15 DE JUNHO DE 2022

58ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: GIL DINIZ, PAULO LULA FIORILO e MAJOR MECCA

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - GIL DINIZ

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

3 - CORONEL TELHADA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

4 - PAULO LULA FIORILO

Assume a Presidência.

 

5 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

6 - LETICIA AGUIAR

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

7 - GIL DINIZ

Assume a Presidência.

 

8 - ENIO LULA TATTO

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

9 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência.

 

10 - JANAINA PASCHOAL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

11 - PAULO LULA FIORILO

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

12 - CORONEL TELHADA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

GRANDE EXPEDIENTE

13 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

14 - GIL DINIZ

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

15 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 20/06, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra da sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gil Diniz.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o Expediente.

Iniciando aqui a lista dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, convido a fazer uso da palavra o nobre deputado Castello Branco. (Pausa.) Nobre deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Nobre deputado Itamar Borges. (Pausa.) Nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Nobre deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.)

Nobre deputada Leci Brandão. (Pausa.) Nobre deputado Caio França. (Pausa.) Nobre deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Nobre deputado Sargento Neri. (Pausa.) Nobre deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Nobre deputado Major Mecca. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi.

Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Assembleia, fui procurado por integrantes da comunidade escolar da Escola Estadual Alberto Torres, uma escola que fica na região do Butantan, perto da USP, e a comunidade está muito preocupada, Sr. Presidente, que ela recebeu uma informação que estou inclusive checando.

Liguei hoje para a Diretoria de Ensino, porque a escola recebeu a informação de que a escola será fechada, uma escola estadual tradicional, uma escola antiga da região, que já formou milhares de alunos na área do Ensino Fundamental, na área do Ensino Médio pode ser fechada.

Essa foi a informação que a comunidade escolar recebeu, e a escola será fechada porque será construído um estacionamento de um Parque da Ciência do Instituto Butantan, porque a escola fica exatamente ao lado do Instituto Butantan.

Eu fico perplexo com isso, primeiro que não se fecha uma escola no estado de São Paulo. Escola pública não se fecha; nós precisamos de mais escolas, não de fechamento de escola.

Nós sabemos que a política do PSDB sempre foi pelo fechamento de salas, de turmas, e até mesmo de escolas. O grande sonho do PSDB é fechar escolas em São Paulo, e ele tenta, a todo momento, mas tem empecilho legal.

Nós temos uma Constituição Federal dizendo que direito à educação básica é um direito fundamental. Nós temos uma LDB; nós temos o Plano Nacional de Educação, a Constituição Estadual, o nosso Plano Estadual de Educação. Então há toda uma legislação que proíbe, na prática, o fechamento de escolas.

E há demanda, é uma escola que funciona, uma escola que atende alunos, e é uma escola inclusive que faz parte dessa propaganda do governo, é uma escola PEI, ainda por cima, mas essa escola recebeu uma informação, quer dizer, a comunidade escolar recebeu a informação de que a escola pode ser fechada para abrigar um estacionamento.

Agora, o que mais me intriga, e intriga também a própria comunidade escolar, é que a escola estava passando por uma reforma e essa reforma foi paralisada do nada, sem nenhum tipo de explicação. Tenho aqui as fotos da escola, eu gostaria que... Ah, elas já estão aparecendo.

A escola foi fundada em 1932, a primeira escola rural de São Paulo, referência de ensino técnico agrícola no Butantan por três décadas. Essa é a escola que deu lugar à Escola Estadual Alberto Torres e hoje ela trabalha com o ensino médio.

Então, essa escola, gente, pode ser fechada pelo governo estadual, porque o governo estadual quer construir um parque de ciência, um parque ligado ao Instituto Butantan. Vai precisar da escola para construir um estacionamento e vai transferir esses alunos para algum lugar, alguma outra escola, o que é um verdadeiro absurdo.

Então, estou pedindo esclarecimentos para a Seduc, para a Secretaria da Educação do Estado, para a Diretoria de Ensino - que eu liguei hoje; estou esperando resposta, não tive ainda uma resposta concreta - e, também, para o Instituto Butantan, porque nós não podemos admitir que uma escola que atende alunos do ensino médio seja fechada para que haja a construção de um estacionamento de carros do instituto, desse parque de ciências.

Aí, o Instituto Butantan, junto com o Estado, tem que buscar uma outra alternativa. Nada contra o Instituto Butantan, tudo a favor. Inclusive, o Instituto Butantan foi o pai da vacina, não foi o Doria; o Doria não foi pai de nada.

Aliás, o Doria, deputado Telhada, queria vender o Instituto Butantan. Em 2019, ele levou o Instituto Butantan para aquele encontro em Davos, com o Paulo Guedes, e anunciou a venda.

Estava colocando o Instituto Butantan em liquidação. Até soltou um vídeo em inglês - me lembro, está na internet - vendendo o Instituto Butantan, que é um instituto centenário. Mas foi o Instituto Butantan que fabricou a vacina, então, o pai da vacina não foi o Doria, foi o Instituto Butantan.

Então, tudo a favor, nossa defesa intransigente do Instituto Butantan. Agora, nós não vamos aceitar que uma escola seja fechada, seja destruída e transformada num estacionamento de um parque. Isso é um absurdo total. Nós vamos mobilizar, acionar o Ministério Público estadual, o Tribunal de Contas, a nossa Comissão de Educação aqui, também.

Então, só para concluir, Sr. Presidente, então tem um laboratório que estava sendo construído e ele foi abandonado. Só mostrando de novo, Machado, a foto aqui, só para que as pessoas possam ver que esse laboratório foi abandonado na sua reforma, na sua construção, que essa parte... Próxima foto. A próxima, ainda. Esta aqui, olhe: aqui é um laboratório que está desativado, sem nenhum tipo de explicação. Então, nós queremos explicações da Seduc, da Diretoria de Ensino e do Instituto Butantan.

Peço, Sr. Presidente, para que cópias do meu pronunciamento sejam encaminhadas à Secretaria Estadual da Educação e as informações sejam remetidas aqui ao nosso gabinete.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre deputado Carlos Giannazi. Convido a fazer o uso da tribuna, seguindo a lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, o nobre deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)

A nobre deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) A nobre deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) O nobre deputado Coronel Telhada. Quer falar agora, deputada Janaina? Então, nobre deputado Coronel Telhada. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Presidente, Sra. Deputada, Srs. Deputados, assessores e funcionários aqui presentes, policiais militares, policias civis aqui presentes, todos que nos assistem pela Rede Alesp. Hoje é quarta-feira, dia 15 de junho de 2022.

Eu quero começar aqui... Normalmente, nós somos aqui contumazes e até contundentes nas nossas críticas ao Governo, porque a nossa função, como deputados, é acompanhar, fiscalizar, cobrar também o Poder Executivo, mas hoje vim agradecer ao governador Rodrigo Garcia, porque foi publicada hoje a abertura de concurso público, para a Polícia Militar adotar as providências necessárias à abertura de concurso público para o provimento, no exercício de 2023, de 11 cargos vagos do quadro de 2º Tenente Músico PM, posto do quadro de oficiais músicos.

Pois bem, essa é uma demanda que nós estamos há anos. Logo que o governador Doria assumiu o governo, na campanha, nós já havíamos conversado com ele, e ele prometeu fazer. Infelizmente, o governador Doria não cumpriu as promessas que fez, não só comigo, mas com todo mundo. Foi um fiasco no governo de São Paulo.

Mas eu quero agradecer o governador Rodrigo Garcia, que de pronto já nos atendeu, não só a mim. Eu sei que vários deputados estavam pedindo isso. Sou aqui também reconhecido à ação do Coronel Camilo, Secretário Adjunto de Segurança Pública, que trabalhou forte nisso. Também há tempos ele vinha cobrando isso do governador, e hoje foi autorizado.

Para vocês terem uma ideia, a Polícia Militar tem dois oficiais: um major e um capitão musico. Só, não tem mais ninguém. Por quê? Porque o quadro estava sem concurso, as pessoas foram aposentando. Tanto que esses dois oficiais músicos já estão com tempo vencido, inclusive, e não foram embora para o serviço não parar.

Então eu quero agradecer à Polícia Militar, à Secretaria de Segurança Pública, e ao governador do Estado, pela abertura desse concurso, que vai dar um desafogo no corpo musical da Polícia Militar, que é muito importante.

Também quero agradecer porque hoje foi autorizado, à Polícia Militar, a abertura de concurso público para o provimento de 2 mil e 700 cargos vagos de soldado PM, segunda classe, para ingresso em novembro de 2023. O prazo é longo porque tem o concurso, tem todas as provas, mas nós sabemos do claro que existe na Polícia Militar.

Atualmente, salvo engano, não chegam a 82 mil homens. Ou seja, um claro de mais de 11 mil homens e mulheres. É necessário um recompletamento, porque a situação está muito complicada, principalmente, não só na Capital, mas no interior também.

Tem cidades que nós temos um ou dois policiais. Às vezes, um policial trabalhando 24 horas, o único policial na cidade. Então é necessário, é urgente o recompletamento do efetivo da Polícia Militar.

Quero cumprimentar também o meu amigo João Medeiros, que está conosco aqui. Hoje está até com uma camiseta fazendo homenagem para a gente, fazendo claque. Tudo bem que é uma pessoa só, mas é alguma coisa. Obrigado, João. Pelo menos você está torcendo pela gente, obrigado pelo apoio. Um abraço a todos os colegas da Cohab. Obrigado pela sua presença, amigo João Medeiros.

Pus agora na tela, Gil. Você já pôs Machado? Isso aí, está o nosso pedido de 2020, dos músicos. Porque a gente tem que mostrar. É interessante, deputado, a gente fala, e muita gente não acredita.

Acham que nós estamos inventando. “É mentira, ele não fez isso, não fez aquilo.” A gente é obrigado a trazer para mostrar. Então nós temos uma indicação. Eu tive várias indicações. Essa é de 2020, pedindo a abertura do concurso para a vaga de oficiais músicos. E também o outro, para que fosse completado.

Pode pôr a próxima por favor, Machado? Essa aí é outra, mas nós também pedimos. Isso aí é o seguinte, gente. Nós fizemos uma indicação para a revogação do inciso 4 do Art. 10 da Lei nº 1.245, de 2014, aquela lei que fala sobre o bônus.

Nós estamos pedindo para que seja revogado esse inciso, para que os policiais das escolas de formação também recebam bônus. Da Escola de Soldados; salvo engano, da Escola de Sargentos, parece que já recebem; a Escola de Oficiais.

Porque eles também trabalham no policiamento, fazem operações nas áreas, e não estão recebendo essa bonificação. Então, nada mais justo que todos sejam tratados iguais. Por isso que nós pedimos a revogação desse inciso, para que esses policiais possam também receber essa gratificação.

Como notícia, também trago o nosso Projeto de lei nº 284, de 2022. Eu sou motociclista, e nós temos várias ações em favor do motociclista. Inclusive, a Lei nº 17.201, que fala sobre a proibição de venda, uso e fabricação da linha cortante de cerol.

Esse projeto de lei, nós estamos pedindo a criação de cabines exclusivas de pedágios, nas praças de pedágio do estado de São Paulo. Porque tem acontecido muito acidente com motociclista no pedágio. Em alguns lugares não tem um caixa exclusivo para os motociclistas. Em outros lugares, onde tem o caixa, ele não está no local apropriado.

Então já são várias notícias, que nós temos, de pessoas que estão paradas no pedágio, e acabam sendo atropeladas por caminhões e por veículos que estão em trânsito. Então é necessária a criação dessas cabines exclusivas para motociclistas nas áreas de pedágio.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Paulo Fiorilo.

 

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Como noticia também, Sr. Presidente, para finalizar: ontem nós fizemos aqui um evento de reconhecimento de personalidades militares e civis. E nós entregamos, junto com a Associação das Forças de Paz do Brasil - quero agradecer ao Dr. Walter Mello Vargas, presidente da associação, que tem essa parceria conosco aqui - quase 40 condecorações. Nessa foto, estou com os policiais de Sorocaba.

Os policiais de Sorocaba que estavam aí ontem são o tenente Luiz, o cabo Marcos e o soldado Jesus Magaldi, que estiveram conosco. Parabéns não só a esses policiais, mas a todos os que foram homenageados ontem.

Hoje, dia 15 de junho, é o Dia Mundial da Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. É uma coisa que nós temos que lembrar sempre aqui: ter em mente os cuidados não só com as crianças, mas com as pessoas idosas também. Então, hoje é o Dia Mundial da Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa.

E também é o aniversário da cidade de Piquete, lá no alto da Serra da Mantiqueira, perto do Vale do Paraíba. Um abraço aos amigos e amigas da querida cidade de Piquete.

Muito obrigado, Sr. Presidente. Desculpa o tempo excedido.

 

O SR. PRESIDENTE - PAULO LULA FIORILO - PT - O senhor é inimputável, deputado.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Isso é bom ou ruim?

 

O SR. PRESIDENTE - PAULO LULA FIORILO - PT - Pergunte à deputada Janaina. Próximo orador inscrito é o deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. Tem o tempo regimental do Pequeno Expediente. Com a palavra, deputado.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, nobre deputado Paulo Fiorilo. Cumprimento aqui os deputados presentes no Pequeno Expediente, deputado Coronel Telhada, deputada Janaina Paschoal, deputado Enio Tatto. Cumprimento nossos assessores, nossos policiais militares e civis, público aqui na galeria e quem nos assiste pela Rede Alesp.

Presidente, retorno a esta tribuna, até para dar ciência à Casa: semana passada, ou foi na segunda-feira, eu falei sobre uma questão da Comissão de Cultura, em que eu fui cerceado da palavra, justamente por conta de um ato de Mesa da Presidência desta Casa que não permite que deputados que não são titulares nas comissões, deputado Enio Tatto, participem dessas comissões.

Então, eu dou ciência à Casa, aos pares, à minha bancada, de que, no que for possível, eu vou obstruir todos os trabalhos enquanto esse ato não seja revogado. Ao menos o Art. 10 do Ato no 26 seja alterado, para que todos os deputados possam participar das comissões. Os deputados que querem trabalhar, deputado Enio Tatto, estão sendo cerceados no seu direito. Vejam só: por um ato de Mesa.

Trouxe aqui no celular todos os artigos da nossa Constituição e principalmente do Regimento Interno, que tratam sobre os trabalhos, que regulamentam os nossos trabalhos aqui em plenário e nas comissões. E trouxe o Ato de Mesa no 26, de setembro de 2021. Um ato de Mesa não pode ser superior, deputado Fiorilo, ao nosso Regimento. É inadmissível que um deputado seja cerceado de participar de uma comissão de mérito.

Imagine só, deputado Coronel Telhada: o senhor tem um projeto que é de extrema importância para o seu mandato. Só que o senhor não faz parte da CCJ. E o senhor sabe que de repente se formou uma maioria de ocasião ali para derrubar o seu projeto.

Se a reunião for virtual, V. Exa. não tem o direito de sequer adentrar a comissão para explicar para os pares a importância do seu projeto. Isso não existe em Parlamento nenhum do mundo. Isso não existe na Zâmbia, isso não existe na pior das democracias.

A gente não pode permitir que isso continue sendo feito aqui no estado de São Paulo. Relatei aqui, deputado Enio Tatto: eu queria cobrar o secretário Sá Leitão, secretário de Cultura aqui em São Paulo.

A nossa Constituição prevê que os secretários venham a esta Casa e prestem esclarecimentos dos seus trabalhos. E o Sá Leitão veio - virtualmente, obviamente. Eu tinha várias indagações, só que tinha uma em que ele próprio me cita na comissão por várias vezes.

O secretário ficou mais de 10 minutos falando de uma questão deste deputado e finalizou a sua fala, deputado Paulo Fiorilo, dizendo que a ação que eu movi contra a Fundação Odeon foi movida por preconceito.

E este deputado, membro deste Parlamento, eleito pelo povo de São Paulo, não pôde sequer, Major Mecca, contrapor a fala de um secretário que não teve voto nenhum e que viria aqui a este Parlamento explicar os seus trabalhos.

Eu não pude questionar a relação do secretário com a fundação, com a OS Odeon. Eu não pude, como parlamentar representante do povo de São Paulo, fiscalizador do Executivo, questionar aquele contrato de 30 milhões de reais e ao menos me defender dos ataques do secretário por conta de um ato de Mesa aqui deste Parlamento.

Lembrando você, cidadão paulista que está em casa, que as comissões virtuais servem para nos auxiliar aqui nos trabalhos para que, durante a pandemia, Mecca, nós conseguíssemos trabalhar, ainda que virtualmente, das nossas bases, se fosse o caso, das nossas casas, para que o trabalho não parasse. Só que nem quórum os deputados estão dando nas comissões virtuais.

Nós precisamos exigir também que, se os deputados não estão usando a ferramenta virtual, que se extinga, que acabem com ela, que seja presencial, que nós voltemos aos trabalhos normais neste Parlamento. Agora, é inadmissível que se utilizem desse pressuposto, desse argumento da ferramenta virtual para cercear um direito legítimo dos deputados nesta Casa.

Então já deixo aqui de antemão para que nenhum dos pares reclame comigo. Peço o apoio de todos aqui para que se altere esse ato, para que nós possamos tirar essa excrescência, o Art. 10 desse Ato de Mesa nº 26, de setembro de 2021. Senão, no que for possível, vou obstruir todos os trabalhos, dentro, obviamente, das minhas possibilidades.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - PAULO LULA FIORILO - PT - Obrigado, deputado Gil Diniz. O próximo orador é o deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. Tem a palavra a deputada Leticia Aguiar pelo tempo regimental do Pequeno Expediente.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PP - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento todos os colegas aqui presentes, cumprimento todos os servidores e os que nos assistem pela Rede Alesp.

Pois bem, está tramitando aqui na Casa a PEC 02, uma PEC importante que reconhece de fato os nossos agentes penitenciários como a nossa Polícia Penal. Essa é uma pauta que nós defendemos já há muito tempo. É importante.

Estive, inclusive, cerca de 20 ou 30 dias atrás, conversando com agentes penitenciários, e foi reforçada essa necessidade, essa nomenclatura de Polícia Penal. Isso tem o nosso completo apoio.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.

 

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Conversando com a deputada Janaina Paschoal, aqui presente, ela sabe que eu sou uma grande defensora das guardas municipais por conta do trabalho importante que realizam no policiamento em conjunto com as demais polícias do Estado.

Eu sou presidente da Frente Parlamentar em Defesa e Valorização das Guardas Municipais do Estado, justamente para não apenas reconhecer a importância das nossas polícias nos municípios, que são as guardas, mas também com o objetivo claro de que eles estejam amparados diante da legislação.

Na Constituição Federal, em seu Art. 144, já constam as guardas municipais como um poder de Segurança Pública também, em conjunto com as demais polícias. Há uma falha na Constituição Estadual, e a gente apresentou - a deputada Janaina em conjunto comigo - uma emenda à PEC 02, justamente para incluir as guardas municipais dentro dessa PEC no rol de Segurança Pública do estado de São Paulo, porque de fato, na ponta, eles já realizam esse trabalho com a Polícia Militar, com a Polícia Civil, um trabalho importantíssimo de combate e enfrentamento ao crime.

O que nós queremos pedir? Nós queremos pedir que você que nos assiste em casa, você que é guarda civil municipal, todos nós da nossa querida nação sangue azul marinho que nos ajude a pedir o apoiamento dos demais parlamentares a esta emenda.

Nós precisamos de pelo menos 32 assinaturas. Nós estamos conversando aqui com diversos parlamentares, que já deram o seu ok, mas ainda faltam muitos aprovarem isso conosco, para que esse reconhecimento esteja também na Constituição do Estado de São Paulo.

Então, vocês que nos acompanham, divulguem, falem, peçam aos demais parlamentares, aos demais deputados que apenas apoiem esta causa, porque ela é importantíssima para a Segurança Pública do Estado de São Paulo, esse reconhecimento para as nossas guardas civis municipais de São Paulo.

Eu conto com o apoio de todos os demais parlamentares. Esta emenda já foi encaminhada ao e-mail de todos os gabinetes dos deputados. Também estou falando individualmente com vários parlamentares, que já estão dando seu apoio, outros ainda têm dúvida, mas não há dúvida, é uma coisa simples, é apenas incluir as nossas guardas civis municipais dentro do rol de segurança pública do estado de São Paulo.

Quero agradecer a deputada Janaina Paschoal também, por abraçar essa causa junto comigo, porque ela sabe da importância que têm as nossas guardas civis municipais cuidando, protegendo não apenas o patrimônio público, mas também combatendo e enfrentando, de frente mesmo, a criminalidade das ruas do estado de São Paulo.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PREIDENTE - GIL DINIZ - PL - Muito obrigado, nobre deputada Leticia Aguiar. Seguindo a lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente inicio a lista suplementar. Convido para fazer o uso da palavra o nome de deputado Delegado Olim. (Pausa.) Nobre Deputado Castello Branco. (Pausa.) Nobre deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Nobre deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Nobre deputado Enio Lula Tatto. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas e público que nos assiste pela TV Alesp e pelas redes sociais. 

Sr. Presidente, subo à tribuna, e poderia estar comemorando no dia de hoje o início das obras de uma luta muito grande, que é a duplicação da Estrada do M’Boi Mirim, na zona sul de São Paulo. É uma duplicação da mais de oito quilômetros, tão esperada, tão necessária, por uma grande multidão de pessoas que moram naquela região do Jardim Ângela, M’Boi Mirim, e também nos municípios de Itapecerica da Serra e Embu-Guaçu.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

 

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No último dia nove foi feita uma grande festa - eu gostaria que colocasse até as fotos aí para a gente passar -, com a presença do prefeito, com a presença de muitas autoridades, o presidente da Câmara Municipal, o deputado Adalberto Freitas aqui da Casa também estava presente. Foi dado o início das obras, de tanta luta, tantas manifestações, principalmente do movimento de transporte daquela região.

Na última audiência pública aqui na Casa sobre o Orçamento, eles estiveram aqui pressionando. Também em uma atividade que nós tivermos com o nosso pré-candidato Haddad, lá no Jardim Ângela, na penúltima sexta-feira, e também foi cobrado muito essa duplicação da M’Boi Mirim. 

E quando nós menos esperávamos foi feita essa grande festa de início das obras, vocês estão vendo aí um caminhão, uma retroescavadeira. Eles derrubaram um muro, e deram início às obras da tão esperada duplicação da Estrada do M’Boi Mirim. O que estranha é que isso foi no dia nove, e hoje é dia 15, deputado Telhada. Se você passar lá, tem uma retroescavadeira, tem um caminhão, parados. Não tem obra. 

Mais estranho ainda é que isto acontece a três meses e meio antes das eleições. E outro dia eu falei aqui que, de tanto fazer lançamento da pedra fundamental, dava até para construir uma estação, mas não tinha nada. 

O que eu estou falando aqui é que a gente espera que seja verdadeiro esse início dessas obras, mas a gente tem muitas dúvidas. Porque é uma licitação grande. São mais de oito quilômetros, em uma região totalmente adensada. Não tem mais nenhum metro de terreno, é tudo comércio e moradias, e deram início às obras. 

E eu imagino que, quando se faz uma licitação, junto com a licitação você faz um trabalho de indenização, de desapropriação, para poder construir a avenida, para você construir essa duplicação. 

A gente conversou com alguns comerciantes, alguns moradores, e eles falaram que nem a prefeitura, nem o estado os procuraram. Como é que você vai fazer a duplicação de uma obra tão grande como essa, que vai desapropriar milhares de pessoas, de residências, e não conversa nem com a população, não tem os parâmetros de uma indenização? 

Então, a gente fica muito chateado. Olha a placa. Já colocaram até a placa, uma placa enorme. É uma obra que tem que ser feita junto com o DER do estado e a Prefeitura de São Paulo, porque é uma das poucas “SP” que estão dentro da própria capital de São Paulo. 

Então, a gente está nessa dúvida. A população não tem informação nenhuma. Pedi audiência pública ao secretário diversas vezes, pedi audiência pública ao presidente do DER, mas ele não nos recebe. 

Eles estavam lá no dia desse lançamento do início das obras, mas não estavam, por exemplo, ontem, aqui, quando a gente foi discutir o Projeto 148, que eles querem pautar para ser votado no dia de hoje. 

Então, lá eles estavam, para lançar o início das obras, mas à Assembleia Legislativa, ao Poder Legislativo, eles não vieram conversar com os deputados. 

Então, quero fazer esse registro e torcer para que realmente essa duplicação saia, porque é necessária. É uma obra que a gente vem lutando, vem cobrando. Há mais de 10 anos, 15 anos, que o movimento de transportes daquela região vem lutando, vem cobrando. 

Já fizemos audiências públicas diversas aqui na Assembleia Legislativa, lá na Igreja dos Santos Mártires, no Jardim Ângela. Já tivemos contato com alguns secretários - já mudaram tanto os secretários -, mas infelizmente não saiu do papel. 

Agora fizeram esse lançamento no dia 9, mas, hoje, não tem ninguém trabalhando lá e as máquinas... “As máquinas”, não! A máquina está parada, a única máquina que estava lá para fazer aquele “agazinho” de início das obras, que foi a derrubada de um muro. 

Mas, infelizmente, a população passa lá, os ônibus passam lá lotados, naquela estrada estreita, com congestionamento todos os dias, e, no dia de hoje, pelo menos, está tudo parado. 

A gente vai continuar cobrando. Falei com o líder do Governo, cobrei dele, do deputado Vinícius Camarinha. Nós precisamos, junto com o movimento dos transportes daquela região, de uma audiência para a gente saber realmente como está, tanto essa duplicação da estrada do M’Boi Mirim quanto o prolongamento da extensão do metrô da Linha 5 - Lilás. Vão ser construídas mais duas estações até o Jardim Ângela.

Era isso, Sr. Presidente, muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado. Dando sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, chamamos o deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. Tem V. Exa. o tempo regimental para o uso da tribuna.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento todas as pessoas que nos acompanham, V. Exa., Sr. Presidente, os colegas deputados e os funcionários da Casa. Trago dois temas à reflexão.

O primeiro ainda diz respeito ao desmonte da Fazenda São Roque, em Franco da Rocha. Todos sabem que defendo que aquele espaço seja utilizado para receber pessoas drogadictas que precisam de recuperação.

Não descarto que haja outra finalidade, como moradia para famílias economicamente vulneráveis, mas o que me causa estranheza é o desmonte sem maiores explicações, e não só a mim. O colega Coronel Telhada e outros deputados já levantaram a questão.

Pois bem. O que eu gostaria de trazer ao público, sem fazer nenhum tipo de ilação, mas apenas para reflexão? No “Diário Oficial” do dia 26 de março de 2014, foi feita uma contratação de R$ 12.590.029,41 centavos com um aditivo de R$ 3.623.224,13 centavos, somando um total de R$ 16 bilhões, 213 milhões, 253 mil e 54 reais. Ou seja, mais de 16 milhões numa contratação para obras a serem realizadas onde? Na Fazenda São Roque.

“Mas, Janaina, isso é de 2014”, mas as obras foram sendo efetuadas e os pagamentos foram sendo feitos ao longo do tempo. Eu queria entender como é que vai se explicar para a população um gasto dessa magnitude com um desmonte daquele equipamento, sem apontar qual finalidade será dada.

Vejam os senhores: “Termo aditivo ao Contrato nº 4, de 2012, celebrado em 25 de maio de 2012, objetivando a execução das obras de construção da vila residencial e reforma das pensões assistidas e da área de lazer no Centro Pioneiro em Atenção Psicossocial Arquiteto Januário José Ezemplari.

Do objeto. O presente termo aditivo tem por objeto estabelecer o acréscimo de valor necessário para a execução das obras de vila residencial e reforma das pensões assistidas e da área de lazer no Centro Pioneiro, conforme documentos apresentados pela contratada, devidamente aprovados pela área técnica desta Secretaria de Estado da Saúde”.

Então houve uma contratação em 2012; houve um termo aditivo em março de 2014; e houve, efetivamente, um gasto de, no mínimo, 16 milhões em reformas e construções naquela área. Eu tenho relatos de gastos outros; ainda estou procurando a documentação.

Então não pode o Poder Executivo, a Secretaria da Saúde ou quaisquer outras secretarias que estejam envolvidas simplesmente desmontarem um equipamento sem dizer qual será o destino dado, e mais, sem explicar estes gastos aqui que foram realizados. Se havia o intuito de fechar aquele equipamento, por qual razão se investiu tanto ali?

Se não seria mais utilizado para fins terapêuticos para receber pacientes, por que construíram novas residências? Por que reformaram as residências já existentes? Eu estou apurando esse caso.  E de cento e poucos pacientes, agora tem apenas quatro nesse espaço reformado, apropriado para receber pessoas e serem tratadas. A equipe de saúde está lá completa.

Então eu peço encarecidamente, Sr. Presidente, que encaminhe esta manifestação ao Exmo. Sr. Secretário da Saúde reiterando a indagação que já fiz perante a comissão competente, no sentido de que seja apontada de maneira objetiva qual finalidade o governo pretende dar para a Fazenda São Roque; e se o objetivo era desmontar, fechar, por que gastaram mais de 16 milhões em reformas recentemente.

Obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, Sra. Deputada. A Mesa, por gentileza, fazer o envio das notas taquigráficas do discurso da deputada Janaina Paschoal. Dando sequência na lista de oradores inscritos, o deputado Paulo Fiorilo. Tem V. Exa. o tempo regimental para uso da tribuna.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, quem nos acompanha pela Rede Alesp, vou aproveitar o Pequeno Expediente para tratar de um assunto grave, principalmente neste momento em que o número de casos de dengue tem aumentado no estado de São Paulo.

Esta Casa, infelizmente, aprovou a extinção da Sucen. A bancada do PT e outros parlamentares foram contrários a essa ideia, mas infelizmente a maioria dos deputados votaram favoráveis à extinção da Sucen. Com a extinção da Sucen, os servidores ficaram sem saber para onde seriam alocados. Agora, eles acabaram sendo alocados na Saúde.

Qual é o grande problema agora? Bom, primeiro, já tinha, porque a Sucen está totalmente desestruturada, uma autarquia que presta um serviço importante de pesquisa, de combate à dengue, tem uma expertise enorme sobre isso, tem laboratório, tinha estrutura de veículos, não tem mais. É impressionante o abandono que esse Governo do Estado promoveu, não só na Sucen, mas na Sucen especialmente.

Ao irem para a Saúde, reparem só a barbaridade: 600 funcionários transferidos perderam a insalubridade, eles não podem receber a insalubridade. Eles trabalham com veneno, só porque eles saíram da Sucen porque foi extinta e foram para a Secretaria de Saúde, eles não podem pagar insalubridade.

Seiscentos funcionários responsáveis pelo combate à dengue e a outras moléstias não podem receber a insalubridade. Pasmem, pelo menos 100 desses funcionários tiveram no seu holerite zero reais para receber. Eu estou tentando falar com o secretário de Saúde, assim como a deputada Janaina.

O secretário não retornou, porque é inadmissível que os servidores da Saúde tenham cortes nos salários, não recebam insalubridade e continuem prestando serviço, um serviço relevante.

O combate ao mosquito da dengue é fundamental, nós estamos acompanhando o que está acontecendo no estado, tem aumentado casos de dengue, não só no interior, mas também na Capital.

A Sucen tem um papel fundamental, mas parece que esse governo não se preocupa com isso.

Aliás, eu vi um vídeo do atual governador muito ilustrativo. Na próxima prometo que eu trago. É ele discutindo com o presidente do PSDB sobre a extinção de empresas, de autarquias, das instituições, essa visão neoliberal.

E ele fala para o presidente do PSDB: “Você lembra daquele caminhãozinho que passava jogando fumaça?” O cara fala, “Lembro, então ele passava nas casas”. Então, esse caminhãozinho não combateu a Covid, ele não fez absolutamente nada para reduzir a Covid.

Eu fiquei me perguntando, presidente, o que tem a ver o fumacê que combate a dengue com o combate à Covid, até porque eu espero que o governador saiba que a transmissão da Covid não se dá por mosquito, que é o básico. O que se dá por mosquito é a dengue, Chikungunya, mas não a Covid. Então, por isso, vamos extinguir a Sucen. Básico, não é?

Isso é o quadrado aristotélico, “penso, logo existo”, não é? É uma aberração o que nós estamos vendo. Não podemos permitir isso, e eu estou cobrando do secretário de Saúde que ele se manifeste, porque ele precisa pagar a insalubridade para os funcionários da Sucen, e aqueles que não receberam precisam receber.

Nós estamos falando de 100 famílias sem salário. Nós já temos uma situação no Brasil que é gravíssima, 33 milhões passando fome, e o Governo do Estado, com dinheiro, com recurso, apronta essa com os servidores da Sucen, que são trabalhadores que combatem o mosquito da dengue, da Chikungunya, que fazem pesquisas nas selvas. Esse é o Governo do Estado.

Aliás, é interessante, eu não vou ter tempo, mas gostaria de trazer uma outra situação. O governador e o secretário Felipe Salto estão festejando, presidente, a devolução de recursos para os empresários na ordem de 200 milhões.

É um tipo de benefício, já é a terceira rodada em que o governo faz um ajuste de contas do pagamento de ICMS e devolve para os empresários 200 milhões. Vai ser mais de 200 milhões. Eles estão contentes, estão falando: “Olha como o governo devolve para os empresários.

Agora, não teve a pachorra de pagar os alunos das escolas que estão no Bolsa do Povo, os pais de alunos que estão no Bolsa do Povo, que são 300 milhões.

Então festeja, dá dinheiro para empresário, enquanto a gente tem que cobrar dinheiro para os pais e para os alunos da escola pública que estão em tempo integral. É inadmissível a incapacidade desse governo.

Sr. Presidente, eu solicito que o meu discurso seja encaminhado ao secretário, à Secretaria da Saúde, ao secretário da Saúde e ao Sindicato dos Trabalhadores da Saúde.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Paulo Fiorilo. Que sejam encaminhadas as notas taquigráficas da fala na tribuna do deputado à Secretaria da Saúde.

Dando sequência à lista dos oradores inscritos, deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. Está ok. Não, o próximo é o deputado Gil Diniz.

Tem V.Exa. o tempo regimental para o uso da tribuna.

O deputado Gil Diniz não fará uso da tribuna. Chamamos o deputado Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, presidente.

Retornando à tribuna aqui, quero me solidarizar com às palavras da deputada Janaina Paschoal, que está acompanhando esse problema de perto da Fazenda São Roque também. Eu tenho sido muito atacado por isso, e, como eu disse, não me preocupo com os ataques, porque a gente sabe onde a gente está pisando, a gente sabe que a gente não faz nada errado.

A gente está procurando uma resposta para vários problemas que estão surgindo, várias dúvidas que estão surgindo, as primeiras dúvidas que a deputada já colocou aqui. Desde 2014, mais de 16 milhões foram gastos na Fazenda São Roque e imediações, com reformas, com compra de equipamentos, computadores novos, uma equipe de funcionários totalmente completa, e hoje só tem quatro pacientes lá dentro.

Por que está havendo esse desmonte? Para onde estão sendo levados os pacientes? Para onde serão levados os funcionários que estão preocupados com seu futuro, porque são funcionários concursados? Para onde eles irão? Ninguém responde isso, há uma dúvida geral nessa resposta. E nós estamos aí, já fizemos, inclusive, já fizemos, inclusive, o pedido ao Sr. Secretário de Saúde.

Hoje nós estamos falando aqui, vários falando só do secretário de Saúde, que nos informe sobre o motivo do desmonte da Fazenda São Roque, que nos informe, inclusive, o que será feito com os funcionários, como serão tomadas as providências.

Eu fiz um requerimento de informação aqui, no dia 18 de maio de 2022, o Requerimento de informação nº 351, de 2022, perguntando quais os planos da Secretaria da Saúde para a Fazenda São Roque.

É verdadeira a informação sobre a desativação da Fazenda São Roque? Se sim, qual a motivação? Por que a falta de comunicação escrita aos servidores e funcionários? Qual a destinação dos pacientes, caso a informação da desativação seja procedente? Nos últimos cinco anos, qual o volume de investimentos com recursos do erário foi realizado na Fazenda São Roque? Estou aguardando essa resposta.

O interessante é que de repente eu fui atacado aqui como se eu tivesse querendo levar o mal para a região, estou querendo levar a Cracolândia para a cidade de São Roque, cidade Franco da Rocha e Cajamar. Primeiro, que eu não tenho essa força, repito aqui mais uma vez, eu não sou governador do Estado.

Se eu fosse o governador, providência eu já teria tomado com esse problema da Cracolândia que, aliás, praticamente hoje em todo o Estado nós temos, tem que ser dada uma solução.

Existem órgãos competentes para trabalharem, sim, nisso, coronel Zé Paulo, e as pessoas não prestam atenção nisso. O que é competente eles estão desmanchando e o dinheiro público sendo gasto.

Eu tenho uma informação, deputada Janaina Paschoal, eu não quero aqui dar essa informação assim com certeza, eu estou levantando, mas que desde 2014 o plano diretor da região, ali das cidades, já previu uma outra destinação para aquelas terras, com área industrial, habitacional.

Mas, como assim, não existe lá um tratamento, não existe lá uma fazenda, não são áreas do... Enfim, há uma série de dúvidas que nós temos que aqui esclarecer, e eu estava conversando, inclusive, com a deputada se não é o caso de nós já inclusive recorrermos ao Ministério Público, porque as dúvidas cada dia aumentam mais e ninguém nos dá as respostas.

Aliás, ao invés de nos dar resposta, as pessoas nos atacam dizendo que nós queremos o mal do município. Ao contrário, são municípios que nós ajudamos, municípios que nós mandamos emendas, municípios que nós temos eleitores, temos colaboradores. Jamais íamos querer mal de um município, qualquer que seja o município, principalmente municípios que nós temos grande consideração e amigos.

A dúvida é a seguinte: qual é a pretensão do desmonte da Fazenda São Roque? Qual é a pretensão do desmonte de toda essa região que cuida há muitos anos, dezenas de anos, de pessoas com problemas de insanidade mental, pessoas com problemas de uso de drogas, de entorpecentes? De repente, na calada da noite, tudo está sendo desmanchado.

Eu tenho vídeos aqui mostrando o desmonte do local. Vou ter que trazer esses vídeos a público, é isso? Então, senhor secretário de Saúde, estou aguardando uma resposta da nossa indicação.

Por favor, eu queria que o nosso deputado Mecca, que preside a sessão, que encaminhasse as minhas notas taquigráficas ao senhor secretário de Saúde mais uma vez pedindo resposta da minha indicação e orientando os senhores prefeitos das cidades ali, principalmente de Cajamar e de Franco da Rocha, que o que eles estão falando além de ser leviano, é mentiroso.

Estão deturpando as nossas palavras aqui dizendo que nós estamos querendo levar a Cracolândia para a região. Isso é uma grande mentira, isso é um embuste para enganar os seus munícipes, porque eles não têm resposta para nos dar, então ficam inventando factoides para enganar a população da real situação que está ocorrendo naquela região.

É uma região rica, é uma região que tem grande potencial de desenvolver, e é isso que eles querem. Eles querem ali uma especulação imobiliária. No meu entendimento, isso é claro.

E estão apavorados, porque perceberam que os funcionários notaram toda essa jogada que está acontecendo e estão procurando deputados, como a deputada Janaina Paschoal e como a mim, nesta Casa, e nós vamos atrás disso.

Nós queremos saber o que está acontecendo. Aliás, nós somos eleitos para isso, né? Para verificar esses problemas que acontecem não só no governo estadual, mas também em algumas prefeituras. Podem ter certeza de que nós estamos acompanhando.

Vamos acompanhar e se nós tivermos a conclusão de que há alguma coisa aí, já estamos bem... Se tivermos a conclusão de que alguma coisa está acontecendo que não deveria acontecer, tenham certeza de que as medidas legais serão tomadas.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Coronel Telhada. Que as notas taquigráficas da fala do deputado sejam encaminhadas ao secretário da Saúde.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Encerro o Pequeno Expediente e abro o Grande Expediente dando início à lista dos oradores inscritos neste Grande Expediente de 15 de junho de 2022. Chamamos o deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Em permuta com este presidente, chamo o deputado Gil Diniz para uso da tribuna pelo tempo regimental.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente Major Mecca. Cumprimento aqui novamente os deputados, nosso público, nossos assessores e os que nos assistem pela Rede Alesp. Presidente, faço coro aqui com a deputada Janaina Paschoal e com o deputado Coronel Telhada.

Deputada Janaina, aquela situação na Cracolândia, aqui na cidade de São Paulo, não pode ficar como está. Falando com alguns moradores ali da região, e eles nos dizendo do caos que é ali, eles inclusive citam essa questão da especulação imobiliária na região.

A gente precisa ficar atento também a tudo isso, Major Mecca, à especulação imobiliária que é, porque nós vimos em alguns momentos, pelo menos relatos e reportagens na grande mídia, dizendo que uma ordem do Primeiro Comando da Capital faz com que aquele bando de pessoas ali, usuários de crack, desloquem-se de uma rua para outra, de uma praça para outra.

Então, a gente precisa identificar também quem está dando essa ordem e que está financiando o tráfico ali na região. E há relatos sobre essa especulação imobiliária. O Coronel Telhada colocou a questão da Prefeitura, né?

Estou levantando aqui, inclusive, qual o partido do prefeito ali da cidade. O que eu sei é que há alguns partidos que geralmente defendem, deputada Janaina, um uso correto de uma certa quantidade de droga.

Eu já ouvi falar isso aqui. Inclusive, o candidato ao governo de um partido aqui em São Paulo, quando fez o seu programa, quando era prefeito na cidade, falava sobre isso. Que tem uma quantidade determinada que aquele usuário pode usar.

Ora, nós queremos discutir o problema, resolver o problema, combater o tráfico, combater a atividade criminosa e resgatar vidas, estender a mão para quem tem a possibilidade de se recuperar.

Está aí o trabalho de pessoas como o Frei Hans, na Fazenda da Esperança, aqui em São Paulo, em Guaratinguetá, por todo o País, que resgata vidas, que dá a possibilidade de viciados se recuperarem, se converterem dessa vida de caos.

Ou alguns aqui acham que um drogado, um cracudo, pode sair dessa realidade dando mais droga para ele, ou dando dinheiro para que ele use essa substância? Não acho que é o caso. Então acho que a discussão é extremamente válida. Há deputados aqui que estão atentos a essas demandas. E a gente precisa se debruçar em cima delas.

Presidente, ato contínuo, ontem, Jair Messias Bolsonaro esteve na cidade de São Paulo, com a sua comitiva. Entre outros locais que ele compareceu, compareceu à Ceagesp. Visitou o coronel Mello Araújo, e os trabalhadores do Ceagesp. É incrível a capacidade de mobilização que o presidente tem. Porque ele praticamente parou o Ceagesp.

As pessoas que estavam ali, tanto funcionários, quanto as pessoas que compravam ali determinados insumos, pararam para ver o presidente. Ele decidiu ir no Ceagesp para almoçar no Varejinho. Você, que não conhece o Varejinho, ali no Ceagesp, tem a oportunidade de visitar. Antes disso, ele compareceu à B3, a Bolsa de Valores, para consolidar o leilão da Eletrobrás.

A Eletrobrás é uma empresa pública, uma gigante do setor elétrico, que foi privatizada graças ao compromisso do presidente Jair Messias Bolsonaro e toda a sua equipe do Ministério da Economia. O ministro Paulo Guedes estava lá também, o ministro Tarcísio de Freitas, todo o pessoal do BNDES, da Infraestrutura.

Então, os meus parabéns a todo esse time, a toda essa equipe. Meus parabéns ao presidente Jair Messias Bolsonaro pela coragem de, num ano eleitoral, pautar essa privatização, e consolidá-la, e levá-la a cabo. Poucos teriam essa coragem.

Vendo a equipe, quando chamaram para se perfilarem na B3, me chamou a atenção, talvez, algo inusitado. O único político naquele púlpito era o presidente Bolsonaro.

Todos os outros eram técnicos. Todos os outros que estavam ali, trabalharam, não por interesses particulares, ou interesses partidários. Não, trabalharam pelo interesse do povo brasileiro.

Eu não tenho dúvida de que, além de uma tarifa mais baixa, nós teremos uma qualidade muito maior, muito superior na distribuição de energia elétrica aqui no País. Lembrando: a Eletrobrás, que foi assaltada, saqueada, quase que destruída em outros governos.

Só para você ter uma ideia, a título de comparação. Uma ação dessa empresa, há cinco ou seis anos, valia cerca de seis ou sete reais. Hoje, uma ação dessa empresa vale mais de 42 reais, extremamente valorizada. Isso se chama gestão, compromisso com a empresa pública. E vamos continuar, sim, privatizando aqui.

Antes disso, o presidente compareceu a um fórum de investimentos. E é engraçado, deputado Caio França, que se você abre a mídia, se você aperta ali um botão, ou sai sangue - porque é incrível a quantidade de notícia falsa sobre morte, isso e aquilo, Covid e tudo mais - ou está dizendo que está um caos a economia brasileira, que o Brasil é um pária no mundo.

E muito pelo contrário: falamos com vários embaixadores, com nosso chanceler, o ministro França, vários empresários do país e de fora do país, e todos, unânimes, estão dizendo que o Brasil, hoje, é um local seguro no mundo para se investir.

E que nos próximos anos bilhões de reais serão investidos aqui no País, gerando emprego para a nossa população, principalmente para a população que mais precisa, que mais necessita.

Então, deixo novamente os parabéns aqui ao presidente Bolsonaro, à sua equipe, a todo o ministério, principalmente ao ministro Paulo Guedes, por terem feito essas bases, consolidado essas bases para que o Brasil possa crescer, e crescer ainda mais.

Parabéns também ao Congresso Nacional, ao Senado Federal e à Câmara Federal, que hoje aprovaram ali o PLP que vai conseguir reduzir a carga tributária em todo o país, Major Mecca; ICMS.

Imagine você aí em casa: você coloca um real de combustível, de gasolina no seu carro; no mínimo 25 centavos vão para o cofre do governador. O presidente quer que esse valor seja isentado para o cidadão comum, que essa margem de 25% caia para no máximo 17% nos estados; e o governo federal vai subsidiar esses 17 por cento. Resumindo, traduzindo aqui: é desconto para você, cidadão comum. É isenção de impostos para você, cidadão comum.

O governo federal, desde o primeiro dia, tem isentado, tem acabado, cessado com taxas e impostos federais. Enquanto aqui em São Paulo, Mecca, o governo do PSDB aumentou a carga tributária, majorou o ICMS, aumentou taxas, aumentou a questão do licenciamento de carros.

É um caos esse governo do PSDB aqui no estado de São Paulo. E estava lá conosco o nosso sempre ministro Tarcísio Gomes de Freitas, ex-ministro da Infraestrutura, que é nosso pré-candidato ao Governo do Estado de São Paulo.

Então, pela primeira vez, nós temos a chance de ter um governo de São Paulo que é alinhado ao governo federal, mirando o mesmo objetivo: o bem-estar da nossa população, do povo paulista, do povo brasileiro, acabando com impostos, acabando com a burocracia que tanto afeta a nossa população.

Muito obrigado, presidente. 

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Gil Diniz. Fica a gratidão do povo de São Paulo, do povo brasileiro, ao eterno ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas e ao nosso presidente, Jair Bolsonaro.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Presidente, se houver acordo aqui entre as lideranças, levantar a presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os, ainda, da sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 14 minutos.

 

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