dengue no estado de São Paulo, tem muita gente com dengue, não tem mais Sucen para combater.

Deputada Edna Macedo, quem vai combater a dengue agora, se o Doria acabou com a Sucen? A população vai morrer de dengue, porque não há mais quem faça esse trabalho. Os servidores foram deslocados para outros setores. E agora, esses servidores, que são servidores de carreira, não estão recebendo.

Hoje nós recebemos várias denúncias desses servidores dizendo que hoje seria o dia de pagamento. E eles, ou não receberam, ou receberam pela metade. Eu sei que está a maior confusão, uma confusão muito grande nessa questão do pagamento, e as pessoas têm dívidas para pagar, têm a sobrevivência e não estão recebendo, ou estão recebendo de forma irregular.

Dezenas e dezenas de pessoas da antiga Sucen estão passando necessidade porque o governo não está pagando corretamente os seus salários. Mas é grave essa situação, porque como pode extinguir a Sucen, que combate tantas endemias no estado de São Paulo? Então está aí.

Se você, telespectador, pegou dengue, a culpa é do Doria, é do Rodrigo Garcia, porque eles extinguiram a Sucen, que tinha esse papel em todo o estado de São Paulo, de combater. Agora nós não temos mais a Sucen. Os seus funcionários não estão nem recebendo, foram deslocados para outros setores, um verdadeiro absurdo.

Então, gostaria que o governo tomasse providências imediatas em relação ao pagamento dos servidores e também nós queremos de volta a Sucen. É por isso que nós já questionamos na Justiça o PL 529, deputada Edna Macedo.

E também aproveito a oportunidade para manifestar a nossa indignação com o que está acontecendo nas escolas, em geral, no estado de São Paulo. A gente sabe que a pandemia está aí, mais de 100 pessoas continuam morrendo no Brasil.

O governo federal lavou as mãos em relação à vacinação. Aliás nunca se empenhou em promover a vacinação, e agora a pandemia está forte de novo, as pessoas estão se contaminando o tempo todo em vários lugares, aqui na Assembleia Legislativa, inclusive, no Tribunal de Contas, em todos os lugares. Mas nas escolas, o tempo todo centenas de crianças contaminadas, professores.

O que mais me assusta, deputada Edna Macedo, é que não tem protocolo, não tem nada, nós estamos à deriva, não tem nenhuma orientação. Não tem protocolo nas escolas, as pessoas continuam, muitas delas indo mesmo contaminadas nas escolas, um absurdo.

E eu vi aqui que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo publicou um ato, o Ato/GP nº 10, de 2022, obrigando o uso de máscaras dentro do Tribunal de Contas e apresentação do comprovante de vacinação.

Isso é importante, quero saudar essa decisão. Agora, o Tribunal de Contas tem que também orientar os outros órgãos, e sobretudo as escolas, que façam o mesmo, porque não tem nem esse protocolo nas escolas, e obrigatoriedade do uso de máscaras só recomendável. E os nossos professores estão sendo contaminados, os nossos alunos, e nada é feito, há uma omissão criminosa do Poder Público em relação a isso.

Nós estamos também preparando já uma representação no MP para que providências sejam tomadas, e que sigam o exemplo logicamente aqui do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

E, por fim, nós temos que ter políticas públicas de incentivo à vacinação, porque não vejo mais incentivo à vacinação. A vacina salva; se nós estamos aqui hoje, é por conta da vacina.

Não é pela cloroquina, pelas posições dos negacionistas, que ficam ainda defendendo a não obrigatoriedade da vacina. A vacina é o que está nos mantendo vivos hoje. Se nós saímos de uma certa crise, vivendo hoje, é por conta da vacinação.

Então, o governo tem que ter uma política mais enérgica de vacinação, de promoção da vacinação. Eu vi, deputada Edna Macedo, que agora vão vender vacina em farmácia, ou seja, o governo começa a lavar as mãos e a privatizar a vacina, dizendo “quem quiser que compre na farmácia a vacina.” Olha que absurdo. O governo tem obrigação de manter uma vacinação constante de toda a nossa população.

Era isso, Sra. Presidente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Havendo acordo entre as lideranças, eu solicito o levantamento desta sessão.

 

 A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - É regimental.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V.Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a presente sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 13 minutos.

                                   

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