20 DE JUNHO DE 2022
59ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA, GIL DINIZ, CONTE LOPES e
TENENTE NASCIMENTO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
5 - CORONEL TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Endossa o pronunciamento do deputado Coronel Telhada.
7 - RICARDO MELLÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Endossa o pronunciamento da deputada Janaina Paschoal.
10 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - CONTE LOPES
Assume a Presidência.
13 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
14 - TENENTE NASCIMENTO
Assume a Presidência.
15 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
16 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO
Endossa o pronunciamento do deputado Conte Lopes.
17 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, faz pronunciamento.
18 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
19 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
20 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO
Endossa o pronunciamento da deputada Janaina Paschoal.
21 - ENIO LULA TATTO
Por inscrição, faz pronunciamento.
22 - CONTE LOPES
Para comunicação, faz pronunciamento.
23 - GIL DINIZ
Pelo art.82, faz pronunciamento.
24 - GIL DINIZ
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
25 - PRESIDENTE TENENTE NASCIMENTO
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de 21/06, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o Expediente na data de hoje, dia 20 de junho de 2022,
uma segunda-feira.
Vamos entrar no
Pequeno Expediente com os seguintes deputados inscritos: primeiro deputado é o
deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado
Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.)
Deputado Conte
Lopes. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Itamar Borges.
(Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.)
Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Dr.
Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.
Vossa Excelência tem o tempo
regimental.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público aqui presente,
telespectador da TV Assembleia; todos sabem, já é uma notícia que toda a
população do Brasil sabe, que o PSDB vive o seu ocaso, sobretudo aqui no estado
de São Paulo.
Vive
o seu fim, por conta da divisão, por conta do seu desgaste. A saída do Doria
mostra claramente isso, a saída do Alckmin. Enfim, é um Governo que vive os
seus últimos minutos aqui. Nós estamos assistindo, praticamente, já ao fim do
“tucanistão”, que desgoverna o nosso estado por quase 30 anos.
Mas, mesmo, Sr.
Presidente, vivendo esse ocaso, esses últimos momentos, esse governo do Rodrigo
Garcia - governador Rodrigo Garcia/Doria, na verdade, porque é o mesmo governo,
é o mesmo padrão de comportamento - não perdeu a pose, porque eles insistem em
manter a privataria tucana até o fim, até o seu último dia de governo. Não é à
toa que eles querem, agora, privatizar as ferrovias.
Tem um projeto
que está sendo debatido aqui, o projeto de privatização das ferrovias, mas,
pior do que isso, Sr. Presidente, é que eles teimam. Em plena crise climática,
esse governo tucano, que vive o seu fim, o seu ocaso, insiste em privatizar as
nossas florestas e os nossos parques, entregando, Sr. Presidente, agora...
Olhe só, foi
aberto aqui um edital de convocação de audiência pública para um projeto de
permissão de uso de cinco áreas. Eles querem entregar - na prática, é isso essa
permissão de uso - nossas áreas ambientais, as nossas áreas públicas para o
capital privado, para os empresários explorarem a nossa riqueza ambiental.
Me refiro
aqui... Olhe as áreas que eles vão entregar: duas estações experimentais, a de
Itirapina e também de Itapeva. Eu estive recentemente, inclusive, em Itirapina.
Conheci, Sr. Presidente, a famosa Fazendinha; é um patrimônio ambiental com
muita biodiversidade, com cerrado.
Então, olhe,
duas estações experimentais serão entregues à iniciativa privada para a
exploração, Sr. Presidente, de madeira. Eles vão poder explorar pinus e
eucalipto, olhe que absurdo. Também, três florestas estaduais: as florestas de
Águas de Santa Bárbara, de Angatuba e de Piraju.
Três áreas
ecológicas ambientais serão entregues para, Sr. Presidente, grupos econômicos,
que vão querer, logicamente, ter lucro em cima da gestão dessas áreas,
explorando madeira pinus e eucalipto, destruindo a natureza, Sr. Presidente.
Então, esse
Governo já destruiu, desmontou, como fez o Bolsonaro - Bolsonaro, que destrói
também a natureza, que colocou em curso a destruição dos órgãos de controle,
como a Funai, como o Ibama, o Instituto Chico Mendes e a Polícia Federal.
Aqui em São
Paulo também, só que aqui eles disfarçam um pouco mais: aqui, eles extinguiram,
o governo Doria/Rodrigo Garcia extinguiu, com as digitais da Assembleia
Legislativa, quando aprovou o 529, o fim do Instituto Florestal, que é um
instituto estratégico e importante na defesa ambiental.
Então, todos os
deputados que votaram no 529 votaram contra o meio ambiente do nosso estado,
porque ali estava a extinção do Instituto Florestal, do Instituto de Botânica e
do Instituto Biológico, três institutos importantes na preservação ambiental,
na pesquisa, no manejo ambiental, Sr. Presidente. Foi isso o que aconteceu.
Então, esse
Governo também desmonta os órgãos de preservação e de controle ambiental do
nosso estado e, agora, entrega as nossas florestas e as nossas estações
experimentais para empresas privadas explorarem madeira, uma concessão aqui de
uma privatização que vale por 15 anos, Sr. Presidente.
Então, é um
edital totalmente incoerente, porque eles estão aqui privatizando - para
concluir, Sr. Presidente - cinco áreas ambientais e vão realizar uma única
audiência pública, no dia 27, para dizer que houve algum tipo de consulta. É
uma consulta extremamente contraditória e nós queremos repudiar esse modelo no
sistema online, presencial.
Por exemplo,
aqui em São Paulo, vai ter na própria Secretaria do Meio Ambiente, e só 20
pessoas poderiam participar presencialmente, as outras pela internet. Então
eles querem, na verdade, enfraquecer o movimento ambientalista e dividir todas
essas regiões, fazendo no mesmo dia e no mesmo horário.
Então, Sr.
Presidente, eu estou pedindo já a convocação do secretário de Infraestrutura e
Meio Ambiente e, também, do presidente da Fundação Florestal, não do Instituto
Florestal, porque, infelizmente, o Instituto Florestal foi extinto. A Fundação
Florestal também é responsável por esse edital, por essa privatização e pela
realização, também, da audiência pública.
Estou pedindo a
convocação de ambos na Comissão de Meio Ambiente, para que venham explicar essa
privatização, essa permissão de uso, que, repito, nós somos totalmente contra,
e também essa pseudo-audiência pública, essa pseudoconsulta pública, que é para
inglês ver, só para tentar legitimar a destruição, Sr. Presidente. É disso que
se trata.
Querem destruir
duas áreas, duas estações experimentais, de Itapeva, de Itirapina, e três
florestas ambientais do estado de São Paulo, que é uma grande riqueza, uma
biodiversidade.
Eles querem lá
plantar e explorar pino e eucaliptos, destruindo a natureza do estado de São
Paulo. Eu me refiro às florestas, repito, de Águas de Santa Bárbara, Angatuba e
Piraju.
Então espero,
Sr. Presidente, que providências sejam tomadas imediatamente, que o Ministério
Público faça uma intervenção nesse processo. O movimento organizado já está
entrando também com uma ação na Justiça.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado,
deputado. Próximo deputado é o deputado Coronel Telhada. Falarei
posteriormente. Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar.
(Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. Vossa Excelência
tem o tempo regimental.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente Coronel Telhada, que preside o
Pequeno Expediente. Boa tarde aos deputados presentes aqui, deputado Mellão,
deputado Conte Lopes, deputado Giannazi, que me antecedeu na tribuna, deputada
Janaina Paschoal, que chega no plenário. Boa tarde aos nossos policiais
militares e civis, aos nossos assessores da Alesp, ao público na galeria, ao
público que nos acompanha pela Rede Alesp.
Presidente,
subo a esta tribuna mais uma vez para fazer um apelo ao presidente da Assembleia,
deputado Carlão Pignatari, e à Mesa Diretora, que revoguem o Ato de Mesa nº 26
de setembro de 2021, principalmente seu Art. 10, que proíbe a entrada de
deputados que não são titulares nas comissões que são feitas virtualmente,
deputado Ricardo Mellão.
Nós temos um
ato de Mesa neste Parlamento que regra a atuação dos parlamentares nas
comissões, só que é um ato extremamente autoritário, que cerceia os deputados
de participarem da atividade legislativa.
Digo mais,
senhores, as sessões virtuais nas comissões já deveriam ser extintas, primeiro
porque todos os deputados, pelo que me consta, já estão vacinados. Segundo, que
o plenário já voltou ao normal e a Casa já voltou ao normal.
Por último,
senhores, porque a ferramenta virtual, deputada Janaina, não está sendo útil,
visto que em muitas das comissões nós não temos sequer quórum, Mellão. O
deputado que participa da comissão pode logar de qualquer lugar do mundo, desde
que tenha acesso à internet. Ainda assim, nós não estamos tendo quórum nessas
comissões.
Peço, mais uma
vez, nesta tribuna, o apoio dos líderes. Não sou líder da minha bancada, mas já
conversei com o meu líder. Vou comparecer, vou tentar comparecer amanhã no
Congresso de Líderes para colocar esta minha posição, tentar levar ao
convencimento que é um ato extremamente autoritário, que cerceia os deputados.
Vejam vocês, já
falei desta tribuna, dei o meu relato, não pude questionar, Mellão, o
secretário de Cultura Sá Leitão, que me citava na comissão, que dizia que eu
entrei com processo contra uma OS que ele contratou, ali na secretaria, por 30
milhões de reais, para gerir o Museu da Diversidade.
Ele dizia que o
processo que eu movi na Justiça, e venci, foi movido por preconceito. Eu não
pude me defender na comissão, vejam só. Nós recebemos um secretário para
prestar esclarecimentos para este Parlamento, para os 94 deputados. Mas só
alguns dos ilustres pares puderam ali fazer as suas questões.
Vejam só,
amanhã, quem nós vamos receber, numa sessão virtual: o secretário de Estado da
Fazenda e Planejamento, Felipe Salto. E somente esses deputados poderão fazer
questionamentos: deputado Enio Tatto, Caio França, Adalberto Freitas, Damaris
Moura, Alex de Madureira, Gilmaci Santos, Marcio da Farmácia, Delegado Olim,
Dirceu Dalben e Estevam Galvão, que fazem parte dessa comissão.
Os outros 80 e
tantos deputados sequer vão poder entrar virtualmente. Se a Casa transmitir,
nós vamos assistir pela Rede Alesp. Mas é de uma bizarrice tremenda, isso. Eu
entendo a lógica de quem construiu esse ato. É boicotar a Minoria. É dar
celeridade no atropelo dos trabalhos. Mas o que a Casa está conseguindo fazer é
justamente não trabalhar, não fiscalizar o Executivo como nós devemos
fiscalizar.
Então fica aqui
o meu apelo, não só nessa questão de fiscalizar, questionar, cobrar os
secretários de Estado, que é o nosso dever enquanto parlamentares. Mas de
participar das comissões de mérito também. Nós temos projetos. Imagina: você
tem um projeto, que está na CCJ, com voto contrário. E você não pode entrar na
CCJ, se não for membro titular, para defender o seu projeto.
Isso não existe
em parlamento nenhum. Isso, no Zâmbia, é ilegal. Em qualquer ditadura, é
totalmente ilegal. Mas, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, os
parlamentares são cerceados. Nem todos são iguais, presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Parabéns,
deputado. Conte com o meu apoio nesse pleito, porque, realmente, isso é um
absurdo.
Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado
Marcos Damasio. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Tenente
Nascimento. (Pausa.) Deputada Damaris Moura. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia.
(Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do
Consumidor. (Pausa.)
Pela Lista Suplementar... Eu solicito
que o deputado Gil Diniz... Deputado, o senhor pode assumir a Presidência? O
senhor vai falar novamente? Porque eu vou ter que me retirar em seguida, depois
de falar. O senhor pode assumir a Presidência? Então eu passo a Presidência ao
Sr. Deputado Gil Diniz.
*
* *
-
Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Seguindo a
lista de oradores, entro na Lista Suplementar, e chamo ao uso da palavra o
nobre deputado Coronel Telhada. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
Obrigado, presidente, Sra. Deputada, Srs. Deputados, assessores, funcionários
da Casa, policiais militares presentes, senhoras e senhores policiais
militares, a todos que nos assistem pela Rede Alesp, na data de hoje, uma segunda-feira,
dia 20 de junho de 2022.
Eu quero
começar a minha fala, dizendo que nós, hoje, tivemos um evento logo cedo, às 10
horas, um ato solene em homenagem ao Dia do Vigilante. Hoje é o Dia Nacional do
Vigilante. Nós somos apoiadores dessa tão importante categoria.
Eu quero dizer
que, inclusive, tem um projeto de lei importante rodando na Casa, já podia ter
a urgência, que reconhece o risco da atividade de vigilantes no Estado. É uma
importância nós reconhecermos a atividade de vigilante como uma atividade de
risco. Para isso, peço o apoio dos demais deputados.
Hoje nós
tivemos um ato solene com a participação dos nossos amigos do Sesvesp, na
pessoa do Sr. Presidente, Flávio Sandrini, e também do Palhuca,
vice-presidente, além de outros amigos. O nosso sempre amigo Autair Iuga,
também, da Macor; o Jacobson, também, da GP. Enfim, vários empresários do ramo
da segurança privada, segurança particular. Meu filho capitão Telhada esteve
presente também.
Então, quero
mandar um abraço a todos os amigos e amigas vigilantes particulares, que
exercem tão nobre profissão. Parabéns pelo seu dia. Contem com o nosso trabalho
aqui na Assembleia Legislativa. Foram homenageados 10 vigilantes aqui, que se
destacaram em ocorrências, que impediram incêndios, salvaram vidas.
E eu sempre
digo que a segurança particular é muito ligada à Segurança Pública, porque onde
nós temos um vigilante, nós não temos um problema, nós temos uma pessoa zelando
pela segurança do local; um problema a menos para as polícias agirem. Então, é
de suma importância nós valorizarmos o trabalho, a atividade da vigilância
particular ou vigilância privada.
Falando nisso,
eu quero fazer uma homenagem a um amigo nosso, que é o vereador Arnaldo Faria
de Sá, que faleceu na semana passada, muito querido. Era um amigo, creio, de
todos os deputados aqui; todos o conheciam.
Foi deputado
federal por oito mandatos, e atualmente exercia o mandato de vereador pelo
nosso partido, o Progressistas. Nós fizemos um vídeo em homenagem ao Arnaldo.
Por favor, Machado, coloque o vídeo.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Muito obrigado,
Machado. Então, essa é uma pequena homenagem ao querido amigo Arnaldo Faria de
Sá. Descanse em paz. Nossas orações em prol da família do Arnaldo, de todos os
seus colaboradores e amigos.
Nossos
sentimentos, porque foi um exemplo da vida pública e um homem que deixou um
trabalho forte, um batalhador incansável, um exemplo de vida pública para que a
gente siga aqui no nosso trabalho, no nosso mandato.
Também quero
dar ciência aqui do falecimento de mais um herói brasileiro, o cabo Lot Eugênio
Coser. O cabo Coser é um veterano da Segunda Guerra Mundial que, em 44, 45,
lutou junto com a Força Expedicionária Brasileira nos campos da Itália. Ele
nasceu em primeiro de junho de 1924. Faleceu agora, aos 98 anos de idade.
O nosso abraço
à família do cabo Coser, nossos sentimentos. Cabo Lot Eugênio Coser. Como eu
sempre digo, meus heróis não morreram e não morrerão de overdose. Meus heróis
são heróis de verdade, homens e mulheres que fazem a sua obrigação.
Também quero
aqui, Sr. Presidente, só para finalizar, por gentileza, constar que neste final
de semana nós estivemos visitando algumas pessoas lá na zona oeste. Estivemos
com um velho amigo, o monsenhor Tarcísio, mantenedor da Casa Pequeno Cidadão,
ali na zona oeste, na Vila Hamburguesa, onde ele presta um serviço excelente
com várias crianças em situação, praticamente, de abandono.
E também mandar
um abraço ao Sr. Alfredo Mazzoni, que é o presidente lá do local. Então,
parabéns ao nosso amigo monsenhor Tarcísio, um batalhador pela sociedade, ao
Alfredo Mazzoni, e a todas as senhoras e senhores que colaboram com esse
trabalho bonito que é a Casa do Pequeno Cidadão. Parabéns. Contem com o nosso
trabalho aqui.
Para encerrar,
Sr. Presidente, só quero constar que dia 16, quinta, foi aniversário da cidade
de São Manuel. Um abraço para todos os amigos e amigas da cidade de São Manuel.
Também quero
constar que no sábado, dia 18, foi Bastos, a cidade de Bastos, e ontem, dia 19
de junho, foi a cidade de Ribeirão Preto. Então um abraço a todos os amigos e
amigas desses municípios que prestam, vivem e trabalham nas suas cidades.
Contem com nosso trabalho aqui na Assembleia.
Só para encerrar, Sr. Presidente, quero
fazer aqui uma curiosidade. Ontem nós tivemos eleição na Colômbia, e tivemos um
resultado lá. Eu tenho os números aqui, só para constar, para que todos os
deputados e todos os que estão em casa nos acompanhem neste raciocínio e parem
para pensar um minuto.
Gustavo Petro foi eleito com 11 milhões e
duzentos mil votos. Rodolfo Hernández, que não foi eleito, teve 10 milhões e
500 mil votos. Abstenções: 16 milhões e 400 mil votos. Ou seja, quem foi eleito
na Colômbia foi eleito porque a população não se apresentou para fazer seu
voto.
E aqui fica um alerta para todos nós. Nós
estamos para iniciar a campanha, e todos os deputados estão correndo atrás dos
seus eleitores, de seus colaboradores, mas fica o alerta a toda população: vão
às urnas.
Não adianta você se omitir, votar em
branco, votar nulo, não votar, e depois ficar quatro anos reclamando que a
política está ruim. Então vamos às urnas, coloque o voto no seu deputado,
aquele que você achar melhor, mas não se omita desse papel, porque a omissão
pode custar caro para o País, como vai custar caro para muitos países daqui
para frente.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre deputado
Coronel Telhada. Parabéns pelo ato solene na data de hoje. Nosso abraço ao
Sandrini, ao Iuga, que tem um lema, deputado Mellão, de colecionador de amigos.
E
o Sandrini tem uma experiência, Conte, ele foi meu patrão. Eu trabalhei na
empresa dele, na Verzani & Sandrini. Fui vigilante no Shopping Aricanduva,
trabalhei ali antes de ser carteiro.
Então
esse projeto que o deputado Coronel Telhada falou aqui, da efetiva necessidade
aos vigilantes, é de extrema importância e tem o nosso apoio. O nosso abraço aí
aos profissionais de Segurança Pública. Parabéns, Coronel Telhada.
Dando
sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, na lista
suplementar, convido a fazer uso da tribuna o nobre deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Nobre deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Nobre deputado
André do Prado. (Pausa.) Nobre deputado Ricardo
Mellão. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O SR. RICARDO MELLÃO -
NOVO - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, pessoal da galeria, funcionários aqui da Casa presentes, primeiro
gostaria de fazer coro ao seu discurso aqui na tribuna hoje, porque realmente
eu não consigo entender.
Mesmo com a mudança devida às adaptações
necessárias com a questão da pandemia e tal, eu não consigo entender por que
limitar o direito de um deputado poder fazer questionamentos a qualquer
secretário que seja.
Esse é um trabalho que compete a nós, está
dentro da nossa função a função de fiscalização. Cercear esse direito, sendo
que nós temos um regimento que permite isso - quando nós tínhamos as comissões
presenciais, eu me lembro que você tinha um tempo menor do que o dos membros
permanentes daquela comissão, mas você podia falar pela metade do tempo.
Se não me engano, eram cinco minutos para
os deputados que não pertenciam à comissão, e direito era sagrado e respeitado.
Então eu faço coro. Sou líder do meu partido, o Novo. Permanecerei amanhã,
estarei amanhã no Colégio de Líderes e devo reforçar esse seu pedido, que eu
acho que é um pleito extremamente justo. Você tem o direito, como um deputado
eleito, e eleito com uma votação expressiva, de poder questionar quem quer que
seja do governo, qualquer membro.
Eu queria aproveitar também, este
feriado... Eu tenho rodado bastante o interior de São Paulo. Gosto de visitar
as cidades até para poder entender ali, de forma mais próxima, olho no olho com
as pessoas, quais são os problemas que afligem essas cidades, esses municípios.
A gente sabe que são vários, não preciso nem mencionar.
Geralmente são
os básicos, Segurança, Saúde, Educação, e me chamou atenção um caso aqui que me
trouxe o Mateus Pedro. O Mateus Pedro eu conheci lá. Ele tem um canal.
Aliás, um
grande trabalho de cidadania, porque ele tem um canal no Facebook que é
praticamente um veículo de mídia, que tem extremo prestígio ali com a
população, justamente por ser algo espontâneo.
Ele já
questionou ali secretários de governo, o próprio secretário da Saúde já foi
questionado ali, e eles estão com uma queixa muito grande em relação à Santa
Casa local, que parece que está tendo alguns problemas ali, por falta de
médicos.
Aí tem uma
carta que ele me enviou, que eu gostaria de ler aqui, porque acredito que nada
melhor do que as próprias palavras dele para entender a aflição que está
tomando conta do cidadão de Tupã.
Começa
assim: “Nos últimos meses, a Saúde de Tupã vem chamando bastante a atenção, com
a falta de médicos e algumas mortes provocadas pela demora no atendimento da
Santa Casa na cidade. O que me deixa mais triste é que boa parte desses casos
ocorre com crianças. A falta de médicos é geral, mas o descaso com as crianças é
desumano.
Temos pessoas
sofrendo nas filas de espera, demora que ocorre mesmo para os atendimentos mais
básicos, fato que ainda se agrava devido aos casos de dengue que Tupã vem
sofrendo. Não vemos atitudes do prefeito, e nem de vereadores, que ficam omissos
diante disso.
A Prefeitura
informou, na quinta-feira passada, no dia de Corpus Christi, a sexta morte por
coronavírus no município. A nova vítima é um homem de 70 anos que possuía
comorbidade. Foi internado na terça-feira, mas não resistiu e veio a óbito na
quarta.
Até mesmo o
líder do governo, do prefeito Caio Aoqui, do PSD, o líder do governo na Câmara
Municipal de Tupã, o vereador Marcos Gasparetto, que também é do PSD, cobrou
com veemência a necessidade de uma investigação para apurar o eventual descaso
da Santa Casa de Tupã no atendimento à população.”
Ele relembrou
que a Santa Casa recebe verbas federais, estaduais, municipais, e vem recebendo
essas verbas e o atendimento à população segue sendo deficitário, e ele
reforça: “a gente precisa investigar”.
O presidente da
Câmara, o vereador Eduardo Akira Edamitsu Shigueru, também do PSD, viabilizou
recursos junto ao governo do estado - aqui ele diz que, com a nossa colega, a
deputada Carla Morando - para adquirir um tomógrafo, e até hoje esse
equipamento está encaixotado, não foi instalado ainda.
O povo tupãense
reclama que a Saúde está ruim, porque a Santa Casa não atende como deveria, e
que obrigação da prefeitura, uma vez que ajuda o hospital com verbas
municipais, é exigir um atendimento de qualidade.
Existem relatos
aqui de que a prefeitura repassa mais de três milhões de reais para a Santa
Casa, para manter o pronto-socorro aberto, mas parece que esses valores nunca
são suficientes.
Ele fala que
recentemente eles tiveram dois acidentados que precisavam do tomógrafo da Santa
Casa, para realizar os exames necessários, mas ele estava em manutenção.
De acordo com
os funcionários da unidade, pacientes que precisassem de uma tomografia computadorizada
teriam que entrar na fila da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de
Saúde, o famoso Cross, que todos nós conhecemos.
Ele fala aqui
que no dia 22 de setembro de 2021 a deputada Carla Morando divulgou um vídeo em
sua página, junto ao vereador Shigueru, afirmando que viabilizou uma emenda de
200 mil para custeio, destinada à Santa Casa, além de ter intermediado junto ao
governo do estado na aquisição do tomógrafo já citado aqui, e que essa demanda
teria sido feita a pedido do presidente da Câmara dos Vereadores, atendendo a
pedido dele.
Ele fala, as
verbas chegam a todo momento, por diversos deputados, mas, mesmo recebendo um
monte de recursos, a Santa Casa nunca está em condições de prestar um serviço
que seja, no mínimo, de qualidade para a população. Precisamos urgentemente de
fiscalização
Ele fala: “Eu,
Mateus Pedro, do canal ‘Chama no Doze’, já fiz diversas lives com o líder do
governo e com o secretário da Saúde, mas nunca trazem os dados verdadeiros,
principalmente em relação ao número de crianças que ficam horas na fila do
atendimento, e que até vieram a óbito.
Todos os dias
recebo relatos de mães nos prontos-socorros aguardando por um médico e não
encontram nenhum plantonista, e muito menos um pediatra. Nós queremos saber
para onde vai tanto dinheiro, tantas verbas - seja municipal, federal ou
estadual - e que nunca são suficientes para resolver os problemas da Santa Casa
no atendimento à população”.
Então,
presidente, para encerrar, eu, trazendo essa situação extremamente triste que a
cidade de Tupã está passando, eu gostaria de questionar, digo aqui que enviarei
um ofício ao prefeito Caio Aoqui, do PSD, para saber exatamente o que está
acontecendo lá e como, aqui, nós podemos ajudar para resolver esse problema.
Não vou ficar
aqui me restringindo apenas a críticas, sei que várias cidades passam por isso,
mas nós temos que batalhar por uma solução, não podemos ficar de braços
cruzados olhando uma situação triste como essa e não fazer absolutamente nada.
Então já me
coloco à disposição, agradeço ao Mateus Pedro, do canal “Chama no 12”, por ter
me trazido esse pleito e também, já que trata-se de uma Santa Casa e as santas
casas recebem recursos do Governo do Estado, também devo enviar um
questionamento à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo a respeito desse
caso, alertando para que fique ciente desse problema e tome as medidas que
couberem e que são necessárias.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado,
nobre deputado Ricardo Mellão. Obrigado pelo apoio no nosso pleito junto ao Ato
de Mesa nº 26.
Seguindo a lista de oradores inscritos
no Pequeno Expediente, Lista Suplementar, convido a fazer uso da tribuna a
nobre deputada Janaina Paschoal. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento todas as pessoas que nos acompanham, V.
Exa., Sr. Presidente, colegas deputados, funcionários da Casa, queria iniciar
cumprimentando todos os senhores vigilantes na pessoa de V. Exa., não sabia que
o presidente tinha sido vigilante particular.
Participei na
sexta-feira de uma formatura de uma turma de vigilantes e eu fiquei feliz em
ouvir o Coronel Telhada, porque eu disse isso na formatura, que eu vejo a
vigilância privada como um complemento da Segurança Pública e os acadêmicos
brasileiros ainda não perceberam isso, mas no exterior existem vários textos
científicos mostrando que, vamos dizer assim, que os funcionários da Segurança
Pública não têm como dar conta de toda a
demanda, então é necessário, sim, ter a vigilância privada e compreendê-la como
uma complementação.
Então eu fiquei
feliz em ouvir a fala do deputado Coronel Telhada, porque nessa formatura eu
falei justamente isso. Meus cumprimentos aqui a todos os vigilantes privados.
Noticio também
que na própria sexta-feira visitei a maternidade de Caieiras e tive uma grata
surpresa, presidente. A nossa lei está sendo cumprida lá, a plaquinha de que é
direito da mulher grávida, da gestante, da parturiente, participar da decisão
sobre a via de parto. Fiquei feliz porque eu tenho recebido muitas queixas, por
isso tenho agendado algumas visitas e eu fiquei feliz com o que eu vi na
maternidade de Caieiras.
Tenho aqui
vários temas, mas inicio tranquilizando o pessoal da Polícia Penal, que vem
mandando e-mails, não sei se para o seu gabinete também, para o dos demais
colegas. O pessoal está aflito com relação à votação da PEC 02, que é a PEC que
cria a Polícia Penal oficialmente.
É difícil a
gente responder e-mail por e-mail, mas já fica aqui o anúncio de que a PEC está
pautada para o Colégio de Líderes que ocorrerá amanhã, às 10 da manhã, aqui na
Presidência. O Colégio vai ser presencial.
Eu me encontrei
hoje com o deputado Delegado Olim, que foi nomeado relator da PEC e disse que
quer liberar o relatório já para quarta-feira com o intuito, quiçá, de pautar a
votação na quarta-feira.
Então temos
grandes chances de resolver, vamos dizer assim, essa questão que já se arrasta
há muito tempo ainda nesta semana. Eu apoio a PEC, pelo que venho conversando
com colegas de outras bancadas, não existe resistência.
Eu apresentei
uma emenda. Na verdade, eu elaborei o texto da emenda e consegui o “de acordo”
de vários colegas, mas, infelizmente, faltaram sete assinaturas. O nosso
intuito era incluir um parágrafo na emenda para reconhecer as guardas
municipais como integrantes do sistema de Segurança Pública, algo que já está
previsto na Constituição Federal, mas não está claramente escrito na nossa
Constituição Estadual.
Então, tentei
acrescentar, com o apoio de diversos colegas, esse parágrafo, mas faltaram
algumas assinaturas, então já estamos conversando para, quem sabe, fazermos um
outro texto nesse sentido.
Então, só para
tranquilizar as pessoas que estão agoniadas, é provável... Espero que assim
aconteça, apoiarei firmemente no colégio amanhã. É provável que votemos a
criação da polícia penal ainda nesta semana.
Eu queria, Sr.
Presidente, trazer ao plenário um pleito que tem se repetido. Não sei se vem
chegando ao gabinete de V. Exa. ou do coronel Conte, aqui presente. Muitas
pessoas estão escrevendo reclamando que, depois que abriram a Estação Vila
Sônia do Metrô, elas ficaram sem as linhas de ônibus que levavam até Pinheiros.
Muitos desses
ônibus eram intermunicipais. Então, eram pessoas que tinham um ônibus que levava
até Pinheiros e, agora, com a inauguração da Estação Vila Sônia, os ônibus
param na estação e essas pessoas precisam comprar outro bilhete para chegarem
até Pinheiros.
Isso tem
trazido, além de transtorno e perda de tempo, tem trazido gastos para essas
pessoas. Um aqui escreve que agora está gastando, no mínimo, três reais a mais
do que gastava antes. O outro não entra em detalhes de valores, mas diz que
seria possível a EMTU incorporar esses outros trechos.
Então, trago
aqui publicamente e vou elaborar uma indicação também nesse sentido, mas trago
aqui publicamente as reclamações, que não são poucas. Reclamações de que a
Estação Vila Sônia foi inaugurada, foi festejada, sem condições de ser
inaugurada, porque a linha só funciona por pouco tempo durante o dia.
Muitas pessoas
têm que andar pela linha do trem, literalmente, porque os veículos param e,
agora, também começam a chegar reclamações de que a estação, no lugar de
ajudar, piorou a vida de quem vem de outros municípios.
Por enquanto é
isso, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado,
nobre deputada Janaina Paschoal. Faço coro com vossas palavras. Realmente a
gente tem recebido muitas reclamações do pessoal que usa a Estação Vila Sônia.
Seguindo a lista de oradores inscritos
no Pequeno Expediente, Lista Suplementar, convido a fazer uso da tribuna o
nobre deputado Conte Lopes. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, venho a esta tribuna falar a
respeito do discurso do presidente da República Lula, ex-presidente, falando
que dez brasileiros foram presos no sequestro de Abilio Diniz.
Presidente
Lula, não eram dez brasileiros. Eram cinco chilenos, dois argentinos, dois
canadenses e um brasileiro. O presidente Lula foi pedir para o Fernando
Henrique Cardoso para que eles fossem absolvidos.
E foram, porque
eles iam fazer uma greve de fome, diz o presidente. Mas o presidente se
esqueceu de muita coisa, talvez até por questão de idade, porque o presidente é
muito mais velho do que eu. Então, ele deve ter esquecido.
Eu era deputado
nesta Casa e acompanhei o sequestro de Abilio Diniz. O Abilio Diniz foi
sequestrado rapidinho, quando uma loira canadense - ele não sabia que era uma
loira canadense, só viu que era uma loira - bateu no carro dele.
Ele saiu do
carro, quando chegou uma Caravan que tinham mudado para uma ambulância - era
uma ambulância fajuta. A partir daí, o Abilio Diniz foi dominado, foi levado
para o cativeiro no Jabaquara. Lá, ficou até a véspera da eleição, da disputa
no segundo turno entre Lula e o presidente nosso Collor de Mello; era um
sábado.
O que
aconteceu? Só não deu tudo certo com o sequestro porque o funileiro que
preparou a Caravan colocou um papelzinho dele, que ele tinha feito o trabalho.
Ele não sabia que estava mudando a Caravan para sequestrar ninguém e foi
encontrado pela polícia porque foi parar no motor o cartão do funileiro, aonde
se chegou a um dos sequestradores. E no sábado foi todo mundo para lá, foi a
polícia para lá, e começaram as negociações.
O Abilio Diniz
seria o primeiro capitalista a ser assassinado pelos revolucionários lá da
guerrilha - eram guerrilheiros. Tinham atacado inclusive um quartel do exército
chileno - os cinco chilenos, os dois argentinos, os dois canadenses e o
brasileiro. E a partir daí começou a negociação no sábado. Passou a noite
inteira isso aí e eu acompanhei; eu era deputado aqui.
O Lula era
candidato à Presidência. Eu não sei porque ele esqueceu isso. Foi no dia da
eleição que aconteceu isso. Em determinado momento os guerrilheiros começaram a
gritar: “Queremos falar com dom Pablo. Queremos dom Pablo”, e davam tiro na
gente lá.
A imprensa
estava toda lá: Fausto Macedo, que eu lembro, Nelo Rodolfo, alguns jornalistas,
e eu estava lá. Foi uma viatura da Rota com o tenente Lourival buscar Paulo
Evaristo Arns para negociar com os sequestradores no dia da eleição,
superarmados.
O Abilio Diniz foi colocado num buraco a
quatro metros de profundidade. Ninguém iria encontrar ele nunca ali daquele
jeito e os caras tinham feito todos os sequestros.
Então eu só
estou fazendo a colocação porque o presidente esqueceu e ele chama de “menino”
terroristas, sequestradores do mais alto grau de periculosidade. E ali ficaram
as negociações.
Os
guerrilheiros ligados ao tal MIR, sei lá o quê, negócio de esquerda... Eu estou
falando porque eu estava lá, porque eu acompanhei; eu era deputado desta Casa.
Só liberaram o Abilio Diniz junto com o dom Paulo Evaristo Arns às 17 horas, na
hora em que acabou a eleição.
Eles
acreditavam que o Lula tinha ganhado a eleição e algumas pessoas do PT dizem
que aquilo lá prejudicou o Lula de ganhar a eleição. Então só uma colocação de
quem viveu o dia. Não eram meninos. Está a foto aí. Está lá o dom Paulo Evaristo
Arns. Não estou falando bobagem, não estou falando mentira nenhuma aqui.
Estou falando
uma realidade do que aconteceu. Só que, Lula, não dá para falar que são dez
meninos brasileiros, né? Você foi falar que o Fernando Henrique os liberou a
pedido de Renan Calheiros, que era o ministro da Justiça da época. Não, eram
bandidos da maior periculosidade. Eram terroristas, guerrilheiros e da maior
periculosidade. Essa é a grande verdade do que aconteceu, porque ninguém falou
nada.
Todo mundo
fala: o Abilio fala, o Lula fala. Mas ninguém fala que foi no dia da eleição e
ninguém fala que quem foi intermediar foi o dom Paulo Evaristo Arns, levado por
nós para negociar com os sequestradores. Não sei se fossem outros
sequestradores ele sairia da igreja dele para negociar.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre
deputado Conte Lopes. Parabéns pelo discurso. Seguindo a lista de oradores
inscritos no Pequeno Expediente pela lista suplementar, convido a fazer uso da
tribuna o nobre deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo
regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente deputado Gil Diniz, Sras. Deputadas e
Srs. Deputados, de volta à tribuna no dia de hoje eu gostaria de fazer um novo
apelo, Sr. Presidente, ao deputado Carlão Pignatari, presidente da Assembleia
Legislativa, aos líderes partidários e aos 94 deputados e deputadas para que
amanhã nós possamos pautar o PDL 22, projeto de decreto legislativo que revoga,
que anula o confisco das aposentadorias e pensões.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Conte Lopes.
* * *
Eu vi que foi
chamado agora emergencialmente - tive a notícia agora, no final da manhã - um
Colégio de Líderes amanhã, às 10 horas, e será presencial essa reunião.
Então quero
fazer esse apelo público, mais um apelo público, que eu faço constante e
exaustivamente pela tribuna - já fiz no Colégio de Líderes, e também inclusive
oficialmente até pelo “Diário Oficial” - para que o PDL seja pautado, visto que
o PDL já está pronto para ser votado.
Já foi aprovado
em todas as comissões pertinentes, tem parecer favorável, está em regime de
Urgência. Então é muito simples, é só o presidente pautar numa sessão
extraordinária.
E, como eu
tenho dito também exaustivamente aqui na tribuna, o quórum é um quórum simples,
porque nós precisamos de apenas 48 deputados presentes e de apenas 25 votos a
favor desses 48 deputados presentes.
Logicamente nós
temos muitos votos a favor, muito mais do que isso. Vários deputados vêm se
comprometendo publicamente com essa luta contra o confisco das aposentadorias e
pensões. Então amanhã pode ser um dia histórico e importante.
Espero que o
Colégio de Líderes decida, delibere, amanhã; mas, sobretudo, o presidente da
Assembleia Legislativa, deputado Carlão Pignatari, para que haja, de fato, a
aprovação do fim do confisco das aposentadorias e pensões.
Eu recebi agora
aqui uma notícia importante, que vem diretamente de Ribeirão Preto. O José
Gozzi, que é o presidente da Pública, me informou há pouco, até me enviou
algumas fotos, mostrando que teve uma manifestação agora em Ribeirão Preto, lá
estava o governador Rodrigo Garcia, Rodrigo/Doria, e ele foi interceptado pelo
movimento organizado das aposentadas e pensionistas do estado de São Paulo.
Ele disse a uma
delas, à Margarida, que é da Aceterj - é uma pessoa que está na luta - que ele
está estudando uma forma jurídica e que em breve vai apresentar uma boa
notícia.
A forma
jurídica já está dada, é só revogar o Decreto nº 65.021, não tem segredo. Ele tem
duas alternativas, deputado Conte Lopes. Ele pode, ele mesmo, publicar um
decreto amanhã revogando o Decreto do Executivo, do próprio Governo, o Decreto
nº 65.021, fruto da reforma previdenciária estadual, ou ele pode aprovar o
nosso PDL nº 22, que está pronto para ser votado.
São essas as
duas possibilidades que ele tem de resolver essa situação e fazer justiça com
os aposentados e pensionistas. Então está muito fácil resolver, Sr. Presidente,
tanto do ponto de vista do Legislativo, que as condições já estão todas dadas:
um PDL pronto para ser votado, o quórum é tranquilo. Só precisamos ter 48
deputados aqui no plenário, e 25 votando a favor. Então é muito tranquilo
votar, basta que o PDL seja pautado exatamente amanhã.
Ou, repito, o
próprio Rodrigo Garcia pode assinar um decreto, publicar um decreto do
Executivo, também amanhã mesmo sai publicado no “Diário Oficial” e ele revoga o
Decreto nº 65.021, acabando, colocando um fim nessa grande injustiça, nesse
grande assalto, nesse grande roubo às aposentadorias e pensões de milhares e
milhares de aposentados e pensionistas, que já contribuíram com o regime
previdenciário, ou com o Ipesp, que foi extinto em 2007, com a reforma do
ex-governador Serra, ou com a São Paulo Previdência.
Então é muito
simples de se resolver esta situação. Tem que ver qual é o interesse político
agora do governador. Tenho sentido que o governador tem recuado de várias
maldades que ele fez.
Agora, por
exemplo, a mobilização fez com que ele apresentasse uma PEC, que é a PEC nº 2.
Eu apresentei a PEC nº 1, tem a PEC nº 4, do deputado Olim, que são duas PECs
que criam, legalizam, a Polícia Penal.
Ele foi
pressionado com as PECs que nós apresentamos, com o movimento organizado, com o
acampamento na frente da Assembleia Legislativa. Ele recuou e apresentou a PEC
da Polícia Penal que nós queremos aprovar em caráter de extrema urgência.
Se depender de
nós, a gente vota na primeira oportunidade. Talvez se for possível, do ponto de
vista regimental, ainda nesta semana. Ele tem recuado. Ele suspendeu, agora, a
cobrança do IPVA.
Foi uma
suspensão, ele não extinguiu, ele suspendeu, talvez por conta da eleição, mas
voltou atrás momentaneamente em relação à cobrança do IPVA para as pessoas com
deficiência, que também foi uma maldade do 529. Ele tem recuado em algumas
coisas.
Espero também
que ele recue exatamente nessa área. Ele recuou em relação ao aumento dos
impostos de algumas áreas, do ICMS que o governo Doria aumentou. Então, vamos
lá, espero que ele agora também tenha consciência dessa grande maldade que foi
feita, que está extorquindo, roubando e assaltando, repito, milhares de
aposentados e pensionistas no estado de São Paulo, Sr. Presidente.
Então, queria
fazer esse relato e apelar: vamos votar o PDL 22 amanhã, na sessão
extraordinária, e acabar com o confisco.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Tem o nosso
apoio, Sr. Deputado.
Com a palavra o nobre deputado Gil
Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente, nobre deputado Conte Lopes.
Sigo aqui a
linha do vosso discurso, deputado Conte Lopes. As palavras do presidente, do
ex-presidente, o descondenado Luiz Inácio, descondenado pelo STF, Luiz Inácio,
que agora resolveu aí no sincericídio voltar a ser o Luiz Inácio que a gente
conhece.
Caiu a máscara
do Lula Paz e Amor. E ele fala, deputada Janaina Pascoal, com uma naturalidade
sobre os laços que ele tinha com o FHC e com Renan Calheiros. Ele trata
sequestradores, deputado Conte Lopes, guerrilheiros, terroristas como meninos.
Eu trouxe o
vídeo aqui, gostaria que passasse na tribuna, dessa fala do descondenado Luiz
Inácio, só para ilustrar aqui o que o Conte Lopes colocou na tribuna.
Por favor.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
O deputado
Conte Lopes foi muito feliz: guerrilheiros, terroristas queriam matar, Conte, o
empresário Abilio Diniz. Dizem ali, V.Exa. esteve presente, que até caixão já
tinha no recinto, justamente porque eles sabiam que matariam o empresário. Eu
peço para você que nos acompanha de casa, assistam ao “Brasil Paralelo”, o
episódio que fala sobre o sequestro de Abilio Diniz.
Os jovens, os
meninos que o Lula fala, deputado Nascimento, eram sequestradores,
guerrilheiros, revolucionários que pegavam em armas - essas armas tão
demonizadas pela esquerda, Conte - para fazer sequestro, para roubar banco,
para matar adversário político.
Vejam aí o que
tentaram fazer com o presidente Bolsonaro em 2018: tentaram matá-lo, e esse
pessoal está por aí, livre, leve e solto. O único brasileiro que participou desse
sequestro, deputado Nascimento, foi fundador do PT no Ceará. Olhe que coisa
interessante, que coisa interessante. Foi preso anos depois, sabe por quê?
Estava traficando droga e foi indultado, Conte.
Olhe que coisa:
Lula, que, com seu comparsa Fernando Henrique e com seu outro comparsa, Renan
Calheiros, soltou sequestradores altamente perigosos, reclama hoje do indulto
ao deputado Daniel Silveira, a graça que o presidente concedeu a ele porque o
Daniel Silveira cometeu o crime de dar sua opinião. Mas era o mesmo Lula que,
na década de 90, pedia a graça, o indulto a sequestradores de grandes
empresários aqui no Brasil.
Esse
documentário “Brasil Paralelo” é muito interessante. Reforço aqui: assistam.
Eles narram, Conte, que esses meninos fizeram uma reunião - para finalizar,
presidente - um ano antes, na Argentina, teve outra na Europa, onde eles
decidiram que sequestrariam, pela América Latina, grandes empresários para, com
o dinheiro dos sequestros, financiarem movimentos revolucionários por toda a
América Latina.
“O preço da
liberdade é a eterna vigilância”. Olhe quem foi eleito ontem na Colômbia, um
ex-guerrilheiro das FARC - Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Grande
parte da cocaína que chega aqui no Brasil é por conta desse grupo narcoterrorista,
deputado Nascimento. Hoje, são um partido na Colômbia e se alçaram à
presidência.
Repito aqui: “O
preço da liberdade é a eterna vigilância”. Nunca foi tão fácil escolher.
Enquanto nós queremos aqui mais tempo de cana, de cadeia para sequestrador, tipos
como o descondenado Luiz Inácio querem botar terrorista na rua, sequestrador na
rua, querem defender ladrão de celular, que rouba um celular, Tenente
Nascimento, para tomar uma cervejinha ali depois.
É esse tipo de
gente que está disputando a cadeira presidencial neste ano aqui. Nunca foi tão
fácil escolher um lado.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Passamos ao
Grande Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
GRANDE
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Com a palavra,
o nobre deputado Itamar Borges. (Pausa.) Nobre deputado Alex de Madureira.
(Pausa.) Nobre deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Nobre deputado Caio França.
(Pausa.) Nobre deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Nobre
deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Nobre deputado Douglas Garcia. (Pausa.)
Nobre deputado Coronel Telhada.
(Pausa.) Nobre deputada Adriana Borgo. (Pausa.) Nobre deputada Professora
Bebel. (Pausa.) Nobre deputado Sargento Neri. (Pausa.) Nobre deputado Major
Mecca. (Pausa.) Nobre deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Nobre deputado
Frederico d’Avila. (Pausa.)
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Tenente
Nascimento.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - REPUBLICANOS - Seguindo
a lista de oradores inscritos no Grande Expediente, deputada Márcia Lia.
(Pausa.) Deputado Conte Lopes. Deputado Conte Lopes tem o tempo regulamentar
para fazer o seu pronunciamento no Grande Expediente.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, volto a esta tribuna
acompanhando aí as colocações do deputado Gil Diniz, que viu as palavras do
presidente Lula chamando os sequestradores, terroristas, de “jovens”
brasileiros. Machado, dá para você colocar de novo aí para a gente, só para que
o povo veja?
É o fim da
picada isso, porque eu acompanhei, eu estava lá. Eu estava lá, eu aconselhei a
família de Abilio Diniz a não liberar Abilio Diniz porque tinham arrumado um
avião para ele ir embora. Os sequestradores já tinham preparado um avião e eles
iam levar Abilio Diniz.
Eu fiz a
seguinte colocação: “Nós temos um leão com bife na boca. Vocês vão soltar o
leão com um bife na boca? Agora dá para pegar o leão, ele está em uma jaula,
está cercado. Depois que ele for embora você vai procurar onde, vai procurar
pelo mundo afora o Abilio Diniz?”. Foi uma colocação que eu fiz para a própria
família.
Mas olha as
colocações do presidente Lula. A gente não é contra ninguém, estamos falando a
verdade, eu estava lá, eu participei.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Honestamente,
eu não sei o que está acontecendo com o Lula. Eu acho que alguém está dando
remédio errado para o Lula, a cuidadora está dando remédio errado para o Lula.
Ele vem lembrar uma coisa dessas pensando em ganhar voto de quem? O que ele
ganha com isso aí? O que ele ganha defendendo guerrilheiros? Volto a dizer, não
eram dez brasileiros, era um brasileiro só, que cumpria ordens, um cearense.
Eram cinco chilenos, dois argentinos, dois canadenses, mais o brasileiro.
Por qual motivo
o Lula traz isso para um debate político, às vésperas de uma eleição para
presidente? Ele ganha o que com isso? A cuidadora está dando remédio errado
para o Lula? Por exemplo, eu jamais viria falar isso aqui, e eu fui lá e
participei, eu era deputado.
Era uma época
em que deputado era outra coisa, deputado não ficava discutindo se entrava no
banheiro feminino ou masculino, se usava saia ou não usava saia, era diferente,
deputado era deputado.
A gente
participava, a gente ia nas ocorrências, a gente era recebido por juízes, por
promotores. Hoje não, hoje o cara fala uma coisinha ali e chama o promotor aqui
para falar se ele falou ou não falou.
Era uma época
diferente, então por isso a gente participava. Eu fui e participei, como eu
falei para a família do Abilio Diniz, para o irmão, para os familiares. Estava
o avião para os dez irem embora, com as armas, com tudo, com Abilio Diniz.
Falei: “Vocês
vão liberar um leão com bife na boca? Ele está na jaula, então ele pode ser
atingido, a gente pode salvar o bife. Agora, depois que ele for embora mundo
afora, no avião, nós vamos achá-lo quando?”.
E isso aí,
volto a repetir, foi no dia da eleição de Collor de Mello e de Lula. Os
sequestradores e terroristas só liberaram Abilio Diniz junto com dom Paulo
Evaristo Arns, dom Paulo, que eles queriam dom Paulo.
E dom Paulo foi
lá, foi levado por uma viatura de Rota. Lembro até do tenente Dorival, que era
do comando da equipe. Foi lá, dom Paulo foi falar com eles. “Quero falar com dom
Paulo, o Abilio vai morrer”. Tinha um caixão de defunto lá e Abilio estava
enterrado no chão, respirava por um cano.
Essa é a grande
verdade. Agora, por que Lula vem nos lembrar disso, o que ele ganha com isso eu
não sei.
Agora, é
evidente que ele tem que falar ao nosso lado na coisa. Infelizmente, não foi isso
que aconteceu. Eu estava lá, eu era deputado. Não estou falando mal de ninguém.
Não sei para
que lembrou. Já que ele está lembrando, estou falando. Eu participei, eu fui
lá, das negociações do sequestro de Abilio Diniz. Não vejo motivo disso aí.
“Fui falar com Renan Calheiros, fui falar com Fernando Collor de Mello,
presidente, para que eles fossem liberados.”
Não sei o que
interessa na campanha política, isso aí, para o Lula. Porque eu mesmo não iria
falar disso. Nem lembrava disso aí. Faz mais de 30 anos que aconteceu isso. Eu
era deputado e fui, acompanhei. Fui buscar dom Paulo Evaristo Arns. Veio falar
com os sequestradores. Volto a dizer: não eram 10 brasileiros como falou o
Lula.
Eram cinco
chilenos, dois argentinos, dois canadenses e um brasileiro. Com armas de grosso
calibre, deram tiros, superprofissionais. Começou no sábado, quando cercou o
cativeiro. Seguraram até cinco horas da tarde, quando acabou a eleição, quando
foram liberados os sequestradores. Isso foi o que aconteceu.
Para muita gente
do PT, que estava aqui comigo, Zé Dirceu, Erundina, e outros, na época, acharam
até que Lula perdeu as eleições por causa desse sequestro, por ser no dia da
eleição, no segundo turno, entre Collor de Mello e Lula.
Aconteceu nesse
dia aí. Agora, por que Lula está lembrando disso, falando que pediu para
liberar os caras? Sei lá, não dá para entender. Qual é a vantagem de falar isso
aí?
Não tem a
mínima lógica. Tem tanta coisa para ele falar na vida. Então a gente é obrigado
a retrucar. Como eu disse, eu estava lá, eu participei, acompanhei as viaturas
de Rota, o Oscar Matsuo, o investigador que aparece na foto. Põe a foto, para
mostrar que dom Paulo Evaristo estava lá. Foi lá, dom Paulo foi lá, acompanhou.
Faz favor,
Machado, põe a foto do dom Paulo Evaristo Arns negociando com os
sequestradores. Está aí, foi o dia que aconteceu, quem participou, quem estava
lá. Então, só relembrando isso. Não sei o motivo que Lula está falando isso.
O que ele ganha
com isso? Mas é óbvio que a gente tem que rebater. Felizmente, Abilio Diniz foi
salvo. Volto a dizer: dom Paulo Evaristo Arns saiu da igreja, lá na Sé, e foi
lá negociar.
Foi negociar
com os sequestradores, que exigiam, nas palavras de dom Paulo: “Queremos dom
Pablo, senão Abilio vai morrer”. Era a colocação. E davam tiro na gente lá para
fora, nos jornalistas, e todo mundo que estava lá fora. Eram pessoas
superperigosas.
Para aonde eles
foram depois, eu não sei. O Lula falou que foram liberados. Não sei se foram
liberados ao mesmo tempo. Eu não sei se ele conseguiu, através do Renan
Calheiros e do Fernando Henrique Cardoso, liberar todo mundo. Aí não sei,
porque não acompanhei.
Acompanhei o
dia que Abilio foi salvo. Estava num buraco, a quatro metros de profundidade,
respirando por um cano. Essa é a grande verdade. E sorte do funileiro que
transformou uma Caravan em ambulância, que, para mostrar o trabalho dele, para
aquele que o contratou, colocou um papelzinho dele lá. E o papelzinho foi
caindo no motor. Foi onde se conseguiu chegar ao local em que estavam os
sequestradores.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - REPUBLICANOS -
Seguindo a lista de oradores inscritos, quero chamar o deputado Edmir Chedid.
(Pausa.) Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.)
Deputada Edna Macedo. (Pausa.) Deputado Gil Diniz, que faz permuta com Tenente
Nascimento.
Enquanto o deputado Gil Diniz se dirige
à tribuna, eu quero dizer que eu participei dessa ocorrência. Eu estava nessa
ocorrência. Eu estava no Comando Geral. E lá, realmente, nós presenciamos armas
que foram jogadas pela janela.
Visitamos o local. Realmente, era
exatamente isso: um cano para dar respiração ao Abilio Diniz. Todos queriam,
realmente, a liberação de Abilio Diniz. As ameaças eram exatamente
estarrecedoras. Inclusive, disparo de metralhadora, dentro, na hora das negociações,
disparo de metralhadora para intimidar as negociações.
Então não entendo também por que veio
trazer à tona uma ocorrência tão estapafúrdia como essa, que vem trazer à tona
novamente. Deputado Gil Diniz tem o tempo regulamentar para fazer o seu pronunciamento.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para uma comunicação, com a anuência do deputado Gil Diniz.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - REPUBLICANOS -
Tendo anuência do deputado Gil Diniz, tem o seu tempo para comunicação.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, Sr. Presidente. É rápido aqui. Eu quero só fazer o
registro de uma moção de protesto que nós recebemos da Câmara Municipal de
Itirapina, referente ao processo licitatório de uso da área da Fazendinha -
Estação Experimental de Itirapina do Estado de São Paulo - para exploração da
iniciativa privada.
Ou seja, a
Câmara Municipal de Itirapina aprovou a moção contra a privatização da
Fazendinha. E na verdade, por extensão, a privatização de todas as outras
áreas, também, que eu acabei de citar no meu primeiro pronunciamento: de
Itirapina, de Itapeva e das florestas de Águas de Santa Bárbara, Angatuba e
Piraju, Sr. Presidente.
E essa moção
foi de autoria do vereador que está engajado nessa luta, o Luciano Batista,
conhecido como Juruna, que também é servidor do Sistema Prisional e está
altamente engajado nessa luta, junto com vários setores da comunidade local.
E gostaria, Sr.
Presidente, de pedir que essa moção fosse registrada, publicada no Diário Oficial,
porque ela é importante, já que alerta a população do desastre que vai ser
entregar as nossas florestas e também as nossas estações experimentais para
empresas que querem explorar, Sr. Presidente, a madeira, o pino e o eucalipto
nessas áreas ambientais.
Isso é um
absurdo total, é um ataque frontal à natureza, ao Meio Ambiente e ao nosso
patrimônio ambiental do estado de São Paulo.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - REPUBLICANOS - Quero
dizer a V. Exa. que será publicado no Diário Oficial. Deputado Gil Diniz. Peço
que encerre o cronômetro. E voltamos aí ao seu pronunciamento pelo tempo
regulamentar.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente, Tenente Nascimento. Obrigado pela
permuta. Subo a esta tribuna novamente.
Continuando,
deputado Conte Lopes, convido os deputados petistas a subirem aqui a esta
tribuna para defender a fala de Luiz Inácio, do ex-condenado, para dizer se ele
estava com a razão quando, na década de 90, foi lá negociar com Fernando
Henrique a soltura dos sequestradores de Abilio Diniz. Eu gostaria de ouvi-los.
Eu lembro que
eu li um artigo, se não me engano em 2005, do deputado Afanásio, então do PFL
aqui na Assembleia, em que ele criticava a soltura desses terroristas.
Então, eu
gostaria de ouvir aqui os petistas, o que eles acham desses militantes de
extrema esquerda, do companheiro petista que foi indultado ali naquela época. E
vejam: Lula tira de baixo do tapete, porque ninguém falava mais nesse caso.
Mas ele traz à
tona, deputada Janaina Paschoal, um tema extremamente importante, que é
justamente o papel dessa esquerda revolucionária que, entre outras coisas,
sequestrava empresários aqui no Brasil.
Outra coisa que
me chamou a atenção é que esses terroristas, deputado Conte Lopes, estavam no
Brasil por conta de uma solicitação nas Nações Unidas. Eles foram exilados dos
seus países, perseguidos nos seus países, porque nos seus países cometeram atos
criminosos, atos terroristas, lutavam pela ditadura do proletariado, lutavam
pela revolução, tomar o poder pelas armas.
E tentaram aqui
no Brasil também. Deputado Conte estava lá, o deputado Nascimento diz agora que
estava lá também... O forte armamento que esses terroristas carregavam, olha...
difícil. Dando tiro na polícia, dando tiro em jornalista.
Dom Paulo
compareceu; à época, provavelmente era arcebispo de São Paulo. Vou tomar até
cuidado na crítica a dom Paulo, porque ultimamente a CNBB está muito ativa aqui
na Assembleia quando é para cercear parlamentares.
Quando é para
apoiar os nossos bons projetos, aqui, em defesa da vida, em defesa dos
cristãos, para abrir as nossas igrejas, nem um pio das nossas lideranças
religiosas, dos nossos bispos, arcebispos; mas, quando é para cercear
parlamentar, olha...
E dom Paulo
estava ali. Não tem como saber agora - vou até procurar nos arquivos - a
posição de dom Paulo quanto a esses sequestradores, mas chama a atenção essa
fala de Luiz Inácio.
Vou até
verificar se há alguma possibilidade de levantar, deputada Janaina,
juridicamente esse caso, porque o Lula diz: “Olha, eu fui lá na cadeia, 31 de
dezembro, fui lá falar com o ministro da Justiça, falei com o presidente”. É
engraçado, né? Fui lembrado aqui agora que estava lá o Alckmin, batendo palma.
O picolé de
chuchu batendo palma para o “descondensado”, a maior figura do tucanato aqui em
São Paulo, muito embora hoje não esteja com os tucanos, trocou de nome social e
CNPJ.
Os tucanos
gostam de fazer isso. Saíram do MDB, do PMDB na época, e criaram o PSDB, em oitenta
e oito. Agora as lideranças tucanas voam para outros ninhos, PSB, por exemplo,
mas estão ali demonstrando que são duas faces da mesma moeda, gêmeos siameses
separados no parto.
Está lá o
Alckmin aplaudindo o discurso de Lula falando sobre um crime bárbaro cometido
aqui em São Paulo, deputado Conte Lopes. O cativeiro foi aqui no Jabaquara,
próximo aqui da Assembleia Legislativa.
Repito:
terroristas que matariam Abilio Diniz. Graças à nossa Polícia Civil, à nossa
Polícia Militar, o pior não aconteceu. Eu vi o relato do Abilio Diniz dizendo,
falando justamente isso que o Conte colocou, um cartão da funilaria que caiu no
motor. Quando foi desmontada a ambulância - ou aquele veículo foi forjado para
ser uma ambulância -, encontraram um cartãozinho ali da mecânica, da funilaria.
Nos relatos que
eu vi do período - fui levantar, 89, eu tinha três anos -, além do material do
Partido dos Trabalhadores no cativeiro, encontraram telefones de lideranças do
partido, Greenhalgh, Suplicy, camisetas.
Olha que
situação inusitada. Aí eu trago vocês para 2018, a tentativa de assassinato do
presidente Bolsonaro por um militante de extrema esquerda. Essa esquerda
revolucionária nunca descansou.
E o Lula diz:
“Eu não sei por onde eles estão”. Olha, provavelmente estão pelo Brasil,
provavelmente estão fazendo a sua militância. Como eu disse, esse do Ceará,
esse brasileiro, que fundou o partido no Ceará, foi preso anos depois
traficando droga. Não duvido que esses outros - argentinos, chilenos,
canadenses - continuaram aí na sua atividade subversiva.
Enquanto isso,
deputado Nascimento, a gente tenta fazer diferente. O presidente Bolsonaro,
nessas suas visitas, Conte, pelo nordeste, foi ao Rio Grande do Norte, foi a
Manaus agora no último final de semana, ali com o povo, verdadeiramente com o
povo, sentindo o cheiro do povo. Não com a pelegada preparada a soldo, a pão
com mortadela.
Dá uma olhada
nestas imagens daqui do sambódromo. É diferente lá em Manaus, mas dá uma olhada
na chegada da motociata a Manaus. Emocionante, fora de série. Nada visto aqui
no Brasil nas últimas décadas.
Por favor,
Machado.
* * *
-
É exibido o vídeo.
* * *
O SR. GIL DINIZ
- PL - Fora
do comum, Nascimento. Minutos e minutos de motos chegando ali, Conte, no
Sambódromo, milhares de pessoas. Amazonas, Manaus. No Nordeste, foi assim
também, aqui em São Paulo também.
Por todo lugar
que o presidente vai pelo Brasil é dessa maneira, e nós vamos agora participar
das eleições de 22, e é engraçado que, como não tinha páreo para o presidente,
precisaram tirar da cadeia um condenado na primeira, na segunda, na terceira
instância.
Precisaram ali,
nos embargos, deputada Janaina, depois de a pena já colocada, já cumprindo ali
a pena pelos seus crimes. O Palocci, na sua delação, falou muito de quais
crimes foram cometidos.
Precisaram
tirar Luiz Inácio da cadeia para disputar essa eleição. Então, senhores que me
acompanham aqui de Casa, como eu disse anteriormente, nunca foi tão fácil
escolher, Conte.
De um lado, o
presidente Bolsonaro, do outro lado, Luiz Inácio. De um lado, aquele que
defende as nossas forças policiais, que defende a família brasileira, que
defende a vida desde a sua concepção, e de outro um condenado, e depois “descondensado”
pela Justiça, que defende, entre outras coisas, Nascimento, o aborto, que
defende, entre outras coisas, a ideologia de gênero, que defende, entre outras
coisas, sequestradores, guerrilheiros que, além de causarem crimes em seus
países, vieram aqui para o Brasil sequestrar, humilhar, matar cidadãos
brasileiros, com a desculpa de fazer a luta armada, a revolução do proletário.
Isso a gente
repudia, e nós precisamos lembrar todos os dias quem é quem nesse tabuleiro
político.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - REPUBLICANOS -Seguindo
a lista de oradores inscritos, quero chamar à tribuna a deputada Leci Brandão.
(Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.)
Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. Deputada Janaina
Paschoal tem o tempo regulamentar para o seu pronunciamento.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada,
presidente. Voltando aqui à tribuna, eu queria trazer a público a preocupação,
que é minha e de muitas pessoas que vêm entrando em contato com o gabinete, que
é o reconhecimento, por parte do governador, do fim do estado de emergência, da
emergência de Saúde Pública, por força da Covid-19.
Todos sabem,
são testemunhas de que eu fui uma das deputadas mais cautelosas diante dessa
doença, usando máscara quando ninguém ainda utilizava, falando para as pessoas
tomarem cuidado. Nunca diminuí a doença. Quando vieram as vacinas, fiz várias
indicações, a pedido de diversas categorias, para terem prioridade, quando
ainda não havia vacina para todo mundo.
Então, todos
sabem que eu não tenho um discurso negacionista com a doença, nem com relação
às vacinas, mas todos sabem também que eu defendo a liberdade de cada indivíduo
decidir, e venho denunciando os constrangimentos ilegais a que os cidadãos,
paulistas, em especial, estão submetidos, por força de uma interpretação
equivocada da lei, e, em especial, por força de um decreto que foi baixado pelo
então governador João Doria, antes de deixar o governo, ainda em janeiro de
2022.
Trata-se do
Decreto nº 66.421. Eu lembro que em dezembro eu estive no Palácio, quem estava
no governo - porque o governador João Doria estava de férias - era o então
vice-governador, hoje governador, Rodrigo Garcia.
Fui pedir a ele
que parassem de perseguir os funcionários públicos que não queriam tomar a
vacina ou tomar as doses de reforço e, no lugar de ele voltar atrás com essa
prática, ele, de certa forma, apoiou o governador João Doria baixando esse
decreto.
Quando o
governador João Doria saiu, eu imaginei que nós tivéssemos uma chance de ele
rever esse decreto. Não revogou o decreto. Nós, aqui na Casa, eu ainda no ano
anterior apresentei o 668, que foi apoiado, um projeto de lei que foi apoiado
por vários colegas com o objetivo de proibir esse passaporte da vacina para
estudar, para trabalhar, para ter acesso a serviços de saúde.
Depois o
deputado Gil apresentou um PDL para derrubar esse decreto, eu subscrevi. Depois
eu apresentei um PDL para derrubar as normativas da Secretaria da Educação que
estão viabilizando perseguir professores, funcionário públicos e pais de alunos
que entendem que não devem vacinar seus filhos contra Covid-19 por se tratar de
uma vacina relativamente nova.
Eu quero
esclarecer, quero deixar bem frisado aqui que os que não querem se vacinar ou
tomar a terceira ou a quarta dose, daqui a pouco inventam a quinta dose, são
pouquíssimas pessoas.
A esmagadora
maioria quer se vacinar, quer todas as doses e mais algumas. Sábado mesmo eu
tive um aniversário, encontrei com uma parente que falou que não vê a hora que
saia a quinta dose para ela se sentir protegida.
Eu respeito,
mas nós também temos que respeitar aqueles que têm um outro olhar, uma outra
mentalidade. E são poucos. O que aconteceu de novidade? O Ministério da Saúde
reconheceu o final da emergência de saúde pública referente à Covid-19.
Foi uma
normativa baixada pelo Ministério da Saúde, vou até passar o número aqui
bonitinho para não ter problema, é a Portaria Ministerial nº 913, de 22 de
abril e 2022, que reconheceu o final da emergência em Saúde Pública.
Era esse estado
de emergência de saúde pública que dava, vamos dizer assim, a espinha dorsal
para a lei federal que vinha sendo levantada, vinha sendo argumentada como
fundamento para essas obrigatoriedades.
Eu quero reiterar,
a minha interpretação é a de que nunca houve essa obrigatoriedade, mas as
autoridades judiciais, membros do Ministério Público, o próprio governador, os
secretários que eu questionei, todos se apegavam a essa emergência para
justificar.
Na medida em que
o Ministério da Saúde, que é a autoridade competente para reverter essa tal
emergência, baixa uma normativa com esse teor, perde o objeto o decreto baixado
pelo governador e todas as resoluções e portarias que foram publicadas com
fulcro nesse decreto que, por sua vez, tem por base a tal emergência que foi
cancelada.
Pois bem, na
semana passada, como se não bastasse essa portaria do Ministério da Saúde, o
Supremo Tribunal Federal, ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade nº
71/34, relatada pela Exma. Sra. Ministra Cármem Lúcia reconheceu a vigência, a
regularidade da portaria do Ministério da Saúde e, por consequência, o fim do
estado de emergência.
O que significa
isso? Significa que hoje, sem sombra de dúvidas, não há alicerce para esse
decreto do governador. Eu protocolizei nesta data uma indicação pedindo que o
governador reconheça a perda do objeto e, para evitar equívocos, revogue o tal
decreto.
Eu estou
preocupada porque estamos em ano eleitoral e eu li hoje cedo que o governador,
para fim de fazer, vamos dizer assim, um discurso de objeção ao pré-candidato
Tarcísio de Freitas, vai se abraçar de novo com a ideia de que São Paulo é o
estado pai da vacina, de que o governo dele com João Doria é o governo pai da
vacina.
Eu não tenho
nem formação, nem competência para dar conselho em termos de marketing político
ao governador, mas tenho competência jurídica para dizer a ele que, em termos
de legislação, ele não tem mais subsídio. Se ele quer alardear a condição de
pai da vacina, é um direito dele. Ele que avalie isso com a equipe dele.
Agora, não tem
mais elementos - já não tinha, agora é ainda mais claro - para, por exemplo,
permitir fazer sindicância, processo administrativo contra professor, contra
policial, contra funcionário administrativo que não queira se vacinar ou que
não queira tomar a terceira e a quarta dose, porque tem muita gente sofrendo
processo administrativo e sindicância, mesmo vacinada, por não querer tomar uma
das doses.
Não há mais
elementos no ordenamento jurídico nacional para acontecer o que vem acontecendo
na USP, na Unesp, na Unicamp, na Unifesp, onde alunos estão sendo impedidos de
participar das atividades, alunos estão sendo impedidos de fazer suas
matrículas e rematrículas, alunos já estão sendo expulsos da graduação e da
pós-graduação.
Não há
elementos para acompanhante não poder entrar em um hospital junto com um
parente, ou, pior, para a pessoa não poder fazer um tratamento de saúde se não
tomou uma das muitas doses da vacina. Não há mais fundamento para o Ministério
Público oficiar escolas, mandando denunciar pai para conselho tutelar.
Então, peço
encarecidamente, eu rogo, Sr. Presidente, que esta fala seja encaminhada ao Sr.
Governador e peço encarecidamente que, independentemente da linha que ele vai
dar à sua propaganda eleitoral, que ele reconheça que, juridicamente, ele não
tem mais subsídios para essas arbitrariedades que vêm acontecendo no estado de
São Paulo.
Eu defendo as
pessoas que querem a quarta, a quinta dose. Vários vieram aqui pedir apoio. Nós
apoiamos, é um direito individual. Mas também defendo firmemente aqueles que
querem ter a última palavra sobre o próprio corpo e sobre a saúde dos seus
filhos menores de idade.
A situação é
tão grave no estado de São Paulo, senhores que nos assistem, que, em muitos
órgãos públicos são feitas comitivas compostas por pessoas que não são da área
de Saúde e essas comissões avaliam a documentação médica apresentada por um
aluno ou por um funcionário público e rejeitam a documentação médica.
Eu já peguei
caso de professor de filosofia, professor de química, rejeitando atestado
médico. E o CRM calado e o CFM calado.
Então, peço que
se reconheça: acabou o estado de emergência oficialmente. O Supremo Tribunal
Federal reconheceu esse término. Não tem mais nenhum respaldo, sob pena, quiçá,
da prática de crime de constrangimento ilegal. Não tem mais nenhum elemento
para sustentar a aplicação desse tal decreto.
É isso, Sr.
Presidente.
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - REPUBLICANOS - Eu
peço que sejam encaminhadas as notas taquigráficas para o senhor governador.
Também somos favoráveis a que seja facultativa a decisão de não se vacinar com
a quarta, quinta ou sexta dose, assim por diante.
Seguindo a lista de oradores inscritos,
quero chamar aqui o deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputada Valeria
Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia
Amary. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos.
(Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Roberto Morais. (Pausa.)
Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.)
Deputado Enio Tatto. Deputado Enio Tatto tem o tempo regulamentar para o seu
pronunciamento.
O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados e público que nos assiste
pela TV Alesp e pelas redes sociais. Eu nem ia descer para falar na tribuna,
pois estava atendendo algumas pessoas no meu gabinete, mas vi um desfile de
deputados bolsonaristas aqui e hoje o nome do Lula nesta tribuna foi falado
para caramba. Por que será? Por que será que o Lula está incomodando
tanto?
Eu queria fazer o registro da eleição do Gustavo Petro na
Colômbia, derrotando Rodolfo Hernández. Gustavo Petro é de esquerda e Rodolfo
Hernández é de direita, populista, empresário, rico lá da Colômbia. E a
esquerda chega ao poder na Colômbia pela primeira vez com 50,44% dos votos ou
11.281.000 votos e o segundo colocado com 10.580.000 votos.
Na Colômbia - é bom esclarecer - o povo teve participação
boa, uma das maiores das últimas eleições, mas teve bastante abstenções,
deputado Conte Lopes, porque lá o voto não é obrigatório. Então é normal muita
gente não ir votar. Mas é interessante que na Colômbia chega pela primeira vez
um governo de esquerda. Na Argentina, é de esquerda.
Na Bolívia, voltou a esquerda novamente e a mulher que quis
dar o golpe lá está presa. No México, ganhou a esquerda, e assim por diante. No
Chile, voltou à presidência um candidato de esquerda.
Por que será? Porque a direita não está dando conta do
recado. E hoje eu fiquei impressionado. Por isso desci aqui na tribuna porque
eu ouvi tanto falar do Lula, do sequestro do Abilio Diniz.
O sequestro do Abilio Diniz, deputado Conte Lopes, foi em
1989. Vossa Excelência devia ser deputado já na época e aqui hoje falaram o
tempo todo do sequestro do Abilio Diniz. Você sabe por que a esquerda está
ganhando na América Latina e vai ganhar aqui no Brasil novamente? Porque o povo
não está interessado nesse discurso.
O povo não está interessado em saber de armas ou de
armamentos. O povo não está interessado em saber se a urna eletrônica funciona
ou não, porque funciona. Tanto é que o próprio Bolsonaro foi eleito pela urna
eletrônica. Eu já fui eleito cinco vezes pela urna eletrônica. O deputado Conte
Lopes, que tem mais mandatos do que eu, foi a maioria pela urna
eletrônica.
O povo quer saber e gostaria de ver os deputados
bolsonaristas que subiram na tribuna hoje, deputado Nascimento, que está
presidindo a sessão, falar sobre o preço da gasolina. O pessoal está preocupado
com isso, os taxistas, os caminhoneiros que põem diesel no caminhão, no tanque,
o pessoal que trabalha em aplicativos.
O pessoal quer saber por que a gasolina chegou a esse preço
com o Bolsonaro. O pessoal quer saber - e se vocês passaram no mercado, na
quitanda, na feira neste fim de semana - como é que está o preço do arroz, do
feijão, da carne, do pé de alface, da cenoura, do tomate. O pessoal quer saber
sobre isso.
O pessoal quer saber sobre se vai ter emprego para os filhos,
para a família. Se as pessoas que estão morando na rua, que são milhares e
milhares, vão ter a oportunidade de voltar a trabalhar, de ter um salário, de
ter uma renda, de criar a família, de poder comprar aquilo que precisam
comprar, as crianças voltarem a estudar, terem o sonho de fazer uma
universidade.
É isso que o povo quer debater. O povo não quer debater
esses assuntos que foram colocados no dia de hoje aqui na tribuna da TV Alesp.
É isso que a população quer saber. E o Lula está viajando o Brasil, está
conversando com o povo, está colocando suas propostas, o que ele pensa, pelo
Brasil, o que ele quer fazer com o Brasil.
Ele está recordando o que ele fez nos oito anos e para
voltar a ser presidente falou: “Eu tenho que fazer mais do que fiz naqueles
oito anos”. E naqueles oito anos o povo lembra que ele saiu com 86% de
aprovação no País.
Nunca um presidente teve tamanha aprovação. E o Lula fala
uma frase que a população colocou dentro da cabeça e está guardada no coração:
“Se eu fui por oito anos presidente deste País, para que que eu tenho que
voltar a governar este País?”.
Só tem uma explicação: para que ele seja melhor do que
aqueles oito anos em que ele governou. E se ele for melhor do que aqueles oito
anos em que ele governou, que saiu com 86%, quem ganha, deputado Conte Lopes, é
o povo brasileiro. A gente vai começar a ter novas esperanças, alegrias, neste
País.
A gente vai ter comida, um café da manhã, um almoço e um
jantar, como ele propôs quando se elegeu e assumiu em 2003 e levou o brasileiro
a ter três refeições por dia.
E todo mundo melhorou de vida. Os ricos ganharam mais
dinheiro; a classe média cresceu; mas os pobres também melhoraram de vida. Isso
que é importante, todo mundo ganhou dinheiro, todo mundo foi beneficiado nos
governos Lula.
Por isso que ele está liderando as pesquisas. Por isso que
não adianta, você conversa na periferia, você conversa com todo mundo, qualquer
segmento da sociedade. Você fala das eleições do dia 2 de outubro, o pessoal
fala: “O homem vai voltar. Tem que voltar o homem. Eu vou votar nele de
novo.”
Os caras não falam nem o nome. Só falam isto: “O homem vai
voltar. Não vejo a hora que chegue dia 2 de outubro para o homem voltar
novamente.” É isso.
Já está na mente das pessoas, e os bolsonaristas continuam
insistindo, ficam falando de coisas que o povo não está nem aí. Nem aí. O povo
quer saber de viver melhor, de ter oportunidades, de ter um país que respeite
as instituições, ter um país cujos governos tenham planejamento.
O que vamos falar de um governo que trocou cinco vezes de
ministro da Educação? O problema agora da Petrobras, quatro presidentes da
Petrobras. Isso é uma forma, uma narrativa que querem colocar que o problema é
da Petrobras, e não do chefe da Nação, do presidente da República.
Então não adianta mais assomar à tribuna e ficar com essa
narrativa, que a população já não acredita mais nesse governo aí, que foi um
acaso. E subir aqui, falar sobre isso: nós do PT estamos acostumados com meia
hora de Jornal Nacional durante todo o período das eleições e fora do período
das eleições.
Nós somos acostumados com trinta, quarenta, cinquenta,
capas da revista “Veja” e a maioria dos meios de comunicação falando mal do PT,
falando mal do Lula. E a gente persistiu, a gente falava que era uma armadilha,
que era uma maracutaia que fizeram contra o Partido dos Trabalhadores e o Lula,
e que ele ia voltar.
Vê se pode: prenderam um presidente, um candidato a
presidente da República para não deixar ele ganhar em 2018. E aí erraram,
porque no lugar do Lula veio o Bolsonaro. Está acontecendo o que está
acontecendo no Brasil: todo mundo esperando chegar o dia 2 de outubro; aliás, o
dia 31 de dezembro, para se livrar, para nunca mais cometer um erro como foi
cometido nas eleições de 2018. A gente nunca mais quer ter um governo, um
presidente, um despresidente, para deixar o povo brasileiro chateado, o povo
brasileiro humilhado aqui e no mundo.
Para finalizar, deputado Gil Diniz, V. Exa. colocou a
atividade do Bolsonaro no dia de ontem. Que bonito, hein? Uma motociata lá em
Manaus. Manaus é no Amazonas, não é?
Os corpos do indígena e do jornalista ainda não foram
entregues para a família, e o Bolsonaro fazendo festa, se divertindo e
desfilando lá em Manaus em uma moto. Em nenhum momento se referiu a esse brutal
assassinato pelos que fazem o desmonte da Amazônia, as queimadas na
Amazônia.
Em nenhum momento, o Bolsonaro falou disso, dos dois mortos
que estavam lá para proteger a Amazônia. E ele estava lá se divertindo, fazendo
a motociata. Então é por isso que a população já tomou uma decisão. Está
refletindo.
Quando você tem um candidato, deputado Gil Diniz, que tem 40% de intenção de voto na espontânea, precisa analisar direito, porque esse candidato o povo já colocou, que é ele.
E vir aqui falar do Abilio Diniz? O que vocês vão puxar
novamente? Nós já passamos por tudo isso. Depois do Abilio Diniz, já passamos
por 10 eleições.
E falar do dom Paulo Evaristo Arns, é uma pena. É só quem
defende o Frederico d'Avila da suspensão de três meses que pode falar mal do
dom Paulo Evaristo Arns, porque qualquer outra pessoa não teria coragem de
falar do dom Paulo Evaristo Arns, nosso arcebispo dos pobres, dos necessitados
aqui do estado de São Paulo.
Que bom que o dom Paulo Evaristo existiu, que bom que dom
Paulo Evaristo foi nosso arcebispo da Arquidiocese de São Paulo, quando eram
todas juntas, Diocese do Campo Limpo, Diocese de Santo Amaro, a que eu
pertenço, e a gente tinha dom Paulo Evaristo como nosso grande pastor.
Era isso, Sr. Presidente.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - REPUBLICANOS - Pela
ordem...
O
SR. GIL DINIZ - PL - Gostaria de falar pelo
Art. 82, pela liderança do PL.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - REPUBLICANOS - É
regimental. Tem o seu tempo regulamentar de cinco minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PL - Para uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - REPUBLICANOS - Com
anuência do deputado Gil Diniz.
O
SR. CONTE LOPES - PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Queria só responder ao nobre líder do PT, Enio Tatto, que ninguém
falou mal do dom Paulo Evaristo. Pelo contrário, ele foi chamado pelos
sequestradores e foi com uma viatura nossa da Rota conversar.
Foi ele que
dialogou, foi ele que acertou para que Abilio Diniz não morresse, não sofresse
nada mais. Ele foi dialogar. Ninguém criticou a postura de dom Paulo Evaristo
Arns.
E quem falou do
Abilio Diniz foi o Lula, não fui eu. Não fomos nós, bolsonaristas, que falamos
do Lula, do Abilio. Foi o Lula que falou. Num discurso, em Alagoas, ele se referiu
falando que eram 10 brasileiros, quando não eram. Eram guerrilheiros
argentinos, chilenos e canadenses, e um brasileiro só. Então foi a colocação.
Como eu estive
lá, eu era deputado, na época, e eu vi, até me lembrei do caso, só isso, senão
eu nem ia falar sobre, nunca falei sobre isso aí. Estou falando agora porque
foi colocado pelo presidente, candidato, o presidente Lula, só isso.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - REPUBLICANOS - Inclusive
nesse diálogo do dom Paulo Evaristo Arns, na hora que ele disparou a
metralhadora lá dentro da casa, nós lá estávamos presentes, ele chamou: “Juan”,
não era brasileiro, o Juan não era brasileiro. “Juan, o que você está fazendo,
Juan? Vamos conversar, você nos chamou até aqui.” Eu estava presente lá,
deputado. Então, ele foi importante nesse diálogo lá com os sequestradores.
Deputado Gil Diniz com a palavra.
O
SR. GIL DINIZ - PL - PELO
ART. 82 - Obrigado, presidente.
Só para deixar
claro aqui o meu respeito aos bons padres, bispos e arcebispos da Igreja Católica
e nosso repúdio aos padres de passeata, aos padres militantes, aos bispos
militantes que usam o púlpito para fazer política, aquela política geralmente
rasteira, mas nós admiramos aqui os padres que realmente servem ao altar.
E subo a esta
tribuna, presidente, para rebater aqui as palavras do deputado Enio Tatto. Ele
finaliza dizendo sobre os mortos ali na Amazônia, que foram encontrados graças à
atividade ali da Polícia Federal, do Exército Brasileiro, Conte, determinação
do presidente Bolsonaro.
Agora, eu
espero que daqui cinco, 10, 15 anos não vá o ex-presidente Lula pedir indulto
para esse tipo de criminoso também, já que ele gosta de fazer, de indultar
criminosos.
Nós falamos
aqui do Abilio Diniz, mas como não nos lembrar do Cesare Battisti, italiano,
terrorista também, que matou trabalhador na Itália, Conte. Enquanto estava aqui
no Brasil, defendido pelo ministro Barroso, então advogado, o STF disse: “Olha,
o presidente tem que mandar embora, mas é decisão do presidente extraditar para
a Itália.” Luiz Inácio mandou ficar.
Olha que coisa,
senhores, vocês que nos assistem em casa, esses terroristas do Abilio Diniz, o
Lula fez, que fez, que fez para eles irem para os países de origem. “Olha, é
crime político, não é crime comum”. Manda-os para os países porque eles seriam
libertados, o Lula sabia que eles seriam libertados nos seus países de origem.
Mas o Cesare Battisti, não, porque eles sabiam que o Battisti ia tomar uma
prisão perpétua na Itália. E o deixou livre, leve e solto aqui no Brasil.
Então, eu,
particularmente, defendo pena de morte para o criminoso que matou ali o
jornalista, o indigenista ali no Amazonas. Agora, tem um grupo político aqui
que defende ressocialização; daqui a pouco, ele está cortando garrafa PET lá,
fazendo corte e costura na cadeia e logo está na rua, com o indulto de
políticos que nós sabemos aqui quem são.
Deputado Enio
Tatto, o povo realmente decidiu em 2018, não foi acidente, não - 57 milhões de
votos, no mínimo. Tentativa de assassinato, Conte, do presidente Bolsonaro.
Queriam tirar
ele do jogo com uma tentativa de assassinato, um militante de extrema esquerda.
Olhem hoje o que está acontecendo aqui nas redes sociais com os militantes. Tem
aí, Machado, o print? Acho que te mandei aí.
Se puder
colocar aqui no telão, te mandei dois prints de um jornalista, o Noblat, ele
fazendo apologia, Conte, ao assassinato do presidente. Um senador, Randolfe
Rodrigues, mandando, colocando o presidente ali, com a faixa presidencial, e o
seu terno, a sua faixa toda suja de sangue, um presidente que já sofreu uma
tentativa de assassinado. É impressionante.
Olhe aqui, dê
uma olhada nesse print aqui do Twitter. O Guga Noblat é um pseudo-humorista e
ele diz assim: “Jair Bolsonaro é campeão de tiro ao alvo na modalidade tiro no
pé”. Aí o pai dele, que é jornalista, diz que é jornalista, vem aqui: “Em
breve, no peito”, Conte. Em breve, um tiro no peito. O que é que ele quer dizer
com isso?
Você já pensou
se fosse o contrário, ou se não estivessem falando do presidente Bolsonaro e
estivessem falando de algum togado aqui do Brasil, o escândalo que isso seria?
Tem a outra imagem?
Olhe a outra
imagem aqui, colocam a faixa presidencial suja de sangue. Aí, nos acusam
daquilo que são: o Randolfe era do PSOL; foi um militante, um ex-militante do
PSOL que tentou assassinar o presidente Bolsonaro.
Então, nós
estamos aqui falando desse caso, deputado Enio Tatto, de 1989 - eu tinha três
anos, na época -, porque o ex-presidente Luiz Inácio diz que foi intermediar
com o seu irmão siamês, FHC - hoje, quase amigos de palanque, mais uma vez;
picolé de chuchu está lá aplaudindo - porque foi ele que relembrou que ele foi
fazer o meio de campo para tirar aqueles terroristas da cadeia.
Então, é só
isso que nós estamos relembrando, mostrando aqui à nossa população quem defende
o quê. Nós defendemos... Eu, particularmente, defendo pena de morte para crime
hediondo, é a minha posição pessoal aqui. Tem quem defenda ressocialização. Tem
quem defenda indulto para sequestrador, companheiro do partido que depois, anos
depois, foi preso traficando droga.
Então, é isso
que a gente precisa mostrar para o nosso povo. Infelizmente, aqui, na América
Latina, o Foro de São Paulo tem atuado fortemente e firmemente. Estão aqui a
Argentina, Venezuela, uma ditadura escancarada; Bolívia prendendo presidente -
Bolívia prendeu a sua ex-presidente; tem o Chile; tem, agora, a Colômbia.
Fica o alerta
para o povo brasileiro: “O preço da liberdade é a eterna vigilância”. O povo,
mais uma vez, em 2022, vai dar o seu recado alto e claro: PT nunca mais.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Presidente, se houver
acordo aqui entre as lideranças, levantar a presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - REPUBLICANOS - Antes,
porém, eu gostaria aqui de, Gil, apresentar aqui o nosso tesouro, meu neto
Pedro Felipe (Palmas.), que se faz acompanhado da minha nora Suelen e também
meu filho Leonardo, presente aqui, juntamente com o papai.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Sejam bem-vindos.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - REPUBLICANOS -
Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, com a mesma Ordem do Dia da sessão ordinária de 04 de maio, com os
aditamentos posteriores.
Está levantada a presente sessão. Deus
abençoe a todos.
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- Levanta-se a sessão às 16 horas.
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